Ritual Kaiapó

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Do oriente ao ocidente, encontramos as mesmas "histórias" reveladoras de objetos voadores desconhecidos, "divindades" descidas do céu, que tinham por missão fornecer novos conhecimentos, constituindo-se as bases para um desenvolvimento mais rápido. Em 1952, pela primeira vez se conseguia contato com os índios Caiapós, habitantes das regiões amazônicas do Brasil. João Américo Aeret, famoso indianista, obteve às margens do rio Fresco, no estado do Pará, a narração de um mito fantástico. Segundo narra a mitologia Caiapó, há gerações e gerações, vindo da serra proibida de "Pukatoti", apareceu na aldeia pela primeira vez, "Bep-Kororoti", trajando "Bô", que o cobria dos pés a cabeça. Trazia também "Kob" – a "barbuna trovejante". Os que ali o viram, correram para a selva apavorados, protegendo as mulheres e crianças, enquanto alguns mais corajosos davam combate ao invasor. Mas as armas Caiapós arremessadas mostravam-se fracas e o intruso, para demonstrar seu poder, de vez em quando apontava sua "barduna trovejante" em direção de uma árvore ou pedra, destruindo-as totalmente. Após este incidente os índios acostumaram-se `a presença do estranho, que passou já a usar um "macacão" mais justo e tinha o corpo parcialmente exposto. Sua beleza, brancura e simpatia foram aos poucos fascinando e atraindo a todos, e tornaram-se amigos. "Bep-Kororoti" foi um autêntico mestre, ensinando a construção de uma "Ng-Óbi", casa onde os homens se reuniam

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Do oriente ao ocidente, encontramos as mesmas "histrias"

Do oriente ao ocidente, encontramos as mesmas "histrias"reveladoras de objetos voadores desconhecidos, "divindades" descidasdo cu, que tinham por misso fornecer novos conhecimentos,constituindo-se as bases para um desenvolvimento mais rpido.

Em 1952, pela primeira vez se conseguia contato com os ndios Caiaps,habitantes das regies amaznicas do Brasil.Joo Amrico Aeret, famoso indianista, obteve s margens do rio Fresco, no estado do Par, a narrao de um mito fantstico. Segundo narra a mitologiaCaiap, h geraes e geraes, vindo da serra proibida de "Pukatoti", apareceu na aldeia pela primeira vez, "Bep-Kororoti", trajando "B", que o cobria dos ps a cabea. Trazia tambm "Kob" a "barbuna trovejante".

Os que ali o viram, correram para a selva apavorados, protegendo as mulheres e crianas, enquanto alguns mais corajosos davam combate ao invasor. Mas as armas Caiaps arremessadas mostravam-se fracas e o intruso, para demonstrar seu poder, de vez em quando apontava sua "barduna trovejante" em direo de uma rvore ou pedra, destruindo-as totalmente. Aps este incidente os ndios acostumaram-se `a presena do estranho, que passou j a usar um "macaco" mais justo e tinha o corpo parcialmente exposto. Sua beleza, brancura e simpatia foram aos poucos fascinando e atraindo a todos, e tornaram-se amigos."Bep-Kororoti" foi um autntico mestre, ensinando a construo deuma "Ng-bi", casa onde os homens se reuniam diariamente pararelatarem as faanhas do dia. Os mais jovens aprendiam como agir e secomportar nos momentos difceis. Tambm l eram desenvolvidos os trabalhos de aperfeioamento de caa, sempre orientado pelo forasteiro. Quando os jovens mais rebeldes deixavam de cumprir suas obrigaes, "Bep-Kororoti" vestia novamente "B", os correr para a escola. Quando a caa tornava-se difcil, o forasteiro, valendo de sua "barbuna trovejante" abatiaos animais.

Este mito conta ainda, que "Bep-Kororoti", aps um longoperodo de convivncia com os Caiaps, certo dia vestiu "B", seutraje resplandecente, subiu at o alto de uma "serra" e, de repente,num estrondo violento que teria abalado a regio, subiu para o cu,envolto em nuvens flamejantes, fumaa e troves, deixando calcinado olocal de sua partida.