Rio de Janeiro
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MAURÍCIO DE OLIVEIRA SILVA
DINÂMICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva
no final do século XX e limiar do século XXI –
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Planejamento Urbano e Regional. Orientador: Prof. Dr. Jorge Luiz Alves Natal
Rio de Janeiro
2011
S586d Silva, Mauricio de Oliveira. Dinâmica econômica e desenvolvimento regional no estado do Rio de Janeiro : determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva no final do século XX e limiar do século XXI / Maurício de Oliveira Silva. – 2011. 160 f. : il. color. ; 30 cm. Orientador: Jorge Luiz Alves Natal. Tese (mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, 2011. Bibliografia: f. 113-117. 1. Economia regional – Rio de Janeiro (Estado). 2. Desenvolvimento regional – Rio de Janeiro (Estado). 3. Rio de Janeiro (Estado) – Condições econômicas. I. Natal, Jorge Luiz Alves. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. III. Título. CDD: 338.98153
Dedico este trabalho...
A Deus, que permitiu que tudo pudesse ser realizado.
À minha mãe, Thereza Sixel Silva, pelo amor incondicional e auxílio em todos os momentos.
À memória de meu pai, Cilio de Oliveira Silva, pela educação, formação e apoio em minha trajetória.
Ao meu irmão Marcelo de Oliveira Silva, pelo apoio fundamental e incentivo de sempre.
Ao meu amor, Renata Mingroni Pavanello, pela compreensão, por todas as palavras de carinho e por compartilhar comigo alguns dos momentos mais importantes para a confecção deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por todas as bênçãos concedidas.
Aos meus pais, Cilio e Thereza, ao meu irmão Marcelo e a toda minha família que
sempre me apoiaram, me ajudaram e me incentivaram em cada etapa da minha vida.
Ao professor Dr. Jorge Luiz Alves Natal pela paciência e dedicação, pelas inúmeras
contribuições para meu crescimento acadêmico, pelo constante incentivo e, principalmente,
pela sua amizade e companheirismo. Aos professores Alberto de Oliveira, Luciana Lago e
Ângela Penalva Santos por todo carinho, contribuição acadêmica e por aceitarem de forma
incondicional o convite para participarem da qualificação deste trabalho e da presente banca
examinadora.
A todos os professores do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional
‐ IPPUR pela contribuição na minha formação das mais diferentes maneiras (aulas, conversas
nos corredores, exemplos de vida,...). Aos colegas do mestrado pela convivência, amizade e
aprendizado em conjunto durante todo o curso. Aos demais companheiros do IPPUR, ex‐
alunos, bolsistas, pesquisadores e funcionários pelo incentivo, pelas horas de trabalho, pelas
reuniões semanais e pelos bate‐papos.
À toda equipe técnica do Governo do Estado do Rio de Janeiro, em especial aos
colegas da Secretaria de Obras e Vice‐governadoria. Ao Eng. Flávio Baptista Silveira pela
amizade, pela confiança e por toda experiência profissional compartilhada, que ajudaram na
confecção e que muito enriqueceram esse trabalho.
Aos meus amigos e amigas por todo apoio, incentivo, risadas, viagens, trabalhos e
etc. A todos aqueles que ao longo do tempo, e de alguma maneira, contribuíram para minha
formação acadêmica e pessoal.
À todos, meus sinceros agradecimentos e o meu muito obrigado.
****
Mais que um agradecimento – por sua infinita paciência e por seu generoso afeto e amor, um
agradecimento mais que especial para Renata Mingroni Pavanello, meu anjo da guarda e a toda sua
família por terem me acolhido com infinito carinho e constante incentivo.
Minha alma canta Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades Rio, seu mar
Praia sem fim Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar
(trecho do “Samba do Avião”, de autoria de Antonio Carlos Jobim)
Reconhece a queda e não desanima Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
(trecho do samba “Volta por Cima”, de autoria de Paulo Vanzolini)
RESUMO
O presente trabalho questiona se a inflexão econômica positiva verificada no estado
do Rio de Janeiro a partir da segunda metade da década de 1990 seria decorrente da
conjuntura favorável verificada nesse período e/ou, passados aproximadamente quinze anos
de seu início, se trataria de uma mudança estrutural em sua dinâmica (?). Além disso, ele
analisa se a reestruturação econômica vivida por esta unidade federativa acarretou na
efetiva redução da gritante desigualdade socioespacial e na melhoria das condições de vida
da população ‐ na capital, na região metropolitana e no interior, uma vez que o crescimento
econômico não atinge a todos os espaços e a todas as pessoas, sendo, ademais, apenas uma
condição necessária, mas não suficiente, para que ocorra o que se poderia denominar mais
apropriada e amplamente de processo real de desenvolvimento.
Palavras‐chave:
Economia Fluminense, Dinâmica Econômica, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento
Socioespacial, Estado do Rio de Janeiro
ABSTRACT
The present work concerns if the positive economic inflection observed in Rio de
Janeiro State from the second half of 1990’s, after approximately fifteen years, would
involve a structural change on its dynamics (?). In addition, it analyzes whether the economic
restructuring experienced by this federal unit resulted into the effective reduction of the
ostensive social and environmental inequality and also into population’s life condition
improvement – not even in downtown (metropolitan area), but in the heartland –
considering that the economic increase does not reach to all regions and all people, and
moreover, it is not enough but a necessary condition to occur what we should appropriately
and widely define as the real development process.
Keywords:
Fluminense Economics, Economic Dynamics, Regional Development, Social and
Environmental Development, State of Rio de Janeiro
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.1 ‐ Produção Exportável de Café por Região (em mil sacas) – 1871‐1930......... 24
Tabela 1.2 ‐ Estabelecimentos Industriais recenseados em 1907 e estabelecimentos
industriais fundados antes de 1905 e ainda existentes em 1920.....................................
34
Tabela 1.3 ‐ Participação dos estados nos totais do Valor Bruto da Produção (VBP) e
do Valor da Transformação Industrial (VTI) da indústria brasileira – 1920‐75.................
38
Tabela 2.1 ‐ Participação do estado do Rio de Janeiro no valor adicionado bruto a
preço básico do Brasil por atividade econômica ‐ 1995‐2007..........................................
58
Tabela 2.2 ‐ Índice do Produto Real, segundo os setores de atividade no Estado do Rio
de Janeiro ‐ 1997‐2006.....................................................................................................
59
Tabela 2.3 ‐ Índice do produto real das indústrias extrativa e de transformação,
segundo os gêneros Estado do Rio de Janeiro ‐ 1997‐2006............................................
61
Tabela 2.4 ‐ Indústria de transformação, segundo os grupos de indústrias, período
1970‐2003 (Brasil=100%).................................................................................................
62
Tabela 2.5 ‐ Indústria de Transformação: estrutura regional (VTI) por grupos de
indústrias, período 1970‐2003 – (%).................................................................................
63
Tabela 2.6 ‐ Demonstração do Desempenho das Exportações do estado do Rio de
Janeiro (1994‐2008) ‐ Totais por Fator Agregado (US$ 1.000 FOB).................................
64
Tabela 2.7 ‐ Comparação entre o Desempenho das Exportações do estado do Rio de
Janeiro e do Brasil 1991‐2008..........................................................................................
65
Tabela 2.8 ‐ Principais empresas exportadoras do estado do Rio de Janeiro (2008)....... 66
Tabela 2.9 ‐ Investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento –
PAC para o estado do Rio de Janeiro (em R$ milhões).....................................................
68
Tabela 2.10 ‐ Vinte maiores investimentos previstos para o período 2010‐2012 ........... 73
Tabela 3.1 ‐ População residente segundo Regiões de Governo do Estado do Rio de
Janeiro ‐ 1970‐2010.........................................................................................................
79
Tabela 3.2 ‐ Participação das Regiões de Governo no Total da População Residente do
Estado do Rio de Janeiro ‐ 1970‐2010..............................................................................
79
Tabela 3.3 ‐ PIB Total das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007............................................ 83
Tabela 3.4 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Estadual Total ‐ 1999‐2007.... 83
Tabela 3.5 ‐ PIB Industrial das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007..................................... 87
Tabela 3.6 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Industrial ‐ 1999‐2007........... 87
Tabela 3.7 ‐ Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preço
básico Estado do Rio de Janeiro ‐ 1995 – 2007................................................................
92
Tabela 3.8 ‐ PIB Serviços das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007....................................... 93
Tabela 3.9 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Serviços ‐ 1999‐2007.............. 93
Tabela 3.10 ‐ PIB Agropecuária das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007............................. 98
Tabela 3.11 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Agropecuária ‐ 1999‐2007... 98
Tabela 3.12 ‐ Variação do emprego formal nas Regiões de Governo do Rio de Janeiro
entre 1995 e 2008 ............................................................................................................
102
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE MAPAS
Gráfico 2.1 ‐ Taxa de Variação Anual Real do Produto Interno Bruto no estado do Rio
de Janeiro – 1990‐2006 .................................................................................................... 55
Gráfico 2.2 ‐ Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do
Brasil – 1985‐2004 ...........................................................................................................
56
Gráfico 2.3 ‐ Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do
Brasil – 1995‐2008 ...........................................................................................................
57
Mapa 2.1 ‐ Investimentos em Infraestrutura Logística prevista no Programa de
Aceleração do Crescimento – PAC ................................................................................... 69
Mapa 2.2 ‐ Investimentos em Infraestrutura Energética previstas no Programa de
Aceleração do Crescimento – PAC ...................................................................................
70
Mapa 3.1 ‐ População Residente e Taxa de Crescimento Populacional entre os anos
2000 e 2010 .....................................................................................................................
80
Mapa 3.2 ‐ PIB Total Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 ......... 84
Mapa 3.3 ‐ Participação no PIB Total e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007. 85
Mapa 3.4 ‐ PIB Industrial Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007.. 89
Mapa 3.5 ‐ Participação no PIB Industrial e Variação Percentual entre os anos 1999 e
2007 .................................................................................................................................
90
Mapa 3.6 ‐ PIB Serviços Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007.... 95
Mapa 3.7 ‐ Participação no PIB Serviços e Variação Percentual entre os anos 1999 e
2007 .................................................................................................................................
96
LISTA DE QUADROS
Mapa 3.8 ‐ PIB Agropecuário Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e
2007 .................................................................................................................................
100
Mapa 3.9 ‐ Participação no PIB Agropecuário e Variação Percentual entre os anos
1999 e 2007 .....................................................................................................................
101
Mapa 3.10 ‐ Municípios do estado do Rio de Janeiro com destaques na classificação e
nas mudanças de posição no ranking no Índice de Qualidade dos Municípios – 1998 e
2005 .................................................................................................................................
104
Quadro 2.1 – A capital perdida ........................................................................................ 76
Quadro 3.1 ‐ Os vinte primeiros do ranking do Índice de Qualidade dos Municípios –
IQM 2005 e sua relação com as atividades econômicas de destaque .............................
106
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15
I – AS RAÍZES DA CRISE ECONÔMICA FLUMINENSE NO PERÍODO 1980‐95 – do auge do café no século XIX, passando pelo esvaziamento econômico relativo no século XX e chegando à crise na década de 1980 e primeira metade dos anos 1990. .............................................. 19
I.1 – As Raízes da Crise ...................................................................................................................... 19
I.1.1 – Ascensão, auge e crise da cafeicultura fluminense no século XIX ..................................... 20
I.2 – A economia fluminense ao longo do século XX: da perda de dinamismo relativo à crise propriamente dita ............................................................................................................................. 30
I.2.1 – As primeiras décadas do século XX .................................................................................... 30
I.2.2 – O período 1930‐80 – crescimento econômico e esvaziamento relativo ............................ 37
II ‐ ‘INFLEXÃO ECONÔMICA POSITIVA’ NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DA SEGUNDA METADE DOS ANOS 1990” – conjuntura ou primeiro passo para consolidação de crescimento econômico sustentado .................................................................................. 50
II.1 – Os Sinais da Recuperação ......................................................................................................... 54
II.2 – Velho prognóstico ou novas perspectivas? .............................................................................. 67
III ‐ PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS ECONÔMICO‐ESPACIAIS DA INFLEXÃO – Onde ganhou? Onde perdeu? ................................................................................................................... 78
III.1 – Dinâmica Populacional ............................................................................................................ 78
III.2 – Dinâmica Econômica ............................................................................................................... 81
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 108
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................................ 113
ANEXOS ........................................................................................................................... 118
ANEXO A ‐ Mapa ‐ Brasil: eixos de desconcentração, principais pólos tecnológicos e o novo polígono de aglomeração industrial ................................................................................................ 119
ANEXO B ‐ Mapa – Divisão Política do estado do Rio de Janeiro: Mesorregiões e municípios ‐ 2009 ......................................................................................................................................................... 120
ANEXO C – População dos Municípios e Regiões de Governo – 2000‐2010 ................................... 121
ANEXO D ‐ PIB Municipal Total – 1999‐2007 ................................................................................. 123
ANEXO E – Participação das Regiões de Governo e dos Municípios no PIB estadual Total – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 127
ANEXO F – PIB Municipal – Agropecuária – 1999‐2007 .................................................................. 131
ANEXO G – Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Agropecuária – 1999‐2007 ....................................................................................................................................... 135
ANEXO H – PIB Municipal – Indústria – 1999‐2007 ........................................................................ 139
ANEXO I ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Indústria – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 143
ANEXO J – PIB Municipal – Serviços – 1999‐2007 ........................................................................... 147
ANEXO K ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Serviços – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 151
ANEXO L ‐ Variação do PIB Municipal ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐2007 .. 155
ANEXO M ‐ Variação na participação no PIB Estadual ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐2007 ....................................................................................................................................... 158
15
DINÂMICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO – determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva no final
do século XX e limiar do século XXI –
“O estado do Rio de Janeiro é um paradoxo formado ao longo das últimas décadas por uma gestão pública ineficiente, desarticulada e de baixa qualidade. Elevado grau de pobreza, ocupação territorial desordenada, altos índices de violência e insegurança e excesso de
atividades informais. Tudo isso em um estado conhecido internacionalmente, marcado por suas belezas e riquezas naturais, pela força de sua cultura, localizado no eixo mais dinâmico do
país e com grande potencial de crescimento.”1
Sérgio Cabral Filho Governador
INTRODUÇÃO
Ter o estado do Rio de Janeiro (ERJ) como tema de estudo se tornou quase
que ‘obrigação’ no decorrer da minha trajetória acadêmica. De forma resumida: ainda
graduando em Geografia fui selecionado para uma bolsa de iniciação científica junto
ao Laboratório Estado, Economia e Território (Leste) do Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) onde me deparei com o tema em tela. E isso é relevante porque nas primeiras
pesquisas bibliográficas sobre o recorte territorial apontado, o conjunto do estado,
percebi que havia um hiato, a saber: as produções científicas encontradas ora se
referiam ao processo de fusão ocorrido na década de 1970 entre o Estado da
Guanabara e o antigo estado do Rio de Janeiro, ora se referiam a escalas menores, em
sua maioria metropolitanas ou intra‐metropolitanas.
Essa escassez de estudos sobre a totalidade geográfico‐institucional do estado
se explica pelos trabalhos de corte mais localistas que então emergiam, bem como (e
principalmente) pela tradição dos pesquisadores cariocas e fluminenses de lançarem
seus olhares mais sobre a realidade nacional do que sobre sua própria realidade. Outro
1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SEPLAG – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Plano Estratégico do Governo do Rio de Janeiro 2007‐2010, Rio de Janeiro ‐ RJ, 2007.
16
aspecto relevante radica na ausência do imaginário de pertencimento coletivo das
populações carioca e fluminense em função da inexistência de coesão e de laços de
solidariedade territorial, configurando‐se como legado que permanece em suas
respectivas identidades e que traduz a contradição entre a centralidade urbana
acumulada pela cidade do Rio de Janeiro e o isolamento secular mantido em relação
ao interior2. Além disso, a crise econômica, social e institucional enfrentada no período
que se inicia no início da década de 1980 e se estende até à primeira metade da
década de 1990 ‘pesou’ sobre a autoestima da população fluminense.
A década de 1980 foi caracterizada como sendo a ‘década perdida’ para a
economia brasileira, período marcado pela recessão da economia mundial, que
barrava a obtenção de novos empréstimos, essenciais para a manutenção das taxas de
crescimento da década anterior, quando ocorreu o chamado ‘milagre econômico
brasileiro’ (leia‐se: na década de 1980 ocorreu o esgotamento do anterior padrão de
desenvolvimento e de seu padrão de acumulação, de financiamento interno, etc.)
(CARDOSO DE MELLO, 1998). No estado do Rio de Janeiro (ERJ), os efeitos dessa crise
tiveram ampla propagação, e reverberava em um discurso de tom dramático, visto
que, como já se anotou, atingiu diversas expressões da vida social fluminense (a
econômica, a social propriamente dita e a institucional), daí o termo síntese: “Rio de
todas as crises3”.
Nesse período também se faziam sentir mais claramente os desdobramentos
e efeitos da perda de centralidade político‐institucional decorrentes da transferência
da capital para Brasília (1960) e posterior fusão entre o estado da Guanabara e o
antigo estado do Rio de Janeiro (1975). O ‘peso’ do Estado (governo federal) teve
fundamental importância para a economia fluminense durante os quase dois séculos
em que a região abrigou a capital brasileira. Além de funcionar como ‘componente
autônomo’ da renda estadual, este setor foi o principal responsável pela formação da
estrutura urbana regional. A perda de grande parte da sede administrativa nacional,
2 DAVIDOVICH, Fany “Metrópole e Território: Metropolização do Espaço no Rio de Janeiro” In: Cadernos Metrópole n. 6, pp. 67‐77, 2º sem. 2001. 3 DAIN, S. “Crise Econômica, Rio de todas as crises” (I). In: Série Estudos e Pesquisas, n°80, IUPERJ, Rio de Janeiro, Dez., 1990.
17
ainda que se preservasse parcela das estatais e de algumas autarquias públicas em seu
território, configurou‐se como fator de ruptura institucional sem ter havido nenhum
tratamento especial para compensar completamente a perda de seu anterior status
político.
No entanto, a economia fluminense a partir da segunda metade dos anos
1990 começa a dar sinais de recuperação, para usar um neologismo difundido por
economistas, passou a apresentar um ‘viés de alta’; é dizer, uma “inflexão econômica
positiva4” em relação ao quadro de degradação anterior. Tal mudança tem início
contemporaneamente à adoção do receituário neoliberal na economia brasileira e à
implantação do Plano Real em 1994, que conseguiu reduzir drasticamente a inflação,
considerada problema estrutural para o desenvolvimento econômico do país, e que
teve também, inicialmente, impactos positivos sobre o consumo e mesmo sobre
alguns outros gastos agregados (decisões de produção, por exemplo), posto dinamizar
no curto prazo a economia brasileira. Por sua vez, essas mudanças possuem ligação
direta com a intensificação das transformações produtivas e organizacionais do
capitalismo central, posto suscitarem impactos não só econômicos, mas também
sociais e espaciais em todo o globo.
Diante desse contexto, o presente trabalho questiona se a inflexão econômica
positiva verificada no estado do Rio de Janeiro a partir da segunda metade da década
de 1990 seria decorrente da conjuntura favorável verificada nesse período e/ou,
passados aproximadamente quinze anos de seu início, se manteria como tendência e
se configurasse como uma mudança estrutural em sua dinâmica (?). Além disso, busca‐
se neste trabalho analisar se a reestruturação econômica vivida por esta unidade
federativa acarretou na efetiva redução da gritante desigualdade socioespacial e na
melhoria das condições de vida da população ‐ na capital, na região metropolitana e no
interior, uma vez que o crescimento econômico não atinge a todos os espaços e a
todas as pessoas.
4 NATAL, J. O Estado do Rio de Janeiro Pós‐1995: dinâmica econômica, rede urbana e questão social, Rio de Janeiro, Ed. Publicatti,FAPERJ, 2005.
18
Para isso, o trabalho estrutura‐se em quatro capítulos. O primeiro, intitulado
“As Raízes da Crise Econômica Fluminense no Período 1980‐1995”, apresenta breve
histórico da formação social e econômica do ERJ, a crise vivida após o auge da
cafeicultura no século XIX, o processo de esvaziamento econômico relativo ocorrido
durante o século XX e a crise vivida no período 1980‐1995.
Em seguida, no segundo capítulo, intitulado “‘Inflexão Econômica Positiva’ no
Estado do Rio de Janeiro a partir da Segunda Metade dos Anos 1990”, investigam‐se os
condicionantes para a reversão do quadro de degradação vivenciados na década de
1980 e se a referida recuperação econômica seria decorrente da conjuntura verificada
em outras escalas ou se é pertinente afirmar que o estado do Rio de Janeiro teria
ingressado em um processo de consolidação de crescimento sustentado de sua
economia.
No terceiro capítulo, intitulado “Permanências e Mudanças Econômico‐
Espaciais da inflexão – onde ganhou? onde perdeu?”, procura‐se identificar quais
regiões fluminenses e quais os respectivos setores econômicos se ‘beneficiaram’ desse
processo. Além disso, analisa‐se a dinâmica demográfica e a dinâmica econômica no
território
Por último, apresentamos as considerações finais.
19
I – AS RAÍZES DA CRISE ECONÔMICA FLUMINENSE NO PERÍODO 1980‐95 – do auge do
café no século XIX, passando pelo esvaziamento econômico relativo no século XX e
chegando à crise na década de 1980 e primeira metade dos anos 1990.
Para investigar quais os fatores determinantes da crise econômica, social e
político‐institucional vivida pelo o estado do Rio de Janeiro iniciada na década de 1980
e que se propaga até meados da década seguinte, este capítulo apresenta breve
histórico da formação social e econômica fluminense, o processo de ocupação de seu
território, a importância da exploração e escoamento do ouro por seus portos, a
expansão, o auge e a derrocada da cafeicultura em suas terras no século XIX, o
processo de industrialização e a perda de dinamismo econômico relativo ocorrido
durante o século XX e a crise propriamente dita vivida no período 1980‐95.
I.1 – As Raízes da Crise
O estado do Rio de Janeiro vivenciou na década de 1980 e na primeira metade
da década seguinte uma crise relativamente longeva (aproximadamente 15 anos),
além de intensa e complexa. Segundo NATAL (2003), essa crise se caracterizou: pela
degradação e esvaziamento econômico; pela radicalização dos conflitos federativos
com a União; pelo aprofundamento da crise social; e por certo estiolamento ‘moral’ da
população, notadamente da sua fração carioca (perda da autoestima e do seu
tradicional sentimento de identidade nacional). No entanto, como aponta o autor, as
raízes dessa crise transcendem ao período histórico em que se manifestou, sendo
localizadas ainda no final do século XIX, quando impactos decorrentes da pujante
economia paulista já se faziam sentir nas regiões do seu entorno.
...é a partir do final do século retrasado que os diferenciais da estrutura produtiva e de produtividade, e os encadeamentos dinâmicos estabelecidos na economia paulista avançam, deixando ‘na poeira da estrada’ a até então economia mais moderna do país, a da antiga capital do país [cidade do Rio de Janeiro] (NATAL, 2003, p. 34).
20
SANTOS (2002) aponta que o território fluminense se caracterizou e destacou
como entreposto comercial e alcançou grande importância por ocasião da exploração
do ouro (Século XVIII), firmando‐se como principal centro econômico do Brasil.
Ademais, quando se iniciou o processo de industrialização no país, a economia
fluminense já tinha acumulado vantagens locacionais que permitiam imaginá‐la como
sua principal beneficiária. Mas, segundo a autora, não foi isso que ocorreu; afinal, a
industrialização brasileira praticamente se confundiu com a emergência do pólo
industrial em São Paulo, que transformou a economia fluminense em mera
coadjuvante ‐em um tempo relativamente curto‐ da economia paulista, sendo o século
XX caracterizado como um período marcado por perdas para o estado do Rio de
Janeiro, tanto de suas antigas funções dinâmicas quanto de sua ascendência cultural e
política no país.
Nesse sentido, para melhor entendimento da profunda crise vivida pelo
estado fluminense no começo da década de 1980 e começo dos anos 1990 se mostra
necessário remontar ao processo de ocupação de seu território e à gênese e
desenvolvimento da economia capitalista propriamente dita, em especial, o verificado
em São Paulo, sendo esse nuclear para o entendimento da dinâmica econômica
nacional e das demais economias estaduais.
I.1.1 – Ascensão, auge e crise da cafeicultura fluminense no século XIX
A efetiva ocupação econômica do que hoje conhecemos como estado do Rio
de Janeiro está associada à função administrativa da Cidade do Rio de Janeiro. Devido
à sua maior proximidade das regiões de exploração do ouro, tornou‐se sede do Vice‐
Reinado em 1763, de onde os representantes da coroa portuguesa controlavam o
escoamento da produção, transformando‐se também em principal porto de entrada
de importações e centro de redistribuição de manufaturas, principalmente de escravos
africanos. Essa atividade comercial, por sua vez, consolidou a cidade como centro
econômico, além de político‐administrativo, do país. Cabe destacar, contudo, que a
função de sede do governo central separou política e administrativamente o núcleo do
restante da província (SANTOS, 2002).
21
Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, que vem de Lisboa como
desdobramento das guerras napoleônicas, a função administrativa foi intensificada e
proporcionou ingresso substancial de recursos no momento em que a colônia foi
elevada à condição de Reino Unido Portugal‐Brasil. Os hábitos de consumo sofisticados
da corte, a decorrente expansão das atividades comerciais e a abertura dos portos às
nações amigas, em particular à Inglaterra, levaram a cidade a novo patamar de
atividade econômica, quando a maior circulação de renda propiciou aumento dos
negócios, tendo grande importância o comércio de escravos.
De acordo com LESSA (2000), as atividades responsáveis pelos principais
núcleos ativos do interior fluminense antes do cultivo do café eram a produção de
alimentos orientada para o abastecimento da capital e o cultivo da cana de açúcar na
planície do norte fluminense5. A ocupação efetiva ocorria apenas no litoral, com algum
destaque para Parati, antigo porto que atendia ao movimento derivado da exploração
do ouro, antes da abertura do Caminho Novo, através de Juiz de Fora.
Em 1762 está datada a chegada das primeiras mudas de café na cidade do Rio
de Janeiro6, de onde começa o estabelecimento dos primeiros núcleos de seu cultivo.
As plantações rapidamente se espalharam na cidade e seguiram em direção ao Vale do
Paraíba, aproveitando‐se da conjuntura externa, dado o aumento do consumo do
produto nos Estados Unidos e na Europa, e da Revolta das Antilhas (em 1789). Esses
fatos contribuíram para o aumento do preço do café e abriu mercado para a
concorrência internamente onde havia condições favoráveis de clima e solo. Além
disso, os custos da produção eram mais baixos que os do açúcar, exigindo menos mão
de obra. Enquanto a cana precisava ser replantada a cada três anos, o pé de café
poderia durar trinta ou quarenta anos. O apogeu da produção cafeeira fluminense foi
5 Segundo SANTOS (2002), o açúcar foi responsável pelo dinamismo da cidade de Campos dos Goytacazes, principal pólo da região Norte do estado, pioneira na introdução da energia elétrica no país, em 1873. Os baixos custos operacionais permitiram que a produção de cana‐de‐açúcar sobrevivesse na região até os dias de hoje, perdendo importância relativa para a região apenas nas duas últimas décadas do século XX, quando Campos deixou de se identificar à cana e passou a ser um importante centro regional de serviços, beneficiando‐se também do impacto positivo da economia do petróleo, devido à presença da Petrobras, na cidade vizinha de Macaé. 6 MARTINS, Ana Luiza. História do Café. Editora Contexto, 2008.
22
de 1830 a 1875 e, nesses 45 anos, equivaleu, em média, a 65% da produção brasileira ‐
essa produção gerou extraordinária riqueza para os fazendeiros fluminenses7.
O Rio assumiu aí o papel de grande centro cultural e cosmopolita do país. Ao
lado disso, a sua função como centro da administração pública e do comando político
nacional ganha destaque com a declaração de independência política do Brasil em
relação a Portugal em 1822, quando a cidade antes sede da Colônia (desde 1763) passa
a ser a do Império. Nesse ponto é preciso salientar que em 1834, por meio de um ato
imperial, a cidade do Rio foi elevada à condição de Município‐Neutro, ocorrendo assim
a separação institucional entre a cidade do Rio de Janeiro e de seu interior, enquanto a
nova capital da província passa a ser Niterói. Para LESSA (2000), é nesse momento que
o Rio é consagrado definitivamente como cidade‐capital do Brasil, constituindo‐se em
território único e diferenciado em termos institucionais das demais províncias.
SILVA (2004) aponta que há duas conseqüências principais a assinalar sobre
esta separação. A primeira é que o referido ato delimitou oficialmente o raio de
alcance dos gastos públicos, agindo assim no sentindo de acentuar as desigualdades
infraestruturais existentes entre a cidade do Rio de Janeiro e o interior fluminense.
Essa separação facilitou o controle e a administração da cidade, mostrando‐se, no
longo prazo, “cruel” com o interior fluminense. A segunda conseqüência diz respeito à
divisão espacial do trabalho, pois enquanto ao interior fluminense coube o papel de
produtor primário, através de culturas executadas em latifúndios escravistas, à cidade
do Rio de Janeiro coube às funções burocráticas de sede administrativa e de espaço
abarcador da estrutura urbana de serviços, ambas orientadas para dar suporte à
comercialização e financiamento da atividade agro‐mercantil.
Em 1850, devido à proibição legal do tráfico negreiro pela Lei Euzébio de
Queiroz, o preço do escravo começou a se elevar chegando a patamares altíssimos e a
oferta, após 1856, foi atendida basicamente pelo Nordeste brasileiro com o tráfico
interno de escravos, que até meados de 1860 supriu a necessidade de mão de obra
7 Vale ressaltar que o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro não dependia exclusivamente da cafeicultura fluminense, mas sim de funcionar como principal centro urbano e político do país, ou seja, sede do capital mercantil nacional e centro de decisões do processo histórico brasileiro.
23
dos cafezais. Dessa forma, a expansão das lavouras de café se deu a custos crescentes
e menores taxas de lucro a partir desse período, tendo como conseqüência a
diminuição do ritmo e do potencial de acumulação (VIEIRA, 2000).
Com o crescente encarecimento da mão de obra, a agricultura cafeeira
tendeu à especialização, passando toda essa mão de obra a dedicar‐se exclusivamente
à produção cafeeira. Com isso, ocorreu a redução dos cultivos alimentares, o que
transformou parte de custos não‐monetários em monetários (os alimentos passaram a
ser comprados), o que requeria capital circulante adicional. Esse fato também foi
agravado pelo aumento dos preços dos alimentos no mercado.
Mesmo com a intensificação da produção, a partir de 1870 as coisas
começaram, lentamente, a mudar na província fluminense, quando a produtividade
das lavouras de café nas províncias vizinhas, especialmente no Oeste Paulista,
aumentou de forma vigorosa, conforme Tabela 1.1 (que segue). É nesse momento que
a produção cafeeira fluminense começou a ser acompanhada da constante elevação
dos custos em decorrência dos impactos no aumento da importação de alimentos e do
encarecimento do preço da escravaria, que teve início com a proibição legal do tráfico
e se agravou com o processo abolicionista, como anotado anteriormente. Além disso,
a região apresentava ainda séria limitação para expansão das lavouras, diante da falta
de condições adequadas de solo requeridas para seu cultivo. Sua produtividade
decrescente, devido à topografia e à qualidade do solo, agravava‐se diante dos
processos agrícolas empregados, muitas vezes rudimentares, que aceleravam a erosão
e a exaustão dos solos. Desse modo, a partir de 1880, o café já estaria sendo
erradicado do Vale do Paraíba Fluminense (Resende, Vassouras, Barra Manda, Pati de
Alferes), o que provocou o deslocamento para a região oriental (Cantagalo, Paraíba do
Sul, etc.) em busca de terras mais férteis, o que, consequentemente, causou aumento
dos preços e nos custos de transportes.
24
Tabela 1.1 Produção Exportável de Café por Região (em mil sacas) – 1871‐1930
Média Anual
SP RJ MG ES TOTAL
Vol. % Vol. % Vol. % Vol. % Vol. %
1871‐1880 925 24,3 1.987 52, 767 20,2 124 3,3 3.803 100
1881‐1890 2.138 37,1 2.176 37, 1.200 20,8 250 4,3 5.764 100
1891‐1900 4.775 60,5 911 11, 1.787 22,7 416 5,3 7.889 100
1901‐1910 9.252 68 995 7,3 2.772 20,4 579 4,3 13.598 100
1911‐1920 9.306 70,2 812 6,1 2.446 18,4 700 5,3 13.264 100
1921‐1930 11.131 66,5 945 5,6 3.445 20 1.210 7,2 16.731 100
Fontes: SILVA (2004) com base em: Taunay, A. de E. e Fraga, C.C. (Dados ajustados aos de Taunay) ‐ SP, RJ e MG; Rocha & Cossetti apud Cano (2002) ‐ ES. VIEIRA (2000, apud LOUREIRO, 2006).
No período 1871‐1880, o espaço que corresponde ao atual estado do Rio de
Janeiro liderava a produção de café, sendo responsável por 52,2% da produção. Na
década de 1881‐90, São Paulo praticamente empatou o “jogo”, sendo responsável por
37,1% da produção nacional (o Rio de Janeiro ‘respondia’ por 37,8%). Na década
seguinte, observa‐se que São Paulo assumiu a liderança da produção, sendo
responsável por 60,5%, enquanto o Rio teve sua participação reduzida a 11,5%. Nas
primeiras décadas do século XX, São Paulo ampliou ainda mais sua liderança, enquanto
a produção fluminense teve sua participação novamente reduzida. Vale destacar que,
segundo esses dados, o estado de Minas Gerais obteve crescimento de sua produção
em termos absolutos durante todo o período e da mesma forma manteve sua
participação relativa em torno de 20%. De 1890 em diante, a produção cafeeira
fluminense perdeu, continuamente, participação na produção nacional.
Segundo VIEIRA (2000), os custos de transporte na economia cafeeira do Rio
de Janeiro foram reduzidos com a expansão ferroviária (principalmente nas décadas de
1870 e 1880). Essas ligações favoreceram a ampliação da produção em áreas mais
distantes e até mesmo menos produtivas, assim como facilitavam a interligação do Rio
com as demais regiões do território nacional (LOUREIRO, 2006). Pela Estrada de Ferro
Central do Brasil8 (antiga Dom Pedro II), completada em 1877, era feita a ligação entre
8 A construção da E. F. Central do Brasil teve início em 1869, com a construção do primeiro trecho, por fazendeiros do Vale do Paraíba, da Estrada de Ferro do Norte (ou E. F. São Paulo ‐Rio), que ligava a linha
25
a capital e o território mineiro e paulista, e a partir daí para o sul do país e Mato
Grosso. Pela Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 1886, foi realizada a ligação
entre a capital, o norte da província fluminense, o Espírito Santo e o nordeste de Minas
Gerais (DAVIDOVICH, 1986).
A abertura de ferrovias para o escoamento do café juntamente com o sistema
de rodovias e a navegação de cabotagem fortaleceram a centralidade da capital,
consolidando sua hegemonia nacional no campo político e econômico. Além de
facilitar o escoamento e exportação do café pelos portos, a expansão viária contribuiu
para a ampliação do mercado interno a ser suprido pela praça financeira e pelo
comércio atacadista da cidade, reafirmando seu papel como importante receptor do
excedente de riqueza do país.
No entanto, segundo CANO (1998), a ferrovia trouxe economias externas e
oportunidades de investimento em uma situação retardada no tempo, dado que as
plantações de café na região já estavam maturadas e decadentes (à exceção de região
oriental, que se expande na década de 1870). Adicionalmente, a ausência de
planejamento nos traçados das ferrovias produziu cargas insuficientes, estabelecendo
conflitos entre o interesse do plantador e do transportador, além de subutilizar parte
da infraestrutura preexistente, pois concorria com o antigo sistema de pequenos
portos fluviais e marítimos e suas rodovias, o que anulou parte de seus efeitos
positivos para a região (LESSA, 2000).
Mesmo apresentando inicialmente problemas em relação ao custo dos
transportes, que limitava a expansão das lavouras para o interior, na região do planalto
paulista, a produção de café encontrou condições ideais de clima, de fertilidade dos
solos (as terras roxas) e de topografia. De acordo com VIEIRA (2000), na década de
da São Paulo Railway (S.P.R.) no Brás e chegava até a Penha, em São Paulo, sendo seu percurso finalizado em 1877, quando chegou à Cachoeira Paulista, onde se encontrou com a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro, através do ramal em Barra do Piraí, Província do Rio. Pelo fato dos trechos possuírem bitolas diferentes, o custo da baldeação em Cachoeira Paulista era alto, onerando os fretes configurando‐se mais tarde como uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1890, incorporou a E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificá‐las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em 1908.
26
1870 já era observado nessa região o uso de técnicas agrícolas mais eficientes, o que
possibilitava que o trabalho fosse intensificado. Além disso, a menor idade dos pés
cafeeiros proporcionava uma produtividade maior.
As máquinas de beneficiamento, no caso do Rio de Janeiro, foram
empregadas no contexto da economia escravista, onde a falta de cuidado em sua
operação e conservação comprometeram a sua eficiência. Apesar de terem melhorado
o beneficiamento do café, reduzindo custos com mão de obra, as máquinas
apresentavam alto custo de instalação e exigiam vultosos investimentos. A restrição do
crédito agrícola pelos bancos trazia dificuldades para o processo. Vale lembrar que as
máquinas que foram empregadas na economia cafeeira fluminense eram mais
rudimentares que as empregadas no Oeste Paulista (VIEIRA, 2000).
CANO (1985), tomando como referencial de análise a economia paulista,
explica as razões fundamentais pelas quais as principais regiões cafeeiras tiveram
dinâmicas distintas de crescimento e transformação econômica no período 1850‐1930.
O autor aponta que o elemento de diferenciação entre São Paulo e as demais regiões
consiste no fato de que apenas naquele estado se constituiu plenamente o complexo
cafeeiro, uma vez que nos demais as relações sociais de produção vigentes e as
peculiaridades da comercialização e do financiamento do café não o permitiram. Nesse
sentido, a especial relação café‐indústria ali estabelecida seria o elemento capaz de
explicar seja a expansão industrial, seja a própria perda, no tempo, de dinamismo da
atividade cafeeira.
De acordo com esta perspectiva, no caso de São Paulo o elemento que
propulsionou a industrialização teria sido o desenvolvimento da lavoura cafeeira. Pelo
fato de ter instituído desde cedo mão de obra livre, São Paulo teria eliminado freio à
expansão do café, posto ter criado simultaneamente amplo mercado para produtos
alimentícios e industriais. Da mesma forma, a expansão das lavouras ampliou as bases
de acumulação, o que abriu oportunidade de inversão de capital tanto no
desenvolvimento da agricultura mercantil quanto na própria indústria.
27
Segundo SANTOS (2002), o fato da economia cafeeira na Província Fluminense
ser dependente do trabalho escravo teve como consequência a não constituição de
um mercado consumidor com alguma expressão, não tendo assim capacidade para
sustentar o dinamismo de outra cultura alimentar ou manufatureira no momento em
que a cafeicultura se deslocou.
GOMES & FERREIRA (1988) apontam que enquanto São Paulo se expandia, a
utilização mais intensa e prolongada do trabalho escravo na cidade e no estado do Rio
de Janeiro teria esvaziado a possibilidade da criação de um setor agrícola dinâmico que
pudesse trocar impulsos com o setor industrial, o que dificultou o aparecimento de um
mercado de trabalho livre e amplo. Além disso, o escravismo prolongado teria
impedido o desenvolvimento da produção de gêneros alimentícios baratos – por sua
vez capazes de reduzir o custo da força de trabalho ‐, bem como a criação de um
mercado consumidor para os produtos industrializados. Segundo a análise das autoras,
na medida em que a antiga economia cafeeira do Vale do Paraíba declinava, toda
economia fluminense e carioca também entrava em processo de “inexorável atrofia”;
ou seja, a existência de um setor agrícola em “estagnação” se constituiu em freio à
acumulação do capital.
Conforme demonstrado por SILVA (1980) e CANO (1981), a expansão cafeeira,
notadamente quando a produção atinge o Oeste Paulista, foi a responsável pelo início
do processo de industrialização no Brasil. A partir de 1894, a dependência da economia
brasileira face o complexo agroexportador cafeeiro tornou‐a vulnerável às crises de
superprodução que se sucederam. Com isso, o governo brasileiro passou a
implementar políticas de sustentação da renda da cafeicultura, inicialmente mediante
desvalorizações cambiais e, posteriormente, por meio da compra dos excedentes de
produção. Por meio desses dois mecanismos, foi mantido o estímulo à produção e
sustentado o rendimento dos que se dedicavam à economia cafeeira. Pelo fato de não
ser mais possível manter os níveis de lucratividade que a atividade cafeeira obtivera no
último quartel do século XIX, iniciou‐se importante transferência de recursos da
cafeicultura para atividades que possuíssem menor tempo de rotação do capital, como
28
a indústria, o que acabou compensando as taxas de lucratividade mais baixas ali
obtidas.
SANTOS (2002) aponta que a partir do século XX, como veremos adiante, os
novos investimentos industriais se localizaram preferencialmente em São Paulo, em
detrimento da economia carioca. Segundo a autora, isso ocorreu pela maior
diversidade da economia paulista; pelo seu maior mercado consumidor; pela maior
presença de imigrantes, parte dos quais vinha explorando as atividades de
comercialização no complexo agroexportador cafeeiro e se tornaria a nova burguesia
industrial; e pela inexistência de um mercado de capitais, o que contribuía para que o
conhecimento pessoal entre o “banqueiro” e o investidor na Indústria fosse elemento
importante na decisão de fornecer ou não capital para financiar a nova atividade
industrial. Outro elemento importante a ser citado é que na capital do país, o Rio de
Janeiro, havia outras atividades que competiam com a indústria pela mão de obra local
que, por isso, era mais cara que a de São Paulo.
No entanto, a estrutura da comercialização do café, por ser sede do Governo
Central e possuir o principal porto do país, evitou que os efeitos da derrocada
econômica da região fosse ainda maior, pois foram inicialmente atenuados devido ao
fato de as regiões cafeeiras do Espírito Santo, do Vale do Paraíba paulista e de parte de
Minas Gerais ainda permanecerem por vários anos tributárias do comércio, das
finanças, do transporte, do Governo Central sediado do Rio e do seu porto,
transferindo a essa região, portanto, parte de seu excedente (CANO, 2002 apud SILVA,
2004).
LOBO (1977) aponta que o crescimento e o dinamismo do setor comercial não
estiveram atrelados apenas à expansão do café fluminense. Do mesmo modo,
FERREIRA (1985, apud GOMES & FERREIRA, 1988), sem excluir as interligações entre a
acumulação de capital nos setores comerciais do antigo Distrito Federal e a
cafeicultura fluminense em suas primeiras décadas, defende que o desenvolvimento
industrial carioca e fluminense não teve relação reflexa e imediata com a agricultura
do estado do Rio. Segundo a autora, a industrialização carioca no período usufruía de
relativa autonomia, podendo manter o crescimento graças ao nível de acumulação de
29
capital já existente no mercado local. VERSIANI (1980, apud GOMES & FERREIRA,
1988), analisando a evolução da indústria têxtil no país, acaba trazendo contribuições a
esse debate ao atribuir relevância às questões cambiais e tarifárias como fatores de
incentivo a esse setor e ao indicar que o setor cafeeiro não constituiu importante fonte
de recursos diretos para a indústria. Além disso, o autor assinala que os capitais para
essa nova atividade se originaram principalmente do comércio de importação e do
reinvestimento de lucros do próprio setor fabril.
LEOPOLDI (1986, apud GOMES & FERREIRA, 1988) põe em questão a relação
entre o declínio da cafeicultura escravista fluminense e o relativo retrocesso industrial
do antigo Distrito Federal. A autora argumenta que foi justamente nas décadas de
1880 e 1890 que o Rio se firmou como principal centro industrial e financeiro do país e
aponta que a crise do café fluminense, somada à abolição do trabalho escravo,
colaborou para a política econômica do governo federal que, por sua vez, favoreceu a
expansão industrial do Rio de Janeiro. Ademais, o advento da república confirmaria
sua posição de centralidade político‐administrativa, sendo que as reformulações da
política econômica que se seguiram fomentaram e forneceram bases mais firmes para
a industrialização local. Do mesmo modo, VIEIRA (2000) aponta que com o fim do
tráfico negreiro houve liberação do capital empregado para esse fim, que passou a ser
destinado para as mais diversas atividades, tais como: operações bancárias, comércio
de importação e exportação, financiamento de empresas, etc.
No entanto, de acordo com a lógica do complexo cafeeiro, GOMES &
FERREIRA (1988) destacam que as limitações do mercado consumidor da denominada
região do Rio de Janeiro se configuravam como obstáculos importantes à expansão
industrial em virtude do retrocesso da economia fluminense e da falta de integração
entre as várias economias do país ocasionada pela descentralização na Primeira
República, que geraram dificuldades crescentes para a produção industrial carioca e
fluminense comercializar suas mercadorias.
Enfim, apesar da produção cafeeira fluminense descer de seu auge e começar
a apresentar claros sinais de perda de produtividade, em função dos seus problemas
estruturais, principalmente a partir dos anos 1880, a região não sofreu de imediato os
30
efeitos negativos em seus demais setores econômicos em função de sua centralidade
na estrutura econômica brasileira e pelo fato de ter se constituído em solo carioca a
mais moderna economia urbana do país.
I.2 – A economia fluminense ao longo do século XX: da perda de dinamismo
relativo à crise propriamente dita
I.2.1 – As primeiras décadas do século XX
Como antes anotado, a economia cafeeira fluminense no último quartel do
século XIX já apresentava sinais de queda na sua produtividade e tornava visíveis seus
problemas estruturais ao passo que contemporaneamente a esse processo, com a
chegada do café ao Oeste Paulista, é observada a emergência da chamada Economia
Exportadora Capitalista Cafeeira Nacional (CARDOSO DE MELLO, 1987) no contexto da
afirmação da expansão comercial e, sobretudo, financeira do capitalismo mundial
(SILVA, 1976).
Entretanto, como visto, os efeitos do declínio da atividade cafeeira fluminense
foram atenuados na economia carioca pelo fato de parte das regiões produtoras
nacionais ainda permanecerem tributárias da estrutura urbana de serviços da antiga
capital (notadamente Minas Gerais e Espírito Santo), e desta manter elevada
diversificação econômica em face do seu elevado processo de urbanização9.
Vale ressaltar que a cidade do Rio de Janeiro, desde a sua origem, esteve
integrada de forma privilegiada ao processo de acumulação primitiva do capital
mercantil e usufruiu do excedente gerado pela economia do ouro e do café por ser,
naquele tempo histórico, a principal base de exportação no território brasileiro,
criando assim importante mercado urbano e, consequentemente, notáveis efeitos
aceleradores. Além disso, pode‐se afirmar que sua centralidade política e urbana
surgiu no bojo de sua fundação, acentuando‐se com a transferência da capital da
9 Álvaro PINGNATON (1977, apud GOMES & FERREIRA, 1988) aponta que as vantagens específicas da cidade do Rio apenas permitiram um adiamento do processo de esvaziamento econômico.
31
colônia de Salvador em 1763 e, assim, beneficiando‐se de boa parcela do gasto
público, que acabou se transformando em importante gerador de efeitos
multiplicadores (inclusive o grande centro financeiro que se constitui na capital deriva
em parte das funções burocráticas do Estado) (SOBRAL, 2007).
No entanto, ao passo que a crise da cafeicultura fluminense não se fazia sentir
no antigo Distrito Federal, ela atestou a estagnação do interior do antigo estado do Rio
de Janeiro. Vale lembrar que as duas regiões já se encontravam separadas
institucionalmente desde 1834. Como conseqüência, ocorreu o encolhimento do já
fraco mercado urbano das cidades interioranas. Além disso, a agricultura, devido a sua
baixa capitalização, não caminhou para uma expressiva diversificação. Isso acarretou
no isolamento e na descontinuidade espacial da atividade ao longo do tempo, tendo
como alternativas o abastecimento de alimentos e de matéria‐prima para a indústria
de produtos alimentícios, ao passo que perdia espaço para a pecuária extensiva e de
baixa produtividade, com a exceção das áreas de monocultura de cana‐de‐açúcar na
região norte do estado. Dessa forma, configurou‐se um território dividido entre um
espaço dominado pela cidade do Rio de Janeiro e o restante estagnado, sem
representatividade e entregue à dominação política da sua decadente aristocracia
rural.
Nas últimas décadas do século XIX, a partir do potencial de acumulação da
economia urbana carioca, surge na cidade importante centro industrial com produção
diversa em pequenos estabelecimentos de bens de consumo não duráveis voltados,
em geral, para o mercado local. Grande parte desses empreendimentos se realizou em
conseqüência do dinamismo comercial‐financeiro da cidade do Rio de Janeiro e foi
beneficiada pelas políticas econômicas federais. Vale destacar os efeitos oriundos do
Encilhamento10, que incrementou o movimento de transações financeiras e adquiriu,
10 Com a proclamação da República, Rui Barbosa (1849‐1923) chega ao comando do Ministério da Fazenda, com o objetivo de realizar reformas nas instituições financeiras que permitissem reduzir a importância e influência da velha oligarquia agrária, criando condições para o crescimento econômico brasileiro através da industrialização. Em meio ao debate entre “metalistas” e “papelistas”, e tendo a escassez de moeda como um entrave aos seus intuitos, Rui estabelece a emissão bancária lastreada em títulos da dívida pública, através da Lei Bancária de 17 de junho de 1890. Se por um lado esse viés expansionista auxiliaria os setores em dificuldades da economia fluminense, por outro, essa política
32
continuamente, dimensão e contornos especulativos, mas, ao mesmo tempo,
estimulou um processo de acumulação real interno, para o qual também colaborou o
preço do café no mercado externo e a posição cambial propícia à importação de
capital fixo.
SILVA (2004) aponta que no momento do Encilhamento, a cafeicultura
fluminense já se encontrava em declínio e o setor mercantil‐financeiro local foi
‘levado’ a diversificar seu portfólio de investimentos, o que determinou a aquisição de
ações de diversos empreendimentos industriais, especialmente a partir da reativação
do mercado acionário no ano de 1889. No Rio de Janeiro, as opções de investimentos
eram mais diminutas que as da praça paulista, pois essa, em razão de sua agricultura,
havia expandido e diversificado as possibilidades de inversão produtiva.
Ainda assim, na entrada do século XX, o Rio de Janeiro se configurava como
uma das mais importantes praças industriais do país. Segundo os dados do “Censo
Industrial de 1907”, em seu território havia 877 estabelecimentos industriais, sendo
670 desses localizados no antigo Distrito Federal, enquanto o estado de Minas Gerais
aparecia com 531 estabelecimentos e São Paulo com 326 (vide Tabela 2)11.
Esses números devem ser analisados com cuidado por conta das deficiências
presentes nessa base de dados, sendo desaconselhável seu uso na comparação entre
os estados. De acordo com BANDEIRA (1984), embora o “Censo Industrial de 1907”
seja uma das mais valiosas fontes de estudo para os primórdios da industrialização
brasileira, o mesmo apresenta inúmeras imperfeições, uma vez que se tratou de um
levantamento realizado via postal por uma instituição particular, o Centro Industrial do
Brasil. Além disso, não havia obrigação legal para as empresas responderem aos
questionários. As dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa são descritas pelos
próprios autores no texto que antecede a apresentação dos resultados:
monetária, chamada de Encilhamento, se configurou como tentativa de aumentar a liquidez da economia para tornar possível a industrialização do país. 11 O “censo industrial de 1907” não foi verdadeiramente um censo, mas sim um levantamento da atividade industrial realizada pelo Centro Industrial do Brasil, intitulado “O Brasil. Suas riquezas naturaes, suas indústrias. V. III: Indústria de Transporte e Indústria Fabril. Rio de Janeiro: Officinas Gráphicas M. Orosco, 1909”; suas estatísticas reaparecem no Censo de 1920.
33
Se, quando se trata de obter meras informações acerca de idade, sexo, nacionalidade, etc. dos moradores da cidade, agentes do governo encontram tamanhas dificuldades, imagine‐se o que terá acontecido a agentes de uma instituição particular, procurando coligir declarações a respeito de estabelecimentos industriais (CENTRO INDUSTRIAL DO BRASIL, 1909, apud BANDEIRA, 1984, p.138‐139).
BANDEIRA (1984) relata ainda que essas dificuldades na coleta de
informações subestimaram a produção industrial no país para o período, sendo o que
se refere ao estado de São Paulo de qualidade bem mais precária que no antigo
Distrito Federal, uma vez que em 1907, no estado de São Paulo, havia 183 municípios e
apenas 44 responderam ao questionário do censo, deixando de fora centros
importantes como Rio Claro12, Limeira, Jaú, Mogi‐Mirim e São José dos Campos.
Essas distorções, de certa forma, puderam ser reparadas a partir do Censo
Industrial de 192013, que traz em uma de suas tabelas o número de empresas
existentes em cada estado agrupadas conforme o ano de sua fundação. Com isso, é
possível saber dentre as empresas existentes e ainda em operação em 1920, quantas
haviam sido fundadas antes de 1905.
12 Em 1907, Rio Claro já possuía uma cervejaria, uma fábrica de carros, serrarias, olarias, oficinas mecânicas e um pátio ferroviário. (DEAN, 1977 apud BANDEIRA, 1984) 13 RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927.
34
Tabela 1.2 Estabelecimentos Industriais recenseados em 1907 e estabelecimentos industriais
fundados antes de 1905 e ainda existentes em 1920
Estados Número de
Estabelecimentos Recenseados em 1907
Número de Estabelecimentos
Existentes em 1920 e fundados antes de 1905
Distrito Federal 670 319 Rio de Janeiro 207 129
Distrito Federal + Rio de Janeiro 877 448 São Paulo 326 826
Minas Gerais 531 220 Rio Grande do Sul 314 443
Pernambuco 118 129 Paraná 297 133 Bahia 78 115 Pará 54 44
Sergipe 103 55 Santa Catarina 173 200 Amazonas 92 20 Alagoas 45 52
Maranhão 18 31 Mato Grosso 15 2
Paraíba 42 42 Rio Grande do Norte 15 41
Ceará 18 88 Goiás 135 0 Piauí 3 8
Espírito Santo 4 9 Território do Acre ‐ 1
Total 3258 2907 Fontes: CENTRO INDUSTRIAL DO BRASIL, O Brasil, suas riquezas naturaes, suas indústrias. Rio de Janeiro, Officinas Graphicas M. Orosco, 1909, p.265. RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927. P. 226‐49. Adaptado de BANDEIRA (1984).
Dessa maneira, comparando os dados do levantamento realizado em 1907 e
os dados do Censo Industrial de 1920 percebe‐se que enquanto São Paulo aparecia
com 326 estabelecimentos em 1907, os dados de 1920 apontam que o número de
estabelecimentos existentes com data de fundação antes de 1905 era de 826. De
forma contrária, os números para o Distrito Federal e estado do Rio de Janeiro
denotam queda entre os dois levantamentos. Enquanto no levantamento de 1907, o
35
Rio de Janeiro (DF + RJ) aparece com 877 estabelecimentos, no Censo de 1920 aparece
com 448 empresas fundadas antes de 1905.
Analisando esses dados podemos chegar ao menos a duas conclusões: a
primeira, é que a diferença do número de estabelecimentos industriais entre os dois
levantamentos demonstra que as empresas desse setor presentes no antigo Distrito
Federal e no estado do Rio de Janeiro tiveram relativamente mais dificuldades em
“sobreviver” no período 1905‐1920; e a segunda, é que, diferentemente do que foi
apontado em diversos trabalhos, a partir dos dados do “Censo Industrial de 1907” não
se pode afirmar que o antigo estado do Rio de Janeiro em conjunto com o antigo
Distrito Federal possuíam no começo do século XX ampla vantagem no setor industrial
perante a economia de outros estados, em especial, de São Paulo.
Ainda assim, a partir dos diferentes trabalhos que retratam o período, é
sabido que o setor industrial fluminense possuía expressivo tamanho e grande
importância para a economia brasileira nessa transição de século.
... constata‐se que nela [a cidade do Rio de Janeiro] coexistiram num certo período a cidade política e a cidade comercial, que engendraram a cidade indústria. Efetivamente nas primeiras décadas do século XX, o Rio de Janeiro, como Capital da República, se constituiu no principal centro industrial do país, o que certamente contribuiu para modificar e até mesmo acentuar o caráter daquelas primeiras funções (DAVIDOVICH, 1986, p.335).
Mesmo que a diferença entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo
seja menor que os dados do levantamento industrial de 1907, o relevante a sublinhar é
que a partir desse momento essas duas unidades federativas apresentaram dinâmicas
distintas de crescimento e transformação econômica, diferenças essas que
perduraram durante todo o século XX.
Essa ‘perda relativa’ de potencial industrial fluminense frente à indústria
paulista é explicada por diversos fatores. Segundo SILVA (2004), podem ser apontados:
• A melhor estrutura instalada em São Paulo, que gerou aumento de sua
capacidade para importar, entrada de capitais externos e aumento nas
exportações de café e de borracha;
36
• O estado de São Paulo experimentava condições favoráveis para o
alargamento do mercado e para a reprodução de relações capitalistas,
através do assalariamento da mão de obra e de um complexo cafeeiro
altamente lucrativo, abastecido por uma avançada agricultura mercantil,
possibilitando o desenvolvimento de sólido complexo industrial;
• As deficientes condições de operação e acumulação da economia
escravista cafeeira fluminense, que impediu a consolidação de uma
acumulação em bases concretamente capitalistas14 em seu território e
limitou a expansão do mercado interno;
• A escassez de matérias‐primas no Rio de Janeiro ocorrida no momento em
que indústrias de outras unidades federativas começaram a se especializar,
sendo um dos efeitos da fragilidade agrícola a necessidade de se recorrer a
outros mercados produtores para o abastecimento regional, que se
convertia em fonte de “vazamentos” de renda para outras unidades do
país, o que, por sua vez, comprometia o processo de acumulação
fluminense, pois propiciava um nível mais elevado no custo monetário da
cesta de consumos de sua população e implicava em um nível salarial
interno maior que o observado em outras economias do país.
Do mesmo modo, OLIVEIRA (2003) aponta que outros fatores elevaram o
custo da produção no território fluminense e se tornaram decisivos para efeito das
mudanças observadas na estrutura produtiva do estado. Explicando: segundo esse
autor os efeitos negativos trazidos pela I Guerra Mundial, em termos de matérias‐
primas importadas e circulação de mercadorias no mercado interno, se associaram às
mudanças nas tarifas ferroviárias e de energia elétrica, assim como no aumento de
salários, o que comprometeu o equilíbrio financeiro das indústrias fluminenses. Ainda:
os salários pagos pela indústria no Rio de Janeiro eram os mais elevados do Brasil, pelo
fato de a capital ter maior tradição no movimento operário e menor intensidade de
fluxo imigratório. E segue: as medidas governamentais no pós‐guerra de abandono da
14 “Em termos da constituição de um departamento de bens de produção capaz de permitir a autodeterminação do capital”, ou seja, de “libertar a acumulação de quaisquer barreiras decorrentes da fragilidade da estrutura técnica do capital” (CARDOSO DE MELLO, 1998).
37
proteção tarifária às indústrias que necessitavam de matérias‐primas estrangeiras e o
privilégio dado à recuperação do café e da borracha em detrimento da recuperação
industrial se configuraram como verdadeiros entraves para a indústria fluminense.
Nesse sentido, ao mesmo tempo em que a antiga capital consolidava sua
posição como grande metrópole nacional, centro político e econômico, ela não
conseguia estabelecer uma base produtiva integrada com o seu entorno geográfico,
fazendo com que sua periferia metropolitana não se constituísse enquanto novos
subcentros econômicos (LOUREIRO, 2006).
I.2.2 – O período 1930‐80 – crescimento econômico e esvaziamento
relativo
A crise da superprodução em 1929 e a depressão econômica subsequente
geraram múltiplos efeitos na economia mundial. No Brasil, elas representaram o
marco inicial das transformações no padrão de acumulação capitalista, que
progressivamente passou a ocorrer em bases urbano‐industriais. As ações adotadas
pelo governo brasileiro em resposta à crise beneficiaram de maneira especial à
economia paulista, em virtude do perfil da política de desenvolvimento industrial
concebida ter se apoiado na produção de bens intermediários e de capital, o que
propiciou à São Paulo não apenas ratificar, mas também consolidar seu parque
industrial, fazendo com que aumentasse progressivamente sua importância na
economia brasileira.
Conforme os dados da Tabela 3, que trata da participação estadual no total do
Valor Bruto da Produção (VBP)15 da indústria brasileira, podemos observar que São
Paulo aumentou sistematicamente sua participação no decorrer do século XX, indo de
32,29% em 1920 para 55,99% em 1975, enquanto o Rio de Janeiro (DF + RJ) declinou
de 28,45% em 1920 para 12,55% em 1975.
15 Valor Bruto da Produção (VBP) – soma de vendas de produtos e serviços industriais (receita liquida industrial), variações nos estoques dos produtos acabados e em elaboração, e produção própria para o ativo imobilizado.
38
O mesmo ocorre na comparação do Valor da Transformação Industrial (VTI)16.
Em 1920, São Paulo participava de 33,81%, subindo sua participação para 39,49% em
1940 e chegando a 55,89% em 1975. Já o Rio de Janeiro, apesar de aumentar sua
participação no VTI no período 1920‐1940, indo de 27,73% a 28,5%, chegou em 1975 a
apenas 13,47%.
Tabela 1.3 Participação dos estados nos totais do Valor Bruto da Produção (VBP) e do Valor da
Transformação Industrial (VTI) da indústria brasileira – 1920‐1975
Anos e Variáveis
DF +RJ SP MG RS Outros
1920 VBP 28,45 32,99 5,76 11,83 20,97 VTI 27,73 33,81 5,60 11,47 21,39
1940 VBP 24,18 44,04 6,51 9,54 15,73 VTI 28,50 39,49 7,43 8,68 15,90
1950 VBP 19,84 47,91 7,09 8,76 16,40 VTI 20,39 48,93 6,59 7,90 16,19
1960 VBP 16,18 55,65 5,85 7,16 15,16 VTI 17,58 55,54 5,78 6,97 14,13
1970 VBP 14,95 56,10 7,21 6,77 14,97 VTI 15,65 58,11 6,45 6,33 13,45
1975 VBP 12,55 55,99 7,14 7,34 16,98 VTI 13,47 55,89 6,28 7,51 16,85
Fontes: RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927. CENSOS ECONÔMICOS 1940: Brasil; agrícola, industrial, comercial e dos serviços. Rio de Janeiro, IBGE,
1950. CENSO INDUSTRIAL 1950: Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1957. CENSO INDUSTRIAL 1960: Brasil: matérias‐primas e produtos Rio de Janeiro, IBGE, 1968. CENSO INDUSTRIAL 1970: Brasil: produção física. Rio de Janeiro, IBGE, 1975. CENSO INDUSTRIAL 1975: Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1981. Adaptado de BANDEIRA (1984).
No entanto, embora a industrialização brasileira tenha tido São Paulo como
seu centro de comando, todas as demais economias regionais se beneficiaram da
16 Valor da Transformação Industrial (VTI) – diferença entre o VBP industrial e o custo das operações industriais (matérias‐primas, insumos, energia, etc).
39
dinâmica econômica vivida pelo país. Assim, a perda de posição relativa da economia
fluminense foi em larga medida nuançada pelo avanço da economia paulista, da
brasileira como um todo e por conta das diversas conjunturas positivas da economia
mundial (SILVA, 2004; NATAL, 2007).
O aumento da complementaridade econômica entre São Paulo e as várias
regiões permitiu taxas elevadas de crescimento e estimulou alterações nas diversas
estruturas produtivas, inclusive a do Rio de Janeiro. Além disso, ainda que a economia
fluminense tenha se tornado uma economia periférica, ela se beneficiou dessa
conjuntura positiva pelo fato de ter sido sede do governo federal, de ter proximidade
geográfica com o estado de São Paulo, de ter expressiva infraestrutura de transportes
e da própria complexidade de sua região metropolitana. Os efeitos de arrasto do
processo de industrialização nacional combinados com os benefícios herdados de sua
longa centralidade política e urbana garantiram taxas de crescimento econômico na
mesma medida que ocorreram transformações em sua estrutura produtiva (SOBRAL,
2007).
Apesar desse processo de “esvaziamento”, a economia local continuou como o segundo lócus da indústria brasileira. Deve ficar claro, portanto, que esse processo de perdas teve um caráter relativo e não real, pois a economia em questão continuou se diversificando e se ampliando, só que em ritmo mais lento que o observado na economia paulista e, por vezes, a nacional (SILVA, 2004, p. 26).
Cabe ressaltar que nesse período, a população do estado do Rio de Janeiro
saltou de 3,6 milhões em 1940 para cerca de 11,5 milhões em 1980, crescendo a taxas
maiores que a média nacional e aumentando a concentração populacional em sua
região metropolitana de 62% em 1940 para 92% em 1980. Esse ponto se torna
relevante uma vez que o crescimento da populacional passou a não acompanhar a
dinâmica econômica e a capacidade de absorção de mão de obra, que acabaram
gerando problemas sociais de toda ordem que se evidenciaram décadas mais tarde.
SILVA (2004) anota que entre os censos de 1939 e 1980, a expansão média
anual da economia fluminense foi de aproximadamente 6,0%, enquanto a média
40
brasileira foi de 7,0% e a paulista de 7,5%. Isso demonstra que em vez do suposto
processo de esvaziamento econômico do estado, de maneira geral e semelhante ao
conjunto nacional, o Rio de Janeiro continuou expandindo e diversificando sua
economia, mas cada vez mais dependente do crescimento econômico nacional e
paulista para evitar sua ociosidade estrutural e conseguir expandir suas forças
produtivas. No entanto, esse processo evidenciava de forma mais clara os entraves
estruturais que limitavam a capacidade de acumulação no Rio de Janeiro seguir mais
de perto a expansão econômica de São Paulo e da média do país.
Nesse período, o país construiu um padrão de crescimento interno marcado
pela rápida modernização e urbanização. Segundo CARDOSO DE MELLO (1998), a partir
de 1933 iniciou‐se no país um novo padrão de acumulação, caracterizado pelo
processo de industrialização restringida. Nessa fase, que se estendeu até 1955, o
processo de acumulação passou a se assentar na expansão industrial, ocorrendo um
movimento endógeno de acumulação em que se reproduziram de forma conjunta
tanto a força de trabalho quanto parte crescente do capital, sendo ela, a
industrialização, considerada ‘restringida’ pelas bases técnicas e de acumulação serem
insuficientes para que se implantasse, num único golpe, o núcleo fundamental da
indústria de bens de produção, o que permitiria à capacidade produtiva crescer
adiante da demanda, auto‐determinando o processo de desenvolvimento industrial.
Além disso, segundo esse autor, por se tratar de uma industrialização
retardatária, os obstáculos apresentados se tornariam muito mais sérios, uma vez que
requeria grande economia de escala, volume de investimento inicial e tecnologia
sofisticada, o que exigia do Estado proteção contra importações concorrentes e do
poder de barganha dos trabalhadores, assim como investimentos em infraestrutura
para assegurar economias externas ao capital industrial. Nesse sentido, coube ao
Estado brasileiro papel fundamental para lograr o alargamento das bases produtivas
capitalistas, quer como provedor das indústrias de base quer removendo os pontos de
estrangulamento de energia e transportes.
De acordo com SILVA (2004), apenas a partir de 1956, no governo Juscelino
Kubitscheck, através do Plano de Metas, é que o país experimentou transformações
41
estruturais do seu sistema produtivo capazes de alterar sua dinâmica e capacidade
relativa de autodeterminação da demanda. CARDOSO DE MELLO (1998) considera que
nesse período há novamente uma transformação no padrão de acumulação, onde as
características de expansão delineavam um processo de industrialização pesada, que
implicou no crescimento acelerado da capacidade produtiva dos setores de bens de
produção e de bens duráveis de consumo antes de qualquer expansão previsível de
seus mercados. Pela necessidade de investimentos que combinava maiores riscos,
grande porte e alta densidade de capital, essa expansão só foi possível por estar
apoiada no Estado e em novos capitais estrangeiros.
A forte presença do Estado na economia brasileira em todo esse período
gerou benefícios para a economia carioca e fluminense, com a implantação de
relevantes unidades industriais, sendo algumas de grande importância para a matriz
produtiva nacional. Vale destacar a Companhia Siderúrgica Nacional ‐ CSN (1941, com
início de sua operação em 1946), a Companhia Vale do Rio Doce ‐ CVRD (1942), a
Companhia Nacional de Álcalis ‐ CNA (1943), a Fábrica Nacional de Motores ‐ FNM
(1948), a refinaria Duque de Caxias da Petrobrás ‐ Reduc (1961), a Frota Nacional de
Petroleiros ‐ Fronape (1954), a Furnas Centrais Elétricas (1957), a Rede Ferroviária
Nacional (1958), a Eletrobrás (1961), a Companhia Brasileira de Recursos Minerais
(1968), a Telebrás e a Nuclebrás (1974).
DAVIDOVICH (1986) assinala que razões de ordem política acionaram
estratégias espaciais particulares para o território fluminense e para o antigo Distrito
Federal. A autora aponta que a partir da dissociação geográfica entre empresa e
estabelecimento, o que fez com que a cidade do Rio de Janeiro, como capital do país,
viesse a ser a sede privilegiada de empresas estatais de âmbito nacional, enquanto o
antigo estado do Rio de Janeiro passou a abrigar estabelecimentos industriais,
favorecidos por interesses políticos que procuravam reabilitar uma economia
decadente. A autora aponta ainda que essas diretrizes federais também beneficiaram
a parte oriental da Baía da Guanabara, com a expansão da indústria naval, de vidro, de
materiais de construção, pescado e curtumes.
42
Outro ponto importante a ser destacado nesse período foi o desenvolvimento
das empresas de economia mista no país, que ganharam expressão a partir da
regulamentação e reforma da lei das sociedades anônimas, em 1940. Segundo
OLIVEIRA (2003), com base nessa reelaboração de investimentos públicos, o Instituto
de Resseguros do Brasil ‐ IRB, e a já citada Companhia Siderúrgica Nacional – CSN,
ambas com sede na cidade do Rio de Janeiro, assumiram essa caracterização,
garantindo no decorrer da década de 1940 tanto a liderança do antigo Distrito Federal
no sistema financeiro nacional quanto os níveis de investimentos e produtividade
industrial local, em um momento em que a indústria regional já apresentava sinais
claros de desaceleração. Posteriormente, de acordo com o mesmo autor, outras
empresas de economia mista foram formadas e se constituíram em importantes bases
para o desenvolvimento industrial fluminense naquele período, pois parte delas
mantiveram suas sedes e centros de pesquisas na cidade do Rio de Janeiro e/ou
instalaram unidades produtivas no território fluminense17.
No intervalo 1960‐80, através da expansão e diversificação de sua estrutura
produtiva, São Paulo se consolidou como o epicentro da economia do país, quando a
sua economia conquistou mercados em todo o território nacional, fazendo com que,
de certa forma, as demais economias regionais se transformassem em estruturas
complementares. Nesse mesmo momento, a economia brasileira vivenciou um dos
seus mais importantes ciclos expansivos, conhecido por “Milagre Econômico
Brasileiro” (1968‐73). Esse período teve como principal característica a acentuada
expansão da renda, com média de crescimento anual de 11,3%, acima de suas taxas
históricas e alcançou seu apogeu em 1973, quando muitas das contradições relativas
ao modelo de crescimento adotado passaram a se manifestar (crescimento contínuo
das importações de bens de produção usados para viabilizar a acentuada assimetria
existente na matriz produtiva do país, etc.).
17 OLIVEIRA (2003) cita como exemplos a Companhia Vale do Rio Doce, resultante da incorporação ao patrimônio da União das Cia. Brasileira de Mineração e da Itabira Minerações S/A; a Cia. Nacional de Álcalis, localizada no Município de Arraial do Cabo; e a Fábrica Nacional de Motores, FNM, no Município de Duque de Caxias.
43
Em 1974, o arrefecimento das taxas de expansão do produto veio juntar‐se ao
recrudescimento inflacionário, que já se observava desde o ano anterior e foi
fortalecido pelos efeitos derivados do primeiro choque internacional do petróleo
(1973). A taxa de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 14% (1973)
para 9,8% em 1974, atingido 5,6% em 1975. A partir deste diagnóstico, ainda em 1974,
o Governo Geisel lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) que, em
linhas gerais, almejava a continuidade das taxas de crescimento econômico
simultaneamente à transformação estrutural, com investimentos dirigidos a projetos
voltados para a reestruturação das bases produtivas nacionais, privilegiando
principalmente os setores de insumos básicos e de bens de capital, uma vez que esses
setores são fortemente dependentes de investimentos ou financiamentos
governamentais. Incluem‐se neste rol de prioridades os investimentos em produção de
energia.
Para a economia fluminense, podem ser citados pelo menos dois momentos
de crucial importância nesse período: (i) a mudança da capital federal para Brasília em
1960 e a elevação da cidade do Rio de Janeiro a estado da Guanabara, situação que se
manteve durante 15 anos e (ii) a posterior fusão do estado da Guanabara com o antigo
estado do Rio de Janeiro em 1975, sendo assim superada a divisão político‐
administrativa entre núcleo e periferia da economia fluminense.
De acordo com LOUREIRO (2006), essas sucessivas mudanças na lógica
político‐administrativa da cidade colocaram em pauta a necessidade de reconstrução
da identidade da região. A cidade do Rio, então importante centro econômico,
intelectual, político, cultural e cosmopolita do país, se viu diante do desafio de
promover o desenvolvimento de um entorno relativamente pobre, atrasado e vazio.
SANTOS (2002) aponta que a separação administrativa da cidade do Rio de
Janeiro e seu entorno fez com que houvesse poucos financiamentos para implantação
de infraestrutura adequada para atração de novos investimentos industriais. Além
disso, a transferência do Distrito Federal para Brasília não foi o único elemento a
contribuir para a perda de dinamismo da economia fluminense, mas intensificou,
44
como observado, um processo que já vinha se manifestando desde o início do século
XX.
Para a cidade do Rio de Janeiro, a elevação à condição de Cidade‐Estado foi
considerada uma compensação do governo central pela transferência do Distrito
Federal, uma vez que permitiria somar arrecadações de origem tanto estadual quanto
municipal, numa área que, de fato, correspondia apenas a um município. Esses
recursos fiscais possibilitariam o financiamento de investimentos públicos para a
redefinição da geografia econômica e social da cidade. Em 1975, a fusão resultou na
criação do novo estado do Rio de Janeiro a fim de contribuir para o desenvolvimento
da economia do interior fluminense, que seria logrado mediante a consolidação da
economia estadual como localização de novos setores tecnologicamente de ponta. De
acordo com OLIVEIRA (2003), o governo federal viabilizou grande volume de
investimentos em empresas estatais, merecendo destaque as obras de expansão da
CSN – que foram realizadas em três etapas e só concluídas em 1987; a instalação da
Usina Termonuclear em Angra dos Reis, na BR 101 Sul; as obras de ampliação da
Refinaria Duque de Caxias, na BR 040; a recuperação da Rede Ferroviária Federal,
principalmente para transportes urbanos; a instalação de um programa de
recuperação do sistema viário, a cargo do Departamento Nacional de Estradas de
Rodagens (DNER); e o desenvolvimento do II Plano de Construção Naval, que
reaqueceu as atividades nos seis estaleiros existentes no estado.
Segundo SILVA (2004), o Rio de Janeiro também se beneficiou com a
modernização de sua estrutura produtiva através da instalação de investimentos em
setores de ponta, com alta densidade tecnológica e de capital, que tinham como
objetivo transformar a cidade em principal pólo nacional de pesquisa científica e
tecnológica. Para isso, conforme LESSA (2000), o Governo Federal instalou a Nuclebras,
iniciou a produção de computadores em Jacarepaguá com a instalação da Companhia
Brasileira de Computadores (COBRA) e fortaleceu a Fundação Oswaldo Cruz por meio
do apoio ao desenvolvimento da biotecnologia. Ademais, foram instalados na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o programa de pós‐graduação em
Engenharia por meio da criação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós‐graduação e
45
Pesquisa de Engenharia (COPPE) e o centro de pesquisa e desenvolvimento de algumas
estatais federais, em meados de 1970, que também contribuíram com o aparato
técnico‐científico da região, podendo ser destacados, o Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (CEPEL) da Eletrobrás e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo
Américo Miguez de Mello (CENPES) da Petrobrás. Segundo LESSA (2000), os
estabelecimentos de pesquisa naval militar no Rio também ganharam novas
dimensões, assim como ganharam relevância o Instituto de Matemática Pura e
Aplicada (IMPA), o Instituto Militar de Engenharia (IME), o Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas (CBPF) e o Observatório Nacional. LESSA (2000) também sublinha o
desenvolvimento de pesquisas para exploração de petróleo na Bacia de Campos e a
implantação da Valesul pela Companhia Vale do Rio Doce.
No entanto, a perda de função de capital manifestou‐se no esvaziamento de
um de seus setores mais dinâmicos, como era o de sede de empresas estatais.
Conforme DAVIDOVICH, das 372 empresas estatais existentes em 1976, 302 foram
criadas após 1960, sendo possível supor que caso a administração federal tivesse
permanecido no Rio de Janeiro, certamente a maior parte dessas empresas estaria ali
localizada. Da mesma forma, segundo a autora, o número de postos de trabalho
perdidos foi estimado em mais de 450 mil, o que trouxe, evidentemente, reflexos no
montante de renda.
Além disso, conforme assinalado por SILVA (2004), entre as inversões
industriais programadas para o período, a CSN II, que se instalaria em Itaguaí, não se
materializou, o programa nuclear brasileiro tornou‐se exemplo mais pelos seus
equívocos que pelos seus êxitos e somente a consolidação da atividade petrolífera na
Bacia de Campos alcançou resultados próximos aos almejados. Segundo OLIVEIRA
(2003), isso decorre dos investimentos realizados no âmbito do II PND não terem
resistido à segunda crise do petróleo, em 1979, o que fez com que o país entrasse em
um período de dificuldades econômicas face ao redirecionamento das prioridades de
investimento pelo sistema financeiro internacional, que antes financiara o Milagre
Brasileiro, e à longa recessão que se mantinha nos países industrializados. Com isso,
frente às políticas de compressão dos créditos e elevação dos juros, instituídos por
46
uma política ortodoxa, o modelo adotado no II PND foi definitivamente abandonado
nos anos 1980, relegando a segundo plano os investimentos nos setores estratégicos
da economia do país, como as indústrias de bens de produção e energéticas18.
NATAL & OLIVEIRA (2006) chamam atenção para a questão dos recursos
internos, que também escassearam no período:
Ao adotar uma política econômica de natureza recessiva (denominada de ‘ajuste’) com centralidade discursiva no combate à inflação, para em verdade gerar superávits na balança comercial (...), o Brasil transferiu somas gigantescas de recursos para o exterior (por conta dos saldos obtidos na balança comercial), com gravosos impactos sobre os gastos públicos e, por via de conseqüência, sobre a própria geração de renda e emprego domésticos, notadamente ao nível de um estado [o Rio de Janeiro] tão tributário da União/governo federal. Mas os problemas não pararam aí, posto haver, ademais a questão recursos internos: e esses, ao também serem reduzidos [com exceção dos destinados às atividades agroexportadoras], levaram à nova compressão dos gastos públicos, à elevação da carga tributária e ao enxugamento geral da chamada base monetária, impactando negativamente sobre a capacidade de gastos da quase totalidade dos agentes econômicos (públicos e privados) e incidindo mais uma vez de maneira dramaticamente onerosa sobre a economia fluminense em vista do fechamento de mais essa possibilidade de financiamento dos seus gastos correntes e de capital (NATAL & OLIVEIRA, 2006, p. 56).
Assim, o início da década de 1980 marca o fim do “Milagre Econômico
Brasileiro”. Com graves desequilíbrios externos e internos, a chamada década perdida
caracterizou‐se pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB nacional, pelo
aumento do déficit público, pelo crescimento das dividas interna e externa e pela
ascensão inflacionária. Em um primeiro momento – entre 1981 e 1983 –, a diminuição
no ritmo de crescimento foi atribuída ao esforço de ajustamento imposto pela crise da
dívida. Numa segunda etapa – 1984 a 1986 –, devido à maturação dos investimentos
realizados no II PND e tomando carona na recuperação econômica americana, a
balança comercial foi reequilibrada devido à desvalorização cambial, e o país voltou a
18 Um ponto importante a ser destacado é que após a transferência da capital para Brasília em 1960 e a posterior fusão em 1975 há a emergência e o avanço não apenas de um discurso de cunho regionalista, mas também de reiteradas demandas e críticas aos sucessivos governos federais, invocando‐se os compromissos de Estado assumidos por este com o estado do Rio de Janeiro e não realizados, sendo tratados como ‘perdas’ e, passo seguinte, responsáveis pela sua fragilidade econômica (NATAL, 2007).
47
crescer, embora baseada no aumento do consumo. A inflação já vinha se acelerando
desde meados da década anterior, mas se acentuou a partir dos anos 1980. Com o
fracasso do Plano Cruzado, a inflação passou a ser medida em termos mensais. Na
segunda metade da década girou em torno de 640% ao ano, interrompida
temporariamente por sucessivos planos de estabilização. No final da década culminou
em um processo hiperinflacionário, atingido cerca de 70% ao mês.
No estado do Rio de Janeiro, a produção industrial, sobretudo nos primeiros
anos da década de 1980, vai se desestruturando, fazendo o estado amargar apenas um
pequeno crescimento no setor da ordem de 6,4%, entre 1981 e 1985, enquanto que
São Paulo teve, no mesmo período, um crescimento de 8,8% e Minas Gerais, de 7,8%
(OLIVEIRA, 2003). Para melhor ilustrar, vale lembrar que a renda per capita do estado
sofreu redução de 9,2% no período 1980‐1992 e que a participação do estado no PIB
do país que era de 13,2% em 1980, caiu para 12,7%, em 1985, e chega a 10,8% em
199019.
Como assinala SILVA (2004):
“esta década [1980] parecia ter sido muito mais ‘perdida’ para o Rio do que para a nação: o PIB nacional cresceu à medíocre taxa média anual de 2,2%, mas a do Rio foi ainda pior (0,27%), caindo sua participação no PIB nacional, de 13,2% para 12,3%. Com isto, esvaziamento tornou‐se vocábulo de lugar‐comum designando as diferentes facetas da crise regional. Sublinhemos que o esvaziamento relativo se converteu em crise real justamente no momento em que a ‘construção da moderna economia brasileira’ foi interrompida, evidenciando os fortes laços de solidariedade que a economia nacional mantinha com a economia fluminense naquele tempo.” (SILVA, 2004, p.143)
Com efeito, o fato de que a formação do capital industrial fluminense tenha
sido baseada nas empresas estatais e, na esfera privada, principalmente no setor naval
e têxtil, fez com que a crise dos anos 1980 trouxesse ares ainda mais dramáticos para o
estado do Rio de Janeiro. Conforme assinala DAIN (1990), a economia carioca foi,
historicamente, depositária dos setores que se tornaram obsoletos no decorrer das
revoluções industriais, a exemplo da construção naval e da siderurgia, o que resultou 19 IBGE, Contas Regionais, 1985‐2004.
48
na inexpressiva participação da região nas indústrias de bens duráveis, como a
indústria metal‐mecânica e de eletroeletrônicos, núcleo dinâmico por excelência dos
sistemas industriais da II Revolução Industrial. Ainda segundo a autora, o Rio de
Janeiro se configurou, basicamente, como produtor de bens‐salários, o que o tornou
sensível a qualquer medida econômica que afetasse a massa salarial, e que, de certo
modo, explicaria seu desempenho relativamente ruim durante a crise da década de
1980.
DINIZ (1993), em trabalho sobre os novos eixos de desconcentração industrial
e principais pólos tecnológicos do Brasil, ressalta que o Rio de Janeiro, apesar de ainda
fazer parte do core industrial e científico do país no período de realização do estudo
(leia‐se, início da década de 1990), encontrava‐se em processo de ‘desindustrialização
relativa’, sofrendo perdas para outras unidades federativas e em decadência
econômica. Em decorrência, o estado do Rio de Janeiro não se encontrava inserido na
área dinâmica do país, que concentraria a maior parte das novas atividades
econômicas, principalmente as mais modernas e detentoras de novas tecnologias20.
Esses investimentos estariam contidos em uma área caracterizada como um polígono
definido por Belo Horizonte – Uberlândia ‐ Londrina/Maringá ‐ Porto Alegre ‐
Florianópolis ‐ São José dos Campos ‐ Belo Horizonte, dentro do qual estariam sendo
formados os principais pólos de alta tecnologia21.
O economista André URANI (2008), em seu livro intitulado ‘Trilhas para o Rio’
compara o estado do Rio de Janeiro na década de 1980 a uma ‘baleia encalhada’.
Nessa metáfora, a até então segunda maior economia do país observa seu
encolhimento em relação às demais unidades da federação e as condições de vida de
sua população se deteriorarem com problemas sociais de toda ordem. Tudo isso, sem
deslumbrar nenhuma capacidade de reação que não dependesse de ajuda externa.
20 Essa pouca inserção da metrópole carioca em setores industriais tecnologicamente modernos, se apresenta como um paradoxo frente à substantiva infraestrutura técnica e científica da região, que conta com um considerável número de universidades e institutos de pesquisa, centros de excelência em âmbito nacional (TAVARES, 2000). 21 Ver anexo ‘A’.
49
Com isso, o início dos anos noventa parecia manter o quadro vigente no
período pregresso, fazendo com que o alheamento do futuro e o desanimo com o
presente continuassem a levar os fluminenses em geral e os cariocas em particular a
invocar idealmente o passado, reforçando assim, pensada e concretamente, a própria
crise. Aliado a esse fato, é importante frisar que as elites políticas e econômicas do
estado se concentraram mais na manifestação do problema do que propriamente na
sua raiz, inclusive não percebendo as transformações econômicas que ocorriam no
contexto mundial, face à mudança do padrão de acumulação do capital, acreditando,
assim, que se tratava de algo conjuntural. Esse tipo de percepção, entre outros fatores,
levou à demora na real compreensão e, portanto, na rápida superação da crise. Quer
dizer, não perceberam que estavam diante de uma crise estrutural fruto do longo
processo histórico, que naquele momento se somava a um novo processo de mudança
na ordem internacional (NATAL, 2005).
50
II ‐ ‘INFLEXÃO ECONÔMICA POSITIVA’ NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DA
SEGUNDA METADE DOS ANOS 1990” – conjuntura ou primeiro passo para
consolidação de crescimento econômico sustentado
Como visto, ao entrar nos anos 1990 a análise da economia e sociedade
fluminense apontava que o estado do Rio de Janeiro passava por seus piores
momentos, quando ainda na década precedente o padrão de crescimento da
economia nacional se esgotou, deixando expostos os problemas estruturais
decorrentes do esvaziamento econômico relativo vivido por esta unidade da federação
durante todo o século XX. Se o diagnóstico era ruim, o prognóstico também não era
dos mais animadores até mesmo para os mais otimistas. A economia fluminense se
apresentava sob o ‘signo da crise’ e sem possibilidade de algum devir que
minimamente resgatasse seu passado glorioso dos tempos da capital. O esvaziamento
relativo se converteu em crise ‘verdadeira’ que transpôs, inclusive, os limites
referentes à economia, atingindo várias esferas da vida societária regional (NATAL,
2005).
No cenário externo o quadro político e econômico também não era animador,
estando em curso variadas e profundas mudanças, podendo ser citadas a mudança do
papel do Estado com a emergência do neoliberalismo22, o fim do socialismo real e
afirmação da hegemonia norte‐americana. No cenário nacional, o país inicia a década
de 1990 vivendo uma crise econômica com o problema das altas taxas de inflação e
dívida externa, herdando assim os desafios enfrentados na década anterior de
22 David HARVEY (2008) conceitua o neoliberalismo como uma teoria de práticas político‐econômicas que propõe que o bem‐estar humano pode ser melhor promovido libertando‐se as liberdades e capacidades empreendedoras individuais no âmbito de uma estrutura institucional caracterizada por sólidos direitos a propriedade privada, livres mercados e livre comércio. O papel do Estado é criar e preservar uma estrutura institucional apropriada a essas práticas, tendo que garantir, como exemplo, a qualidade e integridade do dinheiro. Além disso, deve estabelecer as estruturas e funções militares, de defesa, da polícia e legais requeridas para garantir direitos de propriedade individuais e para assegurar, se necessário, pela força, o funcionamento apropriado dos mercados. As intervenções do Estado nos mercados devem ser mantidas num nível mínimo, porque, de acordo com a teoria, o Estado possivelmente não possui informações suficientes para entender devidamente os sinais de mercado (preços) e porque os poderosos grupos de interesse vão inevitavelmente distorcer e viciar as intervenções do Estado (particularmente nas democracias) em seu próprio benefício. A desregulação, a privatização e a retirada do Estado de muitas áreas do bem‐estar social são muitíssimo comuns.
51
promover a estabilização monetária, apontada como o primeiro passo para superar a
crise, e retomar a trajetória de modernização e crescimento.
No campo político, em 1990, iniciou‐se o governo de Fernando Collor de
Melo, primeiro presidente que chega ao poder por eleições diretas após o período da
ditadura político‐militar (1964‐85), que em conformidade com a nova agenda da
globalização neoliberal, na tentativa de superar a crise, adotou medidas de combate à
inflação via corte de gastos e enxugamento da liquidez monetária (confisco da
poupança), como também medidas de redução do ‘tamanho’ do Estado, abertura
econômica e liquidação de ativos públicos por meio das privatizações e
desregulamentação generalizada. Como efeitos, ocorreu a retração das taxas de
expansão do PIB, o aumento do desemprego e redução dos níveis de atividade
industrial. Além de não alcançar os resultados almejados no campo econômico‐social,
o governo Collor foi atingido por denúncias sobre a existência de esquemas de
corrupção envolvendo diretamente o presidente. A fim de evitar sua cassação política
(em curso através de processo de impeachment), em 1992, Fernando Collor renunciou,
assumindo então o seu vice, Itamar Franco, que teve como principais missões resgatar
a ética na administração pública (e política) e preparar o país para um novo plano de
estabilização.
Pode‐se afirmar que, em linhas gerais, a política econômica adotada por
Collor foi mantida por seu sucessor. As premissas do chamado Consenso de
Washington23 nortearam, cada vez mais, a economia brasileira. O governo Itamar
23 Em síntese, é possível afirmar que o Consenso de Washington faz parte do conjunto de reformas neoliberais que apesar de práticas distintas nos diferentes países, está centrado doutrinariamente na desregulamentação dos mercados, abertura comercial e financeira e redução do tamanho e papel do Estado. A expressão nasceu em 1989, quando em Washington, convocados pelo Institute for International Economics, entidade de caráter privado, reuniram‐se diversos economistas de perfil liberal, funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo norte‐americano. O tema do encontro Latin Americ Adjustment: Howe Much has Happened?, visava avaliar as reformas econômicas em curso no âmbito da América Latina. John Willianson, economista inglês, foi quem cunhou a expressão "Consenso de Washington" e alinhavou os dez pontos tidos como consensuais entre os participantes: (1) Disciplina fiscal, através da qual o Estado deve limitar seus gastos à arrecadação, eliminando o déficit público; (2) Focalização dos gastos públicos em educação, saúde e infraestrutura; (3) Reforma tributária que amplie a base sobre a qual incide a carga tributária, com maior peso nos impostos indiretos e menor progressividade nos impostos diretos; (4) Liberalização financeira, com o fim de restrições que impeçam instituições financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e o afastamento do Estado do setor; (5) Taxa de câmbio competitiva; (6) Liberalização do comércio exterior, com redução de alíquotas de
52
começou a ganhar consistência quando ele deslocou o seu Ministro das Relações
Exteriores (Fernando Henrique Cardoso) para a pasta da Fazenda, no momento em
que o desequilíbrio fiscal e a acentuada indexação da economia eram considerados as
principais causas da inflação brasileira. Com base neste prognóstico, a nova equipe
econômica propôs medidas e criou instrumentos que visavam o equilíbrio das finanças
públicas e a desindexação progressiva dos contratos e preços da economia nacional.
Para tal, o Programa de Ação Imediata – PAI foi decisivo, pois tinha como principais
objetivos: abandonar a orientação recessiva do governo Collor, promover a redução do
déficit público, por meio do aumento das receitas e a partir de política de maior
controle dos gastos públicos, aumentar as reservas cambiais e concluir a renegociação
da dívida externa. Essas medidas foram preparatórias para a implantação do Plano
Real, anunciado em 07 de dezembro de 1993.
“O governo partiu do pressuposto de que a causa principal da crise brasileira da década de 1980/início dos anos 1990 era o processo inflacionário crônico. Identificava também que a causa básica da inflação era o déficit público (da União, estados e municípios, empresas estatais e previdência social). Acrescente‐se a inflação de custos e de demanda, e a mentalidade especulativa, alimentada pela indexação, sobrepondo‐se aos investimentos produtivos” (BRUM, 1998, p. 482).
O Plano Real previa a promoção do ajuste fiscal e uma fase intermediária e
transitória, que consistia na implantação de um único indexador, a URV (Unidade Real
de Valor), que teve a duração de quatro meses e destinou‐se a promover o
realinhamento de preços, valores e contratos. Todos os preços passaram a ser fixados
em URV, com valor atualizado diariamente. Com esse indexador e alinhamento foi
possível, então, desindexar a economia, retirando‐lhe o caráter inercial.
Uma de suas mais importantes medidas foi a reforma monetária, que criou a
nova moeda brasileira, o Real (R$). Aproveitando‐se da significativa liquidez de moeda
americana nos mercados internacionais, bem como de experiências diversas ao redor
importação e estímulos á exportação, visando a impulsionar a globalização da economia; (7) Eliminação de restrições ao capital externo, permitindo investimento direto estrangeiro; (8) Privatização, com a venda de empresas estatais; (9) Desregulação, com redução da legislação de controle do processo econômico e das relações trabalhistas; (10) Propriedade intelectual. Embora tivessem, em princípio, caráter acadêmico, as conclusões do Consenso acabaram tornando‐se o receituário imposto por agências internacionais para a concessão de créditos.
53
do mundo, o governo brasileiro adotou a chamada âncora cambial como um dos
pilares centrais da nova moeda. Sua adoção resultou, por um lado, em relativa
estabilização monetária e, por outro, em crescentes déficits comerciais e na conta
serviços.
Fernando Henrique Cardoso ‐ FHC foi eleito nas duas vezes em que concorreu,
para mandatos de quatro anos, em primeiro turno. O Plano Real levou a população
trabalhadora a parar de perder com o chamado imposto Inflacionário e fez com que a
população tivesse condições de planejar melhor o seu futuro. No entanto, já em 1997
os efeitos negativos começaram a aparecer, podendo ser apontados como exemplos: o
déficit na Balança Comercial, por causa da supervalorização do Real em relação ao
dólar; a liberalização comercial, que levou à destruição de parcela do mercado de
trabalho nacional; a elevação dos juros e a crescente dívida interna, que
desestimularam a produção e o investimento; e o aumento do desemprego e da
precarização do mercado de trabalho, resultantes, respectivamente, da
dinâmica/estruturação do Plano Real e das políticas governamentais então
encaminhadas (de flexibilização do mercado de trabalho).
O crescimento do PIB, apesar do sucesso do seu governo, foi bastante
modesto, a Balança Comercial começou a apresentar déficit, e a conta de Transações
Correntes apenas era equilibrada em vista da entrada de dinheiro por conta das
privatizações. Apesar disso, o endividamento público e a fragilidade externa se
acentuaram dramaticamente. Assim, o relativo êxito no que concerne ao controle
inflacionário não foi capaz de reconduzir o país à sua trajetória de expansão econômica
sustentada no tempo.
Resumindo, a década de 1990 assinalou a passagem a um novo modelo de
desenvolvimento, de corte neoliberal, aproximado aos interesses da agiotagem
financeira internacional, com marcada alteração do papel do Estado na economia, uma
nova reinserção (dependente ao capitalismo central) e a liquidação de diversos
elementos característicos do modelo anterior de desenvolvimento. Disso resultou uma
estrutura produtiva mais competitiva, mas também a liquidação até mesmo de setores
e empresas que poderiam ter sido preservadas de modo a participar de um mercado
54
mais ‘globalizado’, conferindo à ação do Estado brasileiro sentido mais estratégico em
suas respectivas áreas de atuação.
II.1 – Os Sinais da Recuperação
O comportamento da economia fluminense ao longo da década de 1990 foi
caracterizado por duas fases distintas. Em sua primeira metade, a continuidade da
crise vivida na década de 1980, e na segunda, quando se interrompe a curva
descendente em que se vira lançada a economia regional, passando a apresentar “viés
de alta” com importantes mudanças não só na economia, mas também no espaço
fluminense.
Como pode ser observado no gráfico 2.1, elaborado a partir de dados da
Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro (CIDE)24 para o período
1990‐2006, a taxa de variação anual real do Produto Interno Bruto (PIB) demonstra
mudança em sua trajetória. Enquanto nos primeiros anos da década a taxa de variação
anual do PIB apresenta variações até negativas (em 1991 chega a apresentar
decréscimo de ‐ 4,06%), a partir da metade da década de 1990, a mesma apresenta
variação média positiva de 3,8%.
24 Em 31 de março de 2009, pela Lei Estadual n°5420, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro – Cide foi incorporada pela Fundação Escola de Serviço Público – Fesp, que passou a ser denominada Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – Ceperj.
55
Gráfico 2.1
Taxa de Variação Anual Real do Produto Interno Bruto no estado do Rio de Janeiro
– 1990‐2006 ‐
‐0,94
‐4,06
‐2,73
0,97
2,84
5,08
7,17
1,71
2,783,2
4,71
3,26
5,04
‐0,51
4,26 4,074,41
Fonte: Fundação CIDE. Anuário Estatístico, 2001 a 2008.
Esse mesmo fato pode também ser observado quando se analisa a
participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do país. O gráfico
2.2, elaborado a partir dos dados do sistema de Contas Regionais do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos de 1985‐2004, demonstra que
a partir de 1999 a economia fluminense começa a se recuperar frente os outros
estados da federação, fazendo com que nos anos 2000 sua participação permanecesse
acima dos 12%.
56
Gráfico 2.2
Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do Brasil – 1985‐2004
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais para 1985‐2004.
Em março de 2007, o IBGE reformulou sua metodologia e adotou o ano de
2002 como base e referência para o cálculo do PIB e das contas regionais. Nesse novo
estudo, o estado do Rio de Janeiro apresenta menor participação na economia do país
do que a apresentada pela metodologia anterior. Ainda assim, como se pode observar
no gráfico 2.3, a economia fluminense apresentou comportamento estável entre 1995
e 2008, alternando momentos de crescimento e estagnação na sua participação no PIB
para o conjunto do país.
12,70
11,59
11,14
11,00
10,32
10,86 12
,28
12,07
11,77
11,34
11,52
11,14
11,22
11,01
11,75
12,52
12,35
12,64
12,23
12,60
9,09,5
10,010,511,011,512,012,513,0
Rio de Janeiro 2 por Média Móvel ( Rio de Janeiro)
57
Gráfico 2.3 Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do Brasil – 1995‐
200825
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais 2002‐2008.
Esse comportamento se repete ao se observar o total da participação
fluminense no valor adicionado bruto ao preço básico do Brasil (Tabela 2.1), mas ao se
analisar mais detidamente a economia do estado, pode ser verificado que essa
trajetória não atinge em sentido e capacidade expansiva seus diversos setores. Para
este indicador os setores ligados à agropecuária, ao comércio e aos serviços em geral
apresentaram decréscimo no período. O mesmo aconteceu com a construção civil e
aos serviços de intermediação financeira. Já a indústria, de maneira geral, apresentou
crescimento, aumentando sua participação no valor adicionado bruto do Brasil de
7,96% em 1995 para 12,72% em 2008, com ápice de 13,09% em 2006. Esse aumento é
atribuído em grande parte pela indústria extrativa, que saltou sua participação de
17,10% em 1995 para 53,53% em 2008, com ápice em 2006, quando atingiu 61,95%.
Esse comportamento não foi acompanhado com a mesma intensidade pela indústria
de transformação, que apresentou crescimento mais singelo, partindo de 5,9% em
1995, passando para 6,67 em 2008, se mantendo praticamente estável em todo o
período.
25 Conforme a metodologia adotada pelo IBGE, a nova série de contas nacionais teve como referência inicial o ano de 2000, com maior detalhamento de atividades e produtos para as Tabelas de Recursos e Usos e de setores para as Contas Econômicas Integradas. Para o período anterior a 2000 realizou‐se a retropolação dos dados até 1995, dentro das disponibilidades de informações para o período, estimando‐se uma nova série de Tabelas de Recursos e Usos na classificação do sistema, mas encadeada com a nova série no ano 2000.
11,19 11,22 11,12
11,66 11,95 11,85
11,68 11,60
11,06
11,48 11,50 11,62
11,15 11,32
10,00
10,50
11,00
11,50
12,00
12,50
58
Tabela 2.1 Participação do estado do Rio de Janeiro no valor adicionado bruto a preço básico do
Brasil por atividade econômica ‐ 1995‐2007
Rio de Janeiro Participação no valor adicionado bruto a preço básico (%) ‐ (Brasil = 100)
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Total 11,21 11,22 11,17 11,72 11,83 11,62 11,39 11,57 11,10 11,14 11,32 11,49 10,96 11,25Agropecuária 1,58 1,44 1,39 1,36 1,34 1,37 1,26 0,95 0,83 0,97 1,02 1,03 0,77 0,83 Indústria 7,96 8,61 8,46 8,74 9,57 10,08 9,84 10,40 10,39 10,69 11,68 13,09 11,78 12,72Indústria Extrativa 17,10 18,68 19,36 14,30 32,94 41,91 43,60 49,87 51,39 46,85 55,30 61,95 57,27 53,53Indústria de Transformação
5,90 6,34 6,28 6,78 7,14 6,58 6,16 6,27 6,20 6,93 6,40 6,38 6,47 6,67
Construção Civil 13,37 13,87 13,22 13,26 13,12 12,75 12,57 12,88 13,18 13,53 11,66 11,21 10,92 10,60
Siup (Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana)
8,42 8,21 8,07 8,36 8,39 8,52 9,48 8,34 8,09 7,70 8,55 8,89 8,44 5,97
Serviços 13,38 13,00 12,98 13,66 13,52 13,12 12,91 13,11 12,58 12,47 12,06 11,66 11,47 11,55Comércio 10,12 8,39 8,81 8,98 8,93 10,22 10,02 10,11 8,66 8,93 8,33 8,85 8,09 8,25
Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados
11,63 10,70 10,15 10,21 11,05 11,05 10,16 10,91 10,47 9,56 9,32 9,32 8,94 8,76
Administração, saúde e educação públicas e seguridade social
14,57 14,72 14,91 14,92 14,75 14,32 14,46 14,43 13,81 13,70 13,35 12,94 12,81 12,74
Outros 14,54 14,15 13,99 15,18 14,78 13,84 13,67 13,90 13,77 13,68 13,37 12,59 12,74 12,89
Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais do Brasil, 2002‐2008.
Do mesmo modo, os dados do Anuário Estatístico elaborado pela Fundação
CIDE26 (Tabela 2.2), que toma por base o ano de 1996 e trata do índice do produto real
entre os anos de 1997‐2006, indicam que o setor da agropecuária, que há muito se
tornou inexpressivo pela sua baixa participação na composição do PIB fluminense,
termina o período com índice de produto real de 96,2, diminuindo ainda mais sua
participação no período. Ao mesmo tempo, segundo esses dados, a atividade industrial
no Rio de Janeiro, em geral, cresceu 39,7% no período assinalado e o setor de serviços
29,5%.
26 Vide nota 23.
59
Tabela 2.2 Índice do Produto Real, segundo os setores de atividade no Estado do Rio de Janeiro
‐ 1997‐2006
Setores de atividade
Índice de base fixa (base: 1996=100)
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Agropecuária 89,1 93,9 92,7 89,0 95,9 107,2 101,3 96,7 100,4 96,2
Indústria 106,8 107,1 108,1 107,5 118,5 123,1 119,8 125,2 133,6 139,7
Indústria extrativa e de transformação
110,7 111,7 112,6 113,8 131,1 138,8 137,6 145,4 156,0 162,1
Construção civil 98,7 97,4 97,7 93,4 91,0 88,4 77,5 79,3 82,4 92,2
SIUP 104,1 105,2 108,5 106,4 97,1 94,3 91,6 88,9 93,5 94,6
Produção e distribuição de energia elétrica
105,6 110,4 112,3 112,1 99,4 94,4 91,0 89,5 96,5 96,4
Água e esgoto 101,1 96,0 100,9 92,7 89,0 87,4 86,9 77,8 72,5 76,4
Distribuição de gás 119,8 124,5 134,2 169,2 166,0 217,0 209,7 254,6 289,0 298,4
Serviços 99,6 102,4 104,0 110,9 112,7 117,3 116,6 121,5 124,3 129,5
Comércio 97,1 96,5 93,5 108,0 76,8 93,2 85,8 92,0 90,3 100,8
Transportes 104,0 109,2 110,1 112,4 118,0 122,5 117,3 117,9 123,4 124,2
Transporte rodoviário
98,4 99,7 97,4 95,2 99,8 105,0 98,2 95,0 97,7 97,5
Transporte ferroviário
96,4 104,2 124,4 141,9 144,1 154,4 161,9 185,2 204,7 217,2
Transporte hidroviário
104,0 114,4 124,7 146,4 152,8 148,9 153,8 170,8 183,6 183,3
Transporte aéreo 124,9 141,1 148,8 156,5 166,3 165,9 150,5 163,2 183,7 186,5
Comunicações 70,0 74,0 71,4 95,1 106,4 101,6 98,9 97,8 104,6 114,4
Instituições financeiras
127,9 118,5 128,6 138,7 159,9 147,9 121,5 126,7 143,5 145,9
Aluguel de imóveis 101,3 102,7 104,1 105,6 107,5 108,9 110,3 111,7 113,1 114,6
Administração pública
96,0 94,7 107,3 109,7 106,4 117,5 114,5 119,8 113,1 114,6
Outros Serviços 98,5 105,7 104,7 109,8 115,6 120,0 128,4 135,9 141,8 147,9
Saúde privada 83,1 112,1 90,3 94,8 128,5 123,0 131,6 129,3 138,0 120,5
Educação privada 111,5 113,1 109,0 114,3 102,0 104,8 112,5 134,2 109,3 104,9
Alojamento e alimentação
102,6 105,7 111,8 117,3 129,4 137,4 132,1 151,4 155,4 182,0
Reparação 90,5 73,7 93,5 98,2 83,5 89,4 102,7 112,6 82,2 44,6
Outros serviços prestados às famílias
95,1 106,6 106,7 112,0 122,7 116,4 110,0 131,7 127,1 152,7
Serviços prestados às empresas
103,9 109,0 107,7 113,0 112,4 124,1 139,4 140,9 161,3 171,4
Serviços privados não mercantis
93,3 93,3 107,6 129,7 135,5 142,6 158,0 171,4 170,2 172,7
Serviços domésticos 98,5 94,5 99,7 100,5 107,5 112,9 111,7 117,0 112,0 121,8
Fontes: Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro ‐ Fundação CIDE (Anuário Estatístico, 2008). Nota: Valores revistos em outubro/2008.
60
Em relação aos serviços, constata‐se que a atividade comercial permaneceu
estável no período. O setor de transportes merece destaque, com crescimento em
geral de 24,2%. Um dado que chama a atenção foi o expressivo crescimento do
transporte ferroviário no estado, com acréscimo de 117,2% no período, e do
transporte aéreo e hidroviário, que cresceram, respectivamente, 86,5% e 83,3%. Vale a
pena destacar o crescimento das atividades de serviços prestados às empresas
(71,4%), dos serviços não mercantis (72,7%), dos serviços domésticos (21,8%), das
instituições financeiras (45,9%), de alojamento e alimentação (82%) e da
administração pública (14,6%).
Em relação à indústria, percebe‐se que o crescimento em conjunto da
indústria extrativa e de transformação atingiu 62% no período 1997‐2006. O setor de
distribuição de gás aumentou 198,4% e o setor de extração de petróleo e gás cresceu
163% no período. Analisando os dados da Tabela 2.3, observa‐se o crescimento na
fabricação de material de transporte, com o expressivo crescimento de 939,21% no
período 1997‐2006, de papel e celulose (73,05%), da gráfica (62,3%), produtos da
borracha (61,77%), da indústria de bebidas (41,1%), da metalurgia (40,89%), de
material eletro‐eletrônico (40,49%), farmacêutica 32,31% e química (20,18%).
61
Tabela 2.3
Índice do produto real das indústrias extrativa e de transformação, segundo os
gêneros Estado do Rio de Janeiro ‐ 1997‐2006
Gêneros Índice de base fixa (base: 1996=100)
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Total 110,69 111,68 112,63 113,79 131,08 138,85 137,60 145,38 155,99 162,07
Indústria extrativa 109,82 130,63 150,35 172,88 182,49 210,23 212,74 211,75 240,42 253,26
Extração de petróleo e gás 110,48 131,95 154,79 178,95 189,20 217,96 220,73 219,76 249,57 263,00
Extração de outros minerais 92,72 98,33 76,52 57,93 43,86 51,22 40,42 37,03 38,51 34,56
Indústria de transformação 110,87 107,89 106,90 101,67 126,21 124,50 120,74 135,25 136,57 139,41
Prod. de min. não metálicos 91,42 96,40 105,68 97,88 98,68 100,62 93,01 99,73 89,97 88,22
Metalurgia 109,67 105,76 99,10 92,08 118,88 120,57 119,61 117,33 132,33 140,89
Máquinas e equipamentos 120,93 129,36 148,70 115,91 165,06 71,67 72,69 46,84 41,79 65,19
Material eletro eletrônico 129,00 128,12 82,14 98,86 131,34 89,95 82,87 77,81 105,02 140,49
Material de transporte 158,69 184,21 173,74 250,40 407,36 601,87 624,57 1.406,72 1.257,25 1.039,21
Madeira e mobiliário 98,09 93,49 81,06 81,17 81,19 80,49 74,39 67,69 67,64 65,61
Papel e celulose 96,24 90,05 90,07 93,20 104,61 101,73 97,87 108,95 160,99 173,05
Gráfica 116,30 93,04 78,71 92,35 125,21 114,94 130,80 131,45 156,65 162,29
Produtos de borracha 103,88 108,98 111,48 152,38 147,07 146,41 158,55 168,48 158,83 161,77
Química 110,91 121,66 127,83 112,34 137,02 133,90 124,17 129,67 117,84 120,18
Farmacêutica 108,97 110,95 121,69 108,85 119,32 126,69 119,72 129,68 141,58 132,31
Artigos de perfumaria 101,68 104,06 86,45 91,19 113,76 121,53 114,28 116,70 100,32 96,03
Artigos plásticos 99,51 83,87 79,22 72,34 92,24 78,48 69,33 68,90 72,67 76,73
Têxtil 85,55 78,43 82,24 74,35 80,45 97,69 80,08 80,85 103,88 105,97
Vestuário 97,90 99,22 111,99 116,42 128,61 116,43 100,71 95,23 110,77 120,19
Calçados 44,33 54,66 43,69 42,93 52,56 48,47 46,06 42,69 80,45 85,84
Produtos alimentares 103,26 91,53 88,00 80,49 83,18 83,51 78,05 86,11 105,37 105,32
Bebidas 131,90 110,92 101,85 93,16 104,26 100,22 91,64 109,51 121,13 141,11
Indústria fonográfica 110,20 121,38 110,24 104,25 108,87 84,49 33,86 6,38 18,81 13,64
Ourivesaria e bijuteria 119,16 98,22 110,02 117,14 149,89 143,08 131,84 127,24 124,97 123,59
Equip. e materiais médicos 105,15 168,17 193,16 199,73 180,14 187,19 148,10 154,42 82,78 82,03
Indústrias diversas 128,87 129,97 159,56 168,79 298,42 208,44 208,73 212,16 177,86 206,94
Fontes: Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro ‐ Fundação CIDE (Anuário Estatístico, 2008) Nota: Valores revistos em outubro/2008.
Esses dados demonstram que a recuperação recente da economia fluminense
esteve atrelada principalmente à atividade de exploração de gás e petróleo, que atuou
como uma espécie de “carro‐chefe”, dinamizando com seu crescimento outros setores
da economia, que igualmente iniciaram a apresentar indicadores positivos.
Conforme os Censos Industriais realizados pelo IBGE, a participação
fluminense na produção da indústria de transformação aponta que a inflexão
econômica positiva ocorreu nas indústrias predominantemente produtoras de bens
intermediários, setor em que o estado do Rio de Janeiro em 1996 era responsável por
10,1% da produção nacional e passou em 2003 a ser responsável por 10,6% e,
principalmente, nas indústrias predominantemente produtoras de bens de capital e de
62
consumo durável, em que o estado era responsável por 3,2% em 1996 e passou para
6,4% em 2003. Os mesmos dados apontam que houve recuo na participação na
produção de bens de consumo não durável, passando de 9,2% em 1996 para 5,4% em
2003 (vide Tabela 2.4).
Tabela 2.4 Indústria de transformação, segundo os grupos de indústrias, período 1970‐2003
(Brasil=100%)
Grupo I – Indústrias predominantemente produtoras de bens de consumo não durável
Grupo II – Indústrias predominantemente produtoras de bens intermediários
Grupo III – Indústrias predominantemente
produtoras de bens de capital e de consumo durável
Todos os Ramos
1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003RJ 16,2 11,2 9,2 9,2 5,4 16,7 10,2 10,6 10,1 10,6 12,8 10,4 7,8 3,2 6,4 15,7 10,6 9,5 8,1 8,0 SP 52,9 46,1 43,9 45,5 39,9 54,0 51,5 49,8 48,0 42,3 76,0 66,4 66,6 64,2 53,7 58,1 53,4 51,9 50,9 44,0MG 5,7 6,4 6,6 7,9 7,4 9,5 10,0 11,5 10,0 11,1 2,8 6,0 5,0 7,1 6,7 6,4 7,7 8,3 8,4 8,9
Sudeste 75,3 64,6 60,8 63,5 53,4 80,9 72,8 73,2 70,0 66,9 91,7 83,2 79,9 74,6 67,1 80,7 72,6 70,9 68,5 62,5
Fonte: dados brutos a partir do IBGE – Censos Industriais. Apud Cano (2007), p.176.
Ao se analisar a estrutura regional (VTI) por grupos de indústrias na Tabela
2.5, percebe‐se que a inflexão econômica foi ainda maior no período. Enquanto para
as indústrias de bens de consumo não durável o recuo permaneceu, caindo de 45,9%
em 1996 para 22,6% em 2003, nas indústrias produtoras de bens intermediários (BI), a
estrutura regional subiu de 44,7% em 1996 para 60,2% em 2003, e nas indústrias
produtoras de bens de capital e bens de consumo durável (BCD + BK), de 9,4% em
1996, para 17,2% em 2003. Segundo CANO (2008), em relação à produção de bens
intermediários a alta se deve sobretudo à metalurgia básica, minerais não‐metálicos e
aos derivados de petróleo e álcool. Quanto à alta nos bens de consumo durável e de
bens de capital, ela se deve a duas novas plantas de veículos automotores instaladas
no estado no período, que elevaram os números, sendo que, segundo o autor, outros
ramos apresentaram crescimentos mais modestos.
63
Tabela 2.5 Indústria de Transformação: estrutura regional (VTI) por grupos de indústrias,
período 1970‐2003 – (%)
Grupo I – Indústrias predominantemente produtoras de
bens de consumo não durável
Grupo II – Indústrias predominantemente produtoras de
bens intermediários
Grupo III – Indústrias predominantemente produtoras de
bens de capital e de consumo durável
1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003RJ 45,2 35,9 32,7 45,9 22,6 37,7 39,4 47,0 44,7 60,2 17,1 24,7 20,3 9,4 17,2 SP 39,8 29,3 28,2 36,0 30,2 32,8 39,5 40,6 33,7 43,5 27,4 31,2 31,2 30,3 26,3 MG 38,6 27,9 26,9 37,6 27,7 52,3 52,8 58,2 42,2 56,2 9,1 19,3 14,9 20,2 16,1
Sudeste 40,8 30,2 28,6 37,3 28,4 35,4 41,1 43,9 36,5 48,4 23,8 28,7 27,5 26,2 23,2 Brasil 43,7 33,9 33,2 40,3 33,3 35,4 41,0 42,4 35,7 45,2 20,9 25,1 24,4 24,0 21,6
Fonte: dados brutos a partir do IBGE – Censos Industriais e Tabulações especiais de 1985, e PIAs de 1996 e 2003. Apud Cano (2007), p.163.
Na análise desses dados é importante lembrar que no período 1989‐96,
ocorreu importante transição na economia brasileira, em que a estabilização de preços
e a valorização cambial acabaram sendo destrutivas para o setor industrial. A partir de
1994, ocorreu uma enxurrada de importações que alterou as estruturas produtivas
internas de vários ramos, substituindo insumos nacionais e até mesmo produtos finais
por importados. Ainda: a partir de 1993‐1994 os preços internacionais iniciam um
período de alta, que atingiria níveis elevados após 2003. Se isso não fosse o bastante,
em janeiro de 1999 ocorreu nova crise cambial e nova desvalorização, que por sua vez
gerou efeitos de contenção das importações... , mas apenas após 2000. A partir de
2004, ocorre nova valorização cambial que permanece até 2007. Todas essas variações
acabaram gerando efeitos nos custos, estimativas de preços e estrutura produtiva, que
devem ter seu ‘peso’ considerado na análise desses indicadores. (CANO, 2008)
Essa reversão na trajetória econômica também se reflete na demonstração de
desempenho das exportações do estado do Rio de Janeiro. Conforme os dados da
Secretaria de Comércio Exterior, as exportações fluminenses de produtos básicos
tiveram uma taxa de crescimento anual de 128,2% e a de produtos industrializados de
8,8% no período de 1994 a 2008, fazendo com que o total de exportações saltasse de
aproximadamente U$ 2,3 bilhões em 1994 para cerca de U$ 18,7 bilhões em 2008,
sendo responsável por 9,5% das exportações no país (vide Tabela 2.6).
64
Tabela 2.6 Demonstração do Desempenho das Exportações do estado do Rio de Janeiro (1994‐
2008) Totais por Fator Agregado (US$ 1.000 FOB)
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior, Departamento de
Operações de Comércio Exterior
Além disso, ao se comparar o desempenho das exportações do estado do Rio
de Janeiro e do país para o período entre 1991 e 2008, verifica‐se que as exportações
fluminenses tiveram taxa de crescimento anual de 16,51%, enquanto as exportações
brasileiras no mesmo período cresceram anualmente 11,81%, fazendo com que a
participação do estado nas exportações nacionais passasse de 5,56% em 1991 para
9,45% em 2008 (vide Tabela 2.7).
Ano Básicos Industrializados
(A+B) Semimanufatura
dos (A) Manufaturados
(B) Operações Especiais
T O T A L
1994 57.043 2.123.197 93.976 2.029.221 124585 2.304.825
1995 115.604 1.755.530 193.480 1.562.051 186463 2.057.597
1996 38.887 1.662.220 133.464 1.528.756 183209 1.884.316
1997 10.631 1.525.381 101.412 1.423.969 197489 1.733.501
1998 19.612 1.601.844 84.355 1.517.489 160.849 1.782.305
1999 14.964 1.453.850 131.514 1.322.336 172.033 1.640.847
2000 175.201 1.436.162 136.001 1.300.162 228.749 1.840.112
2001 738.208 1.451.416 126.606 1.324.810 215.973 2.405.597
2002 1.654.242 1.747.390 173.649 1.573.741 257.176 3.658.807
2003 1.924.952 2.466.241 238.599 2.227.642 457.352 4.848.545
2004 2.262.234 4.186.024 387.643 3.798.381 584.210 7.032.468
2005 3.561.154 3.773.431 303.415 3.470.016 866.996 8.201.581
2006 6.654.657 4.136.820 347.398 3.789.422 693.354 11.484.831
2007 8.423.588 5.276.817 318.015 4.958.802 615.289 14.315.694
2008 12.542.397 5.232.287 188.019 5.044.268 939.718 18.714.402
Taxa Anual de Cresc. 2008‐
1994 (%)
128,2 8,8 11,9 9,0 19,0 18,0
65
Tabela 2.7
Comparação entre o Desempenho das Exportações do estado do Rio de Janeiro e do Brasil
1991‐2008
Ano Valor das exportações (FOB US$) Rio de Janeiro/Brasil
Taxa de crescimento em relação ao ano anterior (%)
Rio de Janeiro Brasil Rio de Janeiro Brasil
1991 1.759.078,00 31.620.459 5,56% ‐ ‐ 1992 1.892.607,00 35.792.986 5,29% 7,59 13,20 1993 2.110.349,00 38.554.769 5,47% 11,50 7,72 1994 2.304.825,00 43.545.149 5,29% 9,22 12,94 1995 2.057.597,00 46.506.282 4,42% ‐10,73 6,80 1996 1.884.316,00 47.746.728 3,95% ‐8,42 2,67 1997 1.733.501,00 52.982.726 3,27% ‐8,00 10,97 1998 1.782.305,00 51.139.862 3,49% 2,82 ‐3,48 1999 1.640.847,00 48.012.790 3,42% ‐7,94 ‐6,11 2000 1.840.112,00 55.118.920 3,34% 12,14 14,80 2001 2.405.597,00 58.286.593 4,13% 30,73 5,75 2002 3.658.807,00 60.438.653 6,05% 52,10 3,69 2003 4.848.545,00 73.203.222 6,62% 32,52 21,12 2004 7.032.468,00 96.677.497 7,27% 45,04 32,07 2005 8.201.581,00 118.529.184 6,92% 16,62 22,60 2006 11.484.831,00 137.807.470 8,33% 40,03 16,26 2007 14.315.694,00 160.649.073 8,91% 24,65 16,58 2008 18.714.402,00 197.942.443 9,45% 30,73 23,21
Crescimento Médio Anual (%): 16,51 11,81
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior, Departamento de Operações de Comércio Exterior.
Esses dados das exportações fluminenses ajudam a elucidar o recente
desempenho da economia fluminense, uma vez que as atividades produtivas
desempenhadas pelo estado do Rio de Janeiro, ao longo do século XX, caracterizavam‐
se por estar voltadas ao mercado interno. Assim, a maior inserção da economia
fluminense no comércio mundial sinaliza que há mudanças importantes em sua
estrutura produtiva, pois tanto as exportações de produtos básicos quanto a de
produtos industrializados ampliaram sua participação e cresceram a taxas superiores
que as das exportações brasileiras.
Ao analisarmos as maiores empresas exportadoras do estado do Rio de
Janeiro (Tabela 2.8), verifica‐se a predominância das empresas do setor energético. As
quarenta maiores empresas foram responsáveis em 2008 por 95,6%, sendo que dentre
elas a Petrobrás foi responsável por 71,09% das exportações fluminenses. Ainda assim,
é importante destacar a presença no ranking de empresas ligadas à siderurgia,
66
indústria automobilística e indústria química, algumas delas com expressivo
crescimento no período assinalado, o que demonstra o maior dinamismo não apenas
de setores ligados às atividades extrativas.
Tabela 2.8
Principais empresas exportadoras do estado do Rio de Janeiro (2008)
Ord. Descrição 2008 (Jan/Dez) 2007 (Jan/Dez) Var%
US$ F.O.B Part% US$ F.O.B. Part% 2008/2007
TOTAL 18.714.401.761 100 14.315.694.020 100 30,73
TOTAL DAS PRINCIPAIS EMPRESAS 17.891.275.745 95,6 12.916.769.572 90,23 38,51
1 PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS 13.304.438.496 71,09 9.133.938.401 63,8 45,66
2 SHELL BRASIL LTDA 705.434.229 3,77 469.463.625 3,28 50,26
3 FSTP BRASIL LTDA 623.298.410 3,33 555.676.184 3,88 12,17
4 COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL 335.028.164 1,79 789.330.979 5,51 ‐57,56
5 VOLKSWAGEN CAMINHOES E ONIBUS IND. E COM. 323.357.051 1,73 85.537.356 0,6 278,03
6 SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPACOES INDUST E CO 264.654.218 1,41 182.074.520 1,27 45,35
7 PEUGEOT‐CITROEN DO BRASIL AUTOMOVEIS LTDA 217.930.497 1,16 204.102.762 1,43 6,77
8 RIO POLIMEROS S.A. 192.715.687 1,03 180.900.397 1,26 6,53
9 PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A 188.207.021 1,01 143.621.268 1 31,04
10 FMC TECHNOLOGIES DO BRASIL S.A. 172.840.552 0,92 50.383.199 0,35 243,05
11 ESSO BRASILEIRA DE PETROLEO LIMITADA 125.412.557 0,67 56.087.805 0,39 123,6
12 DEVON ENERGY DO BRASIL LTDA. 93.972.063 0,5 16.057.240 0,11 485,23
13 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S A 85.464.609 0,46 25.335.134 0,18 237,34
14 PRODUTOS ROCHE QUIMICOS E FARMACEUTICOS S A 82.212.524 0,44 69.651.347 0,49 18,03
15 H STERN COMERCIO E INDUSTRIA S A 74.625.774 0,4 75.478.471 0,53 ‐1,13
16 AIBEL OLEO E GAS LTDA 72.211.464 0,39 6.266 ‐‐‐ ‐‐‐
17 WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS S/A 71.588.214 0,38 51.866.930 0,36 38,02
18 FERREIRA INTERNATIONAL LTDA 68.231.317 0,36 39.408.921 0,28 73,14
19 VALESUL ALUMINIO S A 67.254.858 0,36 92.431.706 0,65 ‐27,24
20 BR METALS FUNDICOES LTDA 66.896.313 0,36 61.912.925 0,43 8,05
21 PETROFLEX IND E COM S.A. 66.265.431 0,35 69.211.682 0,48 ‐4,26
22 DRESSER INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA 63.575.292 0,34 43.983.377 0,31 44,54
23 SK DO BRASIL LTDA. 62.586.538 0,33 10.689.424 0,07 485,5
24 BAYER S.A. 59.936.759 0,32 54.090.203 0,38 10,81
25 ELECTRO VIDRO S A 48.190.073 0,26 61.402.527 0,43 ‐21,52
26 GERDAU ACOS LONGOS S.A. 47.261.625 0,25 53.537.943 0,37 ‐11,72
27 PROCOSA PRODUTOS DE BELEZA LTDA 40.225.399 0,21 25.632.218 0,18 56,93
28 GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA 38.645.524 0,21 35.700.163 0,25 8,25
29 SCHWEITZER‐MAUDUIT DO BRASIL S.A. 38.090.772 0,2 28.782.820 0,2 32,34
30 SOG ‐ SISTEMAS EM OLEO E GAS S/A 31.814.530 0,17 ‐‐‐ ‐‐‐ ‐‐‐
31 IBF INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FILMES S/A. 29.066.542 0,16 28.462.005 0,2 2,12
32 COMPANHIA BRASILEIRA DE AMARRAS BRASILAMARRAS 28.982.442 0,15 34.123.049 0,24 ‐15,06
33 PURAC SINTESES INDÚSTRIA E COMERCIO LIMITADA 28.976.458 0,15 22.697.488 0,16 27,66
34 SAINT‐GOBAIN CANALIZACAO LTDA 27.945.301 0,15 44.470.195 0,31 ‐37,16
35 WELLSTREAM DO BRASIL INDÚSTRIA E SERVICOS LTDA 27.787.734 0,15 5.918.698 0,04 369,49
36 MAT S/A. 26.165.176 0,14 16.081.203 0,11 62,71
37 SCHOTT BRASIL LTDA 25.307.823 0,14 20.803.543 0,15 21,65
38 QUATTOR PETROQUIMICA S.A. 22.730.311 0,12 54.403.143 0,38 ‐58,22
39 LUBRIZOL DO BRASIL ADITIVOS LTDA 21.378.875 0,11 15.166.971 0,11 40,96
40 MARINE PRODUCTION SYSTEMS DO BRASIL LTDA 20.569.122 0,11 8.347.484 0,06 146,41
41 DEMAIS EMPRESAS 823.126.016 4,4 1.398.924.448 9,77 ‐41,16
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior, Departamento de Operações de Comércio Exterior.
67
II.2 – Velho prognóstico ou novas perspectivas?
Mesmo diante do crescimento em setores‐chave da economia fluminense e
dos sinais de recuperação em outros verificados a partir de meados da década de
noventa, ainda é uma tarefa difícil traçar um prognóstico minimamente confiável
sobre a trajetória econômica do conjunto do estado, que apresentou um
comportamento errático, alternando momentos de crescimento e estagnação, ao
longo do período. No entanto, o ‘velho’ prognóstico elaborado ao final da última
década de oitenta de que a economia fluminense teria entrado em trajetória
irreversível de queda pode ser abandonado. Os dados, apesar de demonstrarem que a
economia fluminense ingressou em uma nova fase, podendo ser denominada de
‘inflexão econômica positiva’, ainda não experimentou taxas de crescimento
sustentadas no tempo, apresentando variações em sua dinâmica conforme o contexto
econômico nacional e no desempenho de alguns setores.
Não obstante, essa nova fase fez com que diversos novos investimentos, tanto
privados como do Estado, começassem a ser anunciados, o que trouxe nova
perspectiva para o estado do Rio de Janeiro. Grande parte dos investimentos estatais
anunciados para o período deve‐se ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
do Governo Federal, que em parceria com governos estaduais e municipais, prevê
investimentos no país divididos em três eixos principais: (1) energia, (2) logística de
transporte e (3) social e urbana. Além disso, o programa apresenta como um de seus
pilares a desoneração de tributos para incentivar mais investimentos no Brasil e prevê
a redução de tributos para os setores de semicondutores, de equipamentos aplicados
à TV digital, de microcomputadores, de insumos e serviços usados em obras de
infraestrutura, e de perfis de aço. O plano contempla também medidas fiscais de longo
prazo, podendo ser citado o controle das despesas com a folha de pagamento, como
também, a modernização do processo de licitação. Para o estado do Rio de Janeiro há
a previsão de serem investidos um total de R$ 484,4 bilhões (sendo R$ 125,7 bilhões
até 2010 e R$ 358,7bilhões após 2010). (vide Tabela 2.9).
68
Tabela 2.9
Investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para o
estado do Rio de Janeiro (em R$ milhões)
Eixo Empreendimentos Exclusivos
Empreendimentos de Caráter Regional
2007‐2010 Pós 2010 2007‐2010 Pós 2010
Logística 11.751,0 865,0 32,0 33.225,6
Energética 73.093,8 289.001,8 12.089,3 35.594,6
Social e Urbana 28.777,0 29,6 ‐ ‐
Total 113.621,8 289.896,4 12.121,3 68.820,2Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, Balanço 4 Anos, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2010.
Os investimentos em infraestrutura logística, da ordem de R$ 33,3 bilhões, se
efetivamente realizados irão interligar diferentes partes do território, com melhoria
nos eixos formados pela rodovia BR‐101, que cruza o estado interligando a capital com
o litoral e as regiões Norte e Noroeste do estado, e pela rodovia BR‐393, que cruza o
interior do estado e pela construção do arco rodoviário metropolitano que interliga as
rodovias BR‐101, BR‐040 e BR‐493, considerado fundamental para a integração
logística do estado e maior utilização do porto de Itaguaí (Mapa 2.1). Além disso, há a
previsão da construção de trem de alta velocidade que interligaria a capital carioca e a
capital paulista.
Como apontado por NATAL (2005), esses investimentos uma vez efetivados
reforçam o processo de integração espacial do estado que começou a ganhar fôlego
nas últimas décadas e proporciona maior vinculação produtiva entre interior, região
metropolitana e capital. Segundo o autor, no início dos anos 1980, quando da fusão,
poucos ainda eram os laços existentes entre a capital e o interior fluminense; sendo
que, aponta ele, a partir da década de 1990 transformações espaciais importantes e
maior articulação da rede urbana intraestadual começaram a ganhar força, uma vez
que historicamente os vínculos da capital fluminense se davam para fora do território
do atual ERJ, fazendo com que sua relação com o interior do próprio estado fosse
marcadamente frágil.
69
MAPA 2.1
Investimentos em Infraestrutura Logística prevista no Programa de Aceleração do
Crescimento ‐ PAC
Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, 7º Balanço, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2009.
Os investimentos anunciados para infraestrutura energética somam
aproximadamente R$ 410 bilhões e possuem previsão para serem aplicados na
geração de energia elétrica por meio da construção de usinas hidrelétricas (UHE),
termoelétricas (UTE), parque eólico e da usina termonuclear de Angra III (UTN); na
produção de Petróleo e Gás Natural, e na construção de gasodutos e do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj (vide Mapa 2.2).
70
MAPA 2.2 Investimentos em Infraestrutura Energética previstas no Programa de Aceleração do
Crescimento ‐ PAC
Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ Programa de Aceleração do Crescimento –
PAC, 7º Balanço, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2009.
71
De acordo com os dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro – FIRJAN (2009), através do estudo intitulado ‘Decisão Rio’, a instalação do
Comperj irá abrigar em uma mesma planta industrial em uma área de 20 milhões de
m2, uma Unidade de Refino de primeira geração, também chamada de Unidade de
Petroquímicos Básicos (UPB), que deverá consumir pelo menos 50% do total do
investimento e será responsável pela produção dos petroquímicos básicos; um
conjunto de unidades de segunda geração, denominadas Unidades Petroquímicas
Associadas (UPAs), que irão transformar esses produtos básicos em produtos
petroquímicos; e uma Central de Utilidades (UTIL), responsável pelo fornecimento de
água, vapor e energia elétrica necessários para a operação de todo o Complexo. O
Comperj pretende utilizar como matéria prima para sua operação o óleo pesado,
material que o país hoje exporta. Além disso, no projeto, está prevista a instalação da
Central de Escoamentos de Produtos Líquidos, orçada em R$ 422 milhões e tem como
objetivo aperfeiçoar a distribuição entre Itaboraí e os terminais de carregamento na
Baía de Guanabara, e a instalação de um Centro de Integração, que tem como objetivo
a capacitação da mão de obra para o complexo.
Segundo a FIRJAN (2009), a previsão é que sejam atraídas mais de 350 novas
indústrias de produtos de material plástico para o estado, gerando investimentos da
ordem de R$ 900 milhões. De acordo com o mesmo estudo, se considerado um
cenário otimista – com 27% das resinas produzidas pelo Comperj sendo absorvidos
pelo mercado fluminense – a previsão é de que mais de 720 novas indústrias poderão
vir a se instalar no estado, com potencial de geração de R$ 1,8 bilhão em
investimentos. Além disso, no que se refere à fase de operação, a expectativa da
Petrobras é que o Comperj gere um faturamento anual da ordem de US$ 5,8 bilhões,
decorrente de vendas tanto dos produtos produzidos pela Unidade de Petroquímicos
Básicos (62%) quanto pela de Petroquímicos Associados (38%).
Segundo esse mesmo estudo, estão previstos para o estado do Rio de Janeiro
R$ 126,3 bilhões de investimentos públicos27 e privados entre os anos de 2010 e 2012
de origem nacional e estrangeira, sendo 75,5% dos projetos previstos em novas
27 Parte dos investimentos públicos relatados no documento ‘Decisão Rio’ faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC mencionado acima.
72
plantas, enquanto 20,2% destinados à expansão/modernização e 4,2% à construção de
embarcações. Desse montante, estão previstos R$ 28,6 bilhões em infraestrutura e R$
97,4 bilhões (77,1%) em investimentos na indústria, sendo R$ 20,3 bilhões para
indústria de transformação e R$ 77,1 bilhões da Petrobras (vide Tabela 2.10).
Conforme a FIRJAN (2009), para o setor siderúrgico fluminense também há
previsão de novos investimentos para o período 2010‐12. Esses investimentos ganham
ainda mais importância, tanto pela sua magnitude quanto pelo impacto econômico
que essa atividade exerce sobre os demais setores, em vista dos seus efeitos ‘para
frente e para trás’ (extensa cadeia produtiva). Dentre os principais investimentos
previstos para o setor estão: a construção da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do
Atlântico (TKCSA), com investimento total previsto de R$ 13,1 bilhões28; a construção
de uma nova usina siderúrgica do Grupo Votorantim, com capacidade de produção de
1 milhão de toneladas de fio‐máquina e vergalhão, orçados em R$ 1,2 bilhão; e a
construção de uma plataforma logística pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),
com previsão de investimentos totais na ordem de R$ 3,7 bilhões.
Vale a pena também destacar o projeto do Complexo Portuário do Açu, que
prevê a construção de um terminal portuário em São João da Barra, de uma usina de
pelotização, píeres offshore com acesso por meio de um canal com 21 metros de
profundidade e capacidade para receber navios de grande porte com berços de
atracação especializados e dedicados às diferentes famílias de produtos. O Porto do
Açu é um dos maiores investimentos do país em terminais marítimos privados, com
previsão de investimentos totais, segundo a Firjan, de R$ 3,6 bilhões. Possui
localização estratégica, próximo aos campos de petróleo das bacias de Campos e do
Espírito Santo e há a previsão de induzir atração de novas empresas para a região, ao
mesmo tempo gerando novas demandas sobre a mão de obra local e a infraestrutura
urbana, levando a um movimento de rápida transformação econômica e sócio‐espacial
no norte fluminense.
28 No dia 07 de setembro de 2010 foi inaugurado o complexo siderúrgico com a conclusão de sua primeira etapa.
73
Tabela 2.10
Vinte maiores investimentos previstos para o período 2010‐2012
Investimento Setor Município Objetivo Investimento (R$ bilhões)
Comperj Petroquímica Itaboraí Implantação 14,6
Chevron Energia Campos Implantação 4,4
Usina Termelétrica do Açu Energia São João da
Barra Implantação 4,3
Angra 3 Energia Angra dos Reis Implantação 4,0
CSN – Plataforma logística em Itaguaí Transporte / Logística
Itaguaí Expansão /
Modernização 3,7
Complexo Portuário do Açu Transporte / Logística
São João da Barra
Implantação 2,0
OGX Energia Campos Implantação 1,5
Eisa Indústria Naval Rio de Janeiro Construção de Embarcação
1,4
Grupo Fisher Indústria Naval Vários Expansão /
Modernização 1,3
Governo Federal Desenvolvimento
Urbano Vários
Expansão / Modernização
1,1
Porto do Sudeste Transporte / Logística
Itaguaí Implantação 1,1
Light AS – UHE Itaocara Energia Vários Implantação 0,6
Gerdau Terminal Portuário
Itaguaí Implantação 0,6
Metrô – Linha 1A Transporte / Logística
Rio de Janeiro Expansão /
Modernização 0,5
Aeroporto Internacional Tom Jobim Transporte / Logística
Rio de Janeiro Expansão /
Modernização 0,4
Porto Maravilha Desenvolvimento
Urbano Rio de Janeiro
Expansão / Modernização
0,4
MRS Logística Transporte / Logística
Vários Expansão /
Modernização 0,4
STX Europe Indústria Naval Niterói Construção de Embarcação
0,4
Coquepar – Companhia de Coque Calcinado de Petróleo
Petroquímica Seropédica Implantação 0,3
Michelin Borracha Itatiaia Implantação 0,3
Fonte: FIRJAN – FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Decisão Rio Investimentos 2010‐2012, Rio de Janeiro, 2009.
O Complexo do Açu é parte integrante de um projeto ainda maior da empresa
MMX e Anglo American conhecido como Sistema Minas‐Rio, que compreende também
a construção de uma mina para extração de minério de ferro localizada no município
de Alvorada, em Minas Gerais, com capacidade de produção estimada em 26,5
74
milhões de toneladas ao ano de finos de pelotização e um mineroduto de 525 km de
extensão, a ser utilizado para transportar minério de ferro até o terminal portuário do
Açu. A previsão é que a partir de 2012, o Porto do Açu tenha capacidade para
movimentar 11,5 milhões de toneladas de carvão, atendendo à demanda de empresas
siderúrgicas e de uma termelétrica previstas para serem instaladas em sua área de
influência. Além disso, está apontada a construção de um terminal de carga geral, com
capacidade para movimentar contêineres, granito e produtos siderúrgicos. Foi
projetado ainda um terminal de granel líquido, que atenderá primeiramente às
necessidades de movimentação de etanol, derivados de petróleo e Gás Natural
Liquefeito (GNL), com capacidade de 4 milhões de metros cúbicos por ano.
Para o setor portuário, ainda, está prevista a construção do Porto do Sudeste,
com investimentos totais orçados de R$ 1,5 bilhão, sendo indicado que ele será
localizado ao lado do já existente Porto de Itaguaí. O projeto prevê a construção de um
porto com profundidade de 18,50 metros para receber navios com grande capacidade
(tipo capesize), dedicado à exportação do minério de ferro que será trazido pela malha
ferroviária da MRS Logística da mina pertencente ao grupo MMX, responsável pela
construção do porto, da região de Serra Azul, localizada a sudoeste de Belo Horizonte,
e à importação de granéis sólidos, principalmente carvão. Sua capacidade de
armazenagem será de até 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e tem
a previsão de gerar 3.000 empregos na fase de construção e 450 em sua fase de
operação.
A indústria naval brasileira, praticamente desativada em meados da década
de 1990, a partir do ano 2000 iniciou movimento de crescente reativação das suas
unidades fabris, impulsionadas de um lado pelas reformas e construção de plataformas
da Petrobras e navios da Transpetro e, de outro, pelas encomendas de embarcações
de apoio às atividades de exploração e produção de petróleo em alto mar. Esse
movimento vem beneficiando particularmente o estado do Rio de Janeiro, que
historicamente possui número significativo de estaleiros e grande contingente de
trabalhadores especializados no setor. Aproximadamente vinte estaleiros foram
reabertos no estado do Rio, o que significou a criação de empregos e a geração de
75
oportunidades na cadeia de fornecedores da indústria da construção naval e
anunciados investimentos como o do estaleiro Mauá (com investimentos de R$ 627,2
milhões), da STX Europe (com previsão de R$ 1,1 bilhão de investimentos) e da EISA
(com previsão de investimentos de R$ 1,4 bilhão de reais).
A confirmação da capital carioca como uma das sedes para a Copa do Mundo
de futebol em 2014 e como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 também é outro ponto
que merece destaque. Primeiramente, pela quantidade de recursos que a cidade irá
receber, com previsão de um total de aproximadamente R$ 29 bilhões – R$ 23,2
bilhões em infraestrutura ‐ em investimentos municipais, estaduais e federais, além de
parcerias a serem realizadas com a iniciativa privada. Em segundo lugar, a realização
desses eventos na cidade trouxe de volta a autoestima do carioca, há muito perdida ao
longo da degradação que passou a cidade em particular e o estado do Rio de Janeiro
como um todo.
“O Rio de Janeiro sintetiza, como poucas cidades no mundo, a alma, os sonhos, os ideais de um país. É, também, um exemplo de resistência. Depois de décadas de abandono e decadência, persiste no Brasil e no exterior, como símbolo do que temos – ou podemos ter – de melhor. [...] A cidade está diante da chance histórica de transformar a saudade de um passado glorioso em projeto de futuro” (Revista VEJA, 07 de outubro de 2009, p. 23).
O projeto Olímpico contou com a união estabelecida entre o governo federal,
o governo estadual e a prefeitura. Esse ponto é interessante, pois, por um longo
período não ocorria no estado fluminense esse alinhamento entre as diferentes
esferas do poder. Pelo contrário, as diversas disputas políticas sempre colocaram no
cerne do debate que o abandono e a situação de esvaziamento econômico do Rio se
deram pela transferência da capital, a posterior fusão e pelo estado ser “discriminado”
pelos sucessivos governos federais. Essa tese inclusive, como apontado por NATAL &
OLIVEIRA (2006), serviu discursivamente como “cortina de fumaça” para a elaboração
de diagnósticos verdadeiramente inconsequentes acerca do desenvolvimento da
economia da região e suas relações com os sucessivos governos federais. Grande parte
dos novos investimentos anunciados para os próximos anos são decorrentes dessa
reaproximação política; não obstante, persistem as incertezas, no sentido keynesiano
76
do termo, uma vez que a cada sucessão política as alianças são refeitas... (fragilidade
do federalismo brasileiro).
Com esses investimentos, as incertezas e as perspectivas para o
desenvolvimento do estado do Rio voltaram ao discurso. Discurso esse que ao mesmo
tempo ‘olha para trás’ ressuscitando velhos fantasmas e revendo o passado glorioso, e
que ‘olha para frente’ colocando todos os projetos de futuro e perspectivas da
sociedade carioca e fluminense, como pode ser observado no texto intitulado “A
Capital Perdida” publicado em uma revista semanal e transcrito no Quadro 2.1.
QUADRO 2.1
A Capital Perdida
Revista Veja, 14 de outubro de 2009.
A Capital Perdida
J. R. Guzzo
Dentro de alguns meses, em abril de 2010, vão se completar cinquenta anos do ato de agressão mais perverso que já se cometeu, em toda a história nacional, contra uma grande cidade brasileira: a expropriação da capital do país, tomada do Rio de Janeiro e transferida para Brasília. A data vai ser motivo de festa oficial de primeira categoria, com desfile, show e missa; deveria ser um dia de luto fechado. Até abril de 1960, o Brasil tinha o que poderia haver de mais próximo, no mundo inteiro, a uma capital perfeita. A partir dali, perdeu‐a para sempre. Até hoje não dá para entender por que um país abençoado pela existência de um prodígio como o Rio de Janeiro, uma das cidades que a natureza e o gênio humano colocaram entre as mais brilhantes do planeta, decidiu que ela não servia mais para ser sua capital. Nada, nem ninguém, forçou o Brasil a sofrer essa perda. Nenhuma vantagem trazida pela nova capital compensou, nem de longe, o desmanche do patrimônio incomparável que a nação havia construído no Rio – e que hoje, com o progresso geral dos últimos cinquenta anos, sabe‐se lá em que alturas poderia estar.
Bendita Olimpíada de 2016, portanto. Já estava mais do que na hora de ser tomada alguma grande decisão em favor do Rio de Janeiro, e sua escolha como sede dos Jogos Olímpicos pode ser um momento de virada; é, certamente, a maior oportunidade de reação oferecida ao Rio desde o atentado que sofreu meio século atrás. Não se trata, nesta questão, de fazer pouco de Brasília, ignorar quanto ajudou para irradiar progresso no centro do país ou negar o muito que foi construído ali. O comentário é sobre a calamidade que o poder público impôs a uma cidade que vive no coração de todos os brasileiros capazes de admirar seu
77
próprio país; ao cassar do Rio a condição de capital, matou uma parte de sua alma. A perda, no fundo, vai muito além dos limites da geografia carioca. Pois a verdade é que não foi o Rio de Janeiro que perdeu o direito de ser a capital do Brasil. Foi o Brasil que perdeu o direito de ter sua capital no Rio de Janeiro. Isso não tem conserto.
Nenhum exército de ocupação estrangeiro conseguiria fazer tanto mal ao Rio quanto os próprios governos brasileiros fizeram; comparado ao presidente Juscelino Kubitschek, em termos de estrago a longo prazo, o corsário Duguay‐Trouin parece um benemérito. Perdida a capital, foi imposta à cidade, tempos depois, uma fusão irresponsável, inepta e ruinosa com o antigo estado do Rio, numa operação que conseguiu apenas somar vícios e subtrair virtudes. Nos anos seguintes, o Rio de Janeiro se viu castigado por alguns dos piores governos já registrados na história humana. A certo momento, por decisão de Brasília, chegou‐se pura e simplesmente, em 1976, à demolição física do Palácio Monroe, um dos principais monumentos da arquitetura carioca e antiga sede do Senado Federal. Talvez nada tenha servido tão bem como símbolo do rancor e despeito dos governantes brasileiros pelo Rio quanto esse feito do presidente Ernesto Geisel, baseado no argumento de que o Monroe atrapalhava o trânsito e um túnel do metrô – que já estava pronto quando o palácio foi demolido. (Presidentes da República, naquela época, podiam fazer essas coisas. Não havia liminares, relatórios de impacto ambiental ou procuradores – ou melhor, até havia procuradores, mas estavam procurando outras coisas e, sobretudo, outras pessoas.)
A Olimpíada de 2016 não pode ressuscitar o que foi destruído, assim como não pode fazer, nos próximos sete anos, a maior parte do que deveria ter sido feito nos últimos cinquenta. Além disso, não temos um histórico bom quando se colocam na mesma frase as palavras governo, verbas e obras – daqui até a cerimônia de abertura dos Jogos, o público vai se cansar de ouvir notícias sobre obras erradas, obras malfeitas, obras atrasadas, obras abandonadas, obras caras demais e, até, verbas sem obra. Mas tudo terá valido a pena, certamente, se na cerimônia de encerramento o Rio estiver melhor do que está hoje.
O Brasil, que já fez um plebiscito para decidir se queria voltar à monarquia ou continuar sendo república, não perguntou à população do Rio, ou a qualquer outro brasileiro, se concordava com a mudança da capital. Hoje não tem mais nada a perguntar sobre o assunto, mas tem a obrigação de reparar ao máximo o mal já feito. O Rio de Janeiro continua vivo, é claro, pois cidades são coisas duras de destruir – não é fácil nem com bomba atômica, como comprovam Hiroshima e Nagasaki. Mas merece muito mais do que sobreviver.
Fonte: GUZZO, J.R. “A capital perdida”. In: Revista Veja, Edição 2134, Ano 42, nº 41, pág. 166, 14 de outubro de 2009.
78
III ‐ PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS ECONÔMICO‐ESPACIAIS DA INFLEXÃO – Onde
ganhou? Onde perdeu?
A partir de meados da década de 1990, o estado do Rio de Janeiro passou a
apresentar maior dinamismo econômico, com taxas de crescimento superiores à
média nacional, ao mesmo tempo em que houve considerável expansão da capacidade
produtiva de alguns setores. Essas mudanças na trajetória econômica fluminense
impactaram de forma diferenciada seu território e ensejaram transformações no
desenvolvimento regional do estado.
Nesse sentido, este capítulo busca identificar quais regiões fluminenses e
quais os respectivos setores econômicos que se ‘beneficiaram’ desse processo, bem
como, se o maior dinamismo econômico do período trouxe consigo maior integração
socioespacial de sorte a diminuir as desigualdades socioeconômicas intra e inter‐
regionais existentes, em especial a polarização extremada entre a capital em conjunto
com sua região metropolitana e o interior do estado29.
III.1 – Dinâmica Populacional
Tomando por base a distribuição da população no território, como se pode
observar nas Tabelas 3.1 e 3.2, segundo os dados preliminares do censo demográfico
2010, a população da capital é de 5.940.224 habitantes, o equivalente a 39,1% da
população do estado. Ao se contabilizar sua Região Metropolitana, a população atinge
aproximadamente 11 milhões de habitantes, enquanto a soma do interior abriga cerca
de 4 milhões e 200 mil. No entanto, apesar desses dados demonstrarem a ainda
intensa concentração populacional, eles também reforçam a tendência de queda
verificada nas últimas décadas, em que a participação da Região Metropolitana na
composição demográfica do estado passou de 76,5% em 1980 para 72,3% em 2010.
29 Como regionalização, adota‐se neste capítulo a divisão utilizada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, institucionalizada pela Lei nº 1.227, de 17/11/1987, que aprovou o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social 1988/1991, e Leis Complementares nº 64 (21/09/1990), nº 97 (2/10/2001) e nº 105 (4/07/2002), que divide o território fluminense em oito regiões de governo, a saber: Região Metropolitana, Região Noroeste Fluminense, Região Norte Fluminense, Região Serrana, Região das Baixadas Litorâneas, Região do Médio Paraíba, Região Centro‐Sul Fluminense e Região da Costa Verde (vide Anexo ‘B’).
79
Tabela 3.1 População residente segundo Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro ‐
1970‐2010 1970 1980 1991 2000 2010 Estado 8.994.802 11.291.631 12.807.706 14.391.282 15.180.636 Região Noroeste Fluminense 230.153 229.782 273.062 297.696 307.638 Região Norte Fluminense 486.446 527.590 611.576 698.783 812.358 Região Serrana 467.159 579.484 686.772 752.002 773.082 Região das Baixadas Litorâneas 262.389 334.012 436.067 637.296 895.766 Região do Médio Paraíba 446.835 599.748 694.253 785.192 827.796 Região Centro‐Sul Fluminense 177.753 202.861 228.448 254.103 267.577 Região da Costa Verde 124.387 182.467 240.481 255.695 319.384 Região Metropolitana 6.799.680 8.635.687 9.637.047 10.710.515 10.977.035 Capital 4.251.918 5.090.723 5.480.768 5.857.904 5.940.224 Interior 2.195.122 2.655.944 3.170.659 3.680.767 4.203.601
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010).
Tabela 3.2 Participação das Regiões de Governo no Total da População Residente do Estado do
Rio de Janeiro ‐ 1970‐2010 1970 1980 1991 2000 2010 Estado 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Região Noroeste Fluminense 2,6% 2,0% 2,1% 2,1% 2,0% Região Norte Fluminense 5,4% 4,7% 4,8% 4,9% 5,4% Região Serrana 5,2% 5,1% 5,4% 5,2% 5,1% Região das Baixadas Litorâneas 2,9% 3,0% 3,4% 4,4% 5,9% Região do Médio Paraíba 5,0% 5,3% 5,4% 5,5% 5,5% Região Centro‐Sul Fluminense 2,0% 1,8% 1,8% 1,8% 1,8% Região da Costa Verde 1,4% 1,6% 1,9% 1,8% 2,1% Região Metropolitana 75,6% 76,5% 75,2% 74,4% 72,3% Capital 47,3% 45,1% 42,8% 40,7% 39,1% Interior 24,4% 23,5% 24,8% 25,6% 27,7%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010).
Utilizando os dados do Mapa 3.1, que mostra a distribuição da população
residente e a taxa de crescimento entre os anos 2000 e 2010, pode‐se observar que os
municípios com mais de 200 mil habitantes no estado do Rio de Janeiro estão
localizados na Região Metropolitana ou margeando seus limites, com exceção do
município de Campos dos Goytacazes no Norte Fluminense e de Volta Redonda na
Região do Médio Paraíba.
80
MAPA 3.1 População Residente e Taxa de Crescimento Populacional entre os anos 2000 e 2010
81
Porém, ao se analisar as taxas de crescimento populacional e sua distribuição
pelo território, verifica‐se que as regiões que mais obtiveram acréscimo populacional
foram a Região das Baixadas Litorâneas, que passou o percentual da distribuição da
população de 2,9% em 1970 para 5,9% em 2010, a Região Norte Fluminense, que
aumentou seu índice em 0,7% em relação à década de 1980, recuperando em 2010 o
índice de 5,4% da década de 1970 e a Região da Costa Verde, que aumentou sua
população de 1,4% em 1970 para 2,1% em 2010. Já as regiões do Médio Vale do
Paraíba, Serrana e Centro‐Sul Fluminense, apesar de algumas variações, mantiveram‐
se estáveis em relação à sua participação. A Região Metropolitana, como já citada, e a
Região Noroeste Fluminense apresentaram decréscimo na participação na composição
populacional do estado.
III.2 – Dinâmica Econômica
A partir do final da década de 1990, tornaram‐se mais visíveis os efeitos do
processo de recuperação econômica fluminense, que se vem consolidando nos últimos
anos. Este processo está relacionado a uma mudança de direção dos investimentos
produtivos, isto é, vem diminuindo a participação da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro na economia do estado e aumentando a de outras regiões. Embora ainda com
marcante presença, a Região Metropolitana, sobretudo o núcleo (cidade do Rio de
Janeiro), depara‐se com o fenômeno da desconcentração industrial, com perdas na
capacidade produtiva instalada (pela incapacidade de se adequar às mudanças
ocorridas no mundo globalizado e de introduzir novas tecnologias) e na geração de
empregos. Dessa forma, podemos dizer que a Região Metropolitana está deixando de
representar a força motriz da economia do estado, seja como geradora de demanda
de recursos de outras regiões seja como financiadora (por iniciativas do poder central)
de investimentos para determinados pontos do território.
82
Como pode ser observado nas Tabelas 3.3 e 3.4, a Região Metropolitana
apesar de ter aumentado o valor absoluto do seu PIB30 em 12,25% no período 2007‐
199931, sua participação na economia estadual apresentou queda (‐8,3%), passando de
77,5% em 1999, para 69,2% em 2007. O maior crescimento registrado no período
aconteceu na Região Norte Fluminense, que aumentou seu PIB em 189,17%, o que
acarretou no crescimento de sua participação na economia do estado, que passou de
4,7% em 1999 para 10,8% em 2007. Do mesmo modo, a Região das Baixadas
Litorâneas apresentou importante crescimento de 141,82%, aumentando 2,9% sua
participação na economia estadual, passando de 3,1% em 1999 para 6,0% em 2007. A
Região da Costa Verde, com a variação positiva de 80,49% no seu PIB, aumentou sua
participação 0,8 pontos percentuais, passando de 1,8% em 1999 para 2,6% em 2007.
As demais regiões apresentaram queda em sua já pequena participação, sendo
importante ressaltar a Região Serrana, que caiu 4,7% sua participação na economia
fluminense, passando de 7,6% em 1999 para 2,9% em 2007.
Nos Mapas 3.2 e 3.3, constata‐se que essa variação atinge de forma
diferenciada os municípios. Como exemplo, pode ser citado na própria Região
Metropolitana o município de Duque de Caxias, que cresceu 113,06% e aumentou sua
participação em 3,9% no período, passando a ser responsável por 9,5% da economia
estadual em 2007, ante 5,6% em 1999. Além disso, observa‐se o crescimento do
município de Porto Real na Região do Médio Paraíba, de Angra dos Reis na Costa Verde
e do conjunto de municípios das Regiões das Baixadas Litorâneas e do Norte
Fluminense.
30 Produto Interno Bruto (PIB) é o volume, medido monetariamente, dos bens e serviços não consumidos no processo produtivo e produzidos durante um determinado período de tempo, num determinado espaço geográfico. 31 O recorte temporal utilizado foi em função da mudança de metodologia nas estimativas do PIB pelo Sistema de Contas Regionais, referência 2009, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em que a partir de 1999 o conceito do PIB utilizado é o de preços de mercado, em que inclui o valor dos impostos indiretos (deduzidos os subsídios) incidentes sobre a produção.
83
Tabela 3.3 PIB Total das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 135.077.626,50 139.754.794,68 139.581.149,52 142.255.124,30 137.232.932,34 150.621.834,34 155.662.645,97 163.450.830,97 169.837.086,47 25,73%
Região Metropolitana 104.706.786,63 105.500.785,99 105.398.505,18 105.304.720,43 99.294.953,91 107.802.621,93 108.061.399,46 109.398.292,57 117.530.246,41 12,25%
Região Noroeste Fluminense 1.572.951,93 1.555.787,70 1.464.077,51 1.428.378,16 1.457.915,15 1.521.006,43 1.801.608,38 1.747.236,74 1.824.046,37 15,96%
Região Norte Fluminense 6.334.722,24 9.065.019,74 9.120.775,81 10.648.087,05 11.528.176,24 12.470.175,43 15.862.341,85 20.250.105,05 18.317.898,25 189,17%
Região Serrana 5.240.835,35 5.249.558,30 4.962.463,28 5.329.572,19 5.007.789,93 5.168.521,99 5.189.396,30 5.605.846,58 5.786.944,22 10,42%
Região das Baixadas Litorâneas 4.245.983,43 5.140.222,00 5.382.121,73 6.333.932,47 6.511.048,67 7.200.289,80 9.539.017,13 11.610.212,31 10.267.792,64 141,82%
Região do Médio Paraíba 8.998.367,76 9.231.699,91 9.194.689,66 9.087.780,15 9.627.811,23 11.514.492,32 9.931.253,34 9.765.439,67 10.166.258,28 12,98%
Região Centro‐Sul Fluminense 1.557.015,54 1.549.243,85 1.500.954,97 1.464.048,28 1.446.098,48 1.445.430,52 1.432.783,42 1.485.779,55 1.574.215,46 1,10%
Região da Costa Verde 2.420.963,63 2.462.477,20 2.557.561,38 2.658.605,57 2.359.138,73 3.499.295,92 3.844.846,09 3.587.918,51 4.369.684,84 80,49%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Tabela 3.4 Participação das Regiões de Governo no PIB Estadual Total ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0%
Região Metropolitana 77,5% 75,5% 75,5% 74,0% 72,4% 71,6% 69,4% 66,9% 69,2% ‐8,3%
Região Noroeste Fluminense 1,2% 1,1% 1,0% 1,0% 1,1% 1,0% 1,2% 1,1% 1,1% ‐0,1%
Região Norte Fluminense 4,7% 6,5% 6,5% 7,5% 8,4% 8,3% 10,2% 12,4% 10,8% 6,1%
Região Serrana 7,6% 7,3% 7,3% 7,4% 7,1% 6,8% 6,8% 6,8% 2,9% ‐4,7%
Região das Baixadas Litorâneas 3,1% 3,7% 3,9% 4,5% 4,7% 4,8% 6,1% 7,1% 6,0% 2,9%
Região do Médio Paraíba 6,7% 6,6% 6,6% 6,4% 7,0% 7,6% 6,4% 6,0% 6,0% ‐0,7%
Região Centro‐Sul Fluminense 1,2% 1,1% 1,1% 1,0% 1,1% 1,0% 0,9% 0,9% 0,9% ‐0,2%
Região da Costa Verde 1,8% 1,8% 1,8% 1,9% 1,7% 2,3% 2,5% 2,2% 2,6% 0,8%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).
84
MAPA 3.2 PIB Total Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
85
MAPA 3.3 Participação no PIB Total e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
86
Dessa forma, mesmo com a Cidade do Rio de Janeiro e sua Região
Metropolitana (RMRJ) ainda abarcando grande parte dos investimentos que se dirigem
para o ERJ, o que reforçaria a tradicional e histórica polarização extremada do
município‐sede em relação ao estado, pode‐se dizer que a partir dos anos 1990,
intensifica‐se um processo de maior integração sócio‐espacial fluminense. No entanto,
faz‐se necessário mencionar que ocorre um ‘crescimento econômico nucleado’ da
riqueza no estado, de forma que ao mesmo tempo em que há formação de
verdadeiras ilhas de excelência se ampliam as diferenciações socioeconômicas inter e
intrarregionais.
Segundo SILVA (2009), esse aumento da capacidade produtiva estadual esteve
estritamente relacionado ao desempenho de alguns poucos setores, destacando‐se
alguns ramos da indústria. De acordo com o autor, a dinâmica da indústria fluminense
se assentou na fortíssima expansão da produção extrativa mineral e, em menor escala,
em alguns setores da indústria de transformação de forma não homogênea. A
extraordinária dinâmica da indústria extrativa foi resultante do crescimento da
produção petrolífera estadual, que em 2009 correspondeu a mais de 80% do montante
nacional. Já a indústria de transformação, apresentou movimentos setoriais (internos)
mais distintos e complexos.
Como pode ser observado nas Tabelas 3.5 e 3.6, as regiões de governo que
mais cresceram no período 1999‐2007 foram a Região das Baixadas Litorâneas e a
Região Norte Fluminense, que aumentaram seu PIB Industrial em, respectivamente,
386,95% e 357,49%. Esse crescimento fez com que a Região Norte Fluminense
aumentasse 18,89% sua participação no setor, passando de 11,76% em 1999 para
30,65% em 2007. Já a Região das Baixadas Litorâneas aumentou sua participação em
8,91%, passando de 5,02% em 1999 para 13,93% em 2007. A Região da Costa Verde
também se destacou no setor, aumentando seu PIB industrial em 170,58% no período,
e sua participação em 0,9%. As demais regiões apresentaram queda em sua
participação no setor no estado. A Região Metropolitana diminuiu sua participação no
setor industrial do estado, passando de 63,05% em 1999 para 40,61% em 2007.
87
Tabela 3.5 PIB Industrial das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Tabela 3.6 Participação das Regiões de Governo no PIB Industrial ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Região Metropolitana 63,05% 54,80% 53,95% 50,16% 47,73% 47,97% 40,78% 35,06% 40,61% ‐22,44%
Região Noroeste Fluminense 0,88% 0,76% 0,57% 0,51% 0,63% 0,56% 1,02% 0,74% 0,77% ‐0,10%
Região Norte Fluminense 11,76% 19,38% 19,61% 22,33% 23,96% 22,34% 28,89% 34,04% 30,65% 18,89%
Região Serrana 3,49% 3,01% 2,66% 3,01% 2,92% 2,65% 2,45% 2,47% 2,75% ‐0,74%
Região das Baixadas Litorâneas 5,02% 7,66% 8,40% 10,35% 10,55% 10,21% 15,02% 17,19% 13,93% 8,91%
Região do Médio Paraíba 13,19% 11,98% 12,13% 11,31% 11,91% 13,76% 9,70% 8,17% 8,25% ‐4,94%
Região Centro‐Sul Fluminense 0,96% 0,80% 0,67% 0,63% 0,62% 0,56% 0,47% 0,44% 0,47% ‐0,49%
Região da Costa Verde 1,66% 1,61% 2,00% 1,70% 1,68% 1,95% 1,65% 1,89% 2,56% 0,90%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 24.454.344,61 28.549.245,87 27.198.971,01 29.727.175,79 31.061.422,05 36.250.570,35 39.684.808,37 45.473.092,56 42.912.955,31 75,48%
Região Metropolitana 15.418.448,77 15.645.652,90 14.675.193,19 14.911.134,37 14.824.930,26 17.389.177,05 16.185.218,04 15.940.651,64 17.427.020,21 13,03%
Região Noroeste Fluminense 214.027,11 217.216,16 154.430,12 152.982,05 194.630,71 202.841,60 406.022,58 337.354,54 332.409,31 55,31%
Região Norte Fluminense 2.875.199,39 5.531.818,81 5.333.797,41 6.636.808,26 7.442.939,11 8.099.679,71 11.466.405,75 15.477.474,75 13.153.835,74 357,49%
Região Serrana 852.869,39 858.488,47 723.833,77 895.542,76 907.423,96 959.292,55 972.798,42 1.125.037,03 1.181.143,37 38,49%
Região das Baixadas Litorâneas 1.227.695,70 2.186.770,75 2.285.259,84 3.077.288,30 3.275.458,14 3.702.298,30 5.961.712,75 7.815.749,05 5.978.213,25 386,95%
Região do Médio Paraíba 3.225.160,44 3.420.324,07 3.299.181,98 3.362.398,76 3.700.057,97 4.986.419,94 3.850.718,47 3.713.145,17 3.539.951,73 9,76%
Região Centro‐Sul Fluminense 234.966,87 229.685,65 183.494,11 185.887,24 193.537,75 202.831,14 187.455,51 202.152,42 201.897,38 ‐14,07%
Região da Costa Verde 405.976,93 459.289,06 543.780,59 505.134,05 522.444,15 708.030,06 654.476,85 861.527,96 1.098.484,32 170,58%
88
Analisando os Mapas 3.4 e 3.5, observa‐se que internamente alguns
municípios apresentaram dinâmica distinta da região em que estão inseridos. Pode ser
citado novamente o caso do município de Duque de Caxias na Região Metropolitana,
que enquanto a região perdeu 22,4% de sua participação no setor industrial
fluminense, o município cresceu sua participação 7,14%, passando em 2007 a ser
responsável por 15,65% do PIB Industrial do estado. Os demais municípios que
apresentaram crescimento em sua participação acima de 3% foram Cabo Frio (4,1%) e
Rio das Ostras (3,3%) na Região das Baixadas Litorâneas e o Município de Campos dos
Goytacazes (14,4%) na Região Norte Fluminense.
O processo de inflexão da economia fluminense foi intensificado desde que a
economia do petróleo tornou‐se um novo eixo dinâmico do ERJ, sendo responsável
atualmente por aproximadamente 24% do PIB estadual e 10% do PIB nacional, o que
tornou a região onde se encontram os municípios da Bacia de Campos32 um novo
“vetor espacial” de desenvolvimento no território fluminense, com epicentro no
município de Macaé, na Região Norte do estado (NADER, 2009).
Segundo SILVA (2009), tomando por base a dinâmica industrial fluminense,
identificam‐se três padrões regionais de desenvolvimento industrial33: dois referentes
à estrutura produtiva do interior, marcados pela especialização produtiva e outro
relacionado à dinâmica da indústria metropolitana, que possui uma estrutura
produtiva mais diversificada.
32 Tomando por base a Área de Impacto Socioeconômico da Zona de Produção Principal da Bacia de Campos (AIZPP‐BC), que compreende os municípios considerados ‘produtores’ de petróleo, pelos municípios confrontantes com descobertas em fase de exploração e desenvolvimento da fase de produção que estão diante do mar territorial da Bacia de Campos no estado do Rio de Janeiro, a região da denominada Bacia de Campos compreende os seguintes municípios: Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra e São Pedro da Aldeia. 33 Segundo SILVA (2009), os padrões de desenvolvimento industrial se diferenciam basicamente pelos perfis produtivos de cada região e fazem referência à relativa homogeneidade da trajetória expansiva industrial regional, tendo em conta o perfil setorial predominante, o grau de diversificação (ou especialização) das estruturas produtivas, sua importância para o desenvolvimento urbano‐produtivo da região e seu peso relativo na determinação da trajetória econômica estadual.
89
MAPA 3.4 PIB Industrial Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
90
MAPA 3.5 Participação no PIB Industrial e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
91
SILVA (2009) constata que apesar da RMRJ ter recebido o maior quantitativo
de investimentos entre 1996 e 2006, a região sofreu queda em seu produto industrial
e no volume total de empregos. No entanto, o autor assinala que grande parte desses
investimentos foram instalados em municípios da periferia metropolitana, destacando‐
se os situados na Baixada Fluminense, o que atesta um processo de desconcentração
produtiva, ensejado pela expansão da produção de parte da ‘periferia’ e pela
desindustrialização do ‘núcleo’.
Já no interior, o autor destaca a consolidação de dois padrões regionais de
desenvolvimento industrial, sendo um deles o baseado na produção extrativa
especializado na produção petrolífera no Norte Fluminense e o outro na produção
manufatureira, baseada na especialização nos setores ligados às cadeias metal‐
mecânica e siderúrgica na mesorregião Sul Fluminense, abrangendo as regiões do
Médio‐Paraíba, Centro‐Sul e da Costa Verde Fluminense.
Apesar de todos os avanços observados no setor secundário, que aumentou
sua participação na economia do estado, subindo da casa dos 19,5% em 1995 para
29,89% em 2007, como se observa na Tabela 3.7, que trata da participação das
atividades do valor adicionado bruto no período 1995‐2007, foi o setor de comércio e
serviços que continuou detendo a maior participação na economia fluminense. Em
1995, o setor de serviços era responsável por 79,64% do valor adicionado bruto e caiu
sua participação para 69,72% em 2007. Vale ressaltar, que apesar das variações
positivas em determinados anos, a tendência de queda na participação atinge todos os
setores no decorrer do período.
A evolução regional no setor de serviços acompanhou de certa forma a
dinâmica do setor industrial. Ainda, segundo esses dados, as regiões que mais
cresceram o PIB Serviços no período 1999‐2007 foram a Região Norte Fluminense
(46,68%), a Região das Baixadas Litorâneas (40,54%) e a Região da Costa Verde
(35,63%). Todas as demais regiões tiveram crescimento abaixo de 10% no setor.
92
Tabela 3.7 Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preço básico
Estado do Rio de Janeiro ‐ 1995 ‐ 2007
Atividades Econômicas
Participação no valor adicionado bruto (%)
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Agropecuária 0,81 0,71 0,67 0,64 0,62 0,66 0,66 0,54 0,55 0,60 0,51 0,49 0,39
Indústria 19,55 19,94 19,79 19,13 20,99 24,05 23,26 24,31 26,06 28,91 30,20 32,77 29,89
Indústria extrativa 1,25 1,52 1,44 0,88 2,73 5,74 5,63 6,91 7,95 8,08 12,03 15,60 12,25
Indústria de transformação 9,80 9,49 9,36 9,10 9,73 9,76 9,27 9,13 10,06 11,96 10,24 9,64 10,04
Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana
1,96 1,90 1,91 2,18 2,28 2,49 2,50 2,39 2,49 2,68 2,89 2,90 2,75
Construção civil 6,55 7,03 7,08 6,97 6,24 6,05 5,87 5,88 5,56 6,18 5,05 4,62 4,84
Serviços 79,64 79,36 79,54 80,23 78,40 75,29 76,08 75,14 73,39 70,49 69,28 66,74 69,72
Comércio 10,57 7,80 8,08 7,55 7,54 9,33 9,40 8,89 8,26 8,84 8,22 8,85 8,95
Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados
9,38 7,69 6,98 6,92 6,83 5,67 6,08 7,04 6,68 4,99 5,81 5,84 6,26
Administração, saúde e educação públicas e seguridade social
20,27 20,09 19,64 19,20 19,01 18,39 19,69 19,37 18,80 18,04 17,75 17,23 18,07
Outros serviços 39,42 43,78 44,83 46,55 45,02 41,90 40,91 39,84 39,64 38,62 37,51 34,82 36,45
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus ‐ SUFRAMA.
Na Tabela 3.9, no que tange à participação das regiões no PIB Serviços do
estado, observa‐se que em 2007 a Região Metropolitana ainda concentra 77,9% do
setor. No entanto, a região apresentou ligeira queda de 2,15% diluída em todo o
período 1999‐2007, expressando da mesma forma tendência de desconcentração nas
atividades de comércio e serviços.
As regiões que mais aumentaram sua participação no setor de serviços, ainda
que de forma modesta, foram a Região Norte Fluminense, que cresceu 1,12%, e a
Região das Baixadas Litorâneas, com crescimento de 0,86%. As demais regiões
apresentaram pequenas alterações, mantendo praticamente suas posições
estagnadas.
93
Tabela 3.8 PIB Serviços das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 91.356.875,13 89.380.787,39 88.952.419,98 91.870.410,96 87.470.821,39 88.407.326,71 91.034.395,43 92.628.072,50 100.091.723,18 9,56%
Região Metropolitana 73.102.785,72 71.250.686,52 70.800.096,05 73.124.441,05 69.288.681,01 69.017.018,21 71.407.580,32 72.459.202,67 77.943.368,58 6,62%
Região Noroeste Fluminense 1.175.219,85 1.150.642,94 1.147.286,22 1.125.588,10 1.096.961,81 1.131.639,84 1.188.311,46 1.196.161,42 1.284.756,81 9,32%
Região Norte Fluminense 3.011.503,62 3.046.461,36 3.189.836,15 3.385.196,23 3.387.007,22 3.573.897,08 3.781.020,87 4.008.588,91 4.417.384,01 46,68%
Região Serrana 3.795.598,08 3.788.482,02 3.637.023,07 3.818.259,62 3.524.236,43 3.548.744,34 3.641.049,97 3.833.210,55 4.007.309,72 5,58%
Região das Baixadas Litorâneas 2.775.375,66 2.698.957,17 2.808.785,73 2.940.591,59 2.903.222,50 3.123.377,28 3.247.359,45 3.414.961,50 3.900.402,15 40,54%
Região do Médio Paraíba 4.596.187,88 4.516.795,70 4.381.625,45 4.474.133,58 4.541.865,79 4.838.036,40 4.709.402,30 4.660.508,73 4.963.558,54 7,99%
Região Centro‐Sul Fluminense 1.160.810,40 1.153.876,62 1.155.574,13 1.118.084,09 1.093.414,93 1.084.118,61 1.100.551,66 1.120.861,40 1.215.873,48 4,74%
Região da Costa Verde 1.739.393,92 1.774.885,08 1.832.193,17 1.884.116,70 1.635.431,70 2.090.494,95 1.959.119,40 1.934.577,34 2.359.069,89 35,63%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Tabela 3.9 Participação das Regiões de Governo no PIB Serviços ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999 Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% Região Metropolitana 80,02% 79,72% 79,59% 79,60% 79,21% 78,07% 78,44% 78,23% 77,87% ‐2,15%
Região Noroeste Fluminense 1,29% 1,29% 1,29% 1,23% 1,25% 1,28% 1,31% 1,29% 1,28% 0,00%
Região Norte Fluminense 3,30% 3,41% 3,59% 3,68% 3,87% 4,04% 4,15% 4,33% 4,41% 1,12%
Região Serrana 4,15% 4,24% 4,09% 4,16% 4,03% 4,01% 4,00% 4,14% 4,00% ‐0,15%
Região das Baixadas Litorâneas 3,04% 3,02% 3,16% 3,20% 3,32% 3,53% 3,57% 3,69% 3,90% 0,86%
Região do Médio Paraíba 5,03% 5,05% 4,93% 4,87% 5,19% 5,47% 5,17% 5,03% 4,96% ‐0,07%
Região Centro‐Sul Fluminense 1,27% 1,29% 1,30% 1,22% 1,25% 1,23% 1,21% 1,21% 1,21% ‐0,06%
Região da Costa Verde 1,90% 1,99% 2,06% 2,05% 1,87% 2,36% 2,15% 2,09% 2,36% 0,45%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).
94
No entanto, ao se olhar os Mapas 3.6 e 3.7, percebe‐se que os municípios
localizados na faixa litorânea do estado apresentaram crescimento mais proeminente
no setor. Isso pode ser explicado tanto pelo aumento da atividade turística nesses
municípios, como também pelo crescimento produtivo, uma vez que grande parte
desses municípios é afetada diretamente pela exploração do petróleo. Vale ressaltar
que o município de Duque de Caxias se destaca mais uma vez nesse cenário, uma vez
que ele foi o que mais fez crescer sua participação no setor de serviços estadual,
apresentando um crescimento de 2,66% em sua participação e um aumento de 68,62%
no valor absoluto do seu PIB. Outro ponto que chama atenção é a estagnação e até
mesmo decréscimo no crescimento bruto e na participação apresentada por um
grande número de municípios localizados no interior e fora da faixa litorânea do
estado, principalmente nas Regiões Serrana, Centro‐Sul e Noroeste Fluminense.
95
MAPA 3.6 PIB Serviços Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
96
MAPA 3.7 Participação no PIB Serviços e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
97
No que tange ao setor primário, apesar do mesmo ser extremamente
importante para grande número de municípios fluminenses, a agropecuária, não
obstante algumas experiências exitosas, no seu conjunto tem se mostrado incapaz de
promover maior dinamismo regional, tal como visto em outras unidades da federação.
Na Tabela 3.7, vista anteriormente, se verifica que a já diminuta participação do setor
no valor adicionado bruto do estado caiu ainda mais, passando de 0,81% em 1995 para
0,39% em 2007.
Em relação ao PIB, na Tabela 3.10, observa‐se que com exceção da Região
Costa Verde, que elevou seu PIB Agropecuária em 14,9% no período 1999‐2007, todas
as demais regiões de governo apresentaram decréscimo. A Região Médio Paraíba,
apresentou queda no setor de ‐43,3%, a Região Centro‐Sul Fluminense, ‐32,1%, a
Região Serrana, queda de ‐29,9%, a Região Norte, ‐25%, a Região das Baixadas
Litorâneas, ‐23,7%, a Região Noroeste Fluminense, queda de ‐7,7% e a Região
Metropolitana, ‐5,22%.
Em relação à participação das Regiões no PIB Agropecuário, verifica‐se na
Tabela 3.11, que ocorreram poucas variações. A Região Metropolitana e a Região
Noroeste Fluminense foram as únicas que aumentaram suas participações no setor
em, respectivamente, 2,5% e 2,3% no período 1999‐2007. As demais regiões
apresentaram queda em sua participação, sendo a mais pronunciada a da Região do
Médio Paraíba, que apresentou decréscimo de 2,9%.
98
Tabela 3.10 PIB Agropecuária das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 721.167,17 781.590,28 770.326,84 664.661,07 659.485,20 752.950,74 676.075,19 683.783,29 557.463,40 ‐22,70%
Região Metropolitana 79.788,74 86.317,27 84.997,34 76.639,88 74.544,05 81.304,21 77.700,29 87.570,11 75.626,26 ‐5,22%
Região Noroeste Fluminense 85.018,54 87.046,69 87.790,18 78.102,58 84.654,35 101.839,42 97.821,33 89.323,30 78.471,60 ‐7,70%
Região Norte Fluminense 178.261,55 192.728,63 181.045,64 161.176,08 161.510,89 170.221,13 142.102,59 146.910,60 133.702,67 ‐25,00%
Região Serrana 159.787,83 173.384,28 173.546,70 146.698,78 136.011,26 192.408,28 166.006,93 166.973,31 111.934,68 ‐29,95%
Região das Baixadas Litorâneas 69.062,74 76.026,96 77.123,63 63.591,31 58.789,73 61.916,87 55.876,64 58.743,83 52.659,06 ‐23,75%
Região do Médio Paraíba 77.368,51 86.422,35 83.516,67 68.629,35 73.877,34 70.732,80 67.889,47 61.750,49 43.881,52 ‐43,28%
Região Centro‐Sul Fluminense 45.542,51 51.246,87 51.338,36 42.242,11 42.027,59 45.106,60 39.546,35 38.777,83 30.919,08 ‐32,11%
Região da Costa Verde 26.336,75 28.417,24 30.968,32 27.580,99 28.069,99 29.421,41 29.131,60 33.733,82 30.268,53 14,93% Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Tabela 3.11 Participação das Regiões de Governo no PIB Agropecuária ‐ 1999‐2007
Regiões de Governo 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% Região Metropolitana 11,06% 11,04% 11,03% 11,53% 11,30% 10,80% 11,49% 12,81% 13,57% 2,50% Região Noroeste Fluminense 11,79% 11,14% 11,40% 11,75% 12,84% 13,53% 14,47% 13,06% 14,08% 2,29% Região Norte Fluminense 24,72% 24,66% 23,50% 24,25% 24,49% 22,61% 21,02% 21,48% 23,98% ‐0,73% Região Serrana 22,16% 22,18% 22,53% 22,07% 20,62% 25,55% 24,55% 24,42% 20,08% ‐2,08% Região das Baixadas Litorâneas 9,58% 9,73% 10,01% 9,57% 8,91% 8,22% 8,26% 8,59% 9,45% ‐0,13% Região do Médio Paraíba 10,73% 11,06% 10,84% 10,33% 11,20% 9,39% 10,04% 9,03% 7,87% ‐2,86% Região Centro‐Sul Fluminense 6,32% 6,56% 6,66% 6,36% 6,37% 5,99% 5,85% 5,67% 5,55% ‐0,77% Região da Costa Verde 3,65% 3,64% 4,02% 4,15% 4,26% 3,91% 4,31% 4,93% 5,43% 1,78% Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).
99
A partir dos Mapas 3.8 e 3.9, verifica‐se que no que concerne à dinâmica do
PIB Agropecuário no período 1999‐2007, além de municípios localizados na Região
Costa Verde e na Região das Baixadas Litorâneas, que da mesma forma se destacaram
nos demais setores, municípios da Região Noroeste, como por exemplo, Natividade e
Varre‐Sai, e da Região Metropolitana, incluindo a capital, apresentaram crescimento
no setor, ainda que modesto.
100
MAPA 3.8 PIB Agropecuário Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
101
MAPA 3.9 Participação no PIB Agropecuário e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007
102
Em relação ao emprego formal, observa‐se na Tabela 3.12 que as regiões
Norte, das Baixadas Litorâneas e da Costa Verde se destacaram pela maior expansão
no total de empregos que criaram. A indústria de transformação ganhou expressão
significativa na região da Costa Verde, cuja indústria naval foi reativada nos últimos
anos, o que acarretou em uma variação positiva de 218,6% de 1995 a 2008. A indústria
do petróleo, novamente, é um dos fatores por trás do substantivo aumento do
emprego formal nas regiões Metropolitana e Norte. Nesta última, assim como nas
Baixadas Litorâneas, nota‐se crescimento dos empregos na construção civil. Localiza‐se
em ambas as regiões e na Costa Verde a maior expansão do emprego no setor de
serviços – geralmente atrelado ao crescimento industrial.
Tabela 3.12
Variação do emprego formal nas Regiões de Governo do Rio de Janeiro entre 1995 e 2008
Regiões Agrope‐cuária
Ind. Extrativa Mineral
Ind. Transform.
Construção Civil
Comércio Serviços Adm. Pública
Total
Metropolitana ‐67,2 435,2 ‐9,4 40,4 55,5 39,4 17,6 28,3
Noroeste Fluminense 19,0 98,3 74,7 115,3 123,3 80,0 52,1 68,0
Norte Fluminense 2,2 1154,1 84,7 378,3 179,5 196,3 87,7 169,1
Serrana 31,6 ‐16,3 24,5 56,9 65,8 39,4 55,2 39,9
Baixadas Litorâneas 19,8 ‐42,4 59,2 314,6 229,2 174,6 117,9 144,0
Médio Paraíba ‐13,3 ‐41,3 5,7 81,3 94,2 45,8 37,5 37,7
Centro‐Sul Fluminense 25,6 168,4 2,5 69,7 62,9 104,2 68,8 56,5
Costa Verde ‐9,4 11,1 218,6 ‐28,9 147,2 248,7 119,1 148,1
Estado do Rio de Janeiro
‐13,2 421,3 1,7 59,4 67,8 48,3 26,9 38,1
Fonte: RAIS/MTE (apud: Secretaria de Planejamento do Estado do Rio de Janeiro – SEPLAG, “Municípios em Dados”, 2010.)
103
O processo de mudanças na estrutura sócio‐espacial do território fluminense
também pode ser demonstrado nos resultados obtidos pela comparação do Índice de
Qualidade dos Municípios – IQM34 elaborado em 1998 e em 2005 pela extinta
Fundação Cide (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro)35. Como pode ser
observado no Mapa 3.10, dos vinte primeiros colocados no IQM‐2005, dezesseis fazem
parte da Região Metropolitana, e os demais pertencem à economia regional
relacionada ao setor metal‐mecânico, impulsionado pela indústria automobilística na
Região do Médio Paraíba ou à que se desenvolve por meio da atividade extrativa do
petróleo e gás da Bacia de Campos, compreendendo alguns municípios do Norte
Fluminense e das Baixadas Litorâneas.
Outro ponto importante que pode ser observado no Mapa 3.10, é a ligação
direta entre o desenvolvimento da maior parte dos municípios melhor posicionados no
ranking do IQM e os principais eixos viários do estado, as rodovias BR‐116 (Rodovia
Presidente Dutra, no trecho Rio‐São Paulo), a BR‐040 (Rio‐Juiz de Fora) e a BR‐101 (no
trecho Rio‐Campos dos Goytacazes).
A rodovia BR‐116 interliga os dois estados de maior PIB do país – São Paulo e
Rio de Janeiro, atravessando os municípios do polo metal‐mecânico na Região do
Médio Paraíba Fluminense. Já a rodovia BR‐040 constituiu, a partir da segunda metade
do século XX, um novo eixo de industrialização, destacando‐se, na Baixada Fluminense
(Duque de Caxias), a instalação da refinaria de Duque de Caxias (REDUC), de indústrias
petroquímicas, e, na serra, indústrias relacionadas aos setores de alimentos e metal‐
mecânico (Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Três Rios).
34 O Índice de Qualidade dos Municípios – IQM, leva em sua metodologia um conjunto de indicadores com diferentes pesos e divididos nos seguintes grupos: Centralidade e vantagem locacional – CEN, Qualificação da mão‐de‐obra ‐ QMA, Riqueza e potencial de consumo – RIQ, Facilidades para negócios – FAC, Infraestrutura para grandes empreendimentos – IGE, Dinamismo – DIN e Cidadania – CID. 35 Vide nota 23.
104 MAPA 3.10
Municípios do estado do Rio de Janeiro com destaques na classificação e nas mudanças de posição no ranking no Índice de Qualidade dos Municípios – 1998 e 2005
105
O traçado da rodovia BR‐101 corta ou permite acesso ao bloco de municípios
ligados à atividade de exploração de petróleo e gás e empreendimentos (industriais, de
comércio e serviços) complementares e de apoio, como Macaé e Campos dos Goytacazes.
Vale lembrar que este trecho da rodovia, situado a leste da Baía de Guanabara e conhecido
como BR‐101 Norte, passou a se constituir como eixo de dinamização da economia das
regiões das Baixadas Litorâneas e do Norte Fluminense a partir da inauguração da Ponte Rio‐
Niterói, em 1974. Até então havia pouca integração entre os municípios destas regiões e o
núcleo metropolitano da cidade do Rio de Janeiro, já que a Baía de Guanabara representava
um obstáculo entre essas duas partes. Sob este aspecto, a importância da BR‐101 Norte
estava relacionada à ligação entre Niterói e Campos dos Goytacazes, o município de maior
importância econômica no território fluminense a leste da Baía de Guanabara. Após a
construção da ponte, o crescimento da Região das Baixadas Litorâneas foi acentuado,
principalmente pelo incremento imobiliário relacionado ao turismo nos municípios que
compõem a denominada Região dos Lagos, como Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do
Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema, e outros no entorno
como Maricá e Rio das Ostras.
Como podemos verificar no Quadro 3.1, dos municípios da Região Metropolitana
classificados entre os vinte primeiros no ranking do IQM‐2005, o município do Rio de Janeiro
continua sendo o principal centro produtor e distribuidor de bens e serviços, além de ser
sede do Governo Estadual e de diversas instituições públicas e privadas. Como visto, possui
histórica centralidade, gerada e reforçada por fatores relacionados à sua evolução política e
econômica, podendo‐se destacar o traçado dos principais eixos viários do estado, que
convergem para a cidade do Rio de Janeiro.
O município de Niterói, 2º colocado no ranking, é o que possui o melhor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) do estado e apresenta um montante variado no setor de
serviços. Além disso, o município vem absorvendo uma série de investimentos industriais
importantes, principalmente, nos setores relacionados à cadeia produtiva de petróleo e gás,
destacando‐se a reinauguração de estaleiros, com a reforma e a manutenção de plataformas
e estruturas off‐shore, além da construção de embarcações para o transporte de
passageiros.
106
Quadro 3.1 Os vinte primeiros do ranking do Índice de Qualidade dos Municípios – IQM 2005 e sua
relação com as atividades econômicas de destaque
Atividades Municípios Atividades secundárias e terciárias diversas (Região Metropolitana)
Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu e São Gonçalo.
Atividade industrial: metal‐mecânica (Médio Paraíba)
Barra Mansa, Piraí, Porto Real, Resende e Volta Redonda.
Atividade extrativa: petróleo e gás (Norte Fluminense e Baixadas
Litorâneas)
Armação dos Búzios, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu, Macaé e Rio das
Ostras. Atividades secundárias e terciárias
diversas (outras Regiões) Itaguaí, Petrópolis, Três Rios e Vassouras.
Fonte: IQM – Potencial para o Desenvolvimento II, Fundação Cide, 2005.
Os municípios de Duque de Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu consolidam‐se como
subcentros dinâmicos tornando a periferia da Região menos dependente do núcleo e
retratam as mudanças estruturais que estão ocorrendo no interior da Região Metropolitana.
Destes três municípios, merece destaque Duque de Caxias, que abriga indústrias diversas e
teve sua industrialização induzida pela implantação da Refinaria Duque de Caxias (REDUC),
contando com a presença da BR‐040 (Rio‐Juiz de Fora‐Belo Horizonte), que facilita as
atividades de produção e o comércio. Mais recentemente, com a instalação do Polo Gás‐
Químico o município passou a atrair para a região empresas do setor, aumentando o valor
da transformação industrial, incrementando o mercado de trabalho e estimulando novos
empreendimentos no setor terciário.
Na Região do Médio Paraíba, que após o declínio da cafeicultura tem na metalurgia
e siderurgia a base de sua economia, os municípios de Barra Mansa, Piraí, Porto Real,
Resende e Volta Redonda formam uma sequencia de núcleos dinâmicos ao longo da Rodovia
Presidente Dutra (BR‐116). A partir de 1990, novos agentes ligados ao capital internacional
imprimiram mudanças na estrutura produtiva da região, ampliando a instalação de
indústrias e promovendo significativo crescimento do comércio e serviços. Cabe ressaltar a
instalação da fábrica de ônibus e caminhões da Volkswagen, de indústrias de pneus
(Michelin) e artefatos de cimento, bem como com a reestruturação do setor químico no
município de Resende e a instalação da montadora de automóveis Peugeot‐Citröen, de
fábrica de vidros, de galvanização e de outro conjunto de indústrias no município de Porto
107
Real. Esses investimentos além de gerar empregos e bens para esses municípios foram
indutoras do crescimento de outras atividades na região, que possui posição privilegiada no
eixo Rio‐São Paulo e disponibilidade de terras como fatores importantes para a atração de
novos empreendimentos.
Na Região Norte Fluminense destacam‐se os municípios de Campos dos Goytacazes
e de Macaé. Esse último, devido à cadeia de produção estimulada pela extração de petróleo
e gás na Bacia de Campos, configura‐se como novo polo regional, pois recebeu grande
quantidade de empresas produtoras de bens e de serviços, atraindo fluxo demográfico e
mão de obra especializada para a região. Esse fato impacta diversos municípios, não só da
própria Região Norte como também da Região das Baixadas Litorâneas, uma vez que muitos
trabalhadores com emprego formal em Macaé acabam residindo em outros municípios,
como Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Rio das Ostras, Armação dos Búzios e
Conceição de Macabu. No entanto, a Região Norte Fluminense, em conjunto com a Região
Noroeste Fluminense, reúne número significativo de municípios com elevada taxa de
pobreza e tem grandes problemas a enfrentar, dado que seu crescimento se deu em tempo
curto, sem o devido e necessário planejamento urbano e territorial.
Nesse sentido, faz‐se necessário apontar o papel imprescindível que políticas
públicas precisam desempenhar no processo de promoção do desenvolvimento, seja em
áreas potencialmente dinâmicas, com o propósito de reduzir desequilíbrios engendrados
pelas forças do mercado, seja em áreas historicamente estagnadas, contribuindo assim para
a reversão do quadro, respectivamente, de diferenciação e de degradação existente.
108
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do século XX, o estado do Rio de Janeiro experimentou em doses cada vez
maiores a perda de seu protagonismo político e econômico. Apesar de manter‐se como a
segunda economia estadual, a perda de dinamismo fez com que o Rio entrasse na década de
1980 em um período crítico, agravado pelas dificuldades macroeconômicas vivenciadas pelo
país. O quadro foi caracterizado por crescente onda de violência e desordem urbana sem
nenhuma capacidade de reação por parte dos governos, elevada concentração e
centralização urbana, dificuldades políticas e indicadores sociais e de qualidade de vida
abaixo do desejado e do que seria condizente com um estado de sua magnitude. A
deterioração da situação da segurança e a precariedade da oferta dos serviços públicos
exerceram impactos diretos sobre a qualidade de vida e o crescimento econômico.
No entanto, desde fins do século XX, o estado do Rio de Janeiro começa a
demonstrar sinais de recuperação, apresentando taxas de crescimento superiores à média
nacional, ao mesmo tempo em que houve considerável expansão da capacidade produtiva
de alguns setores. Essas mudanças na trajetória econômica fluminense impactaram de
forma diferenciada seu território e ensejaram transformações no desenvolvimento regional
do estado.
No capítulo 1, foi demonstrado que a referida crise transcendeu ao período
histórico em que se manifestou, tendo sua origem no final do século XIX quando os impactos
decorrentes da expansão da economia paulista já se faziam sentir nas regiões do seu
entorno. Durante o trabalho de pesquisa, constatou‐se que em muitos trabalhos que
retratam o estado do Rio de Janeiro, em especial a sua economia, interpretam de maneira
no mínimo equivocada os dados do “Censo Industrial de 1907”. É sabido que o setor
industrial fluminense possuía expressivo tamanho e grande importância para a economia
brasileira na transição entre o final do século XIX e início do século XX, mas como
demonstrado, na utilização desses dados não é possível afirmar que o antigo estado do Rio
de Janeiro em conjunto com o antigo Distrito Federal possuíam nesse período ampla
vantagem no setor industrial perante a economia de outros estados, em especial, de São
Paulo. Com isso, há sinais que o chamado processo de esvaziamento econômico relativo da
economia fluminense tenha sua ‘data de nascimento’ ainda no século XIX .
109
O capitulo 2 demonstrou que mesmo diante do crescimento em setores‐chave da
economia fluminense, em especial das atividades ligadas à exploração de gás e petróleo, e
dos sinais de recuperação em outros verificados a partir de meados da década de noventa,
ainda é uma tarefa difícil traçar um prognóstico minimamente confiável sobre a trajetória
econômica do conjunto do estado, que apresentou um comportamento errático, alternando
momentos de crescimento e estagnação a partir de meados da década de 1990. No entanto,
o ‘velho’ prognóstico elaborado ao final da última década de oitenta de que a economia
fluminense teria entrado em trajetória irreversível de queda pode ser deixado de lado.
Apesar dos dados demonstrarem que a economia fluminense ingressou em uma nova fase,
ela ainda não experimentou taxas espetaculares de crescimento sustentadas no tempo,
variando sua dinâmica conforme o contexto econômico nacional e de alguns dos seus
setores econômicos. Não obstante, essa nova fase fez com que diversos novos
investimentos, tanto estatais como privados, começassem a ser anunciados, o que trouxe
novas perspectivas para o estado do Rio de Janeiro.
No capitulo 3, foi demonstrado como as mudanças na trajetória econômica
fluminense impactaram de forma diferenciada seu território e ensejaram transformações no
desenvolvimento regional do estado. A partir do mapeamento da dinâmica dos diversos
setores da economia fluminense foi possível perceber quais regiões se beneficiaram durante
esse processo e em especial as áreas impactadas pelo setor petróleo. Vale ressaltar que os
investimentos em infraestrutura e os recursos adicionais obtidos com o recebimento de
royalties e participações especiais36 ocupam posição estratégica na reconfiguração da
estrutura econômica regional, o que aumenta a responsabilidade do poder público em suas
diferentes esferas de governo nessas regiões, tendo em vista que muitas delas apresentam
36 Cabe anotar que os recursos advindos dos royalties e das participações especiais na exploração do petróleo podem ser ‘perdidos’ a qualquer momento com mudanças nas leis que regulam o setor. O modelo de concessão, em vigor desde 1998, estabelece para áreas já concedidas: 26,5% dos royalties para os estados produtores, 18% para os municípios produtores, 5% para os municípios afetados por operações de embarque e desembarque, 20% para a União, 22% para os estados que não produzem e 8,75% para os municípios não produtores. Na participação especial, a União fica com 35%, os estados produtores com 40%, os municípios produtores com 10%, os estados não produtores com 10% e os municípios não produtores com 5%. No entanto, no dia 10 de março de 2010 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e se encontra em discussão no Senado Federal, projeto de lei que altera o modelo de distribuição, fazendo com que estados e municípios produtores percam exclusividade no recebimento dos recursos, tendo que dividi‐los com todos os estados e municípios, de acordo com a proporção estabelecida pelo Fundo de Participação dos Municípios. Já a União, a partir dessa proposta, continuaria a deter 40% dos royalties do pré‐sal. Essa mudança, segundo divulgação na imprensa, faria com que a arrecadação do estado do Rio de Janeiro com os royalties caísse de R$ 5 bilhões por ano para R$ 100 milhões.
110
(historicamente) situação de pobreza e desigualdade. É preciso que as oportunidades
geradas com o petróleo sejam canalizadas em favor de setores que possam garantir o
desenvolvimento econômico e social dessas regiões. Além disso, nesse capítulo foi possível
perceber que o processo de inflexão econômica atinge de forma diferenciada os diversos
municípios, acentuando não só as desigualdades inter‐regiões, como também
intrarregionalmente.
É importante salientar que todas essas mudanças na economia fluminense não
estiveram desassociadas da conjuntura macroeconômica e rebatimentos das transformações
do capitalismo mundial do último quartel do século XX. Em poucas décadas as ‘certezas’ do
fordismo e do modelo de substituição de importações deram caminho para o ressurgimento
do liberalismo em meio à desestruturação das políticas de desenvolvimento patrocinadas
pelo Estado. A instabilidade ocasionada pela financeirização da economia estimulou a
concorrência entre as empresas ao mesmo tempo em que fragmentou a ação pública e a
disputa entre os espaços.
Nos anos 1980, com a desarticulação dos investimentos do governo federal, estados
e municípios se colocaram na disputa pelos investimentos privados, criando condições para
que o capital privado obtivesse generosos favores financeiros e fiscais. Esse processo
transformou políticas de desenvolvimento econômico e regional em atendimento aos
interesses do capital privado.
Como visto, essas transformações impactaram e tiveram rebatimentos distintos nas
diversas regiões do estado. A região norte fluminense e a região do médio vale do Paraíba
foram beneficiadas nesse processo. A indústria do petróleo, que se iniciou a partir da ação
estatal, teve a intensificação no ritmo dos investimentos viabilizada pela quebra do
monopólio, que contribuiu para o crescimento dos negócios na região, inclusive com a
inserção de empresas no mercado internacional. Já no caso das indústrias do pólo metal‐
mecânico no Vale do Paraíba, apesar da presença da siderurgia na região desde a década de
1940, também de iniciativa do Estado, e do movimento de desconcentração espacial da
indústria automobilística remontar aos anos 1980, foi com a abertura comercial nos anos
1990 que a produção da indústria nacional apresentou elevação expressiva, e fez com que a
111
região, graças aos incentivos fiscais e financeiros dados pelo Estado, viesse a receber em
seus domínios diversas empresas ligadas ao setor.
As regiões da Costa Verde Fluminense e das Baixadas Litorâneas acabaram se
beneficiando do crescimento das demais regiões, a primeira com o crescimento da indústria
naval e investimentos na logística de transportes, e a segunda com o aumento
principalmente no setor de serviços, turismo e mercado imobiliário. No Noroeste
Fluminense, alguns municípios também sofreram impactos do crescimento do setor
petróleo, mas em seu conjunto essa região ainda apresenta baixo dinamismo econômico. O
mesmo acontece com a região Serrana fluminense, que sofre com estagnação econômica e
com a ‘concorrência’ direta da capital estadual (vide aqui o fator proximidade). Além disso,
as características físicas e geográficas da região faz com que a mesma esteja sujeita aos
controles e limites impostos pelas condições ambientais37, fazendo com que a região busque
alternativas no setor terciário, especialmente no turismo, e conte com o crescimento das
indústrias tradicionais presentes na região, em especial no setor têxtil.
Já a Região Metropolitana, apesar de ter apresentado menor desempenho que as
demais regiões do estado, continua concentrando grande parte dos investimentos, em
especial, a capital e os municípios ligados à atividade petrolífera, como Duque de Caxias e
mais recentemente Itaguaí. Os demais municípios da região apresentaram crescimento
principalmente no setor terciário. No entanto, apesar da ocorrência do processo de
desconcentração econômica em curso no estado, não se pode afirmar que o mesmo se faça
acompanhar de um processo de descentralização, uma vez que a Região Metropolitana,
além de receber importantes investimentos tanto do setor público como do setor privado,
continua sendo a sede das principais empresas no estado. Esse processo pode ser reforçado
com a escolha da cidade do Rio de Janeiro para a realização de eventos de abrangência
37 Os municípios da região serrana historicamente apresentam desastres ocasionados por fenômenos naturais, deixando ano a ano centenas de vítimas. Em janeiro de 2011 ocorreu na região o maior desastre natural do país. Em decorrência das chuvas, inúmeras enchentes e deslizamentos arrasaram diversas localidades e vitimaram 893 pessoas (423 em Nova Friburgo, 373 em Teresópolis, 71 no distrito de Itaipava em Petrópolis, 21 vítimas em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim) e 412 pessoas ainda estavam desaparecidas (223 em Teresópolis, 87 em Nova Friburgo, 56 em Petrópolis 2 em Sumidouro e 44 em localidades não informadas). O desastre, amplamente divulgado na mídia, deixou expostos os problemas de ocupação desordenada, o descaso da ação pública ao longo dos governos e os problemas sociais e econômicos vividos na região. (Jornal O Globo, 10/02/2011)
112
mundial, como a realização de jogos da copa do mundo de futebol em 2014 e da sede dos
jogos olímpicos de 2016.
No entanto, para solucionar os problemas crônicos vividos pelo estado de elevado
grau de pobreza e desigualdade de renda, ocupação territorial desordenada, altos índices de
violência e insegurança, informalidade excessiva, gestão ineficiente, desarticulação
institucional e baixa qualidade no gasto público, é necessário que o poder público aproveite
a conjuntura positiva e atue de forma integrada e articulada em seus diversos níveis, de
forma a aproveitar sua posição geográfica estratégica, capital intelectual e sistema de ciência
e tecnologia presentes em seu território, belezas naturais e riquezas culturais, extensão de
áreas de preservação de ecossistemas, recursos mineiras, marca internacionalmente
conhecida e suas demais potencialidades para consolidar seu crescimento e combiná‐lo com
melhoria na qualidade de vida de sua população. A hora é agora!
113
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SINGER, Paul. Migrações internas: considerações teóricas sobre o seu estudo. In: MOURA, Hélio (coord.) Migração Interna, Textos Selecionados, tomo I, Fortaleza ‐ CE, Banco do Nordeste, 1980. SOBRAL, Bruno L. B. A Desconcentração Produtiva Regional no Brasil: análise do estado do Rio de Janeiro – 1970/2006. Dissertação de Mestrado. Campinas‐SP: UNICAMP ‐ Instituto de Economia, novembro de 2007. TAVARES, Hermes M. “Ciência, tecnologia e inovação na metrópole do Rio de Janeiro.” In: PIQUET, Rosélia (org.) Rio de Janeiro: perfil de uma metrópole em mutação. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2000, p.53‐84.
117
URANI, André. Trilhas para o Rio: do reconhecimento da queda à reinvenção do futuro. Rio de Janeiro, Elsevier, 2008. VIEIRA, Wilson. Apogeu e decadência da cafeicultura fluminense: 1860‐1930. 127f. Dissertação de Mestrado. Campinas‐SP: UNICAMP ‐ Instituto de Economia, 2000.
118
ANEXOS
119
ANEXO A ‐ Mapa ‐ Brasil: eixos de desconcentração, principais pólos tecnológicos e o novo
polígono de aglomeração industrial
Fonte: DINIZ, 1993, p. 37.
120
ANEXO B ‐ Mapa – Divisão Política do estado do Rio de Janeiro: Mesorregiões e municípios
‐ 2009
121
ANEXO C – População dos Municípios e Regiões de Governo – 2000‐2010
Regiões de Governo/Municípios 2000 2010 Variação 2010/2000
Total 14.391.282 15.180.636 5,48%
Região Metropolitana 10.710.515 10.977.035 2,49%
Rio de Janeiro 5.857.904 5.940.224 1,41%
Belford Roxo 434.474 455.598 4,86%
Duque de Caxias 775.456 818.432 5,54%
Guapimirim 37.952 51.198 34,90%
Itaboraí 187.479 210.780 12,43%
Japeri 83.278 91.933 10,39%
Magé 205.830 218.307 6,06%
Mesquita N/A* 159.685
Nilópolis 153.712 154.232 0,34%
Niterói 459.451 441.078 ‐4,00%
Nova Iguaçu 920.599 767.505 ‐16,63%
Paracambi 40.475 46.251 14,27%
Queimados 121.993 131.163 7,52%
São Gonçalo 891.119 945.752 6,13%
São João de Meriti 449.476 439.497 ‐2,22%
Seropédica 65.260 76.045 16,53%
Tanguá 26.057 29.355 12,66%
Região Noroeste Fluminense 297.696 307.638 3,34%
Aperibé 8.018 10.215 27,40%
Bom Jesus do Itabapoana 33.655 35.133 4,39%
Cambuci 14.670 14.580 ‐0,61%
Italva 12.621 12.536 ‐0,67%
Itaocara 23.003 22.892 ‐0,48%
Itaperuna 86.720 89.762 3,51%
Laje do Muriaé 7.909 7.481 ‐5,41%
Miracema 27.064 26.326 ‐2,73%
Natividade 15.125 15.053 ‐0,48%
Porciúncula 15.952 17.703 10,98%
Santo Antônio de Pádua 38.692 39.750 2,73%
São José de Ubá 6.413 7.003 9,20%
Varre‐Sai 7.854 9.204 17,19%
Região Norte Fluminense 698.783 812.358 16,25%
Campos dos Goytacazes 406.989 442.363 8,69%
Carapebus 8.666 13.141 51,64%
Cardoso Moreira 12.595 12.405 ‐1,51%
Conceição de Macabu 18.782 21.084 12,26%
Macaé 132.461 194.497 46,83%
Quissamã 13.674 19.644 43,66%
São Fidélis 36.789 36.639 ‐0,41%
São Francisco de Itabapoana 41.145 40.495 ‐1,58%
São João da Barra 27.682 32.090 15,92%
Região Serrana 752.002 773.082 2,80%
Bom Jardim 22.651 24.474 8,05%
Cantagalo 19.835 18.664 ‐5,90%
Carmo 15.289 17.384 13,70%
Cordeiro 18.601 20.113 8,13%
Duas Barras 10.334 10.904 5,52%
Macuco 4.886 5.212 6,67%
Nova Friburgo 173.418 173.989 0,33%
Petrópolis 286.537 277.816 ‐3,04%
Santa Maria Madalena 10.476 10.249 ‐2,17%
São José do Vale do Rio Preto 19.278 20.216 4,87%
122
Regiões de Governo/Municípios 2000 2010 Variação 2010/2000
São Sebastião do Alto 8.402 8.836 5,17%
Sumidouro 14.176 14.768 4,18%
Teresópolis 138.081 160.205 16,02%
Trajano de Morais 10.038 10.252 2,13%
Região das Baixadas Litorâneas 637.296 895.766 40,56%
Araruama 82.803 110.057 32,91%
Armação dos Búzios 18.204 27.039 48,53%
Arraial do Cabo 23.877 27.189 13,87%
Cabo Frio 126.828 171.551 35,26%
Cachoeiras de Macacu 48.543 51.727 6,56%
Casimiro de Abreu 22.152 34.402 55,30%
Iguaba Grande 15.089 20.879 38,37%
Maricá 76.737 116.216 51,45%
Rio Bonito 49.691 53.677 8,02%
Rio das Ostras 36.419 101.508 178,72%
São Pedro da Aldeia 63.227 86.506 36,82%
Saquarema 52.461 73.796 40,67%
Silva Jardim 21.265 21.219 ‐0,22%
Região do Médio Paraíba 785.192 827.796 5,43%
Barra do Piraí 88.503 91.474 3,36%
Barra Mansa 170.753 172.484 1,01%
Itatiaia 24.739 28.262 14,24%
Pinheiral 19.481 22.719 16,62%
Piraí 22.118 26.277 18,80%
Porto Real 12.095 16.480 36,25%
Quatis 10.730 12.066 12,45%
Resende 104.549 117.243 12,14%
Rio Claro 16.228 17.051 5,07%
Rio das Flores 7.625 8.183 7,32%
Valença 66.308 69.347 4,58%
Volta Redonda 242.063 246.210 1,71%
Região Centro‐Sul Fluminense 254.103 267.577 5,30%
Areal 9.899 11.213 13,27%
Comendador Levy Gasparian 7.924 8.169 3,09%
Engenheiro Paulo de Frontin 12.164 13.236 8,81%
Mendes 17.289 17.892 3,49%
Miguel Pereira 23.902 24.323 1,76%
Paraíba do Sul 37.410 40.136 7,29%
Paty do Alferes 24.931 25.704 3,10%
Sapucaia 17.157 17.267 0,64%
Três Rios 71.976 75.687 5,16%
Vassouras 31.451 33.950 7,95%
Região da Costa Verde 255.695 319.384 24,91%
Angra dos Reis 119.247 148.294 24,36%
Itaguaí 82.003 100.362 22,39%
Mangaratiba 24.901 34.966 40,42%
Parati 29.544 35.762 21,05%
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
* Município com criação posterior ao ano de 2000.
123
ANEXO D ‐ PIB Municipal Total – 1999‐2007 ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 135.077.626,50 139.754.794,68 139.581.149,52 142.255.124,30 137.232.932,34 150.621.834,34 155.662.645,97 163.450.830,97 169.837.086,47 25,73%
Região Metropolitana 104.706.786,63 105.500.785,99 105.398.505,18 105.304.720,43 99.294.953,91 107.802.621,93 108.061.399,46 109.398.292,57 117.530.246,41 12,25%
Rio de Janeiro 76.560.546,26 76.730.775,22 75.803.336,22 75.591.186,52 69.889.422,32 76.123.070,60 74.216.020,37 76.004.023,95 79.868.352,65 4,32%
Belford Roxo 1.834.933,25 1.819.462,36 1.869.428,61 1.818.990,91 1.680.620,54 1.886.034,53 1.687.294,67 1.727.242,92 1.778.618,95 ‐3,07%
Duque de Caxias 7.559.557,95 8.549.867,22 9.288.150,32 9.299.945,71 10.315.091,57 11.422.424,49 14.256.355,73 13.319.131,14 16.106.435,53 113,06%
Guapimirim 192.086,94 183.682,49 179.944,76 176.360,20 179.075,36 188.880,99 182.370,97 187.648,22 197.609,19 2,87%
Itaboraí 781.581,69 778.512,44 774.659,79 806.888,32 758.257,61 806.357,64 787.171,53 811.372,28 854.988,10 9,39%
Japeri 237.022,89 233.632,36 242.435,49 241.645,21 229.541,07 236.147,55 249.963,91 246.590,66 261.169,28 10,19%
Magé 826.757,13 807.973,36 819.211,28 840.418,98 745.206,72 770.226,01 774.229,65 796.058,51 857.722,93 3,75%
Mesquita ‐ ‐ 601.853,91 600.175,43 577.899,50 608.067,06 614.786,49 640.115,74 679.706,63
Nilópolis 729.779,56 701.318,15 683.289,81 671.175,81 616.408,62 625.643,44 636.561,28 646.994,07 685.970,32 ‐6,00%
Niterói 4.494.002,97 4.381.732,56 4.066.706,17 4.276.966,06 4.202.213,51 4.685.275,55 4.307.785,40 4.432.707,35 5.076.246,79 12,96%
Nova Iguaçu 3.978.023,34 3.996.084,22 3.665.212,71 3.659.743,45 3.373.633,07 3.517.051,79 3.582.856,74 3.711.967,83 3.981.968,57 0,10%
Paracambi 190.996,57 180.833,76 179.339,27 189.317,13 180.303,02 179.193,16 174.706,08 176.280,33 184.656,56 ‐3,32%
Queimados 699.132,05 700.819,13 768.831,98 637.803,97 577.064,66 601.583,89 532.865,68 524.802,00 517.823,57 ‐25,93%
São Gonçalo 4.291.263,03 4.139.433,88 4.174.172,74 4.203.045,51 3.867.967,84 4.027.495,19 3.986.814,29 4.087.732,64 4.267.847,89 ‐0,55%
São João de Meriti 1.983.446,46 1.934.357,32 1.884.602,42 1.902.806,21 1.721.776,55 1.736.863,29 1.713.718,28 1.722.194,39 1.812.972,46 ‐8,59%
Seropédica 244.908,94 259.748,74 292.389,24 280.801,13 269.425,34 286.151,06 259.361,28 263.239,75 288.911,05 17,97%
Tanguá 102.747,59 102.552,77 104.940,45 107.449,89 111.046,62 102.155,69 98.537,11 100.190,79 109.245,92 6,32%
Região Noroeste Fluminense 1.572.951,93 1.555.787,70 1.464.077,51 1.428.378,16 1.457.915,15 1.521.006,43 1.801.608,38 1.747.236,74 1.824.046,37 15,96%
Aperibé 34.309,88 33.156,74 34.920,44 34.718,74 36.821,26 35.032,98 33.551,88 33.079,03 34.071,88 ‐0,69%
Bom Jesus do Itabapoana 172.516,23 170.510,38 168.371,40 166.312,94 171.150,40 172.660,44 165.136,90 169.931,34 174.989,70 1,43%
Cambuci 65.903,71 61.733,38 65.112,03 64.043,36 58.678,39 64.833,94 62.274,32 63.296,09 64.143,93 ‐2,67%
Italva 60.035,08 56.343,59 56.832,91 53.722,34 51.579,07 53.621,70 51.553,43 53.215,92 59.033,98 ‐1,67%
Itaocara 150.827,53 141.291,23 122.654,75 115.872,86 108.846,29 116.087,61 127.640,11 133.761,27 141.959,01 ‐5,88%
Itaperuna 553.171,37 562.693,64 484.116,08 468.691,66 516.694,80 524.218,19 808.585,22 730.471,31 754.435,82 36,38%
Laje do Muriaé 28.997,00 28.514,39 29.754,38 29.989,43 29.391,90 31.473,62 32.054,46 33.451,89 34.328,09 18,38%
Miracema 115.345,21 111.088,67 110.162,49 109.248,47 104.600,15 106.836,24 105.507,93 104.304,17 111.057,21 ‐3,72%
Natividade 69.332,08 68.924,64 67.725,45 67.079,26 63.092,49 64.286,32 71.483,32 71.201,82 73.901,66 6,59%
124
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Porciúncula 66.649,95 64.196,13 65.246,47 68.701,80 73.540,73 97.879,69 76.181,67 79.342,24 81.814,90 22,75%
Santo Antônio de Pádua 197.040,37 198.975,00 200.580,63 193.601,04 187.668,45 190.285,33 199.589,03 204.840,44 221.414,41 12,37%
São José de Ubá 30.871,89 29.987,84 28.711,44 27.671,25 26.628,31 30.213,20 33.080,69 32.805,22 31.213,86 1,11%
Varre‐Sai 27.951,64 28.372,06 29.889,05 28.725,03 29.222,91 33.577,19 34.969,42 37.536,00 41.681,91 49,12%
Região Norte Fluminense 6.334.722,24 9.065.019,74 9.120.775,81 10.648.087,05 11.528.176,24 12.470.175,43 15.862.341,85 20.250.105,05 18.317.898,25 189,17%
Campos dos Goytacazes 3.837.808,36 5.644.906,62 5.515.185,57 6.520.063,11 6.986.949,11 7.459.311,68 10.494.446,09 13.733.923,18 11.912.735,81 210,40%
Carapebus 123.193,94 178.347,88 154.903,28 162.058,28 166.914,24 190.979,62 211.921,02 246.446,34 217.958,53 76,92%
Cardoso Moreira 46.927,84 45.160,36 46.652,31 47.306,87 44.851,68 45.087,29 44.931,32 45.255,60 50.466,27 7,54%
Conceição de Macabu 75.651,69 74.821,79 73.956,56 75.230,22 71.475,93 74.068,77 71.613,74 73.797,80 75.863,83 0,28%
Macaé 1.311.199,20 1.872.297,77 2.243.412,52 2.716.994,02 2.884.669,60 3.187.937,81 3.341.382,18 3.845.203,72 3.654.138,87 178,69%
Quissamã 431.028,88 688.627,10 570.725,92 648.724,00 726.286,71 764.199,35 936.323,37 1.406.835,58 1.569.780,06 264,19%
São Fidélis 175.506,06 163.764,70 156.034,75 155.824,21 150.627,44 183.895,79 161.616,20 161.836,49 174.114,04 ‐0,79%
São Francisco de Itabapoana 159.757,88 164.141,27 166.642,70 165.918,38 163.734,40 174.241,74 180.518,46 191.761,10 189.114,63 18,38%
São João da Barra 173.648,39 232.952,25 193.262,20 155.967,97 332.667,12 390.453,37 419.589,47 545.045,23 473.726,21 172,81%
Região Serrana 5.240.835,35 5.249.558,30 4.962.463,28 5.329.572,19 5.007.789,93 5.168.521,99 5.189.396,30 5.605.846,58 5.786.944,22 10,42%
Bom Jardim 105.561,14 102.583,96 99.243,93 102.979,53 94.108,76 96.428,07 92.730,00 97.796,37 106.062,31 0,47%
Cantagalo 266.755,33 283.653,51 242.530,66 248.542,40 221.263,76 244.857,33 188.434,60 191.001,02 207.565,22 ‐22,19%
Carmo 102.690,91 102.314,32 92.597,36 87.133,62 85.458,05 90.855,29 108.199,75 97.055,11 101.183,62 ‐1,47%
Cordeiro 88.287,01 84.598,79 84.199,34 83.235,25 76.689,05 81.519,30 80.037,41 83.457,35 88.628,55 0,39%
Duas Barras 46.912,44 43.793,11 43.568,42 45.361,81 45.248,75 48.026,52 45.826,60 48.044,87 48.177,98 2,70%
Macuco 29.920,99 25.998,64 26.616,28 27.565,27 28.865,00 32.278,54 31.873,30 31.612,58 32.547,78 8,78%
Nova Friburgo 1.231.482,04 1.220.231,45 1.099.182,52 1.166.181,80 1.135.035,59 1.130.003,37 1.077.179,52 1.152.794,52 1.183.054,03 ‐3,93%
Petrópolis 2.161.437,98 2.204.651,51 2.104.230,61 2.367.028,80 2.163.292,48 2.144.904,91 2.336.948,63 2.674.646,42 2.752.845,89 27,36%
Santa Maria Madalena 51.565,97 48.994,58 51.510,34 47.049,20 44.079,88 46.542,64 42.744,65 43.122,19 47.293,38 ‐8,29%
São José do Vale do Rio Preto 77.265,37 76.307,54 81.559,41 82.430,18 77.780,37 80.981,30 81.081,09 78.414,14 78.979,74 2,22%
São Sebastião do Alto 36.796,75 36.422,44 38.325,38 33.533,68 34.642,58 34.745,78 34.365,56 35.373,89 35.289,74 ‐4,10%
Sumidouro 74.222,55 79.567,27 78.446,40 73.302,19 66.216,09 84.781,44 78.903,79 85.182,39 71.367,09 ‐3,85%
Teresópolis 928.997,73 903.016,42 878.906,59 926.665,98 897.232,63 1.013.907,26 954.679,30 950.897,80 994.344,14 7,03%
Trajano de Morais 38.939,13 37.424,78 41.546,04 38.562,48 37.876,95 38.690,23 36.392,11 36.447,93 39.604,74 1,71%
Região das Baixadas Litorâneas 4.245.983,43 5.140.222,00 5.382.121,73 6.333.932,47 6.511.048,67 7.200.289,80 9.539.017,13 11.610.212,31 10.267.792,64 141,82%
Araruama 441.308,89 430.335,21 448.893,68 434.685,39 421.552,55 441.029,53 455.182,76 477.756,16 497.710,85 12,78%
Armação dos Búzios 227.805,68 285.929,64 300.331,52 368.176,93 424.451,49 446.048,77 597.732,81 702.882,27 667.230,54 192,89%
125
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Arraial do Cabo 156.416,43 159.250,62 155.140,13 179.182,03 157.176,38 158.345,39 166.271,68 160.604,95 156.121,86 ‐0,19%
Cabo Frio 1.009.213,07 1.148.221,04 1.169.991,57 1.535.071,87 1.613.948,22 1.891.220,24 2.869.791,92 3.834.647,91 3.170.630,27 214,17%
Cachoeiras de Macacu 203.537,87 232.067,24 308.236,11 323.396,25 352.089,71 442.189,64 330.476,13 365.055,27 376.335,82 84,90%
Casimiro de Abreu 144.352,75 174.013,69 186.958,67 253.306,97 243.275,50 273.705,74 663.545,18 860.573,51 696.487,76 382,49%
Iguaba Grande 78.334,45 78.143,23 80.707,70 82.456,20 83.397,09 92.439,73 89.792,68 87.232,60 92.951,49 18,66%
Maricá 372.868,58 375.542,63 379.357,95 391.907,57 390.935,19 404.648,19 421.139,02 435.204,46 481.884,76 29,24%
Rio Bonito 272.442,78 267.178,28 281.804,72 303.075,81 363.334,86 442.327,08 411.496,43 426.159,56 603.879,95 121,65%
Rio das Ostras 676.897,60 1.348.679,82 1.425.004,00 1.807.173,27 1.840.068,24 1.958.604,66 2.838.256,21 3.496.734,13 2.689.520,82 297,33%
São Pedro da Aldeia 335.773,86 322.495,41 302.847,28 319.744,62 299.071,43 307.642,24 317.834,92 334.927,92 351.706,18 4,74%
Saquarema 247.811,46 236.945,28 258.386,75 254.689,45 243.572,49 258.373,05 294.021,83 344.795,56 399.523,89 61,22%
Silva Jardim 79.220,00 81.419,91 84.461,66 81.066,11 78.175,52 83.715,55 83.475,55 83.638,01 83.808,44 5,79%
Região do Médio Paraíba 8.998.367,76 9.231.699,91 9.194.689,66 9.087.780,15 9.627.811,23 11.514.492,32 9.931.253,34 9.765.439,67 10.166.258,28 12,98%
Barra do Piraí 540.477,58 548.697,03 513.625,36 527.349,98 517.279,85 568.740,53 509.179,17 521.271,59 575.804,34 6,54%
Barra Mansa 1.542.176,32 1.426.333,63 1.396.345,08 1.360.661,56 1.419.507,21 1.480.720,73 1.405.210,33 1.391.507,60 1.251.245,83 ‐18,86%
Itatiaia 339.510,13 478.133,27 475.930,85 334.976,63 270.875,45 515.252,73 367.359,06 328.777,14 288.391,76 ‐15,06%
Pinheiral 74.882,05 73.583,73 75.192,27 75.857,84 72.853,38 76.273,65 76.313,39 76.138,54 82.435,93 10,09%
Piraí 407.518,26 384.155,82 321.884,85 315.833,31 356.505,50 425.896,41 431.986,76 446.012,06 427.249,14 4,84%
Porto Real 193.798,91 255.386,53 706.585,47 769.595,04 968.007,64 1.434.420,03 1.143.473,96 1.075.534,52 1.267.956,26 554,26%
Quatis 52.649,58 50.410,30 50.907,48 50.974,43 50.494,30 91.641,17 54.182,50 53.219,80 54.861,69 4,20%
Resende 1.585.361,70 1.705.986,40 1.760.101,74 1.402.784,08 1.673.721,72 2.098.741,40 1.808.880,82 1.842.235,30 1.847.610,14 16,54%
Rio Claro 68.795,78 67.470,04 69.182,29 69.124,63 66.904,31 66.726,12 67.174,98 64.756,30 69.041,82 0,36%
Rio das Flores 38.172,87 40.230,95 39.252,71 38.176,15 146.277,66 153.762,74 158.403,91 106.268,56 105.900,81 177,42%
Valença 347.528,18 341.619,22 329.233,01 337.244,49 321.155,04 321.157,46 308.070,64 312.066,96 342.427,65 ‐1,47%
Volta Redonda 3.807.496,38 3.859.692,99 3.456.448,55 3.805.202,01 3.764.229,17 4.281.159,36 3.601.017,82 3.547.651,31 3.853.332,90 1,20%
Região Centro‐Sul Fluminense 1.557.015,54 1.549.243,85 1.500.954,97 1.464.048,28 1.446.098,48 1.445.430,52 1.432.783,42 1.485.779,55 1.574.215,46 1,10%
Areal 65.629,99 67.613,83 67.099,55 67.766,59 67.612,79 72.096,22 71.870,93 71.322,21 87.230,95 32,91%
Comendador Levy Gasparian 61.759,63 71.647,16 56.481,53 53.476,63 55.947,27 63.784,24 65.237,16 66.570,87 72.967,05 18,15%
Engenheiro Paulo de Frontin 64.223,77 63.374,52 57.774,84 56.714,40 60.186,82 56.375,81 52.561,24 57.006,39 57.927,18 ‐9,80%
Mendes 93.801,13 90.891,44 77.379,65 76.137,24 71.590,61 72.833,46 69.937,79 69.708,64 74.391,33 ‐20,69%
Miguel Pereira 137.743,58 130.103,93 127.731,06 126.335,46 122.467,43 124.937,50 128.095,92 126.496,68 132.490,79 ‐3,81%
Paraíba do Sul 156.112,00 166.278,90 187.322,13 187.382,26 182.856,59 183.471,68 195.642,14 196.193,56 205.149,30 31,41%
Paty do Alferes 102.812,09 105.970,59 104.622,30 103.032,70 97.769,04 103.862,73 97.692,57 101.413,69 105.364,89 2,48%
126
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Sapucaia 123.429,81 123.545,54 121.838,90 114.633,09 106.516,69 112.477,78 106.831,20 109.420,80 119.225,24 ‐3,41%
Três Rios 561.329,44 544.539,58 513.849,82 514.736,50 519.175,82 495.942,24 489.331,23 528.779,87 557.069,86 ‐0,76%
Vassouras 190.174,09 185.278,36 186.855,19 163.833,42 161.975,41 159.648,85 155.583,24 158.866,84 162.398,86 ‐14,61%
Região da Costa Verde 2.420.963,63 2.462.477,20 2.557.561,38 2.658.605,57 2.359.138,73 3.499.295,92 3.844.846,09 3.587.918,51 4.369.684,84 80,49%
Angra dos Reis 1.149.999,45 1.143.735,31 1.186.249,83 1.186.687,03 1.080.864,45 1.687.768,96 2.291.506,35 2.073.289,07 2.515.429,15 118,73%
Itaguaí 963.002,18 1.017.259,45 1.063.453,16 1.158.148,74 965.417,67 1.474.162,64 1.213.915,05 1.149.838,74 1.432.627,45 48,77%
Mangaratiba 158.154,63 156.748,94 164.546,70 165.800,93 167.773,55 185.217,21 187.980,35 203.549,79 233.025,43 47,34%
Parati 149.807,37 144.733,50 143.311,69 147.968,86 145.083,06 152.147,12 151.444,33 161.240,91 188.602,81 25,90%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
127
ANEXO E – Participação das Regiões de Governo e dos Municípios no PIB estadual Total – 1999‐2007
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 0,0%
Região Metropolitana 77,5% 75,5% 75,5% 74,0% 72,4% 71,6% 69,4% 66,9% 69,2% ‐8,3%
Rio de Janeiro 56,7% 54,9% 54,3% 53,1% 50,9% 50,5% 47,7% 46,5% 47,0% ‐9,7%
Belford Roxo 1,4% 1,3% 1,3% 1,3% 1,2% 1,3% 1,1% 1,1% 1,0% ‐0,3%
Duque de Caxias 5,6% 6,1% 6,7% 6,5% 7,5% 7,6% 9,2% 8,1% 9,5% 3,9%
Guapimirim 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Itaboraí 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% ‐0,1%
Japeri 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,0%
Magé 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% ‐0,1%
Mesquita 0,0% 0,0% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4%
Nilópolis 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% ‐0,1%
Niterói 3,3% 3,1% 2,9% 3,0% 3,1% 3,1% 2,8% 2,7% 3,0% ‐0,3%
Nova Iguaçu 2,9% 2,9% 2,6% 2,6% 2,5% 2,3% 2,3% 2,3% 2,3% ‐0,6%
Paracambi 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Queimados 0,5% 0,5% 0,6% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% ‐0,2%
São Gonçalo 3,2% 3,0% 3,0% 3,0% 2,8% 2,7% 2,6% 2,5% 2,5% ‐0,7%
São João de Meriti 1,5% 1,4% 1,4% 1,3% 1,3% 1,2% 1,1% 1,1% 1,1% ‐0,4%
Seropédica 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,0%
Tanguá 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Região Noroeste Fluminense 1,2% 1,1% 1,0% 1,0% 1,1% 1,0% 1,2% 1,1% 1,1% ‐0,1%
Aperibé 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Bom Jesus do Itabapoana 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Cambuci 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Italva 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Itaocara 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Itaperuna 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,4% 0,3% 0,5% 0,4% 0,4% 0,0%
Laje do Muriaé 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Miracema 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
128
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Natividade 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Porciúncula 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Santo Antônio de Pádua 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
São José de Ubá 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Varre‐Sai 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Região Norte Fluminense 4,7% 6,5% 6,5% 7,5% 8,4% 8,3% 10,2% 12,4% 10,8% 6,1%
Campos dos Goytacazes 2,8% 4,0% 4,0% 4,6% 5,1% 5,0% 6,7% 8,4% 7,0% 4,2%
Carapebus 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,2% 0,1% 0,0%
Cardoso Moreira 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Conceição de Macabu 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Macaé 1,0% 1,3% 1,6% 1,9% 2,1% 2,1% 2,1% 2,4% 2,2% 1,2%
Quissamã 0,3% 0,5% 0,4% 0,5% 0,5% 0,5% 0,6% 0,9% 0,9% 0,6%
São Fidélis 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
São Francisco de Itabapoana 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
São João da Barra 0,1% 0,2% 0,1% 0,1% 0,2% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,2%
Região Serrana 7,6% 7,3% 7,3% 7,4% 7,1% 6,8% 6,8% 6,8% 2,9% ‐4,7%
Bom Jardim 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Cantagalo 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% ‐0,1%
Carmo 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Cordeiro 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Duas Barras 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Macuco 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Nova Friburgo 0,9% 0,9% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 0,7% 0,7% 0,7% ‐0,2%
Petrópolis 1,6% 1,6% 1,5% 1,7% 1,6% 1,4% 1,5% 1,6% 1,6% 0,0%
Santa Maria Madalena 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
São José do Vale do Rio Preto 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%
São Sebastião do Alto 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Sumidouro 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0%
Teresópolis 0,7% 0,6% 0,6% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6% 0,6% 0,6% ‐0,1%
Trajano de Morais 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Região das Baixadas Litorâneas 3,1% 3,7% 3,9% 4,5% 4,7% 4,8% 6,1% 7,1% 6,0% 2,9%
129
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Araruama 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,0%
Armação dos Búzios 0,2% 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,3% 0,4% 0,4% 0,4% 0,2%
Arraial do Cabo 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Cabo Frio 0,7% 0,8% 0,8% 1,1% 1,2% 1,3% 1,8% 2,3% 1,9% 1,1%
Cachoeiras de Macacu 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1%
Casimiro de Abreu 0,1% 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 0,2% 0,4% 0,5% 0,4% 0,3%
Iguaba Grande 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Maricá 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,0%
Rio Bonito 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,4% 0,2%
Rio das Ostras 0,5% 1,0% 1,0% 1,3% 1,3% 1,3% 1,8% 2,1% 1,6% 1,1%
São Pedro da Aldeia 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,0%
Saquarema 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1%
Silva Jardim 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0%
Região do Médio Paraíba 6,7% 6,6% 6,6% 6,4% 7,0% 7,6% 6,4% 6,0% 6,0% ‐0,7%
Barra do Piraí 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% ‐0,1%
Barra Mansa 1,1% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 0,9% 0,9% 0,7% ‐0,4%
Itatiaia 0,3% 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% ‐0,1%
Pinheiral 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Piraí 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% ‐0,1%
Porto Real 0,1% 0,2% 0,5% 0,5% 0,7% 1,0% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6%
Quatis 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Resende 1,2% 1,2% 1,3% 1,0% 1,2% 1,4% 1,2% 1,1% 1,1% ‐0,1%
Rio Claro 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Rio das Flores 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Valença 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% ‐0,1%
Volta Redonda 2,8% 2,8% 2,5% 2,7% 2,7% 2,8% 2,3% 2,2% 2,3% ‐0,5%
Região Centro‐Sul Fluminense 1,2% 1,1% 1,1% 1,0% 1,1% 1,0% 0,9% 0,9% 0,9% ‐0,2%
Areal 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0%
Comendador Levy Gasparian 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Engenheiro Paulo de Frontin 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Mendes 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
130
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Miguel Pereira 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Paraíba do Sul 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Paty do Alferes 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Sapucaia 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Três Rios 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% ‐0,1%
Vassouras 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Região da Costa Verde 1,8% 1,8% 1,8% 1,9% 1,7% 2,3% 2,5% 2,2% 2,6% 0,8%
Angra dos Reis 0,9% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 1,1% 1,5% 1,3% 1,5% 0,6%
Itaguaí 0,7% 0,7% 0,8% 0,8% 0,7% 1,0% 0,8% 0,7% 0,8% 0,1%
Mangaratiba 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Parati 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
131
ANEXO F – PIB Municipal – Agropecuária – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 721.167,17 781.590,28 770.326,84 664.661,07 659.485,20 752.950,74 676.075,19 683.783,29 557.463,40 ‐22,70%
Região Metropolitana 79.788,74 86.317,27 84.997,34 76.639,88 74.544,05 81.304,21 77.700,29 87.570,11 75.626,26 ‐5,22%
Rio de Janeiro 25.560,52 27.360,29 26.467,31 23.544,46 22.920,30 27.490,53 25.852,03 30.154,47 23.966,86 ‐6,23%
Belford Roxo 942,69 953,63 922,51 838,27 881,21 930,07 855,17 1.041,35 948,15 0,58%
Duque de Caxias 3.961,50 4.159,61 4.097,87 3.553,49 3.702,67 3.380,05 3.283,62 3.826,67 3.424,38 ‐13,56%
Guapimirim 2.350,87 3.054,98 3.778,38 3.411,14 2.977,35 3.081,11 2.694,98 2.484,40 2.236,89 ‐4,85%
Itaboraí 3.584,55 3.706,53 3.568,45 3.343,33 3.396,57 3.247,31 3.068,84 2.998,35 2.917,34 ‐18,61%
Japeri 1.683,96 1.611,63 1.176,65 1.852,02 1.929,38 1.716,66 1.521,58 1.519,93 1.223,60 ‐27,34%
Magé 10.963,71 12.570,99 12.267,28 10.303,46 10.059,02 11.042,90 10.199,02 11.545,18 10.074,67 ‐8,11%
Mesquita ‐ ‐ 92,81 195,90 141,44 181,16 62,76 160,62 155,59 ‐
Nilópolis ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Niterói 6.614,80 7.138,76 7.044,68 6.076,31 6.067,42 6.460,84 6.516,84 8.030,56 7.406,41 11,97%
Nova Iguaçu 4.195,05 4.617,65 4.329,77 4.780,17 4.473,26 4.778,08 4.500,41 4.638,32 3.555,95 ‐15,23%
Paracambi 1.123,27 1.176,62 1.453,21 1.283,72 1.218,73 1.145,46 992,44 940,76 1.123,71 0,04%
Queimados 1.070,47 1.117,78 1.024,10 1.515,31 1.289,23 1.416,43 1.146,53 1.113,59 815,05 ‐23,86%
São Gonçalo 12.762,17 13.627,37 13.298,43 11.297,32 11.254,60 11.882,56 11.908,03 14.422,80 13.369,12 4,76%
São João de Meriti 390,53 422,35 415,84 358,45 362,37 385,93 388,23 475,03 435,13 11,42%
Seropédica 3.629,47 3.862,90 3.749,95 3.266,80 3.000,09 3.271,46 3.711,27 3.312,59 2.949,29 ‐18,74%
Tanguá 955,19 936,19 1.310,11 1.019,72 870,44 893,66 998,53 905,52 1.024,12 7,22%
Região Noroeste Fluminense 85.018,54 87.046,69 87.790,18 78.102,58 84.654,35 101.839,42 97.821,33 89.323,30 78.471,60 ‐7,70%
Aperibé 2.183,96 2.422,42 2.465,57 2.185,28 2.301,63 2.714,13 2.294,79 2.064,77 1.555,59 ‐28,77%
Bom Jesus do Itabapoana 7.631,17 8.214,50 8.893,44 7.905,01 9.349,76 10.148,68 9.651,94 8.476,69 8.704,52 14,07%
Cambuci 10.669,87 9.447,87 10.215,95 9.547,24 8.340,83 12.407,37 10.252,07 9.601,12 7.205,37 ‐32,47%
Italva 3.512,81 3.674,99 3.741,43 3.487,45 3.858,60 4.297,84 4.244,20 3.738,13 3.631,23 3,37%
Itaocara 9.075,85 9.488,91 10.338,51 8.443,43 9.043,90 9.774,49 8.946,42 8.858,51 7.099,31 ‐21,78%
Itaperuna 15.217,63 16.561,80 16.003,40 14.670,01 15.703,65 17.648,38 17.037,66 14.792,72 13.379,06 ‐12,08%
Laje do Muriaé 2.597,23 2.541,15 2.565,81 2.247,19 2.470,16 2.600,97 2.378,92 2.056,41 1.927,50 ‐25,79%
Miracema 3.939,38 3.681,04 3.988,25 3.593,01 4.021,63 4.295,34 4.173,76 3.715,20 3.320,93 ‐15,70%
Natividade 4.866,67 5.427,33 5.480,97 5.323,24 5.663,59 5.705,58 5.571,07 4.636,58 4.238,41 ‐12,91%
132
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Porciúncula 4.283,76 4.629,79 4.703,74 3.419,35 4.811,29 6.510,24 6.856,26 7.050,13 6.166,43 43,95%
Santo Antônio de Pádua 9.291,75 9.262,71 9.006,65 8.273,91 8.656,95 10.159,73 9.182,84 8.737,94 7.573,38 ‐18,49%
São José de Ubá 8.640,74 8.022,04 6.321,42 6.346,91 6.035,37 8.062,88 9.484,60 7.702,90 5.010,52 ‐42,01%
Varre‐Sai 3.107,72 3.672,13 4.065,04 2.660,57 4.396,98 7.513,77 7.746,79 7.892,20 8.659,35 178,64%
Região Norte Fluminense 178.261,55 192.728,63 181.045,64 161.176,08 161.510,89 170.221,13 142.102,59 146.910,60 133.702,67 ‐25,00%
Campos dos Goytacazes 76.894,60 77.755,03 71.426,31 65.311,58 64.461,27 68.265,58 54.152,80 51.121,68 52.157,60 ‐32,17%
Carapebus 4.926,45 8.413,53 7.059,59 5.641,81 6.049,13 5.742,63 5.236,32 5.332,99 3.436,50 ‐30,24%
Cardoso Moreira 5.905,71 6.100,48 5.565,14 4.931,76 5.045,39 5.213,65 4.439,19 4.057,08 5.089,59 ‐13,82%
Conceição de Macabu 3.560,29 3.904,74 3.725,22 3.383,94 3.704,34 3.662,47 2.965,91 2.600,78 2.478,24 ‐30,39%
Macaé 15.735,30 17.793,21 18.753,61 14.601,89 15.216,57 15.949,48 14.983,50 16.114,04 16.460,48 4,61%
Quissamã 7.815,58 12.798,13 13.564,48 9.674,97 8.829,22 10.362,05 8.273,10 13.001,79 9.175,42 17,40%
São Fidélis 14.372,83 15.626,99 13.273,13 12.020,68 12.140,90 12.078,72 10.181,81 9.386,62 9.931,33 ‐30,90%
São Francisco de Itabapoana 39.412,43 40.228,96 38.543,08 37.358,87 37.833,24 40.305,21 34.043,10 36.787,44 26.230,69 ‐33,45%
São João da Barra 9.638,37 10.107,55 9.135,08 8.250,57 8.230,83 8.641,34 7.826,85 8.508,17 8.742,83 ‐9,29%
Região Serrana 159.787,83 173.384,28 173.546,70 146.698,78 136.011,26 192.408,28 166.006,93 166.973,31 111.934,68 ‐29,95%
Bom Jardim 7.792,55 7.153,53 6.075,60 5.875,74 6.599,20 9.631,73 8.483,10 8.546,98 6.002,20 ‐22,98%
Cantagalo 8.810,85 9.660,45 9.471,33 8.182,54 8.690,58 9.048,83 8.097,05 7.408,20 5.793,25 ‐34,25%
Carmo 7.598,06 7.957,28 7.976,08 6.804,56 6.739,04 7.518,31 6.980,34 6.810,40 5.668,62 ‐25,39%
Cordeiro 1.353,19 1.451,67 1.505,62 1.298,35 1.463,49 1.550,71 1.380,56 1.403,35 1.153,14 ‐14,78%
Duas Barras 7.548,56 8.122,29 7.480,34 6.776,77 7.247,14 8.770,10 8.114,25 7.856,87 5.839,23 ‐22,64%
Macuco 1.006,16 991,05 984,01 836,65 1.025,00 1.029,24 1.060,97 918,32 663,69 ‐34,04%
Nova Friburgo 16.103,45 18.619,42 18.017,12 15.359,51 13.281,71 21.587,39 18.434,57 19.627,89 15.415,61 ‐4,27%
Petrópolis 5.472,64 7.140,27 7.002,96 5.890,99 5.169,79 7.319,00 5.908,60 5.462,22 3.811,17 ‐30,36%
Santa Maria Madalena 8.269,05 8.824,71 9.116,57 6.366,50 6.674,57 6.050,61 5.370,52 4.706,75 4.004,61 ‐51,57%
São José do Vale do Rio Preto 8.989,33 7.855,83 11.023,35 9.471,83 8.375,43 8.301,77 8.590,18 7.996,95 6.456,12 ‐28,18%
São Sebastião do Alto 6.826,78 7.781,46 7.794,20 6.154,29 6.742,14 7.491,25 6.416,01 6.247,72 4.547,21 ‐33,39%
Sumidouro 25.811,80 29.378,50 28.580,73 24.006,10 21.050,75 33.703,33 28.192,54 29.265,56 17.220,28 ‐33,29%
Teresópolis 49.240,98 53.181,15 52.881,26 45.422,46 38.556,20 65.441,08 54.571,27 56.549,92 32.204,73 ‐34,60%
Trajano de Morais 4.964,43 5.266,67 5.637,51 4.252,50 4.396,22 4.964,93 4.406,99 4.172,17 3.154,83 ‐36,45%
Região das Baixadas Litorâneas 69.062,74 76.026,96 77.123,63 63.591,31 58.789,73 61.916,87 55.876,64 58.743,83 52.659,06 ‐23,75%
Araruama 10.032,90 12.316,16 11.862,49 11.366,04 10.078,08 8.396,94 7.442,72 8.982,00 6.655,86 ‐33,66%
Armação dos Búzios 1.222,71 1.294,58 1.275,77 1.112,03 1.076,32 1.124,29 1.138,86 1.420,61 1.312,77 7,37%
133
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Arraial do Cabo 2.448,11 2.653,22 2.614,99 2.256,29 2.258,76 2.395,44 2.426,49 2.999,04 2.780,21 13,57%
Cabo Frio 10.360,64 11.092,54 14.091,48 11.396,50 10.299,23 10.997,45 9.421,82 10.877,19 10.411,84 0,49%
Cachoeiras de Macacu 12.946,51 14.004,18 12.550,92 10.851,08 9.225,22 11.494,51 10.221,22 8.976,34 6.057,14 ‐53,21%
Casimiro de Abreu 3.477,13 3.566,43 3.706,17 3.177,56 3.202,07 3.353,33 3.132,88 3.045,84 3.681,18 5,87%
Iguaba Grande 638,58 669,97 635,67 549,00 552,36 1.709,11 584,78 654,70 774,38 21,27%
Maricá 4.814,01 4.998,52 3.394,67 2.846,45 2.553,40 2.334,96 2.076,58 2.242,23 1.971,59 ‐59,04%
Rio Bonito 4.127,66 4.349,99 4.633,76 3.412,73 3.569,50 3.446,81 3.562,19 3.078,31 3.041,42 ‐26,32%
Rio das Ostras 2.618,10 3.069,04 2.895,26 2.476,80 2.537,97 2.554,16 2.652,89 2.852,05 3.384,25 29,26%
São Pedro da Aldeia 6.295,96 6.984,08 7.761,89 5.096,29 4.134,56 4.290,59 4.213,86 5.149,22 5.434,20 ‐13,69%
Saquarema 3.637,62 4.270,95 4.172,37 3.493,13 3.486,22 3.886,77 3.630,57 3.740,68 3.196,08 ‐12,14%
Silva Jardim 6.442,83 6.757,31 7.528,19 5.557,41 5.816,05 5.932,51 5.371,77 4.725,61 3.958,15 ‐38,56%
Região do Médio Paraíba 77.368,51 86.422,35 83.516,67 68.629,35 73.877,34 70.732,80 67.889,47 61.750,49 43.881,52 ‐43,28%
Barra do Piraí 13.660,79 16.232,45 16.347,86 12.459,45 13.123,66 10.556,20 9.912,42 9.186,42 6.334,66 ‐53,63%
Barra Mansa 9.895,98 11.051,56 9.767,25 8.851,60 9.405,29 10.406,80 9.662,02 8.191,67 4.270,92 ‐56,84%
Itatiaia 2.125,13 1.701,06 1.870,68 1.278,95 1.250,62 1.303,67 1.218,09 1.285,49 1.089,77 ‐48,72%
Pinheiral 644,40 710,86 722,54 649,30 579,53 620,73 530,11 527,93 894,90 38,87%
Piraí 5.862,85 6.637,55 7.748,75 5.474,43 5.177,77 4.642,62 5.410,58 5.405,22 3.373,77 ‐42,46%
Porto Real 1.895,31 1.447,73 1.170,21 907,00 963,38 996,20 380,05 311,55 307,04 ‐83,80%
Quatis 4.274,59 3.979,82 4.071,15 3.434,92 3.852,73 3.800,06 3.339,95 2.882,44 1.941,39 ‐54,58%
Resende 10.875,22 12.765,93 11.618,01 9.235,15 11.040,78 12.028,50 13.056,69 11.763,21 7.560,98 ‐30,48%
Rio Claro 7.618,08 8.870,09 9.143,12 8.378,14 9.252,71 6.398,63 6.601,82 5.536,69 5.772,24 ‐24,23%
Rio das Flores 5.265,08 6.014,35 5.444,55 4.590,70 4.718,06 5.106,95 4.449,91 3.973,63 2.641,61 ‐49,83%
Valença 13.344,47 15.022,75 13.856,27 11.962,30 12.904,19 12.880,89 11.250,98 10.624,60 7.471,99 ‐44,01%
Volta Redonda 1.906,60 1.988,21 1.756,28 1.407,41 1.608,61 1.991,57 2.076,84 2.061,64 2.222,26 16,56%
Região Centro‐Sul Fluminense 45.542,51 51.246,87 51.338,36 42.242,11 42.027,59 45.106,60 39.546,35 38.777,83 30.919,08 ‐32,11%
Areal 774,69 847,88 838,16 688,56 715,75 538,17 524,42 490,01 386,91 ‐50,06%
Comendador Levy Gasparian 592,37 611,90 591,27 521,44 573,16 721,52 525,97 474,01 443,89 ‐25,07%
Engenheiro Paulo de Frontin 1.193,38 1.460,56 1.519,95 1.341,24 1.458,48 643,36 692,45 574,04 497,44 ‐58,32%
Mendes 203,62 228,25 239,86 211,81 219,28 217,21 200,69 177,80 144,87 ‐28,85%
Miguel Pereira 1.979,48 2.265,63 2.405,03 2.095,29 2.335,09 2.437,11 2.211,76 1.954,21 1.398,18 ‐29,37%
Paraíba do Sul 4.898,47 5.231,98 4.748,63 4.053,94 5.449,39 6.522,60 6.371,67 5.371,25 5.017,10 2,42%
Paty do Alferes 9.162,86 10.560,87 10.912,48 8.271,64 7.066,16 9.537,37 5.829,51 6.413,23 4.697,19 ‐48,74%
134
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Sapucaia 4.801,51 5.842,04 5.806,68 5.199,72 5.190,50 6.740,82 5.797,40 5.305,96 4.115,33 ‐14,29%
Três Rios 11.955,67 13.147,87 12.968,49 11.242,96 10.147,14 8.809,96 10.316,52 11.146,81 9.279,63 ‐22,38%
Vassouras 9.980,46 11.049,89 11.307,81 8.615,49 8.872,65 8.938,49 7.075,97 6.870,50 4.938,54 ‐50,52%
Região da Costa Verde 26.336,75 28.417,24 30.968,32 27.580,99 28.069,99 29.421,41 29.131,60 33.733,82 30.268,53 14,93%
Angra dos Reis 7.732,95 8.407,50 8.432,98 7.270,46 7.379,33 7.796,43 7.826,34 9.668,01 8.870,34 14,71%
Itaguaí 6.835,04 7.205,23 8.877,05 7.458,83 7.464,48 7.944,51 7.988,03 8.348,28 7.132,66 4,35%
Mangaratiba 3.174,64 3.505,64 4.211,47 4.684,97 5.097,17 4.904,01 4.551,36 5.078,63 4.676,43 47,31%
Parati 8.594,12 9.298,87 9.446,81 8.166,73 8.129,01 8.776,47 8.765,87 10.638,90 9.589,10 11,58%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
135
ANEXO G – Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Agropecuária – 1999‐2007
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Região Metropolitana 11,06% 11,04% 11,03% 11,53% 11,30% 10,80% 11,49% 12,81% 13,57% 2,50%
Rio de Janeiro 3,54% 3,50% 3,44% 3,54% 3,48% 3,65% 3,82% 4,41% 4,30% 0,75%
Belford Roxo 0,13% 0,12% 0,12% 0,13% 0,13% 0,12% 0,13% 0,15% 0,17% 0,04%
Duque de Caxias 0,55% 0,53% 0,53% 0,53% 0,56% 0,45% 0,49% 0,56% 0,61% 0,06%
Guapimirim 0,33% 0,39% 0,49% 0,51% 0,45% 0,41% 0,40% 0,36% 0,40% 0,08%
Itaboraí 0,50% 0,47% 0,46% 0,50% 0,52% 0,43% 0,45% 0,44% 0,52% 0,03%
Japeri 0,23% 0,21% 0,15% 0,28% 0,29% 0,23% 0,23% 0,22% 0,22% ‐0,01%
Magé 1,52% 1,61% 1,59% 1,55% 1,53% 1,47% 1,51% 1,69% 1,81% 0,29%
Mesquita ‐ ‐ 0,01% 0,03% 0,02% 0,02% 0,01% 0,02% 0,03% ‐
Nilópolis ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Niterói 0,92% 0,91% 0,91% 0,91% 0,92% 0,86% 0,96% 1,17% 1,33% 0,41%
Nova Iguaçu 0,58% 0,59% 0,56% 0,72% 0,68% 0,63% 0,67% 0,68% 0,64% 0,06%
Paracambi 0,16% 0,15% 0,19% 0,19% 0,18% 0,15% 0,15% 0,14% 0,20% 0,05%
Queimados 0,15% 0,14% 0,13% 0,23% 0,20% 0,19% 0,17% 0,16% 0,15% 0,00%
São Gonçalo 1,77% 1,74% 1,73% 1,70% 1,71% 1,58% 1,76% 2,11% 2,40% 0,63%
São João de Meriti 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,06% 0,07% 0,08% 0,02%
Seropédica 0,50% 0,49% 0,49% 0,49% 0,45% 0,43% 0,55% 0,48% 0,53% 0,03%
Tanguá 0,13% 0,12% 0,17% 0,15% 0,13% 0,12% 0,15% 0,13% 0,18% 0,05%
Região Noroeste Fluminense 11,79% 11,14% 11,40% 11,75% 12,84% 13,53% 14,47% 13,06% 14,08% 2,29%
Aperibé 0,30% 0,31% 0,32% 0,33% 0,35% 0,36% 0,34% 0,30% 0,28% ‐0,02%
Bom Jesus do Itabapoana 1,06% 1,05% 1,15% 1,19% 1,42% 1,35% 1,43% 1,24% 1,56% 0,50%
Cambuci 1,48% 1,21% 1,33% 1,44% 1,26% 1,65% 1,52% 1,40% 1,29% ‐0,19%
Italva 0,49% 0,47% 0,49% 0,52% 0,59% 0,57% 0,63% 0,55% 0,65% 0,16%
Itaocara 1,26% 1,21% 1,34% 1,27% 1,37% 1,30% 1,32% 1,30% 1,27% 0,02%
Itaperuna 2,11% 2,12% 2,08% 2,21% 2,38% 2,34% 2,52% 2,16% 2,40% 0,29%
Laje do Muriaé 0,36% 0,33% 0,33% 0,34% 0,37% 0,35% 0,35% 0,30% 0,35% ‐0,01%
Miracema 0,55% 0,47% 0,52% 0,54% 0,61% 0,57% 0,62% 0,54% 0,60% 0,05%
136
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Natividade 0,67% 0,69% 0,71% 0,80% 0,86% 0,76% 0,82% 0,68% 0,76% 0,09%
Porciúncula 0,59% 0,59% 0,61% 0,51% 0,73% 0,86% 1,01% 1,03% 1,11% 0,51%
Santo Antônio de Pádua 1,29% 1,19% 1,17% 1,24% 1,31% 1,35% 1,36% 1,28% 1,36% 0,07%
São José de Ubá 1,20% 1,03% 0,82% 0,95% 0,92% 1,07% 1,40% 1,13% 0,90% ‐0,30%
Varre‐Sai 0,43% 0,47% 0,53% 0,40% 0,67% 1,00% 1,15% 1,15% 1,55% 1,12%
Região Norte Fluminense 24,72% 24,66% 23,50% 24,25% 24,49% 22,61% 21,02% 21,48% 23,98% ‐0,73%
Campos dos Goytacazes 10,66% 9,95% 9,27% 9,83% 9,77% 9,07% 8,01% 7,48% 9,36% ‐1,31%
Carapebus 0,68% 1,08% 0,92% 0,85% 0,92% 0,76% 0,77% 0,78% 0,62% ‐0,07%
Cardoso Moreira 0,82% 0,78% 0,72% 0,74% 0,77% 0,69% 0,66% 0,59% 0,91% 0,09%
Conceição de Macabu 0,49% 0,50% 0,48% 0,51% 0,56% 0,49% 0,44% 0,38% 0,44% ‐0,05%
Macaé 2,18% 2,28% 2,43% 2,20% 2,31% 2,12% 2,22% 2,36% 2,95% 0,77%
Quissamã 1,08% 1,64% 1,76% 1,46% 1,34% 1,38% 1,22% 1,90% 1,65% 0,56%
São Fidélis 1,99% 2,00% 1,72% 1,81% 1,84% 1,60% 1,51% 1,37% 1,78% ‐0,21%
São Francisco de Itabapoana 5,47% 5,15% 5,00% 5,62% 5,74% 5,35% 5,04% 5,38% 4,71% ‐0,76%
São João da Barra 1,34% 1,29% 1,19% 1,24% 1,25% 1,15% 1,16% 1,24% 1,57% 0,23%
Região Serrana 22,16% 22,18% 22,53% 22,07% 20,62% 25,55% 24,55% 24,42% 20,08% ‐2,08%
Bom Jardim 1,08% 0,92% 0,79% 0,88% 1,00% 1,28% 1,25% 1,25% 1,08% 0,00%
Cantagalo 1,22% 1,24% 1,23% 1,23% 1,32% 1,20% 1,20% 1,08% 1,04% ‐0,18%
Carmo 1,05% 1,02% 1,04% 1,02% 1,02% 1,00% 1,03% 1,00% 1,02% ‐0,04%
Cordeiro 0,19% 0,19% 0,20% 0,20% 0,22% 0,21% 0,20% 0,21% 0,21% 0,02%
Duas Barras 1,05% 1,04% 0,97% 1,02% 1,10% 1,16% 1,20% 1,15% 1,05% 0,00%
Macuco 0,14% 0,13% 0,13% 0,13% 0,16% 0,14% 0,16% 0,13% 0,12% ‐0,02%
Nova Friburgo 2,23% 2,38% 2,34% 2,31% 2,01% 2,87% 2,73% 2,87% 2,77% 0,53%
Petrópolis 0,76% 0,91% 0,91% 0,89% 0,78% 0,97% 0,87% 0,80% 0,68% ‐0,08%
Santa Maria Madalena 1,15% 1,13% 1,18% 0,96% 1,01% 0,80% 0,79% 0,69% 0,72% ‐0,43%
São José do Vale do Rio Preto 1,25% 1,01% 1,43% 1,43% 1,27% 1,10% 1,27% 1,17% 1,16% ‐0,09%
São Sebastião do Alto 0,95% 1,00% 1,01% 0,93% 1,02% 0,99% 0,95% 0,91% 0,82% ‐0,13%
Sumidouro 3,58% 3,76% 3,71% 3,61% 3,19% 4,48% 4,17% 4,28% 3,09% ‐0,49%
Teresópolis 6,83% 6,80% 6,86% 6,83% 5,85% 8,69% 8,07% 8,27% 5,78% ‐1,05%
Trajano de Morais 0,69% 0,67% 0,73% 0,64% 0,67% 0,66% 0,65% 0,61% 0,57% ‐0,12%
Região das Baixadas Litorâneas 9,58% 9,73% 10,01% 9,57% 8,91% 8,22% 8,26% 8,59% 9,45% ‐0,13%
137
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Araruama 1,39% 1,58% 1,54% 1,71% 1,53% 1,12% 1,10% 1,31% 1,19% ‐0,20%
Armação dos Búzios 0,17% 0,17% 0,17% 0,17% 0,16% 0,15% 0,17% 0,21% 0,24% 0,07%
Arraial do Cabo 0,34% 0,34% 0,34% 0,34% 0,34% 0,32% 0,36% 0,44% 0,50% 0,16%
Cabo Frio 1,44% 1,42% 1,83% 1,71% 1,56% 1,46% 1,39% 1,59% 1,87% 0,43%
Cachoeiras de Macacu 1,80% 1,79% 1,63% 1,63% 1,40% 1,53% 1,51% 1,31% 1,09% ‐0,71%
Casimiro de Abreu 0,48% 0,46% 0,48% 0,48% 0,49% 0,45% 0,46% 0,45% 0,66% 0,18%
Iguaba Grande 0,09% 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,23% 0,09% 0,10% 0,14% 0,05%
Maricá 0,67% 0,64% 0,44% 0,43% 0,39% 0,31% 0,31% 0,33% 0,35% ‐0,31%
Rio Bonito 0,57% 0,56% 0,60% 0,51% 0,54% 0,46% 0,53% 0,45% 0,55% ‐0,03%
Rio das Ostras 0,36% 0,39% 0,38% 0,37% 0,38% 0,34% 0,39% 0,42% 0,61% 0,24%
São Pedro da Aldeia 0,87% 0,89% 1,01% 0,77% 0,63% 0,57% 0,62% 0,75% 0,97% 0,10%
Saquarema 0,50% 0,55% 0,54% 0,53% 0,53% 0,52% 0,54% 0,55% 0,57% 0,07%
Silva Jardim 0,89% 0,86% 0,98% 0,84% 0,88% 0,79% 0,79% 0,69% 0,71% ‐0,18%
Região do Médio Paraíba 10,73% 11,06% 10,84% 10,33% 11,20% 9,39% 10,04% 9,03% 7,87% ‐2,86%
Barra do Piraí 1,89% 2,08% 2,12% 1,87% 1,99% 1,40% 1,47% 1,34% 1,14% ‐0,76%
Barra Mansa 1,37% 1,41% 1,27% 1,33% 1,43% 1,38% 1,43% 1,20% 0,77% ‐0,61%
Itatiaia 0,29% 0,22% 0,24% 0,19% 0,19% 0,17% 0,18% 0,19% 0,20% ‐0,10%
Pinheiral 0,09% 0,09% 0,09% 0,10% 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,16% 0,07%
Piraí 0,81% 0,85% 1,01% 0,82% 0,79% 0,62% 0,80% 0,79% 0,61% ‐0,21%
Porto Real 0,26% 0,19% 0,15% 0,14% 0,15% 0,13% 0,06% 0,05% 0,06% ‐0,21%
Quatis 0,59% 0,51% 0,53% 0,52% 0,58% 0,50% 0,49% 0,42% 0,35% ‐0,24%
Resende 1,51% 1,63% 1,51% 1,39% 1,67% 1,60% 1,93% 1,72% 1,36% ‐0,15%
Rio Claro 1,06% 1,13% 1,19% 1,26% 1,40% 0,85% 0,98% 0,81% 1,04% ‐0,02%
Rio das Flores 0,73% 0,77% 0,71% 0,69% 0,72% 0,68% 0,66% 0,58% 0,47% ‐0,26%
Valença 1,85% 1,92% 1,80% 1,80% 1,96% 1,71% 1,66% 1,55% 1,34% ‐0,51%
Volta Redonda 0,26% 0,25% 0,23% 0,21% 0,24% 0,26% 0,31% 0,30% 0,40% 0,13%
Região Centro‐Sul Fluminense 6,32% 6,56% 6,66% 6,36% 6,37% 5,99% 5,85% 5,67% 5,55% ‐0,77%
Areal 0,11% 0,11% 0,11% 0,10% 0,11% 0,07% 0,08% 0,07% 0,07% ‐0,04%
Comendador Levy Gasparian 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,09% 0,10% 0,08% 0,07% 0,08% 0,00%
Engenheiro Paulo de Frontin 0,17% 0,19% 0,20% 0,20% 0,22% 0,09% 0,10% 0,08% 0,09% ‐0,08%
Mendes 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
138
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Miguel Pereira 0,27% 0,29% 0,31% 0,32% 0,35% 0,32% 0,33% 0,29% 0,25% ‐0,02%
Paraíba do Sul 0,68% 0,67% 0,62% 0,61% 0,83% 0,87% 0,94% 0,79% 0,90% 0,22%
Paty do Alferes 1,27% 1,35% 1,42% 1,24% 1,07% 1,27% 0,86% 0,94% 0,84% ‐0,43%
Sapucaia 0,67% 0,75% 0,75% 0,78% 0,79% 0,90% 0,86% 0,78% 0,74% 0,07%
Três Rios 1,66% 1,68% 1,68% 1,69% 1,54% 1,17% 1,53% 1,63% 1,66% 0,01%
Vassouras 1,38% 1,41% 1,47% 1,30% 1,35% 1,19% 1,05% 1,00% 0,89% ‐0,50%
Região da Costa Verde 3,65% 3,64% 4,02% 4,15% 4,26% 3,91% 4,31% 4,93% 5,43% 1,78%
Angra dos Reis 1,07% 1,08% 1,09% 1,09% 1,12% 1,04% 1,16% 1,41% 1,59% 0,52%
Itaguaí 0,95% 0,92% 1,15% 1,12% 1,13% 1,06% 1,18% 1,22% 1,28% 0,33%
Mangaratiba 0,44% 0,45% 0,55% 0,70% 0,77% 0,65% 0,67% 0,74% 0,84% 0,40%
Parati 1,19% 1,19% 1,23% 1,23% 1,23% 1,17% 1,30% 1,56% 1,72% 0,53%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
139
ANEXO H – PIB Municipal – Indústria – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Regiões de Governo/Municípios
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 24.454.344,61 28.549.245,87 27.198.971,01 29.727.175,79 31.061.422,05 36.250.570,35 39.684.808,37 45.473.092,56 42.912.955,31 75,48%
Região Metropolitana 15.418.448,77 15.645.652,90 14.675.193,19 14.911.134,37 14.824.930,26 17.389.177,05 16.185.218,04 15.940.651,64 17.427.020,21 13,03%
Rio de Janeiro 10.466.350,28 10.234.829,25 9.462.976,99 9.718.300,80 9.045.472,97 10.051.526,62 7.974.630,89 8.408.065,62 7.881.517,48 ‐24,70%
Belford Roxo 365.860,43 370.926,09 338.583,89 357.601,36 346.228,07 460.882,06 331.294,89 369.500,07 360.548,08 ‐1,45%
Duque de Caxias 2.080.265,51 2.512.257,55 2.428.690,11 2.360.973,36 3.004.626,89 3.903.250,16 5.608.667,55 4.877.843,54 6.714.710,44 222,78%
Guapimirim 39.022,82 41.256,93 36.516,31 32.639,92 38.130,95 42.401,42 34.005,17 33.998,29 34.216,70 ‐12,32%
Itaboraí 113.793,26 115.311,10 111.346,37 135.419,95 127.916,28 150.778,74 119.234,86 110.498,34 109.385,96 ‐3,87%
Japeri 25.183,74 24.222,99 24.815,42 25.997,98 24.200,86 28.728,74 29.799,02 27.530,86 27.575,71 9,50%
Magé 99.357,80 97.761,09 91.456,85 96.830,68 80.592,82 89.457,43 86.452,29 84.535,92 89.944,51 ‐9,47%
Mesquita ‐ ‐ 59.889,51 63.406,20 60.835,13 67.718,78 65.143,33 66.425,84 70.567,75
Nilópolis 73.295,82 74.513,25 69.041,53 69.314,45 65.157,45 73.319,88 66.394,39 62.248,40 66.655,87 ‐9,06%
Niterói 503.044,33 529.056,50 447.397,83 492.243,41 539.515,41 900.411,87 561.037,64 563.086,44 693.541,04 37,87%
Nova Iguaçu 512.663,40 520.717,25 501.759,11 480.582,62 482.405,64 527.206,52 459.788,93 484.825,50 502.109,46 ‐2,06%
Paracambi 27.626,78 27.855,42 27.616,25 29.894,91 30.729,51 28.260,59 21.048,06 19.663,76 18.724,75 ‐32,22%
Queimados 200.486,78 201.104,96 221.515,07 146.094,24 128.512,44 142.916,05 98.466,01 93.313,84 93.098,82 ‐53,56%
São Gonçalo 641.842,90 617.798,94 594.326,48 628.004,25 576.216,51 638.901,47 499.168,44 519.164,48 518.119,88 ‐19,28%
São João de Meriti 214.273,30 208.684,53 187.751,55 192.741,65 182.808,30 193.382,88 176.702,69 166.984,19 172.604,23 ‐19,45%
Seropédica 40.201,78 50.827,93 54.497,85 62.123,32 63.361,34 71.711,96 39.627,22 37.713,25 53.223,88 32,39%
Tanguá 15.179,87 18.529,13 17.012,07 18.965,25 28.219,69 18.321,90 13.756,66 15.253,31 20.475,66 34,89%
Região Noroeste Fluminense 214.027,11 217.216,16 154.430,12 152.982,05 194.630,71 202.841,60 406.022,58 337.354,54 332.409,31 55,31%
Aperibé 4.310,24 4.126,81 3.892,24 3.658,78 3.800,68 3.964,74 3.507,43 3.399,47 3.434,06 ‐20,33% Bom Jesus do
Itabapoana 20.847,37 19.872,12 18.349,20 17.219,95 20.114,09 20.448,53 21.409,55 20.822,55
20.701,08 ‐0,70%
Cambuci 5.314,88 5.117,87 5.151,32 5.096,49 4.789,67 5.180,33 5.117,00 4.447,55 4.987,76 ‐6,15%
Italva 8.285,07 7.135,82 6.500,71 5.665,59 5.799,90 5.821,87 5.422,06 5.413,79 5.668,04 ‐31,59%
Itaocara 13.043,17 11.888,25 10.834,89 11.597,17 11.524,43 11.954,14 21.308,64 21.080,58 21.144,47 62,11%
Itaperuna 96.050,27 104.504,70 49.407,46 49.922,84 85.986,37 76.579,49 279.153,87 213.359,02 201.411,35 109,69%
Laje do Muriaé 2.656,34 2.612,67 2.572,58 2.886,63 2.938,42 3.006,46 3.774,89 4.682,31 3.849,40 44,91%
Miracema 16.629,30 14.307,49 13.515,71 13.399,62 12.679,22 14.112,05 11.748,00 10.659,12 10.850,09 ‐34,75%
140
Regiões de Governo/Municípios
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Natividade 6.453,98 6.587,33 5.908,71 6.328,91 6.361,35 6.413,33 11.496,06 11.042,96 10.026,06 55,35%
Porciúncula 7.834,06 7.977,03 7.265,40 7.782,47 8.280,58 23.504,06 7.829,67 7.910,25 7.617,89 ‐2,76%
Santo Antônio de Pádua 27.476,63 28.111,43 26.405,52 24.343,77 27.378,65 26.706,17 30.291,62 29.679,95 37.554,07 36,68%
São José de Ubá 2.491,18 2.259,43 2.027,76 2.428,64 2.393,30 2.396,47 2.237,95 2.266,30 2.412,05 ‐3,18%
Varre‐Sai 2.634,62 2.715,21 2.598,64 2.651,18 2.584,05 2.753,97 2.725,85 2.590,70 2.752,99 4,49%
Região Norte Fluminense 2.875.199,39 5.531.818,81 5.333.797,41 6.636.808,26 7.442.939,11 8.099.679,71 11.466.405,75 15.477.474,75 13.153.835,74 357,49%
Campos dos Goytacazes 1.872.171,57 3.702.499,34 3.537.853,49 4.434.597,30 5.011.349,80 5.438.567,01 8.305.930,33 11.424.008,79 9.446.624,57 404,58%
Carapebus 84.530,68 138.016,28 109.310,61 114.727,81 119.433,40 138.920,45 163.374,27 196.035,11 166.783,01 97,30%
Cardoso Moreira 4.441,70 4.374,44 4.365,74 4.353,15 4.023,64 4.425,79 4.028,10 3.683,49 3.931,89 ‐11,48%
Conceição de Macabu 8.608,09 8.460,43 8.057,57 8.175,15 7.750,01 8.345,39 7.736,33 7.561,87 7.426,66 ‐13,72%
Macaé 466.035,63 928.755,64 1.084.645,23 1.437.031,31 1.416.107,03 1.522.733,75 1.802.052,42 2.092.271,74 1.699.290,77 264,63%
Quissamã 363.620,18 612.470,64 487.207,65 565.904,71 634.217,38 664.526,38 847.771,71 1.307.048,86 1.459.673,65 301,43%
São Fidélis 17.043,91 15.724,54 17.171,04 20.802,04 21.026,25 44.145,33 22.223,81 21.766,06 22.343,99 31,10% São Francisco de
Itabapoana 15.217,85 14.388,82 13.680,15 14.402,89 13.738,12 15.060,99 14.566,60 14.110,07
14.909,58 ‐2,03%
São João da Barra 43.529,79 107.128,71 71.505,94 36.813,89 215.293,47 262.954,62 298.722,18 410.988,76 332.851,62 664,65%
Região Serrana 852.869,39 858.488,47 723.833,77 895.542,76 907.423,96 959.292,55 972.798,42 1.125.037,03 1.181.143,37 38,49%
Bom Jardim 14.338,04 16.601,28 14.201,23 14.443,33 10.899,05 11.160,74 8.928,20 9.107,66 10.552,35 ‐26,40%
Cantagalo 98.041,56 106.804,94 88.329,23 92.700,54 76.957,60 95.629,52 62.571,00 62.975,72 68.307,33 ‐30,33%
Carmo 30.152,02 32.780,66 21.664,13 20.863,40 22.942,41 28.729,35 45.759,70 34.646,41 34.083,56 13,04%
Cordeiro 12.521,47 12.050,46 10.890,08 10.369,15 9.665,72 11.934,43 8.902,09 10.233,05 10.255,05 ‐18,10%
Duas Barras 6.427,96 5.352,61 4.487,08 4.939,98 4.913,87 6.094,14 4.301,39 4.282,76 4.529,54 ‐29,53%
Macuco 5.438,45 5.203,63 4.676,03 5.411,69 6.609,93 7.817,63 8.043,67 7.240,53 6.407,51 17,82%
Nova Friburgo 215.912,36 211.184,94 170.315,90 169.854,28 187.823,20 184.663,44 151.653,30 158.409,05 150.121,08 ‐30,47%
Petrópolis 340.649,66 337.838,65 288.825,67 457.871,75 466.318,25 455.074,15 549.708,92 709.361,61 759.846,37 123,06%
Santa Maria Madalena 7.142,06 7.308,31 7.018,50 6.381,66 4.829,96 6.317,30 4.508,99 4.014,82 5.022,58 ‐29,68% São José do Vale do Rio
Preto 7.830,64 8.499,13 7.974,08 8.114,11 7.701,26 8.416,25 7.744,26 7.084,60
7.133,12 ‐8,91%
São Sebastião do Alto 3.511,83 3.178,92 3.017,67 2.998,36 2.977,91 3.086,76 2.794,55 2.646,38 2.863,88 ‐18,45%
Sumidouro 5.696,36 6.808,57 5.769,50 6.049,77 5.592,99 8.194,84 7.350,80 6.379,00 5.748,97 0,92%
Teresópolis 101.666,79 101.677,40 93.419,11 92.221,38 96.963,71 128.662,85 107.327,91 105.684,91 113.015,84 11,16%
Trajano de Morais 3.540,20 3.198,99 3.245,57 3.323,35 3.228,11 3.511,15 3.203,64 2.970,54 3.256,19 ‐8,02%
Região das Baixadas 1.227.695,70 2.186.770,75 2.285.259,84 3.077.288,30 3.275.458,14 3.702.298,30 5.961.712,75 7.815.749,05 5.978.213,25 386,95%
141
Regiões de Governo/Municípios
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Litorâneas
Araruama 48.802,26 52.451,66 49.570,11 53.443,38 53.722,09 59.966,53 55.901,81 58.323,76 62.020,94 27,09%
Armação dos Búzios 96.846,19 158.255,24 163.532,86 234.529,09 270.875,54 290.759,85 436.298,78 534.344,77 482.902,37 398,63%
Arraial do Cabo 38.230,75 45.614,71 40.365,67 57.590,42 44.811,93 43.409,73 49.247,30 44.146,99 38.851,13 1,62%
Cabo Frio 310.441,00 469.072,88 492.507,10 793.116,47 918.846,34 1.165.591,78 2.102.156,36 3.029.324,90 2.304.701,15 642,40%
Cachoeiras de Macacu 24.077,39 43.536,15 67.672,91 50.136,76 88.403,75 136.914,30 73.385,28 80.498,99 68.431,52 184,21%
Casimiro de Abreu 44.851,52 79.417,39 86.236,03 143.173,16 132.146,40 151.824,52 518.654,64 725.830,33 541.101,28 1106,43%
Iguaba Grande 6.452,70 7.482,33 7.549,72 8.117,19 8.051,51 8.960,99 8.186,05 7.692,14 8.449,54 30,95%
Maricá 40.860,97 46.048,65 42.682,34 46.524,62 45.869,89 44.885,54 44.912,63 45.488,36 52.445,11 28,35%
Rio Bonito 40.400,97 37.604,55 32.423,63 33.510,99 34.334,43 36.363,92 40.509,26 46.391,19 48.576,26 20,24%
Rio das Ostras 512.788,41 1.183.751,63 1.241.186,50 1.594.777,23 1.617.530,86 1.694.349,50 2.565.115,01 3.176.666,22 2.297.398,85 348,02%
São Pedro da Aldeia 32.162,58 30.870,25 29.494,17 30.754,79 30.351,51 33.904,46 33.826,83 33.132,45 35.064,66 9,02%
Saquarema 22.208,37 21.960,39 23.180,80 24.162,35 23.235,39 26.739,18 25.187,80 25.887,41 29.522,10 32,93%
Silva Jardim 9.572,61 10.704,93 8.858,01 7.451,85 7.278,51 8.628,00 8.330,99 8.021,53 8.748,34 ‐8,61%
Região do Médio Paraíba 3.225.160,44 3.420.324,07 3.299.181,98 3.362.398,76 3.700.057,97 4.986.419,94 3.850.718,47 3.713.145,17 3.539.951,73 9,76%
Barra do Piraí 112.364,02 129.282,70 108.157,16 123.441,27 128.172,76 166.949,08 109.107,54 114.964,30 132.709,06 18,11%
Barra Mansa 475.390,79 404.001,64 402.328,14 396.333,29 446.226,31 513.909,36 451.191,15 424.955,94 306.688,63 ‐35,49%
Itatiaia 138.735,02 228.999,43 224.506,87 146.426,59 104.881,31 276.774,62 189.613,15 164.659,41 134.421,39 ‐3,11%
Pinheiral 7.949,40 7.978,39 8.007,79 8.445,65 7.921,31 8.587,45 8.527,71 8.287,18 8.384,24 5,47%
Piraí 250.075,08 232.252,30 154.309,51 148.283,39 176.337,63 225.912,25 257.551,29 257.413,01 238.036,78 ‐4,81%
Porto Real 88.041,23 114.281,49 314.000,50 378.220,61 502.702,60 780.546,44 625.331,94 586.708,50 624.866,51 609,74%
Quatis 6.234,67 6.982,69 6.446,75 5.962,47 7.003,13 39.126,67 9.465,52 6.926,65 8.360,88 34,10%
Resende 656.132,01 715.274,65 732.254,71 568.624,45 740.888,92 1.016.899,97 817.421,10 841.241,54 781.869,80 19,16%
Rio Claro 6.081,07 6.071,90 6.431,70 6.199,12 5.709,03 6.416,91 6.413,29 5.810,34 6.160,58 1,31%
Rio das Flores 3.441,84 3.892,29 3.375,27 3.398,08 3.293,29 5.330,07 5.961,34 8.631,83 7.651,09 122,30%
Valença 45.071,91 46.241,80 43.268,80 46.689,35 45.645,57 48.976,44 36.633,59 34.912,71 49.853,77 10,61%
Volta Redonda 1.435.643,42 1.525.064,81 1.296.094,79 1.530.374,47 1.531.276,11 1.896.990,67 1.333.500,85 1.258.633,76 1.240.949,01 ‐13,56% Região Centro‐Sul Fluminense
234.966,87 229.685,65 183.494,11 185.887,24 193.537,75 202.831,14 187.455,51 202.152,42 201.897,38 ‐14,07%
Areal 16.850,87 19.608,97 17.509,91 17.572,84 17.125,63 18.655,88 17.479,61 17.633,19 16.981,27 0,77% Comendador Levy
Gasparian 12.506,11 13.429,70 7.801,73 9.129,90 12.710,85 18.683,75 18.642,22 24.153,03
22.486,31 79,80%
Engenheiro Paulo de 10.328,81 11.088,36 8.630,72 9.030,16 13.592,08 12.377,42 9.750,80 12.211,47 11.004,85 6,55%
142
Regiões de Governo/Municípios
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Frontin
Mendes 16.824,29 16.702,19 9.487,22 10.002,49 9.246,65 9.807,05 8.057,99 7.598,06 7.554,75 ‐55,10%
Miguel Pereira 11.145,59 11.785,91 11.265,48 11.445,94 11.272,70 12.020,58 11.456,32 11.189,62 11.960,72 7,31%
Paraíba do Sul 18.701,11 22.583,56 20.615,14 23.457,02 24.185,77 26.431,31 22.818,72 22.484,91 22.646,38 21,10%
Paty do Alferes 10.148,76 10.556,65 9.678,87 10.004,34 9.626,80 10.744,59 10.001,76 9.898,83 10.348,41 1,97%
Sapucaia 10.405,34 10.849,73 10.707,30 10.178,65 11.107,19 11.180,00 8.422,28 9.132,55 9.114,95 ‐12,40%
Três Rios 111.690,54 97.272,12 72.859,14 70.642,69 70.647,11 68.118,79 66.964,65 74.573,71 75.569,13 ‐32,34%
Vassouras 16.365,44 15.808,48 14.938,60 14.423,21 14.022,97 14.811,77 13.861,17 13.277,05 14.230,61 ‐13,04%
Região da Costa Verde 405.976,93 459.289,06 543.780,59 505.134,05 522.444,15 708.030,06 654.476,85 861.527,96 1.098.484,32 170,58%
Angra dos Reis 308.340,53 356.814,64 446.615,21 390.139,10 401.134,62 560.644,95 535.552,50 732.032,47 933.830,00 202,86%
Itaguaí 66.929,65 72.024,66 67.379,48 84.183,84 89.920,88 111.111,94 84.215,21 93.563,37 111.740,98 66,95%
Mangaratiba 16.726,34 17.012,48 16.852,47 17.097,02 18.065,73 21.596,31 21.430,42 22.881,77 23.760,56 42,05%
Parati 13.980,41 13.437,29 12.933,42 13.714,08 13.322,92 14.676,86 13.278,72 13.050,36 29.152,78 108,53%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
143
ANEXO I ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Indústria – 1999‐2007
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Região Metropolitana 63,05% 54,80% 53,95% 50,16% 47,73% 47,97% 40,78% 35,06% 40,61% ‐22,44%
Rio de Janeiro 42,80% 35,85% 34,79% 32,69% 29,12% 27,73% 20,09% 18,49% 18,37% ‐24,43%
Belford Roxo 1,50% 1,30% 1,24% 1,20% 1,11% 1,27% 0,83% 0,81% 0,84% ‐0,66%
Duque de Caxias 8,51% 8,80% 8,93% 7,94% 9,67% 10,77% 14,13% 10,73% 15,65% 7,14%
Guapimirim 0,16% 0,14% 0,13% 0,11% 0,12% 0,12% 0,09% 0,07% 0,08% ‐0,08%
Itaboraí 0,47% 0,40% 0,41% 0,46% 0,41% 0,42% 0,30% 0,24% 0,25% ‐0,21%
Japeri 0,10% 0,08% 0,09% 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,06% 0,06% ‐0,04%
Magé 0,41% 0,34% 0,34% 0,33% 0,26% 0,25% 0,22% 0,19% 0,21% ‐0,20%
Mesquita #VALOR! #VALOR! 0,22% 0,21% 0,20% 0,19% 0,16% 0,15% 0,16% #VALOR!
Nilópolis 0,30% 0,26% 0,25% 0,23% 0,21% 0,20% 0,17% 0,14% 0,16% ‐0,14%
Niterói 2,06% 1,85% 1,64% 1,66% 1,74% 2,48% 1,41% 1,24% 1,62% ‐0,44%
Nova Iguaçu 2,10% 1,82% 1,84% 1,62% 1,55% 1,45% 1,16% 1,07% 1,17% ‐0,93%
Paracambi 0,11% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,08% 0,05% 0,04% 0,04% ‐0,07%
Queimados 0,82% 0,70% 0,81% 0,49% 0,41% 0,39% 0,25% 0,21% 0,22% ‐0,60%
São Gonçalo 2,62% 2,16% 2,19% 2,11% 1,86% 1,76% 1,26% 1,14% 1,21% ‐1,42%
São João de Meriti 0,88% 0,73% 0,69% 0,65% 0,59% 0,53% 0,45% 0,37% 0,40% ‐0,47%
Seropédica 0,16% 0,18% 0,20% 0,21% 0,20% 0,20% 0,10% 0,08% 0,12% ‐0,04%
Tanguá 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,09% 0,05% 0,03% 0,03% 0,05% ‐0,01%
Região Noroeste Fluminense 0,88% 0,76% 0,57% 0,51% 0,63% 0,56% 1,02% 0,74% 0,77% ‐0,10%
Aperibé 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Bom Jesus do Itabapoana 0,09% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% ‐0,04%
Cambuci 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Italva 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,02%
Itaocara 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,05% 0,05% 0,05% 0,00%
Itaperuna 0,39% 0,37% 0,18% 0,17% 0,28% 0,21% 0,70% 0,47% 0,47% 0,08%
Laje do Muriaé 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00%
Miracema 0,07% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,03% 0,02% 0,03% ‐0,04%
Natividade 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,03% 0,02% 0,02% 0,00%
144
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Porciúncula 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,06% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,01%
Santo Antônio de Pádua 0,11% 0,10% 0,10% 0,08% 0,09% 0,07% 0,08% 0,07% 0,09% ‐0,02%
São José de Ubá 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00% 0,01% 0,00%
Varre‐Sai 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00%
Região Norte Fluminense 11,76% 19,38% 19,61% 22,33% 23,96% 22,34% 28,89% 34,04% 30,65% 18,89%
Campos dos Goytacazes 7,66% 12,97% 13,01% 14,92% 16,13% 15,00% 20,93% 25,12% 22,01% 14,36%
Carapebus 0,35% 0,48% 0,40% 0,39% 0,38% 0,38% 0,41% 0,43% 0,39% 0,04%
Cardoso Moreira 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Conceição de Macabu 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,02%
Macaé 1,91% 3,25% 3,99% 4,83% 4,56% 4,20% 4,54% 4,60% 3,96% 2,05%
Quissamã 1,49% 2,15% 1,79% 1,90% 2,04% 1,83% 2,14% 2,87% 3,40% 1,91%
São Fidélis 0,07% 0,06% 0,06% 0,07% 0,07% 0,12% 0,06% 0,05% 0,05% ‐0,02%
São Francisco de Itabapoana 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% ‐0,03%
São João da Barra 0,18% 0,38% 0,26% 0,12% 0,69% 0,73% 0,75% 0,90% 0,78% 0,60%
Região Serrana 3,49% 3,01% 2,66% 3,01% 2,92% 2,65% 2,45% 2,47% 2,75% ‐0,74%
Bom Jardim 0,06% 0,06% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,03%
Cantagalo 0,40% 0,37% 0,32% 0,31% 0,25% 0,26% 0,16% 0,14% 0,16% ‐0,24%
Carmo 0,12% 0,11% 0,08% 0,07% 0,07% 0,08% 0,12% 0,08% 0,08% ‐0,04%
Cordeiro 0,05% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,03%
Duas Barras 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,02%
Macuco 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% ‐0,01%
Nova Friburgo 0,88% 0,74% 0,63% 0,57% 0,60% 0,51% 0,38% 0,35% 0,35% ‐0,53%
Petrópolis 1,39% 1,18% 1,06% 1,54% 1,50% 1,26% 1,39% 1,56% 1,77% 0,38%
Santa Maria Madalena 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,02%
São José do Vale do Rio Preto 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,02%
São Sebastião do Alto 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Sumidouro 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Teresópolis 0,42% 0,36% 0,34% 0,31% 0,31% 0,35% 0,27% 0,23% 0,26% ‐0,15%
Trajano de Morais 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Região das Baixadas Litorâneas 5,02% 7,66% 8,40% 10,35% 10,55% 10,21% 15,02% 17,19% 13,93% 8,91%
Araruama 0,20% 0,18% 0,18% 0,18% 0,17% 0,17% 0,14% 0,13% 0,14% ‐0,06%
Armação dos Búzios 0,40% 0,55% 0,60% 0,79% 0,87% 0,80% 1,10% 1,18% 1,13% 0,73%
145
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Arraial do Cabo 0,16% 0,16% 0,15% 0,19% 0,14% 0,12% 0,12% 0,10% 0,09% ‐0,07%
Cabo Frio 1,27% 1,64% 1,81% 2,67% 2,96% 3,22% 5,30% 6,66% 5,37% 4,10%
Cachoeiras de Macacu 0,10% 0,15% 0,25% 0,17% 0,28% 0,38% 0,18% 0,18% 0,16% 0,06%
Casimiro de Abreu 0,18% 0,28% 0,32% 0,48% 0,43% 0,42% 1,31% 1,60% 1,26% 1,08%
Iguaba Grande 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,01%
Maricá 0,17% 0,16% 0,16% 0,16% 0,15% 0,12% 0,11% 0,10% 0,12% ‐0,04%
Rio Bonito 0,17% 0,13% 0,12% 0,11% 0,11% 0,10% 0,10% 0,10% 0,11% ‐0,05%
Rio das Ostras 2,10% 4,15% 4,56% 5,36% 5,21% 4,67% 6,46% 6,99% 5,35% 3,26%
São Pedro da Aldeia 0,13% 0,11% 0,11% 0,10% 0,10% 0,09% 0,09% 0,07% 0,08% ‐0,05%
Saquarema 0,09% 0,08% 0,09% 0,08% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,07% ‐0,02%
Silva Jardim 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,02%
Região do Médio Paraíba 13,19% 11,98% 12,13% 11,31% 11,91% 13,76% 9,70% 8,17% 8,25% ‐4,94%
Barra do Piraí 0,46% 0,45% 0,40% 0,42% 0,41% 0,46% 0,27% 0,25% 0,31% ‐0,15%
Barra Mansa 1,94% 1,42% 1,48% 1,33% 1,44% 1,42% 1,14% 0,93% 0,71% ‐1,23%
Itatiaia 0,57% 0,80% 0,83% 0,49% 0,34% 0,76% 0,48% 0,36% 0,31% ‐0,25%
Pinheiral 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,01%
Piraí 1,02% 0,81% 0,57% 0,50% 0,57% 0,62% 0,65% 0,57% 0,55% ‐0,47%
Porto Real 0,36% 0,40% 1,15% 1,27% 1,62% 2,15% 1,58% 1,29% 1,46% 1,10%
Quatis 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,11% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,01%
Resende 2,68% 2,51% 2,69% 1,91% 2,39% 2,81% 2,06% 1,85% 1,82% ‐0,86%
Rio Claro 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% ‐0,01%
Rio das Flores 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 0,02% 0,00%
Valença 0,18% 0,16% 0,16% 0,16% 0,15% 0,14% 0,09% 0,08% 0,12% ‐0,07%
Volta Redonda 5,87% 5,34% 4,77% 5,15% 4,93% 5,23% 3,36% 2,77% 2,89% ‐2,98%
Região Centro‐Sul Fluminense 0,96% 0,80% 0,67% 0,63% 0,62% 0,56% 0,47% 0,44% 0,47% ‐0,49%
Areal 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% ‐0,03%
Comendador Levy Gasparian 0,05% 0,05% 0,03% 0,03% 0,04% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,00%
Engenheiro Paulo de Frontin 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,04% 0,03% 0,02% 0,03% 0,03% ‐0,02%
Mendes 0,07% 0,06% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,05%
Miguel Pereira 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,02% 0,03% ‐0,02%
Paraíba do Sul 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,07% 0,06% 0,05% 0,05% ‐0,02%
Paty do Alferes 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% ‐0,02%
146
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Sapucaia 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,04% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% ‐0,02%
Três Rios 0,46% 0,34% 0,27% 0,24% 0,23% 0,19% 0,17% 0,16% 0,18% ‐0,28%
Vassouras 0,07% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% ‐0,03%
Região da Costa Verde 1,66% 1,61% 2,00% 1,70% 1,68% 1,95% 1,65% 1,89% 2,56% 0,90%
Angra dos Reis 1,26% 1,25% 1,64% 1,31% 1,29% 1,55% 1,35% 1,61% 2,18% 0,92%
Itaguaí 0,27% 0,25% 0,25% 0,28% 0,29% 0,31% 0,21% 0,21% 0,26% ‐0,01%
Mangaratiba 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,05% 0,05% 0,06% ‐0,01%
Parati 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,07% 0,01%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
147
ANEXO J – PIB Municipal – Serviços – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Total 91.356.875,13 89.380.787,39 88.952.419,98 91.870.410,96 87.470.821,39 88.407.326,71 91.034.395,43 92.628.072,50 100.091.723,18 9,56%
Região Metropolitana 73.102.785,72 71.250.686,52 70.800.096,05 73.124.441,05 69.288.681,01 69.017.018,21 71.407.580,32 72.459.202,67 77.943.368,58 6,62%
Rio de Janeiro 52.374.419,13 50.449.606,79 49.222.894,20 51.446.013,47 48.573.830,45 47.852.767,88 49.038.476,84 49.802.515,72 53.417.362,98 1,99%
Belford Roxo 1.337.058,04 1.313.511,13 1.380.128,42 1.325.282,07 1.197.121,65 1.240.292,22 1.239.738,48 1.235.741,59 1.303.953,14 ‐2,48%
Duque de Caxias 4.501.239,36 4.966.222,08 5.619.017,89 5.749.762,86 5.958.673,38 6.084.748,07 6.971.547,56 6.938.422,36 7.589.934,56 68,62%
Guapimirim 139.148,37 127.287,56 126.914,48 127.540,38 124.481,87 129.114,52 133.061,96 136.672,50 146.328,74 5,16%
Itaboraí 610.902,90 617.848,47 620.323,32 626.460,17 585.455,17 605.024,20 620.113,35 647.703,25 695.244,09 13,81%
Japeri 204.053,29 202.134,80 209.456,49 206.440,90 196.024,82 197.975,28 210.706,66 208.230,66 223.251,37 9,41%
Magé 672.900,82 653.011,17 667.526,49 682.032,71 607.666,27 623.131,75 636.041,05 652.798,28 712.301,95 5,86%
Mesquita ‐ ‐ 515.619,52 508.263,30 484.494,94 502.279,29 513.055,43 534.209,69 570.383,08
Nilópolis 623.401,60 593.836,14 581.649,06 567.648,28 517.121,18 516.458,61 533.762,76 544.903,47 579.897,61 ‐6,98%
Niterói 3.667.312,44 3.519.602,89 3.290.019,23 3.373.880,52 3.237.959,30 3.272.755,48 3.258.464,12 3.360.065,12 3.735.872,34 1,87%
Nova Iguaçu 3.205.868,66 3.208.780,36 2.875.484,20 2.851.956,50 2.624.896,33 2.708.677,79 2.822.528,85 2.895.445,05 3.149.722,19 ‐1,75%
Paracambi 152.080,37 142.276,58 140.517,46 147.222,55 137.418,41 139.770,38 143.697,66 145.219,20 154.410,74 1,53%
Queimados 409.005,75 410.286,47 438.550,75 420.009,92 390.780,91 404.665,51 393.131,45 377.325,98 386.708,57 ‐5,45%
São Gonçalo 3.346.680,50 3.227.185,90 3.259.303,01 3.255.721,11 2.994.610,37 3.053.508,37 3.190.430,48 3.259.029,70 3.457.937,82 3,32%
São João de Meriti 1.585.304,58 1.545.740,69 1.567.564,84 1.553.340,74 1.392.751,95 1.421.753,16 1.421.629,23 1.436.064,33 1.521.035,87 ‐4,05%
Seropédica 192.925,80 196.029,13 203.985,40 202.151,84 190.169,84 187.479,47 203.112,51 207.043,94 217.565,38 12,77%
Tanguá 80.484,12 77.326,40 81.141,30 80.713,74 75.224,15 76.616,22 78.081,92 77.811,83 81.458,16 1,21%
Região Noroeste Fluminense 1.175.219,85 1.150.642,94 1.147.286,22 1.125.588,10 1.096.961,81 1.131.639,84 1.188.311,46 1.196.161,42 1.284.756,81 9,32%
Aperibé 26.521,41 25.447,81 27.335,30 27.581,26 29.319,33 26.823,28 26.449,82 25.741,26 27.283,52 2,87%
Bom Jesus do Itabapoana 135.772,08 134.081,63 133.855,34 133.390,53 132.181,94 132.208,15 126.223,83 130.152,22 134.766,08 ‐0,74%
Cambuci 48.422,52 45.812,83 48.123,03 47.593,55 43.711,71 45.193,83 44.869,93 45.085,75 47.809,08 ‐1,27%
Italva 45.704,76 43.325,06 44.491,08 42.598,30 39.701,03 41.298,97 39.842,25 41.049,46 46.471,57 1,68%
Itaocara 102.677,06 95.128,26 89.266,20 88.831,34 81.920,14 87.781,21 89.755,16 93.053,24 102.614,59 ‐0,06%
Itaperuna 407.912,47 404.820,97 393.781,55 377.490,42 381.908,54 398.385,40 451.738,22 448.426,66 484.249,28 18,71%
Laje do Muriaé 22.904,89 22.641,26 23.860,59 23.981,35 23.030,62 24.866,52 24.788,98 24.692,15 26.716,48 16,64%
Miracema 90.396,00 89.060,91 88.725,33 88.084,32 83.689,57 84.406,44 85.775,11 84.636,95 91.687,51 1,43%
148
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Natividade 55.463,54 54.114,48 53.714,98 52.617,01 48.480,61 49.413,31 51.150,86 51.060,65 55.237,28 ‐0,41%
Porciúncula 52.249,36 49.289,18 50.721,06 54.545,95 56.191,57 61.065,66 57.749,03 59.023,92 62.680,41 19,96%
Santo Antônio de Pádua 146.797,40 146.607,41 151.139,49 148.136,04 138.057,94 138.910,63 145.954,57 148.721,71 157.157,77 7,06%
São José de Ubá 18.890,29 19.053,78 19.743,11 18.059,72 17.342,95 18.866,84 20.442,41 20.154,47 21.398,55 13,28%
Varre‐Sai 21.508,07 21.259,37 22.529,16 22.678,32 21.425,84 22.419,60 23.571,28 24.362,98 26.684,69 24,07%
Região Norte Fluminense 3.011.503,62 3.046.461,36 3.189.836,15 3.385.196,23 3.387.007,22 3.573.897,08 3.781.020,87 4.008.588,91 4.417.384,01 46,68%
Campos dos Goytacazes 1.757.772,43 1.735.905,08 1.764.941,33 1.852.040,35 1.755.895,36 1.783.386,58 1.964.392,36 2.073.791,15 2.228.621,43 26,79%
Carapebus 32.484,00 31.417,70 37.630,59 40.528,04 40.109,78 42.981,10 41.802,66 42.446,83 44.313,04 36,41%
Cardoso Moreira 35.464,68 33.765,70 35.658,38 36.768,56 34.461,38 34.142,93 35.074,85 35.130,67 38.423,09 8,34%
Conceição de Macabu 60.991,96 60.071,33 59.637,39 60.824,43 57.085,80 59.104,19 58.116,18 59.676,43 62.036,66 1,71%
Macaé 718.693,76 783.432,89 889.804,05 997.847,89 1.101.828,23 1.228.963,84 1.249.100,29 1.353.205,07 1.563.173,27 117,50%
Quissamã 57.333,52 63.229,72 68.350,77 69.969,94 79.587,80 85.158,77 77.067,80 80.749,63 93.856,29 63,70%
São Fidélis 135.183,84 125.088,88 118.432,70 115.518,71 111.018,28 119.365,10 123.917,18 122.742,67 133.279,94 ‐1,41%
São Francisco de Itabapoana 100.638,09 105.304,16 110.153,87 109.269,26 106.771,09 112.967,93 126.569,59 127.274,93 133.501,02 32,65%
São João da Barra 112.941,34 108.245,90 105.227,08 102.429,04 100.249,48 107.826,64 104.979,96 113.571,51 120.179,27 6,41%
Região Serrana 3.795.598,08 3.788.482,02 3.637.023,07 3.818.259,62 3.524.236,43 3.548.744,34 3.641.049,97 3.833.210,55 4.007.309,72 5,58%
Bom Jardim 78.314,00 73.583,69 74.113,50 77.792,74 72.532,67 71.309,87 71.287,38 73.598,59 82.062,07 4,79%
Cantagalo 120.600,60 126.508,90 107.427,04 109.231,34 99.644,23 104.333,57 92.619,34 93.884,87 103.433,18 ‐14,23%
Carmo 61.370,27 58.684,31 60.142,04 56.729,60 52.887,42 51.280,85 52.097,64 50.962,07 56.284,04 ‐8,29%
Cordeiro 70.114,75 67.091,12 67.751,17 67.491,21 61.560,56 63.846,42 66.033,83 67.429,22 72.465,84 3,35%
Duas Barras 30.982,12 28.784,59 30.151,73 31.950,24 31.386,17 31.296,41 31.849,37 32.482,98 34.437,41 11,15%
Macuco 21.949,26 18.338,48 19.463,65 19.642,16 19.306,55 21.328,20 20.619,36 21.176,46 23.376,48 6,50%
Nova Friburgo 896.233,57 891.899,41 822.173,87 883.806,45 834.456,58 825.061,29 818.667,06 876.857,62 924.928,74 3,20%
Petrópolis 1.608.803,28 1.648.967,74 1.586.225,71 1.656.756,50 1.476.905,76 1.447.727,25 1.572.460,08 1.719.256,08 1.741.510,84 8,25%
Santa Maria Madalena 34.885,17 31.678,98 34.138,07 33.014,15 31.339,69 32.802,97 31.687,50 32.124,12 35.808,98 2,65%
São José do Vale do Rio Preto 57.631,08 57.333,92 59.808,06 61.652,82 58.644,01 60.975,03 61.669,33 58.347,46 60.466,99 4,92%
São Sebastião do Alto 25.515,62 24.697,45 26.692,03 23.445,42 23.967,03 23.181,77 24.206,19 24.098,99 25.531,52 0,06%
Sumidouro 40.555,97 41.170,38 41.814,40 40.810,21 36.858,70 39.314,09 40.281,59 40.178,97 40.412,16 ‐0,35%
Teresópolis 718.997,06 691.479,36 675.332,49 725.988,16 695.569,47 747.158,32 729.824,25 715.545,65 775.436,92 7,85%
Trajano de Morais 29.645,32 28.263,70 31.789,31 29.948,63 29.177,58 29.128,30 27.747,04 27.267,47 31.154,54 5,09%
Região das Baixadas Litorâneas 2.775.375,66 2.698.957,17 2.808.785,73 2.940.591,59 2.903.222,50 3.123.377,28 3.247.359,45 3.414.961,50 3.900.402,15 40,54%
149
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Araruama 360.446,41 344.261,90 365.690,76 345.433,30 332.006,37 343.622,45 363.102,67 375.786,50 396.946,85 10,13%
Armação dos Búzios 122.633,16 119.816,59 128.124,17 124.271,42 142.380,40 142.386,05 149.350,23 154.048,11 169.969,83 38,60%
Arraial do Cabo 104.542,19 99.637,48 102.143,77 105.784,19 99.009,10 101.846,39 107.714,08 106.291,25 108.018,21 3,32%
Cabo Frio 641.941,16 624.347,62 620.330,15 680.311,93 635.628,76 661.065,50 710.179,74 739.883,10 800.200,30 24,65%
Cachoeiras de Macacu 152.644,08 146.388,08 182.669,93 219.352,31 203.262,26 220.542,81 200.955,99 218.986,67 245.647,94 60,93%
Casimiro de Abreu 91.445,52 86.737,16 92.347,60 99.469,75 99.925,71 109.692,39 126.725,20 118.826,00 137.643,63 50,52%
Iguaba Grande 67.776,68 66.893,65 69.358,61 70.244,33 70.666,51 77.135,30 76.606,92 74.574,22 79.331,42 17,05%
Maricá 311.183,24 309.176,10 317.029,32 324.609,61 322.431,12 335.751,10 352.590,45 363.589,62 403.816,09 29,77%
Rio Bonito 209.253,29 204.615,44 216.860,78 222.471,02 274.562,14 353.207,61 324.715,30 332.337,18 497.693,76 137,84%
Rio das Ostras 154.440,35 159.339,78 175.262,13 199.978,72 206.683,15 242.964,84 252.651,49 293.077,13 362.853,67 134,95%
São Pedro da Aldeia 286.129,31 274.266,64 251.947,49 266.938,40 248.235,41 252.521,54 263.049,92 276.725,72 291.997,96 2,05%
Saquarema 212.144,72 201.837,23 221.445,47 216.310,69 205.909,41 216.335,28 252.600,30 294.200,67 339.284,74 59,93%
Silva Jardim 60.795,54 61.639,50 65.575,56 65.415,91 62.522,17 66.306,03 67.117,16 66.635,32 66.997,74 10,20%
Região do Médio Paraíba 4.596.187,88 4.516.795,70 4.381.625,45 4.474.133,58 4.541.865,79 4.838.036,40 4.709.402,30 4.660.508,73 4.963.558,54 7,99%
Barra do Piraí 373.104,64 361.430,77 348.569,72 349.053,05 333.145,67 341.040,47 347.233,76 350.436,60 381.481,78 2,25%
Barra Mansa 890.358,58 855.863,11 828.255,12 811.223,39 802.805,02 780.799,22 794.893,59 813.003,25 821.137,89 ‐7,77%
Itatiaia 124.483,51 153.188,92 159.886,84 133.925,77 114.814,77 158.825,18 132.052,29 125.863,97 124.199,80 ‐0,23%
Pinheiral 63.885,71 62.817,64 63.930,66 63.929,85 61.329,77 63.706,34 63.826,04 63.409,74 69.268,42 8,43%
Piraí 120.750,28 112.383,61 113.908,76 113.816,48 116.167,04 126.385,47 119.507,15 124.856,75 131.684,62 9,06%
Porto Real 66.128,67 74.701,86 148.467,59 165.580,63 210.445,44 276.936,23 255.942,85 227.525,84 244.249,25 269,35%
Quatis 40.304,72 37.794,48 38.762,58 39.710,01 37.770,62 46.606,53 39.513,33 40.601,92 41.918,66 4,00%
Resende 718.873,83 714.583,32 719.522,56 640.674,71 685.137,09 761.197,56 734.336,28 741.596,25 781.703,58 8,74%
Rio Claro 53.254,62 51.008,72 51.659,65 52.517,68 49.860,57 51.740,96 51.763,48 49.863,10 53.090,28 ‐0,31%
Rio das Flores 26.962,55 28.113,91 26.602,70 27.007,04 134.285,58 140.503,91 144.175,33 89.198,87 92.364,31 242,57%
Valença 273.746,15 265.940,84 257.575,98 262.246,69 245.714,90 241.185,43 243.963,41 247.143,71 264.748,95 ‐3,29%
Volta Redonda 1.844.334,62 1.798.968,54 1.624.483,28 1.814.448,29 1.750.389,31 1.849.109,08 1.782.194,79 1.787.008,73 1.957.711,00 6,15%
Região Centro‐Sul Fluminense 1.160.810,40 1.153.876,62 1.155.574,13 1.118.084,09 1.093.414,93 1.084.118,61 1.100.551,66 1.120.861,40 1.215.873,48 4,74%
Areal 43.583,16 41.817,04 42.162,30 42.477,29 40.694,27 43.655,45 44.840,08 45.806,09 61.092,82 40,18%
Comendador Levy Gasparian 43.017,11 50.462,86 41.368,72 37.222,95 36.844,96 39.176,87 41.103,53 36.349,32 43.306,07 0,67%
Engenheiro Paulo de Frontin 49.076,84 46.628,53 44.251,54 43.523,54 40.738,66 39.268,91 39.309,23 40.616,01 43.044,00 ‐12,29%
Mendes 70.700,68 67.320,24 63.610,86 61.628,27 57.577,17 57.740,45 57.437,95 57.375,35 62.645,13 ‐11,39%
150
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/1999
Miguel Pereira 117.421,51 109.066,98 107.191,25 105.374,63 100.777,12 102.558,09 107.222,34 105.176,38 111.241,29 ‐5,26%
Paraíba do Sul 123.598,24 129.059,65 151.549,13 147.346,56 140.612,56 137.111,22 152.469,23 152.217,46 162.050,81 31,11%
Paty do Alferes 79.670,05 81.014,67 80.182,94 80.128,83 76.322,41 78.493,12 77.385,58 78.407,18 83.739,80 5,11%
Sapucaia 95.063,29 93.563,17 93.367,18 89.804,11 81.500,27 85.161,04 83.387,40 83.933,26 93.982,16 ‐1,14%
Três Rios 382.623,37 383.174,05 377.865,66 376.429,06 386.014,83 371.997,96 369.342,18 390.966,37 419.893,85 9,74%
Vassouras 156.056,15 151.769,44 154.024,54 134.148,84 132.332,69 128.955,48 128.054,13 130.013,98 134.877,54 ‐13,57%
Região da Costa Verde 1.739.393,92 1.774.885,08 1.832.193,17 1.884.116,70 1.635.431,70 2.090.494,95 1.959.119,40 1.934.577,34 2.359.069,89 35,63%
Angra dos Reis 664.242,46 655.604,99 678.132,32 666.700,08 605.810,38 710.684,95 678.679,34 728.051,36 870.814,94 31,10%
Itaguaí 826.988,67 876.855,95 908.055,71 969.600,23 785.596,93 1.119.340,56 1.012.425,32 925.185,37 1.169.804,38 41,45%
Mangaratiba 126.426,38 125.744,77 130.844,41 128.352,76 127.382,52 139.414,84 145.688,75 154.178,24 179.475,23 41,96%
Parati 121.736,42 116.679,37 115.160,73 119.463,63 116.641,87 121.054,60 122.325,99 127.162,37 138.975,33 14,16%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
151
ANEXO K ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Serviços – 1999‐2007
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00%
Região Metropolitana 80,02% 79,72% 79,59% 79,60% 79,21% 78,07% 78,44% 78,23% 77,87% ‐2,15%
Rio de Janeiro 57,33% 56,44% 55,34% 56,00% 55,53% 54,13% 53,87% 53,77% 53,37% ‐3,96%
Belford Roxo 1,46% 1,47% 1,55% 1,44% 1,37% 1,40% 1,36% 1,33% 1,30% ‐0,16%
Duque de Caxias 4,93% 5,56% 6,32% 6,26% 6,81% 6,88% 7,66% 7,49% 7,58% 2,66%
Guapimirim 0,15% 0,14% 0,14% 0,14% 0,14% 0,15% 0,15% 0,15% 0,15% ‐0,01%
Itaboraí 0,67% 0,69% 0,70% 0,68% 0,67% 0,68% 0,68% 0,70% 0,69% 0,03%
Japeri 0,22% 0,23% 0,24% 0,22% 0,22% 0,22% 0,23% 0,22% 0,22% 0,00%
Magé 0,74% 0,73% 0,75% 0,74% 0,69% 0,70% 0,70% 0,70% 0,71% ‐0,02%
Mesquita ‐ ‐ 0,58% 0,55% 0,55% 0,57% 0,56% 0,58% 0,57%
Nilópolis 0,68% 0,66% 0,65% 0,62% 0,59% 0,58% 0,59% 0,59% 0,58% ‐0,10%
Niterói 4,01% 3,94% 3,70% 3,67% 3,70% 3,70% 3,58% 3,63% 3,73% ‐0,28%
Nova Iguaçu 3,51% 3,59% 3,23% 3,10% 3,00% 3,06% 3,10% 3,13% 3,15% ‐0,36%
Paracambi 0,17% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,15% ‐0,01%
Queimados 0,45% 0,46% 0,49% 0,46% 0,45% 0,46% 0,43% 0,41% 0,39% ‐0,06%
São Gonçalo 3,66% 3,61% 3,66% 3,54% 3,42% 3,45% 3,50% 3,52% 3,45% ‐0,21%
São João de Meriti 1,74% 1,73% 1,76% 1,69% 1,59% 1,61% 1,56% 1,55% 1,52% ‐0,22%
Seropédica 0,21% 0,22% 0,23% 0,22% 0,22% 0,21% 0,22% 0,22% 0,22% 0,01%
Tanguá 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,08% 0,08% ‐0,01%
Região Noroeste Fluminense 1,29% 1,29% 1,29% 1,23% 1,25% 1,28% 1,31% 1,29% 1,28% 0,00%
Aperibé 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
Bom Jesus do Itabapoana 0,15% 0,15% 0,15% 0,15% 0,15% 0,15% 0,14% 0,14% 0,13% ‐0,01%
Cambuci 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% ‐0,01%
Italva 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,05% 0,00%
Itaocara 0,11% 0,11% 0,10% 0,10% 0,09% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% ‐0,01%
Itaperuna 0,45% 0,45% 0,44% 0,41% 0,44% 0,45% 0,50% 0,48% 0,48% 0,04%
Laje do Muriaé 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
Miracema 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,09% 0,09% 0,09% ‐0,01%
152
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Natividade 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% ‐0,01%
Porciúncula 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,01%
Santo Antônio de Pádua 0,16% 0,16% 0,17% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,16% 0,00%
São José de Ubá 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,00%
Varre‐Sai 0,02% 0,02% 0,03% 0,02% 0,02% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
Região Norte Fluminense 3,30% 3,41% 3,59% 3,68% 3,87% 4,04% 4,15% 4,33% 4,41% 1,12%
Campos dos Goytacazes 1,92% 1,94% 1,98% 2,02% 2,01% 2,02% 2,16% 2,24% 2,23% 0,30%
Carapebus 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,01%
Cardoso Moreira 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,00%
Conceição de Macabu 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,00%
Macaé 0,79% 0,88% 1,00% 1,09% 1,26% 1,39% 1,37% 1,46% 1,56% 0,78%
Quissamã 0,06% 0,07% 0,08% 0,08% 0,09% 0,10% 0,08% 0,09% 0,09% 0,03%
São Fidélis 0,15% 0,14% 0,13% 0,13% 0,13% 0,14% 0,14% 0,13% 0,13% ‐0,01%
São Francisco de Itabapoana 0,11% 0,12% 0,12% 0,12% 0,12% 0,13% 0,14% 0,14% 0,13% 0,02%
São João da Barra 0,12% 0,12% 0,12% 0,11% 0,11% 0,12% 0,12% 0,12% 0,12% 0,00%
Região Serrana 4,15% 4,24% 4,09% 4,16% 4,03% 4,01% 4,00% 4,14% 4,00% ‐0,15%
Bom Jardim 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,08% 0,00%
Cantagalo 0,13% 0,14% 0,12% 0,12% 0,11% 0,12% 0,10% 0,10% 0,10% ‐0,03%
Carmo 0,07% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% ‐0,01%
Cordeiro 0,08% 0,08% 0,08% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,00%
Duas Barras 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,04% 0,04% 0,03% 0,04% 0,03% 0,00%
Macuco 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,02% 0,00%
Nova Friburgo 0,98% 1,00% 0,92% 0,96% 0,95% 0,93% 0,90% 0,95% 0,92% ‐0,06%
Petrópolis 1,76% 1,84% 1,78% 1,80% 1,69% 1,64% 1,73% 1,86% 1,74% ‐0,02%
Santa Maria Madalena 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,03% 0,03% 0,04% 0,00%
São José do Vale do Rio Preto 0,06% 0,06% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,00%
São Sebastião do Alto 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
Sumidouro 0,04% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,00%
Teresópolis 0,79% 0,77% 0,76% 0,79% 0,80% 0,85% 0,80% 0,77% 0,77% ‐0,01%
Trajano de Morais 0,03% 0,03% 0,04% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00%
Região das Baixadas Litorâneas 3,04% 3,02% 3,16% 3,20% 3,32% 3,53% 3,57% 3,69% 3,90% 0,86%
153
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Araruama 0,39% 0,39% 0,41% 0,38% 0,38% 0,39% 0,40% 0,41% 0,40% 0,00%
Armação dos Búzios 0,13% 0,13% 0,14% 0,14% 0,16% 0,16% 0,16% 0,17% 0,17% 0,04%
Arraial do Cabo 0,11% 0,11% 0,11% 0,12% 0,11% 0,12% 0,12% 0,11% 0,11% ‐0,01%
Cabo Frio 0,70% 0,70% 0,70% 0,74% 0,73% 0,75% 0,78% 0,80% 0,80% 0,10%
Cachoeiras de Macacu 0,17% 0,16% 0,21% 0,24% 0,23% 0,25% 0,22% 0,24% 0,25% 0,08%
Casimiro de Abreu 0,10% 0,10% 0,10% 0,11% 0,11% 0,12% 0,14% 0,13% 0,14% 0,04%
Iguaba Grande 0,07% 0,07% 0,08% 0,08% 0,08% 0,09% 0,08% 0,08% 0,08% 0,01%
Maricá 0,34% 0,35% 0,36% 0,35% 0,37% 0,38% 0,39% 0,39% 0,40% 0,06%
Rio Bonito 0,23% 0,23% 0,24% 0,24% 0,31% 0,40% 0,36% 0,36% 0,50% 0,27%
Rio das Ostras 0,17% 0,18% 0,20% 0,22% 0,24% 0,27% 0,28% 0,32% 0,36% 0,19%
São Pedro da Aldeia 0,31% 0,31% 0,28% 0,29% 0,28% 0,29% 0,29% 0,30% 0,29% ‐0,02%
Saquarema 0,23% 0,23% 0,25% 0,24% 0,24% 0,24% 0,28% 0,32% 0,34% 0,11%
Silva Jardim 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,08% 0,07% 0,07% 0,07% 0,00%
Região do Médio Paraíba 5,03% 5,05% 4,93% 4,87% 5,19% 5,47% 5,17% 5,03% 4,96% ‐0,07%
Barra do Piraí 0,41% 0,40% 0,39% 0,38% 0,38% 0,39% 0,38% 0,38% 0,38% ‐0,03%
Barra Mansa 0,97% 0,96% 0,93% 0,88% 0,92% 0,88% 0,87% 0,88% 0,82% ‐0,15%
Itatiaia 0,14% 0,17% 0,18% 0,15% 0,13% 0,18% 0,15% 0,14% 0,12% ‐0,01%
Pinheiral 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,00%
Piraí 0,13% 0,13% 0,13% 0,12% 0,13% 0,14% 0,13% 0,13% 0,13% 0,00%
Porto Real 0,07% 0,08% 0,17% 0,18% 0,24% 0,31% 0,28% 0,25% 0,24% 0,17%
Quatis 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,00%
Resende 0,79% 0,80% 0,81% 0,70% 0,78% 0,86% 0,81% 0,80% 0,78% ‐0,01%
Rio Claro 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,06% 0,05% 0,05% ‐0,01%
Rio das Flores 0,03% 0,03% 0,03% 0,03% 0,15% 0,16% 0,16% 0,10% 0,09% 0,06%
Valença 0,30% 0,30% 0,29% 0,29% 0,28% 0,27% 0,27% 0,27% 0,26% ‐0,04%
Volta Redonda 2,02% 2,01% 1,83% 1,98% 2,00% 2,09% 1,96% 1,93% 1,96% ‐0,06%
Região Centro‐Sul Fluminense 1,27% 1,29% 1,30% 1,22% 1,25% 1,23% 1,21% 1,21% 1,21% ‐0,06%
Areal 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,06% 0,01%
Comendador Levy Gasparian 0,05% 0,06% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,05% 0,04% 0,04% 0,00%
Engenheiro Paulo de Frontin 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% ‐0,01%
Mendes 0,08% 0,08% 0,07% 0,07% 0,07% 0,07% 0,06% 0,06% 0,06% ‐0,01%
154
Regiões de Governo/Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007‐1999
Miguel Pereira 0,13% 0,12% 0,12% 0,11% 0,12% 0,12% 0,12% 0,11% 0,11% ‐0,02%
Paraíba do Sul 0,14% 0,14% 0,17% 0,16% 0,16% 0,16% 0,17% 0,16% 0,16% 0,03%
Paty do Alferes 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,09% 0,08% 0,08% 0,00%
Sapucaia 0,10% 0,10% 0,10% 0,10% 0,09% 0,10% 0,09% 0,09% 0,09% ‐0,01%
Três Rios 0,42% 0,43% 0,42% 0,41% 0,44% 0,42% 0,41% 0,42% 0,42% 0,00%
Vassouras 0,17% 0,17% 0,17% 0,15% 0,15% 0,15% 0,14% 0,14% 0,13% ‐0,04%
Região da Costa Verde 1,90% 1,99% 2,06% 2,05% 1,87% 2,36% 2,15% 2,09% 2,36% 0,45%
Angra dos Reis 0,73% 0,73% 0,76% 0,73% 0,69% 0,80% 0,75% 0,79% 0,87% 0,14%
Itaguaí 0,91% 0,98% 1,02% 1,06% 0,90% 1,27% 1,11% 1,00% 1,17% 0,26%
Mangaratiba 0,14% 0,14% 0,15% 0,14% 0,15% 0,16% 0,16% 0,17% 0,18% 0,04%
Parati 0,13% 0,13% 0,13% 0,13% 0,13% 0,14% 0,13% 0,14% 0,14% 0,01%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
155
ANEXO L ‐ Variação do PIB Municipal ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐
2007
Regiões de Governo/Municípios Variação PIB
Total 2007/1999
Variação PIB Indústria 2007/1999
Variação PIB Serviços
2007/1999
Variação PIB Agropecuária 2007/1999
Total 25,73% 75,48% 9,56% ‐22,70% Região Metropolitana 12,25% 13,03% 6,62% ‐5,22%
Rio de Janeiro 4,32% ‐24,70% 1,99% ‐6,23% Belford Roxo ‐3,07% ‐1,45% ‐2,48% 0,58% Duque de Caxias 113,06% 222,78% 68,62% ‐13,56% Guapimirim 2,87% ‐12,32% 5,16% ‐4,85% Itaboraí 9,39% ‐3,87% 13,81% ‐18,61% Japeri 10,19% 9,50% 9,41% ‐27,34% Magé 3,75% ‐9,47% 5,86% ‐8,11% Mesquita ‐ ‐ ‐ ‐ Nilópolis ‐6,00% ‐9,06% ‐6,98% ‐ Niterói 12,96% 37,87% 1,87% 11,97% Nova Iguaçu 0,10% ‐2,06% ‐1,75% ‐15,23% Paracambi ‐3,32% ‐32,22% 1,53% 0,04% Queimados ‐25,93% ‐53,56% ‐5,45% ‐23,86% São Gonçalo ‐0,55% ‐19,28% 3,32% 4,76% São João de Meriti ‐8,59% ‐19,45% ‐4,05% 11,42% Seropédica 17,97% 32,39% 12,77% ‐18,74% Tanguá 6,32% 34,89% 1,21% 7,22%
Região Noroeste Fluminense 15,96% 55,31% 9,32% ‐7,70% Aperibé ‐0,69% ‐20,33% 2,87% ‐28,77% Bom Jesus do Itabapoana 1,43% ‐0,70% ‐0,74% 14,07% Cambuci ‐2,67% ‐6,15% ‐1,27% ‐32,47% Italva ‐1,67% ‐31,59% 1,68% 3,37% Itaocara ‐5,88% 62,11% ‐0,06% ‐21,78% Itaperuna 36,38% 109,69% 18,71% ‐12,08% Laje do Muriaé 18,38% 44,91% 16,64% ‐25,79% Miracema ‐3,72% ‐34,75% 1,43% ‐15,70% Natividade 6,59% 55,35% ‐0,41% ‐12,91% Porciúncula 22,75% ‐2,76% 19,96% 43,95% Santo Antônio de Pádua 12,37% 36,68% 7,06% ‐18,49% São José de Ubá 1,11% ‐3,18% 13,28% ‐42,01% Varre‐Sai 49,12% 4,49% 24,07% 178,64%
Região Norte Fluminense 189,17% 357,49% 46,68% ‐25,00% Campos dos Goytacazes 210,40% 404,58% 26,79% ‐32,17% Carapebus 76,92% 97,30% 36,41% ‐30,24% Cardoso Moreira 7,54% ‐11,48% 8,34% ‐13,82% Conceição de Macabu 0,28% ‐13,72% 1,71% ‐30,39% Macaé 178,69% 264,63% 117,50% 4,61% Quissamã 264,19% 301,43% 63,70% 17,40% São Fidélis ‐0,79% 31,10% ‐1,41% ‐30,90% São Francisco de Itabapoana 18,38% ‐2,03% 32,65% ‐33,45% São João da Barra 172,81% 664,65% 6,41% ‐9,29%
Região Serrana 10,42% 38,49% 5,58% ‐29,95%
156
Regiões de Governo/Municípios Variação PIB
Total 2007/1999
Variação PIB Indústria 2007/1999
Variação PIB Serviços
2007/1999
Variação PIB Agropecuária 2007/1999
Bom Jardim 0,47% ‐26,40% 4,79% ‐22,98% Cantagalo ‐22,19% ‐30,33% ‐14,23% ‐34,25% Carmo ‐1,47% 13,04% ‐8,29% ‐25,39% Cordeiro 0,39% ‐18,10% 3,35% ‐14,78% Duas Barras 2,70% ‐29,53% 11,15% ‐22,64% Macuco 8,78% 17,82% 6,50% ‐34,04% Nova Friburgo ‐3,93% ‐30,47% 3,20% ‐4,27% Petrópolis 27,36% 123,06% 8,25% ‐30,36% Santa Maria Madalena ‐8,29% ‐29,68% 2,65% ‐51,57% São José do Vale do Rio
Preto 2,22% ‐8,91% 4,92% ‐28,18%
São Sebastião do Alto ‐4,10% ‐18,45% 0,06% ‐33,39% Sumidouro ‐3,85% 0,92% ‐0,35% ‐33,29% Teresópolis 7,03% 11,16% 7,85% ‐34,60% Trajano de Morais 1,71% ‐8,02% 5,09% ‐36,45%
Região das Baixadas Litorâneas 141,82% 386,95% 40,54% ‐23,75% Araruama 12,78% 27,09% 10,13% ‐33,66% Armação dos Búzios 192,89% 398,63% 38,60% 7,37% Arraial do Cabo ‐0,19% 1,62% 3,32% 13,57% Cabo Frio 214,17% 642,40% 24,65% 0,49% Cachoeiras de Macacu 84,90% 184,21% 60,93% ‐53,21% Casimiro de Abreu 382,49% 1106,43% 50,52% 5,87% Iguaba Grande 18,66% 30,95% 17,05% 21,27% Maricá 29,24% 28,35% 29,77% ‐59,04% Rio Bonito 121,65% 20,24% 137,84% ‐26,32% Rio das Ostras 297,33% 348,02% 134,95% 29,26% São Pedro da Aldeia 4,74% 9,02% 2,05% ‐13,69% Saquarema 61,22% 32,93% 59,93% ‐12,14% Silva Jardim 5,79% ‐8,61% 10,20% ‐38,56%
Região do Médio Paraíba 12,98% 9,76% 7,99% ‐43,28% Barra do Piraí 6,54% 18,11% 2,25% ‐53,63% Barra Mansa ‐18,86% ‐35,49% ‐7,77% ‐56,84% Itatiaia ‐15,06% ‐3,11% ‐0,23% ‐48,72% Pinheiral 10,09% 5,47% 8,43% 38,87% Piraí 4,84% ‐4,81% 9,06% ‐42,46% Porto Real 554,26% 609,74% 269,35% ‐83,80% Quatis 4,20% 34,10% 4,00% ‐54,58% Resende 16,54% 19,16% 8,74% ‐30,48% Rio Claro 0,36% 1,31% ‐0,31% ‐24,23% Rio das Flores 177,42% 122,30% 242,57% ‐49,83% Valença ‐1,47% 10,61% ‐3,29% ‐44,01% Volta Redonda 1,20% ‐13,56% 6,15% 16,56%
Região Centro‐Sul Fluminense 1,10% ‐14,07% 4,74% ‐32,11% Areal 32,91% 0,77% 40,18% ‐50,06% Comendador Levy
Gasparian 18,15% 79,80% 0,67% ‐25,07%
Engenheiro Paulo de Frontin ‐9,80% 6,55% ‐12,29% ‐58,32% Mendes ‐20,69% ‐55,10% ‐11,39% ‐28,85% Miguel Pereira ‐3,81% 7,31% ‐5,26% ‐29,37%
157
Regiões de Governo/Municípios Variação PIB
Total 2007/1999
Variação PIB Indústria 2007/1999
Variação PIB Serviços
2007/1999
Variação PIB Agropecuária 2007/1999
Paraíba do Sul 31,41% 21,10% 31,11% 2,42% Paty do Alferes 2,48% 1,97% 5,11% ‐48,74% Sapucaia ‐3,41% ‐12,40% ‐1,14% ‐14,29% Três Rios ‐0,76% ‐32,34% 9,74% ‐22,38% Vassouras ‐14,61% ‐13,04% ‐13,57% ‐50,52%
Região da Costa Verde 80,49% 170,58% 35,63% 14,93% Angra dos Reis 118,73% 202,86% 31,10% 14,71% Itaguaí 48,77% 66,95% 41,45% 4,35% Mangaratiba 47,34% 42,05% 41,96% 47,31% Parati 25,90% 108,53% 14,16% 11,58%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.
158
ANEXO M ‐ Variação na participação no PIB Estadual ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores
econômicos – 1999‐2007
Regiões de Governo/Municípios Variação
Participação PIB Total 2007/1999
Variação Participação PIB
Indústria 2007/1999
Variação Participação PIB
Serviços 2007/1999
Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999
Região Metropolitana ‐8,31% ‐22,44% ‐2,15% 2,50%
Rio de Janeiro ‐9,65% ‐24,43% ‐3,96% 0,75% Belford Roxo ‐0,31% ‐0,66% ‐0,16% 0,04% Duque de Caxias 3,89% 7,14% 2,66% 0,06% Guapimirim ‐0,03% ‐0,08% ‐0,01% 0,08% Itaboraí ‐0,08% ‐0,21% 0,03% 0,03% Japeri ‐0,02% ‐0,04% 0,00% ‐0,01% Magé ‐0,11% ‐0,20% ‐0,02% 0,29% Mesquita 0,40% #VALOR! #VALOR! ‐ Nilópolis ‐0,14% ‐0,14% ‐0,10% ‐ Niterói ‐0,34% ‐0,44% ‐0,28% 0,41% Nova Iguaçu ‐0,60% ‐0,93% ‐0,36% 0,06% Paracambi ‐0,03% ‐0,07% ‐0,01% 0,05% Queimados ‐0,21% ‐0,60% ‐0,06% 0,00% São Gonçalo ‐0,66% ‐1,42% ‐0,21% 0,63% São João de Meriti ‐0,40% ‐0,47% ‐0,22% 0,02% Seropédica ‐0,01% ‐0,04% 0,01% 0,03% Tanguá ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% 0,05%
Região Noroeste Fluminense ‐0,09% ‐0,10% 0,00% 2,29% Aperibé ‐0,01% ‐0,01% 0,00% ‐0,02% Bom Jesus do Itabapoana ‐0,02% ‐0,04% ‐0,01% 0,50% Cambuci ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,19% Italva ‐0,01% ‐0,02% 0,00% 0,16% Itaocara ‐0,03% 0,00% ‐0,01% 0,02% Itaperuna 0,03% 0,08% 0,04% 0,29% Laje do Muriaé 0,00% 0,00% 0,00% ‐0,01% Miracema ‐0,02% ‐0,04% ‐0,01% 0,05% Natividade ‐0,01% 0,00% ‐0,01% 0,09% Porciúncula 0,00% ‐0,01% 0,01% 0,51% Santo Antônio de Pádua ‐0,02% ‐0,02% 0,00% 0,07% São José de Ubá 0,00% 0,00% 0,00% ‐0,30% Varre‐Sai 0,00% 0,00% 0,00% 1,12%
Região Norte Fluminense 6,10% 18,89% 1,12% ‐0,73% Campos dos Goytacazes 4,17% 14,36% 0,30% ‐1,31% Carapebus 0,04% 0,04% 0,01% ‐0,07% Cardoso Moreira ‐0,01% ‐0,01% 0,00% 0,09% Conceição de Macabu ‐0,01% ‐0,02% 0,00% ‐0,05% Macaé 1,18% 2,05% 0,78% 0,77% Quissamã 0,61% 1,91% 0,03% 0,56% São Fidélis ‐0,03% ‐0,02% ‐0,01% ‐0,21% São Francisco de Itabapoana ‐0,01% ‐0,03% 0,02% ‐0,76%
159
Regiões de Governo/Municípios Variação
Participação PIB Total 2007/1999
Variação Participação PIB
Indústria 2007/1999
Variação Participação PIB
Serviços 2007/1999
Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999
São João da Barra 0,15% 0,60% 0,00% 0,23% Região Serrana ‐4,70% ‐0,74% ‐0,15% ‐2,08%
Bom Jardim ‐0,02% ‐0,03% 0,00% 0,00% Cantagalo ‐0,08% ‐0,24% ‐0,03% ‐0,18% Carmo ‐0,02% ‐0,04% ‐0,01% ‐0,04% Cordeiro ‐0,01% ‐0,03% 0,00% 0,02% Duas Barras ‐0,01% ‐0,02% 0,00% 0,00% Macuco 0,00% ‐0,01% 0,00% ‐0,02% Nova Friburgo ‐0,22% ‐0,53% ‐0,06% 0,53% Petrópolis 0,02% 0,38% ‐0,02% ‐0,08% Santa Maria Madalena ‐0,01% ‐0,02% 0,00% ‐0,43% São José do Vale do Rio
Preto ‐0,01% ‐0,02% 0,00% ‐0,09%
São Sebastião do Alto ‐0,01% ‐0,01% 0,00% ‐0,13% Sumidouro ‐0,01% ‐0,01% 0,00% ‐0,49% Teresópolis ‐0,10% ‐0,15% ‐0,01% ‐1,05% Trajano de Morais ‐0,01% ‐0,01% 0,00% ‐0,12%
Região das Baixadas Litorâneas 2,90% 8,91% 0,86% ‐0,13% Araruama ‐0,03% ‐0,06% 0,00% ‐0,20% Armação dos Búzios 0,22% 0,73% 0,04% 0,07% Arraial do Cabo ‐0,02% ‐0,07% ‐0,01% 0,16% Cabo Frio 1,12% 4,10% 0,10% 0,43% Cachoeiras de Macacu 0,07% 0,06% 0,08% ‐0,71% Casimiro de Abreu 0,30% 1,08% 0,04% 0,18% Iguaba Grande 0,00% ‐0,01% 0,01% 0,05% Maricá 0,01% ‐0,04% 0,06% ‐0,31% Rio Bonito 0,15% ‐0,05% 0,27% ‐0,03% Rio das Ostras 1,08% 3,26% 0,19% 0,24% São Pedro da Aldeia ‐0,04% ‐0,05% ‐0,02% 0,10% Saquarema 0,05% ‐0,02% 0,11% 0,07% Silva Jardim ‐0,01% ‐0,02% 0,00% ‐0,18%
Região do Médio Paraíba ‐0,68% ‐4,94% ‐0,07% ‐2,86% Barra do Piraí ‐0,06% ‐0,15% ‐0,03% ‐0,76% Barra Mansa ‐0,40% ‐1,23% ‐0,15% ‐0,61% Itatiaia ‐0,08% ‐0,25% ‐0,01% ‐0,10% Pinheiral ‐0,01% ‐0,01% 0,00% 0,07% Piraí ‐0,05% ‐0,47% 0,00% ‐0,21% Porto Real 0,60% 1,10% 0,17% ‐0,21% Quatis ‐0,01% ‐0,01% 0,00% ‐0,24% Resende ‐0,09% ‐0,86% ‐0,01% ‐0,15% Rio Claro ‐0,01% ‐0,01% ‐0,01% ‐0,02% Rio das Flores 0,03% 0,00% 0,06% ‐0,26% Valença ‐0,06% ‐0,07% ‐0,04% ‐0,51% Volta Redonda ‐0,55% ‐2,98% ‐0,06% 0,13%
Região Centro‐Sul Fluminense ‐0,23% ‐0,49% ‐0,06% ‐0,77% Areal 0,00% ‐0,03% 0,01% ‐0,04% Comendador Levy
Gasparian 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
160
Regiões de Governo/Municípios Variação
Participação PIB Total 2007/1999
Variação Participação PIB
Indústria 2007/1999
Variação Participação PIB
Serviços 2007/1999
Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999
Engenheiro Paulo de Frontin ‐0,01% ‐0,02% ‐0,01% ‐0,08% Mendes ‐0,03% ‐0,05% ‐0,01% 0,00% Miguel Pereira ‐0,02% ‐0,02% ‐0,02% ‐0,02% Paraíba do Sul 0,01% ‐0,02% 0,03% 0,22% Paty do Alferes ‐0,01% ‐0,02% 0,00% ‐0,43% Sapucaia ‐0,02% ‐0,02% ‐0,01% 0,07% Três Rios ‐0,09% ‐0,28% 0,00% 0,01% Vassouras ‐0,05% ‐0,03% ‐0,04% ‐0,50%
Região da Costa Verde 0,78% 0,90% 0,45% 1,78% Angra dos Reis 0,63% 0,92% 0,14% 0,52% Itaguaí 0,13% ‐0,01% 0,26% 0,33% Mangaratiba 0,02% ‐0,01% 0,04% 0,40% Parati 0,00% 0,01% 0,01% 0,53%
Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.