Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

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Entrevista Deputado federal Hugo Leal avalia o setor de transportes Pesquisa O perfil dos taxistas brasileiros Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 Infraestrutura Cooperativas de eletrificação em nova fase

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Revista Rio Cooperativo 24 - março 2016. Montenegro Grupo de Comunicação

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EntrevistaDeputado federal Hugo Leal avalia o setor de transportes

PesquisaO perfil dos taxistas brasileiros

Ano VIII - N° 24 - Março de 2016

InfraestruturaCooperativas de eletrificação em nova fase

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Rio Cooperativo é uma publicação da Montenegro Grupo de ComunicaçãoContatos e Publicidade: (21) 2215-9463 - 2533-6009End.: Rua Acre, 47, gr. 301-304 - Centro - CEP 20081-000 - Rio de Janeiro - [email protected] | www.montenegrocc.com.brtwitter.com/MontenegroGC | facebook.com/MontenegroGCwww.riocooperativo.com.br | facebook.com/RioCooperativo

Editor Executivo: Cláudio Montenegro(MTb 19.027 - [email protected])Jornalista Responsável: Leonardo Poyart(MTb 24.393 - [email protected])Redator-chefe: Richard Hollanda ([email protected])Reportagens: Julio Cezar Camacho ([email protected]), Diego Ximenes ([email protected])Programação visual: André Carneiro ([email protected])Administração: Márcia Fraga ([email protected])Publicidade: Maria Irlanda ([email protected])

Colaboraram nesta edição: Abdul Nasser, Myrian Lund, Paulo Rezende e Ronaldo Gaudio.Fotos: Montenegro Grupo de Comunicação e SXC.Distribuição: Lideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes, cooperados e funcionários de cooperativas de todos os segmentos (agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo), empre-sários, administradores e gestores, assessores jurídicos, auditores, contadores, profissionais de recursos humanos, associações, sindicatos, federações e entidades de classe de forma geral, orgãos e instituições governamentais, universidades, clínicas e hospitais, fornecedores de produtos e serviços para cooperativas e demais formadores de opinião.Artigos: os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, não correspon-dendo necessariamente à opinião dos editores.Envio de releases: [email protected] (os releases são avaliados pelos editores, sem obrigatoriedade de publicação dos mesmos).Capa: Gustavo TavaresEdição nº 24 - Março de 2016

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QR CodeAcesse o nosso site:

SELO FSC

Seções

Editorial

Circulando

FinançasMyrian Lund

Causa & EfeitoRonaldo Gaudio e Abdul Nasser

Tempos VerbaisPaulo Rezende

Infraestrutura Novidades nas cooperativasde eletrificação rural

GestãoPrograma OQS organizaquadro social

CapaComo o setor está superandoa crise econômica

EntrevistaDeputado comenta avanços e necessidades no transporte

PesquisaConheça o perfil dos taxistas brasileiros

EventoSegmento Táxi foi pauta de feirasrealizadas em novembro

TecnologiaGestão integrada de frotasde táxis no Brasil

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Crise ou oportunidade?

O Brasil passa por uma crise sem precedentes, porém, mais grave que a

tsunami que vem abalando a economia do país, uma crise moral vem manchando

profundamente a recente história brasileira, pondo em cheque a credibilidade

da nação.

A cada dia, mais empresas vêm fechando suas portas e o número de desem-

pregados vem crescendo assustadoramente, como resultado direto de decisões

equivocadas de um governo à beira do caos.

O cenário em muito lembra os idos de 1844, em Rochdale, Inglaterra, em

plena Revolução Industrial, quando o cooperativismo surgiu como uma luz no fim

do túnel para um grupo de tecelões. Em meio àquela crise, a oportunidade se fez

presente, e o cooperativismo passou a ser um contraponto às dificuldades que

os empregos formais então enfrentavam.

As cooperativas se espalharam por todo o planeta e hoje são um grande

exemplo para os tempos de dificuldade.

As cooperativas de crédito vêm se consolidando cada vez mais como o modelo

mais bem-sucedido em meio às instituições financeiras tradicionais, enfrentando

com muita pujança os abalos do sistema financeiro.

As cooperativas agropecuárias têm se destacado na balança de exportações,

trazendo elevadas divisas para o país.

No cooperativismo de saúde, as Unimeds e Uniodontos vêm fazendo um belo

papel no cenário nacional, levando a seus cooperados o tão sonhado retorno que

a profissão almeja.

As cooperativas de eletrificação ganham cada vez mais espaço num ambiente

de grande concorrência, apresentando-se como uma alternativa energética mais

econômica e sustentável.

As cooperativas de trabalho seriamente administradas também têm repre-

sentado uma saída viável para o desemprego, enquanto o ramo transporte conti-

nua bem representado por cooperativas de táxis, cargas e turismo.

A força das cooperativas é um fato concreto e merece toda a atenção da

sociedade e do mercado em geral, permitindo traçar novos rumos para a econo-

mia brasileira e sonhar com um país em que a união de esforços em prol de um

objetivo comum seja uma prática cada vez mais frequente.

Boa leitura e saudações cooperativistas!

Cláudio MontenegroEditor Executivo

“Quando escrita em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro oportunidade.”(John F. Kennedy)

Editorial

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A Assembleia Legislativa de

Pernambuco aprovou a Lei

15.688/2015, denominada lei

do cooperativismo, que já está

em vigor. Com a regulamenta-

ção, o estado passa a ter um

instrumento legal de incentivo

ao cooperativismo, que hoje

emprega de forma direta e in-

direta cerca de 150 mil pesso-

as em Pernambuco.

O texto diz que novas polí-

ticas públicas deverão ser es-

tipuladas para a promoção das

práticas cooperativistas, ten-

do a OCB/PE como instituição

de representação das ativida-

des dos diversos setores do

cooperativismo estadual. A lei

chega para instituir a Política

de Promoção do Cooperativis-

mo prevista desde 1988 na

Constituição Federal. Agora, o

poder público terá o compro-

metimento de dar apoio técni-

co, financeiro e operacional ao

setor cooperativista.

O cooperativismo

foi incluído na Lei

nº 13.204/2015, que

estabelece o novo re-

gime jurídico das par-

cerias voluntárias en-

tre a Administração

Pública e entidades

sem finalidade lucra-

tiva. A norma foi san-

cionada e publicada no Diário Oficial da União de dezembro de 2015. A nova

legislação é proveniente da Medida Provisória nº 684/2015 (PLV 21/2015).

De acordo com a Lei, as organizações da sociedade civil terão que partici-

par de processo seletivo e cumprir com uma série de exigências para fechar

parcerias com os governos.

Para cooperativas, o texto atende à continuidade de celebração de instru-

mentos que substituirão os atuais convênios e contratos de repasse, desde

que estas estejam capacitadas para execução de atividades de interesse

público e atendam às exigências previstas na legislação.

Pernambuco regulamenta Leido Cooperativismo

Lei de parcerias entre cooperativas e poder público

Circulando

Na última reunião de 2015, o

Conselho Monetário Nacional

aprovou a Resolução nº 4.454/15,

que trata da Auditoria Cooperativa

no Sistema Nacional de Crédito Co-

operativo. Isso significa que todas

as cooperativas de crédito, inclusive

confederações e centrais, deverão

ser objeto da auditoria.

Poderão executar estes serviços

instituições formadas por confede-

rações de centrais e por centrais

de cooperativas de crédito, chama-

das de Entidade de Auditoria Coope-

Banco Central aprova EAC

rativa (EAC), além de empresas de

auditoria registradas na Comissão

de Valores Mobiliários.

As instituições deverão ser au-

torizadas pelo Banco Central após

a comprovação dos requisitos da

Resolução, como a existência de

estrutura operacional e adminis-

trativa compatível com a atividade

a ser desempenhada, escopo, área

geográfica, quantidade de coopera-

tivas, confederações auditadas e

designação de responsável técnico

pelas atividades.

Divul

gaçã

o

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 20166

O Sicredi lançou uma linha de crédito específica para a compra de equipamentos para geração de energia elétrica por meio da ener-gia solar. Até 2024, 4% da potên-cia elétrica do país será gerada a partir dos raios solares.

A Unimed inaugurou o hospital Leste Fluminense, em São Gonça-lo. A unidade conta com 27 leitos pediátricos para internações ci-rúrgicas e clínicas, 20 leitos de UTI pediátrica e neonatal, e um moderno centro cirúrgico.

A primeira cooperativa de táxi formada apenas por motoristas mulheres foi criada no Pará. A As-sociação Ladys Táxi Belém possui dez motoristas e surgiu devido ao interesse dos clientes que prefe-riam ser atendidos por mulheres.

A Ambev investirá em um pro-grama que beneficiará organiza-ções de catadores que possuem boas práticas. As selecionadas re-ceberão até R$100 mil em inves-timentos e um ano de assistência técnica. Inscrições pelo site: www.ambevrecicla2016.com.br

A campanha 16 dias de ativis-mo pelo fim da violência contra as mulheres, que acontece em 160 países, foi organizada no Brasil com eventos no Centro, em Santa Cruz e Guadalupe.

O Sicoob Coopvale abriu sua primeira agência no Rio de Janei-ro, localizada no Cittá América, na Barra da Tijuca. A inauguração evi-dencia o desenvolvimento do seg-mento Crédito no Estado.

Por mais um ano consecutivo a

Cooperativa Regional de Cafei-

cultores em Guaxupé (Cooxupé) lide-

rou as exportações de café arábica

no país, enviando ao mercado mais

de 4,6 milhões de sacas do grão

verde. Em 2014, o número de café

embarcado foi de 3,9 milhões de sa-

cas. Com os números atuais o cres-

cimento será de mais de 7%.

Para o presidente da Cooxupé,

Carlos Paulino da Costa, os núme-

ros refletem a importância do tra-

balho de gestão realizado dentro

da cooperativa, com o objetivo de

aprimorar técnicas de cultivo, co-

municação com o cooperado e es-

trutura em geral, garantindo cada

vez mais agilidade nos processos

e um crescimento de forma sadia.

“Nosso objetivo é crescer e estar

sempre à frente, aprimorando no-

vas tecnologias e processos tanto

Curtas Circulando

de gestão quanto no campo, lado

a lado com o cooperado, para con-

quistar resultados maiores. Só em

2015, investimentos em novos es-

critórios, armazéns, torrefação,

silos, entre outras estruturas que

nos permitem maior agilidade em

todos os processos de produção

de um grão de qualidade cada vez

maior”, explica.

Para 2016, a Cooxupé pretende

expandir o número de armazéns do

Complexo Industrial Japy, empreen-

dimento logístico responsável por

receber, beneficiar, armazenar e

exportar o grão de café no mesmo

local. Alpinópolis, uma das unidades

da cooperativa, também deve ga-

nhar um novo armazém. Outra ação

definida é um novo Centro de Dis-

tribuição de Insumos, além de re-

formas previstas, que devem gerar

investimentos de R$ 40 milhões.

Cooxupé bate novo recorde de exportação de café

Arq

uivo

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 7

Uma oferta LEGAL para as cooperativas do Estado do Rio de Janeiro Benefícios

- Redução de custos com a obrigatoriedade da publicação;

- Veiculação em jornal de grande circulação, conforme determina a Lei;

- Diagramação de acordo com as normas legais;

- Melhor custo x benefício para publicações de atos societários;

- Veiculação no jornal com mais de 100 anos de história no mercado societário.

A Montenegro Grupo de Comunicação fechou uma parceria com o Monitor Mercantil para facilitar a veiculação de Publicidade Legal das cooperativas fluminenses, como Editais, Convocações de Assembleias Gerais, Balanços Financeiros e demais Atos Societários.

Entre em contato com a Montenegro Grupo de Comunicação e garanta sua publicação Legal.

o centímetro/colunamais barato do EstadoR$

apoio:

Circulando

Secretaria de Agricultura lança Rio Rural 2016

O secretário de Agricultura, Christino Áureo, apresenta o Rio Rural no CCBB

A Federação de Agricultura do Estado do Rio de Ja-

neiro (Faerj) com o apoio da Secretaria de Agricul-

tura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (Seapec)

lançou o evento Rio Rural 2016, iniciativa que valoriza o

segmento e será o ponto de partida para a realização de

ações em prol da agropecuária fluminense.

Com o Rio Rural 2016, entre 20 e 22 de maio, o Jo-

ckey Club da Gávea sediará um mercado com produtos

oriundos do campo. Ações práticas de combate ao des-

perdício de alimentos, preços convidativos, relação com

os fabricantes, artesanato rural, experiências gastro-

nômicas e conhecimento de forma lúdica sobre o setor

para as crianças serão algumas das atrações.

Rob

son

Oliv

eira

Os resultados do Dia C 2015 mostram que a cam-

panha foi um sucesso em todo o território nacional.

Mais de 2,4 milhões de pessoas foram beneficiadas, das

quais 30 mil no Rio de Janeiro. Ao todo, o Dia C realizou

1.078 projetos nos 26 estados e no Distrito Federal e

contou com o envolvimento de 241.521 voluntários.

Dia C 2015 beneficia 30 mil no Rio

A expectativa para 2016

é o fortalecimento dos proje-

tos para que possam colabo-

rar no desenvolvimento local

de programas de voluntaria-

do continuado.

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 20168

Infraestrutura

O Brasil possui 67 cooperativas

de eletrificação rural, das quais

dez estão envolvidas na geração

com pequenas centrais hidrelétri-

cas. E a partir de 1º de março, o

segmento vai expandir. Em novem-

bro de 2015, a Agência Nacional

de Energia Elétrica (Aneel), através

da Resolução Normativa (RN) nº

482/2012, passou a permitir a cria-

ção de cooperativas especializadas

em microgeração de energia.

Até então, as cooperativas só

atuavam a partir da minigeração.

A quantidade de energia gerada é a

diferença entre elas. A Aneel defi-

ne como microgeração distribuída

as centrais geradoras com potên-

cia instalada de até 75 quilowatts

(KW). Já as centrais com capaci-

dade superior a 75 KW e menor ou

igual a 5 megawatts (MW) caracte-

riza-se como minigeração.

Segundo a Agência, a RN cria a

“geração compartilhada”, que per-

mite que os interessados se unam

em uma cooperativa, instalem uma

micro ou minigeração distribuída e

utilizem esta energia para reduzir

as faturas dos cooperados.

Para o representante de Infraes-

trutura na OCB Nacional, Marco Olí-

vio Morato, a resolução reconhece o

cooperativismo. “É uma ferramenta

fundamental para viabilizar a gera-

ção distribuída no país e que trará

benefícios para plena utilização de

fontes renováveis com maior efici-

ência”, comenta.

Segundo Morato, houve uma

evolução nos conceitos da Aneel em

relação às cooperativas, mas aler-

ta: “O setor precisa conhecer me-

lhor como regular o ambiente, for-

necendo informações de qualidade

ao órgão fiscalizador”, diz.

Segundo o representante do

ramo no Rio de Janeiro, Sérgio

Barreto, a RN respalda as coope-

rativas. “Haverá segurança jurídica

para a realização de grandes inves-

timentos”, analisa.

Especialistas comentam que a

visão dos técnicos da Aneel na con-

cepção da nova metodologia evoluiu.

Muito se deve ao suporte do Siste-

ma OCB, que pretende aprimorar o

setor através do CAP-Infra.

De fato, a legislação proporciona

um novo cenário para o ramo Infra-

estrutura. Se o momento atual não

é o dos melhores, uma luz no fim do

túnel é acesa para um futuro um

pouco mais brilhante.

Cooperativas de eletrificação em nova fase

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 9

Programa organiza quadro social

Gestão

Processo sistemático de comu-

nicação e integração da coo-

perativa e seus cooperados, a Or-

ganização de Quadro Social (OQS)

será implementada na Cooperativa

Agropecuária de Duas Barras, na

Região Serrana.

O programa tem a duração de

três meses e foi apresentado, em

janeiro, aos membros dos Conse-

lhos Fiscal e Administrativo, além

dos dirigentes da cooperativa. No

período, será feito um diagnóstico

dos 180 cooperados, com visitas

locais e estruturação de comunida-

des para administrar melhor a atu-

ação da cooperativa.

O programa dá chance aos coo-

perados de participarem da gestão

da cooperativa, prepara lideranças

para assumir cargos na administra-

ção e fiscalização, entre

outros objetivos.

O presidente

Roberto de Mello

Araujo está sa-

tisfeito e credi-

ta ao Sistema

OCB/Sescoop-RJ a oportunidade de

crescimento. “A cooperativa está

dando um grande passo com a ajuda

do Sistema para o nosso desenvol-

vimento e termos melhores resulta-

dos à frente”, diz.

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 201610

Entramos em 2016! Na virada

do ano, muitos pedidos, pre-

ces, expectativas, sonhos a reali-

zar e muitas dúvidas!

Com uma economia doente, os

remédios têm efeitos colaterais

e no nosso caso está afetando a

vida financeira das famílias. Pre-

cisamos ser fortes para não cair

no pessimismo, para não fechar os

olhos achando que não dá para fa-

zer nada. Ser fortes, pois são os

momentos de crise que nos permi-

tem fazer grandes viradas na vida,

e é quando as grandes oportunida-

des surgem.

Vamos falar de três situações

que você pode estar passando:

1) Endividado ou superendivi-

dado – As instituições financeiras,

juntamente com os órgãos de defe-

sa do consumidor, estão mais sen-

síveis e fazendo acordos extrema-

mente vantajosos para os clientes.

Até as taxas de juros estão sen-

do revistas pelas instituições. Se

você é associado numa cooperati-

va financeira, mais apoio você terá

para se livrar do endividamento e,

adicionalmente, com taxa mais bai-

Finanças

xa, além do que numa cooperativa

financeira não tem o IOF de 3% ao

ano sobre o saldo devedor.

2) Não consegue juntar di-

nheiro – Será que você conhece o

segredo das pessoas que conse-

guem investir mensalmente? Vou

lhe contar: no dia que receber o

seu salário, retire no mínimo 10%

e se dê esse presente. Faça uma

aplicação em seu nome (como se

fosse uma obrigação, uma dívi-

da com você mesmo). Aplicações

automáticas são muito interes-

santes e muito efetivas neste

quesito. Preste atenção pois os

bancos oferecem taxas de remu-

neração muito baixas para quem

aplica pouco dinheiro. Mas se você

é associado numa cooperativa fi-

nanceira, pode aplicar no RDC (Re-

cibo Depósito Cooperativo), que é

uma aplicação garantida pelo FG-

Coop (Fundo Garantidor Coope-

rativo) até R$ 250.000 por CPF,

cujo rendimento acompanha a taxa

da economia brasileira. Você ainda

conta com liquidez diária, ou seja,

pode sacar a qualquer momento.

Tributação? Sim, mas mesmo após

o pagamento do imposto de renda,

você ganha acima da poupança.

3) Possui investimento mas

não sabe onde investir – Com taxa

de juros real elevada, que é a taxa

de juros da economia brasileira de-

pois de descontada a inflação, as

aplicações conservadoras são as

mais recomendadas. Lembre-se:

título de capitalização não é inves-

timento e PGBL/VGBL só devem

ser escolhidos se o dinheiro for

para a aposentadoria ou planeja-

mento sucessório. Cuidado com

os produtos, avalie sempre o ren-

dimento nos últimos 12, 24 e 36

meses comparativamente ao CDI

no mesmo período. Se é associado

numa cooperativa financeira, pode

constatar que as taxas praticadas

nas aplicações financeiras tendem

a ser melhores que as dos bancos

para baixos valores.

Moral da história: Ter uma re-

serva de emergência é o segredo

para lidar com as finanças sem es-

tresse. Assim, você pode liquidar dí-

vidas, não entrar no negativo, pagar

despesas extras e quem sabe curtir

uma pequena viagem com a família.

Planejando 2016

Myrian Lundé professora e planejadora financeira,ocupando por mais de 20 anos cargos

executivos no mercado financeiro.Professora e coordenadora de MBAs pela FGV, com forte atuação no Cooperativismode Crédito. CEO do portal Viva Plenamente

www.vivaplenamente.com.br

Precisamos ser fortes para não cair no pessimismo, achando que

não dá para fazer nada.

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Crise não é problema.É solução

Capa

O Brasil passa por um momento econômico complicado

e a crise instaurada no país atinge todos os setores

da sociedade, inclusive as cooperativas. No entanto, em

meio ao cenário negativo, as cooperativas têm se mostra-

do uma ótima saída para os associados de diversos ramos.

Uma das formas é mostrar que o cooperativismo é

capaz de promover o desenvolvimento econômico e social

das cidades.

O Sicoob Central Rio, por exemplo, em 2015 teve nú-

meros superiores em relação a 2014. O relatório Gran-

des Números do Sicoob Confederação mostra cresci-

mento no número de associados (13%), no capital social

(20%) e nas operações de crédito (23%).

Em comparação com os bancos privados, houve um

crescimento maior em patrimônio líquido (14,2% contra

5,5%) e em volume de depósitos (21,5% contra 7,2%).

De acordo com a Organização das Cooperativas Brasilei-

ras (OCB), no empréstimo pessoal, por exemplo, a taxa

de juros das cooperativas varia entre 30% a 43% ao ano.

Enquanto nos bancos comuns, a média é de 120% ano,

de acordo com o Banco Central.

Apesar dos bons números, o presidente do Sicoob

Central Rio, Luiz Antônio Araujo, confirmou que a crise

atingiu a cooperativa, mas não é motivo de pessimismo.

“Mesmo num cenário adverso, o Sicoob Rio não teme a

crise porque não faz parte dos problemas, mas da solu-

ção”, comenta o presidente.

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 13

Fundada há quatro anos, o Sicoob

Central Rio enfatiza o crescimento

das áreas. Segundo Luiz Antônio,

algumas ações físicas estão sendo

feitas. “Expandimos nossa atuação

para que pessoas tenham uma co-

operativa perto de casa ou traba-

lho. Incentivamos a livre admissão,

abertura de postos de atendimen-

to e vamos desenvolver uma série

de projetos, como o Cooperjovem,

palestras de educação financeira,

concursos culturais, de redação e

cursos de inclusão digital”, explica.

Outros setores

O setor agropecuário também

sofre com a crise. Segundo o pre-

sidente da Coagro, Frederico Paz, o

crédito da cooperativa foi suprimi-

do, que precisou se reinventar para

manter seu crescimento. “Saímos

de um parque industrial menor, na

antiga usina São José, para uma

área maior, em Sapucaia. Tivemos

dois anos consecutivos de seca

que afetou muito nossos coopera-

dos, com perda de mais de 50% da

produção. O Instituto Nacional de

Meteorologia registra como a pior

seca dos últimos 105 anos. Apesar

do prejuízo, fomentamos plantio de

nossos cooperados com mais cin-

co mil hectares. Tivemos recursos

da Caixa Econômica e da AGERIO,

apesar de escassos, e as condições

climáticas tornaram-se favoráveis

desde o final de 2015. Estamos

com preços melhores do açúcar e

do álcool, o que refletirá em mais

remuneração para nossos coopera-

dos”, afirma.

Passando pela crise com dificul-

dades, a Coagro está superando

graças ao cooperativismo. “A união

dos produtores viabiliza aquisição

de máquinas e insumos. Prova dis-

so é que a Coa-

gro supera cri-

ses desde 2008

e também será

capaz de vencer

a atual”, conclui

Frederico.

Algumas cooperativas buscam

o desenvolvimento capacitando a

equipe. São os casos da Cooperati-

va Habitacional Chave Real e da Co-

operativa de Trabalho Coopconsult.

Na Chave Real, segundo o presi-

dente Afonso de Souza Filho, estão

sendo realizados investimentos em

qualificação da equipe e em ações na

mídia. “Aliando tradição e confiança,

projetamos o aumento de nosso

quadro de cooperados e atingimos a

meta de R$ 3 milhões em negócios

por mês”, comenta.

Já na Coopconsult também tem

sido trabalhado o aperfeiçoamen-

to dos profissionais. “A partir do

momento em que se qualifica seus

cooperados, você os prepara para o

mercado e fica um passo à frente

dos concorrentes”, diz.

Esses são apenas quatro exem-

plos de superação. As cooperativas

fazem parte de um grupo seleto de

instituições que se tornam solução

para a crise econômica por qual o

Brasil passa, sendo um novo mo-

mento de inclusão financeira e quali-

ficação profissional.

Ao lado, sede do Sicoob Central Rio. Abaixo, a Coagro

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 201614

Entrevista

Qual balanço pode ser feito com

a Lei Seca após redução do índice

de acidentes e mortes provocados

pela combinação álcool e direção?

A Lei Seca é só um ponto, pois

sem fiscalização ela não se efetiva.

O Rio de Janeiro assumiu como uma

política de Estado entendendo que

no momento em que se atua na re-

dução dos acidentes, também im-

plica em menor custo para a área

de Saúde. O Brasil precisa enten-

der esta lógica do investimento em

fiscalização. Defendo uma padroni-

zação das ações da Lei Seca, inclu-

sive do ponto de vista da aplicação

das punições, tanto administrativa

quanto criminal.

No Rio de Janeiro a Lei funcionou.

A que se deve esse resultado?

Fomos um dos pioneiros e a po-

pulação aprovou esse tipo de fiscali-

zação, que acabou se transforman-

Lei Seca e alternativas para o transporte

do em resultado produtivo. É uma

opção do governo trabalhar na redu-

ção do número de acidentes.

Como o senhor vê o serviço atual?

Já passamos de dois milhões de

testes de bafômetros desde 2009.

A Organização Mundial da Saúde

(OMS) sugere que seja fiscaliza-

do um quarto dos condutores. No

Rio há cerca de 5 milhões de habi-

litados, então estamos falando em

cerca de 1 milhão por ano. Essa é

a recomendação da

OMS, que entende

que só quando a fis-

calização é constan-

te, aleatória e com

policiamento efetivo,

as pessoas aderem.

O senhor é presi-

dente da Frente

Parlamentar em De-

fesa do Trânsito Seguro. Quais são

os objetivos?

O principal é a redução do nú-

mero de mortos e feridos no trân-

sito, baseando-se na meta de 50%

da OMS. Desde 2011, o Brasil já

deveria estar trabalhando nessa re-

dução. Basicamente, nesses cinco

anos nosso desejo é a redução de

acidentes, aprimoramento da legis-

lação, adequação do trânsito, da

mobilidade e do transporte de pas-

sageiros e cargas.

Personalidade atuante no ramo Transporte, o autor da Lei Seca

e deputado federal, Hugo Leal, reforça seu compromisso com os

projetos de leis voltados para diminuir os acidentes de trânsito. Em

seu segundo mandato na Câmara dos deputados, é um dos defensores

da prática cooperativista no Estado do Rio de Janeiro. Hugo Leal, tam-

bém presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro

e titular na Comissão de Viação e Transportes, em entrevista à Rio

Cooperativo fala sobre o futuro do Transporte.

Blitz da Lei Seca na noite carioca

Divul

gaçã

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i Sec

a

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 15

E o que está sendo feito na Comis-

são de Viação e Transportes?

Estamos avaliando alguns pro-

jetos que modificam o Código de

Trânsito no sentido de melhorar a

fiscalização com efetiva punição.

Hoje, temos muitos recursos e

etapas até o cumprimento da de-

cisão do processo administrativo.

Estamos discutindo a redução des-

sas etapas, o que tem ocasionado

uma sensação de impunidade. Ou-

tro assunto é tornar racional a fis-

calização eletrônica. Ao invés dela

ser apenas em um ponto, a ideia é

fazer um traçado da via inteira e,

quando o motorista entrar e sair,

será fotografado. Será feito, en-

tão, a média da velocidade. É mais

justo, inteligente e ajuda o moto-

rista a manter uma velocidade mé-

dia abaixo do que é permitido.

Qual é a sua posição sobre as coo-

perativas de táxi e aplicativos?

Sou 100% favorável às coope-

rativas. O que acontece com os

aplicativos é que muitas coope-

rativas acabarão consolidando se

não entenderem o que a tecnolo-

gia tem para adequar com relação

aos aplicativos legais. Em relação

ao Uber, é difícil falar de uma cir-

cunstância. Enquanto plataforma

tecnológica não teria problema.

A questão é quem faz o serviço

para esse sistema não é regular.

Ele não é um funcionário Uber, não

tem autorização para fazer trans-

porte de passageiros, não está

cadastrado como empresa de lo-

cação ou transporte executivo

e não tem universo jurídico para

prestar esse tipo de serviço.

Quais são as perspectivas para o

transporte de cargas?

O Brasil é um país rodoviário. Não

que seja positivo, mas optamos por

esse modal rodoviário. Estamos com

uma comissão especial para discutir

o marco regulatório do transporte de

cargas. Com relação ao custo do die-

sel e dos pedágios, recentemente foi

aprovado na Câmara dos Deputados

um projeto que isenta os caminhões

com eixo suspenso de pagar pedágio.

Mas as concessionárias partiram

desse conceito para reajustar a ta-

rifa. O que precisamos, na verdade, é

melhorar as condições das estradas.

Transporte de cargas

Ban

co d

e im

agem

Page 16: Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

O perfil dostaxistas brasileiros

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Fevereiro de 201616

Pesquisa

Acaba de ser divulgada a Pesqui-

sa CNT de Perfil dos Taxistas

2016, lançado pela Confederação

Nacional do Transporte (CNT). O

levantamento foi realizado em no-

vembro do ano passado com 1.001

profissionais em 12 estados. Para

62% dos taxistas brasileiros, ter

autonomia para definir o horário de

trabalho é um dos pontos positivos

da profissão.

A demanda nos serviços em re-

lação ao ano passado foi um dos

assuntos em consenso. A maioria

(94%) acredita que houve diminui-

ção e 43% vêm a crise econômica

como o motivo principal, enquanto

30% culpam o transporte clandes-

tino pela queda nas demandas.

A pesquisa foi feita em locais de

grande fluxo de taxistas, como ae-

roportos (20% da amostra), rodovi-

árias, estações de metrôs e trens

(30%) e regiões centrais (50%).

Os profissionais responderam

questões sobre o tempo ao volante,

saúde, rotina de trabalho, seguran-

ça pública, entraves para conseguir

licenças e concorrência com o Uber,

entre outras.

Segundo Bruno Batista, diretor-

-executivo da CNT, a avaliação dos

taxistas se altera quando estão lo-

calizados nas regiões onde o Uber

opera - Belo Horizonte, Brasília,

Porto Alegre, Rio de Janeiro e São

Paulo. “Para os que conhecem o

serviço, 68% avaliaram que perde-

ram clientes”, diz.

Sobre o aplicativo, 72% são con-

trários à legalização.

O custo de manutenção do ve-

ículo foi outro fator comentado,

além do gasto com combustível que

chega a R$ 1.300 mensais.

74% consideram a

profissão perigosa

Idade média

47 anos

93% possuem veículos

com seis anos de uso

57% cobram fiscalização

do transporte ilegal

74% estão acima

do peso

$ Renda mensal

R$ 2.67558% pedem redução de

impostos no combustível

56% pedem

mais segurança

28% se alimentam

em casa

14% têm

problemas de coluna

16% sofrem de

problemas de visão

16% têm

pressão alta

Page 17: Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 17

Evento

Táxi é tema de feiras no Rio e em São Paulo

Novembro foi o mês do conheci-

mento e aperfeiçoamento pro-

fissional para os taxistas. O Rio

de Janeiro sediou o Salão do Táxi,

enquanto a Expotáxi Brasil chegou

pela primeira vez a São Paulo.

Com entrada gratuita, milhares

de pessoas participaram dos even-

tos. Inovações como o sistema de

monitoramento em tempo real da

pressão e da temperatura dos pneus

fez sucesso com os visitantes.

Dentre as montadoras, a

Volkswagen levou os veículos com

preços especiais para os taxistas.

Para o representante Rafael Viei-

ra, a aproximação com o público foi

exitosa.“No Salão de Táxi os taxis-

tas conseguem achar todos os ser-

viços”, analisa.

O consultor regional de vendas

diretas da Toyota, Fernando Klein,

destaca o sucesso do evento. “O

taxista faz um laboratório de tes-

tes no dia-a-dia da profissão. Esse

perfil de uso nos permite avaliar du-

rabilidade, garantia e pós-venda dos

veículos”, avalia.

Debates sobre o cotidiano dos

profissionais foram realizados,

como o Fórum de Tecnologia, se-

gurança e qualidade de vida, que

compartilhou experiências de cida-

des com incentivos aos motoristas,

e O futuro do táxi e o seu papel na

construção de cidades sustentáveis,

que contou com a participação do

deputado federal Hugo Leal, do de-

putado estadual Jorge Felippe Neto,

do superintendente de relações ins-

titucionais da secretaria de Estado

de Transportes do Rio de Janeiro,

Breno Vidal, do diretor da OCB/RJ,

Vinícius Mesquita, e do presidente

do Conselho Regional de Taxistas do

Estado do Rio de Janeiro (CRT/RJ),

Marcos Bezerra.

No alto, os estandes do Banco do Brasil e da Toyota. Acima na solenidade de abertura, Marcos Bezerra (presidente do CRT-RJ), Marcos Diaz (presidente do Sistema OCB/RJ), Carlos Osório (ex-secretário estadual de Transportes), Marcelo Freire (BB), Rafael Vieira (VW) e Vinícius Mesquita (diretor da OCB/RJ)

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 201618

Uma nova tecnologia surge para

otimizar o mercado de Táxi no

Brasil. A empresa Tyros, em parce-

ria com o Grupo Alemão - Point 191,

especializado em táxis no país, fabri-

cou o Sistema de Gestão Integrada

de Frotas que reúne os principais

itens de segurança e comodidade

para cooperativas, como taxímetro,

rastreador e pagamento.

A argentina Tyros começou nos

anos 60 fabricando aparelhos ele-

trônicos. Nos anos 90 chegou ao

Brasil focada na logística para veí-

culos e, em 2003, passou a comer-

cializar serviços de gestão de fro-

tas. Juntou-se à Fulmar - fabricante

de taxímetros - e aliou-se ao Grupo

Alemão, onde a Auto Taxímetros é a

distribuidora do produto.

Criou-se, então, um produto

integrado com taxímetro, rastre-

amento e sistema de gestão, com

informações de pagamento, dados

gerais, posicionamento do veículo e

integração com aplicativos de corri-

da, com telas específicas para pas-

sageiro e motorista.

Para o diretor da Tyros Tecnolo-

gia, Claudio Margulies, os serviços

são pensados em satisfazer o clien-

te. “Nosso diferencial é que, com o

controle do hardwa-

re, podemos adaptar

o produto ao cliente.

Fabricamos o sof-

tware, os aplicati-

vos e conseguimos

adaptá-los a cada

necessidade”, diz.

Diversas prefei-

turas estão reali-

zando testes com o

serviço. Segundo o diretor do Grupo

Alemão, Alexandre Borges, a biome-

tria nos táxis já está desenvolvida

e só falta homologação do Inmetro

para iniciar a operação.

“A biometria online não existe no

Brasil. Só há um concorrente que

trabalha offline, onde o carro preci-

sa passar próximo à uma torre para

atualizar os dados. As prefeituras

pedem um sistema de integração e

não querem fazer o monitoramen-

to pelo celular, porque o aparelho

rastreia o motorista, não o veículo.

Para fins de segurança, essa dife-

rença é fundamental”, detalha.

O Sistema possui duas antenas

GPS e GRPS e chips de telefonia

conectadas ao rastreador via inter-

net. O taxista precisa ter apenas

um aparelho celular.

Gestão Integrada de Frotas revoluciona o táxi

“O diferencial de uma prefeitura

estar por trás do serviço é a segu-

rança nos cadastros. O que propo-

mos são dados oficiais para evitar

roubo e má utilização do aplicativo”,

acrescenta Claudio Margulies.

Segurança

Única tecnologia no mundo com

essa integração, a Auto Taxímetros

e a Tyros oferecem a taxa mais bai-

xa do mercado para a compra de ta-

xímetro e pacote de tecnologia com

monitoramento, gestão, segurança

e comunicação de roubo. “A taxa é

de cerca de 5% anual, com financia-

mento em até 24 vezes e garantia

de dois anos”, ressalta. A tecnolo-

gia eleva o táxi a um nível superior

e esse sistema leva segurança para

prefeituras, taxistas e passageiros.

Tecnologia

Claudio Mergulies e Alexandre Borges: visão estratégica de futuro

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Page 19: Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 19

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Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 201620

Sustentabilidade jurídica deve ser o foco na gestão de cooperativas

Gestão de risco patrimonial e planejamento sucessório

Estabelecer relações jurídicas

capazes de manter higidez no cur-

to, médio e longo prazos, através da

adoção de postura preventiva e pro-

ativa de busca constante do alinha-

mento das estratégias negociais

ao sistema jurídico é uma das defi-

nições de sustentabilidade jurídica.

Além da gestão de riscos, a susten-

tabilidade jurídica, quando integra

as práticas de gestão, pode gerar

uma infinidade de oportunidades de

negócios. Nos próximos anos, em

que fatores externos tendem a im-

pactar as administrações mais efi-

cientes, contar com uma assesso-

Qualquer espécie de empreen-

dimento econômico acarreta ris-

cos pessoais aos administradores.

Mesmo adotando posturas coeren-

tes e eficientes, nem todos os fato-

res de riscos podem ser evitados.

A sua responsabilidade pode trans-

ria jurídica que deixe de ser reativa

e judicializadora e que passe a inse-

rir a sustentabilidade jurídica no rol

de rotinas de gestão, representará

um diferencial para o sucesso das

cooperativas em tempos de crise.

cender os limites patrimoniais da

sociedade atingindo o patrimônio

do sócio. Por isso, é essencial que

os administradores adotem medi-

das de contenção de riscos através

da organização jurídica.

O planejamento sucessório

Abdul Nasseré especialista em Direito Tributário

e em Gestão de Cooperativas.

Ronaldo Gaudioé especialista em Direito Processual

Civil e MBA em Business Law.

Ambos são sócios da Gaudio & Nasser Advogados Associados.

Causa&Efeito

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também merece atenção das pes-

soas que construíram um patri-

mônio ao longo da vida. É possível

ajustar a gestão de risco e organi-

zar o processo sucessório garan-

tindo maior segurança para si e

seus familiares.

Page 21: Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 2016 21

Repetição de indébito para cooperativas de trabalho

AGU e TCU admitem cooperativas em licitações

Expansão com segurança das cooperativas financeiras

O Supremo Tribunal Federal, ao

julgar o Recurso Extraordinário nº

595.838/SP, no âmbito da sistemáti-

ca do Artigo 543-B do Código de Pro-

cesso Civil, declarou inconstitucio-

nalidade - e rejeitou a modulação de

efeitos desta decisão - do inciso IV,

do art. 22, da Lei nº 8.212, de 1991.

Isso abriu a possibilidade de todos

Ao vincular a vedação de partici-

pação de cooperativas de mão-de-

-obra nas licitações públicas com

base nos critérios da Lei de coope-

rativas de trabalho de 2012, o Tri-

bunal de Contas da União (TCU) co-

meça a viabilizar a contratação de

cooperativas de trabalho (serviço e

produção) enquadradas nas exigên-

Desde 2009, o mercado financei-

ro é o segmento onde o cooperati-

vismo mais tem recebido do Poder

Público uma atuação regulatória

alinhada às diretrizes constitucio-

nais de fomento, liberdade e adequa-

ção do regime jurídico-econômico.

Considerando que a regulação de

mercado não deve criar restrições

aqueles que contribuíram indevida-

mente com os 15% relativos ao INSS

incidente sobre o total da nota ou

fatura de cooperativas de trabalho,

solicitarem a repetição de indébito.

Além dos contratantes, as próprias

cooperativas têm direito a repetição

de indébito. O prazo de prescrição

desse direito é de cinco anos.

cias da legislação especial (Lei nº

12.690/12). A adaptação dessas

cooperativas ao novo regime jurídico

torna-se cada vez mais necessária,

assim como a adequação de suas

operações e governança. A Advoca-

cia Geral da União (AGU), que firma-

ra acordo judicial com o Ministério

Público de Trabalho, também come-

inconstitucionais à plena inserção

de cooperativas em quaisquer mer-

cados, mas todas as adaptações

necessárias a um tratamento com

o modelo econômico próprio dessas

sociedades, as exigências de maior

segurança nas operações com a

nova resolução são capitais para

ampliar a estabilidade dessas insti-

ça a conhecer os critérios legais

para identificação das cooperativas

de mão-de-obra.

tuições financeiras, evitando riscos,

minimizando traumas e desacredito

do sistema financeiro cooperativo. O

incremento das exigências no plano

da governança importam em altera-

ções estatutárias e maior investi-

mento na formação e organização do

quadro social, sobretudo em relação

à atuação dos conselhos fiscais.

Page 22: Rio Cooperativo Ed. 24 - Março / 2016

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 24 - Março de 201622

Implementar e consolidar práticas

que assegurem a captação, reten-

ção e desenvolvimento das pessoas,

criando oportunidades que as inte-

grem, desenvolva-as e as estimu-

lem ao comprometimento com os

resultados – eis, em linhas gerais, a

Missão da área de Recursos Huma-

nos (RH). Para que seja cumprida, é

preciso que a equipe aprenda a ca-

minhar com firmeza, não caindo no

erro elementar de querer mudar o

mundo logo de cara. Não dá!

Na maioria das vezes, os in-

teresses do pessoal de humanas

(mudar o mundo) e do empresário e

seus financistas (auferir lucros) pa-

recem diametralmente opostos. Em

se tratando de RH, o melhor é “co-

mer o mingau pela beirada”, se não

souber, aprenda a fazê-lo, sob pena

de queimar energia, comprometer

esforços e a própria imagem – esse

bem intangível e valioso.

Para os iniciantes, é bom sa-

ber que, independente do porte e

segmento, há empresários, direto-

res, gerentes, entre outros, para

Como mostra a experiência, comece do início, seja pragmático.

quem o RH se resume às funções

de recrutar, admitir, demitir, cuidar

da folha de pagamento, segurança

e medicina ocupacional e – óbvio!

– organizar festas de aniversário.

Sequer passa por suas cabeças de

que cabem à área responsabilidades

tão ou mais nobres para o negócio.

Surpreendem-se quando desco-

brem que também pode subsidiar

decisões estratégicas, recrutando

e selecionando alinhado aos novos

desafios, treinando e desenvolven-

do segundo demandas específicas

– desmistificando a ideia de que

treinamento é turismo e lazer nas

belíssimas praias do Nordeste –,

construindo e fornecendo indicado-

res de resultados, atualizando po-

líticas de remuneração e por aí vai.

Como mostra a experiência, co-

mece do início, seja pragmático: es-

quadrinhe a empresa (missão, visão,

estrutura) e as pessoas – especial-

mente as chaves e eminências par-

das: conheci peões mais poderosos

que diretores – afinal, como se dizia

pelos corredores, “foram os primei-

Paulo Roberto Rezendeé palestrante e consultor nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento,

Liderança, Planejamento Estratégico, Comunicação Empresarial, Redação

Técnica, entre outras. Graduado em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Gestão Estratégica

Empresarial e em Docência de Ensino de Nível Superior.

[email protected]

Tempos Verbais

ros colaboradores e são íntimos

dos donos”. Identifique as necessi-

dades, avalie os custos e recursos

disponíveis, estabeleça onde e quan-

do quer chegar e os benefícios, crie

parcerias – só então ouse elaborar

o seu plano de trabalho.

Ainda que você domine tudo isso

e sua equipe seja qualitativa e quan-

titativamente capaz e suficiente

para atingir as metas, não caia na

tentação de mostrar “toda a sua

sabedoria” num piscar de olhos:

as desconfianças decorrentes da

competitividade acirrada são perni-

ciosas e não valem a pena. Não se

esqueça de que máquinas e equi-

pamentos podem ser substituídos

anualmente, marketing e estraté-

gias comerciais, semanalmente,

tecnologias, diariamente, contudo,

quando se fala em mudar hábitos e

culturas – desculpe a expressão –

os buracos são mais embaixo.

Depois, ânimo e mãos na massa,

lembrando-se de, vez em quando,

elogiar certos peões. Isso pode aju-

dar, acredite!

Elogio estratégico

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