Ritos Maçônicos

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Ritos:

Rito Moderno ou Francês

Rito - R.E.A.A. retificado

Rito de Perfeição ou de Heredom

Rito Escocês Antigo e Aceito - REAA

Rito Adonhiramita

Rito Brasileiro

Rito Emulation

Rito Schröeder

Rito de York Rito de Memphis Misraïm Rito Francês ou Rito Moderno

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Aos Meus Queridos Irmãos Aprendizes.

O trabalho do Maçom tem três dimensões fundamentais.

A primeira dimensão consiste na construção do Templo Interior. Aperfeiçoamento constante de cada um de nós, aproximando-nos do G.·.A.·.D.·.U.·., elevando-nos espiritualmente, combatendo e vencendo as nossas paixões, que nos agarram ao mundo material e iludem, ultrapassando desejos e vontades que são produto do egoísmo próprio de qualquer alma em estado bruto. É a este trabalho, que nós chamamos simbolicamente desbastar a pedra bruta, expressão herdada da maçonaria operativa e que tem sido transportada pela maçonaria especulativa através dos séculos.

No Grau de Aprendiz deve-se refletir sobre o Vício e a Virtude, interiorizando tudo o que se aprendeu sobre a Verdade e a prática da Virtude.

Sem Virtude não se pode chegar à Verdade.

Só a pedra cúbica poderá ser utilizada na construção do templo.

Só o Maçom que percorreu este caminho pode ser útil ao seu semelhante, contribuindo para a construção de um mundo melhor. Esta é uma tarefa sempre inacabada, que nos deve manter ativos desde a iniciação até à passagem ao Oriente Eterno.

Devemos ser sempre, eternos aprendizes.

A Maçonaria exige dos seus membros, entre outras condições, boa reputação moral. Exige tolerância para com toda a forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem-estar social.

A doutrina maçônica orienta os seus membros a dedicarem-se à felicidade dos seus semelhantes, não somente porque a razão e a moral lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de solidariedade nos faz irmãos.

A segunda dimensão do trabalho maçônico consiste na prática do ritual; construção do Templo em que nos encontramos.

Dinâmica e simbolismo que nos permitem abrir a mente para a realidade do mundo superior, beneficiando das energias positivas de todos os Irmãos e vencendo todo o tipo de pensamentos negativos.

O ritual que nós praticamos, bem como a decoração do nosso Templo, transmitem uma fortíssima mensagem simbólica que permite atingir o conhecimento àquele que pode e quer ver. Para isso, é absolutamente necessário que todo o tipo de preconceitos, juízos de valor ou dogmas veiculados pelos agentes do mundo profano, tenham sido removidos. A única forma de utilizar corretamente o método maçônico de aprendizagem é estar totalmente aberto a procurar a luz, fonte de todo o conhecimento, sem correntes que nos prendam à ignorância, ao fanatismo ou à ambição material. A busca do conhecimento é um caminho individual, de introspecção, análise e vivência, que ninguém pode percorrer por outrem, transmitindo-lhe um produto acabado.

No entanto, a prática ritualista promove e potencia o desenvolvimento espiritual do Maçom. É um trabalho conjunto com enorme projeção individual.

A evolução proporcionada pelas duas primeiras dimensões do nosso trabalho, realizado no mundo sagrado, não deve levar ao fecho do Maçom sobre si próprio, mas deve ser transportada para o exterior, participando na construção do Templo Mundo, contribuindo decisivamente para a transformação do mundo profano, através da valorização da cidadania e do aperfeiçoamento moral e ético da sociedade.

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Esta terceira dimensão do trabalho maçônico, tem no culto da tolerância um referencial fundador.

Assim, os maçons são, naturalmente, opositores firmes de todos os sistemas que desrespeitem a liberdade política, religiosa ou filosófica, levando-nos esta condição a encarar de frente a possibilidade de um dia termos de sacrificar a vida, em defesa dos nossos valores.

As fogueiras da Inquisição, o degredo, os campos de concentração nazista e não só, pelotões de fuzilamento ou mesmo o enforcamento, são lembranças do passado que temos de manter bem vivas, para que não se repitam na História da Humanidade. Considerar como um dado adquirido, tantos e tantos progressos que a espécie humana realizou, por intervenção de Irmãos nossos, poderá revelar-se um erro que nos custará bem caro.

Tenham sempre presente, que nós constituímos uma ameaça permanente a qualquer força totalitária, pelos princípios que nos orientam e defendemos, razão pela qual somos um alvo privilegiado de todos os ditadores.

Nenhum regime intolerante, político ou religioso, pode conviver pacificamente com uma Maçonaria forte.

Assim, a defesa da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, da tolerância religiosa, da democracia e do respeito pelos direitos humanos fundamentais, deve ser preocupação diária, no nosso trabalho sobre o mundo profano.

O vosso trabalho, o nosso trabalho, exige a conjugação destas três dimensões de forma harmoniosa para que seja plenamente conseguido.

Que o G.·.A.·.D.·.U.·. nos ilumine e nos guie nesta missão.

Enviado por: Cagliostro.

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Ritos Maçônicos: Se denomina de rito maçônico um conjunto sistemático de cerimônias e

ensinamentos maçônicos, esses variam de acordo com o período histórico, conotação, objetivo e temática dada pelo seu criador, os ritos hoje mais difundido no mundo são: O rito de York, o rito Escocês Antigo e Aceito, O rito Francês ou Moderno. No Brasil se exercem todos esses, mais se destacam também o rito brasileiro e o Adonhiramita.

Ritos:(Características): Adonhiramita: Criado pelo Barão de Tschoudy, ilustre escritor, em Paris, França no

ano de 1766, de caráter místico e cerimonial, atualmente só em funcionamento no Brasil Brasileiro: Rito que se originou em 1878 em Recife, com o primeiro movimento

maçônico brasileiro, ficou adormecido até que em 1976 por iniciativa de Lauro Sodré, Grão Mestre, deu o caráter de regular, legítimo e legal para o rito. Este sofreu ainda atualizações, para a sua forma atual.

Escôces Antigo e Aceito: Derivou-se do Rito de Heredon, em 1º de maio de

1786 foram fixados as regras e seus fundamentos, composto até hoje de 33 graus , atualmente é o rito mais difundido nos países latinos.

Escôces Retificado(1782): Como o próprio nome afirma,este rito consiste numa

reformulação do R.E.A.A. e o objetivo era retirar um conteúdo por alguns considerado desnecessários.

Estrita Observânça: Criado em 1764 pelo Barão Hund, com fundamento nas antigas

"Ordens de Cavalaria". Era composto de 12 graus , esse rito deu origem aos ritos da Alta Observância e o da Exata Observância.

Francês ou Moderno: A história deste rito se inicia em 1774, com a nomeação

de uma comissão para se reduzir os graus, deixando apenas os simbólicos, no princípio houve uma forte oposição, então a comissão decidiu, deixar 4 dos principais graus filosóficos , com o decorrer do tempo, lojas adotaram o rito, hoje em dia é muito praticado na França e nos países, que estiveram sob sua influência.

Heredom ou Perfeição: Iniciado em Paris, no ano de 1758. York (ou Real Arco): Acredita-se ter sido criado por volta de 1743, foi levado a

Inglaterra por volta de 1777, inicialmente foi composto de 4 graus, hoje possui 13, atualmente é o rito mais difundido no mundo.

Mizraim ou Egípcio: Acredita-se ter surgido na Italia em 1813, e em seguida foi

levada a França por Marc, Michel e Joseph Bédarride, Mizr significa Egito em hebráico, e seus divulgadores afirmam ser derivado dos Antigos Mistérios Egipcios, possuem 90 graus , dividido em quatro classes.

Mênphis ou Oriental: Foi introduzido em Marselha(França) pelos Maçons Marconis

de Négre e Mouret, no ano de 1838, esse rito dirige seus ensinamentos como o de Mizraim para a tradição Egipcia, compões-se de 92 graus , dividido em 3 séries.

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Mênphis-Mizraim: Rito criado com a reunião dos ritos de Mênphis e Mizraim em

1899 no Grande Oriente da França. Mizraim-Mênphis: Rito criado com a reunião dos dois ritos, com conotação mais

voltada ao Mizraim. Adoção: Criado pelo grande Cagliostro na França em 1730, e reconhecido pelo

Grande Oriente da França em 1774, trata-se de um rito voltado de temática egípcia, voltado para mulheres.

Schröeder: Criado por Frederick Louis Schoröeder, em 1766 na Alemanha, com a

idéia de a Maçonaria conter apenas a sua características fundamentais iniciais, sem nenhum acréscimos, estudou muito as origens maçônicas para compor este rito.

Swenderborg: Criado em 1721 pelo Sueco Emmanuel Swenderborg, grande

iluminista, teósofo, filósofo, psicólogo, e físico, e estudioso dos mistérios maçônicos desenvolveu este rito com oito graus , e deu origem posteriormente aos ritos denominados de Iluministas.

Rito Moderno Rito Moderno é um Rito utilizado por maçons, com grande difusão e prática no continente

europeu, onde é conhecido usualmente por Rito Francês e também por Rito Francês ou Moderno.

• 2 Os Altos Graus o 2.1 Ordens de Sabedoria o 2.2 As equivalências entre o Rito Francês e os outros Ritos

• 3 Evolução histórica posterior • 4 Implantação em Portugal e no Brasil • 5 Reforma Doutrinária • 6 Referências • 7 Bibliografia

Nome

O nome deve-se à adoção do Ritual da "primeira" Grande Loja de Londres, dita dos Modernos (conhecem-se os rituais desta primeira Grande Loja, através duma obra publicada em 1730 com o nome de "Masonry Dissected" e que provocou enorme escândalo e alarido na epoca ao revelar publicamente estes rituais) e que foi traduzido para utilização das primeiras Lojas Simbólicas em França, assim o Rito dos "modernos" é traduzido para francês e passa a denominar-se, por facilidade e abreviação de Rito Francês ou Rito Moderno (neste ultimo caso nos países anglo-saxónicos e na américa latina), em vez de Rito Francês ou Moderno, como é a sua designação correcta, principalmente a partir de 1801, quando o Grande Oriente de França publica o "Régulateur du Maçon" para utilização nas Lojas Simbólicas[1].

Se citamos uma "primeira" Grande Loja, é porque na maçonaria Inglesa se vai assistir em 1751 ao aparecimento de uma "segunda" Grande Loja, esta Grande Loja, dita dos "Antigos Maçons" apresenta-se como congregando os Maçons fiéis aos "antigos costumes", entre outras coisas critica a

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"primeira" Grande Loja, dita dos "Modernos", por introduzir inovações e modificações aos Rituais nomeadamente para despistar os profanos que eventualmente tenham lido o livro "Masonry Dissected", estas rivalidades e as suas querelas ou controvérsias bem como os anátemas entre estas duas Grandes Lojas, fazem parte da história da maçonaria Inglesa até 1813, data a partir da qual se fundem, não na sua totalidade, sob a pressão do poder político para criarem a actual Grande Loja Unida de Inglaterra[2].

Os Altos Graus

Durante os cerca de cinquenta anos (entre 1735 e 1785) em que a Maçonaria se expandiu em França, fundaram-se e desenvolveram-se inúmeras Lojas e Capítulos estes ultimos constituíam indiscriminadamente Altos Graus, muitas vezes estes Altos Graus só eram praticados numa cidade ou então apenas por um conjunto limitado de Lojas da mesma cidade.

Aquando do Convento de 1773, no qual a primeira Grande Loja de França, fundada em 1738, muda o seu nome para o actual Grande Oriente de França, instituindo-se a si mesma como uma federação de Lojas e de Ritos entre outras medidas adoptadas nos trabalhos históricos desse Convento (que se realizou recorde-se vinte anos antes à Revolução Francesa) põe-se cobro à inamovibilidade dos Veneráveis Mestres das Lojas (prática comum na epoca) instaurando-se o principio da eleição para os diferentes cargos e instaura-se igualmente o direito de representatividade das Lojas, cujos Representantes (chamados de Delegados ou Deputados), vêm a constituir o Convento (que era e continua a ser o órgão legislativo desde então) do Grande Oriente de França.

Consciente da necessidade de estabelecer a sua própria doutrina dos Altos Graus e para pôr cobro à proliferação indiscriminada das centenas de Graus e de rituais então existentes, o Grande Oriente de França vai criar em 1782, uma Câmara de Altos Graus, através duma circular publicada em 1784, esta circular estabelece a reunificação de sete Soberanos Capítulos Rosa-Cruz, criando uma nova instituição denominada Grande Capítulo Geral de França, que tem como finalidade "ser a Assembleia Geral de todos os Soberanos Capítulos que existem ou que venham a existir regularmente em França" e que "não afiliará no seu seio nenhum Soberano Capitulo que não seja portador de constituições outorgadas pelo Grande Oriente de França"[3].

Este Grande Capítulo Geral, sob a orientação e dinamização de Roettiers de Montaleau, seu Grande Orador, vai efectuar a análise e o estudo de uma centena de graus que existiam na epoca e vai redigir um Ritual próprio consoante a sua respectiva afinidade ritualistica simbólica e filosófica, a este agrupamento de diferentes graus da mesma "família filosófica maçónica", vai dar-se-lhe o nome de Ordens, sendo que o Convento de 1786, reunindo com o Grande Capítulo Geral, confia a este, a administração dos Capítulos que trabalham num grau "superior" ao terceiro.

Ordens de Sabedoria

Assim o conjunto da Alta Maçonaria Filosófica deste rito, compreende cinco Ordens de Sabedoria[4], a saber:

1ª Ordem: Eleito ou Eleito Secreto;

2ª Ordem: Grande Eleito ou Grande Eleito Escocês;

3ª Ordem: Cavaleiro Maçónico ou Cavaleiro do Oriente;

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4ª Ordem: Soberano Príncipe Rosa-Cruz, Cavaleiro da Águia e do Pelicano ou Perfeito Maçónico Livre;

5ª Ordem: Ilustre e Perfeito Mestre

As equivalências entre o Rito Francês e os outros Ritos

Com o Rito Escocês Antigo Aceito[5]:

1ª Ordem: 9º ou mais (Mestre Eleito dos Nove);

2ª Ordem: 14º e mais (Grande Escocês da Abóbada Sagrada);

3ª Ordem: 18º e mais (Cavaleiro Rosa-Cruz);

4ª Ordem: 30º e mais (Cavaleiro Kaddosch);

5ª Ordem: 33º (Grande Inspector Geral);

Com o Rito Escocês Retificado[6]:

1ª à 4ª Ordem: Mestre Escocês de Santo André e mais;

5ª Ordem: Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (CBCS).

Evolução histórica posterior

Depois do Convento de 1786 foi desenvolvido na época e intensamente as actividade das Ordens de Sabedoria ou dos Altos Graus do Rito Francês, espalhando-se por toda a França e pelas colonias francesas, pela Bélgica e todos os países que pertenciam à área de influencia continental francesa, incluindo Portugal e Espanha que por sua vez a passam para os países latino-americanos, inclusive para o Brasil.

Este impeto esmoreceu progressivamente, no decorrer da segunda metade do século XIX, principalmente em França.

Implantação em Portugal e no Brasil

Em 1802, Hipólito José da Costa trouxe de Londres e de Paris a Carta Patente necessária para o funcionamento do Grande Oriente Lusitano, sendo dois anos mais tarde assinado um Tratado de Amizade com o Grande Oriente de França, o mesmo é assinado, por parte do Grande Oriente Lusitano, pelo membro de nome simbólico Egas Moniz, Cavaleiro Rosa-Cruz[7], o que pressupõe que as Ordens de Sabedoria do Rito Francês já existiam anteriormente em Portugal, no seio do Grande Oriente Lusitano embora não existam documentos que abonem nesse sentido, mas a Constituição do Grande Oriente Lusitano de 1806, refere-se explicitamente, nos seus Capítulos IIIº e XIIIº, às diferentes Ordens e Capítulos do Rito Francês o que pressupõe a existência dum "Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz", assim como de vários Capítulos em território português e nas então colónias.

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No início do século XIX, o Grande Oriente do Brasil, a primeira Obediência brasileira, foi fundada em 1822, adotando o Rito Moderno, antes do Rito Escocês que só seria introduzido em 1832[8].

Reforma Doutrinária

Em 1877 houve a grande reforma doutrinária que suprimiu a obrigatoriedade da crença em Deus e da imortalidade da alma, não como uma afirmação do ateísmo, mas por respeito à liberdade religiosa e de consciência, já que as concepções religiosas de uma pessoa devem ser de foro íntimo, não devendo ser impostas. O Grande Oriente de França, que acolheu a reforma, queria demonstrar com isso o máximo de escrúpulos para com os seus filiados, rejeitando toda e qualquer afirmação dogmática. Essa atitude provocou uma rápida reação da Grande Loja Unida da Inglaterra que rompeu com o Grande Oriente de França. O caso envolveu não apenas uma questão doutrinária como ainda político-religiosa. É muito importante entender, que o Rito Maçônico Moderno ou Francês em conjunto com o Rito Maçônico Brasileiro, são ritos da maçonaria muito sofisticados e científicos, que expressam a mais verdadeira e cristalina essência da Ordem dos Maçons.

Referências

1. ↑ in Alain Pigeard e outros, Os Franco-Mações, 2003 (1.ª Ed.), Editora Pregaminho, ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: Les Francs-Maçons, Éditions Tallandier, Paris, 1998)

2. ↑ in Alain Pigeard e outros, Os Franco-Mações, 2003 (1.ª Ed.), Editora Pregaminho, ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: Les Francs-Maçons, Éditions Tallandier, Paris, 1998)

3. ↑ Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa » Rito Francês ou Moderno 4. ↑ Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa » Rito Francês ou Moderno 5. ↑ Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa » Rito Francês ou Moderno 6. ↑ Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa » Rito Francês ou Moderno 7. ↑ in A. H. de Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, I Volume, Editorial

Presença, Lisboa, 1990, ISBN 972-23-1226-X 8. ↑ in A. H. de Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, I Volume, Editorial

Presença, Lisboa, 1990, ISBN 972-23-1226-X

Bibliografia

• António Arnaut, Introdução à Maçonaria, 2000, Coimbra Editora, ISBN 9789723214161

• A. H. de Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, I Volume, Editorial Presença, Lisboa, 1990, ISBN 972-23-1226-X

• Alain Pigeard e outros, Os Franco-Mações, 2003 (1.ª Ed.), Editora Pregaminho, ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: Les Francs-Maçons, Éditions Tallandier, Paris, 1998)

Rito Escocês Retificado O Rito Escocês Retificado é também conhecido como Rito de Willermoz, em alusão ao seu

criador, Jean Baptiste de Willermoz (Lyon,1730- Lyon,1824), que foi iniciado na maçonaria aos 20 anos de idade em uma loja que funcionava sob os auspícios da Estrita Observância Templária.

A intenção de ter um Rito Escocês Retificado seria trazer de volta antigas influências dos Cavaleiros Templários, como um rito de cavalaria, também de um antigo rito chamado Rito de

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Heredom. Segundo Willermoz o Rito havia se descaracterizado com o tempo, perdendo assim sua identidade original como um Rito de Cavaleiros.

Jean Baptiste de Willermoz era de origem francesa, estudioso da maçonaria e se tornou Venerável Mestre da sua Loja em Lyon dois anos após ter sido iniciado.

Rito Escocês Retificado também chamado Rito Templário é um ritual usado por alguns maçons em suas atividades.

Ao contrário do Rito Escocês Antigo e Aceito, que é deísta e foi criado nos E.U.A. no final do século XIX, o Rito Escocês Retificado (RER) é teísta e originou-se na França entre 1773 e 1774 e foi desenvovido em base no Rito da Estrita Observancia Templária. Este rito é diferenciado em relação ao R.·.E.·.A.·A.·. e conta com uma forte bagagem cultural templária, e uma menor ligação com a ordem Rosacruz.

Rito de Perfeição ou de Heredom O Rito Escocês é uma cerimônia mais antiga na Maçonaria.

É composto de 33 Graus, que foi uma formulação do Rito de Perfeição, ou Rito de Heredon que contia 25 graus.

Permite a um Mestre Maçom se aprofundar no conhecimento maçônico, depois de ter atingido o terceiro grau, considerada e mais conhecida como Simbólica ou Azul e que serve de base para toda as demais.

Para os brasileiros as outras regras de cerimoniais que mais se propagaram, entre cerca de uma centena de Ritos, foram as do Rito de York, ou do Real Arco, as do rito Moderno ou Francês as do Rito Schröder, Alemão, as do rito Adoniramita

Termo "escocês" tem deixado dúvidas quanto à origem do Ritual. Muita gente acredita que, pelo seu nome, ele surgiu na Escócia. Outros acreditam ainda que os principais de seus graus só podem ser auferidos naquele país.

Na realidade as primeiras referências a este Ritual aparecem na França e os seus registros são franceses. Tudo ocorreu porque no final do século 17, vários maçons escoceses fugiram para a França em virtude de uma série de convulsões sociais que aconteceu nas Ilhas britânicas. Certamente que o tipo de cerimonial que utilizavam durante as reuniões que praticaram ficou definitivamente marcado como Ritual dos Escoceses ou Rito Escocês.

Rito Escocês O Rito Escocês Antigo e Aceito ou R.·.E.·.A.·.A.·. é um Rito dentro da Maçonaria, que deriva

do Rito de Heredom e da época da fuga dos Cavaleiros Templários para a Escócia. Ligados ao Antigo Testamento e à lenda de Hiram (lenda base da Maçonaria simbólica) julga-se que alguns dos ritos descritos eram praticados por outras ordens secretas existentes em França como os Martinistas, na Alemanha como os Illuminatti ou os Rosa-Cruz e na Escócia como os Templários (estes refugiados nesse país depois da sua perseguição nos Grêmios ou Lojas da classe profissional dos Pedreiros Livres aí existentes).

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O rito é composto de três graus simbólicos e trinta filosóficos.

Existe muita controvérsia sobre a influência templária no R.·.E.·.A.·.A.·., mas os mais atuais estudos, feitos por Nicola Aslan e José Castellani em seus diversos livros, nos dão conta de que o templarismo não influenciou o R.·.E.·.A.·.A.·. propriamente dito mas sim ao Rito de Perfeição ou de Heredom, sob a pena de Andrew Ramsay, cavaleiro escocês que protagonizou a criação deste rito em solo francês, ocasião em que proferiu dois discursos de grande repercussão a respeito do assunto. O Rito de Perfeição ou de Heredom foi por esse motivo o ponto de partida para o R.·.E.·.A.·.A.·. mas este sofreu vastas modificações até se ter tornado no que é hoje.

Geridos pelas Obediências Maçônicas, cada um dos três primeiros graus apresenta de forma paulatina ensinamentos básicos simbólicos aos iniciados maçons no almejado aprimoramento moral e espiritual. Quando os maçons atingem o 3.º Grau, diz-se que estão em pleno gozo de suas prerrogativas maçônicas, uma vez que originalmente a Grande Loja Unida da Inglaterra trabalhou sucessivamente com dois (Aprendiz e Mestre) e depois com três graus que ensinavam a parte da filosofia base da simbólica maçônica.

Os graus referidos como Filosóficos, são graus elevados e em número de trinta, onde a filosofia e a moral são estudadas simbolicamente, em cada grau, com lendas ou mitos a estes associados.

Os graus elevados Filosóficos são geridos por vários Supremos Conselhos, que têm como objectivo manter a uniformidade mundial dos rituais e dos métodos utilizados.

Existe também o Rito Escocês Retificado, também chamado de Rito de Willermoz em alusão ao seu idealizador, Jean Baptiste Willemoz, que tencionava trazer de volta o rito às suas origens templárias com fortes ecos no Rito de Perfeição ou de Heredom, do qual deriva o Rito Escocês Antigo e Aceito.

Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito

Simbólicos ou Tradicionais

• 1) Aprendiz

• 2) Companheiro

• 3) Mestre

Lojas da Perfeição ou Filosóficos

• 4) Mestre Secreto

• 5) Mestre Perfeito

• 6) Secretário Íntimo ou Mestre por Curiosidade

• 7) Preboste e Juiz ou Mestre Irlandês

• 8) Intendente dos Edifícios ou Mestre em Israel

• 9) Cavaleiro Eleito dos Nove Mestre Eleito dos Nove

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• 10) Cavaleiro Eleito dos Quinze ou Ilustre Eleito dos Quinze

• 11) Sublime Cavaleiro dos Doze ou Sublime Cavaleiro Eleito

• 12) Grão-Mestre Arquitecto

• 13) Cavaleiro do Real Arco (de Enoch)

• 14) Grande Eleito da Abóboda Sagrada de Jaime VI ou Grande Escocês da Perfeição ou Grande Eleito ou Antigo Mestre Perfeito ou Sublime Maçom[1]

Capítulos

• 15) Cavaleiro do Oriente ou da Espada

• 16) Príncipe de Jerusalém (Grande Conselheiro)

• 17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente

• 18) Cavaleiro ou Soberano Príncipe Rosa-Cruz

Areópagos

• 19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês de Jerusalém Celeste

• 20) Soberano Príncipe da Maçonaria ou Mestre "ad Vitam" ou Venerável Grão-Mestre de todas as lojas

• 21) Cavaleiro Prussiano ou Noaquita

• 22) Cavaleiro Real Machado ou Príncipe do Líbano

• 23) Chefe do Tabernáculo

• 24) Príncipe do Tabernáculo

• 25) Cavaleiro da Serpente De Bronze

• 26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário

• 27) Grande Comendador do Templo ou Soberano Comendador do Templo de Salomão

• 28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto

• 29) Grande Cavaleiro Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos Cruzados ou Grão-Mestre da Luz

• 30) Grande Inquisidor, Grande Eleito Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Águia Branca e Negra

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Administrativos

• 31) Grande Juiz Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador

• 32) Sublime Cavaleiro do Real Segredo ou Soberano Príncipe da Maçonaria

• 33) Soberano Grande Inspector-Geral.

Semelhante ao Rito Escocês Antigo e Aceito, existe o Rito Maçônico Brasileiro composto por trinta e três graus( 33 ), que é um rito da maçonaria essencialmente científico, e é um rito que possibilita entender com maior eficácia, a essência nuclear da Ordem Maçônica.

Bibliografia

• CAMINO, Rizzardo da , Rito Escocês Antigo e Aceito Loja de Perfeição (Graus 1.º ao 33.º), Madras Editora Ltda, 2.ª Edição, 1999, ISBN 85-85505-65-6

• ARNAUT, António, Introdução à Maçonaria, Coimbra Editora, 5ªEdição, 2006, ISBN 978-972-32-1416-4

Notas e referências

1. ↑ CAMINO, Rizzardo da. Os Graus Inefáveis 4.º ao 14.º - Rito Escocês Antigo e Aceito. Ed. Canto das Letras. Pg. 295. ISBN 8537002224. QUEIROZ, Álvaro. A Maçonaria Simbólica - Rito Escocês, Antigo e Aceito. Ed. Madras. Pg. 25. ISBN 9788537002735. FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. Ed. Pensamento. Pg. 425. ISBN 8531501733. COSTA, Wagner Veneziani. Maçonaria - Escola de Mistérios. Ed. Madras. Pg. 227. ISBN 8537001295. KARG, Barb, YOUNG, John K. O Livro Completo dos Maçons. Ed. Madras. Pg. 225. ISBN 9788537002629. GUIMARÃES, João Francisco. Maçonaria, a Filosofia do Conhecimento. Ed. Madras. Pgs. 87, 122. ISBN 8537000914. JURADO, José Martins. Maçonaria Adonhiramita. Ed. Madras. Pg. 136. ISBN 8573748087. CAMINO, Rizzardo da. Rito Escocês Antigo e Aceito - 1.º ao 33.º. Ed. Madras. Pg. 149. ISBN 9788537002223. ANATALINO, João. Conhecendo a Arte Real - a Maçonaria e Suas Influências Históricas e Filosóficas. Ed. Madras. 2007. Pg. 267. ISBN 978-85-370-0158-5

Rito Adonhiramita (Obs.: Este artigo do “Rito Adonhiramita”, merece uma revisão, devido a inconsistências

e/ou dados de confiabilidade duvidosa, pois o artigo não cita as suas fontes ou referências. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo).

O mais antigo documento conhecido referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sob a denominação de Adonhiram é o Cathécisme des Francs Maçons ou Le Secret des Francs Maçons (Catecismo dos Franco-Maçons ou O Segredo dos Franco-Maçons), editado em 1744, de autoria, possivelmente, um abade, cujo nome seria Leonardo Gabanon. Em 1730, nasceu o Théodore de Tschoudy, considerado o organizador da segunda parte da obra Recueil Précieus de la Franc-maçonnerie Adonhiramite (Compilação Preciosa da Maçonaria Adorinamita), cuja primeira edição

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ocorreu em 1787. O Barão Tschoudy foi membro do parlamento de sua cidade natal, Metz, França, onde residiu de 1756 a 1765.

Maçom entusiasta e estudioso, Tschoudy utilizou seu aguçado espírito crítico para bater-se contra a proliferação desordenada dos altos graus do Rito de Heredom, do qual derivariam alguns dos ritos atuais, como o escocês, o moderno e o Adonhiramita. Inicialmente, Tschoudy se propôs a reformar os graus então existentes, reduzindo-os a quinze e depurando-os de tudo o que não fosse fiel à tradição maçônica. Em 1766, Tschoudy publicou L'Étoile Flamboyante ou La Société des Francs-Maçons (a Estrela Flamígera ou A Sociedade dos Franco-Maçons), obra em que propôs a criação de uma nova Ordem de altos graus, a Ordem da Estrela Flamígera, com três graus: Cavaleiro de Santo André, Cavaleiro da Palestina e Filósofo Desconhecido. Desentendendo-se com os membros do novo Conselho, dedicou-se ao já citado Recueil Précieus de la Franc-maçonnerie Adonhiramite.

Alguns autores, porém, atribuem a autoria da Compilação a Louis Guillemain Saint-Vitor. Esta interpretação foi feita por Ragon, que citou este último autor em seu ritual de mestre, na bibliografia nele mencionada. A confusão se deve à divisão da obra em duas partes, de estilos totalmente diferentes, sendo, a primeira, pródiga em notas e explicações, enquanto a segunda é lacônica e breve. Deduzem, os estudiosos, que a primeira parte foi escrita por Saint-Vitor e a segunda, por Tschoudy, em data anterior àquela.

A Compilação, aceita-se hoje, foi publicada em dois volumes, em 1787, incluindo os graus simbólicos, graças a Saint-Vitor, que os escreveu pouco antes da publicação, ou seja, quase vinte anos depois da morte de Tschoudy. A primeira parte da Compilação era relativa aos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. A segunda, compreendia os graus de perfeição: Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove, Segundo Eleito Nomeado de Pérignan, Terceiro Eleito Nomeado eleito dos Quinze, Pequeno Arquiteto, Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês, Mestre Escocês, Cavaleiro da Espada Nomeado Cavaleiro do Oriente ou da Águia, Cavaleiro Rosa Cruz e O Noaquita ou Cavaleiro Prussiano.

Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugal, difundindo-se das colônias e sendo o preferido da armada napoleônica. Com a difusão do Rito Francês ou Moderno, o Rito Adonhiramita começou a ser abandonado, restringindo a sua prática ao Brasil, onde se encontra a sua Oficina Chefe. Graças a isso, o Rito manteve a sua pureza original e não sofrendo as influências do teosofismo, ocorrida com os outros ritos no final do século XIX.

Em Portugal, a primeira Loja Maçônica se instalou em 1727, sendo regularizada pela Grande Loja de Londres em 1735, denominada Hereges Mercantes. Na Loja de Coimbra, fundada em 1773, encontravam-se os brasileiros Antônio de Morais Silva, Antônio Pereira de Souza Caldas, Francisco de Melo Franco e Joaquim José Cavalcanti. Igualmente, em outras lojas, em Lisboa e no Funchal, existiam irmãos brasileiros.

Em 18 de fevereiro de 1722, foi inaugurada a Academia Científica, fundada no ano anterior, com o apoio do então Vice-Rei D. Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas, Marquês de Lavradio. Em 6 de junho, adota o nome de Sociedade Literária Rio de Janeiro, funcionando até 1790, quando a devassa da Inconfidência Mineira suspendeu os seus trabalhos. Essa Academia é tida, hoje, como uma loja maçônica disfarçada, como sugerem alguns textos posteriores como o que se segue, de autoria do Barão do Rio Branco, em Efemérides Brasileiras:

"Uma divisão naval francesa, comandada pelo Capitão Landolphe, tendo cruzado alguns dias perto da barra do Rio de Janeiro, fez algumas presas e segui, nesta data, para o Norte. Na altura de

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Porto Seguro, encontrou-se com a esquadra do comodoro inglês Rowley Bulteel, e no combate renderam-se duas fragatas francesas. Os prisioneiros foram entregues no Rio de Janeiro, ao Vice-Rei, Conde de Resende. Refere o Comandante Landolphe, que foi bem tratado, porque era pedreiro-livre. Um dos filhos do vice-rei levou-o a uma festa maçônica - introduzindo-o no recinto do templo - diz ele em suas memórias, ouvi, com muito prazer, o discurso do venerável..."

Outro fato importante, que poucas obediências de outros países possuem, é o manifesto, como prova de regularidade de origem da Maçonaria Brasileira, através de uma Loja Adonhiramita - A Loja Reunião - que se subordinava ao Grande Oriente de França. Em 1815, foi fundada a Loja Comércio e Artes que, com a divisão do seu quadro, formou outras duas: a Loja União e Tranqüilidade e a Loja Esperança de Niterói. Essas lojas adonhiramitas fundaram, em 17 de junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil.

Em 1839, a Constituição do Grande Oriente do Brasil criou o Colégio dos Ritos, incluindo o Rito Adonhiramita. Em 1851, foi criado o Colégio dos Ritos Azuis e em 1873, o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas, também pelo Grande Oriente do Brasil. Após a separação da Maçonaria Brasileira, os graus simbólicos ficaram com o Grande Oriente do Brasil e as Grandes Lojas e os Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos. Em 2 de junho de 1973, o Mui Poderoso e Sublime Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil instituiu os graus de Kadosh e aumentou o número de graus para trinta e três. A partir dessa data, o governo das Oficinas Litúrgicas do Rito Adonhiramita ficou a cargo do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita.

O Rito Adonhiramita é o segundo mais praticado no Brasil, com especial concentração nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Pará. Atualmente, ele é reconhecido pelas potências maçônicas regulares, participantes da Confederação Maçônica Interamericana e Grande Oriente do Brasil.

Rito Brasileiro O Rito Brasileiro foi introduzido oficialmente pelo Grande Oriente do Brasil em 1914, quando

era Grão-Mestre Lauro Sodré.

Teve curta duração inicial, ficando sem uso até meados da década de 1940. De 1940 até a década de 1960, houve várias tentativas de reerguer o Rito, porém sem sucesso. Somente em 1968, sendo Grão-Mestre o professor Álvaro Palmeira, este Rito foi regularizado, sendo praticado por várias Lojas até aos dias atuais.

Adota a legenda Urbi et Orbi (até então usada privativamente pela Igreja Romana), que significa sua atuação nacional e internacional.

Tal como o Rito Escocês Antigo e Aceito, adota o sistema de 33 graus em seus ensinamentos, com três graus simbólicos e trinta graus filosóficos, mas com a diferença de que seus graus ditos filosóficos estudam temas atuais e relevantes.

Índice

• 1 O que é o Rito Brasileiro. • 2 História do Rito Brasileiro • 3 Referências • 4 Ligações Externas

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O que é o Rito Brasileiro.

• É um Rito Regular, já que acata os Landmarques e demais princípios tradicionais da Maçonaria, e os usos e costumes antigos. Com isso, pode ser praticado em qualquer país. Proclama a glória e a fraternidade dos homens, e estabelece, durante as sessões, a presença das três Grandes Luzes: o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso, e emprega os símbolos da construção universal.

• Sua base é a Maçonaria Simbólica universal(graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre). Sobre ela se eleva a Hierarquia de 30 Altos Graus (no grau 4 ao 33).

• O Rito Maçônico Brasileiro ou o Rito da Maçonaria Renovada, concilia a Tradição com a Evolução, para que, assim, a Maçonaria não se torne uma força esgotada.

Especializa-se no cultivo da Filosofia, Liturgia, Simbologia, História e Legislação maçônicas e estuda todos os grandes problemas nacionais e universais com implicações ou conseqüências no futuro da Pátria e da Humanidade. Realiza a indispensável cultura doutrinário-maçônica e também a cultura político-social dos Obreiros.

• Impõe a pratica do Civismo em cada Pátria, porque a Maçonaria é supranacional, mas não pode ser desnacionalizante.

• O Rito Brasileiro conviverá fraternalmente com todos os Ritos Regulares, através da intervisitação e da interfiliação. O Rito exige dos Obreiros a Vida Reta e o Espírito Fraterno e suas legendas são: - URBI ET ORBI e HOMO HOMINI FRATER.

História do Rito Brasileiro

Fala-se que o Rito Brasileiro teria tido uma origem aparentemente romântica em Pernambuco, quando o comerciante e maçom José Firmo Xavier pertencente a Grande Loja Provincial de Pernambuco, provavelmente pertencente ao Grande Oriente do Passeio, no século XVIII, segundo alguns autores em 1878 e segundo outros em data muito anterior ou seja mais ou menos em 1848, o qual com um contingente alem dele e mais 837 maçons, elaboraram uma Constituição Especial do Rito Brasileiro, colocando o mesmo sob a tutela de D.Pedro IIº e do Papa. Existem depositados na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, dois documentos que pertenceram à D.Pedro II que nos dão informações sobre esta entidade e que tem o seguinte enunciado:

“Const:.Maç:. do Esp:. Rit:. Braz:. de Nob:. e Aug:. Caz:. Cor:. Liv:. sob os Ausp:. de S:.M:.I:.S:.D:.P:.S:.I:.B:. meu Alt:. e Pod:.Gr:.da Ord:.Braz:. em todo o Circulo do Império Brazileiro— Offerecido S:.M:.I:.D:.P:.S:.I:. do Braz:.Alt:. e Pod:.Sen:.Gr:.Mest:. da Ordem Brazileira”.

Entretanto, a D.Pedro IIº que nunca foi maçom, José Firmo Xavier lhe outorgou o grau 23º, e o considerava o Grande Chefe Protetor, quanto a si, autointitulou-se com o título de Grande Chefe Propagador “ad vitan” sendo que, no caso de seu falecimento seria substituído por um Grande Chefe Conservador. Senão estranho, todavia, muito curioso e interessante.

Trata-se estes documentos de manuscritos que foram oferecidos ao Imperador, pensando que o mesmo aceitasse ser Grão-Mestre, ou no mínimo ser o Protetor deste movimento que pretendiam fundar. Entretanto, D.Pedro II°, muito embora nunca tenha sido inimigo da Maçonaria jamais pensou em ser maçom. Guardou os documentos e posteriormente os entregou à Imperatriz Dona Thereza

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Cristina Maria de Bourbon. Daí a explicação porque estes documentos estão no Museu Nacional, felizmente até certo ponto, porque se estivesse em algum arquivo ou biblioteca de algum maçom temos a certeza de que dificilmente teríamos notícia desta preciosidade. Aquele Rito, naquela ocasião não vingou, porque entre outras contradições, não aceitava que fossem iniciados pessoas que não fossem nascidas no Brasil, mostrando um nacionalismo inconseqüente e alem do mais, D.Pedro IIº não estava muito interessado em Maçonaria, apesar de seu pai ter sido maçom. Assim como, não tem lógica um rito maçônico se colocar sob a tutela do Imperador e do Papa.

Estamos mencionando este fato mais como uma citação, diga-se de passagem, porem sem considera-lo como um movimento maçônico propriamente dito, e sim como uma sociedade secreta nos moldes da Maçonaria para se colocar a serviço do Imperador e da religião católica, talvez até com fins políticos, ou ainda para obter as benesses do governo imperial.

Esta história caiu no esquecimento e este “Rito” que pretendiam fundar não deu certo. Mas, após iniciada a Primeira Grande Guerra Mundial em 1914, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, o Irmão Lauro Sodré ( Lauro Nina Sodré e Silva, nascido em 17.10.1858 em Belém do Pará e falecido no Rio de Janeiro em 16.06.1944 – Iniciado na Loja “Harmonia” de Belém PA em 01.08.1888), através do Decreto n.º 500 datado de 23.12.1914, determina que, em reunião de 21.12.1914, o Ilustre Conselho Geral da Ordem aprovou o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compõem o Grande Oriente do Brasil, com os mesmos ônus e direito, regido liturgicamente pela sua Constituição particular.

Existem autores que ligam este fato à militares nacionalistas. Não nos parece provável, poderia até existir militares ligados à fundação do Rito, como sempre eles estiveram presentes no GOB em toda a sua existência não tanto por sua situação de militar, mas sim como verdadeiros maçons e idealistas da Ordem. Este é um fato inconteste que não se pode negar. Entretanto, não progrediu o Rito naquela época, mesmo seguindo-se mais dois Decretos complementares impondo e confirmando a legalidade do Rito assinados pelo Grão-Mestre Adjunto o Almirante Veríssimo José da Costa, que substituiu o Irmão Sodré após a sua renuncia para exercer o cargo de Governador do Pará, ou seja, o Decreto n.º 536 de 17.10.1916 em que ratificava o Decreto de Sodré afirmando pelo artigo l.º que: “Fica reconhecido, consagrado e autorizado o Rito Brasileiro criado e incorporado ao Grande Oriente do Brasil pelo Decreto n.º 500 de 23.12.1914”, e o Decreto n.º 554 de 13.06.1917 pelo qual em seu artigo único assim se referiu: “ Fica adotada e incorporada ao patrimônio da legislação do Grande Oriente do Brasil a Constituição do Rito Brasileiro contendo sua Declaração de princípios, Estatutos, Regulamentos, Rituais e Institutos”.

Refere-se que este Irmão estava muito empenhado na fundação do Rito e que talvez possa ter sido o principal incentivador da fundação do mesmo. Houve após, em realidade, um adormecimento temporário, já que tudo o que havia sido resolvido apenas se restringia no papel, sem lojas fundadas, sem rituais sem constituição e etc.. Era mais um movimento, de um grupo de Irmãos tentando fundar um novo Rito.

Fala-se que em 1919 o então Grão-Mestre, o Irmão Nilo Peçanha ( Iniciado na Loja “Ganganelli do Rio” em 11.l0.1901. Tomou posse em 21.07.1917,como Grão-Mestre do GOB. Havia sido Vice-Presidente da República gestão l906/l910, quando substituiu o Presidente do Brasil Afonso Pena, por falecimento deste, desde 14.06.1909 até 25.l1 1910.- Depois Senador em 1912 e Governador do Estado do Rio de Janeiro) teria assinado a 1ª Constituição do Rito Brasileiro, definida como tendo o Rito, 33 graus. Entretanto não se confirma esta informação, pois lendo-se todos os Boletins do Grande Oriente do Brasil daquele ano, não existem quaisquer referências ou publicações à respeito. Imaginamos que uma decisão como esta teria que constar no Boletim Oficial daquela Potência quer como Ato ou Decreto.

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Entretanto, o que se conseguiu constatar nos Boletins do GOB e em especial o de 11/l919 à página 12, foi que, em reunião do Conselho Geral da Ordem, de 07.11 uma Loja do Rito Brasileiro de Recife comunicava a sua instalação em 26.10, tendo inclusive enviado um lista de sua administração. Ainda no Expediente da reunião de 24.11 foi lida uma Prancha da Loja Provincial do Rito Brasileiro de Recife. Falaram a respeito vários Irmãos, e entre eles o Irmão Octaviano Bastos , que segundo consta, fazia parte do grupo interessado em solidificar o Rito Brasileiro. Entretanto, esta Loja acabou sendo regularizada no rito Adonhiramita, pois não haviam rituais, cobridor do grau, constituição etc..

Em 1921, a Loja “Campos Salles” de São Paulo fundada em 12.01.1921 hoje uma Loja inglesa do Trabalho de Emulação, naquela época dissidente do GOB, mandou imprimir um Ritual que nada mais era que um plágio do Ritual de Emulação (chamado impropriamente de “Rito de York Inglês”) com algumas adaptações, com o nome de Rito Brasileiro. Neste período esta Loja não pertencia ao GOB, porque, segundo consta, teria havido fraude eleitoral no Poder Central, e o Grande Oriente Estadual de São Paulo sentindo-se lesado, em vista de tal problema, tornou-se dissidente, desligando do GOB e, uma vez independente, levou 62 (sessenta e duas) Lojas consigo nessa dissidência. Em verdade, até l92l, não existiam Rituais do Rito Brasileiro, sendo que, para se compilar os três primeiros graus usou-se como base o Ritual de Emulação traduzido por .J.T. Sadler em l920 do inglês e impresso pelo Grande Oriente do Brasil. Estes Rituais foram adotados e aprovados com algumas modificações, pelo Grande Oriente Independente de São Paulo em 26.08.1921, como sendo do Rito Brasileiro. Não se cogitou nesta ocasião dos graus superiores.

A Loja “Campos Salles” após serenados os ânimos voltou ao seio do GOB, porém, trocando de Rito, primeiro para o REAA, logo depois para o Trabalho de Emulação(“York Inglês”) Depois de iniciada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) voltou-se novamente a falar em Rito Brasileiro. Em Sessão do Grande Conselho Geral do Grande Oriente do Brasil de 22.07.l940 (página 109 do Boletim n° 7 e 8 de Julho e Agosto) na Ordem do Dia, usa da palavra o Capitão Octaviano Bastos e “procede a leitura da Constituição do Rito Brasileiro, a qual é aprovada por unanimidade. O Projeto de Lei obtivera parecer favorável da Comissão de Legislação dispondo:” “O Grão Mestre fica autorizado:

1. A ativar o funcionamento do Rito Brasileiro, de conformidade com sua Constituição, e a iniciar a formação de seu “Conclave”, nomeando os seus primeiros fundadores. 2. A estimular a instalação da primeira Oficina do Rito, dispensando todas as taxas a que estiver sujeita e, bem assim os emolumentos dos três primeiros profanos que nela se iniciarem 3. Conceder favores idênticos ás Oficinas que passarem a funcionar segundo o Rito Brasileiro, dentro do prazo de 180 dias renunciando o regime capitular 4. A providenciar junto ao “Conclave”, para que aos Maçons Capitulares dessas Oficinas sejam concedidos títulos do Rito Brasileiro, correspondentes aos altos graus possuídos, com o fim de constituírem os respectivos corpos”

O Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, irmão Joaquim Rodrigues Neves através do Ato 1617 de 03.08.1940 autoriza a organização do Rito. O mentores principais deste movimento foram o Irmão Alvaro Palmeira, que viria posteriormente ser Grão Mestre do GOB e Octaviano Bastos, alem de outros. Realizaram três reuniões em 1940, quatorze em 1941, fundaram um Conclave em 17.02.1941, segundo Octaviano Bastos, constando da ata onze assinaturas como sendo os organizadores do Conclave e Fundadores do Rito. Foram fundadas algumas Lojas, alem de outras que passaram a adotar o Rito, estabeleceram insígnias, colares dos cargos, criaram os aventais, medalhas e usaram aquele já citado Ritual de 1921. Era o novo Rito apesar das dificuldades, se impondo aos poucos, tal qual uma criança que está crescendo.

• Ainda em 1941 foi publicada uma Constituição contendo 19 artigos O Ritual era uma cópia do Rito de York, acrescentando a Palavra de Passe para “Cruzeiro do Sul” e o Rito era

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então composto de três graus: Aprendiz Companheiro e Mestre e mais quatro títulos de Honra, 4º Cavaleiro do Rito, 5º Paladino do Dever, 6º Apóstolo do Bem Público, 7º Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade

Foi determinado- que estes títulos seriam equivalentes para os visitantes a saber; Cavaleiro do Rito- 4º seria equivalente ao grau 18 Paladino do Dever 5º seria equivalente ao grau 30 Apóstolo do Dever 6º – seria equivalente ao grau 31 Servidor da Ordem da Pátria, e da Humanidade 7º seria equivalente ao grau 33. Em 18.09.1942 em uma Sessão de Emergência no Rio de Janeiro no Rito Brasileiro na Loja “Brasil”, foi iniciado sendo imediatamente elevado ao grau 03, por motivos políticos evidentemente, alem de um outro profano, o Coronel Manoel Viriato Dornelles Vargas, irmão carnal do Presidente Getulio Vargas, o qual tinha um outro Irmão também maçom o Cel. Protasio Vargas. Acresça-se que o pai de Getulio Vargas, o General Manoel Nascimento Vargas, herói da Guerra do Paraguai, e combatente da Revolução Federalista ao lado das forças legalistas, foi iniciado em São Borja no dia 24.08.1876 na Loja “Vigilância e Fé”.

Entretanto, o Grão-Mestre Joaquim Rodrigues Neves posteriormente, por problemas havidos com os mais importantes membros do Rito Brasileiro através dos Decretos 1843,1844 e 1845 datados de Março de 1944 suspende os direitos maçônicos de vários “Servidores da Pátria e da Ordem” e entre eles os do Irmão Alvaro Palmeira, seu Grão-Mestre Adjunto, do Irmão Capitão Octaviano Menezes Bastos, Alexandre Brasil de Araújo, Carlos Castrioto e do Coronel Dilermando de Assis, todos considerados como organizadores e fundadores do Rito em 1940. Estava acontecendo mais uma briga interna no GOB, com situações complexas que não vem ao caso comenta-las. Alvaro Palmeira e seu grupo funda a Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro quando em 1948, ele passa a fazer parte do Grande Oriente Unido, outra Potência dissidente a qual foi finalmente incorporada Grande Oriente do Brasil em 22.12.1956. Tudo voltou ao “normal” daí há algum tempo, quando o Irmão Alvaro Palmeira e seus seguidores voltaram ao GOB, e voltaram politicamente fortes.

Somente em 13.03.1968 quando o Irmão Alvaro Palmeira, que sempre batalhou pelo Rito, então Grão-Mestre do GOB, através do Ato 2080 renovou os objetivos do Ato n° l6l7 de l940. Com o apoio agora firme do Grão-Mestre foi mais fácil o Rito ser uma realidade, e começar a crescer. Foi talvez o renascimento do Rito, quiçá considerado por alguns autores como o ano de sua verdadeira fundação. Podemos dizer que a partir daí realmente o Rito começou a se encontrar. Alvaro Palmeira fez as alterações que deveriam ser feitas, deu nova feição aos Rituais com emendas na Constituição e outras providências, nomeou uma comissão de 15 Irmãos com amplos poderes para revisar e reestruturar todo o Rito, para coloca-lo dentro das exigências internacionais para ser tornar um Rito regular, dando-lhe uma abrangência universal, separando os graus simbólicos dos filosóficos. Em 10.06.1968 foi firmado um “Tratado de Amizade e Aliança” entre o GOB e o Supremo Conclave do Rito Brasileiro e ratificado pela Soberana Assembléia Legislativa em 27.07.1968. Em 1973, infelizmente, ocorreu mais uma grave cisão na Maçonaria Brasileira. Após desentendimentos entre a cúpula do GOB e alguns Grão-Mestres Estaduais, cerca de dez Grandes Orientes saíram do GOB, constituindo a hoje chamada COMAB (Confederação da Maçonaria Brasileira).

Após esta cisão, Lojas do Rito Brasileiro dos Grandes Orientes dissidentes ficaram sem cobertura para seus graus filosóficos. Em Cataguases, Minas Gerais em 10.02.l974 foi fundado um Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro pelo Irmão Lysis Brandão da Rocha e mais alguns Irmãos de real envergadura, para dar assistência filosófica às Lojas do Rito em Minas Gerais. Este Supremo Conclave que teve Lysis como seu 1° Grande Primaz foi registrado como personalidade jurídica no Cartório de Registro Geral das Pessoas Jurídicas de Cataguases-Mg. sob o n.º 460 como “Conclave dos Servidores da Ordem e da Pátria – Supremo Conclave Autônomo para o Rito Brasileiro”. Este Supremo Conclave foi fundado pelo menos inicialmente, para atender as Lojas

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no Estado de Minas Gerais, que estavam a descoberto em seus graus superiores antes de realizar tratados com outros Grandes Orientes de outros Estados.

Desta forma passou existir no Brasil dois Supremos Conclaves. Um ligado ao GOB e outro ligado à COMAB. Entretanto, a bem da verdade, ambos trabalham em prol do engrandecimento do Rito Brasileiro. O Rito Brasileiro não tem o reconhecimento das Grandes Lojas do Brasil. O Supremo Conclave Autônomo de Cataguases fez vários tratados de Amizade com os Grandes Orientes dissidentes regendo atualmente o Rito na COMAB. O Rito Brasileiro hoje, quer no GOB quer na COMAB é o segundo Rito mais difundido entre os Ritos adotados no Brasil. Novas Lojas estão sendo fundadas, a sua maneira harmoniosa de ser executado, os seus propósitos cívicos, morais, históricos e culturais, estão fazendo a cada dia mais adeptos. Ele vem se firmando cada vez mais e vem encontrando sua identidade a qual dentro de mais alguns anos estará completamente formada.

Convém frisar que o Rito Brasileiro é patriótico sem ser nacionalista ou xenófobo. Tanto é verdade que ele prega que “ Constitue um dos altos objetivos do Rito o incentivo e a prática do Civismo em cada Pátria”. Ele desde que adaptado a qualquer país, poderá, poderá ser usado como sendo o Rito daquele país. Os graus superiores do Rito são transparentes, modernos, objetivos, fluentes e lindos. Alem de seu desenrolar ser escrito em linguagem moderna e bastante compreensível, não existe aquela autoimprecação onde o elevando na hora de seu juramento fica chamando sobre si as piores pragas e os maiores e trágicos castigos caso seja considerado um mau adepto. O Rito Brasileiro confia mais na palavra do maçom. A palavra de um Homem tem muito mais valor que um juramento forçado, pueril e ambíguo.

É Um Rito Teísta e a sua concepção de Deus é que ele seja o Supremo Arquiteto do Universo, e não Grande Arquiteto do Universo, pois “grande” não define bem profundidade da idéia de Deus para os maçons do Rito Brasileiro, uma vez que “grande” é um epíteto muito usado freqüentemente para definir coisas imensas. Porem se respeita as concepções de outros Ritos sem quaisquer restrições. Em que pesem os inimigos do Rito Brasileiro, apesar de todos os seus percalços, ele está aí, ele existe, e vai continuar crescendo dentro de seu espaço, sem molestar ou interferir nos outros Ritos, os quais respeita sem contesta-los.

Atualmente o Rito tem trinta e três graus contando com os três primeiros:

Aprendiz, Companheiro e Mestre

Simbólicos

• 1)Aprendiz

• 2)Companheiro

• 3)Mestre

Filosóficos

• 4) Mestre da Discrição

• 5) Mestre da Lealdade

• 6) Mestre da Franqueza

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• 7) Mestre da Verdade

• 8) Mestre da Coragem

• 9) Mestre da Justiça

• 10) Mestre da Tolerância

• 11) Mestre da Prudência

• 12) Mestre da Temperança

• 13) Mestre da Probidade

• 14) Mestre da Perseverança

• 15) Cavaleiro da Liberdade

• 16) Cavaleiro da Igualdade

• 17) Cavaleiro da Fraternidade

• 18) Cavaleiro Rosa-Cruz ou da Perfeição

• 19) Missionário da Agricultura e da Pecuária

• 20) Missionário da Indústria e Comércio

• 21) Missionário do Trabalho

• 22) Missionário da Economia

• 23) Missionário da Educação

• 24) Missionário da Organização Social

• 25) Missionário da Justiça Social

• 26) Missionário da Paz

• 27) Missionário da Arte

• 28) Missionário da Ciência

• 29) Missionário da Religião

• 30) Missionário da Filosofia. Kadosh Filosófico

• 31) Guardião do Bem Público

• 32) Guardião do Civismo

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• 33) Servidor da Ordem da Pátria e da Humanidade

Distribuição de Graus

Estes graus se distribuem através da várias Oficinas litúrgicas da seguinte maneira:

• 1. Sublimes Capítulos ( Graus 4 ao 18) dedicados à Cultura Moral

• 2. Grandes Conselhos Filosóficos ( Câmaras dos graus 19 a 30 –Kadosh)dedicados

à cultura artística, científica, tecnológica, e filosófica.

• 1. Altos Colégios ( graus 31 e 32) dedicados à cultura cívica

• 2. Supremo Conclave dedicado à síntese humanística.

O Rito Maçônico Brasileiro, é na verdade um Rito da Maçonaria Universal que expressa a essência-nuclear dos ensinos da Ordem Maçônica que são puramente Científicos e Filosóficos, o que igualmente beneficia a espiritualidade pessoal e coletiva, já que tudo o que fazemos e aprendemos e que de fato seja certo ou digno, nos beneficia positivamente a nossa Eterna Evolução Intelectual e Espiritual!

Referências

Coletânea maçonica – irmão lysis brandão da rocha – 1987. Coletânea “bigorna” 2º volume – kurt prober bigornas n.º 36 de 06/85. N.º 59 de 08/86. História do supremo conselho do grau 33:. Do brasil irmão kurt prober 1981. Achegas para a história da maçonaria no brasil - isa ch’an – irmão kurt prober – volume 3 1981 – origem do “rito brasileiro” no do gob. Boletins do grande oriente do brasil de 1914 a 1919 e 1940 a 1944.

Rito Emulation (Obs.: Este artigo do “Rito Emulation”, merece uma revisão, devido a inconsistências e/ou

dados de confiabilidade duvidosa, pois o artigo não cita as suas fontes ou referências. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo).

Rito Emulation ou Craft Works, ritual mais antigo da maçonaria, surgiu na Inglaterra ainda no século XV, tendo muitas variações ao longo do tempo, no século XVIII com a criação da Grande Loja da Inglaterra, o mesmo foi regulamentado, com a união das lojas de York e de Londres, tomou características semelhantes as atuais.

O Emulation, embora seja multi-religioso é de forte tendência cristã, ao contrário do Rito Escoçês que possui tendências judaicas. No Brasil era errôneamente chamado de Rito de York Inglês. Este ritual tem apenas 3 graus incluindo o Real Arco, enquanto outros Ritos possuem 14 ou até mesmo 33 graus.

Se considerado junto ao York Americano, que é muito semelhante nos três primeiros graus, representa mais de 85% da maçonaria mundial. No Brasil este rito possui poucos adeptos, sendo o mais forte o Rito Escoçês Antigo e Aceito.

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Rito Schröder Rito Schröder é um ritual maçônico utilizado amplamente nas Lojas da Alemanha. Criado por

FRIEDRICH ULRICH LUDWIG SCHRÖDER, que foi um dos reformadores da Maçonaria Alemã, e submetido aos Mestres de Hamburgo em 29 de junho de 1801, que o adotaram por unanimidade, desde logo, conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha e em outros países, onde passou a ser praticado, principalmente, por maçons de origem alemã e logo recebeu o cognome de seu fundador, RITO SCHRÖDER.

Por sua simplicidade e beleza, o RITO SCHRÖDER tem sido erroneamente conhecido como Rito Escocês Simplificado. Alguns autores, insistem em publicar que o RITO SCHRÖDER teria, afora os três graus simbólicos, mais quatro graus superiores, os quais, entretanto, teriam sido abandonados no decorrer dos anos, outros, atribuem ao seu criador a pecha de “Cagliostro da Alemanha” e afirmam que o seu ritual é místico, eivado de alquimia, magia e outras titulações, totalmente em oposição ao seu propósito.

Diz-se que a Maçonaria apareceu na Alemanha em 1727, com a fundação da Loja “Charles die reunion” (“Carlos a reunião”), no Oriente de Manheim pelo Conde de Schaumburg, Irmão Albrecht Wolfgang. Contudo a Loja, trabalhou a descoberto, não tendo registro de reconhecimento. O nome francês pode ter sido a causa. A Loja número um da Alemanha é a Loja “Absalon Zu Den Drei Nesseln Nº 1” (“Absalon às Três Urtigas”) de Hamburgo, fundada em 06 de dezembro de 1737 com o nome de Loge d’ Hambourg e assim denominada até 1743. Loja na qual Frederico, o Grande, foi recebido. Esse evento foi um sinal. Em seguida, novas Lojas foram fundadas em todas as cidades maiores da Alemanha dando vigor à Maçonaria Alemã.

Foi o Barão de von Hundt, que em 1764 estabeleceu firmemente a influência dos Templários dentro da tradição maçônica e divulgou nas Lojas Alemãs as práticas do Capítulo de Clermont, sob o título de “Strike Observanz” ou “Rituais Latinos da Estrita Observância”, também conhecido como “Observância Rigorosa”. Esta prática ressuscitara a Antiga Cavalaria que com seus coloridos e sugestivos graus, trouxe com elas todas as adulterações que, de forma crescente, tiveram ingresso aos ensinamentos puros do Antigo Ritual Inglês, desviando a Maçonaria e os maçons do seu simbolismo de origem. Esta época foi denominada como o “grande desvio”.

Estes distúrbios levaram , em 1775, a realização de uma Convenção em Wiesbaden e outra, em 1782, em Wilhelmsbad, próximo à Hanau, quando foi fixado como objetivo da Maçonaria alemã, o aperfeiçoamento moral em base da religião cristã; porém simultaneamente também a ainda não completamente apagada preferência pela coletividade de cavaleiros (isto é, nobreza), fundava um novo grau – “Cavaleiros da Beneficência”. Neste sistema de Wilhelmsbad ou sistema “Escocês Retificado” mesmo os sóbrios e democráticos Irmãos de Hamburgo não se abstiveram de desfilar como “Muito Excelente Cavaleiro Templário”.

Foi este estado de declínio do Rito da Estrita Observância que inspirou ao Irmão Friedrich Ulrich Ludwig SCHRÖDER em dar um novo Ritual à Maçonaria Alemã que, segundo suas intenções e concepções representasse uma Maçonaria Humanista.

Em 1789, diante da febre de reformas que se apodera da Maçonaria Alemã, quando as Lojas de Hamburgo alteraram as cerimônias, símbolos e insígnias, o Irmão SCHRÖDER sentiu que este caminho seria a ruína da Instituição e apôs-se tenazmente aos reformistas, com seus propósitos.

Convencido da necessidade urgente de reformular a Maçonaria Alemã, através do restabelecimento da prática da verdadeira e antiga Maçonaria, SCHRÖDER começou em Hamburgo,

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em 1790, a elaborar um novo ritual para a Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia, subordinada à Grande Loja de Londres, isto é a Grande Loja dos Modernos como assim diziam os que se intitulavam “Antigos”, que não possuía um Ritual escrito em inglês com um texto autêntico.

A reação de SCHRÖDER fez com que os maçons de Hamburgo verificassem que havia necessidade de expurgar todas as excentricidades e vícios que estavam desnaturalizando a Maçonaria. e, criando uma “Comissão de Estudos”, confiaram-lhe a presidência da mesma. Isso levou-o a abolir todos os enxertos que já tomava de assalto a Maçonaria Alemã.

Perseverante, estudioso e incansável, SCHRÖDER baseou todo o seu trabalho sobre o texto de “Three Distinct Knocks...”,.

Ele sentia profundamente que princípios éticos e morais eram a essência da Maçonaria e ele os formulava com grande cuidado e em colaboração com os mais educados maçons do seu tempo. Isto dá ao seu Ritual um caráter particular próprio, expressando tendências espirituais da Alemanha por volta do século XVIII. A tendência para a Maçonaria Cavalheiresca ou Templária com um forte conteúdo Cristão – e mesmo Católico Romano, tinha desaparecido, bem como todos os elementos de esoterismo e ocultismo que dominavam a Maçonaria da sua época, restaurando o Antigo Ritual Inglês, adaptando-o porém para a cultura e para o idioma germânico Fortaleceu-se a tendência de que moral elevada e princípios éticos deveriam ser as essências características da Arte Real.

Em 29 de junho de 1801, na magnífica sessão em que os Veneráveis Mestres das Lojas de Hamburgo aprovaram por unanimidade o novo Ritual, estava na verdade reunida a Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa-Saxônia, no que hoje chamaríamos de Assembléia Geral. Este fato por si só atesta a regularidade e a importância que o novo Ritual teve já no seu nascimento oficial. Seu idealizador, o Irmão Friedrich Ulrich Ludwig SCHRÖDER, ocupava o cargo de Deputado do Grão-Mestre, que era o maçom ilustre e celebrado Dr. Beckmann, e as Lojas de Hamburgo o adotaram por unanimidade. Depois de mais uma revisão de certas passagens, que não tinham concordâncias com a cerimônia, foi impressa uma edição limitada para todas as Lojas de Hamburgo. Desta edição existe somente uma cópia pertencente a uma Loja na cidade de Celle, cujo exemplar felizmente tem sido possível estudar. Por sua simplicidade e beleza, desde logo conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha e em outros países, onde passou a ser praticado, principalmente, por maçons de origens alemãs e logo recebeu o cognome de seu criador - RITO SCHRÖDER.

O RITO SCHRÖDER realmente ocupa uma posição de destaque entre os Ritos Maçônicos pela concordância com o Rito da Grande Loja Mãe da Inglaterra, pela eliminação de todos os adiantamentos inseridos no final do século XVIII, pelo espírito puro de humanismo, presente em seu cerimonial, e pelo brilho da linguagem clássica do alemão.

É um rito muito simples e trabalha, como o de York, apenas na chamada pura Maçonaria ou seja, na dos três graus simbólicos, já que não possui Altos Graus.

Graus Simbólicos

• 1 - Aprendiz

• 2 - Companheiro

• 3 - Mestre

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O rito Schröder não possui graus filosóficos. Porém, quando maçons que praticam o Rito Schroder, ingressam nos graus-superiores de Ritos mais científicos que expressam com maior eficácia a essência da maçonaria, como é o caso do Rito Maçônico Brasileiro( Rito da Maçonaria-Renovada ) ou do Rito Maçônico Moderno ou Francês, este maçom do Rito-Schroder tem maior possibilidade de entender com mais clareza a Ordem Maçônica.

Em São Paulo, a GLESP - Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo tem incentivado a fundação de Lojas que trabalhem com o RITO SCHRÖDER, desde 2006, destacando-se, dentre tais Lojas, dentre outras, a ARLS.'. Presidente Jânio Quadros - 582, que conta com a participação de advogados, empresários, médicos, autoridades civis, e etc. em seu quadro de Obreiros.

Rito de York (Obs.: Este artigo do “Rito de York”, merece uma revisão, devido a inconsistências e/ou

dados de confiabilidade duvidosa, pois o artigo não cita as suas fontes ou referências. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo).

O Rito de York é o rito predominante da Maçonaria Norte Americana. Sob sua égide se desenvolveram líderes da sociedade estadudinense nos principios da Liberdade Igualdade e Fraternidade. Estudiosos afirmam que este rito tem origens iluministas.

O Rito de York, por ser teísta, está mais ligado aos países onde os cultos evangélicos predominam, pois o clero desses cultos tem dado à Maçonaria o apoio e o suporte necessário para a sua evolução e crescimento.

Índice

• 1 Origem • 2 Thomas Smith Webb • 3 O rito de York no Brasil

o 3.1 Lojas inglesas no Brasil • 4 Loja do rito de York no Grande Oriente Unido

o 4.1 Lojas do rito de York no Grande Oriente do Brasil o 4.2 O rito de York no Brasil

• 5 Ligações externas

Origem

O Rito de York foi fundado no ano de 1799, tendo como organizador e fundador principal o Ir Thomas Smith Webb. É justamente este irmão, que deu a estrutura e doutrina filosófica com os seus respectivos procedimentos gerais ao sistema maçônico que pode ser identificado pelo nome genérico de "Rito Americano" ou "Rito de York". Embora os conhecimentos maçônicos expressos através deste rito, proporcione uma ótima roupagem cristã a maçonaria, pode-se conhecer mais a essência verdadeira da Ordem dos Maçons, ao se fazer as práticas da maçonaria trabalhando com o Rito-Brasileiro ou o Rito-Moderno ou Francês.

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Thomas Smith Webb

13 de Outubro de 1771 - 6 de Julho de 1819 Nasceu e educado em Massachusetts, autor do The Freemason's Monitor; e, Illustrations of Masonry (1797), Iniciado: 17 de Dezembro de 1790 Loja Rising Sun, New Hampshire Veneravel Mestre - Templo Loja, Albany Grão Mestre: 1813, 1814 Grande Loja de Rhode Island

A Grande Loja da Pensilvânia, foi a primeira Grande Loja a ser fundada naquele país norte-americano. O Rito de York, diferentemente como é praticado no Brasil, só existe a partir do 4º grau e se estende até o 13º Grau, nada mais.

As Blue Lodges, ou seja, as Lojas Simbólicas americanas trabalham com um ritual que descende diretamente do velho Ritual da Grande Loja dos Antigos(a de 1751), portanto, mais antigo do que os rituais ingleses atuais, todos posteriores à União de 1813.

As Grandes Lojas americanas, não têm nenhum vinculo com os Ritos de York e Escocês Antigo e Aceito.

Aqui no Brasil, as Grandes Lojas, o Grande Oriente do Brasil e os Grandes Orientes, apesar de afirmarem que trabalham no Rito de York, trabalham especificamente no sistema ritualístico inglês, ou seja, o Craft(Ofício) ou ainda "Cerimônias Exatas da Arte Maçônica", nada tendo a ver com o legitimo Rito de York, o Americano.

O que na realidade aqui no Brasil, pelo menos as Grandes Lojas, deveriam trabalhar com os mesmos rituais americanos, ou seja, os utilizados pela maioria esmagadora das Grandes Lojas americanas.

O rito de York no Brasil

O Rito de York chegou ao Brasil através do Grande Oriente Unido, também conhecido por "Grande Oriente dos Beneditinos", com a Washington Lodge, fundada em 19 de novembro de 1874, na cidade de Santa Bárbara do Oeste-SP. Esta Loja "não foi fundada por ingleses, mas, sim, por americanos", depois de terem emigrado para o Brasil, por ocasião da Guerra Civil nos Estados Unidos da América.

Eles eram quase todos, originários do Estado do Alabama".

Lojas inglesas no Brasil

A pioneira foi a Orphan Lodge [Loja Órfã], fundada na cidade do Rio de Janeiro, Estado do mesmo nome. O título distintivo da Loja Órfã era alusivo ao fato de ser a única da América do Sul, abaixo do equador, já que acima embora incipiente, existia Maçonaria em Georgetown, capital da Guiana Inglesa, que fora anexada à Grã-Bretânha em 1812, pela convenção de Londres, após a conquista dos territórios holandeses, pelos ingleses. A segunda foi a St. John's Lodge, também na cidade do Rio de Janeiro e a terceira foi Southem Cross Lodge, fundada na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, em data não estabelecida, porém instalada em 15 de junho de 1856. Vale ressaltar que as Lojas ora em epigrafe, não trabalhavam no "Rito de York". E sim, no Sistema Ritualístico Inglês. Ou seja, sem nenhuma conotação com o verdadeiro Rito de York, o fundado nos Estados Unidos da América.

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Loja do rito de York no Grande Oriente Unido

O Grande Oriente Unido ou "Grande Oriente dos Beneditinos", como também, era conhecido, foi fundado em 16 de dezembro de 1863, por Joaquim Saldanha Marinho teve, durante sua existência, apenas uma autêntica Loja do Rito de York sob sua jurisdição, que foi a Washington Lodge, fundada em 19 de novembro de 1874, na cidade de Santa Bárbara d'Oeste-SP (fundada por americanos e não por ingleses).

Lojas do rito de York no Grande Oriente do Brasil

A primeira Loja do Rito de York verdadeiramente fundada sob a égide do Grande Oriente do Brasil, foi a Eureka Lodge nº 440 em data de 22 de dezembro de 1891, na cidade do Rio de Janeiro é que foi fundada a primeira Loja do Rito de York sob a égide do Grande Oriente do Brasil. Um Grupo de Motociclistas se reuniu e fundou no dia 15 de Novembro de 2006 a Loja Maçonica Cavaleiros de Aço (GLESP), que trabalha no Rito York em Ribeirão Preto, São Paulo. O Rito de York é o rito predominante da Maçonaria Norte Americana. Sob sua égide se desenvolveram líderes da sociedade estadudinense nos principios da Liberdade Igualdade e Fraternidade. Estudiosos afirmam que este rito tem origens iluministas. O Rito de York, por ser teísta, está mais ligado aos países onde os cultos evangélicos predominam, pois o clero desses cultos tem dado à Maçonaria o apoio e o suporte necessário para a sua evolução e crescimento. O Rito de York foi fundado no ano de 1799, tendo como organizador e fundador principal o Ir Thomas Smith Webb. É justamente este irmão, que deu a estrutura e doutrina filosófica com os seus respectivos procedimentos gerais ao sistema maçônico que pode ser identificado pelo nome genérico de "Rito Americano" ou "Rito de York".

O rito de York no Brasil

O Rito de York chegou ao Brasil através do Grande Oriente Unido, também conhecido por "Grande Oriente dos Beneditinos", com a Washington Lodge, fundada em 19 de novembro de 1874, na cidade de Santa Bárbara do Oeste-SP. Esta Loja "não foi fundada por ingleses, mas, sim, por americanos", depois de terem emigrado para o Brasil, por ocasião da Guerra Civil nos Estados Unidos da América.Eles eram quase todos, originários do Estado do Alabama".

Ligações externas

• www.ritobrasileirogob.com.br • www.ritobrasileiroms.org.br • www.conclave.vespersoft.com.br ( COMAB ) • www.lealdadeecivismo.org.br • www.masonic.com.br • http://www.yorkrite.org/ • http://freemasonry.bcy.ca/biography/webb_t/thomas_webb_bio.html

RITO DE MEMPHIS MISRAÏM

Em Portugal o Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm é regularmente praticado sob os auspicios da Ordem Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm - www.memphismisraim.pt

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O Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraim é actualmente o Rito Maçónico mais esotérico e “secreto”.

Entre os Ritos maçónicos este Rito ocupa uma posiçâo particular desde a sua origem. Tem seu lugar entre os ritos egipcios que se “beberam” na fonte das antigas tradiçôes iniciáticas da bada do mediterráneo: pitagóricos, autores herméticos alexandrinos, neoplatônicos, sabeístas, ismaelitas… Foi necessário aguardar o século XVIII para encontrar seus tragos na Europa. Eles foram numerosos, porém só dois dentre eles chegaram ató nós: Misraim e mais tarde Memphis.

O Rito de Misraim foi fundado em Veneza em 1788. Sua filiação veio através de Cagliostro, que o erigiu com os Graus Menores da Grande Loja da Inglaterra e os Altos Graus da Maçonaria Templária Alemã.. O Rito difundiu-se rapidamente em Milão, Gênova, Nápoles e apareceu em França com Michel Bedarride, que recebeu o Grão-Mestrado em 1810, em Nápoles. De 1810 a 1813 os três Irmãos Bedarride desenvolveram o Rito de Misraim na França, de certa forma sob a proteção do Rito Escocês. Ilustres Maçons pertenceram a ele, como o Conde Muraire, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, o Duque Decazes, o Duque de Saxe-Weimar, o Duque de Leicester e o Tenente Coronel de Teste, entre outros.

O Rito de Memphis foi constituído em Montauban em 1815, por Franco-Maçons que em 1799 haviam participado com Napoleão Bonaparte da Missão do Egito. A esses dois Ritos foram adicionados os Graus Iniciáticos que vieram de Obediências Esotéricas do século XVIII: do Rito Primitivo e do Rito dos Philadelphos, entre outros.

A maioria dos membros que acompanharam Bonaparte na Missão do Egito eram Maçons pertencentes a antigos Ritos iniciáticos: Philalètes, Irmãos Africanos, Rito Primitivo e Grande Oriente de França. No Cairo eles descobriram uma sobrevivência gnóstico-hermética e no Líbano entraram em contato com a Maçonaria drusa, a mesma encontrada por Gérard de Nerval, remontando assim à Maçonaria "operativa" que acompanhava os seus protetores, os Templários. Conseqüentemente, os Irmãos da Missão do Egito decidiram renunciar à filiação maçônica vinda da Grande Loja da Inglaterra. E assim nascia em 1815 o Rito de Memphis , em Montauban, sob a direção de Samuel Honis e Marconis de Negre, com numerosas Lojas no exterior e personalidades ilustres em suas fileiras, como Louis Blanc e Giuseppe Garibaldi, ele que em breve se tornaria o unificador de Memphis e de Misraim.

Até 1881 os Ritos de Memphis e Misraim seguiam rotas paralelas e concordes, no mesmo clima particular. Os Ritos começaram então a agrupar Maçons interessados no estudo do simbolismo esotérico da Maçonaria, gnose, cabala e até mesmo no hermetismo e no ocultismo.

Essa Obediência Maçônica, que celebrou o bicentenário em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de Memphis e de Misraim, foram reunidos em 1881, por Giuseppe Garibaldi, que se tornou o seu primeiro Grão-Mestre.

O Rito de Memphis Misraim perpetua sua Tradição na fidelidade aos princípios de liberdade democrática e das ciências iniciáticas.

O Memphis Misraim dirige seus ensinamentos com de 99 graus, divididos em 3 séries, tornando-se desta forma o Rito Maçónico com mais graus dentro da Maçonaria Universal actual.

Após os três graus simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre),o Rito de Memphis-Misraïm tem os seguintes graus filosóficos:

* 4.º Grau (Mestre Secreto) * 9.º Grau (Mestre Eleito dos Nove)

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* 13.º Grau (Real Arco) * 14.º Grau (Grande Eleito da Sagrada Abóbada) * 18.º Grau (Cavaleiro Rosa-Cruz) * 28.º Grau (Cavaleiro do Sol) * 30.º Grau (Cavaleiro de Kadosh) * 32.º Grau (Príncipe do Real Segredo) * 33.º Grau (Soberano Grande Inspetor Geral)

A partir do 33º grau, o Rito de Memphis-Misraïm é composto pelos graus esotéricos:

O 66.º Grau (Patriarca Grande Consagrador) somente é conferido a alguns Irmãos que poderiam ser convocados como Consagradores, e uma certa preparação é exigida. Alguns o compararam a uma Consagração Episcopal.

Os Graus 87.º, 88.º, 89.º e 90.º englobam o que os livros mencionam como Arcana Arcanorum (os Arcanos dos Arcanos).

Os que são admitidos até o Grau 99.º convertem-se em protetores e conservadores do Rito, como o seu nome indica: Patriarca Grande conservador. É entre eles que o Grão Mestre Internacional escolhe os membros que servirão no Soberano Santuário Internacional, corpo giovernante supremo do Rito.

Além disso, os graus 66.º, 90.º e 95.º podem ser conferidos a Maçons como recompensa pelo seu valor, seus conhecimentos e sua fidelidade.

Outros graus, tais como o Real Arco, não são obrigatórios e são deixados à escolha dos Irmãos. A sagração como cavaleiro é transmitida a alguns Irmãos com o Grau 20 (Cavaleiro Templário ou Cavaleiro do Templo), derivados diretamente da Antiga e Estrita Observância Templária e dos Cavaleiros Beneficentes da Cidade Sagrada de Jean-Baptiste Willermoz.

As lojas do Rito do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm trabalham no Rito Egípcio. Sobre os seus altares, eles acrescentam, ao compasso e esquadro, a régua, símbolo do Grande Arquiteto do Universo e da Divina Lei.

A Ordem Mundial do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm encontra-se em Portugal: www.memphismisraim.pt

RITO FRANCÊS OU RITO MODERNO

Rito Francês ou Rito Moderno é um Rito utilizado por Maçons, com grande difusão e prática no continente europeu.

O nome deve-se à adoção do Ritual da "primeira" Grande Loja de Londres, dita dos Modernos (conhecem-se os rituais desta primeira Grande Loja, através duma obra publicada em 1730 com o nome de "Masonry Dissected" e que provocou enorme escândalo e alarido na epoca ao revelar publicamente estes rituais) e que foi traduzido para utilização das primeiras Lojas Simbólicas em França.

Assim o Rito dos "modernos" é traduzido para francês e passa a denominar-se, por facilidade e abreviação de Rito Francês ou Rito Moderno (neste ultimo caso nos países anglo-saxónicos e na américa latina), em vez de Rito Francês ou Moderno, como é a sua designação correcta,

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principalmente a partir de 1801, quando o Grande Oriente de França publicou o "Régulateur du Maçon" para utilização nas Lojas Simbólicas.

Se citamos uma "primeira" Grande Loja, é porque na Maçonaria Inglêsa assistiu-se em 1751 ao aparecimento de uma "segunda" Grande Loja. Esta Grande Loja, dita dos "Antigos Maçons" apresenta-se como congregando os Maçons fiéis aos "antigos costumes", entre outras coisas critica a "primeira" Grande Loja, dita dos "Modernos", por introduzir inovações e modificações aos Rituais nomeadamente para despistar os profanos que eventualmente tenham lido o livro "Masonry Dissected".

Estas rivalidades e as suas querelas ou controvérsias bem como os anátemas entre estas duas Grandes Lojas, fazem parte da história da Maçonaria Inglêsa até 1813, data a partir da qual se fundem, não na sua totalidade, sob a pressão do poder político para criarem a actual Grande Loja Unida de Inglaterra.

Durante os cerca de cinquenta anos (entre 1735 e 1785) em que a Maçonaria se expandiu em França, fundaram-se e desenvolveram-se inúmeras Lojas e Capitulos. Estes ultimos constituíam indiscriminadamente Altos Graus.

O conjunto da Alta Maçonaria Filosófica deste rito, compreende cinco Ordens de Sabedoria:

1ª Ordem: Eleito ou Eleito Secreto;

2ª Ordem: Grande Eleito ou Grande Eleito Escocês;

3ª Ordem: Cavaleiro Maçon ou Cavaleiro do Oriente;

4ª Ordem: Soberano Príncipe Rosa-Cruz, Cavaleiro da Águia e do Pelicano ou Perfeito Maçon Livre;

5ª Ordem: Ilustre e Perfeito Mestre

As equivalências entre o Rito Francês e o Rito Escocês Antigo e Aceite:

• 1ª Ordem: 9º ou mais (Mestre Eleito dos Nove);

• * 2ª Ordem: 14º e mais (Grande Escocês da Abóbada Sagrada);

• * 3ª Ordem: 18º e mais (Cavaleiro Rosa-Cruz);

• * 4ª Ordem: 30º e mais (Cavaleiro Kaddosch);

• * 5ª Ordem: 33º (Grande Inspector Geral);

Em 1802,Hipólito Costa trouxe de Londres e de Paris a Carta Patente necessária para o funcionamento do Grande Oriente Lusitano, sendo dois anos mais tarde assinado um Tratado de Amizade com o Grande Oriente de França. O mesmo é assinado, por parte do GOL, pelo Maçon de nome simbólico Egas Moniz, Cavaleiro Rosa-Cruz, o que pressupõe que as Ordens de Sabedoria do Rito Francês já existiam anteriormente em Portugal, no seio do GOL embora não existam documentos que abonem nesse sentido.

A constituição do Grande Oriente Lusitano de 1806, refere-se explicitamente, nos seus Capítulos IIIº e XIIIº, às diferentes Ordens e Capítulos do Rito Francês o que pressupõe a existência

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dum "Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa-Cruz", assim como de vários Capítulos em território português e nas então colónias.

A partir de 2001, um grupo de Maçons do Grande Oriente Lusitano, pertencentes às Lojas “Delta” e “25 de Abril”, foram Elevados em França, gradual e sucessivamente, nas diferentes Ordens de Sabedoria do Rito Francês ou Moderno, com o apoio do Grande Capítulo Geral do Grande Oriente de França e sob os auspícios do Grande Oriente Latino Americano, vindo a constituir o “Grande Capítulo Geral do Rito Francês de Portugal”, assim como vários Soberanos Capítulos.