Rio Cooperativo n°2

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Revistas para cooperativas

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Ano I - nº 2 - Dezembro de 2005

As soluções do mercado

para gerenciamento de

centrais e singulares.

Saúde

A responsabilidade

social como foco na

Unimed Teresópolis.

Trabalho

O exemplo de cooperativismo

praticado pela

Dominium Coop.

Papo CooperativoEspecial

Entrevista exclusiva com

o presidente da OCB,

Márcio Lopes de Freitas.

E aindaE aindaE aindaE aindaE ainda SeçõesSeçõesSeçõesSeçõesSeções

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Capa

Nesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta edição

AGENDA COOPERATIVISTA - Os eventos do mundo cooperativo.

EDITORIAL - Cláudio Montenegro.

SOCIAIS - Tudo sobre o lançamento da revista Rio Coope-

rativo no Clube Naval.

CIRCULANDO - Um giro pelas principais notícias cooperati-

vistas do Rio de Janeiro e do Brasil.

MÃOS À OBRA - Milton Rangel.

PÉ NA ESTRADA - Nélio Botelho.

ALICERCE - Iracy Caldas.

NA PONTA DO LÁPIS - José Ribamar do Amaral Cypriano.

DATA VÊNIA - Adriana Amaral dos Santos.

DIRETO AO PONTO - Maria de Fátima Moraes Rodrigues

LINHAS DO CRÉDITO - Wagner Guerra da Fonseca.

SALA DE ESTAR - Um momento de descontração no seu

dia-a-dia.

Cenário Estadual - Marco Antônio Lucidi traça o pano-

rama do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro.

Encontro no Trabalho - Febracoop realiza palestra no

Hotel Guanabara.

Debate Cooperativo - o cooperativismo em questão no

primeiro de uma série de encontros mensais promovidos

pela Montenegro Comunicação.

Crédito - Mudanças são discutidas no Bacen.

Crédito - Fenacred analisa nova resolução do Bacen.

INFORME ESPECIAL - No caminho da modernização- A Credicerj aposta em novos produtos e mudança de

visual para 2006.

Serviço - As corretoras Cooperação e Patri Oliver apre-

sentam o Sistema Inteligente de Bonificação.

ATUALIZE SEU CADASTRO! Envie os dados de sua cooperativa para receber a revista Rio Cooperativo. Nosso e-mail é [email protected].

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FiCoop 2006Feira Internacional de CooperativasData: 26 a 28 de abrilLocal: Centro de Congressos de Lisboa,Lisboa, PortugalInformações: (11) 6193-7740

Rio CoopShow 2006

Data: 26 a 28 de julhoLocal: Firjan - Av. Graça Aranha, 1, 13ºandar, Centro, Rio de Janeiro - RJInformações: (21) 2233-5547 e [email protected]

Fenacoop 2006

Feira Internacional das Cooperativas,Fornecedores e ServiçosData: 18 a 20 de outubroLocal: Centro de Exposições Imigrantes,São Paulo - SPInformações: (11) 2193-7740,www.fenacoop.com.br

Cartas

“Sinceros votos de sucesso para a re-vista Rio Cooperativo.” Rosinha Garoti-

nho, governadora do Estado do Rio de

Jane i ro .

“Agradecemos o honroso convite parao coquetel de lançamento da revista RioCooperativo. Desejamos êxito, na cer-teza de que o evento será um suces-so.” Marco Antônio Lucidi, secretário de es-

tado de Trabalho e Renda .

“Agradeço gentil convite, desejando su-cesso para a publicação em pauta.”Sônia Mograbi, Secretária Municipal de

Educação do Rio de Janeiro”

“Auguramos sucesso e pleno êxito nolançamento da revista Rio Cooperati-vo.” Paulo César Geraldes, Presidente do

Cr emer j .

“Parabenizamos o lançamento da revis-ta Rio Cooperativo e desejamos grandesucesso.” Outair Bastazini, Presidente do

CRO–RJ .

Debate Cooperativo

Data: 26 de janeiroLocal: Firjan - Av. Graça Aranha, 1, 13ºandar, Centro, Rio de Janeiro - RJInformações: (21) 2233-5547 e [email protected]

II Seminário de Cooperativas deTransporte Escolar do Espírito Santo

Data: 27 de janeiroLocal: Auditório do CNEC, CentroDomingos Martins - ES.Informações: www.ocebes.coop.br

BioFach

Feira Internacional de Produtos OrgânicosData: 16 a 19 de fevereiroLocal: Nuremberg, AlemanhaInformações: (21) 2563-4634 / 2563-4293

Show Rural Coopavel 2006Data: 13 a 17 de fevereiroLocal: Cascavel - PR.Informações: (45) [email protected]

Rio Cooperativo é notícia não só no

meio cooperativista, mas também já cir-

cula entre as autoridades do estado, que,

por compromissos já previamente assu-

midos, não puderam comparecer ao

coquetel de lançamento da publicação,

que aconteceu na noite de 3 de novem-

bro, no restaurante Navegador, na sede

do Clube Naval, centro do Rio. Muitos

fizeram questão de registrar seus cum-

primentos e votos de sucesso pela inici-

ativa. Confira abaixo.

Agenda Cooperativista

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Por novos jardinse mais borboletas

Rio Cooperativo é uma publicação bimestral da

Montenegro Comunicação Corporativa

Rua da Conceição, 105, sala 1909, Centro

CEP: 20051-011 - Rio de Janeiro - RJ

Telefones: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]

Site: www.montenegrocc.com.br

Editor executivo e jornalista responsável

Cláudio Montenegro (MTb 19.027)

[email protected]

Redação

Dardano Piranda ([email protected])

Kenia Vida ([email protected])

Projeto gráfico e programação visual

Fábio Louzada ([email protected])

Colaboraram nesta edição: Adriana Amaral, Iracy

Caldas, José Ribamar do Amaral Cypriano, Maria de

Fátima Moraes Rodrigues, Milton Rangel, Nélio Botelho

e Wagner Guerra.

Publ ic idade/Contatos

Tel.: (21) 2233-5547 - 2233-0712

E-mail: [email protected]

Distr ibuiçãoLideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes e funcionários

de cooperativas de todos os segmentos (agropecuário, con-

sumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infra-

estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e

turismo), empresários, administradores, assessores jurídicos,

auditores, contadores, profissionais de recursos humanos,

associações, sindicatos, federações e entidades de classe de

forma geral, órgãos e instituições governamentais, universidades,

fornecedores de produtos e serviços para cooperativas e

demais formadores de opinião.

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de

seus autores, não correspondendo necessariamente à

opinião dos editores.

Capa desta edição: Agência JB / Fernando Rabelo

Expediente

Editorial Cláudio Montenegro

Chegamos à segunda edição e a reper-

cussão de seu lançamento não poderia ter

sido melhor. Nem o mais otimista dos

apostadores poderia prever o sucesso des-

ta publicação em tão pouco tempo.

Empresas e entidades que não conhe-

ciam o cooperativismo estão maravilhadas

com este “admirável mundo novo” e a opor-

tunidade de geração

de negócios que se

apresenta, possibili-

tando uma verdadeira

via de mão de dupla e

o conseqüente desen-

volvimento das institui-

ções cooperativistas.

E qual é o segredo

desse sucesso? Cre-

dibilidade, pois o que

fazemos e oferecemos

é feito de coração,

sem objetivos parti-

dários ou financeiros.

E visão de mercado, porque soubemos

entender a necessidade do segmento coo-

perativista do Rio de Janeiro, que ansiava

por um espaço próprio, em que pudesse

ver refletidas suas opiniões e propostas.

Tal como propôs Quintana, consegui-

mos preparar um belo jardim e conquistar

a atenção das borboletas. Que venha 2006

e que possamos preparar novos jardins.

Saudações cooperativistas a todos e

um Feliz Ano Novo!

“O segredo é não correr atrás das bor-

boletas... É cuidar do jardim para que

elas venham até você.” A frase é do

saudoso poeta Mário Quintana e traduz

bem o espírito do trabalho que a Monte-

negro Comunicação vem realizando junto

ao segmento cooperativista.

Mais que oferecer novas oportunidades

de intercâmbio de ex-

periências e promover

a verdadeira intercoo-

peração, o que quere-

mos sugerir a todos

que se interessam por

esse tema apaixonan-

te e contagiante é um

novo olhar, um novo

foco. Queremos lançar

uma nova luz sobre o

cooperativismo e moti-

var novas reflexões.

O que nos interes-

sa, sem falsas pre-

tensões, é reativar o debate sadio, a troca

de opiniões e a busca de soluções para os

problemas do sistema que afetam a todos,

indiscriminadamente.

Com a revista Rio Cooperativo, demos

o primeiro passo, entrando em contato com

todas as cooperativas fluminenses e entida-

des co-irmãs de todo o Brasil. Em suas

páginas, apresentamos o dia-a-dia de nos-

sas instituições, suas histórias de sucesso,

seus anseios, suas reivindicações.

Queremos reativar o

debate sadio, a troca

de opiniões e a

busca de soluções

para os problemas

do sistema que

afetam a todos,

indiscriminadamente.

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Sociais

Legendas: (1) O presidente

da Fenacred, Valdinar Gomes da

Fonseca; (2 e 3) A dançarina

Juliana Torres, que animou a

festa com sua dança do ventre;

(4 e 5) alguns dos convidados

que conferiram o lançamento

oficial da Rio Cooperativo.

Muita alegria marcou o lançamento da Revista Rio Coopera-

tivo, no restaurante Navegador, no Clube Naval, no Centro do

Rio de Janeiro, no dia 3 de novembro.

O novo canal de notícias do cooperativismo fluminense foi

apresentado a diretores e cooperativistas que elogiaram muito o

trabalho e a realização de um grande canal para o setor.

Durante o coquetel de lançamento, o diretor presidente

da Montenegro Comunicação Corporativa, Cláudio

Montenegro, apresentou um vídeo com os produtos lançados

pela empresa para o fomento do cooperativismo no estado

do Rio de Janeiro no ano de 2005, além dos futuros projetos,

como o 1º Salão de Artes Plásticas do Cooperativismo, que

promete sacudir o setor em 2006.

A festa teve ainda a apresentação da dançarina Juliana Tor-

res, com danças típicas árabes. Depois foi a vez dos convida-

dos dançarem ao som de ritmos variados na pista.

Rio Cooperativo é lançada emevento no Clube Naval

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Circulando As notícias que circulam no mundo cooperativista

Novembro foi mês de eleições na Cooperativa dos funcioná-rios dos bancos públicos federais, Cooperforte. A cooperativa decrédito elegeu seus delegados seccionais para os próximosquatro anos. Os representantes do PAC-RJ (fotos abaixo, a partirda esquerda) são Paulo Moraes de Oliveira, Lucineide Siqueirado Nascimento e Luiz Ricardo Maggi, que atuarão na capital, eManoel Carlos Gomes que será delegado do interior.

Cooperforte elege delegados no Rio

No dia 11 de dezembro, ocooperativismo do Rio de Janeiroperdeu um de seus representan-tes mais importantes.

O presidente da cooperativa detrabalho Coopgestão, EduardoGranthon, foi morto após assaltoem sua residência.

Empreendedor, com uma vi-são à frente de seu tempo, Granthon vinha promovendo umtrabalho de grande visibilidade de sua instituição no merca-do, mostrando-se sempre presente nas principais iniciati-vas ligadas ao cooperativismo.

Granthon também vinha sendo um grande parceiro daMontenegro Comunicação Corporativa em projetos de pro-moção do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro, comoa revista Rio Cooperativo e o Debate Cooperativo.

Eduardo, 38 anos, deixa esposa e três filhos.

Cooperativismo fluminense em luto

OCB/RJ assina convênio com Sesi

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo(Sescoop-RJ) e a Organização das Cooperativas Brasileirasdo Estado do Rio de Janeiro (OCB-RJ) assinaram em novem-bro um convênio com o Serviço Social da Indústria (Sesi-RJ).

O convênio permitirá que os cooperados, empregados e de-pendentes das filiadas à OCB-RJ, tenham descontos de 10%em serviços educacionais, consultas médicas e odontológicase 30% nas mensalidades do Sesi na parte social.

A cooperativa que aderir ao convênio poderá também ofe-recer aos seus cooperados almoços musicais, sorteios, cam-peonatos e outras atividades. Na foto, o presidente da OCB-RJ, Francisco de Assis (ao centro), a superintendente doSescoop-RJ, Jaqueline Calçado, e representante do Sesi.

Em Assembléia Geral Extraordinária (AGE), realizada nodia 2 de dezembro, as cooperativas filiadas à Central de Cré-dito do Estado do Rio de Janeiro (Credicerj) acertaram a ven-da dos ativos móveis e imóveis da entidade através de leilão.

A Cecrerj tem dois terrenos em Petrópolis, uma fazendaem Vassouras, um terreno em Levy Gasparian e nove salasno Rio de Janeiro, que, juntas, totalizam mais de R$ 2,5 mi-lhões. Há, ainda 89% de um galpão de 960 m² em Resende,avaliado em R$ 450 mil.

As cooperativas definiram também os critérios para renego-ciação. As cooperativas poderão negociar suas dívidas em atécinco anos, com juros de TR + mínimo de 0,5%. O prazo paraexecução dos inadimplentes será de dois meses em atraso.

Filiadas decidem leilão debens da Cecrerj

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Circulando

Após vários impasses, o projeto de lei 269/05 foi final-mente aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado deSão Paulo, no dia 14 de dezembro.

A lei, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (coordenadorda Frente Cooperativista Paulista), prevê a inclusão de umrepresentante das cooperativas na Junta Comercial, obrigatorie-dade de registro na Organização das Cooperativas do Estadode São Paulo (Ocesp), estímulo ao cooperativismo no ensinopúblico e a participação das cooperativas em licitações públi-cas, além de autorizar o Executivo a ceder em comodato imó-veis públicos para uso de cooperativas.

A lei ainda precisa ser sancionada pelo governador GeraldoAlckmin. Com a aprovação, São Paulo passa a ser o sextoestado a ter uma legislação cooperativista, junto com Acre,Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Desde outubro, a cooperativahabitacional Chave Real vem ofere-cendo ao seu quadro social maisuma opção na escolha do seu imó-vel. Trata-se do serviço de classifi-cados on line, em que os associa-dos podem anunciar seus imóveisno site www.chave-real.com.br.

O procedimento é simples, bas-ta o associado enviar os dados e asfotos do imóvel para a sede da cooperativa (Rua da Lapa, 286, 3ºandar, Centro) ou por e-mail ([email protected]).

Outra novidade que vai facilitar a vida dos associados é asegunda via dos boletos bancários que também já pode serobtida pelo site.

Chave Real lança classificados on line

O assessor da ChaveReal, Afonso de Souza

(dir.), e um funcionário

Alerj homenageia cooperativismo

Por iniciativa do presidente da Frente Parlamentar Coope-rativista, deputado Samuel Malafaia (PMDB), foi realizada nodia 28 de novembro, em sessão solene na AssembléiaLegislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), uma homena-gem às cooperativas fluminenses.

Estiveram presentes na solenidade o secretário estadualde Trabalho e Renda, Marco Antônio Lucidi, e o presidente daOCB/RJ, Francisco de Assis França, entre outros.

Na ocasião, Malafaia (foto) frisou a importância do coope-rativismo para o país, sendo responsável por 6% do PIB naci-onal e por gerar cerca de 170 mil empregos.

Fim de uma novela...

No mesmo dia da aprovação da lei cooperativista paulista,a Comissão de Agricultura do Senado adiou a votação doprojeto de lei 171/99, de autoria do senador Osmar Dias,que deverá ocorrer apenas na reabertura dos trabalhoslegislativos no ano que vem.

O projeto dá uma definição mais ampla do Ato Cooperativo,em relação à atual legislação (Lei 5.764/71). Os 18 capítulos,divididos em 111 artigos, reconhecem o fim da tutela do Estadosobre o sistema cooperativista, mas mantêm o princípio daunicidade de representação, garantida à OCB. As inovaçõessão a permissão para a cooperativa abrir seu capital, tal comofazem as empresas, e a possibilidade de ingresso, na condiçãode associado, de pessoas jurídicas de qualquer espécie, desdeque pratiquem as mesmas atividades de pessoas físicas e nãose constituam em concorrentes da cooperativa.

A votação foi adiada a pedido do Ministério da Casa Civil, quesugeriu a formação de uma comissão com representantes daOCB, Frente Cooperativista Nacional, Casa Civil e União das Co-operativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

...começo de outra

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A sede da OCB/RJ foi o palco dafundação do Sindicato Patronal das Co-operativas de Transporte Alternativo dePassageiros do Município do Rio de Ja-neiro (Sindcooptransrio), em novembro.

Na ocasião, 17 cooperativas esco-lheram os membros da diretoria e oconselho fiscal, que terão o objetivode colocar o cooperativismo de trans-porte fluminense nos trilhos. O presi-dente do Sindicato, Ademar Matias de Silva, o Dema, mostrou-seesperançoso com a entidade: “São três os princípios básicos quetemos que seguir para conquistar nosso lugar ao sol: a luta, a unida-de e a organização. Desejo que, com este Sindicato, possamostrilhar novos rumos num espaço muito maior do que temos hoje”,explicou o dirigente.

Presente à assembléia, o presidente da OCB-RJ, Franciscode Assis França, disse que o cooperativismo de transporte do

Circulando As notícias que circulam no mundo cooperativista

estado não é mais alternativo, faltandoapenas o reconhecimento das autori-dades. “Estamos suprindo uma lacunadeixada pelos empresários de ônibusque só querem ter lucros demasiadose submeter a população à humilhação.”

A Diretoria do Sindicato ficou as-sim formada: como presidente,Ademar Matias de Silva (Dema); vice-presidente: Adamor Júnior Lopes Por-

tal; Secretário Geral: Hélio Ricardo Almeida de Souza; Diretorde Fretamento: João Cândido Brites Neto; Diretor Tesoureiro:Edson Pinto de Souza; Diretor de Mobilização: Natanael deMoura; Diretor de Imprensa: Dalcemir Pereira Barbosa. O Con-selho Fiscal tem Jaime dos Santos Filho, Henrique Alves Nasci-mento e Luiz Roberto Pinho da Silva, como titulares, e RosemaryFurquin, Marcelo Teixeira da Cunha (Marcelinho) e Edson deAlmeida (Edinho) como suplentes.

Nasce o Sindicato das Cooperativas de Transporte

Em julho de 2006, a Montenegro Co-municação Corporativa lançará o Guia deCooperativas do Estado do Rio de Janei-ro, o mais completo catálogo das singu-lares em atividade no estado.

No Guia, serão veiculadas informa-ções como histórico da cooperativa,segmentos de atuação, diretoria, nú-mero de cooperados, telefone, endere-

ço e e-mail e os principais fornecedores de produtos e servi-ços, traçando um verdadeiro raio-X do sistema no estado.

A participação das cooperativas é fundamental para essainiciativa. Atualize o cadastro de sua cooperativa para queela faça parte desse guia. Contatos : (21) 2233-5547/2233-0712 ou pelo e-maill [email protected].

Dema (1º à esquerda), o presidente da OCB-RJ (centro)

e diretores do Sindicato

Revele o artista de sua cooperativaA ferramenta que faltava no Rio

A Montenegro Comunicação Corporativapromoverá, em julho de 2006, o 1º Salão deArtes Plásticas do Cooperativismo, um con-curso que irá revelar os novos talentos dascooperativas de todo o Brasil.

Os artistas deverão ser obrigatoriamen-te filiados a uma entidade cooperativista e po-derão expressar toda a sua criatividade na pin-tura ou fotografia.

Um corpo de jurados de renome em cada ex-pressão artística será reunido para selecionar osartistas que participarão da escolha final, que contará ainda coma participação de um júri popular.

Na próxima edição de Rio Cooperativo, será divulgado oregulamento do Salão. Aguarde!

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Em 1994, com 140 médicos, nascia a Unimed Teresópolis,oriunda de sua co-irmã Unimed Petrópolis. Com dificuldadese muita garra, a unidade foi crescendo, tornando-se sólida epelo seu trabalho social recebeu, este ano, pelo terceiro anoconsecutivo o Selo de Responsabilidade Social da Unimed.

O selo é um certificado da Unimed para suas singularesque atuam com trabalhos assistenciais e filantrópicos. Noúltimo processo, os critérios foram mais rigorosos, com ascooperativas certificadas em quatro níveis diferentes, de acordocom a pontuação alcançada em diversos quesitos.

O diretor presidente da Unimed Teresópolis, Rafael Palatinik,explicou que nenhuma singular recebeu o mais alto estágio(quatro), e que a unidade Teresópolis ficou a apenas um pontode figurar entre as cooperativas de nível três: “Só não estamosentre as 15 maiores singulares da Unimed porque discorda-ram de algumas respostas nossas, uma questão de ponto devista”, defende o médico.

E de trabalhos sociais a Unimed Teresópolis entende, co-meçando pelo patrocínio de cultura e esporte na região: “Nemsempre temos algum evento cultural em Teresópolis, masquando aparece uma peça de teatro ou alguma banda faze-mos questão de apoiar”, explica Palatinik.

Duas vezes por ano, a cooperativa promove uma manhã todavoltada para atividades físicas para quem tem mais de 60 anos.No evento, a Unimed faz exames médicos e uma caminhada.

Também em duas ocasiões anuais é realizado um projeto

para as comunidades carentes, com exames, atividades físicase apoio jurídico, em parceria com o Rotary Clube e a OAB.

Mas o projeto que mais orgulha o dirigente tem como prin-cipal objetivo a alfabetização de adultos. O projeto oferecepalestras com profissionais como médicos, advogados, psi-cólogos, jornalistas, entre outros. Ingressos ganhos em even-tos apoiados pela Unimed Teresópolis são sorteados entre osalunos do curso: “É um momento único. Algumas dessas pes-soas nunca foram ao teatro, ao cinema. Nós proporcionamosisso a eles”, conta o médico.

Mas a emoção chega quando Palatinik cita um exemplomarcante: “Para se ter uma idéia, a prefeitura de Teresópolis estárealizando um concurso em que quatro alunos se inscreveram.Quando eles chegaram, não sabiam sequer ler e hoje estão fa-zendo um concurso. É algo que me emociona de verdade.”

Palatinik acredita que as dificuldades do setor serão supera-das com uma maior educação cooperativista: “Algumas pesso-as me falam que se associaram a uma cooperativa que nemcarteira assinada tem. Algumas ‘coopergatas’ não explicam issopara o seu cooperado e denigrem a imagem do movimento. Éuma questão de educação: o cooperativismo tem que entrar nocurrículo escolar. A administração de uma cooperativa, por exem-plo, é muito específica, assim como a contabilidade. O direitocooperativista é único. Só aí, são três faculdades em que sepoderia, se não criar uma disciplina, pelo menos falar em algu-mas aulas sobre o cooperativismo”, aponta o dirigente.

Rafael Palatinik em frente à sede da Unimed Teresólis

Responsabilidadesocial como foco

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Rio Cooperativo - Como está o cooperativismobrasileiro? O que foi alcançado este ano? Quais as me-tas para 2006?

Márcio Lopes de Freitas - O cooperativismo brasileiro vaimuito bem, obrigado. Aliás, como mostram nossos indicadores,o cooperativismo brasileiro hoje é parte importante do PIBeconômico do país, com a vantagem de não ser concentradorcomo o nosso modelo de desenvolvimento. Ao contrário, transfereos resultados para os cooperados. Fechamos 2004 com umfaturamento de R$ 90 bilhões e exportações de US$ 2 bilhões.Resultado do trabalho dos 6,5 milhões de cooperados de 7,2mil cooperativas, que ainda empregam 195 mil pessoas. Duasvezes mais que a indústria automobilística. E esses númerosestão crescendo, em alguns ramos em torno de 20% este ano.Para o próximo ano temos por meta aumentar ainda mais acapacidade de produção das nossas cooperativas, com oemprego cada vez mais difundido da gestão profissional.

RC - Como o senhor vê a atuação das esferas gover-namentais no cooperativismo? Que ações podem sertomadas pelos políticos para fomentar o cooperativismo?

MLF - Muito tímida, para não dizer ausente. E olha que ogoverno, principalmente na esfera federal, que é a esfera quemais pode fazer e orientar estados e municípios, ao não prio-rizar o cooperativismo, na verdade perde uma grande oportuni-dade de gerar desenvolvimento com pouco investimento decapital e grande retorno social. Este governo, que prometeufazer do Brasil uma nação cooperativista, chegou a criar umgrupo de trabalho interministerial que propôs um conjunto de26 projetos que, se implementados, dariam uma nova facenão somente ao cooperativismo, mas ao próprio processo dedesenvolvimento do país. Se considerarmos só o enfoque deque cada cooperado representa um posto de trabalho, o governo

deveria estar estimulando a criação de cooperativas para resol-ver um dos principais problemas do país, que é o desemprego.Além disso, o cooperativismo é uma atividade econômica quepor sua natureza distribui renda. A cooperativa não cresceacumulando, como uma empresa mercantil, mas distribuindoentre seus cooperados os ganhos obtidos. Ou seja, ela fortaleceo sistema econômico com fortalecimento das pessoas.

RC - Poucas pessoas no Rio de Janeiro sabem ao certo oque é uma cooperativa. Por que há esse desconhecimento?Falta divulgação para o sistema? O que precisa ser feitopara popularizar, sem que se banalize o cooperativismo?

MLF - Lamentavelmente, esse desconhecimento não secircunscreve ao Rio de Janeiro. Uma pesquisa encomendadapela OCB, em nível nacional, mostra que esse desconhecimentoé geral. Ou melhor, na verdade se faz uma confusão, e muitagente confunde cooperativismo com assistencialismo, comfilantropia. Diante dos resultados dessa pesquisa, estamosdesenvolvendo um grande trabalho de comunicação para revertereste quadro.

RC - Como criar líderes cooperativistas verdadeiramentecomprometidos com o sistema, sem vaidades pessoaisou políticas individualistas?

MLF - Uma das principais preocupações da OCB é exatamentea formação de novas lideranças do cooperativismo comprometidascom o sistema. Estamos revolucionando o cooperativismobrasileiro com os programas de gestão profissional por meio doscursos ministrados pelo Sescoop para treinar tanto cooperadosquanto empregados das cooperativas para administrarem nossonegócio de forma cada vez mais profissional. É assim queformamos líderes cada vez mais comprometidos com odesenvolvimento do cooperativismo no país.

Papo Cooperativo Especial Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB

Cooperativismo emfranco crescimento

Este é o pensamento do presidente da Organi-zação das Cooperativas Brasileiras, MárcioLopes de Freitas, que conceceu entrevistaexclusiva para Rio Cooperativo, enfocando ocooperativismo fluminense e as expectativaspara o movimento.

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s:

Arqu

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OCB

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“O governo deveria estar

estimulando a criação de

cooperativas para resolver

um dos principais

problemas do país,

que é o esemprego.”

RC - O ramo trabalho tem lutado pelo fim do Termo de Ajustede Conduta, que proíbe as cooperativas de participarem delicitações públicas. Como a OCB tem participado dessa luta?

MLF - Hoje temos mais de 2 milhões de cooperados quesofrem por não poderem trabalhar dignamente. Isso significa queprecisamos reavaliar as leis vigentes do cooperativismo de trabalhoe promover justiça social. A OCB elaborou os critérios para aidentificação das Cooperativas de Trabalho e está analisando oanteprojeto de lei do Ministério do Trabalho e Emprego que tratada regulamentação do ramo. A OCB também participa do Grupode Trabalho Interministerial que está discutindo a matéria. Recente-mente, realizamos na Câmara dos Deputa-dos um seminário, com a presença de par-lamentares, dirigentes e cooperados, quandofoi destacada a necessidade de aprovação,com urgência, de legislação regulamentandoo cooperativismo de trabalho no país. Umpaís com índices de desemprego e deinformalidade no mercado de trabalho tãoelevados devia voltar-se para as cooperativasde trabalho, porque elas são a solução paraesses problemas.

RC - As cooperativas habitacionais doRio de Janeiro se sentem despresti-giadas perante a OCB. Para elas, aentidade não se aprofunda nas ques-tões do ramo, mostrando-se maispresente em outros segmentos. O queo senhor acha dessa situação?

MLF - Essa queixa não procede. O ramohabitacional tem recebido todo o apoio que aOCB pode oferecer. Temos trabalhado comafinco para aumentar, pela mão do cooperati-vismo, a oferta de unidades habitacionais nopaís. Até porque entendemos que as cooperativas podem dar umagrande contribuição para a redução do nosso elevado déficithabitacional. Pelo simples fato de que as cooperativas constroem apreço de custo. A solução para aumentar a participação dascooperativas como instrumento para reduzir o déficit habitacional é ogoverno e os bancos criarem linhas de financiamentos específicos.Hoje, o crédito disponível se destina à pessoa física. As cooperativas,por serem pessoas jurídicas, não têm direito a financiamento bancárioe nem podem utilizar os recursos do FGTS dos associados. Umdos motivos é porque as cooperativas estão dispensadas de pro-mover a incorporação imobiliária exigida como garantia. Com isso osbancos se sentem inseguros para liberar crédito para as coopera-tivas habitacionais. Temos trabalhado para reverter essa situação.

RC - A febre aftosa tem prejudicado várias cooperativasagrícolas. A OCB tem algum plano emergencial paraamenizar as perdas dessas cooperativas?

MLF - Na região onde se registrou foco de aftosa, em MatoGrosso, não existe nenhuma cooperativa agropecuária filiadaà OCB. Isso, no entanto, não diminui a nossa preocupaçãocom o ocorrido, já que afeta o mercado de carne como umtodo exatamente num momento em que nossas iam muitobem neste setor. O que podemos fazer, e isso as cooperativastêm feito com muito critério, é orientar os produtores ruraispara que não se descuidem da vacinação.

RC - Em outubro, foi realizado o 1º Seminário Nacionaldas Cooperativas de Transporte de Cargas ePassageiros, cujo representante nacional é Nélio

Botelho, do Rio de Janeiro. O que aOCB tem a dizer para este segmentoque está em franca ascensão?

MLF - O cooperativismo detransporte acaba de ganhar umConselho Especial izado, abrindocaminho para sedimentar o seu futuro.No dia seguinte à instalação doConselho, realizamos na Câmara o ISeminário Nacional das Cooperativas deTransporte – Cargas e Passageiros embusca de apoio parlamentar, porque seudesenvolvimento é fundamental para aeconomia do país. O Congresso podeajudar na definição dos marcosregulatórios do cooperativismo, como adefinição do ato cooperativo e o seuadequado tratamento tributário. Essaregulação se faz necessária não paraque as cooperativas tenham isenção,mas para que não paguem duas vezeso mesmo tributo. O estabelecimentodas normas também contribuirá paraque os juízes tenham uma só diretriz e

evitem a subjetividade em seus julgamentos.

RC - Como a OCB pretende estimular a criação decooperativas no seu mais novo ramo (Turismo)? Algumaação específica para o Rio de Janeiro, já que este éconsiderado “a capital do turismo brasileiro”?

MLF - Sejamos claros: o ramo Turismo não existe nonosso cooperativismo. Ou pelo menos não existe da formaque deveria ser. O que existe no Brasil são cooperativas detrabalho que fazem turismo receptivo. Isso não é cooperativade turismo, como existe na Europa, onde os cooperados sereúnem em torno de uma cooperativa para planejar e realizarsuas viagens. Precisamos evoluir para esta situação, com aformação de cooperativas para atuarem em todos os estágiosde uma viagem turística: a compra da passagem, ahospedagem, o city tour etc.

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rio cooperativo14

As políticas públicas de emprego e renda estão desenvol-vendo um papel estratégico no Governo do Estado do Rio deJaneiro e constituem um instrumento de intervenção para re-duzir os patamares do desemprego. Assim define o papel desua pasta o secretário de Trabalho e Renda do Estado do Riode Janeiro, Marco Antonio Lucidi.

A Setrab tem como missão promover a geração de empregoe renda, através do aperfeiçoamento das relações trabalhistas e

dos mecanismos de colocação de mão-de-obra, incentivar odesenvolvimento local, o empreendedorismo, as microempresase as diversas modalidades de economia solidária.

Instrumentos de ação

A Secretaria conta com instrumentos próprios de ação,como os seus programas de qualificação profissional emicrocrédito, complementados por projetos especiaisprioritários, nos quais são previstas inúmeras parcerias, prin-cipalmente com outras Secretarias e órgãos vinculados.

Dentro da Setrab, são realizados inúmeros programas eserviços, tais como:

Intermediação de mão-de-obra - cadastrar a população,captar vagas no mercado, pré-selecionar e encaminhar oscandidatos às empresas, preenchidos todos os seus direitostrabalhistas;

Qualificação Profissional - formação e qualificação dos tra-balhadores do estado para atender à demanda do mercado;

Banco social/Microcrédito - concessão de empréstimos amicroempreendedores para geração de renda e de emprego;

Cooperativismo/associativismo - formação de cooperativase associações como forma de geração de trabalho e renda.

Lucidi ressalta que, dentro da Setrab, ainda existem servi-ços de apoio derivados dos principais programas, o que temfeito a diferença em sua Secretaria.

Um panorama do cooperativismono estado do Rio de Janeiro

Cenário estadual

Secretário de Trabalho e Renda do Estado do Riode Janeiro relata o trabalho de sua pasta e apontao cooperativismo como o caminho para o desemprego

Lucidi: apostando no cooperativismo

COOPERADOS POR REGIÃOCOOPERATIVAS POR RAMO

Page 15: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo 15

Entre os programas e serviços qualificados estão o Esta-do Presente, que descentraliza as ações governamentais vol-tadas ao desenvolvimento social e cidadania da população, oObservatório de Emprego e Renda, que faz o acompanha-mento e a análise do mercado de trabalho no estado e aOuvidoria, que registra sugestões, queixas e críticas, além dereceber denúncias relacionadas com o mundo do trabalho etambém o pronto retorno.

Coopera Rio

Um estudo da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) mos-tra que existem, atualmente, 800 milhões de cooperados emtodo mundo, ou seja, 40% da população do planeta. No Bra-sil, o cooperativismo mantém 6 milhões de cooperados e geracerca de 170 mil empregos, de acordo com números da Orga-nização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de coo-perativas (1.201), seguido de São Paulo (1.000) e Minas Ge-rais (805). Roraima apresenta o menor número: 28. A partici-pação da mulher no segmento cresce a cada ano: 12% parti-cipam da direção das cooperativas brasileiras e 25% são co-operadas, somando um total de 1.314.661 mulheres.

Com foco neste setor, a Setrab lançou o Coopera Rio, umprograma de economia solidária sustentada, através de for-mação, gestão e controle/avaliação de associações produti-vas, principalmente sob a forma de cooperativas.

O programa funciona em todos os municípios do estado,atingindo populações de jovens, adultos e terceira idade emtodas as áreas de atividade, conhecimento e renda, utilizando

habilidades, competências e baixa tecnologia.A metodologia de divulgação do Coopera Rio envolve o re-

crutamento de trabalhadores que se encontram fora do mer-cado de trabalho, interessados na participação em cooperati-vas; e cadastramento dos trabalhadores interessados na for-mação de cooperativas.

Além disso, oferece a formalização das cooperativas comtoda a documentação necessária, legalização junto aos ór-gãos públicos e privados, treinamento específico e cursos degestão para os cooperados e assistência contábil e operacionaldas cooperativas.

Incubadora de cooperativas

Dentro do Coopera Rio, há ainda a incubadora de coopera-tivas, criada para dar a estruturação de uma cooperativa cen-tral e fornecer serviços especializados às singulares que fo-rem se formando ao longo do tempo.

“A importância de uma cooperativa central é que ela mini-miza os investimentos por equipamentos caros e que realizampequenas operações”, destaca Lucidi, “bem como a contrataçãode profissionais especializados que apresentariam custosinviáveis se fossem contratados para atender a uma únicaunidade produtora.”

Inicialmente, é feito levantamento do diagnóstico sócio-econômico de cada município, para que se desenvolvam al-ternativas de geração de trabalho e renda para o trabalhador,com a (re)colocação funcional e a valorização profissional tra-balhador, através da qualificação da mão-de-obra.

Com base nessas informações, são identificadas as ativi-dades econômicas propícias a serem desenvolvidas e direcio-nadas ações de qualificação da mão-de-obra. A partir daí, osprofissionais são direcionados à unidade de incubação parainiciarem seu trabalho de forma cooperada até que atinjam amaturação necessária para saírem da incubadora e formaremsua própria unidade de produção.

Segundo Lucidi, o setor de cooperativismo foi implantadona Setrab com o objetivo de levar à população excluída umaforma de geração de renda por meio de cooperativas e associ-ações. “Com isso, fazemos com que as famílias necessita-das deixem de viver exclusivamente da ajuda do Estado, pormeio de cestas básicas, passando a gerir seu próprio negó-cio”, enfatiza o secretário.

COOPERATIVAS POR REGIÃO EMPREGADOS POR REGIÃO

DIRIGENTES MULHERES POR REGIÃO

Page 16: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo16

A Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado doRio de Janeiro (Febracoop) realizou em 28 de setembro, no hotelGuanabara, centro do Rio, um encontro entre as cooperativasde trabalho e diversas autoridades, como o secretário estadualde Trabalho e Renda, Marco Antonio Lucidi, o deputado estadualAndré Corrêa e o desembargador Siro Darlan, entre outros.

Na ocasião, foi apresentada a palestra “Cooperativismo deTrabalho como Instrumento de Inclusão Social”, em que asautoridades mostraram seus trabalhos e esforços no segmento.

Na abertura do encontro, o presidente da Febracoop,Antônio Carlos Procópio, agradeceu a presença de todos eressaltou a importância dos convidados por seu trabalho noestado do Rio de Janeiro.

Em seguida, o deputado André Corrêa destacou que ocooperativismo de trabalho representa uma grande saída para otrabalhador retornar ao mercado de trabalho e se colocou à disposiçãopara defender as lideranças do cooperativismo e seus interesses.

Já o secretário Marco Antonio Lucidi apresentou asprincipais ações da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda(Setrab), que tem como principais programas a intermediaçãoda mão-de-obra, a qualificação profissional, o banco social e

o microcrédito, além do cooperativismo e o associativismo.O secretário ressaltou que a única maneira de fazer o

cidadão progredir é partir para a educação e a qualificaçãoprofissional, o que, segundo ele, vem sendo feito nas 55agências estaduais de trabalho e renda.

Nome de destaque no processo de inclusão social, odesembargador Siro Darlan descreveu o tema cooperativismode trabalho como solução para o primeiro emprego e enfatizoua democratização no trabalho para crianças e adolescentes.

Darlan afirmou que no Brasil há uma legislação contraditória,pois há um exército de desempregados que continuam a gerarcrianças e adolescentes que padecem da falta de respeito pelosseus direitos porque os pais não têm acesso ao trabalho. “Nossalei é perversa, já que os adolescentes são proibidos de trabalharcom 16 anos, mas aos 7 eles já estão servindo a traficantes, alegislação precisa ser mudada”, disse, categórico.

Após a palestra os convidados foram convidados para umalmoço em comemoração ao lançamento do segundo númeroda revista da Febracoop, Coopera Trabalho, que traz umaentrevista com o desembargador Siro Darlan e uma matériasobre o mercado formal de trabalho.

Cooperativistas eautoridades sereunem em encontro

A par tir da direita: André Correa, Marco Antônio Lucidi,Antônio Carlos Procópio, Siro Darlan e Milton Rangel

Trabalho

Page 17: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo 17

Se não basta o disposto na Lei 5764/

71, se não basta a Constituição de 1988

que acolheu essa legislação, se não

basta a própria CLT admitir o

funcionamento do cooperativismo de

trabalho, urge que se aprove sem mais

delongas a regulamentação em âmbito

nacional e em caráter definitivo desse

segmento cooperativista, de tal modo

que faça cessar a discriminação que

lhe vem sendo imposta pelo Ministério

Público do Trabalho.

Por mais otimistas que sejam as ex-

pectativas a respeito, paira ainda a dúvida

quanto à possibilidade de continuar sendo

desrespeitada a legislação em vigor, nova

regulamentação incluída, considerando-se

que os critérios legais já existentes, infeliz-

mente não devidamente acatados, são

suficientes o bastante para garantir o pleno

e legítimo funcionamento das cooperativas

de trabalho. No quadro atual, ninguém

pode antecipadamente ter a certeza de

que, estabelecidos, aprovados e consagra-

dos, os novos critérios venham a funcionar

efetivamente como antídoto da

discriminação hoje imposta ao cooperativis-

mo de trabalho. Mas é nosso dever pagar

para ver, contribuindo todos, cooperativistas

e amigos do cooperativismo, para a

aprovação de uma regulamentação que

não propicie margem a interpretações que

atualmente chegam a desconhecer até

direitos consagrados pela Constituição.

O que se espera da nova regula-

mentação é que ela apresente um

resultado real e incontestável, já que as

últimas tentativas nesse sentido não

chegaram a bom termo.

Ao aproximar-se do último ano do atual

governo, o que o cooperativismo de tra-

balho espera do Presidente Lula é que

ele confirme sua meta de fazer do Brasil

Mãos à obra Milton Rangel

Regulamentação urgente

É nosso dever

pagar para ver

a aprovação de

uma regulamentação

que não dê margem

a interpretações

que chegam a

desconhecer até

direitos consagrados

pela Constituição.

Milton Rangel é diretor presidenteda Ser vice Coop

uma república cooperativista, contem-

plando com a sua aprovação o projeto de

lei de regulamentação do nosso ramo

cooperativista. A nossa expectativa é de

que o Congresso Nacional também atenda

a nossos anseios, proporcionando novo

alento aos milhões de associados das nu-

merosas cooperativas de trabalho

espalhadas pelo país, assim contribuindo

decisivamente para a aprovação da nova

regulamentação. Espera-se igualmente

que a aprovação da nova lei permita que

os cooperativistas de trabalho possam

continuar participando com o seu trabalho

do desenvolvimento do país, livres então

de discriminações impertinentes e ilegais.

O que se pretende também é que a

nova regulamentação possibilite reparar as

injustiças cometidas contra o sistema,

posto que milhares de pais de famílias estão

relegados ao desemprego, sem renda, em

virtude de suas cooperativas de trabalho

terem sido consideradas “fraudes”, sem

qualquer processo legal que justificasse a

medida. Essa violência é maior ainda por

atingir principalmente as pequenas coo-

perativas, que não dispõem de condições

financeiras capazes de arcar com a con-

tratação a custos elevados de advogados

competentes, com qualificação profissional

que possibilite derrubar na Justiça as

ações discriminatórias do MPT.

É importante destacar, a propósito,

que o sistema cooperativista tem sua

licitude garantida pela Constituição. É o

direito inalienável ao trabalho digno.

É esse direito que cooperativistas de

trabalho e cooperados esperam

conquistar definitivamente com a nova

regulamentação.

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rio cooperativo18

Pé na estrada Nélio Botelho

Norma orgânica do ramo Transporte

Nélio Botelho é representante nacional

do ramo Transporte junto à OCB.

Companheiro transportador, é comorgulho que trago até vocês um resumoda Norma Orgânica do Ramo Trans-porte, aprovada em encontro realizadoem outubro em Brasília.

Cabe ao Conselho Especializado doRamo Transporte, que é órgão consultivoe de assessoramento da OCB, atuar demaneira firme e objetiva, na parceria àsações da mesma, em quaisquer questõesque digam respeito aos interesses do ramotransporte; uniformizar as ações relativase pleitear e adotar as medidas de utilidadeaos interesses de todos os assuntosrelacionados ao ramo constituindo-sedefensor e cooperador ativo e constantede tudo quanto possa ocorrer para o seudesenvolvimento; representar o RamoTransporte perante os demais e junto aosórgãos estatutários da OCB e contribuirpara a efetiva integração do Cooperativismode Transporte; estabelecer ações dimen-sionadas ao fortalecimento e ampliação dascooperativas de transporte; amparar edefender os interesses gerais do ramotransporte perante os Poderes PúblicosFederais, Estaduais e Municipais, colabo-rando com os mesmos no estudo e solu-ção de todos os assuntos que direta ouindiretamente possam, de qualquer forma,interessar e garantir ao ramo transportetodas as vantagens asseguradas pelalegislação em vigor.

O Conselho será integrado por um repre-sentante titular e um suplente de cada unidadeda Federação, credenciados por cada OCE.As cooperativas de transporte sediadas emcada estado indicarão os candidatos àrespectiva representação estadual. Nosimpedimentos de qualquer conselheiro titular,este será representado por seu suplente,indicado pela respectiva OCE.

As cooperativas inadimplentes com oSistema OCB não poderão ter represen-tantes no Conselho Especializado Nacional.

São atribuições do Conselho examinarpermanentemente os problemas, asreivindicações e as soluções propostasreferentes ao ramo assim como reco-mendar as ações que objetivem o desen-volvimento do cooperativismo por meio doequacionamento de situações relativas àqualidade e à normalidade das atribuiçõesinerentes ao ramo. Cabe também procederestudos e pesquisas com o objetivo deincrementar, aperfeiçoar e elaborar oPlano Anual de Trabalho.

O funcionamento das reuniões será,ordinariamente, uma vez por trimestre e,extraordinariamente, sempre quenecessário, com a maioria de seusmembros, mediante convocação préviado coordenador, acompanhada da pautade assuntos para deliberações. A pauta,as datas e os horários das reuniõesserão definidos pelos membros doConselho, em reuniões do mesmo, oupela coordenação.

As reuniões são abertas a outros coo-perativistas interessados, limitando o direitode voto unicamente aos componentesefetivos. As deliberações serão validadascom a aprovação da maioria dos votos dosmembros presentes e os membros doConselho que não comparecerem a duasreuniões consecutivas e regularmente convo-cadas, sem justificativa, serão excluídos.

Finalizando, a OCB encaminhará àsunidades estaduais relatório dos tra-balhos do Conselho Especializado atéo quinto dia útil do mês seguinte à rea-lização das reuniões, para conhe-cimento, apreciação e divulgação entreas unidades cooperativas do ramo nosrespectivos Estados.

Recebam meu abraço e até opróximo encontro.

O Conselho

Especializado

do Ramo

Transporte

é órgão

consultivo e de

assessoramento

da OCB.

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rio cooperativo20

Com a percepção da de-manda por soluções compac-tadas e eficientes em Tecno-logia da Informação, internete a agilidade na transmissãode dados, as cooperativasvêm se aperfeiçoando ebuscando, a cada dia, umamaior capacitação paraabranger as mais diversasnecessidades e funções de seucotidiano.

Atualmente, as cooperativas dispõem desistemas cada vez mais avançados que objetivampromover seu desenvolvimento e suprir asnecessidades de segmentação de suas atividades.

A Tecnologia da Informação constitui-se numa

TecnologiaTecnologiaTecnologiaTecnologiaTecnologiaa serviço dasa serviço dasa serviço dasa serviço dasa serviço dascooperativascooperativascooperativascooperativascooperativas

ferramenta para o rom-pimento de barreiras entrepessoas e dados de seuinteresse. A pesquisa e odesenvolvimento de novosmecanismos de produção de

software são diferenciais quevêm sendo cultivados por

algumas empresas especiali-zadas em tecnologia para as

cooperativas.Elas oferecem desde serviços tradi-

cionais de informática, auxílio para proteção deequipamentos e dados, além de consultoria,desenvolvimento de sistemas, projetos e instalaçõesde redes além de gerenciamento de banco dedados, backup, entre outros serviços.

Page 21: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo 21

Fácil solução

No mercado desde 1995, a mineira Fácil Informática atuacom sistemas voltados para cooperativas de crédito e planosde saúde, com um total de 200 clientes no ramo crédito, sendo10 no Rio de Janeiro.

Com presença em 14 estados brasileiros, a Fácil oferecesoluções para cooperativas de crédito urbano e rural. Seuprincipal produto é o sistema operacional FacMútuo. Alémdisso, a empresa oferece um sistema de gerenciamentoestratégico, o FacGer, e um sistema de informações gerenciaispara centrais de cooperativas de crédito, o SIG.

Para o gerente de tecnologia da Fácil, André Resek, éimportante ter o controle total das operações, tanto na partedos negócios como no operacional. “O sistema Fácil é totalmenteintegrado e permite que a Direção da cooperativa conheça melhorseus associados. A grande importância é tornar as cooperativasmais competitivas no mercado”, afirma o técnico.

A Fácil trabalha com módulos de sistemas desenvolvidosem Oracle e sistema em internet, que permitem ao associadoda cooperativa realizar transações sem sair de casa.

O diretor comercial de marketing da Fácil, Joney Resek,acredita que a maior dificuldade na criação de um sistema érealizar treinamentos para que as cooperativas usemconvenientemente o sistema. E que o maior problema écultural: “A cooperativa tem que ser agressiva porque ela tem

Capa

Joney Resek (esq.), o presidente da Fenacred, Valdinar Gomes, agerente da Coopestado, Cláudia Bechara, o diretor da Cooafprev, José

Carlos, e o gerente da Fácil, André Resek

o banco como concorrente. Ou ela se torna eficiente usandotoda a ferramenta que possa ou morre no mercado”, explica.

No Rio de Janeiro, a Federação Nacional das Cooperativasde Crédito (Fenacred) e algumas de suas filiadas são asprincipais clientes da Fácil Informática.

Como bom mineiro, Joney afirma que sua empresa vemconquistando credibilidade em nível nacional e crescendo aospoucos. “Só não estamos atendendo ainda do Oiapoque aoChuí porque não chegamos ao Norte. Mas vamos trabalhandoquietinhos, como os mineiros sabem fazer”, provoca oempresário.

Fácil solução

A Easy System Informática fornece soluções emtecnologia para cooperativas de trabalho e produção detodos os setores e portes, assim como centrais eorganizações estaduais.

O software desenvolvido para centrais e OCEs éresponsável hoje pelo controle de gestão de duas unidadesestaduais (RJ e DF), sendo considerado por estas umaexcelente ferramenta de trabalho, por controlar todos os

cálculos de valores,contas a receber edemais funcionalidadesdo departamento finan-ceiro, integrando com acontabilidade, bancos ea OCB.

A diretora comercial daEasy System, SandraPugno, e o diretor daCitacoop, Sias Rangel

Por tal daEasy System:

informações úteispara cooperativas

de todos ossegmentos,a tua l i zadasd ia r iamente

A ferramenta desenvolvida para as cooperativas detrabalho, o pacote de aplicativos EasyCoop, provê recursospara a gestão total dos processos da cooperativa, desde apretensão do profissional a ser cooperado até odesligamento deste, passando pelo controle de produção,emissão do faturamento, contas a receber, pagamento aoscooperados, controle do fluxo de caixa e contabilidade.

A empresa também oferece gratuitamente, através de seuportal na internet (www.easysystem.com.br ), um serviço deinformações sobre cooperativismo, notícias diárias, modelosde atas, contratos, estatutos, declarações, manual do cooperadoe outros documentos pertinentes ao ramo cooperativista.

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rio cooperativo22

Capa

No mundo vir tual se encontra de tudo atualmente:vendas, bate-papos, procura, etc. Mas uma febre tomouconta da rede nos últimos anos, o site de relacionamentosOrkut, onde milhares de pessoas pelo mundo seencontram e debatem temas dos mais variados assuntos.

E como não podia ser diferente, as cooperativastambém estão lá presentes. O site de relacionamentospossuía, até o fechamento desta edição, mais de 200comunidades cooperativas com as mais variadas formas.

Elas divulgam o sistema e as cooperativas. É o caso dacomunidade da “CTPT - Cooperativa de Trabalho dosProfissionais da Área de Transportes” e da “Cooperativa deCrédito”, que foi criada para divulgar ainda mais ascooperativas de crédito existentes principalmente em Goiás”.

Muitas dessas comunidades têm poucos membrosparticipantes, mas outras são sucesso total. O Sicoob tem17 comunidades, sendo que uma delas tem 298 membros,entre colaboradores, associados e interessados em discutirfatos e fatores relevantes ao Sistema das Cooperativas deCrédito do Brasil. Já o Sicredi tem 15 comunidades. A maiordelas com 970 sicredianos que debatem desde a mudançapara o prédio novo até questões sobre a mudança dobanco de horas. O endereço eletrônico desta grande redede relacionamentos é www.orkut.com.

Comunidade do Sicredi no Orkut

Cooperativas em sitede relacionamentos

Otimização de processos

A DN4 Tecnologia é uma especia-lizada no segmento de cooperativas detrabalho, com atuação em todo territórionacional, que oferece serviços dedesenvolvimento de aplicações espe-cíficas, implantação e migração desistemas, suporte e manutenção deaplicações e capacitação de usuários.

A DN4 tem parceria com a Microsoft,tendo sido uma das primeiras empresasbrasileiras a desenvolver aplicações na plataforma Dot.Net, que permiteoferecer o que há de mais atual em recursos tecnológicos.

Com larga experiência de mercado, a DN4 garante resultadosbastante satisfatórios na relação custo/benefício nos processos deimplementação de soluções.

Seu diferencial fica por conta do trabalho de transferência deconhecimento aos profissionais de seus clientes, promovendomudanças no ambiente organizacional, otimizando e integrando osprocessos nas cooperativas.

Opções múltiplas

Para a Langsoft, empresa administradora de softwares paracooperativas de trabalho, administrar uma cooperativa é um assuntomuito mais complexo do que parece. Desta forma, a empresatrabalha com a multiplicidade de alternativas de remuneração aoscooperados, formas de pagamentos e cobranças, controle outransferências de verbas e benefícios, tudo isso multiplicado poruma razoável quantidade de tomadores de serviços, comcaracterísticas e periodicidades diferentes uns dos outros.

Segundo o gerente comercial da Langsoft, Claudio Guimarães,a perspectiva da empresa não é de que uma cooperativa de trabalhonecessite de alguns bons sistemas gerenciais, pois isso ainda seriainsuficiente. “Esse potencial só poderá ser maximizado se ela contarcom um sistema completo e flexível, que integre todos os aspectosde sua gestão operacional. Do cadastro do cooperado à emissãoda nota fiscal, dos relatórios gerenciais à geração da Sefip, todosos processos devem estar integrados e disponíveis à toda aadministração da cooperativa”, informa Guimarães.

Cláudio Duar te,diretor da DN4

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Finalmente, sai o Banco Social

O Banco Social

do Brasil está

chegando para

ser o banco do

resgate da

dignidade cidadã

Enfim uma boa notícia para as coopera-tivas habitacionais. Finalmente está sendoimplantado o Banco Social do Brasil (BSB),voltado exclusivamente para o Terceiro Setor.

Esta é uma iniciativa da Confederação dasCooperativas Habitacionais do Brasil (Confhab),que há muitos anos vem lutando para ver aten-didas suas reivindicações de igualdade detratamento financeiro, no tocante a recebíveis,subvenções, empréstimos e todas asoperações financeiras de empresas, quersejam elas lucrativas ou não.

O modelo é o mesmo que já vem sendoaplicado em Portugal e numa parte da Europae da África, através do Banco Português deGestão (BPG), que está sendo o consultorna implantação do BSB.

Estamos abertos a acionistas para se trans-formarem em fundadores do Banco. Entidadessem fins lucrativos, ONGs, sindicatos, entidades

mutualistas e toda e qualquer entidade nãogovernamental, desde que faça parte doTerceiro Setor, poderá se associar ao BSB.

O BSB está vindo para ser o “banco doresgate da dignidade cidadã”, quer sejaempresa ou pessoa física.

A proposta do projeto do banco foientregue ao Banco Central, em Brasília, quedisponibilizou equipe técnica para auxiliarna elaboração do projeto.

Acreditamos que, logo no início de 2006,estejamos recebendo o Registro Provisóriodo Banco e teremos no máximo 60 dias paraa integralização do nosso capital inicial.

Realmente, um avanço para o segmentocooperativo de habitação, que deveremosacompanhar com muita atenção.

AgropecuárioAlicerce Iracy Caldas

Iracy Caldas é presidente da Federação das

Cooperativas Habitacionais do Estado do Rio de Janeiro

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A DominiumCoop - Cooperativa de Trabalho dos Profissionaisdas Áreas de Serviços surgiu em fevereiro de 1992, idealizadapor um mestre em educação, o professor Darci Pereira, quesentia falta de um suporte técnico para as cooperativas, notocante à capacitação de dirigentes e cooperados.

“Por sua experiência em cooperativismo, o professor Darcisentia na própria pele essa falta de recursos e via como ascooperativas ficavam perdidas no dia-a-dia”, conta o diretor deEconomia e Finanças, Paulo Henrique dos Santos Marinho.

Com o passar dos anos, a DominiumCoop ampliou o focode suas atividades, voltando-se para a área educacional, desdea alfabetização à pós-graduação. Com um total de 2.018 coo-perados, 90% do quadro social é composto de professores eo restante se divide em consultores, auditores e contadores.

Com sede no centro do Rio de Janeiro e atuação em todoo estado, a cooperativa, que tem como diretor- presidenteMarcos Aurélio Aquiles Alves, é mantida por diversos pro-fissionais que prestam serviços a instituições, empresas ecooperativas dos mais diversos segmentos, sendo distribuídosde acordo com sua especialização profissional.

Parcerias de qualidade

Um importante diferencial da cooperativa nocombate ao analfabetismo são as parcerias comempresas e instituições de renome, tais comoSesi, Sest, Senat, Senai, FGV, Museu VillaLobos, Instituto Moreira Sales, entre outros.

Da parceria com o Sesi, destaque para doisprogramas: o “Transformar” e “Por um BrasilAlfabetizado”, este último do Governo Federal. Oprograma tem como objetivo principal aalfabetização de jovens e já formou cerca de 40 milalunos, que passaram pelas mãos dos professorescooperados da DominiumCoop.

“Uma das coisas mais gratificantes dessasparcerias é ver como é importante para um

analfabeto aprender a ler e escrever. Cada formatura é umaemoção diferente, o que nos motiva a melhorar cada vez,incentivando nossos cooperados a continuar na luta por umBrasil mais digno. Pois não há forma de exclusão maior doque o analfabetismo”, avalia Paulo.

Um dos projetos da DominimCoop para o próximo ano écriar sua própria infra-estrutura de cursos. Para isso, acooperativa adquiriu um prédio de dois andares no centro deDuque de Caxias, na Baixada Fluminense, que está sendototalmente remodelado para abrigar cooperados que queiramministrar suas aulas. A previsão é que o local esteja liberadopara uso em abril de 2006.

Revisão de direitos

Para Paulo Henrique, é preocupante a situação do cooperati-vismo no Rio, já que a Justiça insiste em afirmar que o cooperadoé um profissional autônomo.

“Um erro histórico do cooperativismo foi levantar a bandeirade que o cooperado é um autônomo. A autonomia absoluta érelativa, já que, ao entrar para uma cooperativa, o associadoestabelece uma relação de trabalho com o tomador de serviços.Por isso, a hierarquia tem que existir, para que não vire uma

A Dominium Coop mostraporque a união faz a força

Exemplo

Um novo conceitoem cooperativismoUm novo conceitoem cooperativismo

Paulo Henrique: tornando real o sonho do mestrePaulo Henrique: tornando real o sonho do mestre

O presidente Marcos Aurélio Aquiles e a diretora administrativa Dalicea dos SantosO presidente Marcos Aurélio Aquiles e a diretora administrativa Dalicea dos Santos

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Respeito ao cooperativismo

O diretor da DominiumCoop acredita que, para que ocooperativismo em si mude e seja respeitado, é preciso revero modelo do sistema, adequar as cooperativas e interceptar avontade do Ministério Público de querer acabar com elas.

“Em termos de cooperativismo, nosso país caminha muitodevagar e isso se deve, infelizmente, à má educação coopera-tivista. Sabe-se pouco sobre a história do cooperativismo, o queé, de onde veio e para onde caminhamos. É isso que temos queexterminar para sermos acreditados novamente”, afirma o diretor.

Em se tratando de Governo Federal, Paulo Henriquetambém crê que cooperativas e cooperados não têm muito oque comemorar. Desde a posse do presidente Lula que todasas cooperativas esperam o tão prometido apoio. “Mas este sófoi dado para as de crédito e agricultura, por possuírem maisverbas”, critica o diretor.

Segundo Paulo Henrique, está nas mãos dos própriosinteressados, cooperativas e cooperados, mudar de vez essequadro. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)elaborou um projeto de lei com critérios e procedimentos parao funcionamento das cooperativas de trabalho que já foiencaminhado ao Congresso Nacional e está à disposição detodos. O sucesso desse documento depende da adesão eprática de todas as cooperativas, com as organizaçõesestaduais atuando como fiscais.

“Esperamos que esse projeto traga de volta a credibilidadedo setor cooperativista, principalmente para as cooperativasde trabalho”, defende Paulo Henrique.

eterna bagunça dentro das instituições”, explica Paulo.Um segundo ponto analisado pelo diretor são os direitos

biopsicossociais do cooperado, já que este exerce um trabalhocontínuo. “O Ministério da Previdência estabeleceu esses direitos,que ainda não prevalecem em muitas cooperativas, o que acabafazendo com que sejam estereotipadas como fraudulentas. Épreciso fazer uma revisão desses direitos”, diz Paulo Henrique,que também defende o repouso remunerado e a licença-maternidadepara os associados de cooperativas.

Equipe da Dominium CoopEquipe da Dominium Coop

Page 26: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo26

No cooperativismo,

o voto é singular,

independente de

quantas cotas cada

cooperado possui

em relação a outro,

privilegiando assim

a pessoa em

detrimento do capital.

Na ponta do lápis José Ribamar do Amaral Cypriano

Alguns cooperativistas ainda hoje pensamque podem adquirir mais cotas em suascooperativas para ter um poder de decisão maiordo que outros com menos cotas. Ledo engano.

A lei 5.764/71, no Capitulo VI, tratabasicamente sobre o Capital Social, principal-mente em seus artigos 24º a 27º. Dentre eles,destaco como pontos mais importantes osseguintes itens: 1) O capital social necessa-riamente terá que ser subdividido em quotaspartes, sendo estas nunca superiores ao maiorsalário mínimo em vigência no país; 2) Regrageral, nenhum cooperado poderá subscrevermais de um terço do total de cotas da coope-rativa; 3) Após o cooperado integralizartotalmente seu capital social, a cooperativapode continuar descontando capital social peloseu movimento econômico, desde que existaprevisão em seu estatuto social; 4) O únicotipo de benefício ou privilégio que a cooperativapoderá fornecer ao capital social sãopagamentos de juros que variam de 0% a 12%ao ano. Pode parecer óbvio, mas talremuneração só deverá ser feita em caso dacooperativa apurar sobras suficientes. 5) Ocooperado poderá integralizar seu capital socialem bens previamente avaliados pelacooperativa ou mediante retenção dedeterminada porcentagem do valor domovimento financeiro de cada associado.

Toda essa movimentação deverá estarregistrada no seu Balanço PatrimonialComparado, no grupo do Patrimônio Líquido,com suas respectivas contas retificadoras decapital a integralizar, podendo se controlarem registros auxiliares a movimentação decada cooperado quando este número forelevado, porém deve-se sempre ter bastanteatenção para que todo o movimento deentrada e saída de cooperado estejadevidamente contabilizado na época em quese deu o fato e não somente ao final doexercício ou no fechamento do balanço.

Será o Capital o fator mais importante parase montar uma cooperativa? Esta perguntapode ser respondida por diversas correntesde pensamentos, porém, como o tema écontábil vamos enfocá-lo por esse caminho.Toda empresa, por menor que seja, necessita,para iniciar suas atividades, de um capital,geralmente integralizado em dinheiro.

No cooperativismo, já visualizamos aprimeira diferença na nomenclatura da conta,que se chama Capital Social, enquanto que,em uma empresa com fins lucrativos, suadenominação é simplesmente Capital. Issonos faz refletir sobre a importância do capitalno cooperativismo, pois, sem hipocrisia,sabemos que sem a força do capital e dotrabalho juntos dificilmente algo sobrevive.Porém é notório que no cooperativismo sevaloriza mais o trabalho em detrimento docapital, a começar pela própria nomenclaturada conta Capital Social. Em seguida, seobservarmos o que preconiza o artigo 4º dalei 5.764/71, quando diz que “as cooperativassão sociedades de pessoas”, fica claro que,no cooperativismo, não é o capital o maisimportante, e sim a união de bens e serviçosdas pessoas para que, em proveito comum,possam suprir suas necessidades atravésda geração de uma atividade econômica.

Ainda no artigo 4º, a lei cita outras parti-cularidades sobre o capital social, porémreputo o inciso V como um dos que mais confir-mam a importância das pessoas em relaçãoao capital, pois, quando a lei fala sobre a singu-laridade do voto, ela simplesmente desmontaa prática de quanto mais capital se possuirmais se pode mandar na empresa e, conse-qüentemente, exercer o controle acionário.

No cooperativismo, o voto é singular, ou sejapessoal, independe de quantas cotas cadacooperado possui em relação a outro, maisuma vez privilegiando a pessoa em detrimentodo capital. Este ponto é de vital compreensão,pois é o que difere a cooperativa das outrassociedades que conhecemos.

O Capital SocialO Capital Social

José Ribamar do Amaral Cypriano é contadorespecializado em cooperativas e entidades classistas.

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rio cooperativo 27

Encontro ésucesso emsua primeiraedição

Mais de 80 cooperativistas participaramda primeira edição do Debate Cooperativo,evento promovido pela Montenegro Comu-nicação Corporativa, no dia 29 de novembro,na sede da Federação das Indústrias doEstado do Rio de Janeiro (Firjan), no centrodo Rio de Janeiro.

Dividido em duas etapas, o debate tevecomo primeiro tema a “Tributação Coope-rativista e Aspectos Jurídicos”, com a parti-cipação das advogadas Adriana Amaral eNúbia Bittencourt, do escritório Amaral,Bittencourt & Advogados Associados, o dire-tor financeiro da Federação das Cooperativasde Trabalho do Estado do Rio de Janeiro(Febracoop), Sidnei Augusto de Oliveira.

Adriana Amaral destacou a importânciado cumprimento da lei e os cuidados paraevitar a bitributação de alguns cooperados,e apontou as armas das cooperativas paraevitar tributações exorbitantes.

Já Sidnei Augustoexplicou os direitos edeveres das coopera-tivas, do ponto de vistafiscal, e o passo apasso do INSS.

A segunda partedo encontro tratou da“A Força-Tarefa doMinistério Público”. As advogadas deba-teram o polêmico tema com a presidenteda Cosertep e vice da Febracoop, OrlianeRangel, a inconstitucionalidade do Termode Ajuste de Conduta. As debatedorasapontaram caminhos para lutar contra otermo do MP e como cooperativas de outrosestados têm enfrentado o problema. Otema teve grande participação do público,que expôs seus próprios casos.

Segundo o organizador do evento, ojornalista Cláudio Montenegro, “o DebateCooperativo tem o objetivo de oferecerao cooperativismo fluminense mais umespaço para discutir os caminhos parao crescimento do setor”.

A partir de 2006, os encontros serãomensais, sempre com entrada franca.As cooperativas podem ajudar a escolheros próximos temas. Basta enviar assugestões para o endereço eletrô[email protected].

Or liane Rangel, Núbia Bittencour t e Adriana Amaral: a força feminina debate o cooperativismo

Sidnei Augusto

O público par ticipou ativamente do Debate

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rio cooperativo28

Data Vênia

A necessária individualizaçãodo ato cooperativo

Adriana Amaral dos Santos é advogada

especializada em Direito Cooperativo e sócia

da Amaral, Bittencourt & Advogados Associados.

Adriana Amaral dos Santos

A exclusão da base

de cálculo do PIS/Cofins

que a MP do Bem permitiu

às cooperativas de crédito

e transporte de cargas

deve ser extensiva a

todos os ramos,

uma vez que todos

praticam ato cooperativo

de maneira idêntica.

A cada dia, me convenço da necessi-dade de individualizarmos o ato coopera-tivo, ou seja, de tratarmos a cooperativacomo uma aglutinação de pessoas quenão perdem a sua individualidade, mas,ao contrário, desfrutam-na com maiorintensidade por meio desta aglutinação.

Tal fato parece-me claro na medida emque a Lei n° 5.764/71 dispõe em algumaspassagens sobre esta individualização, comopor exemplo: a) retorno das sobras líquidasdo exercício proporcionalmente às operaçõesrealizadas pelo associado; b) rateio dos pre-juízos entre os associados, na razão diretados serviços usufruídos por cada um.

É exatamente este o diferencial dascooperativas em relação às demais socieda-des civis ou empresariais e até mesmo asso-ciações. É isto que as faz ser “sui generis”.

A partir do momento em que passamosa individualizar o ato cooperativo e, por via deconseqüência, passamos a demonstrá-lo, aoperacionalização fica mais fácil de sercompreendida. Assim, nas cooperativas detrabalho, por exemplo, o ato cooperativo seconfigura no valor da produção repassado acada cooperado. É sobre o valor da produçãode cada cooperado que identificamos a basede cálculo para a incidência de ISS, cujofato gerador é a prestação de serviços. Ora,se a prestação de serviços para um tomadoré realizada diretamente pelo cooperado ésobre este que deve recair o ISS.

Aqueles que acham absurdo devemrefletir que esse raciocínio exclui aincidência de PIS e da Cofins posto querecaem sobre pessoa jurídica e nãopessoa física. Além do mais, aquelasatividades que são isentas de ISSpoderão continuar com o benefício daisenção, como ocorre com os taxistas.O fato de estarem aglutinados emcooperativa não altera a natureza jurí-dica do ato pelos mesmos praticados.

A corrida de táxi é prestada de maneiraidêntica para o usuário, seja o motoristacooperativado ou não.

A cognominada “MP do Bem”, jáconvertida na Lei n° 11.196, de 21 de novem-bro de 2005, alterou o art. 30 da Lei n° 11.051,de 29 de dezembro de 2004, excluindo dabase de cálculo os ingressos decorrentesdo ato cooperativo das cooperativas de créditoe transporte rodoviário de cargas, quandoda apuração dos valores devidos a título deCofins e PIS-faturamento. Essa alteração émais um singelo reconhecimento da não-incidência de tributação sobre o ato coope-rativo, como ocorre na legislação de impostosobre a renda.

Essa exclusão, no entanto, deve ser ex-tensiva a todos os ramos do cooperativis-mo, uma vez que todos praticam ato coo-perativo de maneira idêntica. Assim, compe-tirá aos profissionais do direito a alegaçãoda necessária aplicação do princípio da iso-nomia tributária contido na Constituição Fe-deral no art. 150, II que dispõe sobre avedação de tratamento desigual entre con-tribuintes que se encontrem em situaçãoequivalente, proibindo qualquer distinçãoem razão de ocupação profissional oufunção por eles exercida, independente-mente da denominação jurídica dosrendimentos, títulos ou direitos.

Esta conduta possibilita separar asações da cooperativa daquelas que sãoinerentes aos cooperados “de per si” eviabiliza defesas nas esferas adminis-trativa e judicial. Para que isto seja possí-vel, no entanto, torna-se necessário queo cooperado assuma seu papel de contri-buinte, permanecendo em dia com suasobrigações tributárias.

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rio cooperativo 29

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Direto ao ponto Maria de Fátima Moraes Rodrigues

Para sermos eficientes

e apresentarmos

resultados,

precisamos planejar

de forma global, sem

perder o foco local.

Isto significa um

conjunto de ações

que formarão o todo

da qualidade de

atendimento e dos

demais objetivos da

empresa cooperativa.

Maria de Fátima Moraes Rodrigues

é consultora especializada em Cooperativismo

O mercado está cada vez mais com-petitivo, e isso afeta a todos os atores desseprocesso, empresas e colaboradores.

Essa competitividade exige, acentuada-mente, participação em programas de trei-namento, que merecem nossa plena e espe-cial atenção, principalmente nas cooperativasde crédito, instituições hoje com grandevisibilidade e, portanto, alvo de exigências e,até mesmo, de críticas.

Junto com os programas de treinamento,são indispensáveis as normas de conduta e aética, que devem ocupar um espaço fundamentalnesses programas e permear nossas ações.

A percepção que temos desse processo éque os investimentos maciços feitos na capaci-tação permanente dos colaboradores e no CorpoDiretivo das cooperativas, aliados aos in-vestimentos em tecnologia, na pesquisa (fer-ramenta indispensável, para quem quer efe-tivamente conhecer as expectativas e opiniõesdos seus cooperativados), nas instalaçõesfísicas e no marketing, ainda não são o “tudo”.

A questão mesmo assim é: como preenchermelhor as necessidades dos associados?

O nosso diferencial? Taxas menores, aten-dimento personalizado, a proximidade com odia-a-dia da cooperativa, a participação ativanas decisões, os produtos e serviços bem maisadequados à realidade dos nossos sócios?

Não existe fator de sucesso isolado, jáfomos ensinados que, para sermos eficientese apresentarmos resultados, precisamosplanejar, e planejar muito, de forma global,porém, sem perder o foco local. Isto significaum conjunto de ações que formarão o tododa qualidade de atendimento e dos demaisobjetivos da empresa cooperativa.

Das cooperativas de crédito, exige-seatender muito bem cada cooperativadocliente, o que significa que estaremosatendendo muito bem a todos os demais.

Precisamos pensar grande, pensar namagnitude da missão e do objetivo do Coope-

rativismo, apesar da magnitude do mercado,porém, individualizar totalmente o atendimentoa cada cooperativado é essencial. Esta é umaqualidade intrínseca do Cooperativismo quenos garante pontos e pontos de vantagem.

E isto, só conseguimos quando a equipeque inclui colaboradores e a Direção dacooperativa busca o aperfeiçoamento tambémda conduta pessoal na sua relação com ocooperativado, a qualidade dos serviços e aplena adequação a legislação vigente e aosnormativos do Banco Central do Brasil e dosÓrgãos de Representação do Sistema.

Um único deslize, a ausência de umplanejamento e o descumprimento de umaregra prudencial, compromete toda aestrutura implementada, todos os grandesinvestimentos feitos na capacitação, naestrutura física e tecnológica.

Portanto, o fator de sucesso está susten-tado em um conjunto de habilidades que hojetemos que desenvolver dia após dia, já queo mercado é ágil, altamente tecnificado eferoz competidor. A nosso favor, temos ogrande diferencial da responsabilidade social,que, mesmo antes do termo se tornar modae de ser praticado, as cooperativas já opraticavam pelo fato de ser algo inerente aosnossos princípios cooperativistas.

E, princípios, são as proposições bási-cas fundamentais que condicionam todasas estruturações subseqüentes.

Hoje, o mercado em geral e o nossopróprio mercado exigem o diário aperfeiçoa-mento do desempenho e além das habilida-des técnicas, a boa formação, a posturacorreta e o foco correto.

Conduta (postura, ética) e desempenho(capacitação, gestão, resultados), agregados atodos os pontos citados, são fatores que definirãoos avanços no Cooperativismo de Crédito.

A alta competitividadedo mercadoA alta competitividadedo mercado

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O Banco Central realizou, em novembro,em sua sede no Rio de Janeiro, um encontrocom as cooperativas de crédito para apre-sentar as mudanças promovidas pela Reso-lução 3.321/05 e dar dicas sobre relatóriosdas Assembléias Gerais Ordinárias,visando esclarecer pontos importantes esanar problemas das instituições.

O Bacen também apresentou as novasregras em vigência e alertou para a obri-gação da auditoria, já que algumas coope-rativas não mais terão o serviço prestadopela Central das Cooperativas de Créditodo Rio de Janeiro (Cecrerj).

Para o presidente da Credicerj, WagnerGuerra, algumas cooperativas terão difi-culdades: “Temos até março para contrataruma auditoria particular, que não é baratae há algumas cooperativas com recursospresos na Central. Muitas fecharão o anocom prejuízo e ainda terão que arcar comuma auditoria externa.”

Mas Guerra crê que o Bacen será tole-rante: “O Banco está ciente e vai entender

a situação.”Já o gerente da

Federação Nacionaldas Cooperativas deCrédito Urbano, Pau-lo Muniz, não crê emproblemas com audi-toria: “Existem empre-sas especializadas,na Fenacred mesmotemos uma auditoria

contratada, que presta serviço para mais de30 filiadas. O próprio Bancoob e Centrais deoutros estados estão oferecendo esteserviço”, aponta Muniz.

Sem medo da punição

O gerente técnico regional do BancoCentral, Hélio Luiz, faz coro com o Muniz:“Sabemos que a quebra vai gerar difi-culdades, mas as cooperativas saberão en-contrar o caminho para a sua sobrevivên-cia e saberão cumprir o que desejamos.”

Hélio diz que não há a intenção de punircooperativas que não consigam se adaptar.“A punição vem após vários contatos paraquem não cumprir as determinações, o queserá estudado caso a caso.”

Paulo Muniz também acredita que asmudanças serão boas para a profissionali-zação do cooperativismo de crédito flu-minense. “Isso representou um avanço.O Bacen deu a possibilidade para as coo-perativas já existentes de abrirem o esta-tuto e se abrigarem em grupos que pode-riam constituir outras cooperativas”,destaca o gerente da Fenacred.

As mudanças do Bacen vêm cau-sando tensão em algumas cooperativas,mas a maioria dos dirigentes concordaque serão boas, como afirma a diretorada CECM da Viação Nossa Senhora doAmparo, Cláudia Rangel: “Toda mudançagera dúvidas, mas acho que as adequa-ções serão boas para todas as coope-rativas”, afirma a dirigente.

Crédito

Mudanças são discutidasem encontro do BacenMudanças são discutidasem encontro do Bacen

Hélio Luiz

Encontro reuniu mais de 150 representantes de cooperativas de crédito

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rio cooperativo32

Crédito

Fenacred analisa nova Resolução do BacenFenacred analisa nova Resolução do Bacen

Para Paulo Muniz, as cooperativas devem

ficar atentas ao maior rigor do Bacen

Através da Resolução 3.321/05, o

Banco Central do Brasil consolidou e

introduziu novas normas, que tratam

sobre a constituição, autorização para

funcionamento, alterações estatutárias

e o cancelamento de autorização de

cooperativas de crédito, bem como a

realização de auditoria externa em

cooperativas singulares de crédito.

A Federação Nacional das Coopera-

tivas de Crédito Urbano (Fenacred) divul-

gou circular entre suas cooperativas filia-

das, em que analisa a nova Resolução

do Bacen, que engloba 38 artigos. O

documento divulgado pela Fenacred

enfatiza as normas que dizem respeito ao funcionamento,

devendo ser observadas pelas cooperativas em atividade.

O gerente administrativo da Fenacred, Paulo Muniz, informa

que foram revogados os normativos anteriores, passando o

novo texto a sistematizar os procedimentos referentes às

cooperativas de crédito.

Alteração estatutária

De acordo com o artigo 3º da Resolução, todo e qualquer

pedido de alteração estatutária deverá ser objeto de projeto

prévio, a ser submetido ao Bacen e, somente após sua

aprovação, é que deverá ser feita a reforma do estatuto. O

Bacen também passará a exigir que nos relatórios semestrais

dos três anos seguintes, sejam relatados os resultados alcan-

çados, e previstos no projeto de alteração estatutária pedido.

Outra exigência refere-se à opinião do auditor independente

sobre os resultados alcançados, decorrentes da alteração

estatutária. Além disso, caso os objetivos propostos no projeto

não sejam alcançados, o Bacen poderá exigir justificativas e

dar prazos para ajustes.

Já o artigo 9o regula os tipos de cooperativas de crédito que

podem ser constituídas. Nesse item, o Bacen admite a possibi-

lidade da cooperativa associar grupos diferentes daquele que a

originou, desde que possam se enquadrar como grupos que

possam originar uma nova cooperativa, tais como empregados

de uma empresa ou grupo empresarial, servidores de autarquias,

profissionais de uma ou mais categoria afins ou correlatos, etc.,

desde que existentes na mesma área de ação da instituição.

As fusões e incorporações, por sua vez, passam a ser

estimuladas, desde que sejam preservados os direitos dos associados

das cooperativas em questão, bem como dos grupos

envolvidos, nos casos de admissão.

Auditoria obrigatória

A auditoria externa é obrigatória, sendo da

alçada das Centrais em suas filiadas, e por

auditor independente, com registro na CVM para

as não filiadas.

“Achamos difícil uma central fazer auditoria

em não filiadas, por não haver um interesse

maior, ou por ter de apresentar um custo

diferenciado”, comenta o gerente da Fenacred.

Segundo Muniz, a Fenacred mantém contrato

coletivo para auditoria independente com a

empresa Mandarino & Associados Auditores

Independentes S/C, em que as filiadas, de acordo com o seu

porte (pequena, média ou grande), pagam a auditoria em 12

parcelas iguais e sem reajuste, em valores acessíveis e abaixo

dos preços de mercado.

A auditoria será realizada uma vez por ano, ao término do

exercício social, em 31 de dezembro de cada ano.

Depósitos distribuídos

As cooperativas só poderão manter depósitos à vista e/ou

aplicações em um mesmo banco, no equivalente a 25% do

seu PR (Patrimônio Líquido + Receitas – Despesas), devendo

diversificar o excedente para outros estabelecimentos. Além

disso, o Bacen reajustou de 5% para 10% do PR o limite de

concessão de empréstimos ou prestação de garantias a

somente um associado, pelas cooperativas não filiadas a uma

central. O excedente é considerado falta grave pela

fiscalização do Banco, sendo a diretoria da cooperativa

passível de processo administrativo.

Segundo Muniz, o Bacen dispõe desses motivos para uma

liquidação acelerada, onde através de uma divulgação com o

prazo de 30 dias, comunica a intenção de cancelar a autorização

de funcionamento, dando baixa de ofício da autorização.

O Banco Central determina ainda que a cooperativa tenha

quadro informativo, comunicando os direitos e deveres dos

associados, além das taxas de juros, políticas de empréstimos

e telefone do Bacen para reclamações.

“A nova Resolução é muito clara quanto às exigências do

Banco, devendo os dirigentes ficar atentos quanto às suas

responsabilidades, bem como cobrar de seus subordinados a

mesma atenção”, enfatiza Paulo Muniz.

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rio cooperativo 33

Vamos começar com uma pergunta

a todos os leitores: alguém lhe ensinou

a controlar seu dinheiro?

Com certeza, a maioria dirá que não.

Por mais letrados que sejamos, pou-

quíssimas vezes fomos orientados sobre

como se administra dinheiro. Quando

nossos jovens entram numa universida-

de, logo recebem um cartão de crédito,

com o qual ficam felizes, sentem-se im-

portantes, já estão no meio financeiro.

Mas como não aprenderam a administrar

o seu parco dinheirinho, logo serão parti-

cipantes da ciranda financeira que tanto

lucro tem dado aos bancos.

As cooperativas de crédito, além do

financiamento, têm a função social de

orientar seus associados sobre as linhas

de crédito que necessitam. As coope-

rativas de crédito têm a preocupação de

que o seu associado solicite o que real-

mente precisa para sua emergência, ou

para compra de um bem, sem que o

mesmo fique com seus compromissos

do dia-a-dia abalados. As cooperativas

apresentam uma melhor taxa, melhor

prazo, dialogamos com o associado o

que é melhor para ele, sem comprometer

a saúde financeira da instituição. Juntos,

sempre encontram uma solução que

atenda aos dois, pois esta é a função

social da Cooperativa, que pertence ao

associado e ele sabe que as sobras se

reverterão para seu próprio benefício.

Vemos, hoje, a abertura de diversas

entidades financeiras com a finalidade

de emprestar dinheiro aos aposen-

tados, tendo a garantia do desconto na

folha de pagamento, que até pouco

tempo era uma operação das coope-

rativas de crédito. Muitas financeiras,

ninguém jamais ouviu falar. Vemos, até

com certa tristeza, artistas, bem-suce-

didos e bem pagos, indicando essa ou

aquela financeira e apregoando taxas

que, na verdade, são acima das apre-

sentadas, tudo para endividar ainda

mais nossos pobres aposentados, que,

depois de fisgados, passarão a ser

somente um número.

Não devemos nos iludir, pois, por trás

destas financeiras, o que existe é um

conglomerado de bancos que crescem

a cada dia, com lucros jamais vistos,

em qualquer país do mundo civilizado.

É preciso refletir seriamente sobre as

conseqüências desses atos, sob pena

de estarmos condenando aqueles mais

necessitados a passar, por mais priva-

ções em seu dia-a-dia.

Linhas do Crédito Wagner Guerra da Fonseca

Wagner Guerra da Fonseca é presidente

da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos

Empregados da Ampla, vice-presidente da OCB/RJ e

representante do Sindicoopcred junto à OCB/RJ.

Os riscos do crédito consignadoOs riscos do crédito consignado

As cooperativas de

crédito têm a

preocupação de

que o seu associado

solicite o que

realmente precisa

para sua emergência,

ou para compra de

um bem, sem que o

mesmo fique com

seus compromissos

do dia-a-dia abalados.

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rio cooperativo34

Informe Especial: Credicerj

Em um momento que o cooperativismo de crédito do estadodo Rio passa por dificuldades, a Cooperativa de Crédito dosEmpregados da Ampla, a Credicerj, se moderniza e buscanovas maneiras para crescer em meio à crise.

A primeira mudança é visual. A Credicerj contratou os ser-viços de uma designer para dar uma nova cara à sede emNiterói. Quem entra na cooperativa encontra um ambiente maisaconchegante e confortável, oferecendo um atendimento maispessoal e discreto. As mudanças atendem às necessidadespedidas pelos cooperados.

Mas essa é uma pequena mudança diante dos planos dadiretoria, que tem como presidente Wagner Guerra da Fonse-ca e se prepara para enfrentar os obstáculos do próximo ano.

“O cooperativismo de crédito está passando por dificulda-des e temos vários concorrentes fortes, que são os bancos efinanceiras, que estão por aí crescendo de forma assustadorae desordenada. Para fazer frente a isso é que estamos plane-jando nosso crescimento com a modernização de nossosserviços”, aponta Guerra, que quer dar um novo lema para aCredicerj neste ano: “O nosso pensamento tem que ser: co-mece pequeno, pense grande e cresça rápido”.

Entre as metas para 2006, está a apresentação da coope-

rativa para 2 mil aposentados da Ampla que ainda não sãosócios. Guerra acredita que até o final do ano que vem o qua-dro social aumente em, pelo menos, 500 cooperados.

Outro plano da cooperativa é a ampliação dos serviços. ACredicerj está em conversações com o Bancoob para a aqui-sição de um cartão de afinidades e talão de cheques próprio.“Queremos trabalhar para melhorar a nossa relação com ocooperado, que é o dono e usuário da Credicerj”, explica Guerra,informando que os novos serviços devem estar disponíveis paraos cooperados até abril.

Mas em um momento de dificuldades não parece estra-nho realizar investimentos? Guerra usa um pensamento chi-nês para responder a essa questão: “Nas crises é que apare-cem oportunidades. As cooperativas que não se moderniza-rem vão ter problemas.”

O presidente da Credicerj diz que tem aprendido muito noscongressos e seminários e com outras cooperativas: “Sempre quehá algum encontro, se não puder estar presente, envio alguém dacooperativa para acompanhar. As cooperativas têm que ter a visãovoltada para a evolução, sem medo de pedir ajuda se precisar.Sempre que vir uma cooperativa mais evoluída, vou pedir auxílio,até porque tenho muito que aprender”, complementa Guerra.

Credicerj aposta emmudança de visuale novos produtospara conquistarmais espaços em 2006

A nova entrada da Credicer j: bom gosto e praticidade

No caminho damodernização

Os diretores Antônio Ribeiro, Wagner Guerra eAdilson Guimarães: prontos para os novos desafios

Os cooperados agora têm maior confor toenquanto esperam o atendimento

O ambiente de trabalho ficoumais discreto e pessoal

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rio cooperativo 35

Uma imagem moderna e renovada.Esta é a visão dos cooperados que che-gam para ser atendidos na sede daCredicerj, em Niterói. A responsável pelamudança visual da cooperativa é adesigner Fernanda Almeida, que criou umambiente mais claro, moderno e acolhe-dor, representando a competência, a efi-ciência e a receptividade da instituição.

A designer acredita que o antigo am-biente dava uma falsa idéia do que real-mente é a Credicerj: “A imagem da coo-perativa era rústica, escura e remetiaa interiores da década de 80. A primeiraimpressão que passava ao cliente eraa de uma empresa morosa, burocráticae pouco acessível, a começar pelolabirinto que se tinha que atravessarpara chegar às salas de atendimentoe diretoria”, explica.

Para mudar o layout da cooperativa,Fernanda usou um atendimento maishumanizado adotado em algumas insti-tuições financeiras e bancárias, commesas baixas no lugar de balcões, aces-sos livres, informação e comunicaçãodireta através do uso de cartazes. Pararealizar a mudança, Fernanda pesquisouconhecer o cotidiano da Credicerj e jun-to com a diretoria definiu as metas dacooperativa: “Só é possível modernizar

uma empresa se as mudanças ocorre-rem também em suas bases, em suaestrutura, no modo de pensar e agir detodos, dos funcionários aos diretores.Quando fui chamada para fazer o proje-to da Credicerj, esta idéia já estava plan-tada. O que fiz foi melhorar os fluxos detrabalho, acabando com os labirintos,projetar móveis com linhas limpas e for-tes, clarear os ambientes com o uso decores e iluminação adequados, e usarmateriais nobres como o vidro e a ma-deira para conferir requinte ao ambiente”,conta Fernanda.

A mudança não está só no que oassociado pode enxergar. A parte elé-trica foi trabalhada para ser mais práti-ca ao dia-a-dia da cooperativa. Foi cri-ada, ainda, uma nova sala para a dire-toria, tudo para que o local seja maisagradável para os que ali trabalham. Oambiente ideal para as conquistasestabelecidas para 2006: “A Credicerjmelhorou sua imagem, o que é funda-mental para conquistar novos associa-dos”, profetiza Fernanda.

E para quem estiver interessado emprojetos para sua cooperativa, os con-tatos de Fernanda Almeida são:[email protected] e os telefones(21) 3714-4626 e 8116-8819.

“Para se modernizar,uma cooperativa temque mudar as bases”

A designer Fernanda Almeida, que mudou o visual da Credicerj, conta que uma

empresa com pensamento antiquado não pode se atualizar.

Page 36: Rio Cooperativo n°2

rio cooperativo36

Foi prevendo as dificuldades advindas com a aposentadoriae apostando numa possível falência do sistema de previdênciaque surgiu o Sistema Inteligente de Bonificação, um produtoque promete para aqueles que aderirem a ele um rendimentomensal de até R$ 6 mil. E tudo o que se deve fazer para conquistaressa renda mensal é indicar um novo associado ao sistema.

E como acontece esse “milagre dos peixes”? Segundo seucriador, o consultor de seguros Wilson Cardoso, o Sistema Inteli-gente de Bonificação funciona em forma de network marketing(que, na tradução literal, seria venda por indicação), que vem aser o mesmo que um sistema de alcance de bonificação.

Através dele, o cliente adquire um título de capitalização, oMultiCap 84 da Sul América Capitalização, e investe um capitalde R$ 100 mensais. A cada indicação de novos clientes quefizer, recebe um bônus por cada cliente e assim sucessivamente.

“Se em tantos outros países é um sucesso, porque tambémnão pode ser no Brasil? Só nos EUA, cerca de 25% do PIBamericano gira em torno desse sistema”, aponta o consultor,que estudou o sistema durante quatro anos e montou suaprópria corretora, a Patrioliver, para comercializar o produto.

“Sem querer ser pretensioso, é possível que este seja o iníciode uma intensa distribuição de renda no Brasil. O que adiantater muito dinheiro e mantê-lo trancado?”, avalia Cardoso.

Serviço

Sistema Inteligente de Bonificação

Já o diretor executivoda corretora Cooperação,Vitor Lopes, acredita queo produto é ideal para coo-perados, pois oferece achance de ter algumas van-tagens a mais que emsuas instituições coopera-tivas.

“Em 1999, prometium sistema com essascaracterísticas para ascooperativas. Quando oWilson Cardoso me mos-trou, vi que era exata-mente o que buscava. Éum programa sério, fiscalizado pela Superintendência de Se-guros e Previdência (Susep), chancelado por uma seguradorade tradição, a Sul América. Portanto, não há como falhar ouquebrar, como se fosse um banco”, explica Lopes.

Os interessados no Sistema Inteligente podem entrar emcontato com a Cooperação pelo telefone (21) 2263-1370 oupelo e-mail [email protected].

Fundo de capitalização Multicap 84

Bônus advindos da rede clientes aderentes ao Sis-

tema Inteligente de Bonificação*

Ganho total ao final de 12 meses

R$ 1.200,00

R$ 5.220,00

R$ 6.420,00

Título de capitalização Multicap 84 + afiliação ao Sistema Inteligente de Bonificação

ProdutoAplicação de R$ 100 ao longo de

12 meses + rentabilidade financeira

*Admissão de 155 afiliados ao Sistema no 1º mês.

Poupança

Produtos previdenciários (PGBL / VGBL)

Fundo de renda fixa

Produto

R$ 1.300,00

R$ 1.350,00 (3% de taxa de administração)

R$ 1.400,00

Aplicação de R$ 100 ao longo de

12 meses + rentabilidade financeira

Analise, compare e tire sua própria conclusão

O produto que promete revolucionar o mercado de capitalização

Vítor Lopes e Wilson Cardoso,idealizadores do Sistema

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Sala de EstarEntre umas e outras

Um site de fácil navegaçãoUm site de fácil navegaçãoUm site de fácil navegaçãoUm site de fácil navegaçãoUm site de fácil navegaçãoO site do Instituto Brasileiro de Qualificação Coo-

perativa (IBQC) é bem simples, de fácil acesso ebastante útil para as cooperativas.

Com agenda, notícias atualizadas, notas daimprensa, área para a inclusão de currículos eapresentação de vagas disponíveis para empregos. Asempresas também podem solicitar profissionais atra-vés do site. Um site onde se pode realmente achar oque se procura. Vale a pena dar uma olhada:www.ibqcoop.com.br.

O Espumante Moscatel Aurora foi elaborado com uvas

Moscato Bianco e Malvasia Bianca. Apresenta agradável

frescor, perfume delicado, baixa graduação alcoólica e

perlage persistente devido ao processo de fermentação

natural (tipo Asti).

O Espumante Moscatel é elaborado pelo processo Asti,

que, na Itália, tem sua origem na Região de Piemonte e

dá o nome à bebida naquele país.

Este vinho obteve prêmios no ano de 2003, como a

medalha de ouro no concurso Effervescents du Monde,

na França, a medalha de prata no 4º Concurso

Internacional Panamá, no Panamá.

Acompanhamento perfeito para seu happy hour,

pode ser servido como aperitivo e com sobremesas.

É uma boa opção para as festas de final de ano. Sirva

gelado.

É oferecido em caixas com seis garrafas de 750ml.

Para contatos, o SAC Aurora é 0800-701-4555. O

endereço da Filial Rio é Rua Paulo e Silva, 30, São

Cristóvão, Rio de Janeiro-RJ.

Um bom espumante parUm bom espumante parUm bom espumante parUm bom espumante parUm bom espumante para as fa as fa as fa as fa as festasestasestasestasestasAmargo: Sensação que aparece quando são excitadas as

papilas situadas na base da língua.

Aromático: Odores frescos e agradáveis, derivados da uva

e transformadas no vinho.

Áspero: Vinho de elevado teor alcoólico e acidez, causa

sensação de dureza e secura, própria de tintos aptos para

envelhecimento.

Aveludado: Apresenta um conjunto de sensações gus-

tativas muito harmônicas e de finíssima suavidade, com

acidez imperceptível.

Bouquet: Conjunto de aromas de um vinho, adquirido du-

rante sua conservação e no período de envelhecimento.

Brilhante: Vinho perfeitamente límpido que reflete a luz com

brilho.

Capitoso: Vinho com cheiro desagradável ranço, lembra à

manteiga ácida e rançosa. Rico em álcool e bouquet.

Chato: Vinho alcoólico e tânico e de acidez muito baixa.

Corpo: Vinho que apresenta uma constituição robusta, rica de cor,

acidez, extrato, álcool e tanino, porém perfeitamente equilibrada.

Cozido: Vinho com sensação de gosto de cozido, pesado,

lembrando frutas caramelizadas.

Fonte: Vinícola Aurora (www.vinicolaaurora.com.br)

Navegar é preciso

ABC do vinho

Div

ulga

ção

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