RIO DE JANEIRO, 13 DE ABRIL 1927 NUM. 1.123 DUARTA5...

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ANNO XXII PUBLICA-5EA5 DUARTA5 FEIRAS B RIO DE JANEIRO, 13 DE ABRIL DE 1927 N A N O P L A NUM. 1.123 5EMAMARIO IA5 CREAtfCAS Carrapicho tem ás vezes umas idéas um pouco exquisitas. Outro dia deu-lhe na cabeça fazer um aeroplano... w ^1 ,,, , ...e, para isso, foi ao fundo do quintal derrubar amas bananeiras; Depois, com um velho jaca, um regador e uma roda de carrinho de mão construiu um aeroplano a seu modo. Mas. como o Jahú. a complicada machina' não... m^mmmm\y^ S f /1 / ?r^m*. ^****. \^--^v. V --l^^^HH^fei^rjK^ ^.^^ .."decollava". Não porque lhe pesasse muito a gazolina, mas. porque a exuberância das bananeiras era fan- tastica e os cachos de banana nasciam e cresciam mysteriosaniente, tornando, o apparelho mais pesado. Carrapicho abandonou então o seu invento e foi comer banana«. Í>TFCTnl£° PUBLICA*RETRATOS MÉTODOSo5 SEUS LEITORES NUMERO AVULSO300 REIS MUMEROATRAZADO. "500 REIS

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ANNO XXII

PUBLICA-5EA5DUARTA5 FEIRAS B

RIO DE JANEIRO, 13 DE ABRIL DE 1927

N A N O P L ANUM. 1.123

5EMAMARIOIA5 CREAtfCAS

Carrapicho tem ás vezes umas idéas um pouco exquisitas. Outro dia deu-lhe na cabeça fazer um aeroplano...w^1 ,, ,

...e, para isso, foi ao fundo do quintal derrubar amas bananeiras; Depois, com um velho jaca, um regador euma roda de carrinho de mão construiu um aeroplano a seu modo. Mas. como o Jahú. a complicada machina' não...

m^mmmm\y^ S f /1 / r^m*. ^****. \^ --^v. V -- l^^^HH^fei^rjK^ ^.^^

.."decollava". Não porque lhe pesasse muito a gazolina, mas. porque a exuberância das bananeiras era fan-tastica e os cachos de banana nasciam e cresciam mysteriosaniente, tornando, o apparelho mais pesado. Carrapichoabandonou então o seu invento e foi comer banana«.

Í>TFCTnl£° PUBLICA*RETRATOSMÉTODOSo5 SEUS LEITORES

NUMERO AVULSO 300 REISMUMEROATRAZADO.

"500 REIS

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o TEI X U G ONDAVA, uma vez, passeando á beira de um

lago um teixugo. Elle morava nas raízes deuma arvore grande. Ali cavara elle um bura-

co e ali vivia com a numerosa familia. Um diaappareceu pela visinhança da casa um cão

fox terrier.O teixugo com receio

da sua prole foi ter com o

fox terrier e pediu-lhe quepoupasse os seus filhos-

Mas onde estão seusfilhos? perguntou o fox.

Estão ali! respon-deu-lhe o teixugo.

Ali naquelle b u r a co,

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nas raizes daquella arvore! e o teixugo metteu-se pelo bu-raco e apanhou dois filhinhos.

Quando ia transpor a porta do buraco sentiu-seagarrado pelo cão fox terrier.

Nunca devemos de todo, confiar nos nossos ini-migos.

O que aconteceu com o teixugo acontece com todosos incautos que não perce^bem o perigo e a aireaça de

um mal imminente.

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O TICO-TICO 13 — A b r i 1 — 1927

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Vtnho pormelo il e s t iagradecer-vos icura qua ovosso eíf!;azKLIXIK DF,NOGUEIRA. dr>Pharmaceutico

Chimico Jo.lo«Ia Silva Srl-vplra. oo;ro'iminha filhinhami uni mrz na

Amelia, dc r.oli» nnno» de eJ.-dt*. aq.al tinha um padecrmento di co-c* i ra * r t u 111.»r i >. c m t o d u o corpo.

Vendo pelos jornaes as cura»prodigiosas que o vosso KLIXIKDE KOQUE1RA tem leito co.ti-prei um vidro e vi los > cm cou-cos dias o resultado deseja Io »lioje dou graças a Deus, por verminha filhinha radicalmente cura-da d'este mal. Aconselho a to liiriüe, que tiver seus filhoí i. > m-tadó em que tive a minha a 'j«.«.-O EMXIR DE NOGUEIRA conrovm grande purificador a„ gan^u-».para adultos e creanças. Jantoremetto a photographia dc minli.ifilhinha Amelia d* CarvalhoJlranco, pod«-ndo publicai-». — DaVy. Att. Cia. Obda. Jniliih .Ia

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OTCO^TICO . |Sede: Ouvidor. 16-1

Officinas: Visconde de Itauxa, 419Redactor-Ciiefe: Carlos Manhães

Director-Gerente: Antônio A. de Souza e Silva

ANNO XXII RIO DE TANEIRO. QUARTA-FEIRA. 13 DE ABRIL DE 1927 NUM. 1.123

CiÇOQ^^^^UÔüÔUTILIDADE DO C I N E M ATOGRTPHO

Meus netinhos:

O cinematographo, de que vocês tanto

gostam, não é unicamente um motivo de re-creio para o espirito e para os olhos. Se é ver-dade que a maioria dos nossos cinemas exhi-be milhares de fitas cujos enredos são roman-ces ou comédias de amor ou de audácia, des-

preoccupando-se, muitas vezes, do cunho edu-cativo e moral que deve presidir á confecçãodessas mesmas fitas, tambem não devemosesquecer que o cinematogi'apho tem mais am-

pio e futuroso destino.Nos paizes civilisados o cinematographo

tem sido empregado nas escolas publicas com

suecesso vantajoso. Aqui mesmo, no Rio, jáse cuida de ministrar ás crianças que frequen-tam as escolas ensinamentos de real necessi-dade.

Nos paizes do Velho Mundo os sábios sesoecorrem do cinema para ensinarem muitascousas. Por exemplo, os estudantes de cirur-

gia podem presenciar por meio do cinemato-

grapho a operação realisacla em logar distantepor um cirurgião de fama. Graças ao cinsma-tographo os estudiosos da historia natural en-riqueceram a somma de suas curiosas obser-vações, pois apanharam as aves voando emsuas migrações, os costumes de outros ani-mães no interior das selvas, a vida dos peixesno fundo dos mares.

Mas não é só isso, meus netinhos. Tom-se cinematographado tambem os movimentoscirculatórios do sangue nas rãs, de modo quemilhares de pessoas podem Ver o que é a cir-culação do sangue e de que maneira os globu-los vermelhos passam sobre os glóbulos bran-cos do sangue, no seu caminho através dos va-sos arteriaes, levando o oxygenio desde os pul-mões ás diversas partes do corpo.

Dia virá, ainda, meus netinhos, que o ei-nema substituindo as cartas de abe, e os gros-sos compêndios de sciencia levará luz ao ce-rebro dos meninos, sequiosos de saber.

Vovô

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O TICO-TICO _ 4 _ 13 — A b r i 1 — 1927

^^W^-fe ^/zab^^^^NASCIMENTOS

4> ? Nasceu no dia 3 deste mez o lindo Alberto,filhinho do illustre casal Dr. Coriolano Vieira- D. EmiliaCouto Vieira.

^> ''" Chama-se Maura, a linda menina ejue encheu demais justa alegria o iar do Sr. Antenor Valle e de suaesposa D. Olga Amaral do Valle.

A N N I V E R S A RIOS

"*-> ''¦' Faz annos hoje o menino Arthur, filhinho doDr. Arthur Barbosa de Azeredo.

' * Festejou hontem a passagem de seu anniversarionatalicio a graciosa menina Esthcrzinha Carvalhcira.

* Sabbado ultimo festejou a passagem de sru an-niversario natalicio o estudioso joven Mario de Araujo.nosso prezado amiguinho.

* Camillo de Rezende, nosso amiguinho e a:si-gnante residente em Campos, viu passar a 6 do correntemez a data de seu anniversario natalicio.

*3- ? Passou hontem a data natalicia da graciosa Ma-ria Lúcia, filhinha do Dr. Arnaldo Coutinho.

NA B E R L I X DA...

* Estão na berlinda os seguintes alumnos doGymnasio Sto. Antônio, cm São João d'E1-Rey: 01yn'.lioF., por ter um lindo olhar; Didi, por ser um "HomemEncantador"; Arthur D., po- -er o.uerido; Sebastião A.,por ser sympathico; Lorival EL, por ser sério; Josaphat P,.por ter uni bonito sorriso; Oetaviano. por ser delicado; Ra-phael M.. por gostar de conjugar o verbo "comparecer";Paulo M., por ser amável; Carlos R. M., por ser alto;.Albran A., por .ser delicado; Henrique D., por ser e-;.i-tuoso, e nos, por >ermos suas proíesroras de borda '3ucm somos? — L. X. A. S.

• Estão, na berlinda as seguintes moças, meninas emenino- de Nova Iguassú: Ruth Ribeiro, por ser gorda: An-nita Alarção, por ser magra; Pedro Costa, por ser estima-do;Jcsc I.ui/. por sei querido; Dalva S. Dias, por ser In-nitinha; Marina Moura, por ser elegante; Noemia Mou-a.por ser linda; Jrleloiza Sá, por ser meiga; Jr.sé Maria Sá.l>or -er gentil; Hamilton, por ser engraçado; Nicanor,por gostar de brincar; Boanergcm Moura, porsympathico; Oilando Ribeiro, por não gostar de

ia; Zaira Peixoto, por -er pequena; Robertopor -cr querido; Francisca Sá, por -er alta;

Maria lo-,.'- Sá. por gostar de cinema, e -por ter lingua a lingua comprida.

f- E l" I. Ã O . . ,

* * Estão em leilão as seguintes meninas c menino- do 3* anno da 16" Escola Mixtado 11* Districto: Quanto dão daElza Paula? pelo futurismo <hi Dilma? |grac,as da Maria José? pelos o'hos de ElzíRai.i' mãosinhas da lika I'.? pelo ta-nianinho da Cacilda? pelo rostinho da Geny?

i riso da Dolores? pela bocea da Maria Ap-parecida? pelo olhar da Nadir? pC!o cabello-á Ia lionune" da Lourdes? pelas travessur;da Anna S.? pelo levado Sylvio? ¦¦• ho

¦estudanl do ?—.!/. R. Ç.

S E C C A O D A *

D O C E I R A . .

? Bolo sem graça — Para cemeçar, bate-se 300 grs.da gordura de Maria Bernadeth Passos: SOO grs. da corvermelha de Margarida Almeida; 1 kilo da ingenuidade deNair P., 100 grs. do bonito modo da Zizi C, 200 grs. des

pretos da Laura, 120 grs. das covinhas do queixo daHclenita C, 130 grs. do geitinho da bocea da Maria P., 220grs. do coração amoroso do Nelito V.. 250 grs. do bordadoda Joannice O., 1 kilo da resistência de Camerina O., 500grs. das unhas bem tratadas da Áurea C, 20 grs. do me-lindrosismo da Carmen A., 2 kilos das risadas feiticeirasda Maria Lúcia Passos; 300 grs das traquinagen da ElysD., 250 grs. da pressa do Ilclio D.. 205 grs. dos vestidoscurtos da Olga B.. 320 grs. das conversas da Julieta B ,550 grs. dos olhos vivos da Maria Luiza Costa, 20 grs. dodansar da Leonor C, 50 grs. do phüosophisnío da JacvPassos, 230 grs. da amizade da Elza Fraga, 2 grs. dos ca-bellos da Adclya O.. 20 grs. da còr morena da MariaLuiza d'L'tra, 30 grs. do "á Ia garçonne" da Maria de Lour-des Passos; depois de bem batido, mistura-se com a hu-mildade do Hélio Passos, unta-se a fôrma com o zombe-tismo da Solange Passos, despeja-se na fôrma e vae aoíouio brando como as gargalhadas do Paulo P. Depois deassado pulveriza-se com a tagarelice da Consuélo Al-meida. Quem sou ?

• Querendo fazer um bolo para dividir entre as

moças e moços da Villa Iracema, rua Senador Furtado.arranjei a seguinte receita: 150 grs. dos "balões" e dasgraças do Carlos Búlcâo: 250 grs. da gordura de Nair Fal-ler. 300 grs. da elegância de Orsina M. Rocha; 350 grs.da boa 'conversa

de Maria José B. Lima. 390 grs. da d*-licadeza de Odilon R. Salgado, 400 grs. da altura de SylviaFaller, 450 grs. da belleza de Mareio R. Salgado, 590.grs;dos amores de Jenny, 670 grs. dos grandes e lindos cilios deWaldyra Ü. Azevedo. 780 grs. da nieiguice de'Maria Car-mo Faller; depois mexe-ss bem e vae ao forno com a sym-pathia attralienté do Américo Argento. Eis o bolo prompwpara domingo fazermos um "pic-nic".

Quem é a do

NO Cl N EMA...

" i film intitulado Robin 11escolhi 5« Esco"a Mixta de

Iguassú, 3" série: Joré Luiz Sá, o queridoFairbanks; Ru!b Ribeiro, a boa Fnid Bennett; AlbericoB., o Wallace Onair I" <-. o Tom Mix:

Odair L.n Chaney; Pedro Costa, oRa-nnond Griffitb; Francisco Alarção, o

Rod ; Licinhp Co-ta, o apre-dado Novarro; Jandyra Go

a ri-uiha Laura La Plantei Eliza-beth. a fascinadpra Nita Nakli; Maria

a Bebe Daniels; Elza Sylvestre,a engraçadinha na; Stella Lavi-

na. a Colleen Moorc: Judith, a Pola Negri;Annita Alarção. a Greta Nissen; Roberto

Francisca SiMary Carr; Lucy. a loura Alice Terry; Luiz. o

ti; Lourdes, a levadaShirley Masòn; Alceu, o querido Conrad Nagel;

a interessante Betty Bronson; Joel, opathico Colher Junior; Jacylda, a Dolores dei

t Gibson; LaHta,a Ruth Cüííord, e c; k Jones.

* 4^_a\

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13 —Abril — 1927 — o O TICO-TICO

ir*j^^

AS APPARENCIAS ÍLLUDEM

As apparencias enganam.

Mestre Coelho estava pastan-

do quando foi surprehendido

por um forte tropel.

Levantou o focinho e viu

uns bichos monstruosos. Eram

uns elephantes que pastavam

e não se importavam com a

presença do minúsculo coelhi-

nho. Mestre coelho entendeu

que aquelles pachydermes de-

dam ser seus inimigos e poz-

se a correr. Andou aleruns dias

assombrado até que lhe voltou

a calma.

De outra vez, Mestre Coelho

sahia de casa, da sua toca e

viu em cima de uma pedra,

uma onça. O coelhinho levou

um susto tão

grande que cor-

reu uma leerua

sem dar p o r

ella.

Offegante sentou-se sobre E voltou depois para a sua

as patas trazeiras e poz-se a toca muito pachorrentamen-

ref lectir:

— Eu mesmo sou um trou-

te.

No dia seguinte quando elle

sahiu da toca viu um cão-

sinho, pouco maior q ú e

elle:

— Aquelle não me faz me-

do, sou capaz de brincar com

elle!

E para provar, o coelho deu

um gntinho.

Foi o bastante, o cão ati-

rou-se a ene e depois de uma

boa corrida, agarrou-lhe pelo

[ gasganete e matou-o.

xa, com medo daquella onça. A moralidade manda que

Se o elephante muito maior nada julguemos pelas appu-

que ella não me fez mal! rencias, pois os olhos são os

nossos falsos

e infiéis vigias

e é por elles

que nos íiludi-

mos.

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O TICO-TICO — 6

QUEBRARegulamento fará o torneio

O torneio constará de doze enigmasque nos deverão ser enviados-á propor-ção que forem sendo decifrados.

O prazo será de 40 dias contados dapublicação do 12° enigma.

Terminada a série, será organizada alista dos decifradores, contando-sc umponto por enigma decifrado exacta-mente.

Será feito, então, o sorteio entre csque obtiverem doze pontos ou o maiornumero, si nenhum attiflgir a doze.

Todos os enigmas trarão a assigna-tura do decifrador, bem como o cnJerc-ço completo, "tudo com muita clareza".

Os prêmios constarão: o 1°, de obje-ctos no valor de 1O0Ç00O, a escolher,em casas commerciaes por nós opporlu-namente designadas; o 2°, de 50J000,nas mesmas condições.

ATTENÇÃOToda a correspondência para a Redac-

ção do Tico-Tico, , secção de Quebra-Cabeças — Ouvidor 161 — Rio deJaneiro.

Não juntem quebra-cabeças comoutros concursos.

CHAVEHorizontaes

2 ----

10 -11 -12 -15 -16 -17 -18 -21 -22 -23 -25 -27 -

29 —

FeraDo verbo rirHomemFruetasSorrirMeio da chegadaPreposiçãoInterjeiçãoFielPreposição

No péTemperoRuimAdvérbioZero

HomemLetra

C A

13 — A b r i I — 1927

BECASNotjte

Rua ..

Cidade Estado

1 ai v*4 m^ ,3 14

8 I BT^I Hg 19 20 '

fi BB^^ ^ÉH~I- B MVf ¦ .ar" r^HH

m^^ I .í"™1 ^^¦Mr'— ^flHB

O Tico-Tico — N. 7 — 13—4—927

30 — Nota 12 — Cor31 — Numero 13 — Conjuncção33 — Instrumento 14 — Doce34 — Estaco 15 — Advérbio35 — Artigo 19 — Andavam

20 — VoarVerticaes 23 — Cidade da Ásia

24 — Transferir1 — Maior 25 — Despido

— Centro de eaniço 26 — No anno— Contrahir nupeias 27 — Nota— No aeroplanó 28 — Conjuncção— Ha pré 29 — Advérbio— Rua 32 — Pedra

CLINICA MEDICA D'" O TICO-TICO-VSULTAS DA SEMANA

/. U. (S. Fid lia) _ Os remédios re-coitados existem no Rio de Janeiro. Todprou quasi todos podem ser adquiridos naDrogaria Berrini — rua Sete de Setembro

/. V. T. (Rio) — Deve usar: arrhenal50 centigrs., gottas amargas de Heaumé igr., phospfaato mono-calcico gc!.gr-,., tintura de gencia:fluido dc kola IO grs., vinho d: QuiniiiinLabarraque I vidro, — um peqjp*no {:•depois dc cada refeição principal

/.. f. P. E. (Rio) - Pela manhã eá noite, use 2 comprimidos ovaricos doLaboratório PauhV '.>gia..Ao

¦ appliquc um óculo de thyginol opia-do, bastando comprar 6 óvulos • usar um.dr _• cm 2 dias. Findo o uso <Ios ov:empregue externamentrf: laudano «1: S

''ham j ¦ • . -iiy.,1 30 grs., glycerinaneutra 300 grs., — uma colher (daj d«rsopa), para um irrigador • cheio d'aguamorna cm lavagens diária.-«, pela manhã cá noite. Durante "> incoramodos periodi»cos, suspenderá o emprego de todos estes-enf d

creança: me-tavanadiato d • sódio j centigrs., arx-niato

dio 8 centigr?., glj• io grs.. thxir de Garus joo grs..—

uma coHier (das de chá), depois de cadarefeição principal.

7 . //. /•". A. (Campimu > - - Tpois de cada refeição, um pequeno cálice.li Vinho dc Hemoglobina Desckíns, Du-

:>e: extracto Uuidipitmi jo enzoaio dc zeruryla

irarto fln

falam : grs , x.i-op- de flor.-s de larai.-jeira jo grs., tintura etherca de_ valcriana2 grs., hydroiato de melissa laoi gr», —unia r.jüicr (das de sopa), d^ j • :n 3horas.

- (Rio) — Continue com o reginwnalimentar ¦ cicios que vera fa-z*'";' ¦ aos banhos quentes, nãopar<. rtunidade. São preferi-

• rão, e os ba-' h< pelo inverno, ambos empre-

primeiras horas da minha./'. A', li. (Nictheroy) — Csc tintura

de i]ua->ia amara i gr., tintura de condu-to 2 gr«).. nterno 2 grs., vA

ichy 4 grs., xarope de bortelã 30 gr**-'¦•ia fluida 1 vidro, — meio cálice de11 4 horas. Depois de cada ref>

¦ ¦ Dy namogeaol.DR. DURVAL DE HRITO

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— 7 .—13 — A b r i 1 — 1927 O TICO-TICO

<&í& -is»-*-*. ^^> u y/** i "y—

ROSEMARY (P. M.)-l*-J. R- P ¦>-*—£ a Calcedonia

(agaiha), que faz com que todas as emprezas dnficeis tenhamêxito feliz, preserva dos processos e protege os viajantes.3"—A analyse da sua letra revela uma natureza materialista,com grandes instinctos de prazer, muita força de vontade.massem directriz e habilidade. Falta alguma ponderação no seu

espirito. Tem muito amor próprio e alguma bondade cordial.C M V (Bello Horizonte) — Horóscopos so um

de cada vez. Ò de 27 de Dezembro é este: A mulher seráleviana, timida emquanto solteira, mas depois de casadatornar-se-á desembaraçada, intrigante, ciumenta, procurando,porém, dissimular o ciúme. Será amiga de viajar e dada

a discussões políticas e de theses sociaes, julgando-se um

espirito sunerior. Procurará honradas para si e seu marido.

Se fòr belía. terá grande corte de adoradores. Morrera velha.

SANTINHO DE PAO (Rio) — Deve-se a abertura

do canal de Suez ao engenheiro francez e diplomata her-

nando de Lesseos, oue também quiz levar a effeito a aber-

tura do canal de Panamá, o que não conseguiu por ser a

tentativa mal estudada. Sofíreu um completo reveze causou perdas colossaes — o que lhe amarguroumuito a vida. Assim mesmo viveu 89 annos, po s

nasceu em 1805 e morreu em 1894.— A expressão — "Isto é um novo

! má"! — allude ás tentativas fracas-sadas para a abertura daquelle canal, as

quaes, se deram grandes prejuizoe, eclaro que tambem encheram muita gentede lucros inesperados e talvez suspeitos.

AI RAM (Rio.) — Io — Inicia1 A2° — Sua letra revela um temperamentocalmo, meticuloso, sem deixar de ser ex-uberante e algo expansivo. Não vae muito, comfantasias sonhadoras; entretanto, não e dasabsolutamente materialistas. Tem só muito amorao dinheiro. Amor e ciúme... E' invejosa, nesse .

pon,., Sua vontade é forte, mas não tem agilidade: ne,.,.

de se arriscar. O que consegu.r será pela tenac.cn. -e

alüa.la á paciência. E' de apparencia tímida e modesta mas

de facto. sente-se revestida de qualidades^ superiores, que a

destacam do vulgo. Tem essa presumpçao .ittma,U -eu

coração é pouco bondoso c. em amor. bastante ™JV>-

PRÍNCIPE MYSTERIOSO (Rio) - A "¦«"i" ??**da a 10 de Abril terá muita animação, eraça e vnac.dade.

cheia <le curiosidade, gulosa, exaggerada e, as vez...

mentirosa. Casará cedo e terá muita pro.e.MEDROSO E PRUDEKTE (Minas) - Se>*lV™™

o encontro da Terra com um cometa? E. «n,, porque a

orbita de alguns desses astros errantes através a pouco n

ou menps a do nosso globo. Soeegue, iw^-j».«"f*™lhões de probabilidades contra uma. de que ta tacto nunca,

suec-deri E admitlindo mesmo que o encon ro sdesse

«Odo leva a .-uppor que '--ária qua-, desperceb-da ou^ pe o

. ,1U, „ão feria os effeitos desastrosos que gera

mente'se imagina, attenta a pequena massa d aquelles wrpos

C V M (Rio) - Diz o horóscopo de 18 de Março.'a - Lit« e caridosa* e terão outras su-As mulheres *»erao bonitas e cimiu a

WÊÊíWwÊff^^^\m^s^^^y^ry>^m/ *>£?

periondades moraes. Nao serão, muito amigas ao casamentosenão com homens que lhes façam honra. Por isso soffrerãoalguns desgostos por contrariedades ao seu ideal ou á suaescolha. Gosarão da mais franca sympathia por suas quaü-dades de espirito e coração.

TUPY (Rio) — Sim. Temos informações de que naEuropa e nos Estados Unidos ha médicos ou profissionaesde especialidades raras, que annunciam tratamento contra apequenez da estatura, com resultados... miraculosos. Emconsciência, duvidamos desses milagres, pois. se fossem ver-,dadeiros, não lhes faltaria notoriedade publica — tantos osindivíduos de baixa estatura, que, de todas as partes domundo, procurariam soecorrer-se dos thaumaturgos esticado-res... Acreditamos, s:m, que a pratica regular da gymnasti-ca intelligente, das massagens scieutificas e de sports cemoo pedestrianismo, a natação, o rowing, o cyclismo e mesmo

¦o football concorrerá para desatrophiar o todo physico, dan-do-lhe a máxima elasticidade para o crescimento. Não lheparece lógico ? Pois achamos que se devia contentar com

isso, deixando que os methodos especiaes se con-firmem pelo testemunho dos pacientes. E é bom

não esquecer o perigo que ha em sequerer contrariar violentamente o (jue

•a natureza deu...MARIA MYRRHA DA SILVA

(Serraria) — Não, senhora: não te-mos a revista dc que fala. Só poderáser encontrada, mas apenas para lêr,na Bibliotheca Nacional.

SAMAMBAIA (São Pau!o) —Sua letra denuncia um espirito agudo,frio, um tanto caprichoso e cheio de

vaidade. A's vezes torna-se expansivo. Avontade é sóbria, porém, de bastante tena-cidade. Seus caprichos são autoritário;. Nãoperde tempo em sonhos: prefere encarar a

vila pelo lado pratico. Seu coração é muito amoroso e re-jubila sempre que tem de mostrar sua infinita bondade, paracom os humildes.

PORTO SANTO (Bahia) — O concurso para ma-tricula na Escola Naval é cm Março. Consta de exame emcon.iuncto de Arithmetica, Álgebra, Geometria, Trigono-metria, (provas escriptas e oraes) e Desenho Geome-tricô (prova oral).

Só em casos excepcionaes poderá haver "segundaépoca?'. Não pense nisso e p:cpare-se... para o annovindouro !

PEDRO (Rio) — 1= — O Barão do Rio Branco fal-leccu cm 1912. 2" — O dia 29 de junho de 1911 foi umaterça-feira. 3* — O horóscopo dtssé dia do mez c o se-guinte: O homem será de bom caracter e igual natureza,humilde e alegre. Mas assim mesmo gostará de demandase não fugirá de brigas — o que lhe acarretará prejuízose desgostos. Não juntará fortuna nem terá subida colloca-ção na sociedade. Não será feliz nem na escolha dosamigos nem no primeiro casamento. No ultimo período davida melhorará de sort**

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O TICO-TICO — 8 13 — A b r i 1 — 1927

F O M E D E GATONhõ Tiburcio era um homem baixo, trigueiro e roli-

ço, beirando já os sessenta, bonacheirão cm extremo. Mo-rava num povoado distante, e ia de quando em vez, ácidade.

Estou velho, dizia elie á mulher'; o melhor é mu-darmos para mais perto. Isso de viver no sitio, quandose é velho, não serve. Qualquer dia, não tens mais quemte faça as compras.

Nhá Maria ria-se c dava de hombros.Mas, tanto lhe encasquetara essa idéa, que Nhô Ti-

burcio partiu para fazer negocio; trocar ou vender a ca-tinha, comprar outra lá, mais perto, ou mesmo* na cidade,e vender a velha junta de bois de sua mulher.

Foi, negociou, e voltou satisfeitíssimo, montando umvelho cavallo baio que, pachorrentamente, a passo, seguiapara casa, supportando o enorme peso de seu roliço dono.

Chegou á tardinha. Estava cansado, mas alegre: Com-

prára casa com um grande terreno e, além de tudo, fi-zera esplendido negocio com a venda dos bois. Isto diziaclie, a Nhá Maria, emquanto ella, risonha, ia pondo sobrea mesa de madeira tosca, a toalha e os poucos pratos queconstituíam o seu opiparo jantar.

Trouxeste as minhas encommendas, a linha, aagulha, o óleo?

Sim, trouxe tudo. Mas, deixa-me primeiro :egu-

lar o estômago. Arre! que tenho uma fome de arreben-tar!...

Pois come homem, come, quem t'o impede?Calaram-se; e por algum tempo, só se ouviu o tinir

dos talheres nos pratos.Agora vou contar-te tudo, disse o bdm do homem,

limpando a bocea na ponta da toalha. E, depois de expli-dr á sua cara metade, tim-tim por t:m-tim, todo o "nego-

dão" que havia feito, rematou:Adivinha por quanto vendi os bois!...

¦—Não sei... talvez, por uns cento c sessenta...Que? cento c sessenta? Duzentos, minha cara, du

zentos!Tirou, então, do bolso unia carteira já encerada pelo

uso, abriu-a e collocou na mesa uma bella nota de duzen-

tos mil réis. Nhá Maria oiiiou-a com um franco sorriso desatisfação a .Iluminar-lhe a face pintadinha <!e sardas cdeixou-a ficar no mesmo logar. Começou o velho a fazerentregas das encommendas. Numa das vezes, bateu desas-iradamente com a mão no prato da carne, entornando so-bre a linda pelega todo o molho gorduroso.

Foi uma Consternação.A mulher apressou-se cm retirar toalha e pratos, dei-

xnndo a cédula bem aberta sobre a mesa, para que sec-cisse depressa. E Nhô Tiburcio passou para uma espre-gaiçadeira, bocejou e poz-se a cochilar.

Esgueirando-sc felinamente, com os olhos vitreos defume, penetrou na sala um gato branco, muito magro, en-ta-dido de cinza. Com cautela, subiu no banco e dali ámesa.

Amorteceu o olha,r ao ver ali a nota engordurada.se chegando; cheirou-a, lambeu-a, e, numa pressa fa-

minta, enguliu-a. Depois, olhou cm redor; e, como nadain.'A Ijouvesse, saltou para o chão.

Com o barulho, Nhõ Tiburcio abriu os olhos e viuo gato que sabia, relambendo gulosamente o focinho, ro-çando-se á parede, com a cauda muito erguida...

Unia suspeita relanipejou-lhe no cérebro. De um pulo.chegou-se á mesa. Nada havia sobre ella. Chamou a ma-Iher.

Onde puzeste o dinheiro?Deixei-o ahi.

E o gato sahiu daqui, l::mb?ndo-se. Então foi elle

que...Nossa Senhora do Céu! Não me digas isso! E,

machinatmente, lançou mão da vassoura.E' tarde!... Já se foil...

E, emquanto a Nhá Maria, parada, boquiaberta, es-magava nas palpebras duas lágrimas desconsoladas, NhõTiburcio deixava-se cahir n Ltiçadeira, ninando!

Ora! ora! ora! Quem havia de dizer que uma por-caria de um gato me comeria os bois!...

PEDRO SOARES CAMPOS.

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EDUARDO SUCENAJÚNIOR,

Rio.

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LLOYD FIGUEIREDO,Guaratinguetá.

Expedito, filhinho do Sr. AltivoLinhares, Miracema, E. do Rio.

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I VERSO ES LICEAS DIVERSÕES DE JAYME E A

v*"-- , --****'^ \^__)U_W_ __^L/yv5_f n _A ^^%&*i. TãfJ *"""7/M /\ — rnfiá \\\\r ^^/////ft__i_K ^"'

Jayme e Alice estão sempre inventando diversões, cadaqual mais fantástica. Na semana ultima, depois de ler oD. Quixote de lo Mancha, Jayme resolveu transformar-se emcavalheiro andante, que iria resgatar uma joven raptada porum gigante. Para que a scena fosse completa, Jayme amarrouAlice a uma arvore. — Agora vou vestir-me de cavalheiro!— disse Jayme.

AHce não ficou só muito tempo. No fim de algunsminutos um ladrão entrou no jardim e dirigindo-se a ella,falou em voz baixa: — Estás amarrada e não podes impedirque eu leve este tapete que serve de barraca. O cãozinhoestava dormindo e não pôde dar alarme, chamando aattenção de Jayme, que se havia retirado para fantasiar-sede cavalheiro andante e audaz libertador de jovens...

... roubadas pelos gigantes. O ladrão ia apoderar-se dotapete quando Jayme, grotescamente fantasiado e aTmadode um espanador, surgiu no jardim com os olhos vendadospor um capacete. — Vou derrubar meio mundo que encontreâ minha frente! — gritou o menino, que aliás, não tinhavisto o ladrão.

— Matei um! — gritou Jayme ao sentir que a sua"lança" — um espanador — tocava um objeeto que offe-recia resistência. Nessa occasião, o cãozinho; acordado, pôz-se a latir furiosamente e Alice a gritar por soccorro, cha-mando as pessoas de casa. Jayme deu um minuto de des-canso á...

... luta e tirou o capacete. No chão, cahido pela vio-lencia do golpe recebido, estava o audacioso ladrão abatidopelo intrépido menino. Jayme não soube de momento ex-plicar como sahira vencedor de um torneio que numa ima-ginara. Despertada pelos...

..gritos. Mamãe acudiu e o ladrão, machucado, sahiua correr. Jayme, o valente menino, desatou a irmãzinha daarvore e, contente pelo desfecho de mais uma aventura irn-prevista foi estudar, estudar muito para dar ao espiritocheio de coragem, uma cultura necessária.

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SERENATA DO CLAUDIONORA

EXPLICAÇÃO:

Preguem as duas peças em papel car-

tão e recortem cuidadosamente. Recor-

tem ainda o espaço em branco da peça

maior. Depois colloquem o ponto B do

desenho pequeno por detraz do ponto A

do desenho grande, pendurado com um

grampo de papel ou com barbante com

dois nós nas extremidades.

Para fazer funccionar o brinquedo

movam a alavanca do desenho pequeno e

verão o Claudionor tocar a sua harmoni-

ca para a sua amada ouvir.X

^

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NOSSOS JL JW éL\ AMIGUINHOS. RJ :' k

íi %£\Waldemar e Florise Wan- . __ ^_.derley Lima, Maceió, Ala-

gôas. José e Danton Mirabeauda Fonseca Neto, Veado,

Est. do Espirito Santo.^H ____—

•W K-*aa~S!*ãK**ãV' ' -- j-i—\

BaM(aaa~~ WT'

NILZA,filhinha do Sr. Adolpho Alves de

Mendonça.

^/^n^liaaalallaaaaaaaalaaaaaaaaaaaaaaaaaai~ ír^ií WÊÁ N.cri/ T\7\\»

G,t>M * Sal í*i«

^|L Vkjaaaaaar"^\\Çj tÉa^ga hw> ' *-A\

™0\\ "^^aãaaw Ja! ^~>V af**«aBfL Jj ^^^*^^B <// B^aãta^aV

/C' aai* y Lygia' fi-hinha do noss

Brantina, filhinha do Sr.Martiniano de Carvalho,

Macahé, Est. do Rio. collaborador, Sr. JanuárioL. Silva, Soecorro.

AURENIO.filhinha.de Fnnciaco A. Dantai Carneiro

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13 — A I) r i 1 — 1927 — 13 — O TICO-TICO

ÊSCOTBlRis

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A'^^^W^ Iêê _ü_ 11H JlC2íf 111^

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PARA OS "LOBINUOS"

A lüstoría de Mowyli. o primeirolobinho

Iniu noite, lá nos confins dníndia, Shére Khan — tigre cruele covarde, «Trava pela matta nprocura de caça quando, n'umn••lar,ira. esbarrou, inesperada-mente com o acampamento duum lenhador.

Shere Khan exultou, anlego-zando a segura presa. Mas ape--sar de se,r ú» animal graftde cíorle, era covarde e receava en-contrár-se peito a peito com umhomem. Esgueiróu-se por issocautelosamente para surprehen-dd-o no somno, ia porém laoabsorto que nâo reparou nas bra-Sas do Ultimo ÍOgO do acampa-mento o assentou a pata bem so-bre ellas. A dor inesperada rei-ó Boltar um formidável mvo mieacordou o tentador. Shere-hhanfugiu e, capengando, for se es-conder no mais escuro da no-resta. .... .

Com o alvoroço um filhei dolenhador enveredou pela matta o

perdeu. Apesar de ser um

garotmho ainda, era valente ecm v.z de choramingar, como

faria qualquer outro, poz-se aandar pela matta, procurando ocaminho para voltar.

Nessa situação foi encontral-oAkelah, velho lobo, chefe deuma "alcatêa". O pequerrucho.-iinpondo-o talvez um cão, nãoleve o menor receio c poz-so aafagal-o carinhosamente com asua mãosinha gorducha e macia.Akelah ficou contente com issoo em vez de"atirar-se contra o

pequeno levou-o com cuidado,na sua formidável guela, para acaverna onde habitava cum a sua _familia. composta da mãe loba cmais quatro lobinhos.

Depois de reunido o conselhoda familia resolveram adoptar o«aroto como filho e deram-lhe onome de Mowgli que significa —

,.;-, __ porque como as rãs e*lle li-nha o corpo liso, sem pellos.

Guiado por Tabaqui. o chacal,bicho intrigante e covarde quose alimenta só dos restos dosoutros, Shere-Khan foi á caver-na dos lobos e exigiu o •homem-

sinho".A caverna no interior era es-

paçosa mas a abertura da entra-da:era estreita e o tigre não po-,lia passar; por isso de nada ya-leram as ameaças do valentão:u. h.bos não entregaram Mow-„li Vieram depois Baloó (lê-seT.alú>. O velho e bondoso urso

qUe , usinava as leis das selvas,e l!a-rhera. a panthera negra, pe-iita na arte de caçar; os doisconvenceram o tigre de se irembora. Küe foi, mas foi furioso,

jurando vingar-se. E desde essedia o homensinho foi adoptadopela bicharada da floresta e fi-. ui sendo um delles.

Mowgli cresceu em companhiados lobinhos e aprendeu muitascousas. Levaram-no a casa dosgafanhotos para ficar ágil e foiassim que aprendeu a pular ra-pidamente. a. voltar-se sobre aspatas, á direita, á esquerda, maisligeiro do que os próprios gafa-nhotos. Quando não caçava dei-xavam-no de barriga vasia parasaber desde cedo que era neces-sario trabalhar para viver.

Um dia levaram-no a caça doouriço. Habituado aos gafanho-tos atirou-se violentamente con-tra o mollengo animal e teve adesagradável surpresa de levarumas agulhadas que lhe deixa-ram o focinho a sangrar.,/ -O» »- » w

^^^~&.S."^"______***

Akelah ensinou-lhe então comodevia fazer: deitar-se e ficar,longo tempo, immovel como ummorto, approximar-se depois commovimentos tão lentos que nãofossem percebidos até que. es-tando a geilo, surprehendessecom um salto o animalejb queassim não tinha tempo de se de-1'ender com os seus acerados es-pinhos.

Mowgli aprendeu desse modoque ha trabalhos que exigemactividade i' presteza, mas ha ou-tros que não se realisam senãocom muita pacienci... calma etenacidade.

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O TICO-TICO — 14 -- 13 — A b ri 1 — 1927

Levaram-no depois ao conse-lho da alcatéa, que se realisavan'um certo rochedo e onde sereuniam todos os lobos da visi-nhança.

Baloo, o mestre das leis, ensi-nou-lhe as senhas que todos osanimaes usavam para se reco-nhecerem e auxiliarem mutua-mente. Muitas vezes, na sua vidasi d vagem, isso foi de grande aju-da para Mowgli: nos momentosde perigo lançava a senha aosquatro ventos c era certo accor-rerem os animaes amigos para oauxiliarem .

Baghera ensinou-lhe os "trucs"

e hábitos de Iodos os animaes e,sobretudo, a maneira de caçar.

Mowgli aprendeu a desprezaro Bandar-Log — os macacos —

povo sem regras nem leis, fan-farrões, 1'arcistas, querendo sefazer passar por animaes supe-riorès para o que procuravamimitar todos os gestos dos ho-men8, mas na verdade incapazes,mui juizo nem tenacidade paralevar qualquer trabalho ao fim;c tambem a Shere-Khan, o li-gre cruel e covarde, que BÓ ata-cava á traição e contra quem erapreciso estar sempre de alcatéa;Tabaqui, o chacal, intrigante emedroso, sempre attenlo ás op-porlunidades para se locupletarsem correr risco.

Akelah era um sábio; ninguémsalda como elle dirigir uma ca-cada; distribuía as tarefas: unscercavam a presa, outros perse-guiam-na n'um trote moderadoe cada qual cumpria a sua partesem desanimo. Todos obedeciamsem discutir, mesmo na sua au-Bencia porque sabiam que traba-lliavani para o bem geral.

Muitas vezes, caçando uma le-bre os lobinhos senUaib-se exte-nuados; reagiam porém, não pa-ravam, antes condam com maisardor e pensavam para seanimar, que a lebre devia estarainda mais cansada du que elles.

DBSENHO PARA COLORIR

L3£r_^_Vl Í_£___L_ r«_M_£^~

A obediência aos velhos lobosri-a a lei da alcatéa. E Mowglicresceu assim disciplinado o for-f,-, e mais tarde suhstituía Ake-Jah.

E pela sua intelligencia, astu-e vigor foi o chefe de todo-

os animai s daa selvas.

an——i ____b_ . __MS__—__»_—_a_——_*¦_¦—-—»

m^mfflJrWfc&rmW* __\. _\-¦ _E' um dos melhores divertimentos

para os nossos leitores, o mais agra-davel e o mais instruetivo: os desenhosdevem ser coloridos a lápis de côr oua aquarella.

Depois de colorido e assignado deveser enviado a redacção do Tico-Tico,afim de ser publicado o nenie de todosos tmiguinhos.

Os-desenhos que recebemos na sema-na passada, foram cuidadosamente co-

Sii Shere-Khan não se submet-tia, fugia delle, mas respeitan-do-o sempre para apanhal-o átrairão, até que um dia Mowglimatou-o com o auxilio dos bu->Falos.

Mais tarde Mowgli encontrousins pães, voltou a viver comelles e aprendeu a lingua doshomens, mas sempre que podiavinha passar uns tempos com osvelhos companheiros das selique o tinham ensinado a* viver.

O assucarO-i r é um aumento e diz-se que

i De i ó sal das creanças, como se dizque o vinho é o leite doj velhos. O as-

loridos pelos seguintes amiguinhos: —

José Luiz Ribeiro Samico, Agnaldo deFreitas, Herminia Mônaco Rio, Pe-trolina Bairão de Aragão, RisolettaFreire Borges, Mujota Botelho MerimCiuaker, Regina Maria Nabuco, Myr-tn B. de M. Gualter, Hélio Gondim,Cândida Chaves, Creusa Gondim, He-lena Nunes de Oliveira e Sylvio A.Giangiarulo.

sucar no organismo converte-se emgordura.

Todo o amido que ingerimos cem oialimentos vegetaes transforma-se cmassucar sob a influencia da saliva e dosueco panercatico. Este assucar depesi-u--c no figado e vae passando ao sa:i-gue pouco a pouco, durante o dia.

O assucar é tambem um excellenteexcitante das funeções digestivas. Cm

i de água iria ou quente (não mor-I, com uma pequena dose de assucar,

auxilia o trabalho chimico da digestão.Portanto, o caíé que se toma ás reíei-ções deve ser assucarado. O café com

:car accelera a digestão; sem elle

prejudica-a e atraza-a. Não é exactoque o assucar produz lombrigas ás cre-ancas, e tão pouco é certo que danmiü-.,ii" ... dentes e os predisponha para acarie. Para que o as-ucar possa preju-

é preciso abusar delle.

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13 — A b r i 1 — 1927 — 15 — d TICO-TICO

Mosioí ^lèmempsmRKSULTADO DO CONCURSO W. 3.100

B-laelMrt-taal — Íris- da Silva S.inío-,Domicio Faliam Moreira, José Fernandesdo Barros, Armando Corrêa de Mello, Re-gina Maria Nabuco Borges, OsmarzinhoGomes, Dulce Soares Bastos, Aloy.^i iLobo das Mercês, Brasil Gambaré, •!Luiz Lustosa de Andrade, João VeigaFilho, Wattflr Barboza, José PetrolinoSanta Cruz, Humberto Banta Cruz, An-tonio E. Santa Cruz, Nelita Lopes Pe-reira, Leonor Drange, Antônio Jo3é C.de Oliveira, Haydée Costa de Mel raí Gus-t , José Irnac-in da süv.i UarearetCox, Olga de Souza Paes. Pedro Calhei-ros Bumfiin, Newton Rodrigues, BruneClaudenor Momo, Juracy Momo, EdgardTinto de Campos, Sebastião MarquesDuarte, Breno Soares de Oliveira, Car-los Becker, Fernando de Freitas Lins,Izaura Alves Rosa, Joel Botto Nogueira,

• rah Emim-rk-h, Sylvio Sâ, Maria daConceição Sa, Yedda Regai Possollo, JoséJíibeiro, Amynthas Machado, José Bem-íica. Eugenia Yára de Moraes Silva,Arabella da Costa Jorge, Luiz Vaz Pa-

o da Cunha e Castro, Armindo Pe-reira Mello, Waldemar Figueiredo, Ma-

I Layette de Alcântara, Ruth de Mo-raes, José Elias de Azevedo, JoSo F.Araujo, Urlico Novaes Filho, LázaroOiveLra, Maria Luiza Cunha, RubemTardim Cretton, Affonso Bunese, Buju

dello, João Maria dos Reis, AntônioAfçglo, Juvenal Roxo, Marilia AntoniettaHasselmann, Domingos Athayde, AnnitaAmbra, Derly Kokot, Armando Rodri-Kues Alves Filho, Álvaro de OliveiraSobrinho, Paulo de Carvalho Armando,Carlos Alberto de C. Armando, Francis-eo Corrêa de Sá, José Cardoso Loureiro,Maria José L. de YValdeck, João Paulo3-e.sa de Waldeck, Geraldo Mac GuinesXavier, Eugênio da Cunha Brandão, Ju-randyr Rodrigues Peixoto, Luiz Bran-dão, Paulo Bittencourt, José Moura Netto,

rique Alves de Oliveira, Lydia San-Tos. Ubyrajara Possollo de Mal

•ão Zamirato, Iracema Guimarães. Or-Soado Orcldo. Nelita A. Gomes, HenrlMorl -rt. Franco!. Morbert Filho. JustlmJosenh Morbert. Sarah Keffer Marcon-dei Machado, Orlando Cardoso Martins,N.-r.-a Mundel Machado, Aurenio Pereira«an,. ire, Alcides EuzeblO da Silva, LecyJl.tlo Ottoni, Carlos Campello, Pio Be-r.edlcto Ottoni, Theophilo B. Ottoni, Ju-

lio B. Ottoni, José Serpa, Maia Izabelde Souza, Homero Dias Leal, Marilialuas Leal. Rubens Dias Leal, ArmandoAndrade, Nadyr Martinelli, Pedro Eloyde Almeida Mello, Miguel Pernambuco,Marcos Pernambuco, Dagmar da Concei-gâo Gomes, Sylvio Romero Gomes, RuthGuerra Borges, Monclar Lopes, Marietta\. -ueira da Silva, Amaury Jorge Hen-rique, Frederico Câmara Neiva, Joio Ca-mara Neiva. Solange Lucas, Yolanda Do-mingues, llelio Venicio Pires, EunicieMassit-rc da Silva, Waiter Teixeira Ro-drigues Chaves, Ulysses Doederlein, RuthAffonso de Carvalho, Qulteria da RosaRodrigues. ..lariiiuzzi de Souza, Marina

m © (©//Wx (®\\M)J \m \W:

Solução exacta

de Souza, Alfredo Guedes Maia, Odettede Lourdes Lins, Dora Soares Guimarães,Helena Rodrigues Simões, Oswaldo Ca-vinato, Donato Werneck de Freitas, Wal-(!yr Lisboa, Euniee Silveira Machado,Josí da Silva Mangualde, Yedda Lopes,HeHo de Almeida Brum, Arthur Goulartde Sá, João Jacob Tesch Furtado, Se-miramis A. da Silva, Ivonnette Ferreira,Gabri.l Aguiar, Mil oi Jardim de An-'.Irado. Ada Io.to, B-au inha de So za,

-i; (¦: e'. Sobreira de Carvalha, ^ ar.oel1 i eto, Altair dá Silva I'rad >, Llno San-

JOS- Alves de Ar.drade. Cella del.ln-, Antônio Corr.a Linn, Lau-

ru 1". Alves, Arvora de Paula Etrltto.Mail-mira Alexandrina Nogueira de Al-meida. Marli de Lourdes Guedes deSouza. Rubens Neger, Ruy Ca Costa Mes-

« AÍÍOn.O Santos, Álvaro Borges,

L E I A M

CONTOS DE MALBA TAHANAdaptação tia obra do famoso escriptor árabe

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JÚLIO B. OTTONI

de 9 annos de idade e residente _ ruaGeneral Osório n. 73, em Friburgo, Es-tqdo do Riu.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3.114

Re&po stas cer tas:

1» — Chapéo2J — Pescada3" — Biscala4* — Ovo — Ova5» •*- Simão

Solucioi:i_t:i_: — Sylvio da Fonseca &'Silva, Nieanor Medeiros dos Santos, Ma-ria Antonietta Cunha, Marinuzzi de Sou-za, Marina de Souza, Maria José Mar-condes Nittsch, Risoleta Freire Borges,Hélio Maia, Orlando Gonçalves Chagas,Aluizio Viviani Fialho, Antônio C.irlt.sTampos dos Santos. Homero Dias Leal,Marüia Dias Leal, Rubens Dias Leal,Álvaro de Oliveira Sobrinho, AymarMartin.', Almeida, Armando "p Silva.Paulo Rodrigues Alves, Orlando CardosoMartins, Eunicle Fraga, Aurélio da SilvaFerreira. Homero Martins Almeida, Ma-ria Clara da Silva, Braulinha de Souza,Aurenio Leal Barata Ribeiro, Zelina deMoraes Moreira, Paulo de Carvalho Ar-mando. Eunisio Fraga, Regina Penha,Maria de Lourdes Guedes de Souza, Ml-guy Azevedo. Lydia Santos, Graciette daSilva Porto, Oswaldo Cabral, Zazá Mar-_tns, Alcyr Coelho, Iracema Guimarães,

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O TICO-TICO 1G 13 — A b r i 1 — 1927

OS PRIMEIROSBONS MOMENTOS DA VID4

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ta de Si, r.ubem Tardim Crefon.Leonllho Sopa Veiga, Eleonora Le ta > d-Carvalho. Jurandyr Tires ModeatO, Ne-i ( •'.i Fcrniari. Ennicle MaUtllars da Silva,

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C O X ( U R S O N... 3.122

. OS LEITOÍES DESTA CAPITAI. B I> >S.'•OS PÍOXIMOS

Perguntas:V — Qual a parte da ca-a que é

ivu iiutueral?(2 syllai

Oscar Vieira

r* <-» , ^*^

A r-<S J

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O ÚNICO REMEDIOçueC-vIT^o c.ura os Ace/Df/trescA

\ i>gNTI_g^O__ |-" — No masculino g^iarclo riquezas.

Xo feminino corto. Que sou?i 3

Ida C'</utiuho

3" • - No masculino narro. No íemi-nino enfeito.

(2 lylJabasQAntonietta Salles

4' — Qual o aumento que é sobre-nome ?

Da mesma5* — Qual o continente cujo nome

manda oue a abaUada estime?(4 ivllabas)

Luiza Queiroz

c-tc concurM), r*uc será encer-i no dia 2 de Maio próximo, darc-como prêmios, jxir sorte, um

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13 — A D r i 1 — 1927 17 - O TICO-TICO

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CONCURSON . 3.123

TARA OS LEITORES

DESTA CAPITAL E

DOS ESTADOS

Chiquinho escreveuno estandarte quetem em mão uns ca-racteres que, á pri-meira vista, parecemnada exprimir. Noentanto, Chiquinhoaf firma que se vocês

juntarem, de certomodo, taes caracte-res, terão o nome deum principe da poe-sia brasileira, cujonome é bem conhe-cido.

As soluções deve-rão estar em nossaredacção até o dia24 de Junho próximoe devem vir acompa-nhadas do vale quetem o numero 3.123.

PAPA OCO-YCUi-fO

w .123

V&

Duas esmoHasm Sentada nos degráos da porta de muiantiga igreja, uma pobre velha mend:-_a, que cansada pela idade avançada e¦ «ntermi.lade atro., á piedade CStOl"dia a m|<

o distante desta pobre ve.uabrines.vam duas creança- Ambas loura-,« bdla». Uma rica e trajava de sela,euKtuanto a outra humildemente 5*trajava.

A menina rica, cansada, dei.brinquedos, nisto co;11 a p,' 'velha mendi padecida, t.-i.w.^nçou-lbc ao collo uma ebre velha recebe-a e eleva aos anjos emagradecimento, uma prece.

A menina dc pobres trajes, Vfolguedos tambcm já os tfnba dei*

a acção praticada pela an;e consetvoa-se calada, emquanto que amenina rica. lhe diz. cheia de vaida-ie« de um rápido sentimento:

— Por prazer dar « a u> e

a.^ teus não é dado. c sendo tu pobre,aos pobres que podes dar?

Ouviu-a a menina pobre, e possuído-rs, dè um bom coração, approxima-seda igreja c, ajoelhando-se junto á men-dga. beija-lhe a mão encarnuilhada eossuda. A pobre velhinha chorando diemoção, oscula carinhosamente as fa-ces côr de rosa.

•Ti-ta historia, meus amiguinhos. nos

que a verdadeira esmola não ésó a quê sáe da mão, e sim a que s:.edo comeão."

S. N. M.

Dôi üFj

A pequena Maria sabia que a mãe

e/a muito amiga da irmã mais veüiae quasi indiíferente para com ella.

Soffria em silencio esse grande des-

gosto Não se queixava.Uia dia, que a mãe estava doente,

Maria entrava no quarto, de mansinho,para lhe levar um caldo.

E's tu, minha filha? — perguntoua mãe, com ternura.

E ella, com lagrimas na voz:Não, mamãesinha, sou eu.

MÃES BRASILEIRASJunto ao pequenino berço, onde febril

e enfraquecida a garotinha dormia, apobre mãe chorava desesperadamente.

E apertando a fronte entre as mãos.como se quizesse esmagar um bando darecordações que procuravam abrigo noseu cérebro, cansado pelas noites de in-somnia, ella murmurava:

— Meu Deus! Que será de mim? Eracila a única esperança de minha vida;única recordação de um amor que pas-sout

E sem poder conter a saudade que adominava, recordava junto ao berço dafilhinha querida a figura máscula osympathica do seu querido Jorge.

Todas as scenas, desde o primeiro diaem que o vira. passavam nítidas, claras,pela sua memória, tal qual como a pro-jeccão de um film sobre a tela cinema-tographica.

O encontro accidental n'um cinema...os olhares medrosos... o primeiro sor-riso...

Depois... uma conversa rápida... umpasseio de bond... os encontros dia-rios...

Finalmente; elle já era seu noivo eveiu então, dentro de uma tarde que eratoda ouro e azul. o primeiro beijo ,. oveiu depois o casamento, os dias felizes,o-nascimento da filhinha...

Uma tarde, porém, tudo mudou.Jorge, victimado por um accidenta

morrera na própria machina que portantos annos lhe dera o pão, a vida.

Ao principio ella chorou multo... sen-tiu grandemente a perda do marido ex-tremoso.

Com o decorrer dos tempos, no entan-to, ella foi se resignando e, amandsjJorge cada vez mais, concentrava napequena creaturlnha todo seu affectode mãe reforçado dia a dia pela lem-branca de Jorge.

E agora, ali, junto ao bercinlio da fl-lha, ella sentia quo Ia perder tudo oqua tinha ... toda a sua felicidade...-ua única razão de viver...

E chorava... chorava convulsivamen-te...

Dias depois, quem pas_a.se no peque-no jardim que havia em frente a pe-juena casinha dos subúrbios onde s*desenrolaram as scenas acima, veria umquadro encantador.

A Joven mãe, enlevada pelas graça»Ingênuas da creança que, forte e cora-da, serria, mostrando uma linda e bran-ca fileira de dentes, miudinhos e bonl-Us. acariciava-a ternamer.te.

Na mãosinha resada da garota umacaixa vasia da matriearia de F. Dutra,denunciava a causa daquellas transfor-maçOcs.

O perigo da dentlção, afastado graçasa Intervenção sabia de um medico, nâoviria nunca mais sobresaltar a foliei-dade doouelle lar.

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O TICO-TICO — 18 — 13 — A b r i 1 — 1927

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13 — A b r i 1 — 1927 r-, 19 — O TICO-TICO

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O TICO-TICO — 20 13 — Abril— 1927

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_^J77 -^^-^-^l^^^^--

m O FALLASTRÃOOR ora nada! — falou um dos cães. — Andei

o dia inteiro e ainda não encontrei uma caçaque preste, nem, ao menos, um coelho!

— Ora! falou o outro cão. Daqui mesmoeu estou vendo dois coelhos!

Esta conversa era entre dois cães pebas,dois cães — basseta alie-mães ou Dachshund comose diz em allemão-

Elles se lastimavam.Aqui, dizia um, não ha

caça! Vêm-se uns coelhosmuito magros que nãoagüentam uma envestidanossa!

Na nossa terra é que ébom!

Lá ha lebres gordas enos dão grande trabalhopara caçal-as.

Um coelho atraz de uma arvore ouvia a conversa doedois cães e pensou:

Hei de dar uma lição aquelles bobos de pernas aleija-das! Os cães eram prosas e até pareciam gente grande.

O coelho passou á vista dos cães e rápido metteu-se numburaco.

Os cães ficaram como doidos a procura do coelho. Estesahiu por outro buraco deixando os dois cães a procurar toda

vida sem encontral-o.São assim os fanfar-

rões, falam muito no mo-mento, porém, nada fa-zem-

'Jll)j!J J ¦'/)-c /A «^"O*\\ \ ^v H\Tf- m^~— " \vsKoí I I ? ?

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AS AVENTURAS Y>*3, C\\U)V3\TO\0 O TV \ tv Yv o

Chiquinho ouvia seus pae» dizerem, que o ninho era sagrado O garoto, porém,despresava o bom conselho. Não podia ver um ninho de passarinho sem tocal-o.A ave depois engeitava os...

...filhotes ou os ovos. Um dia, elle, o terrivel garoto, descobriu um ninhoChamou Benjamim e ambos treparam na arvore. A ave que estava perto do ninhovoou espantada e os dois ..

cautelosamente continuaram no seu intento. Chiquinho ia na frente queriaser o primeiro a pôr a mão no ninho e apanhar os filhotes. Antes, porém, de tocarno ninho viu, dali, emergir...

...uma cobra. O susto foi grande, os garotos atiraram-se da arvore tvo solo,machucaram-se e ainda apanharam uma surra. Bem merecida dizemos nós c dirlolambem vocês meut queridos leitores.