Revista/jornal Conectados - Primeira Edição

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Brincar é preciso Q ue a tecnologia há muito in- vadiu a vida do ser humano não é novidade, mas é comum que ao falar sobre isso hoje em dia, se pense logo em computador, internet, tablet, aparelhos celulares e afins. Entretanto, segundo o cientis- ta americano Jared Diamond: “A tecnologia teve seu início a par- tir do momento em que o homem começou a criar ferramentas para satisfazer suas necessidades do dia- a-dia e resolver seus problemas.” Vivemos uma nova era em que crianças menores de 5 anos já sabem ligar e desligar um computador e há sites específicos para os peque- nos onde eles podem brincar e, de certa forma, adquirir conhecimento. A pequena Maria Eduarda To- sim, 4, é adepta das novas tecnolo- gias. “Ganhei um celular do meu pai, que toca uma música do Justin Bieber. Quando ele liga pra mim, eu sei que é ele”, explica a garotinha. A professora Paula Bogajo, 43, co- menta sobre algumas mudanças tec- nológicas. “O recurso mais próximo do computador que eu tinha na minha infância era uma máquina de escrever, onde fiz todos os trabalhos da facul- dade. Na época ainda não tinha com- putador para uso doméstico”, explica. Apesar das diferenças de idades e de realidades entre as gerações, a tecnologia atual tem servido não só ao seu propósito de ser uma fer- ramenta de auxílio, como também de aproximar gerações e integrá-las cada vez mais: “Meus netos me en- sinam a me conectar no mundo vir- tual e eu os ensino a sabedoria da vida e dos relacionamentos”, co- menta feliz dona Nair de Sá, 62 anos. Trabalho realizado por alunos do 4º semestre de Jornalismo Fábio Bogajo, Gabriel Maiante, Grecia Baffa, Juliana Sandres, Larissa Santos, Natália Benedito, Natália Ramires e Nathali Ruiz. MariaEduarda Farias Juliana Sandres C ada vez mais os meios de comunicação estão presentes no nosso cotidi- ano, como: jornais, revistas, televisão e internet. O Jornal Conectados vai mostrar nesta edição como se dá a interação entre as pessoas e a tecnologia on-line, cada dia mais utilizada tanto para lazer quanto para trabalho. 4 Edição 0 Segunda-feira, 3 de setembro de 2012 A influência da tecnologia nos meios de comunicação. Conheça a Geração C Se lembra de seus avós? Brincar é preciso Pág. 2 Pág. 3 Pág. 4 9898703082012 Mini Sandres brincando com o tablet. Antes mesmo de aprender a falar, crianças já brincam com tablets

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Page 1: Revista/jornal Conectados - Primeira Edição

Brincar é preciso

Que a tecnologia há muito in-vadiu a vida do ser humano

não é novidade, mas é comum que ao falar sobre isso hoje em dia, se pense logo em computador, internet, tablet, aparelhos celulares e afins.

Entretanto, segundo o cientis-ta americano Jared Diamond: “A tecnologia teve seu início a par-tir do momento em que o homem começou a criar ferramentas para satisfazer suas necessidades do dia-a-dia e resolver seus problemas.”

Vivemos uma nova era em que crianças menores de 5 anos já sabem ligar e desligar um computador e há sites específicos para os peque-nos onde eles podem brincar e, de certa forma, adquirir conhecimento.

A pequena Maria Eduarda To-sim, 4, é adepta das novas tecnolo-gias. “Ganhei um celular do meu pai, que toca uma música do Justin Bieber. Quando ele liga pra mim, eu sei que é ele”, explica a garotinha.

A professora Paula Bogajo, 43, co-menta sobre algumas mudanças tec-

nológicas. “O recurso mais próximo do computador que eu tinha na minha infância era uma máquina de escrever, onde fiz todos os trabalhos da facul-dade. Na época ainda não tinha com-putador para uso doméstico”, explica.

Apesar das diferenças de idades e de realidades entre as gerações, a tecnologia atual tem servido não só ao seu propósito de ser uma fer-ramenta de auxílio, como também de aproximar gerações e integrá-las cada vez mais: “Meus netos me en-sinam a me conectar no mundo vir-tual e eu os ensino a sabedoria da vida e dos relacionamentos”, co-menta feliz dona Nair de Sá, 62 anos.

Trabalho realizado por alunos do 4º semestre de Jornalismo Fábio Bogajo, Gabriel Maiante, Grecia Baffa, Juliana Sandres, Larissa Santos,

Natália Benedito, Natália Ramires e Nathali Ruiz.

MariaE

duarda Farias

Juliana Sandres

Cada vez mais os meios de comunicação estão presentes no nosso cotidi-ano, como: jornais, revistas, televisão e internet. O Jornal Conectados

vai mostrar nesta edição como se dá a interação entre as pessoas e a tecnologia on-line, cada dia mais utilizada tanto para lazer quanto para trabalho.

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Edição 0Segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A influência da tecnologia nos meios de comunicação.

Conheça a Geração C

Se lembra de seus avós?

Brincar é preciso

Pág. 2

Pág. 3

Pág. 4

98987030

82012

Mini Sandres brincando com o tablet.

Antes mesmo de aprender a falar, crianças já brincam com tablets

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Conheça a Geração C Se lembra de seus avós?

Nascidos em algum mo-mento entre o lançamento

do videocassete e a comerciali-zação da internet, a chamada Ger-ação C é a maior consumidora de conteúdo digital na atualidade.

A ideia do nome foi criada pelo diretor de planejamento e estratégias Dan Pankraz. Segundo ele, esta ger-ação significa conteúdo, ou seja, tem mais acesso a informações e diversos.

O jornalista, Guilherme Peace, 24, teve acesso à internet a partir de 2005 e hoje em dia trabalha conec-tado, no mínimo 10 horas por dia. “Conheci a internet tarde, já que minha família era de baixa renda e não tínhamos computador em casa. Como o mundo da informáti-ca já estava bastante avançado, me adaptei rapidamente”, diz Peace.

Essa geração consome uma “ava-lanche” de conteúdo gerado pelo consumidor que está “construindo a web”, e adicionam com uma grande frequência novos textos, imagens, áu-dios e vídeos, sendo impulsionada a criar, produzir e participar, ao invés de apenas cumprir o papel de espectador.

Um grande problema que cerca

o conceito de colaboração da ger-ação C são as pilhas de lixo vir-tual que são produzidos e que, na melhor das hipóteses, será apre-ciado apenas pelo círculo de ami-gos e familiares do colaborador.

Para o Arquiteto da Informação, Paulo Romualdo Junior, 28, o as-sunto é sério: “É necessário entend-er que o que é lixo para uns, pode ser relevante para outros. Em geral, o problema não está no conteúdo, mas sim no volume e na veloci-dade que o conteúdo é duplicado.”

A cada dia que passa a informação está chegando com mais facilidade, agilidade e interação em nossas mãos. Quem antes era apenas um internauta receptor de informação, hoje se tornou um criador e colabo-rador assíduo dentro do mundo digital. Essa é uma prática que tende a, cada vez mais, crescer e evoluir.

Cabelos brancos, sorriso doce e blusas feitas à mão. O pas-

satempo deles era fazer um crochê no fim da tarde ou ir pescar nos fins de semana. Isso tudo é passado!

Os vovôs de hoje em dia estão cada vez mais antenados. É o que diz o professor de Tecnologias da Infor-mação (TI) Alexandre Campos, 38.

Campos dá aulas para alunos com mais de 60 anos. Segundo ele, a ne-

cessidade de se atualizar é grande, mas os novatos têm dificuldades. “É difícil eles entenderem onde estão as coisas no computador”, explica. A tecnologia pode parecer um bicho de sete cabeças para esse público, mas aos poucos as barreiras são ultrapas-sadas. “A felicidade de se superar, de ser inserido em um mundo em que crianças e jovens entram com tanta facilidade, não tem preço”, avalia a professora de TI Larissa.

A professora aposentada Neyde Rodrigues, 79, já vive nesta nova realidade. “Eu uso o Skype to-dos os dias para falar com meus filhos, que moram longe. A inter-net chegou para derrubar algumas barreiras e diminuir distâncias.”

Neyde viu surgir o rádio, a TV, o computador e a expansão da inter-net e diz que “é preciso acompanhar as novidades tecnológicas para não ficar perdido no tempo. É sempre bom aprender coisas novas e a pos-sibilidade da interatividade com pes-soas que vivem longe é maravilhosa. Precisamos acompanhar as mudan-ças do mundo para não ficarmos para trás”, diz a senhora que gosta de acompanhar os avanços tecnológicos.

“Essa geração consome uma

avalanche de conteúdo gerado pelo consumidor que está

construindo a web”

“É preciso acompanhar

as novidades tecnológicas para não ficar

perdido no tempo.”

Larissa Santos

Aposentada em aula de informática.

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Hoje os consumidores também são produtores de conteúdo Integrantes da melhor idade tentam se atualizar