Rio de Janeiro

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MAURÍCIO DE OLIVEIRA SILVA DINÂMICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva no final do século XX e limiar do século XXI – Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Planejamento Urbano e Regional. Orientador: Prof. Dr. Jorge Luiz Alves Natal Rio de Janeiro 2011

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MAURÍCIO DE OLIVEIRA SILVA

DINÂMICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva

no final do século XX e limiar do século XXI –

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Planejamento Urbano e Regional. Orientador: Prof. Dr. Jorge Luiz Alves Natal

Rio de Janeiro

2011

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S586d Silva, Mauricio de Oliveira. Dinâmica econômica e desenvolvimento regional no estado do Rio de Janeiro : determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva no final do século XX e limiar do século XXI / Maurício de Oliveira Silva. – 2011. 160 f. : il. color. ; 30 cm. Orientador: Jorge Luiz Alves Natal. Tese (mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, 2011. Bibliografia: f. 113-117. 1. Economia regional – Rio de Janeiro (Estado). 2. Desenvolvimento regional – Rio de Janeiro (Estado). 3. Rio de Janeiro (Estado) – Condições econômicas. I. Natal, Jorge Luiz Alves. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. III. Título. CDD: 338.98153

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Dedico este trabalho... 

 

A  Deus,  que  permitiu  que  tudo  pudesse  ser realizado. 

 À minha mãe,  Thereza  Sixel  Silva,  pelo  amor incondicional e auxílio em todos os momentos. 

À memória de meu pai, Cilio de Oliveira Silva, pela  educação,  formação  e  apoio  em  minha trajetória. 

Ao meu  irmão Marcelo  de Oliveira  Silva,  pelo apoio fundamental e incentivo de sempre. 

Ao meu amor, Renata Mingroni Pavanello, pela compreensão, por todas as palavras de carinho e  por  compartilhar  comigo  alguns  dos momentos mais  importantes para a confecção deste trabalho.  

 

 

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AGRADECIMENTOS 

Primeiramente a Deus por todas as bênçãos concedidas.  

Aos meus pais, Cilio e Thereza, ao meu irmão Marcelo e a toda minha família que 

sempre me apoiaram, me ajudaram e me incentivaram em cada etapa da minha vida.  

Ao professor Dr. Jorge Luiz Alves Natal pela paciência e dedicação, pelas inúmeras 

contribuições para meu crescimento acadêmico, pelo constante incentivo e, principalmente, 

pela  sua  amizade e  companheirismo. Aos professores Alberto de Oliveira,  Luciana  Lago e 

Ângela Penalva Santos por todo carinho, contribuição acadêmica e por aceitarem de forma 

incondicional o convite para participarem da qualificação deste trabalho e da presente banca 

examinadora. 

A todos os professores do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional 

‐ IPPUR pela contribuição na minha formação das mais diferentes maneiras (aulas, conversas 

nos corredores, exemplos de vida,...). Aos colegas do mestrado pela convivência, amizade e 

aprendizado em  conjunto durante  todo o  curso. Aos demais  companheiros do  IPPUR, ex‐

alunos, bolsistas, pesquisadores e funcionários pelo incentivo, pelas horas de trabalho, pelas 

reuniões semanais e pelos bate‐papos. 

À  toda equipe  técnica do Governo do Estado do Rio de  Janeiro, em especial aos 

colegas  da  Secretaria  de Obras  e  Vice‐governadoria.  Ao  Eng.  Flávio  Baptista  Silveira  pela 

amizade, pela confiança e por toda experiência profissional compartilhada, que ajudaram na 

confecção e que muito enriqueceram esse trabalho. 

Aos meus amigos e amigas por todo apoio, incentivo, risadas, viagens, trabalhos e 

etc. A todos aqueles que ao longo do tempo, e de alguma maneira, contribuíram para minha 

formação acadêmica e pessoal. 

À todos, meus sinceros agradecimentos e o meu muito obrigado. 

**** 

Mais que um agradecimento – por sua infinita paciência e por seu generoso afeto e amor, um 

agradecimento mais que especial para Renata Mingroni Pavanello, meu anjo da guarda e a toda sua 

família por terem me acolhido com infinito carinho e constante incentivo. 

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Minha alma canta Vejo o Rio de Janeiro

Estou morrendo de saudades Rio, seu mar

Praia sem fim Rio, você foi feito prá mim

Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara

Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar

Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar

(trecho do “Samba do Avião”, de autoria de Antonio Carlos Jobim) 

 

 

 

Reconhece a queda e não desanima Levanta, sacode a poeira

E dá a volta por cima 

(trecho do samba “Volta por Cima”, de autoria de Paulo Vanzolini) 

 

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RESUMO 

 

O presente trabalho questiona se a inflexão econômica positiva verificada no estado 

do  Rio  de  Janeiro  a  partir  da  segunda metade  da  década  de  1990  seria  decorrente  da 

conjuntura favorável verificada nesse período e/ou, passados aproximadamente quinze anos 

de seu  início, se  trataria de uma mudança estrutural em sua dinâmica  (?). Além disso, ele 

analisa  se  a  reestruturação  econômica  vivida  por  esta  unidade  federativa  acarretou  na 

efetiva redução da gritante desigualdade socioespacial e na melhoria das condições de vida 

da população ‐ na capital, na região metropolitana e no interior, uma vez que o crescimento 

econômico não atinge a todos os espaços e a todas as pessoas, sendo, ademais, apenas uma 

condição necessária, mas não suficiente, para que ocorra o que se poderia denominar mais 

apropriada e amplamente de processo real de desenvolvimento. 

 

Palavras‐chave: 

Economia  Fluminense, Dinâmica  Econômica, Desenvolvimento  Regional, Desenvolvimento 

Socioespacial, Estado do Rio de Janeiro 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ABSTRACT 

 

The present work concerns  if  the positive economic  inflection observed  in Rio de 

Janeiro  State  from  the  second  half  of  1990’s,  after  approximately  fifteen  years,  would 

involve a structural change on its dynamics (?). In addition, it analyzes whether the economic 

restructuring  experienced by  this  federal unit  resulted  into  the  effective  reduction of  the 

ostensive  social  and  environmental  inequality  and  also  into  population’s  life  condition 

improvement  –  not  even  in  downtown  (metropolitan  area),  but  in  the  heartland  – 

considering  that  the economic  increase does not  reach  to  all  regions  and  all people,  and 

moreover, it is not enough but a necessary condition to occur what we should appropriately 

and widely define as the real development process. 

 

Keywords:  

Fluminense  Economics,  Economic  Dynamics,  Regional  Development,  Social  and 

Environmental Development, State of Rio de Janeiro 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LISTA DE TABELAS 

Tabela 1.1 ‐ Produção Exportável de Café por Região (em mil sacas) – 1871‐1930.........  24 

Tabela 1.2  ‐ Estabelecimentos  Industriais  recenseados em 1907 e estabelecimentos 

industriais fundados antes de 1905 e ainda existentes em 1920..................................... 

    

34 

Tabela 1.3 ‐ Participação dos estados nos totais do Valor Bruto da Produção (VBP) e 

do Valor da Transformação Industrial (VTI) da indústria brasileira – 1920‐75................. 

    

38 

Tabela  2.1  ‐ Participação do  estado do Rio de  Janeiro no  valor  adicionado bruto  a 

preço básico do Brasil por atividade econômica ‐ 1995‐2007.......................................... 

    

58 

Tabela 2.2 ‐ Índice do Produto Real, segundo os setores de atividade no Estado do Rio 

de Janeiro ‐ 1997‐2006..................................................................................................... 

    

59 

Tabela  2.3  ‐  Índice  do  produto  real  das  indústrias  extrativa  e  de  transformação, 

segundo os gêneros Estado do Rio de Janeiro ‐ 1997‐2006............................................ 

    

61 

Tabela  2.4  ‐  Indústria  de  transformação,  segundo  os  grupos  de  indústrias,  período 

1970‐2003 (Brasil=100%)................................................................................................. 

    

62 

Tabela  2.5  ‐  Indústria  de  Transformação:  estrutura  regional  (VTI)  por  grupos  de 

indústrias, período 1970‐2003 – (%).................................................................................

    

63 

Tabela  2.6  ‐ Demonstração  do Desempenho  das  Exportações  do  estado  do  Rio  de 

Janeiro (1994‐2008) ‐ Totais por Fator Agregado (US$ 1.000 FOB)................................. 

    

64 

Tabela 2.7 ‐ Comparação entre o Desempenho das Exportações do estado do Rio de 

Janeiro e do Brasil 1991‐2008.......................................................................................... 

    

65 

Tabela 2.8 ‐ Principais empresas exportadoras do estado do Rio de Janeiro (2008).......  66 

Tabela 2.9 ‐  Investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento – 

PAC para o estado do Rio de Janeiro (em R$ milhões)..................................................... 

    

68 

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Tabela 2.10 ‐ Vinte maiores investimentos previstos para o período 2010‐2012 ...........  73 

Tabela 3.1  ‐ População  residente segundo Regiões de Governo do Estado do Rio de 

Janeiro ‐ 1970‐2010......................................................................................................... 

    

79 

Tabela 3.2 ‐ Participação das Regiões de Governo no Total da População Residente do 

Estado do Rio de Janeiro ‐ 1970‐2010.............................................................................. 

    

79 

Tabela 3.3 ‐ PIB Total das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007............................................  83 

Tabela 3.4 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Estadual Total ‐ 1999‐2007....  83 

Tabela 3.5 ‐ PIB Industrial das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007.....................................  87 

Tabela 3.6 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Industrial ‐ 1999‐2007...........  87 

Tabela 3.7 ‐ Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preço 

básico Estado do Rio de Janeiro ‐  1995 – 2007................................................................ 

    

92 

Tabela 3.8 ‐ PIB Serviços das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007.......................................  93 

Tabela 3.9 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Serviços ‐ 1999‐2007.............. 93 

Tabela 3.10 ‐ PIB Agropecuária das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007.............................  98 

Tabela 3.11 ‐ Participação das Regiões de Governo no PIB Agropecuária ‐ 1999‐2007...  98 

Tabela 3.12 ‐ Variação do emprego formal nas Regiões de Governo do Rio de Janeiro 

entre 1995 e 2008 ............................................................................................................ 

  

102 

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 LISTA DE GRÁFICOS 

 

LISTA DE MAPAS 

Gráfico 2.1 ‐ Taxa de Variação Anual Real do Produto Interno Bruto no estado do Rio 

de Janeiro – 1990‐2006 .................................................................................................... 55 

Gráfico 2.2  ‐ Participação do estado do Rio de  Janeiro no Produto  Interno Bruto do 

Brasil – 1985‐2004 ........................................................................................................... 

    

56 

Gráfico 2.3  ‐ Participação do estado do Rio de  Janeiro no Produto  Interno Bruto do 

Brasil – 1995‐2008 ........................................................................................................... 

    

57 

Mapa  2.1  ‐  Investimentos  em  Infraestrutura  Logística  prevista  no  Programa  de 

Aceleração do Crescimento – PAC ...................................................................................  69 

Mapa  2.2  ‐  Investimentos  em  Infraestrutura  Energética  previstas  no  Programa  de 

Aceleração do Crescimento – PAC ................................................................................... 

    

70 

Mapa 3.1  ‐ População Residente e Taxa de Crescimento Populacional entre os anos 

2000 e 2010 ..................................................................................................................... 

    

80 

Mapa 3.2 ‐ PIB Total Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 ......... 84 

Mapa 3.3 ‐ Participação no PIB Total e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007. 85 

Mapa 3.4 ‐ PIB Industrial Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007..  89 

Mapa 3.5 ‐ Participação no PIB Industrial e Variação Percentual entre os anos 1999 e 

2007 ................................................................................................................................. 

    

90 

Mapa 3.6 ‐ PIB Serviços Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007....  95 

Mapa 3.7  ‐ Participação no PIB Serviços e Variação Percentual entre os anos 1999 e 

2007 ................................................................................................................................. 

    

96 

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LISTA DE QUADROS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mapa 3.8  ‐ PIB Agropecuário Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 

2007 ................................................................................................................................. 

  

100 

Mapa  3.9  ‐  Participação  no  PIB  Agropecuário  e  Variação  Percentual  entre  os  anos 

1999 e 2007 ..................................................................................................................... 

  

101 

Mapa 3.10 ‐ Municípios do estado do Rio de Janeiro com destaques na classificação e 

nas mudanças de posição no ranking no Índice de Qualidade dos Municípios – 1998 e 

2005 ................................................................................................................................. 

 

104 

Quadro 2.1 – A capital perdida ........................................................................................  76 

Quadro 3.1 ‐ Os vinte primeiros do ranking do Índice de Qualidade dos Municípios – 

IQM 2005 e sua relação com as atividades econômicas de destaque ............................. 

  

106 

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SUMÁRIO 

 

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15 

I – AS RAÍZES DA CRISE ECONÔMICA FLUMINENSE NO PERÍODO 1980‐95 – do auge do café no século XIX, passando pelo esvaziamento econômico relativo no século XX e chegando à crise na década de 1980 e primeira metade dos anos 1990. .............................................. 19 

I.1 – As Raízes da Crise ...................................................................................................................... 19 

I.1.1 – Ascensão, auge e crise da cafeicultura fluminense no século XIX ..................................... 20 

I.2  –  A  economia  fluminense  ao  longo  do  século  XX:  da  perda  de  dinamismo  relativo  à  crise propriamente dita ............................................................................................................................. 30 

I.2.1 – As primeiras décadas do século XX .................................................................................... 30 

I.2.2 – O período 1930‐80 – crescimento econômico e esvaziamento relativo ............................ 37 

II  ‐  ‘INFLEXÃO  ECONÔMICA  POSITIVA’  NO  ESTADO  DO  RIO  DE  JANEIRO  A  PARTIR  DA SEGUNDA METADE DOS ANOS 1990” – conjuntura ou primeiro passo para consolidação de crescimento econômico sustentado .................................................................................. 50 

II.1 – Os Sinais da Recuperação ......................................................................................................... 54 

II.2 – Velho prognóstico ou novas perspectivas? .............................................................................. 67 

III ‐ PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS ECONÔMICO‐ESPACIAIS DA INFLEXÃO – Onde ganhou? Onde perdeu? ................................................................................................................... 78 

III.1 – Dinâmica Populacional ............................................................................................................ 78 

III.2 – Dinâmica Econômica ............................................................................................................... 81 

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 108 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................................ 113 

ANEXOS ........................................................................................................................... 118 

ANEXO  A  ‐ Mapa    ‐  Brasil:  eixos  de  desconcentração,  principais  pólos  tecnológicos  e  o  novo polígono de aglomeração industrial ................................................................................................ 119 

ANEXO B ‐ Mapa – Divisão Política do estado do Rio de Janeiro: Mesorregiões e municípios ‐ 2009 ......................................................................................................................................................... 120 

ANEXO C – População dos Municípios e Regiões de Governo – 2000‐2010 ................................... 121 

ANEXO D ‐ PIB Municipal  Total – 1999‐2007 ................................................................................. 123 

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ANEXO E – Participação das Regiões de Governo e dos Municípios no PIB estadual Total – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 127 

ANEXO F – PIB Municipal – Agropecuária – 1999‐2007 .................................................................. 131 

ANEXO G  –  Participação  das Regiões  de Governo/Municípios  no  PIB  estadual  – Agropecuária  – 1999‐2007 ....................................................................................................................................... 135 

ANEXO H – PIB Municipal – Indústria – 1999‐2007 ........................................................................ 139 

ANEXO  I  ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual –  Indústria – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 143 

ANEXO J – PIB Municipal – Serviços – 1999‐2007 ........................................................................... 147 

ANEXO K  ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual –  Serviços – 1999‐2007 ................................................................................................................................................. 151 

ANEXO L ‐ Variação do PIB Municipal ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐2007 .. 155 

ANEXO M ‐ Variação na participação no PIB Estadual ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐2007 ....................................................................................................................................... 158 

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DINÂMICA ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE 

JANEIRO – determinantes, limites e impactos da inflexão econômica positiva no final 

do século XX e limiar do século XXI – 

 

 “O estado do Rio de Janeiro é um paradoxo formado ao longo das últimas décadas por uma gestão pública ineficiente, desarticulada e de baixa qualidade. Elevado grau de pobreza, ocupação territorial desordenada, altos índices de violência e insegurança e excesso de 

atividades informais. Tudo isso em um estado conhecido internacionalmente, marcado por suas belezas e riquezas naturais, pela força de sua cultura, localizado no eixo mais dinâmico do 

país e com grande potencial de crescimento.”1  

Sérgio Cabral Filho Governador 

 

INTRODUÇÃO 

Ter o estado do Rio de  Janeiro  (ERJ) como  tema de estudo se  tornou quase 

que ‘obrigação’ no decorrer da minha trajetória acadêmica. De forma resumida: ainda 

graduando em Geografia  fui selecionado para uma bolsa de  iniciação científica  junto 

ao  Laboratório  Estado,  Economia  e  Território  (Leste)  do  Instituto  de  Pesquisa  e 

Planejamento Urbano e Regional  (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de  Janeiro 

(UFRJ) onde me deparei com o tema em tela. E isso é relevante porque nas primeiras 

pesquisas  bibliográficas  sobre  o  recorte  territorial  apontado,  o  conjunto  do  estado, 

percebi  que  havia  um  hiato,  a  saber:  as  produções  científicas  encontradas  ora  se 

referiam  ao  processo  de  fusão  ocorrido  na  década  de  1970  entre  o  Estado  da 

Guanabara e o antigo estado do Rio de Janeiro, ora se referiam a escalas menores, em 

sua maioria metropolitanas ou intra‐metropolitanas. 

Essa escassez de estudos sobre a totalidade geográfico‐institucional do estado 

se explica pelos trabalhos de corte mais localistas que então emergiam, bem como (e 

principalmente) pela  tradição dos pesquisadores cariocas e  fluminenses de  lançarem 

seus olhares mais sobre a realidade nacional do que sobre sua própria realidade. Outro 

                                                            1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SEPLAG – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Plano Estratégico do Governo do Rio de Janeiro 2007‐2010, Rio de Janeiro ‐ RJ, 2007.  

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16 

aspecto  relevante  radica  na  ausência  do  imaginário  de  pertencimento  coletivo  das 

populações carioca e  fluminense em  função da  inexistência de coesão e de  laços de 

solidariedade  territorial,  configurando‐se  como  legado  que  permanece  em  suas 

respectivas  identidades  e  que  traduz  a  contradição  entre  a  centralidade  urbana 

acumulada pela cidade do Rio de Janeiro e o  isolamento secular mantido em relação 

ao interior2. Além disso, a crise econômica, social e institucional enfrentada no período 

que  se  inicia  no  início  da  década  de  1980  e  se  estende  até  à  primeira metade  da 

década de 1990 ‘pesou’ sobre a autoestima da população fluminense. 

A  década  de  1980  foi  caracterizada  como  sendo  a  ‘década  perdida’  para  a 

economia  brasileira,  período  marcado  pela  recessão  da  economia  mundial,  que 

barrava a obtenção de novos empréstimos, essenciais para a manutenção das taxas de 

crescimento  da  década  anterior,  quando  ocorreu  o  chamado  ‘milagre  econômico 

brasileiro’  (leia‐se: na década de 1980 ocorreu o esgotamento do anterior padrão de 

desenvolvimento  e  de  seu  padrão  de  acumulação,  de  financiamento  interno,  etc.) 

(CARDOSO DE MELLO, 1998). No estado do Rio de Janeiro (ERJ), os efeitos dessa crise 

tiveram  ampla  propagação,  e  reverberava  em  um  discurso  de  tom  dramático,  visto 

que,  como  já  se  anotou,  atingiu  diversas  expressões  da  vida  social  fluminense  (a 

econômica, a social propriamente dita e a  institucional), daí o termo síntese: “Rio de 

todas as crises3”. 

Nesse período também se faziam sentir mais claramente os desdobramentos 

e efeitos da perda de centralidade político‐institucional decorrentes da  transferência 

da  capital  para  Brasília  (1960)  e  posterior  fusão  entre  o  estado  da  Guanabara  e  o 

antigo  estado  do  Rio  de  Janeiro  (1975). O  ‘peso’  do  Estado  (governo  federal)  teve 

fundamental  importância para a economia  fluminense durante os quase dois séculos 

em que  a  região  abrigou  a  capital brasileira. Além de  funcionar  como  ‘componente 

autônomo’ da renda estadual, este setor foi o principal responsável pela formação da 

estrutura urbana  regional. A perda de grande parte da  sede administrativa nacional, 

                                                            2 DAVIDOVICH, Fany “Metrópole e Território: Metropolização do Espaço no Rio de Janeiro” In: Cadernos Metrópole n. 6, pp. 67‐77, 2º sem. 2001. 3 DAIN, S. “Crise Econômica, Rio de todas as crises” (I). In: Série Estudos e Pesquisas, n°80, IUPERJ, Rio de Janeiro, Dez., 1990. 

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17 

ainda que se preservasse parcela das estatais e de algumas autarquias públicas em seu 

território, configurou‐se como  fator de  ruptura  institucional  sem  ter havido nenhum 

tratamento especial para  compensar  completamente a perda de  seu anterior  status 

político. 

No  entanto,  a  economia  fluminense  a  partir  da  segunda metade  dos  anos 

1990  começa  a  dar  sinais  de  recuperação,  para  usar  um  neologismo  difundido  por 

economistas, passou a apresentar um ‘viés de alta’; é dizer, uma “inflexão econômica 

positiva4”  em  relação  ao  quadro  de  degradação  anterior.  Tal  mudança  tem  início 

contemporaneamente à adoção do  receituário neoliberal na economia brasileira e à 

implantação do Plano Real em 1994, que conseguiu reduzir drasticamente a  inflação, 

considerada problema estrutural para o desenvolvimento econômico do país, e que 

teve  também,  inicialmente,  impactos  positivos  sobre  o  consumo  e  mesmo  sobre 

alguns outros gastos agregados (decisões de produção, por exemplo), posto dinamizar 

no  curto prazo a economia brasileira. Por  sua vez, essas mudanças possuem  ligação 

direta  com  a  intensificação  das  transformações  produtivas  e  organizacionais  do 

capitalismo  central,  posto  suscitarem  impactos  não  só  econômicos,  mas  também 

sociais e espaciais em todo o globo. 

Diante desse contexto, o presente trabalho questiona se a inflexão econômica 

positiva verificada no estado do Rio de Janeiro a partir da segunda metade da década 

de  1990  seria  decorrente  da  conjuntura  favorável  verificada  nesse  período  e/ou, 

passados aproximadamente quinze anos de seu  início, se manteria como tendência e 

se configurasse como uma mudança estrutural em sua dinâmica (?). Além disso, busca‐

se  neste  trabalho  analisar  se  a  reestruturação  econômica  vivida  por  esta  unidade 

federativa  acarretou na efetiva  redução da  gritante desigualdade  socioespacial e na 

melhoria das condições de vida da população ‐ na capital, na região metropolitana e no 

interior,  uma  vez  que  o  crescimento  econômico  não  atinge  a  todos  os  espaços  e  a 

todas as pessoas. 

                                                            4 NATAL, J. O Estado do Rio de Janeiro Pós‐1995: dinâmica econômica, rede urbana e questão social, Rio de Janeiro, Ed. Publicatti,FAPERJ, 2005. 

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18 

Para  isso, o trabalho estrutura‐se em quatro capítulos. O primeiro,  intitulado 

“As  Raízes  da  Crise  Econômica  Fluminense  no  Período  1980‐1995”,  apresenta  breve 

histórico  da  formação  social  e  econômica  do  ERJ,  a  crise  vivida  após  o  auge  da 

cafeicultura no  século XIX, o processo de esvaziamento econômico  relativo ocorrido 

durante o século XX e a crise vivida no período 1980‐1995. 

Em seguida, no segundo capítulo, intitulado “‘Inflexão Econômica Positiva’ no 

Estado do Rio de Janeiro a partir da Segunda Metade dos Anos 1990”, investigam‐se os 

condicionantes para a  reversão do quadro de degradação vivenciados na década de 

1980 e se a referida recuperação econômica seria decorrente da conjuntura verificada 

em  outras  escalas  ou  se  é  pertinente  afirmar  que  o  estado  do  Rio  de  Janeiro  teria 

ingressado  em  um  processo  de  consolidação  de  crescimento  sustentado  de  sua 

economia. 

No  terceiro  capítulo,  intitulado  “Permanências  e  Mudanças  Econômico‐

Espaciais  da  inflexão  –  onde  ganhou?  onde  perdeu?”,  procura‐se  identificar  quais 

regiões fluminenses e quais os respectivos setores econômicos se ‘beneficiaram’ desse 

processo. Além disso, analisa‐se a dinâmica demográfica e a dinâmica econômica no 

território 

Por último, apresentamos as considerações finais. 

 

 

 

 

 

 

 

 

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19 

I – AS RAÍZES DA CRISE ECONÔMICA FLUMINENSE NO PERÍODO 1980‐95 – do auge do 

café no século XIX, passando pelo esvaziamento econômico relativo no século XX e 

chegando à crise na década de 1980 e primeira metade dos anos 1990. 

Para  investigar quais os  fatores determinantes da  crise  econômica,  social  e 

político‐institucional vivida pelo o estado do Rio de Janeiro iniciada na década de 1980 

e  que  se  propaga  até meados  da  década  seguinte,  este  capítulo  apresenta  breve 

histórico da formação social e econômica fluminense, o processo de ocupação de seu 

território,  a  importância  da  exploração  e  escoamento  do  ouro  por  seus  portos,  a 

expansão,  o  auge  e  a  derrocada  da  cafeicultura  em  suas  terras  no  século  XIX,  o 

processo  de  industrialização  e  a  perda  de  dinamismo  econômico  relativo  ocorrido 

durante o século XX e a crise propriamente dita vivida no período 1980‐95. 

 

I.1 – As Raízes da Crise 

O estado do Rio de Janeiro vivenciou na década de 1980 e na primeira metade 

da  década  seguinte  uma  crise  relativamente  longeva  (aproximadamente  15  anos), 

além de  intensa e complexa. Segundo NATAL  (2003), essa crise se caracterizou: pela 

degradação  e  esvaziamento  econômico;  pela  radicalização  dos  conflitos  federativos 

com a União; pelo aprofundamento da crise social; e por certo estiolamento ‘moral’ da 

população,  notadamente  da  sua  fração  carioca  (perda  da  autoestima  e  do  seu 

tradicional sentimento de  identidade nacional). No entanto, como aponta o autor, as 

raízes  dessa  crise  transcendem  ao  período  histórico  em  que  se manifestou,  sendo 

localizadas  ainda  no  final  do  século  XIX,  quando  impactos  decorrentes  da  pujante 

economia paulista já se faziam sentir nas regiões do seu entorno.  

...é  a  partir  do  final  do  século  retrasado  que  os  diferenciais  da estrutura  produtiva  e  de  produtividade,  e  os  encadeamentos dinâmicos  estabelecidos  na  economia  paulista  avançam,  deixando ‘na poeira da estrada’ a até então economia mais moderna do país, a da antiga capital do país [cidade do Rio de Janeiro] (NATAL, 2003, p. 34). 

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20 

SANTOS (2002) aponta que o território fluminense se caracterizou e destacou 

como entreposto comercial e alcançou grande importância por ocasião da exploração 

do  ouro  (Século  XVIII),  firmando‐se  como  principal  centro  econômico  do  Brasil. 

Ademais,  quando  se  iniciou  o  processo  de  industrialização  no  país,  a  economia 

fluminense já tinha acumulado vantagens  locacionais que permitiam  imaginá‐la como 

sua principal beneficiária. Mas,  segundo a autora, não  foi  isso que ocorreu; afinal, a 

industrialização  brasileira  praticamente  se  confundiu  com  a  emergência  do  pólo 

industrial  em  São  Paulo,  que  transformou  a  economia  fluminense  em  mera 

coadjuvante ‐em um tempo relativamente curto‐ da economia paulista, sendo o século 

XX  caracterizado  como  um  período marcado  por  perdas  para  o  estado  do  Rio  de 

Janeiro, tanto de suas antigas funções dinâmicas quanto de sua ascendência cultural e 

política no país. 

Nesse  sentido,  para  melhor  entendimento  da  profunda  crise  vivida  pelo 

estado fluminense no começo da década de 1980 e começo dos anos 1990 se mostra 

necessário  remontar  ao  processo  de  ocupação  de  seu  território  e  à  gênese  e 

desenvolvimento da economia capitalista propriamente dita, em especial, o verificado 

em  São  Paulo,  sendo  esse  nuclear  para  o  entendimento  da  dinâmica  econômica 

nacional e das demais economias estaduais. 

I.1.1 – Ascensão, auge e crise da cafeicultura fluminense no século XIX 

A efetiva ocupação econômica do que hoje conhecemos como estado do Rio 

de Janeiro está associada à função administrativa da Cidade do Rio de Janeiro. Devido 

à sua maior proximidade das regiões de exploração do ouro, tornou‐se sede do Vice‐

Reinado  em  1763,  de  onde  os  representantes  da  coroa  portuguesa  controlavam  o 

escoamento da produção,  transformando‐se  também em principal porto de entrada 

de importações e centro de redistribuição de manufaturas, principalmente de escravos 

africanos.  Essa  atividade  comercial,  por  sua  vez,  consolidou  a  cidade  como  centro 

econômico,  além  de  político‐administrativo,  do  país. Cabe  destacar,  contudo,  que  a 

função de sede do governo central separou política e administrativamente o núcleo do 

restante da província (SANTOS, 2002). 

Page 21: Rio de Janeiro

21 

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, que vem de Lisboa como 

desdobramento das guerras napoleônicas, a  função administrativa  foi  intensificada e 

proporcionou  ingresso  substancial  de  recursos  no momento  em  que  a  colônia  foi 

elevada à condição de Reino Unido Portugal‐Brasil. Os hábitos de consumo sofisticados 

da corte, a decorrente expansão das atividades comerciais e a abertura dos portos às 

nações  amigas,  em  particular  à  Inglaterra,  levaram  a  cidade  a  novo  patamar  de 

atividade  econômica,  quando  a maior  circulação  de  renda  propiciou  aumento  dos 

negócios, tendo grande importância o comércio de escravos.  

De  acordo  com  LESSA  (2000),  as  atividades  responsáveis  pelos  principais 

núcleos  ativos  do  interior  fluminense  antes  do  cultivo  do  café  eram  a  produção  de 

alimentos orientada para o abastecimento da capital e o cultivo da cana de açúcar na 

planície do norte fluminense5. A ocupação efetiva ocorria apenas no litoral, com algum 

destaque para Parati, antigo porto que atendia ao movimento derivado da exploração 

do ouro, antes da abertura do Caminho Novo, através de Juiz de Fora. 

Em 1762 está datada a chegada das primeiras mudas de café na cidade do Rio 

de Janeiro6, de onde começa o estabelecimento dos primeiros núcleos de seu cultivo. 

As plantações rapidamente se espalharam na cidade e seguiram em direção ao Vale do 

Paraíba,  aproveitando‐se  da  conjuntura  externa,  dado  o  aumento  do  consumo  do 

produto nos Estados Unidos e na Europa, e da Revolta das Antilhas  (em 1789). Esses 

fatos  contribuíram  para  o  aumento  do  preço  do  café  e  abriu  mercado  para  a 

concorrência  internamente  onde  havia  condições  favoráveis  de  clima  e  solo.  Além 

disso, os custos da produção eram mais baixos que os do açúcar, exigindo menos mão 

de  obra.  Enquanto  a  cana  precisava  ser  replantada  a  cada  três  anos,  o  pé  de  café 

poderia durar trinta ou quarenta anos. O apogeu da produção cafeeira fluminense foi 

                                                            5  Segundo  SANTOS  (2002),  o  açúcar  foi  responsável  pelo  dinamismo  da  cidade  de  Campos  dos Goytacazes, principal pólo da região Norte do estado, pioneira na introdução da energia elétrica no país, em 1873. Os baixos custos operacionais permitiram que a produção de cana‐de‐açúcar sobrevivesse na região até os dias de hoje, perdendo importância relativa para a região apenas nas duas últimas décadas do  século XX, quando Campos deixou de  se  identificar  à  cana  e passou  a  ser um  importante  centro regional de serviços, beneficiando‐se também do  impacto positivo da economia do petróleo, devido à presença da Petrobras, na cidade vizinha de Macaé. 6 MARTINS, Ana Luiza. História do Café. Editora Contexto, 2008. 

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22 

de 1830 a 1875 e, nesses 45 anos, equivaleu, em média, a 65% da produção brasileira ‐ 

essa produção gerou extraordinária riqueza para os fazendeiros fluminenses7. 

O Rio assumiu aí o papel de grande centro cultural e cosmopolita do país. Ao 

lado disso, a sua função como centro da administração pública e do comando político 

nacional  ganha  destaque  com  a  declaração  de  independência  política  do  Brasil  em 

relação a Portugal em 1822, quando a cidade antes sede da Colônia (desde 1763) passa 

a ser a do Império. Nesse ponto é preciso salientar que em 1834, por meio de um ato 

imperial, a cidade do Rio foi elevada à condição de Município‐Neutro, ocorrendo assim 

a separação institucional entre a cidade do Rio de Janeiro e de seu interior, enquanto a 

nova capital da província passa a ser Niterói. Para LESSA (2000), é nesse momento que 

o Rio é consagrado definitivamente como cidade‐capital do Brasil, constituindo‐se em 

território único e diferenciado em termos institucionais das demais províncias. 

SILVA  (2004) aponta que há duas conseqüências principais a assinalar  sobre 

esta  separação.  A  primeira  é  que  o  referido  ato  delimitou  oficialmente  o  raio  de 

alcance dos gastos públicos, agindo assim no  sentindo de acentuar as desigualdades 

infraestruturais existentes entre  a  cidade do Rio de  Janeiro e o  interior  fluminense. 

Essa  separação  facilitou  o  controle  e  a  administração  da  cidade, mostrando‐se,  no 

longo prazo, “cruel” com o interior fluminense. A segunda conseqüência diz respeito à 

divisão espacial do  trabalho, pois enquanto ao  interior  fluminense coube o papel de 

produtor primário, através de culturas executadas em latifúndios escravistas, à cidade 

do Rio de  Janeiro coube às  funções burocráticas de sede administrativa e de espaço 

abarcador  da  estrutura  urbana  de  serviços,  ambas  orientadas  para  dar  suporte  à 

comercialização e financiamento da atividade agro‐mercantil. 

Em  1850,  devido  à  proibição  legal  do  tráfico  negreiro  pela  Lei  Euzébio  de 

Queiroz, o preço do escravo começou a se elevar chegando a patamares altíssimos e a 

oferta,  após  1856,  foi  atendida  basicamente  pelo Nordeste  brasileiro  com  o  tráfico 

interno de escravos, que até meados de 1860 supriu a necessidade de mão de obra 

                                                            7 Vale  ressaltar que o desenvolvimento da cidade do Rio de  Janeiro não dependia exclusivamente da cafeicultura fluminense, mas sim de funcionar como principal centro urbano e político do país, ou seja, sede do capital mercantil nacional e centro de decisões do processo histórico brasileiro. 

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23 

dos cafezais. Dessa forma, a expansão das lavouras de café se deu a custos crescentes 

e  menores  taxas  de  lucro  a  partir  desse  período,  tendo  como  conseqüência  a 

diminuição do ritmo e do potencial de acumulação (VIEIRA, 2000). 

Com  o  crescente  encarecimento  da  mão  de  obra,  a  agricultura  cafeeira 

tendeu à especialização, passando toda essa mão de obra a dedicar‐se exclusivamente 

à  produção  cafeeira.  Com  isso,  ocorreu  a  redução  dos  cultivos  alimentares,  o  que 

transformou parte de custos não‐monetários em monetários (os alimentos passaram a 

ser  comprados),  o  que  requeria  capital  circulante  adicional.  Esse  fato  também  foi 

agravado pelo aumento dos preços dos alimentos no mercado. 

Mesmo  com  a  intensificação  da  produção,  a  partir  de  1870  as  coisas 

começaram,  lentamente,  a mudar  na  província  fluminense,  quando  a produtividade 

das  lavouras  de  café  nas  províncias  vizinhas,  especialmente  no  Oeste  Paulista, 

aumentou de forma vigorosa, conforme Tabela 1.1 (que segue). É nesse momento que 

a produção cafeeira  fluminense começou a  ser acompanhada da constante elevação 

dos custos em decorrência dos impactos no aumento da importação de alimentos e do 

encarecimento do preço da escravaria, que teve início com a proibição legal do tráfico 

e se agravou com o processo abolicionista, como anotado anteriormente. Além disso, 

a região apresentava ainda séria limitação para expansão das lavouras, diante da falta 

de  condições  adequadas  de  solo  requeridas  para  seu  cultivo.  Sua  produtividade 

decrescente,  devido  à  topografia  e  à  qualidade  do  solo,  agravava‐se  diante  dos 

processos agrícolas empregados, muitas vezes rudimentares, que aceleravam a erosão 

e  a  exaustão  dos  solos.  Desse  modo,  a  partir  de  1880,  o  café  já  estaria  sendo 

erradicado do Vale do Paraíba Fluminense (Resende, Vassouras, Barra Manda, Pati de 

Alferes), o que provocou o deslocamento para a região oriental (Cantagalo, Paraíba do 

Sul, etc.) em busca de terras mais férteis, o que, consequentemente, causou aumento 

dos preços e nos custos de transportes. 

 

 

 

 

 

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24 

Tabela 1.1 Produção Exportável de Café por Região (em mil sacas) – 1871‐1930 

 

Média  Anual 

SP  RJ  MG  ES  TOTAL 

Vol.  %  Vol.  %  Vol.  %  Vol.  %  Vol.  % 

1871‐1880  925  24,3  1.987  52, 767  20,2  124  3,3  3.803  100 

1881‐1890  2.138  37,1  2.176  37, 1.200  20,8  250  4,3  5.764  100 

1891‐1900  4.775  60,5  911  11, 1.787  22,7  416  5,3  7.889  100 

1901‐1910  9.252  68  995  7,3  2.772  20,4  579  4,3  13.598  100 

1911‐1920  9.306  70,2  812  6,1  2.446  18,4  700  5,3  13.264  100 

1921‐1930  11.131  66,5  945  5,6  3.445  20  1.210  7,2  16.731  100 

Fontes: SILVA (2004) com base em: Taunay, A. de E. e Fraga, C.C. (Dados ajustados aos de Taunay) ‐ SP, RJ e MG; Rocha & Cossetti apud Cano (2002) ‐ ES. VIEIRA (2000, apud LOUREIRO, 2006).  

No período 1871‐1880, o espaço que corresponde ao atual estado do Rio de 

Janeiro  liderava  a produção de  café,  sendo  responsável por 52,2% da produção. Na 

década de 1881‐90, São Paulo praticamente empatou o “jogo”, sendo responsável por 

37,1%  da  produção  nacional  (o  Rio  de  Janeiro  ‘respondia’  por  37,8%).  Na  década 

seguinte,  observa‐se  que  São  Paulo  assumiu  a  liderança  da  produção,  sendo 

responsável por 60,5%, enquanto o Rio  teve  sua participação  reduzida a 11,5%. Nas 

primeiras décadas do século XX, São Paulo ampliou ainda mais sua liderança, enquanto 

a produção fluminense teve sua participação novamente reduzida. Vale destacar que, 

segundo esses dados, o estado de Minas Gerais obteve crescimento de sua produção 

em  termos  absolutos  durante  todo  o  período  e  da  mesma  forma  manteve  sua 

participação  relativa  em  torno  de  20%.  De  1890  em  diante,  a  produção  cafeeira 

fluminense perdeu, continuamente, participação na produção nacional.  

Segundo VIEIRA (2000), os custos de transporte na economia cafeeira do Rio 

de Janeiro foram reduzidos com a expansão ferroviária (principalmente nas décadas de 

1870  e  1880).  Essas  ligações  favoreceram  a  ampliação  da  produção  em  áreas mais 

distantes e até mesmo menos produtivas, assim como facilitavam a interligação do Rio 

com as demais regiões do território nacional (LOUREIRO, 2006). Pela Estrada de Ferro 

Central do Brasil8 (antiga Dom Pedro II), completada em 1877, era feita a ligação entre 

                                                            8 A construção da E. F. Central do Brasil teve início em 1869, com a construção do primeiro trecho, por fazendeiros do Vale do Paraíba, da Estrada de Ferro do Norte (ou E. F. São Paulo ‐Rio), que ligava a linha 

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25 

a  capital  e  o  território mineiro  e  paulista,  e  a  partir  daí  para  o  sul  do  país  e Mato 

Grosso. Pela Estrada de Ferro Leopoldina, inaugurada em 1886, foi realizada a ligação 

entre a capital, o norte da província fluminense, o Espírito Santo e o nordeste de Minas 

Gerais (DAVIDOVICH, 1986). 

A abertura de ferrovias para o escoamento do café juntamente com o sistema 

de  rodovias  e  a  navegação  de  cabotagem  fortaleceram  a  centralidade  da  capital, 

consolidando  sua  hegemonia  nacional  no  campo  político  e  econômico.  Além  de 

facilitar o escoamento e exportação do café pelos portos, a expansão viária contribuiu 

para  a  ampliação  do  mercado  interno  a  ser  suprido  pela  praça  financeira  e  pelo 

comércio atacadista da cidade,  reafirmando seu papel como  importante  receptor do 

excedente de riqueza do país. 

No entanto,  segundo CANO  (1998),  a  ferrovia  trouxe economias externas e 

oportunidades de  investimento em uma  situação  retardada no  tempo, dado que  as 

plantações de café na região já estavam maturadas e decadentes (à exceção de região 

oriental,  que  se  expande  na  década  de  1870).  Adicionalmente,  a  ausência  de 

planejamento nos traçados das ferrovias produziu cargas  insuficientes, estabelecendo 

conflitos entre o  interesse do plantador e do transportador, além de subutilizar parte 

da  infraestrutura  preexistente,  pois  concorria  com  o  antigo  sistema  de  pequenos 

portos  fluviais  e  marítimos  e  suas  rodovias,  o  que  anulou  parte  de  seus  efeitos 

positivos para a região (LESSA, 2000). 

Mesmo  apresentando  inicialmente  problemas  em  relação  ao  custo  dos 

transportes, que limitava a expansão das lavouras para o interior, na região do planalto 

paulista, a produção de café encontrou condições  ideais de clima, de  fertilidade dos 

solos  (as  terras  roxas) e de  topografia. De acordo  com VIEIRA  (2000), na década de 

                                                                                                                                                                              da  São  Paulo  Railway  (S.P.R.)  no  Brás  e  chegava  até  a  Penha,  em  São  Paulo,  sendo  seu  percurso finalizado em 1877, quando chegou à Cachoeira Paulista, onde  se encontrou com a Estrada de Ferro Dom Pedro  II, que vinha do Rio de Janeiro, através do ramal em Barra do Piraí, Província do Rio. Pelo fato  dos  trechos  possuírem  bitolas  diferentes,  o  custo  da  baldeação  em  Cachoeira  Paulista  era  alto, onerando os  fretes configurando‐se mais  tarde como uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que,  em 1890,  incorporou  a  E.  F. do Norte,  com o propósito de  alargar  a bitola e unificá‐las. Os trabalhos começaram em 1902 e terminaram somente em 1908.  

 

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26 

1870  já era observado nessa região o uso de técnicas agrícolas mais eficientes, o que 

possibilitava que o  trabalho  fosse  intensificado. Além disso,  a menor  idade dos pés 

cafeeiros proporcionava uma produtividade maior.  

As  máquinas  de  beneficiamento,  no  caso  do  Rio  de  Janeiro,  foram 

empregadas  no  contexto  da  economia  escravista,  onde  a  falta  de  cuidado  em  sua 

operação e conservação comprometeram a sua eficiência. Apesar de terem melhorado 

o  beneficiamento  do  café,  reduzindo  custos  com  mão  de  obra,  as  máquinas 

apresentavam alto custo de instalação e exigiam vultosos investimentos. A restrição do 

crédito agrícola pelos bancos trazia dificuldades para o processo. Vale lembrar que as 

máquinas  que  foram  empregadas  na  economia  cafeeira  fluminense  eram  mais 

rudimentares que as empregadas no Oeste Paulista (VIEIRA, 2000). 

CANO  (1985),  tomando  como  referencial  de  análise  a  economia  paulista, 

explica  as  razões  fundamentais  pelas  quais  as  principais  regiões  cafeeiras  tiveram 

dinâmicas distintas de crescimento e transformação econômica no período 1850‐1930. 

O autor aponta que o elemento de diferenciação entre São Paulo e as demais regiões 

consiste no fato de que apenas naquele estado se constituiu plenamente o complexo 

cafeeiro,  uma  vez  que  nos  demais  as  relações  sociais  de  produção  vigentes  e  as 

peculiaridades da comercialização e do financiamento do café não o permitiram. Nesse 

sentido,  a especial  relação  café‐indústria  ali estabelecida  seria o elemento  capaz de 

explicar seja a expansão  industrial, seja a própria perda, no tempo, de dinamismo da 

atividade cafeeira. 

De  acordo  com  esta  perspectiva,  no  caso  de  São  Paulo  o  elemento  que 

propulsionou a industrialização teria sido o desenvolvimento da lavoura cafeeira. Pelo 

fato de ter  instituído desde cedo mão de obra  livre, São Paulo teria eliminado freio à 

expansão do  café, posto  ter  criado  simultaneamente  amplo mercado para produtos 

alimentícios e industriais. Da mesma forma, a expansão das lavouras ampliou as bases 

de  acumulação,  o  que  abriu  oportunidade  de  inversão  de  capital  tanto  no 

desenvolvimento da agricultura mercantil quanto na própria indústria. 

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27 

Segundo SANTOS (2002), o fato da economia cafeeira na Província Fluminense 

ser dependente do  trabalho escravo  teve  como  consequência a não  constituição de 

um mercado  consumidor  com  alguma  expressão,  não  tendo  assim  capacidade  para 

sustentar o dinamismo de outra cultura alimentar ou manufatureira no momento em 

que a cafeicultura se deslocou.  

GOMES & FERREIRA (1988) apontam que enquanto São Paulo se expandia, a 

utilização mais intensa e prolongada do trabalho escravo na cidade e no estado do Rio 

de Janeiro teria esvaziado a possibilidade da criação de um setor agrícola dinâmico que 

pudesse trocar impulsos com o setor industrial, o que dificultou o aparecimento de um 

mercado  de  trabalho  livre  e  amplo.  Além  disso,  o  escravismo  prolongado  teria 

impedido o desenvolvimento da produção de gêneros alimentícios baratos – por sua 

vez  capazes  de  reduzir  o  custo  da  força  de  trabalho  ‐,  bem  como  a  criação  de  um 

mercado consumidor para os produtos industrializados. Segundo a análise das autoras, 

na medida  em  que  a  antiga  economia  cafeeira  do  Vale  do  Paraíba  declinava,  toda 

economia fluminense e carioca também entrava em processo de “inexorável atrofia”; 

ou  seja, a existência de um  setor agrícola em  “estagnação”  se  constituiu em  freio à 

acumulação do capital. 

Conforme demonstrado por SILVA (1980) e CANO (1981), a expansão cafeeira, 

notadamente quando a produção atinge o Oeste Paulista, foi a responsável pelo início 

do processo de industrialização no Brasil. A partir de 1894, a dependência da economia 

brasileira  face o  complexo  agroexportador  cafeeiro  tornou‐a  vulnerável  às  crises de 

superprodução  que  se  sucederam.  Com  isso,  o  governo  brasileiro  passou  a 

implementar políticas de sustentação da renda da cafeicultura, inicialmente mediante 

desvalorizações cambiais e, posteriormente, por meio da compra dos excedentes de 

produção.  Por meio  desses  dois mecanismos,  foi mantido  o  estímulo  à  produção  e 

sustentado o rendimento dos que se dedicavam à economia cafeeira. Pelo fato de não 

ser mais possível manter os níveis de lucratividade que a atividade cafeeira obtivera no 

último  quartel  do  século  XIX,  iniciou‐se  importante  transferência  de  recursos  da 

cafeicultura para atividades que possuíssem menor tempo de rotação do capital, como 

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28 

a  indústria,  o  que  acabou  compensando  as  taxas  de  lucratividade  mais  baixas  ali 

obtidas. 

SANTOS  (2002) aponta que a partir do século XX, como veremos adiante, os 

novos  investimentos  industriais  se  localizaram preferencialmente em  São Paulo,  em 

detrimento  da  economia  carioca.  Segundo  a  autora,  isso  ocorreu  pela  maior 

diversidade  da  economia  paulista;  pelo  seu maior mercado  consumidor;  pela maior 

presença  de  imigrantes,  parte  dos  quais  vinha  explorando  as  atividades  de 

comercialização no complexo agroexportador cafeeiro e se tornaria a nova burguesia 

industrial; e pela inexistência de um mercado de capitais, o que contribuía para que o 

conhecimento pessoal entre o “banqueiro” e o investidor na Indústria fosse elemento 

importante  na  decisão  de  fornecer  ou  não  capital  para  financiar  a  nova  atividade 

industrial. Outro elemento  importante a ser citado é que na capital do país, o Rio de 

Janeiro, havia outras atividades que competiam com a indústria pela mão de obra local 

que, por isso, era mais cara que a de São Paulo. 

No entanto, a estrutura da comercialização do café, por ser sede do Governo 

Central  e  possuir  o  principal  porto  do  país,  evitou  que  os  efeitos  da  derrocada 

econômica da região fosse ainda maior, pois foram  inicialmente atenuados devido ao 

fato de as regiões cafeeiras do Espírito Santo, do Vale do Paraíba paulista e de parte de 

Minas  Gerais  ainda  permanecerem  por  vários  anos  tributárias  do  comércio,  das 

finanças,  do  transporte,  do  Governo  Central  sediado  do  Rio  e  do  seu  porto, 

transferindo a essa região, portanto, parte de seu excedente (CANO, 2002 apud SILVA, 

2004).  

LOBO (1977) aponta que o crescimento e o dinamismo do setor comercial não 

estiveram  atrelados  apenas  à  expansão  do  café  fluminense.  Do  mesmo  modo, 

FERREIRA (1985, apud GOMES & FERREIRA, 1988), sem excluir as interligações entre a 

acumulação  de  capital  nos  setores  comerciais  do  antigo  Distrito  Federal  e  a 

cafeicultura  fluminense em  suas primeiras décadas, defende que o desenvolvimento 

industrial carioca e  fluminense não teve relação reflexa e  imediata com a agricultura 

do estado do Rio. Segundo a autora, a industrialização carioca no período usufruía de 

relativa autonomia, podendo manter o crescimento graças ao nível de acumulação de 

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capital  já  existente  no mercado  local.  VERSIANI  (1980,  apud  GOMES  &  FERREIRA, 

1988), analisando a evolução da indústria têxtil no país, acaba trazendo contribuições a 

esse debate ao atribuir  relevância às questões cambiais e  tarifárias como  fatores de 

incentivo a esse setor e ao indicar que o setor cafeeiro não constituiu importante fonte 

de recursos diretos para a  indústria. Além disso, o autor assinala que os capitais para 

essa  nova  atividade  se  originaram  principalmente  do  comércio  de  importação  e  do 

reinvestimento de lucros do próprio setor fabril. 

LEOPOLDI (1986, apud GOMES & FERREIRA, 1988) põe em questão a relação 

entre o declínio da cafeicultura escravista fluminense e o relativo retrocesso industrial 

do  antigo Distrito  Federal.  A  autora  argumenta  que  foi  justamente  nas  décadas  de 

1880 e 1890 que o Rio se firmou como principal centro industrial e financeiro do país e 

aponta  que  a  crise  do  café  fluminense,  somada  à  abolição  do  trabalho  escravo, 

colaborou para a política econômica do governo federal que, por sua vez, favoreceu a 

expansão  industrial do Rio de  Janeiro. Ademais, o  advento da  república  confirmaria 

sua  posição  de  centralidade  político‐administrativa,  sendo  que  as  reformulações  da 

política econômica que se seguiram fomentaram e forneceram bases mais firmes para 

a  industrialização  local. Do mesmo modo,  VIEIRA  (2000)  aponta  que  com  o  fim  do 

tráfico negreiro houve liberação do capital empregado para esse fim, que passou a ser 

destinado para as mais diversas atividades, tais como: operações bancárias, comércio 

de importação e exportação, financiamento de empresas, etc. 

No  entanto,  de  acordo  com  a  lógica  do  complexo  cafeeiro,  GOMES  & 

FERREIRA (1988) destacam que as limitações do mercado consumidor da denominada 

região do Rio de  Janeiro  se  configuravam  como obstáculos  importantes  à  expansão 

industrial em virtude do retrocesso da economia  fluminense e da  falta de  integração 

entre  as  várias  economias  do  país  ocasionada  pela  descentralização  na  Primeira 

República, que geraram dificuldades  crescentes para a produção  industrial  carioca e 

fluminense comercializar suas mercadorias. 

Enfim, apesar da produção cafeeira fluminense descer de seu auge e começar 

a apresentar claros sinais de perda de produtividade, em  função dos seus problemas 

estruturais, principalmente a partir dos anos 1880, a região não sofreu de imediato os 

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30 

efeitos negativos em seus demais setores econômicos em função de sua centralidade 

na estrutura econômica brasileira e pelo  fato de ter se constituído em solo carioca a 

mais moderna economia urbana do país. 

 

I.2 – A economia fluminense ao longo do século XX: da perda de dinamismo 

relativo à crise propriamente dita 

I.2.1 – As primeiras décadas do século XX 

Como antes anotado, a economia cafeeira fluminense no último quartel do 

século XIX já apresentava sinais de queda na sua produtividade e tornava visíveis seus 

problemas  estruturais  ao  passo  que  contemporaneamente  a  esse  processo,  com  a 

chegada do café ao Oeste Paulista, é observada a emergência da chamada Economia 

Exportadora Capitalista Cafeeira Nacional (CARDOSO DE MELLO, 1987) no contexto da 

afirmação  da  expansão  comercial  e,  sobretudo,  financeira  do  capitalismo  mundial 

(SILVA, 1976). 

Entretanto, como visto, os efeitos do declínio da atividade cafeeira fluminense 

foram  atenuados  na  economia  carioca  pelo  fato  de  parte  das  regiões  produtoras 

nacionais ainda permanecerem  tributárias da estrutura urbana de  serviços da antiga 

capital  (notadamente  Minas  Gerais  e  Espírito  Santo),  e  desta  manter  elevada 

diversificação econômica em face do seu elevado processo de urbanização9. 

Vale  ressaltar  que  a  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  desde  a  sua  origem,  esteve 

integrada  de  forma  privilegiada  ao  processo  de  acumulação  primitiva  do  capital 

mercantil e usufruiu do excedente gerado pela economia do ouro e do café por ser, 

naquele  tempo  histórico,  a  principal  base  de  exportação  no  território  brasileiro, 

criando  assim  importante  mercado  urbano  e,  consequentemente,  notáveis  efeitos 

aceleradores.  Além  disso,  pode‐se  afirmar  que  sua  centralidade  política  e  urbana 

surgiu  no  bojo  de  sua  fundação,  acentuando‐se  com  a  transferência  da  capital  da 

                                                            9 Álvaro PINGNATON  (1977, apud GOMES & FERREIRA, 1988) aponta que as vantagens específicas da cidade do Rio apenas permitiram um adiamento do processo de esvaziamento econômico. 

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colônia  de  Salvador  em  1763  e,  assim,  beneficiando‐se  de  boa  parcela  do  gasto 

público,  que  acabou  se  transformando  em  importante  gerador  de  efeitos 

multiplicadores (inclusive o grande centro financeiro que se constitui na capital deriva 

em parte das funções burocráticas do Estado) (SOBRAL, 2007). 

No entanto, ao passo que a crise da cafeicultura fluminense não se fazia sentir 

no antigo Distrito Federal, ela atestou a estagnação do interior do antigo estado do Rio 

de  Janeiro.  Vale  lembrar  que  as  duas  regiões  já  se  encontravam  separadas 

institucionalmente  desde  1834.  Como  conseqüência,  ocorreu  o  encolhimento  do  já 

fraco mercado urbano das cidades interioranas. Além disso, a agricultura, devido a sua 

baixa capitalização, não caminhou para uma expressiva diversificação.  Isso acarretou 

no  isolamento e na descontinuidade espacial da atividade ao  longo do tempo, tendo 

como alternativas o abastecimento de alimentos e de matéria‐prima para a  indústria 

de produtos alimentícios, ao passo que perdia espaço para a pecuária extensiva e de 

baixa produtividade, com a exceção das áreas de monocultura de cana‐de‐açúcar na 

região norte do estado. Dessa  forma,  configurou‐se um  território dividido entre um 

espaço  dominado  pela  cidade  do  Rio  de  Janeiro  e  o  restante  estagnado,  sem 

representatividade  e  entregue  à  dominação  política  da  sua  decadente  aristocracia 

rural.  

Nas últimas décadas do  século XIX, a partir do potencial de acumulação da 

economia urbana carioca, surge na cidade importante centro industrial com produção 

diversa em pequenos estabelecimentos de bens de  consumo não duráveis voltados, 

em geral, para o mercado local. Grande parte desses empreendimentos se realizou em 

conseqüência  do  dinamismo  comercial‐financeiro  da  cidade  do  Rio  de  Janeiro  e  foi 

beneficiada pelas políticas econômicas  federais. Vale destacar os efeitos oriundos do 

Encilhamento10, que  incrementou o movimento de transações  financeiras e adquiriu, 

                                                            10  Com  a  proclamação  da  República,  Rui  Barbosa  (1849‐1923)  chega  ao  comando  do Ministério  da Fazenda,  com  o  objetivo  de  realizar  reformas  nas  instituições  financeiras  que  permitissem  reduzir  a importância e  influência da velha oligarquia agrária, criando condições para o crescimento econômico brasileiro através da  industrialização. Em meio ao debate entre “metalistas” e “papelistas”, e  tendo a escassez de moeda como um entrave aos seus intuitos, Rui estabelece a emissão bancária lastreada em títulos da dívida pública,  através da  Lei Bancária de 17 de  junho de 1890.  Se por um  lado  esse  viés expansionista  auxiliaria  os  setores  em  dificuldades  da  economia  fluminense,  por  outro,  essa  política 

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continuamente,  dimensão  e  contornos  especulativos,  mas,  ao  mesmo  tempo, 

estimulou um processo de acumulação real  interno, para o qual também colaborou o 

preço  do  café  no mercado  externo  e  a  posição  cambial  propícia  à  importação  de 

capital fixo. 

SILVA  (2004)  aponta  que  no  momento  do  Encilhamento,  a  cafeicultura 

fluminense  já  se  encontrava  em  declínio  e  o  setor  mercantil‐financeiro  local  foi 

‘levado’ a diversificar seu portfólio de investimentos, o que determinou a aquisição de 

ações de diversos empreendimentos  industriais, especialmente a partir da reativação 

do mercado acionário no ano de 1889. No Rio de Janeiro, as opções de investimentos 

eram mais diminutas que as da praça paulista, pois essa, em razão de sua agricultura, 

havia expandido e diversificado as possibilidades de inversão produtiva. 

Ainda assim, na entrada do século XX, o Rio de Janeiro se configurava como 

uma  das mais  importantes  praças  industriais  do  país.  Segundo  os  dados  do  “Censo 

Industrial de 1907”, em  seu  território havia 877 estabelecimentos  industriais,  sendo 

670 desses  localizados no antigo Distrito Federal, enquanto o estado de Minas Gerais 

aparecia com 531 estabelecimentos e São Paulo com 326 (vide Tabela 2)11. 

Esses números devem ser analisados com cuidado por conta das deficiências 

presentes nessa base de dados, sendo desaconselhável seu uso na comparação entre 

os estados. De acordo  com BANDEIRA  (1984), embora o  “Censo  Industrial de 1907” 

seja uma das mais  valiosas  fontes de  estudo  para os primórdios da  industrialização 

brasileira, o mesmo apresenta  inúmeras  imperfeições, uma vez que se  tratou de um 

levantamento realizado via postal por uma instituição particular, o Centro Industrial do 

Brasil.  Além  disso,  não  havia  obrigação  legal  para  as  empresas  responderem  aos 

questionários. As dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa são descritas pelos 

próprios autores no texto que antecede a apresentação dos resultados: 

                                                                                                                                                                              monetária,  chamada  de  Encilhamento,  se  configurou  como  tentativa  de  aumentar  a  liquidez  da economia para tornar possível a industrialização do país. 11  O  “censo  industrial  de  1907”  não  foi  verdadeiramente  um  censo, mas  sim  um  levantamento  da atividade  industrial  realizada  pelo  Centro  Industrial  do  Brasil,  intitulado  “O  Brasil.  Suas  riquezas naturaes,  suas  indústrias.  V.  III:  Indústria  de  Transporte  e  Indústria  Fabril.  Rio  de  Janeiro:  Officinas Gráphicas M. Orosco, 1909”; suas estatísticas reaparecem no Censo de 1920. 

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Se,  quando  se  trata  de  obter meras  informações  acerca  de  idade, sexo,  nacionalidade,  etc.  dos  moradores  da  cidade,  agentes  do governo  encontram  tamanhas  dificuldades,  imagine‐se  o  que  terá acontecido  a  agentes  de  uma  instituição  particular,  procurando coligir  declarações  a  respeito  de  estabelecimentos  industriais (CENTRO  INDUSTRIAL  DO  BRASIL,  1909,  apud  BANDEIRA,  1984, p.138‐139). 

 

BANDEIRA  (1984)  relata  ainda  que  essas  dificuldades  na  coleta  de 

informações subestimaram a produção industrial no país para o período, sendo o que 

se  refere  ao  estado  de  São  Paulo  de  qualidade  bem mais  precária  que  no  antigo 

Distrito Federal, uma vez que em 1907, no estado de São Paulo, havia 183 municípios e 

apenas  44  responderam  ao  questionário  do  censo,  deixando  de  fora  centros 

importantes como Rio Claro12, Limeira, Jaú, Mogi‐Mirim e São José dos Campos.  

Essas distorções, de  certa  forma, puderam  ser  reparadas  a partir do Censo 

Industrial  de  192013,  que  traz  em  uma  de  suas  tabelas  o  número  de  empresas 

existentes em cada estado agrupadas conforme o ano de  sua  fundação. Com  isso, é 

possível saber dentre as empresas existentes e ainda em operação em 1920, quantas 

haviam sido fundadas antes de 1905.  

 

 

 

 

 

 

                                                            12  Em  1907,  Rio  Claro  já  possuía  uma  cervejaria,  uma  fábrica  de  carros,  serrarias,  olarias,  oficinas mecânicas e um pátio ferroviário. (DEAN, 1977 apud BANDEIRA, 1984) 13 RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927. 

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Tabela 1.2 Estabelecimentos Industriais recenseados em 1907 e estabelecimentos industriais 

fundados antes de 1905 e ainda existentes em 1920  

Estados Número de 

Estabelecimentos Recenseados em 1907 

Número de Estabelecimentos 

Existentes em 1920 e fundados antes de 1905 

Distrito Federal  670  319 Rio de Janeiro  207  129 

Distrito Federal + Rio de Janeiro  877  448 São Paulo  326  826 

Minas Gerais  531  220 Rio Grande do Sul  314  443 

Pernambuco  118  129 Paraná  297  133 Bahia  78  115 Pará  54  44 

Sergipe  103  55 Santa Catarina  173  200 Amazonas  92  20 Alagoas  45  52 

Maranhão  18  31 Mato Grosso  15  2 

Paraíba  42  42 Rio Grande do Norte  15  41 

Ceará  18  88 Goiás  135  0 Piauí  3  8 

Espírito Santo  4  9 Território do Acre  ‐  1 

Total  3258  2907 Fontes:  CENTRO  INDUSTRIAL  DO  BRASIL,  O  Brasil,  suas  riquezas  naturaes,  suas  indústrias.  Rio  de Janeiro, Officinas Graphicas M. Orosco, 1909, p.265. RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927. P. 226‐49. Adaptado de BANDEIRA (1984). 

 

Dessa maneira, comparando os dados do  levantamento realizado em 1907 e 

os dados do Censo  Industrial de 1920 percebe‐se que enquanto  São Paulo  aparecia 

com  326  estabelecimentos  em  1907,  os  dados  de  1920  apontam  que  o  número  de 

estabelecimentos  existentes  com  data  de  fundação  antes  de  1905  era  de  826.  De 

forma  contrária,  os  números  para  o  Distrito  Federal  e  estado  do  Rio  de  Janeiro 

denotam queda entre os dois  levantamentos. Enquanto no  levantamento de 1907, o 

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Rio de Janeiro (DF + RJ) aparece com 877 estabelecimentos, no Censo de 1920 aparece 

com 448 empresas fundadas antes de 1905. 

Analisando  esses  dados  podemos  chegar  ao  menos  a  duas  conclusões:  a 

primeira, é que a diferença do número de estabelecimentos  industriais entre os dois 

levantamentos demonstra que as empresas desse  setor presentes no antigo Distrito 

Federal  e  no  estado  do  Rio  de  Janeiro  tiveram  relativamente mais  dificuldades  em 

“sobreviver” no período 1905‐1920; e  a  segunda, é que, diferentemente do que  foi 

apontado em diversos trabalhos, a partir dos dados do “Censo Industrial de 1907” não 

se  pode  afirmar  que  o  antigo  estado  do  Rio  de  Janeiro  em  conjunto  com  o  antigo 

Distrito Federal possuíam no começo do século XX ampla vantagem no setor industrial 

perante a economia de outros estados, em especial, de São Paulo. 

Ainda  assim,  a  partir  dos  diferentes  trabalhos  que  retratam  o  período,  é 

sabido  que  o  setor  industrial  fluminense  possuía  expressivo  tamanho  e  grande 

importância para a economia brasileira nessa transição de século.  

... constata‐se que nela [a cidade do Rio de Janeiro] coexistiram num certo  período  a  cidade  política  e  a  cidade  comercial,  que engendraram a cidade indústria. Efetivamente nas primeiras décadas do  século  XX,  o  Rio  de  Janeiro,  como  Capital  da  República,  se constituiu  no  principal  centro  industrial  do  país,  o  que  certamente contribuiu para modificar e até mesmo acentuar o caráter daquelas primeiras funções (DAVIDOVICH, 1986, p.335). 

 Mesmo que a diferença entre os estados do Rio de  Janeiro e de São Paulo 

seja menor que os dados do levantamento industrial de 1907, o relevante a sublinhar é 

que a partir desse momento essas duas unidades federativas apresentaram dinâmicas 

distintas  de  crescimento  e  transformação  econômica,  diferenças  essas  que 

perduraram durante todo o século XX.  

Essa  ‘perda  relativa’  de  potencial  industrial  fluminense  frente  à  indústria 

paulista é explicada por diversos fatores. Segundo SILVA (2004), podem ser apontados: 

• A melhor  estrutura  instalada  em  São  Paulo,  que  gerou  aumento  de  sua 

capacidade  para  importar,  entrada  de  capitais  externos  e  aumento  nas 

exportações de café e de borracha;  

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• O  estado  de  São  Paulo  experimentava  condições  favoráveis  para  o 

alargamento  do mercado  e  para  a  reprodução  de  relações  capitalistas, 

através  do  assalariamento  da mão  de  obra  e  de  um  complexo  cafeeiro 

altamente  lucrativo,  abastecido  por  uma  avançada  agricultura mercantil, 

possibilitando o desenvolvimento de sólido complexo industrial; 

• As  deficientes  condições  de  operação  e  acumulação  da  economia 

escravista  cafeeira  fluminense,  que  impediu  a  consolidação  de  uma 

acumulação  em  bases  concretamente  capitalistas14  em  seu  território  e 

limitou a expansão do mercado interno; 

• A escassez de matérias‐primas no Rio de Janeiro ocorrida no momento em 

que indústrias de outras unidades federativas começaram a se especializar, 

sendo um dos efeitos da fragilidade agrícola a necessidade de se recorrer a 

outros  mercados  produtores  para  o  abastecimento  regional,  que  se 

convertia  em  fonte  de  “vazamentos”  de  renda  para  outras  unidades  do 

país,  o  que,  por  sua  vez,  comprometia  o  processo  de  acumulação 

fluminense, pois propiciava um nível mais elevado no custo monetário da 

cesta  de  consumos  de  sua  população  e  implicava  em  um  nível  salarial 

interno maior que o observado em outras economias do país. 

Do mesmo modo,  OLIVEIRA  (2003)  aponta  que  outros  fatores  elevaram  o 

custo da produção no  território  fluminense e  se  tornaram decisivos para efeito das 

mudanças  observadas  na  estrutura  produtiva  do  estado.  Explicando:  segundo  esse 

autor  os  efeitos  negativos  trazidos  pela  I Guerra Mundial,  em  termos  de matérias‐

primas importadas e circulação de mercadorias no mercado interno, se associaram às 

mudanças nas  tarifas  ferroviárias e de energia elétrica,  assim  como no  aumento de 

salários, o que comprometeu o equilíbrio financeiro das indústrias fluminenses. Ainda: 

os salários pagos pela indústria no Rio de Janeiro eram os mais elevados do Brasil, pelo 

fato de a capital  ter maior  tradição no movimento operário e menor  intensidade de 

fluxo imigratório. E segue: as medidas governamentais no pós‐guerra de abandono da 

                                                            14  “Em  termos  da  constituição  de  um  departamento  de  bens  de  produção  capaz  de  permitir  a autodeterminação do capital”, ou seja, de “libertar a acumulação de quaisquer barreiras decorrentes da fragilidade da estrutura técnica do capital” (CARDOSO DE MELLO, 1998). 

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proteção tarifária às  indústrias que necessitavam de matérias‐primas estrangeiras e o 

privilégio dado à  recuperação do café e da borracha em detrimento da  recuperação 

industrial se configuraram como verdadeiros entraves para a indústria fluminense. 

Nesse  sentido,  ao mesmo  tempo  em  que  a  antiga  capital  consolidava  sua 

posição  como  grande  metrópole  nacional,  centro  político  e  econômico,  ela  não 

conseguia estabelecer uma base produtiva  integrada  com o  seu entorno geográfico, 

fazendo  com  que  sua  periferia metropolitana  não  se  constituísse  enquanto  novos 

subcentros econômicos (LOUREIRO, 2006). 

 

I.2.2  –  O  período  1930‐80  –  crescimento  econômico  e  esvaziamento 

relativo 

A  crise  da  superprodução  em  1929  e  a  depressão  econômica  subsequente 

geraram  múltiplos  efeitos  na  economia  mundial.  No  Brasil,  elas  representaram  o 

marco  inicial  das  transformações  no  padrão  de  acumulação  capitalista,  que 

progressivamente  passou  a  ocorrer  em  bases urbano‐industriais. As  ações  adotadas 

pelo  governo  brasileiro  em  resposta  à  crise  beneficiaram  de  maneira  especial  à 

economia  paulista,  em  virtude  do  perfil  da  política  de  desenvolvimento  industrial 

concebida  ter  se  apoiado  na  produção  de  bens  intermediários  e  de  capital,  o  que 

propiciou  à  São  Paulo  não  apenas  ratificar,  mas  também  consolidar  seu  parque 

industrial,  fazendo  com  que  aumentasse  progressivamente  sua  importância  na 

economia brasileira. 

Conforme os dados da Tabela 3, que trata da participação estadual no total do 

Valor Bruto  da  Produção  (VBP)15  da  indústria  brasileira,  podemos  observar  que  São 

Paulo aumentou sistematicamente sua participação no decorrer do século XX, indo de 

32,29% em 1920 para 55,99% em 1975, enquanto o Rio de Janeiro (DF + RJ) declinou 

de 28,45% em 1920 para 12,55% em 1975. 

                                                            15 Valor Bruto da Produção  (VBP) – soma de vendas de produtos e serviços  industriais  (receita  liquida industrial), variações nos estoques dos produtos acabados e em elaboração, e produção própria para o ativo imobilizado.  

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O mesmo ocorre na comparação do Valor da Transformação Industrial (VTI)16. 

Em 1920, São Paulo participava de 33,81%, subindo sua participação para 39,49% em 

1940  e  chegando  a  55,89%  em  1975.  Já  o  Rio  de  Janeiro,  apesar  de  aumentar  sua 

participação no VTI no período 1920‐1940, indo de 27,73% a 28,5%, chegou em 1975 a 

apenas 13,47%. 

Tabela 1.3 Participação dos estados nos totais do Valor Bruto da Produção (VBP) e do Valor da 

Transformação Industrial (VTI) da indústria brasileira – 1920‐1975  

Anos e Variáveis 

DF +RJ  SP  MG  RS  Outros 

1920           VBP  28,45  32,99  5,76  11,83  20,97 VTI  27,73  33,81  5,60  11,47  21,39 

1940           VBP  24,18  44,04  6,51  9,54  15,73 VTI  28,50  39,49  7,43  8,68  15,90 

1950           VBP  19,84  47,91  7,09  8,76  16,40 VTI  20,39  48,93  6,59  7,90  16,19 

1960           VBP  16,18  55,65  5,85  7,16  15,16 VTI  17,58  55,54  5,78  6,97  14,13 

1970           VBP  14,95  56,10  7,21  6,77  14,97 VTI  15,65  58,11  6,45  6,33  13,45 

1975           VBP  12,55  55,99  7,14  7,34  16,98 VTI  13,47  55,89  6,28  7,51  16,85 

Fontes: RECENSEAMENTO DO BRAZIL 1920; indústria. Rio de Janeiro, 1927. CENSOS ECONÔMICOS 1940: Brasil; agrícola,  industrial, comercial e dos serviços. Rio de Janeiro,  IBGE, 

1950. CENSO INDUSTRIAL 1950: Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1957. CENSO INDUSTRIAL 1960: Brasil: matérias‐primas e produtos Rio de Janeiro, IBGE, 1968. CENSO INDUSTRIAL 1970: Brasil: produção física. Rio de Janeiro, IBGE, 1975. CENSO INDUSTRIAL 1975: Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1981. Adaptado de BANDEIRA (1984).   

No entanto, embora a  industrialização brasileira  tenha  tido São Paulo como 

seu  centro  de  comando,  todas  as  demais  economias  regionais  se  beneficiaram  da 

                                                            16 Valor da Transformação  Industrial  (VTI) – diferença entre o VBP  industrial e o custo das operações industriais (matérias‐primas, insumos, energia, etc). 

 

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dinâmica econômica vivida pelo país. Assim, a perda de posição relativa da economia 

fluminense  foi  em  larga  medida  nuançada  pelo  avanço  da  economia  paulista,  da 

brasileira como um todo e por conta das diversas conjunturas positivas da economia 

mundial (SILVA, 2004; NATAL, 2007). 

O  aumento  da  complementaridade  econômica  entre  São  Paulo  e  as  várias 

regiões permitiu  taxas  elevadas de  crescimento  e  estimulou  alterações nas diversas 

estruturas produtivas, inclusive a do Rio de Janeiro. Além disso, ainda que a economia 

fluminense  tenha  se  tornado  uma  economia  periférica,  ela  se  beneficiou  dessa 

conjuntura positiva pelo fato de ter sido sede do governo federal, de ter proximidade 

geográfica com o estado de São Paulo, de ter expressiva infraestrutura de transportes 

e  da  própria  complexidade  de  sua  região metropolitana.  Os  efeitos  de  arrasto  do 

processo de  industrialização nacional combinados com os benefícios herdados de sua 

longa  centralidade política e urbana garantiram  taxas de  crescimento econômico na 

mesma medida que ocorreram  transformações em sua estrutura produtiva  (SOBRAL, 

2007). 

  

Apesar  desse  processo  de  “esvaziamento”,  a  economia  local continuou  como  o  segundo  lócus  da  indústria  brasileira. Deve  ficar claro, portanto, que esse processo de perdas teve um caráter relativo e não real, pois a economia em questão continuou se diversificando e se  ampliando,  só  que  em  ritmo  mais  lento  que  o  observado  na economia paulista e, por vezes, a nacional (SILVA, 2004, p. 26). 

 

Cabe  ressaltar que nesse período, a população do estado do Rio de  Janeiro 

saltou de 3,6 milhões em 1940 para cerca de 11,5 milhões em 1980, crescendo a taxas 

maiores  que  a média  nacional  e  aumentando  a  concentração  populacional  em  sua 

região  metropolitana  de  62%  em  1940  para  92%  em  1980.  Esse  ponto  se  torna 

relevante  uma  vez  que  o  crescimento  da  populacional  passou  a  não  acompanhar  a 

dinâmica  econômica  e  a  capacidade  de  absorção  de mão  de  obra,  que  acabaram 

gerando problemas sociais de toda ordem que se evidenciaram décadas mais tarde. 

SILVA  (2004) anota que entre os censos de 1939 e 1980, a expansão média 

anual  da  economia  fluminense  foi  de  aproximadamente  6,0%,  enquanto  a  média 

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brasileira  foi de  7,0%  e  a paulista  de  7,5%.  Isso demonstra que  em  vez do  suposto 

processo de esvaziamento econômico do estado, de maneira geral e  semelhante ao 

conjunto  nacional,  o  Rio  de  Janeiro  continuou  expandindo  e  diversificando  sua 

economia,  mas  cada  vez  mais  dependente  do  crescimento  econômico  nacional  e 

paulista  para  evitar  sua  ociosidade  estrutural  e  conseguir  expandir  suas  forças 

produtivas. No  entanto,  esse  processo  evidenciava  de  forma mais  clara  os  entraves 

estruturais que  limitavam a capacidade de acumulação no Rio de Janeiro seguir mais 

de perto a expansão econômica de São Paulo e da média do país.  

Nesse período, o país construiu um padrão de crescimento  interno marcado 

pela rápida modernização e urbanização. Segundo CARDOSO DE MELLO (1998), a partir 

de  1933  iniciou‐se  no  país  um  novo  padrão  de  acumulação,  caracterizado  pelo 

processo  de  industrialização  restringida.  Nessa  fase,  que  se  estendeu  até  1955,  o 

processo de acumulação passou a  se assentar na expansão  industrial, ocorrendo um 

movimento  endógeno  de  acumulação  em  que  se  reproduziram  de  forma  conjunta 

tanto  a  força  de  trabalho  quanto  parte  crescente  do  capital,  sendo  ela,  a 

industrialização, considerada ‘restringida’ pelas bases técnicas e de acumulação serem 

insuficientes  para  que  se  implantasse,  num  único  golpe,  o  núcleo  fundamental  da 

indústria  de  bens  de  produção,  o  que  permitiria  à  capacidade  produtiva  crescer 

adiante da demanda, auto‐determinando o processo de desenvolvimento industrial.   

Além  disso,  segundo  esse  autor,  por  se  tratar  de  uma  industrialização 

retardatária, os obstáculos apresentados se tornariam muito mais sérios, uma vez que 

requeria  grande  economia  de  escala,  volume  de  investimento  inicial  e  tecnologia 

sofisticada,  o  que  exigia  do  Estado  proteção  contra  importações  concorrentes  e  do 

poder  de  barganha  dos  trabalhadores,  assim  como  investimentos  em  infraestrutura 

para  assegurar  economias  externas  ao  capital  industrial.  Nesse  sentido,  coube  ao 

Estado brasileiro papel  fundamental para  lograr o alargamento das bases produtivas 

capitalistas, quer como provedor das indústrias de base quer removendo os pontos de 

estrangulamento de energia e transportes. 

De acordo com SILVA  (2004), apenas a partir de 1956, no governo  Juscelino 

Kubitscheck, através do Plano de Metas, é que o país experimentou  transformações 

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estruturais  do  seu  sistema  produtivo  capazes  de  alterar  sua  dinâmica  e  capacidade 

relativa de autodeterminação da demanda. CARDOSO DE MELLO (1998) considera que 

nesse período há novamente uma transformação no padrão de acumulação, onde as 

características de expansão delineavam um processo de  industrialização pesada, que 

implicou no  crescimento acelerado da  capacidade produtiva dos  setores de bens de 

produção e de bens duráveis de  consumo antes de qualquer expansão previsível de 

seus mercados.  Pela  necessidade  de  investimentos  que  combinava maiores  riscos, 

grande  porte  e  alta  densidade  de  capital,  essa  expansão  só  foi  possível  por  estar 

apoiada no Estado e em novos capitais estrangeiros. 

A  forte  presença  do  Estado  na  economia  brasileira  em  todo  esse  período 

gerou  benefícios  para  a  economia  carioca  e  fluminense,  com  a  implantação  de 

relevantes unidades  industriais,  sendo algumas de grande  importância para a matriz 

produtiva nacional. Vale destacar a Companhia Siderúrgica Nacional ‐ CSN (1941, com 

início  de  sua  operação  em  1946),  a  Companhia Vale  do  Rio Doce  ‐  CVRD  (1942),  a 

Companhia Nacional  de Álcalis  ‐ CNA  (1943),  a  Fábrica Nacional  de Motores  ‐  FNM 

(1948), a refinaria Duque de Caxias da Petrobrás  ‐ Reduc  (1961), a Frota Nacional de 

Petroleiros  ‐  Fronape  (1954),  a  Furnas  Centrais  Elétricas  (1957),  a  Rede  Ferroviária 

Nacional  (1958),  a  Eletrobrás  (1961),  a  Companhia  Brasileira  de  Recursos Minerais 

(1968), a Telebrás e a Nuclebrás (1974). 

DAVIDOVICH  (1986)  assinala  que  razões  de  ordem  política  acionaram 

estratégias espaciais particulares para o território fluminense e para o antigo Distrito 

Federal.  A  autora  aponta  que  a  partir  da  dissociação  geográfica  entre  empresa  e 

estabelecimento, o que fez com que a cidade do Rio de Janeiro, como capital do país, 

viesse a ser a sede privilegiada de empresas estatais de âmbito nacional, enquanto o 

antigo  estado  do  Rio  de  Janeiro  passou  a  abrigar  estabelecimentos  industriais, 

favorecidos  por  interesses  políticos  que  procuravam  reabilitar  uma  economia 

decadente. A autora aponta ainda que essas diretrizes federais também beneficiaram 

a parte oriental da Baía da Guanabara, com a expansão da indústria naval, de vidro, de 

materiais de construção, pescado e curtumes. 

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Outro ponto importante a ser destacado nesse período foi o desenvolvimento 

das  empresas  de  economia  mista  no  país,  que  ganharam  expressão  a  partir  da 

regulamentação  e  reforma  da  lei  das  sociedades  anônimas,  em  1940.  Segundo 

OLIVEIRA (2003), com base nessa reelaboração de  investimentos públicos, o  Instituto 

de Resseguros  do Brasil  ‐  IRB,  e  a  já  citada Companhia  Siderúrgica Nacional  – CSN, 

ambas  com  sede  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  assumiram  essa  caracterização, 

garantindo no decorrer da década de 1940 tanto a liderança do antigo Distrito Federal 

no  sistema  financeiro  nacional  quanto  os  níveis  de  investimentos  e  produtividade 

industrial  local,  em  um momento  em  que  a  indústria  regional  já  apresentava  sinais 

claros  de  desaceleração.  Posteriormente,  de  acordo  com  o  mesmo  autor,  outras 

empresas de economia mista foram formadas e se constituíram em importantes bases 

para  o  desenvolvimento  industrial  fluminense  naquele  período,  pois  parte  delas 

mantiveram  suas  sedes  e  centros  de  pesquisas  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  e/ou 

instalaram unidades produtivas no território fluminense17. 

No  intervalo 1960‐80, através da expansão e diversificação de sua estrutura 

produtiva, São Paulo se consolidou como o epicentro da economia do país, quando a 

sua economia conquistou mercados em todo o território nacional,  fazendo com que, 

de  certa  forma,  as  demais  economias  regionais  se  transformassem  em  estruturas 

complementares. Nesse mesmo momento,  a  economia  brasileira  vivenciou  um  dos 

seus  mais  importantes  ciclos  expansivos,  conhecido  por  “Milagre  Econômico 

Brasileiro”  (1968‐73).  Esse  período  teve  como  principal  característica  a  acentuada 

expansão da renda, com média de crescimento anual de 11,3%, acima de suas  taxas 

históricas e alcançou seu apogeu em 1973, quando muitas das contradições relativas 

ao modelo de crescimento adotado passaram a se manifestar  (crescimento contínuo 

das  importações de bens de produção usados para viabilizar a acentuada assimetria 

existente na matriz produtiva do país, etc.).  

                                                            17 OLIVEIRA (2003) cita como exemplos a Companhia Vale do Rio Doce, resultante da  incorporação ao patrimônio da União das Cia. Brasileira de Mineração e da  Itabira Minerações S/A; a Cia. Nacional de Álcalis, localizada no Município de Arraial do Cabo; e a Fábrica Nacional de Motores, FNM, no Município de Duque de Caxias. 

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Em 1974, o arrefecimento das taxas de expansão do produto veio juntar‐se ao 

recrudescimento  inflacionário,  que  já  se  observava  desde  o  ano  anterior  e  foi 

fortalecido  pelos  efeitos  derivados  do  primeiro  choque  internacional  do  petróleo 

(1973). A taxa de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 14% (1973) 

para 9,8% em 1974, atingido 5,6% em 1975. A partir deste diagnóstico, ainda em 1974, 

o Governo Geisel  lançou  o  II  Plano Nacional  de Desenvolvimento  (II  PND)  que,  em 

linhas  gerais,  almejava  a  continuidade  das  taxas  de  crescimento  econômico 

simultaneamente à  transformação estrutural, com  investimentos dirigidos a projetos 

voltados  para  a  reestruturação  das  bases  produtivas  nacionais,  privilegiando 

principalmente os setores de insumos básicos e de bens de capital, uma vez que esses 

setores  são  fortemente  dependentes  de  investimentos  ou  financiamentos 

governamentais. Incluem‐se neste rol de prioridades os investimentos em produção de 

energia.  

Para a economia  fluminense, podem ser citados pelo menos dois momentos 

de crucial importância nesse período: (i) a mudança da capital federal para Brasília em 

1960 e a elevação da cidade do Rio de Janeiro a estado da Guanabara, situação que se 

manteve durante 15 anos e (ii) a posterior fusão do estado da Guanabara com o antigo 

estado  do  Rio  de  Janeiro  em  1975,  sendo  assim  superada  a  divisão  político‐

administrativa entre núcleo e periferia da economia fluminense.  

De  acordo  com  LOUREIRO  (2006),  essas  sucessivas  mudanças  na  lógica 

político‐administrativa da cidade colocaram em pauta a necessidade de reconstrução 

da  identidade  da  região.  A  cidade  do  Rio,  então  importante  centro  econômico, 

intelectual,  político,  cultural  e  cosmopolita  do  país,  se  viu  diante  do  desafio  de 

promover o desenvolvimento de um entorno relativamente pobre, atrasado e vazio. 

SANTOS  (2002) aponta que a  separação administrativa da  cidade do Rio de 

Janeiro e seu entorno fez com que houvesse poucos financiamentos para implantação 

de  infraestrutura  adequada  para  atração  de  novos  investimentos  industriais.  Além 

disso,  a  transferência  do  Distrito  Federal  para  Brasília  não  foi  o  único  elemento  a 

contribuir  para  a  perda  de  dinamismo  da  economia  fluminense,  mas  intensificou, 

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44 

como observado, um processo que  já vinha se manifestando desde o  início do século 

XX. 

Para a cidade do Rio de  Janeiro, a elevação à condição de Cidade‐Estado  foi 

considerada  uma  compensação  do  governo  central  pela  transferência  do  Distrito 

Federal, uma vez que permitiria somar arrecadações de origem tanto estadual quanto 

municipal,  numa  área  que,  de  fato,  correspondia  apenas  a  um  município.  Esses 

recursos  fiscais  possibilitariam  o  financiamento  de  investimentos  públicos  para  a 

redefinição da geografia econômica e social da cidade. Em 1975, a  fusão resultou na 

criação do novo estado do Rio de Janeiro a fim de contribuir para o desenvolvimento 

da  economia  do  interior  fluminense,  que  seria  logrado mediante  a  consolidação  da 

economia estadual como localização de novos setores tecnologicamente de ponta. De 

acordo  com  OLIVEIRA  (2003),  o  governo  federal  viabilizou  grande  volume  de 

investimentos em empresas estatais, merecendo destaque as obras de expansão da 

CSN – que  foram realizadas em três etapas e só concluídas em 1987; a  instalação da 

Usina  Termonuclear  em  Angra  dos  Reis,  na  BR  101  Sul;  as  obras  de  ampliação  da 

Refinaria  Duque  de  Caxias,  na  BR  040;  a  recuperação  da  Rede  Ferroviária  Federal, 

principalmente  para  transportes  urbanos;  a  instalação  de  um  programa  de 

recuperação  do  sistema  viário,  a  cargo  do  Departamento  Nacional  de  Estradas  de 

Rodagens  (DNER);  e  o  desenvolvimento  do  II  Plano  de  Construção  Naval,  que 

reaqueceu as atividades nos seis estaleiros existentes no estado. 

Segundo  SILVA  (2004),  o  Rio  de  Janeiro  também  se  beneficiou  com  a 

modernização de sua estrutura produtiva através da  instalação de  investimentos em 

setores  de  ponta,  com  alta  densidade  tecnológica  e  de  capital,  que  tinham  como 

objetivo  transformar  a  cidade  em  principal  pólo  nacional  de  pesquisa  científica  e 

tecnológica. Para isso, conforme LESSA (2000), o Governo Federal instalou a Nuclebras, 

iniciou a produção de computadores em Jacarepaguá com a instalação da Companhia 

Brasileira de Computadores (COBRA) e fortaleceu a Fundação Oswaldo Cruz por meio 

do  apoio  ao  desenvolvimento  da  biotecnologia.  Ademais,  foram  instalados  na 

Universidade  Federal  do  Rio  de  Janeiro  (UFRJ),  o  programa  de  pós‐graduação  em 

Engenharia por meio da criação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós‐graduação e 

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Pesquisa de Engenharia (COPPE) e o centro de pesquisa e desenvolvimento de algumas 

estatais  federais,  em  meados  de  1970,  que  também  contribuíram  com  o  aparato 

técnico‐científico da região, podendo ser destacados, o Centro de Pesquisas de Energia 

Elétrica  (CEPEL) da Eletrobrás e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento  Leopoldo 

Américo  Miguez  de  Mello  (CENPES)  da  Petrobrás.  Segundo  LESSA  (2000),  os 

estabelecimentos  de  pesquisa  naval  militar  no  Rio  também  ganharam  novas 

dimensões,  assim  como  ganharam  relevância  o  Instituto  de  Matemática  Pura  e 

Aplicada  (IMPA),  o  Instituto  Militar  de  Engenharia  (IME),  o  Centro  Brasileiro  de 

Pesquisas Físicas  (CBPF) e o Observatório Nacional. LESSA  (2000)  também sublinha o 

desenvolvimento de pesquisas para exploração de petróleo na Bacia de Campos e a 

implantação da Valesul pela Companhia Vale do Rio Doce.  

No entanto, a perda de função de capital manifestou‐se no esvaziamento de 

um  de  seus  setores  mais  dinâmicos,  como  era  o  de  sede  de  empresas  estatais. 

Conforme  DAVIDOVICH,  das  372  empresas  estatais  existentes  em  1976,  302  foram 

criadas  após  1960,  sendo  possível  supor  que  caso  a  administração  federal  tivesse 

permanecido no Rio de Janeiro, certamente a maior parte dessas empresas estaria ali 

localizada.  Da mesma  forma,  segundo  a  autora,  o  número  de  postos  de  trabalho 

perdidos foi estimado em mais de 450 mil, o que trouxe, evidentemente, reflexos no 

montante de renda. 

Além  disso,  conforme  assinalado  por  SILVA  (2004),  entre  as  inversões 

industriais programadas para o período, a CSN  II, que se  instalaria em Itaguaí, não se 

materializou,  o  programa  nuclear  brasileiro  tornou‐se  exemplo  mais  pelos  seus 

equívocos que pelos seus êxitos e somente a consolidação da atividade petrolífera na 

Bacia  de  Campos  alcançou  resultados  próximos  aos  almejados.  Segundo  OLIVEIRA 

(2003),  isso  decorre  dos  investimentos  realizados  no  âmbito  do  II  PND  não  terem 

resistido à segunda crise do petróleo, em 1979, o que fez com que o país entrasse em 

um período de dificuldades econômicas face ao redirecionamento das prioridades de 

investimento  pelo  sistema  financeiro  internacional,  que  antes  financiara  o Milagre 

Brasileiro, e à  longa  recessão que se mantinha nos países  industrializados. Com  isso, 

frente  às políticas de  compressão  dos  créditos  e  elevação dos  juros,  instituídos por 

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uma política ortodoxa, o modelo adotado no  II PND  foi definitivamente abandonado 

nos anos 1980, relegando a segundo plano os  investimentos nos setores estratégicos 

da economia do país, como as indústrias de bens de produção e energéticas18. 

NATAL  &  OLIVEIRA  (2006)  chamam  atenção  para  a  questão  dos  recursos 

internos, que também escassearam no período: 

Ao  adotar  uma  política  econômica  de  natureza  recessiva (denominada de  ‘ajuste’)  com centralidade discursiva no combate à inflação, para em verdade gerar superávits na balança comercial (...), o Brasil transferiu somas gigantescas de recursos para o exterior (por conta  dos  saldos  obtidos  na  balança  comercial),  com  gravosos impactos sobre os gastos públicos e, por via de conseqüência, sobre a própria  geração  de  renda  e  emprego  domésticos,  notadamente  ao nível de um estado [o Rio de Janeiro] tão tributário da União/governo federal. Mas os problemas não pararam aí, posto haver, ademais a questão recursos internos: e esses, ao também serem reduzidos [com exceção dos destinados às atividades agroexportadoras],  levaram à nova compressão dos gastos públicos, à elevação da carga tributária e  ao  enxugamento  geral  da  chamada  base monetária,  impactando negativamente sobre a capacidade de gastos da quase totalidade dos agentes econômicos (públicos e privados) e incidindo mais uma vez de maneira dramaticamente onerosa  sobre a economia  fluminense em vista do fechamento de mais essa possibilidade de financiamento dos seus gastos correntes e de capital (NATAL & OLIVEIRA, 2006, p. 56). 

 

Assim,  o  início  da  década  de  1980  marca  o  fim  do  “Milagre  Econômico 

Brasileiro”. Com graves desequilíbrios externos e internos, a chamada década perdida 

caracterizou‐se pela queda nos  investimentos e no crescimento do PIB nacional, pelo 

aumento  do  déficit  público,  pelo  crescimento  das  dividas  interna  e  externa  e  pela 

ascensão inflacionária. Em um primeiro momento – entre 1981 e 1983 –, a diminuição 

no ritmo de crescimento foi atribuída ao esforço de ajustamento imposto pela crise da 

dívida. Numa segunda etapa – 1984 a 1986 –, devido à maturação dos  investimentos 

realizados  no  II  PND  e  tomando  carona  na  recuperação  econômica  americana,  a 

balança comercial foi reequilibrada devido à desvalorização cambial, e o país voltou a 

                                                            18 Um ponto importante a ser destacado é que após a transferência da capital para Brasília em 1960 e a posterior fusão em 1975 há a emergência e o avanço não apenas de um discurso de cunho regionalista, mas  também  de  reiteradas  demandas  e  críticas  aos  sucessivos  governos  federais,  invocando‐se  os compromissos de Estado assumidos por este com o estado do Rio de  Janeiro e não realizados, sendo tratados como ‘perdas’ e, passo seguinte, responsáveis pela sua fragilidade econômica (NATAL, 2007). 

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crescer, embora baseada no aumento do consumo. A  inflação  já vinha se acelerando 

desde meados da década anterior, mas  se acentuou a partir dos anos 1980. Com o 

fracasso  do  Plano Cruzado,  a  inflação  passou  a  ser medida  em  termos mensais. Na 

segunda  metade  da  década  girou  em  torno  de  640%  ao  ano,  interrompida 

temporariamente por sucessivos planos de estabilização. No final da década culminou 

em um processo hiperinflacionário, atingido cerca de 70% ao mês. 

No estado do Rio de Janeiro, a produção  industrial, sobretudo nos primeiros 

anos da década de 1980, vai se desestruturando, fazendo o estado amargar apenas um 

pequeno crescimento no setor da ordem de 6,4%, entre 1981 e 1985, enquanto que 

São Paulo teve, no mesmo período, um crescimento de 8,8% e Minas Gerais, de 7,8% 

(OLIVEIRA, 2003). Para melhor ilustrar, vale lembrar que a renda per capita do estado 

sofreu redução de 9,2% no período 1980‐1992 e que a participação do estado no PIB 

do país que era de 13,2% em 1980, caiu para 12,7%, em 1985, e chega a 10,8% em 

199019. 

Como assinala SILVA (2004): 

“esta década [1980] parecia ter sido muito mais ‘perdida’ para o Rio do que para a nação: o PIB nacional cresceu à medíocre taxa média anual  de  2,2%,  mas  a  do  Rio  foi  ainda  pior  (0,27%),  caindo  sua participação  no  PIB  nacional,  de  13,2%  para  12,3%.  Com  isto, esvaziamento  tornou‐se  vocábulo  de  lugar‐comum  designando  as diferentes facetas da crise regional. Sublinhemos que o esvaziamento relativo se converteu em crise real justamente no momento em que a ‘construção  da  moderna  economia  brasileira’  foi  interrompida, evidenciando  os  fortes  laços  de  solidariedade  que  a  economia nacional  mantinha  com  a  economia  fluminense  naquele  tempo.” (SILVA, 2004, p.143)  

  Com efeito, o fato de que a formação do capital  industrial fluminense tenha 

sido baseada nas empresas estatais e, na esfera privada, principalmente no setor naval 

e têxtil, fez com que a crise dos anos 1980 trouxesse ares ainda mais dramáticos para o 

estado  do  Rio  de  Janeiro.    Conforme  assinala DAIN  (1990),  a  economia  carioca  foi, 

historicamente,  depositária  dos  setores  que  se  tornaram obsoletos  no  decorrer das 

revoluções  industriais, a exemplo da construção naval e da siderurgia, o que resultou                                                             19 IBGE, Contas Regionais, 1985‐2004. 

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na  inexpressiva  participação  da  região  nas  indústrias  de  bens  duráveis,  como  a 

indústria metal‐mecânica e de eletroeletrônicos, núcleo dinâmico por excelência dos 

sistemas  industriais  da  II  Revolução  Industrial.    Ainda  segundo  a  autora,  o  Rio  de 

Janeiro se configurou, basicamente, como produtor de bens‐salários, o que o  tornou 

sensível a qualquer medida econômica que afetasse a massa salarial, e que, de certo 

modo, explicaria  seu desempenho  relativamente  ruim durante a  crise da década de 

1980. 

DINIZ (1993), em trabalho sobre os novos eixos de desconcentração industrial 

e principais pólos tecnológicos do Brasil, ressalta que o Rio de Janeiro, apesar de ainda 

fazer parte do core  industrial e científico do país no período de realização do estudo 

(leia‐se, início da década de 1990), encontrava‐se em processo de ‘desindustrialização 

relativa’,  sofrendo  perdas  para  outras  unidades  federativas  e  em  decadência 

econômica. Em decorrência, o estado do Rio de Janeiro não se encontrava inserido na 

área  dinâmica  do  país,  que  concentraria  a  maior  parte  das  novas  atividades 

econômicas, principalmente  as mais modernas  e detentoras de novas  tecnologias20. 

Esses  investimentos estariam contidos em uma área caracterizada como um polígono 

definido  por  Belo  Horizonte  –  Uberlândia  ‐  Londrina/Maringá  ‐  Porto  Alegre  ‐ 

Florianópolis  ‐ São José dos Campos  ‐ Belo Horizonte, dentro do qual estariam sendo 

formados os principais pólos de alta tecnologia21. 

O economista André URANI (2008), em seu livro intitulado ‘Trilhas para o Rio’ 

compara  o  estado  do  Rio  de  Janeiro  na  década  de  1980  a  uma  ‘baleia  encalhada’. 

Nessa  metáfora,  a  até  então  segunda  maior  economia  do  país  observa  seu 

encolhimento em relação às demais unidades da federação e as condições de vida de 

sua população se deteriorarem com problemas sociais de toda ordem. Tudo isso, sem 

deslumbrar nenhuma capacidade de reação que não dependesse de ajuda externa. 

                                                            20  Essa  pouca  inserção  da metrópole  carioca  em  setores  industriais  tecnologicamente modernos,  se apresenta  como  um  paradoxo  frente  à  substantiva  infraestrutura  técnica  e  científica  da  região,  que conta com um considerável número de universidades e institutos de pesquisa, centros de excelência em âmbito nacional (TAVARES, 2000).  21 Ver anexo ‘A’. 

Page 49: Rio de Janeiro

49 

Com  isso,  o  início  dos  anos  noventa  parecia manter  o  quadro  vigente  no 

período  pregresso,  fazendo  com  que  o  alheamento  do  futuro  e  o  desanimo  com  o 

presente continuassem a  levar os fluminenses em geral e os cariocas em particular a 

invocar idealmente o passado, reforçando assim, pensada e concretamente, a própria 

crise. Aliado a esse  fato, é  importante  frisar que as elites políticas e econômicas do 

estado se concentraram mais na manifestação do problema do que propriamente na 

sua  raiz,  inclusive  não  percebendo  as  transformações  econômicas  que  ocorriam  no 

contexto mundial, face à mudança do padrão de acumulação do capital, acreditando, 

assim, que se tratava de algo conjuntural. Esse tipo de percepção, entre outros fatores, 

levou à demora na real compreensão e, portanto, na rápida superação da crise. Quer 

dizer,  não  perceberam  que  estavam  diante  de  uma  crise  estrutural  fruto  do  longo 

processo histórico, que naquele momento se somava a um novo processo de mudança 

na ordem internacional (NATAL, 2005). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 50: Rio de Janeiro

50 

II ‐ ‘INFLEXÃO ECONÔMICA POSITIVA’ NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DA 

SEGUNDA  METADE  DOS  ANOS  1990”  –  conjuntura  ou  primeiro  passo  para 

consolidação de crescimento econômico sustentado  

 

Como  visto,  ao  entrar  nos  anos  1990  a  análise  da  economia  e  sociedade 

fluminense  apontava  que  o  estado  do  Rio  de  Janeiro  passava  por  seus  piores 

momentos,  quando  ainda  na  década  precedente  o  padrão  de  crescimento  da 

economia  nacional  se  esgotou,  deixando  expostos  os  problemas  estruturais 

decorrentes do esvaziamento econômico relativo vivido por esta unidade da federação 

durante  todo o século XX. Se o diagnóstico era ruim, o prognóstico  também não era 

dos mais animadores até mesmo para os mais otimistas. A economia  fluminense  se 

apresentava  sob  o  ‘signo  da  crise’  e  sem  possibilidade  de  algum  devir  que 

minimamente resgatasse seu passado glorioso dos tempos da capital. O esvaziamento 

relativo  se  converteu  em  crise  ‘verdadeira’  que  transpôs,  inclusive,  os  limites 

referentes  à  economia,  atingindo  várias  esferas  da  vida  societária  regional  (NATAL, 

2005). 

No cenário externo o quadro político e econômico também não era animador, 

estando em curso variadas e profundas mudanças, podendo ser citadas a mudança do 

papel  do  Estado  com  a  emergência  do  neoliberalismo22,  o  fim  do  socialismo  real  e 

afirmação da hegemonia norte‐americana. No cenário nacional, o país inicia a década 

de 1990 vivendo uma crise econômica com o problema das altas  taxas de  inflação e 

dívida  externa,  herdando  assim  os  desafios  enfrentados  na  década  anterior  de 

                                                            22 David HARVEY  (2008) conceitua o neoliberalismo  como uma  teoria de práticas político‐econômicas que  propõe  que  o  bem‐estar  humano  pode  ser  melhor  promovido  libertando‐se  as  liberdades  e capacidades  empreendedoras  individuais no  âmbito de uma  estrutura  institucional  caracterizada por sólidos direitos a propriedade privada,  livres mercados e  livre  comércio. O papel do Estado é  criar e preservar uma estrutura institucional apropriada a essas práticas, tendo que garantir, como exemplo, a qualidade e integridade do dinheiro. Além disso, deve estabelecer as estruturas e funções militares, de defesa, da polícia e legais requeridas para garantir direitos de propriedade individuais e para assegurar, se necessário, pela  força, o  funcionamento apropriado dos mercados. As  intervenções do Estado nos mercados  devem  ser  mantidas  num  nível  mínimo,  porque,  de  acordo  com  a  teoria,  o  Estado possivelmente  não  possui  informações  suficientes  para  entender  devidamente  os  sinais  de mercado (preços)  e  porque  os  poderosos  grupos  de  interesse  vão  inevitavelmente  distorcer  e  viciar  as intervenções do Estado (particularmente nas democracias) em seu próprio benefício. A desregulação, a privatização e a retirada do Estado de muitas áreas do bem‐estar social são muitíssimo comuns. 

Page 51: Rio de Janeiro

51 

promover a estabilização monetária, apontada como o primeiro passo para superar a 

crise, e retomar a trajetória de modernização e crescimento.  

No  campo  político,  em  1990,  iniciou‐se  o  governo  de  Fernando  Collor  de 

Melo, primeiro presidente que chega ao poder por eleições diretas após o período da 

ditadura  político‐militar  (1964‐85),  que  em  conformidade  com  a  nova  agenda  da 

globalização neoliberal, na tentativa de superar a crise, adotou medidas de combate à 

inflação  via  corte  de  gastos  e  enxugamento  da  liquidez  monetária  (confisco  da 

poupança),  como  também medidas  de  redução  do  ‘tamanho’  do  Estado,  abertura 

econômica  e  liquidação  de  ativos  públicos  por  meio  das  privatizações  e 

desregulamentação  generalizada.  Como  efeitos,  ocorreu  a  retração  das  taxas  de 

expansão  do  PIB,  o  aumento  do  desemprego  e  redução  dos  níveis  de  atividade 

industrial. Além de não alcançar os resultados almejados no campo econômico‐social, 

o  governo  Collor  foi  atingido  por  denúncias  sobre  a  existência  de  esquemas  de 

corrupção envolvendo diretamente o presidente. A fim de evitar sua cassação política 

(em curso através de processo de impeachment), em 1992, Fernando Collor renunciou, 

assumindo então o seu vice, Itamar Franco, que teve como principais missões resgatar 

a ética na administração pública (e política) e preparar o país para um novo plano de 

estabilização.  

Pode‐se  afirmar  que,  em  linhas  gerais,  a  política  econômica  adotada  por 

Collor  foi  mantida  por  seu  sucessor.  As  premissas  do  chamado  Consenso  de 

Washington23  nortearam,  cada  vez mais,  a  economia  brasileira.  O  governo  Itamar 

                                                            23  Em  síntese,  é possível  afirmar que o Consenso de Washington  faz parte do  conjunto de  reformas neoliberais que apesar de práticas distintas nos diferentes países, está centrado doutrinariamente na desregulamentação dos mercados, abertura comercial e  financeira e  redução do  tamanho e papel do Estado.  A  expressão  nasceu  em  1989,  quando  em  Washington,  convocados  pelo  Institute  for International  Economics,  entidade  de  caráter  privado,  reuniram‐se  diversos  economistas  de  perfil liberal, funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento  (BID) e do governo norte‐americano. O  tema do encontro Latin Americ Adjustment: Howe Much  has Happened?, visava  avaliar  as  reformas  econômicas  em  curso no  âmbito da América Latina. John Willianson, economista  inglês, foi quem cunhou a expressão "Consenso de Washington" e alinhavou os dez pontos tidos como consensuais entre os participantes: (1) Disciplina fiscal, através da qual o Estado deve  limitar seus gastos à arrecadação, eliminando o déficit público; (2) Focalização dos gastos públicos em educação, saúde e infraestrutura; (3) Reforma tributária que amplie a base sobre a qual  incide  a  carga  tributária,  com maior  peso  nos  impostos  indiretos  e menor  progressividade  nos impostos  diretos;  (4)  Liberalização  financeira,  com  o  fim  de  restrições  que  impeçam  instituições financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e o afastamento do Estado do setor; (5) Taxa de câmbio competitiva;  (6) Liberalização do comércio exterior, com  redução de alíquotas de 

Page 52: Rio de Janeiro

52 

começou  a  ganhar  consistência  quando  ele  deslocou  o  seu Ministro  das  Relações 

Exteriores  (Fernando Henrique Cardoso)  para  a  pasta  da  Fazenda,  no momento  em 

que o desequilíbrio fiscal e a acentuada indexação da economia eram considerados as 

principais  causas  da  inflação  brasileira.  Com  base  neste  prognóstico,  a  nova  equipe 

econômica propôs medidas e criou instrumentos que visavam o equilíbrio das finanças 

públicas e a desindexação progressiva dos contratos e preços da economia nacional. 

Para  tal, o Programa de Ação  Imediata – PAI  foi decisivo, pois  tinha como principais 

objetivos: abandonar a orientação recessiva do governo Collor, promover a redução do 

déficit  público,  por meio  do  aumento  das  receitas  e  a  partir  de  política  de maior 

controle dos gastos públicos, aumentar as reservas cambiais e concluir a renegociação 

da  dívida  externa.  Essas medidas  foram  preparatórias  para  a  implantação  do  Plano 

Real, anunciado em 07 de dezembro de 1993.  

“O governo partiu do pressuposto de que a causa principal da  crise brasileira  da  década  de  1980/início  dos  anos  1990  era  o  processo inflacionário  crônico.  Identificava  também  que  a  causa  básica  da inflação  era  o  déficit  público  (da  União,  estados  e  municípios, empresas  estatais  e previdência  social). Acrescente‐se a  inflação de custos e de demanda, e a mentalidade especulativa, alimentada pela indexação,  sobrepondo‐se  aos  investimentos  produtivos”  (BRUM, 1998, p. 482). 

O Plano Real previa a promoção do ajuste  fiscal e uma  fase  intermediária e 

transitória, que consistia na implantação de um único indexador, a URV (Unidade Real 

de  Valor),  que  teve  a  duração  de  quatro  meses  e  destinou‐se  a  promover  o 

realinhamento de preços, valores e contratos. Todos os preços passaram a ser fixados 

em URV,  com  valor  atualizado  diariamente.  Com  esse  indexador  e  alinhamento  foi 

possível, então, desindexar a economia, retirando‐lhe o caráter inercial.  

Uma de suas mais importantes medidas foi a reforma monetária, que criou a 

nova moeda brasileira, o Real (R$). Aproveitando‐se da significativa liquidez de moeda 

americana nos mercados  internacionais, bem como de experiências diversas ao redor 

                                                                                                                                                                              importação e estímulos á exportação, visando a impulsionar a globalização da economia; (7) Eliminação de  restrições  ao  capital  externo, permitindo  investimento direto  estrangeiro;  (8)  Privatização,  com  a venda  de  empresas  estatais;  (9)  Desregulação,  com  redução  da  legislação  de  controle  do  processo econômico  e  das  relações  trabalhistas;  (10)  Propriedade  intelectual.  Embora  tivessem,  em  princípio, caráter  acadêmico,  as  conclusões  do  Consenso  acabaram  tornando‐se  o  receituário  imposto  por agências internacionais para a concessão de créditos. 

Page 53: Rio de Janeiro

53 

do mundo,  o  governo  brasileiro  adotou  a  chamada  âncora  cambial  como  um  dos 

pilares  centrais  da  nova  moeda.  Sua  adoção  resultou,  por  um  lado,  em  relativa 

estabilização monetária  e,  por  outro,  em  crescentes  déficits  comerciais  e  na  conta 

serviços. 

Fernando Henrique Cardoso ‐ FHC foi eleito nas duas vezes em que concorreu, 

para mandatos de quatro anos, em primeiro  turno. O Plano Real  levou a população 

trabalhadora a parar de perder com o chamado imposto Inflacionário e fez com que a 

população tivesse condições de planejar melhor o seu futuro. No entanto, já em 1997 

os efeitos negativos começaram a aparecer, podendo ser apontados como exemplos: o 

déficit  na  Balança  Comercial,  por  causa  da  supervalorização  do  Real  em  relação  ao 

dólar;  a  liberalização  comercial,  que  levou  à  destruição  de  parcela  do mercado  de 

trabalho  nacional;  a  elevação  dos  juros  e  a  crescente  dívida  interna,  que 

desestimularam  a  produção  e  o  investimento;  e  o  aumento  do  desemprego  e  da 

precarização  do  mercado  de  trabalho,  resultantes,  respectivamente,  da 

dinâmica/estruturação  do  Plano  Real  e  das  políticas  governamentais  então 

encaminhadas (de flexibilização do mercado de trabalho).  

O  crescimento  do  PIB,  apesar  do  sucesso  do  seu  governo,  foi  bastante 

modesto, a Balança Comercial começou a apresentar déficit, e a conta de Transações 

Correntes  apenas  era  equilibrada  em  vista  da  entrada  de  dinheiro  por  conta  das 

privatizações.  Apesar  disso,  o  endividamento  público  e  a  fragilidade  externa  se 

acentuaram  dramaticamente.  Assim,  o  relativo  êxito  no  que  concerne  ao  controle 

inflacionário não foi capaz de reconduzir o país à sua trajetória de expansão econômica 

sustentada no tempo. 

Resumindo, a década de 1990 assinalou a passagem a um novo modelo de 

desenvolvimento,  de  corte  neoliberal,  aproximado  aos  interesses  da  agiotagem 

financeira internacional, com marcada alteração do papel do Estado na economia, uma 

nova  reinserção  (dependente  ao  capitalismo  central)  e  a  liquidação  de  diversos 

elementos característicos do modelo anterior de desenvolvimento. Disso resultou uma 

estrutura produtiva mais competitiva, mas também a liquidação até mesmo de setores 

e empresas que poderiam ter sido preservadas de modo a participar de um mercado 

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54 

mais ‘globalizado’, conferindo à ação do Estado brasileiro sentido mais estratégico em 

suas respectivas áreas de atuação.   

 

II.1 – Os Sinais da Recuperação 

 

O comportamento da economia  fluminense ao  longo da década de 1990  foi 

caracterizado  por  duas  fases  distintas.  Em  sua  primeira metade,  a  continuidade  da 

crise  vivida  na  década  de  1980,  e  na  segunda,  quando  se  interrompe  a  curva 

descendente em que se vira lançada a economia regional, passando a apresentar “viés 

de  alta”  com  importantes mudanças  não  só  na  economia, mas  também  no  espaço 

fluminense.  

Como  pode  ser  observado  no  gráfico  2.1,  elaborado  a  partir  de  dados  da 

Fundação Centro de  Informações e Dados do Rio de  Janeiro  (CIDE)24 para o período 

1990‐2006,  a  taxa de  variação anual  real do Produto  Interno Bruto  (PIB) demonstra 

mudança em sua trajetória. Enquanto nos primeiros anos da década a taxa de variação 

anual  do  PIB  apresenta  variações  até  negativas  (em  1991  chega  a  apresentar 

decréscimo de  ‐ 4,06%), a partir da metade da década de 1990, a mesma apresenta 

variação média positiva de 3,8%.  

 

 

 

 

 

                                                            24 Em 31 de março de 2009, pela Lei Estadual n°5420, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de  Janeiro  – Cide  foi  incorporada pela  Fundação Escola de  Serviço Público  –  Fesp, que passou  a  ser denominada Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – Ceperj. 

Page 55: Rio de Janeiro

55 

Gráfico 2.1 

Taxa de Variação Anual Real do Produto Interno Bruto no estado do Rio de Janeiro  

– 1990‐2006 ‐ 

‐0,94

‐4,06

‐2,73

0,97

2,84

5,08

7,17

1,71

2,783,2

4,71

3,26

5,04

‐0,51

4,26 4,074,41

Fonte: Fundação CIDE. Anuário Estatístico, 2001 a 2008. 

Esse  mesmo  fato  pode  também  ser  observado  quando  se  analisa  a 

participação do estado do Rio de Janeiro no Produto  Interno Bruto do país. O gráfico 

2.2,  elaborado  a  partir  dos  dados  do  sistema  de  Contas  Regionais  do  Instituto 

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos de 1985‐2004, demonstra que 

a  partir  de  1999  a  economia  fluminense  começa  a  se  recuperar  frente  os  outros 

estados da federação, fazendo com que nos anos 2000 sua participação permanecesse 

acima dos 12%. 

 

 

 

 

Page 56: Rio de Janeiro

56 

Gráfico 2.2 

Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do Brasil – 1985‐2004 

   

 Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais para 1985‐2004. 

 

Em março de 2007, o  IBGE  reformulou  sua metodologia e adotou o ano de 

2002 como base e referência para o cálculo do PIB e das contas regionais. Nesse novo 

estudo, o estado do Rio de Janeiro apresenta menor participação na economia do país 

do que a apresentada pela metodologia anterior. Ainda assim, como se pode observar 

no gráfico 2.3, a economia fluminense apresentou comportamento estável entre 1995 

e 2008, alternando momentos de crescimento e estagnação na sua participação no PIB 

para o conjunto do país. 

 

 

 

 

 

 

12,70

11,59

11,14

11,00

10,32

10,86 12

,28

12,07

11,77

11,34

11,52

11,14

11,22

11,01

11,75

12,52

12,35

12,64

12,23

12,60

9,09,5

10,010,511,011,512,012,513,0

Rio de Janeiro 2 por Média Móvel (  Rio de Janeiro)

Page 57: Rio de Janeiro

57 

Gráfico 2.3 Participação do estado do Rio de Janeiro no Produto Interno Bruto do Brasil – 1995‐

200825  

 Fonte: elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais 2002‐2008. 

 

 Esse  comportamento  se  repete  ao  se  observar  o  total  da  participação 

fluminense no valor adicionado bruto ao preço básico do Brasil (Tabela 2.1), mas ao se 

analisar  mais  detidamente  a  economia  do  estado,  pode  ser  verificado  que  essa 

trajetória não atinge em  sentido e  capacidade expansiva  seus diversos  setores. Para 

este  indicador os setores  ligados à agropecuária, ao comércio e aos serviços em geral 

apresentaram decréscimo no período. O mesmo aconteceu  com a construção  civil e 

aos serviços de intermediação financeira. Já a indústria, de maneira geral, apresentou 

crescimento,  aumentando  sua  participação  no  valor  adicionado  bruto  do  Brasil  de 

7,96% em 1995 para 12,72% em 2008, com ápice de 13,09% em 2006. Esse aumento é 

atribuído  em  grande  parte  pela  indústria  extrativa,  que  saltou  sua  participação  de 

17,10% em 1995 para 53,53% em 2008, com ápice em 2006, quando atingiu 61,95%. 

Esse comportamento não  foi acompanhado com a mesma  intensidade pela  indústria 

de  transformação,  que  apresentou  crescimento mais  singelo,  partindo  de  5,9%  em 

1995,  passando  para  6,67  em  2008,  se mantendo  praticamente  estável  em  todo  o 

período. 

                                                            25 Conforme a metodologia adotada pelo IBGE, a nova série de contas nacionais teve como referência inicial o ano de 2000, com maior detalhamento de atividades e produtos para as Tabelas de Recursos e Usos e de setores para as Contas Econômicas  Integradas. Para o período anterior a 2000 realizou‐se a retropolação  dos  dados  até  1995,  dentro  das  disponibilidades  de  informações  para  o  período, estimando‐se uma nova série de Tabelas de Recursos e Usos na classificação do sistema, mas encadeada com a nova série no ano 2000. 

11,19 11,22 11,12 

11,66 11,95 11,85 

11,68 11,60 

11,06 

11,48 11,50 11,62 

11,15 11,32 

10,00 

10,50 

11,00 

11,50 

12,00 

12,50 

Page 58: Rio de Janeiro

58 

Tabela 2.1 Participação do estado do Rio de Janeiro no valor adicionado bruto a preço básico do 

Brasil por atividade econômica ‐ 1995‐2007  

Rio de Janeiro Participação no valor adicionado bruto a preço básico (%) ‐ (Brasil = 100) 

1995  1996  1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  2008 

Total  11,21  11,22  11,17  11,72 11,83 11,62 11,39 11,57 11,10 11,14  11,32  11,49  10,96 11,25Agropecuária  1,58  1,44  1,39  1,36  1,34  1,37  1,26  0,95  0,83  0,97  1,02  1,03  0,77  0,83 Indústria  7,96  8,61  8,46  8,74  9,57  10,08 9,84  10,40 10,39 10,69  11,68  13,09  11,78 12,72Indústria Extrativa  17,10  18,68  19,36  14,30 32,94 41,91 43,60 49,87 51,39 46,85  55,30  61,95  57,27 53,53Indústria de Transformação 

5,90  6,34  6,28  6,78  7,14  6,58  6,16  6,27  6,20  6,93  6,40  6,38  6,47  6,67 

Construção Civil  13,37  13,87  13,22  13,26 13,12 12,75 12,57 12,88 13,18 13,53  11,66  11,21  10,92 10,60

Siup (Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana) 

8,42  8,21  8,07  8,36  8,39  8,52  9,48  8,34  8,09  7,70  8,55  8,89  8,44  5,97 

Serviços  13,38  13,00  12,98  13,66 13,52 13,12 12,91 13,11 12,58 12,47  12,06  11,66  11,47 11,55Comércio  10,12  8,39  8,81  8,98  8,93  10,22 10,02 10,11 8,66  8,93  8,33  8,85  8,09  8,25 

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 

11,63  10,70  10,15  10,21 11,05 11,05 10,16 10,91 10,47 9,56  9,32  9,32  8,94  8,76 

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 

14,57  14,72  14,91  14,92 14,75 14,32 14,46 14,43 13,81 13,70  13,35  12,94  12,81 12,74

Outros  14,54  14,15  13,99  15,18 14,78 13,84 13,67 13,90 13,77 13,68  13,37  12,59  12,74 12,89

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE, Contas Regionais do Brasil, 2002‐2008. 

 

Do mesmo modo, os dados do Anuário Estatístico elaborado pela Fundação 

CIDE26 (Tabela 2.2), que toma por base o ano de 1996 e trata do índice do produto real 

entre os anos de 1997‐2006,  indicam que o  setor da agropecuária, que há muito  se 

tornou  inexpressivo  pela  sua  baixa  participação  na  composição  do  PIB  fluminense, 

termina  o  período  com  índice  de  produto  real  de  96,2,  diminuindo  ainda mais  sua 

participação no período. Ao mesmo tempo, segundo esses dados, a atividade industrial 

no Rio de Janeiro, em geral, cresceu 39,7% no período assinalado e o setor de serviços 

29,5%. 

 

 

 

 

 

                                                            26 Vide nota 23. 

Page 59: Rio de Janeiro

59 

Tabela 2.2 Índice do Produto Real, segundo os setores de atividade no Estado do Rio de Janeiro 

‐ 1997‐2006  

Setores de atividade  

Índice de base fixa (base: 1996=100) 

1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006 

Agropecuária  89,1  93,9  92,7  89,0  95,9  107,2  101,3  96,7  100,4  96,2 

Indústria  106,8  107,1  108,1  107,5  118,5  123,1  119,8  125,2  133,6  139,7 

Indústria extrativa e de transformação 

110,7  111,7  112,6  113,8  131,1  138,8  137,6  145,4  156,0  162,1 

Construção civil  98,7  97,4  97,7  93,4  91,0  88,4  77,5  79,3  82,4  92,2 

SIUP  104,1  105,2  108,5  106,4  97,1  94,3  91,6  88,9  93,5  94,6 

Produção e distribuição de energia elétrica 

105,6  110,4  112,3  112,1  99,4  94,4  91,0  89,5  96,5  96,4 

Água e esgoto  101,1  96,0  100,9  92,7  89,0  87,4  86,9  77,8  72,5  76,4 

Distribuição de gás  119,8  124,5  134,2  169,2  166,0  217,0  209,7  254,6  289,0  298,4 

Serviços  99,6  102,4  104,0  110,9  112,7  117,3  116,6  121,5  124,3  129,5 

Comércio  97,1  96,5  93,5  108,0  76,8  93,2  85,8  92,0  90,3  100,8 

Transportes  104,0  109,2  110,1  112,4  118,0  122,5  117,3  117,9  123,4  124,2 

Transporte rodoviário 

98,4  99,7  97,4  95,2  99,8  105,0  98,2  95,0  97,7  97,5 

Transporte ferroviário 

96,4  104,2  124,4  141,9  144,1  154,4  161,9  185,2  204,7  217,2 

Transporte hidroviário 

104,0  114,4  124,7  146,4  152,8  148,9  153,8  170,8  183,6  183,3 

Transporte aéreo  124,9  141,1  148,8  156,5  166,3  165,9  150,5  163,2  183,7  186,5 

Comunicações  70,0  74,0  71,4  95,1  106,4  101,6  98,9  97,8  104,6  114,4 

Instituições financeiras 

127,9  118,5  128,6  138,7  159,9  147,9  121,5  126,7  143,5  145,9 

Aluguel de imóveis  101,3  102,7  104,1  105,6  107,5  108,9  110,3  111,7  113,1  114,6 

Administração pública 

96,0  94,7  107,3  109,7  106,4  117,5  114,5  119,8  113,1  114,6 

Outros Serviços  98,5  105,7  104,7  109,8  115,6  120,0  128,4  135,9  141,8  147,9 

Saúde privada  83,1  112,1  90,3  94,8  128,5  123,0  131,6  129,3  138,0  120,5 

Educação privada  111,5  113,1  109,0  114,3  102,0  104,8  112,5  134,2  109,3  104,9 

Alojamento e alimentação 

102,6  105,7  111,8  117,3  129,4  137,4  132,1  151,4  155,4  182,0 

Reparação  90,5  73,7  93,5  98,2  83,5  89,4  102,7  112,6  82,2  44,6 

Outros serviços prestados às famílias 

95,1  106,6  106,7  112,0  122,7  116,4  110,0  131,7  127,1  152,7 

Serviços prestados às empresas 

103,9  109,0  107,7  113,0  112,4  124,1  139,4  140,9  161,3  171,4 

Serviços privados não mercantis 

93,3  93,3  107,6  129,7  135,5  142,6  158,0  171,4  170,2  172,7 

Serviços domésticos  98,5  94,5  99,7  100,5  107,5  112,9  111,7  117,0  112,0  121,8 

Fontes: Centro de  Informações e Dados do Rio de Janeiro  ‐ Fundação CIDE (Anuário Estatístico, 2008). Nota: Valores revistos em outubro/2008. 

 

 

 

Page 60: Rio de Janeiro

60 

Em  relação aos  serviços, constata‐se que a atividade comercial permaneceu 

estável  no  período. O  setor  de  transportes merece  destaque,  com  crescimento  em 

geral  de  24,2%.  Um  dado  que  chama  a  atenção  foi  o  expressivo  crescimento  do 

transporte  ferroviário  no  estado,  com  acréscimo  de  117,2%  no  período,  e  do 

transporte aéreo e hidroviário, que cresceram, respectivamente, 86,5% e 83,3%. Vale a 

pena  destacar  o  crescimento  das  atividades  de  serviços  prestados  às  empresas 

(71,4%),  dos  serviços  não mercantis  (72,7%),  dos  serviços  domésticos  (21,8%),  das 

instituições  financeiras  (45,9%),  de  alojamento  e  alimentação  (82%)  e  da 

administração pública (14,6%). 

Em  relação  à  indústria,  percebe‐se  que  o  crescimento  em  conjunto  da 

indústria extrativa e de transformação atingiu 62% no período 1997‐2006. O setor de 

distribuição de gás aumentou 198,4% e o setor de extração de petróleo e gás cresceu 

163%  no  período. Analisando  os  dados  da  Tabela  2.3,  observa‐se  o  crescimento  na 

fabricação de material de  transporte,  com o expressivo  crescimento de 939,21% no 

período  1997‐2006,  de  papel  e  celulose  (73,05%),  da  gráfica  (62,3%),  produtos  da 

borracha  (61,77%),  da  indústria  de  bebidas  (41,1%),  da  metalurgia  (40,89%),  de 

material eletro‐eletrônico (40,49%), farmacêutica 32,31% e química (20,18%). 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 61: Rio de Janeiro

61 

Tabela 2.3 

Índice do produto real das indústrias extrativa e de transformação, segundo os 

gêneros Estado do Rio de Janeiro ‐ 1997‐2006 

Gêneros Índice de base fixa (base: 1996=100) 

1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006 

Total     110,69    111,68    112,63    113,79    131,08    138,85    137,60    145,38  155,99  162,07 

Indústria extrativa    109,82    130,63    150,35    172,88    182,49    210,23    212,74    211,75  240,42  253,26 

Extração de petróleo e gás    110,48    131,95    154,79    178,95    189,20    217,96    220,73    219,76  249,57  263,00 

Extração de outros minerais    92,72    98,33    76,52    57,93    43,86    51,22    40,42    37,03  38,51  34,56 

Indústria de transformação    110,87    107,89    106,90    101,67    126,21    124,50    120,74    135,25  136,57  139,41 

Prod. de min. não metálicos    91,42    96,40    105,68    97,88    98,68    100,62    93,01    99,73  89,97  88,22 

Metalurgia    109,67    105,76    99,10    92,08    118,88    120,57    119,61    117,33  132,33  140,89 

Máquinas e equipamentos    120,93    129,36    148,70    115,91    165,06    71,67    72,69    46,84  41,79  65,19 

Material eletro eletrônico    129,00    128,12    82,14    98,86    131,34    89,95    82,87    77,81  105,02  140,49 

Material de transporte    158,69    184,21    173,74    250,40    407,36    601,87    624,57  1.406,72  1.257,25  1.039,21 

Madeira e mobiliário    98,09    93,49    81,06    81,17    81,19    80,49    74,39    67,69  67,64  65,61 

Papel e celulose    96,24    90,05    90,07    93,20    104,61    101,73    97,87    108,95  160,99  173,05 

Gráfica    116,30    93,04    78,71    92,35    125,21    114,94    130,80    131,45  156,65  162,29 

Produtos de borracha    103,88    108,98    111,48    152,38    147,07    146,41    158,55    168,48  158,83  161,77 

Química    110,91    121,66    127,83    112,34    137,02    133,90    124,17    129,67  117,84  120,18 

Farmacêutica    108,97    110,95    121,69    108,85    119,32    126,69    119,72    129,68  141,58  132,31 

Artigos de perfumaria    101,68    104,06    86,45    91,19    113,76    121,53    114,28    116,70  100,32  96,03 

Artigos plásticos    99,51    83,87    79,22    72,34    92,24    78,48    69,33    68,90  72,67  76,73 

Têxtil    85,55    78,43    82,24    74,35    80,45    97,69    80,08    80,85  103,88  105,97 

Vestuário     97,90    99,22    111,99    116,42    128,61    116,43    100,71    95,23  110,77  120,19 

Calçados    44,33    54,66    43,69    42,93    52,56    48,47    46,06    42,69  80,45  85,84 

Produtos alimentares    103,26    91,53    88,00    80,49    83,18    83,51    78,05    86,11  105,37  105,32 

Bebidas    131,90    110,92    101,85    93,16    104,26    100,22    91,64    109,51  121,13  141,11 

Indústria fonográfica    110,20    121,38    110,24    104,25    108,87    84,49    33,86    6,38  18,81  13,64 

Ourivesaria e bijuteria    119,16    98,22    110,02    117,14    149,89    143,08    131,84    127,24  124,97  123,59 

Equip. e materiais médicos    105,15    168,17    193,16    199,73    180,14    187,19    148,10    154,42  82,78  82,03 

Indústrias diversas    128,87    129,97    159,56    168,79    298,42    208,44    208,73    212,16  177,86  206,94 

Fontes: Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro ‐ Fundação CIDE (Anuário Estatístico, 2008) Nota: Valores revistos em outubro/2008. 

 

Esses dados demonstram que a recuperação recente da economia fluminense 

esteve atrelada principalmente à atividade de exploração de gás e petróleo, que atuou 

como uma espécie de “carro‐chefe”, dinamizando com seu crescimento outros setores 

da economia, que igualmente iniciaram a apresentar indicadores positivos. 

Conforme  os  Censos  Industriais  realizados  pelo  IBGE,  a  participação 

fluminense  na  produção  da  indústria  de  transformação  aponta  que  a  inflexão 

econômica  positiva  ocorreu  nas  indústrias  predominantemente  produtoras  de  bens 

intermediários, setor em que o estado do Rio de Janeiro em 1996 era responsável por 

10,1%  da  produção  nacional  e  passou  em  2003  a  ser  responsável  por  10,6%  e, 

principalmente, nas indústrias predominantemente produtoras de bens de capital e de 

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62 

consumo durável, em que o estado era responsável por 3,2% em 1996 e passou para 

6,4%  em  2003.  Os  mesmos  dados  apontam  que  houve  recuo  na  participação  na 

produção de bens de consumo não durável, passando de 9,2% em 1996 para 5,4% em 

2003 (vide Tabela 2.4). 

 

Tabela 2.4 Indústria de transformação, segundo os grupos de indústrias, período 1970‐2003 

(Brasil=100%)  

 

Grupo I – Indústrias predominantemente produtoras de bens de consumo não durável 

Grupo II – Indústrias predominantemente produtoras de bens intermediários 

Grupo III – Indústrias predominantemente 

produtoras de bens de capital e de consumo durável 

Todos os Ramos 

1970  1980  1985  1996 2003  1970  1980  1985 1996 2003 1970 1980 1985 1996 2003  1970  1980  1985 1996 2003RJ  16,2  11,2  9,2  9,2  5,4  16,7  10,2  10,6 10,1 10,6 12,8 10,4 7,8  3,2  6,4  15,7  10,6  9,5  8,1  8,0 SP  52,9  46,1  43,9  45,5 39,9  54,0  51,5  49,8 48,0 42,3 76,0 66,4 66,6 64,2 53,7  58,1  53,4  51,9 50,9 44,0MG  5,7  6,4  6,6  7,9  7,4  9,5  10,0  11,5 10,0 11,1 2,8  6,0  5,0  7,1  6,7  6,4  7,7  8,3  8,4  8,9 

Sudeste  75,3  64,6  60,8  63,5 53,4  80,9  72,8  73,2 70,0 66,9 91,7 83,2 79,9 74,6 67,1  80,7  72,6  70,9 68,5 62,5

Fonte: dados brutos a partir do IBGE – Censos Industriais. Apud Cano (2007), p.176. 

 

Ao  se analisar a estrutura  regional  (VTI) por grupos de  indústrias na Tabela 

2.5, percebe‐se que a  inflexão econômica foi ainda maior no período. Enquanto para 

as  indústrias de bens de consumo não durável o recuo permaneceu, caindo de 45,9% 

em 1996 para 22,6% em 2003, nas indústrias produtoras de bens intermediários (BI), a 

estrutura  regional  subiu  de  44,7%  em  1996  para  60,2%  em  2003,  e  nas  indústrias 

produtoras de bens de  capital e bens de  consumo durável  (BCD + BK), de 9,4% em 

1996, para 17,2% em 2003.  Segundo CANO  (2008), em  relação  à produção de bens 

intermediários a alta se deve sobretudo à metalurgia básica, minerais não‐metálicos e 

aos derivados de petróleo e álcool. Quanto à alta nos bens de consumo durável e de 

bens de capital, ela se deve a duas novas plantas de veículos automotores  instaladas 

no estado no período, que elevaram os números, sendo que, segundo o autor, outros 

ramos apresentaram crescimentos mais modestos. 

 

 

Page 63: Rio de Janeiro

63 

Tabela 2.5 Indústria de Transformação: estrutura regional (VTI) por grupos de indústrias, 

período 1970‐2003 – (%)  

 

Grupo I – Indústrias predominantemente produtoras de 

bens de consumo não durável 

Grupo II – Indústrias predominantemente produtoras de 

bens intermediários 

Grupo III – Indústrias predominantemente produtoras de 

bens de capital e de consumo durável 

1970  1980  1985  1996  2003 1970 1980 1985 1996 2003 1970 1980  1985  1996  2003RJ  45,2  35,9  32,7  45,9  22,6  37,7  39,4  47,0  44,7  60,2  17,1  24,7  20,3  9,4  17,2 SP  39,8  29,3  28,2  36,0  30,2  32,8  39,5  40,6  33,7  43,5  27,4  31,2  31,2  30,3  26,3 MG  38,6  27,9  26,9  37,6  27,7  52,3  52,8  58,2  42,2  56,2  9,1  19,3  14,9  20,2  16,1 

Sudeste  40,8  30,2  28,6  37,3  28,4  35,4  41,1  43,9  36,5  48,4  23,8  28,7  27,5  26,2  23,2 Brasil  43,7  33,9  33,2  40,3  33,3  35,4  41,0  42,4  35,7  45,2  20,9  25,1  24,4  24,0  21,6 

Fonte: dados brutos a partir do IBGE – Censos Industriais e Tabulações especiais de 1985, e PIAs de 1996 e 2003. Apud Cano (2007), p.163. 

Na  análise  desses  dados  é  importante  lembrar  que  no  período  1989‐96, 

ocorreu importante transição na economia brasileira, em que a estabilização de preços 

e a valorização cambial acabaram sendo destrutivas para o setor industrial. A partir de 

1994,  ocorreu  uma  enxurrada  de  importações  que  alterou  as  estruturas  produtivas 

internas de vários ramos, substituindo insumos nacionais e até mesmo produtos finais 

por  importados.  Ainda:  a  partir  de  1993‐1994  os  preços  internacionais  iniciam  um 

período de alta, que atingiria níveis elevados após 2003. Se isso não fosse o bastante, 

em janeiro de 1999 ocorreu nova crise cambial e nova desvalorização, que por sua vez 

gerou efeitos de  contenção das  importações...  , mas  apenas  após 2000. A partir de 

2004, ocorre nova valorização cambial que permanece até 2007. Todas essas variações 

acabaram gerando efeitos nos custos, estimativas de preços e estrutura produtiva, que 

devem ter seu ‘peso’ considerado na análise desses indicadores. (CANO, 2008) 

Essa reversão na trajetória econômica também se reflete na demonstração de 

desempenho  das  exportações  do  estado  do  Rio  de  Janeiro.  Conforme  os  dados  da 

Secretaria  de  Comércio  Exterior,  as  exportações  fluminenses  de  produtos  básicos 

tiveram uma taxa de crescimento anual de 128,2% e a de produtos industrializados de 

8,8% no período de 1994 a 2008, fazendo com que o total de exportações saltasse de 

aproximadamente U$ 2,3 bilhões em 1994 para  cerca de U$ 18,7 bilhões em 2008, 

sendo responsável por 9,5% das exportações no país (vide Tabela 2.6). 

 

Page 64: Rio de Janeiro

64 

Tabela 2.6 Demonstração do Desempenho das Exportações do estado do Rio de Janeiro (1994‐

2008) Totais por Fator Agregado (US$ 1.000 FOB) 

 Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Secretaria de Comércio Exterior, Departamento de 

Operações de Comércio Exterior 

 

Além disso, ao se comparar o desempenho das exportações do estado do Rio 

de Janeiro e do país para o período entre 1991 e 2008, verifica‐se que as exportações 

fluminenses  tiveram  taxa de crescimento anual de 16,51%, enquanto as exportações 

brasileiras  no mesmo  período  cresceram  anualmente  11,81%,  fazendo  com  que  a 

participação  do  estado  nas  exportações  nacionais  passasse  de  5,56%  em  1991  para 

9,45% em 2008 (vide Tabela 2.7).  

 

 

Ano  Básicos Industrializados 

(A+B) Semimanufatura

dos (A) Manufaturados 

(B) Operações Especiais 

T O T A L 

1994  57.043  2.123.197  93.976  2.029.221  124585  2.304.825 

1995  115.604  1.755.530  193.480  1.562.051  186463  2.057.597 

1996  38.887  1.662.220  133.464  1.528.756  183209  1.884.316 

1997  10.631  1.525.381  101.412  1.423.969  197489  1.733.501 

1998  19.612  1.601.844  84.355  1.517.489  160.849  1.782.305 

1999  14.964  1.453.850  131.514  1.322.336  172.033  1.640.847 

2000  175.201  1.436.162  136.001  1.300.162  228.749  1.840.112 

2001  738.208  1.451.416  126.606  1.324.810  215.973  2.405.597 

2002  1.654.242  1.747.390  173.649  1.573.741  257.176  3.658.807 

2003  1.924.952  2.466.241  238.599  2.227.642  457.352  4.848.545 

2004  2.262.234  4.186.024  387.643  3.798.381  584.210  7.032.468 

2005  3.561.154  3.773.431  303.415  3.470.016  866.996  8.201.581 

2006  6.654.657  4.136.820  347.398  3.789.422  693.354  11.484.831 

2007  8.423.588  5.276.817  318.015  4.958.802  615.289  14.315.694 

2008  12.542.397 5.232.287  188.019  5.044.268  939.718  18.714.402 

Taxa Anual de Cresc. 2008‐

1994 (%) 

128,2  8,8  11,9  9,0  19,0  18,0 

Page 65: Rio de Janeiro

65 

Tabela 2.7 

Comparação entre o Desempenho das Exportações do estado do Rio de Janeiro e do Brasil 

1991‐2008 

Ano  Valor das exportações (FOB US$)  Rio de Janeiro/Brasil 

Taxa de crescimento em relação ao ano anterior (%) 

  Rio de Janeiro  Brasil  Rio de Janeiro  Brasil 

1991  1.759.078,00  31.620.459  5,56%  ‐  ‐ 1992  1.892.607,00  35.792.986  5,29%  7,59  13,20 1993  2.110.349,00  38.554.769  5,47%  11,50  7,72 1994  2.304.825,00  43.545.149  5,29%  9,22  12,94 1995  2.057.597,00  46.506.282  4,42%  ‐10,73  6,80 1996  1.884.316,00  47.746.728  3,95%  ‐8,42  2,67 1997  1.733.501,00  52.982.726  3,27%  ‐8,00  10,97 1998  1.782.305,00  51.139.862  3,49%  2,82  ‐3,48 1999  1.640.847,00  48.012.790  3,42%  ‐7,94  ‐6,11 2000  1.840.112,00  55.118.920  3,34%  12,14  14,80 2001  2.405.597,00  58.286.593  4,13%  30,73  5,75 2002  3.658.807,00  60.438.653  6,05%  52,10  3,69 2003  4.848.545,00  73.203.222  6,62%  32,52  21,12 2004  7.032.468,00  96.677.497  7,27%  45,04  32,07 2005  8.201.581,00  118.529.184  6,92%  16,62  22,60 2006  11.484.831,00  137.807.470  8,33%  40,03  16,26 2007  14.315.694,00  160.649.073  8,91%  24,65  16,58 2008  18.714.402,00  197.942.443  9,45%  30,73  23,21 

Crescimento Médio Anual (%): 16,51  11,81 

Fonte:  Elaboração  própria  a  partir  dos  dados  da  Secretaria  de  Comércio  Exterior,  Departamento  de Operações de Comércio Exterior. 

 

Esses  dados  das  exportações  fluminenses  ajudam  a  elucidar  o  recente 

desempenho  da  economia  fluminense,  uma  vez  que  as  atividades  produtivas 

desempenhadas pelo estado do Rio de Janeiro, ao longo do século XX, caracterizavam‐

se  por  estar  voltadas  ao  mercado  interno.  Assim,  a  maior  inserção  da  economia 

fluminense  no  comércio  mundial  sinaliza  que  há  mudanças  importantes  em  sua 

estrutura  produtiva,  pois  tanto  as  exportações  de  produtos  básicos  quanto  a  de 

produtos  industrializados ampliaram sua participação e cresceram a  taxas superiores 

que as das exportações brasileiras. 

Ao  analisarmos  as  maiores  empresas  exportadoras  do  estado  do  Rio  de 

Janeiro (Tabela 2.8), verifica‐se a predominância das empresas do setor energético. As 

quarenta maiores empresas foram responsáveis em 2008 por 95,6%, sendo que dentre 

elas a Petrobrás foi responsável por 71,09% das exportações fluminenses. Ainda assim, 

é  importante  destacar  a  presença  no  ranking  de  empresas  ligadas  à  siderurgia, 

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66 

indústria  automobilística  e  indústria  química,  algumas  delas  com  expressivo 

crescimento no período assinalado, o que demonstra o maior dinamismo não apenas 

de setores ligados às atividades extrativas. 

Tabela 2.8 

Principais empresas exportadoras do estado do Rio de Janeiro (2008)  

Ord.  Descrição 2008 (Jan/Dez)  2007 (Jan/Dez)  Var% 

US$ F.O.B  Part%  US$ F.O.B.  Part%  2008/2007 

   TOTAL  18.714.401.761  100  14.315.694.020  100  30,73 

   TOTAL DAS PRINCIPAIS EMPRESAS  17.891.275.745  95,6  12.916.769.572  90,23  38,51 

1  PETROLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS   13.304.438.496  71,09  9.133.938.401  63,8  45,66 

2  SHELL BRASIL LTDA   705.434.229  3,77  469.463.625  3,28  50,26 

3  FSTP BRASIL LTDA   623.298.410  3,33  555.676.184  3,88  12,17 

4  COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL   335.028.164  1,79  789.330.979  5,51  ‐57,56 

5  VOLKSWAGEN CAMINHOES E ONIBUS IND. E COM.   323.357.051  1,73  85.537.356  0,6  278,03 

6  SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPACOES INDUST E CO   264.654.218  1,41  182.074.520  1,27  45,35 

7  PEUGEOT‐CITROEN DO BRASIL AUTOMOVEIS LTDA   217.930.497  1,16  204.102.762  1,43  6,77 

8  RIO POLIMEROS S.A.   192.715.687  1,03  180.900.397  1,26  6,53 

9  PETROBRAS DISTRIBUIDORA S A   188.207.021  1,01  143.621.268  1  31,04 

10  FMC TECHNOLOGIES DO BRASIL S.A.   172.840.552  0,92  50.383.199  0,35  243,05 

11  ESSO BRASILEIRA DE PETROLEO LIMITADA   125.412.557  0,67  56.087.805  0,39  123,6 

12  DEVON ENERGY DO BRASIL LTDA.   93.972.063  0,5  16.057.240  0,11  485,23 

13  CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S A   85.464.609  0,46  25.335.134  0,18  237,34 

14  PRODUTOS ROCHE QUIMICOS E FARMACEUTICOS S A   82.212.524  0,44  69.651.347  0,49  18,03 

15  H STERN COMERCIO E INDUSTRIA S A   74.625.774  0,4  75.478.471  0,53  ‐1,13 

16  AIBEL OLEO E GAS LTDA   72.211.464  0,39  6.266  ‐‐‐  ‐‐‐ 

17  WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS S/A   71.588.214  0,38  51.866.930  0,36  38,02 

18  FERREIRA INTERNATIONAL LTDA   68.231.317  0,36  39.408.921  0,28  73,14 

19  VALESUL ALUMINIO S A   67.254.858  0,36  92.431.706  0,65  ‐27,24 

20  BR METALS FUNDICOES LTDA   66.896.313  0,36  61.912.925  0,43  8,05 

21  PETROFLEX IND E COM S.A.   66.265.431  0,35  69.211.682  0,48  ‐4,26 

22  DRESSER INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA   63.575.292  0,34  43.983.377  0,31  44,54 

23  SK DO BRASIL LTDA.   62.586.538  0,33  10.689.424  0,07  485,5 

24  BAYER S.A.   59.936.759  0,32  54.090.203  0,38  10,81 

25  ELECTRO VIDRO S A   48.190.073  0,26  61.402.527  0,43  ‐21,52 

26  GERDAU ACOS LONGOS S.A.   47.261.625  0,25  53.537.943  0,37  ‐11,72 

27  PROCOSA PRODUTOS DE BELEZA LTDA   40.225.399  0,21  25.632.218  0,18  56,93 

28  GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA   38.645.524  0,21  35.700.163  0,25  8,25 

29  SCHWEITZER‐MAUDUIT DO BRASIL S.A.   38.090.772  0,2  28.782.820  0,2  32,34 

30  SOG ‐ SISTEMAS EM OLEO E GAS S/A   31.814.530  0,17  ‐‐‐  ‐‐‐  ‐‐‐ 

31  IBF INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FILMES S/A.   29.066.542  0,16  28.462.005  0,2  2,12 

32  COMPANHIA BRASILEIRA DE AMARRAS BRASILAMARRAS  28.982.442  0,15  34.123.049  0,24  ‐15,06 

33  PURAC SINTESES INDÚSTRIA E COMERCIO LIMITADA   28.976.458  0,15  22.697.488  0,16  27,66 

34  SAINT‐GOBAIN CANALIZACAO LTDA   27.945.301  0,15  44.470.195  0,31  ‐37,16 

35  WELLSTREAM DO BRASIL INDÚSTRIA E SERVICOS LTDA   27.787.734  0,15  5.918.698  0,04  369,49 

36  MAT S/A.   26.165.176  0,14  16.081.203  0,11  62,71 

37  SCHOTT BRASIL LTDA   25.307.823  0,14  20.803.543  0,15  21,65 

38  QUATTOR PETROQUIMICA S.A.   22.730.311  0,12  54.403.143  0,38  ‐58,22 

39  LUBRIZOL DO BRASIL ADITIVOS LTDA   21.378.875  0,11  15.166.971  0,11  40,96 

40  MARINE PRODUCTION SYSTEMS DO BRASIL LTDA   20.569.122  0,11  8.347.484  0,06  146,41 

41  DEMAIS EMPRESAS   823.126.016  4,4  1.398.924.448  9,77  ‐41,16 

Fonte:  Elaboração  própria  a  partir  dos  dados  da  Secretaria  de  Comércio  Exterior, Departamento  de Operações  de Comércio Exterior. 

Page 67: Rio de Janeiro

67 

II.2 – Velho prognóstico ou novas perspectivas? 

 Mesmo diante do  crescimento em  setores‐chave da economia  fluminense e 

dos  sinais  de  recuperação  em  outros  verificados  a  partir  de meados  da  década  de 

noventa,  ainda  é  uma  tarefa  difícil  traçar  um  prognóstico  minimamente  confiável 

sobre  a  trajetória  econômica  do  conjunto  do  estado,  que  apresentou  um 

comportamento  errático,  alternando  momentos  de  crescimento  e  estagnação,  ao 

longo  do  período.  No  entanto,  o  ‘velho’  prognóstico  elaborado  ao  final  da  última 

década  de  oitenta  de  que  a  economia  fluminense  teria  entrado  em  trajetória 

irreversível de queda pode ser abandonado. Os dados, apesar de demonstrarem que a 

economia  fluminense  ingressou  em  uma  nova  fase,  podendo  ser  denominada  de 

‘inflexão  econômica  positiva’,  ainda  não  experimentou  taxas  de  crescimento 

sustentadas no tempo, apresentando variações em sua dinâmica conforme o contexto 

econômico nacional e no desempenho de alguns setores.  

Não obstante, essa nova fase fez com que diversos novos investimentos, tanto 

privados  como  do  Estado,  começassem  a  ser  anunciados,  o  que  trouxe  nova 

perspectiva para o estado do Rio de Janeiro. Grande parte dos  investimentos estatais 

anunciados para o período deve‐se ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 

do  Governo  Federal,  que  em  parceria  com  governos  estaduais  e municipais,  prevê 

investimentos no país divididos em  três eixos principais:  (1) energia,  (2)  logística de 

transporte e (3) social e urbana. Além disso, o programa apresenta como um de seus 

pilares a desoneração de tributos para incentivar mais investimentos no Brasil e prevê 

a redução de tributos para os setores de semicondutores, de equipamentos aplicados 

à  TV  digital,  de  microcomputadores,  de  insumos  e  serviços  usados  em  obras  de 

infraestrutura, e de perfis de aço. O plano contempla também medidas fiscais de longo 

prazo, podendo ser citado o controle das despesas com a folha de pagamento, como 

também, a modernização do processo de licitação. Para o estado do Rio de Janeiro há 

a previsão de serem  investidos um total de R$ 484,4 bilhões (sendo R$ 125,7 bilhões 

até 2010 e R$ 358,7bilhões após 2010). (vide Tabela 2.9). 

 

Page 68: Rio de Janeiro

68 

Tabela 2.9 

Investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para o 

estado do Rio de Janeiro (em R$ milhões) 

Eixo Empreendimentos Exclusivos 

Empreendimentos de Caráter Regional 

2007‐2010  Pós 2010 2007‐2010 Pós 2010

Logística  11.751,0  865,0 32,0 33.225,6

Energética  73.093,8  289.001,8 12.089,3 35.594,6

Social e Urbana  28.777,0  29,6 ‐ ‐ 

Total  113.621,8  289.896,4 12.121,3 68.820,2Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão  ‐ Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, Balanço 4 Anos, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2010. 

 

Os investimentos em infraestrutura logística, da ordem de R$ 33,3 bilhões, se 

efetivamente  realizados  irão  interligar  diferentes  partes  do  território,  com melhoria 

nos eixos formados pela rodovia BR‐101, que cruza o estado interligando a capital com 

o  litoral e as regiões Norte e Noroeste do estado, e pela rodovia BR‐393, que cruza o 

interior do estado e pela construção do arco rodoviário metropolitano que interliga as 

rodovias  BR‐101,  BR‐040  e  BR‐493,  considerado  fundamental  para  a  integração 

logística do estado e maior utilização do porto de Itaguaí (Mapa 2.1). Além disso, há a 

previsão da construção de trem de alta velocidade que interligaria a capital carioca e a 

capital paulista. 

Como apontado por NATAL  (2005), esses  investimentos uma  vez efetivados 

reforçam o processo de  integração espacial do estado que começou a ganhar  fôlego 

nas últimas décadas e proporciona maior vinculação produtiva entre  interior,  região 

metropolitana e capital. Segundo o autor, no  início dos anos 1980, quando da  fusão, 

poucos ainda eram os  laços existentes entre a capital e o  interior  fluminense; sendo 

que, aponta ele, a partir da década de 1990  transformações espaciais  importantes e 

maior articulação da  rede urbana  intraestadual começaram a ganhar  força, uma vez 

que historicamente os vínculos da capital fluminense se davam para fora do território 

do  atual  ERJ,  fazendo  com  que  sua  relação  com  o  interior  do  próprio  estado  fosse 

marcadamente frágil. 

Page 69: Rio de Janeiro

69 

MAPA 2.1 

Investimentos em Infraestrutura Logística prevista no Programa de Aceleração do 

Crescimento ‐ PAC 

 Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão  ‐ Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, 7º Balanço, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2009. 

 

Os  investimentos  anunciados  para  infraestrutura  energética  somam 

aproximadamente  R$  410  bilhões  e  possuem  previsão  para  serem  aplicados  na 

geração  de  energia  elétrica  por meio  da  construção  de  usinas  hidrelétricas  (UHE), 

termoelétricas  (UTE),  parque  eólico  e  da  usina  termonuclear  de Angra  III  (UTN);  na 

produção de Petróleo e Gás Natural,  e na  construção de  gasodutos  e do Complexo 

Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj (vide Mapa 2.2). 

 

 

 

Page 70: Rio de Janeiro

70 

MAPA 2.2 Investimentos em Infraestrutura Energética previstas no Programa de Aceleração do 

Crescimento ‐ PAC 

 

                 Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ Programa de Aceleração do Crescimento – 

PAC, 7º Balanço, Rio de Janeiro – Janeiro a Abril de 2009. 

Page 71: Rio de Janeiro

71 

De  acordo  com  os  dados  da  Federação  das  Indústrias  do  Estado  do Rio  de 

Janeiro  –  FIRJAN  (2009),  através  do  estudo  intitulado  ‘Decisão  Rio’,  a  instalação  do 

Comperj  irá abrigar em uma mesma planta  industrial em uma área de 20 milhões de 

m2,  uma Unidade  de Refino  de  primeira  geração,  também  chamada  de Unidade de 

Petroquímicos  Básicos  (UPB),  que  deverá  consumir  pelo  menos  50%  do  total  do 

investimento  e  será  responsável  pela  produção  dos  petroquímicos  básicos;  um 

conjunto  de  unidades  de  segunda  geração,  denominadas  Unidades  Petroquímicas 

Associadas  (UPAs),  que  irão  transformar  esses  produtos  básicos  em  produtos 

petroquímicos; e uma Central de Utilidades (UTIL), responsável pelo fornecimento de 

água,  vapor  e  energia  elétrica  necessários  para  a  operação  de  todo  o  Complexo. O 

Comperj  pretende  utilizar  como matéria  prima  para  sua  operação  o  óleo  pesado, 

material que o país hoje exporta. Além disso, no projeto, está prevista a instalação da 

Central de Escoamentos de Produtos Líquidos, orçada em R$ 422 milhões e tem como 

objetivo aperfeiçoar a distribuição entre  Itaboraí e os  terminais de carregamento na 

Baía de Guanabara, e a instalação de um Centro de Integração, que tem como objetivo 

a capacitação da mão de obra para o complexo.  

Segundo a FIRJAN (2009), a previsão é que sejam atraídas mais de 350 novas 

indústrias de produtos de material plástico para o estado, gerando  investimentos da 

ordem  de  R$  900  milhões.  De  acordo  com  o  mesmo  estudo,  se  considerado  um 

cenário  otimista  –  com  27%  das  resinas  produzidas  pelo Comperj  sendo  absorvidos 

pelo mercado fluminense – a previsão é de que mais de 720 novas indústrias poderão 

vir  a  se  instalar  no  estado,  com  potencial  de  geração  de  R$  1,8  bilhão  em 

investimentos.  Além  disso,  no  que  se  refere  à  fase  de  operação,  a  expectativa  da 

Petrobras é que o Comperj gere um faturamento anual da ordem de US$ 5,8 bilhões, 

decorrente de vendas tanto dos produtos produzidos pela Unidade de Petroquímicos 

Básicos (62%) quanto pela de Petroquímicos Associados (38%). 

Segundo esse mesmo estudo, estão previstos para o estado do Rio de Janeiro 

R$ 126,3 bilhões de investimentos públicos27 e privados entre os anos de 2010 e 2012 

de  origem  nacional  e  estrangeira,  sendo  75,5%  dos  projetos  previstos  em  novas 

                                                            27 Parte dos  investimentos públicos  relatados no documento  ‘Decisão Rio’  faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC mencionado acima. 

Page 72: Rio de Janeiro

72 

plantas, enquanto 20,2% destinados à expansão/modernização e 4,2% à construção de 

embarcações. Desse montante, estão previstos R$ 28,6 bilhões em infraestrutura e R$ 

97,4  bilhões  (77,1%)  em  investimentos  na  indústria,  sendo  R$  20,3  bilhões  para 

indústria de transformação e R$ 77,1 bilhões da Petrobras (vide Tabela 2.10).  

Conforme  a  FIRJAN  (2009), para o  setor  siderúrgico  fluminense  também há 

previsão de novos investimentos para o período 2010‐12. Esses investimentos ganham 

ainda mais  importância,  tanto  pela  sua magnitude  quanto  pelo  impacto  econômico 

que  essa  atividade  exerce  sobre  os  demais  setores,  em  vista  dos  seus  efeitos  ‘para 

frente  e  para  trás’  (extensa  cadeia  produtiva).  Dentre  os  principais  investimentos 

previstos  para  o  setor  estão:  a  construção  da  ThyssenKrupp  CSA  Siderúrgica  do 

Atlântico (TKCSA), com  investimento total previsto de R$ 13,1 bilhões28; a construção 

de uma nova usina siderúrgica do Grupo Votorantim, com capacidade de produção de 

1 milhão  de  toneladas  de  fio‐máquina  e  vergalhão,  orçados  em  R$  1,2  bilhão;  e  a 

construção de uma plataforma  logística pela Companhia  Siderúrgica Nacional  (CSN), 

com previsão de investimentos totais na ordem de R$ 3,7 bilhões. 

Vale a pena também destacar o projeto do Complexo Portuário do Açu, que 

prevê a construção de um terminal portuário em São João da Barra, de uma usina de 

pelotização,  píeres  offshore  com  acesso  por meio  de  um  canal  com  21 metros  de 

profundidade  e  capacidade  para  receber  navios  de  grande  porte  com  berços  de 

atracação especializados e dedicados às diferentes  famílias de produtos. O Porto do 

Açu é um dos maiores  investimentos do país em  terminais marítimos privados, com 

previsão  de  investimentos  totais,  segundo  a  Firjan,  de  R$  3,6  bilhões.  Possui 

localização estratégica, próximo aos campos de petróleo das bacias de Campos e do 

Espírito Santo e há a previsão de induzir atração de novas empresas para a região, ao 

mesmo tempo gerando novas demandas sobre a mão de obra local e a infraestrutura 

urbana, levando a um movimento de rápida transformação econômica e sócio‐espacial 

no norte fluminense. 

 

                                                            28 No  dia  07  de  setembro  de  2010  foi  inaugurado  o  complexo  siderúrgico  com  a  conclusão  de  sua primeira etapa. 

Page 73: Rio de Janeiro

73 

Tabela 2.10 

Vinte maiores investimentos previstos para o período 2010‐2012 

Investimento  Setor  Município  Objetivo Investimento (R$ bilhões) 

Comperj  Petroquímica  Itaboraí  Implantação  14,6 

Chevron  Energia  Campos  Implantação  4,4 

Usina Termelétrica do Açu  Energia São João da 

Barra Implantação  4,3 

Angra 3  Energia  Angra dos Reis  Implantação  4,0 

CSN – Plataforma logística em Itaguaí Transporte / Logística 

Itaguaí Expansão / 

Modernização 3,7 

Complexo Portuário do Açu Transporte / Logística 

São João da Barra 

Implantação  2,0 

OGX  Energia  Campos  Implantação  1,5 

Eisa  Indústria Naval  Rio de Janeiro Construção de Embarcação 

1,4 

Grupo Fisher  Indústria Naval  Vários Expansão / 

Modernização 1,3 

Governo Federal Desenvolvimento 

Urbano Vários 

Expansão / Modernização 

1,1 

Porto do Sudeste Transporte / Logística 

Itaguaí  Implantação  1,1 

Light AS – UHE Itaocara  Energia  Vários  Implantação  0,6 

Gerdau Terminal Portuário 

Itaguaí  Implantação  0,6 

Metrô – Linha 1A Transporte / Logística 

Rio de Janeiro Expansão / 

Modernização 0,5 

Aeroporto Internacional Tom Jobim Transporte / Logística 

Rio de Janeiro Expansão / 

Modernização 0,4 

Porto Maravilha Desenvolvimento 

Urbano Rio de Janeiro 

Expansão / Modernização 

0,4 

MRS Logística Transporte / Logística 

Vários Expansão / 

Modernização 0,4 

STX Europe  Indústria Naval  Niterói Construção de Embarcação 

0,4 

Coquepar – Companhia de Coque Calcinado de Petróleo 

Petroquímica  Seropédica  Implantação  0,3 

Michelin  Borracha  Itatiaia  Implantação  0,3 

Fonte: FIRJAN – FEDERAÇÃO DAS  INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE  JANEIRO, Decisão Rio  Investimentos 2010‐2012, Rio de Janeiro, 2009. 

 

O Complexo do Açu é parte integrante de um projeto ainda maior da empresa 

MMX e Anglo American conhecido como Sistema Minas‐Rio, que compreende também 

a construção de uma mina para extração de minério de ferro  localizada no município 

de  Alvorada,  em  Minas  Gerais,  com  capacidade  de  produção  estimada  em  26,5 

Page 74: Rio de Janeiro

74 

milhões de toneladas ao ano de finos de pelotização e um mineroduto de 525 km de 

extensão, a ser utilizado para transportar minério de ferro até o terminal portuário do 

Açu.  A  previsão  é  que  a  partir  de  2012,  o  Porto  do  Açu  tenha  capacidade  para 

movimentar 11,5 milhões de toneladas de carvão, atendendo à demanda de empresas 

siderúrgicas  e  de  uma  termelétrica  previstas  para  serem  instaladas  em  sua  área  de 

influência.  Além disso, está apontada a construção de um terminal de carga geral, com 

capacidade  para  movimentar  contêineres,  granito  e  produtos  siderúrgicos.  Foi 

projetado  ainda  um  terminal  de  granel  líquido,  que  atenderá  primeiramente  às 

necessidades  de  movimentação  de  etanol,  derivados  de  petróleo  e  Gás  Natural 

Liquefeito (GNL), com capacidade de 4 milhões de metros cúbicos por ano. 

Para o setor portuário, ainda, está prevista a construção do Porto do Sudeste, 

com  investimentos  totais  orçados  de  R$  1,5  bilhão,  sendo  indicado  que  ele  será 

localizado ao lado do já existente Porto de Itaguaí. O projeto prevê a construção de um 

porto com profundidade de 18,50 metros para receber navios com grande capacidade 

(tipo capesize), dedicado à exportação do minério de ferro que será trazido pela malha 

ferroviária  da MRS  Logística  da mina  pertencente  ao  grupo MMX,  responsável  pela 

construção do porto, da região de Serra Azul, localizada a sudoeste de Belo Horizonte, 

e  à  importação  de  granéis  sólidos,  principalmente  carvão.  Sua  capacidade  de 

armazenagem será de até 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e tem 

a  previsão  de  gerar  3.000  empregos  na  fase  de  construção  e  450  em  sua  fase  de 

operação. 

A  indústria naval brasileira, praticamente desativada em meados da década 

de  1990,  a  partir  do  ano  2000  iniciou movimento  de  crescente  reativação  das  suas 

unidades fabris, impulsionadas de um lado pelas reformas e construção de plataformas 

da Petrobras e navios da Transpetro e, de outro, pelas encomendas de embarcações 

de  apoio  às  atividades  de  exploração  e  produção  de  petróleo  em  alto  mar.  Esse 

movimento  vem  beneficiando  particularmente  o  estado  do  Rio  de  Janeiro,  que 

historicamente  possui  número  significativo  de  estaleiros  e  grande  contingente  de 

trabalhadores  especializados  no  setor.  Aproximadamente  vinte  estaleiros  foram 

reabertos no estado do Rio, o que  significou a  criação de empregos e a geração de 

Page 75: Rio de Janeiro

75 

oportunidades  na  cadeia  de  fornecedores  da  indústria  da  construção  naval  e 

anunciados investimentos como o do estaleiro Mauá (com investimentos de R$ 627,2 

milhões), da STX Europe  (com previsão de R$ 1,1 bilhão de  investimentos) e da EISA 

(com previsão de investimentos de R$ 1,4 bilhão de reais). 

A confirmação da capital carioca como uma das sedes para a Copa do Mundo 

de futebol em 2014 e como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 também é outro ponto 

que merece destaque. Primeiramente, pela quantidade de  recursos que a cidade  irá 

receber,  com  previsão  de  um  total  de  aproximadamente  R$  29  bilhões  –  R$  23,2 

bilhões em infraestrutura ‐ em investimentos municipais, estaduais e federais, além de 

parcerias a serem realizadas com a  iniciativa privada. Em segundo  lugar, a realização 

desses eventos na cidade trouxe de volta a autoestima do carioca, há muito perdida ao 

longo da degradação que passou a cidade em particular e o estado do Rio de Janeiro 

como um todo. 

“O Rio de Janeiro sintetiza, como poucas cidades no mundo, a alma, os  sonhos,  os  ideais  de  um  país.  É,  também,  um  exemplo  de resistência. Depois de décadas de abandono e decadência, persiste no Brasil e no exterior, como símbolo do que temos – ou podemos ter – de  melhor.  [...]  A  cidade  está  diante  da  chance  histórica  de transformar a saudade de um passado glorioso em projeto de futuro” (Revista VEJA, 07 de outubro de 2009, p. 23). 

 O projeto Olímpico contou com a união estabelecida entre o governo federal, 

o  governo  estadual  e  a  prefeitura.  Esse  ponto  é  interessante,  pois,  por  um  longo 

período  não  ocorria  no  estado  fluminense  esse  alinhamento  entre  as  diferentes 

esferas do poder. Pelo contrário, as diversas disputas políticas sempre colocaram no 

cerne do debate que o abandono e a situação de esvaziamento econômico do Rio se 

deram pela transferência da capital, a posterior fusão e pelo estado ser “discriminado” 

pelos sucessivos governos  federais. Essa tese  inclusive, como apontado por NATAL & 

OLIVEIRA (2006), serviu discursivamente como “cortina de fumaça” para a elaboração 

de  diagnósticos  verdadeiramente  inconsequentes  acerca  do  desenvolvimento  da 

economia da região e suas relações com os sucessivos governos federais. Grande parte 

dos  novos  investimentos  anunciados  para  os  próximos  anos  são  decorrentes  dessa 

reaproximação política; não obstante, persistem as  incertezas, no sentido keynesiano 

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do termo, uma vez que a cada sucessão política as alianças são refeitas... (fragilidade 

do federalismo brasileiro). 

Com  esses  investimentos,  as  incertezas  e  as  perspectivas  para  o 

desenvolvimento do estado do Rio voltaram ao discurso. Discurso esse que ao mesmo 

tempo ‘olha para trás’ ressuscitando velhos fantasmas e revendo o passado glorioso, e 

que  ‘olha  para  frente’  colocando  todos  os  projetos  de  futuro  e  perspectivas  da 

sociedade  carioca  e  fluminense,  como  pode  ser  observado  no  texto  intitulado  “A 

Capital Perdida” publicado em uma revista semanal e transcrito no Quadro 2.1. 

 

QUADRO 2.1 

A Capital Perdida 

  

Revista Veja, 14 de outubro de 2009. 

A Capital Perdida 

J. R. Guzzo

Dentro de alguns meses, em abril de 2010, vão se completar cinquenta anos do ato de agressão mais perverso que já se cometeu, em toda a história nacional, contra uma grande cidade brasileira: a expropriação da  capital do país,  tomada do Rio de  Janeiro e  transferida para Brasília. A data vai ser motivo de festa oficial de primeira categoria, com desfile, show e missa; deveria ser um dia de luto fechado. Até abril de 1960, o Brasil tinha o que poderia haver de  mais  próximo,  no  mundo  inteiro,  a  uma  capital  perfeita.  A  partir  dali,  perdeu‐a  para sempre. Até hoje não dá para entender por que um país abençoado pela existência de um prodígio como o Rio de Janeiro, uma das cidades que a natureza e o gênio humano colocaram entre as mais brilhantes do planeta, decidiu que ela não servia mais para ser sua capital. Nada, nem  ninguém,  forçou  o  Brasil  a  sofrer  essa  perda.  Nenhuma  vantagem  trazida  pela  nova capital  compensou,  nem  de  longe,  o  desmanche  do  patrimônio  incomparável  que  a  nação havia construído no Rio – e que hoje, com o progresso geral dos últimos cinquenta anos, sabe‐se lá em que alturas poderia estar. 

Bendita Olimpíada de 2016, portanto. Já estava mais do que na hora de ser tomada alguma  grande  decisão  em  favor  do  Rio  de  Janeiro,  e  sua  escolha  como  sede  dos  Jogos Olímpicos pode ser um momento de virada; é, certamente, a maior oportunidade de reação oferecida ao Rio desde o atentado que sofreu meio século atrás. Não se trata, nesta questão, de fazer pouco de Brasília, ignorar quanto ajudou para irradiar progresso no centro do país ou negar o muito que foi construído ali. O comentário é sobre a calamidade que o poder público impôs  a  uma  cidade  que  vive  no  coração  de  todos  os  brasileiros  capazes  de  admirar  seu 

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próprio país; ao cassar do Rio a condição de capital, matou uma parte de sua alma. A perda, no fundo, vai muito além dos  limites da geografia carioca. Pois a verdade é que não foi o Rio de Janeiro que perdeu o direito de ser a capital do Brasil. Foi o Brasil que perdeu o direito de ter sua capital no Rio de Janeiro. Isso não tem conserto. 

Nenhum exército de ocupação estrangeiro conseguiria fazer tanto mal ao Rio quanto os próprios governos brasileiros  fizeram; comparado ao presidente  Juscelino Kubitschek, em termos de estrago a  longo prazo, o corsário Duguay‐Trouin parece um benemérito. Perdida a capital, foi imposta à cidade, tempos depois, uma fusão irresponsável, inepta e ruinosa com o antigo estado do Rio, numa operação que conseguiu apenas somar vícios e subtrair virtudes. Nos  anos  seguintes,  o  Rio  de  Janeiro  se  viu  castigado  por  alguns  dos  piores  governos  já registrados na história humana. A certo momento, por decisão de Brasília, chegou‐se pura e simplesmente, em 1976, à demolição física do Palácio Monroe, um dos principais monumentos da arquitetura carioca e antiga  sede do Senado Federal. Talvez nada  tenha  servido  tão bem como símbolo do rancor e despeito dos governantes brasileiros pelo Rio quanto esse feito do presidente Ernesto Geisel, baseado no argumento de que o Monroe atrapalhava o trânsito e um  túnel do metrô  – que  já  estava pronto quando o palácio  foi demolido.  (Presidentes da República,  naquela  época,  podiam  fazer  essas  coisas.  Não  havia  liminares,  relatórios  de impacto  ambiental  ou  procuradores  –  ou  melhor,  até  havia  procuradores,  mas  estavam procurando outras coisas e, sobretudo, outras pessoas.) 

A Olimpíada de 2016 não pode ressuscitar o que foi destruído, assim como não pode fazer,  nos  próximos  sete  anos,  a  maior  parte  do  que  deveria  ter  sido  feito  nos  últimos cinquenta. Além disso, não  temos um histórico bom quando  se colocam na mesma  frase as palavras governo, verbas e obras – daqui até a cerimônia de abertura dos Jogos, o público vai se  cansar  de  ouvir  notícias  sobre  obras  erradas,  obras  malfeitas,  obras  atrasadas,  obras abandonadas,  obras  caras  demais  e,  até,  verbas  sem  obra. Mas  tudo  terá  valido  a  pena, certamente, se na cerimônia de encerramento o Rio estiver melhor do que está hoje. 

O  Brasil,  que  já  fez  um  plebiscito  para  decidir  se  queria  voltar  à monarquia  ou continuar sendo república, não perguntou à população do Rio, ou a qualquer outro brasileiro, se  concordava  com  a mudança  da  capital.  Hoje  não  tem mais  nada  a  perguntar  sobre  o assunto, mas tem a obrigação de reparar ao máximo o mal já feito. O Rio de Janeiro continua vivo, é claro, pois cidades são coisas duras de destruir – não é fácil nem com bomba atômica, como comprovam Hiroshima e Nagasaki. Mas merece muito mais do que sobreviver. 

Fonte: GUZZO, J.R. “A capital perdida”. In: Revista Veja, Edição 2134, Ano 42, nº 41, pág. 166, 14 de outubro de 2009. 

 

 

 

 

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78 

III  ‐  PERMANÊNCIAS  E MUDANÇAS  ECONÔMICO‐ESPACIAIS  DA  INFLEXÃO  –  Onde 

ganhou? Onde perdeu? 

A partir de meados da década de 1990, o estado do Rio de Janeiro passou a 

apresentar  maior  dinamismo  econômico,  com  taxas  de  crescimento  superiores  à 

média nacional, ao mesmo tempo em que houve considerável expansão da capacidade 

produtiva  de  alguns  setores.  Essas  mudanças  na  trajetória  econômica  fluminense 

impactaram  de  forma  diferenciada  seu  território  e  ensejaram  transformações  no 

desenvolvimento regional do estado.  

Nesse  sentido,  este  capítulo  busca  identificar  quais  regiões  fluminenses  e 

quais os  respectivos  setores econômicos que  se  ‘beneficiaram’ desse processo, bem 

como, se o maior dinamismo econômico do período trouxe consigo maior  integração 

socioespacial  de  sorte  a  diminuir  as  desigualdades  socioeconômicas  intra  e  inter‐

regionais existentes, em especial a polarização extremada entre a capital em conjunto 

com sua região metropolitana e o interior do estado29. 

III.1 – Dinâmica Populacional 

Tomando por base a distribuição da população no  território,  como  se pode 

observar nas Tabelas 3.1 e 3.2, segundo os dados preliminares do censo demográfico 

2010,  a  população  da  capital  é  de  5.940.224  habitantes,  o  equivalente  a  39,1%  da 

população do estado. Ao se contabilizar sua Região Metropolitana, a população atinge 

aproximadamente 11 milhões de habitantes, enquanto a soma do interior abriga cerca 

de  4 milhões  e  200 mil.  No  entanto,  apesar  desses  dados  demonstrarem  a  ainda 

intensa  concentração  populacional,  eles  também  reforçam  a  tendência  de  queda 

verificada  nas  últimas  décadas,  em  que  a  participação  da  Região Metropolitana  na 

composição demográfica do estado passou de 76,5% em 1980 para 72,3% em 2010. 

                                                             29 Como  regionalização, adota‐se neste capítulo a divisão utilizada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro,  institucionalizada pela Lei nº 1.227, de 17/11/1987, que aprovou o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social 1988/1991, e Leis Complementares nº 64 (21/09/1990), nº 97 (2/10/2001) e nº 105 (4/07/2002),  que  divide  o  território  fluminense  em  oito  regiões  de  governo,  a  saber:  Região Metropolitana,  Região  Noroeste  Fluminense,  Região  Norte  Fluminense,  Região  Serrana,  Região  das Baixadas Litorâneas, Região do Médio Paraíba, Região Centro‐Sul Fluminense e Região da Costa Verde (vide Anexo ‘B’). 

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79 

Tabela 3.1 População residente segundo Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro ‐ 

1970‐2010    1970  1980  1991  2000  2010 Estado  8.994.802  11.291.631  12.807.706  14.391.282  15.180.636 Região Noroeste Fluminense  230.153  229.782  273.062  297.696  307.638 Região Norte Fluminense  486.446  527.590  611.576  698.783  812.358 Região Serrana  467.159  579.484  686.772  752.002  773.082 Região das Baixadas Litorâneas  262.389  334.012  436.067  637.296  895.766 Região do Médio Paraíba  446.835  599.748  694.253  785.192  827.796 Região Centro‐Sul Fluminense  177.753  202.861  228.448  254.103  267.577 Região da Costa Verde  124.387  182.467  240.481  255.695  319.384 Região Metropolitana  6.799.680  8.635.687  9.637.047  10.710.515  10.977.035 Capital  4.251.918  5.090.723  5.480.768  5.857.904  5.940.224 Interior  2.195.122  2.655.944  3.170.659  3.680.767  4.203.601 

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010). 

 

Tabela 3.2 Participação das Regiões de Governo no Total da População Residente do Estado do 

Rio de Janeiro ‐ 1970‐2010    1970  1980  1991  2000  2010 Estado  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0% Região Noroeste Fluminense  2,6%  2,0%  2,1%  2,1%  2,0% Região Norte Fluminense  5,4%  4,7%  4,8%  4,9%  5,4% Região Serrana  5,2%  5,1%  5,4%  5,2%  5,1% Região das Baixadas Litorâneas  2,9%  3,0%  3,4%  4,4%  5,9% Região do Médio Paraíba  5,0%  5,3%  5,4%  5,5%  5,5% Região Centro‐Sul Fluminense  2,0%  1,8%  1,8%  1,8%  1,8% Região da Costa Verde  1,4%  1,6%  1,9%  1,8%  2,1% Região Metropolitana  75,6%  76,5%  75,2%  74,4%  72,3% Capital  47,3%  45,1%  42,8%  40,7%  39,1% Interior  24,4%  23,5%  24,8%  25,6%  27,7% 

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010). 

 

Utilizando  os  dados  do Mapa  3.1,  que mostra  a  distribuição  da  população 

residente e a taxa de crescimento entre os anos 2000 e 2010, pode‐se observar que os 

municípios  com  mais  de  200  mil  habitantes  no  estado  do  Rio  de  Janeiro  estão 

localizados  na  Região  Metropolitana  ou  margeando  seus  limites,  com  exceção  do 

município  de  Campos  dos Goytacazes  no Norte  Fluminense  e  de Volta  Redonda  na 

Região do Médio Paraíba.   

 

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80 

 

 

MAPA 3.1 População Residente e Taxa de Crescimento Populacional entre os anos 2000 e 2010 

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81 

 

Porém, ao se analisar as taxas de crescimento populacional e sua distribuição 

pelo território, verifica‐se que as regiões que mais obtiveram acréscimo populacional 

foram a Região das Baixadas  Litorâneas, que passou o percentual da distribuição da 

população  de  2,9%  em  1970  para  5,9%  em  2010,  a  Região Norte  Fluminense,  que 

aumentou seu índice em 0,7% em relação à década de 1980, recuperando em 2010 o 

índice  de  5,4%  da  década  de  1970  e  a  Região  da  Costa  Verde,  que  aumentou  sua 

população  de  1,4%  em  1970  para  2,1%  em  2010.  Já  as  regiões  do Médio  Vale  do 

Paraíba, Serrana e Centro‐Sul Fluminense, apesar de algumas variações, mantiveram‐

se estáveis em relação à sua participação. A Região Metropolitana, como já citada, e a 

Região Noroeste Fluminense apresentaram decréscimo na participação na composição 

populacional do estado. 

 

III.2 – Dinâmica Econômica 

 

A partir do  final da década de 1990,  tornaram‐se mais visíveis os efeitos do 

processo de recuperação econômica fluminense, que se vem consolidando nos últimos 

anos.  Este processo está  relacionado  a uma mudança de direção dos  investimentos 

produtivos,  isto é, vem diminuindo a participação da Região Metropolitana do Rio de 

Janeiro na economia do estado e aumentando a de outras regiões. Embora ainda com 

marcante  presença,  a  Região Metropolitana,  sobretudo  o  núcleo  (cidade  do  Rio  de 

Janeiro),  depara‐se  com  o  fenômeno  da  desconcentração  industrial,  com  perdas  na 

capacidade  produtiva  instalada  (pela  incapacidade  de  se  adequar  às  mudanças 

ocorridas no mundo  globalizado e de  introduzir novas  tecnologias) e na  geração de 

empregos. Dessa forma, podemos dizer que a Região Metropolitana está deixando de 

representar a  força motriz da economia do estado, seja como geradora de demanda 

de recursos de outras regiões seja como financiadora (por iniciativas do poder central) 

de investimentos para determinados pontos do território. 

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82 

Como  pode  ser  observado  nas  Tabelas  3.3  e  3.4,  a  Região Metropolitana 

apesar de ter aumentado o valor absoluto do seu PIB30 em 12,25% no período 2007‐

199931, sua participação na economia estadual apresentou queda (‐8,3%), passando de 

77,5%  em  1999,  para  69,2%  em  2007.  O maior  crescimento  registrado  no  período 

aconteceu na Região Norte  Fluminense, que  aumentou  seu PIB  em 189,17%, o  que 

acarretou no crescimento de sua participação na economia do estado, que passou de 

4,7%  em  1999  para  10,8%  em  2007.  Do  mesmo  modo,  a  Região  das  Baixadas 

Litorâneas  apresentou  importante  crescimento  de  141,82%,  aumentando  2,9%  sua 

participação na economia estadual, passando de 3,1% em 1999 para 6,0% em 2007. A 

Região da Costa Verde, com a variação positiva de 80,49% no seu PIB, aumentou sua 

participação 0,8 pontos percentuais, passando de 1,8% em 1999 para 2,6% em 2007. 

As  demais  regiões  apresentaram  queda  em  sua  já  pequena  participação,  sendo 

importante  ressaltar  a Região  Serrana, que  caiu 4,7%  sua participação na economia 

fluminense, passando de 7,6% em 1999 para 2,9% em 2007. 

Nos  Mapas  3.2  e  3.3,  constata‐se  que  essa  variação  atinge  de  forma 

diferenciada  os  municípios.  Como  exemplo,  pode  ser  citado  na  própria  Região 

Metropolitana o município de Duque de Caxias, que cresceu 113,06% e aumentou sua 

participação em 3,9% no período, passando a ser responsável por 9,5% da economia 

estadual  em  2007,  ante  5,6%  em  1999.  Além  disso,  observa‐se  o  crescimento  do 

município de Porto Real na Região do Médio Paraíba, de Angra dos Reis na Costa Verde 

e  do  conjunto  de  municípios  das  Regiões  das  Baixadas  Litorâneas  e  do  Norte 

Fluminense.

                                                            30  Produto  Interno  Bruto  (PIB)  é  o  volume,  medido  monetariamente,  dos  bens  e  serviços  não consumidos  no  processo  produtivo  e  produzidos  durante  um  determinado  período  de  tempo,  num determinado espaço geográfico. 31 O recorte temporal utilizado foi em função da mudança de metodologia nas estimativas do PIB pelo Sistema de Contas Regionais, referência 2009, do  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em que a partir de 1999 o conceito do PIB utilizado é o de preços de mercado, em que  inclui o valor dos impostos indiretos (deduzidos os subsídios) incidentes sobre a produção. 

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83 

Tabela 3.3 PIB Total das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007      

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  135.077.626,50  139.754.794,68 139.581.149,52 142.255.124,30 137.232.932,34  150.621.834,34 155.662.645,97 163.450.830,97 169.837.086,47  25,73% 

Região Metropolitana  104.706.786,63  105.500.785,99 105.398.505,18 105.304.720,43 99.294.953,91  107.802.621,93 108.061.399,46 109.398.292,57 117.530.246,41  12,25% 

Região Noroeste Fluminense  1.572.951,93  1.555.787,70  1.464.077,51  1.428.378,16  1.457.915,15  1.521.006,43  1.801.608,38  1.747.236,74  1.824.046,37  15,96% 

Região Norte Fluminense  6.334.722,24  9.065.019,74  9.120.775,81  10.648.087,05  11.528.176,24  12.470.175,43  15.862.341,85  20.250.105,05  18.317.898,25  189,17% 

Região Serrana  5.240.835,35  5.249.558,30  4.962.463,28  5.329.572,19  5.007.789,93  5.168.521,99  5.189.396,30  5.605.846,58  5.786.944,22  10,42% 

Região das Baixadas Litorâneas  4.245.983,43  5.140.222,00  5.382.121,73  6.333.932,47  6.511.048,67  7.200.289,80  9.539.017,13  11.610.212,31  10.267.792,64  141,82% 

Região do Médio Paraíba  8.998.367,76  9.231.699,91  9.194.689,66  9.087.780,15  9.627.811,23  11.514.492,32  9.931.253,34  9.765.439,67  10.166.258,28  12,98% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1.557.015,54  1.549.243,85  1.500.954,97  1.464.048,28  1.446.098,48  1.445.430,52  1.432.783,42  1.485.779,55  1.574.215,46  1,10% 

Região da Costa Verde  2.420.963,63  2.462.477,20  2.557.561,38  2.658.605,57  2.359.138,73  3.499.295,92  3.844.846,09  3.587.918,51  4.369.684,84  80,49% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).                                                         Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional                                     

Tabela 3.4 Participação das Regiões de Governo no PIB Estadual Total ‐ 1999‐2007 

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  Variação 2007‐1999 

Total  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  0,0% 

Região Metropolitana  77,5%  75,5%  75,5%  74,0%  72,4%  71,6%  69,4%  66,9%  69,2%  ‐8,3% 

Região Noroeste Fluminense  1,2%  1,1%  1,0%  1,0%  1,1%  1,0%  1,2%  1,1%  1,1%  ‐0,1% 

Região Norte Fluminense  4,7%  6,5%  6,5%  7,5%  8,4%  8,3%  10,2%  12,4%  10,8%  6,1% 

Região Serrana  7,6%  7,3%  7,3%  7,4%  7,1%  6,8%  6,8%  6,8%  2,9%  ‐4,7% 

Região das Baixadas Litorâneas  3,1%  3,7%  3,9%  4,5%  4,7%  4,8%  6,1%  7,1%  6,0%  2,9% 

Região do Médio Paraíba  6,7%  6,6%  6,6%  6,4%  7,0%  7,6%  6,4%  6,0%  6,0%  ‐0,7% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1,2%  1,1%  1,1%  1,0%  1,1%  1,0%  0,9%  0,9%  0,9%  ‐0,2% 

Região da Costa Verde  1,8%  1,8%  1,8%  1,9%  1,7%  2,3%  2,5%  2,2%  2,6%  0,8% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).

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84 

 

MAPA 3.2  PIB Total Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

Page 85: Rio de Janeiro

85 

MAPA 3.3  Participação no PIB Total e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

Page 86: Rio de Janeiro

86 

Dessa  forma,  mesmo  com  a  Cidade  do  Rio  de  Janeiro  e  sua  Região 

Metropolitana (RMRJ) ainda abarcando grande parte dos investimentos que se dirigem 

para  o  ERJ,  o  que  reforçaria  a  tradicional  e  histórica  polarização  extremada  do 

município‐sede  em  relação  ao  estado,  pode‐se  dizer  que  a  partir  dos  anos  1990, 

intensifica‐se um processo de maior integração sócio‐espacial fluminense. No entanto, 

faz‐se  necessário mencionar  que  ocorre  um  ‘crescimento  econômico  nucleado’  da 

riqueza  no  estado,  de  forma  que  ao  mesmo  tempo  em  que  há  formação  de 

verdadeiras  ilhas de excelência se ampliam as diferenciações socioeconômicas  inter e 

intrarregionais.  

Segundo SILVA (2009), esse aumento da capacidade produtiva estadual esteve 

estritamente  relacionado  ao  desempenho  de  alguns  poucos  setores,  destacando‐se 

alguns ramos da indústria. De acordo com o autor, a dinâmica da indústria fluminense 

se assentou na fortíssima expansão da produção extrativa mineral e, em menor escala, 

em  alguns  setores  da  indústria  de  transformação  de  forma  não  homogênea.  A 

extraordinária  dinâmica  da  indústria  extrativa  foi  resultante  do  crescimento  da 

produção petrolífera estadual, que em 2009 correspondeu a mais de 80% do montante 

nacional. Já a indústria de transformação, apresentou movimentos setoriais (internos) 

mais distintos e complexos. 

Como pode ser observado nas Tabelas 3.5 e 3.6, as  regiões de governo que 

mais  cresceram  no  período  1999‐2007  foram  a  Região  das  Baixadas  Litorâneas  e  a 

Região Norte  Fluminense, que  aumentaram  seu PIB  Industrial em,  respectivamente, 

386,95%  e  357,49%.  Esse  crescimento  fez  com  que  a  Região  Norte  Fluminense 

aumentasse  18,89%  sua  participação  no  setor,  passando  de  11,76%  em  1999  para 

30,65% em 2007. Já a Região das Baixadas Litorâneas aumentou sua participação em 

8,91%, passando de 5,02% em 1999 para 13,93% em 2007. A Região da Costa Verde 

também se destacou no setor, aumentando seu PIB industrial em 170,58% no período, 

e  sua  participação  em  0,9%.  As  demais  regiões  apresentaram  queda  em  sua 

participação no setor no estado. A Região Metropolitana diminuiu sua participação no 

setor industrial do estado, passando de 63,05% em 1999 para 40,61% em 2007. 

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87 

Tabela 3.5 PIB Industrial das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007     

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).                                                          Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional                                    

Tabela 3.6 Participação das Regiões de Governo no PIB Industrial ‐ 1999‐2007 

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  Variação 2007/1999 

Total  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  0,00% 

Região Metropolitana  63,05%  54,80%  53,95%  50,16%  47,73%  47,97%  40,78%  35,06%  40,61%  ‐22,44% 

Região Noroeste Fluminense  0,88%  0,76%  0,57%  0,51%  0,63%  0,56%  1,02%  0,74%  0,77%  ‐0,10% 

Região Norte Fluminense  11,76%  19,38%  19,61%  22,33%  23,96%  22,34%  28,89%  34,04%  30,65%  18,89% 

Região Serrana  3,49%  3,01%  2,66%  3,01%  2,92%  2,65%  2,45%  2,47%  2,75%  ‐0,74% 

Região das Baixadas Litorâneas  5,02%  7,66%  8,40%  10,35%  10,55%  10,21%  15,02%  17,19%  13,93%  8,91% 

Região do Médio Paraíba  13,19%  11,98%  12,13%  11,31%  11,91%  13,76%  9,70%  8,17%  8,25%  ‐4,94% 

Região Centro‐Sul Fluminense  0,96%  0,80%  0,67%  0,63%  0,62%  0,56%  0,47%  0,44%  0,47%  ‐0,49% 

Região da Costa Verde  1,66%  1,61%  2,00%  1,70%  1,68%  1,95%  1,65%  1,89%  2,56%  0,90% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).                                                           

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  24.454.344,61 28.549.245,87 27.198.971,01 29.727.175,79 31.061.422,05 36.250.570,35 39.684.808,37 45.473.092,56 42.912.955,31  75,48% 

Região Metropolitana  15.418.448,77 15.645.652,90 14.675.193,19 14.911.134,37 14.824.930,26 17.389.177,05 16.185.218,04 15.940.651,64 17.427.020,21  13,03% 

Região Noroeste Fluminense  214.027,11  217.216,16  154.430,12  152.982,05  194.630,71  202.841,60  406.022,58  337.354,54  332.409,31  55,31% 

Região Norte Fluminense  2.875.199,39  5.531.818,81  5.333.797,41  6.636.808,26  7.442.939,11  8.099.679,71  11.466.405,75 15.477.474,75 13.153.835,74  357,49% 

Região Serrana  852.869,39  858.488,47  723.833,77  895.542,76  907.423,96  959.292,55  972.798,42  1.125.037,03  1.181.143,37  38,49% 

Região das Baixadas Litorâneas  1.227.695,70  2.186.770,75  2.285.259,84  3.077.288,30  3.275.458,14  3.702.298,30  5.961.712,75  7.815.749,05  5.978.213,25  386,95% 

Região do Médio Paraíba  3.225.160,44  3.420.324,07  3.299.181,98  3.362.398,76  3.700.057,97  4.986.419,94  3.850.718,47  3.713.145,17  3.539.951,73  9,76% 

Região Centro‐Sul Fluminense  234.966,87  229.685,65  183.494,11  185.887,24  193.537,75  202.831,14  187.455,51  202.152,42  201.897,38  ‐14,07% 

Região da Costa Verde  405.976,93  459.289,06  543.780,59  505.134,05  522.444,15  708.030,06  654.476,85  861.527,96  1.098.484,32  170,58% 

Page 88: Rio de Janeiro

88 

 Analisando  os  Mapas  3.4  e  3.5,  observa‐se  que  internamente  alguns 

municípios apresentaram dinâmica distinta da região em que estão inseridos. Pode ser 

citado novamente o caso do município de Duque de Caxias na Região Metropolitana, 

que  enquanto  a  região  perdeu  22,4%  de  sua  participação  no  setor  industrial 

fluminense,  o município  cresceu  sua  participação  7,14%,  passando  em  2007  a  ser 

responsável  por  15,65%  do  PIB  Industrial  do  estado.  Os  demais  municípios  que 

apresentaram crescimento em sua participação acima de 3% foram Cabo Frio (4,1%) e 

Rio das Ostras (3,3%) na Região das Baixadas Litorâneas e o Município de Campos dos 

Goytacazes (14,4%) na Região Norte Fluminense. 

O processo de inflexão da economia fluminense foi intensificado desde que a 

economia do petróleo  tornou‐se um novo eixo dinâmico do  ERJ,  sendo  responsável 

atualmente por aproximadamente 24% do PIB estadual e 10% do PIB nacional, o que 

tornou  a  região  onde  se  encontram  os municípios  da  Bacia  de  Campos32  um  novo 

“vetor  espacial”  de  desenvolvimento  no  território  fluminense,  com  epicentro  no 

município de Macaé, na Região Norte do estado (NADER, 2009). 

Segundo  SILVA  (2009),  tomando por base  a dinâmica  industrial  fluminense, 

identificam‐se três padrões regionais de desenvolvimento  industrial33: dois referentes 

à  estrutura  produtiva  do  interior, marcados  pela  especialização  produtiva  e  outro 

relacionado  à  dinâmica  da  indústria  metropolitana,  que  possui  uma  estrutura 

produtiva mais diversificada.  

 

                                                            32 Tomando por base a Área de  Impacto Socioeconômico da Zona de Produção Principal da Bacia de Campos  (AIZPP‐BC),  que  compreende  os  municípios  considerados  ‘produtores’  de  petróleo,  pelos municípios  confrontantes  com  descobertas  em  fase  de  exploração  e  desenvolvimento  da  fase  de produção que estão diante do mar territorial da Bacia de Campos no estado do Rio de Janeiro, a região da denominada Bacia de Campos  compreende os  seguintes municípios: Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra e São Pedro da Aldeia.  33 Segundo SILVA  (2009), os padrões de desenvolvimento  industrial se diferenciam basicamente pelos perfis produtivos de cada região e  fazem referência à relativa homogeneidade da trajetória expansiva industrial  regional,  tendo  em  conta  o  perfil  setorial  predominante,  o  grau  de  diversificação  (ou especialização) das estruturas produtivas, sua importância para o desenvolvimento urbano‐produtivo da região e seu peso relativo na determinação da trajetória econômica estadual. 

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89 

 

MAPA 3.4  PIB Industrial Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

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90 

MAPA 3.5  Participação no PIB Industrial e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

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91 

SILVA (2009) constata que apesar da RMRJ ter recebido o maior quantitativo 

de investimentos entre 1996 e 2006, a região sofreu queda em seu produto industrial 

e no volume total de empregos. No entanto, o autor assinala que grande parte desses 

investimentos foram instalados em municípios da periferia metropolitana, destacando‐

se os situados na Baixada Fluminense, o que atesta um processo de desconcentração 

produtiva,  ensejado  pela  expansão  da  produção  de  parte  da  ‘periferia’  e  pela 

desindustrialização do ‘núcleo’. 

Já no  interior, o autor destaca a  consolidação de dois padrões  regionais de 

desenvolvimento  industrial,  sendo  um  deles  o  baseado  na  produção  extrativa 

especializado  na  produção  petrolífera  no Norte  Fluminense  e  o  outro  na  produção 

manufatureira,  baseada  na  especialização  nos  setores  ligados  às  cadeias  metal‐

mecânica  e  siderúrgica  na mesorregião  Sul  Fluminense,  abrangendo  as  regiões  do 

Médio‐Paraíba, Centro‐Sul e da Costa Verde Fluminense. 

Apesar de todos os avanços observados no setor secundário, que aumentou 

sua participação na economia do estado,  subindo da  casa dos 19,5%  em 1995 para 

29,89%  em  2007,  como  se  observa  na  Tabela  3.7,  que  trata  da  participação  das 

atividades do valor adicionado bruto no período 1995‐2007, foi o setor de comércio e 

serviços  que  continuou  detendo  a maior  participação  na  economia  fluminense.  Em 

1995, o setor de serviços era responsável por 79,64% do valor adicionado bruto e caiu 

sua  participação  para  69,72%  em  2007.  Vale  ressaltar,  que  apesar  das  variações 

positivas em determinados anos, a tendência de queda na participação atinge todos os 

setores no decorrer do período. 

A  evolução  regional  no  setor  de  serviços  acompanhou  de  certa  forma  a 

dinâmica  do  setor  industrial.  Ainda,  segundo  esses  dados,  as  regiões  que  mais 

cresceram  o  PIB  Serviços  no  período  1999‐2007  foram  a  Região  Norte  Fluminense 

(46,68%),  a  Região  das  Baixadas  Litorâneas  (40,54%)  e  a  Região  da  Costa  Verde 

(35,63%). Todas as demais regiões tiveram crescimento abaixo de 10% no setor. 

 

 

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92 

Tabela 3.7 Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto  a preço básico 

Estado do Rio de Janeiro  ‐  1995 ‐ 2007 

Atividades Econômicas 

Participação no valor adicionado bruto (%) 

1995  1996  1997  1998  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 

Total  100,00  100,00  100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00  100,00  100,00  100,00 100,00

Agropecuária  0,81  0,71  0,67  0,64  0,62  0,66  0,66  0,54  0,55  0,60  0,51  0,49  0,39 

Indústria  19,55  19,94  19,79  19,13  20,99  24,05  23,26  24,31  26,06  28,91  30,20  32,77  29,89 

Indústria extrativa  1,25  1,52  1,44  0,88  2,73  5,74  5,63  6,91  7,95  8,08  12,03  15,60  12,25 

Indústria de transformação  9,80  9,49  9,36  9,10  9,73  9,76  9,27  9,13  10,06  11,96  10,24  9,64  10,04 

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana 

1,96  1,90  1,91  2,18  2,28  2,49  2,50  2,39  2,49  2,68  2,89  2,90  2,75 

Construção civil  6,55  7,03  7,08  6,97  6,24  6,05  5,87  5,88  5,56  6,18  5,05  4,62  4,84 

Serviços  79,64  79,36  79,54  80,23  78,40  75,29  76,08  75,14  73,39  70,49  69,28  66,74  69,72 

Comércio  10,57  7,80  8,08  7,55  7,54  9,33  9,40  8,89  8,26  8,84  8,22  8,85  8,95 

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 

9,38  7,69  6,98  6,92  6,83  5,67  6,08  7,04  6,68  4,99  5,81  5,84  6,26 

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 

20,27  20,09  19,64  19,20  19,01  18,39  19,69  19,37  18,80  18,04  17,75  17,23  18,07 

Outros serviços  39,42  43,78  44,83  46,55  45,02  41,90  40,91  39,84  39,64  38,62  37,51  34,82  36,45 

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus ‐ SUFRAMA. 

 

Na  Tabela  3.9,  no  que  tange  à  participação  das  regiões  no  PIB  Serviços  do 

estado, observa‐se que  em  2007  a Região Metropolitana  ainda  concentra  77,9% do 

setor.  No  entanto,  a  região  apresentou  ligeira  queda  de  2,15%  diluída  em  todo  o 

período 1999‐2007, expressando da mesma forma tendência de desconcentração nas 

atividades de comércio e serviços. 

As regiões que mais aumentaram sua participação no setor de serviços, ainda 

que  de  forma modesta,  foram  a  Região Norte  Fluminense,  que  cresceu  1,12%,  e  a 

Região  das  Baixadas  Litorâneas,  com  crescimento  de  0,86%.  As  demais  regiões 

apresentaram  pequenas  alterações,  mantendo  praticamente  suas  posições 

estagnadas. 

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93 

Tabela 3.8 PIB Serviços das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007     

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  91.356.875,13  89.380.787,39  88.952.419,98  91.870.410,96  87.470.821,39  88.407.326,71  91.034.395,43  92.628.072,50  100.091.723,18  9,56% 

Região Metropolitana  73.102.785,72  71.250.686,52  70.800.096,05  73.124.441,05  69.288.681,01  69.017.018,21  71.407.580,32  72.459.202,67  77.943.368,58  6,62% 

Região Noroeste Fluminense  1.175.219,85  1.150.642,94  1.147.286,22  1.125.588,10  1.096.961,81  1.131.639,84  1.188.311,46  1.196.161,42  1.284.756,81  9,32% 

Região Norte Fluminense  3.011.503,62  3.046.461,36  3.189.836,15  3.385.196,23  3.387.007,22  3.573.897,08  3.781.020,87  4.008.588,91  4.417.384,01  46,68% 

Região Serrana  3.795.598,08  3.788.482,02  3.637.023,07  3.818.259,62  3.524.236,43  3.548.744,34  3.641.049,97  3.833.210,55  4.007.309,72  5,58% 

Região das Baixadas Litorâneas  2.775.375,66  2.698.957,17  2.808.785,73  2.940.591,59  2.903.222,50  3.123.377,28  3.247.359,45  3.414.961,50  3.900.402,15  40,54% 

Região do Médio Paraíba  4.596.187,88  4.516.795,70  4.381.625,45  4.474.133,58  4.541.865,79  4.838.036,40  4.709.402,30  4.660.508,73  4.963.558,54  7,99% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1.160.810,40  1.153.876,62  1.155.574,13  1.118.084,09  1.093.414,93  1.084.118,61  1.100.551,66  1.120.861,40  1.215.873,48  4,74% 

Região da Costa Verde  1.739.393,92  1.774.885,08  1.832.193,17  1.884.116,70  1.635.431,70  2.090.494,95  1.959.119,40  1.934.577,34  2.359.069,89  35,63% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).                                                          Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional 

Tabela 3.9  Participação das Regiões de Governo no PIB Serviços ‐ 1999‐2007

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  Variação 2007‐1999 Total  100,00%  100,00% 100,00% 100,00% 100,00%  100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% Região Metropolitana  80,02%  79,72%  79,59%  79,60%  79,21%  78,07%  78,44%  78,23%  77,87%  ‐2,15% 

Região Noroeste Fluminense  1,29%  1,29%  1,29%  1,23%  1,25%  1,28%  1,31%  1,29%  1,28%  0,00% 

Região Norte Fluminense  3,30%  3,41%  3,59%  3,68%  3,87%  4,04%  4,15%  4,33%  4,41%  1,12% 

Região Serrana  4,15%  4,24%  4,09%  4,16%  4,03%  4,01%  4,00%  4,14%  4,00%  ‐0,15% 

Região das Baixadas Litorâneas  3,04%  3,02%  3,16%  3,20%  3,32%  3,53%  3,57%  3,69%  3,90%  0,86% 

Região do Médio Paraíba  5,03%  5,05%  4,93%  4,87%  5,19%  5,47%  5,17%  5,03%  4,96%  ‐0,07% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1,27%  1,29%  1,30%  1,22%  1,25%  1,23%  1,21%  1,21%  1,21%  ‐0,06% 

Região da Costa Verde  1,90%  1,99%  2,06%  2,05%  1,87%  2,36%  2,15%  2,09%  2,36%  0,45% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). 

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94 

No  entanto,  ao  se olhar os Mapas  3.6  e  3.7,  percebe‐se que os municípios 

localizados na faixa  litorânea do estado apresentaram crescimento mais proeminente 

no  setor.  Isso  pode  ser  explicado  tanto  pelo  aumento  da  atividade  turística  nesses 

municípios,  como  também  pelo  crescimento  produtivo,  uma  vez  que  grande  parte 

desses municípios é afetada diretamente pela exploração do petróleo. Vale  ressaltar 

que o município de Duque de Caxias se destaca mais uma vez nesse cenário, uma vez 

que  ele  foi  o  que mais  fez  crescer  sua  participação  no  setor  de  serviços  estadual, 

apresentando um crescimento de 2,66% em sua participação e um aumento de 68,62% 

no valor absoluto do seu PIB. Outro ponto que chama atenção é a estagnação e até 

mesmo  decréscimo  no  crescimento  bruto  e  na  participação  apresentada  por  um 

grande  número  de  municípios  localizados  no  interior  e  fora  da  faixa  litorânea  do 

estado, principalmente nas Regiões Serrana, Centro‐Sul e Noroeste Fluminense. 

 

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95 

 

MAPA 3.6  PIB Serviços Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

Page 96: Rio de Janeiro

96 

MAPA 3.7  Participação no PIB Serviços e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

Page 97: Rio de Janeiro

97 

No  que  tange  ao  setor  primário,  apesar  do  mesmo  ser  extremamente 

importante  para  grande  número  de  municípios  fluminenses,  a  agropecuária,  não 

obstante algumas experiências exitosas, no seu conjunto tem se mostrado incapaz de 

promover maior dinamismo regional, tal como visto em outras unidades da federação. 

Na Tabela 3.7, vista anteriormente, se verifica que a já diminuta participação do setor 

no valor adicionado bruto do estado caiu ainda mais, passando de 0,81% em 1995 para 

0,39% em 2007. 

Em  relação  ao PIB, na  Tabela  3.10, observa‐se que  com  exceção da Região 

Costa Verde, que elevou seu PIB Agropecuária em 14,9% no período 1999‐2007, todas 

as  demais  regiões  de  governo  apresentaram  decréscimo.  A  Região Médio  Paraíba, 

apresentou  queda  no  setor  de  ‐43,3%,  a  Região  Centro‐Sul  Fluminense,  ‐32,1%,  a 

Região  Serrana,  queda  de  ‐29,9%,  a  Região  Norte,  ‐25%,  a  Região  das  Baixadas 

Litorâneas,  ‐23,7%,  a  Região  Noroeste  Fluminense,  queda  de  ‐7,7%  e  a  Região 

Metropolitana, ‐5,22%. 

Em  relação  à  participação  das  Regiões  no  PIB  Agropecuário,  verifica‐se  na 

Tabela  3.11,  que  ocorreram  poucas  variações.  A  Região Metropolitana  e  a  Região 

Noroeste  Fluminense  foram  as  únicas  que  aumentaram  suas  participações  no  setor 

em,  respectivamente,  2,5%  e  2,3%  no  período  1999‐2007.  As  demais  regiões 

apresentaram queda em sua participação, sendo a mais pronunciada a da Região do 

Médio Paraíba, que apresentou decréscimo de 2,9%. 

 

 

 

Page 98: Rio de Janeiro

98 

Tabela 3.10 PIB Agropecuária das Regiões de Governo ‐ 1999‐2007     

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  721.167,17  781.590,28  770.326,84  664.661,07  659.485,20  752.950,74  676.075,19  683.783,29  557.463,40  ‐22,70% 

Região Metropolitana  79.788,74  86.317,27  84.997,34  76.639,88  74.544,05  81.304,21  77.700,29  87.570,11  75.626,26  ‐5,22% 

Região Noroeste Fluminense  85.018,54  87.046,69  87.790,18  78.102,58  84.654,35  101.839,42  97.821,33  89.323,30  78.471,60  ‐7,70% 

Região Norte Fluminense  178.261,55  192.728,63  181.045,64  161.176,08  161.510,89  170.221,13  142.102,59  146.910,60  133.702,67  ‐25,00% 

Região Serrana  159.787,83  173.384,28  173.546,70  146.698,78  136.011,26  192.408,28  166.006,93  166.973,31  111.934,68  ‐29,95% 

Região das Baixadas Litorâneas  69.062,74  76.026,96  77.123,63  63.591,31  58.789,73  61.916,87  55.876,64  58.743,83  52.659,06  ‐23,75% 

Região do Médio Paraíba  77.368,51  86.422,35  83.516,67  68.629,35  73.877,34  70.732,80  67.889,47  61.750,49  43.881,52  ‐43,28% 

Região Centro‐Sul Fluminense  45.542,51  51.246,87  51.338,36  42.242,11  42.027,59  45.106,60  39.546,35  38.777,83  30.919,08  ‐32,11% 

Região da Costa Verde  26.336,75  28.417,24  30.968,32  27.580,99  28.069,99  29.421,41  29.131,60  33.733,82  30.268,53  14,93% Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010).                                                          Valor adicionado – preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional   

Tabela 3.11 Participação das Regiões de Governo no PIB Agropecuária ‐ 1999‐2007

Regiões de Governo  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007  Variação 2007/1999 

Total  100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% Região Metropolitana  11,06%  11,04%  11,03%  11,53%  11,30%  10,80%  11,49%  12,81%  13,57%  2,50% Região Noroeste Fluminense  11,79%  11,14%  11,40%  11,75%  12,84%  13,53%  14,47%  13,06%  14,08%  2,29% Região Norte Fluminense  24,72%  24,66%  23,50%  24,25%  24,49%  22,61%  21,02%  21,48%  23,98%  ‐0,73% Região Serrana  22,16%  22,18%  22,53%  22,07%  20,62%  25,55%  24,55%  24,42%  20,08%  ‐2,08% Região das Baixadas Litorâneas  9,58%  9,73%  10,01%  9,57%  8,91%  8,22%  8,26%  8,59%  9,45%  ‐0,13% Região do Médio Paraíba  10,73%  11,06%  10,84%  10,33%  11,20%  9,39%  10,04%  9,03%  7,87%  ‐2,86% Região Centro‐Sul Fluminense  6,32%  6,56%  6,66%  6,36%  6,37%  5,99%  5,85%  5,67%  5,55%  ‐0,77% Região da Costa Verde  3,65%  3,64%  4,02%  4,15%  4,26%  3,91%  4,31%  4,93%  5,43%  1,78% Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA (2010). 

Page 99: Rio de Janeiro

99 

A partir dos Mapas 3.8 e 3.9, verifica‐se que no que concerne à dinâmica do 

PIB  Agropecuário  no  período  1999‐2007,  além  de municípios  localizados  na  Região 

Costa Verde e na Região das Baixadas Litorâneas, que da mesma forma se destacaram 

nos demais setores, municípios da Região Noroeste, como por exemplo, Natividade e 

Varre‐Sai, e da Região Metropolitana,  incluindo a  capital, apresentaram  crescimento 

no setor, ainda que modesto. 

    

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100 

 

MAPA 3.8  PIB Agropecuário Municipal e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

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101 

MAPA 3.9  Participação no PIB Agropecuário e Variação Percentual entre os anos 1999 e 2007 

Page 102: Rio de Janeiro

102 

Em  relação  ao  emprego  formal,  observa‐se  na  Tabela  3.12  que  as  regiões 

Norte, das Baixadas Litorâneas e da Costa Verde se destacaram pela maior expansão 

no  total de  empregos que  criaram. A  indústria de  transformação  ganhou  expressão 

significativa na  região da Costa Verde,  cuja  indústria naval  foi  reativada nos últimos 

anos, o que acarretou em uma variação positiva de 218,6% de 1995 a 2008. A indústria 

do  petróleo,  novamente,  é  um  dos  fatores  por  trás  do  substantivo  aumento  do 

emprego  formal  nas  regiões Metropolitana  e Norte. Nesta  última,  assim  como  nas 

Baixadas Litorâneas, nota‐se crescimento dos empregos na construção civil. Localiza‐se 

em  ambas  as  regiões  e  na Costa Verde  a maior  expansão  do  emprego  no  setor  de 

serviços – geralmente atrelado ao crescimento industrial.  

 

 Tabela 3.12 

Variação do emprego formal nas Regiões de Governo do Rio de Janeiro entre 1995 e 2008 

 

Regiões Agrope‐cuária 

Ind. Extrativa Mineral 

Ind. Transform.

Construção Civil 

Comércio  Serviços Adm. Pública 

Total 

Metropolitana  ‐67,2 435,2  ‐9,4 40,4 55,5 39,4  17,6  28,3

Noroeste Fluminense  19,0 98,3  74,7 115,3 123,3 80,0  52,1  68,0

Norte Fluminense  2,2 1154,1  84,7 378,3 179,5 196,3  87,7  169,1

Serrana  31,6 ‐16,3  24,5 56,9 65,8 39,4  55,2  39,9

Baixadas Litorâneas  19,8 ‐42,4  59,2 314,6 229,2 174,6  117,9  144,0

Médio Paraíba  ‐13,3 ‐41,3  5,7 81,3 94,2 45,8  37,5  37,7

Centro‐Sul Fluminense  25,6 168,4  2,5 69,7 62,9 104,2  68,8  56,5

Costa Verde  ‐9,4 11,1  218,6 ‐28,9 147,2 248,7  119,1  148,1

Estado do Rio de Janeiro 

‐13,2  421,3  1,7  59,4  67,8  48,3  26,9  38,1 

Fonte: RAIS/MTE (apud: Secretaria de Planejamento do Estado do Rio de Janeiro – SEPLAG, “Municípios em Dados”, 2010.) 

 

 

Page 103: Rio de Janeiro

103 

O processo de mudanças na estrutura sócio‐espacial do território fluminense 

também pode ser demonstrado nos resultados obtidos pela comparação do Índice de 

Qualidade  dos  Municípios  –  IQM34  elaborado  em  1998  e  em  2005  pela  extinta 

Fundação Cide  (Centro de  Informações e Dados do Rio de  Janeiro)35. Como pode ser 

observado no Mapa 3.10, dos vinte primeiros colocados no IQM‐2005, dezesseis fazem 

parte  da  Região  Metropolitana,  e  os  demais  pertencem  à  economia  regional 

relacionada ao setor metal‐mecânico,  impulsionado pela  indústria automobilística na 

Região do Médio Paraíba ou à que se desenvolve por meio da atividade extrativa do 

petróleo  e  gás  da  Bacia  de  Campos,  compreendendo  alguns  municípios  do  Norte 

Fluminense e das Baixadas Litorâneas.  

Outro ponto  importante que pode ser observado no Mapa 3.10, é a  ligação 

direta entre o desenvolvimento da maior parte dos municípios melhor posicionados no 

ranking do  IQM e os principais eixos viários do estado, as  rodovias BR‐116  (Rodovia 

Presidente Dutra, no trecho Rio‐São Paulo), a BR‐040 (Rio‐Juiz de Fora) e a BR‐101 (no 

trecho Rio‐Campos dos Goytacazes).  

A rodovia BR‐116 interliga os dois estados de maior PIB do país – São Paulo e 

Rio  de  Janeiro,  atravessando  os municípios  do  polo metal‐mecânico  na  Região  do 

Médio Paraíba Fluminense. Já a rodovia BR‐040 constituiu, a partir da segunda metade 

do século XX, um novo eixo de industrialização, destacando‐se, na Baixada Fluminense 

(Duque de Caxias), a instalação da refinaria de Duque de Caxias (REDUC), de indústrias 

petroquímicas, e, na serra,  indústrias relacionadas aos setores de alimentos e metal‐

mecânico (Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Três Rios).   

 

 

                                                            34 O  Índice de Qualidade dos Municípios – IQM,  leva em sua metodologia um conjunto de  indicadores com  diferentes  pesos  e  divididos  nos  seguintes  grupos:  Centralidade  e  vantagem  locacional  –  CEN, Qualificação da mão‐de‐obra ‐ QMA, Riqueza e potencial de consumo – RIQ, Facilidades para negócios – FAC, Infraestrutura para grandes empreendimentos – IGE, Dinamismo – DIN e Cidadania – CID. 35 Vide nota 23. 

Page 104: Rio de Janeiro

104 MAPA 3.10

 Municípios do estado do Rio de Janeiro com destaques na classificação e nas mudanças de posição no ranking no Índice de Qualidade dos Municípios – 1998 e 2005 

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105 

O  traçado  da  rodovia  BR‐101  corta  ou  permite  acesso  ao  bloco  de  municípios 

ligados  à  atividade  de  exploração  de  petróleo  e  gás  e  empreendimentos  (industriais,  de 

comércio e serviços) complementares e de apoio, como Macaé e Campos dos Goytacazes. 

Vale lembrar que este trecho da rodovia, situado a leste da Baía de Guanabara e conhecido 

como  BR‐101  Norte,  passou  a  se  constituir  como  eixo  de  dinamização  da  economia  das 

regiões das Baixadas Litorâneas e do Norte Fluminense a partir da inauguração da Ponte Rio‐

Niterói, em 1974. Até então havia pouca  integração entre os municípios destas regiões e o 

núcleo metropolitano da cidade do Rio de Janeiro, já que a Baía de Guanabara representava 

um  obstáculo  entre  essas  duas  partes.  Sob  este  aspecto,  a  importância  da  BR‐101 Norte 

estava relacionada à  ligação entre Niterói e Campos dos Goytacazes, o município de maior 

importância  econômica  no  território  fluminense  a  leste  da  Baía  de  Guanabara.  Após  a 

construção  da  ponte,  o  crescimento  da  Região  das  Baixadas  Litorâneas  foi  acentuado, 

principalmente  pelo  incremento  imobiliário  relacionado  ao  turismo  nos  municípios  que 

compõem a denominada Região dos Lagos, como Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do 

Cabo, Cabo  Frio,  Iguaba Grande,  São  Pedro  da Aldeia  e  Saquarema,  e  outros  no  entorno 

como Maricá e Rio das Ostras. 

Como podemos verificar no Quadro 3.1, dos municípios da Região Metropolitana 

classificados entre os vinte primeiros no ranking do IQM‐2005, o município do Rio de Janeiro 

continua  sendo o principal centro produtor e distribuidor de bens e  serviços, além de  ser 

sede do Governo Estadual e de diversas instituições públicas e privadas. Como visto, possui 

histórica centralidade, gerada e reforçada por fatores relacionados à sua evolução política e 

econômica,  podendo‐se  destacar  o  traçado  dos  principais  eixos  viários  do  estado,  que 

convergem para a cidade do Rio de Janeiro.  

O município de Niterói, 2º colocado no ranking, é o que possui o melhor Índice de 

Desenvolvimento Humano  (IDH) do estado e apresenta um montante variado no  setor de 

serviços. Além disso, o município  vem absorvendo uma  série de  investimentos  industriais 

importantes, principalmente, nos setores relacionados à cadeia produtiva de petróleo e gás, 

destacando‐se a reinauguração de estaleiros, com a reforma e a manutenção de plataformas 

e  estruturas  off‐shore,  além  da  construção  de  embarcações  para  o  transporte  de 

passageiros.  

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106 

Quadro 3.1 Os vinte primeiros do ranking do Índice de Qualidade dos Municípios – IQM 2005 e sua 

relação com as atividades econômicas de destaque   

Atividades  Municípios Atividades secundárias e terciárias diversas (Região Metropolitana) 

Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu e São Gonçalo. 

Atividade industrial: metal‐mecânica (Médio Paraíba) 

Barra Mansa, Piraí, Porto Real, Resende e Volta Redonda. 

Atividade extrativa: petróleo e gás (Norte Fluminense e Baixadas 

Litorâneas) 

Armação dos Búzios, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu, Macaé e Rio das 

Ostras. Atividades secundárias e terciárias 

diversas (outras Regiões) Itaguaí, Petrópolis, Três Rios e Vassouras. 

 Fonte: IQM – Potencial para o Desenvolvimento II, Fundação Cide, 2005. 

 

Os municípios de Duque de Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu consolidam‐se como 

subcentros  dinâmicos  tornando  a  periferia  da  Região  menos  dependente  do  núcleo  e 

retratam as mudanças estruturais que estão ocorrendo no interior da Região Metropolitana. 

Destes três municípios, merece destaque Duque de Caxias, que abriga  indústrias diversas e 

teve sua  industrialização  induzida pela  implantação da Refinaria Duque de Caxias (REDUC), 

contando  com  a  presença  da  BR‐040  (Rio‐Juiz  de  Fora‐Belo  Horizonte),  que  facilita  as 

atividades de produção e o  comércio. Mais  recentemente,  com a  instalação do Polo Gás‐

Químico o município passou a atrair para a região empresas do setor, aumentando o valor 

da  transformação  industrial,  incrementando  o mercado  de  trabalho  e  estimulando  novos 

empreendimentos no setor terciário. 

 Na Região do Médio Paraíba, que após o declínio da cafeicultura tem na metalurgia 

e  siderurgia  a  base  de  sua  economia,  os municípios  de  Barra Mansa,  Piraí,  Porto  Real, 

Resende e Volta Redonda formam uma sequencia de núcleos dinâmicos ao longo da Rodovia 

Presidente Dutra (BR‐116). A partir de 1990, novos agentes  ligados ao capital  internacional 

imprimiram  mudanças  na  estrutura  produtiva  da  região,  ampliando  a  instalação  de 

indústrias e promovendo significativo crescimento do comércio e serviços. Cabe ressaltar a 

instalação  da  fábrica  de  ônibus  e  caminhões  da  Volkswagen,  de  indústrias  de  pneus 

(Michelin)  e  artefatos  de  cimento,  bem  como  com  a  reestruturação  do  setor  químico  no 

município  de  Resende  e  a  instalação  da montadora  de  automóveis  Peugeot‐Citröen,  de 

fábrica de vidros, de galvanização e de outro conjunto de  indústrias no município de Porto 

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107 

Real.  Esses  investimentos  além  de  gerar  empregos  e  bens  para  esses municípios  foram 

indutoras do crescimento de outras atividades na região, que possui posição privilegiada no 

eixo Rio‐São Paulo e disponibilidade de terras como fatores  importantes para a atração de 

novos empreendimentos. 

Na Região Norte Fluminense destacam‐se os municípios de Campos dos Goytacazes 

e de Macaé. Esse último, devido à cadeia de produção estimulada pela extração de petróleo 

e  gás  na  Bacia  de  Campos,  configura‐se  como  novo  polo  regional,  pois  recebeu  grande 

quantidade de  empresas produtoras de bens  e de  serviços,  atraindo  fluxo demográfico  e 

mão de obra especializada para a região. Esse  fato  impacta diversos municípios, não só da 

própria Região Norte como também da Região das Baixadas Litorâneas, uma vez que muitos 

trabalhadores  com  emprego  formal  em Macaé  acabam  residindo  em  outros municípios, 

como  Campos  dos Goytacazes,  São  João  da  Barra,  Rio  das Ostras, Armação  dos  Búzios  e 

Conceição de Macabu. No entanto, a Região Norte Fluminense, em conjunto com a Região 

Noroeste  Fluminense,  reúne  número  significativo  de  municípios  com  elevada  taxa  de 

pobreza e tem grandes problemas a enfrentar, dado que seu crescimento se deu em tempo 

curto, sem o devido e necessário planejamento urbano e territorial. 

Nesse  sentido,  faz‐se  necessário  apontar  o  papel  imprescindível  que  políticas 

públicas  precisam  desempenhar  no  processo  de  promoção  do  desenvolvimento,  seja  em 

áreas  potencialmente  dinâmicas,  com  o  propósito  de  reduzir  desequilíbrios  engendrados 

pelas forças do mercado, seja em áreas historicamente estagnadas, contribuindo assim para 

a reversão do quadro, respectivamente, de diferenciação e de degradação existente. 

 

 

 

 

 

 

 

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108 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Ao longo do século XX, o estado do Rio de Janeiro experimentou em doses cada vez 

maiores a perda de  seu protagonismo político e econômico. Apesar de manter‐se como a 

segunda economia estadual, a perda de dinamismo fez com que o Rio entrasse na década de 

1980 em um período crítico, agravado pelas dificuldades macroeconômicas vivenciadas pelo 

país. O quadro  foi caracterizado por crescente onda de violência e desordem urbana  sem 

nenhuma  capacidade  de  reação  por  parte  dos  governos,  elevada  concentração  e 

centralização  urbana,  dificuldades  políticas  e  indicadores  sociais  e  de  qualidade  de  vida 

abaixo  do  desejado  e  do  que  seria  condizente  com  um  estado  de  sua  magnitude.  A 

deterioração  da  situação  da  segurança  e  a  precariedade  da  oferta  dos  serviços  públicos 

exerceram impactos diretos sobre a qualidade de vida e o crescimento econômico. 

No  entanto,  desde  fins  do  século  XX,  o  estado  do  Rio  de  Janeiro  começa  a 

demonstrar sinais de  recuperação, apresentando  taxas de crescimento superiores à média 

nacional, ao mesmo tempo em que houve considerável expansão da capacidade produtiva 

de  alguns  setores.  Essas  mudanças  na  trajetória  econômica  fluminense  impactaram  de 

forma diferenciada seu território e ensejaram transformações no desenvolvimento regional 

do estado.  

No  capítulo  1,  foi  demonstrado  que  a  referida  crise  transcendeu  ao  período 

histórico em que se manifestou, tendo sua origem no final do século XIX quando os impactos 

decorrentes  da  expansão  da  economia  paulista  já  se  faziam  sentir  nas  regiões  do  seu 

entorno.  Durante  o  trabalho  de  pesquisa,  constatou‐se  que  em  muitos  trabalhos  que 

retratam o estado do Rio de Janeiro, em especial a sua economia,  interpretam de maneira 

no  mínimo  equivocada  os  dados  do  “Censo  Industrial  de  1907”.  É  sabido  que  o  setor 

industrial  fluminense  possuía  expressivo  tamanho  e  grande  importância  para  a  economia 

brasileira  na  transição  entre  o  final  do  século  XIX  e  início  do  século  XX,  mas  como 

demonstrado, na utilização desses dados não é possível afirmar que o antigo estado do Rio 

de  Janeiro  em  conjunto  com  o  antigo  Distrito  Federal  possuíam  nesse  período  ampla 

vantagem no  setor  industrial perante a economia de outros estados, em especial, de São 

Paulo. Com isso, há sinais que o chamado processo de esvaziamento econômico relativo da 

economia fluminense tenha sua ‘data de nascimento’ ainda no século XIX . 

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109 

O capitulo 2 demonstrou que mesmo diante do crescimento em setores‐chave da 

economia fluminense, em especial das atividades  ligadas à exploração de gás e petróleo, e 

dos sinais de recuperação em outros verificados a partir de meados da década de noventa, 

ainda é uma  tarefa difícil  traçar um prognóstico minimamente confiável sobre a  trajetória 

econômica do conjunto do estado, que apresentou um comportamento errático, alternando 

momentos de crescimento e estagnação a partir de meados da década de 1990. No entanto, 

o  ‘velho’ prognóstico elaborado  ao  final da última década de oitenta de que  a economia 

fluminense  teria  entrado  em  trajetória  irreversível  de  queda  pode  ser  deixado  de  lado. 

Apesar dos dados demonstrarem que a economia fluminense  ingressou em uma nova fase, 

ela  ainda  não  experimentou  taxas  espetaculares  de  crescimento  sustentadas  no  tempo, 

variando  sua  dinâmica  conforme  o  contexto  econômico  nacional  e  de  alguns  dos  seus 

setores  econômicos.  Não  obstante,  essa  nova  fase  fez  com  que  diversos  novos 

investimentos,  tanto estatais  como privados,  começassem a  ser anunciados, o que  trouxe 

novas perspectivas para o estado do Rio de Janeiro. 

No  capitulo  3,  foi  demonstrado  como  as  mudanças  na  trajetória  econômica 

fluminense impactaram de forma diferenciada seu território e ensejaram transformações no 

desenvolvimento  regional  do  estado.  A  partir  do mapeamento  da  dinâmica  dos  diversos 

setores da economia fluminense foi possível perceber quais regiões se beneficiaram durante 

esse processo e em especial as áreas  impactadas pelo setor petróleo. Vale ressaltar que os 

investimentos  em  infraestrutura  e  os  recursos  adicionais  obtidos  com  o  recebimento  de 

royalties  e  participações  especiais36  ocupam  posição  estratégica  na  reconfiguração  da 

estrutura econômica regional, o que aumenta a responsabilidade do poder público em suas 

diferentes esferas de governo nessas regiões, tendo em vista que muitas delas apresentam 

                                                            36  Cabe anotar que os recursos advindos dos royalties e das participações especiais na exploração do petróleo podem  ser  ‘perdidos’  a  qualquer  momento  com  mudanças  nas  leis  que  regulam  o  setor.  O  modelo  de concessão,  em  vigor desde 1998,  estabelece para  áreas  já  concedidas: 26,5% dos  royalties para os estados produtores, 18% para os municípios produtores, 5% para os municípios afetados por operações de embarque e desembarque, 20% para  a União, 22% para os estados que não produzem e 8,75% para os municípios não produtores. Na participação especial,   a União  fica com 35%, os estados produtores com 40%, os municípios produtores  com  10%,  os  estados  não  produtores  com  10%  e  os municípios  não  produtores  com  5%. No entanto, no dia 10 de março de 2010 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e se encontra em discussão no Senado  Federal, projeto de  lei que altera o modelo de distribuição,  fazendo  com que estados e municípios produtores percam exclusividade no  recebimento dos  recursos,  tendo que dividi‐los com  todos os estados e municípios, de acordo com a proporção estabelecida pelo Fundo de Participação dos Municípios. Já a União, a partir dessa proposta, continuaria a deter 40% dos royalties do pré‐sal. Essa mudança, segundo divulgação na imprensa, faria com que a arrecadação do estado do Rio de Janeiro com os royalties caísse de R$ 5 bilhões por ano para R$ 100 milhões. 

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110 

(historicamente)  situação  de  pobreza  e  desigualdade.    É  preciso  que  as  oportunidades 

geradas  com  o  petróleo  sejam  canalizadas  em  favor  de  setores  que  possam  garantir  o 

desenvolvimento econômico e social dessas regiões. Além disso, nesse capítulo foi possível 

perceber que o processo de  inflexão econômica atinge de  forma diferenciada os diversos 

municípios,  acentuando  não  só  as  desigualdades  inter‐regiões,  como  também 

intrarregionalmente. 

É  importante  salientar  que  todas  essas mudanças  na  economia  fluminense  não 

estiveram desassociadas da conjuntura macroeconômica e rebatimentos das transformações 

do capitalismo mundial do último quartel do século XX. Em poucas décadas as ‘certezas’ do 

fordismo e do modelo de substituição de importações deram caminho para o ressurgimento 

do  liberalismo em meio  à desestruturação das políticas de desenvolvimento patrocinadas 

pelo  Estado.  A  instabilidade  ocasionada  pela  financeirização  da  economia  estimulou  a 

concorrência entre as empresas ao mesmo  tempo em que  fragmentou a ação pública e a 

disputa entre os espaços. 

Nos anos 1980, com a desarticulação dos investimentos do governo federal, estados 

e municípios se colocaram na disputa pelos investimentos privados, criando condições para 

que  o  capital  privado  obtivesse  generosos  favores  financeiros  e  fiscais.  Esse  processo 

transformou  políticas  de  desenvolvimento  econômico  e  regional  em  atendimento  aos 

interesses do capital privado. 

Como visto, essas transformações impactaram e tiveram rebatimentos distintos nas 

diversas regiões do estado. A região norte fluminense e a região do médio vale do Paraíba 

foram beneficiadas nesse processo. A  indústria do petróleo, que se  iniciou a partir da ação 

estatal,  teve  a  intensificação  no  ritmo  dos  investimentos  viabilizada  pela  quebra  do 

monopólio,  que  contribuiu  para  o  crescimento  dos  negócios  na  região,  inclusive  com  a 

inserção de empresas no mercado  internacional.  Já no  caso das  indústrias do pólo metal‐

mecânico no Vale do Paraíba, apesar da presença da siderurgia na região desde a década de 

1940,  também  de  iniciativa  do  Estado,  e  do movimento  de  desconcentração  espacial  da 

indústria automobilística  remontar aos anos 1980,  foi  com a abertura  comercial nos anos 

1990 que a produção da indústria nacional apresentou elevação expressiva, e fez com que a 

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região,  graças  aos  incentivos  fiscais e  financeiros dados pelo  Estado,  viesse  a  receber em 

seus domínios diversas empresas ligadas ao setor. 

As  regiões  da  Costa  Verde  Fluminense  e  das  Baixadas  Litorâneas  acabaram  se 

beneficiando do crescimento das demais regiões, a primeira com o crescimento da indústria 

naval  e  investimentos  na  logística  de  transportes,  e  a  segunda  com  o  aumento 

principalmente  no  setor  de  serviços,  turismo  e  mercado  imobiliário.  No  Noroeste 

Fluminense,  alguns  municípios  também  sofreram  impactos  do  crescimento  do  setor 

petróleo, mas em seu conjunto essa região ainda apresenta baixo dinamismo econômico. O 

mesmo acontece com a região Serrana fluminense, que sofre com estagnação econômica e 

com a ‘concorrência’ direta da capital estadual (vide aqui o fator proximidade). Além disso, 

as  características  físicas  e  geográficas  da  região  faz  com  que  a mesma  esteja  sujeita  aos 

controles e limites impostos pelas condições ambientais37, fazendo com que a região busque 

alternativas no  setor  terciário, especialmente no  turismo, e  conte  com o  crescimento das 

indústrias tradicionais presentes na região, em especial no setor têxtil. 

Já a Região Metropolitana, apesar de ter apresentado menor desempenho que as 

demais  regiões  do  estado,  continua  concentrando  grande  parte  dos  investimentos,  em 

especial, a capital e os municípios  ligados à atividade petrolífera, como Duque de Caxias e 

mais  recentemente  Itaguaí.  Os  demais  municípios  da  região  apresentaram  crescimento 

principalmente  no  setor  terciário.  No  entanto,  apesar  da  ocorrência  do  processo  de 

desconcentração econômica em curso no estado, não se pode afirmar que o mesmo se faça 

acompanhar  de  um  processo  de  descentralização,  uma  vez  que  a  Região Metropolitana, 

além de receber  importantes  investimentos tanto do setor público como do setor privado, 

continua sendo a sede das principais empresas no estado. Esse processo pode ser reforçado 

com  a  escolha  da  cidade  do  Rio  de  Janeiro  para  a  realização  de  eventos  de  abrangência 

                                                            37 Os municípios da região serrana historicamente apresentam desastres ocasionados por fenômenos naturais, deixando ano a ano centenas de vítimas. Em  janeiro de 2011 ocorreu na região o maior desastre natural do país.  Em  decorrência  das  chuvas,  inúmeras  enchentes  e  deslizamentos  arrasaram  diversas  localidades  e vitimaram 893 pessoas (423 em Nova Friburgo, 373 em Teresópolis, 71 no distrito de Itaipava em Petrópolis, 21 vítimas em Sumidouro, 4 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim) e 412 pessoas ainda estavam desaparecidas  (223  em  Teresópolis,  87  em  Nova  Friburgo,  56  em  Petrópolis  2  em  Sumidouro  e  44  em localidades não  informadas). O desastre, amplamente divulgado na mídia, deixou expostos os problemas de ocupação desordenada, o descaso da ação pública ao longo dos governos e os problemas sociais e econômicos vividos na região. (Jornal O Globo, 10/02/2011) 

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mundial, como a realização de  jogos da copa do mundo de futebol em 2014 e da sede dos 

jogos olímpicos de 2016. 

No entanto, para solucionar os problemas crônicos vividos pelo estado de elevado 

grau de pobreza e desigualdade de renda, ocupação territorial desordenada, altos índices de 

violência  e  insegurança,  informalidade  excessiva,  gestão  ineficiente,  desarticulação 

institucional e baixa qualidade no gasto público, é necessário que o poder público aproveite 

a  conjuntura  positiva  e  atue  de  forma  integrada  e  articulada  em  seus  diversos  níveis,  de 

forma a aproveitar sua posição geográfica estratégica, capital intelectual e sistema de ciência 

e tecnologia presentes em seu território, belezas naturais e riquezas culturais, extensão de 

áreas  de  preservação  de  ecossistemas,  recursos  mineiras,  marca  internacionalmente 

conhecida  e suas demais potencialidades para consolidar seu crescimento e combiná‐lo com 

melhoria na qualidade de vida de sua população. A hora é agora! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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113 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 

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ANEXOS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ANEXO A ‐ Mapa  ‐ Brasil: eixos de desconcentração, principais pólos tecnológicos e o novo 

polígono de aglomeração industrial 

 

  

Fonte: DINIZ, 1993, p. 37.  

 

 

 

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ANEXO B ‐ Mapa – Divisão Política do estado do Rio de Janeiro: Mesorregiões e municípios 

‐ 2009 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ANEXO C – População dos Municípios e Regiões de Governo – 2000‐2010 

Regiões de Governo/Municípios  2000  2010  Variação 2010/2000 

Total  14.391.282  15.180.636  5,48% 

Região Metropolitana  10.710.515  10.977.035  2,49% 

Rio de Janeiro  5.857.904  5.940.224  1,41% 

Belford Roxo  434.474  455.598  4,86% 

Duque de Caxias  775.456  818.432  5,54% 

Guapimirim  37.952  51.198  34,90% 

Itaboraí  187.479  210.780  12,43% 

Japeri  83.278  91.933  10,39% 

Magé  205.830  218.307  6,06% 

Mesquita  N/A*  159.685    

Nilópolis  153.712  154.232  0,34% 

Niterói  459.451  441.078  ‐4,00% 

Nova Iguaçu  920.599  767.505  ‐16,63% 

Paracambi  40.475  46.251  14,27% 

Queimados  121.993  131.163  7,52% 

São Gonçalo  891.119  945.752  6,13% 

São João de Meriti  449.476  439.497  ‐2,22% 

Seropédica  65.260  76.045  16,53% 

Tanguá  26.057  29.355  12,66% 

Região Noroeste Fluminense  297.696  307.638  3,34% 

Aperibé  8.018  10.215  27,40% 

Bom Jesus do Itabapoana  33.655  35.133  4,39% 

Cambuci  14.670  14.580  ‐0,61% 

Italva  12.621  12.536  ‐0,67% 

Itaocara  23.003  22.892  ‐0,48% 

Itaperuna  86.720  89.762  3,51% 

Laje do Muriaé  7.909  7.481  ‐5,41% 

Miracema  27.064  26.326  ‐2,73% 

Natividade  15.125  15.053  ‐0,48% 

Porciúncula  15.952  17.703  10,98% 

Santo Antônio de Pádua  38.692  39.750  2,73% 

São José de Ubá  6.413  7.003  9,20% 

Varre‐Sai  7.854  9.204  17,19% 

Região Norte Fluminense  698.783  812.358  16,25% 

Campos dos Goytacazes  406.989  442.363  8,69% 

Carapebus  8.666  13.141  51,64% 

Cardoso Moreira  12.595  12.405  ‐1,51% 

Conceição de Macabu  18.782  21.084  12,26% 

Macaé  132.461  194.497  46,83% 

Quissamã  13.674  19.644  43,66% 

São Fidélis  36.789  36.639  ‐0,41% 

São Francisco de Itabapoana  41.145  40.495  ‐1,58% 

São João da Barra  27.682  32.090  15,92% 

Região Serrana  752.002  773.082  2,80% 

Bom Jardim  22.651  24.474  8,05% 

Cantagalo  19.835  18.664  ‐5,90% 

Carmo  15.289  17.384  13,70% 

Cordeiro  18.601  20.113  8,13% 

Duas Barras  10.334  10.904  5,52% 

Macuco  4.886  5.212  6,67% 

Nova Friburgo  173.418  173.989  0,33% 

Petrópolis  286.537  277.816  ‐3,04% 

Santa Maria Madalena  10.476  10.249  ‐2,17% 

São José do Vale do Rio Preto  19.278  20.216  4,87% 

Page 122: Rio de Janeiro

122 

Regiões de Governo/Municípios  2000  2010  Variação 2010/2000 

São Sebastião do Alto  8.402  8.836  5,17% 

Sumidouro  14.176  14.768  4,18% 

Teresópolis  138.081  160.205  16,02% 

Trajano de Morais  10.038  10.252  2,13% 

Região das Baixadas Litorâneas  637.296  895.766  40,56% 

Araruama  82.803  110.057  32,91% 

Armação dos Búzios  18.204  27.039  48,53% 

Arraial do Cabo  23.877  27.189  13,87% 

Cabo Frio  126.828  171.551  35,26% 

Cachoeiras de Macacu  48.543  51.727  6,56% 

Casimiro de Abreu  22.152  34.402  55,30% 

Iguaba Grande  15.089  20.879  38,37% 

Maricá  76.737  116.216  51,45% 

Rio Bonito  49.691  53.677  8,02% 

Rio das Ostras  36.419  101.508  178,72% 

São Pedro da Aldeia  63.227  86.506  36,82% 

Saquarema  52.461  73.796  40,67% 

Silva Jardim  21.265  21.219  ‐0,22% 

Região do Médio Paraíba  785.192  827.796  5,43% 

Barra do Piraí  88.503  91.474  3,36% 

Barra Mansa  170.753  172.484  1,01% 

Itatiaia  24.739  28.262  14,24% 

Pinheiral  19.481  22.719  16,62% 

Piraí  22.118  26.277  18,80% 

Porto Real  12.095  16.480  36,25% 

Quatis  10.730  12.066  12,45% 

Resende  104.549  117.243  12,14% 

Rio Claro  16.228  17.051  5,07% 

Rio das Flores  7.625  8.183  7,32% 

Valença  66.308  69.347  4,58% 

Volta Redonda  242.063  246.210  1,71% 

Região Centro‐Sul Fluminense  254.103  267.577  5,30% 

Areal  9.899  11.213  13,27% 

Comendador Levy Gasparian  7.924  8.169  3,09% 

Engenheiro Paulo de Frontin  12.164  13.236  8,81% 

Mendes  17.289  17.892  3,49% 

Miguel Pereira  23.902  24.323  1,76% 

Paraíba do Sul  37.410  40.136  7,29% 

Paty do Alferes  24.931  25.704  3,10% 

Sapucaia  17.157  17.267  0,64% 

Três Rios  71.976  75.687  5,16% 

Vassouras  31.451  33.950  7,95% 

Região da Costa Verde  255.695  319.384  24,91% 

Angra dos Reis  119.247  148.294  24,36% 

Itaguaí  82.003  100.362  22,39% 

Mangaratiba  24.901  34.966  40,42% 

Parati  29.544  35.762  21,05% 

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010. 

* Município com criação posterior ao ano de 2000. 

 

 

 

 

Page 123: Rio de Janeiro

123 

ANEXO D ‐ PIB Municipal  Total – 1999‐2007 ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  135.077.626,50  139.754.794,68 139.581.149,52 142.255.124,30 137.232.932,34  150.621.834,34 155.662.645,97 163.450.830,97 169.837.086,47 25,73% 

Região Metropolitana  104.706.786,63  105.500.785,99 105.398.505,18 105.304.720,43 99.294.953,91  107.802.621,93 108.061.399,46 109.398.292,57 117.530.246,41 12,25% 

Rio de Janeiro  76.560.546,26  76.730.775,22  75.803.336,22  75.591.186,52  69.889.422,32  76.123.070,60  74.216.020,37  76.004.023,95  79.868.352,65  4,32% 

Belford Roxo  1.834.933,25  1.819.462,36  1.869.428,61  1.818.990,91  1.680.620,54  1.886.034,53  1.687.294,67  1.727.242,92  1.778.618,95  ‐3,07% 

Duque de Caxias  7.559.557,95  8.549.867,22  9.288.150,32  9.299.945,71  10.315.091,57  11.422.424,49  14.256.355,73  13.319.131,14  16.106.435,53  113,06% 

Guapimirim  192.086,94  183.682,49  179.944,76  176.360,20  179.075,36  188.880,99  182.370,97  187.648,22  197.609,19  2,87% 

Itaboraí  781.581,69  778.512,44  774.659,79  806.888,32  758.257,61  806.357,64  787.171,53  811.372,28  854.988,10  9,39% 

Japeri  237.022,89  233.632,36  242.435,49  241.645,21  229.541,07  236.147,55  249.963,91  246.590,66  261.169,28  10,19% 

Magé  826.757,13  807.973,36  819.211,28  840.418,98  745.206,72  770.226,01  774.229,65  796.058,51  857.722,93  3,75% 

Mesquita  ‐  ‐  601.853,91  600.175,43  577.899,50  608.067,06  614.786,49  640.115,74  679.706,63    

Nilópolis  729.779,56  701.318,15  683.289,81  671.175,81  616.408,62  625.643,44  636.561,28  646.994,07  685.970,32  ‐6,00% 

Niterói  4.494.002,97  4.381.732,56  4.066.706,17  4.276.966,06  4.202.213,51  4.685.275,55  4.307.785,40  4.432.707,35  5.076.246,79  12,96% 

Nova Iguaçu  3.978.023,34  3.996.084,22  3.665.212,71  3.659.743,45  3.373.633,07  3.517.051,79  3.582.856,74  3.711.967,83  3.981.968,57  0,10% 

Paracambi  190.996,57  180.833,76  179.339,27  189.317,13  180.303,02  179.193,16  174.706,08  176.280,33  184.656,56  ‐3,32% 

Queimados  699.132,05  700.819,13  768.831,98  637.803,97  577.064,66  601.583,89  532.865,68  524.802,00  517.823,57  ‐25,93% 

São Gonçalo  4.291.263,03  4.139.433,88  4.174.172,74  4.203.045,51  3.867.967,84  4.027.495,19  3.986.814,29  4.087.732,64  4.267.847,89  ‐0,55% 

São João de Meriti  1.983.446,46  1.934.357,32  1.884.602,42  1.902.806,21  1.721.776,55  1.736.863,29  1.713.718,28  1.722.194,39  1.812.972,46  ‐8,59% 

Seropédica  244.908,94  259.748,74  292.389,24  280.801,13  269.425,34  286.151,06  259.361,28  263.239,75  288.911,05  17,97% 

Tanguá  102.747,59  102.552,77  104.940,45  107.449,89  111.046,62  102.155,69  98.537,11  100.190,79  109.245,92  6,32% 

Região Noroeste Fluminense  1.572.951,93  1.555.787,70  1.464.077,51  1.428.378,16  1.457.915,15  1.521.006,43  1.801.608,38  1.747.236,74  1.824.046,37  15,96% 

Aperibé  34.309,88  33.156,74  34.920,44  34.718,74  36.821,26  35.032,98  33.551,88  33.079,03  34.071,88  ‐0,69% 

Bom Jesus do Itabapoana  172.516,23  170.510,38  168.371,40  166.312,94  171.150,40  172.660,44  165.136,90  169.931,34  174.989,70  1,43% 

Cambuci  65.903,71  61.733,38  65.112,03  64.043,36  58.678,39  64.833,94  62.274,32  63.296,09  64.143,93  ‐2,67% 

Italva  60.035,08  56.343,59  56.832,91  53.722,34  51.579,07  53.621,70  51.553,43  53.215,92  59.033,98  ‐1,67% 

Itaocara  150.827,53  141.291,23  122.654,75  115.872,86  108.846,29  116.087,61  127.640,11  133.761,27  141.959,01  ‐5,88% 

Itaperuna  553.171,37  562.693,64  484.116,08  468.691,66  516.694,80  524.218,19  808.585,22  730.471,31  754.435,82  36,38% 

Laje do Muriaé  28.997,00  28.514,39  29.754,38  29.989,43  29.391,90  31.473,62  32.054,46  33.451,89  34.328,09  18,38% 

Miracema  115.345,21  111.088,67  110.162,49  109.248,47  104.600,15  106.836,24  105.507,93  104.304,17  111.057,21  ‐3,72% 

Natividade  69.332,08  68.924,64  67.725,45  67.079,26  63.092,49  64.286,32  71.483,32  71.201,82  73.901,66  6,59% 

Page 124: Rio de Janeiro

124 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Porciúncula  66.649,95  64.196,13  65.246,47  68.701,80  73.540,73  97.879,69  76.181,67  79.342,24  81.814,90  22,75% 

Santo Antônio de Pádua  197.040,37  198.975,00  200.580,63  193.601,04  187.668,45  190.285,33  199.589,03  204.840,44  221.414,41  12,37% 

São José de Ubá  30.871,89  29.987,84  28.711,44  27.671,25  26.628,31  30.213,20  33.080,69  32.805,22  31.213,86  1,11% 

Varre‐Sai  27.951,64  28.372,06  29.889,05  28.725,03  29.222,91  33.577,19  34.969,42  37.536,00  41.681,91  49,12% 

Região Norte Fluminense  6.334.722,24  9.065.019,74  9.120.775,81  10.648.087,05  11.528.176,24  12.470.175,43  15.862.341,85  20.250.105,05  18.317.898,25  189,17% 

Campos dos Goytacazes  3.837.808,36  5.644.906,62  5.515.185,57  6.520.063,11  6.986.949,11  7.459.311,68  10.494.446,09  13.733.923,18  11.912.735,81  210,40% 

Carapebus  123.193,94  178.347,88  154.903,28  162.058,28  166.914,24  190.979,62  211.921,02  246.446,34  217.958,53  76,92% 

Cardoso Moreira  46.927,84  45.160,36  46.652,31  47.306,87  44.851,68  45.087,29  44.931,32  45.255,60  50.466,27  7,54% 

Conceição de Macabu  75.651,69  74.821,79  73.956,56  75.230,22  71.475,93  74.068,77  71.613,74  73.797,80  75.863,83  0,28% 

Macaé  1.311.199,20  1.872.297,77  2.243.412,52  2.716.994,02  2.884.669,60  3.187.937,81  3.341.382,18  3.845.203,72  3.654.138,87  178,69% 

Quissamã  431.028,88  688.627,10  570.725,92  648.724,00  726.286,71  764.199,35  936.323,37  1.406.835,58  1.569.780,06  264,19% 

São Fidélis  175.506,06  163.764,70  156.034,75  155.824,21  150.627,44  183.895,79  161.616,20  161.836,49  174.114,04  ‐0,79% 

São Francisco de Itabapoana  159.757,88  164.141,27  166.642,70  165.918,38  163.734,40  174.241,74  180.518,46  191.761,10  189.114,63  18,38% 

São João da Barra  173.648,39  232.952,25  193.262,20  155.967,97  332.667,12  390.453,37  419.589,47  545.045,23  473.726,21  172,81% 

Região Serrana  5.240.835,35  5.249.558,30  4.962.463,28  5.329.572,19  5.007.789,93  5.168.521,99  5.189.396,30  5.605.846,58  5.786.944,22  10,42% 

Bom Jardim  105.561,14  102.583,96  99.243,93  102.979,53  94.108,76  96.428,07  92.730,00  97.796,37  106.062,31  0,47% 

Cantagalo  266.755,33  283.653,51  242.530,66  248.542,40  221.263,76  244.857,33  188.434,60  191.001,02  207.565,22  ‐22,19% 

Carmo  102.690,91  102.314,32  92.597,36  87.133,62  85.458,05  90.855,29  108.199,75  97.055,11  101.183,62  ‐1,47% 

Cordeiro  88.287,01  84.598,79  84.199,34  83.235,25  76.689,05  81.519,30  80.037,41  83.457,35  88.628,55  0,39% 

Duas Barras  46.912,44  43.793,11  43.568,42  45.361,81  45.248,75  48.026,52  45.826,60  48.044,87  48.177,98  2,70% 

Macuco  29.920,99  25.998,64  26.616,28  27.565,27  28.865,00  32.278,54  31.873,30  31.612,58  32.547,78  8,78% 

Nova Friburgo  1.231.482,04  1.220.231,45  1.099.182,52  1.166.181,80  1.135.035,59  1.130.003,37  1.077.179,52  1.152.794,52  1.183.054,03  ‐3,93% 

Petrópolis  2.161.437,98  2.204.651,51  2.104.230,61  2.367.028,80  2.163.292,48  2.144.904,91  2.336.948,63  2.674.646,42  2.752.845,89  27,36% 

Santa Maria Madalena  51.565,97  48.994,58  51.510,34  47.049,20  44.079,88  46.542,64  42.744,65  43.122,19  47.293,38  ‐8,29% 

São José do Vale do Rio Preto  77.265,37  76.307,54  81.559,41  82.430,18  77.780,37  80.981,30  81.081,09  78.414,14  78.979,74  2,22% 

São Sebastião do Alto  36.796,75  36.422,44  38.325,38  33.533,68  34.642,58  34.745,78  34.365,56  35.373,89  35.289,74  ‐4,10% 

Sumidouro  74.222,55  79.567,27  78.446,40  73.302,19  66.216,09  84.781,44  78.903,79  85.182,39  71.367,09  ‐3,85% 

Teresópolis  928.997,73  903.016,42  878.906,59  926.665,98  897.232,63  1.013.907,26  954.679,30  950.897,80  994.344,14  7,03% 

Trajano de Morais  38.939,13  37.424,78  41.546,04  38.562,48  37.876,95  38.690,23  36.392,11  36.447,93  39.604,74  1,71% 

Região das Baixadas Litorâneas  4.245.983,43  5.140.222,00  5.382.121,73  6.333.932,47  6.511.048,67  7.200.289,80  9.539.017,13  11.610.212,31  10.267.792,64  141,82% 

Araruama  441.308,89  430.335,21  448.893,68  434.685,39  421.552,55  441.029,53  455.182,76  477.756,16  497.710,85  12,78% 

Armação dos Búzios  227.805,68  285.929,64  300.331,52  368.176,93  424.451,49  446.048,77  597.732,81  702.882,27  667.230,54  192,89% 

Page 125: Rio de Janeiro

125 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Arraial do Cabo  156.416,43  159.250,62  155.140,13  179.182,03  157.176,38  158.345,39  166.271,68  160.604,95  156.121,86  ‐0,19% 

Cabo Frio  1.009.213,07  1.148.221,04  1.169.991,57  1.535.071,87  1.613.948,22  1.891.220,24  2.869.791,92  3.834.647,91  3.170.630,27  214,17% 

Cachoeiras de Macacu  203.537,87  232.067,24  308.236,11  323.396,25  352.089,71  442.189,64  330.476,13  365.055,27  376.335,82  84,90% 

Casimiro de Abreu  144.352,75  174.013,69  186.958,67  253.306,97  243.275,50  273.705,74  663.545,18  860.573,51  696.487,76  382,49% 

Iguaba Grande  78.334,45  78.143,23  80.707,70  82.456,20  83.397,09  92.439,73  89.792,68  87.232,60  92.951,49  18,66% 

Maricá  372.868,58  375.542,63  379.357,95  391.907,57  390.935,19  404.648,19  421.139,02  435.204,46  481.884,76  29,24% 

Rio Bonito  272.442,78  267.178,28  281.804,72  303.075,81  363.334,86  442.327,08  411.496,43  426.159,56  603.879,95  121,65% 

Rio das Ostras  676.897,60  1.348.679,82  1.425.004,00  1.807.173,27  1.840.068,24  1.958.604,66  2.838.256,21  3.496.734,13  2.689.520,82  297,33% 

São Pedro da Aldeia  335.773,86  322.495,41  302.847,28  319.744,62  299.071,43  307.642,24  317.834,92  334.927,92  351.706,18  4,74% 

Saquarema  247.811,46  236.945,28  258.386,75  254.689,45  243.572,49  258.373,05  294.021,83  344.795,56  399.523,89  61,22% 

Silva Jardim  79.220,00  81.419,91  84.461,66  81.066,11  78.175,52  83.715,55  83.475,55  83.638,01  83.808,44  5,79% 

Região do Médio Paraíba  8.998.367,76  9.231.699,91  9.194.689,66  9.087.780,15  9.627.811,23  11.514.492,32  9.931.253,34  9.765.439,67  10.166.258,28  12,98% 

Barra do Piraí  540.477,58  548.697,03  513.625,36  527.349,98  517.279,85  568.740,53  509.179,17  521.271,59  575.804,34  6,54% 

Barra Mansa  1.542.176,32  1.426.333,63  1.396.345,08  1.360.661,56  1.419.507,21  1.480.720,73  1.405.210,33  1.391.507,60  1.251.245,83  ‐18,86% 

Itatiaia  339.510,13  478.133,27  475.930,85  334.976,63  270.875,45  515.252,73  367.359,06  328.777,14  288.391,76  ‐15,06% 

Pinheiral  74.882,05  73.583,73  75.192,27  75.857,84  72.853,38  76.273,65  76.313,39  76.138,54  82.435,93  10,09% 

Piraí  407.518,26  384.155,82  321.884,85  315.833,31  356.505,50  425.896,41  431.986,76  446.012,06  427.249,14  4,84% 

Porto Real  193.798,91  255.386,53  706.585,47  769.595,04  968.007,64  1.434.420,03  1.143.473,96  1.075.534,52  1.267.956,26  554,26% 

Quatis  52.649,58  50.410,30  50.907,48  50.974,43  50.494,30  91.641,17  54.182,50  53.219,80  54.861,69  4,20% 

Resende  1.585.361,70  1.705.986,40  1.760.101,74  1.402.784,08  1.673.721,72  2.098.741,40  1.808.880,82  1.842.235,30  1.847.610,14  16,54% 

Rio Claro  68.795,78  67.470,04  69.182,29  69.124,63  66.904,31  66.726,12  67.174,98  64.756,30  69.041,82  0,36% 

Rio das Flores  38.172,87  40.230,95  39.252,71  38.176,15  146.277,66  153.762,74  158.403,91  106.268,56  105.900,81  177,42% 

Valença  347.528,18  341.619,22  329.233,01  337.244,49  321.155,04  321.157,46  308.070,64  312.066,96  342.427,65  ‐1,47% 

Volta Redonda  3.807.496,38  3.859.692,99  3.456.448,55  3.805.202,01  3.764.229,17  4.281.159,36  3.601.017,82  3.547.651,31  3.853.332,90  1,20% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1.557.015,54  1.549.243,85  1.500.954,97  1.464.048,28  1.446.098,48  1.445.430,52  1.432.783,42  1.485.779,55  1.574.215,46  1,10% 

Areal  65.629,99  67.613,83  67.099,55  67.766,59  67.612,79  72.096,22  71.870,93  71.322,21  87.230,95  32,91% 

Comendador Levy Gasparian  61.759,63  71.647,16  56.481,53  53.476,63  55.947,27  63.784,24  65.237,16  66.570,87  72.967,05  18,15% 

Engenheiro Paulo de Frontin  64.223,77  63.374,52  57.774,84  56.714,40  60.186,82  56.375,81  52.561,24  57.006,39  57.927,18  ‐9,80% 

Mendes  93.801,13  90.891,44  77.379,65  76.137,24  71.590,61  72.833,46  69.937,79  69.708,64  74.391,33  ‐20,69% 

Miguel Pereira  137.743,58  130.103,93  127.731,06  126.335,46  122.467,43  124.937,50  128.095,92  126.496,68  132.490,79  ‐3,81% 

Paraíba do Sul  156.112,00  166.278,90  187.322,13  187.382,26  182.856,59  183.471,68  195.642,14  196.193,56  205.149,30  31,41% 

Paty do Alferes  102.812,09  105.970,59  104.622,30  103.032,70  97.769,04  103.862,73  97.692,57  101.413,69  105.364,89  2,48% 

Page 126: Rio de Janeiro

126 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Sapucaia  123.429,81  123.545,54  121.838,90  114.633,09  106.516,69  112.477,78  106.831,20  109.420,80  119.225,24  ‐3,41% 

Três Rios  561.329,44  544.539,58  513.849,82  514.736,50  519.175,82  495.942,24  489.331,23  528.779,87  557.069,86  ‐0,76% 

Vassouras  190.174,09  185.278,36  186.855,19  163.833,42  161.975,41  159.648,85  155.583,24  158.866,84  162.398,86  ‐14,61% 

Região da Costa Verde  2.420.963,63  2.462.477,20  2.557.561,38  2.658.605,57  2.359.138,73  3.499.295,92  3.844.846,09  3.587.918,51  4.369.684,84  80,49% 

Angra dos Reis  1.149.999,45  1.143.735,31  1.186.249,83  1.186.687,03  1.080.864,45  1.687.768,96  2.291.506,35  2.073.289,07  2.515.429,15  118,73% 

Itaguaí  963.002,18  1.017.259,45  1.063.453,16  1.158.148,74  965.417,67  1.474.162,64  1.213.915,05  1.149.838,74  1.432.627,45  48,77% 

Mangaratiba  158.154,63  156.748,94  164.546,70  165.800,93  167.773,55  185.217,21  187.980,35  203.549,79  233.025,43  47,34% 

Parati  149.807,37  144.733,50  143.311,69  147.968,86  145.083,06  152.147,12  151.444,33  161.240,91  188.602,81  25,90% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 127: Rio de Janeiro

127 

ANEXO E – Participação das Regiões de Governo e dos Municípios no PIB estadual Total – 1999‐2007  

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Total  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  100,0%  0,0% 

Região Metropolitana  77,5%  75,5%  75,5%  74,0%  72,4%  71,6%  69,4%  66,9%  69,2%  ‐8,3% 

Rio de Janeiro  56,7%  54,9%  54,3%  53,1%  50,9%  50,5%  47,7%  46,5%  47,0%  ‐9,7% 

Belford Roxo  1,4%  1,3%  1,3%  1,3%  1,2%  1,3%  1,1%  1,1%  1,0%  ‐0,3% 

Duque de Caxias  5,6%  6,1%  6,7%  6,5%  7,5%  7,6%  9,2%  8,1%  9,5%  3,9% 

Guapimirim  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Itaboraí  0,6%  0,6%  0,6%  0,6%  0,6%  0,5%  0,5%  0,5%  0,5%  ‐0,1% 

Japeri  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,0% 

Magé  0,6%  0,6%  0,6%  0,6%  0,5%  0,5%  0,5%  0,5%  0,5%  ‐0,1% 

Mesquita  0,0%  0,0%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4% 

Nilópolis  0,5%  0,5%  0,5%  0,5%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  ‐0,1% 

Niterói  3,3%  3,1%  2,9%  3,0%  3,1%  3,1%  2,8%  2,7%  3,0%  ‐0,3% 

Nova Iguaçu  2,9%  2,9%  2,6%  2,6%  2,5%  2,3%  2,3%  2,3%  2,3%  ‐0,6% 

Paracambi  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Queimados  0,5%  0,5%  0,6%  0,4%  0,4%  0,4%  0,3%  0,3%  0,3%  ‐0,2% 

São Gonçalo  3,2%  3,0%  3,0%  3,0%  2,8%  2,7%  2,6%  2,5%  2,5%  ‐0,7% 

São João de Meriti  1,5%  1,4%  1,4%  1,3%  1,3%  1,2%  1,1%  1,1%  1,1%  ‐0,4% 

Seropédica  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,0% 

Tanguá  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Região Noroeste Fluminense  1,2%  1,1%  1,0%  1,0%  1,1%  1,0%  1,2%  1,1%  1,1%  ‐0,1% 

Aperibé  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Bom Jesus do Itabapoana  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Cambuci  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Italva  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Itaocara  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Itaperuna  0,4%  0,4%  0,3%  0,3%  0,4%  0,3%  0,5%  0,4%  0,4%  0,0% 

Laje do Muriaé  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Miracema  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Page 128: Rio de Janeiro

128 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Natividade  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Porciúncula  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Santo Antônio de Pádua  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

São José de Ubá  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Varre‐Sai  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Região Norte Fluminense  4,7%  6,5%  6,5%  7,5%  8,4%  8,3%  10,2%  12,4%  10,8%  6,1% 

Campos dos Goytacazes  2,8%  4,0%  4,0%  4,6%  5,1%  5,0%  6,7%  8,4%  7,0%  4,2% 

Carapebus  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,2%  0,1%  0,0% 

Cardoso Moreira  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Conceição de Macabu  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Macaé  1,0%  1,3%  1,6%  1,9%  2,1%  2,1%  2,1%  2,4%  2,2%  1,2% 

Quissamã  0,3%  0,5%  0,4%  0,5%  0,5%  0,5%  0,6%  0,9%  0,9%  0,6% 

São Fidélis  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

São Francisco de Itabapoana  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

São João da Barra  0,1%  0,2%  0,1%  0,1%  0,2%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,2% 

Região Serrana  7,6%  7,3%  7,3%  7,4%  7,1%  6,8%  6,8%  6,8%  2,9%  ‐4,7% 

Bom Jardim  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Cantagalo  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,1%  0,1%  0,1%  ‐0,1% 

Carmo  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Cordeiro  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Duas Barras  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Macuco  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Nova Friburgo  0,9%  0,9%  0,8%  0,8%  0,8%  0,8%  0,7%  0,7%  0,7%  ‐0,2% 

Petrópolis  1,6%  1,6%  1,5%  1,7%  1,6%  1,4%  1,5%  1,6%  1,6%  0,0% 

Santa Maria Madalena  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

São José do Vale do Rio Preto  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0% 

São Sebastião do Alto  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Sumidouro  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0% 

Teresópolis  0,7%  0,6%  0,6%  0,7%  0,7%  0,7%  0,6%  0,6%  0,6%  ‐0,1% 

Trajano de Morais  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Região das Baixadas Litorâneas  3,1%  3,7%  3,9%  4,5%  4,7%  4,8%  6,1%  7,1%  6,0%  2,9% 

Page 129: Rio de Janeiro

129 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Araruama  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,0% 

Armação dos Búzios  0,2%  0,2%  0,2%  0,3%  0,3%  0,3%  0,4%  0,4%  0,4%  0,2% 

Arraial do Cabo  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Cabo Frio  0,7%  0,8%  0,8%  1,1%  1,2%  1,3%  1,8%  2,3%  1,9%  1,1% 

Cachoeiras de Macacu  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,3%  0,3%  0,2%  0,2%  0,2%  0,1% 

Casimiro de Abreu  0,1%  0,1%  0,1%  0,2%  0,2%  0,2%  0,4%  0,5%  0,4%  0,3% 

Iguaba Grande  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Maricá  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,0% 

Rio Bonito  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,4%  0,2% 

Rio das Ostras  0,5%  1,0%  1,0%  1,3%  1,3%  1,3%  1,8%  2,1%  1,6%  1,1% 

São Pedro da Aldeia  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,0% 

Saquarema  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,1% 

Silva Jardim  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0% 

Região do Médio Paraíba  6,7%  6,6%  6,6%  6,4%  7,0%  7,6%  6,4%  6,0%  6,0%  ‐0,7% 

Barra do Piraí  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,3%  0,3%  0,3%  ‐0,1% 

Barra Mansa  1,1%  1,0%  1,0%  1,0%  1,0%  1,0%  0,9%  0,9%  0,7%  ‐0,4% 

Itatiaia  0,3%  0,3%  0,3%  0,2%  0,2%  0,3%  0,2%  0,2%  0,2%  ‐0,1% 

Pinheiral  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Piraí  0,3%  0,3%  0,2%  0,2%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  ‐0,1% 

Porto Real  0,1%  0,2%  0,5%  0,5%  0,7%  1,0%  0,7%  0,7%  0,7%  0,6% 

Quatis  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Resende  1,2%  1,2%  1,3%  1,0%  1,2%  1,4%  1,2%  1,1%  1,1%  ‐0,1% 

Rio Claro  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Rio das Flores  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Valença  0,3%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  0,2%  ‐0,1% 

Volta Redonda  2,8%  2,8%  2,5%  2,7%  2,7%  2,8%  2,3%  2,2%  2,3%  ‐0,5% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1,2%  1,1%  1,1%  1,0%  1,1%  1,0%  0,9%  0,9%  0,9%  ‐0,2% 

Areal  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,1%  0,0% 

Comendador Levy Gasparian  0,0%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Engenheiro Paulo de Frontin  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Mendes  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0%  0,0% 

Page 130: Rio de Janeiro

130 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Miguel Pereira  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Paraíba do Sul  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Paty do Alferes  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Sapucaia  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Três Rios  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,4%  0,3%  0,3%  0,3%  0,3%  ‐0,1% 

Vassouras  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Região da Costa Verde  1,8%  1,8%  1,8%  1,9%  1,7%  2,3%  2,5%  2,2%  2,6%  0,8% 

Angra dos Reis  0,9%  0,8%  0,8%  0,8%  0,8%  1,1%  1,5%  1,3%  1,5%  0,6% 

Itaguaí  0,7%  0,7%  0,8%  0,8%  0,7%  1,0%  0,8%  0,7%  0,8%  0,1% 

Mangaratiba  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Parati  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,1%  0,0% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 131: Rio de Janeiro

131 

ANEXO F – PIB Municipal – Agropecuária – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional 

 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  721.167,17  781.590,28  770.326,84  664.661,07  659.485,20  752.950,74  676.075,19  683.783,29  557.463,40  ‐22,70% 

Região Metropolitana  79.788,74  86.317,27  84.997,34  76.639,88  74.544,05  81.304,21  77.700,29  87.570,11  75.626,26  ‐5,22% 

Rio de Janeiro  25.560,52  27.360,29  26.467,31  23.544,46  22.920,30  27.490,53  25.852,03  30.154,47  23.966,86  ‐6,23% 

Belford Roxo  942,69  953,63  922,51  838,27  881,21  930,07  855,17  1.041,35  948,15  0,58% 

Duque de Caxias  3.961,50  4.159,61  4.097,87  3.553,49  3.702,67  3.380,05  3.283,62  3.826,67  3.424,38  ‐13,56% 

Guapimirim  2.350,87  3.054,98  3.778,38  3.411,14  2.977,35  3.081,11  2.694,98  2.484,40  2.236,89  ‐4,85% 

Itaboraí  3.584,55  3.706,53  3.568,45  3.343,33  3.396,57  3.247,31  3.068,84  2.998,35  2.917,34  ‐18,61% 

Japeri  1.683,96  1.611,63  1.176,65  1.852,02  1.929,38  1.716,66  1.521,58  1.519,93  1.223,60  ‐27,34% 

Magé  10.963,71  12.570,99  12.267,28  10.303,46  10.059,02  11.042,90  10.199,02  11.545,18  10.074,67  ‐8,11% 

Mesquita  ‐  ‐  92,81  195,90  141,44  181,16  62,76  160,62  155,59  ‐ 

Nilópolis  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Niterói  6.614,80  7.138,76  7.044,68  6.076,31  6.067,42  6.460,84  6.516,84  8.030,56  7.406,41  11,97% 

Nova Iguaçu  4.195,05  4.617,65  4.329,77  4.780,17  4.473,26  4.778,08  4.500,41  4.638,32  3.555,95  ‐15,23% 

Paracambi  1.123,27  1.176,62  1.453,21  1.283,72  1.218,73  1.145,46  992,44  940,76  1.123,71  0,04% 

Queimados  1.070,47  1.117,78  1.024,10  1.515,31  1.289,23  1.416,43  1.146,53  1.113,59  815,05  ‐23,86% 

São Gonçalo  12.762,17  13.627,37  13.298,43  11.297,32  11.254,60  11.882,56  11.908,03  14.422,80  13.369,12  4,76% 

São João de Meriti  390,53  422,35  415,84  358,45  362,37  385,93  388,23  475,03  435,13  11,42% 

Seropédica  3.629,47  3.862,90  3.749,95  3.266,80  3.000,09  3.271,46  3.711,27  3.312,59  2.949,29  ‐18,74% 

Tanguá  955,19  936,19  1.310,11  1.019,72  870,44  893,66  998,53  905,52  1.024,12  7,22% 

Região Noroeste Fluminense  85.018,54  87.046,69  87.790,18  78.102,58  84.654,35  101.839,42  97.821,33  89.323,30  78.471,60  ‐7,70% 

Aperibé  2.183,96  2.422,42  2.465,57  2.185,28  2.301,63  2.714,13  2.294,79  2.064,77  1.555,59  ‐28,77% 

Bom Jesus do Itabapoana  7.631,17  8.214,50  8.893,44  7.905,01  9.349,76  10.148,68  9.651,94  8.476,69  8.704,52  14,07% 

Cambuci  10.669,87  9.447,87  10.215,95  9.547,24  8.340,83  12.407,37  10.252,07  9.601,12  7.205,37  ‐32,47% 

Italva  3.512,81  3.674,99  3.741,43  3.487,45  3.858,60  4.297,84  4.244,20  3.738,13  3.631,23  3,37% 

Itaocara  9.075,85  9.488,91  10.338,51  8.443,43  9.043,90  9.774,49  8.946,42  8.858,51  7.099,31  ‐21,78% 

Itaperuna  15.217,63  16.561,80  16.003,40  14.670,01  15.703,65  17.648,38  17.037,66  14.792,72  13.379,06  ‐12,08% 

Laje do Muriaé  2.597,23  2.541,15  2.565,81  2.247,19  2.470,16  2.600,97  2.378,92  2.056,41  1.927,50  ‐25,79% 

Miracema  3.939,38  3.681,04  3.988,25  3.593,01  4.021,63  4.295,34  4.173,76  3.715,20  3.320,93  ‐15,70% 

Natividade  4.866,67  5.427,33  5.480,97  5.323,24  5.663,59  5.705,58  5.571,07  4.636,58  4.238,41  ‐12,91% 

Page 132: Rio de Janeiro

132 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Porciúncula  4.283,76  4.629,79  4.703,74  3.419,35  4.811,29  6.510,24  6.856,26  7.050,13  6.166,43  43,95% 

Santo Antônio de Pádua  9.291,75  9.262,71  9.006,65  8.273,91  8.656,95  10.159,73  9.182,84  8.737,94  7.573,38  ‐18,49% 

São José de Ubá  8.640,74  8.022,04  6.321,42  6.346,91  6.035,37  8.062,88  9.484,60  7.702,90  5.010,52  ‐42,01% 

Varre‐Sai  3.107,72  3.672,13  4.065,04  2.660,57  4.396,98  7.513,77  7.746,79  7.892,20  8.659,35  178,64% 

Região Norte Fluminense  178.261,55  192.728,63  181.045,64  161.176,08  161.510,89  170.221,13  142.102,59  146.910,60  133.702,67  ‐25,00% 

Campos dos Goytacazes  76.894,60  77.755,03  71.426,31  65.311,58  64.461,27  68.265,58  54.152,80  51.121,68  52.157,60  ‐32,17% 

Carapebus  4.926,45  8.413,53  7.059,59  5.641,81  6.049,13  5.742,63  5.236,32  5.332,99  3.436,50  ‐30,24% 

Cardoso Moreira  5.905,71  6.100,48  5.565,14  4.931,76  5.045,39  5.213,65  4.439,19  4.057,08  5.089,59  ‐13,82% 

Conceição de Macabu  3.560,29  3.904,74  3.725,22  3.383,94  3.704,34  3.662,47  2.965,91  2.600,78  2.478,24  ‐30,39% 

Macaé  15.735,30  17.793,21  18.753,61  14.601,89  15.216,57  15.949,48  14.983,50  16.114,04  16.460,48  4,61% 

Quissamã  7.815,58  12.798,13  13.564,48  9.674,97  8.829,22  10.362,05  8.273,10  13.001,79  9.175,42  17,40% 

São Fidélis  14.372,83  15.626,99  13.273,13  12.020,68  12.140,90  12.078,72  10.181,81  9.386,62  9.931,33  ‐30,90% 

São Francisco de Itabapoana  39.412,43  40.228,96  38.543,08  37.358,87  37.833,24  40.305,21  34.043,10  36.787,44  26.230,69  ‐33,45% 

São João da Barra  9.638,37  10.107,55  9.135,08  8.250,57  8.230,83  8.641,34  7.826,85  8.508,17  8.742,83  ‐9,29% 

Região Serrana  159.787,83  173.384,28  173.546,70  146.698,78  136.011,26  192.408,28  166.006,93  166.973,31  111.934,68  ‐29,95% 

Bom Jardim  7.792,55  7.153,53  6.075,60  5.875,74  6.599,20  9.631,73  8.483,10  8.546,98  6.002,20  ‐22,98% 

Cantagalo  8.810,85  9.660,45  9.471,33  8.182,54  8.690,58  9.048,83  8.097,05  7.408,20  5.793,25  ‐34,25% 

Carmo  7.598,06  7.957,28  7.976,08  6.804,56  6.739,04  7.518,31  6.980,34  6.810,40  5.668,62  ‐25,39% 

Cordeiro  1.353,19  1.451,67  1.505,62  1.298,35  1.463,49  1.550,71  1.380,56  1.403,35  1.153,14  ‐14,78% 

Duas Barras  7.548,56  8.122,29  7.480,34  6.776,77  7.247,14  8.770,10  8.114,25  7.856,87  5.839,23  ‐22,64% 

Macuco  1.006,16  991,05  984,01  836,65  1.025,00  1.029,24  1.060,97  918,32  663,69  ‐34,04% 

Nova Friburgo  16.103,45  18.619,42  18.017,12  15.359,51  13.281,71  21.587,39  18.434,57  19.627,89  15.415,61  ‐4,27% 

Petrópolis  5.472,64  7.140,27  7.002,96  5.890,99  5.169,79  7.319,00  5.908,60  5.462,22  3.811,17  ‐30,36% 

Santa Maria Madalena  8.269,05  8.824,71  9.116,57  6.366,50  6.674,57  6.050,61  5.370,52  4.706,75  4.004,61  ‐51,57% 

São José do Vale do Rio Preto  8.989,33  7.855,83  11.023,35  9.471,83  8.375,43  8.301,77  8.590,18  7.996,95  6.456,12  ‐28,18% 

São Sebastião do Alto  6.826,78  7.781,46  7.794,20  6.154,29  6.742,14  7.491,25  6.416,01  6.247,72  4.547,21  ‐33,39% 

Sumidouro  25.811,80  29.378,50  28.580,73  24.006,10  21.050,75  33.703,33  28.192,54  29.265,56  17.220,28  ‐33,29% 

Teresópolis  49.240,98  53.181,15  52.881,26  45.422,46  38.556,20  65.441,08  54.571,27  56.549,92  32.204,73  ‐34,60% 

Trajano de Morais  4.964,43  5.266,67  5.637,51  4.252,50  4.396,22  4.964,93  4.406,99  4.172,17  3.154,83  ‐36,45% 

Região das Baixadas Litorâneas  69.062,74  76.026,96  77.123,63  63.591,31  58.789,73  61.916,87  55.876,64  58.743,83  52.659,06  ‐23,75% 

Araruama  10.032,90  12.316,16  11.862,49  11.366,04  10.078,08  8.396,94  7.442,72  8.982,00  6.655,86  ‐33,66% 

Armação dos Búzios  1.222,71  1.294,58  1.275,77  1.112,03  1.076,32  1.124,29  1.138,86  1.420,61  1.312,77  7,37% 

Page 133: Rio de Janeiro

133 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Arraial do Cabo  2.448,11  2.653,22  2.614,99  2.256,29  2.258,76  2.395,44  2.426,49  2.999,04  2.780,21  13,57% 

Cabo Frio  10.360,64  11.092,54  14.091,48  11.396,50  10.299,23  10.997,45  9.421,82  10.877,19  10.411,84  0,49% 

Cachoeiras de Macacu  12.946,51  14.004,18  12.550,92  10.851,08  9.225,22  11.494,51  10.221,22  8.976,34  6.057,14  ‐53,21% 

Casimiro de Abreu  3.477,13  3.566,43  3.706,17  3.177,56  3.202,07  3.353,33  3.132,88  3.045,84  3.681,18  5,87% 

Iguaba Grande  638,58  669,97  635,67  549,00  552,36  1.709,11  584,78  654,70  774,38  21,27% 

Maricá  4.814,01  4.998,52  3.394,67  2.846,45  2.553,40  2.334,96  2.076,58  2.242,23  1.971,59  ‐59,04% 

Rio Bonito  4.127,66  4.349,99  4.633,76  3.412,73  3.569,50  3.446,81  3.562,19  3.078,31  3.041,42  ‐26,32% 

Rio das Ostras  2.618,10  3.069,04  2.895,26  2.476,80  2.537,97  2.554,16  2.652,89  2.852,05  3.384,25  29,26% 

São Pedro da Aldeia  6.295,96  6.984,08  7.761,89  5.096,29  4.134,56  4.290,59  4.213,86  5.149,22  5.434,20  ‐13,69% 

Saquarema  3.637,62  4.270,95  4.172,37  3.493,13  3.486,22  3.886,77  3.630,57  3.740,68  3.196,08  ‐12,14% 

Silva Jardim  6.442,83  6.757,31  7.528,19  5.557,41  5.816,05  5.932,51  5.371,77  4.725,61  3.958,15  ‐38,56% 

Região do Médio Paraíba  77.368,51  86.422,35  83.516,67  68.629,35  73.877,34  70.732,80  67.889,47  61.750,49  43.881,52  ‐43,28% 

Barra do Piraí  13.660,79  16.232,45  16.347,86  12.459,45  13.123,66  10.556,20  9.912,42  9.186,42  6.334,66  ‐53,63% 

Barra Mansa  9.895,98  11.051,56  9.767,25  8.851,60  9.405,29  10.406,80  9.662,02  8.191,67  4.270,92  ‐56,84% 

Itatiaia  2.125,13  1.701,06  1.870,68  1.278,95  1.250,62  1.303,67  1.218,09  1.285,49  1.089,77  ‐48,72% 

Pinheiral  644,40  710,86  722,54  649,30  579,53  620,73  530,11  527,93  894,90  38,87% 

Piraí  5.862,85  6.637,55  7.748,75  5.474,43  5.177,77  4.642,62  5.410,58  5.405,22  3.373,77  ‐42,46% 

Porto Real  1.895,31  1.447,73  1.170,21  907,00  963,38  996,20  380,05  311,55  307,04  ‐83,80% 

Quatis  4.274,59  3.979,82  4.071,15  3.434,92  3.852,73  3.800,06  3.339,95  2.882,44  1.941,39  ‐54,58% 

Resende  10.875,22  12.765,93  11.618,01  9.235,15  11.040,78  12.028,50  13.056,69  11.763,21  7.560,98  ‐30,48% 

Rio Claro  7.618,08  8.870,09  9.143,12  8.378,14  9.252,71  6.398,63  6.601,82  5.536,69  5.772,24  ‐24,23% 

Rio das Flores  5.265,08  6.014,35  5.444,55  4.590,70  4.718,06  5.106,95  4.449,91  3.973,63  2.641,61  ‐49,83% 

Valença  13.344,47  15.022,75  13.856,27  11.962,30  12.904,19  12.880,89  11.250,98  10.624,60  7.471,99  ‐44,01% 

Volta Redonda  1.906,60  1.988,21  1.756,28  1.407,41  1.608,61  1.991,57  2.076,84  2.061,64  2.222,26  16,56% 

Região Centro‐Sul Fluminense  45.542,51  51.246,87  51.338,36  42.242,11  42.027,59  45.106,60  39.546,35  38.777,83  30.919,08  ‐32,11% 

Areal  774,69  847,88  838,16  688,56  715,75  538,17  524,42  490,01  386,91  ‐50,06% 

Comendador Levy Gasparian  592,37  611,90  591,27  521,44  573,16  721,52  525,97  474,01  443,89  ‐25,07% 

Engenheiro Paulo de Frontin  1.193,38  1.460,56  1.519,95  1.341,24  1.458,48  643,36  692,45  574,04  497,44  ‐58,32% 

Mendes  203,62  228,25  239,86  211,81  219,28  217,21  200,69  177,80  144,87  ‐28,85% 

Miguel Pereira  1.979,48  2.265,63  2.405,03  2.095,29  2.335,09  2.437,11  2.211,76  1.954,21  1.398,18  ‐29,37% 

Paraíba do Sul  4.898,47  5.231,98  4.748,63  4.053,94  5.449,39  6.522,60  6.371,67  5.371,25  5.017,10  2,42% 

Paty do Alferes  9.162,86  10.560,87  10.912,48  8.271,64  7.066,16  9.537,37  5.829,51  6.413,23  4.697,19  ‐48,74% 

Page 134: Rio de Janeiro

134 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Sapucaia  4.801,51  5.842,04  5.806,68  5.199,72  5.190,50  6.740,82  5.797,40  5.305,96  4.115,33  ‐14,29% 

Três Rios  11.955,67  13.147,87  12.968,49  11.242,96  10.147,14  8.809,96  10.316,52  11.146,81  9.279,63  ‐22,38% 

Vassouras  9.980,46  11.049,89  11.307,81  8.615,49  8.872,65  8.938,49  7.075,97  6.870,50  4.938,54  ‐50,52% 

Região da Costa Verde  26.336,75  28.417,24  30.968,32  27.580,99  28.069,99  29.421,41  29.131,60  33.733,82  30.268,53  14,93% 

Angra dos Reis  7.732,95  8.407,50  8.432,98  7.270,46  7.379,33  7.796,43  7.826,34  9.668,01  8.870,34  14,71% 

Itaguaí  6.835,04  7.205,23  8.877,05  7.458,83  7.464,48  7.944,51  7.988,03  8.348,28  7.132,66  4,35% 

Mangaratiba  3.174,64  3.505,64  4.211,47  4.684,97  5.097,17  4.904,01  4.551,36  5.078,63  4.676,43  47,31% 

Parati  8.594,12  9.298,87  9.446,81  8.166,73  8.129,01  8.776,47  8.765,87  10.638,90  9.589,10  11,58% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 135: Rio de Janeiro

135 

ANEXO G – Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Agropecuária – 1999‐2007  

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  0,00% 

Região Metropolitana  11,06%  11,04%  11,03%  11,53%  11,30%  10,80%  11,49%  12,81%  13,57%  2,50% 

Rio de Janeiro  3,54%  3,50%  3,44%  3,54%  3,48%  3,65%  3,82%  4,41%  4,30%  0,75% 

Belford Roxo  0,13%  0,12%  0,12%  0,13%  0,13%  0,12%  0,13%  0,15%  0,17%  0,04% 

Duque de Caxias  0,55%  0,53%  0,53%  0,53%  0,56%  0,45%  0,49%  0,56%  0,61%  0,06% 

Guapimirim  0,33%  0,39%  0,49%  0,51%  0,45%  0,41%  0,40%  0,36%  0,40%  0,08% 

Itaboraí  0,50%  0,47%  0,46%  0,50%  0,52%  0,43%  0,45%  0,44%  0,52%  0,03% 

Japeri  0,23%  0,21%  0,15%  0,28%  0,29%  0,23%  0,23%  0,22%  0,22%  ‐0,01% 

Magé  1,52%  1,61%  1,59%  1,55%  1,53%  1,47%  1,51%  1,69%  1,81%  0,29% 

Mesquita  ‐  ‐  0,01%  0,03%  0,02%  0,02%  0,01%  0,02%  0,03%  ‐ 

Nilópolis  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 

Niterói  0,92%  0,91%  0,91%  0,91%  0,92%  0,86%  0,96%  1,17%  1,33%  0,41% 

Nova Iguaçu  0,58%  0,59%  0,56%  0,72%  0,68%  0,63%  0,67%  0,68%  0,64%  0,06% 

Paracambi  0,16%  0,15%  0,19%  0,19%  0,18%  0,15%  0,15%  0,14%  0,20%  0,05% 

Queimados  0,15%  0,14%  0,13%  0,23%  0,20%  0,19%  0,17%  0,16%  0,15%  0,00% 

São Gonçalo  1,77%  1,74%  1,73%  1,70%  1,71%  1,58%  1,76%  2,11%  2,40%  0,63% 

São João de Meriti  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,06%  0,07%  0,08%  0,02% 

Seropédica  0,50%  0,49%  0,49%  0,49%  0,45%  0,43%  0,55%  0,48%  0,53%  0,03% 

Tanguá  0,13%  0,12%  0,17%  0,15%  0,13%  0,12%  0,15%  0,13%  0,18%  0,05% 

Região Noroeste Fluminense  11,79%  11,14%  11,40%  11,75%  12,84%  13,53%  14,47%  13,06%  14,08%  2,29% 

Aperibé  0,30%  0,31%  0,32%  0,33%  0,35%  0,36%  0,34%  0,30%  0,28%  ‐0,02% 

Bom Jesus do Itabapoana  1,06%  1,05%  1,15%  1,19%  1,42%  1,35%  1,43%  1,24%  1,56%  0,50% 

Cambuci  1,48%  1,21%  1,33%  1,44%  1,26%  1,65%  1,52%  1,40%  1,29%  ‐0,19% 

Italva  0,49%  0,47%  0,49%  0,52%  0,59%  0,57%  0,63%  0,55%  0,65%  0,16% 

Itaocara  1,26%  1,21%  1,34%  1,27%  1,37%  1,30%  1,32%  1,30%  1,27%  0,02% 

Itaperuna  2,11%  2,12%  2,08%  2,21%  2,38%  2,34%  2,52%  2,16%  2,40%  0,29% 

Laje do Muriaé  0,36%  0,33%  0,33%  0,34%  0,37%  0,35%  0,35%  0,30%  0,35%  ‐0,01% 

Miracema  0,55%  0,47%  0,52%  0,54%  0,61%  0,57%  0,62%  0,54%  0,60%  0,05% 

Page 136: Rio de Janeiro

136 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Natividade  0,67%  0,69%  0,71%  0,80%  0,86%  0,76%  0,82%  0,68%  0,76%  0,09% 

Porciúncula  0,59%  0,59%  0,61%  0,51%  0,73%  0,86%  1,01%  1,03%  1,11%  0,51% 

Santo Antônio de Pádua  1,29%  1,19%  1,17%  1,24%  1,31%  1,35%  1,36%  1,28%  1,36%  0,07% 

São José de Ubá  1,20%  1,03%  0,82%  0,95%  0,92%  1,07%  1,40%  1,13%  0,90%  ‐0,30% 

Varre‐Sai  0,43%  0,47%  0,53%  0,40%  0,67%  1,00%  1,15%  1,15%  1,55%  1,12% 

Região Norte Fluminense  24,72%  24,66%  23,50%  24,25%  24,49%  22,61%  21,02%  21,48%  23,98%  ‐0,73% 

Campos dos Goytacazes  10,66%  9,95%  9,27%  9,83%  9,77%  9,07%  8,01%  7,48%  9,36%  ‐1,31% 

Carapebus  0,68%  1,08%  0,92%  0,85%  0,92%  0,76%  0,77%  0,78%  0,62%  ‐0,07% 

Cardoso Moreira  0,82%  0,78%  0,72%  0,74%  0,77%  0,69%  0,66%  0,59%  0,91%  0,09% 

Conceição de Macabu  0,49%  0,50%  0,48%  0,51%  0,56%  0,49%  0,44%  0,38%  0,44%  ‐0,05% 

Macaé  2,18%  2,28%  2,43%  2,20%  2,31%  2,12%  2,22%  2,36%  2,95%  0,77% 

Quissamã  1,08%  1,64%  1,76%  1,46%  1,34%  1,38%  1,22%  1,90%  1,65%  0,56% 

São Fidélis  1,99%  2,00%  1,72%  1,81%  1,84%  1,60%  1,51%  1,37%  1,78%  ‐0,21% 

São Francisco de Itabapoana  5,47%  5,15%  5,00%  5,62%  5,74%  5,35%  5,04%  5,38%  4,71%  ‐0,76% 

São João da Barra  1,34%  1,29%  1,19%  1,24%  1,25%  1,15%  1,16%  1,24%  1,57%  0,23% 

Região Serrana  22,16%  22,18%  22,53%  22,07%  20,62%  25,55%  24,55%  24,42%  20,08%  ‐2,08% 

Bom Jardim  1,08%  0,92%  0,79%  0,88%  1,00%  1,28%  1,25%  1,25%  1,08%  0,00% 

Cantagalo  1,22%  1,24%  1,23%  1,23%  1,32%  1,20%  1,20%  1,08%  1,04%  ‐0,18% 

Carmo  1,05%  1,02%  1,04%  1,02%  1,02%  1,00%  1,03%  1,00%  1,02%  ‐0,04% 

Cordeiro  0,19%  0,19%  0,20%  0,20%  0,22%  0,21%  0,20%  0,21%  0,21%  0,02% 

Duas Barras  1,05%  1,04%  0,97%  1,02%  1,10%  1,16%  1,20%  1,15%  1,05%  0,00% 

Macuco  0,14%  0,13%  0,13%  0,13%  0,16%  0,14%  0,16%  0,13%  0,12%  ‐0,02% 

Nova Friburgo  2,23%  2,38%  2,34%  2,31%  2,01%  2,87%  2,73%  2,87%  2,77%  0,53% 

Petrópolis  0,76%  0,91%  0,91%  0,89%  0,78%  0,97%  0,87%  0,80%  0,68%  ‐0,08% 

Santa Maria Madalena  1,15%  1,13%  1,18%  0,96%  1,01%  0,80%  0,79%  0,69%  0,72%  ‐0,43% 

São José do Vale do Rio Preto  1,25%  1,01%  1,43%  1,43%  1,27%  1,10%  1,27%  1,17%  1,16%  ‐0,09% 

São Sebastião do Alto  0,95%  1,00%  1,01%  0,93%  1,02%  0,99%  0,95%  0,91%  0,82%  ‐0,13% 

Sumidouro  3,58%  3,76%  3,71%  3,61%  3,19%  4,48%  4,17%  4,28%  3,09%  ‐0,49% 

Teresópolis  6,83%  6,80%  6,86%  6,83%  5,85%  8,69%  8,07%  8,27%  5,78%  ‐1,05% 

Trajano de Morais  0,69%  0,67%  0,73%  0,64%  0,67%  0,66%  0,65%  0,61%  0,57%  ‐0,12% 

Região das Baixadas Litorâneas  9,58%  9,73%  10,01%  9,57%  8,91%  8,22%  8,26%  8,59%  9,45%  ‐0,13% 

Page 137: Rio de Janeiro

137 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Araruama  1,39%  1,58%  1,54%  1,71%  1,53%  1,12%  1,10%  1,31%  1,19%  ‐0,20% 

Armação dos Búzios  0,17%  0,17%  0,17%  0,17%  0,16%  0,15%  0,17%  0,21%  0,24%  0,07% 

Arraial do Cabo  0,34%  0,34%  0,34%  0,34%  0,34%  0,32%  0,36%  0,44%  0,50%  0,16% 

Cabo Frio  1,44%  1,42%  1,83%  1,71%  1,56%  1,46%  1,39%  1,59%  1,87%  0,43% 

Cachoeiras de Macacu  1,80%  1,79%  1,63%  1,63%  1,40%  1,53%  1,51%  1,31%  1,09%  ‐0,71% 

Casimiro de Abreu  0,48%  0,46%  0,48%  0,48%  0,49%  0,45%  0,46%  0,45%  0,66%  0,18% 

Iguaba Grande  0,09%  0,09%  0,08%  0,08%  0,08%  0,23%  0,09%  0,10%  0,14%  0,05% 

Maricá  0,67%  0,64%  0,44%  0,43%  0,39%  0,31%  0,31%  0,33%  0,35%  ‐0,31% 

Rio Bonito  0,57%  0,56%  0,60%  0,51%  0,54%  0,46%  0,53%  0,45%  0,55%  ‐0,03% 

Rio das Ostras  0,36%  0,39%  0,38%  0,37%  0,38%  0,34%  0,39%  0,42%  0,61%  0,24% 

São Pedro da Aldeia  0,87%  0,89%  1,01%  0,77%  0,63%  0,57%  0,62%  0,75%  0,97%  0,10% 

Saquarema  0,50%  0,55%  0,54%  0,53%  0,53%  0,52%  0,54%  0,55%  0,57%  0,07% 

Silva Jardim  0,89%  0,86%  0,98%  0,84%  0,88%  0,79%  0,79%  0,69%  0,71%  ‐0,18% 

Região do Médio Paraíba  10,73%  11,06%  10,84%  10,33%  11,20%  9,39%  10,04%  9,03%  7,87%  ‐2,86% 

Barra do Piraí  1,89%  2,08%  2,12%  1,87%  1,99%  1,40%  1,47%  1,34%  1,14%  ‐0,76% 

Barra Mansa  1,37%  1,41%  1,27%  1,33%  1,43%  1,38%  1,43%  1,20%  0,77%  ‐0,61% 

Itatiaia  0,29%  0,22%  0,24%  0,19%  0,19%  0,17%  0,18%  0,19%  0,20%  ‐0,10% 

Pinheiral  0,09%  0,09%  0,09%  0,10%  0,09%  0,08%  0,08%  0,08%  0,16%  0,07% 

Piraí  0,81%  0,85%  1,01%  0,82%  0,79%  0,62%  0,80%  0,79%  0,61%  ‐0,21% 

Porto Real  0,26%  0,19%  0,15%  0,14%  0,15%  0,13%  0,06%  0,05%  0,06%  ‐0,21% 

Quatis  0,59%  0,51%  0,53%  0,52%  0,58%  0,50%  0,49%  0,42%  0,35%  ‐0,24% 

Resende  1,51%  1,63%  1,51%  1,39%  1,67%  1,60%  1,93%  1,72%  1,36%  ‐0,15% 

Rio Claro  1,06%  1,13%  1,19%  1,26%  1,40%  0,85%  0,98%  0,81%  1,04%  ‐0,02% 

Rio das Flores  0,73%  0,77%  0,71%  0,69%  0,72%  0,68%  0,66%  0,58%  0,47%  ‐0,26% 

Valença  1,85%  1,92%  1,80%  1,80%  1,96%  1,71%  1,66%  1,55%  1,34%  ‐0,51% 

Volta Redonda  0,26%  0,25%  0,23%  0,21%  0,24%  0,26%  0,31%  0,30%  0,40%  0,13% 

Região Centro‐Sul Fluminense  6,32%  6,56%  6,66%  6,36%  6,37%  5,99%  5,85%  5,67%  5,55%  ‐0,77% 

Areal  0,11%  0,11%  0,11%  0,10%  0,11%  0,07%  0,08%  0,07%  0,07%  ‐0,04% 

Comendador Levy Gasparian  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,09%  0,10%  0,08%  0,07%  0,08%  0,00% 

Engenheiro Paulo de Frontin  0,17%  0,19%  0,20%  0,20%  0,22%  0,09%  0,10%  0,08%  0,09%  ‐0,08% 

Mendes  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Page 138: Rio de Janeiro

138 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Miguel Pereira  0,27%  0,29%  0,31%  0,32%  0,35%  0,32%  0,33%  0,29%  0,25%  ‐0,02% 

Paraíba do Sul  0,68%  0,67%  0,62%  0,61%  0,83%  0,87%  0,94%  0,79%  0,90%  0,22% 

Paty do Alferes  1,27%  1,35%  1,42%  1,24%  1,07%  1,27%  0,86%  0,94%  0,84%  ‐0,43% 

Sapucaia  0,67%  0,75%  0,75%  0,78%  0,79%  0,90%  0,86%  0,78%  0,74%  0,07% 

Três Rios  1,66%  1,68%  1,68%  1,69%  1,54%  1,17%  1,53%  1,63%  1,66%  0,01% 

Vassouras  1,38%  1,41%  1,47%  1,30%  1,35%  1,19%  1,05%  1,00%  0,89%  ‐0,50% 

Região da Costa Verde  3,65%  3,64%  4,02%  4,15%  4,26%  3,91%  4,31%  4,93%  5,43%  1,78% 

Angra dos Reis  1,07%  1,08%  1,09%  1,09%  1,12%  1,04%  1,16%  1,41%  1,59%  0,52% 

Itaguaí  0,95%  0,92%  1,15%  1,12%  1,13%  1,06%  1,18%  1,22%  1,28%  0,33% 

Mangaratiba  0,44%  0,45%  0,55%  0,70%  0,77%  0,65%  0,67%  0,74%  0,84%  0,40% 

Parati  1,19%  1,19%  1,23%  1,23%  1,23%  1,17%  1,30%  1,56%  1,72%  0,53% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 139: Rio de Janeiro

139 

ANEXO H – PIB Municipal – Indústria – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional 

Regiões de Governo/Municípios 

1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  24.454.344,61  28.549.245,87  27.198.971,01  29.727.175,79  31.061.422,05  36.250.570,35  39.684.808,37  45.473.092,56  42.912.955,31  75,48% 

Região Metropolitana  15.418.448,77  15.645.652,90  14.675.193,19  14.911.134,37  14.824.930,26  17.389.177,05  16.185.218,04  15.940.651,64  17.427.020,21  13,03% 

Rio de Janeiro  10.466.350,28  10.234.829,25  9.462.976,99  9.718.300,80  9.045.472,97  10.051.526,62  7.974.630,89  8.408.065,62  7.881.517,48  ‐24,70% 

Belford Roxo  365.860,43  370.926,09  338.583,89  357.601,36  346.228,07  460.882,06  331.294,89  369.500,07  360.548,08  ‐1,45% 

Duque de Caxias  2.080.265,51  2.512.257,55  2.428.690,11  2.360.973,36  3.004.626,89  3.903.250,16  5.608.667,55  4.877.843,54  6.714.710,44  222,78% 

Guapimirim  39.022,82  41.256,93  36.516,31  32.639,92  38.130,95  42.401,42  34.005,17  33.998,29  34.216,70  ‐12,32% 

Itaboraí  113.793,26  115.311,10  111.346,37  135.419,95  127.916,28  150.778,74  119.234,86  110.498,34  109.385,96  ‐3,87% 

Japeri  25.183,74  24.222,99  24.815,42  25.997,98  24.200,86  28.728,74  29.799,02  27.530,86  27.575,71  9,50% 

Magé  99.357,80  97.761,09  91.456,85  96.830,68  80.592,82  89.457,43  86.452,29  84.535,92  89.944,51  ‐9,47% 

Mesquita  ‐  ‐  59.889,51  63.406,20  60.835,13  67.718,78  65.143,33  66.425,84  70.567,75 

Nilópolis  73.295,82  74.513,25  69.041,53  69.314,45  65.157,45  73.319,88  66.394,39  62.248,40  66.655,87  ‐9,06% 

Niterói  503.044,33  529.056,50  447.397,83  492.243,41  539.515,41  900.411,87  561.037,64  563.086,44  693.541,04  37,87% 

Nova Iguaçu  512.663,40  520.717,25  501.759,11  480.582,62  482.405,64  527.206,52  459.788,93  484.825,50  502.109,46  ‐2,06% 

Paracambi  27.626,78  27.855,42  27.616,25  29.894,91  30.729,51  28.260,59  21.048,06  19.663,76  18.724,75  ‐32,22% 

Queimados  200.486,78  201.104,96  221.515,07  146.094,24  128.512,44  142.916,05  98.466,01  93.313,84  93.098,82  ‐53,56% 

São Gonçalo  641.842,90  617.798,94  594.326,48  628.004,25  576.216,51  638.901,47  499.168,44  519.164,48  518.119,88  ‐19,28% 

São João de Meriti  214.273,30  208.684,53  187.751,55  192.741,65  182.808,30  193.382,88  176.702,69  166.984,19  172.604,23  ‐19,45% 

Seropédica  40.201,78  50.827,93  54.497,85  62.123,32  63.361,34  71.711,96  39.627,22  37.713,25  53.223,88  32,39% 

Tanguá  15.179,87  18.529,13  17.012,07  18.965,25  28.219,69  18.321,90  13.756,66  15.253,31  20.475,66  34,89% 

Região Noroeste Fluminense  214.027,11  217.216,16  154.430,12  152.982,05  194.630,71  202.841,60  406.022,58  337.354,54  332.409,31  55,31% 

Aperibé  4.310,24  4.126,81  3.892,24  3.658,78  3.800,68  3.964,74  3.507,43  3.399,47  3.434,06  ‐20,33% Bom Jesus do 

Itabapoana 20.847,37  19.872,12  18.349,20  17.219,95  20.114,09  20.448,53  21.409,55  20.822,55 

20.701,08  ‐0,70% 

Cambuci  5.314,88  5.117,87  5.151,32  5.096,49  4.789,67  5.180,33  5.117,00  4.447,55  4.987,76  ‐6,15% 

Italva  8.285,07  7.135,82  6.500,71  5.665,59  5.799,90  5.821,87  5.422,06  5.413,79  5.668,04  ‐31,59% 

Itaocara  13.043,17  11.888,25  10.834,89  11.597,17  11.524,43  11.954,14  21.308,64  21.080,58  21.144,47  62,11% 

Itaperuna  96.050,27  104.504,70  49.407,46  49.922,84  85.986,37  76.579,49  279.153,87  213.359,02  201.411,35  109,69% 

Laje do Muriaé  2.656,34  2.612,67  2.572,58  2.886,63  2.938,42  3.006,46  3.774,89  4.682,31  3.849,40  44,91% 

Miracema  16.629,30  14.307,49  13.515,71  13.399,62  12.679,22  14.112,05  11.748,00  10.659,12  10.850,09  ‐34,75% 

Page 140: Rio de Janeiro

140 

Regiões de Governo/Municípios 

1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Natividade  6.453,98  6.587,33  5.908,71  6.328,91  6.361,35  6.413,33  11.496,06  11.042,96  10.026,06  55,35% 

Porciúncula  7.834,06  7.977,03  7.265,40  7.782,47  8.280,58  23.504,06  7.829,67  7.910,25  7.617,89  ‐2,76% 

Santo Antônio de Pádua  27.476,63  28.111,43  26.405,52  24.343,77  27.378,65  26.706,17  30.291,62  29.679,95  37.554,07  36,68% 

São José de Ubá  2.491,18  2.259,43  2.027,76  2.428,64  2.393,30  2.396,47  2.237,95  2.266,30  2.412,05  ‐3,18% 

Varre‐Sai  2.634,62  2.715,21  2.598,64  2.651,18  2.584,05  2.753,97  2.725,85  2.590,70  2.752,99  4,49% 

Região Norte Fluminense  2.875.199,39  5.531.818,81  5.333.797,41  6.636.808,26  7.442.939,11  8.099.679,71  11.466.405,75  15.477.474,75  13.153.835,74  357,49% 

Campos dos Goytacazes  1.872.171,57  3.702.499,34  3.537.853,49  4.434.597,30  5.011.349,80  5.438.567,01  8.305.930,33  11.424.008,79  9.446.624,57  404,58% 

Carapebus  84.530,68  138.016,28  109.310,61  114.727,81  119.433,40  138.920,45  163.374,27  196.035,11  166.783,01  97,30% 

Cardoso Moreira  4.441,70  4.374,44  4.365,74  4.353,15  4.023,64  4.425,79  4.028,10  3.683,49  3.931,89  ‐11,48% 

Conceição de Macabu  8.608,09  8.460,43  8.057,57  8.175,15  7.750,01  8.345,39  7.736,33  7.561,87  7.426,66  ‐13,72% 

Macaé  466.035,63  928.755,64  1.084.645,23  1.437.031,31  1.416.107,03  1.522.733,75  1.802.052,42  2.092.271,74  1.699.290,77  264,63% 

Quissamã  363.620,18  612.470,64  487.207,65  565.904,71  634.217,38  664.526,38  847.771,71  1.307.048,86  1.459.673,65  301,43% 

São Fidélis  17.043,91  15.724,54  17.171,04  20.802,04  21.026,25  44.145,33  22.223,81  21.766,06  22.343,99  31,10% São Francisco de 

Itabapoana 15.217,85  14.388,82  13.680,15  14.402,89  13.738,12  15.060,99  14.566,60  14.110,07 

14.909,58  ‐2,03% 

São João da Barra  43.529,79  107.128,71  71.505,94  36.813,89  215.293,47  262.954,62  298.722,18  410.988,76  332.851,62  664,65% 

Região Serrana  852.869,39  858.488,47  723.833,77  895.542,76  907.423,96  959.292,55  972.798,42  1.125.037,03  1.181.143,37  38,49% 

Bom Jardim  14.338,04  16.601,28  14.201,23  14.443,33  10.899,05  11.160,74  8.928,20  9.107,66  10.552,35  ‐26,40% 

Cantagalo  98.041,56  106.804,94  88.329,23  92.700,54  76.957,60  95.629,52  62.571,00  62.975,72  68.307,33  ‐30,33% 

Carmo  30.152,02  32.780,66  21.664,13  20.863,40  22.942,41  28.729,35  45.759,70  34.646,41  34.083,56  13,04% 

Cordeiro  12.521,47  12.050,46  10.890,08  10.369,15  9.665,72  11.934,43  8.902,09  10.233,05  10.255,05  ‐18,10% 

Duas Barras  6.427,96  5.352,61  4.487,08  4.939,98  4.913,87  6.094,14  4.301,39  4.282,76  4.529,54  ‐29,53% 

Macuco  5.438,45  5.203,63  4.676,03  5.411,69  6.609,93  7.817,63  8.043,67  7.240,53  6.407,51  17,82% 

Nova Friburgo  215.912,36  211.184,94  170.315,90  169.854,28  187.823,20  184.663,44  151.653,30  158.409,05  150.121,08  ‐30,47% 

Petrópolis  340.649,66  337.838,65  288.825,67  457.871,75  466.318,25  455.074,15  549.708,92  709.361,61  759.846,37  123,06% 

Santa Maria Madalena  7.142,06  7.308,31  7.018,50  6.381,66  4.829,96  6.317,30  4.508,99  4.014,82  5.022,58  ‐29,68% São José do Vale do Rio 

Preto 7.830,64  8.499,13  7.974,08  8.114,11  7.701,26  8.416,25  7.744,26  7.084,60 

7.133,12  ‐8,91% 

São Sebastião do Alto  3.511,83  3.178,92  3.017,67  2.998,36  2.977,91  3.086,76  2.794,55  2.646,38  2.863,88  ‐18,45% 

Sumidouro  5.696,36  6.808,57  5.769,50  6.049,77  5.592,99  8.194,84  7.350,80  6.379,00  5.748,97  0,92% 

Teresópolis  101.666,79  101.677,40  93.419,11  92.221,38  96.963,71  128.662,85  107.327,91  105.684,91  113.015,84  11,16% 

Trajano de Morais  3.540,20  3.198,99  3.245,57  3.323,35  3.228,11  3.511,15  3.203,64  2.970,54  3.256,19  ‐8,02% 

Região das Baixadas  1.227.695,70  2.186.770,75  2.285.259,84  3.077.288,30  3.275.458,14  3.702.298,30  5.961.712,75  7.815.749,05  5.978.213,25  386,95% 

Page 141: Rio de Janeiro

141 

Regiões de Governo/Municípios 

1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Litorâneas 

Araruama  48.802,26  52.451,66  49.570,11  53.443,38  53.722,09  59.966,53  55.901,81  58.323,76  62.020,94  27,09% 

Armação dos Búzios  96.846,19  158.255,24  163.532,86  234.529,09  270.875,54  290.759,85  436.298,78  534.344,77  482.902,37  398,63% 

Arraial do Cabo  38.230,75  45.614,71  40.365,67  57.590,42  44.811,93  43.409,73  49.247,30  44.146,99  38.851,13  1,62% 

Cabo Frio  310.441,00  469.072,88  492.507,10  793.116,47  918.846,34  1.165.591,78  2.102.156,36  3.029.324,90  2.304.701,15  642,40% 

Cachoeiras de Macacu  24.077,39  43.536,15  67.672,91  50.136,76  88.403,75  136.914,30  73.385,28  80.498,99  68.431,52  184,21% 

Casimiro de Abreu  44.851,52  79.417,39  86.236,03  143.173,16  132.146,40  151.824,52  518.654,64  725.830,33  541.101,28  1106,43% 

Iguaba Grande  6.452,70  7.482,33  7.549,72  8.117,19  8.051,51  8.960,99  8.186,05  7.692,14  8.449,54  30,95% 

Maricá  40.860,97  46.048,65  42.682,34  46.524,62  45.869,89  44.885,54  44.912,63  45.488,36  52.445,11  28,35% 

Rio Bonito  40.400,97  37.604,55  32.423,63  33.510,99  34.334,43  36.363,92  40.509,26  46.391,19  48.576,26  20,24% 

Rio das Ostras  512.788,41  1.183.751,63  1.241.186,50  1.594.777,23  1.617.530,86  1.694.349,50  2.565.115,01  3.176.666,22  2.297.398,85  348,02% 

São Pedro da Aldeia  32.162,58  30.870,25  29.494,17  30.754,79  30.351,51  33.904,46  33.826,83  33.132,45  35.064,66  9,02% 

Saquarema  22.208,37  21.960,39  23.180,80  24.162,35  23.235,39  26.739,18  25.187,80  25.887,41  29.522,10  32,93% 

Silva Jardim  9.572,61  10.704,93  8.858,01  7.451,85  7.278,51  8.628,00  8.330,99  8.021,53  8.748,34  ‐8,61% 

Região do Médio Paraíba  3.225.160,44  3.420.324,07  3.299.181,98  3.362.398,76  3.700.057,97  4.986.419,94  3.850.718,47  3.713.145,17  3.539.951,73  9,76% 

Barra do Piraí  112.364,02  129.282,70  108.157,16  123.441,27  128.172,76  166.949,08  109.107,54  114.964,30  132.709,06  18,11% 

Barra Mansa  475.390,79  404.001,64  402.328,14  396.333,29  446.226,31  513.909,36  451.191,15  424.955,94  306.688,63  ‐35,49% 

Itatiaia  138.735,02  228.999,43  224.506,87  146.426,59  104.881,31  276.774,62  189.613,15  164.659,41  134.421,39  ‐3,11% 

Pinheiral  7.949,40  7.978,39  8.007,79  8.445,65  7.921,31  8.587,45  8.527,71  8.287,18  8.384,24  5,47% 

Piraí  250.075,08  232.252,30  154.309,51  148.283,39  176.337,63  225.912,25  257.551,29  257.413,01  238.036,78  ‐4,81% 

Porto Real  88.041,23  114.281,49  314.000,50  378.220,61  502.702,60  780.546,44  625.331,94  586.708,50  624.866,51  609,74% 

Quatis  6.234,67  6.982,69  6.446,75  5.962,47  7.003,13  39.126,67  9.465,52  6.926,65  8.360,88  34,10% 

Resende  656.132,01  715.274,65  732.254,71  568.624,45  740.888,92  1.016.899,97  817.421,10  841.241,54  781.869,80  19,16% 

Rio Claro  6.081,07  6.071,90  6.431,70  6.199,12  5.709,03  6.416,91  6.413,29  5.810,34  6.160,58  1,31% 

Rio das Flores  3.441,84  3.892,29  3.375,27  3.398,08  3.293,29  5.330,07  5.961,34  8.631,83  7.651,09  122,30% 

Valença  45.071,91  46.241,80  43.268,80  46.689,35  45.645,57  48.976,44  36.633,59  34.912,71  49.853,77  10,61% 

Volta Redonda  1.435.643,42  1.525.064,81  1.296.094,79  1.530.374,47  1.531.276,11  1.896.990,67  1.333.500,85  1.258.633,76  1.240.949,01  ‐13,56% Região Centro‐Sul Fluminense 

234.966,87  229.685,65  183.494,11  185.887,24  193.537,75  202.831,14  187.455,51  202.152,42 201.897,38  ‐14,07% 

Areal  16.850,87  19.608,97  17.509,91  17.572,84  17.125,63  18.655,88  17.479,61  17.633,19  16.981,27  0,77% Comendador Levy 

Gasparian 12.506,11  13.429,70  7.801,73  9.129,90  12.710,85  18.683,75  18.642,22  24.153,03 

22.486,31  79,80% 

Engenheiro Paulo de  10.328,81  11.088,36  8.630,72  9.030,16  13.592,08  12.377,42  9.750,80  12.211,47  11.004,85  6,55% 

Page 142: Rio de Janeiro

142 

Regiões de Governo/Municípios 

1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Frontin 

Mendes  16.824,29  16.702,19  9.487,22  10.002,49  9.246,65  9.807,05  8.057,99  7.598,06  7.554,75  ‐55,10% 

Miguel Pereira  11.145,59  11.785,91  11.265,48  11.445,94  11.272,70  12.020,58  11.456,32  11.189,62  11.960,72  7,31% 

Paraíba do Sul  18.701,11  22.583,56  20.615,14  23.457,02  24.185,77  26.431,31  22.818,72  22.484,91  22.646,38  21,10% 

Paty do Alferes  10.148,76  10.556,65  9.678,87  10.004,34  9.626,80  10.744,59  10.001,76  9.898,83  10.348,41  1,97% 

Sapucaia  10.405,34  10.849,73  10.707,30  10.178,65  11.107,19  11.180,00  8.422,28  9.132,55  9.114,95  ‐12,40% 

Três Rios  111.690,54  97.272,12  72.859,14  70.642,69  70.647,11  68.118,79  66.964,65  74.573,71  75.569,13  ‐32,34% 

Vassouras  16.365,44  15.808,48  14.938,60  14.423,21  14.022,97  14.811,77  13.861,17  13.277,05  14.230,61  ‐13,04% 

Região da Costa Verde  405.976,93  459.289,06  543.780,59  505.134,05  522.444,15  708.030,06  654.476,85  861.527,96  1.098.484,32  170,58% 

Angra dos Reis  308.340,53  356.814,64  446.615,21  390.139,10  401.134,62  560.644,95  535.552,50  732.032,47  933.830,00  202,86% 

Itaguaí  66.929,65  72.024,66  67.379,48  84.183,84  89.920,88  111.111,94  84.215,21  93.563,37  111.740,98  66,95% 

Mangaratiba  16.726,34  17.012,48  16.852,47  17.097,02  18.065,73  21.596,31  21.430,42  22.881,77  23.760,56  42,05% 

Parati  13.980,41  13.437,29  12.933,42  13.714,08  13.322,92  14.676,86  13.278,72  13.050,36  29.152,78  108,53% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 143: Rio de Janeiro

143 

ANEXO I ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Indústria – 1999‐2007 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  0,00% 

Região Metropolitana  63,05%  54,80%  53,95%  50,16%  47,73%  47,97%  40,78%  35,06%  40,61%  ‐22,44% 

Rio de Janeiro  42,80%  35,85%  34,79%  32,69%  29,12%  27,73%  20,09%  18,49%  18,37%  ‐24,43% 

Belford Roxo  1,50%  1,30%  1,24%  1,20%  1,11%  1,27%  0,83%  0,81%  0,84%  ‐0,66% 

Duque de Caxias  8,51%  8,80%  8,93%  7,94%  9,67%  10,77%  14,13%  10,73%  15,65%  7,14% 

Guapimirim  0,16%  0,14%  0,13%  0,11%  0,12%  0,12%  0,09%  0,07%  0,08%  ‐0,08% 

Itaboraí  0,47%  0,40%  0,41%  0,46%  0,41%  0,42%  0,30%  0,24%  0,25%  ‐0,21% 

Japeri  0,10%  0,08%  0,09%  0,09%  0,08%  0,08%  0,08%  0,06%  0,06%  ‐0,04% 

Magé  0,41%  0,34%  0,34%  0,33%  0,26%  0,25%  0,22%  0,19%  0,21%  ‐0,20% 

Mesquita  #VALOR!  #VALOR!  0,22%  0,21%  0,20%  0,19%  0,16%  0,15%  0,16%  #VALOR! 

Nilópolis  0,30%  0,26%  0,25%  0,23%  0,21%  0,20%  0,17%  0,14%  0,16%  ‐0,14% 

Niterói  2,06%  1,85%  1,64%  1,66%  1,74%  2,48%  1,41%  1,24%  1,62%  ‐0,44% 

Nova Iguaçu  2,10%  1,82%  1,84%  1,62%  1,55%  1,45%  1,16%  1,07%  1,17%  ‐0,93% 

Paracambi  0,11%  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  0,08%  0,05%  0,04%  0,04%  ‐0,07% 

Queimados  0,82%  0,70%  0,81%  0,49%  0,41%  0,39%  0,25%  0,21%  0,22%  ‐0,60% 

São Gonçalo  2,62%  2,16%  2,19%  2,11%  1,86%  1,76%  1,26%  1,14%  1,21%  ‐1,42% 

São João de Meriti  0,88%  0,73%  0,69%  0,65%  0,59%  0,53%  0,45%  0,37%  0,40%  ‐0,47% 

Seropédica  0,16%  0,18%  0,20%  0,21%  0,20%  0,20%  0,10%  0,08%  0,12%  ‐0,04% 

Tanguá  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,09%  0,05%  0,03%  0,03%  0,05%  ‐0,01% 

Região Noroeste Fluminense  0,88%  0,76%  0,57%  0,51%  0,63%  0,56%  1,02%  0,74%  0,77%  ‐0,10% 

Aperibé  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Bom Jesus do Itabapoana  0,09%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,05%  0,05%  0,05%  ‐0,04% 

Cambuci  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Italva  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,02% 

Itaocara  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,05%  0,05%  0,05%  0,00% 

Itaperuna  0,39%  0,37%  0,18%  0,17%  0,28%  0,21%  0,70%  0,47%  0,47%  0,08% 

Laje do Muriaé  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,00% 

Miracema  0,07%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,03%  0,02%  0,03%  ‐0,04% 

Natividade  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,03%  0,02%  0,02%  0,00% 

Page 144: Rio de Janeiro

144 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Porciúncula  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,06%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,01% 

Santo Antônio de Pádua  0,11%  0,10%  0,10%  0,08%  0,09%  0,07%  0,08%  0,07%  0,09%  ‐0,02% 

São José de Ubá  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,00%  0,01%  0,00% 

Varre‐Sai  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,00% 

Região Norte Fluminense  11,76%  19,38%  19,61%  22,33%  23,96%  22,34%  28,89%  34,04%  30,65%  18,89% 

Campos dos Goytacazes  7,66%  12,97%  13,01%  14,92%  16,13%  15,00%  20,93%  25,12%  22,01%  14,36% 

Carapebus  0,35%  0,48%  0,40%  0,39%  0,38%  0,38%  0,41%  0,43%  0,39%  0,04% 

Cardoso Moreira  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Conceição de Macabu  0,04%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,02% 

Macaé  1,91%  3,25%  3,99%  4,83%  4,56%  4,20%  4,54%  4,60%  3,96%  2,05% 

Quissamã  1,49%  2,15%  1,79%  1,90%  2,04%  1,83%  2,14%  2,87%  3,40%  1,91% 

São Fidélis  0,07%  0,06%  0,06%  0,07%  0,07%  0,12%  0,06%  0,05%  0,05%  ‐0,02% 

São Francisco de Itabapoana  0,06%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  ‐0,03% 

São João da Barra  0,18%  0,38%  0,26%  0,12%  0,69%  0,73%  0,75%  0,90%  0,78%  0,60% 

Região Serrana  3,49%  3,01%  2,66%  3,01%  2,92%  2,65%  2,45%  2,47%  2,75%  ‐0,74% 

Bom Jardim  0,06%  0,06%  0,05%  0,05%  0,04%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,03% 

Cantagalo  0,40%  0,37%  0,32%  0,31%  0,25%  0,26%  0,16%  0,14%  0,16%  ‐0,24% 

Carmo  0,12%  0,11%  0,08%  0,07%  0,07%  0,08%  0,12%  0,08%  0,08%  ‐0,04% 

Cordeiro  0,05%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,03% 

Duas Barras  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,02% 

Macuco  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  ‐0,01% 

Nova Friburgo  0,88%  0,74%  0,63%  0,57%  0,60%  0,51%  0,38%  0,35%  0,35%  ‐0,53% 

Petrópolis  1,39%  1,18%  1,06%  1,54%  1,50%  1,26%  1,39%  1,56%  1,77%  0,38% 

Santa Maria Madalena  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,02% 

São José do Vale do Rio Preto  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,02% 

São Sebastião do Alto  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Sumidouro  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Teresópolis  0,42%  0,36%  0,34%  0,31%  0,31%  0,35%  0,27%  0,23%  0,26%  ‐0,15% 

Trajano de Morais  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Região das Baixadas Litorâneas  5,02%  7,66%  8,40%  10,35%  10,55%  10,21%  15,02%  17,19%  13,93%  8,91% 

Araruama  0,20%  0,18%  0,18%  0,18%  0,17%  0,17%  0,14%  0,13%  0,14%  ‐0,06% 

Armação dos Búzios  0,40%  0,55%  0,60%  0,79%  0,87%  0,80%  1,10%  1,18%  1,13%  0,73% 

Page 145: Rio de Janeiro

145 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Arraial do Cabo  0,16%  0,16%  0,15%  0,19%  0,14%  0,12%  0,12%  0,10%  0,09%  ‐0,07% 

Cabo Frio  1,27%  1,64%  1,81%  2,67%  2,96%  3,22%  5,30%  6,66%  5,37%  4,10% 

Cachoeiras de Macacu  0,10%  0,15%  0,25%  0,17%  0,28%  0,38%  0,18%  0,18%  0,16%  0,06% 

Casimiro de Abreu  0,18%  0,28%  0,32%  0,48%  0,43%  0,42%  1,31%  1,60%  1,26%  1,08% 

Iguaba Grande  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,01% 

Maricá  0,17%  0,16%  0,16%  0,16%  0,15%  0,12%  0,11%  0,10%  0,12%  ‐0,04% 

Rio Bonito  0,17%  0,13%  0,12%  0,11%  0,11%  0,10%  0,10%  0,10%  0,11%  ‐0,05% 

Rio das Ostras  2,10%  4,15%  4,56%  5,36%  5,21%  4,67%  6,46%  6,99%  5,35%  3,26% 

São Pedro da Aldeia  0,13%  0,11%  0,11%  0,10%  0,10%  0,09%  0,09%  0,07%  0,08%  ‐0,05% 

Saquarema  0,09%  0,08%  0,09%  0,08%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,07%  ‐0,02% 

Silva Jardim  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,02% 

Região do Médio Paraíba  13,19%  11,98%  12,13%  11,31%  11,91%  13,76%  9,70%  8,17%  8,25%  ‐4,94% 

Barra do Piraí  0,46%  0,45%  0,40%  0,42%  0,41%  0,46%  0,27%  0,25%  0,31%  ‐0,15% 

Barra Mansa  1,94%  1,42%  1,48%  1,33%  1,44%  1,42%  1,14%  0,93%  0,71%  ‐1,23% 

Itatiaia  0,57%  0,80%  0,83%  0,49%  0,34%  0,76%  0,48%  0,36%  0,31%  ‐0,25% 

Pinheiral  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,01% 

Piraí  1,02%  0,81%  0,57%  0,50%  0,57%  0,62%  0,65%  0,57%  0,55%  ‐0,47% 

Porto Real  0,36%  0,40%  1,15%  1,27%  1,62%  2,15%  1,58%  1,29%  1,46%  1,10% 

Quatis  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,11%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,01% 

Resende  2,68%  2,51%  2,69%  1,91%  2,39%  2,81%  2,06%  1,85%  1,82%  ‐0,86% 

Rio Claro  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,01%  0,01%  ‐0,01% 

Rio das Flores  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,01%  0,02%  0,02%  0,02%  0,00% 

Valença  0,18%  0,16%  0,16%  0,16%  0,15%  0,14%  0,09%  0,08%  0,12%  ‐0,07% 

Volta Redonda  5,87%  5,34%  4,77%  5,15%  4,93%  5,23%  3,36%  2,77%  2,89%  ‐2,98% 

Região Centro‐Sul Fluminense  0,96%  0,80%  0,67%  0,63%  0,62%  0,56%  0,47%  0,44%  0,47%  ‐0,49% 

Areal  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  ‐0,03% 

Comendador Levy Gasparian  0,05%  0,05%  0,03%  0,03%  0,04%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,00% 

Engenheiro Paulo de Frontin  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,04%  0,03%  0,02%  0,03%  0,03%  ‐0,02% 

Mendes  0,07%  0,06%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,05% 

Miguel Pereira  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,02%  0,03%  ‐0,02% 

Paraíba do Sul  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,07%  0,06%  0,05%  0,05%  ‐0,02% 

Paty do Alferes  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,02%  0,02%  ‐0,02% 

Page 146: Rio de Janeiro

146 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Sapucaia  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,04%  0,03%  0,02%  0,02%  0,02%  ‐0,02% 

Três Rios  0,46%  0,34%  0,27%  0,24%  0,23%  0,19%  0,17%  0,16%  0,18%  ‐0,28% 

Vassouras  0,07%  0,06%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,03%  0,03%  0,03%  ‐0,03% 

Região da Costa Verde  1,66%  1,61%  2,00%  1,70%  1,68%  1,95%  1,65%  1,89%  2,56%  0,90% 

Angra dos Reis  1,26%  1,25%  1,64%  1,31%  1,29%  1,55%  1,35%  1,61%  2,18%  0,92% 

Itaguaí  0,27%  0,25%  0,25%  0,28%  0,29%  0,31%  0,21%  0,21%  0,26%  ‐0,01% 

Mangaratiba  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,05%  0,05%  0,06%  ‐0,01% 

Parati  0,06%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,07%  0,01% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 147: Rio de Janeiro

147 

ANEXO J – PIB Municipal – Serviços – 1999‐2007 Preços básicos ‐ R$ de 2000(mil) ‐ Deflacionado pelo Deflator Implícito do PIB nacional 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Total  91.356.875,13  89.380.787,39  88.952.419,98  91.870.410,96  87.470.821,39  88.407.326,71  91.034.395,43  92.628.072,50  100.091.723,18  9,56% 

Região Metropolitana  73.102.785,72  71.250.686,52  70.800.096,05  73.124.441,05  69.288.681,01  69.017.018,21  71.407.580,32  72.459.202,67  77.943.368,58  6,62% 

Rio de Janeiro  52.374.419,13  50.449.606,79  49.222.894,20  51.446.013,47  48.573.830,45  47.852.767,88  49.038.476,84  49.802.515,72  53.417.362,98  1,99% 

Belford Roxo  1.337.058,04  1.313.511,13  1.380.128,42  1.325.282,07  1.197.121,65  1.240.292,22  1.239.738,48  1.235.741,59  1.303.953,14  ‐2,48% 

Duque de Caxias  4.501.239,36  4.966.222,08  5.619.017,89  5.749.762,86  5.958.673,38  6.084.748,07  6.971.547,56  6.938.422,36  7.589.934,56  68,62% 

Guapimirim  139.148,37  127.287,56  126.914,48  127.540,38  124.481,87  129.114,52  133.061,96  136.672,50  146.328,74  5,16% 

Itaboraí  610.902,90  617.848,47  620.323,32  626.460,17  585.455,17  605.024,20  620.113,35  647.703,25  695.244,09  13,81% 

Japeri  204.053,29  202.134,80  209.456,49  206.440,90  196.024,82  197.975,28  210.706,66  208.230,66  223.251,37  9,41% 

Magé  672.900,82  653.011,17  667.526,49  682.032,71  607.666,27  623.131,75  636.041,05  652.798,28  712.301,95  5,86% 

Mesquita  ‐  ‐  515.619,52  508.263,30  484.494,94  502.279,29  513.055,43  534.209,69  570.383,08 

Nilópolis  623.401,60  593.836,14  581.649,06  567.648,28  517.121,18  516.458,61  533.762,76  544.903,47  579.897,61  ‐6,98% 

Niterói  3.667.312,44  3.519.602,89  3.290.019,23  3.373.880,52  3.237.959,30  3.272.755,48  3.258.464,12  3.360.065,12  3.735.872,34  1,87% 

Nova Iguaçu  3.205.868,66  3.208.780,36  2.875.484,20  2.851.956,50  2.624.896,33  2.708.677,79  2.822.528,85  2.895.445,05  3.149.722,19  ‐1,75% 

Paracambi  152.080,37  142.276,58  140.517,46  147.222,55  137.418,41  139.770,38  143.697,66  145.219,20  154.410,74  1,53% 

Queimados  409.005,75  410.286,47  438.550,75  420.009,92  390.780,91  404.665,51  393.131,45  377.325,98  386.708,57  ‐5,45% 

São Gonçalo  3.346.680,50  3.227.185,90  3.259.303,01  3.255.721,11  2.994.610,37  3.053.508,37  3.190.430,48  3.259.029,70  3.457.937,82  3,32% 

São João de Meriti  1.585.304,58  1.545.740,69  1.567.564,84  1.553.340,74  1.392.751,95  1.421.753,16  1.421.629,23  1.436.064,33  1.521.035,87  ‐4,05% 

Seropédica  192.925,80  196.029,13  203.985,40  202.151,84  190.169,84  187.479,47  203.112,51  207.043,94  217.565,38  12,77% 

Tanguá  80.484,12  77.326,40  81.141,30  80.713,74  75.224,15  76.616,22  78.081,92  77.811,83  81.458,16  1,21% 

Região Noroeste Fluminense  1.175.219,85  1.150.642,94  1.147.286,22  1.125.588,10  1.096.961,81  1.131.639,84  1.188.311,46  1.196.161,42  1.284.756,81  9,32% 

Aperibé  26.521,41  25.447,81  27.335,30  27.581,26  29.319,33  26.823,28  26.449,82  25.741,26  27.283,52  2,87% 

Bom Jesus do Itabapoana  135.772,08  134.081,63  133.855,34  133.390,53  132.181,94  132.208,15  126.223,83  130.152,22  134.766,08  ‐0,74% 

Cambuci  48.422,52  45.812,83  48.123,03  47.593,55  43.711,71  45.193,83  44.869,93  45.085,75  47.809,08  ‐1,27% 

Italva  45.704,76  43.325,06  44.491,08  42.598,30  39.701,03  41.298,97  39.842,25  41.049,46  46.471,57  1,68% 

Itaocara  102.677,06  95.128,26  89.266,20  88.831,34  81.920,14  87.781,21  89.755,16  93.053,24  102.614,59  ‐0,06% 

Itaperuna  407.912,47  404.820,97  393.781,55  377.490,42  381.908,54  398.385,40  451.738,22  448.426,66  484.249,28  18,71% 

Laje do Muriaé  22.904,89  22.641,26  23.860,59  23.981,35  23.030,62  24.866,52  24.788,98  24.692,15  26.716,48  16,64% 

Miracema  90.396,00  89.060,91  88.725,33  88.084,32  83.689,57  84.406,44  85.775,11  84.636,95  91.687,51  1,43% 

Page 148: Rio de Janeiro

148 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Natividade  55.463,54  54.114,48  53.714,98  52.617,01  48.480,61  49.413,31  51.150,86  51.060,65  55.237,28  ‐0,41% 

Porciúncula  52.249,36  49.289,18  50.721,06  54.545,95  56.191,57  61.065,66  57.749,03  59.023,92  62.680,41  19,96% 

Santo Antônio de Pádua  146.797,40  146.607,41  151.139,49  148.136,04  138.057,94  138.910,63  145.954,57  148.721,71  157.157,77  7,06% 

São José de Ubá  18.890,29  19.053,78  19.743,11  18.059,72  17.342,95  18.866,84  20.442,41  20.154,47  21.398,55  13,28% 

Varre‐Sai  21.508,07  21.259,37  22.529,16  22.678,32  21.425,84  22.419,60  23.571,28  24.362,98  26.684,69  24,07% 

Região Norte Fluminense  3.011.503,62  3.046.461,36  3.189.836,15  3.385.196,23  3.387.007,22  3.573.897,08  3.781.020,87  4.008.588,91  4.417.384,01  46,68% 

Campos dos Goytacazes  1.757.772,43  1.735.905,08  1.764.941,33  1.852.040,35  1.755.895,36  1.783.386,58  1.964.392,36  2.073.791,15  2.228.621,43  26,79% 

Carapebus  32.484,00  31.417,70  37.630,59  40.528,04  40.109,78  42.981,10  41.802,66  42.446,83  44.313,04  36,41% 

Cardoso Moreira  35.464,68  33.765,70  35.658,38  36.768,56  34.461,38  34.142,93  35.074,85  35.130,67  38.423,09  8,34% 

Conceição de Macabu  60.991,96  60.071,33  59.637,39  60.824,43  57.085,80  59.104,19  58.116,18  59.676,43  62.036,66  1,71% 

Macaé  718.693,76  783.432,89  889.804,05  997.847,89  1.101.828,23  1.228.963,84  1.249.100,29  1.353.205,07  1.563.173,27  117,50% 

Quissamã  57.333,52  63.229,72  68.350,77  69.969,94  79.587,80  85.158,77  77.067,80  80.749,63  93.856,29  63,70% 

São Fidélis  135.183,84  125.088,88  118.432,70  115.518,71  111.018,28  119.365,10  123.917,18  122.742,67  133.279,94  ‐1,41% 

São Francisco de Itabapoana  100.638,09  105.304,16  110.153,87  109.269,26  106.771,09  112.967,93  126.569,59  127.274,93  133.501,02  32,65% 

São João da Barra  112.941,34  108.245,90  105.227,08  102.429,04  100.249,48  107.826,64  104.979,96  113.571,51  120.179,27  6,41% 

Região Serrana  3.795.598,08  3.788.482,02  3.637.023,07  3.818.259,62  3.524.236,43  3.548.744,34  3.641.049,97  3.833.210,55  4.007.309,72  5,58% 

Bom Jardim  78.314,00  73.583,69  74.113,50  77.792,74  72.532,67  71.309,87  71.287,38  73.598,59  82.062,07  4,79% 

Cantagalo  120.600,60  126.508,90  107.427,04  109.231,34  99.644,23  104.333,57  92.619,34  93.884,87  103.433,18  ‐14,23% 

Carmo  61.370,27  58.684,31  60.142,04  56.729,60  52.887,42  51.280,85  52.097,64  50.962,07  56.284,04  ‐8,29% 

Cordeiro  70.114,75  67.091,12  67.751,17  67.491,21  61.560,56  63.846,42  66.033,83  67.429,22  72.465,84  3,35% 

Duas Barras  30.982,12  28.784,59  30.151,73  31.950,24  31.386,17  31.296,41  31.849,37  32.482,98  34.437,41  11,15% 

Macuco  21.949,26  18.338,48  19.463,65  19.642,16  19.306,55  21.328,20  20.619,36  21.176,46  23.376,48  6,50% 

Nova Friburgo  896.233,57  891.899,41  822.173,87  883.806,45  834.456,58  825.061,29  818.667,06  876.857,62  924.928,74  3,20% 

Petrópolis  1.608.803,28  1.648.967,74  1.586.225,71  1.656.756,50  1.476.905,76  1.447.727,25  1.572.460,08  1.719.256,08  1.741.510,84  8,25% 

Santa Maria Madalena  34.885,17  31.678,98  34.138,07  33.014,15  31.339,69  32.802,97  31.687,50  32.124,12  35.808,98  2,65% 

São José do Vale do Rio Preto  57.631,08  57.333,92  59.808,06  61.652,82  58.644,01  60.975,03  61.669,33  58.347,46  60.466,99  4,92% 

São Sebastião do Alto  25.515,62  24.697,45  26.692,03  23.445,42  23.967,03  23.181,77  24.206,19  24.098,99  25.531,52  0,06% 

Sumidouro  40.555,97  41.170,38  41.814,40  40.810,21  36.858,70  39.314,09  40.281,59  40.178,97  40.412,16  ‐0,35% 

Teresópolis  718.997,06  691.479,36  675.332,49  725.988,16  695.569,47  747.158,32  729.824,25  715.545,65  775.436,92  7,85% 

Trajano de Morais  29.645,32  28.263,70  31.789,31  29.948,63  29.177,58  29.128,30  27.747,04  27.267,47  31.154,54  5,09% 

Região das Baixadas Litorâneas  2.775.375,66  2.698.957,17  2.808.785,73  2.940.591,59  2.903.222,50  3.123.377,28  3.247.359,45  3.414.961,50  3.900.402,15  40,54% 

Page 149: Rio de Janeiro

149 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Araruama  360.446,41  344.261,90  365.690,76  345.433,30  332.006,37  343.622,45  363.102,67  375.786,50  396.946,85  10,13% 

Armação dos Búzios  122.633,16  119.816,59  128.124,17  124.271,42  142.380,40  142.386,05  149.350,23  154.048,11  169.969,83  38,60% 

Arraial do Cabo  104.542,19  99.637,48  102.143,77  105.784,19  99.009,10  101.846,39  107.714,08  106.291,25  108.018,21  3,32% 

Cabo Frio  641.941,16  624.347,62  620.330,15  680.311,93  635.628,76  661.065,50  710.179,74  739.883,10  800.200,30  24,65% 

Cachoeiras de Macacu  152.644,08  146.388,08  182.669,93  219.352,31  203.262,26  220.542,81  200.955,99  218.986,67  245.647,94  60,93% 

Casimiro de Abreu  91.445,52  86.737,16  92.347,60  99.469,75  99.925,71  109.692,39  126.725,20  118.826,00  137.643,63  50,52% 

Iguaba Grande  67.776,68  66.893,65  69.358,61  70.244,33  70.666,51  77.135,30  76.606,92  74.574,22  79.331,42  17,05% 

Maricá  311.183,24  309.176,10  317.029,32  324.609,61  322.431,12  335.751,10  352.590,45  363.589,62  403.816,09  29,77% 

Rio Bonito  209.253,29  204.615,44  216.860,78  222.471,02  274.562,14  353.207,61  324.715,30  332.337,18  497.693,76  137,84% 

Rio das Ostras  154.440,35  159.339,78  175.262,13  199.978,72  206.683,15  242.964,84  252.651,49  293.077,13  362.853,67  134,95% 

São Pedro da Aldeia  286.129,31  274.266,64  251.947,49  266.938,40  248.235,41  252.521,54  263.049,92  276.725,72  291.997,96  2,05% 

Saquarema  212.144,72  201.837,23  221.445,47  216.310,69  205.909,41  216.335,28  252.600,30  294.200,67  339.284,74  59,93% 

Silva Jardim  60.795,54  61.639,50  65.575,56  65.415,91  62.522,17  66.306,03  67.117,16  66.635,32  66.997,74  10,20% 

Região do Médio Paraíba  4.596.187,88  4.516.795,70  4.381.625,45  4.474.133,58  4.541.865,79  4.838.036,40  4.709.402,30  4.660.508,73  4.963.558,54  7,99% 

Barra do Piraí  373.104,64  361.430,77  348.569,72  349.053,05  333.145,67  341.040,47  347.233,76  350.436,60  381.481,78  2,25% 

Barra Mansa  890.358,58  855.863,11  828.255,12  811.223,39  802.805,02  780.799,22  794.893,59  813.003,25  821.137,89  ‐7,77% 

Itatiaia  124.483,51  153.188,92  159.886,84  133.925,77  114.814,77  158.825,18  132.052,29  125.863,97  124.199,80  ‐0,23% 

Pinheiral  63.885,71  62.817,64  63.930,66  63.929,85  61.329,77  63.706,34  63.826,04  63.409,74  69.268,42  8,43% 

Piraí  120.750,28  112.383,61  113.908,76  113.816,48  116.167,04  126.385,47  119.507,15  124.856,75  131.684,62  9,06% 

Porto Real  66.128,67  74.701,86  148.467,59  165.580,63  210.445,44  276.936,23  255.942,85  227.525,84  244.249,25  269,35% 

Quatis  40.304,72  37.794,48  38.762,58  39.710,01  37.770,62  46.606,53  39.513,33  40.601,92  41.918,66  4,00% 

Resende  718.873,83  714.583,32  719.522,56  640.674,71  685.137,09  761.197,56  734.336,28  741.596,25  781.703,58  8,74% 

Rio Claro  53.254,62  51.008,72  51.659,65  52.517,68  49.860,57  51.740,96  51.763,48  49.863,10  53.090,28  ‐0,31% 

Rio das Flores  26.962,55  28.113,91  26.602,70  27.007,04  134.285,58  140.503,91  144.175,33  89.198,87  92.364,31  242,57% 

Valença  273.746,15  265.940,84  257.575,98  262.246,69  245.714,90  241.185,43  243.963,41  247.143,71  264.748,95  ‐3,29% 

Volta Redonda  1.844.334,62  1.798.968,54  1.624.483,28  1.814.448,29  1.750.389,31  1.849.109,08  1.782.194,79  1.787.008,73  1.957.711,00  6,15% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1.160.810,40  1.153.876,62  1.155.574,13  1.118.084,09  1.093.414,93  1.084.118,61  1.100.551,66  1.120.861,40  1.215.873,48  4,74% 

Areal  43.583,16  41.817,04  42.162,30  42.477,29  40.694,27  43.655,45  44.840,08  45.806,09  61.092,82  40,18% 

Comendador Levy Gasparian  43.017,11  50.462,86  41.368,72  37.222,95  36.844,96  39.176,87  41.103,53  36.349,32  43.306,07  0,67% 

Engenheiro Paulo de Frontin  49.076,84  46.628,53  44.251,54  43.523,54  40.738,66  39.268,91  39.309,23  40.616,01  43.044,00  ‐12,29% 

Mendes  70.700,68  67.320,24  63.610,86  61.628,27  57.577,17  57.740,45  57.437,95  57.375,35  62.645,13  ‐11,39% 

Page 150: Rio de Janeiro

150 

Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007/1999 

Miguel Pereira  117.421,51  109.066,98  107.191,25  105.374,63  100.777,12  102.558,09  107.222,34  105.176,38  111.241,29  ‐5,26% 

Paraíba do Sul  123.598,24  129.059,65  151.549,13  147.346,56  140.612,56  137.111,22  152.469,23  152.217,46  162.050,81  31,11% 

Paty do Alferes  79.670,05  81.014,67  80.182,94  80.128,83  76.322,41  78.493,12  77.385,58  78.407,18  83.739,80  5,11% 

Sapucaia  95.063,29  93.563,17  93.367,18  89.804,11  81.500,27  85.161,04  83.387,40  83.933,26  93.982,16  ‐1,14% 

Três Rios  382.623,37  383.174,05  377.865,66  376.429,06  386.014,83  371.997,96  369.342,18  390.966,37  419.893,85  9,74% 

Vassouras  156.056,15  151.769,44  154.024,54  134.148,84  132.332,69  128.955,48  128.054,13  130.013,98  134.877,54  ‐13,57% 

Região da Costa Verde  1.739.393,92  1.774.885,08  1.832.193,17  1.884.116,70  1.635.431,70  2.090.494,95  1.959.119,40  1.934.577,34  2.359.069,89  35,63% 

Angra dos Reis  664.242,46  655.604,99  678.132,32  666.700,08  605.810,38  710.684,95  678.679,34  728.051,36  870.814,94  31,10% 

Itaguaí  826.988,67  876.855,95  908.055,71  969.600,23  785.596,93  1.119.340,56  1.012.425,32  925.185,37  1.169.804,38  41,45% 

Mangaratiba  126.426,38  125.744,77  130.844,41  128.352,76  127.382,52  139.414,84  145.688,75  154.178,24  179.475,23  41,96% 

Parati  121.736,42  116.679,37  115.160,73  119.463,63  116.641,87  121.054,60  122.325,99  127.162,37  138.975,33  14,16% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 151: Rio de Janeiro

151 

ANEXO K ‐ Participação das Regiões de Governo/Municípios no PIB estadual – Serviços – 1999‐2007 

 Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Total  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  100,00%  0,00% 

Região Metropolitana  80,02%  79,72%  79,59%  79,60%  79,21%  78,07%  78,44%  78,23%  77,87%  ‐2,15% 

Rio de Janeiro  57,33%  56,44%  55,34%  56,00%  55,53%  54,13%  53,87%  53,77%  53,37%  ‐3,96% 

Belford Roxo  1,46%  1,47%  1,55%  1,44%  1,37%  1,40%  1,36%  1,33%  1,30%  ‐0,16% 

Duque de Caxias  4,93%  5,56%  6,32%  6,26%  6,81%  6,88%  7,66%  7,49%  7,58%  2,66% 

Guapimirim  0,15%  0,14%  0,14%  0,14%  0,14%  0,15%  0,15%  0,15%  0,15%  ‐0,01% 

Itaboraí  0,67%  0,69%  0,70%  0,68%  0,67%  0,68%  0,68%  0,70%  0,69%  0,03% 

Japeri  0,22%  0,23%  0,24%  0,22%  0,22%  0,22%  0,23%  0,22%  0,22%  0,00% 

Magé  0,74%  0,73%  0,75%  0,74%  0,69%  0,70%  0,70%  0,70%  0,71%  ‐0,02% 

Mesquita  ‐  ‐  0,58%  0,55%  0,55%  0,57%  0,56%  0,58%  0,57% 

Nilópolis  0,68%  0,66%  0,65%  0,62%  0,59%  0,58%  0,59%  0,59%  0,58%  ‐0,10% 

Niterói  4,01%  3,94%  3,70%  3,67%  3,70%  3,70%  3,58%  3,63%  3,73%  ‐0,28% 

Nova Iguaçu  3,51%  3,59%  3,23%  3,10%  3,00%  3,06%  3,10%  3,13%  3,15%  ‐0,36% 

Paracambi  0,17%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,15%  ‐0,01% 

Queimados  0,45%  0,46%  0,49%  0,46%  0,45%  0,46%  0,43%  0,41%  0,39%  ‐0,06% 

São Gonçalo  3,66%  3,61%  3,66%  3,54%  3,42%  3,45%  3,50%  3,52%  3,45%  ‐0,21% 

São João de Meriti  1,74%  1,73%  1,76%  1,69%  1,59%  1,61%  1,56%  1,55%  1,52%  ‐0,22% 

Seropédica  0,21%  0,22%  0,23%  0,22%  0,22%  0,21%  0,22%  0,22%  0,22%  0,01% 

Tanguá  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,08%  0,08%  ‐0,01% 

Região Noroeste Fluminense  1,29%  1,29%  1,29%  1,23%  1,25%  1,28%  1,31%  1,29%  1,28%  0,00% 

Aperibé  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Bom Jesus do Itabapoana  0,15%  0,15%  0,15%  0,15%  0,15%  0,15%  0,14%  0,14%  0,13%  ‐0,01% 

Cambuci  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  ‐0,01% 

Italva  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,05%  0,00% 

Itaocara  0,11%  0,11%  0,10%  0,10%  0,09%  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  ‐0,01% 

Itaperuna  0,45%  0,45%  0,44%  0,41%  0,44%  0,45%  0,50%  0,48%  0,48%  0,04% 

Laje do Muriaé  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Miracema  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  0,09%  0,09%  0,09%  ‐0,01% 

Page 152: Rio de Janeiro

152 

 Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Natividade  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  ‐0,01% 

Porciúncula  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,01% 

Santo Antônio de Pádua  0,16%  0,16%  0,17%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,16%  0,00% 

São José de Ubá  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,00% 

Varre‐Sai  0,02%  0,02%  0,03%  0,02%  0,02%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Região Norte Fluminense  3,30%  3,41%  3,59%  3,68%  3,87%  4,04%  4,15%  4,33%  4,41%  1,12% 

Campos dos Goytacazes  1,92%  1,94%  1,98%  2,02%  2,01%  2,02%  2,16%  2,24%  2,23%  0,30% 

Carapebus  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,01% 

Cardoso Moreira  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,00% 

Conceição de Macabu  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,00% 

Macaé  0,79%  0,88%  1,00%  1,09%  1,26%  1,39%  1,37%  1,46%  1,56%  0,78% 

Quissamã  0,06%  0,07%  0,08%  0,08%  0,09%  0,10%  0,08%  0,09%  0,09%  0,03% 

São Fidélis  0,15%  0,14%  0,13%  0,13%  0,13%  0,14%  0,14%  0,13%  0,13%  ‐0,01% 

São Francisco de Itabapoana  0,11%  0,12%  0,12%  0,12%  0,12%  0,13%  0,14%  0,14%  0,13%  0,02% 

São João da Barra  0,12%  0,12%  0,12%  0,11%  0,11%  0,12%  0,12%  0,12%  0,12%  0,00% 

Região Serrana  4,15%  4,24%  4,09%  4,16%  4,03%  4,01%  4,00%  4,14%  4,00%  ‐0,15% 

Bom Jardim  0,09%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,08%  0,00% 

Cantagalo  0,13%  0,14%  0,12%  0,12%  0,11%  0,12%  0,10%  0,10%  0,10%  ‐0,03% 

Carmo  0,07%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  ‐0,01% 

Cordeiro  0,08%  0,08%  0,08%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,00% 

Duas Barras  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,04%  0,04%  0,03%  0,04%  0,03%  0,00% 

Macuco  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,02%  0,00% 

Nova Friburgo  0,98%  1,00%  0,92%  0,96%  0,95%  0,93%  0,90%  0,95%  0,92%  ‐0,06% 

Petrópolis  1,76%  1,84%  1,78%  1,80%  1,69%  1,64%  1,73%  1,86%  1,74%  ‐0,02% 

Santa Maria Madalena  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,03%  0,03%  0,04%  0,00% 

São José do Vale do Rio Preto  0,06%  0,06%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,00% 

São Sebastião do Alto  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Sumidouro  0,04%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,00% 

Teresópolis  0,79%  0,77%  0,76%  0,79%  0,80%  0,85%  0,80%  0,77%  0,77%  ‐0,01% 

Trajano de Morais  0,03%  0,03%  0,04%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,00% 

Região das Baixadas Litorâneas  3,04%  3,02%  3,16%  3,20%  3,32%  3,53%  3,57%  3,69%  3,90%  0,86% 

Page 153: Rio de Janeiro

153 

 Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Araruama  0,39%  0,39%  0,41%  0,38%  0,38%  0,39%  0,40%  0,41%  0,40%  0,00% 

Armação dos Búzios  0,13%  0,13%  0,14%  0,14%  0,16%  0,16%  0,16%  0,17%  0,17%  0,04% 

Arraial do Cabo  0,11%  0,11%  0,11%  0,12%  0,11%  0,12%  0,12%  0,11%  0,11%  ‐0,01% 

Cabo Frio  0,70%  0,70%  0,70%  0,74%  0,73%  0,75%  0,78%  0,80%  0,80%  0,10% 

Cachoeiras de Macacu  0,17%  0,16%  0,21%  0,24%  0,23%  0,25%  0,22%  0,24%  0,25%  0,08% 

Casimiro de Abreu  0,10%  0,10%  0,10%  0,11%  0,11%  0,12%  0,14%  0,13%  0,14%  0,04% 

Iguaba Grande  0,07%  0,07%  0,08%  0,08%  0,08%  0,09%  0,08%  0,08%  0,08%  0,01% 

Maricá  0,34%  0,35%  0,36%  0,35%  0,37%  0,38%  0,39%  0,39%  0,40%  0,06% 

Rio Bonito  0,23%  0,23%  0,24%  0,24%  0,31%  0,40%  0,36%  0,36%  0,50%  0,27% 

Rio das Ostras  0,17%  0,18%  0,20%  0,22%  0,24%  0,27%  0,28%  0,32%  0,36%  0,19% 

São Pedro da Aldeia  0,31%  0,31%  0,28%  0,29%  0,28%  0,29%  0,29%  0,30%  0,29%  ‐0,02% 

Saquarema  0,23%  0,23%  0,25%  0,24%  0,24%  0,24%  0,28%  0,32%  0,34%  0,11% 

Silva Jardim  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,08%  0,07%  0,07%  0,07%  0,00% 

Região do Médio Paraíba  5,03%  5,05%  4,93%  4,87%  5,19%  5,47%  5,17%  5,03%  4,96%  ‐0,07% 

Barra do Piraí  0,41%  0,40%  0,39%  0,38%  0,38%  0,39%  0,38%  0,38%  0,38%  ‐0,03% 

Barra Mansa  0,97%  0,96%  0,93%  0,88%  0,92%  0,88%  0,87%  0,88%  0,82%  ‐0,15% 

Itatiaia  0,14%  0,17%  0,18%  0,15%  0,13%  0,18%  0,15%  0,14%  0,12%  ‐0,01% 

Pinheiral  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,00% 

Piraí  0,13%  0,13%  0,13%  0,12%  0,13%  0,14%  0,13%  0,13%  0,13%  0,00% 

Porto Real  0,07%  0,08%  0,17%  0,18%  0,24%  0,31%  0,28%  0,25%  0,24%  0,17% 

Quatis  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,00% 

Resende  0,79%  0,80%  0,81%  0,70%  0,78%  0,86%  0,81%  0,80%  0,78%  ‐0,01% 

Rio Claro  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,06%  0,05%  0,05%  ‐0,01% 

Rio das Flores  0,03%  0,03%  0,03%  0,03%  0,15%  0,16%  0,16%  0,10%  0,09%  0,06% 

Valença  0,30%  0,30%  0,29%  0,29%  0,28%  0,27%  0,27%  0,27%  0,26%  ‐0,04% 

Volta Redonda  2,02%  2,01%  1,83%  1,98%  2,00%  2,09%  1,96%  1,93%  1,96%  ‐0,06% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1,27%  1,29%  1,30%  1,22%  1,25%  1,23%  1,21%  1,21%  1,21%  ‐0,06% 

Areal  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,06%  0,01% 

Comendador Levy Gasparian  0,05%  0,06%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,05%  0,04%  0,04%  0,00% 

Engenheiro Paulo de Frontin  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,05%  0,04%  0,04%  0,04%  0,04%  ‐0,01% 

Mendes  0,08%  0,08%  0,07%  0,07%  0,07%  0,07%  0,06%  0,06%  0,06%  ‐0,01% 

Page 154: Rio de Janeiro

154 

 Regiões de Governo/Municípios  1999  2000  2001  2002  2003  2004  2005  2006  2007 Variação 2007‐1999 

Miguel Pereira  0,13%  0,12%  0,12%  0,11%  0,12%  0,12%  0,12%  0,11%  0,11%  ‐0,02% 

Paraíba do Sul  0,14%  0,14%  0,17%  0,16%  0,16%  0,16%  0,17%  0,16%  0,16%  0,03% 

Paty do Alferes  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,09%  0,08%  0,08%  0,00% 

Sapucaia  0,10%  0,10%  0,10%  0,10%  0,09%  0,10%  0,09%  0,09%  0,09%  ‐0,01% 

Três Rios  0,42%  0,43%  0,42%  0,41%  0,44%  0,42%  0,41%  0,42%  0,42%  0,00% 

Vassouras  0,17%  0,17%  0,17%  0,15%  0,15%  0,15%  0,14%  0,14%  0,13%  ‐0,04% 

Região da Costa Verde  1,90%  1,99%  2,06%  2,05%  1,87%  2,36%  2,15%  2,09%  2,36%  0,45% 

Angra dos Reis  0,73%  0,73%  0,76%  0,73%  0,69%  0,80%  0,75%  0,79%  0,87%  0,14% 

Itaguaí  0,91%  0,98%  1,02%  1,06%  0,90%  1,27%  1,11%  1,00%  1,17%  0,26% 

Mangaratiba  0,14%  0,14%  0,15%  0,14%  0,15%  0,16%  0,16%  0,17%  0,18%  0,04% 

Parati  0,13%  0,13%  0,13%  0,13%  0,13%  0,14%  0,13%  0,14%  0,14%  0,01% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 155: Rio de Janeiro

155 

ANEXO L ‐ Variação do PIB Municipal ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores econômicos – 1999‐

2007 

 

Regiões de Governo/Municípios Variação PIB 

Total 2007/1999

Variação PIB Indústria 2007/1999 

Variação PIB Serviços 

2007/1999 

Variação PIB Agropecuária 2007/1999 

Total  25,73%  75,48%  9,56%  ‐22,70% Região Metropolitana  12,25%  13,03%  6,62%  ‐5,22% 

Rio de Janeiro  4,32%  ‐24,70%  1,99%  ‐6,23% Belford Roxo  ‐3,07%  ‐1,45%  ‐2,48%  0,58% Duque de Caxias  113,06%  222,78%  68,62%  ‐13,56% Guapimirim  2,87%  ‐12,32%  5,16%  ‐4,85% Itaboraí  9,39%  ‐3,87%  13,81%  ‐18,61% Japeri  10,19%  9,50%  9,41%  ‐27,34% Magé  3,75%  ‐9,47%  5,86%  ‐8,11% Mesquita  ‐  ‐  ‐  ‐ Nilópolis  ‐6,00%  ‐9,06%  ‐6,98%  ‐ Niterói  12,96%  37,87%  1,87%  11,97% Nova Iguaçu  0,10%  ‐2,06%  ‐1,75%  ‐15,23% Paracambi  ‐3,32%  ‐32,22%  1,53%  0,04% Queimados  ‐25,93%  ‐53,56%  ‐5,45%  ‐23,86% São Gonçalo  ‐0,55%  ‐19,28%  3,32%  4,76% São João de Meriti  ‐8,59%  ‐19,45%  ‐4,05%  11,42% Seropédica  17,97%  32,39%  12,77%  ‐18,74% Tanguá  6,32%  34,89%  1,21%  7,22% 

Região Noroeste Fluminense  15,96%  55,31%  9,32%  ‐7,70% Aperibé  ‐0,69%  ‐20,33%  2,87%  ‐28,77% Bom Jesus do Itabapoana  1,43%  ‐0,70%  ‐0,74%  14,07% Cambuci  ‐2,67%  ‐6,15%  ‐1,27%  ‐32,47% Italva  ‐1,67%  ‐31,59%  1,68%  3,37% Itaocara  ‐5,88%  62,11%  ‐0,06%  ‐21,78% Itaperuna  36,38%  109,69%  18,71%  ‐12,08% Laje do Muriaé  18,38%  44,91%  16,64%  ‐25,79% Miracema  ‐3,72%  ‐34,75%  1,43%  ‐15,70% Natividade  6,59%  55,35%  ‐0,41%  ‐12,91% Porciúncula  22,75%  ‐2,76%  19,96%  43,95% Santo Antônio de Pádua  12,37%  36,68%  7,06%  ‐18,49% São José de Ubá  1,11%  ‐3,18%  13,28%  ‐42,01% Varre‐Sai  49,12%  4,49%  24,07%  178,64% 

Região Norte Fluminense  189,17%  357,49%  46,68%  ‐25,00% Campos dos Goytacazes  210,40%  404,58%  26,79%  ‐32,17% Carapebus  76,92%  97,30%  36,41%  ‐30,24% Cardoso Moreira  7,54%  ‐11,48%  8,34%  ‐13,82% Conceição de Macabu  0,28%  ‐13,72%  1,71%  ‐30,39% Macaé  178,69%  264,63%  117,50%  4,61% Quissamã  264,19%  301,43%  63,70%  17,40% São Fidélis  ‐0,79%  31,10%  ‐1,41%  ‐30,90% São Francisco de Itabapoana  18,38%  ‐2,03%  32,65%  ‐33,45% São João da Barra  172,81%  664,65%  6,41%  ‐9,29% 

Região Serrana  10,42%  38,49%  5,58%  ‐29,95% 

Page 156: Rio de Janeiro

156 

Regiões de Governo/Municípios Variação PIB 

Total 2007/1999

Variação PIB Indústria 2007/1999 

Variação PIB Serviços 

2007/1999 

Variação PIB Agropecuária 2007/1999 

Bom Jardim  0,47%  ‐26,40%  4,79%  ‐22,98% Cantagalo  ‐22,19%  ‐30,33%  ‐14,23%  ‐34,25% Carmo  ‐1,47%  13,04%  ‐8,29%  ‐25,39% Cordeiro  0,39%  ‐18,10%  3,35%  ‐14,78% Duas Barras  2,70%  ‐29,53%  11,15%  ‐22,64% Macuco  8,78%  17,82%  6,50%  ‐34,04% Nova Friburgo  ‐3,93%  ‐30,47%  3,20%  ‐4,27% Petrópolis  27,36%  123,06%  8,25%  ‐30,36% Santa Maria Madalena  ‐8,29%  ‐29,68%  2,65%  ‐51,57% São José do Vale do Rio 

Preto 2,22%  ‐8,91%  4,92%  ‐28,18% 

São Sebastião do Alto  ‐4,10%  ‐18,45%  0,06%  ‐33,39% Sumidouro  ‐3,85%  0,92%  ‐0,35%  ‐33,29% Teresópolis  7,03%  11,16%  7,85%  ‐34,60% Trajano de Morais  1,71%  ‐8,02%  5,09%  ‐36,45% 

Região das Baixadas Litorâneas  141,82%  386,95%  40,54%  ‐23,75% Araruama  12,78%  27,09%  10,13%  ‐33,66% Armação dos Búzios  192,89%  398,63%  38,60%  7,37% Arraial do Cabo  ‐0,19%  1,62%  3,32%  13,57% Cabo Frio  214,17%  642,40%  24,65%  0,49% Cachoeiras de Macacu  84,90%  184,21%  60,93%  ‐53,21% Casimiro de Abreu  382,49%  1106,43%  50,52%  5,87% Iguaba Grande  18,66%  30,95%  17,05%  21,27% Maricá  29,24%  28,35%  29,77%  ‐59,04% Rio Bonito  121,65%  20,24%  137,84%  ‐26,32% Rio das Ostras  297,33%  348,02%  134,95%  29,26% São Pedro da Aldeia  4,74%  9,02%  2,05%  ‐13,69% Saquarema  61,22%  32,93%  59,93%  ‐12,14% Silva Jardim  5,79%  ‐8,61%  10,20%  ‐38,56% 

Região do Médio Paraíba  12,98%  9,76%  7,99%  ‐43,28% Barra do Piraí  6,54%  18,11%  2,25%  ‐53,63% Barra Mansa  ‐18,86%  ‐35,49%  ‐7,77%  ‐56,84% Itatiaia  ‐15,06%  ‐3,11%  ‐0,23%  ‐48,72% Pinheiral  10,09%  5,47%  8,43%  38,87% Piraí  4,84%  ‐4,81%  9,06%  ‐42,46% Porto Real  554,26%  609,74%  269,35%  ‐83,80% Quatis  4,20%  34,10%  4,00%  ‐54,58% Resende  16,54%  19,16%  8,74%  ‐30,48% Rio Claro  0,36%  1,31%  ‐0,31%  ‐24,23% Rio das Flores  177,42%  122,30%  242,57%  ‐49,83% Valença  ‐1,47%  10,61%  ‐3,29%  ‐44,01% Volta Redonda  1,20%  ‐13,56%  6,15%  16,56% 

Região Centro‐Sul Fluminense  1,10%  ‐14,07%  4,74%  ‐32,11% Areal  32,91%  0,77%  40,18%  ‐50,06% Comendador Levy 

Gasparian 18,15%  79,80%  0,67%  ‐25,07% 

Engenheiro Paulo de Frontin  ‐9,80%  6,55%  ‐12,29%  ‐58,32% Mendes  ‐20,69%  ‐55,10%  ‐11,39%  ‐28,85% Miguel Pereira  ‐3,81%  7,31%  ‐5,26%  ‐29,37% 

Page 157: Rio de Janeiro

157 

Regiões de Governo/Municípios Variação PIB 

Total 2007/1999

Variação PIB Indústria 2007/1999 

Variação PIB Serviços 

2007/1999 

Variação PIB Agropecuária 2007/1999 

Paraíba do Sul  31,41%  21,10%  31,11%  2,42% Paty do Alferes  2,48%  1,97%  5,11%  ‐48,74% Sapucaia  ‐3,41%  ‐12,40%  ‐1,14%  ‐14,29% Três Rios  ‐0,76%  ‐32,34%  9,74%  ‐22,38% Vassouras  ‐14,61%  ‐13,04%  ‐13,57%  ‐50,52% 

Região da Costa Verde  80,49%  170,58%  35,63%  14,93% Angra dos Reis  118,73%  202,86%  31,10%  14,71% Itaguaí  48,77%  66,95%  41,45%  4,35% Mangaratiba  47,34%  42,05%  41,96%  47,31% Parati  25,90%  108,53%  14,16%  11,58% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Page 158: Rio de Janeiro

158 

ANEXO M ‐ Variação na participação no PIB Estadual ‐ R$ de 2000(mil) ‐ por setores 

econômicos – 1999‐2007 

 

Regiões de Governo/Municípios Variação 

Participação PIB Total 2007/1999

Variação Participação PIB 

Indústria 2007/1999 

Variação Participação PIB 

Serviços 2007/1999 

Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999 

        Região Metropolitana  ‐8,31%  ‐22,44%  ‐2,15%  2,50% 

Rio de Janeiro  ‐9,65%  ‐24,43%  ‐3,96%  0,75% Belford Roxo  ‐0,31%  ‐0,66%  ‐0,16%  0,04% Duque de Caxias  3,89%  7,14%  2,66%  0,06% Guapimirim  ‐0,03%  ‐0,08%  ‐0,01%  0,08% Itaboraí  ‐0,08%  ‐0,21%  0,03%  0,03% Japeri  ‐0,02%  ‐0,04%  0,00%  ‐0,01% Magé  ‐0,11%  ‐0,20%  ‐0,02%  0,29% Mesquita  0,40%  #VALOR!  #VALOR!  ‐ Nilópolis  ‐0,14%  ‐0,14%  ‐0,10%  ‐ Niterói  ‐0,34%  ‐0,44%  ‐0,28%  0,41% Nova Iguaçu  ‐0,60%  ‐0,93%  ‐0,36%  0,06% Paracambi  ‐0,03%  ‐0,07%  ‐0,01%  0,05% Queimados  ‐0,21%  ‐0,60%  ‐0,06%  0,00% São Gonçalo  ‐0,66%  ‐1,42%  ‐0,21%  0,63% São João de Meriti  ‐0,40%  ‐0,47%  ‐0,22%  0,02% Seropédica  ‐0,01%  ‐0,04%  0,01%  0,03% Tanguá  ‐0,01%  ‐0,01%  ‐0,01%  0,05% 

Região Noroeste Fluminense  ‐0,09%  ‐0,10%  0,00%  2,29% Aperibé  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,02% Bom Jesus do Itabapoana  ‐0,02%  ‐0,04%  ‐0,01%  0,50% Cambuci  ‐0,01%  ‐0,01%  ‐0,01%  ‐0,19% Italva  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  0,16% Itaocara  ‐0,03%  0,00%  ‐0,01%  0,02% Itaperuna  0,03%  0,08%  0,04%  0,29% Laje do Muriaé  0,00%  0,00%  0,00%  ‐0,01% Miracema  ‐0,02%  ‐0,04%  ‐0,01%  0,05% Natividade  ‐0,01%  0,00%  ‐0,01%  0,09% Porciúncula  0,00%  ‐0,01%  0,01%  0,51% Santo Antônio de Pádua  ‐0,02%  ‐0,02%  0,00%  0,07% São José de Ubá  0,00%  0,00%  0,00%  ‐0,30% Varre‐Sai  0,00%  0,00%  0,00%  1,12% 

Região Norte Fluminense  6,10%  18,89%  1,12%  ‐0,73% Campos dos Goytacazes  4,17%  14,36%  0,30%  ‐1,31% Carapebus  0,04%  0,04%  0,01%  ‐0,07% Cardoso Moreira  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  0,09% Conceição de Macabu  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  ‐0,05% Macaé  1,18%  2,05%  0,78%  0,77% Quissamã  0,61%  1,91%  0,03%  0,56% São Fidélis  ‐0,03%  ‐0,02%  ‐0,01%  ‐0,21% São Francisco de Itabapoana  ‐0,01%  ‐0,03%  0,02%  ‐0,76% 

Page 159: Rio de Janeiro

159 

Regiões de Governo/Municípios Variação 

Participação PIB Total 2007/1999

Variação Participação PIB 

Indústria 2007/1999 

Variação Participação PIB 

Serviços 2007/1999 

Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999 

São João da Barra  0,15%  0,60%  0,00%  0,23% Região Serrana  ‐4,70%  ‐0,74%  ‐0,15%  ‐2,08% 

Bom Jardim  ‐0,02%  ‐0,03%  0,00%  0,00% Cantagalo  ‐0,08%  ‐0,24%  ‐0,03%  ‐0,18% Carmo  ‐0,02%  ‐0,04%  ‐0,01%  ‐0,04% Cordeiro  ‐0,01%  ‐0,03%  0,00%  0,02% Duas Barras  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  0,00% Macuco  0,00%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,02% Nova Friburgo  ‐0,22%  ‐0,53%  ‐0,06%  0,53% Petrópolis  0,02%  0,38%  ‐0,02%  ‐0,08% Santa Maria Madalena  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  ‐0,43% São José do Vale do Rio 

Preto ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  ‐0,09% 

São Sebastião do Alto  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,13% Sumidouro  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,49% Teresópolis  ‐0,10%  ‐0,15%  ‐0,01%  ‐1,05% Trajano de Morais  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,12% 

Região das Baixadas Litorâneas  2,90%  8,91%  0,86%  ‐0,13% Araruama  ‐0,03%  ‐0,06%  0,00%  ‐0,20% Armação dos Búzios  0,22%  0,73%  0,04%  0,07% Arraial do Cabo  ‐0,02%  ‐0,07%  ‐0,01%  0,16% Cabo Frio  1,12%  4,10%  0,10%  0,43% Cachoeiras de Macacu  0,07%  0,06%  0,08%  ‐0,71% Casimiro de Abreu  0,30%  1,08%  0,04%  0,18% Iguaba Grande  0,00%  ‐0,01%  0,01%  0,05% Maricá  0,01%  ‐0,04%  0,06%  ‐0,31% Rio Bonito  0,15%  ‐0,05%  0,27%  ‐0,03% Rio das Ostras  1,08%  3,26%  0,19%  0,24% São Pedro da Aldeia  ‐0,04%  ‐0,05%  ‐0,02%  0,10% Saquarema  0,05%  ‐0,02%  0,11%  0,07% Silva Jardim  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  ‐0,18% 

Região do Médio Paraíba  ‐0,68%  ‐4,94%  ‐0,07%  ‐2,86% Barra do Piraí  ‐0,06%  ‐0,15%  ‐0,03%  ‐0,76% Barra Mansa  ‐0,40%  ‐1,23%  ‐0,15%  ‐0,61% Itatiaia  ‐0,08%  ‐0,25%  ‐0,01%  ‐0,10% Pinheiral  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  0,07% Piraí  ‐0,05%  ‐0,47%  0,00%  ‐0,21% Porto Real  0,60%  1,10%  0,17%  ‐0,21% Quatis  ‐0,01%  ‐0,01%  0,00%  ‐0,24% Resende  ‐0,09%  ‐0,86%  ‐0,01%  ‐0,15% Rio Claro  ‐0,01%  ‐0,01%  ‐0,01%  ‐0,02% Rio das Flores  0,03%  0,00%  0,06%  ‐0,26% Valença  ‐0,06%  ‐0,07%  ‐0,04%  ‐0,51% Volta Redonda  ‐0,55%  ‐2,98%  ‐0,06%  0,13% 

Região Centro‐Sul Fluminense  ‐0,23%  ‐0,49%  ‐0,06%  ‐0,77% Areal  0,00%  ‐0,03%  0,01%  ‐0,04% Comendador Levy 

Gasparian 0,00%  0,00%  0,00%  0,00% 

Page 160: Rio de Janeiro

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Regiões de Governo/Municípios Variação 

Participação PIB Total 2007/1999

Variação Participação PIB 

Indústria 2007/1999 

Variação Participação PIB 

Serviços 2007/1999 

Variação Participação PIB Agropecuária 2007/1999 

Engenheiro Paulo de Frontin  ‐0,01%  ‐0,02%  ‐0,01%  ‐0,08% Mendes  ‐0,03%  ‐0,05%  ‐0,01%  0,00% Miguel Pereira  ‐0,02%  ‐0,02%  ‐0,02%  ‐0,02% Paraíba do Sul  0,01%  ‐0,02%  0,03%  0,22% Paty do Alferes  ‐0,01%  ‐0,02%  0,00%  ‐0,43% Sapucaia  ‐0,02%  ‐0,02%  ‐0,01%  0,07% Três Rios  ‐0,09%  ‐0,28%  0,00%  0,01% Vassouras  ‐0,05%  ‐0,03%  ‐0,04%  ‐0,50% 

Região da Costa Verde  0,78%  0,90%  0,45%  1,78% Angra dos Reis  0,63%  0,92%  0,14%  0,52% Itaguaí  0,13%  ‐0,01%  0,26%  0,33% Mangaratiba  0,02%  ‐0,01%  0,04%  0,40% Parati  0,00%  0,01%  0,01%  0,53% 

Fonte: elaboração própria a partir de dados do IPEADATA, 2010.