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Rio de Janeiro, quarta-feira, 22 de abril de 2020 www.jornalcorreiodamanha.com.br Presidente: Cláudio Magnavita Ano CXVIII Nº 23.483 Fundado em 15 de junho de 1901 Fundador: Edmundo Bittencourt EDIÇÃO EXPRESSA Edição Finalizada: 22h18 Medida não agrada os alunos pela mudança de métodos. O Procon aprova PÁGINA 8 PÁGINA 4 Pandemia cria aulas diferentes; os preços continuam iguais Governo faz plano de 1 milhão de empregos Divulgação/ Mctic CORONAVÍRUS NO BRASIL CONFIRMADOS 45,7 MORTOS MIL 2,9 MIL Rio obtém liminar por 80 respiradores Covid-19: qual o exame confiável? ONU teme fome de proporções ‘bíblicas’ PÁGINA 7 PÁGINA 14 PÁGINA 10 PÁGINA 13 Metallica lança CD dedicado a seus shows no Brasil

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Rio de Janeiro, quarta-feira, 22 de abril de 2020 www.jornalcorreiodamanha.com.br Presidente: Cláudio Magnavita Ano CXVIII Nº 23.483

Fundado em15 de junho de 1901

Fundador:Edmundo Bittencourt

E D I Ç Ã O E X P R E S S A

Edição Finalizada:

22h18

Medida não agrada os alunos pela mudança de métodos. O Procon aprovaPÁGINA 8

PÁGINA 4

Pandemia cria aulas diferentes; os preços continuam iguais

Governo faz plano de1 milhão de empregos

Divulgação/ Mctic

CORONAVÍRUS NO BRASIL

CONFIRMADOS

45,7MORTOS

MIL2,9MIL

Rio obtém liminar por 80 respiradores

Covid-19: qual o exame confiável?

ONU teme fome de proporções ‘bíblicas’

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Metallica lança CD dedicado a seus shows no Brasil

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2 Quarta-feira, 22 de abril de 2020OPINIÃO

O jornalismo ‘funerário’EDITORIAL

Para desespero dos incendiários de plantão foram retomadas as cole-tivas nesta quarta, 22 de abril, com a presença do ministro da Casa Civil, Braga Netto; o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio; o ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas; o ministro da Saúde, Nelson Teich; o ministro-chefe da Secretaria de Go-verno, Luiz Eduardo Ramos; e o go-vernador de Brasília, Ibaneis Rocha. Foi uma ducha fria naqueles que ten-tam ver o circo pegar fogo.

Sem a energia de conflito que gerava o protagonismo suicida do ex--ministro Luiz Henrique Mandetta, o que o Brasil descobriu foi um governo unido, alinhado, com embasamento técnico/científico, demonstrando principalmente o respeito às diferen-ças regionais e características, e a auto-nomia de cada unidade federativa.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, focou no efeito nefasto do jornalismo funerário praticado por alguns grupos de oposição. Mirou nas imagens de morte e cemitérios, de manhã de tarde e de noite, não apenas apavorando as pessoas, além de ter reflexo até na saúde dos teles-pectadores.

Este 22 de abril - Dia do Des-cobrimento do Brasil - foi um dia apropriado para descobrirmos um país que tem um governo técnico, com especialistas em logística de guerra, e que estamos preparados, para construir um cenário sereno e sem estrelismo.

Parte da mídia ficou exposta ao optar pelo lado da intriga, porém sem contar agora com a ajuda do cúmplice decapitado.

NANI

“O velho não morre de ve-lhice/nem de acidente, nem de doença/mas, Oh Senhor, só de indiferença”, com esses versos premonitórios, invocando Deus, Cecília Meirelles cunha a devas-tadora atualidade de hoje, agora uma paráfrase para centena de milhões de velhos condenados à morte pelo coronavírus. Afinal, eles representam alto risco. A falta de equipamentos dos hos-pitais brasileiros, rolando ladeira abaixo pela péssima gestão dos politiqueiros de sempre, provo-cou o absurdo da indiferença e da falta de compaixão em relação aos velhos.

Fiquei tomado de pavor, dor e indignação quando ouvi e li médicos de hospitais lota-dos declararem, não clara mas sibilinamente, que estava por se aproximar o momento de se pro-ceder a macabra seleção de quem mereceria viver em CTI repleto, o cidadão mais jovem ou o mais velho. Meu Deus.

Hoje eu pretendia escrever sobre o lado mais solar da tragé-dia que desabou no Brasil com mais força que o esperado. Re-firo-me à solidariedade de boa parte de empresas privadas e, so-bretudo dos indivíduos, em geral pobres que recolhem alimentos para minorar a fome dos despro-tegidos. Isso ajuda a tornar mais tolerável a desolação atual que vivemos. Sociólogos e escritores apregoam em jornais interna-cionais que o planeta será outro depois desta peste ceifadora de vidas. Confesso que sou um tan-to descrente dessa água fétida de agora transformar-se em vinho amanhã. De qualquer modo, o confinamento obrigatório para tantos, a desobediência para tan-tos outros (incluindo governos vitimados por cegueira bíblica), a miséria que baterá à porta da maioria dos países, tudo isso es-timula uma tábua de salvação,

representada pelo necessário consolo de acreditar, de crer em mudanças. Em resumo, de fé.

Não, não pude adentrar por esses possíveis raios de sol da solidariedade de agora, porque meu interior clama por retornar às tempestades por que passa e passará a nossa população acima de 60 anos, protegida, atenção atenção, pela Lei 10.741 /2003, o Estatuto do idoso. A mesma Lei que acarinha os idosos com benefícios de todas as ordens. O que estaria obviamente a in-dicar prioridade na disputa de leitos e CTIs na rede lotada dos hospitais. Em sua “Memoirs”, a filósofa francesa Simone de Be-auvoir chama a atenção de que “o mais escandaloso dos escân-dalos é quando nos habituamos a ele”. De fato, cabe a consciên-cia viva da nação zelar por sua população de velhos e sequer admitir a tragicidade da Escolha de Sofia, aquela lenda da Grécia Antiga em que uma mãe, Sofia, tinha que salvar apenas um de seus dois filhos, aos quais queria igualmente.

Escritores e filósofos sempre

concederam à velhice mesuras e distinções. Tal como as civiliza-ções mais antigas, sobretudo a ja-ponesa, ao venerar seus ancestrais com a máxima “o velho merece respeito e prioridade não pelos cabelos brancos e muitos anos vi-vidos, mas pelos suores destilados pelo conhecimento e pelo acú-mulo de sabedoria (cito o Rabino Yaacov Ben Shimon)”. Uma ver-dade que foi adaptada por Nelson Rodrigues com contundência, “eu acho que o jovem só pode ser levado a sério depois que lhe che-gar a solidez da velhice”.

Apenas para insistir na sa-bedoria de filósofos a defender a velhice humana encerro com esta pérola de Goethe “O que a juventude deseja, a velhice o tem em abundância”.

Avalio, entre triste e indig-nado, que alguns médicos não terão a grandeza de definir sem titubear a quem salvar em uma emergência. Por isso, cabe-lhes a carapuça criada por Francois Chateaubriand há muito tempo. Hoje mais atual que nunca - “ou-trora a velhice era uma dignida-de intocável, hoje é um peso”.

Ricardo Cravo Albin

A trágica escolha de Sofia

Direção Executiva: Cláudio Magnavita (Editor Chefe) Fernando Vale Nogueira (Editor Executivo) [email protected]ção Edição Expressa: José Aparecido Miguel Redação: Affonso Nunes, Gabriel Moses, Guilherme Cosenza, Ive Ribeiro, Marcelo Perillier, Marcio Corrêa e Pedro Sobreiro. Estagiários: João Victor Ferreira e Willian Cobian. Serviço noticioso: Folhapress e Agência BrasilOperações: Bruno Portella. Projeto Gráfico e Arte: Leo Delfino (Designer)

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Fundado em 15 de junho de 1901

Edmundo Bittencourt (1901-1929)Paulo Bittencourt (1929-1963)Niomar Moniz Sodré Bittencourt (1963-1969)

Os artigos publicados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não necessariamente refletem a opinião da direção do jornal.

Reprodução

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 3OPINIÃO

[email protected]

Queiroz e Diniz quase sósias!Tem causado profundo desconforto empresarial os anúncios da Fecomércio e do seu ´Sistema S (Sebrae, Sesc e Senac) colocando o seu presidente Antônio Florêncio de Queiroz Junior como garoto propaganda.n Em plena crise pandêmica, estampar o seu rosto em anúncios de meia página de jornal ou em horário nobre das televisões, tem constrangido milhares de empresários que estão passando por dificuldades financeiras e lutam para sobreviver.n O pior é que a origem dos recursos é retirada da própria folha de pagamento das empresas e são verbas fiscalizadas por órgãos de controle.

As mesmas práticasAlém do despropósito da campanha e do marketing pessoal de Florêncio, um detalhe tem chamado a atenção dos dirigentes empresariais. O diretor de arte, por pegadinha ou descuido no photoshop, deixou o atual presidente como sósia do seu antecessor, Orlando Diniz.n Em tempo: o Sesc e o Senac do Rio estiveram sob intervenção, por suspeita de mal uso de verbas, e Orlando Diniz, o ex-presidente, do qual Florêncio foi vice, fez deleção premiada depois de ter sido pego na lava-jato.

DIFERENÇA: WITZEL E DÓRIA FALAM DE REABRIR O COMÉRCIO, PODE? BOLSONARO JÁ FALAVA ISSO E ERA APEDREJADO PELA MÍDIA E PELOS GOVERNADORES.

EXPLODIU: A CPI DA ALERJ, QUE INVESTIGARIA AS DENÚNCIAS NA ÁREA DA SAÚDE, SERÁ SUBSTITUÍDA PELA LUPA DA POLÍCIA FEDERAL.

O CORREIO DA MANHÃ NA HISTÓRIA * POR BARROS MIRANDA

HÁ 75 ANOS: GOVERNO BRASILEIRO CRIA NOVA LEI ELEITORAL

HÁ 100 ANOS: BOMBA EXPLODE EM UM CARRO NA CENTRAL DO BRASIL

As principais notícias do CORREIO em 22 de abril de 1945 foram: tropas bra-sileiras e americanas avançam no norte da

Itália; exércitos ingleses dominam Halle e Leipzig; soviéticos controlam as cidades austríacas de Wriesen e Seelow; Harry Tru-

man assume a presidência dos EUA; estu-dantes fazem motim na Argentina; Vargas cria a nova Lei Eleitoral.

As principais notícias do CORREIO em 22 de abril de 1920 foram: tropas me-xicanas esperam autorização para passar pe-

los EUA; governo turco tenciona combate com nacionalistas; advogado do ex-chefe de gabinete de Caillaux fala no julgamento do

ex-primeiro ministro francês; bomba explo-de em um carro na Central do Brasil e duas pessoas são feridas;

O outro Wilson do PSCO pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC Nacional, está enfrentando um período de amargura que só a Bíblia pode explicar.n As suas duas estrelas partidárias, eleitas em 2018, o Wilson Miranda Lima, governador do Amazonas, e Wilson Witzel, governador do Rio, atravessam um duro período.n No caso do Amazonas, onde a influência do pastor é enorme, e reedita a mesma presença no Rio, o caso é grave. A saúde do estado colapsou e a imagem do Wilson de lá despencou. Tem gente morrendo por falta de equipamento.

Elo comumCom o petróleo em queda sem fim, e a crise financeira do Rio, está impossível o Estado recorrer ou apoiar o seu colega amazonense, o que seria normal.n Porém, já estão investigando se os problemas enfrentados aqui nas compras da área de saúde, que resultou na demissão do subsecretário-executivo da pasta, também ocorreram em Manaus, e se há fornecedores comuns.

Turismo prestigiadoFoi a segunda vez que o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio participa das coletivas realizadas no Palácio do Planalto.n É uma demonstração de força do ministro e da agenda que defende junto ao presidente Bolsonaro. Nesta quarta-feira (22) anunciou um reforço de R$ 5 bilhões ao Fungetur para socorrer os empreendedores do setor do turismo.n Anunciou também a inclusão da utilização das redes hoteleiras para os profissionais de saúde em todo o Brasil, com a inclusão na MP 907, que será votada na próxima semana.

Orlando Diniz Antonio Queiroz

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4 Quarta-feira, 22 de abril de 2020

Brasília faz hoje sessenta anos. Uma das mais jovens capitais do mundo. Se fosse gente, estaria chegando na terceira idade. Uma jovem senhora. Carrega alguns traços da idade e continua bela, muito bela. Hoje tem desafios urgentes a enfrentar. A mim, go-vernante, cabe ter um foco nes-tes dias de tantas preocupações: cuidar de Brasília. Zelar pelo seu povo. Manter viva as alegrias e esperanças em um futuro breve.

Nesta comemoração das seis décadas, suas avenidas deveriam estar lotadas com muita gente – idosos, crianças, famílias, ca-chorros, barraquinhas, artistas, turistas, vendedores, curiosos. Estarão vazias. O colorido e o barulho do dia de festa darão vez ao silêncio interrompido por alguns automóveis e os passari-nhos. Alguns se arriscarão pelas quadras usando máscaras de pro-teção. A maioria ficará resguar-dada em suas residências. Um cenário que nenhum dos mais engenhosos escritores de ficção ousou imaginar para nós.

Tão celebrada, capa de tantas revistas, modelo das mais icôni-cas fotos, tema de livros, a ani-versariante Brasília faz parte da história do mundo. Hoje, porém, mais do que isso, Brasília vive o mesmo drama do mundo: aqui também se combate a doença, a pandemia, a peste que parece nunca abandonar de vez a huma-nidade, dessa vez com o nome de novo coronavírus. Ou Covid-19.

No território de Brasília, o Distrito Federal, vive um povo que já nasce com o valor de ser de vanguarda, com a missão de lide-rar. De estar na frente das ques-tões brasileiras que precisam ser resolvidas urgentemente. Agora lidamos com a doença. Precisa-mos enfrentá-la e vamos vencê-la.

A um governador cabe tomar decisões graves que impactam, de uma hora para outra, mi-lhões de pessoas. Deliberações

que precisam levar em conta múltiplos fatores: a sobrevivên-cia da população, seus vínculos familiares, seus empregos, suas maneiras de ganharem o pão de cada dia, suas rotinas, suas aspi-rações, seus medos, suas angús-tias. Fechar lojas, restaurantes, parques, orientar que tantos fi-quem em casa são decisões que geram solidariedade, união e co-operação. Mas também críticas e perplexidades.

É necessário também que mi-lhares continuem no trabalho, para manter Brasília viva. São os entregadores, os agricultores, os frentistas, o pessoal da limpeza, da zeladoria, as mulheres e ho-mens dos bombeiros, da segu-rança pública. A cada um deles Brasília agradece para sempre.

Ainda é preciso pensar nas contas públicas, nas folhas de pa-gamento, na capacidade de recu-peração econômica, nos empre-endedores que estão com seus negócios fechados. E naqueles que não contam com trabalho fixo, nos sem-teto, naqueles que lutam por comida diariamente e para os quais a quarentena não é opção. É preciso, continuada-mente, fazer escolhas que geram aflição a milhares.

E, sobretudo, é preciso ficar absolutamente junto ao sistema de saúde. Fazer projeções, mo-nitorar como estão as vagas nos leitos dos hospitais, como está o pessoal, se os insumos estão che-gando. É necessária uma dedi-cação imensa de todos para que a cadeia da saúde acomode não apenas as vítimas da pandemia, mas mantenha todos os proce-dimentos da pesada rotina de to-das as semanas do ano. Para cada paciente que recebe alta, nós devemos aplaudir de coração aos profissionais que os salvam. A eles, homens e mulheres, dedica-mos os sessenta anos de Brasília.

Por mais que tenhamos es-pecialistas, assessorias, estudos,

as decisões mais graves a serem tomadas neste tempo são solitá-rias. É um momento de diálogo com a própria consciência. Nos-sos pareceres afetam o morador do Plano Piloto, os mais de 400 mil habitantes de Ceilândia, a sempre movimentada Tagua-tinga, os arranha-céus de Águas Claras, as comunidades carentes do Sol Nascente e do Itapoã, en-tre tantas outras. Mais: a verdade é que a decisão a ser tomada aqui provavelmente será replicada em tantos outros lugares do país. Daí a responsabilidade se mul-tiplica.

Não são decisões frias, ape-nas técnicas. São ordens e orien-tações que carregam mudanças radicais nas trajetórias de tanta gente. O que nos guia neste perí-odo é que todas as decisões têm um norte: as pessoas, suas vidas. O que, no conjunto, será o me-lhor para todos.

De uma perspectiva histórica Brasília foi vitoriosa em todas as batalhas que enfrentou. Sua própria construção e fundação, a linha de frente da interiorização do Brasil, a volta da democracia, o novo marco constitucional, a estabilidade econômica, a im-plantação dos programas para combater a pobreza. Em tudo isso fomos bem sucedidos. Esta-mos vivendo uma guerra nova, de tamanho e perspectiva ainda não completamente conhecidas. Mas vamos vencê-la assim como vencemos tantas outras.

Brasília. Uma civilização que nasceu de um sonho, da utopia, em breve irá se reencontrar, se reinventar, para sonharmos de novo. Comemoraremos juntos, nas ruas, muitos outros aniversá-rios, sem medo de darmos as mãos e trocarmos beijos e abraços.

Por enquanto, encoste seu cotovelo no meu.

*Governador do Distrito Federal

Ibaneis Rocha*Brasília vai se mostrar mais forte

OPINIÃO

Denúncias foram publi-cadas quarta (22) no blog do jornalista Ruben Berta

Sobre denúncias publica-das nesta quarta (22) no blog do jornalista Ruben Berta, a Secretaria Municipal de Ordem pública enviou toda a documentação referente a contratação de locação de ve-ículos para a vereadora Teresa Bergher e emitiu a seguinte nota oficial:

“A Secretaria Municipal de Ordem Pública vem con-testar as informações publi-cadas, em blog, em relação aos contratos firmados pelo órgão durante o atual perío-do de pandemia. Para resta-belecer a verdade dos fatos esclarece:

- Com o advento da crise sanitária causada pelo Coro-navírus, coube à Seop a fun-ção gestora do gabinete de cri-se - de acordo com os decretos 42.842 (de 19 de janeiro de 2017) e 47.269 (19 de mar-ço de 2020) -, que começou a funcionar no Riocentro, na Barra da Tijuca, e levou o ór-gão à assumir compromissos necessários para a contratação de serviços essenciais;

- Entre os compromissos estão a manutenção e zela-doria de todo o complexo de 571 mil metros quadrados dispostos em cinco pavilhões – todos eles, utilizados por órgãos municipais e estadu-ais como base de ações para combater a Covid-19;

- Ali, funcionam o vin-douro hospital de campanha, com 500 leitos para atendi-mento; do posto de vacina-ção, com mais de 100 mil pes-soas beneficiadas; e inúmeras outras ações (central do Disk Aglomeração, distribuição de cestas básicas, estoque de materiais doados ao Estado,

município e etc);- As contratações foram

executadas seguindo, sobre-tudo, os princípios que nor-teiam a gestão pública, tais como legalidade, impessoali-dade, moralidade, publicida-de e eficiência. Inclusive, res-peitando a salutar pesquisa de mercado, buscando o me-lhor custo-benefício, e pas-sando pelo crivo dos órgãos de controle do município e tendo sua publicação feita no canal de transparência da Prefeitura. Nenhuma irregu-laridade foi constatada neste processo;

- A matéria do “blog” sur-preende por articular infor-mações de maneira a insinuar uma eventual inadequação nas contratações realizadas e falta de transparência, o que não houve;

- Dentro do Princípio da Transparência, a Seop tomou a iniciativa de enviar os docu-mentos e as cópias integrais dos processos de contratação questionados na notícia do blog para a vereadora Teresa Bergher, numa demonstração de total confiança de que todo rito processual foi cumprido e o zelo com o erário, respeita-do. A mesma foi convidada a conhecer o trabalho do órgão à frente do gabinete de crise;

- As insinuações articu-ladas no blog de maneira irresponsável, criam frente à sociedade um clima de ins-tabilidade e histeria comple-tamente descompassado aos valores éticos e sociais que qualquer exercício profissio-nal exige, especialmente pelo momento atravessado;

- Quanto às insinuações feitas pelo autor do blog, se-rão adotadas as medidas judi-ciais cabíveis para alcançar a retratação”.

Seop responde a vereadora e esclarece acusação

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 5

CORREIO NACIONAL

TSE pode realizar eleiçõesmunicipais em outubro

Messenger infantil

Problema dos presos

Caixa matinal

Corte Salarial

Um grupo de trabalho criado pelo Tribunal Supe-rior Eleitoral para respon-der os questionamentos sobre a capacidade da Justiça Eleitoral de manter o calendário eleitoral e os procedimentos preparató-rios diante das medidas de isolamento em virtude da pandemia do coronavírus concluiu que as eleições

O Facebook lançou nesta quarta-feira (22), no Brasil, o Messenger Kids, um aplicativo de mensa-gens e chamadas de vídeo para crianças controlado pelos pais. O app é gratui-to, mas precisa ser apro-vado pelos adultos.

A grande parte dos es-tados brasileiros não está realizando testes ou medi-das de segurança contra o Covid-19 dentro dos presí-dios. A situação é alarmante porque, com celas superlo-tadas, o ambiente é propício para a proliferação do vírus.

A partir desta quarta (22), mais de 1.100 agên-cias da Caixa abrem mais cedo para atendimento de serviços essenciais. Por enquanto, eles não incluem o saque do auxílio emer-gencial, que é realizado pelo aplicativo Caixa Tem.

A Assembleia Legislati-va de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (22) um projeto para reduzir gas-tos, incluindo salários de deputados e de servidores comissionados. A proposta ainda precisa ser aprovada em votação no plenário.

devem ser mantidas em outubro.

Com isso, o primeiro turno será realizado no dia 4 e o segundo turno, caso seja necessário, no dia 25. Cerca de 146 milhões de eleitores estarão aptos para eleger prefeitos, vi-ce-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

José Cruz/Agência Brasil

Eleição deve ocorrer no primeiro e último domingo de outubro

O presidente Jair Bolsona-ro delegou ao ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, a condução de um plano de reto-mada da economia sustentado na reativação de obras públicas com recursos do Tesouro, como forma de evitar uma escalada do desemprego.

Batizado de “Plano Mar-shall”, em referência ao progra-ma dos EUA de recuperação de países aliados após da Segunda Guerra Mundial, o programa deve durar pelo menos três anos.

Só no âmbito do Ministério da Infraestrutura, a projeção é que o pacote consuma cerca de R$ 30 bilhões em investimentos públicos para a retomada de cer-ca de 70 obras que estão parali-sadas ou sendo tocadas abaixo da sua capacidade.

Em entrevista coletiva por vi-deoconferência nesta quarta (22) o secretário especial de Desestati-zação, Desinvestimento e Merca-

Retomada dos empregosGoverno articula novo plano de crescimento econômico

Isac Nóbrega – Presidência da República

Ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto está à frente das negociações

NACIONAL

dos do Ministério da Economia, Salim Mattar, lembrou que o “Plano Marshall” dependeu do governo norte-americano e que o Brasil não tem dinheiro sobrando para tal artimanha. Ele, no entan-to, evitou criticar o projeto em-brionário do Palácio do Planalto

- O Ministério da Economia está criando um plano de busca

de investimento através do [se-tor] privado. Isso não é falta de coordenação. Isso é democracia. Surgem ideias e vamos discutin-do. Se existe ideia de fazer inves-timento com dinheiro público, exite de outro lado que estuda investimento com dinheiro pri-vado. Na hora oportuna, as op-ções serão tomadas - afirmou.

Os mais de 210 milhões de celulares ativos no país come-çam a receber, a partir desta quarta (22), mensagem de tex-to (SMS) do governo federal com orientações para evitar a contaminação pelo novo coro-navírus. A iniciativa é do Mi-nistério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio do sistema de alertas da Defesa Civil, em parceria com a Agên-cia Nacional de Telecomunica-ções (Anatel).

A mensagem reforça cuida-dos que os cidadãos devem ter, como evitar aglomerações e lavar bem as mãos. Populações de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, os estados com o maior número de casos confirmados,

serão as primeiras a receberem os avisos.

O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do MDR, coordena o envio de alertas por SMS. Atualmente, além da Defesa Civil Nacional, o siste-ma é utilizado por 100 Defesas Civis estaduais e municipais.

Para ter acesso aos avisos gratuitos por SMS, os usuá-rios devem enviar uma mensa-gem do celular para o número 40199. Na área de texto, é só indicar o CEP de interesse – é permitido cadastrar mais de um CEP. Feito o cadastro, o celular está apto a receber aler-tas e recomendações da Defesa Civil.

O chamado aberto pelo Minis-tério da Saúde para que fornecedo-res ofereçam propostas de venda de testes rápidos termina nesta quarta (22). Os interessados em comercia-lizar o produto com o governo fe-deral devem se cadastrar no site até as 23h59.

Até o balanço divulgado na segunda-feira (20), 2,5 milhões de testes haviam sido distribuídos a au-toridades de estados e municípios.

O intuito é adquirir até 12 milhões de kits de testes rápidos. Podem se inscrever empresas com registro de produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mais 10 milhões de testes de la-boratório deverão ser contratados por meio da Organização Pan-A-mericana de Saúde.

Governo dispara SMS com orientações contra Covid-19

Fim de prazo para venda de testes rápidos

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 7

CORREIO CARIOCA

Segundo profissional do SBT-Rio morre vítima de Covid-19

Infectado

Afrouxamento?

Curado

Cestas básicas

O cinegrafista do SBT Robson Thiago Mesquita, conhecido como “Tio Chi-co” pelos colegas, morreu na noite de terça (21), víti-ma do coronavírus. Ele es-tava internado no Hospital Badin, no bairro do Mara-canã. Robson fazia hemo-diálise e não resistiu.

No último dia 13, ou-tro profissional do SBT-

O coreógrafo Carlinhos de Jesus, famoso pelos tra-balhos no carnaval do Rio, disse que ele e a esposa Raquel estão com corona-vírus. O casal está isolado em casa. Em suas redes so-ciais, o dançarino disse que a doença é avassaladora.

Há uma expectativa de que o governador Wil-son Witzel anuncie, nesta quinta-feira (23), medidas de afrouxamento do iso-lamento social. A informa-ção foi divulgada no blog do jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo.

Washington Reis, pre-feito de Duque de Caxias, recebeu alta nesta quarta---feira (22) após 13 dias in-ternado com coronavírus. A informação foi divulgada pela assessoria de impren-sa do município da Baixa--da Fluminense.

O Estado começa a dis-tribuir nesta quarta (22) as cestas básicas do progra-ma Mutirão Humanitário, que vai atender a quase 1 milhão de famílias. Os pri-meiros beneficiados serão moradores de Queimados, na Baixada.

-Rio faleceu. Trata-se do editor de imagens José Augusto do Nascimento. Ele vinha denunciando, através de áudios, so-bre os riscos de continu-ar trabalhando naquela redação. Chamou-a de “epicentro da contami-nação do coronavírus no Rio de Janeiro” e pediu o fechamento da emissora.

Reprodução/ Redes Sociais

O cinegrafista Thiago Mesquita fazia hemodiálise e não resistiu

RIO

A Prefeitura do Rio, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), obteve li-minar para receber 80 respira-dores adquiridos em dezembro de 2019 da empresa Magnamed Tecnologia Médica. Em sua deci-são, a juíza Ana Beatriz Mendes Estrella, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), determinou que a empresa entregue os equipamen-tos sob pena de multa em caso de descumprimento.

Os 80 respiradores serão ins-talados, inicialmente, no Hospi-tal Municipal Ronaldo Gazolla, referência para internação por Covid-19. Com a chegada de mais equipamentos, comprados na China, eles serão remaneja-dos para outras unidades da rede municipal. A empresa é sediada em São Paulo, tendo sido ven-cedora do pregão presencial nº 631/2019, oferecendo os respi-radores (modelo portátil adulto

Briga pelos respiradoresPrefeitura obtém liminar para receber 80 equipamentos

Reprodução

A decisão foi publicada pela juíza Ana Beatriz Mendes Estrella, do TJRJ

e pediátrico) pelo valor total de US$ 744.149,61.

Na decisão judicial, a juíza também destacou que “o perigo de dano irreparável (no caso da não entrega dos equipamentos) é patente diante do aumento diário do número de casos de pessoas in-fectadas necessitando de cuidados especiais, notadamente o uso de

respiradores, bem como a satura-ção do sistema municipal de saú-de, que, conforme amplamente noticiado, está perto de atingir sua capacidade máxima de ocupação.”

Por meio de nota, a Magna-med Tecnologia Médica, afir-mou que os equipamentos foram pedidos pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde.

O médico Pedro Archer enviou um vídeo para o RJTV, da Globo, sobre uma difícil situação vivida em seu plantão, em um hospital da Zona Oeste. Segundo ele, os pacientes da rede pública já sentem a falta de respira-dores e os médicos precisam escolher quem receber os equipamentos, e que há um respirador para 30 pacientes.

Para amenizar o proble-ma, a secretaria de saúde do estado informa que já há 550 respiradores garantidos nos hospitais de campanha. Já a prefeitura apresentou os pri-meiros 20 respiradores no re-cém-inaugurado hospital no Riocentro.

Após três tripulantes testarem positivo para Covid-19, o navio petrolífero inglês Seven Sune está parado na Baía de Guanabara. Um dos infectados precisou, inclusive, ser retirado da embarcação por re-comendações médicas.

O navio atua no ramo de of-fshore, tem 90 pessoas em quaren-tena e está estacionado a seis qui-lômetros da Ponte Rio-Niterói há uma semana, segundo a Capitania dos Portos.

A federação nacional que re-presenta os trabalhadores embarca-dos afirma que ele não é o único em estado grave. Segundo a entidade, outro tripulante desembarcou do Seven Sun por conta da doença, no total, são dez infectados. Outros sete navios já estão interditados.

Para combater a disseminação do Covid-19 nos modais de trans-porte de passageiros, a Marinha do Brasil realiza nesta quinta (23), às 9h, com apoio da Rodoviária do Rio e da Companhia de Desenvolvi-mento Rod e Terminais do Estado, a desinfecção do terminal rodoviário.

Serão desinfetados os pontos de maior circulação de pessoas com um descontaminante a base de hipoclorito de sódio, com clo-ro ativo, e álcool 70%. A medida encontra-se prevista na Portaria do Ministério da Defesa número 1.232 de 18/3/2020.

Desde o início das medidas de restrição ao transporte intermu-nicipal, o terminal está operando com redução de 97% no número de passageiros.

Médico fala em ‘escolher pacientes’

Navios parados na Baía de Guanabara

Rodoviária do Rio passa por desinfecção

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8 Quarta-feira, 22 de abril de 2020

Aulas à distância, preços mantidosEstudantes lamentam a não redução dos valores das mensalidades, mas Procon apoia a medida

Divulgação/ Mctic

Faculdades e escolas dizem que investimento em tecnologia compensa redução de gastos com água e luz

Por Ive Ribeiro

As aulas nas faculdades parti-culares do Rio foram paralisadas no dia 16 de março por conta dos avanços da pandemia do novo coronavírus. A solução para que as aulas pudessem continuar foi a aplicação do conteúdo através de ferramentas remotas. A me-dida, entretanto, não vem agra-dando os alunos, principalmente pelo fato de, em muitos casos, a mensalidade continuar a mesma.

Já as faculdades tiveram seus custos reduzidos com as medi-das restritivas. Gastos com água, luz, insumos e pagamentos de passagem de funcionários dimi-nuíram consideravelmente sem as aulas presenciais. Além disso, os valores das chamadas EAD’s, estudo à distância, são conside-ravelmente mais baixos do que o estudo convencional.

Analisando o curso de admi-nistração, por exemplo, em três tradicionais faculdades particu-lares, checamos que a opção por aulas à distância é 50,46% mais barata do que as aulas presen-ciais.

A estudante de jornalismo da Universidade Veiga de Almei-da (UVA), Alessandra Raposo, disse que a instituição informou que irá manter o valor das aulas, e apenas casos específicos, de pessoas prejudicadas com as me-didas restritivas, serão analisados pelo departamento financeiro. Alessandra disse também, que apesar do esforço dos professo-res, há uma dificuldade geral de concentração e esclarecimento de dúvidas nas aulas não presen-ciais: - Se eu tenho uma dúvida, preciso usar o chat ou o micro-fone, e nem sempre ela é tirada de forma eficiente – relatou a estudante.

O Procon RJ, entretanto, diz que “não é obrigatório que a ins-tituição reduza o valor da men-salidade. Porém, nada impede

que o consumidor procure a ins-tituição e solicite um desconto, por conta da provável redução dos custos do fornecedor”.

O órgão de direito do con-sumidor também alerta que é preciso levar em conta não só os custos fixos, que independem de a escola estar fechada, mas tam-bém os novos custos, especifica-mente relacionados à logística do ensino à distância, “princi-palmente se a instituição teve de implementar a tecnologia em virtude da epidemia”. É pos-sível, ainda, que a escola precise de um tempo para contabilizar seus custos regulares de funcio-namento, alertou o Procon.

A própria UVA, por meio de nota, justificou a manutenção das mensalidades justamente por conta dos gastos extras com a tecnologia: “Além dos investi-mentos em tecnologia, a univer-sidade segue também arcando integralmente com os salários dos mais de 1,5 mil colaborado-res e, da mesma maneira, con-tinua honrando com todos os compromissos com fornecedo-res tais como limpeza, seguran-ça e todas as demais atividades. Toda a comunidade acadêmica, professores e colaboradores da UVA continuam fortemen-

da manutenção dos valores: - Eu acho que deveria ter diminuído a mensalidade porque os gastos não são os mesmos e, além disso, a modalidade EAD é bem mais barata.

Outra instituição particular de ensino procurada pela repor-tagem, a IBMR, garantiu que a qualidade das aulas, assim como currículo escolar, foi mantido para os alunos, mas para isso, precisou investir em tecnolo-gia para a aplicação das aulas de maneira remota: “O sucesso dessa iniciativa foi alcançado graças aos recursos tecnológicos, a aquisição de uma ferramenta robusta para sustentar o novo modelo, aos diversos treinamen-tos internos e a manutenção de nosso corpo docente e adminis-trativo”.

DEBATE SOBRE VALORES TAMBÉM NAS ESCOLAS

Enquanto projetos de leis so-bre desconto nas mensalidades escolares são discutidos, muitas famílias que tiveram sua renda reduzida tentam negociar com as instituições para manter seus filhos estudando mesmo em tempos de quarentena.

Na Assembleia Legislativa do Rio, um Projeto de Lei prevê que

te trabalhando para oferecer a melhor experiência possível aos alunos”. A instituição também ressaltou a qualidade do seu sis-tema virtual.

Já a FACHA - Faculdades Integradas Hélio Alonso, to-mou um caminho um pouco diferente e informou que essas reduções nos gastos, como luz, água e insumos, foram repassa-das integralmente, em forma de desconto na mensalidade dos alunos. Apesar disso, os alunos da instituição consideram que as reduções deveriam ser maio-res, como diz a também aluna de jornalismo Hemily Gonçalves: - Não faz sentido termos aula em casa e pagar o mesmo valor de uma aula presencial, visto que não tem o mesmo efeito. Para mim é bem maçante ter que con-ciliar as tarefas do dia-a-dia com a faculdade – disse ela, que per-cebeu um aumento no volume de trabalhos após as aulas online.

A aluna do curso de conta-bilidade Kamilla Soares, da fa-culdade Unisuam, foi outra que sentiu grande prejuízo no ensino com o novo formato. Segundo ela, nem todos os professores conseguiram se adequar rapida-mente ao diferente tipo de aula. A estudante também reclamou

escolas com mais de 300 alunos deverá conceder desconto de 30% nas mensalidades durante a pandemia. Apesar de a medida ainda não ter sido aprovada, al-gumas escolas já se anteciparam, concedendo descontos. A advo-gada Natalia Meneguit explica que caso os pais não consigam manter o pagamento das men-salidades por perda de renda por conta da pandemia, o melhor ca-minho é tentar um diálogo com a escola.

- É uma situação atípica e não há precedentes em decisões ju-diciais. Mas é possível negociar. Os pais têm direito de pedir uma planilha com a comprovação comparativa de gastos da escola, por exemplo. Mostrar que teve a renda reduzida, seja por demis-são, seja não estar podendo exer-cer sua atividade profissional, também é um caminho para ten-tar adiar mensalidades ou mes-mo pleitear uma bolsa durante o período de pandemia. Mas um acordo direto entre as partes, nesse momento, seria o melhor caminho - afirma Meneguit.

A advogada explica que a própria escola pode tentar rever contratos como aluguel, serviços de manutenção e limpeza e até redução do pagamento em al-guns contratos trabalhistas por 3 meses, de acordo com a lei recen-te sobre o tema.

- Funcionários que não são indispensáveis nesse momento, como recepcionista, segurança, limpeza, podem receber até 70% do salário pelo INSS por até 3 meses, sem prejuízo do contra-to de trabalho. Isso dá um alívio às instituições, que ganham um pouco de fôlego para negociar com os pais nesse período. To-dos precisam tentar se ajustar à nova realidade e buscar saídas de uma forma mais solidária, ten-tando minimizar as perdas para todos.

ESPECIAL

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 9ECONOMIA

CORREIO ECONÔMICO

Por conta das medidas de emergência de saúde pública de-corrente do coronavírus, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis estabeleceu no-vos procedimentos a serem adota-dos pelas empresas que atuam na atividade de exploração e produ-ção de petróleo e gás natural.

A agência prorrogou os contra-tos de exploração e produção por nove meses, flexibilizou algumas obrigações contratuais na fase de exploração e produção, incluindo acesso ao Banco de Dados de Ex-ploração e Produção, segurança operacional e meio ambiente, pre-ço de referência do gás natural, in-vestimentos em Pesquisa, Desen-volvimento e Inovação e também ao conteúdo local.

O Conselho da Justiça Federal liberou R$ 1,3 bilhão para o paga-mento das Requisições de Peque-no Valor autuadas em março para 160,7 mil beneficiários.

Do valor total, cerca de R$ 1 bilhão corresponde a matérias previdenciárias e assistenciais, ou seja, revisões e concessões de apo-sentadorias, auxílios-doença, pen-sões e outros benefícios do INSS.

Entram neste lote de paga-mentos 86,4 mil segurados do INSS que ganharam ações judi-ciais contra o órgão federal.

Os pagamentos devem estar disponíveis para saque em até uma semana após a liberação, mas isso depende da capacidade de cada TRF para realizar o processo de conferência e abertura de contas.

O setor de turismo, que em 2019 chegou a R$270,8 bilhões, deve cair para R$165,5 bilhões em 2020, indicando redução de 38,9% no faturamento. É o que indica o estudo “Impacto Eco-nômico da Covid-19 e Propostas para o Turismo Brasileiro”, elabo-rado pela FGV Projetos.

Segundo o levantamento, em 2021, os ganhos com o turismo de-vem alcançar R$259,4 bilhões, valor 4,2% inferior ao patamar de 2019. A perda total será de R$ 116,7 bi-lhões no biênio 2020-2021.

Para cobrir essa lacuna, será necessário que o trade estabeleça ganhos de R$ 303 bilhões em 2022 e de R$355 bilhões em 2023. Se-gundo o IBGE, o setor de turismo responde por 3,71% do PIB do país.

ANP estabelecenovas regrasno setor

Justiça liberaR$ 1,3 bipara o INSS

Ganhos noturismo devemcair 38,9%

Em meio à pandemia do coronavírus, a arrecadação das receitas federais no Brasil regis-trou queda de 3,32% em março, totalizando R$ 109,718 bi.

A comparação é com o mes-mo período do ano passado, des-contada a inflação. Esse é o menor valor para o mês desde março de 2010, quando foram recolhidos R$ 105,717 bi. As informações foram divulgadas pela Receita Federal (RF) nesta quarta (22).

As receitas administradas pela RF, como impostos e con-tribuições federais, chegaram a R$ 107,390 bi, resultando em queda real de 3,67%.

Já as receitas administradas por outros órgãos, principal-mente royalties do petróleo, somaram R$ 2,327 bi, com ex-pansão de 15,98%, em relação a março de 2019.

De janeiro a março, a arreca-dação total chegou a R$ 401,138 bi, com aumento real de 0,21%,

Arrecadação em baixaReceita de março gira em R$ 109 bi, a menor desde 2010

Marcello Casal Jr – Agência Brasil

No ano, a arrecadação total está em R$ 401,138 bi, 0,21% maior que em 2019

em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse crescimento da arrecadação no primeiro trimestre veio das recei-tas administradas por outros ór-gãos, que ficaram em R$ 17,659 bi, com expansão de 19,71%.

Já as receitas administra-das pela Receita atingiram R$ 383,479 bi, com queda real de 0,53%.

O Chefe do Centro de Es-tudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, afirmou que os resultados de março re-fletem os fatos geradores do mês anterior, a exceção dos tributos com incidência diária, como o Imposto de Renda na Fonte e o Imposto sobre Produtos Indus-trializados, vinculado às opera-ções de comércio exterior.

Medidas contra o Covid-19impactam caixa do BNDES

Queda econômica

Novos empregos

Coronavoucher

Bolsa de Valores

Os efeitos da crise do coronavírus, além de medi-das tomadas pelo governo para mitigá-las, causaram impacto no fluxo de caixa do BNDES, no momento em que a instituição pla-neja fortalecer sua atuação para socorrer a economia.

Por isso, o banco pla-neja levantar até US$ 5 bi em agências multilaterais,

A Comissão Econômi-ca para a América Latina e o Caribe prevê que a economia do Brasil deve encolher 5,2% neste ano, por conta da crise do co-ronavírus. O número está próximo do impacto na América Latina, de 5,3%.

O presidente Bolsonaro delegou ao ministro Walter Braga Netto a condução de um plano de retomada da economia sustentado na reativação de obras públicas, com recursos do Tesouro, para evitar um aumento do desemprego.

Cerca de 5,3 milhões de pessoas inscritas no CadÚnico e no Bolsa Fa-mília recebem nesta quar-ta (22) a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Na quinta (23) co-meça o pagamento da se-gunda parcela da ajuda.

A cotação comercial do dólar teve alta de 1,887% nesta quarta (22), fechan-do a R$ 5,4094, novo re-corde nominal. A Bolsa de Valores também registrou valorização, fechando o pregão aos 80.687 pontos, alta de 2,17%.

com garantia do Tesou-ro, para sustentar o seu “papel de destaque” em estimular a retomada da atividade.

O pedido foi levado pelo presidente do ban-co, Gustavo Montezano, e pelo presidente do conse-lho de administração, Mar-celo Serfaty, ao ministro Paulo Guedes (Economia).

Agência Brasil

Banco planeja captar até US$ 5 bi em agências multilaterais

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10 Quarta-feira, 22 de abril de 2020

CORREIO NO MUNDO

INTERNACIONAL

Beisebol volta na Coreia do Sul com portões fechados

Sem data pra acabar

Boas notícias

Recorde de adoções

Passeio espanhol

O esporte profissional voltou a ser disputado na Coreia do Sul nesta terça--feira (21), com um jogo da pré-temporada da liga na-cional de beisebol (KBO), após a paralisação das atividades causada pela pandemia de Covid-19.

Foi logo um clássico, entre Doosan Bears e LG Twins, ambos da capital

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou contra as previsões oti-mistas sobre o fim do Co-vid-19: “Não se enganem: temos um longo caminho a percorrer. Este vírus es-tará conosco por um longo tempo”.

Segundo as autoridades da Coreia do Sul, os core-anos recuperados do novo coronavírus estão mostran-do uma baixa taxa de trans-missibilidade da doença para as pessoas. A notícia foi bem recebida no país que tem boa taxa de curados.

Em meio a pandemia de coronavírus, os abrigos de animais nos EUA es-tão comemorando. Com a solidão do isolamento so-cial, os americanos estão buscando os abrigos para adotarem cachorros e ga-tos como mascotes.

O governo da Espanha está estudando flexibilizar as regras do isolamento social a partir de maio para permitir que crianças e permitir que adultos saiam às ruas em até duas pes-soas, desde que se respei-te a distância de um metro.

(Seul), que são considera-dos os principais rivais no país.

A partida foi realizada com os portões fechados, assim como deve ocorrer no início da temporada re-gular, marcado para o dia 5 de maio. Estão previs-tos 20 jogos amistosos no país antes da abertura do campeonato.

Reprodução

Outra medida tomada pela Liga Coreana foi proibir que os jogadores cuspam no chão

David Beasley, diretor do WFP (Programa Mundial de Alimentos da ONU), alertou nesta terça-feira (21) que a crise econômica gerada pelo novo coronavírus pode levar mais dezenas de milhões de pessoas a passar fome.

“Se não nos prepararmos e agirmos agora, para garan-tir acesso a alimentos, evitar a falta de recursos e a ruptura no comércio, nós poderemos encarar múltiplas crises de fome de proporções bíblicas em poucos meses”, alertou, em discurso ao Conselho de Se-gurança da ONU.

Beasley disse que, atu-almente, 821 milhões de pessoas ao redor do mundo vão dormir com fome dia-riamente, pois vivem com a

falta de alimentos de forma crônica, e outras 135 mi-lhões estão à beira de ficar completamente sem comida, tendo alimentos em alguns dias e em outros não.

Segundo um estudo feito pelo WFP, mais 130 milhões de pessoas correm risco de passar fome devido à crise econômica gerada pelo novo coronavírus.

A paralisação do comércio e do turismo, a recessão eco-nômica e a crise no preço do petróleo retirarão dinheiro dos mais pobres. Com isso, eles não poderão comprar co-mida, disse Beasley. Ele estima que, no pior cenário, mais de 30 países poderão ser dura-mente afetados, como Haiti, Nepal e Somália.

Enquanto a Covid-19 monopo-liza a atenção global, uma epidemia esquecida segue matando numa das regiões mais instáveis da África. O surto de ebola no leste da República Democrática do Congo foi oficial-mente declarado em agosto de 2018 e desde então já deixou 2.266 mor--tos entre 3.311 infectados.

A taxa de mortalidade é de 68,4%, dez vezes a do coronavírus na média mundial (6,88%). Den-tre os infectados, 29,2% são crian-ças. Este já é o segundo maior sur-to de ebola da história, perdendo apenas para o que atingiu países da África ocidental entre 2013 e 2016, quando houve mais de 11 mil mortos. A perspectiva é que a epidemia se prolongue por no mí-nimo mais alguns meses, podendo novamente sair de controle.

Coronavírus pode gerar fome ‘bíblica’, diz ONU

Coronavírus e Ebola afetam Congo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom da tensão contra o Irã ao dar ordens à Marinha para “aba-ter e destruir toda e qualquer embarcação iraniana” que amea-ce os navios americanos.

A publicação no Twitter nes-ta quarta-feira (22) vem como resposta à troca de acusações en-tre os dois países na semana pas-sada, quando 11 embarcações iranianas fizeram manobras ao redor de um navio dos EUA no Golfo Pérsico.

Militares americanos dis-seram que a aproximação foi “provocativa e perigosa”. O Irã devolveu a acusação, classifican-do a postura da Marinha ameri-cana como “não profissional” ao ter bloqueado a passagem de um navio do país no início do mês.

Um porta-voz das forças ar-madas do Irã disse, em resposta à declaração de Trump, que os

Trump eleva tensão com o IrãApós mandar abater navios iranianos, situação complica

Reprodução

A ordem do presidente Donald Trump esquentou a relação entre as nações

EUA deveriam focar em salvar os militares do coronavírus.

“Ao invés de intimidar os outros, os americanos deveriam enviar todos os seus esforços para salvar os membros de suas forças que estão infectados com coronavírus”, disse Abolfazl Shekarchi, segundo a agência de notícias ISNA.

Também nesta quarta-feira (22), a Guarda Revolucionária do Irã anunciou o lançamento com sucesso do primeiro satélite militar do país em órbita a 425 km da superfície da Terra. O sa-télite Noor (luz, em persa) foi lançado a partir do deserto de Semnã, na região central do Irã.

Trata-se de um trecho reci-tado pelos muculmanos quando eles viajam: “Glória Àquele que nos submeteu isso, pois nunca poderíamos ter feito isso por nossos próprios esforços”.

Autoridades dos EUA disseram temer que a tecnologia balística de longo alcance usada para colocar sa-télites em órbita também possa ser usada para lançar ogivas nucleares.

Teerã nega as afirmações dos EUA de que essa atividade é um disfarce para o desenvolvimento de mísseis balísticos e diz que nunca buscou o desenvolvimento de ar-mas nucleares.

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12 Quarta-feira, 22 de abril de 2020

CORREIO CULTURAL

Por Canal Like*

Na escola, nós aprendemos a história do mundo como se fosse uma linha

reta que começou no começo do mundo e chegou, sem contesta-ções, aos dias de hoje. O profes-sor nos diz gente como as coisas aconteceram, e a gente acredita que foi assim mesmo: ano após ano, evento histórico após even-to histórico. Mas a verdade é que reconstituir os eventos do passa-do é uma investigação constante. A nova série do History Chan-nel “Investigadores da História” deixa isso bem claro.

Apresentado pelos crimi-nalistas Mauro Yared e Celso Nenevê, a série de 13 episódios explora um período particular-mente nebuloso da história bra-sileira: os anos da ditadura mili-tar, de 1968 até 1989.

Mauro é um especialista em mortes violentas e Celso é um perito em balística e explosivos. Com a experiência dos peritos e com a tecnologia disponível, não há caso que seja insolúvel. No programas, as mortes de fi-guras da história como Vladimir Herzog, Carlos Marighella, Car-los Lamarca, Stuart Angel e até Juscelino Kubitscheck são inves-tigadas a fundo pelos peritos.

Nenevê e Yared fizeram parte do núcleo pericial da Comissão Nacional da Verdade. Formada em 2011, a comissão foi criada exatamente para apurar esses crimes. Ao longo dos episódios, eles realizam novos exames, usando em suas investigações a ciência, a tecnologia e a intuição para revirar os fatos históricos. No final eles diferenciam o que é

A história sob aótica investigativaSérie do History Channel investiga crimes célebres brasileiros

Divulgação

Nenevê e Yared pesquisam documentos e fazem trabalho de campo para solucionar crimes célebres da história brasileira

verdade, e o que é mentira.A produção é resultado de

cinco anos de pesquisas e in-vestigações. Estudantes que de-fendiam ideias ou terroristas? Torturadores assassinos ou sim-plesmente policiais cumprindo o seu dever? Esses problemas de percepção são resolvidos um por um quando a verdade vem à tona.

A investigação na série ocor-re sem amarras ideológicas, com um enfoque 100% pericial. Em alguns episódios, a brutalidade das forças de repressão fica bem aparente.

O episódio de estreia se de-bruça sobre Stuart Angel Jones, em um dos casos mais famosos do período da repressão. Filho da estilista carioca Zuzu Angel,

Stuart era estudante na UFRJ e dirigente do movimento revo-lucionário MR-8. Em 1971, no auge da repressão, ele desapare-ceu sem deixar rastros e até hoje o corpo não foi encontrado.

Os peritos criminais inves-tigaram o caso e recuperaram o cadáver e a história dos últimos momentos de Stuart Angel. A busca pela verdade nunca foi tão bem articulada. É uma série imperdível. Não deixe de ver “Investigadores da História” no History Channel. Curtiu a dica? Para mais, dá uma olhada no Youtube do @canallikeoficial ou sintonize no 530 da Claro.

*Confira as dicas de filmes, séries e streamings em www.ca-nallike.com.br

Tunico da Vila confirmado no #ZiriguidumEmCasa

Festival global vira álbum

Luto nas telas Baixas na Globo

O sambista Tunico da Vila é um dos participan-tes da edição deste fim de semana do festival online #ZiriguidumEmCasa no qual artistas apresentam lives em formato de po-cket show de meia hora. O filho de Martinho da Vila deve interpretar a releitura

O festival de shows on-line “One World: Together at Home”, que ocorreu no último sábado (18) e foi or-ganizado pela cantora Lady Gaga, fez a ONG Global Citizen e a gravadora Uni-versal lançarem um álbum com as canções apresen-tadas nas lives do evento.

Elton John, Shawn Mendes, Lizzo, Billie Eilish, Paul McCartney, Stevie Wonder, The Rolling Sto-nes, The Killers, Alicia Keys e Usher foram alguns dos nomes que participaram da programação. O álbum estará disponél em strea-ming.

A atriz americana Shir-ley Knight morreu, aos 83 anos, nesta quarta-feira (22), por causas naturais. Seus trabalhos em “Som-bras no Fim da Escada” (1960) e “Doce Pássaro da Juventude” (1962) lhe ren-deram duas indicações ao Oscar.

A jornalista Carol Bar-cellos, do quadro de es-portes no Bom Dia Bra-sil da TV Globo, contraiu Covid-19 e foi afastada de seu trabalho na emis-sora. Raquel Novaes, da GloboNews, também está fora de combate no canal de notícias.

que dez de “Quero-que-ro”, sucesso do pai nos anos 1980.

Bianca Gismonti, filha do multi instrumentista Egberto Gismonti, tam-bém está na programação. A programação completa pode ser conferidas das redes sociais do evento.

Divulgação

Tunico da Vila cantará um velho sucesso de seu pai Martinho

CULTURA

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 13

O Metallica estaria aterris-sando em terras brasileiras neste exato momento, se não fosse pela pandemia do novo coronavírus. A banda americana faria o seu primeiro show por aqui nesta quarta-feira (22), em Porto Ale-gre. Já que eles não puderam vir, os músicos decidiram relembrar os melhores momentos de seus shows no país com a compilação “Live in Brazil” (1993-2017), disponível em todas as platafor-mas de streaming de música.

Surpreender nunca foi uma das qualidades do Metallica, e a seleção lançada comprova isso. “Somos velhos, por isso nos-sas músicas são velhas”, ironiza o vocalista James Hetfield, na abertura de uma das faixas desta compilação.

Mas isso não significa que a banda saiba explorar bem

Por Aquiles Rique Reis*

Hoje falaremos sobre o traba-lho de um músico mineiro: Hei-tor Branquinho. Em H3itor 3ran-quinho (Soleira Produções), seu terceiro CD, Branquinho reforça a certeza de que é nas Gerais que habitam alguns dos seres musicais mais fascinantes desse país.

Hoje, assustado pelo vírus ainda incurável e em meio a uma rigoro-sa quarentena, do alto de meus 71 anos eu faço tudo o que posso para evitar ser mais um número na lista de vítimas. Perdoem-me o desabafo, mas ele serviu para dizer-lhes que, apesar do furdunço da minha mesa, consegui encontrar o que procura-va: o CD de Heitor Branquinho.

Após pedir-lhe o release do

seus dez álbuns. Com quase 40 anos de carreira, o Metallica va-ria pouco nas canções em seus shows e não deixa de lado as fai-xas mais óbvias. Clássicos como “Master of Puppets”, “The Un-forgiven”, “Sad But True” e “No-thing Else Matters” estão sempre no setlist, que acaba com “Enter Sandman”, o maior hit da banda dos anos 1990. A fórmula pode

álbum, ele não só descreveu a sua concepção e a ficha técnica, como ainda ensinou como se deve no-mear seu disco, o primeiro em mais de 10 anos.

Fala Branquinho: “Este álbum não se chama ‘Três’, mas doravante será assim chamado. Pois ele é for-çosamente digital.”

A ele respondi: “‘Três’ tem viés de tudo um pouco. Seja pop ou canção, tudo brota feito água limpa nas cacimbas das matas; ‘Três’ tem viço, tem viola, tem guitarra e violão. Mas ‘Três’ tem mais: tem voz e música! Música e voz de Heitor Branquinho; delas emanam o sabor da comida minei-ra, o gosto da cachaça e do café ao pé do fogão à lenha; delas nascem a obra de Branquinho, que embu-

red... to Self-Destruct” (2016).Até as canções menos co-

nhecidas vêm de clássicos. “The Thing That Should Not Be” é do disco “Master of Puppets”, de 1986, e “Fight Fire with Fire”, de “Kill ‘Em All”, de 1983. Eles só saem um pouco da curva com “Bleeding me”, uma das menos conhecidas do controverso ál-bum “pop demais para o metal”,

Yuri Popoff e parcerias com Rober-ta Campos, Fernanda Mello e Clau-dio Nucci, dentre outros”.

No disco H3itor 3ranquinho, ou ‘Três’, como quer Heitor, ele e seus parceiros revelam elegância em suas mineirices de ser e fazer música: fazem exercício de fé com as palavras, como bem ensinou Fernando Brant; dão brilho a me-lodias e harmonias, como ensina Beto Guedes; e entoam o canto

parecer batida (e é), mas os fãs da banda nunca se entediam com esses hits. É fácil captar a atenção de fãs ao ouvir a bateria violenta de “For Whom the Bell Tolls”.

Eles também tiram bastante proveito dos discos mais recen-tes, o ótimo “Death Magnetic” (2008), com “That Was Just Your Life” (infelizmente eles tiraram “Cyanide”) e do último “Hardwi-

te o linguajar e os hábitos de um povo espontâneo e simples em seu convívio cotidiano; música que ressoa verdades na alma de Minas Gerais. O coração de Branquinho pulsa ao movimento do compasso que cerze a música que não é só dele, é de todos os que amam a boa música”.

Por favor, Branquinho, comple-te, pedi: “Muito mais do que três, Três Pontas, mil corações: ‘Três’ tem parcerias, participações, solos livres, tem liberdade.” E arremata: “Gravado na concepção de quarte-to e com participações especiais dos conterrâneos Wagner Tiso (maes-tro e pianista) e Hugo Branquinho (irmão de Heitor, também cantor e compositor), conta ainda com a participação especial do baixista

“Load”, de 1996. Na época, as que fizeram sucesso foram “Un-til It Sleeps”, “King Nothing” e “Hero of the Day”.

O problema é que não po-demos culpar a banda de suas repetições. Em 2014, quando eles fizeram a turnê “Metallica by Request”, só com pedidos dos fãs, o setlist não mudou muito e chegou aqui repleto dos mesmos clássicos. As gravações são faixas remasterizadas de shows que eles fizeram entre 1993 e 2017.

Os shows que eles planejam fazer em dezembro, passando por São Paulo (18), Porto Alegre (14), Curitiba (18) e Belo Hori-zonte (20), não devem ser muito diferentes do que eles mostram nessa compilação. E as apresen-tações no Brasil só devem de fato acontecer se houver um controle seguro da pandemia.

enérgico e admirável de Milton Nascimento.

Heitor gravou quatro músicas só dele, cinco com parceiros di-versos e uma de autoria de outros compositores. São 10 canções, além de duas como bônus, juntan-do a riqueza do fazer música mi-neira com o jeito de cantar suave. Enquanto as pegadas do pop e das canções flutuam, as melodias são valorizadas pelos arranjos. Letras, melodias e harmonias caminhan-do como gêmeas univitelinas, de mãos dadas.

Um compositor e cantor que mostra estar de corpo presente e ligado na arte de compor e can-tar. Esse é Heitor Branquinho, um compositor e cantor nascido numa terra que exala música vida afora: Minas Gerais.

*Vocalista do MPB4, escri-tor crítico musical

Metallica compensa fãs brasileiros

Mais Minas, impossível

Com turnê adiada, banda lança compilação de shows realizados no país entre 1993 e 2017Divulgação

Divulgação

CULTURA

H3itor 3branquinho, ou, simplesmente, ‘3’

CRÍTICA/DISCOS/H3ITOR 3RANQUINHO

O Metallica recorreu à velha e bem sucedida

receita de tocar os maiores sucessos

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14 Quarta-feira, 22 de abril de 2020COMPORTAMENTO

Por conta do coronavírus, muitas pessoas estão poster-gando a ida ao médico, com medo de contrair o vírus. No entanto, negligenciar o trata-mento, em determinadas situa-ções, pode resultar em compli-cações graves.

Ortopedista do Into e es-pecialista em cirurgia do pé e tornozelo, André Perin She-caira explica que pessoas que sofreram fraturas ou passaram por cirurgias logo antes ou mesmo durante a quarentena, precisam fazer a devida revisão.

- Retirar uma imobilização sem uma avaliação médica é muito arriscado. Cada organis-mo vai reagir de um jeito. Uns demoram mais, outros demo-ram menos para calcificar. An-tes do tempo, a fratura pode não colar ou consolidar de for-ma errada. E se deixar muito tempo imobilizado, pode gerar uma rigidez nas articulações e isso vai dificultar a recuperação do paciente - alerta André.

Ele explica que algumas avaliações podem ser feitas via telemedicina, mas outras pre-cisam do atendimento presen-cial, como um pós-operatório, pois o paciente pode ter com-plicações.

- Dor, inchaço, dificulda-de de movimentos, são alertas de que algo não vai bem. Uma consulta via telemedicina pode resolver o problema, uma vez que algumas medidas podem ser orientadas para serem feitas em casa. E, se for necessário, o médico indicará o atendimen-to presencial. O que não pode é se automedicar e deixar para depois – disse o ortopedista.

Quando o paciente neces-sita ir ao hospital, é bom estar protegido com máscara e luva, para não ter o risco de pegar o vírus.

O Brasil vai receber mais de 500 mil testes rápidos para de-tectar o novo coronavírus, mas a população ainda tem muitas dúvidas sobre eles. Os tipos de testes disponíveis são RT-PCR, testes rápidos ou sorológicos nos métodos Elisa e Quimiolumi-nescência. Além disso, ainda há a possibilidade de se escolher en-tre anticorpos do tipo IgA, IgM e IgG. Ou seja, cada um tem um padrão, vantagem e desvanta-gens. Joana Bion, cientista chefe do laboratório e clínica Lach, explica as diferenças de cada um deles e período em que deve ser realizado.

O PCR-Pesquisa para Co-vid-19 é o teste que pesquisa a carga viral presente no organis-mo do paciente. Por ser um teste molecular, ele detecta o material genético do vírus em apenas uma amostra de secreção nasal ou da garganta, coletada por cotone-te chamado SWAB. O exame precisa ser realizado no período adequado (até 10 dias do conta-to com vírus e aproximadamente três dias de sintomas) para saber se o vírus está presente na amos-tra ou não. Se existir suspeita de clínica persistente, é aconselha-do realizar a pesquisa em três amostras coletadas em dias dife-rentes, a fim de aumentar a jane-la de possível detecção. Este tes-te tem um limite de carga, para que possa detectar a presença do RNA viral. Logo, se houver contaminação, mas a carga viral estiver baixa, o teste pode voltar negativo. Por este motivo, existe a complementação que pode ser feita com mais dois swabs igual-mente coletados em dias subse-quentes ou o uso da pesquisa dos anticorpos.

Nessa pesquisa, o IgA é o

primeiro a aparecer, logo nos primeiros dias de sintomas e permanece por aproximada-mente 15 dias. Em seguida, com aproximadamente cinco dias de sintomas, aparece os anticorpos tipo IgM. Por último, o IgG, que permanece positivo por tempo indeterminado e é o anticorpo de memória imunológica, o mes-mo que aparece quando se toma alguma vacina. Por isso, é tido como o anticorpo que garante imunidade. O PCR-Pesquisa é indicado para quem está no iní-cio dos sintomas.

Os testes rápidos não de-tectam o coronavírus, e sim as substâncias de defesa produzidas pelo sistema imunológico para combatê-lo. O objetivo do teste é identificar os anticorpos. É um teste fácil de fazer e pode ser re-alizado em hospitais. Ele oferece resultado em 15 minutos a partir da coleta, de apenas uma gota de

sangue. Têm 98% de acerto para os casos positivos e 30% de erro para os casos negativos. Os testes rápidos só podem ser feitos após sete dias do aparecimento dos sintomas. Antes disso, a sensibi-lidade é de apenas 30% e existe grande risco do falso negativo. É indicado para quem deseja sa-ber se já está imune, como por exemplo, profissionais da saúde e cuidadores de idosos. Porém, sua desvantagem é o elevado percen-tual de falsos negativos.

Os sorológicos são testes que buscam os anticorpos no plas-ma. Ele pode ser feito em qual-quer período e vai identificar se a doença está no início, está no estágio de pico ou se a pessoa já teve e está imune.

- No laboratório e clínica Lach, este exame é feito com a medição dos níveis de IgA (car-ga viral que aparece somente nos primeiros dias do sintoma) e IgG

(que identifica que a doença foi debelada e o corpo desenvol-veu imunidade – a partir de 10 dias dos primeiros sintomas). A confiabilidade é de quase 100%, portanto, considerado o mais preciso dos exames - explica a cientista chefe do laboratório e clínica Lach, Joana Bion.

Joana ressalta que os títulos de anticorpos não são estáticos e podem subir. Assim, um teste considerado negativo pode sig-nificar positivação em andamen-to, e, neste caso, é imprescindível que o médico assistente correla-cione os resultados com a clínica do paciente e, se for o caso, que novos testes de acompanhamen-tos sorológicos possam ser feitos na sequência.

Os testes sorológicos podem ser feitos em qualquer pessoa, sua desvantagem é de que exige um laboratório completamente automatizado para realizá-lo.

As emergências médicas em tempos de

coronavírus

Qual o exame mais confiável para detectar o coronavirus?Especialista destaca que cada exame tem um período certo para ser feito

Divulgação/ Francisco França/ Secom-PB

Laboratórios precisam tomar as medidas preventivas para fazer os testes

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Quarta-feira, 22 de abril de 2020 15

1- Pressão do presidente e de em-presas pode levar estados a relaxar isolamento antes da hora, escreve Míriam Leitão. Não está errado planejar o fim do isolamento so-cial, a médio e longo prazos. É o papel dos governantes. A questão é que os governadores fazem isso pressionados. (...) (O Globo)

2- É moralmente homicida a pressão que certos setores estão fazendo sobre os governadores para pôr fim ao distanciamento social, reporta Reinaldo Azeve-do. O desastre que vem Manaus é uma evidência da brutal subno-tificação da doença. Um movi-mento de retirada sem ampla tes-tagem poderia ser uma catástrofe. (...) (UOL)

3- Ao menos sete Estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe e Tocantins – e o Distri-to Federal já afrouxaram desde a semana passada o isolamento so-cial, imposto para conter o avan-ço do novo coronavírus no Brasil, informam Ciro Campos, Felipe Resk, Mariana Hallal, Renato Vieira e Priscila Mengue. Infec-tologistas recomendam cautela. (...) (O Estado de S. Paulo)

4- RJ tem mais internações por síndromes respiratórias que em todo 2019. Levantamento feito pelo portal G1, nos 12 meses de 2019, mostra que foram registra-das 1.835 internações no estado. Em 2020, 1.951 pessoas foram hospitalizadas com a síndrome somente entre 8 de março e 4 de abril.(...) (Diário do Rio)

5- Covid-19 mata mais por dia que a maioria das doenças em SP. A covid-19 matou 56 pessoas no Estado de São Paulo em 24 ho-ras, segundo boletim diário do

Ministério da Saúde, divulgado 3ª feira, de acordo com dados di-vulgados pelo Datasus. (...) (Po-der360)

6- Países devem olhar experi-ências bem-sucedidas de com-bate ao coronavírus ao redor do mundo e seguir orientações de suas autoridades de saúde para enfrentar a pandemia, escreve Beatriz Bulla. “Nós encorajamos todos os países do mundo a fa-zer o que o presidente (Donald) Trump fez e consultar e ouvir au-toridades de saúde”, disse a porta--voz do Departamento de Estado americano, Morgan Ortagus. (...) (O Estado de S. Paulo)

7- O destacado professor Yuval Harari, em entrevista dada a Lu-ciano Huck, diz que temos mui-tas opções nesta crise (...) “Nós, cidadãos e governos, teremos de tomar algumas decisões muito importantes nos próximos meses, que vão mudar o mundo comple-tamente. Governos estão fazendo experimentos sociais incríveis, envolvendo trabalho online ou fornecendo renda básica univer-sal. E isso vai mudar o mundo.” (...) (Editorial-O Estado de S. Paulo)

8- China pede inspeção, segu-ra carga e atrasa chegada de 17 milhões de máscaras no Brasil. Os aviões fretados pelo Brasil já estão no local à espera dos pro-dutos. (...) (Painel-Folha de S. Paulo)

9- A impaciência de Bolsonaro com seus apoiadores, segundo Daniel Carvalho. Nesta quarta--feira, um senhor começou a fa-lar pedindo que Bolsonaro desse atenção aos lotéricos do país. Bolsonaro logo interviu. “O se-nhor não está acompanhando os

lotéricos, então. (...) O pessoal, 98% ficou satisfeito. Fecharam as lotéricas. Fiz um decreto, abri, 3.000 loterias fechadas. Então, não sei mais o que o senhor quer”, disse o presidente. (...) (Folha-press)

10- Procurador-geral da Repú-blica, Augusto Aras modula seus atos contra acusação de omissão, escrevem Julia Chaib e Matheus Teixeira. Aras pediu ao STF (Su-premo Tribunal Federal) a abertu-ra de inquérito para investigar as manifestações do domingo (19) que pediram intervenção militar, o que foi acatado pelo ministro Alexandre Moraes. A solicitação deixa de fora Bolsonaro. Aras ar-gumentou que o presidente estava exercendo sua liberdade de expres-são. (...) (Folha de S. Paulo)

11- FHC defende a permanên-cia de Bolsonaro no cargo. “Em entrevista no Estadão um ex-de-putado fala em complô meu com Maia e Doria para derrubar Bol-sonaro. Nada mais errado: não quero tal. (...) Respeito o voto popular. Discordar é normal, sem derrubadas. Coesão contra o vírus, é preciso. Não intrigas”, es-creveu FHC, em seu twitter. (...) (Brasil247)

12- Presidente resiste a encon-tro de ministros com Rodrigo Maia. A aliados, Bolsonaro pon-derou que os ânimos entre o Exe-cutivo e o Legislativo ainda estão acirrados, escreve Naira Trinda-de. (...) (O Globo)

13- Prefeito de Manaus chora, pede ajuda. Arthur Virgílio fala em calamidade e colapso do sis-tema, escreve a coluna Painel, editada por Camila Mattoso. A cidade tem, até terça-feira, 1.809 casos de contaminação pelo co-

ronavírus, além de 163 óbitos. O estado tem taxa de ocupação de 91% de seus leitos de UTI, cálcu-lo que Virgílio considera exagera-damente otimista. (...) (Folha de S. Paulo)

14- O presidente da SBV (So-ciedade Brasileira de Virologia) e professor da Universidade Fee-vale, em Novo Hamburgo (RS), Fernando Rosado Spilki, disse que os cientistas precisam de “paz de espírito” para, dentro de 30 a 45 dias, apresentarem “resultados seguros” sobre o uso de medica-mentos que possam ser utilizados contra o coronavírus. (...) (UOL)

15- Defendida por Trump e Bolsonaro, cloroquina não fun-ciona para coronavírus, diz estu-do do EUA. Segundo os pesqui-sadores, houve mais mortes entre aqueles que receberam hidroxi-cloroquina do que aqueles que receberam tratamento padrão. (...) (Sputnik/Brasil247)

16- Ministério da Saúde pro-mete 46,2 milhões de testes aos Estados, mas só entregou 2,5 milhões. Maior parte do lote já enviado é de testes rápidos, com ‘limitações importantes’ na eficá-cia; medida é um pilar do projeto para revisão do isolamento social, reporta Mateus Vargas. (...) (O Estado de S. Paulo)

17- A vez das máscaras - Ar-tefato, já obrigatório em alguns locais, deve acompanhar aber-tura do comércio. Demorou um pouco, talvez demais, mas a obri-gatoriedade do uso de máscaras respiratórias em público se disse-mina pelo Brasil. (...) (Folha de S. Paulo)

18- A Caixa Econômica Fe-deral muda o horário de atendi-

mento em mais de 1.100 agências a partir desta quarta-feira. As agências vão funcionar das 8h às 14h para atender a população que precisa de serviços sociais. (...) (UOL)a19- CPF irregular pode impe-dir inscrição para receber R$ 600. Muitas pessoas relataram proble-mas na inscrição justamente por não terem o documento em dia, reporta Ricardo Marchesan. En-tre os problemas mais comuns no registro, estão dados pessoais er-rados ou desatualizados, pendên-cias eleitorais e não entrega de declaração de Imposto de Renda. (...) (UOL)

20- A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Fe-deral), determinou nesta 3ª fei-ra prazo de 48 horas para que a AGU (Advocacia Geral da União) explique a permissão para que o governo acesse dados de ce-lulares. (...) (Poder360)

21- Conheça os números atu-alizados da covid-19 no mundo. Pandemia já matou 170 mil. São 2,5 milhões de infectados. Até as 23h, eram 170.322 mortos pela pandemia no planeta. (...) (Po-der360)

22- Covid-19: Brasil tem mais de 24 mil recuperados da doença (...) (O Antagonista)

Pergunta do momento sobre o coronavírus: "É hora de relaxar?"

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais

Comunicação-SP (http://www.maiscom.com), trabalhou

em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias. Foi editor-executivo do Jornal do

Brasil, no Rio, de 2007 a 2009. (http://www.outraspaginas.com.

br) E-mail - [email protected]

OUTRAS PÁGINAS NO BRASIL E NO MUNDOJOSÉ APARECIDO MIGUEL (*)

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