Ritual Martinista das Disciplinas Teúrgicas

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Ritual das disciplinas teúrgicas

O templo está decorado de forma costumeira. Todavia, umas placas ou cartazes desenhadosse colocam sobre as paredes, ao redor da habitação. Sobre cada um deles se encontra uma letra doalfabeto hebraico. A primeira se encontra sobre a parede do Leste, a direita do Pantáculo Martinista

e a última a sua esquerda.1 – Purificação :

As velas e o incenso se acendem sobre o altar da forma costumeira.

O Filósofo Desconhecido se levanta e toma o incensório. Se dirige ao centro do templo e secoloca de frente ao Leste. Eleva-o dizendo:

“Pela interseção do Bem-Aventurado Arcanjo Miguel, o qual está a direita do Altardos perfumes, pela interseção de teus Eleitos, de todos teus Santos e de todos Teus Anjos,

digna-te Senhor abençoar e santificar este incenso e converter o perfume em doce odor desuavidade. Que esta composição aromática seja uma perpétua defesa contra todos os EspíritosMalignos, contra todos os encantamentos, feitiços e outras vexações diabólicas proferidas epromovidas pelo Mundo; que este incenso seja uma perpétua expulsão de todos os espíritos deprevaricação e que jamais nenhum malefício possa se produzir neste lugar.

Te peço, pelo contrário, que se expanda o doce odor desta mescla aromática, quevenham e se apresentem neste lugar todos os Anjos e Espíritos de luz, assim como todas asalmas de nossos Irmãos enfim regenerados.

Por IESHOUAH. Amém!”

O Filósofo Desconhecido se oriente ao Leste e incensa nas 4 direções. Depois se dirige parao Sul descrevendo um semi-círculo ao redor do lugar de trabalho. Ali incensa de novo nas 4direções. Depois faz o mesmo ao Oeste para concluir no Leste. Se encorpora em seguida ao centrodo lugar, permanece alguns instantes silenciosos e vai deixar o incensório no seu lugar.

Seguidamente toma a luz dos Mestres do Passado e se dirige ao centro do templo. Depois dealguns instantes de silêncio, eleva sua chama e diz:

“Os invoco, oh Mestres do Passado, a fim de que com vossa presença abençoai esteTemplo e que seja colocado sob vossa proteção.”

O Filósofo Desconhecido se dirige face ao Leste e traça com a ajuda da luz uma cruz dentrode um círculo. Isto significa que a chama desenha a forma descrita, como se ela se encontrassenuma superfície plana e vertical. Depois, estendendo a luz ao nível do centro da cruz, se dirige parao Sul e traça novamente o círculo com a cruz. Depois faz o mesmo no Oeste e no Norte, até concluirnovamente no Leste.

Em seguida deixa a luminária em seu lugar.

Depois se senta em seu lugar.

2 – As Forças Espirituais:

A) Oração:

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Filósofo Desconhecido: “Oh Pai Celeste, Criador clementíssimo e misericordioso, purifica-nos!Digna-te espargir sobre nós tua santa benção. Estende teu braço poderoso sobre nos a fim deque por tuas ordens possamos participar em teu divino trabalho, estar dotados de todasabedoria e adorar e glorificar teu Santo Nome. Eu te invoco e te suplico desde o maisprofundo de meu coração. Que estas forças que invocamos por teu poder venham areconfortar-nos e purificar-nos. Que estas forças se manifestem, vivificando nossa obra e

aportando a paz, o equilíbrio e o amor que pedimos em teu Santo Nome. Que se manifestemsem causar espanto ou terror a ninguém, sem ferir-nos, nem causar dano a ninguém.”

B) Circumbulação:

Os oficiais dão 3 circumbulações ao redor do templo partindo do Oriente.

3 – A Força de Deus:

Todos invocam ao espírito divino declamando em voz alta o Veni Creator:

“Venha, espírito criador, descende nas almas daqueles que estão com vós e enchei degraça divina os corações que haveis criado. Espírito consolador, o dom mais alto de deus,fonte de vida, caridade e unção divina. Virtude da direita de Deus que expandis em nós vossos7 dons, segundo a promessa do Pai, coloca sua palavra em nossos lábios, iluminá-nos comvossa luz, enchei com vosso amor nossos corações e fortificai em todo instante nossa carneíntima e desfalecida. Afastai de nós ao inimigo e dá-nos a paz. Guiados por vós, evitaremostodo o que nos possa ferir. Ensina-nos a conhecer o Pai. Ensina-nos a conhecer o Filho. Sedesempre o objeto de nosso amor e de nossa fé.”

Texto em latim: “Veni creato spiritus, mentes tuorum visita, imple superna gratia quae tucreavit pectora. Qui diceris paraclitus, altissimi donum dei, fous vivus, ignis, charitas, et spiritalisonctio. Tu septformis mumere digitus paternae dexterae. Tu rite promissum Patris, Sermone ditansguttura. Accende lumen perpeti. Hostem repellas longius, pacemque dones protinus; Ductore sictepraevio vitemus omne noxium. Per te scianus da Patrem noscamus at que Fillium, Te utrius queSpiritus Credamus omni tempore.

4 – Prólogo:

A) Gênesis:

O Filósofo Desconhecido lê o texto de Gênesis, seja em português ou em hebraico. Depois

da pronunciação das fórmulas 1º dia, 2º dia, etc, se produz uma bateria de golpes.No princípio criou Deus os céus e a terra.

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus semovia sobre a face das águas.

E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.

E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

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E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águasque estavam sobre a expansão; e assim foi.

E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.

E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assimfoi.

E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que erabom.

E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundoa sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.

E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cujasemente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.

E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; esejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.

E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.

E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor paragovernar a noite; e fez as estrelas.

E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,

E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que erabom.

E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre aface da expansão dos céus.

E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantementeproduziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus queera bom.

E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves semultipliquem na terra.

E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.

E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terraconforme a sua espécie; e assim foi.

E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptilda terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre ospeixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptilque se move sobre a terra.

E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

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E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; edominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre aterra.

E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda aterra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.

E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há almavivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.

E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a suaobra, que tinha feito.

E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deuscriara e fizera.

B) Invocação dos poderes arquetípicos:

O Filósofo Desconhecido dirige seu olhar a cada letra hebraica que enfeita os muros dotemplo. O Mestre Iniciado o acompanha levando na mão o incensório. Todos se concentram sobre opoder correspondente a cada letra que vai a ser invocada. Depois o Mestre Iniciado eleva oincensório para a letra e o Filósofo Desconhecido vibra a invocação da letra em voz alta. Todos seunem silenciosamente nesta invocação.

6 – Invocação da Egrégora da Loja:

Esta invocação ritual a elaborará cada loja em particular, sob sua denominação e os

auspícios escolhidos em sua fundação.

7 – Abjurações preliminares:

O Experto: Os acessos a Câmara estão vazios, todo está silencioso, o Guardião está em seulugar e todos os Martinistas apresentam a palavra de passe.

O Irmão Desconhecido: Dá-me a palavra de passe (se executa esta ordem).

O Irmão Desconhecido: (Um golpe) (Os oficiais tomam seus lugares). Sapientíssimo,estamos convenientemente protegidos.

O Filósofo Desconhecido: Irmão Desconhecido, Sois martinista?

O Irmão Desconhecido: Sou um filósofo da Unidade, Sapientíssimo.

O Filósofo Desconhecido: Em que momento começam seus Trabalhos os Martinistas?

O Irmão Desconhecido: O trabalho de um Martinista não se interrompe jamais,Sapientíssimo.

O Filósofo Desconhecido: Por que?

O Irmão Desconhecido: Porque o objetivo que se propõe requer o uso constante de suas

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faculdade intelectuais, exceto naqueles momentos de repouso corporal que exige a debilidade danatureza física.

O Filósofo Desconhecido: E quando tem lugar esses momentos de repouso corporal quenossas tradições concedem ao Martinista?

O Irmão Desconhecido: Desde que o sol, manifestação visível do Centro Invisível de todavida e luz, esparge sobre cada criatura sua vivificante influência.

O Filósofo Desconhecido: Quando é que o Martinista está mais dedicado ao trabalho?

O Irmão Desconhecido: Durante as horas das trevas físicas, no profundo silêncio dameditação, quando a iluminação, penetrando no Centro mesmo da Natureza, descobre a fonte detoda natureza e de toda verdade e se une em espírito com os agentes virtuosos do Pleroma.

O Filósofo Desconhecido: Que horas são?

(se dão 12 golpes lentos num gongo)

O Irmão Desconhecido: É meia-noite para os profanos, porém o sol intelectual se elevasobre esta assembléia.

(Aqui a luz central está acendida)

1. Leitura da Carta do Supremo Conselho.2. Em pé e a Ordem, meus irmãos (Todos os assistentes se levantam)

O Filósofo Desconhecido: Podeis vós, Oh Mestre Associdado, unir a Loja que constituímosaos poderes visíveis e invisíveis que dirigem nossa Venerável Ordem?

O Mestre Associado: Sim, M.'.P.'.M.'., podemos pela invocação dos Mestres Secretos denossa cadeia astral, se os corações dos Irmãos aqui presentes estão impregnados de um desejo puro.

O Filósofo Desconhecido: Mestre Associdado, chamai as influências do VenerávelFundador de nossa Ordem.

O Mestre Associdado: Oh, Martinez de Pasqually, tu que tens fundado nossa Ordem com oapoio dos Princípios vivos do invisível, protege esta Loja aberta a Glória do G.'. A.'. do Universo. E

dá-nos o sustento das forças secretas da Ordem no Plano Astral.O Filósofo Desconhecido: Além do fundador da Ordem, quem são nossos apoios do

invisível, P.'.M.'. Iniciado?

O Mestre Iniciado: Todos aqueles que trabalharam pela Glória de nossa Ordem no mundovisível e, sobre tudo, os M.'.P.'.M.'. Louis-Claude de Saint-Martin, Jean-Baptiste Willermoz e todosseus discípulos da Ordem invisível.

O Filósofo Desconhecido: P.'.M.'. Iniciado, chamai a estes veneráveis Mestres.

O Mestre Iniciado: Oh, Mestres invisíveis de nossa Ordem, oh, vós que, seguindo a Louis-Claude de Saint-Martin e a J.B. Willermoz haveis conhecido a Luz secreta e haveis participado emsuas atividades, vós que sempre haveis sido os Cavaleiros fiéis de Ieoshuah, o Reparador, venham a

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impregnar com vossa influência a obra que começamos hoje em dia com o coração puro e comardentes desejos de aperfeiçoamento físico, moral e espiritual.

O Filósofo Desconhecido: (Da três golpes; os Irmãos se levantam).Irmãos meus, unidos em corpo, sejamos unidos em vida e em espírito; invoquemos as influênciasdo invisível, para que a luz visível deslumbre nossos olhos.

O Filósofo Desconhecido: Venha a nós,oh Noudo-Raabts!

O Irmão Desconhecido: Venha, oh Ieoshuah Omeros!

O Irmão Iniciado: Em nome de Iod-He-Shin-Vau-He.

O Irmão Associado: Por I.N.R.I., Amém!

(Silêncio)

O Filósofo Desconhecido: da três golpes lentos.

O Irmão Desconhecido: da três golpes lentos.

O Irmão Iniciado: da um golpe.

O Filósofo Desconhecido: Em nome do Conselho Supremo da Ordem Martinista, Nós,Delegados especiais para tal efeito, declaramos a Poderosa Loja Nº …....... aberta pela Glória deIeshouah G.'.A.'. do U.'. e sob os auspícios do Filósofo Desconhecido, N.'.V.'.M.'. Sentai, meusirmãos e irmãs.

8 – Leitura e comentário:

Leitura e comentário pelo Filósofo Desconhecido, o por um dos oficiais designados por ele,de um texto hermético em relação com a via teúrgica e mágica.

9 – Trabalho do Dia:

Exposto por um Irmão ou Irmã sobre um tema particular em relação a teurgia ou magia.

10 – Ensinamentos e práticas operativas:

As bases das diferentes técnicas das tradições ocidentais serão tratadas, ensinadas epraticadas. Esta prática pontual encontrará sua continuação no trabalho individual depois dasreuniões.

11 – O Retiro (Encerramento dos Trabalhos):

a) A egrégora da Loja está ritualmente em descanço.

O Filósofo Desconhecido: “Os agradecemos, Mestres do Passado, por haver estadopresentes em nossos trabalhos. Recebei a benção do Eterno Iaveh e de seu Filho, nosso Mestre eSenhor Ieshouah.”

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b) Os oficiais realizam três circumbulações ao redor do templo, a partir do Oriente, no sentido anti-horário.

O Filósofo Desconhecido retorna ao centro e declara:

“Pax in Lux!”

12 – Pax in Lux:

Os oficiais e todos os Irmãos e Irmãs formam a cadeia no centro do templo e recitam oPATER em Hebraico ou Grego.

Pater Noster (Pronunciação do texto hebraico)

“Avinou chébachamaïm, itquadach chméra, tavo malroutéra iéasséh rétsonéira kmo

bachamaïm ken baaretz. Et lereum rouquénou ten lanou aiom. Ouslar lanou eut rovoténou, quaachèrsalarnou gam anarnou léraiavénou. Veal tviénou lidé nissaïon ki im raltsénou min ara, ki léra

hamamlérah veagvourah vehatiphéreth leolmé olamim; amen.”

- Se apagam as velas.

- Os Irmãos e Irmãs abandonam o templo conduzidos pelo Irmão Portero.

- Os oficiais permanecem alguns instantes em silêncio e depois abandonam um a um o

templo.

Sâr ADAD