Revolução cubana

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Aula prof. Eduardo Montechi ValadaresPUC / Cogeae - Jorn. Internacional

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• “[...] existem leis na vida política que são iguais às da física gravitacional: e por isso, se uma maçã for cortada de sua árvore nativa – pela tempestade –, não terá outra escolha senão cair no chão; da mesma forma que Cuba, quando se separar da Espanha, não terá alternativa senão gravitar na direção da União Norte-Americana. E por essa mesma lei da natureza, os americanos não poderão afastá-la do seu peito”

A frase do então secretário de Estado dos Estados Unidos, John Quincy Adams, em 1819, que posteriormente tornou-se o sexto presidente norte-americano (1825-1829), resume bem o sentimento americano em relação à ilha caribenha, considerada “uma fronteira natural dos Estados Unidos e indispensável para sua segurança no Golfo do México.

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Na década de 1850, a economia de exportação mais desenvolvida da América espanhola

era a de Cuba, o que atraía a atenção dos Estados Unidos, que não desistiam do propósito

de anexar a ilha. No período entre 1861 e 1864, as exportações da ilha alcançaram o valor

médio anual de 57 milhões de pesos e, no começo da década de 1870, as vendas externas

representavam, em valor, quase o dobro do obtido pelas repúblicas hispano-americanas

independentes. Nessa época, os Estados Unidos já possuíam investimentos em Cuba nas

plantações de açúcar. Os interesses comerciais norte-americanos também estavam

presentes em outros segmentos como no tabaco, minério de ferro, manganês e nas

ferrovias.

 

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JOSÉ MARTI(1853-1895)

Cuba passou por duas guerras de independência. A primeira (1868-1878) foi marcada pelo embate de proprietários rurais, liderados por Carlos Manuel Céspedes, contra o domínio espanhol. Os Estados Unidos não se envolveram na insurreição, pois, apesar dos anseios anexionistas, tinham emergido de uma guerra civil. Entretanto, no final do conflito, o capital norte-americano conseguiu penetrar ainda mais na ilha caribenha, com a compra de propriedades de cana que ficaram falidas e devastadas durante a revolta.

Foi no segundo embate pela independência, chamado de Guerra Hispano-Americana, que os Estados Unidos desempenharam papel determinante para seus objetivos de colonização de Cuba. A luta dos cubanos pela libertação do domínio espanhol reacendeu-se em 1895, sob a liderança de José Martí, Antonio Maceo e Máximo Gomez.

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“Tudo tranquilo. Não há distúrbios aqui. Não haverá guerra. Desejo regressar”, disse o ilustrador Frederic Remington para o lendário William Randolph Hearst, magnata da imprensa estadunidense, um dos precursores do yellow journalism, a chamada imprensa marrom. Hearst, editor do New York Journal, tinha enviado Remington para Havana com o objetivo de realizar a cobertura do levante da guerrilha cubana contra a Espanha, em 1898. Preocupado com a concorrência com o New York World, de Joseph Pulitzer, Hearst rebateu: “Fique, por favor. Você providencia as imagens e eu providenciarei a guerra.”

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Hundimiento del USS Maine, 1898

A Guerra Hispano-Americana de A Guerra Hispano-Americana de 18981898

No final do século XIX, a Espanha era um país pobre e em decadência, A guerra contra os Estados Unidos, em 1898 , deixou clara a fraqueza militar, além de significar a perda do que restava do seu outrora glorioso império na América.

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Após intensa cobertura sobre a Guerra Hispano-Americana, Hearst conseguiu seu pretexto para fomentar a guerra em Cuba: o navio de guerra norte-americano Maine explodiu no porto de Havana, matando cerca de 260 marinheiros, marines e oficiais a bordo, na noite de 15 de fevereiro de 1898. “A destruição do navio de guerra Maine foi trabalho do inimigo”, dizia a manchete do Journal em 17 de fevereiro de 1898. William Randolph Hearst atribuiu aos espanhóis a culpa pelo ocorrido, sem, entretanto, apresentar provas. Isso despertou uma grande reação pública e suporte popular para que os Estados Unidos declarassem guerra contra a Espanha, com a intenção de libertar a ilha.

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Hearst comandou uma campanha durante várias semanas clamando por vingança pelo ocorrido, e repetia nos textos a frase: “Remember the Maine! In hell with Spain” (Lembrem-se do Maine! A Espanha que vá para o inferno). Menos de dois meses após a explosão do Maine, o Congresso norte-americano aprovou uma resolução segundo a qual os Estados Unidos exigiam que a Espanha renunciasse a sua autoridade sobre Cuba e pela qual autorizava o presidente a usar as forças territoriais e navais para executar tal medida. Em 25 de abril, rojões foram lançados do telhado do Journal para celebrar a declaração de guerra. O jornal chegou a oferecer um prêmio de US$ 1 mil para o leitor que apresentasse as melhores ideias para conduzir a guerra , que permitiu posteriormente que os Estados Unidos tutelassem Cuba e se apoderassem das Filipinas, Porto Rico e de Guam. Em 1911, treze anos depois, uma comissão investigaria a destruição do Maine e concluiria que o acidente com o navio foi causado por uma explosão acidental na sala de máquinas.

Com a cobertura jornalística da Guerra Hispano-Americana, o Journal conseguiu aumentar significativamente sua circulação. Passou de 30 mil em 1895 para 400 mil em 1897 e, após o episódio com o Maine, quando o meio de comunicação publicou uma média diária de oito páginas sobre o fato, a publicação tornou-se a primeira a vender 1 milhão de exemplares num só dia.

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18981898 tornou-se uma data-símbolo na historiografia espanhola, vista como um marco de mudanças importantes na Espanha e América Hispânica.

Em 1898 os Estados Unidos emergiram como grande potência.Seu primeiro feito de destaque foi a derrubada dos últimos bastiões espanhóis na América (Cuba e Porto Rico) e na Ásia (Filipinas).Mas 98 não representou unicamente uma grande vitória da nova potência imperialista - os EUA -, mas o fim do decadente colonialismo espanhol.

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Caricatura do início do século XX que mostra Tio Sam (símbolo dos EUA) enorme em relação a Tio Bull (símbolo da Inglaterra), mostrando o crescimento dos norte-americanos no cenário mundial do imperialismo

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Emenda Platt - 1901•Artículo I: ...el Gobierno de Cuba nunca celebrará con ningún Poder o Poderes extranjeros ningún Tratado u otro convenio que pueda menoscabar o tienda a menoscabar la independencia de Cuba ni en manera alguna autorice o permite a ningún Poder o Poderes extranjeros, obtener por colonización o para propósitos militares o navales, o de otra manera, asiento en o control sobre ninguna porción de dicha Isla.•Artículo II: ...dicho Gobierno no asumirá o contraerá ninguna deuda pública para el pago de cuyos intereses y amortización definitiva después de cubiertos los gastos corrientes del Gobierno, resulten inadecuados los ingresos ordinarios.•Artículo III: ...el Gobierno de Cuba consiente que los Estados Unidos pueden ejercitar el derecho de intervenir para la conservación de la independencia cubana, el mantenimiento de un Gobierno adecuado para la protección de vidas, propiedad y libertad individual y para cumplir las obligaciones que, con respecto a Cuba, han sido impuestas a los EE.UU. por el Tratado de París y que deben ahora ser asumidas y cumplidas por el Gobierno de Cuba.•Artículo VII: ...para poner en condiciones a los EE.UU. de mantener la independencia de Cuba y proteger al pueblo de la misma, así como para su propia defensa, el Gobierno de Cuba venderá o arrendará a los EE.UU. las tierras necesarias para carboneras o estaciones navales en ciertos puntos determinados que se convendrán con el Presidente de los EE.UU.

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BIG STICK – corolário da Doutrina Monroe

• TheTheodore Roosevelt foi também criador da política do “porrete” (big stick), que consistia basicamente de intervenções sistemáticas em países vizinhos que estivessem atravessando processos de instabilidade política.

• Do período que vai de 1898 a 1925, os EUA intervieram 31 vezes em 9 países da América Central e Caribe.

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A map of Middle America, showing the places affected by the proverbial big stick

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Fidel Castro• Filho de um rico proprietário rural,

com educação em escolas jesuítas, que desde jovem havia participado ativamente da política estudantil, tendo se envolvido num movimento sem sucesso para derrubar o ditador da República Dominicana Rafael Leónidas Trujillo. Quando Batista assumiu o poder por um golpe militar, Fidel Castro era um advogado recém-formado dedicado especialmente à defesa dos opositores do governo, e estava envolvido ativamente na vida política cubana, sendo candidato a uma vaga na Câmara de Representantes nas eleições de 1952.

Tendo à suas costas a bandeira de Cuba e o retrato de Eduardo Chibás, Fidel discursa numa reunião do Partido Ortodoxo, em Havana, no ano de 1951

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1952- Golpe de Estado 1952- Golpe de Estado em cubaem cuba

Fulgêncio BatistaFulgêncio Batista, em 10 de março de 1952, três semanas antes das eleições presidenciais, liderou um golpe de Estado e assumiu o poder de Cuba. O governo de Batista foi marcado pela violenta repressão. Os partidos políticos foram dissolvidos. Acabou liberando o país para a ação da máfia norte-americana, facilitando o tráfico de drogas e a prostituição.

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19531953- Ataque ao Quartel Moncada

• Fidel organizou a mais ousada operação armada, até então, contra o governo de Fulgêncio Batista. Acompanhado por um grupo de civis, atacou o quartel de Moncada, baluarte do exército de Santiago de Cuba. Alguns membros do grupo foram dominados e presos imediatamente. outros, como Fidel, conseguiram fugir e foram conduzidos à prisão dias depois. Cerca de 70 rebeldes morreram e alguns, sem julgamento, foram exilados na prisão da Ilha de Pinos.

• Esse episódio, ocorrido no dia 26 de julho, sacudiu a opinião pública. Fidel Castro, um jovem advogado recém-formado, havia recrutado e organizado um grupo armado clandestinamente, e a divulgação dos pormenores desse feito causou impacto.

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Fidel Castro foi condenado a 15 anos de

reclusão na Fortaleza Militar de La Cabana,

mas foi beneficiado por uma anistia

concedida pelo governo de Batista em

1955. Partiu para o exílio no México, onde

conheceu o médico argentino Ernesto

“Che” Guevara, também envolvido em

causas sociais. De lá organizou um grupo

de rebeldes, ao mesmo tempo em que

estabelecia contatos com opositores ao

governo Batista que ainda viviam em Cuba,

criando assim o M-26 (Movimento 26 de

Julho) – nome dado em alusão à data do

assalto ao Quartel Moncada –, que se

tornou um movimento de alcance nacional

e internacional.

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Fidel Castro (seta) e 21 companheiros posam para uma foto na Cidade do México, em 24 de junho de 1956

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Dezembro de 1956Dezembro de 1956 A chegada do GranmaA chegada do Granma

• Fidel Castro relata o desembarque na praia Colorada, em Cuba, da seguinte forma: "Nós desembarcamos com 83 homens, em 2 de dezembro de 19562 de dezembro de 1956, e sofremos imediatamente um primeiro revés ( ... ). Pouquíssimos camaradas tombaram durante este ataque [governamental], mas o grupo foi inteiramente dispersado. Comigo restaram apenas dois homens e dois fuzis ( ... ). Quando nos reencontramos, éramos então doze homens e nove fuzis". Vários integrantes da expedição foram mortos ao chegar, outros feitos prisioneiros. Os sobreviventes conseguiram atingir o seu objetivo graças à ajuda dos camponeses.

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FIDEL CASTRO EM SIERRA MAESTRA

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Os barbudos

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1959 – a vitória dos barbudos

• De vitória em vitória, as forças rebeldes chegaram a Palma Soriano, próximo a Santiago de Cuba, em 31 de dezembro. Lá estavam Fidel Castro e a Rádio Rebelde. Do centro da ilha, Che Guevara, que havia ocupado a cidade de Santa Clara, dirigia-se para Santiago. As forças da segunda frente oriental haviam tomado 14 quartéis e se dirigiam, também, para Guantânamo e Santiago. A vitória estava certa.

• O reveillon de 1959 foi diferente em Cuba. Primeiro de janeiro foi o dia em que Fulgêncio Batista fugiu para não mais voltar. Sem capacidade de resistir, o ditador abandonou a capital cubana, deixando ordens para seus discípulos enfrentarem os rebeldes. Foi fácil ocupar a capital e derrotar o semi-exército acéfalo. No dia 2 de janeiro proclama va-se o novo governo na Universidade de Santiago: Urrutia era o presidente e, logo em seguida, em 10 de fevereiro, Fidel Castro se tornaria o primeiro-ministro.

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Em documento de 6 de abril de 1960, e que veio a público em 1991, o então subsecretário de Estado adjunto para os Assuntos Interamericanos, Lester Dewitt Mallory, escreveu memorando discutindo restrições econômicas que poderiam ser aplicadas a Cuba

“Não existe uma oposição política efetiva em Cuba; portanto, o único meio previsível que temos hoje para alienar o apoio interno à Revolução é através do desencantamento e do desânimo, baseados na insatisfação e nas dificuldades econômicas. Deve utilizar-se sem demora qualquer meio concebível para debilitar a vida econômica de Cuba. Negar-lhe dinheiro e fornecimentos a Cuba para diminuir os salários reais e monetários visando causar a fome, o desespero e o derrubamento do governo”.

•Informe de Cuba sobre a Resolução nº 61/11 da Assembleia Geral das Nações Unidas, 2007. Disponível em: <http://www.cubavsbloqueo.cu/informe2007/InformeIngles/indexing.html>. Acesso em: janeiro 2010.

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Cronología de la revolución cubanaCronología de la revolución cubana

1 de enero de 1959 1 de enero de 1959

Ante el avance de las columnas guerrilleras de Fidel Castro, el dictador Fulgencio Batista huye de Cuba. La revolución triunfa en el país

6 de agosto de 1960 6 de agosto de 1960

Fidel Castro anuncia la nacionalización de las refinerías de petróleo, centrales azucareras y compañías de teléfonos y electricidad de EE.UU.

11 de enero de 1961 11 de enero de 1961

Cuba inicia la campaña nacional de alfabetización

17 de abril de 1961 17 de abril de 1961

Unos 1500 batistianos adiestrados por la CIA desembarcan en Playa Girón, en la Bahía de Cochinos. En 72 horas, el ejército rebelde desbarata la invasión

3 de febrero de 1962 3 de febrero de 1962

El presidente J. F. Kennedy ordena el embargo económico y financiero contra la isla, que se prolonga hasta hoy.

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19611961

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Playa Giron (Baía dos Porcos) Playa Giron (Baía dos Porcos) CubaCuba

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19611961 – CUBA SOCIALISTA – CUBA SOCIALISTA

• No dia 14 de abril de 1961, um grupo de exilados cubanos, armados pela CIA, desembarcava na Baía dos Porcos, em Cuba, para iniciar um levante contra Fidel Castro. Foram derrotados pelo exército e pela resistência popular. Foi nesse momento que Fidel Castro proclamou uma "revolução socialista" no país e o alinhamento oficial com a URSS. Em 1962, Cuba foi expulsa da OEA e os Estados da América Latina rompiam relações com a ilha. O único país socialista do continente americano estava totalmente isolado.

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“O que não podem perdoar [...] é que tenhamos feito uma revolução socialista bem no nariz dos Estados Unidos! E que esta revolução socialista seja defendida com estes

fuzis!”

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Final del desfile del 2 de Enero de 1962 en la Plaza de la Revolución

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El Che Guevara en la Plaza Roja de Moscú

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1962 - A Crise dos Mísseis

• Em outubro de 1962, a URSS inicia a instalação de mísseis em Cuba (o seu disparo não demoraria mais que 15 minutos para atingir Washington). Os EUA pedem a imediata retirada de tais instalações, e impõem um bloqueio naval à ilha, para evitar novos envios soviéticos. O governo de Moscou, então, recua em troca do compromisso americano de não invadir a ilha. Dessa forma, consolidava-se a passagem de Cuba para a órbita soviética.

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President Kennedy signs Cuba quarantine proclamation 23 October 1962

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• Navios soviéticos com armas

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Entrevista com o irmão Robert kennedy – Casa Branca

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caricatura de um jornal britânico - 26 de outubro de 1962

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A incorporação de Cuba ao bloco socialista provocou mudanças na política norte-americana em relação à América Latina. Era necessário evitar, a qualquer custo, que outros países da região seguissem o caminho trilhado por Havana. Era a chamada teoria do efeito dominó. As autoridades na Casa Branca temiam que a emergência de um país socialista numa região pudesse contaminar os vizinhos. Esse mesmo argumento foi utilizado para justificar o aumento da presença militar norte-americana em um pequeno país do sudeste asiático. Em pouco tempo, as tropas ianques estavam mergulhadas na guerra do Vietnã.

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ALIANÇA PARA O PROGRESSO• Portanto, eu conclamo todos os povos do hemisfério a juntar-se em uma nova

Aliança para o Progresso – Alianza para o Progreso - um vasto esforço cooperativo, sem paralelo em sua magnitude e nobreza de propósitos, para satisfazer as necessidades básicas dos povos americanos por casa, trabalho e terra, saúde e escolas – techo, trabajo y tierra, salud y escuela... Eu proponho que a República Americana dê início a um plano de 10 anos para as Américas, um plano para transformar os anos 60 na década do desenvolvimento.

• No dia 13 de março de 1961, o Corpo Diplomático Latino-Americano, juntamente com líderes do Congresso e a alta burocracia do Departamento de Estado, foram convidados para o já esperado lançamento oficial da Aliança para o Progresso. Kennedy evitou falar de comunismo, preferindo reportar-se às ações de Castro e dos soviéticos, vistas como parte de uma agressão imperialista que era, não somente um perigo militar, como também, uma ameaça às identidades nacionais de todos os países do hemisfério, a qual ele opunha uma “revolução pacífica”, na qual norte e sul estivessem unidos por um único processo de transformação econômica, social e política.

A ALIANÇA PARA O PROGRESSO E AS RELAÇÕES BRASIL-ESTADOS UNIDOS / RICARDO ALAGGIO RIBEIRO / Tese UNICAMP-IFCH - 2006

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• Marcelo Nitsche Aliança para o progresso

• 1965

• Esmalte sintético s/ aglomerado de madeira e corrente de ferro 122,0 x 80,0 x 10,0 cm

• Doação AAMAC

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• Organização de Solidariedade com os Povos de África, Ásia e

América Latina

• “Toda a nossa ação é um berro de guerra contra o imperialismo e um clamor pela unidade dos povos contra o grande inimigo do gênero humanos: os Estados Unidos de Norte América”.

Mensagem aos Povos do Mundo

Através da Tricontinental

Ernesto 'Che' Guevara - 1967

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Organização Latino-Americana de Solidariedade Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) - 1967(OLAS) - 1967

• Entre 31 de julho e 10 de agosto de 1967, ocorreu em Havana a conferência que deu origem a Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS). A reunião contou com a presença de setecentos delegados representando movimentos revolucionários de 22 países latino-americanos. O lema adotado pelos participantes - “O dever de todo revolucionário é fazer a revolução" - era uma dura crítica ao imobilismo e burocratismo de muitos partidos comunistas. O governo cubano assumia abertamente o papel de estimulador de novas revoluções em outros países do continente americano. Milhares de revolucionários latino-americanos, de diferentes organizações, realizaram treinamentos de guerrilha urbana e rural na Ilha. O projeto de exportar a revolução era, para Fidel Castro, uma tentativa de romper com o isolamento imposto pelos Estados Unidos e assegurar a sobrevivência e consolidação do regime surgido em 1959.

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1962-1968 Golpes na América Latina

•De acordo com o historiador Luiz Fernando Ayerbe, entre 1962 e 1968, o panorama político na América Latina refletia a opção clara pelo militarismo com golpes na Argentina, Guatemala, República Dominicana, Honduras, Haiti, Bolívia, Brasil e Peru. No plano internacional, os Estados Unidos também se envolvem cada vez mais no conflito do Vietnã. E é nesse contexto político que ocorre a morte de Ernesto “Che” Guevara, em 9 de outubro de 1967, na Bolívia, onde tentou criar um foco guerrilheiro com o objetivo de exportar a Revolução para os demais países da América Latina.

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GUERRILHAGUERRILHA

A palavra guerrilha é um diminutivo de guerra em espanhol. A palavra adquiriu tal conotação no início do século XIX, quando pequenos grupos armados resistiram as tropas invasoras de Napoleão que haviam ocupado a Espanha. No século XX, essa técnica de guerra foi utilizada com sucesso por vários grupos. Na China de Mao tsé-Tung contra as tropas direitistas do Kuomintang de Chiang Kai-shek. Por Tito, durante a Segunda Guerra, na Iugoslávia, contra as tropas nazistas. Em Cuba, por Fidel e Guevara, na luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista. Também esteve presente no processo de descolonização, ocorrido pós Segunda Guerra, em quase todos os países que se libertaram.

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GUERRILHAGUERRILHA

A guerrilha parte do princípio que os bandos guerrilheiros quando bem coordenados e contando com apoio das populações locais são capazes de imobilizar ou mesmo derrotar tropas regulares e melhor equipadas.

A partir da segunda metade do século XX, em muitos países latino-americanos, foram formados grupos de guerrilha com o intento de combater as ditaduras costumasses na região. Apenas em dois países -Cuba e Nicarágua - os guerrilheiros conseguiram chegar ao poder.

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FUGINDO DA ILHAFUGINDO DA ILHA

•Após a crise dos mísseis, novas medidas foram adotadas pelo governo norte-americano para intensificar o bloqueio econômico contra os cubanos, como a proibição a subsidiárias de matrizes norte-americanas em outros países de realizarem qualquer tipo de operação com Cuba, além do congelamento dos ativos cubanos nos Estados Unidos. Também se inicia uma política de incentivo à imigração cubana, especialmente com a Lei de Ajuste Cubano, em novembro de 1966. A legislação premiava os cubanos que conseguissem entrar no solo americano, creditando status de exilado político, diferentemente de políticas praticadas pelos Estados Unidos com outros países. Desde então, três grandes ondas migratórias foram registradas entre os países: Camarioca, em 1965; Mariel, em 1980; e a Crise dos Balseiros, em 1994.

Abril de 1980Abril de 1980

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Agosto de 1994Agosto de 1994

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8 de junio del 2005: Un grupo de balseros cubanos llegan a las costas de Florida a bordo de un vehículo Mercury del año 1949 que fue transformado en

una improvisada embarcación.

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21 a 25 de enero de 1998

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20 de outubro de

2004

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• “(...) A meus compatriotas, que fizeram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo âmbito devem ser adotados acordos importantes para o destino de nossa Revolução, comunico a vocês que não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe (...)”

• O fragmento do texto acima foi escrito por Fidel Castro RuzFidel Castro Ruz, em 18 de fevereiro de 18 de fevereiro de 20082008, e publicado no dia seguinte no Granma, jornal oficial do PCC (Partido Comunista de Cuba), na capa da publicação sob o título de Mensaje del Comandante em Jefe. A reunião da Assembléia Nacional do país, para escolher os 31 membros do Conselho de Estado, estava programada para ocorrer no próximo dia 24 de fevereiro. Na mensagem publicada pelo periódico, Fidel Castro justificou a recusa devido à deterioração de seu estado de saúde. O mandatário já estava afastado do comando da ilha desde 1º de agosto de 2006 e desde então foi substituído por seu irmão Raúl CastroRaúl Castro.

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Cuba pós-Fidel ?Cuba pós-Fidel ?

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Camp Delta Guantanamo Bay Cuba

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