Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

13

Click here to load reader

Transcript of Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

Page 1: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS

ENTOMOLOGIA GERAL – CAA 098

RHYNCHOPHORUS PALMARUM E O ANEL VERMELHO

GABRIEL BOTELHO, MATHEUS ROGACIANO

Junho - 2011

Cruz das Almas

Page 2: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

Gabriel Botelho, Matheus Rogaciano

RHYNCHOPHORUS PALMARUM E O ANEL VERMELHO

Trabalho apresentado à professora Gení Tavares,

Da disciplina de Entomologia, de Engenharia Florestal da UFRB

UFRB

Cruz das Almas - Bahia

[2]

Page 3: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

SUMÁRIO

I. Introdução.......................................................................................................4

II. Descrição do inseto.........................................................................................5

III. Anel Vermelho................................................................................................6

IV. Sintomatologia................................................................................................7

V. Controle..........................................................................................................8

VI. Conclusão.....................................................................................................9

VII. Bibliografia............................................................................................10

[3]

Page 4: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

I. INTRODUÇÃO

A importância do agronegócio do coco é incontestável para a economia do Brasil

enfatizando o Nordeste que possui mais de 90% da produção do país, o que dá 5% da

agricultura nordestina é originada dos coqueirais, que geram 300 mil empregos diretos

só no nordeste. Tudo na planta é aproveitado e transformado em renda, por exemplo,

suas raízes fabricam balaios, o palmito pode ser extraído de sua gema apical que é

comestível, O fruto pode ser usado como fibras para cordas, tapetes, escovas, para

alimentos, para sabões, óleos, farinhas ou comercializado para consumo direto.

Percebemos então a dimensão da importância econômica do cultivo do coqueiro no

Nordeste, porém esta praga, capaz de dizimar populações inteiras de palmáceas, põe em

risco a renda e o sustento de vários agricultores que dependem do coco para sobreviver.

Popularmente conhecido pelos agricultores como: “A broca do olho” ou ‘‘bicudo”, esta

ameaça é denominada como Rhynchophorus palmarum, uma praga muito agressiva dos

coqueirais, é também vetor de um nematóide (Rhadinaphelenchus cocophilus) que

transmite a doença do Anel vermelho, letal para as palmáceas, com este trabalho visa-se

descrever o inseto, revelar sua periculosidade e revelar forma de combatê-lo

[4]

Page 5: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

II. DESCRIÇÃO DO INSETO

Ordem: Coleoptera

Família: Curculionidae

Subfamília: Dryophthorinae

Gênero: Rhynchophorus

Espécie: R. palmarum

Seu ciclo de vida é de 120 dias: Ovo por 3,5 dias; Larva por 60,5 dias; Ninfa por

16 dias; Adulto por 42 dias.

Pertencente da maior ordem de animais existente o bicudo é um coleóptero, ou

seja, trata-se de um besouro caracterizado principalmente por seu par de asa anterior

endurecido, chamadas de élitros. Como outros insetos da família curculionidae, este é

também é caracterizado por seu aparelho bucal (sugador labial) modificado em forma de

rostro, comum em hemípteros, a forma de suas antenas é geniculo-clavada. Apresenta

dimorfismo sexual, o macho possui seu rostro com pêlos e é responsável pela liberação

do feromônio de agregação durante a fase reprodutiva. O adulto pode medir 30 a 50 mm

de comprimento, um inseto pequeno em relação ao tamanho da ameaça que representa.

Sua forma larval se alimenta da gema apical da planta, o que pode ser fatal para

o vegetal. É curculioniforme e apoda, ou seja, sem pés, branca, com a cabeça

diferenciada e quitinizada. E é uma excelente fonte e de proteínas, vitaminas  A e E e

minerais.

[5]

Page 6: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

III. ANEL VERMELHO

O mal do anel-vermelho é causado pelo nematóide Rhadinaphelenchus cocophilus. a

sobrevivência na água ou no solo é geralmente baixa: em menos de 7 dias ocorrem l00

% de mortalidade. As formas jovens podem permanecer viáveis no tecido do estipe por

até 130 dias, localizando-se principalmente nas cavidades intercelulares dos tecidos do

estipe, pecíolos e no córtex da raiz. principalmente na região do anel. É disseminado

principalmente pelo R. palmarum, embora também possa ocorrer através das

ferramentas usadas na colheita e tratos culturais, solo infestado, raízes, água de irrigação

e matéria orgânica infestada. O coqueiro e outras palmeiras como o dendê, quando

sofrem ferimentos, principalmente durante a despalma (corte de folha) e colheita,

liberam cheiro característico que atrai o besouro. O cheiro liberado pelos coqueiros

infectados também atrai o inseto que irá adquirir o nematóide, e transmiti-lo às plantas

sadias.

[6]

Page 7: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

IV. SINTOMATOLOGIA

A ocorrência da doença é mais freqüente em coqueiros de 5 a 15 anos. Externamente,

as folhas murcham, tornando-se amarelo-ouro, começando na ponta dos folíolos e

avançando em direção à raque. Geralmente essas folhas quebram, permanecendo por

alguns dias somente um tufo central de 4 ou 5 folhas verdes. Ocorre a queda parcial de

frutos, porém as inflorescências permanecem normais. Internamente, o sintoma mais

evidente é uma faixa avermelhada de 2 a 4 cm de largura, onde se instala o nematóide

no estipe do coqueiro, o Qual é típico da doença . Esse sintoma, no entanto, varia de

acordo com a variedade, idade da planta e condições do plantio. Ocasionalmente,

coqueiros apresentam toda a parte central do estipe avermelhada, dificultando a correta

diagnose. Dependendo do local por onde ocorre a penetração do nematóide, pode ou

não haver a formação de um anel completo, algumas vezes aparece somente faixas

longitudinais ou semicirculares avermelhadas no estipe, em alguns casos manchas

avermelhadas são detectadas nas ráquis foliares. Os sintomas internos avançam mais

rapidamente que os sintomas externos, e eventualmente toda a planta entra em colapso.

Na fase final o estipe apodrece ficando deteriorado.

[7]

Page 8: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

V. CONTROLE

A) Feromônios e Armadilhas

Os feromônios são substâncias produzidas pelos insetos, responsáveis pela comunicação

química entre os mesmos. Exemplos de seu uso pelos insetos podem ser observados na

época do acasalamento. Para atrair seus parceiros, os insetos eliminam um ferormônio

de acasalamento para que ocorra a cópula entre os mesmos. No caso dos besouros, uma

estratégia interessante e eficaz pode ser utilizada para capturá-los, ou atraí-los para

longe da plantação, ou utilizar um ferormônio sintético para atraí-los e, posteriormente,

eliminá-los.

B) Uso de um predador natural 

Não é viável, pois, como predadores do besouro, temos a cobra e o sapo. Por razões

óbvias não devemos jogar uma população de cobras em nenhuma plantação. Já o sapo,

não se adaptaria ao clima da região. Apesar do litoral nordestino ser úmido, o local não

favorece sua reprodução, pois eles só se reproduzem em água doce (ao colocarem seus

ovos em água salgada acarretaria uma desidratação dos ovos e posterior morte)

C) Armadilhas 

O controle pelo comportamento é feito com o uso de uma armadilha confeccionada com

um balde de plástico com tampa reta ou levemente côncava. Na tampa do balde devem

ser abertos 3 furos de aproximadamente 6 cm de diâmetro equidistantes entre si. Em

cada furo cola-se um funil com a extremidade mais larga voltada para fora. No interior

do balde devem ser colocados alguns pedaços de cana-de-açucar amassados, visando

maior rapidez no processo de fermentação da cana, cuja ação é semelhante àquela onde

os insetos são atraídos pelo cheiro de coqueiros feridos. Ainda sob a tampa do balde

(dentro do balde) deve ser pendurado o feromônio de agregação, e o balde deve ser

fechado. Esta substância sintetizada é atrativa para o inseto e é comercializada no

mercado. De 15 em 15 dias os toletes de cana devem ser trocados.

Os insetos coletados devem ser retirados do balde e mortos manualmente.

[8]

Page 9: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

VI. CONCLUSÃO

O Rhynchophorus Palmaru representa uma grande ameaça aos produtores de

palmáceas, sua ação conjunta com o nematóide Rhadinaphelenchus cocophilus é capaz

de dizimar populações inteiras de coqueiros e outras espécies de palmáceas. Porém se é

capaz de estar livre deste perigo com técnicas simples e baratas.

[9]

Page 10: Rhynchophorus Palmarum e anél vermelho

VII. BIBLIOGRAFIA

Disponível em:

1) http://es.wikipedia.org/wiki/Rhynchophorus_palmarum , Acesso em 10/06/2011

2) http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v25n1/10421.pdf , Acesso em 10/06/2011

3) http://www.bioone.org/doi/abs/10.1653/0015-4040(2002)085%5B0507:CORRDB%5D2.0.CO%3B2

Acesso em 10/06/201

4) http://es.wikipedia.org/wiki/Coleoptera, Acesso em 10/06/2011

5) http://pt.wikiped10/06/2011ia.org/wiki/Insecta, Acesso em 10/06/2011

[10]