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ANNO XXIV RIO DE JANEIRO. 17 DE ABRIL DE 1929 SOROVETE NUM. 1.228 Outro dia Jujuba appareceu lambendo um sorvete de abacate. Lamparina, que nunca ha- v'a comido aquella gulodice, abriu desmesura- «amente os olhos e. .. ¦ ...partiu direitinho para o banheiro. Depois passou a mão num sabonete redondo de côr es- verdeada..., .. .envolveu-o num cartucho de pape! e foi pro- curar Jujuba. O pequeno, entretanto, percebeu ó disparate da Lamparina e perguntou: U>~?=ni ¦"xlL y—"_____j _ vyw^/ ~~~L_^ W,____. __fi ! wU Que é isso que estás comendo? ^ "Scrovête", -respondeu Lamparina, BLamparina abriu a bocea. ?- qual nada, atalhou Jujuba. - Você esta.™ _-u h-rri_a e C0T,ec0u a nular í i-,_,_ poz as mãos na barriga e começou a yuiar * '"Hsbendo sabão.v Meia hora depois uma ambulância da Assis- tencia chegava á nona da casa de Carrapicho.

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ANNO XXIV

RIO DE JANEIRO. 17 DE ABRIL DE 1929

SOROVETE NUM. 1.228

Outro dia Jujuba appareceu lambendo umsorvete de abacate. Lamparina, que nunca ha-v'a comido aquella gulodice, abriu desmesura-«amente os olhos e. ..

¦ ...partiu direitinho para o banheiro. Depoispassou a mão num sabonete redondo de côr es-verdeada...,

.. .envolveu-o num cartucho de pape! e foi pro-curar Jujuba. O pequeno, entretanto, percebeuó disparate da Lamparina e perguntou:

>~?=ni ¦" xlL y—"___ __j _

vyw^ / ~~~L_^ W,____. __fi ! wU

Que é isso que estás comendo?^ "Scrovête", -respondeu Lamparina, Lamparina abriu a bocea.?- qual nada, — atalhou Jujuba. - Você esta .™ _-u h-rri_a e C0T,ec0u a nularí i-,_,_ poz as mãos na barriga e começou a yuiar* '"Hsbendo sabão. v

Meia hora depois uma ambulância da Assis-tencia chegava á nona da casa de Carrapicho.

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O TICO-TICO 2 — 17 _ Abril — 1929

Raid Aéreo pelo BrasilSensacional jogo de entretenimento! Illustrado comJindas vistas do Brasil, em estojo elegante acompa-nhado de cinco aviões, dados, copo e regras para Cu»-c-cfonamento custa 1S$000, pelo correio, 20$000. Garan-

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PREMIADO AOS 12 ANNOSHa pouco temp», o Governo dos Estados Unidos

premiou a invenção altruistica de um pequeno colle-gial.

Yelido que eram freqüentes, òs desastres de auto-•novel que victimavam crianças, ao sahirem das cs-colas, imaginou um meio de evitar essas desgraças .j

Lá, como em toda a parte, os meninos sahem daescola correndo, e não se lembram de olhar para ocaminho.

Segundo a invenção daquelle rapaz, com o tno-saico preto c branco dos passeios, formavam dois bo-necDs. Um delles, com os braços levantados, traz porcima da cabeça a palavra

Pare!O segundo boneco, em attitudes mais calma, com

as mãos nas cadeiras, traz a palavraOlhe!

O menino foi premiado.E o mosaico dos bonecos foi adoptado em todos

os passeios que ficam á entrada dos collegios e es-colas.-

Mas nós, que não temos os mosaicos, tenhamosboa memória e muita reflexão.

Assim evitaremos muitas desgraças.M. R. A'..

I GLYCERINADAD.R NlOBEY

Silva Araujo8c:a

° CREANÇAS^iS&é* MO BM»*â1

Qü£ EVIÍAASSADURAS, FURUI.CULOS*

IIBROTOEJAS, INFECÇÔES,COfflCHÔESJCZEMAS.PRURIDaS

^VDâRTHROS.IRRITAÇÕESJaPELLEÍ28LV -

SILVA ARAÚJO .|. I? DE MARÇO, 9a 13

CHENOPODIOPós inglezes, preparados para fazer expelür com-

pletamente os vermes.

II O M CE O P A T H I A

EM TINTURAS, TABLETTES E GLÓBULOS

lyí -«g* «""•'te.

i—n~ i »j^ ¦prTr*iT i»j» ~i

RUA DOS OURIVES, 38Rio de Janeiro

Enviamos gratuitamente um Guia para tralamentov^~~-~

O RUIDO DA TEMPESTADEPara os meninos que têm theatro de boneco, essi

experiência será de grande utilidade porque em mtiií»aSpeças e, especialmente, nas mágicas, precisa-se iinií;'" °

ruido de um tempfiral.. Pois isso se obtém de um modo muito simples*'

Basta pendurar a um barbante uma taboinha fina, °tluma regoa, c fazcl-a gyrar rapidamente.

Isso produz um ruido lamcntoso e áspero que é ta.

qual o de uma tempestade no mar.

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.17 —. Abril imtèZã

lnero vêr JesusA tradição nos conta uma linda historia, que não

Está no Evangelho, mas que dizem ser verdadeira.Na cidade de Siquem morava uma viuva com seu

filhinho enfermo.A miséria das pobres creaturas era tão "grande que

andavam vestidas de farrapos, ;e nada mais tinham paracomer.

tO menino, coitadinho, minado pela febre — febrede fome! — que o consumia, gemia sem cessar.

Um dia, por um peregrino que passou junto ao ca-sebre, ouviram falar dos milagres de Jesus...

Jesus, Filho de Deus, que veiu ao inundo para sal-var os homens, fazer bem a todos, e nos mostrar o ca-minho da virtude e da felicidade!...

E quando se foi o peregrino da boa-nova, o doeu-tinho disse:

Mamãe! Eu quero vêr Jesus!...E a Mãe, que, irritada pelo soffrimento, não queria

mais crer nem na bondade de Deus, respondeu impa-ciente:

Jesus não gosta dos pobres!Mamãe! Mamãezinha! não foi isso que aquei.e

homem disse... Si Jesus vier, eu fico bom!...Alas elle não vem cá! E' fácil morrermos... tu,

de febre, e eu, de fomelMamãe! Mamãezinha, insistia o menino, cheio

de Fé e de Esperança... Si você «pedir, Jesus vem, e eufico bom!

-Mas, onde hei de encontral-o?! Jesus de I\a-

3 — O TICO-TICO

im^m*

'AES•ME Â VOSSOS fíLHOSüCOUttCACAU*Yerníifugô des Xavier ê 0

imeSh®? íembriguelr© porquersio f em dieta, dispensa ©

puigant&g não com»Faz expállir K ^ fém Qje0f £ go$tOS®vermes infestos. & f©ffjfi*ea SS^.taria mortandade GríânÇâiljpRJduz nas creançe"..

»«3nM«J»»«JM«JMM.JM«J«a«jTJJ«MrJ.m»-««- ,..'. _. i ¦>¦<«¦—¦*»«»——

fr«"vou, twimii Ttrmsr^ííící-XK^SJ^GCjrji5?F«TAttir^<«awi'i!ÜM,^*B'i

Nada ha májs necessário no roucador de tidama que um frasco do celebre

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brancura, lizura, suavidade e louçaiua,sem que se note a presença do creme

Únicos depositários: SOCIEDADE ANONYMALAMEIRO — Rio de Janeiro

zareth está longe, muito longe... e tem mais que fazer<lo que ouvir as lamúrias de uma miserável como eu...

E de repente, abriu-se a porta do casebre.E o Rei dos Reis, cheio de majestade e doçura,

levantando a mão para abençoar, murmurou:— Aqui estou!

Gem ma d'Alba.

A MORTE DA GRIPPE

'ha fotfrviddj&rnmbanhõs.:fsem &merzq% /ceceió-de. Csl-^^^cu3nsÍúpaçãyossejm!^ÍiNy\ 1

porque•mamãe, rnanasui j \£orrifÀak> seíslàd-iosI .<&5 mila^scu

^*5»ji*«4t'ÍÂ-

Jjnfcniãa i

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O TICO-TICO — 4 — 17 _ Abril — 192í>

CRIANÇAS! 4-fT?[ PARA AS VOSSAS ROU- /rNC'""'">Vf PAS BRANCAS, VOSSOS

I VESTID1NHOS DE IN- !. /^/íTV \ 1I VERNO NADA EXISTE \/< jW-\i / í

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DEZ ANNOS!...Dez annos nunca esquece; todos n6s nos lemlj^imos dos

dez annos— E' nesta idade que se nos revela a. vida...O CAMIZEIRO quo tambem faz 10 annos em Maio, vae

presentear os seus coampanheirinhos de nascimento que sera.>os seus clientes de amanhã 1

O CAMIZEIRO deseja que daqui a 50 annos, quando a»cabecinhas louras ou morenas se acharem alvas pelo decorrerda vida, sintam na alma, com as saudades dos 10 annos, alembrança suave e oariraho-sa do seu pyjaminha dô tricoline,da sua camisinha do seda bordada que o CAMIZEIRO lhes deu.

Não ,é ipreciso comprar; é bastante ter nascido em Io deMaio de 1919!...•(Distribuição cm 30 ilc Abril corrente)

SAI.VR !... QUEM NASCEU EM MAIO:..,' E' bastante o nome e -filiação.

Si cada sócio enviasse á Radio Sociedade uma jproposta de novo consocio, em pouco tempo ella po- ]deria duplicar os serviços que vae prestando aos quevivem no Brasil.

o| jimmnrjj ]>]

-.. .Iodos ós lares espalhados pelo immenso territóriodo Brasil receberão livremente o conforto moral da

sciencia e da arte...RUA DA CARIOCA, 45 r- 2" ANDAR.

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hebé e o nome (Teste Jornal« Craíhley & C-, 53, Ouvidor, Rio do janeiro;Ferreira & Rodriuuoz, 23. nm Conselheiro Dantas, Bahia!

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/_»¦_.^\^i\^^\^a^^ír^L.) jf&f. ^^í>

CO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe Carlos Manhães — Director-Gerente: Antônio A. As Souza e Silva

AssiKiv.tur__ Brasil- 1 anno, 25$000; O mezes, 13$000 — Estrangeiro: 1 anuo, G0$000 <i mezes, ..,-,.3 assinaturas começam sempre no dia 1 do meu em que forem tomadas e serão¦ aeceitas> animai ou Mme-i

$000tralmente.

ínní » rnnrp-ipniíinPNn como toda a remessa de dinheiro. (que pôde ser feita por vale postal ou carta registrada• com valor drelarado) deveT ser dirigida á Sociedade Anonyma O MALHO — Rua do Ouvidor, ltU. endereço telegrapl.ico:

< O MALHO _ R.oTelenhor.es- Gerencia: Norte. 5402. Escriptorio: Norte: 6318. Aanuncios: Norte, 6181. Officlnas: Villa Gil7.Succursal em SJo rS dirigida pelo Dr. Plínio Cavalcanti - Rua Senador Keijô n. 27, 8» andar. Salas Si e 37.

CiC0Qf^3Ê£&\yCa1j%^r

\___H__Bv

4*\'OVO%

H í S T O R I

Meus netinhos:

Vocês sabem quem inventou, e em que época, o

leque, esse objecto tão gracioso de uso das senhoras?Não sabem, certamente, porque a historia não nos diz

e sua origem perde-se na mais remota antigüidade.O leque, pode-se dizer, é tão antigo como o appa-

recimento da vida vegetal na terra. Foram os primi-tivos leques, segundo a opinião dos estudiosos e pes-

quizadores das origens, as folhas das palmeiras, do

lotus, da bananeira.-

Os hindus, no V século, antes de Christo, pos-suiam-nos de pennas de pavão. O leque entre todos

os povos da antigüidade foi um emblema religioso,

attribuindo-se-lhe força, felicidade e repouso divino.

Os pharaós chegaram até a eleger entre os aristo-

cratas um official especialmente encarregado dos le-

quês reaes.Os leques foram introduzidos em França pela

Itália e na Itália pelos Etruscos, que, por sua vez, os

importaram da Grécia ou da Assyria. Nessa época,

o leque era um attributo real e religioso de sentido

mysterioso.Na França estiveram em moda os'leques ovaes

A D O L ¦ E • Q U E

de pennas rarissimas, tendo ao centro um espelho eornados com incrustaçoes de brilhantes. A rainhamãe possuía mais de 300 leques de todos os feitios,alguns até perfumados. Sob Henrique IV e Luiz XIII,a fama dos lequistas attingiu á gloria.

O periodo áureo dos leques inaugurou-se notempo de Luiz XIV. Eram verdadeiros thesouros dearte; Waltteau, o pintor mais perfeito de leques, im-niortalizou-se com suas inegualaveis creações, até hojeadmiradas e não imitadas. Ao tempo de Luiz XVappareceram os leques partidos, cujas varelas, inde-pendentes, se reuniam ás outras por fitas. ... Madamede Pompador, a rainha de belleza de então, amou eprotegeu a arte do leque, tendo deixado seu nome ligadoa uma variedade de leques artísticos, com esculptu-ras e pinturas delicadas, os motivos principaes, sendoflores e frutos. Maria Antonietta e a princeza deLamballe, no século XVI, possuíram leques mara-vilhosos.

Hoje o leque está reduzido á situação de com-panheiros das damas nos theatros e nos bailes, nãoobstante o calor que sempre acaricia as plagas brasi-lei ras.

VôVÔ.

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O TICO-TICO 6 — 17 r- Abril — 192»

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WiÈmÈàÊÊM?OTICOT1CQ

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NASCIMENTO f "•

<ê> 4 Nasceu a 4 deste mez o menino Maurício, primo-genito do casal Dr. Luiz Vidal-D. Corina da Costa Vidal.

^ <$> Chama-se Lúcia a linda menina que desde o dia2 deste mez é o encanto maior do lar do Dr. Coriolano Vieira.

<§> ® Luiz Carlos é o nome do lindo menino que acabade encantar o lar do Sr. Waldemar Pinheiro e de sua esposaD; Lydia Pinheiro.

ANNIVERSARIOS

*& 4 Faz annos hoje o menino Arnaldo Cunha deAguiar, estudioso alumno do Collegio Nacional e nossoprezado amiguinho.

<S> <*> Passou a 6 deste mez a data natalicia da meninaHygia, filhinha do Dr. Homero de Almeida.

4 3> Maria de Lourdes Pinheiro, nossa graciosa ami-guinha, festejou sabbado ultimo a pas-sagem de sua data natalicia.

<*» 3> Esteve em festas domingoultimo o lar do Dr. Arlindo Mello pormotivo do. anniversario natalicio do seuinteressante filhinho Paulo.

*$¦ <í> Vê passar hoje a data de seuanniversario natalicio o menino Ary,filho do Sr. Manoel C. de Brito.

<*><Í>*3><S><$><í><í><$><S><$><Í><S><Í><Í><í>*Í'<í>

cada; Maria Amélia, por não cortar o cabello; AmbrosinaPessoa, por usar óculos, e eu por. ser vendedora de purpura.

EM LEILÃO...

<£ 4 Leilão de rapazes e senhorinhas de Copacabana:Quanto dão pela graça de Solange A. ? pelo porte elegantede Roberto N.? pelas calcinhas de Maurício C.? pelo sor-riso de Nair D.? pela graça de Mauvinda P.? pelo andarde João A. ? pela farda de Nelson C. ? pelo gênio alegrede Sophia A.? pelos vestidos de Esther P.? pelos estudosde Waldemar C. ? pelas idéas de Déa P. ? pela sinceridadede Disney C. ? pelo porte de Maria Luiza P. ? pela sympathiade Consuelo? pela intelligencia de Vinícius C. ? pela alturade José P. ? pela intelligencia de Renatinho V.? pela graçada Carminda S.? pela sinceridade do Carlos D.? pela vi-vacidade de Maria de Lourdes? pela correcção de Arthu-PE.? pela amabilidade de Carmelita R. ? pela "pose" do José

V.? e, finalmente, quanto dão pela lin-gua do leiloeiro? — Mysterioso.

NA BERLINDA

<*>4<?>

4

"A familia e a escola são ele-mentos harmônicos, ambos crea-dores, precisando ter affinida-dades estreitas, entendimentos

mútuos, ideaes communs."

<8>

<8>NO CINEMA

M E L I, O ,V I A N N A

3><í>-3>3><Í><«><í><Í><$>*í> <•><$> <S> <$> <í> <S> <S>4 4 Estão na berlinda as seguin-

tes senhorinhas e rapazes que conheço do Meyer: Lili P.,por ser gentil; Arthur L., por ser amável; Wanda M., porser querida; Eurico S., por usar bigodinho; Zizinha P., porser delicada; Oswaldo M., por ser sympathico; Zilda M.,por ser socegada; Demosthenes G., por falar bem; Naza-reth S., por ser boazinha; Arthur M., por ser brincalhão;Maria H., por ser mimosa; Lauro A., por ser elegante;Rosa C, por ter uma bonita altura; Cicero A., por ter unsolhos bonitos; Vina C, por ter bonitos cabellos; HerencioS., por ser dansarino; Linda C, por ser linda; Edgard S.,por ser engraçado; Zizinha C, por ser meiga; Antônio S.,por ser sincero; Eliza S., por ser graciosa; João S., porser apreciador de cinema. — K. C. T.

<3> <$> Estão na berlinda as seguintes alumnas do Col-legio São Luiz, em Maceió: Arcenia Moraes, por ser calma;Haydette Santa Ritta, por ser loira; Nydia Cavalcante, porser boazinha; Maria Beatriz, por gostar de baile; NeusaMendes, por ser meiga; Eulalia Freire, por gostar de ei-nema; Lindinalva Leite, por ser curiosa; Olga Fulco, porser faceira; Nilza Cavalcante, por ser estudiosa, e eu, porper amiguinha de todas. .— Lydia de Thyalira.

4 4 Estão na berlinda asseguintes alumnas e professo-ras do Collegio Baptista Ala-goano: Maria Omena, por serboazinha; Abigail Ângelo,por ser morena; Marmita, porter olhos olhos azues; Bea-triz Pimentel, por ser devota;Mirian, por ser estudiosa;Noemia Nunes, por cantarbem; Dorcas Frias, por riãogostar de vestidos curtos;Rosa Pimentel, por ser deli-

4> ?, Querendo filmar 'Amar atémorrer, escolhi as seguintes srtehori-nhas e rapazes que conheço: Alina, aConstance Talmadge; DulcUia, a PolaNegri; Altamiro, o Charlie' Chaplin;Maura, a Lily Damita; Edth, a Dolo-res D"el Rio; Eduardo, o Charles Far-rei; Antonino, o Ricardo Cortez; João

A. M., o Ramon Novarro; Felix, o John Gilbert; MariaM. A., a Norma Talmadge; José, o Chuca-Chuca; Francis-co, o Harold Lloyd; Carolina, a Mary Pickford; Cecy, aEstelle Taylor; Aniceto, o Richard Dix; Maria B., a NitaNey; Doca, Adolphe Menjou; Armando S., o Rod La Ro-cque, e eu, o D. Alvarado.

¦§> 4 Foram contractados para uma grande empreza et-nematograpliica os meninos e meninas seguinte: ConceiçãoCerqueira, a Ljlian Gish; Milton Laffite, o Ben Lyon; Ju-racy Gomes, a Clara Bow; Octavio Augusto, o RaymondGriffith; Semiramis L., a Po'a Negri; Paulo Pereira, oBuster Keaton; Ilka Ribeiro de Souza, a Janet Gaynor;Augusto Pereira, <o Charlie Chaplin; Carmen Gomes, aiMadge Bellamy; Heroizo Aguiar, o Antônio Moreno; Mar-garida Gomes, a Billie Dove; Joel, o Ricardo Cortez; JoannaD'Are, a Dolores Costello; Geraldo, o Tom Mix; Glorinha,a Collcen Moore; Raul, o Conrad Nagel.

SECÇÃO DA D O C E I R A . . ¦ .,

4 <$¦ Receita de um magnífico bolo a ser offerecidoao levado Jtijuiba: 250 grs. da graça de Martha; 1|2 kiloda "pose" do Waldemar; 300grs. do sorriso da Lourdes C;100 grs. das pilhérias do José;120 grs. da intelligencia da Pe-qiienina; um pouco da amabi-lidade do Carlos V.? 400 srrs.da sinceridade da Arminda R. ?50 grs. da elegância do Ar-thur S.? e 100 srs. da simpli-cidade da Dorinha. Depoisde prompto, polv:'lha-se co'-*.i•a bondade do Chinuinho A.

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17 — Abril r-^ 1929 O TICO-TICO

O Cdnto da SaudadeFoi num dia de chuva que o passarinho lindo, com a

plumagem mclhada, veiu pousar de manso á borda da fio-

reira que estava sobre a mesa. E, sacudindo as pennas, es-

palhou pelo panno azul da mesa as gottinhas de chuva pra-

teada que trouxe lá de fora. A Ruth foi buscar uma gaio-

Ia A gaiola de ferro onde morou um pássaro encarnado,

que sempre viveu triste e morreu de saudade, sem nunca

ter cantado. E a Ruth, sem demora, fez entrar na gaiola

de ferro o passarinho lindo que a chuva fez pousar na bor-

da da floreira.. Eu fiquei muito triste., Nunca se prende

um passarinho lindo, que, fugindo da chuva, talvez nunca

sonhasse em perder o thesouro de voar, de abrir as azas

largas, no espaço azul do céo.. Aquelle passarinho, como

o outro, ia ficar tristonho, não cantaria nunca e um dia,

quando lhe fossem dar c alpiste e a água fresca, o achariam

mcrto. Mas isso não se deu. O passarinho lindo, quan-do entrou na gaiola, começou a cantar, alegremente, co-

mo se a felicidade deste mundo estivesse entre as gradesda- prisão que lhe deram. Bem dizia a Vovó que ha muita

gente que procura esconder a desventura, a saudade e a

dor na mentirosa fôrma do rir e do cantar.

C A R L O S M A N H Ã E S

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O TICO-TICO — 8 17 — Abril — 1929,

!¦ ¦ - -IH -II -" 1

Historia de umBoneco de Pau

(Cont. Cap. 34.)

1-to foi unia bondade da sua

pnne e delia àempre liei de me lem--

brar Teria munido se não fosse au-

xiliado pela minha boa Fada""Quem én Fada?"" Ella é minha mãe, e è como to«

das as mães do mundo. Gostava d»mim e queria que eu fosse bom e es-tudioso. Loiro qire a Fada viu que euestava em perigo de morrer, mandouum bando de peixes, que- pensandoestar eu morto 'de verdade, começa-ram a me comer. Alguns comiamminhas orelhas, outros meu pesco-ço, outros minhas pernas, e um pei-xe grande comeu o meu rabo deuma só vez. Quando os peixes co-mernm toda a carne, chegaram aosossos, ou antes, a madeira e, sendoesta muito dura, foram se emborasem ao menos dizer adeus. "

"Não ocredito nada disso," dis-se o comprador muito zangado. "Eu

gastei um mil reis com você e que-ro meu dinheiro outra vez. Sabe oque fazer?. Vou levar-te á praça evender-te como lenha".

"Está bem!" disse Pinocchio.E, dizendo isto, pulou dentro dáguac nadando calmamente, disse ao po-bre comprador:

"Adeus se quizer um tambor,não se esqueça de mim". E rindo,continuou a nadar"

O Pelxe-Cio \

Nadou tão depressa que antestle >e poder piscar os ii!ho>, já haviaMunido, isto é — só se podia ver umpontinho escuro e a água espirràva

.jKirn todos os lados, como se ali liou-

,vos.se um alegre golfinho nadando.F.mquanto ['inoechio nadava viu,

não muito longe, ura.vpedra brancacomo mármore. Sobre a pedra ha-via unia bella cabra, que balava e

ifazia-lhe signal para vir mais perto.\A cousa mais notável nesta ca-lua era a côr de seu pêlo. Nãoera nem preto nem branco, era azul,igual aos cabellos da Fada.

Deixarei que os leitores façamidéa de como o coração de Pinocchiocomeçou a bater. Redobrou os seusesforços para chegar á pedra. Jáestava em meio do caminho quandoviu sahindo dágua a cabeça de umterrível monstro marinho, com abocea aberta parecendo um abysmocom tres carreiras de dentes. •

Podem adivinhar quem era omonstro? Era o enorme Peixe-Cão,descripto varias vezes nesta Insto-

ria. for causa da sua ferocidadeera chamado — "O Attila dos pei-xes e pescadores"

Imaginem o terror de Pinoc-chio ao ver o monstro Quiz evitai-o. quiz escapar, mas sempre a boc- ¦

ca ijnmehsa o perseguia. "Depres-

sa. Pinocchio," falou a cabra. Pi-noecliio nadava com desespero.

"Cuidado, cuidado, elle te ai-cnnça! Depressa, senão estará-.- per-d ido!"

Pinoccnio. nadava o mais'de-pressa possível e já se havia appro-ximado da pedra e a cabra havia es-tendido os pés para auxiliar Pinoc-1chio. Mas. ..

Era tarde! O monstro tinha si-do mui,tó ligeiro. Tragando umagrande quantidade dágua, Pinoc-chio foi junto e com tanta violênciaque foi parar no fundo do estômagodo Peixe-Cão, e com tanta forçaque ficou desmaiado por um quartode hora.

(Continua), i

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_^^^^^^b^«^b» —I ¦ l______« __<_S ___¦_______¦ Túlio e Adolpho, filhos do Dirce e Dulce, filhas doDr. A. Lucas Araripe. Sr. Sebastião Pessanha

Villa Antônio Dias. «_rK__! Mattos.

!Almerinda

Silva e suas amiguinhas. B ^

*\m _ftLà _r^_t *S &^___ _l

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Carlos B. Araújo.

flKBfe-i^^— . J"-.fv. -—T!-jC3__i_B______^^r

Chiquinho, filhodo Sr. JoãoGuterrez Filho.

Nilsa, filhinhado Sr. IgnacioVieira Moraes.

Edison, filho do SrA. João.

Joaquim, filho do Dr.Guilherme Figueiredo.

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O dia do Tico-Tico em Bello-Horizonfe foi um verdadeiroacontecimento!...

(DE BARROS VIDAL)

"O Tico-Tico" envelheceu, creança,sem sahir das mãos dos seus bons amigui-nhos que nelle vão buscar os melhores en-sinamentos.. .

De tal modo elle está integrado nos ha-bitos das mais austeras familias mineirasque os seus rebentos mal aprendem a lêr co-meçam a manusear-lhes os exemplares pre-ciosos. Por isso o dia d'"0 Tico-Tico" emBello Horizonte, sem nenhum exaggero,teve as proporções de um grande aconteci-mento. .. Annunciada a matinée de domin-go para a distribuição dos exemplares daquerida revista com cinco dias de anteceden-deneia, já no sabbado quasi toda a lotaçãodo "Gloria" estava tomada. E — curioso!—os que adquiriram a mór parte dos bilhetesforam velhinhos...

Comprehendendo que o "Gloria" com osseus mil e quatro logares seria insufficientepara conter os admiradores do "O Tico-Tico" a empresa Gomes Nogueira resolveuestender essa distribuição pelos Cinemas Pa-thé e Floresta, nesse mesmo domingo. .. E duas horas an-tes de annunciada para o inicio da sessão os três salões jáestavam repletos e não havia mais um "O Tico-Tico"!

Numa delicada homenagem ao "O Tico-Tico", a Em-presa Gomes Nogueira reservou para o seu dia "films"

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O DIA D"'O TICO-TICO". EM BELLO HORIZONTE.A PLATF/A DO "GLORIA" REPLETA!...

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O MENINO JOSÉ' LEAL RECEBENDO O PRIMEI-RO "O TICO-TICO" DISTRIBUÍDO NO DIA DESSA

REVISTA EM BELLO HORIZONTE

cômicos, cheios de graça, uns einstructivos outros bem de accordocom os leitores da querida revista.

O primeiro leitor do lindo se-manario infantil a entrar no "Glo-

ria" foi o menino José Leal que porsignal é—segundo elle próprio dis-se — delle assignante desde quenasceu... Muito desembaraçadoe de vivacidade precoce disse-nosque o seu maior desejo de meninoé saber como se "faz

O Tico-Tico.E dando expansão aos arroubos daimaginação deu-nos uma idéa doque pensa a esse respeito. Suppõeo "Zézinho"

que o Vovô de cujaslições elle é tão intimo, seja umvelhinho de barbas muito brancas,as mãos muito magras e tremulascom óculos acavallados no nariz.

O resto do pessoal, para elle,é constituído por meninos de cal-ças curtas...

O Chiquinho existe?No "O Tico-Tico", sim...Sabe por que pergunto?

E contou. O irmão mais ve-lho que tem quasi trinta annosquando tinha dez já lia as aventu-ras do Chiquinho. Hoje, vinte an-nos depois, o irmão está homem eo Chiquinho ainda é o mesmo me-nino travesso.

E elle arregalando os olhos.—Como é que se explica isso.

Começcu a matinée...

Em meio a algazarra ensur-decedora da meninada, "O Tico-Tico" na mão e ao lado de grandenumero delles, num risonho con-traste, se destacava a figura aus-terá de um velhinho... O primeiro"film" do programma acabou e

no intervallo que se lhe seguiu, oSamiguinhos d' "O Tico-Tico',cheios de enthusiasmo, deram vi-vas espontâneos e sinceros aoapreciado semanário que tanto osinstrue...

E assim acabou a festa entreas mais expressivas demonstra-ções de sympathia pelo

"O Tico-Tico", tanto no "Gloria", como noPa thé e no Floresta.

Ao fim da sessão uma men1'na de olhos de japoneza comme"-tava com uma amiguinha o fact0de ter notado muitos vellinhos namatinée. ..

Uma outra, então, explic0°'sorrindo:

— Vocês não sabem que u

Tico-Tico" e o Vovô andai"sempre juntos?

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17 — Abril 1929, — 11 — O TICO-TICO

<C^_^M_____T^__^C^STA VAM reunidos um kan-gurú, um bu-falo, um as-no, um coe-

lho, um macaco, tun pomboe dois caracóes, todos ani-mães de differentes classes,em redor de um grandediamante que, no chão, re-cebendo os raios solares,reluzia e faiscava como sedelle sahissem chispas defogo. Ali estavam os bi-chos sem comprehender ovalor que tinham deante dosolhos. Uns diziam:'

— Que será aquillo? Tal-vez uma cousa átôa! Si aomenos fos"se um grão!—Ouuma herva fresca! <— retru-cou o outro. -— Ou mesmonma folha de couve ou dealface!—disse o caracol.Aquella pedra preciosade nada lhes servia, valiamenos que um grão ouuma folha verde. Entre-

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• L^x'r.r^®''*-_K*»> _fc__*k^!« _l-s^^'.-*-^*I \*ií> viSs_\lM__! Ei—1;— BRÃa-j —_j«--

tanto ali estava uma for-tuna. Vem a girafa ecom o mesmo pouco caso

referiu-se ao diamante.«— E' uma pedra como

outra qualquer, só poderiacontentar a gula de umavestruz! Appareceu poi'fim o elephante. — Olhem,meus amigos, estamos emmau logar; essa pedra vaeattrahir o homem a este lo-gar; elle não só levará a pe-dra como a nós tambem.

A pedra lhe é preciosaassim como os meus dentesde marfim e as vossas pel-les para satisfazerem a vai-dade das senhoras! Fuja-mos d'aqui!

Aquella pedra é para nóscomo "espeto de pau em

casa de ferreiro".E se bem disse o elephan-te melhor fizeram os ou-tros bichos, fugiram.

A. ROCHA

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O TICO-TICO * 12 — 17 _ Abril — 192»,

MEU AM IGO FLORISBELLO[(MONOLOGO-PARODIA)

Não pensem 4ue é historia minha^E' a verdade nua e crua,E a pessoa de que faloJá viram, talvez, na rua..,

E' o amigo Flori sbellóCom a alcunha de "banana",

Que é, mesmo, um rapaz tão molle!.^Um typo todo "pastrana".;

Não sabe dizer: — Eu queroIDiz sempre assim: -— Eu.... queria...^E tanto lhe faz ser noite,Como lhe faz ser de dia.,

Não tem uma iniciativa,Não fica á frente de nada?E' um "Maria vae com outras",E de cara apalermada.

As suas phrases são estas: (imfta)';— Talvez... Não sei... Pôde ser..gQuem sabe?... E' cousa possivel.,MVou pensar... Vou resolver..:<J

E não resolve, nem pensa;Fica sempre assim... casmurro. ,3No entanto, bem sabe que"De pensar morreu um burro"!

Não quero dizer com issoQue seja um asno o rapaz. ,>3Porém, elle é, com certeza,Para tudo um incapaz.;

'Até no nome elle é bobo:Florisbello!... Essa é engraçada!De flores não tem nem cheirotE de bello não tem nada.

Si elle fosse mais esperto,De trenio vivo, escarninho,Poderia, com justeza.Ser chamado: "Feio-espinho .i

Porém, molle, assim como é,Tal nome não deve ter,Porque, embora sendo feio,Espinho não pôde ser.

Quando faz qualquer toliceA família quasi o esgana;Exclamam todos, zangados:•— Moleirão! Tolo! Banana!..^

No jantar, á sobremesa,Faz sempre um "pechotada":Entre doces os mais finosElle pede: — Ba... na... nada!....,

Brincando, a correr, comnosco.De cahir não se envergonha;Cae como fructa madura,Mais molle do que pamonha..

Diz que não fica de péQuando pôde estar sentadoNem sentado ficaráQuando pôde estar deitado!

I

E' o exemplo da preguiça,Da molleza commovente;Só de olhar o FlorisbelloDá desanimo na gente...,

Não se apressa para nadaDe Iorpa já ganhou fama;Quiz ser até paralytico

'Para não sahir da cama!

Si vae fazer um recadoParece ir ao polo norte;Demora tanto que até'Stá bom "pra ir buscar a morte".,

f

Si eu fosse medico davaNesse rapaz, todo dia,Uma injecção de... coragemE outra injecção... de energia.j

Somente assim o "banana"Ficava bom deste maliTinha firmeza na vida,Homem seria, afinal!

M. Maia..

Page 13: RIO DE JANEIRO. 17 DE ABRIL 1929 SOROVETE - …memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01228.pdfANNO XXIV SOROVETERIO DE JANEIRO. 17 DE ABRIL 1929 NUM. 1.228 Outro dia Jujuba appareceu

17 ~- Abril — 1929, — 13 O TICO-TICO

A CAIXA MY^TERBO^AVAMOS PARANo dia seguinte o sol levantou-

se muito cedo, e com elle toda afamília; por isso ás 7 horas esta-vam todos promptos, mas Deussabe o quanto custou. Para come-çar, todos queriam escovar os den-tes ao mesmo tempo.

Eu sou menina, você deve meceder o primeiro logar!

Foi-se o tempo da galanteria;eu sou mais velho: logo, passo nafrente í

Sérgio, o espalha brasa, poz-sediante da pia, vigiando a torneirae sentenciou:

Nem um, nem outro; o quevale neste mundo é o muque— Ecomo de facto elle era o mais for-te, os outros calaram-se resigna-dos.

Pois briguem vocês ahi, em-quanto eu vou para debaixo dochuveiro.

Ah!

E todos se lembraram que ti-nham direito de ir na frente.

Mas Dadinho era esperto e tran-cou-se antes que o atacassem, e dedentro pôz-se a fazer fosquinha.Então para castigal-o, as victimasfecharam-n'o pelo lado de fora.

Naturalmente foi uma algazarraquando Dadinho quiz sahir e o Sr.Alva teve de intervir. E acabaramrindo, como sempre aconteciaquando elles se provocavam, pois,si eram travessos, vivos e peraltas,também eram bons irmãos e muitounidos. As malas já tinham se-

guido para a estação afim de se-rem despachadas, mas apesar doSr. Álvaro ter recommendado quepuzessem tudo dentro dellas, á ulti-ma hora ainda surgiram uns paço-

A C A B A N Atinhos: além da vara de pesca deFábio e da boneca de Nina, Stella,a de 8 annos, sobraçava um em-brulho.

Que é que você leva ahi ? per-guntou o "manda chuva" autorita-rio.

Eu não ouvi falar em almo-ço; então, por garantia pedi á co-zinheira bolinhos e biscoutos.

Você não se perde"Qual, Stella é uma providen-

cia!O Sr Adhemar era amigo da

pontualidade e o Sr. Álvaro nãomenos, de modo que á hora combi-nada, tanto um, quanto outro esta-vam promptos. Alojaram-se com-modamente, no lindo BuiJ: de 7lugares e partiram

Como o Sr. Álvaro agradecessea gentileza de seu amigo em le-val-os no automóvel destinado apasseios na cidade, este respondeu:

Ah! se eu não olhasse tam-bem o lado esüietico, teria compra-do um auto-emnibus, que é maispratico para quem é folião comoeu!

E emquanto o veloci metro ma ¦cava, 6o ou 70, paysagens diffe-rentes se suecediam. Ora um cam-po muito limpo, onde pastavam pa-catamente algumas rezes; ora, eraum pantanal transformado emlago pelas grandes chuvas recen-tes. no qual vicejavam os agua-péslilaz, e a taboa erguia altivamentea sua flor de velludo marron.Também por vezes appareciam ca-sebres humildes, cem um vaso deflor á janella e um cachorro ma-gro, que perseguia o automóvel.Depois extensos campos cultivados« onde só de quando em quando asilhueta de um trabalhador, ou ai-

DA S ROSASguma mulher de 1 lenço vermelhoou azu4, atado á cabeça, davamuma nota alegre.

Assim viajaram durante 3 ho-ras. Chegados a uma encruzilha-da, o Sr. Adhemar explicou:

¦— Daqui a dez minutos estamosem casa. Poderíamos chegar maisdepressa se tomássemos por essaoutra estrada, que vae directamenteá chácara, mas esse caminho serveapenas para passagem de animaes.

Deve ser muito transitado,pois, contrasta singularmente cnma estrada de rodagem que é umaavenida.

E' mesmo um prazer, andar-se por esta estrada; desde S. Pau-

, lo que o carro não deu um sola-vanco!

Não é só isso: da "Curva

grande" que fica ali adiante, avis-tam-se tres cidades, um vasto tre-cho do Rio Piracicaba e bem paraa direita ainda se descobre o telha-do "Cabana das rosas"! E o Sr.Adhemar pronunciou com orgulhoo nome da sua chácara.

Nisto, chegaram á "Curva gran-

de" que proporcionava um nanora-ma de facto muito attrahente. cad-jum teve uma exclamação de enthu-siasmo mas o Sr. Adhemar, ape-nas relentou a marcha do carro.

— Logo travaremos relaçõesmais intimas com essas cidades; e

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O TICO-TICO — 14 — 17 — Abril — 1929

Q~&

G/v N O S S A. L IN(NARRATIVAS HERÓICAS)

U A

São duas aventuras tremendas, e verdadeiras, quehoje escolhi para contar aos meus amiguinhos.

Mas primeiro permittam que lhes diga quanta dôre indignação me causa ver freqüentemente crianças deminha terra falando muito mal a nossa lingua, por-qtie só conversam com as misses e as freuleines; ouporque vão estudar nos collegios americanos, antes desaberem falar a lingua da mamãe!

Leiam, pois, a historia dos dous pequeninos pa-triotas, que amavam não somente o seu paiz, mas so-bretudo o seu idioma! E lembrem-se que a vida deuma nação, grande ou pequena, depende de duas cou-sas: que todos sigam a mesma Religião; que todos fa-lem a mesma linguagem.

E foi graças a essas duas forças unidas que as cí-dades de que vou falar puderam recobrar a liberdadee serem restituidas ás suas nações.

As crianças dinamarquezas das cidades, tomadaspelo militarismo prussiano, eram tratadas como pri-sioneiras de guerra.

Tinham de ir para a escola, á força; e, duas ve-zes por dia, eram obrigadas a cantar o Hymno Na-cional da Prússia, fazendo em seguida a profissãode fé:

"Sou prussiano, e quero ser prussiano".Si alguma se recuava, os paes, já despojados de

seus bens, tinham de pagar pesadas multas, sendomesmo arriscados a serem expulsos de suas casas.

Os meninos e as meninas costumavam então de-'clarar, entre si, que diziam aquellas palavras

"de boc-ca, mas nunca dé coração".,.

Entretanto, de vez em quando apparecia algum,

rebelde, que não podendo se conformar com seme-lhante escravidão, preferia todos o ssoff rimemos a,essa miséria moral, que mata o caracter na alma da,gente

Primeiro foi o pequeno Kant, que levantava a vozno meio dos outros, para dizer bem alto: "Eu sou di-namarquez, e quero ser dinamarquez"!

Levou tanta pancada na cabeça, que foi para casadoente!

No outro dia, com febre, teve de comparecer aoconselho de guerra. E como teimasse em repetir amesma cousa, foi surrado até cahir sem sentidos.,

Um pastor protestante, que fazia parte do con-selho, ficou tão indignado que sahiu da sala.

Kant esteve muito mal, e quasi morreu; masnunca se arrependeu da homenagem que prestou á suapátria e á sua lingua.

O outro caso, entre muitos, foi o da pequenaMitsi.

Ella se obstinava em cantar umas cançonetas pro-hibidas, como "O pequeno Olê e seu guarda chuva",que não tinham nenhum mal senão serem escriptas emoutra lingua, que não era a dos prussianos.

O mestre escola fazia-lhe toda sorte de brutalida-des: dava-lhe bofetadas, puxava-lhe as orelhas, e umdia arrastou-a pelos cabellos....

A cada brutalidade, perguntava si queria ou não .cantar o hymno da Prússia. Mas teve que desistir, por-que a pequena heroina declarou que ainda que a ma-tassem, não mentiria nunca, "nem de bocea. nem decoração"?

M. R. A.

o rio. . . vocês vão conhecel-o apalmo!

Dahi a instantes, passaram aporteira, atravessaram o jardim epararam diante duma linda viven-da, que de "cabana" ' só tinha onome.

— Desçam todos com o pé di-reito e tomem posse de tudo! foi a

phrase hospitaleira com que D.Mercedes recebeu seus amigos.

Octavio, Lauro e Lucy, que es-perava-m anciosos seus companhei-rinhos, abraçaram-n'os e logo fo-ram trocando idéas e ante-gozandoreinações. D. Mercedes conduziuseus hospedes que lhes destinará e

acariciando as creanças disse affec-tuosamente:

Só lhes concedo um quarto dehora- para se refrescarem antes do.almoço.

Não se assuste; ninguém che-.gará atrazado.

Estamos com uma fome!Tfio Nougui.

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17 «_. Abril — 1929, 15 — O TICO-TICO

AS. AVENTURAS DE FAUSTINA E ZÉ MACACO

ZÊ MACACO fi «'8BEBRBB»

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O TICO-TICO — 16 17»- Abril — 1929

0w!^^^S0«#30JAMBOREE DE 1929 EM LIVERPOOL

TROPA REPRESENTATIVA DA UNIÃODOS ESCOTEIROS DO BRASIL

Após a primeira selecção foi organisada a tropaide treinamento para uma segunda selecção mais rigo-rosa após duus mezes de treinamento com os seguin-tes elementos das diversas Federações que formam aU. E. B.,

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCOTEI-ROS DO MAR

Itaquê Costa — ítalo Porto — Georges Galvão —>ítalo Tanajura — Isabel Luz — Fred Engelhard —.iWilson Atab — Fernando Abelheira — Austrage-zilo F.

FEDERAÇÃO DOS ESCOTEIROS DOBRASIL

José Sampaio — Haroldo White — João CarlosOliveira Silva — Joaquim Oliveira Silva — Ma-nuel Pereira Neto — Carlos F. Mendes.

FEDERAÇÃO EVANGÉLICA DE ESCOTEIROS

Luiz Mendes — René Deslandes — OswaldoVoigt — Orlando Meirelles — Benjamim Soares,,

CONSELHO METROPOLITANO DE ES-COTEIROS

Milton Kastro — Maurício Braz de Araujo Fi-lho — Ramiro da Silva — Adalberto Viseu — JoãoLaurindo Pereira — Carlos Alves dc Souza '¦— NelsonPereira Rocha — Djalma Ayala — Nelson Appoli->nario — Luiz Gonzaga Corrêa — Camillo Kahn

FEDERAÇÃO FLUMINENSE DE ESCO-TEIROS

Edmundo Phará — Erico Duarte ¦— ManuelBraz de Almeida — Antônio de Padua MelloCunha — Eitel Duarte — Vicente Guanabarino —>Moacyr Espinola.

TRABALHO DE INSTRUCÇAO

Durante a semana a tropa de treinamento teminstrucções, ás quartas e sextas-feiras, nas zonas deinstrucçao.

Aos domingos haverá instrucçao em conjuntor~ para os escoteiros do mar, na Escola Naval, e para

os escoteiros de terra, onde for marcado pelo Chefeda Tropa — Tenente Vicente Tu)pes Pereira.

Um domingo por mez será livre para que os es-coteiros fiquem junto de suas famílias.

ESCOTISMO NO ESTADO DO ESPIRITOSANTO

Convidado pelo presidente do Estado do EspiritoSanto está em Victoria estudando as possibilidades deintroduzir o Escotismo, com bases seguras, o ChefeGabriel Skinner, da União dos Escoteiros do Brasil.,

Dentro em breve veremos surgir um movimentopujante naquelle Estado, pois, orientado por um chefede valor de Tapir-ussu' não poderá tomar outra es-trada senão a do Progresso e do Desenvolvimento.

ESCOTEIROS DA ASSOCIAÇÃO CHRISTÃDE MOÇOS

'A secção dos Menores da A. C. M., orsranísoügraças aos esforços do escoteiro Fernando Abelheira.uma tropa de escoteiros que foi filiada á Federaçãodos Escoteiros do Mar.

E' chefe desta tropa o Dr. Luiz Carlos Viannaque tem sido secundado pelo escoteiro Fernando, emtodos os trabalhos e instrucções realisadas.

FEDERAÇÃO MINEIRA 'DE ESCOTEIROS

Os escoteiros desta Federação devem comparecertamrjem ao Tamboree de Líverpool, com uma patrulhade r» escoteiros.

Os trabalhos de treinamento e apnro estão entre*gues ao chefe Pereira dn Silva, oue tem cnn«egii?dcdo governo do Estado não só o apoio moral necessnric*como também o apoio material que não é para despre-zar.'

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17 — Abril — 1929, -17 — O TICO-TICO

MODA INFANTILi° — Lindo vestido em' mar-

quesette florida. Saia festonada.Golla ampla encanudada.

2» — Vcstidinho em batistebranco. Bordado á ponto de cruzverde e vermelho.

3o — Costume de garçpnnetem flanella. Casaco em bordadomulticõr. Gravata e cinto defita ciré preta.

4o — Lindo vestidinho em cri-pe fantasia. Barra e gravata cmreps de côr. Golla em ruche derendinha.

5o — Camisolinha em pongéecom flores pintadas e ruche derendinha.

6o — Vestido em seda adorna-do de rendas.

§J& l jp] ^iFrPll BORDADOS WkftSjfl s~^\\ ^Es Ssfc-iaSE? Fruetas e folhas para bordar, , A /l fC ^

ví**^31*^ / / ^ogo de mesa ou fôrr0 de buffet- / //// l jf\

^\ / I ) Golla para camisa de senhora ou l 11 I

/ «íSlf^l/iTflli / I combinação. Flores para vesti- t-/ /I ^-\0^òCBr^ 1 dos- Letras para lenços. / / r~j

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O TICO-TICO17 - ^ - 1929 O TICO-TICO

GRANDE CORRIDA DE °BSTACULOS - JOGO - (Conclusão)

>A ° >< °J^ x\ "A °y^ Rn!/

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"CORRIDA DE OBSTÁCULOS"

EXPLICAÇÃO do JOGOJoq/\rA oe 2 d 6parce/ros.Th na d con'fogem dos pon/os âc?s4s se uf/Z/sdrum dado so.Deve ser /irada q sor/e pára Sciüer çuj/' eopdmeiro <? s&//r

pos/o que estef/<3 /evct uma i/dn fatiem.O Jogo se desenuofue fitcurr?en/ei e c/uondo o numerodá sor/e conictdtr com 1^U77?ero ó-ZZ-SS. c/c, ondeSe fè "ti/ráSó urna ou duas vezes* opctrceuo c/evede/ZQr" foc/os os oufros Joyarem \ urnaJ dum vezesSeauic/ú, fidrã depois eo/i/íhuair-,

}s/os /7fs & -19- o jogador fe*77 que recuar ao n?inc/iccic/o. "

$ comudir c<a/n'rt no fim c/a fic/r//da.t tio /y?28f o

jogúc/or ficara $em ftrqucftcacfo /oo/s fera çue reatar**a/e o /?.* ¦//•/

O rhak,corno se-vê ojojo e fitctft e os paeTs. defio/ecn ancas cjue foram]' ha~e de se /e morar de U7?? /oçofiareo/do, puhucac/ò no T/co^co.

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O TICO-TICO ~- 20 — 17 — Abril — 1929

A FLOR E IPARA NICIA PESTANA

R A

Eis aqui. qual avezinha,Linda floreira á cantar.Luxuosa, engraçadinha,Sabe a todos agradar..

'drago violetas boninas,Sempre-vivas açucenàs,Rosas, hortencias, cravinas,Margaridas e verbenas.

Estas florinhas bonitasCrescem no meu jardim.;São raras, são exquisitas,São cultivadas por mim!

Trabalho desde cedinho,Na terra, com muito amor!De cavadeira de ancinho,Enxadinha e regador.

Em junho com bem cuidadoPodo todas as roseirasE no tempo apropriado,Vou fazendo as sementeiras.

Não vendo as mishas florinhasPor qualquer preço: isso não!Que quizer estas cestinhas,Ha de pagar um tostão!

Por isso é que em minhas flores, Se a carestia não cessaTudo o que é bom se resume; E si tudo tem valor,Graça, viço lindas cores Não admira que lhes peça,Inebriame perfume. Um vintém por uma flor!

D U L, E

E MOURO

(OURO).

A vadiagem deixaramOs garotos da Favella; .pois entretidos ficaramcom a pagina âmarella.

E' que o ouro ali pintado,não reluzindo seduz.. .cada um 'stá bem lembradoque o saber é força e luz!

— Jujuba: Então, seu Manduca, os amigos quetal acharam a salada dos ó ó ó?

Ah! seu Jujuba, estão enthusiasmados!Lá deixei elles todos a riscarem ovos no chão,

até os garotinhos de quatro e cinco annos. .. Agora

<S*rt* ^r^P^ af-Úí^ aüsüíu,

A. R N E I R OraniiiM

P E N C A !

mesmo é que os bebedos podem dizer sem mentira que"estão pisando ovos"!Mas elles sabem que os ó ó são as, cabeças de

todos os bichos que começam por ó?<— Si sabem, seu Jujuba! Emquanto eu coco a

cabeça para buscar um nome que não está nas figuras,elles me passam adiante, que nem a tartaruga apostan-do com o coelho! orangutango... Omnibus... ove-lha... oitis... orelha .. olho... ouriço... olaria..;e vae tudo numa pressa, cada um gritando de seu lado,que eu mal tenho tempo de ver si é ó mesmo!

Então elles deixam o Mestre na bagagem?Isso é moda, seu Jujuba! E' a ultima moda!Seu Manduca, eu estou te extranhando.. ,-í

você quer virar fanfarrão!¦— Não senhor, seu Manduca! Eu não inventei

nada... Sou um pobre diabo! tudo aquillo é seu.\Mas eu juro que está moda, porque ouvi o tal profes-sor dizer ao moço do "Globo" que isso que estávamosfazendo chama-se a "Escola Activa" da nova sabedo-ria que veiu da Allemanha. . .

¦.— E você porque não disse fui eu, brasileirolegitimo, que inventei isto?!

Olhe, seu Jujuba, eu quiz dizer, mas. . .Teve medo que não te dessem credito?Nãd, seu Jujuba! Eu tive medo que elles ca-

coassem, e prohibissem... si soubessem que eramcousas do Brasil!

Você tem ra/,áo, seu Manduca! eram até ca-pazes de me pôr numa fogueira, como escaparam defazer ao Padre Bartholomeu de Gusmão, o glorioso,'Padre voador, o primeiro"marinheiro dos ares!

Gemma D'Alba.,

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17-^ Abril — 1929, — 21 — O TI CO-TIC3

O MENINO QUE NÃO SE AFOGOUOs filhos, netos é bisnetos do ve-

lho Jacob, crescendo e multiplican-do-se, como as estrellas do céo.. »icomo as florinhas do campo...-tornaram-se muito importantes,

pelo numero, pela sua intelligencia,e pelo amor que os unia em uma só]alma...-• E o Rei daquelle paiz, que era oEgypto, começou a temer que ellesfizessem uma revolução para des-thronal-o, e pôr um dos seus no go-verno.

Então, para os humilhar e tirar-lhes toda idéa de ambição, aquelleRei máu começou a tratar comoescravo o povo hebreu, tambem-chamado de Israel.

Eram os homens obrigados a

pesadíssimos trabalhos; as criançasnão podiam estudar; e as mulheresnão tinham licença de criar seus fi-

lhos!

Finalmente, decretou a mortede todos os varões que nascessemdahi por diante.

Deus, porém, tem seus planos,contra os quaes não vence nenhum

poder da terra!

Nasceu um lindo menino. E a

mãe, com pena de matal-o, dei- *

tou-o dentro de um cestinho de

junco, e amarrou num bambuzal oberço do nenenzinho, que ficouboiando, como uma grande flor

aquática.Veiu a princeza, filha do Rei,

com uma porção de moças, paratomarem banho no rio. Abriram

o cestinho. Viram o menino, e

brincaram com elle.,

E a criança lhes sorria, esten*-

dendo as mãozinhas, como a pedir

protecção..A princeza, encantada, levou o

nenen para o Palácio, adoptou-o

como filho. E o pequenino crês-

ceu, forte e feliz. Deram-lhe o

nome de Moysés, que quer dizer"salvo das águas".>

' Porém, o joven Israelita, porviver no Palácio como um pequeno

principe, não desprezava os seus

parentes, que viviam na miséria!...

Embora arriscando-se ás ad-

moestaçoes e castigos da parte do

Rei, nunca perdia elle uma occa-sião de defender aquelles que sof-friam..

Um dia, vendo um cortezão doRei maltratar um seu patrício, foital a sua indignação, que matou oegypcio.

Informado o Rei, condemnou-òã morte, sem attender ás lagrimasda Princeza .

Então, élla avisou Moysés, quefugiu para longe, muito longe dasterras do Egypto...

Para onde teria elle se ausenta-do, afim de escapar á coiera do

poderoso Rei?!Ha quem diga que elle veiu para

o Brasil.Será verdade?!O Egypto, naquelle tempo, es-

tendia-se por toda a África, e con-finava com o grande deserto deareia, que é o Sahara. Depois,havia um rio — apenas um rio —

que separava a África da Americado Sul...,

E, da outra banda do rio, a ter-ra maravilhosa e soberba, que iaaté o Mar das índias, só podia seresta nossa querida Terra de SantaCruz!.,-.-

Ahi, Moysés foi acolhido por,uma tribu de indígenas, que se di-ziam Ethiopes-, nome que no cor-rer de quatro mil annos, se degene-rou em Tupys

O fugitivo empregou-se como

pastor; e casou-se com uma das'filhas de seu bem feitor.,

Mas, para que foi elle salvo dai

águas?...E' o que veremos na próxima

vt-«*.;

Marta Ribeiro de Almeida*"M

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O TICO-TICO _ 22 — 17 — Abril — 1929

_. ix " :— —í""

A ONÇA PINTADA E O GATO DO MATTO«-— Vocês sabem da historia do gato do matto

com a onça pintada? perguntou o velho vigia do en-genho, estimado contador de historias do tempo em queos bichos falavam.

Não; responderam as crianças que se reuniamtoda noite no arejado alpendre da "casa grande".

Pois eu conto como foi:O gato do matto era mettido a valentão. Provocava

e arranhava os bichos mais fracos do que elle, emborarespeitasse os mais fortes, como o tamanduá-bandeira,a onça pintada, o caitelu', a anta e outros.

Tinha elle muita inveja da "pintada" porque erauma onça temida por todos ali na matta, e onde che-gava ia espalhando o medo entre gentes e bichos.

Muitas vezes elle dizia comsigo mesmo:*— Ah! Quem me dera ser como a onça pintada

de quem todos têm medo!De tanto pensar nisso teve uma idéa: fazer-se

passar pela onça.O gato do matto era bem desenvolvido, emquanto

a onça. embora, forte, era de pequeno talhe, havendopouca differença de tamanho entre os dois.

Faltavam, porém, ao gato do matto as "pintas" daonça, e isso e-Me arranjou ferindo com as unhas o tron-co da bananeira em diversos pontos e ahi se encostan-do para que o tanino da seiva lhe puzesse umas nodoasescuras no seu pello arruivado.

Assim, ficou elle bem parecido com a "pintada"de modo a illudír até a própria raposa que é um bichoesperto e sabido.

Coincidiu isso com a partida da onça para umponto distante da matta onde foi caçar uns veadinhosnovos que por ali havia.

Durante uma boa semana, portanto, o gato domatto deixou de ser o "maracajá" para ser a terrívelonça pintada da qual todos fugiam apavorados.

Alguns bichos pequenos e medrosos se acovar-davam tanto ouvindo dizer que a "pintada" ahi vinha,que nem tinham animo de fugir: ficavam parados nomesmo lugar, como paralyticos de medo.

Isto mesmo é que o gato queria: fazia delles suapreza fácil, sem se fatigar em perseguil-os.

Assim ia elle se afoitando a querer cada dia umacaça maior, e já estava se preparando, certa tarde,quasi ao escurecer para apanhar uma pobre cotia des-cuidada, quando ouviu o grito:<-— Ahi vem a onça pintada!

Pensando que se referiam a elle não ligou impor-tancia, ou melhor: ficou todo vaidoso por ser con-fundido, mais uma vez, com o temível bicho.

Percebeu, porém, um ruido de folhas seccas pi-zadas e gravetos quebrados atraz de si.Voltou-se, curioso, e viu, com espanto, brilhandoperto no escuro de uma moita, os olhos phospho-rescentes da "pintada".

Soltou um "pfff"!... de medo e deu um enor-tre salte para um lado, deitando, depois, a correr conotm doido, e a miar de terror.

A onça achou graça no susto do gato, e à cotia,que tambem correu com medo da verda .eira "pinta-da ', espalhou entre todos os bichos o ardil desmasca-rado e o susto do esperto gatarrão.

Depois disso, quando apparecía. ainda reee*oso. fccom as nodoas da seiva da bananeira já se desman-chando do seu pêllo ruivo. os outros bichos o ridicu-larisavam por ter elle pretendido passar por aquillo quenão era. enganando os demais.

E a cotia, saltitando, dizia:—- Felizmente para mim a verdadeira "ointada"

appareceu mesmo no momento em mie o ardiloso gatodo matto queria fazer de meu lombo sua ceia!

MALAZARTES

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17 — Abril — 1929 23 O TICO-TICO

DLja

-ILI ®

Vocês não têm em casa um pe-daço de cartolina, de papelão fino,

uma thesoura e um pouco de gom-ma arábica? Hão de ter, com cer-

teza e com tão simples elementos

podem fazer uma porção de cou-

sas, de objectos interessantes, bem

dignos de figurar nas caixas de

brinquedos ou mesmo nas exposi-

Ções escolares. Tia Thereza diz

que vocês "podem fazer" porque

qualquer pessoa sempre é capaz de

executar um trabalho desde que te-

nha vontade firme e um pouco de

habilidade. Ora, vocês, leitores e

Trabalhosmanuaes

jPagina de Tia Thereza

leitoras amigas, possuem força de

vontade e intelligencia e serão cer-

tamente capazes de fazer, até com

arte, aquillo que lhes vou mostrar,

nT ©,

© U

mmi

pequenos objectos, motivos de re-

creio infantil, muito interessantes

e de fácil construcçãó. São elles os

que as gravuras desta pagina mos-

tram a vocês; — um lindo lavato-

rio de boneca, uma artística mesa

redonda, uma confortável cama,

um gracioso banco e uma cadeira

moderna. Para construil-os vocês,

de posse de cartolina, thesoura e

gomma arábica, só têm de prestar

attenção a cada um e cortar, na

cartolina, cada peça com cuidado

e depois ajt.stal-a, collal-a. Para

recorte de cada peça devem os

meus amiguinhos desenhal-a pri-

meiramente na cartolina, tudo com

attenção, capricho e vontade firme

de executar -um trabalho que mere-

ça os elogios devidos. Experimcn-

tem, meus amiguinhos, construir

os lindos trabalhos cujos modelos

apresento nesta pagina.

r-r

vil ' LJ

Pela cochilha verdejanteHa uma viraçãoNocturna e hesitante...A luaAmarella esfriaFluctua

i Pelo turbilhãoDe estrellas.No fim da* canhadaA tapera... vaziaE abandonada...Ai! tapera de meus avósQue tristeza me invadeAo ver-teDo meu flete!

u *WVW"WWV*

Tape ra

Até me menneia a voz!...

Que melancoliaDespertasCom tuas portasK janellasAbertas...Por onde o vent<~>Num brando alentoCanta lindas canções de saudade...

Tapera de minha gente!Não ha quem agüenteA tua solidão...Tem mais desolaçãoDo chamingoPausadona tranqueiraDa porteira...Tu choras... na tua ruina.Despertar recordaçãoE' a tua sina...

Aqui tens um joven coraçãoPara chorar contigo!...

JoE Barbosa.

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O TICO-TICO i.4 17 — Abril — 1929

«fcAVs

NARRATIVAS ESCOTEIRASO NOSSO CHEFE

Logo, á primeira vista, fiquei gostando do nossochete. Na hora da sabida, depois do grito SempreAlerta", todos nós nos reunimos para a despedida.

Até amanhã, chefe.Todos iam-se checando e iam-se embora depois

dc chefe apertar a mão esquerda — lado do coração!— e fazer muitas recommmendações. Notava-se emtodos os rostos o contentamento e tinha-se desejo denunca mais ver terminada aquella reunião.

Até amanhã, dizia o chefe, olhando-nos fixa-mente, risonho.

Depois começou a aconselhar-nos um por um.Notando que um menino das pernas finas e barrigagrande estava muito amarello, quasi verde tomou-lhedemoradamente as-mãos, interrogando-o se sof fria de

paludismo. Nesse Ínterim, .um novato começou a cri-ticar do doente, calando-se tão logo o chefe percebera,

v Nada disse, porém , ao approximar-se o "critico", ochefe reprehendeu-o:

•— Um homem de bem não crítica os males do;outros. Somos todos irmãos escoteiros. Criticandoum dos nossos irmãos, criticamos a nós mesmos. Es-

tou certo que desejas ser um bum escoteiro e de hojeem diante não criticarás mais do próximo.

O "critico" quasi chorou dê arrependimento. Dc-

pois de um pequeno silencio, o chefe continuou a falar.— Nós, de hoje. por diante, pertencemos á gran-

de familia dos escoteiros. Temos que lidar juntos avida inteira, ligados pelas mesmas acções, mesmasidas, mesmos sentimentos.

Em casa, nas escolas, na rua, no commercio, em*fim em todo o ramo de vida, sejamos o primeiro entreos primeiros. Estudemos, trabalhemos, obedeçamosaos nossos pães; chefes, patrões e mestres sem ser ne-cessario o emprego de castigos. Sejamos bons cama-radas e amigos fieis.

Nesse momento, lavado-em lagrimas o "critico",chegou-se mais para junto do chefe e respeitosamentemurmurou.

— Chete, peço-vos perdão:Todos o fitaram. O chefe abraçou-o aítectuosa-

mente como um pae, e sahimos.

Aspirante..

A decepção dos me_inno§=potes © pam@!l___lhias collegngies

^P ^ \ 1 fi sM \í3 "& çr_O mi.stre-escola — Meninos, levem o seu diploma para casa.Os PANELL-NIías COU-EGIAES — Ih! coiiíô titio vai ficar satisfeito!O tio panella — Vamos a ver o aproveitamento dos meus sobrinhos! Oh! que horror! Gazetas, máo comportei-mento, mentiras, vadiagem! Zero cm tudo!Os garotos-pancllinhas ficaram com cara de bobos! Fromcllcram nunca mais entregar relatórios sem ler primeiro!,

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Í7 — Abril — 1929, — 25 -*> O TICO-TICO

APOSTA-r>g»^

Quando os animaes falavamSempre foram muito amigosDona Ema e seu CoelhoNos prazeres e perigos.

Onde uma andava o outro andava,O que era seu repartiam.E, embora a diversa altura,Muita vez juntos comiam.

Porém, por causa do orgulho,Ou soberba em demasia,Os dois amigos brigaramPor ver quem mais correria..

Apostaram qual dos doisEra. no andar, mais ligeiro,Vencendo grande distanciaE qual chegava primeiro.;

A Ema, de longas pernasE grandes pés espalmados,Contava ganhar a apostaSem cansei ra nem cuidado.j

O coelho, por sua vez,Confiava na agilidadeDas suas perninhas firmesPara ganhar á vontade.

Vae a ema presumpçosa,Na esperança da victoriaE apostou o que não tinha,Numa certeza... illusoria:

— Si perdesse, elle diziaDou ao coelho um capinzal,Mais dez canteiros de alface,Fora ainda um milharal!

O coelho, também "prosista",

Declarou que, si perdesse,A ema lhe ••oderiaPedir tudo que entendesse!. ¦.

DA EMA

Firmada a aposta partiramCada qual com mais presteza;Corria a ema na frenteQue era, mesmo "uma belleza"...!

Com quatro passadas largasTomara logo a deanteira,E o coelhinho ia ficandoEm vergonhosa trazeira!

Mas não tardou que o cansaçoVencesse a ema a correr,E seu rival, muito ufano,Alcançou-a com prazer.

Tentou ella, novamente,Conquistar a primazia;Pnrém, quanto mais lutava,Mais exhausta se sentia...,

Passados alguns minutosPerde a aposta, finalmente,Pois o coelho ia já longe,Bem longe, na sua frente. .,;

Isso mostra que nem sempreNo mundo ganha a corridaQuem é maior no tamanhoOu tem perna mais comprida!....

Por ter perdido ficouMuito despeitada a ema,F zangada com o coelhinhoQue tem fôlego e systema. . .

File também se zangou,(Quem de tal cousa é que gosta?)'Por não lhe ter pago a emaO grande valor da aposta.

Assim, por bravata e orgulhoFicaram mal dois amigosQue sempre viveram juntesNos prazeres e perigos!...

E.. W A N D E . R h E Y

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O TICO-TICO — 26 — 17 _ Abril — 1929

CHICOTINHOS, COBRINHAS.CÃBIDES E OVOS'CORO

Nova era de progresso,A nossa de facto é —Dês que o Paço deu ingresso,Ao filho de Macahé!

Por isso milhões de almas,Com esperança e fé ardente,Acclamam, batendo palmas,Quando passa o Presidente I

Jujuba (Correndo para a por-ta) — Olá! seu Manduca! entãoarranja-se um prestito carnavales-co, e ninguém se lembra que omestre tambem é gente ?1

Manduca (Entrando, muitoafobado)/— Carnaval nenhum.<?MJujuba! Nós viemos buscal-o, parao romper da Alleluia no Palácio doCattete I

Jujuba — Está maluco! Entãovocê pensa mesmo que o Illustrissi-mo Sr. Presidente vae deixar osseus affazeres, para receber umabanda de garotos maltrapilhos?!

Manduca — Maltrapilhos ounão... somos representantes dopovo!

Jujuba — Cresçam e appare-çam... é o que S. Ex. vae dizer.

Manduca — Não pôde! Nãopode!

(O coro, do lado de fora, semsaber do que se trata, repete) :

Não pôde! Não pôde!

Jujuba (Voltando-se para fó-ra) — E esta?! Pelo menos, vocêsabe educar os seus discípulos.

Manduca (Todo ufano) —¦Somos gente solitária-¦• sim se-nhor!

Jujuba — Somaria não é gen-te... é um bicho que dá na barri-ga dos outros.

Manduca — Mas ha gente so-litaria tambem...

Jujuba — Os que vivem sósi-nhos, que não querem ver nin-guem, ou que estão abandonadosde todos...

Manduca (Meio assustado como engano) — Mas então, essa gen-

te que não briga, que fôrma clubs,que estão sempre juntos para fazero que os. outros querem?!

Jujuba — Ah! Solidários?...Manduca (Triumphante) —<

E' isso mesmo! A lingua vira, maso caso é o mesmo.

Jujuba —i E que vão fazer?Manduca — Pedir ao Sr. Pre-

sidente da Republica para nomearo seu Jujuba para a Escola da Fa-yella.

Jujuba — Hein?! querem sa-hir de lá tocados a vara?...

Manduca — Não é capaz! OSr. Presidente é um homem ami-go do povo — basta ver o que elletem feito para nos livrar da febre

/3 . O

(^fu^O^t^U^ ce6i<CivÁ,a4

/Ca ^cle* «v- <**ASV ,'

amarella! — e si nós formos lhe di-zer:

"Sr. Presidente, ahi vem umafranceza, que pretende ensinar aosbrasileiros "que a gente, para escre-ver uma carta, basta olhar para orelógio, e cppiar as rodas do mos-trador e os pauzinhos dos pontei-ros... isso é negocio de feitiçaria!Nós temos medo e não queremos"saber dessas injecçoes!...

Lá perto de nós mora um garõ-to, que não fala francez, nem alie-mão... mas sabe ensinar muitobem na nossa lingua...

Jujuda — Está maluco, seuManduca?! Pois não vê logo queS. Ex. me manda ir para os exa-mes da Escola Normal?!^..,Piiiüii!... que fiasco!

Manduca — Não senhor, seuJujuba. Nós somos o Povo! e opovo tem o direito de saber o quequer! A gente da Favella precisade trabalhar. Não se pôde passaro anno inteiro na escola!

"Ler, escrever, contar, e... umofficio"!

Este vae ser o programma do¦nosso Club. Eu garanto a você queo Sr. Presidente nos attenderá, sivocê nos ensinar já e já, sem relo-gio e sem nada...

Jujuba (Cocando a cabeça) —•A escrever todo esse discurso?!

Manduca (Insinuante) — Aescrever uma palavra só, que valetudo!.. .'¦

•Jujuba ¦— Deus?...Manduca

"— Ah! seu Mestre,

então o senhor não sabe como e

que a gente trata Deus Nosso Se-nhor, quando quer alcançar ascousas?!

Jujuba — Lá era casa, reza-seo Padre Nosso-¦•

Manduca — Pois então! P&'dre Nosso... "Nosso Pae"... Euouvi o sermão do "Lava-pés", naIgreja da Gloria, seu Manduca! OPadre disse que Nosso Senhorquando mandou que lhe déssemoso nome de Pae, já sabia que umcoração de Pae não resiste á voz dofilho.

Jujuba (Sceptico) — E vocêquer ser filho do Sr. Presidente?

Manduca (Teimoso) — Queroque você cumpra a promessa denos ensinar a escrever Papae comaquelles desenhos de hontem, que ;todos já fizeram, e muito bem fei"tinhos: chicotinhos, cobrinhas, Cd'bidês e ovos!

Jujuba — Ensino... ensino..«Mas diga primeiro o que vão fazer,quando souberem.

Manduca — E' para o endere-ça. Em vez de pôr o nome delle eUmesmo quero escrever, com a maislinda letra:-

Jujuba — E o discurso?...Papae"!...

Manduca — O discurso, foi °homem da venda quem escreveu.'Elle tambem faz parte do povo, enão quer saber de "modas de Pa'ris"!

Gemma D'Alba-

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¦Qjj Jsni Ellen e Daisy,Cassinho e *^MsMB filhinhos do casalHugo Gomes. ^^^^i^bm____m Faria Rocha-

' I K Celina, Ivan, Eneida '.e Antonietta. *.«i

*Í';-fm1 AMICUI- l^MJ^ti^m^Á"^™ x. ^x <_________£-

Hilda e Débora IJoyd. _t__U. i SyW e Sylse, filhinhas do Dr.— Capital. — tP^' 1 Sebastião da Silva Campos.

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^Sn Conceição, filhinha do ^^ «y * ft» a Icasal Henrique Costa. -__-_^|»pjgJ-----É-r-^J. jT

Luiz, Maria e Carmen Graça— Capital. —

Waldyr e Wanda de Vasconcellos.— São Paulo. —

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JúniorCoghlane o seusábio cavallo"Mike".

EddieLeonard,o famosocômico daUniversal.

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17 — Abril 1929, — 29 O T ICO-TI CO

R E P R E Z A DOS CIGANOS"Reprcza dos Ciganos", por cer-

to, é um nome herdado de uma po-pulação nomande que ali existiu.'Hoje é um dos mais apraziveis si-tios onde as horas voam deliciosa-mente. Olhar o reprezamento, vera passagem da água na batedeira,seguir o seu curso nos tanques defiltração e a volta ao reservatório,é um passatempo admirável.

A conservação local é carinho-samente cuidada, de fôrma a capti-yar aos que sabem apreciar a nos-sa linda natureza. — O sussuro«Ias águas que seguem qual cami-nheiro errante, a cantarolar baixi-nho o psalmo dos seus mysterios,empolga. O que mais me attrahiu,entretanto, foi na margem oppostado manancial, um simulacro de es-trada que se perde no denso da fio-resta e se estreita até ficar reduzi-da a uma vereda.

Sou extremamente curiosa, e

pensei commigo — onde irá tereste caminho?

Uma manhã mal despertei e ou-vindo os passarinhos saudar os

primeiros alvores do dia, tranpuzo riacho e metti-me a passos lentospelo curioso atalho.

O aspecto do eco não era dosmais propícios — as nuvens eramdensas, a temperatura asphixianteindicava chuva.

Calmamente, venci a distancia enão deixei de sentir um constrangi-mento intimo. Uma tristeza estra-nha avassalou-me.

A's vezes, o capim e o cipoalemaranhavam-se tão fortementena sencla, sendo quasi mipossivel

proseguir.,

Comtudo, afastei com os pés ecom as mãos a' silva agreste e vigotas de orvalho, rolarem ao chão,mudas e silenciosas, na sua gran-deza.

De repente, senti como que umarremesso de cólera inundar-me:nas faces, um calor extranho equalquer cousa á gritar nos meusouvidos:

— Pára! Estás violando umterreno sagrado! As hervas crês-cendo, querem esconder ao profa-no um relicario que são donas.-Volve atraz, tem consciência!

Mas, a fantasia tem o seu ca-pricho e eu subia sempre, nada po-dia deter os meus passos. Não dei-xei de notar que, ali, a hera mati-sara toda a extensão do matto, sóficando em claro a trilha onde foraespesinhada.

Se houvesse uma abertura nafloresta, o panorama á divisar-sedali, seria bcllissimo. Sentindo-me extenuada e como me encon-trasse numa meia planura e tivesseperto á mim uma pedra, sentei-me.

A' medida que recuperava asforças, comecei a estudar o sitioem que repousava — as provasmais palpitantes do engenho hti-mano estavam ali reveladas.

Junto havia uma rampa mon-tante," macadamisada: — o aban-dono, dera veso ao matto, e as he-ras, as trepadeiras rasteiras co-briam tudo.

Um paredão de grossos barro-tes, justa-postos, se mantinha fir-me, enverdecido pelo musgo e ene-grecido' pelos annos, casarão, ma-deiramento, soalho, tecto, tudo rui-

ra com o tempo e o esquecimento..Si') restos de paredes, de grossas

paredes se mostravam de pé, porentre os espinheiros, dizendo unipouco do que fora áquella "Fa-

zenda".Arvores de tronco rijos, já se

erguiam em meio ao solar desaba-do e, exquisitamente, um trtncoesbelto e elegante, tinha trrr.vpostouma janella e a folhagem brotarado lado de fora e era movida se-melhante á um aceno peb brisa li-geira — signal de uma perennenostalgia!

Embeveci-ma na contemplaçãodessas minas e, dando tréguas áimaginação, dentro em pouco, ellabordava uma linda lenda, cheia depapitante emoção, que se teria des-enrolado no velho solar. Iam-sees-tampando na retina dos meus ohosos personagens lendários daquellahabitação.

Sombras fugitivas do passado,que vinham tanger, magicamente,na minha a reconstrucção da suahistoria.

Abstracta, assim, vi a "Fazen-

da" resurgir das suas ruinas, bella,movimentada, alcçre, nos seus diasde ventura.

A jVercda transformara-se emlarga estrada, onde os cavallos tro-teavam .á vontade e as carruagenstransportavam visitas.

Os escravos, tratados com ta-manha liberalidade, eram mais ca-ptivos dos seus donos, titularesafastados da curte c cuja única ale-gria eram os seus foihxs.

Laura. unia creança meiga egentil, Paulo, um rapaz varonil e

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O TICO-TICO 30 —. 17 — Abril — 1929

y.ul_3^ v .^íy^sloTinha razão a mamãe

Eram uma vez tres avesitas, que se chamavamFofinho, Lily e Pipilo.

Moravam num lindo ninho collocado entre doisgalhos no alto de uma velha mangueira.

O pae e mãe estavam o dia todo muito oecupados,arranjando comidinha para os filhotes sempre famin-tos, que lá no ninho os esperavam com os biquinhosrosados sempre abertos.

Dia a dia elles ficavam maiores e mais gordinhos,até que finalmente já tinham forças para levantar oprimeiro vôo. Primeiro pularam na beira do ninho;dahi, voaram ao raminho mais proximo e em poucotempo iam de galho em galho. Um dia a mamãe lhesdisse:

— Agora, meus filhinhos, já é tempo de vocês voa-rem para o chão e comerem areia. ,

Fofinho e Lily desceram e-começaram a comerareia, mas Pipilo disse:

Eu não posso voar; e também não gosto deareia.

Mas você precisa comer areia, disse a mãe. Ospassarinhos não têm dentes que mastigam o alimento,de modo que precisamos da areia, porque ella móe assementes e os bichinhos que comemos. Venha, meufilho, você precisa comer areia, si quer ficar forte.

. Mas Pipilo começou a chorar muito alto, di-zendo:

Eu não posso voar. Eu não gosto de areia,mamãe!

Então a mãe empurrou-o para fora do ninho.Pipilo abriu as asas e voou para o chão,

Coma areia para ficar forte, disse Lily. Comoé que você pôde saber que nãò gosta de areia, quandoainda não a provou?

Mas o teimoso do Pipilo só dizia:Eu não quero comer areia i

Numa bella manhã a mãe levou-os para um pas-seio no campo, apesar de que tinha receio de Pipilo nãoestar bem forte para ir tão longe. Voaram todos porsobre as cercas e os pomares. Fofinho e Lily iam sem-pre na frente. Pipilo já estava

"ficando atraz dos ou-

tros. Elle gritou;Esperem! Esperem!

Mas o bando já se havia afastado e ninguém oouviu .

Onde está Pipilo? perguntou a mãe, logo qttechegaram.

Nós o deixamos empoleirado na cerca do po-mar, disse Fofinho. Elle estava muifo cansado devoar. Não quiz comer areia e decerto os bichinhos fi-zeram-lhe mal. Pipilo está fraco.

Como os passarinhos se divertiram! A mamãe en-sinou-lhes como encontrar os melhores besourinhos esementes e elles tomaram banho num córrego. Quedia esplendido passaram!

E sabem que foi a primeira cousa que viram quandochegaram em casa? Imaginem! Pipilo, debaixo da ar-vore,comendo areia! Elle agora queria ficar forte eviu que precisava fazer o que a mamãe lhe dissera.

Também os meninos aproveitam muito comendoo que a mamãe manda.

ardente, tinha seguido a carreiramilitar..

Terminara o seu curso com bri-lhantismo e era um encanto ver alinda Laura, esperar o seu irmão nomirante que ficava a pique na cn-costa, de onde se divisava a es-trada.

Era dia de grande felicidadequando surgia a visita do rapai,

Elle nunca esque.ia a irmã, cn-ehendo-a de mimos e carinhos.

Mas, um dia, recebeu ordem departir para o Paraguay, que seachava em guerra com o Brasil.

A magua da separação fora hor-rivel para os corações velhinhosque não resistiram por muito tem-po fenecendo estiolados pela sau-dade.-

Laura, a terna florsinha, ia re-sistindo a angustia avassaladoraque lhe produzia a ausência do ir-não adorado e dos seus paesamaotissimos .i

Um dia, após fugaces esperan-ças dc revel-o adoece c morre.-

nhar c chamei a minha fantasia delouca bandoleira.

Andei para um lado onde havia-uma ribanceira, pois, tinham aber-to um caminho que subia para o"Bom Retiro" no "Alto da BoaVista" e vi na escavação da cucos-ta, coberta pelo musgo, em letras-quasi apagadas pela acção das chu-vas, a palavra:

"Saudade".,

Racih-:., Prado.

Despertei do meu estranho so- Dolivro: Lendas[da piinha.terra.

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17 — Abril — 1929 - 31 O TICO-TICO

^_^^g«OIOt_.M D© D_i*. Ô/3ÜBPB. TUlMIh

XX — Sua letra inclinada paraa esquerda significa dissimulação,desconfiança, reserva. Como é ar-redondada mostra bondade, doçu-r«. indulgência, talvez um pouco dePreguiça tambem. O horóscopodas cessoas nascidas a 18 de Ju-nho é o seguinte:

São de natureza contradictoria°ra alegres, ora tristes, ora ama-veis, ora aggressivas. Inconstan-tes, intelligentes e de grande forçade raciocínio.

Gostam de resolver problemasPor processos complicados.

Apreciam as viagens e admirama natureza em todos os seus aspe-ctos.

São impacientes e elevem culti-var a sinceridade.

Mercúrio é seu astro tutelar.;Sua pedra feliz é a f.gatha.A flor preferida a papoula.As cores favoráveis o branco,

o vermelho e o azul.O mez propicio: Agosto.O dia mais vénturoso a quinta-

feira. Está satisfeita? Ainda bem.:

José Ferxand.s Rodrigues —A historia que mandou já é mui-to conhecida. Mande cousa origi-nal, sua, e procure estudar mais álíngua portugueza, pois, ainda cs-creve com muitos erros de concor-dancia, de orthographia e collo-cando mal os pronomes.. Isidora Cascardo Pr Estes (Re-cife) — O estudo que pede nãoPôde ser tão longo e completocomo deseja, não só pela falta de

espaço como 'pela deficiência domaterial a ser examinado. Direi,entretanto, que sua letra indica cul-ttira, actividade, ordem, clareza, po-lidez, lealdade, alguma sensibilida-de, certa energia quando se fazmister. Economia e prudência.,No momento de escrever tinha al-guma forte preoecupação que senota em diversas emendas feitasnas palavras, esquecimento de ou-trás. Um pouco de impaciência,pressa.

As pessoas nascidas ã 16 deAgosto são amigas do .lar e ao mes-mo tempo gostam de fazer longasviagens pelo estrangeiro em buscade distrações. Generosas, affecti-vas e ás vezes impulsivas.-

Quando são contrariadas euvencidas em qualquer questão dif-ficilmente se contêm, demonstran-do com vehemencia seu desaponta-mento.

São boas donas de casa, muitoaffeiçoadas ao seu lar onde des-pendem grande actividade para òtornar cada vez mais attrahente econfortável.:

CaroÊ '(Santo Amaro).— Sua

graphia graciosa denota senso es-thetico, imaginação viva, encanto,espirito fino e critico, além de de-licadeza, sensibilidade, fraqueza.-

O horóscopo das pessoas nasci-'das a 15 de Outubro é o seguinte:São impetuosas, de caracter firme,embora se deixem, por vezes, sug-gestionar.

São amigas sinceras sabendoavaliar seus affeiçoados pelos seusdotes moraes e intellectuaes e nãopelos dons da fortuna, ou situaçãode destaque na sociedade.

São de grande sensibilidade éstisceptibilidade, vibrando de ac-côrdo com o meio em que se en-contrem.

Devido á extrema sensibilidadede que são dotadas ficam muitomaguadas pela mais ligeira offen-sa ou desconsideração. São aindaperspicazes e um tanto indiscretas,o que lhes acarreta não pequenosdesgostos.

Dr- Odutkbas — A' primeirapergunta respondo: não. A' segun-da: quando for possível, e á tercei-ra: sim. Pode mandar, portanto,os trabalhos que, si estiverem nascondições requeridas serão publi-cados.

Alay (Ribeirão Preto)' — E' oseguinte o horóscopo das pessoasnascidas em Julho:

Têm coração nobre, generoso,são intelligentes e habilidosas paradirigir grandes emprehendimcntos.,

Têm espirito critico e satyrico,motejando de toda gente, porém,zangando-se quando lhes apontamtambem seus defeitos ou mania-,-,

Gostam de ser notadas e amamo dinheiro, assim como a familiaque constituírem.

Dr- Sabe-tudo.;

t«?jw_,_tem_!^i«v.7ri^»w»M

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O TICO-TICO — 32 — 17 _ Abril — 1329,

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ÀEÊMMm§ ^j ^____Êàntí'-Bb ____¦¦•'

RESULTADO DO CONCURSO N. 33i.

CHIQUINHO IJUJUBA

A solução exacta do concurso

Solucionistas: — Manoel Vieira Carva-lho, Odette Salgueiro Lima, Adalberto Lo-pes, Samuel Durval da Silva, Maria Ap_-parecida B. Santos, Newton TheophiloGonçalves, Renée Martins, Ruy de AbreuCoutinho, Leda Pagani Felicio dos San-tos, Eline Machado Bossa, Olavo GaldinoHrorsembriger, Nelson Pereira Fontoura,Salomão Ramos Soares, Raul Fontes, Al-varo Vieira Coelho, Geraldo Leite Cintra,Dyla Robertson, Yedda Regai Possolo,Nelson Araújo Silva, Milton Macedo,Amilcar Augusto Pereira de Castro, Eri-chson Soares Barbosa, Juyr Pereira deVasconcellos, Maria Apparecida Aguiar,Vera Salviano, Iara de Mendonça, \Van-nyldo José Guedes Pessoa, Fernando Octa-vio Gonçalves, Eulo Capizaribe, IsauraAlves Rosa, Ivan Castello Branco, AlbinoToledo Lopes, Lecyr Leal, Carlos Eduardode Almeida Santos, Natercia Gonçalves,Maria Telles, Luiza Crespo Tavares, Ar--_ •#ttA/S/\_%A_N-\-N_V%-N_V>-%-N-V-A/>-^^

CE

PA

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R̂ÀJ!®

JenteDrXustosa

thur de Moura, Alberto Cruz. Iracema deLyra Cavalcanti Déa Ribeiro Araújo, Niloda Silva Pessoa, Hcrmé de Mendonça Sil-va, Octaviano Galvão, Horacio Ferreira^

Guarantan Delflor R. Fischer, Vinicio'Rangel, Agenor Penna de Oliveira, Neithda Costa Torres, Cassio Cunha, José AlvesLinhares, José de Sampaio Góes Junior,João Martins, Maria Dias, Egas Polônio.Dalva Rezende, Ivo Montegnese, José Pe-dro, Joaquim José Maciel Pinto Cintra,

P I L U L A S

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHYLINA)

Empregadas com successo nas moléstiasdo estômago, figado ou intestinos. Estaspílulas além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um podj-roso digestivo e regularisador das fun-cções gastro-intestinaes.

i A' venda em todas as pharmacias . De-positarios: J. FONSECA & IRMÃO. —Rua Acre, 38 — Vidro 2$soo, pelo correio3$ooo — Rio de Janeiro.,

Irene Bcrnardes, Edmir Vasconcellos Tei-xcira, Claudemiro Augusto Coelho, MarioR. Miranda Filho, Horacio Braun deFreitas, Simião Barbosa, Hermes Junquei-ra Gonçalves, Domicio Falcão Moreira eSilva, Ary Santos, Buju' de Mello, Algil-.berto, Arthur Greenhalgh, João B. Cas-caldi. Armando Miranda, Antônio Fer-nandèz, Irahy Almiro de Oliveira, EnverMiguel de Nadcr, Albertinho Lopes, Ay-dée Portugal Freixo, Ivan de Lima For-jaz, Edgardo Sarmento e Silva, PauloCoimbra Velloso, José Geraldo Motta,José Vasconcellos da Silva, Maria daSilva Paula, Aliette Gondinho, NeusaR.' Vial, Joacyr Silva Leite, Ataliba Ca»

bral Neves, Dinorah Pahim de Barros,Adelaide Vidal, Cyro I. Jucanduva, Jorgede Barros Barreto, Wilson Carneiro Vi-digal, Carlos Valle, Maria de Lourdes Pa-dua, Gilmar P. S. Nobrega, Carlos Vil-lani Netto, Manoel Queiroz, Nenette Mar-tins, Hélio Vai de Souza, Elza Vefeza,Dalva Barreira, Raul da Cruz e Silva»Ostend A. Cardim, Paulo Beinils, JoffreRuy de Assis, Bernardo de Oliveira Mar-tins, Mello Mischiatti, C. Salvino da Fon-seca, Antônio Rufino, Paulo SampaioGuimarães, Nicéa Stiebler, Darvino Ra-mos de Alvarenga, Stella Galvão da Fon-toura, José da Silva Mangualde, WaHyrVillela A. Nunes, Marcos Pernambuco,Rosa Teitcl, João

'Machado, N. João B.

Russo, Maria de Lourdes Massara, Vio-lette Würmli, Elvira Diegues, Milton

Cyriaco, Waldemar Portugal Freixo,¦Yvonne Lima, Ruth Roland Mascarenha?,Rubem Musco,* ítalo Pilotto, Joaquim Lo-pes Garcia, Clicia Tavares, José Freire,Silveira Carvalho, Ayrton Sá dos Santos,Dalva Stella de Oliveira, Epitacio Ate-xandre das Neves, Yolanda Helena F»"çueiras de Carvalho, Murillo Pires de Car-valho, Helder Serra, Rodamez Berni, Pau-lo Augusto Cotrim Rodrigues, Silveira Car-

!

AiNTI - ASTHiVlATlCQ*r. 10VERSQ ***>

Preparado enérgico •seguro contra a asthmae bronchiiçasthmafica."--Antiasthmátlco Loverso"allivia in-tanfaneamgntaõsaccessos de "Dispo-M."e ô o único qué cura (_,vdicalmente a '•Asthma" a"Emphysemae a Brondtj?te Asthmatica ou Cftthaf-ral",. Perfeifamente inpf»fensivo, mesmo sou _._(£(>

..... muito tempo,

¦_'-.-.

10 boricinava Araújo

raCREANÇas-ADULTOS

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17 — Abril _ 1929. — 33 O TICO-TICO

^.!ll0> jacob Kleinman, Paulo Vdal Leite• Ribeiro, Cecília Marques Leite, OswaldoLopes Cançado, Lino Alves Malta, Joãofhelippe Grissbach, Thercilia Julia Queiroz,^¦vio Augusto Bohn Vieira, Cecilia•Bofon Vieira, José Vieria, Rosário Mari-•jo, Lino Samça Antônio Ribeiro, RemeiJpsé Marcilio, Floriano da Silveira Ma-tid, Oriovaldo Andrade, Maria CluistinaVecchi, Jany de Arruda Câmara, José*Iey, Francisco Caetano, Luiz Dias <ie AI-

nieida, Apparecida de S. Lima, OswaldoPereira Campos, Wilson Veado, NadyrMarassi, Ruy Gomes, Seraphim da CunhaBarreto, Felizardo Costa, Sérgio Monteiroda Rocha, Wanda Monteiro da Rocha,Cláudio Monteiro da Rocha, Dylson Drum-memd, Alfredo Veiga Lobo, Cid Ognebe-fe, Thomié de Souza Lamas, Carlos Mau-ro, Paulo Teixeira Alonso, Paulo Wal-dech, Wilson Tardio, Benedicto Boardman,Gilberto S. Pereira, Aríete da SilveiraDuarte, Mario Pires, Decio NascimentoGama, Oswaldo Athayde Silva, OswaldoVaccari, Dirceu de Miranda Cordilha, Nil-da Pereira, Aida Alves, Maria HeloisaCabral de Mello, Ethel dos Santos Mo-raes, Cláudio Trindade, j Cybelle Fonseca,Hecio Affonso de Carvalho, Sylvio_Beni-to, Waldemar Ludwig, Jayme GonçalvesMatheus, Jayme de Moura Bastos, Mariadas Victorias de Souza, F. Lydia GalvãoFerreira, Romeu Molinari, Ignez Oliveirada Silva, Orchidêa Pereira de Oliveira,Jorge Vaz Faria, Antônio Napolitano deMello, Euriwal Barbosa, Antcnio Pedro de*Souza e Silva, Aurelia Wilches, RubemDias Leal, Helia da Fonseca RodriguesLcpes, Juracy Ferreira, Álvaro SallesFernandes Costa, José Duarte, Clotilde F.Soares, Ra-ul Soares, Wilson Ramos Feio,Sydmey Freire, Luiz Caruso, Olga Dantas,Manoel Cruz Sobrinho, João Antônio Mo-reira, Maria de Lourdes Pessoa, Cléa Bar-bosa, Pedro Gomes, Anidia Barretto, Ray-mundo Nonato Dutra de Araújo, JoséAmazonas Filho.

Foi o seguinte p resultado final do con-curso:

l° Prêmio:

ANTÔNIO NAPOLITANO DEMELLO

de io annòs de idade e morador á rua

MEU FILHINHO 1

CÍ#OMILL|:NÀÍVITA 08 ACCIDENTÊS^DA4ÍDENTIÇ/C0» FACILITA- S4MIPAD0S DENTES?

'TENDES FERIDAS, ESPINHAS.«MANCHAS, ULCERAS, ECZEMAS, semfim qualquer moléstia de origem ü

SYPHIL1TICA?,usae o poderoso

Elixir cie Nogueira

do Phannc6.

•j.J oão da Íj&IChimico

íSilva Silveira

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho CreosotaddDO PHASM. CHIII^

João da Süva SilveiraPODEROSO FORTIFI-CANTE PARA OS ANE-MICOS E DEPAUPE-

RADOS.1 Empregado com suecesso nas(Tosses, Bronchites e Era-

queza GeraL

gfed

*

Capitão João Ramos to0. 46, em Caçapava,Estado de São Paulo.

2o Prêmio:WILSON TARDIO

de 11 annos de idade e morador á rcaFloriano Peixoto n°. , 252, em Juiz deFora, Minas Geraes.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3322

Respostas certas:

1" — Cascavel.2» _ Caruaru- — Carurú.3a — Amazonas.

4" — Cadeira — Cadeia.5* — Amélia.Solucionisias: — Ary Vieira da Rocha,

Odette Pinho do Valle, Carlos Castro,Amélia Castro, Olga Castro, Cyrene Ben-to, Renato Coimbra Velloso, Oscar Coe-lho de Souza Junir, Dylson Drummond,Leduard Fonseca de Camargo, Ruy Cou-

tinho, Wüly Meyer, Mario Fernandes,Milton Cyriaeo, Heloisa Souto Lyra, Ma-rietta Abreu, Cyrano de Niemeyer Porto-carrero, Maria Qileiroz, Dyla Robcrtson,Stella, Galvão da Fontoura, Yedda RegaiPosboÍq, José <!a Silva Manguakle, Neusa

WMItmaHc

S3 ** Sr'/tf

de Mendonça, Eólo Capibcribe, AlbertoAndrés Júnior, Lúcia Leal, Marcos Per-jiambuco, Horacio Bratm de Freitas, Na-tercia Gonçalves, Cassiano Diegues, He-loisa da Fonseca Rodrigues Lopes, Joséda Cruz e Silva, Marcilia Motta, EdmirVasconcellos Teixeira, Leda Andrade, LaisCorrêa Fragoso, Jorge de Barros Barreto,José Pedro Lobo, Venette Martins, Con-ceição de Oliveira Bastos, Albertinho Lo-pes, Daniel Borges, Guilherme Ferreira daCosta Filho, Waldemar Ludwig, GeraldoGraça, Ayrton Sá dos Santos, Egas Polo-rio, Dalva Rezende, Elza Villela, Aríeteda Silveira Duarte, Agrippina Vieira deAlbuquerque. Antônio Rufino, Rubem DiasLeal, Dina Maria das Neves, Durval R.de Alvarenga, Orchidêa Pereira de Oli-

veira, Julia Passos Jendiroba, José CarlosReis de Magalhães, Buju' de Mello, Ser-

gio Monteiro da Rocha, Cláudio Monteiroda Rocha, Judith Ferreira de Oliveira. Ma-ria Apparecida B. Santos, Flora Leite.José Vasconcellos da Silva, José Luz deLemos, Helder Serra, Geraldo Leite Cin-tra.

Foi premiada a concurrente:

JULIA PASSOS JENDIROBA

tfe 11 annos de idade e residente á ruaBotafogo n.° 80, Piedade, nesta Capital

C O N C U R S O N. 3.3 3 2

Para os liutores desta capitai, e dosEstados próximos

Perguntas:1* — Qual o alimento cujo nome lido

ás avessas é o mesmo alimento?(2 syllabas)

Lúcia Leal

O sol nasceu, acorda a Naturezacantando um himno de triumphal

[victoria:na túnica de luz branca, incorporh.o sol nos veste de immortal belleza.

Minha alma commovida ajoelha e[reza

para que Dens, com, seu amor en-[flore-a

e me dê no trabalho paz e gloriae no futuro viva fé acesa.

Com o dia, que nasce, nasce a çs«[rança

num futuro de calma e de bonança,de trabalho e pri funda fé cm Deus;

vamos a pelejar, o dia é nado.o corpo sobre a terça debruçadoa alma erguida e bem aos altos

[Céus.

João Marta Fêrríira"."'Do "Os meus livros de ora-ções").

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O TICO-TICO — 34 — 17 — Abril ^.192ft

2* — Estou nas aves de rapina..Na musica também estou.Sou depositário de líquidos. ¦¦Já sabem todos, quem sou?

í(3 syllabas)D»dè

3* — Qual a letra que não é cega?Odette .Vieira

4* — Qual a ave cujo nome é formadopelo utensílio de lavoura e pelo tempode verbo?

(2 syllabas)Nestor Silva

5* —^QuaJ o sò-brenome que sem a ini-ciai é planta?

(2 syllabas)Odette Castro '

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tict-Tico devidamente assignadas e acompanhadas do vale in. 3.332.

Para este concurso, que 6erá encerradono dia 21 de Maio vindouro, daremos comoliremio, por sorte, entre as soluções cer-.tas, um rico livro de leituras infantis.:

fig"€€MWJRS©mz 3 332

CONCURSO N. 3.333

Para 03 leitores .desta capital e dos Estados

A pobre mulher que vocês estão vendoina gravura junto está com medo de pro-seguir a viagem porque ha dois gatunosescondidos no caminho e que a queremassaltar.

Vocês vão descobrir os dois gatunos1 eterão solucionado o cone:

oluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente asdas, separadas das de outros quaesquerconcursos e acompanhadas não Só da de-

i . dc idade e residência do concúr-rente como também do vale que vae pu-blicado a seguir e tem o ti. 3.333.

Para este concurso, que será encerradono dia 21 dc 'Maio vindouro, daremos comoprêmios, de Io e 2° logares, por sorte,dois livros illustrados para a infância.

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'at"íiS

A menina Alba

O que nos escreve seu papae:Cia. Nestlé — Rua da Misericórdia, 12

t— Rio de Janeiro.Presados Senhores

Minha filhinha Alba tem sido creadadesde que nasceu com a Farinha LácteaNestlé. Contando agora 5 mezes de vidajá pesa 7 kls. e gopa exple'í.dida sauds.Peço licença para lhes offerecer um seuretratinho.

Rua Cardoso, 279, casa 8. — Rio de Ja-rieiro.

A's mães, cujos liebês não progride®.rrecommcndatnos ique se dirijam á Compa-nhia Nestlé, Rua da Misericórdia, 12, Ri°«afim de receberem gratuitamente u1"3,amostra da Farinha Láctea Nestlé, uralindo Albutn mostrando algumas das ia'numeras crianças brasileiras alimentadascom a Farinha Lactêa Nestlé e um inte-iressantissimo livro sobre os " Deveres dasmães", assim como tun brinde ipara o pe-querrucho.

S. A. "0 MALHO"São Pamiltí

PARA ANNUNCIOS/ ASSÍGNA-TÜRAS, ETC, EM S. PAULO,PROCURE A NOSSA SUCCUR-

SAL,?

Rua Senador Feijó* 273a Andab ¦—«' Ss. 86/7

ONDE SERA* ATTENDTDO COM A MAIOSSOLICITUDE.

As nossas revistas, lidas desde osgrandes centros, aos logaréjos maisremotos do Brasil, actuam rejn todd

as classes sociaes.

Telepitone: 2-169P

& r e v e 4GRANDE CONCURSO DE

SAO JOÃO D'"0 TICO-TICO"

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17 — Abril 1929 — 35 O TICO-TICO

EDIÇÕES

PIMENT/i DE MELliO b C.TRAVESSA DO OUVIDOR (RUA SACHET), 34

Próximo á Rua do Ouvidor RIO DE JANEIROBIRLIOTHECA SdENTIFICA BRASILEIRA

(dirigida pelo prof. Dr. Pontes de Miranda)

INTRODUCCÃO A SOCIOLOGIA GERAL.Io prêmio da Academia Brasileira, peloprof. Dr. Pontes de Miranda, broch.-16$, ene 20$000

TRATADO DE ANATOMIA PATIIOLO-GICA, pelo prof. Dr. Raul Leitão daCunha, Cathedratico de Anatomia Pa*thologica na Universidade do Rio deJaneiro, broch. 35?, ene 40í00i)

TRATADO DE OPHTHALMOLOGIA,pelo prof.Dr. Abreu Fiallio, Cathe-dratico 4e Clinica Ophlhalmologica naUniversidade do Rio de Janeiro, Io e 2«tomo do lo vol., broch. 25? cada tomo,ene. cada tomo 30$009

THERAPEUTICA CLINICA ou MAnNUAL DE MEDICINA PRATICA,pelo prof. Dr. Vieira Romeira, lo e _«volumes, lo vol. broch. 30?000 ene.35?, 2o vol. broch. 255, eno - 30$000

CURSO DE SIDERURGIA, pelo prof. Dr.Ferdinando Labouriau, broch. 20?, ene. 25?000

FONTES E EVOLUÇÃO DO DIREITOCIVIL BRASILEIRO, pelo prof. Dr.Pontes de Miranda (ó este o livro emque o autor tratou dos erros e lacunasdo Código Civil), broch. 25?, ene S0?000

IDÉAS FUNDA MENTAES DA MATHE-MATICA, pelo prof. Dr.: AmorosoCosta, broch. 16?, eac 201003

TRATADO DE CHIMICA ORGÂNICApelo prof. Dr. Otto Roth, broch. 25?*ene ...•; .•-• *o:?uui>

LITERATURA

O SÁBIO E O ARTISTA, de Poetes deMirauda, edição de luxo ,

O ANNEL DAS MARAVILHAS, texto efiguras de João do Norte ... Z*<^v

CASTELLOS NA AREIA, versos de Ole-gario Marianno »»"|"

COCAÍNA..., novella de Álvaro Moreyra., 4$iuu

PERFUME, versos der Onestaldo de Pen-nafort.

BOTÕES DOURADOS, chranicas sobre avicia intima da Marinha Brasileira, daGastão Penalva i B*üuu

LEVIANA, novella do escriptor portuguez \Antônio Ferro ¦• 5*0JJ

ALMA BARBARA, contos gaúchos deAlcides Maya •• 5Í°00

OS MIL E UM DIAS, Miss Caprice, 1 vol.broch ¦••

A BONECA VESTIDA DE ARLEQUIM, Al-varo Moreyra, 1 vol. broch .bfJVJ

ALMAS QUE SOFFREM, Elisabeth Las-tos, 1 vol. broch C$00')

TODA A AMERICA, de Ronald de Car-valho ••

ESPERANÇA — epopóa brasileira, daLindolpho Xavier . l)*üi'u

DESDOBRAMENTO, de Maria EugeniaCelso, broch 5?000

CONTOS DE MALBA TAHAN, adapta-ção da obra do famoso escriptor árabeAli Malba Tahan, can 4$000

HUMORISMOS INNOCENTES, de Arei-mor 6?009

DIDÁTICAS:

FORMULÁRIO DE THERAPEUTICA IN-FANTIL, A. A. Santos Moreira, 4»edição 20? 00'»

CHOROGRAPHIA DO BRASIL, texto eniappas, para os cursos primários, por'Clodomiro R. Vasconcellos, cart 10$000

CARTILHA, Cladoaiiro R. Vasconcellos,1 vol. cart 1?500

CADERNO DE CONSTRUCÇOES GEO-MÉTRICAS, de Maria Lyra da Silva.. _?50!)

QUESTÕES DE ARITHMETICA theorl-cas e praticas, livro officialmente iudi-cado no Collegio Pedro II, de CecllThiró 10.000

APONTAMENTOS DB CHIMICA GE-RAL — pelo Padre Leonel da Franca_5. j. — cart C$000,

LIÇÕES CÍVICAS, do Heitor Pereira (2» 'edição). 6$00!)

ANTHOLOGIA DE AUTORES BRASILEI-ROS, Heitor Pereira, 1 vol. cart.. lCfOOf

PROBLEMAS DE GEOMETRIA, de Fer.reira de Abreu 3?000

VARIAS:

O ORÇAMENTO, por Agenor de Rouro,1 vol. broch 18?000

OS FERIADOS BRASILEIROS, de ReisCarvalho, 1 vol. broch 18J0OÜ

THEATRO DO TICO-TICO, repertório decançonetas, duettos, comédias, íarças,poesias, diálogos, monólogos, obra far-tamente illustrada, de Eustorgio Wan-,fieriey, 1 vol. cart C$000

HÉRNIA EM MEDICINA LEGAL, porLeonidio Ribeiro (Dr.) 1 vol. broch.

PROBLEMAS DO DIREITO PENAL E DEP3YCHOLOGIA CRIMINAL, Evaristode Moraes, 1 vol. ene. 20$, j vol.«>'°ch 10.000

CRUZADA SANITÁRIA, discursosde Amaury Medeiros (Br.) . C$000

UM ANNO DE CIRURGIA NO SERTÃO,de Roberto Freire (Dr.) 10$000

ÍNDICE LOS IMPOSTOS EM 1926, de Vi-conte Piragibe -...., 10,000

PROMPTUARIO DO IMPOSTO DE CON-SUMO EM 1925, de Vicente Piragibe. G?00Q

COMO ESCOLHER UMA BÔA ESPOSA, daRenato Keiil (Dr.) 4$000

BÍBLIA DA SAÚDE, ene. ' 16$000

MELHOREMOS E PROLONGUEIS** AVIDA, broch Jj$000EUGENIA E MEDICINA SOCIAL, brôéb'.'. .'.' 5?00OA FADA HYGIA, ene 4j00():OMO ESCOLHER UM BOM

"ÜÃKlDO.

cnc 5$000FORMULÁRIO DA BELLEZA, ene 14$00>

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AS IWtNTURrXS DO CVWQVimVAO *-¦ A PRCT A DO ANGU

Chiquinho arran-jou um carneiropara sua montaria.O pobre animal aprincipio, não que-ria anâar e Ben-iâmLn,poz-se a...

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Vinha nesse mo»mento, a p r e ta

vendedora tie an-gu'. O carneiro, ce-go de raiva não areconheceu e zás...arruma-lhe uma ca-

beçada por traz...

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•. . .para os garotos ás cabeçadas. Chiquinho encostou-se numa parede. AH estava a sua defesa

^0 carneiro furioso investiu'para elle. No mo-.mento porém, de dar a marrada.

=á.

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Chiquinho desviou-se para o lado fazendo <?"^Carneiro ver estrellas ao meio-dia, isto é, fa-

zendo-o dar a cabeçada na parede. .h

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.. .empurral-o parafrente, torcendo-lhea cauda. O carnei-ro enfurecido comaquelle tratamentoavançou aos pulosatirando o cavallei-ro por terra e de-pois, . atirou-se...

ttyl

^~^^<s^ *=_-a£*-.

A preta foi se quei-xar a tia de Chiqui-nho que, depois deindemnizal-a comdez mil reis, dansoucom os garotos umJazz-band. . . dechinello..