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A Influência da Confiança do Decisor no Risco Percebido e no Comportamento Decisório Ricardo Simm Costa Orientador: Prof. Dr. Henrique Freitas Porto Alegre 20 de Maio de 2011

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A Influência da Confiança do Decisor no Risco Percebido

e no Comportamento Decisório

Ricardo Simm Costa

Orientador: Prof. Dr. Henrique Freitas

Porto Alegre

20 de Maio de 2011

Processo Decisório e a

Percepção de Risco

• Ser humano - Capacidade limitada de processamento e de retenção

– Dificuldade/impossibilidade de se analisar todas as informações implicadas em uma decisão

• A percepção de risco passa a ser um elemento central no processo decisório

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

(LIN, 2008; DAS; TENG, 2004; DOWLING, 1986;

DOWLING; STAELIN, 1994; MITCHELL, 1999,

LOOMES; MEHTA; 2007)

(SIMON, 1976)

Risco, Subjetividade e Decisão

• O indivíduo desenvolve estratégias

para lidar com a incerteza (e com

sua capacidade cognitiva) na

tomada de decisão.

– Apego a elementos não ligados

diretamente ao tema de decisão

– Atalhos cognitivos

– Linha de coerência

(BAZERMAN; MOORE, 2010)

(KAHNEMAN; TVERSKY, 1979)

(WEICK, 1995; LOUIS, 1980)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

O papel da confiança

• As experiências anteriores do indivíduo na relação com outros agentes envolvidos no processo de decisão (ou com o seu contexto) refletem nas avaliações futuras (direta ou indiretamente)

• A confiança se torna, portanto, uma estratégia crucial para lidar com situações que envolvam futuro incerto ou incontrolável. – Redução da complexidade e das incertezas

das relações sociais

(KIM; FERRIN; RAO, 2008; BAZERMAN; MOORE, 2010)

(LUHMANN, 1979; BARBER, 1983; EARLE; CVETKOVICH, 1995)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Questão de pesquisa

Existe influência da confiança do

decisor

(a)na formação do grau de risco

percebido e

(b)na disposição do indivíduo em

assumir este grau de risco

percebido, indo em direção a

decisão por uma alternativa em

detrimento das demais.

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Objetivo Geral

• Verificar a influência da confiança

no grau de risco percebido, no grau

de controle percebido pelo decisor,

na disposição em assumir o risco

percebido e na manifestação

individual de uma decisão em um

contexto complexo para seleção de

alternativas.

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Objetivos específicos

Adaptar e validar um instrumento de medida:

a) do grau de confiança;

b) do grau de risco percebido;

c) do grau de controle comportamental percebido;

d) da intenção comportamental e verificar o

comportamento individual;

e) Criar situações que despertem nos decisores

diferentes níveis de confiança e monitorar como

estes decisores avaliam riscos e tomam decisões

em um ambiente complexo.

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Confiança

• “a disposição de uma pessoa em

ficar vulnerável às ações de outra

com base na expectativa de que a

outra irá executar uma ação

específica importante, sobre a qual

não necessariamente será possível

monitorar ou controlar” (p. 712,

grifo do doutorando).

(MAYER; DAVIS; SCHOORMAN, 1995)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Decisão e Comportamento

• A confiança é relevante em

situações onde um indivíduo corre

riscos, mas não tem controle pleno

sobre os resultados

• Dependência de outros

• Comportamento não está

completamente nas mãos de quem

o executa

(KIM; FERRIN; RAO, 2008)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Modelo de Base

(AJZEN; BROWN; CARVAJAL, 2004)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Inclusão da confiança e do risco

• A relação de interdependência

entre risco e confiança recíproca:

– Risco: oportunidade para a confiança

– Confiança: conduz a arcar com o

risco

• A confiança existe justamente

porque o indivíduo não tem

controle pleno.

(ROSSEAU et al, 1998; MOLM et al, 2000)

(HORST; KUTTSHREUTER; GUTTELING, 2007)

Contextualização

Delimitação do tema

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Modelo ilustrativo da tese

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

H1: Quanto maior o controle comportamental percebido menor orisco percebido.H2: Quanto maior o risco percebido, menor é a tendência aocomportamento.H3: Quanto maior a confiança, maior o controle comportamentalpercebido.H4: Quanto maior a confiança, menor o grau de risco percebido.

Procedimentos metodológicos

• Survey

– Aplicação de instrumento estruturado

em um ambiente monitorado, que

envolvesse perdas e ganhos reais

– Jogo de investimentos

• 3 relatórios (de 3 empresas diferentes e

endossados por diferentes analistas)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados esperados

Cronograma

Desenho de pesquisa

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Validação

• 196 estudantes de graduação

– 179 válidos

• 5 grupos

– 3 primeiros (verificação de nível de

risco semelhante)

– 2 últimos (verificação de diferentes

níveis de confiança)Contextualização

Delimitação do tema

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Validação - Instrumentos

• Análise fatorial

• Alpha de Cronbach

– Escala de risco percebido

• Financeiro / Performance

• Psicológico

– Escala de propensão ao risco

– Escala de confiança

• Capacidade

• Benevolência

• Integridade

– Escala de intenção

– Escala de controle comportamental percebido

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Validação dos Relatórios/Biografias

• Semelhança na avaliação do risco

percebido nos relatórios

• Diferença na avaliação da confiança

pelas diferentes biografias

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Ambiente - Cadastro

Contextualização

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Ambiente - Avaliação

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Ambiente - Decisão

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Ambiente - Acompanhamento

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados

• Validade e confiabilidade dos

construtos

• Relação entre os construtos

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados - Validade

• Biografias inspirando diferentes

níveis de confiança*• * diferença de médias para medidas repetidas

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados – Confiança > Risco

• Para a amostra total – Não se verifica uma

diferença significativa na avaliação do risco

para diferentes relatórios

Contextualização

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados – Confiança > Risco

• Para os indivíduos com baixa propensão ao

risco – Verificação da diferença significativa

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados – PBC > Risco

• Correlação negativa e significativa

• Regressão – PBC > Risco fin/perf

• Regressão – PBC > Risco psicológicoContextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados – PBC > Intenção

• Correlação positiva e significativa (errata)

• Regressão – PBC > Intenção

Contextualização

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Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Resultados – Risco > Comportamento

• Seleção de uma alternativa de investimento

• 75,6% dos casos classificados corretamente

• Telecommunit (n=28) , “Globalcomm” (n=39) , Comtel (78)

Contextualização

Delimitação do tema

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Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Discussão

• A confiança surge como uma forma de os

indivíduos fazerem inferências sobre o controle

percebido e sobre o risco percebido.

• Papel intermediário da propensão ao risco na

relação entre confiança e risco percebido (que,

por sua vez, afeta a decisão)

– Os indivíduos que apresentavam baixa propensão

ao risco mostraram-se mais abertos à influência da

confiança.

• A relação entre a confiança e o risco percebido

se mostra por meio do controle

comportamental percebido.

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Considerações finais

Os indivíduos desenvolvem alternativas para lidar

com a incerteza e com a falta de controle na

tomada de decisão.

– a confiança se mostra como um elemento que pode

auxiliar o agente a lidar com situações que estão além

do seu controle (ou são percebidas como estando

além do seu controle).

Confiança > Transferência do poder de decisão

Confiança > Auto-eficáciaContextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Contribuições

• Aderência da confiança e do risco no modelo

da TPB

• Estudo do comportamento em um contexto

real

– Estudos que trabalharam com contextos hipotéticos

verificavam empiricamente uma relação direta da

confiança na formação do risco.

(KIM; FERRIN; RAO; 2008; COLQUITT; SCOTT; LEPINE, 2007; DAS;

TENG, 2004)

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

Limitações

• Foco específico na relação confiante - confiado

– Desconsideração da confiança institucional e confiança de

contexto

• Confiança vista como unidirecional

• Não havia relação pessoal entre confiante e confiado na

formação da confiança

– Desconsideração de envolvimento emocional

• Desenho de pesquisa

– Amostras emparelhadas

– Estudantes

– Distinção entre ambiente criado e ambiente real de

investimento

Contextualização

Delimitação do tema

Questão de pesquisa

Objetivos

Base teórica

Modelo / Hipóteses

Método

Resultados

Considerações finais

capa

A Influência da Confiança do Decisor no Risco Percebido

e no Comportamento Decisório

Ricardo Simm Costa

Orientador: Prof. Dr. Henrique Freitas

Porto Alegre

20 de Maio de 2011

Subjetividade

• Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações. A psicologia social utiliza freqüentemente esse conceito de subjetividade e seus derivados como formação da subjetividade ou subjetivação.

(KEUL, 2002)

KEUL, Hanz-Klaus. Subjectivity and Intersubjectivity: Remarks on the Concept

ofFreedom in Kant and Habermas. The Journal of Value Inquiry, v 36, 2002,

p. 253-266.

Comparação Baixa X Média/Alta

propensão