Revolução inglesa

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Prof. Rafael Camargo 2º ano do EM

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Prof. Rafael Camargo

2º ano do EM

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O absolutismo Inglês teve inicio com o rei Henrique VII(1485 – 1509), fundador da dinastia dos Tudor, queassumiu o trono ao final da “guerra das duas rosas” –conflito provocado por disputas pelo trono inglêsentre duas famílias da nobreza, os Lancaster e osYork, grande proprietários de terra.

Henrique VII, que tinha laços de parentesco com osLancaster e os York, recebeu o apoio da burguesiapara conseguir a pacificação no país. Seus sucessoresampliaram os poderes da monarquia inglesa.

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No reino de Elisabeth I (1558 – 1603) o absolutismomonárquico inglês fortaleceu-se ainda mais ecolaborou ativamente para o desenvolvimento dopaís. Nesse período teve início a expansãocolonial inglesa, com a colonização da Américado Norte e o apoio aos atos de pirataria contranavios espanhóis.

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Durante o século XVI, a dinastia dos Tudorsgovernou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da burguesia e da nobreza rural (gentry). Nessa época haviam interesses comuna entre a monarquia absoluta, a burguesia e a gentry, que explorava a terra com fins lucrativos (ao contrário do que ocorria no antigo sistema feudal)

Entre as medida tomadas pela monarquia inglesa que demonstram esses interesses comuns, destacan-se:

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A centralização do poder político com a garantia de ordem social;

A unificação das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitas o comércio;

A permissão dos corsários (forma de pirataria) para atacar navios inimigos;

Incentivo dado a expansão maritimo e comercial.

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A igreja anglicana, controlada pelo Estado, também participava desse jogo de interesses: mantinha nas cerimônias a forma ritual católica, mas destacava o conteúdo calvinista da religião anglicana. A ética religiosa calvinista era mais adequada aos valores burgueses, uma vez que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas.

A dinastia dos Tudor chegou ao fim com a morte de Elisabeth I. Sem descendentes diretos, o trono coube ao primo Jaime, rei da Escócia, que se tornou soberano dos dois países com o título de Jaime I (1603 – 1625). Iniciava-se a dinastia dos Stuart.

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No século XVII, a dinastia dos Stuart pretendeu exercer um absolutismo de direito, reconhecido juridicamente. Nesse momento, entretanto, a burguesia e a gentry, percebendo que o absolutismo tornava-se prejudicial aos seus interesses, não desejavam que o amplo poder do rei e sua intervenção nos assuntos econômicos atrapalhassem seus negócios.

A dinastia dos Stuart entrou, então, em choque com o parlamento inglês, que era dominado por representantes da gentry e da burguesia.

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O rei lutava pelo poder absoluto. A maioria dos parlamentares defendia a limitação jurídica do poder real (absolutismo).

Essa luta pelo poder entre monarquia e parlamento teve reflexos no campo religioso. Para conseguir o apoio da nobreza católica tradicional, o rei estabeleceu, por meio de uma rigorosa legislação religiosa, que a Igreja anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, fiel aos princípios calvinistas, ficou ainda mais descontente. Fundou, então, novas seitas religiosas, como a presbiteriana.

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Os presbiterianos, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado, na qual os bispos não fossem nomeados pelo rei. Cada Igreja seria dirigida por um pastor indicado pelo conselho dos membros mais idosos da Igreja (presbíteros).

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Em 1628, o parlamento inglês estabeleceu, por meio da “petição de direitos”, que o rei não poderia criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização parlamentar. No ano seguinte o rei Carlos I (sucessor de Jaime I) reagiu a essa petição, fechando o parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição.

Em 1640, Carlos I viu-se obrigado a convocar o parlamento, a fim de conseguir recursos financeiros para combater uma revolta escocesa contra seu governo.

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Uma vez reunidos os parlamentares tomaram uma série de medidas limitando o poder do rei. Decretaram, por exemplo, uma lei que proibia o monarca de dissolver o parlamento e tornava obrigatória a convocação do órgão pelo menos uma vez a cada três anos.

Esses acontecimentos agravaram ainda mais os conflitos entre parlamento e o rei, desencadeado na Revolução Inglesa.

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A revolução Inglesa é normalmente dividida em quatro etapas distintas:

Guerra civil (1642 – 1648)

Regime republicano (1649 – 1659)

Restauração monárquica (1660 – 1688)

Revolução Gloriosa (1688 – 1689)

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Guerra Civil: A morte do Rei

Irritado com a oposição parlamentar, Carlos I mandou sua guarda real invadir a sede do parlamento e prender seus principais líderes. Estes, por sua vez, organizaram tropas para lutar contra as forças do rei. Teve início a guerra civil.

Na divisão das forças em conflito, estavam do lado do rei, principalmente a nobreza anglicana e católica. Do lado do parlamento estavam:

A burguesia

Gentry

Camponeses pobres

Yeomen (pequenos proprientários rurais)

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As tropas do parlamento foram lideradas por Oliver Cromwell, que organizou o “new modelArmy”, cujos os postos de comando eram conquistados por merecimento militar e não pela origem da família, como ocorria no exército organizado pelo monarca. A adoção deste critério estimulou os combatentes, contribuindo para o fortalecimento da tropas parlamentares.

A guerra civil chegou ao fim com a vitória das forças parlamentares. O rei Carlos I preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1949.

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Regime republicano: O protetoradoApós esmagar a oposição as oposições, Oliver

Cromwell instaurou na Inglaterra um regime republicano, conhecido como ditadura Cromwell ou protetorado.

Entre os acontecimentos que marcaram este período estão:

Formação da comunidade Britânica Decreto do ato de navegação Guerra contra os holandeses Estabelecimento do título de Lorde Protetor

Após a morte de Cromwell, seu filho Ricardo, assumiu o poder dando continuidade ao governo republicano.

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Restauração monárquica: os Stuart voltam ao poderRicardo não tinha a mesma habilidade administrativa e

capacidade política que seu pai. Manteve-se no poder por apenas oito meses, sendo deposto pelos principais chefes militares que agiam em sintonia com o parlamento.

A agitação política tomou conta do país. O parlamento decidiu restaurar a dinastia dos Stuart, convidando Carlos II a assumir o trono britânico. O rei, entretanto, deveria governar com seus poderes limitados pelo parlamento.

Depois de Carlos II assumiu o trono seu irmão Jaime II tentou restabelecer o absolutismo e ampliar a influência do catolicismo. Com isso, novos conflitos surgiram entre os grupos sociais que apoiavam o parlamento e os que apoiavam a monarquia e desejavam o absolutismo

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Revolução Glorioso: a derrota final do absolutismoTemendo a volta do absolutismo, a maioria do

parlamento decidiu tirar Jaime II do poder. Para isso, estabeleceu uma acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (casado com Maria Stuart, filha de Jaime II), que assumiria o trono inglês com a condição de que respeitasse os poderes do parlamento.

A luta entre as forças de Guilherme de Orange e as tropas de Jaime II (sogro não serve pra nada) ficou conhecida como “Revolução Gloriosa” que culminou com a derrota final do absolutismo e o monarca inglês.

Com o título de Guilherme III, Orange assumiu o trono britânico. Como rei assinou a Declaração de Direitos, no qual o parlamento limitava seus poderes em vários aspéctos

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