Richard Baxter - Uma palavra sincera aos não convertidos
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Transcript of Richard Baxter - Uma palavra sincera aos não convertidos
* O texto deste e-book é uma edição do Prefácio do clássico Um Chamado aos Não-Convertidos. Este
pequeno tratado é composto por este Prefácio e mais 4 Sermões baseados em Ezequiel 33:11.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Uma Palavra Sincera Aos Não-Convertidos
Richard Baxter
Para todas as Pessoas não santificadas que lerão este Livro; especialmente para os
meus ouvintes em Borough e Paróquia de Kiderminster.
Homens e Irmãos,
O Deus eterno, que fez vocês para a vida eterna, e os redimiu por meio de Seu único
Filho, quando vocês perderam isto e a si mesmos, estando consciente de vocês em vosso
pecado e miséria, tanto compôs o Evangelho, e o selou por Seu Espírito, e ordenou a
seus ministros prega-lo ao mundo, para que o perdão seja livremente oferecido a vocês, e
o céu sendo posto diante de vocês, Ele pode chama-los para fora de seus prazeres
carnais, e de seguir após o mundo enganador, e familiariza-los com a vida para a qual
vocês foram criados e redimidos, antes que vocês estejam mortos e fora de remediação.
Ele enviou a vocês não profetas ou apóstolos, que receberam a sua mensagem por
imediata revelação; mas ainda assim Ele vos chamou por Seus ministros comuns, que
são comissionados por Ele a pregar o mesmo Evangelho o qual Cristo e Seus apóstolos
pregaram, primeiramente. O Senhor vê como vocês se esqueceram dEle e o vosso fim
último, e quão leve vocês consideram as coisas eternas, como homens que não compre-
endem o que tem que fazer ou padecer. Ele vê quão vigorosos vocês são em pecar, e
quão alarmantemente sem temor, e quão descuidados de suas almas, e como as obras
de infidelidade estão em suas vidas, enquanto a crença dos Cristãos está em suas bocas.
Ele vê o dia terrível à mão, quando seus sofrimentos começarão e vocês deverão lamen-
tar tudo isso com clamores infrutíferos em tormento e desespero; e, então, a lembrança
de vossa insensatez rasgará seus corações, se a verdadeira conversão não impedir isto
agora. Em compaixão de vossas miseráveis almas pecaminosas, o Senhor, que melhor
conhece o vosso caso do que vocês possam conhecê-lo, tem feito disto o nosso dever,
falar com vocês em Seu nome (2 Coríntios 5:19) e falar claramente do vosso pecado e
miséria, e qual será o vosso fim, e como é triste a mudança que vocês verão em breve, se
assim ainda continuarem um pouco mais. Tendo comprado vocês por tão caro preço
como o sangue de Seu Filho Jesus Cristo, e feito a vocês tão livre e completa promessa
de perdão, e graça, e glória eterna; Ele nos ordenou a propor tudo isto a vocês, como um
presente de Deus, e para admoestá-los a considerar a necessidade e preciosidade do
que Ele oferece.
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Ele vê e se compadece de vocês, enquanto vocês estão afogados em cuidados e
prazeres mundanos, e ansiosamente seguindo brinquedos infantis, e desperdiçando esse
curto e precioso tempo por uma coisa sem valor, no qual vocês deveriam preparar-se
para uma vida eterna; e, portanto, ele altamente nos ordenou a chamá-los, e dizer-lhes
como vocês perdem os seus labores, e estão quase a perder as suas almas, e falar-lhes
que maiores e melhores coisas vocês podem seguramente ter, se ouvirem o Seu
Chamado (Isaías 55: 1-3). Nós cremos e obedecemos à voz de Deus; e viemos a vocês
com a Sua mensagem, que nos responsabiliza a pregar, e ser urgentes com vocês em
tempo e fora de tempo, e para que ergamos a nossa voz como uma trombeta, e
mostremos a vocês as suas transgressões e seus pecados (Isaías 58:1-2; 2 Timóteo 4: 1-
2). Mas, ai! Para a tristeza de nossas almas e vossa própria ruína, vocês cerram os seus
ouvidos, vocês endurecem as suas cervizes, vocês endurecem os seus corações, e nos
enviam de volta a Deus com gemidos, para conta-Lo que nós entregamos a Sua
mensagem, mas não conseguimos fazer nenhum bem a vocês, nem mal conseguimos
uma audiência sóbria. Ó! Que nossos olhos fossem uma fonte de lágrimas, para que nós
pudéssemos lamentar a nossa ignorância, pessoas descuidadas, que têm a Cristo diante
deles, e perdão, e vida, e o céu, e que, no entanto, não possuem corações para conhecer
o Seu valor! Que podem ter a Cristo, e graça, e glória, bem como os outros, se não fosse
por sua voluntariosa negligência e desprezo!
Oh, que o Senhor enchesse os nossos corações com mais compaixão por estas almas
miseráveis, para que pudéssemos nos lançar mesmo aos seus pés, e segui-los até as
suas casas, e falar-lhes com as nossas lágrimas amargas: Pois, por muito tempo temos
pregado a muitos deles em vão; Nós estudamos com clareza para fazê-los entender, e
muitos deles não nos entenderão; nós estudamos sério, esquadrinhando as palavras,
para fazê-los sentir, mas eles não sentirão. Se os maiores assuntos funcionassem com
eles, nós os despertaríamos; se as coisas mais doces funcionassem, nós os atrairíamos e
ganharíamos os seus corações; se as coisas mais terríveis dessem certo, nós no mínimo
os atemorizaríamos com a sua impiedade; se verdade e certeza aproveitassem para eles,
nós os convenceríamos logo; se o Deus que os criou, e Cristo que os comprou, fossem
ouvidos, o caso seria logo alterado com eles; se a Escritura fosse ouvida, nós em breve
prevaleceríamos; se a razão, mesmo a melhor e mais forte razão, pudesse ser ouvida,
nós, sem dúvida, rapidamente os convenceríamos; se a experiência pudesse ser ouvida,
mesmo a sua própria experiência, e a experiência de todo o mundo, a questão poderia ser
corrigida; sim, se a consciência dentro deles pudesse ser ouvida, o caso seria melhor com
eles do que é. Mas, se nada pode ser ouvido, o que então faremos por eles? Se o terrível
Deus do céu é desprezado, quem, então, será considerado?
Se o inestimável amor e sangue de um Redentor são considerados sem valor, o que
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então será valorizado? Se o céu não tem nenhuma glória desejável para eles, e os júbilos
eternos não têm nenhum valor, se eles podem zombar do inferno, e dançar próximo ao
abismo sem fundo, e brincar com o fogo consumidor, e isto quando Deus e o homem os
alertam sobre isto, o que faremos por tais almas como essas?
Mais uma vez, em nome do Deus do céu, eu anunciarei a mensagem a vocês, a qual Ele
tem ordenado a nós, e a deixarei nestas linhas permanentes para convertê-los ou para
condená-los; para mudá-los, ou para erguerem-se em julgamento contra vocês, e para
que sejam uma testemunha para as suas faces, que uma vez vocês tiveram um sério
chamado a converterem-se. Ouçam, todos vocês que são escravos do mundo, e servos
da carne e de Satanás! Que desperdiçam os seus dias em buscar prosperidade na terra,
e mergulham as suas consciências em bebedices, e glutonaria, e preguiça, e esportes
tolos, e conhecem o seu pecado, e ainda assim pecam, como se desafiassem a Deus, e
O provocassem a fazer o Seu pior e não poupar! Ouçam, todos vocês que não se
importam com Deus, e não têm o coração nas coisas santas, e não sentem nenhum
prazer na Palavra ou no culto ao Senhor, ou em pensamentos ou menção da vida eterna,
que são descuidados de vossas almas imortais, e nunca despendem uma hora em
investigar em que condição elas estão, se santificadas ou não santificadas, e se vocês
estão preparados para se apresentarem diante do Senhor! Ouçam, todos vocês, que por
pecarem à luz, têm banqueteado a vós mesmos em infidelidade, e não creem na Palavra
de Deus. Aqueles que têm ouvidos para ouvir que ouçam, deixem-no ouvir o gracioso e,
ainda assim, terrível chamado de Deus! Enquanto Seus olhos estão completamente sobre
vocês. Seus pecados estão registrados, e vocês certamente os ouvirão novamente.
Deus mantém o livro agora, e Ele escreverá tudo isto sobre as suas consciências com
seus terrores, e então vocês também devem guarda-lo; oh pecadores, que vocês
soubessem apenas o que estão fazendo! E a Quem vocês estão ofendendo todo este
tempo! O sol em si mesmo é trevas diante daquela Majestade, a qual vocês diariamente
abusam e provocam descuidadamente. Os anjos pecadores não foram capazes de
permanecer diante dEle, mas foram lançados a baixo para serem atormentados com os
demônios. E ousam estes vermes tolos como vocês a despreocupadamente ofender, e
colocarem-se a si mesmos contra o seu Criador! Oh, que vocês apenas soubessem um
pouco em que condição esta miserável alma está, que tem envolvido o Deus vivo contra
ela! As palavras de Sua boca, que te fizeram, podem te desfazer; a carranca de Sua face
cortará a ti e lançará a ti na completa escuridão. Quão ansiosos estão os demônios para
estarem contigo, que têm tentado a ti, e apenas esperam pela palavra de Deus para
tomar-te e usar-te como deles próprios! E então, em um momento, tu estarás no inferno.
Se Deus é contra ti, todas as coisas são contra ti: este mundo é apenas a tua prisão, para
tudo o que tu tanto amas; tu estás apenas preso nele para o dia da ira [Jó 21: 30]. O Juiz
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está vindo, tua alma mesmo está indo. Ainda em pouco tempo, e teus amigos dirão de ti:
“Ele está morto”; e tu verás as coisas que tu agora desprezas, e sentirás aquilo em que
agora tu não queres crer.
A morte trará um tal argumento que tu não poderás responder, um argumento que deve
refutar efetivamente teus sofismas contra as palavras e caminhos de Deus, e todos os
teus autoconceitos caducos. E então, quão breve tua mente será mudada? Então, seja
um incrédulo, se tu puderes; permaneça, assim, com todas as tuas palavras anteriores, as
quais tu eras acostumado a proferir contra a vida santa e celestial. Torne boa esta causa
diante de Deus, que tu estavas acostumado a alegar contra os teus mestres, e contra o
povo que temia a Deus. Então, permaneça com tuas velhas opiniões e desdenhosos
pensamentos sobre a diligência dos santos; prepare agora as tuas mais fortes razões, e
fique de pé, então, diante do Juiz, e pleiteie como um homem por tua vida carnal,
mundana e ímpia. Mas, saiba que terás Alguém com quem pleitear, que não estará
inseguro por ti; nem é tão facilmente dissuadido como nós, teus companheiros – criaturas.
Oh pobre alma! Não há nada além de um fino véu de carne entre ti e aquela terrível visão,
que rapidamente te silenciará, e converterá o teu tom, e te fará de outro ânimo! Tão logo a
morte retire esta cortina, verás primeiro, o que rapidamente te deixará sem palavras. E
quão brevemente aquele dia e hora chegarão! Quando tu tiveres apenas mais algumas
poucas horas alegres, e apenas mais um pouco mais dos agradáveis jogos e bocados, e
um pouco mais das honras e riquezas do mundo, a tua porção será desperdiçada, e os
teus prazeres findados, e tudo então se vai do que tu estabeleceste sobre teu coração; de
tudo pelo que tu vendeste teu Salvador e salvação, não é deixado, senão o severo e
pesado acerto de contas. Como um ladrão, que se assenta alegremente em uma cerveja-
ria, gastando o dinheiro que ele havia roubado, enquanto os homens cavalgam apressa-
dos para prendê-lo, assim é com vocês. Enquanto vocês estão mergulhados em cuidados
ou prazeres carnais, e alegrando-se em vossa própria vergonha, a morte está chegando
apressada para apoderar-se de você, e levar as suas almas para um lugar e estado que
agora vocês bem pouco conhecem ou cogitam. Suponham, quando vocês estão
apegados e ocupados em seu pecado, que um mensageiro estivesse vindo de Londres
para prendê-los e tirar-lhes a vida; embora vocês não o vissem, mas se soubessem que
ele estava chegando, isso estragaria a vossa alegria, e vocês estariam pensando na
pressa dele, e obedecendo, atentando para quando ele batesse em vossa porta.
Oh que vocês pudessem apenas ver com que pressa a morte vem, que, ainda assim, ela
ainda não ultrapassou vocês! Ninguém nomeia tão rápido! Nenhum mensageiro é mais
certo! Tão certo quanto o sol estará com vocês na parte da manhã, embora ele tenha
muitos milhares e uma centena de milhares de milhas para percorrer à noite, desta forma,
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tão certamente, a morte estará rapidamente com vocês; e, então, onde está o vosso
esporte e lazer? Então, vocês brincarão e enfrentarão ela? Então, vocês zombarão
daqueles que vos avisarão? Assim, é melhor ser um santo crente ou um mundano
sensual? “E o que tens preparado, para quem será” todas as coisas que tens ajuntado?
(Lucas 12:19-21). Vocês não observam que os dias e as semanas rapidamente se foram,
e as noites e manhãs vêm em ritmo acelerado, e rapidamente sucedem um ao outro?
Vocês dormem, mas “a sua perdição não dormita”, vocês tardam, mas “não será tardia a
sentença” (2 Pedro 2:3-5); a qual está reservada para “os injustos para o dia do juízo” (2
Pedro 2:8-9). Oh, que vocês fossem sábios para entender isso, e que atentassem para o
vosso fim (Deuteronômio 32:29). “Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça o chamado de
Deus neste dia de sua salvação”.
Oh pecadores descuidados! Que vocês apenas conhecessem o amor que vocês negligen-
ciam, e a preciosidade do sangue de Cristo que vocês desprezam! Oh, que vocês apenas
conhecessem as riquezas do Evangelho! Oh, que vocês apenas conhecessem um pouco
da segurança, glória e bem-aventurança daquela vida eterna, na qual vocês não querem
agora colocar o vosso coração, nem são persuadidos, a primeiro e diligentemente busca-
rem (Hebreus 11: 6 e Mateus 6:12). Se vocês ao menos conhecessem a vida eterna com
Deus, que vocês agora negligenciam, quão rapidamente vocês renunciariam a vosso
pecado, quão brevemente vocês mudariam de mente e vida, curso e companhia; e
converteriam os fluxos de suas afeições, e definiriam os seus cuidados de outra maneira!
Quão resolutamente vocês desdenhariam entregar-se a tais tentações que agora vos
enganam e vos carregam para longe! Quão zelosamente vocês apressariam a si mesmos
para aquela vida mui bem-aventurada! Quão sinceramente vocês estariam com Deus em
oração! Quão diligentes no ouvir, e aprender, e investigar!
Quão sérios em meditar sobre as leis de Deus! (Salmos 1:2). Quão temerosos de pecar
em pensamento, palavra ou ação; e quão cuidadosos para agradar a Deus e crescer em
santidade! Oh, que pessoas transformadas vocês seriam! E por que a segura Palavra de
Deus não seria crida e prevaleceria com vocês, a qual revela para vocês estas coisas
gloriosas e eternas? Sim, permitam-me dizer-lhes que, mesmo aqui na terra, vós pouco
sabeis a diferença entre a vida que vocês recusam, e a vida que vocês escolheriam. O
santificado está conversando com Deus, quando vocês mal ousam pensar nEle, e
enquanto vocês estão conversando apenas com terra e carne. A conversação deles está
no céu, enquanto vocês são completamente estranhos a isso, e o vosso ventre é o vosso
deus, e vocês estão cuidando de coisas terrenas (Filipenses 3:18-20).
Eles estão buscando a face de Deus, enquanto vocês não buscam por nada maior do que
esse mundo. Eles estão ocupados em alcançar uma vida sem fim, onde eles serão iguais
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aos anjos (Lucas 20:36). Enquanto vocês estão ocupados com uma sombra e com uma
coisa transitória de nada. Quão longa e vil é a vossa vida terrenal, carnal, pecaminosa em
comparação à vida nobre, espiritual dos verdadeiros crentes!? Muitas vezes tenho eu
olhado para tais homens com dor e piedade, ao vê-los marchar sobre o mundo, e desper-
diçar as suas vidas, cuidados e trabalho por nada, senão um pouco de alimento e
vestuário, ou um pouco de riqueza murcha, ou prazeres carnais, ou honras vazias como
se eles não tivessem nenhuma coisa mais elevada em mente. Qual é a diferença entre a
vida desses homens e dos animais, que perecem, que gastam seu tempo em trabalhar,
comer e viver apenas para que eles possam sobreviver?
Eles não provam os prazeres celestiais interiores que os crentes provam e vivem. Eu
prefiro ter um pouco de seu conforto, que as antecipações de sua herança celestial
concedem a eles, embora eu tivesse, com isso, todos os seus desprezos e sofrimentos,
do que ter todos os prazeres e tesouros da prosperidade. Eu não gostaria de ter uma de
vossas dores secretas e sofrimentos de consciência, e sombrios e terríveis pensamentos
sobre a morte e vida vindoura, por tudo o que o mundo já fez por vocês, e por tudo o que
vocês podem razoavelmente esperar que ele vos faça. Se eu estivesse em um estado
carnal não convertido, e soubesse apenas o que eu sei agora, e acreditasse apenas no
que eu creio agora, minha vida seria uma antecipação do inferno. Quantas vezes eu
estaria pensando nos terrores do Senhor daquele Dia sombrio que está se apressando!
Certamente que a morte e o inferno ainda estariam diante de mim. Eu pensaria neles de
dia, e sonharia com eles à noite; eu me deitaria com temor, e levantaria com medo, e
viveria com receio de que a morte viesse antes que eu fosse convertido. Eu teria pouca
felicidade em qualquer coisa que eu possuísse, e pouco prazer em qualquer companhia, e
pequena alegria em qualquer coisa no mundo, desde que eu soubesse que eu estava sob
a maldição e ira de Deus.
Eu ainda estaria com medo de ouvir aquela voz: “Louco! esta noite te pedirão a tua alma”
(Lucas 12:20). E essa temerosa sentença estaria escrita sobre a minha consciência: “Não
há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 48:22 e 57:21). Oh, miseráveis pecadores!
Esta é uma vida mais jubilosa do que esta em que vocês podem viver, se vocês verda-
deiramente apenas desejassem ouvir a Cristo, e voltar para casa, para Deus. Vocês se
aproximariam de Deus com ousadia, e chamá-lO-iam de vosso Pai, e confortavelmente
confiariam a Ele as vossa almas e corpos. Se vocês olhassem para as promessas, diriam:
elas são minhas; se olhassem para as maldições, diriam: destas eu estou livre! Quando
vocês lessem a Lei, veriam que vocês estão salvos! Quando lessem o Evangelho, veriam
que Aquele que vos redimiu, e veriam o curso de Seu amor, Sua vida santa, e sofri-
mentos, e observariam Ele em Suas tentações, lágrimas e sangue, na obra de vossa
salvação.
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Vocês veriam a morte vencida, e o céu aberto, e vossa ressurreição e glorificação
providenciadas na ressurreição e glorificação de seu Senhor. Se vocês olhassem para os
santos, poderiam dizer: “Eles são meus irmãos e companheiros”. Se [olhassem] para os
não santificados, vocês se regozijariam em pensar que foram salvos daquela condição.
Se olhassem acima, para os céus, o sol, a lua e inumeráveis estrelas pensariam e diriam:
“A face de meu Pai é mais gloriosa; é de substância mais elevada o que Ele tem
preparado para os Seus santos; acolá é apenas a corte exterior do céu; a bem-
aventurança que Ele prometeu é tão mais elevada que carne e sangue não podem
contempla-la”. Se vocês pensassem na sepultura, lembrariam do Espírito glorificado, da
Cabeça viva e de um amorável Pai, todos em tão próxima relação com o vosso pó, que
isso não pode ser esquecido ou negligenciado, porém, mais certamente ressuscitarão do
que as plantas e flores na primavera, porque a alma, que permanece viva, é a raiz do
corpo; e Cristo vive, que é a raiz de ambos. Mesmo a morte, que é o rei dos temores,
poderia ser lembrada e entretida com júbilo, como sendo o dia de vossa libertação dos
restos do pecado e tristeza, e o dia em que vocês creram, e esperaram e anelaram,
quando verão as coisas benditas que ouvirão, e serão encontrados, por experiência de
presente júbilo, o que fora escolhido como a melhor porção, e você seria um crente
sincero e santo. O que vocês dizem, senhores? Esta não é uma vida mais deleitosa, está
seguro da salvação e pronto para morrer, em vez de viver como os ímpios, que têm os
seus corações sobrecarregados com glutonaria, embriaguez e com as preocupações da
vida, e assim, aquele dia venha sobre eles de surpresa? (Lucas 21: 34, 36)
Vocês poderiam não viver uma vida confortável, se uma vez fossem feitos os herdeiros do
céu, e seguros de que eram salvos quando partissem do mundo? Oh, olhem para vocês,
então, e pensem no que vocês fazem, e não lancem fora tais esperanças como essas
pelo próprio nada. A carne e o mundo não podem vos dar tais esperanças e consolos. E,
além de toda a miséria que vocês trazem sobre si mesmos, vocês são os perturbadores
de outras pessoas, desde que vocês não são convertidos. Vocês atribulam os magis-
trados ao governar vocês por suas leis; vocês atribulam os ministros por resistirem à luz e
orientação que eles vos oferecem.
O vosso pecado e miséria são a maior dor e dificuldade para eles no mundo. Vocês
atribulam a comunidade, e atraem os juízos de Deus sobre vós. São vocês que mais
perturbam a santa paz e a ordem das igrejas, e impedem nossa união e reforma, e são a
vergonha e o transtorno das igrejas aonde se introduzem, e dos lugares onde vocês
estão. Ah! Senhor, quão severo e triste caso é este, que até mesmo na Inglaterra, onde o
Evangelho abunda acima de qualquer outra nação do mundo, onde o ensino é tão claro e
comum, e toda a ajuda que podemos desejar está disponível; quando a espada tem nos
traspassado, e o julgamento se alastrado como um fogo pela Terra; quando os livra-
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mentos nos têm aliviado, e tantas admiráveis misericórdias nos têm sido concedidas por
Deus, pelo Evangelho e uma vida santa; que após tudo isso, nossas cidades, vilas e
países se infestaram com multidões de homens não santificados e abundantes em tanta
sensualidade por todos os lugares, para nossa tristeza, nós vemos!
Alguém poderia pensar que, depois de toda essa luz, e toda essa experiência, e todos
estes julgamentos e misericórdias de Deus, o povo desta nação seria reunido, como um
só homem, para voltar para o Senhor, e se achegariam ao seu piedoso mestre, e
lamentariam por todos os seus pecados anteriores, e pediriam a ele que se unisse a eles
em humilhação pública, para confessá-los abertamente e pedir perdão por eles ao
Senhor, e anelariam por sua instrução para o tempo vindouro, e estariam felizes por
serem governados pelo espírito interior e pelos ministros de Cristo, de acordo com a
Palavra de Deus. Alguém poderia pensar que após tal razão e evidência escriturística, e
depois de todos esses meios e misericórdias, não restaria uma pessoa ímpia entre nós,
nenhum mundano, nem bêbado, nem um inimigo da reforma, nem um inimigo da
santidade a ser encontrado em todas as nossas cidades ou países. Se nem todos nós
concordamos em relação a algumas cerimônias ou formas de governo, alguém poderia
pensar que, antes disso, nós deveríamos todos concordar em viver uma vida santa e
celestial, em obediência a Deus, e aos ministros, e em amor e paz uns com os outros.
Mas, infelizmente! Quão longe o nosso povo está deste curso! A maioria deles, na maioria
dos lugares, coloca os seus corações nas coisas terrenais, e não buscam “primeiro o
reino de Deus e a sua justiça”, mas olham para a santidade como coisa desnecessária.
Suas famílias estão sem oração, ou então, umas poucas palavras impiedosas, sem vida
devem servir, em vez de orações diárias calorosas, ferventes [ou talvez, apenas no dia do
Senhor, à noite]; os seus filhos não são ensinados no conhecimento de Cristo, e no Pacto
da Graça, nem criados na doutrina do Senhor, embora eles firmemente prometem tudo
isso no batismo deles.
Eles não instruem seus funcionários nas questões da salvação, mas desde que o seu
trabalho seja feito, eles não se importam. Há mais discursos injuriosos em suas famílias
do que palavras graciosas que tendem à edificação. Quão poucas são as famílias que
temem ao Senhor, e investigam em Sua palavra e ministros como eles deveriam viver, e o
que eles deveriam fazer, que estão dispostas a serem ensinadas e governadas, e que
sinceramente buscam pela vida eternal! E aqueles poucos que Deus fez tão feliz são
comumente o provérbio de seus vizinhos; quando vemos que alguns vivem em bebedei-
ras, outros em orgulho e mundanismo e a maioria deles têm pouco cuidado com a sua
salvação, embora a causa seja flagrante e supere toda a controvérsia, ainda assim, eles
dificilmente são convencidos de sua miséria, e mui dificilmente recuperam-se e reformam-
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se, mas quando fizemos tudo o que fomos capazes para salvá-los de seus pecados,
deixamos a maioria deles como os encontramos.
E se, de acordo com a lei de Deus, nós os expulsamos da comunhão da igreja, quando
eles obstinadamente rejeitaram todas as nossas advertências, eles se enfurecem contra
nós, como se fôssemos seus inimigos, e seus corações são cheios de malícia contra nós,
e eles mais cedo estabelecem-se contra o Senhor e contra Sua lei, igreja e ministros do
que contra seus pecados mortais. Este é o triste caso da Inglaterra: Temos magistrados
que apoiam os caminhos da piedade, e uma feliz oportunidade pela unidade e reforma
está diante de nós, e ministros fiéis anelam por ver a correta ordem da igreja e das
ordenanças de Deus; mas o poder do pecado de nosso povo frustra quase tudo. Em
quase nenhum lugar um ministro fiel pode estabelecer a inquestionável disciplina de
Cristo, ou retirar os pecadores impenitentes mais escandalosos da comunhão da igreja e
da participação dos sacramentos, sem que a maioria do povo os xinguem e os injuriem;
como se essas almas ignorantes e descuidadas fossem mais sábias do que seus mestres
ou do que o próprio Deus.
E assim, no dia da nossa visitação, quando Deus nos conclama a reformar a Sua igreja,
embora os magistrados e os ministros fiéis pareçam dispostos, ainda há a multidão de
pessoas indispostas, e tanto cegaram a si mesmos e endureceram o seu coração, que
mesmo nestes dias de luz e graça eles são os inimigos obstinados da luz e da graça, e
não querem ser levados pelos apelos de Deus a ver a sua loucura e conhecer o que é
para seu bem. Oh, que o povo da Inglaterra “conhecesse também, ao menos neste teu
dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos” (Lucas 19:42).
Oh almas miseráveis e insensatas! (Gálatas 3:1). Quem vos fascinou a mente em tal
insensatez, e seus corações para tal mortandade, para que vocês sejam tão inimigos
mortais de si mesmos, e prossigam tão obstinadamente para a condenação, de forma que
nem a Palavra de Deus, nem as convicções dos homens, podem mudar as suas mentes,
ou deter as suas mãos, ou parar vocês, até que sejam remediados! Bem, pecadores! Esta
vida não durará para sempre; nem esta paciência ainda esperará por vocês. Não pensem
que vocês abusarão do vosso Criador e Redentor, servirão aos Seus inimigos, rebaixarão
as suas almas, atribularão o mundo, errarão na igreja, reprovarão o piedoso, injuriarão os
seus mestres, dificultarão a reforma e tudo isso sem custo. Vocês ainda não sabem o que
isso deve custar-lhes, mas vocês logo saberão, quando o justo Deus os tomará pela mão,
Quem lidará convosco de maneira diferente do que os magistrados mais severos ou os
pastores mais diretos o fizeram, a menos que vocês impeçam os tormentos eternos por
uma sonora conversão e uma rápida obediência ao chamado de Deus. “Aquele que tem
ouvidos para ouvir, ouça”, enquanto a misericórdia tem uma voz para chamar.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Uma objeção que eu encontro ser a mais comum na boca dos ímpios, especialmente nos
últimos anos é esta: eles dizem, “Não podemos fazer nada sem Deus, não podemos ter
graça se Deus não nos der, e, se Ele quiser, seremos rapidamente convertidos; se Ele
não nos predestinou, e não quiser nos converter, como podemos converter a nós mesmos
e ser salvos; não depende de quem quer ou de quem corre”. E assim eles pensam que
estão desculpados. Eu respondi a isso anteriormente, e neste livro, mas permitam-me
agora dizer isto:
1. Embora vocês não possam curar-se, vocês podem ferir e envenenar a si mesmos. É
Deus que deve santificar os vossos corações; mas quem os corrompe? Vocês deliberada-
mente tomarão veneno, porque você não podem curar a si mesmos? Parece-me que
vocês deveriam desistir disso. Vocês tomariam mais cuidado de pecar, se vocês não
pudessem emendar o que o pecado estraga.
2. Embora vocês não possam ser convertidos sem a graça especial de Deus, ainda assim
vocês devem saber que Deus dá a Sua graça no uso dos Seus santos meios, que Ele
determinou para esse fim; e a graça comum pode permitir-lhes abandonar o vosso
pecado grosseiro (quanto ao ato externo) e utilizar esses meios. Vocês podem realmente
dizer que vocês fazem o que são capazes de fazer? Vocês não são capazes de deixar de
ir à porta da cervejaria, ou abandonar a companhia que vos endurece em pecado? Vocês
não são capazes de ouvir a Palavra, e pensar no que ouviram quando chegarem em
casa, e considerarem consigo mesmos sobre a vossa própria condição e sobre as coisas
eternas? Vocês não são capazes de ler bons livros no dia a dia, pelo menos no dia do
senhor, e de conversar com aqueles que temem ao Senhor? Vocês não podem dizer que
têm feito o que são capazes.
3. E, portanto, vocês devem saber que podem perder a graça e a ajuda de Deus pelo seu
pecado intencional ou negligência, embora vocês não possam, sem a graça, converterem-
se a Deus. Se vocês não quiserem fazer o que podem, é justo que Deus negue a graça a
vocês, pela qual vocês poderiam fazer mais.
4. E, por decretos de Deus, vocês devem saber que eles não separam os meios dos fins,
mas os amarram unindo-os. Deus nunca decretou salvar alguém, senão o santificado,
nem condenar ninguém, exceto o não santificado. Deus tão verdadeiramente decretou se
a vossa terra, neste ano, será estéril ou frutífera, e exatamente por quanto tempo vocês
viverão no mundo, como Ele decretou se vocês serão salvos ou não, e ainda assim,
vocês poderiam pensar de um homem, senão que fosse tolo, se deixasse de arar e
semear, e dissesse: “Se Deus decretou que a minha terra dará milho, ela dará, se eu arar
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e semear ou não. Se Deus já decretou que eu viverei, eu viverei, se eu comer ou não;
mas se Ele não o fez, não é comer que me manterá vivo”.
Vocês sabem como responder a tal homem, ou não? Se vocês souberem, então vocês
sabem como responder a si mesmos; pois o caso é semelhante com respeito ao decretos
de Deus, é tão decisivo sobre os vossos corpos quanto às vossas almas; se vocês
souberem, façam conclusões sobre os seus corpos, antes que se aventurem a tenta-las
sobre as vossas almas; vejam primeiramente se Deus manterá vocês vivos sem comida
ou roupa, e se Ele vai conceder-lhes milho sem preparo e labor, e se Ele os levará ao final
do vossa jornada sem esforço ou transporte; e, se vocês se saírem bem nisto, então
experimentem se Ele vos levará para o céu sem o vosso uso diligente dos meios, então
sentem-se e digam: “nós não podemos santificar a nós mesmos”.
Bem, senhores, eu farei apenas três solicitações a vocês, e concluo. Em primeiro lugar,
que vocês lerão seriamente este pequeno Tratado; (e, se vocês têm tal necessidade em
suas famílias, que vocês o leiam uma e outra vez para eles; e se aqueles que temem ao
Senhor puderem ir agora, e depois, ao vosso vizinho ignorante, e ler este ou algum outro
livro para eles sobre este assunto, eles podem ser meios de ganhar almas). Se não
conseguimos estimular os homens a tão pequeno esforço, pela sua própria salvação,
como ler tais pequenas instruções como estas, eles fazem pouco por si mesmos e
querem, mui justamente, perecer.
Em segundo lugar, quando vocês lerem este livro, eu vos suplico que estejam sozinhos, e
reflitam um pouco sobre o que já leram; reflitam, como que diante de Deus, se este é ou
não verdade, e se não toca intimamente as suas almas, e se não teve tempo de tocar
vocês. E também, vos peço, que vocês estejam sobre os seus joelhos clamando ao
Senhor que abra os seus olhos para que compreendam a verdade, e converta os seus
corações ao amor de Deus, e implorem a Ele por toda aquela graça salvífica que vocês
por tanto tempo negligenciaram, e sigam-no dia após dia até que os seus corações sejam
transformados. E, além disso, que vocês possam ir até os seus pastores (que estão
estabelecidos sobre vocês, para cuidar da saúde e segurança de suas almas, como o
médico faz por seus corpos), e desejem deles um direcionamento para que curso devam
se direcionar, e familiarizem-se com eles sobre a vossa condição espiritual, para que
vocês obtenham benefícios de seus conselhos e auxílio ministerial. Ou, se vocês não
tiverem um pastor fiel perto de casa, façam uso de algum outro, por tão grande
necessidade.
Em terceiro lugar, quando por meio da leitura, consideração, oração e conselho ministerial
vocês estiverem uma vez familiarizados com vosso pecado e miséria, com o vosso dever
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e remédio, não adiem, mas imediatamente abandonem as vossas companhias e traje-
tórias pecaminosas, convertam-se a Deus e obedeçam ao Seu chamado. Como vocês
amam as vossas almas, cuidem para que não prossigam contra tão sonoro chamado de
Deus, e contra o vosso próprio conhecimento e consciências, para que não ocorra pior
com vocês no Dia do Juízo do que com Sodoma e Gomorra. Investiguem sobre Deus,
como um homem que está disposto a conhecer a verdade e não a seja um trapaceiro
intencional de sua alma. Examinem a Santa Escritura diariamente, e vejam se estas
coisas são assim ou não; julguem imparcialmente se é mais seguro confiar no céu ou
terra, e se é melhor seguir a Deus ou ao homem, o espírito ou a carne, se é melhor viver
em santidade ou em pecado e se é seguro para vocês permanecerem mais um dia em um
estado não santificado; e quando vocês encontrarem o que é melhor, resolvam consisten-
temente, e façam a vossa escolha sem mais delongas.
Se vocês serão fiéis às vossas próprias almas, e não amam os tormentos eternos, peço-
vos, como da parte do Senhor, que vocês apenas tomem este aviso razoável. Oh, que
felizes cidades e países, e que nação feliz nós teríamos, se pudéssemos apenas conven-
cer os nossos vizinhos a concordarem com uma movimentação tão necessária! Que
homens alegres todos os ministros seriam, se eles pudessem ver o seu povo verdadeira-
mente celestial e santo; isto seria a unidade, paz, segurança e a glória de as nossas
igrejas; a felicidade de nossos vizinhos e o consolo de nossas almas. Assim, quão confor-
tavelmente pregaríamos perdão e paz para vocês, e ministraríamos os sacramentos, que
são os selos de paz para vocês! E com que amor e alegria viveríamos em vosso meio! No
vosso leito de morte, quão corajosamente poderíamos consolar e encorajar as vossas
almas que partem! E no vosso enterro, quão confortavelmente poderíamos deixá-los na
sepultura, na expectativa de encontrar às vossas almas no céu, e ver os seus corpos
elevados àquela glória!
Mas, se a maioria de vocês ainda continuar em uma vida descuidada, ignorante, carnal,
mundana e impura, e todos os nossos desejos e labores não puderem, então, prevalecer
de forma a guarda-vos da condenação intencional de vocês mesmos; nós devemos,
assim, imitar o Senhor, que Se deleita naqueles poucos que são joias, e no pequeno
rebanho que receberá o reino, enquanto a maioria colherá a miséria que semeou. Na
natureza, as coisas excelentes são poucas. O mundo não tem muitos sóis ou luas; é
apenas um pouco de terra que é ouro ou prata. Príncipes e nobres são apenas uma
pequena parte dos filhos dos homens; e não há grande número de eruditos, judiciosos ou
sábios aqui no mundo. E, portanto, se a porta é estreita e mui apertada são apenas
poucos os que encontram a salvação, ainda assim, Deus terá a Sua glória e prazer nestes
poucos. E quando Cristo vier com Seus poderosos anjos em labaredas de fogo, tomar
vingança daqueles que não conhecem a Deus, e não obedecem ao Evangelho de nosso
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Senhor Jesus Cristo, Sua vinda será glorificada em Seus santos e admirada por todos os
verdadeiros crentes (2 Tessalonicenses 1:7-10)
[...]
Leitor, eu terminei contigo, (quando tiveres percorrido este livro), mas o pecado ainda não
finalizou contigo, (mesmo aqueles que tu pensavas que haviam sido esquecidos há muito
tempo), e Satanás ainda não finalizou contigo, (embora agora ele esteja fora de vista) e
Deus ainda não concluiu contigo, porque tu não estás persuadido a ir até o fim com o
pecado mortal reinado sobre você. Eu escrevi a ti estas persuasões como alguém que
está entrando em outro mundo, onde as coisas são vistas como falei aqui, e como alguém
que sabe que tu mesmo brevemente deves estar ali.
Se alguma vez tu quiseres me encontrar com consolo diante do Senhor que nos fez; se
alguma vez tu quiseres escapar das finais pragas eternas preparadas para os
negligencia-dores da salvação, e para todos aqueles não são santificados pelo Espírito
Santo, e se tu amarás a comunhão dos santos, como membros da santa Igreja católica; e
se alguma vez tu esperas ver o rosto de Cristo, o Juiz, e da majestade do Pai, com paz e
conforto, e ser recebido na glória, quando partires nu deste mundo; peço-te, eu te ordeno:
ouça e obedeça o chamado de Deus, e resolutamente, converta-te para que possas viver.
Mas, se tu não quiseres, mesmo quando tu não tenhas razão para isso, mas apenas
porque tu não queres, eu te invoco a responder por isso diante do Senhor, e exijo de ti
que carregues o meu testemunho que te dei aviso, e que não foste condenado por falta
de um chamado para converter-se e viver, mas porque não acreditou nisso e nem o
obedeceu; o que também deve ser o testemunho de
Teu sério Admoestador,
11 de Dezembro de 1657, Richard Baxter.
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Glorioso Deus! Oramos para que, pelo Teu Espírito Santo aplique o que de Ti há nestas palavras aos
nossos corações e nos corações daqueles que lerem estas linhas, por Cristo para a glória de Cristo.
Ore para que o Espírito Santo use estas palavras para trazer muitos
ao Conhecimento Salvador de Jesus Cristo, pela Graça de Deus. Amém.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
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Fonte: CCEL.org │ Título Original: A Call to the Unconverted, to Turn and Live
As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel)
Tradução por Camila Almeida │ Revisão e Capa por William Teixeira
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Uma Biografia de Richard Baxter
Richard Baxter (12 de novembro de 1615 – 8 de dezembro de 1691)
A estatura espiritual de Richard Baxter está fora de questão. Mesmo vivendo em uma época
em que havia “gigantes na terra”, tais como John Owen e Thomas Goodwin, a sua estatura
espiritual era tal que o fazia sobressair-se. Não obstante, Baxter é um gigante quase
desconhecido no Brasil. Só para se ter uma idéia, é reconhecido que, um século depois dele
ter realizado seu ministério em Kidderminster, ainda podia ser percebida a extraordinária
transformação que a cidade experimentou como resultado da sua vida e obra ali.
Entretanto, obra maior ainda foi realizada através de seus escritos. John Owen e Thomas
Goodwin estão entre os escritores mais copiosos do século XVII; mas ele, Baxter, produziu
aproximadamente o dobro desses autores. Cerca de 168 tratados – boa parte volumosos,
conhecidos e apreciados – foram escritos por este gigante puritano do século XVII. Certa-
mente será de grande utilidade conhecermos um pouco da vida, ministério e obras deste
autor, cujos primeiros escritos, somente agora, mais de trezentos anos depois, estão come-
çando a ser traduzidos e publicados na língua portuguesa pelas editoras PES e Clássicos
Evangélicos.
VIDA E MINISTÉRIO
Nascimento e FormaçãoBaxter nasceu em Rowtan, na Inglaterra, no dia 12 de novembro de
1615. Sua mãe chamava-se Adeney. Seu pai, dono de uma pequena propriedade, tinha o
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mesmo nome que o filho, Richard Baxter, e foi um homem sóbrio, respeitável e religioso. Visto
que não dispunha de recursos para mandar o filho a uma universidade, o pai de Baxter
contratou os serviços de instrutores particulares para educar o filho. O país não experi-
mentava, então, uma boa época no que diz respeito à religião e à moral, e os instrutores de
Baxter refletiam essas características. Mas, como o homem não é tão produto do meio
conforme comumente se pensa, o jovem Baxter superou exemplarmente as deficiências
religiosas, morais e até mesmo intelectuais de seus instrutores. Assim, mesmo sem ter o
privilégio de frequentar uma universidade, é reconhecido que Baxter “alcançou conhecimento
mais variado e substancial do homem e das coisas, dos livros e sistemas, de princípios e
caráter, do que milhares que respiraram por dez ou quinze anos os ares universitários”. Com
a idade de dezoito anos, Baxter teve a oportunidade de frequentar a corte. Bastou um mês
para que se decepcionasse com o que lá viu, e a abandonasse, retornando aos estudos. É
possível que os autores que já havia lido a esta altura, tais como Burney, Sibb e Perkins,
tenham ajudado na formação do seu caráter piedoso e a tomar decisão tão acertada.
Ordenação e Início do Ministério
Enfermo, consciente de suas deficiências, mas profundamente desejoso de ser útil às almas
que pereciam por falta de conhecimento, Baxter foi ordenado com apenas vinte e um anos de
idade. Dudley foi seu primeiro campo ministerial. Ali ensinou em uma escola e pregou o
Evangelho por nove meses. Ali também teve contato com os não-conformistas, passando a
aprofundar suas leituras sobre o assunto, o que o levou a questionar a sensatez da sua
ordenação com tão pouca idade, e sem que tivesse amadurecido sua posição quanto aos
votos que subscrevera. Depois deste pequeno período em Dudney, Baxter foi removido para
Bridgenorth, onde tornou-se assistente de um idoso ministro. Três frases podem resumir seu
ministério em Bidgenorth: fervor pela obra, compaixão pelos pecadores perdidos, convicção
de que sua suficiência vinha do Senhor.
Ministério em Kidderminster
Em 1640, Baxter iniciou seu ministério em Kidderminster, um dos períodos mais importantes
da sua vida. O seu ministério ali registrou definitivamente o seu nome e o nome da cidade na
História da Igreja e do seu país. A transformação moral que a cidade experimentou foi de tal
envergadura que alguns chegam a afirmar que nunca houve nada similar na Grã Bretanha.
Um de seus biógrafos diz que Kidderminster “parece ter sido uma cidade escolhida por Deus
para uma experiência espiritual extremamente bem sucedida, pela intervenção divina”.
Quando chegou à cidade, o lugar caracterizava-se pela impiedade, espantosa aridez espiri-
tual e, consequentemente, baixíssimo nível moral. Quando saiu da cidade, a excelência da
piedade e moral da grande maioria de seus habitantes não era menos espantosa. O templo
teve que ser aumentado; mas mesmo assim não comportava as pessoas que queriam ouvir
suas pregações. Pessoas eram vistas nas ruas, em grupos, a caminho ou retornando da
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igreja, cantando hinos de louvor a Deus com júbilo sincero em seus corações. O ministério
extraordinariamente frutífero de Baxter em Kidderminster foi longamente interrompido logo no
segundo ano. O país estava dividido entre o rei e o Parlamento. Perseguido, por razões
políticas, pelos partidários do rei, ele foi obrigado, juntamente com muitos outros ministros, a
refugiar-se por dois anos em Coventry, um refúgio dos partidários do Parlamento. Depois
disso, a situação política do país tornou-se favorável, e ele foi designado capelão, função que
exerceu com empenho, até que foi obrigado a abandoná-la, seriamente enfermo. Quando se
recuperou, retornou para Kidderminster, onde continuou por mais quatorze anos seu
extraordinário ministério, em meio a constantes perseguições e enfermidades – as quais o
acompanhariam quase que por toda a sua vida. Não há muitos homens que compreenderam
tão bem e experimentaram tanto o que Paulo escreveu em 2 Coríntios 12:9,10: “De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perse-
guições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então é que sou forte”.
Atividades Subsequentes
Depois que Baxter foi obrigado a abandonar definitivamente Kidderminster, passou dois anos
em Londres, quando teve oportunidade de pregar diante do Parlamento em abril de 1660.
Depois foi designado capelão do rei, e muito se empenhou por uma causa perdida: a busca
da compreensão mútua entre a Igreja da Inglaterra e os Não-conformistas. A partir de então,
até a sua morte, sua vida foi repleta de acontecimentos. Vivendo em uma época politicamente
bastante conturbada, e sendo ele homem de princípios e célebre pregador e escritor, sofreu
contínuas perseguições, acusações e prisões. Isto tudo, porém, aliado às muitas e constantes
enfermidades, não o deixaram de modo algum inativo. Boa parte de seus livros foram escritos
neste período, em meio a muitas dores e aflições.
Casamento
As muitas aflições de Baxter foram, em grande parte aliviadas, durante os dezenove anos
deste difícil período da sua vida. Depois que saiu de Kinderminster, já com 47 anos de idade,
Baxter casou-se com a Srta. Charlton, uma jovem de 23 anos, que havia sido uma das suas
piedosas ovelhas naquela cidade. O casamento foi muito comentado, por causa da diferença
de idade. Ele mesmo comentou, que “a notícia do casamento correu por toda parte, comen-
tada às vezes com espanto, e às vezes como se fosse um crime. O casamento do rei não foi
muito mais comentado do que o meu”. Mas um de seus biógrafos comenta que “a piedade foi
a base e elo da união deles. Foi a piedade que acendeu e manteve viva a afeição recíproca
entre eles. A sua profunda devoção, sua sadia discrição, talentos e diligência para com os
afazeres domésticos, e sua oportuna solidariedade para com as mais variadas aflições do
marido, provaram que ela era uma companheira apropriada para Richard Baxter”.
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Últimos Anos e Morte
Referindo-se aos últimos anos da longa vida de Baxter, um de seus biógrafos escreveu:
“Como uma estrela de primeira magnitude, nas mãos daquele que anda por entre os sete
candeeiros de ouro, sua vida, luz, e resplendor permaneceram sem enfraquecer, quase até o
final do último estágio da sua carreira mortal”. Realmente, quando tinha oportunidade, Baxter
Pregava. Quando era impedido, muitas vezes abria sua própria casa, e ali reunia aqueles que
queriam ouvi-lo, e ali mesmo pregava ousadamente o Evangelho das insondáveis riquezas de
Cristo. As últimas horas de Baxter foram calmas e tranquilas, como o por do sol. Quando
perguntado com se sentia às portas da eternidade, ele respondeu: “Quase bem”. Ele sentia
que dentro em breve estaria plenamente bem. Na manhã do dia 8 de dezembro de 1691, com
setenta e seis anos de idade, Baxter entrou tranquila e abundantemente na glória. Muitas
pessoas piedosas, das mais extremas posições, fizeram-se presentes no seu sepultamento.
Ministros conformistas e não-conformistas uniram-se, pelo menos para se despedir de um
gigante espiritual que partia, deixando admiração, respeito, e bela carta de recomendação
escrita nas páginas dos seus muitos e admiráveis escritos, e nos corações de centenas –
quem sabe milhares – que foram convertidos e edificados pelo Espírito Santo através do seu
ministério.
CARACTERÍSTICAS E CARÁTER
Constantes e Variadas Enfermidades
Como muitos outros gigantes espirituais, Baxter foi marcado pela doença. Desde a mocidade
até o fim de seus dias ele foi afligido por constantes e variadas enfermidades. Foi um homem
literalmente enfermo da cabeça aos pés. Padeceu com dores reumáticas, tinha problemas
estomacais, sofreu com frequentes hemorragias no nariz, além de diversas outras enfermi-
dades. Baxter foi tratado por mais de 35 médicos, sem muito resultado, o que o levou a evitá-
los. Suas muitas enfermidades, entretanto, não o impediram de ser um servo reconhecida-
mente mais útil e produtivo do que milhares que desfrutam de perfeita saúde.
Inteligência e Capacidade
Baxter é descrito por seus biógrafos como um homem inteligente, perspicaz, capaz, e
possuidor de uma mente fértil e ativa – “uma fonte inexaurível de idéias”. Parece não ter
havido assunto no âmbito da teologia sobre qual não houvesse aplicado sua mente. Seus
escritos cobrem uma variedade surpreendente de assuntos, teológicos e práticos, de modo
espantosamente detalhado. Por tudo isso, Baxter foi contado entre os homens mais inteli-
gentes, talentosos e influentes de sua época.
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Piedade
Por maior que tenham sido a inteligência e capacidade de Baxter, sua piedade e moral foram
ainda mais distintivas. Seus dons foram sempre dirigidos para a glória daquele que os havia
doado; e seus labores para a honra do seu Salvador. Como Esdras, Baxter dispôs seu
coração para compreender, praticar e ensinar as insondáveis riquezas de Cristo. E ele
aplicou-se de tal modo nestes propósitos, que sua mente tornou-se singularmente familia-
rizada com as coisas lá do alto, aonde Cristo vive assentado à direita do Pai. Os sofrimentos
e perseguições que experimentou ensinaram-no a não confiar em si ou nos homens, mas no
seu Senhor. Mesmo quando Baxter encontrava-se na solidão da prisão e afastado da esposa,
gozou de firme confiança em Deus, encontrou profunda consolação em Cristo e alegria
indizível e cheia de glória no Espírito Santo.
O Demóstenes Inglês
Baxter tem sido chamado de “O Demóstenes Inglês”. A sua inteligência e piedade revelaram-
se no púlpito de modo tão eficaz, que tornava-se difícil, para o coração mais endurecido,
resistir aos seus argumentos, advertências e apelos. Baxter foi um desses homens cuja
pregação foi inquestionavelmente autenticada por Deus. “Seus perscrutadores sermões, seu
tom solene, seus apelos diretos ao coração, foram sancionados pelos céus, e despertaram
convicções e preocupações nas consciências mais calejadas”. O resultado não poderia ser
outro: “Kidderminster, que por longo tempo havia sido um deserto moral, pela bênção de
Deus logo se tornou como um jardim do Senhor, e adquiriu a fragrância do Carmelo, e a
fertilidade do Líbano”.
ESCRITOS
É nos escritos de Richard Baxter que podemos perceber a dimensão real da sua estatura
intelectual e espiritual. Só lendo os seus livros, podemos entender quão profícua, profunda e
variada foi a sua obra, e compreender o seu discernimento nos mistérios de Cristo. Não há
nenhum exagero em afirmar que a magnitude dos escritos de Baxter é espantosa. Os mais
copiosos escritores de sua época, tais com Lightfoot, Jeremy Taylor, Thomas Goodwin e John
Owen, não escreveram mais que a metade do que Baxter escreveu. Orme, um de seus
biógrafos, catalogou nada menos do que 168 tratados escritos por ele. Além disso, a obra
literária de Baxter é de tal ordem, que outro de seus biógrafos, chega a exclamar: “Como um
mártir constante da enfermidade como ele, pôde escrever com a serenidade o fez, é um dos
grandes mistérios da história”. Nosso espanto fica ainda maior, quando atentamos para o fato
que ele escreveu todos os seus livros em meio às muitas atividades ministeriais e públicas, as
quais tomavam a maior parte do seu tempo, de modo que escrever, afirmou ele, “foi uma
recreação em meio a atividades mais severas”. A obra de Baxter é extremamente variada. Ele
escreveu para os não-convertidos, para os recém-convertidos, para os maduros na fé, e para
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os que se encontravam à beira da morte. Ele foi um apologista que refutou os céticos e infiéis,
escreveu conselhos para o Parlamento, expôs as doutrinas do Evangelho, escreveu poesias
evangélicas e, especialmente, obras devocionais e práticas visando a conversão dos pecado-
res e a edificação dos santos. Boa parte dos escritos de Baxter são contados entre os maio-
res clássicos evangélicos de todos os tempos. E os piedosos que foram seus contemporâ-
neos, bem como aqueles que viveram nos séculos subsequentes, que leram suas obras, dão
unânime testemunho da excelência de seus escritos. Muitos deles foram traduzidos para
diversas línguas e tiveram muitas edições publicadas. Dentre as suas obras mais conhecidas
e importantes estão: O Descanso Eterno dos Santos, A Vida Divina, Um Tratado Sobre a
Conversão, Apelo aos não Convertidos, Agora ou Nunca, Direções e Persuasões para uma
Conversão Segura, Direções para Crentes Fracos e Desanimados, O Caráter de Um Crente
Seguro, Pensamentos à Beira da Morte, O Pastor Reformado. Alguns destes livros, como é o
caso de Um Apelo aos não Convertidos, em apenas um ano, tiveram não menos que trinta mil
cópias editadas – isto no século XVII. E, até a época da morte de Baxter, boa parte destes
livros já havia sido traduzida para a maioria das línguas européias, e outras línguas não
européias, como o indiano.
Que este gigante espiritual seja mais conhecido no Brasil. Que seus escritos possam ser
finalmente – já com séculos de atraso – traduzidos para a nossa língua. Que estes tesouros
sejam redescobertos e lidos. Que produzam entre nós, o grande bem que produziram na vida
daqueles que têm tido o privilégio de lê-los. E, quiçá, possam ser instrumentos nas mãos de
Deus, para fazer em alguma – quem sabe, algumas – cidades no Brasil, o que fizeram em
Kidderminster: fertilizar o deserto espiritual e moral em que temos vivido.
------------------------------
♦ ANGLADA, Paulo Roberto. Richard Baxter, Naquele Tempo Havia Gigantes na Terra.
Diponível em: <http://www.monergismo.com/textos/biografias/baxter_anglada.htm> (acesso
26 de maio de 2014).
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Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel
Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink
Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne
Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards
Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon
Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A –
Jeremiah Burroughs
In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon
Jesus! - Charles Haddon Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon
Livre Graça, A – C. H. Spurgeon
Paixão de Cristo, A – Thomas Adams
Plenitude do Mediador, A – John Gill
Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards
Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon
Reforma – C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M'Cheyne
Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon
Sangue, O – C. H. Spurgeon
Semper Idem – Thomas Adams
Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e
Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) –
C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A – J. Edwards
Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan
Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não
desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando
com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à
consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque
não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos
vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro
em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Persegui-
dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se
manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos
também, por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos
ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de
graças para glória de Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se
veem são temporais, e as que se não veem são eternas.