RMA Ed02 Setembro 2006

32

Transcript of RMA Ed02 Setembro 2006

Page 1: RMA Ed02 Setembro 2006

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:121

Page 2: RMA Ed02 Setembro 2006

2 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Gestão Ambiental

Por Vilmar SidneiDemamam Berna*

A

A administração comconsciência ecológica

"Nós não herdamos aterra de nossos pais,mas a pegamos deempréstimo de nossosfilhos." - Henry Brown

(*) Vilmar é escritor e jornalista,editor do Jornal do Meio Ambi-ente e Prêmio Global 500 daONU Para o Meio Ambiente -v i l m a r b e r n a @ j o r n a l d omeioambiente.com.br

Expediente - www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-Expediente.aspOrganização da Sociedade Civil - OSC, sem

fins lucrativos, CNPJ: 05.291.019/0001-58Inscrição estadual e municipal: isentas - sedeà Trav. Gonçalo Ferreira, 777 - Casarão daPonta da Ilha, Bairro Jurujuba, Niterói, RJ -Brasil - Telefax: (21) 2610-2272 / Presidentedo conselho diretor: Sérgio Ricardo FerreiraHarduim, biólogo e Educador Ambiental eSuperintendente executivo: Vilmar SidneiDemamam Berna - site www.rebia.org.br

MISSÃO DA REBIA: socializar informa-ções, experiências e ações ligadas à questãoambiental promovendo sua qualificação efortalecimento no Brasil.

Fundador da REBIA e Editor Geral: Es-critor e jornalista Vilmar Sidnei DemamamBerna (Reg. Prof. 14.562 L65 Fl 62v MT-RJ),ganhador do Prêmio Global 500 da ONU Parao Meio Ambiente - [email protected] Telfax:(021) 2610-2272

VEÍCULOS DA REBIA: impresso de circu-lação nacional: REVISTA DO MEIO AMBIEN-TE; impressos regionals: JORNAL DA REBIASUDESTE, JORNAL DA REBIA SUL, JOR-

milho [email protected]• REBIA SUL - rebiasul-subscribe

@yahoogrupos.com.br Moderador:[email protected]@maternatura.org.br

GRUPOS DE PROJETOS DA REBIA - VO-LUNTÁRIOS AMBIENTAIS - redenacionaldevo-luntariosambientais-subscribe@yahoogrupos.com.br - Moderadora: Lucília [email protected] ; CLUBE DE AMIGOSDO PLANETA - [email protected] - Moderador:Maurício Aquino [email protected]

Conselho Gestor da REBIA e membros doConselho Editorial dos Veículos - AMYRA ELKHALILI ([email protected] ); ANDRÉ TRI-GUEIRO, ARISTIDES ARTHUR SOFFIATI, CAR-LOS ALBERTO ARIKAWA, DAVID MAN WAIZEE, FLÁVIO LEMOS DE SOUZA, LUIZ FER-NANDO FELIPPE GUIDA - presidente do Conse-lho Deliberativo da REBIA([email protected]), RICARDO HARDUIM -Presidente da Diretoria Executiva da REBIA([email protected] ), ROGÉRIO RUSCHELL.

NAL DA REBIA CENTRO-OESTE, JORNAL DAREBIA NORDESTE e JORNAL DA REBIANORTE. VEÍCULOS na Internet: PORTAL DOMEIO AMBIENTE e NOTÍCIAS DO MEIO AMBI-ENTE. Veículo impresso associado: JORNALDO MEIO AMBIENTE.

FÓRUNS LIVRES DE DEBATES AMBIEN-TAIS DA REBIA

• REBIA NACIONAL - [email protected] - Moderador: FernandoGuida - ([email protected])

• REBIA CENTRO-OESTE - [email protected] - Moderador:Eric Fischer - [email protected]

• REBIA NORDESTE - [email protected] - Moderadora:Liliana Peixinho - [email protected]

• REBIA NORTE - [email protected] ; Moderador: EvandroFereira ([email protected] )

• REBIA SUDESTE - [email protected] - Moderadores:Tatiana Donato Trevisan ([email protected] ), Alex Sandro dos [email protected] e Juliano Rara-

O livro ADMINISTRAR COMCONSCIÊNCIA ECOLÓGICAestá à vendas nas livrarias dasPaulinas em todo o Brasil, oupodem ser encomendados pelotelefone grátis 0800 7010081 oupelo site http://www.paulinas.org.br/livirtual/plMostraProdutos.aspx?idProduto=7311

A UNIVERSIDADE FEDERALFLUMINENSE tambémdisponibiliza o conteúdo destelivro através de Curso àDistância, com direito àCertificado. Veja mais informa-ções emhttp://www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-cursouff.asp

questão ambiental éuma realidade quechegou definitiva-mente às empresas

modernas. Deixou de ser umassunto de ambientalistas ‘eco-chatos’ ou de românticos, parase converter em SGA (Sistemade Gestão Ambiental), PGA(Programa de Gestão Ambien-tal), ISO 14.001 e outras siglasherméticas. E não se trata deum tardio despertar de cons-ciência ecológica dos empre-sários e gerentes, mas uma es-tratégia de negócio, por quepode significar vantagens com-petitivas ao promover a melho-r ia contínua dos resultadosambientais da Empresa; mini-mizar os impactos ambientaisde suas atividades; tornar to-das as operações tão ecologi-camente corretas quanto pos-sível. Com isso, a empresa eco-lógica estará se antecipando àsauditor ias ambientais públicasalém de promover a reduçãode custos e r iscos com a me-lhoria de processos e a racio-nalização de consumo de ma-térias-pr imas; diminuição doconsumo de energia e água eredução de riscos de multas e

responsabilização por danosambientais.

O problema é que, segun-do pesquisa da Symnetics, comempresas de faturamento en-tre R$ 200 milhões e R$ 500milhões, planos estratégicos daempresa, como a Política Am-biental, acaba ficando mais nacabeça da alta administração,que não consegue passar o re-cado para os seus subordina-dos. E até mesmo na alta ad-ministração das companhias, háquem não saiba traduzir a men-sagem do Presidente. A pesqui-sa apontou que 5% da alta ad-ministração não sabe qual avisão de futuro da empresa.Descendo na estrutura hierár-quica, a miopia se acentua. Oestudo indica que 14% da mé-dia gerência sequer entende oplanejamento da empresa e48% tem uma compreensãomediana. No nível operacional,a situação é ainda pior. A pes-quisa constatou que 38% dosoperár ios não têm idéia dequais sejam as metas futuras daorganização e 43% têm umavaga idéia do que se trata.

A solução é investir em pro-gramas de conscientização esensibilização dos funcionári-os para as políticas da empre-sa, especialmente a ambiental,já que consciência ambientalnão se dá por portaria ou decima para baixo, mas de den-tro para fora. Neste sentido,

não basta implantar uma boaPolítica Ambiental ou obter aISO 14.001. É preciso, antes,estimular e sensibilizar os fun-cionários, prestadores de ser-viços e fornecedores a deseja-rem ‘ecologizar’ o trabalho, nãopor que a direção da empresaquer ou determinou, mas porque a adoção de pr incípiosambientais pode ser uma opor-tunidade para que os trabalha-dores possam dar uma contri-buição concreta, em seu pró-prio ambiente de trabalho, paraa melhoria das condições doPlaneta. Mais que uma exigên-cia da Direção, portanto, é umaoportunidade da qual os tra-balhadores poderão se orgulharjunto a sua família e à comu-nidade, ao se revelarem os re-sultados positivos do trabalhoambiental desenvolvido na em-presa. Neste sentido, vale a penatodo o esforço da Empresa parasensibilizar e mobilizar seus fun-cionários, tais como palestrascom ambientalistas, distribuiçãogratuita de assinaturas de jor-nais especializados em meioambiente, encontros com escri-tores para autógrafos a livroscom tema ambiental, distribui-ção de boletins por intranet oufotocópia com informaçõessobre a Política de Gestão Am-biental, entre outras iniciativas.Uma delas pode ser a distr i-buição dos Dez MandamentosAmbientais (veja na página 10).

Importante - Os veículos da OSC REBIA eassociado aceitam apoios, parcerias, patrocí-nios, colaborações de Empresas, OSCs,Governos, mas não aceitam condicionamen-tos ou interferência na linha editorial ou napauta. Os veículos da OSC REBIA e associa-do aceitam publicidade na forma de matériasjornalísticas, mas irá sinalizá-las ao leitorcom borda especial, corpo diferenciado dorestante do Jornal e selo de "Matéria Especi-al". Os veículos da OSC REBIA e associadogarantem espaço, com o máximo de isençãopossível, a ambientalistas, empresas, gover-nos e a todos que necessitem democratizarinformação ambiental, sem distinção ideológi-ca, cabendo ao leitor fazer o seu julgamento,assegurando-lhe também espaço para aOpinião do Leitor. As idéias veiculadas nosveículos da OSC REBIA e associado e noPORTAL não refletem necessariamente asopiniões do Editor ou de seu Conselho Editori-al. Os veículos da OSC REBIA e associadonão se responsabilizam por opiniões e infor-mações quando emitidos em artigos e colunasassinados e qualquer pessoa ou instituiçãoque se sentir prejudicada, tem o direito, de-mocrático, e legal, do contraditório.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:122

Page 3: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 3

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:123

Page 4: RMA Ed02 Setembro 2006

4 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:124

Page 5: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 5

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:125

Page 6: RMA Ed02 Setembro 2006

6 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Denúncia

Biopirataria levaUS$ 2,4 bilhões do país

O

Fonte: Kaxiana - Agênciade Notícias da Amazônia(www.kaxi.com.br )

que todo o paísjá sabia foi con-firmado em nú-

meros pelo Tribunal deContas da União (TCU)em auditoria que reali-zou sobre os problemasligados à biodiversidade

no Brasil. Pela audito-ria do TCU, a economiabrasileira sofre anual-mente uma sangria quepode ultrapassar a cadados US$ 2,4 bilhões emdecorrência da biopira-tar ia de matér ias-pr i-

mas extraídas de todo oterritório nacional, par-ticularmente da Amazô-nia.

Segundo divulgou aAgência Estado, a audi-tor ia do Tr ibunal deContas constatou que ascausas da biopirataria sedeve principalmente aofato das fronteiras bra-sileiras se encontraremescancaradas, sem con-trole da saída da biodi-versidade, que pode ge-rar produtos patentea-dos no exterior.

O TCU tambémapontou como causas afragilidade na fiscaliza-ção de portos e aero-portos, bem como nos16,8 mil quilômetros defronteira com os paísesvizinhos. No relatóriode sua auditoria, o tri-bunal fala da ação sutildos biopiratas, pois ostraficantes chegam a le-var material genético naprópria roupa. “É di-fícil evitar o problemaapenas por meio de fis-calização”, diz o textoda auditoria.

O t r ibuna l advogaque uma das soluçõespara enfrentar o proble-ma da biopirataria seria

o incentivo ao estudo edesenvo lv imento deprodutos der ivados dabiodiversidade dentrodo Brasil. Mas isso setorna difícil porque oacesso dos pesquisado-res aos recursos natu-rais é dificultado pelalegislação.

O mercado mundialde medicamentos, porexemplo, movimentapor ano US$ 300 bilhõese cerca de 40% dos re-médios derivam da bi-odiversidade, com umquinto deles sendo ex-traído do Brasil, ondeestão mais de 20% dasespécies que dão or i-gem às fórmulas medi-cinais.

Em seu relatór io, oTribunal de Contas daUnião propõe um con-junto de recomenda-ções ao governo federal,que tem, pela legislação,o prazo de dois mesespara adotar providênci-as em relação aos pro-blemas da biopirataria. O próximo passo, se-gundo lembrou o TCU,será a aplicação de san-ções aos gestores públi-cos acusados de incúriaou omissão.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:136

Page 7: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 7

Responsabilidade Social

Programa Escola Verde vaiatender 10 mil estudantesda rede municipal por ano

Com o objetivo de con-tribuir para a consci-entização socioambi-ental, o Grupo Bayer

lançou no dia 30 de agosto o pro-jeto Escola Verde. A iniciativa pre-vê visitas de estudantes e profes-sores da rede municipal a uma áreaverde de mais de 170.000 m² aolado do Complexo Industrial daBayer, em Belford Roxo (RJ). Oprojeto é uma parceria do GrupoBayer com a Ong Reciclaverde,Helio Alonso Turismo, as Faculda-des Integradas Helio Alonso (FA-CHA) e a Prefeitura de BelfordRoxo, através da Secretaria Muni-cipal de Educação.

O projeto Escola Verde foi ide-alizado pela Bayer em conjuntocom a Ong Reciclaverde e a He-lio Alonso Turismo para promovera educação ambiental no municí-pio. Segundo o diretor industrialdo Complexo Industrial, FlavioAbreu, o patrocínio da Bayer aju-dou a consolidar a iniciativa, ofe-recendo também o espaço para asatividades extra sala de aula. “Nossaproposta é ampliar a atuação daEmpresa nessa área, proporcionan-do também maior interação coma comunidade local”, disse.

A proposta é atender mais 5 milcrianças e adolescentes ainda em2006 e 10 mil/ano a partir de 2007.Uma trilha ecológica de 1.400m,ao lado do Complexo Industrial,foi especialmente preparada parao projeto Escola Verde. Durante otrajeto, os estudantes participam deplantio de mudas e recebem ori-entações sobre o Meio Ambien-te.

Segundo o biólogo Paulo Sér-gio Chagas, da Ong Reciclaverde,a importância da produção, desti-nação e reciclagem do lixo domés-tico também é muito enfatizadano projeto. “Os estudantes apren-

dem a separar o lixo e a reaprovei-tar os resíduos recicláveis, transfor-mando-os em artesanato, porexemplo”, contou. “Também mos-tramos a possibilidade de geraçãode renda com essa atividade”, dis-se.

Para o coordenador pedagó-gico da Helio Alonso Turismo,Helio Barbosa, a idéia é que osestudantes voltem para as suas ati-vidades conscientes do papel decada um para a preservação am-biental. “Dessa forma vamos in-centivar que eles levem esse co-nhecimento para suas casas, esco-las e a comunidade em geral”,declarou.

“A Secretaria Municipal deEducação busca um ensino dequalidade e tem estabelecido im-portantes parcerias para atingireste objetivo, em especial com aBayer”, afirmou a secretária deEducação de Belford Roxo, Mai-ses Rangel Sueth. “A Escola Ver-de contribui para que os alunosde nossa rede sintam-se integran-tes e agentes transformadores doMeio Ambiente”.

O projeto Escola Verde é rea-lizado duas vezes por semana, àsterças e quintas, das 8h às 12h edas 13h às 17h. Os estudantes vi-sitam a trilha ecológica e depoisno Bayer Esporte Clube assistem

filmes sobre o reaproveitamentodo lixo doméstico e têm aulassobre Meio Ambiente, Saúde,Ecologia e Cidadania. Tambémvão conhecer uma exposição deartesanato feito a partir de mate-riais reciclados e participar deuma divertida gincana ecológica.No encerramento, eles recebemcomo brinde um jogo de tabu-leiro com mais de 200 perguntassobre Meio Ambiente, Ciênciase Biologia. O projeto inclui ain-da o traslado da escola para oComplexo Industrial, providenci-ado pela Secretaria de Educação,e lanche para todos os participan-tes.

Da Redação da Revistado Meio Ambiente

A Escola Verde ajuda a plantar a consciência sócioambiental nos estudantes de escolas municipais deBelford Roxo (RJ).

Créditos: VB

Fundado em 1863, na Alema-nha, o Grupo Bayer consolidou-se como uma das mais impor-tantes e respeitadas indústriasinternacionais, oferecendo aomercado uma ampla gama deprodutos e serviços que abran-ge os campos da Saúde, Agro-negócios e Polímeros. Possui ati-vidades nos cinco continentes,com mais de 350 empresas erepresentações, e aproximada-

mente 93 mil colaboradores.No Brasil, sua história está

completando 110 anos em2006. São mais de 2.400 pro-fissionais trabalhando entre asdivisões: Bayer HealthCare (Cui-dados com a Saúde), BayerCropScience (Agronegócios) eBayer MaterialScience (MateriaisInovadores).

Inaugurado em 1958, o Com-plexo Industrial de Belford Roxo

ocupa uma área de cerca de 2milhões de m² e oferece diferen-ciais significativos, que incluemum moderno fornecimento deenergia elétrica, gás natural,água potável e de processo; oxi-gênio; nitrogênio; gases especi-ais; vapor e ar comprimido, to-dos com elevado nível técnico epadrões internacionais de segu-rança. Anualmente, o ComplexoIndustrial da Bayer produz cer-

ca de 110 mil toneladas en-tre produtos fitosanitáriospara proteção das plantas ematérias-primas básicas parapoliuretanos (isocianatos epolióis).

Mais informaçõesMais informaçõesMais informaçõesMais informaçõesMais informações: Eckart-Mi-chael Pohl (11) 5694-5030 eMario André Bezerra (21) 2189-0556 / (21) 2189-0201

Grupo BayerGrupo BayerGrupo BayerGrupo BayerGrupo Bayer

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:137

Page 8: RMA Ed02 Setembro 2006

8 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Comportamento

Reciclagem não garanteconsciência ambiental

A

Por Market AnalysisBrasil -www.marketanalysis.com.br

coleta seletiva estámuito próxima dese tornar uma re-al idade efet iva

para muito dos brasileirosmoradores de grandes capi-tais como Belo Horizonte,Curitiba, Florianópolis, Sal-vador e São Paulo, mas, noentanto a consciência ambi-ental da população não temcrescido na mesma intensi-dade. Pesquisa realizada pelaMarket Analys i s Bras i laponta que 78% das pesso-as entrevistadas nessas capi-tais disseram ter acesso aoserviço de coleta seletivaem seu bairro, e 72% delasafirmam que participar deprogramas de coleta seleti-va faz com que se sintammenos culpadas pelo im-pacto que o seu próprio lixocausa ao meio ambiente. En-tretanto a falta de esclareci-mentos sobre o tema se tor-na nítida quando somente23% das pessoas afirmam terconhecimento do destinodado ao lixo após a coleta.Quanto à decomposição dolixo, apenas 27% têm co-nhecimento sobre os tiposde lixo que podem se de-compor naturalmente.

Alternativas para lidar

com a poluiçãoQuando o assunto é po-

luição ambiental as opini-ões dos entrevistados estãobas tante d iv id idas : 43%acreditam que a soluçãodos problemas está fora doalcance da ação individu-al, geralmente colocandofé em que novas tecnolo-gias irão resolver a maio-r ia dos desafios ambien-tais.

Esses dados revelam umsentimento de impotênciae uma característica passi-va dos brasileiros, que ain-da possuem uma crençamuito forte na ciência.

E qual é o papel espe-rado das empresas na de-fesa ambiental?

Questionados sobre aatuação das empresas quan-to aos esforços em prol deum meio ambiente maissaudável, 44% dos entrevis-tados reprovam a condutaadotada por elas, e além dis-so esperam que o valorpago nos produtos deva co-br ir os danos causados aomeio ambiente, o que nãoquer dizer que estão dispos-tos a pagar mais por isso.

Hoje, sete em cada dez

consumidores acreditamque o preço pago pelos pro-dutos adquiridos já deveriacobrir os custos dos danosque essas mercadorias cau-sam ao meio ambiente e anatureza. Quando sondadossobre a disposição a pagarum percentual adicionalpara garantir um destinoambiental responsável aosprodutos, mais da metadenão toleraria sequer 5% deaumento no preço final.

O brasileiro assume umdiscurso crítico quando oassunto é poluição e impac-to ambiental, mas apesardisso não assume para si aresponsabilidade pela mu-dança. A esperança de solu-ção para os problemas am-bientais recai - ainda - so-bre os avanços da ciência.

A prática de reciclagemdo lixo é vista como um“desencargo de consciên-cia”, o compromisso estáapenas em separar o que éreciclável do que não é.Depois da coleta o entrevis-tado não toma conhecimen-to do tratamento e do des-tino que é dado aos mate-riais. Um percentual muitobaixo de pessoas que reci-clam o lixo sabem exata-mente o tipo de lixo quepode se decompor natural-

Gráfico 1 – Consciência ambiental.Fonte: Market Analysis Brasil.

Gráfico 2 – Solução para os problemas da poluição. Fonte:Market Analysis Brasil.

Gráfico 3 – Disposição em pagar mais caro por produtosambientalmente responsáveis. Fonte: Market Analysis Brasil.

mente no seu próprio tem-po.

Ficha técnica: Pesquisapor amostragem com 500adultos (18+ anos) entrevis-tados em 5 capitais brasilei-ras: Belo Horizonte, Curi-tiba, Florianópolis, Salvador

e São Paulo. Julho de 2005.Margem de erro= ±4,38%.Market Analysis Brasil.

Enviado por Scritta -

Serviço de Imprensatel.:11/5561-6650 / e-mail.:yolanda@scr itta.com.br /www.scritta.com.br

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:138

Page 9: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 9

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:139

Page 10: RMA Ed02 Setembro 2006

10 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Gestão Ambiental

Dez MandamentosAmbientais

Por Vilmar SidneiDemamam Berna*

1 - Estabeleça princípiosambientalistas

Estabeleça compromissos, pa-drões ambientais que incluammetas possíveis de serem alcança-das.

2 - Faça uma investigaçãode recursos e processos

Verifique os recursos utilizadose o resíduo gerado. Confira se hádesperdício de matéria-prima e atémesmo de esforço humano. A metaserá encontrar meios para reduziro uso de recursos e o desperdício.

3 - Estabeleça uma políti-ca ecológica de compras

Priorize a compra de produtosambientalmente corretos. Existemcertos produtos que não se de-gradam na natureza. Procure cer-tificar-se, ao comprar estes produ-tos, de que são biodegradáveis.Procure por produtos que sejammais duráveis, de melhor quali-dade, recicláveis ou quepossam ser reutilizáveis.Evite produtos descar-táveis não recicladoscomo canetas, utensí-lios para consumo dealimentos, copos depapel, etc.

4 - Incenti-ve seus cole-gas

Fale com todos asua volta sobre aimportância de agi-rem de forma ambien-talmente correta. Sugirae participe de programasde incentivo como a

Nossa espécie tem usadomais a capacidade demodificar o meio ambientepara piorar as coisas quepara melhorar. Agoraprecisamos fazer ocontrário, para nossaprópria sobrevivência.Reveja seu dia-a-dia etome as atitudesecológicas que julgar maiscorretas e adequadas. Nãoespere que alguém venhafazer isso por você. Façavocê mesmo.

nomeação periódica de um ‘cam-peão ambiental’ para aqueles quese destacam na busca de formasalternativas de combate ao desper-dício e práticas poluentes.

5 - Não DesperdiceAjude a implantar e participe

da coleta seletiva de lixo. Você es-tará contribuindo para poupar osrecursos naturais, aumentar a vidaútil dos depósitos de lixo, dimi-nuir a poluição. Investigue desper-dício com energia e água. Locali-ze e repare os vazamentos de tor-neiras. Desligue lâmpadas e equipa-mentos quando não estiver utilizan-do. Mantenha os filtros do sistemade ar-condicionado e ventilaçãosempre limpos para evitar desperdí-cio de energia elétrica. Use os doislados do papel, prefira o e-mail aoinvés de imprimir cópias e guardeseus documentos em disquetes,substituindo o uso do papel ao má-ximo. Promova o uso de transportealternativo ou solidário, como pla-nejar um rodízio de automóveis paraque as pessoas viajem juntas ou paraque usem bicicletas, transporte pú-blico ou mesmo caminhem para otrabalho. Considere o trabalho à dis-tância, quando apropriado, permi-tindo que funcionários trabalhemem suas casas pelo menos um dia nasemana utilizando correio eletrôni-co, linhas extras de telefone e outrastecnologias de baixo custo parapermitir que os funcionários secomuniquem de suas residênciascom o trabalho.

6 - Evite Poluir Seu MeioAmbiente

Faça uma avali-ação criteriosa eidentifique aspossibilidadesde diminuir o

uso de produtos tóxicos. Conver-se com fornecedores sobre alter-nativas para a substituição de sol-ventes, tintas e outros produtostóxicos. Faça um plano de descar-te, incluindo até o que não apa-renta ser prejudicial como pilhase baterias, cartuchos de tintas deimpressoras, etc. Faça a regulagemdo motor dos veículos regular-mente e mantenha a pressão dospneus nos níveis recomendáveis.Assegure-se que o óleo dos veí-culos está sendo descartado damaneira correta pelos mecânicos.

7 – Evite riscosVerifique cuidadosamente to-

das as possibilidades de riscos deacidentes ambientais e tome a ini-ciativa ou participe do esforço paraminimizar seus efeitos. Não espe-re acontecer um problema para sóaí se preparar para resolver. Partici-pe de treinamentos e da prepara-ção para emergências.

8 - Anote seus resultadosRegistre cuidadosamente suas

metas ambientais e os resultadosalcançados. Isso ajuda não só quevocê se mantenha estimuladocomo permite avaliar as vantagensdas medidas ambientais adotadas.

9 – Comunique-seNo caso de problemas que

possam prejudicar seu vizinho ououtras pessoas, tome a iniciativa deinformar em tempo hábil para quepossam minimizar prejuízos. Bus-que manter uma atitude de diálo-go com o outro.

10 - Arranje tempopara o tra-balho vo-luntário

Não adi-

anta você ficar só estudando econhecendo mais sobre a nature-za. É preciso combinar estudo ereflexão com ação. Considere apossibilidade de dedicar uma par-te do seu tempo, habilidade e ta-lento para o trabalho voluntárioambiental a fim de fazer a dife-rença dando uma contribuiçãoconcreta e efetiva para a melhoriada vida do planeta. Você pode, porexemplo, cuidar de uma árvore,organizar e participar de mutirõesecológicos de limpeza e recupe-ração de ecossistemas e áreas depreservação degradados, resgatar erecuperar animais atingidos poracidentes ecológicos ou mesmoabandonados na rua, redigir umprojeto que permita obter recur-sos para a manutenção de um par-que ou mesmo para viabilizar umasolução para problema ambiental,fazer palestras em escolas, etc.

* Vilmar é escritor e jornalista,homenageado pela ONU com oPrêmio Global 500 Para o MeioAmbiente, edita a Revista, o Por-tal e o Jornal do Meio Ambiente.É fundador e superintendenteexecutivo da REBIA – RedeBrasileira de Informação Ambi-ental.

Comentários dos Leitores

“Tenho certeza que os empresáriosdeste pais, em todas as áreas, têm con-dições de mudar os rumos da nossaqualidade de vida. O incentivo as em-presas em economizar, em não provo-car desperdícios é, sem dúvida, a saídajá que se trata de dinheiro que serãoeconomizados. Já pensou se os 10MANDAMENTOS fossem adota-

do pela classe empresarial! Esta-ríamos no paraíso.” - José

Arudi Azevedo dos San-tos [email protected]

“Fiquei muito con-tente no mestradoquando a professora

encerrou a aula sobreo meio ambiente com “osdez mandamentos ambi-entais. Gostaria de com-partilhar contigo esta no-

ticia. Parabéns!” - TaniaSuckow ([email protected])

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1310

Page 11: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 11

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1311

Page 12: RMA Ed02 Setembro 2006

12 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Política Ambiental

Ambientalistas discutemplataforma ambiental mínimapara candidatos à Presidência

mbientalistas de todoo Brasil estiveramreunidos de 4 a 6 desetembro em Brasí-

lia para formular um documen-to contendo uma plataformaambiental mínima para as po-líticas públicas nos principaistemas relacionados à preserva-ção ambiental e ao desenvolvi-mento sustentável, para ser en-tregue aos candidatos à Presi-dência da República.

A atividade fez parte da ini-ciativa Brasil e seus rumos, quereúne entidades como o Insti-tuto centro de Vida (ICV), Ecoa– Ecologia e Ação, Instituto So-cioambiental, Núcleo Amigosda Terra / Brasil, Grupo de Tra-balho Amazônico (GTA), entreoutras, comprometidas em pro-mover o envolvimento e oapoio dos diversos fóruns e co-letivos da sociedade civil ondeatuam de forma a ampliar aparticipação neste processo dediscussão dos rumos do país.

Sergio Guimarães, coordena-dor do ICV, afirmou que a ini-ciativa busca estimular que aspolíticas públicas possam sermais sustentáveis no próximogoverno, além de ampliar a par-ticipação da sociedade nos vá-rios setores da política nacio-nal. “Há um desequilíbrio naformulação dessas políticas quese reflete num desequilíbrio so-cial”, pondera Guimarães.“Acreditamos que esse trabalhocontribui para que as políticaspúblicas possam ser formuladasde uma forma mais eficaz, commais retorno para a sociedadee com sustentabilidade para omeio ambiente”.

Segundo o coordenador doICV, é preciso ampliar as for-mar de participação da socie-dade na formulação das políti-cas brasileiras, o que vai alémda atuação de entidades da so-ciedade civil em espaços cole-giados como o Conselho Naci-onal de Meio Ambiente (Cona-ma). “Existe uma série de pro-gramas e políticas setoriais quenão são tratadas no âmbito doConama, por exemplo. A nossa

proposta é de que essas outraspolíticas também tenham suadimensão de sustentabilidade,participação da sociedade, con-trole social e transparência”,aponta Guimarães.

A iniciativa Brasil e SeusRumos tem elaborado uma sé-rie de textos para discussão ereflexão dos cenários e políti-

cas brasileiros, sob a perspecti-va da sustentabilidade. A reu-nião de várias entidades ambi-entalistas para a iniciativa tam-bém tem o objetivo de definirde uma estratégia de ação paraque as organizações trabalhemde forma articulada. Fazem par-te dos debates o cumprimentodo Protocolo de Kyoto, os cri-

Por Gisele Neuls

A

térios sócio-ambientais para aexpansão da produção de bio-combustíveis, as fronteiras agrí-colas no cerrado e na Amazô-nia e a polêmica transposiçãodo Rio São Francisco.

Mais informações: www.riosvivos.org.br. Fonte: http://www.icv.org.br

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1312

Page 13: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 13

Artigo

A Internacionalizaçãodo Mundo

ui questionado so-bre o que pensavada internacionali-

zação da Amazônia, duranteum debate, nos Estados Uni-dos. O jovem introduziu suapergunta dizendo que espe-rava a resposta de um huma-nista e não de um brasileiro.Foi a primeira vez que umdebatedor determinou a óti-ca humanista como o pontode partida para uma respostaminha. De fato, como brasi-leiro eu simplesmente falariacontra a internacionalizaçãoda Amazônia.

Por mais que nossos gover-nos não tenham o devidocuidado com esse patrimô-nio, ele é nosso. Respondique, como humanista, sentin-do o r isco da degradaçãoambiental que sofre a Ama-zônia, podia imaginar a suainternacionalização, comotambém de tudo o mais quetem importância para a hu-manidade.

Se a Amazônia, sob umaótica humanista, deve ser in-ternacionalizada, internacio-nalizemos também as reser-vas de petróleo do mundointeiro. O petróleo é tão im-portante para o bem-estar dahumanidade quanto a Ama-zônia é para o nosso futuro.Apesar disso, os donos dasreservas sentem-se no direi-to de aumentar ou diminuira extração de petróleo e su-bir ou não o seu preço. Osricos do mundo, no direito dequeimar esse imenso patri-mônio da humanidade.

Da mesma forma, o capitalfinanceiro dos países r icosdeveria ser internacionaliza-do. Se a Amazônia é uma re-serva para todos os seres hu-manos, ela não pode ser quei-mada pela vontade de um

dono, ou de um país.Queimar a Amazônia é tão

grave quanto o desempregoprovocado pelas decisões ar-bitrárias dos especuladoresglobais. Não podemos deixarque as reservas financeiras sir-vam para queimar países in-teiros na volúpia da especula-ção.

Antes mesmo da Amazô-nia, eu gostaria de ver a in-ternacionalização de todos osgrandes museus do mundo.O Louvre não deve perten-cer apenas à França. Cadamuseu do mundo é guardiãodas mais belas peças produ-zidas pelo gênio humano.Não se pode deixar que essepatrimônio cultural, como opatrimônio natural amazôni-co, possa ser manipulado edestruído pelo gosto de umproprietário ou de um país.Não faz muito, um milioná-rio japonês decidiu enterrarcom ele um quadro de umgrande mestre. Antes disso,aquele quadro dever ia tersido internacionalizado.

Durante o encontro emque recebi a pergunta, as Na-ções Unidas reuniam o Fó-rum do Milênio, mas algunspresidentes de países tiveramdificuldades em comparecerpor constrangimentos nafronteira dos EUA. Por isso,eu disse que Nova York,como sede das Nações Uni-das, deveria ser internaciona-lizada.

Pelo menos Manhatan de-veria pertencer a toda a hu-manidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Riode Janeiro, Brasília, Recife,cada cidade, com sua belezaespecífica, sua histór ia domundo, deveria pertencer aomundo inteiro. Se os EUAquerem internacionalizar a

Amazônia, pelo risco de dei-xá-la nas mãos de brasileiros,internacionalizemos todos osarsenais nucleares dos EUA.Até porque eles já demons-traram que são capazes deusar essas armas, provocandouma destruição milhares devezes maior do que as lamen-táveis queimadas feitas nasflorestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuaiscandidatos à presidência dosEUA têm defendido a idéiade internacionalizar as reser-vas florestais do mundo emtroca da dívida. Comecemosusando essa dívida para ga-rantir que cada criança domundo tenha possibilidadede ir à escola.

Internacionalizemos as cri-anças tratando-as, todas elas,não importando o país ondenasceram, como patrimônioque merece cuidados domundo inteiro. Ainda mais doque merece a Amazônia.Quando os dirigentes trata-

rem as cr ianças pobres domundo como um patrimônioda humanidade, eles não dei-xarão que elas trabalhemquando deveriam estudar;que morram quando deveri-am viver.

Como humanista, aceitodefender a internacionaliza-ção do mundo. Mas, enquantoo mundo me tratar comobrasileiro, lutarei para que aAmazônia seja nossa. Só nossa.

Este artigo foi publicadotambém no Correio Brazili-ense em outubro de 2000. Odebate a que se refere o se-nador aconteceu em setem-bro do mesmo ano em umhotel de Nova York. Para ou-tras informações, favor escre-ver para [email protected]

Fonte: http://www.

c r i s t o v a m . c o m . b r /? p a g e = l e r n o t i c i a &idmateria=473&idcanal=4

F

Por Cristovam Buarque

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1313

Page 14: RMA Ed02 Setembro 2006

14 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Política Ambiental

O

PV quer faxina políticaPartido Verde encara aspróximas eleiçõescomo uma oportuni-dade para a renovação

política no país e, ao mesmo tem-po, a chance do crescimento dalegenda. Presente em mais de 130países, os verdes ainda são mino-ria no Brasil e enfrentam os obs-táculos impostos pela cláusula debarreira. Pela legislação eleitoral,o PV precisa ter cerca de cincomilhões de votos para deputadofederal em todo o país, em ou-tubro, a fim de se manter no ce-nário político.Hoje, o PV tem sete deputadosfederais e quer dobrar a bancadapara encarar com ânimo renova-do a reforma política. Mergulha-

do nas investigações da CPI dosSanguessugas, que fecha o cercoà venda superfaturada de ambu-lâncias, o deputado federal Fer-nando Gabeira (PV-RJ) é um dosque mais trabalham pela neces-sária faxina política nacional. "So-bram poucos com quem conver-sar", lamenta Gabeira, referindo-se aos colegas de Congresso."Mas não basta trocar apenas osnomes dos políticos, é precisomudar as idéias e o comporta-mento ético", diz RobertoRocco, dirigente estadual doPV. Segundo ele, os verdes pro-curam fazer a sua parte apre-sentando uma lista de 62 can-didatos, no Estado do Rio, ten-do à frente o nome de Alfredo

Por Renato Guima eRoberto Rocco

Mensagem ao eleitoradoPrezado(a) eleitor(a),O voto é um direito conquistado pelo povo à custa de muitosacrifício. Por isso mesmo é o princípio basilar da democracia.É a oportunidade que você tem de se manifestar quanto à apro-vação do seu candidato, quanto a sua competência e suas pro-postas.É a maneira pela qual você expressa livremente a sua vontadepolítica.É o momento em que você faz a sua escolha.E sua escolha deve ser a melhor, firme e valiosa, ou seja, seu vototem um valor tão grande que não pode ser medido nem calcula-do. Portanto, não o troque por absolutamente nada.Seu voto é o que sinceramente diz a sua consciência. Portanto,antes de votar é importante que:Conheça seu candidato. E para conhecê-lo, procure saber de suavida, sua família e seus amigos, seu trabalho, seus pensamentos, suahonorabilidade, seu caráter, os princípios que norteiam sua vida,os seus ideais, seu espírito público.Conheça suas propostas e seus projetos.Conheça as propostas do seu partido político e veja se tem cor-respondência com seu perfil.Perceba a sinceridade de seus propósitos.Pergunte a quem o conhece e depois de tudo, pense com sere-nidade e tire suas sinceras conclusões.A condição do fortalecimento da democracia encontra-se napolitização das pessoas, que devem deixar de exercer uma cidada-nia passiva, do individualismo, para se tornarem mais participantesdiretos e conscientes da coisa pública.Vote certo! Dê ao voto o valor de sua vida!

Carlos GrandCandidato a Deputado Federal pelo PV – Niterói, RJ – nº [email protected]

Sirkis para o Senado. São 27 can-didatos a deputado federal,como Gabeira, e outros 34 adeputado estadual, como o pró-prio Rocco."O Estado do Rio sempre tevebons representantes na políticanacional, mas, nos últimos anos,a coisa não tem sido bem as-sim, infelizmente. A políticafluminense virou motivo de cha-cota, como no episódio da anu-lação da eleição de Campos e,agora, com a bancada federal li-derando o ranking dos envolvi-dos na lista dos sanguessugas.Queremos dar a volta por cima,e os verdes estão aí com uma lis-ta de bons nomes", diz RobertoRocco, que é presidente do PVcarioca e até março era subpre-feito do Centro Histórico do Rio.Reforçar a importância do meioambiente para a saúde, com in-vestimentos em saneamento, éuma das principais bandeiras dosverdes. Durante a campanha, oPV quer mostrar, na TV e nasruas, que, sem água e esgoto tra-tados, as doenças se multiplicam,sobrecarregando os postos desaúde e os leitos hospitalares comproblemas que poderiam ser evi-tados. "Esgoto no cano, água natorneira e lixo reciclado são ban-deiras ecológicas fundamentaisnas cidades", diz Roberto Roc-co.Candidato ao Senado, o ex-se-cretário de Urbanismo do Rio,Alfredo Sirkis, tem acrescentadooutra bandeira às lutas dos ver-des: a segurança. "A situação de

insegurança ultrapassou os limi-tes do intolerável. É uma situa-ção que envolve defesa nacional.O estado, sozinho, não tem con-dições de dar todos os passos ne-cessários. Precisamos de uma po-lícia de dedicação exclusiva. Pre-cisamos, também, mexer urgen-temente em legislações criminaise de execuções penais. É intole-rável que assassinos saiam da pri-são com um sexto da pena", cri-tica. Para Sirkis, o Rio de Janeiroprecisa de um Senador que façaa "defesa apaixonada" de nossoestado: "Temos que fazer comoos paulistas, gaúchos, mineiros enordestinos, que não se cansamde brigar em Brasília pelos inte-resses da população. Nós, do Rio,preocupados com o futuro doplaneta, deixamos de lado asquestões do dia a dia e estamospagando caro por isso,até sem poder sair de casa porcausa da insegurança." Com pou-cos recursos, os verdes têm apos-tado na internet para divulgar es-sas idéias e alcançar o númerode eleitores necessário para su-perar a cláusulade barreira. Os candidatos usamas páginas na rede para propagarsuas idéias e fazer crescer o parti-do, sempre com boa aceitação,segundo Roberto Rocco: "O le-gal é que, nesse mar de lama dapolítica, o PV ainda desperta or-gulho e admiração."

Mais informações:www.robertorocco.com.brwww.sirkis.com.br

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1314

Page 15: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 15

ELEIÇÕES 2006

P

Lula propõe reduzirdesmatamento a média inferiorà de seu governo

Fonte: Amazonia.org.br31/08/2006

ara o seu próximomandato, o presiden-te Lula propõe emseu programa de go-

verno reduzir as taxas de desma-tamento a níveis inferiores aosque foram registrados durante oseu governo. Das ações de meioambiente de seu programa, esta éa única relacionada somente àAmazônia.

O documento é curto, nãoapresenta um nível de detalha-mento acentuado e a maior par-te das ações tem caráter genéri-co e de continuidade, como:consolidar as políticas de gestãode florestas e por biomas; darcontinuidade à adequação am-biental das políticas de desen-volvimento e de projetos de in-fra-estrutura; avançar com a po-lítica de uso sustentável e valo-ração da biodiversidade e dosserviços ambientais.

No quesito desenvolvimen-to regional, o plano de Lula es-tabelece como pr ior idade aaprovação, pelo Congresso Na-cional, da lei que recria a Supe-r intendência de Desenvolvi-mento da Amazônia (Sudam). O plano também promete‘aperfeiçoar e acelerar’ as im-plantações do Plano AmazôniaSustentável (PAS) e do Plano deDesenvolvimento Sustentávelpara a área de influência da BR-163. Em relação às rodovias,Lula promete construir a BR-163 (PA), BR-158 (MT) e BR-364 (AC).

As hidrelétr icas de BeloMonte e Jirau e Santo Antôniotambém integram a lista de açõespr ior itár ias para o próximomandato.

A continuidade do sistemaSivam-Sipam é citada como for-ma de manter às ações de vigi-lância e proteção das regiões defronteira amazônicas.

Em relação as comunidadestradicionais, o programa prometeampliar a política de acesso à jus-tiça, por meio do projeto Bal-cões de Direitos, que presta ser-viços aos quilombolas, aos gru-pos indígenas e a comunidadesresultantes de assentamentos ru-rais.

• Cr iar e consolidarUnidades de Conserva-ção em ambientes ter-restres e mar inhos e in-centivar a restauraçãode áreas de preserva-ção.

• Consolidar as políti-cas de gestão de florestase por biomas, o PlanoNacional de RecursosHídricos e o combate àdesertificação.

• Reduzir a taxa dedesmatamento anual daAmazônia e demais bio-mas a níveis médios in-feriores aos do período2003-2006.

• Incentivar o uso detecnologias limpas, pormeio de financiamento edesoneração da aquisiçãode equipamentos, quecontribuam para a redu-ção da poluição.

• Dar continuidade àadequação ambiental daspolíticas de desenvolvi-

PROGRAMA DE GOVERNO2007/2010 - Meio ambiente

mento e de projetos de in-fra-estrutura.

• Regulamentar por lei oacesso a recursos genéticose ao conhecimento tradici-onal associado.

• Avançar com a políticade uso sustentável e valo-ração da biodiversidade edos serviços ambientais.

• Estabelecer em lei a Po-

lítica Nacional de Resí-duos Sólidos.

• Expandir as ações deeducação ambiental, pro-movendo campanhas deconsumo sustentável eeconomia de energia.

h t t p : / / w w w. l u l ap r e s i d e n t e . o r g . b r /programa_governo.php

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1315

Page 16: RMA Ed02 Setembro 2006

16 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Plataforma Ambiental 2006

Fundação SOSMata Atlântica

Nesse processo eleitoral,trazer o cidadão parao centro do debate so-bre as questões ambi-

entais é o diferencial dessa inicia-tiva da Fundação SOS MataAtlântica, desenvolvida em con-junto com pesquisadores daUNESP de Rio Claro. Nas pági-nas seguintes você acompanhadetalhes sobre o documento, cri-térios para avaliar propostas elei-torais e como incluir seu candi-dato nessa agenda.

As eleições deste ano permitema todos os cidadãos retomarem odebate sobre uma agenda ambien-tal independente, voltada à lutamaior em defesa do meio ambien-te e da qualidade de vida. Monito-rar as ações ambientais dos candi-datos para as próximas eleições eacompanhar suas práticas ao longo

do mandato colocam-se comodesafio para o eleitor consciente.Presidente da República, governa-dores, senadores e deputados fe-derais e estaduais, irão representaro anseio dos cidadãos em seu di-reito à vida e à busca de equilíbrioentre sociedade e natureza.

A Plataforma Ambiental 2006quer engajar o cidadão participa-tivo nessa luta, chamando-o aodebate sobre as propostas doscandidatos e seu monitoramentonos anos seguintes à eleição. “ASOS Mata Atlântica produz pla-taformas ambientais desde 1988.A diferença é que a Plataforma2006 quer a contribuição diretado cidadão. O Congresso nuncaesteve tão desgastado e a popula-ção precisa se envolver nas pro-postas políticas, o objetivo é fazerda ONG a fiel depositária dos en-

Cobertura vegetalMonitoramento/Fiscalização dosremanescentes florestaisRecuperação de áreas degrada-dasValoração da biodiversidade edos serviços ambientaisIncentivo econômico para quempreservar áreas naturaisCombate ao tráfico de animaissilvestresCombate à pesca predatória eextração seletivaPromoção de corredores de bi-odiversidadeÁguaGarantia do acesso a água em quan-tidade e qualidadeAdoção do saneamento e práticasde uso racional da águaPreservação das áreas de mananci-aisPromoção da gestão integrada daágua e das florestasMudanças ClimáticasIncentivo à redução do consumode combustíveis fósseis (gasolina,diesel)Incentivo econômico a energiaslimpasÁreas UrbanasExigência de Plano Diretor paratodos os municípios

caminhamentos da populaçãosobre o compromisso de seuscandidatos”, explica o diretor demobilização da entidade, MarioMantovani.

São variados e amplos os te-mas desse roteiro para uma análi-se consciente das propostas, maseles envolvem a percepção de queo agravamento dos problemasambientais relaciona-se à desigual-dade social e à impunidade. Nes-se caso, o desafio é incluir o cará-ter transversal da sustentabilidadeambiental em todos os níveis degoverno, da esfera federal à esta-dual e municipal.

É dever de todos os candida-tos a cargos políticos tomar pro-vidências para a preservação doque nos resta de recursos natu-rais, lembrando que a problemá-tica ambiental está inserida no

cotidiano das pessoas: moradia,lazer, saúde, consumo de energia,violência e segurança pública.Acúmulo de lixo, falta de água,tratamento de esgoto insuficien-te, enchentes, poluição atmosfé-rica e desmatamento de florestascomprometem a vida e a quali-dade ambiental.

Para isso, a Plataforma introduzum novo patamar na relação entredesenvolvimento sustentável e re-gulação das atividades produtivas,agregando serviços ambientais àsustentabilidade dos recursos natu-rais, diversidade da agricultura à va-lorização da biodiversidade, entreoutras relações possíveis. Fortalecero Sistema Nacional de Meio Am-biente (SISNAMA) é também opasso necessário para a adoção desseorientador de políticas públicas parao meio ambiente.

Temas e premissas que todo cidadãodeve cobrar do seu candidato

Obrigatoriedade no tratamento deefluentes domésticos e industriaisDestinação adequada de resíduossólidos e líquidosPromoção da coleta seletivaEstímulo ao uso de transportepúblicoValorização do patrimônio cultu-ral e históricoArborização urbanaÁreas RuraisRecuperação e proteção de nas-centes e margens de rios, represase lagos, topos de morros e planí-cies de inundaçãoOtimização e racionalização douso e ocupação do soloEstímulos a novas tecnologias epráticas agrícolas – agroflorestas,agricultura familiar, agricultura or-gânicaIncentivos à regularização fundiá-ria e conservação do soloControle de erosãoValorização da Reserva LegalBiodiversidadeGarantia da proteção da biodiver-sidade regionalIncentivo à criação e manutençãode Unidades de ConservaçãoIncentivo à criação de ReservasParticulares do Patrimônio Natu-ral

A partir da constatação de queo cidadão tem o dever de fazer umaanálise séria do histórico de seuscandidatos e o dever de monitorar,acompanhar e cobrar seus repre-sentantes durante os mandatos, o

Agenda Ambiental Voluntária

É necessário que o cidadão acio-ne seu candidato e o integre napolítica ambiental do País. Paraisso, a SOS Mata Atlântica acredi-ta que pode exercer o papel defiel depositária desse processo,dando espaço a uma intensa in-tegração na iniciativa de fiscaliza-ção e intervenção na realidade so-cioambiental do Brasil.

Como acompanhar propostas emandamento e interagir com a Plataforma

A entidade abre espaço, portan-to, para que o eleitor, depois deprocurar o seu candidato e con-seguir dele um compromisso coma Plataforma Ambiental, possa for-malizar esta adesão através do por-tal www.sosma.org.br. A adesãoserá mantida em sigilo e acompa-nhada depois do processo elei-toral.

Grupo de Voluntários da Funda-ção SOS Mata Atlântica elaborouum documento de fácil aplicaçãoe estímulo à reflexão. Confira agoraou acompanhe o documento com-pleto no site www.sosma.org.br

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1316

Page 17: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 17

Fundação SOS Mata Atlântica

Teste o compromissopúblico do seu candidato

Analise se o seu candi-dato observa os pon-tos enumerados abaixo!O momento é de mui-

ta reflexão e responsabilidade. Mar-que um X para cada iniciativa con-templada pelo plano de governode seu representante e lembre-se:as necessidades coletivas devemprevalecer e os candidatos, ao setornarem nossos governantes, têmo dever de transformar em açãoaquilo de que necessita a socieda-de. E mais, só o espírito participati-vo do cidadão pode fortalecer ademocracia e transformar as difi-culdades enfrentadas pelo país. Boareflexão!

1 - ÁGUA - proteger os ma-nanciais é assegurar a vida

( ) Abastecimento: prover águade qualidade para toda a popula-ção, proteção dos mananciais, au-mento e melhoria da distribuição,reduzindo vazamentos e desperdí-cios

( ) Educação: Estimular a edu-cação ambiental em ações que de-senvolvam a consciência cidadã nautilização e conservação da água

( ) Proteção: estruturar progra-mas e políticas de utilização e dereutilização da água, como aprovei-tamento da água da chuva, recu-peração de nascentes e uso cons-ciente

LEMBRE-SE: 62% DA POPU-LAÇÃO BRASILEIRA É ABAS-TECIDA PELA ÁGUA PRODU-ZIDA NA MATA ATLÂNTICA

2 - SOLO – “Aquilo que forfeito à terra, será feito aos filhosda terra”

( ) Uso e Ocupação Urbana:implementar planos diretores quereorientem a distribuição demo-gráfica e o acesso a emprego, saú-de, transporte, áreas verdes, culturae lazer

( ) Uso e Ocupação Rural: im-plementar políticas de uso e ma-nejo do solo, estimulando técnicasaliadas à conservação da MataAtlântica e à formação dos corre-dores de biodiversidade

( ) Áreas Contaminadas e De-gradadas: implantar um sistema demonitoramento, controle e trata-mento das áreas contaminadas erecuperação de áreas degradadas

SAIBA QUE: NAS REGIÕESONDE A MATA ATLÂNTICAAINDA ESTÁ DE PÉ, A INCI-DÊNCIA DE PRAGAS E DO-ENÇAS É MENOR. O SOLOFICA PROTEGIDO DE ERO-

SÕES E OS CURSOS D’ÁGUADO ASSOREAMENTO ECONTAMINAÇÃO

3 – MUDANÇAS CLIMÁ-TICAS – A poluição causa ma-les diretos ao ser humano

( ) Doenças respiratórias: adotarsoluções de controle de gases po-luentes que provocam grande in-cidência de doenças respiratórias,ainda mais no inverno, pelo ar seco

( ) Transportes e indústrias: im-plementar políticas que obriguemas empresas de transporte públicoe as indústrias a controlarem a emis-são de poluentes no ambiente

( ) Energia renovável: priorizarplataformas de incentivo à pesqui-sa e à utilização de combustíveisenergéticos renováveis, pois mini-mizam impactos ambientais

ATENÇÃO: A MATAATLÂNTICA É O FILTRO E OREFRIGERADOR NATURALDO PLANETA TERRA. PRE-SERVE-A

4 - SANEAMENTO AMBI-ENTAL – pequenas ações po-dem melhorar a vida de todos

( ) Resíduos Sólidos: incentivara redução, reutilização, reciclageme a correta destinação de acordocom o projeto da política nacionalde resíduos sólidos

( ) Saneamento: garantir priori-dade na alocação de recursos paraafastamento e tratamento de esgo-to, buscando tecnologia de baixocusto e soluções descentralizadas

( ) Saúde: viabilizar programas deações de saneamento nas áreas debaixa renda dos centros urbanos ede integração das políticas públi-cas correlatas

PERCEBA QUE: A MATAATLÂNTICA É UM BIOMAEXTREMAMENTE FRAG-MENTADO, QUE OCORREEM REGIÃO DE ALTA DEN-SIDADE POPULACIONAL, IM-PRESCINDÍVEL PARA A SO-BREVIVÊNCIA DOS SERESHUMANOS. É FONTE DENASCENTES QUE ABASTE-CEM NOSSOS RIOS.

5 - SUSTENTABILIDADE- Desenvolvimento econômicosem prejuízo ao ambiente e àsfuturas gerações

( ) Florestas – Proteger áreas deremanescentes florestais. Estimularo uso racional dos recursos exis-tentes, respeitar a regeneração na-tural e fomentar a restauração flo-restal.

( ) Manejo Sustentável – apoiar

e garantir a continuidade de polí-ticas públicas de conservação dasflorestas por meio do manejo flo-restal e implementação de viveiros.

( ) Relações sociais – privilegiarprogramas de respeito às tradições,culturas e conhecimentos das co-munidades tradicionais do país evalorização dos cidadãos, incenti-vando o turismo sustentável e ga-rantido a geração de renda.

SAIBA QUE: NOSSAS ATI-TUDES DE HOJE TERÃOCONSEQÜÊNCIA PARA AVIDA DE NOSSOS DESCEN-DENTES.

6 – BIODIVERSIDADE,PRESERVAÇÃO E CONSER-VAÇÃO - A manutenção e oequilíbrio do homem com omeio ambiente natural, animaise florestas, é a garantia de umplaneta saudável para todos

( ) Bioma Mata Atlântica – apoiariniciativas para proteção da biodi-versidade da Mata Atlântica, bemcomo para criação, fiscalização emanutenção das áreas protegidaspúblicas

( ) Reserva Particular do Patri-mônio Natural (RPPN) – apoiariniciativas para criação e gestão dasreservas privadas

( ) Aspecto Humano – estabe-lecer um conjunto de ações para ocombate à biopirataria a partir deuma legislação apropriada e fiscali-zação conjunta das áreas de meioambiente.

LEMBRE-SE: A MATAATLÂNTICA ESTÁ PRESENTEDESDE O CEARÁ AO RIOGRANDE DO SUL, PRESERVA-LA É RESPONSABILIDADE DETODOS.

7 – EDUCAÇÃO – Benefí-cio para todos

( ) Investimento: executar pro-gramas educacionais ambientais paratodos, já que a educação é o instru-mento para iniciar o processo demudança

( ) Profissionais: desenvolver po-líticas de incentivo para a educaçãoambiental continuada e de motiva-ção para profissionais da educação

( ) Saúde e cultura: Proporcionaruma reeducação da visão das pesso-as, ligando a saúde do planeta à de-las próprias, e gerando indivíduosautônomos, curiosos e solidários

ATENÇÃO: A PRESERVA-ÇÃO DO MEIO AMBIENTEDEPENDE DE UMA CONSCI-ÊNCIA ECOLÓGICA ADQUI-RIDA POR MEIO DA EDUCA-

ÇÃO.8 - QUALIDADE DE VIDA:

Responsabilidade de todos( ) Lazer: possibilitar que todo

cidadão tenha direito ao lazer. In-centivar a conservação do meioambiente e da qualidade de vida daspessoas

( ) Meio Ambiente Urbano: pro-mover a melhor qualidade ambien-tal das áreas urbanas. Valorizar a ar-borização urbana. Criar espaçospúblicos, parques, áreas de lazer erecreação.

( ) Liberdade: defender a vida emtodas as suas formas e manifestações.Buscar qualidade e equilíbrio nasrelações entre as pessoas e delas coma natureza

LEMBRE-SE: QUALIDADEDE VIDA É O DIREITO AOLAZER, AO ESTUDO E AO PLE-NO EXERCÍCIO DA CIDADA-NIA.

9 - CIDADÃO: DIREITOS EDEVERES – Sem participaçãonunca podemos mudar nosso país

( ) Direitos: garantir a continui-dade da Conferência Nacional deMeio Ambiente, possibilitando aparticipação e a mobilização do ci-dadão

( ) Deveres: manter a transparên-cia nas ações governamentais, terpostura ética em relação ao com-promisso com o cidadão e cumprira legislação ambiental.

Para o eleitor:( ) Participação: Pesquisar o his-

tórico de atuação do candidato,acompanhar as votações das assem-bléias, trocar informações com ou-tros eleitores, contatar o represen-tante via canais de comunicaçãodisponíveis, antes durante e após aseleições.

FIQUE ATENTO: CADAAÇÃO DO GOVERNO DEVEATENDER ÀS NECESSIDADESDA POPULAÇÃO, SEMPRE.

Resultado do TesteSe a proposta do seu candidato

contemplou 27 pontos destaAGENDA, parabéns!!! Ele está pre-ocupado com você e com as futu-ras gerações!!!

Se a proposta do seu candidatocontemplou 15 pontos destaAGENDA, é sinal que ele pode serconsiderado pelo menos coerentee sério.

Se contemplou apenas 7, reflitamelhor. Se não contemplou nenhu-ma repense o seu voto.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1317

Page 18: RMA Ed02 Setembro 2006

18 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

De olho na Imprensa

06/08/2006 – ESTUDOATESTA AUMENTO DEEMISSÃO DE DIÓXIDO DECARBONO NO MUNDO

Uma pesquisa sobre a situaçãoenergética e ambiental do mun-do divulgada pelo Banco Mun-dial traz um dado preocupante:de 1992 a 2002, as emissões dedióxido de carbono (CO2) au-mentaram em 15%. China e Índiasão as duas potências que despon-tam no cenário internacional elideram esse aumento negativo.Na década pesquisada, a Chinaaumentou suas emissões em 33%,enquanto a Índia registrou umaumento de 57%. O vertiginosocrescimento econômico dessespaíses, assim como de outros queestão ascendendo no plano eco-nômico mundial, promete umatendência de aumento ainda mai-or em curto, médio e longo pra-zos. Mas não são apenas os paísesemergentes que poluem. Os paí-ses ricos e industrializados tam-bém têm um papel bastante sig-nificativo no aumento das emis-sões de dióxido de carbono. OsEstados Unidos estão entre os dezque mais poluem, contribuindocom 24% do total de emissões,enquanto a União Européia con-tribui com 10%. A pesquisa res-salta ainda que as nações ricasconsomem mais da metade (51%)da energia produzida no mundo,registrando um consumo per ca-pita cerca de onze vezes superioràquele dos países pobres. Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14985.shtml

08/08/2006 – ESTUDOALERTA PARA AMEAÇAAMBIENTAL NO LÍBANO

À tragédia humanitária causa-da pelo conflito entre Israel e amilícia xiita do Hezbolá está sen-do somada uma catástrofe ambi-ental de graves conseqüências,com o derramamento de mais de30 mil toneladas de combustíveltóxico em águas libanesas, segun-do um relatório oficial divulgadoem Roma. O Centro italiano deInformação e Comunicação daConvenção de Barcelona (CIC/CB), ligado ao Programa das Na-ções Unidas para o Meio Ambi-ente (PNUMA), apresentou hojeum documento no qual alertapara o “problema tóxico” causa-do pelo bombardeio israelensecontra a central elétrica de Jieh,

Por Marilena Lino de A.Lavorato (*)

cerca de 30 quilômetros de Bei-rute. Da central elétrica e seusdepósitos saiu uma quantidade decombustível que fontes libanesasestimam em 30 mil toneladas, que“deram início a uma maré negraque atualmente se estende porpelo menos 120 quilômetros”,assinala a organização. Na apresen-tação do relatório interveio tam-bém o ministro italiano do MeioAmbiente, Alfonso Pecoraro Sca-nio, que considerou que “bom-bardear uma central elétrica é pro-vavelmente um alvo estratégico,mas que não leva em considera-ção as conseqüências que issopode representar para a popula-ção civil”. O ministro lembrouainda que o Mediterrâneo “é ummar fechado”, e que por isso ospaíses da região “não podem serindiferentes a esta catástrofe”.Fonte: http://noticias.ter ra.c o m . b r / c i e n c i a / i n t e r n a /0,,OI1091525-EI299,00.html

09/08/2006 – EXTRAÇÃOMADEREIRA CRITERIOSAPOUPA BIODIVERSIDADE,DIZ ESTUDO

A Amazônia não precisa sertransformada numa gigantesca eintocável reserva florestal paraque sua biodiversidade seja pre-servada, sugere um novo estudo.A extração de madeira, se feita deforma criteriosa e com baixo im-pacto, aparentemente afeta mui-to pouco a riqueza de espécies ea quantidade de invertebrados evertebrados da maior floresta doplaneta. As conclusões vêm de umlevantamento feito por pesquisa-dores do Ipam (Instituto de Pes-quisa Ambiental da Amazônia) emtrês fazendas do Pará. “O impor-tante desse trabalho é que elemostra uma alternativa econômi-ca para a Amazônia baseada nomanejo florestal, algo melhor doque simplesmente fazer um cor-te raso na floresta e colocar gadoem cima”, declarou a biólogaClaudia Azevedo-Ramos, coorde-nadora de pesquisas do Ipam. Oestudo de Azevedo-Ramos e seuscolegas Oswaldo de Carvalho eBenedito do Amaral está na edi-ção deste mês da revista científi-ca “Forest Ecology andManagement”.”Trata-se da pri-meira avaliação do efeito da ex-ploração madeireira com técnicasde impacto reduzido sobre a fau-na amazônica realizada em largaescala, num total de 23 mil hec-

tares, e no “mundo real”, isto é,em área de exploração comerci-al”, afirma a bióloga. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14998.shtml

14/08/2006 – AQUECI-MENTO GLOBAL TRAZAMEAÇA DE FOGO, SECASE ENCHENTES

Pesquisadores da Universidadede Bristol, no Reino Unido, pre-vêem que a Europa, a China, Ca-nadá, América Central e do Sulestarão sob risco de destruição desuas florestas com o aquecimen-to global - 30% de chance paraum aquecimento de menos de 2ºC, chegando mais de 60% se oaquecimento superar 3º C nospróximos 200 anos. Incêndios,enchentes e secas também serãomais comuns. Deverá faltar águana África Ocidental, AméricaCentral, sul da Europa e leste dosEUA. Outras regiões, particular-mente ao norte dos 50º de latitu-de norte, na África tropical e nonoroeste da América do Sul, es-tarão sob risco de erosão, perdade árvores e enchentes. Os pes-quisadores também descobriramque, se a temperatura aumentarmais de 3º C, áreas da Terra quehoje absorvem gás carbônico po-derão passar a liberar o carbonoacumulado, dando início a umciclo de realimentação que am-pliará a concentração do gás naatmosfera. Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/ago/14/306.htm

15/08/2006 – ENCON-TRADA LIGAÇÃO ENTRETEMPERATURA GLOBAL EFURACÕES

A mudança climática está afe-tando a intensidade dos furacõesno Atlântico, e o dano causadopelas tempestades provavelmenteseguirá aumentando, por conta doaquecimento provocado peloefeito estufa, de acordo com umnovo estudo que oferece, pelaprimeira vez, uma relação diretaentre mudança climática e inten-sidade dos furacões, diferente-mente de trabalhos anteriores querelacionavam a temperatura dosoceanos à probabilidade de au-mento no número detempestades.O pesquisador JamesElsner, da Universidade Estadualda Flórida, examinou a ligaçãoestatística entre a temperatura

média do ar próximo à superfícieno mundo e a temperatura dasuperfície do mar no Atlântico,comparando os dois fatores à in-tensidade dos furacões pelos úl-timos 50 anos. Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/ago/15/267.htm

16/08/2006 – SECRETA-RIA VOLTA A PROIBIRQUEIMA DE CANA EM SP

A Secretaria do Meio Ambi-ente do Estado de São Paulo vol-tou a proibir a queima da palhada cana-de-açúcar, em qualquerhorário, nas regiões de São Josédo Rio Preto, Ribeirão Preto, Ara-raquara e Barretos. Os motivosalegados são os mesmos das ou-tras duas suspensões anteriores,feitas desde julho: baixa umidadedo ar, que chegou a 15% em Ri-beirão Preto, e alta temperatura,superiores a 35º C. Ainda con-forme os critérios estabelecidos,a queima da palha da cana estaráproibida entre as 6 horas e 20horas nas regiões de PresidentePrudente, Araçatuba, Campinas eMarília. A Secretaria do MeioAmbiente informou ainda quetão logo os índices de umidaderelativa do ar se apresentem satis-fatórios, ou seja, acima dos 25%, aqueima será liberada. Se o pro-dutor descumprir a determinação,será advertido inicialmente e, sereincidente, poderá ser autuadopela Cetesb e multado em valo-res que variam de 10 a 10 milUnidades Fiscais do Estado de SãoPaulo (Ufesps), ou seja, de R$139,30 a R$ 139.300,00. Fonte:http://www.estadao.com.br/ci-encia/noticias/2006/ago/16/279.htm

16/08/2006 – ESCASSEZDE ÁGUA É PROBLEMAGLOBAL, DIZ WWF

A falta de água, vista como umproblema dos países mais pobres,afeta cada vez mais os ricos, ad-verte um relatório da rede deconservação ambiental WWF.Mudanças climáticas, perda deáreas alagadas, infra-estruturas ina-dequadas e mau gerenciamentodos recursos têm promovido otema a “problema verdadeiramen-te global”, disse a organização.Desperdício e escassez de água sãodois lados da mesma moeda, in-dica o relatório. Algumas das ci-dades mais ricas do mundo, como

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1318

Page 19: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 19

Houston, no Texas, e Sidney, naAustrália, consomem mais água doque são capazes de repor.NosEstados Unidos e no Japão, o usodiário de água per capita alcançaos 350 litros, enquanto cada eu-ropeu consome 200 litros por dia,afirmou o relatório.Na Áfricasubsaariana, o consumo diário percapita é de no máximo 20 litros.Em Londres, a infra-estrutura ul-trapassada gera um volume deperdas equivalente a 300 piscinasolímpicas por dia. Segundo o le-vantamento, regiões áridas daEuropa, como a maior parte daEspanha e Portugal, devem sofrer“severamente” com a escassez deágua em 2070. Uma conseqüên-cia da pior qualidade da água doceé a perda de biodiversidade, apon-tou o documento. Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/re-porterbbc/s tory/2006/08/060816_aguadesenvolvidospu.shtml

17/08/2006 – SECAS NAAMAZÔNIA SERÃO MAISFREQUENTES, DIZEM PES-QUISADORES

A seca recorde de 2005, quedeixou partes da Amazônia emestado de calamidade, não foi umevento extremo isolado e sim umaamostra do que o futuro reservapara o clima da região. A conclu-são é de pesquisadores do Inpe(Instituto Nacional de PesquisasEspaciais) e do Escritório deMeteorologia britânico, em Exe-ter. Modelos climáticos em com-putador construídos pelo gruposugerem que o evento do anopassado, cuja origem está em umaquecimento anormal das águasdo Atlântico (a mesma raiz dosfuracões que devastaram o golfodo México), tende a se repetir naspróximas décadas. ‘A situação de2005 será mais freqüente em2050’, disse o climatologista JoséMarengo, do Inpe, à revista “Na-ture”. O grupo deve finalizar nestemês um artigo científico com osresultados. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15041.shtml

21/08/2006 – RECUPERA-ÇÃO DA CAMADA DE OZÔ-NIO VAI LEVAR MAIS DE 50ANOS

A atmosfera vai levar 15 anos amais do que o previsto anterior-mente para recuperar a camadade ozônio no Hemisfério Sul, in-

formou a ONU. O buraco nacamada de ozônio —provocadopela liberação de compostos quí-micos de refrigeradores e arescondicionados— expõe a Terra araios solares nocivos. A radiaçãoultravioleta pode causar câncer depele e destruir plantas que fazemparte da base da cadeia alimentar.Cientistas anunciaram que devedemorar até 2065 para que o bu-raco na atmosfera, localizado emcima da Antártica, deixe de exis-tir. Desde a década de noventa,observou-se um declínio na quan-tidade de clorofluorcarbono, maisconhecido como CFC, nas duasprimeiras camadas da atmosfera, atroposfera e estratosfera. Essassubstâncias químicas têm sidomenos usadas a cada ano, depoisque 180 países se compromete-ram a reduzir a emissão de CFCcom a assinatura do Protocolo deMontreal, em 1987. No ano pas-sado, o buraco da camada de ozô-nio atingiu cerca de 16 milhõesde metros quadrados no dia 20de setembro, uma área menor doque o seu maior tamanho em2003, de mais ou menos 18 mi-lhões de metros quadrados. Fon-te: http://www1.folha.uol .com.br/fo lha/ciencia/ult306u15053.shtml

21/08/2006 – FALTA DEÁGUA JÁ É AMEAÇA GLO-BAL, ADVERTEM CIENTIS-TAS

Cientistas pedem uma açãoradical para melhorar o gerencia-mento das reservas mundiais deágua, afirmando que um terço dapopulação mundial já enfrentaescassez. Relatório divulgado noinício da Semana Mundial daÁgua, em Estocolmo, informaque um uso mais eficiente dosrecursos hídricos é necessáriopara reduzir a pobreza e os da-nos ao ambiente. O estudo decinco anos, encabeçado peloInstituto Internacional de Ge-renciamento da Água (IWMI, nasigla em inglês), baseado no SriLanka, diz que é uma priorida-de essencial melhorar as técni-cas de uso da água na agricul-tura de países em desenvolvi-mento, particularmente nas fa-zendas da savana africana. As re-comendações incluem a cons-trução de mais cisternas, melho-res sistemas de irr igação e odesenvolvimento de culturas re-sistentes à seca. O relatório, que

se vale de contr ibuições demais de 700 cientistas, foi apre-sentado na capital da Suécia.Mais de 1.500 especialistas de140 países, além da ONU, parti-cipam da conferência. Fonte:http://www.estadao.com.br/ci-encia/noticias/2006/ago/21/152.htm

22/08/2006 – MUDANÇADE CLIMA PODE FAVORE-CER ‘PESTE BUBÔNICA’

Pesquisadores descobriramque a bactéria que causa a do-ença pode se tornar mais co-mum depois de primaveras maisquentes e verões com mais chu-vas. A pesquisa foi publicada narevista científica Proceedings of theNational Academy of Sciences.Acredita-se que a bactéria Yersi-nia pestis tenha sido a causa daPeste Negra, que matou mais de20 milhões de pessoas durantea Idade Média. O professorStenseth afirmou que suas des-cobertas também vão ajudar aesclarecer dúvidas a respeito dasduas piores epidemias de pestebubônica:a Peste Negra na Ida-de Média e a pandemia na Ásia,no século 19, que mataram de-zenas de milhares depessoas.”Análises a respeito doclima mostram que as condiçõesdurante a epidemia de PesteNegra (1280-1350) foram maisquentes e com mais chuvas”,disse.”O mesmo ocorreu duran-te a origem da Terceira Pande-mia na Ásia (1855-1870) quan-do o clima era mais úmido epassou por uma tendência maisquente”, acrescentou. O profes-sor afirmou que as recentesmudanças no clima da regiãosugerem que primaveras maisquentes estão se tornando maisfreqüentes, aumentando o ris-co de infecções entre humanos.Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2006/0 8 / 0 6 0 8 2 2 _ c l i m a p e s t ebubonicafn.shtml

23/08/2006 – AQUECI-MENTO PODE GERARCRISE AMBIENTAL NOBRASIL, DIZ ONG

Litoral com ciclones tropicaise avanço do nível do mar, flo-resta amazônica e nordeste compaisagens de deserto e uma re-organização da produção agrí-cola brasileira. Esses são alguns

cenários que a organização não-governamental Greenpeace pre-vê para o Brasil no próximo sé-culo, devido ao aquecimentoglobal. A previsão está no do-cumento “Mudanças do Clima,Mudanças de Vida – Como oaquecimento global já afeta oBrasil”, apresentado pela ONG,em São Paulo. Segundo o do-cumento do Greenpeace, “ce-nários climáticos mais quentespodem fazer da costa do RioGrande do Sul até o sul do Riode Janeiro, entre 2071 e 2100,uma região com condições fa-voráveis para o desenvolvimen-to de ciclones extratropicais.Odocumento alerta que o mun-do está se encaminhando rapi-damente para um aumento de2ºC na temperatura global, queé considerada uma marca peri-gosa. Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/08/060823_ambientedg.shtml

(*) Marilena Lino de Almei-da Lavorato: Especialista emGestão Ambiental (IETEC),Gestão Estratégica de Negóci-os (FGV), Gestão EmpresarialEstratégica com ênfase em Res-ponsabilidade Social (USP-Edu-con), Marketing (ESPM), e So-ciologia e Política com ênfaseem Globalização (EPGSP/SP).Disciplinas especiais: IDA - In-dicadores de Desempenho Am-biental e PPA – Políticas Públi-cas Ambientais (USP). Tem pu-blicado artigos técnico-científi-cos em portais e revistas especi-alizadas. Diretora ExecutivaMAISPROJETOS (Gestão Só-cioambiental), CoordenadoraGMGA - Grupo Multidiscipli-nar de Gestão Ambiental, Or-ganizadora do Prêmio Benchma-rking Ambiental Brasileiro, Co-ordenadora do Núcleo de Es-tudos “Adoção das Boas Práti-cas Ambientais nas Empresas eInstituições” do Setor de Estu-dos Marketing e Relações Insti-tucionais do Projeto BECE/JMAe colunista JMA - Jornal doMeio Ambiente.

(*) O Clipping “A SEMA-NA” é uma iniciativa da “MaisProjetos Gestão e CapacitaçãoSocioambiental”, sendo permi-tido a livre circulação desde quecitado o autor e a fonte - http://www.maisprojetos.com.br/conteudos/clipping.htm

De olho na ImprensaPor Marilena Lino de A.Lavorato (*)

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1319

Page 20: RMA Ed02 Setembro 2006

20 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

uando Anne Pashbyse mudou para Bal-timore, no ano pas-sado, ela ficou im-

pressionada com a complexi-dade da reciclagem na cidade.“Nunca acertava qual era o diado papel, o dia da cartolina e odas latas”, disse Pashby, 38, ge-rente de recursos humanos.“Então desisti.” Mas ela nãoqueria desistir do meio ambi-ente. Procurando uma formamais fácil de tornar sua vidamais verde, ela consultou um“calculadora de carbono” nosite do Conservation Fund(www.conservationfund.org ) edescobriu que os eventos de suavida diária, como dirigir umcarro, aquecer sua casa e fazerviagens de avião, produziamcerca de 14 toneladas por anode emissões de carbono, ou“pegada de carbono”. O Con-servation Fund, grupo sem finslucrativos de Arlington, Virgí-nia, ofereceu neutralizar essaquantidade por US$ 57 (emtorno de R$ 130), plantando11 árvores no vale do Mississi-ppi - o suficiente para remo-ver 14 toneladas de dióxido decarbono da atmosfera. Elaaceitou com prazer. “Senti-mebem”, disse ela. “Pude acalmarminha consciência sem gastarmuito dinheiro.”

São os chamados incentivosverdes: formas fáceis de os con-sumidores ajudarem o meioambiente sem mudar seu com-portamento. Tais incentivosvêm proliferando: os esquiado-res, por exemplo, podem pagarmais US$ 2 (em torno de R$4,5) em alguns resorts paracompensar a poluição produ-zida por um passeio de carropelas montanhas; o dinheiro vaipara organizações ecológicas.Em sites www.TerraPass.comou www.CoolDriver.org osmotoristas podem calcular apoluição produzida por seucarro em um ano e direcionaruma soma correspondente aprojetos de energia limpa.

Oportunidades similarespara se tornar “neutro no cli-

Consumo Sustentável

Uma nova forma de perguntar:“Quão verde é minha consciência?”

Por Christine Larson(The New York Times –26/06/2006)

ma” podem ser encontradas emshows de música, festivais eeventos de esporte, e até nascompras: no dia 9 de junho, aGaiam, loja de Broomfield,Colorado, que vende produtosque incluem luz solar e lençóisde algodão orgânico, começoua oferecer uma opção de frete“neutro para o ambiente” porUS$ 2, transferindo a taxa parao Conservation Fund plantarárvores.

Os incentivos verdes agra-dam à consciência das pessoas.“Gosto da idéia de, por poluircerta quantidade, pagar certaquantia”, disse Morgan Waters,36, médico de Sacramento,Califórnia. No outono, ele pa-gou cerca de US$ 40 (em tor-no de R$ 90) para o TerraPass,uma empresa de Menlo Park,Califórnia, para contrabalançaras emissões de seu VolkswagenJetta. O TerraPass envia o di-nheiro para projetos que pro-movem energia verde e efici-ência industrial. Waters tam-bém paga US$ 6 (aproxima-damente R$ 13) por mêspara a empresa fornece-dora de eletr icidadepor energia renovável.

O desafio aos con-sumidores é compre-ender exatamentepara onde vai o di-nheiro, e como osincentivos defato ajudam omeio ambi-ente.

Alguns sãofáceis de en-tender. NoLenox, umhotel em Bos-ton, o pacoteEco Chic, US$309 (em tornode R$ 710), custamais do que a diá-ria normal (a partirde US$ 239, ou R$550). Em troca, os hós-pedes recebem café damanhã, passes para otransporte público deBoston - para que

não tenham que dirigir - euma cópia do “TheConsumer’s Guide to EffectiveEnvironmental Choices: Prac-tical Advice from the Union ofConcerned Scientists” (guia deescolhas ambientais eficazespara o consumidor: conselhospráticos da associação de cien-tistas preocupados). Além dis-so, o hotel compra suficienteenergia renovável para evitaro efeito estufa produzido pelaestadia: cerca de 35 kg de emis-sões de carbono por noite.

Outros incentivos verdespodem ser mais complicados.

“Eu estava pensando emcomprar energia verde, masquando procurei, encontreitantas opções diferentes”, disseZoe Chafe de Washington, pes-quisadora do Worldwatch Ins-titute, grupo de pesquisa am-biental. “Algumas eram pormeio daem-

presa fornecedora de energiaelétrica; outras diziam: ‘Colo-que seu dinheiro aqui e nos aju-dará a criar uma fazenda deesterco para gerar energia al-ternativa’.”

Cerca de 20% das empresasfornecedoras de energia elétri-ca da nação oferecem aos cli-entes a energia chamada ver-de. Em Sacramento, Waters par-ticipa do programa Greenener-gy, oferecido pelo município deSacramento, que soma seu usode eletricidade e tenta compraruma quantidade equivalente deenergia de uma fazenda eólicaou outro tipo de energia re-novável. Mas não há suficien-tes plantas de energia limpa emSacramento, então a empresacompra certificados de ener-gia renovável ou “etiquetas ver-des” de fazendas eólicas em ou-tras partes. As etiquetas certifi-cam que uma empresa de

energia limpa em algumaparte vendeu uma

quantidade deenergia.

Quando osconsumidores

não têmuma opçãolocal, elesp o d e mcomprarsua pró-pria eti-q u e t a

Q

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1320

Page 21: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 21

verde ou outros produtos “paracontrabalançar o carbono”,como o financiamento de pro-jetos de energia limpa e reflo-restamento em outras partes dopaís. Chafe, por exemplo, en-controu a NativeEnergy, em-presa cuja maioria dos propri-etários são 11 tribos nativasamericanas nas Dakotas, Ne-braska e Wyoming. Por US$ 8(cerca de R$ 18) por mês, aNativeEnergy , de Charlotte,Vermont, compensa 100% douso elétrico dos clientes finan-ciando projetos de metano quecaptam o gás produzido peloesterco.

Algumas escolhas podem sercomplicadas. Dois meses de-pois de se mudar, Chafe aindaestá comprando energia co-mum. “Estou tentando enten-der exatamente para onde meudinheiro irá, antes de tomaruma decisão”, disse ela.

Pode ser ainda mais difícilselecionar os muitos grupos queprometem reduzir sua pegadade carbono. A Clif Bar, empresade Berkeley, Califórnia, quevende barras ener-géticas, tambémvende “CoolTags” de US$2 em showse eventosesporti-v o spara

contrabalançar o custo verde daviagem; o dinheiro vai para asfazendas eólicas da NativeE-nergy. Sites comoCarbonfund.org eGreenTagsUSA.org têm calcu-ladoras de carbono para esti-mar a poluição e oferecer pro-dutos para compensá-la. A FordMotor tem uma parceria coma TerraPass para estimular osmotoristas a comprarem com-pensações de carbono.

Tantos agentes entraram nes-se mercado que os consumido-res têm muita escolha. Pashby,a gerente de recursos humanosde Baltimore, compensou suapegada de 14 toneladas de car-bono com US$ 57 para o Con-servation Fund. Ela teria de-sembolsado US$ 200 (em tor-no de R$ 450) para a mesmacompensação pela GreenTagsUSA.org, patrocinada pelaBonneville EnvironmentalFoundation, grupo sem fins lu-crativos que apóia energia re-novável. Outra opção seria pa-gar US$ 77 (aproximadamen-

te R$225)

para Carbonfund.org, organi-zação sem fins lucrativos quepromove formas de reduzir oucompensar emissões de carbo-no.

Apesar de os grupos pare-cerem vender a mesma coisa,as abordagens variam. Alguns,como o Conservation Fund,plantam árvores para absorvero carbono. Outros, como o Ter-raPass e o NativeEnergy, ten-tam evitar a poluição em pri-meiro lugar, patrocinando pro-jetos de produção de energialimpa com etiquetas verdes eoutros métodos. Alguns grupos,como o Carbonfund.org, ten-tam fazer os dois.

Pashby escolheu o Conser-vation Fund porque “árvoressão mais bonitas que fazendaseólicas”. Mas não está claroqual opção é melhor para oplaneta.

“O desafio para o consumi-dor é que não há um padrãouniforme para o que constituiuma redução válida na polui-ção”, diz Daniel Lashof, dire-tor de ciências do centro declima do Conselho de Defesade Recursos Naturais. As ex-ceções, disse ele, são etiquetasverdes com o certificado Gre-

en-e, um selo de aprovaçãoemitido pelo Centro deSoluções de Recursos,grupo sem fins lucrativoscom base em San Fran-cisco que se certificaque as empresas deenergia limpa vendema quantidade de ener-

gia que dizem fa-zer.

O selo, entre-tanto, é limitado aetiquetas verdes enão se aplica aempresas que ofe-recem um con-junto de projetos.Os que envolvem

reflorestamento po-dem ser especial-

mente difíceis de severificar.“Não há muito acom-

panhamento do reflorestamen-to na Costa Rica. Como vocêsabe se o mesmo alqueire nãoestá sendo vendido para váriaspessoas?”, disse Brendan Bell,

representante do programa dequestões energéticas e aqueci-mento global da Sierra Club.

Algumas empresas estão ten-tando melhorar a possibilida-de de verificação. O Conser-vation Fund envia certificadosa seus clientes, dizendo a elesquando e onde suas árvores se-rão plantadas. O TerraPass temsuas transações acompanhadaspelo Centro de Soluções deRecursos. E o Climate NeutralNetwork, grupo independentesem fins lucrativos em Portland,Oregon, desenvolveu um cer-tificado “Climate Cool” paraprodutos que compensam asemissões de carbono, apesar denão ter sido amplamente ado-tado. O Centro de Soluções deRecursos também está desen-volvendo um certificado simi-lar ao Green-e, que espera ofe-recer neste verão.

“Estamos tentando desenvol-ver padrões para podermos tor-nar isso transparente e não terescândalos que destroem o mer-cado”, disse Lars Kvale, ana-lista do Centro de Soluções deRecursos.

A possibilidade de fiscaliza-ção pode ser especialmente im-portante na arena comercial.NativeEnergy, TerraPass e ou-tras empresas lucram compran-do e revendendo etiquetas ver-des e outros investimentos.

“Fiquei surpreso quandosoube mais tarde que a Terra-Pass é uma empresa que visa olucro”, disse Waters, o médicode Sacramento. “Isso poderiamuito bem ter afetado minhadecisão de comprar. Gosto depensar que todo centavo do queestou dando apóia a causa.”

A TerraPass diz que tenta in-formar a todos clientes sobreseu status comercial e que seumodelo permitiu que atraíssecapital, crescesse mais rápido eassim servisse melhor ao meioambiente.

Por enquanto, a solução ser-viu para Waters. “Faz-me sen-tir que estou fazendo algo, edá uma sensação muito pes-soal”, disse ele. “Gostaria depensar que quando for horade renovar, vou comparar eencontrar o grupo mais efi-ciente.”

Consumo Sustentável

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1321

Page 22: RMA Ed02 Setembro 2006

22 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Energia

Fogão a lenha agora tambémgera energia elétrica

Ofogão a lenha ain-da é um dos maiscomuns “geradores

de energia” utilizados no in-terior do Brasil e de váriosoutros países em desenvolvi-mento, principalmente nazona rural. De concepção mi-lenar e construção simples, ofogão a lenha é utilizado ba-sicamente no preparo de ali-mentos.

Mas o pesquisador brasi-leiro Ronaldo Sato acreditouque poderia melhorar o pro-jeto do milenar fogão, tor-nando-o mais ambiental-mente amigável e, sobretudo,utilizando-o para gerar ener-gia elétrica.

Agora ele apresentou oprotótipo que resultou dosseus sete anos de pesquisas -um novo conceito de fogão alenha/gerador de eletricida-de, batizado de Geralux. Ape-sar de ter sido inteiramenteconstruído com recursos pró-prios, o novo fogão já chamoua atenção da Eletronorte, queestá estudando a possibilida-de de utilizar a nova tecno-logia no Acre, na região doXapuri.

Na mesma queima de bi-omassa utilizada para o pre-paro dos alimentos, o fogãoGeralux produz energia su-ficiente para acender cinco

lâmpadas e ligar uma televi-são ou outros equipamentosde baixo consumo de eletri-cidade, como rádios ou atéum computador pessoal.

O Geralux é também maisambientalmente correto doque os fogões tradicionais. Eleeconomiza até 50% da bio-massa hoje empregada, alémde reter toda a fuligem nopróprio fogão - a inalação defuligem é apontada pelaOMS como a 8ª causa demorte no mundo.

O fogão não utiliza caldei-ra, o que simplifica sua cons-trução e reduz riscos de aci-dentes. O vapor gerado notrocador de calor é transfor-mado em energia mecânica e,a seguir, elétrica. A energia éarmazenada em uma bateriacomum de automóvel - cer-ca de 30% de sua carga é su-ficiente para a iluminação daresidência em um período de4 a 5 horas.

“Para recarregar a bateriautiliza-se o calor produzidono fogão durante o cozimen-to diário de alimentos. A tec-nologia poderá ser dimensi-onada conforme a demandacomo, por exemplo, para as30.000 escolas na Amazônia,enquanto se faz a merenda,”afirma Sato.

Sato agora espera receber

Greenpeace

apoio de entidades governa-mentais ou pr ivadas paraviabilizar a adoção de suatecnologia em benefício depopulações que, em plenoséculo XXI, ainda estudamà luz de velas. O protótipodo Geralux está em exposi-

ção na Fundação de Tecno-logia do Acre.

Fonte: http://www. inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115060828

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1322

Page 23: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 23

e a realização daConferência deEstocolmo (Sué-

cia, 1972) é consideradacomo um marco históricono debate das questões am-bientais mundiais, pode-sedestacar a promulgação daLei 6.938/81 como um doseventos mais importantes naformulação das diretrizes daatual política ambiental bra-sileira. A Política Nacional deMeio Ambiente (PNMA)possibilitou avanços impor-tantes, entre os quais desta-camos:

a) o início de um proces-so de descentralização polí-tico-administrativa com aestruturação do SISNAMA(Sistema Nacional de MeioAmbiente) e criação doCONAMA (Conselho Na-cional de Meio Ambiente);e

b) a obrigatoriedade de li-cenciamento e revisão de ati-vidades efetiva ou potenci-almente poluidoras combase em avaliações préviasdos impactos ambientais.

A Avaliação de ImpactosAmbientais (AIA), enquan-to instrumento de políticaambiental, foi alvo de inten-sas discussões e acabou sen-do adotada por vários países,mostrando-se facilmenteadaptável a diferentes esque-mas institucionais. Na Amé-rica Latina, começou a serutilizada em meados da dé-cada de 70 pela Colômbia,Venezuela, México, Argenti-na e Brasil. No Brasil empre-ga-se regularmente a siglaEIA (Estudos de Impactos

Artigo

Acertos e tropeços doprocesso de avaliação deimpactos ambientais no Brasil

Por Luiz Renato Vallejo(*)

SAmbientais), sendo que oprimeiro estudo foi realiza-do em 1977, no municípiode Niterói/RJ (projeto imo-biliário da VEPLAN no bair-ro de Itaipú). A obrigatorie-dade de apresentação deEIAs e respectivos RIMAs(Relatórios de Impacto noMeio Ambiente) para fins delicenciamento, possibilitou aampliação do mercado detrabalho para os profissionaisde diversas áreas como bió-logos, geógrafos, geólogos,arquitetos, cientistas sociais eoutros, na forma de consul-torias para produção de es-tudos e relatórios ambien-tais.

Por outro lado, mesmocom as conquistas políticase profissionais alcançadas porconta do sistema de licenci-amento ambiental brasileiro,diversas críticas têm sido for-muladas ao processo comoum todo. Uma delas envol-ve o próprio sucateamentodas estruturas administrativasresponsáveis pelo licencia-mento e acompanhamentodos processos. A carência depessoal, os baixos salários, afalta de recursos materiais, anão realização de concursospúblicos (particularmente naesfera estadual) e o excessode burocracia, são alguns dosproblemas que causam oemperramento das máqui-nas administrativas. Em de-corrência disso, muitas vezesa corrupção acaba ocupandoespaços, favorecendo aquelesempreendedores que se pro-põem a “pagar” pela libera-ção e/ou agilização no anda-

mento das licenças ambien-tais.

Dependendo do porte doempreendimento e do volu-me de recursos financeirosenvolvidos, manifestam-sefortes pressões políticas den-tro das próprias esferas degoverno para concessão daslicenças ambientais. Tais pres-sões também são grandesquando os empreendimen-tos integram os próprios pro-gramas governamentais, poisos órgãos de licenciamentoestão subordinados adminis-trativamente aos governos.Em destaque, exemplifica-mos os fatos ocorridos coma construção da Linha Ver-melha no Estado do RJ, daHidrovia do Pantanal (Re-gião Centro-Oeste) e atransposição do Rio SãoFrancisco (Nordeste). Nes-te caso, os EIAs e RIMAs,passam a ter um papel me-ramente protocolar no pro-cesso. Por conta disso, mui-tos EIAs já foram produzi-dos sem respeitar os devi-dos critérios acadêmicos eéticos, caracterizando-se poruma certa tendenciosidadea favor dos empreendedo-res.

A despeito das críticasque se possa fazer, não sepode ignorar o papel e a im-portância deste instrumen-to de política ambiental. Osaspectos técnicos que en-volvem a sua elaboração e ofato de proporcionar o en-volvimento dos segmentossociais nas decisões sobre osempreendimentos potenci-almente poluidores, justifi-

cam plenamente a necessi-dade de fortalecimento eaperfeiçoamento do proces-so. Uma das estratégias a se-rem adotadas neste sentidoé a ampliação da oferta decursos de capacitação emavaliação de impactos am-bientais. Esta oferta deveconsiderar os aspectos téc-nicos e operacionais da suaexecução e, também, pro-porcionar uma visão críticamais abrangente de todo oprocesso. Questões políticase éticas relacionados a suaexecução precisam ser con-sideradas na formação dosprofissionais interessados.

O curso de Estudos eAvaliação de Impactos Am-bientais foi montado comesta perspectiva, ou seja,além de proporcionar umtreinamento técnico básicopara elaboração de EIAs eRIMAs, se propõe a darsubsídios para compreensãoe consolidação de uma vi-são crítica do processo delicenciamento ambientalno Brasil.

Para maiores informa-ções, consultar o site: http:// w w w . l r v a l l e j o .hpgvip.ig.com.br/

(*) Biólogo, Bacharel emEcologia, Mestre e Doutorem Geografia, professor ad-junto do Departamento deGeografia da UniversidadeFederal Fluminense (UFF),professor das disciplinas Es-tudos de Impactos Ambien-tais e Ecologia Geral. E-mail: [email protected]

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1323

Page 24: RMA Ed02 Setembro 2006

24 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

ndicada para o maisimportante prêmio li-terário do país a biólo-ga, mestre em filosofia

e doutora em ciências, atuandotoda sua vida profissional no cam-po da educação, Michele Sato falada sua vida , suas conquistas e decomo o Prêmio Jabuti de literaturapode mudar o rumo da EducaçãoAmbiental no Brasil. Michele éConsultora - United Nations Edu-cational Scientific And CulturalOrganisation, Perita - Japan Inter-national Cooperation Agency, Fa-cilitadora das Redes de EducaçãoAmbiental em Mato Grosso, noBrasil e entre os países lusófonos.Docente da Universidade Federalde Mato Grosso e da UniversidadeFederal de São Carlos e Consulto-ra ad hoc do Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico eTecnológico.Tem 38 artigos publi-cados em periódicos especializadose 224 trabalhos em anais de even-tos. Possui 58 capítulos de livros e18 livros publicados, 2 softwares eoutros 219 itens de produção téc-nica. Recebeu 6 prêmios. Atua naárea de Educação, com ênfase emEducação Ambiental (EA).

Onde tudo começou?MICHELE: Talvez na mais tenra

idade de minha existência, com in-fluência de meu pai, zen-budista eser humano singular. Nas militân-cias de São Paulo, nas aulas das pe-riferias da Paulicéia Desvairada... Ede tantos outros atalhos e trajetó-rias que me conduziram para estecaminhar, sempre incompleto e ina-cabado. E no limite da minha con-tribuição, estar na final de uma pre-miação nacional Jabuti em educa-ção, torna-se o mais honroso e sa-boroso reconhecimento à luta co-tidiana dos meus sonhos.

Quais as principais caracte-rísticas do seu livro?

MICHELE: O livro intitula-se“Educação Ambiental - pesquisase desafios”. Ele foi organizado pormim e a Isabel Carvalho, e publica-do pela Artmed em 2005, com va-lorosas contribuições de pessoas daEA de várias partes do mundo. Bra-sil, México, Canadá, Espanha e Fran-ça são os países presentes neste li-vro prefaceado pelo Marcos Sor-rentino. Trata-se de uma publica-ção acadêmica, essencialmente so-bre pesquisas em EA.

O Prêmio Jabuti, instituídopela Câmara Brasileira do Li-vro desde 1959, é o mais im-portante prêmio literário do país.Como você analisa a sua indi-cação ao prêmio?

Entrevista

Educadora ambiental concorre aomaior prêmio de literatura do Brasil

I

Por Simone de Moraes([email protected])

MICHELE: Com surpresa e mui-ta emoção. Na realidade, eu nemsabia que estava concorrendo aoprêmio, foi pura atenção generosada Adriane Rojas, editora chefe daArtmed, hoje considerada uma dasmelhores editoras no campo daeducação. E extremamente emo-cionada... Jamais esperava estar nafinal de uma premiação tão impor-tante neste país. Só o fato de estarna final deste Prêmio Jabuti, desdenosso Jorge Amado até os dias atu-ais, é uma honra e um prêmio perse. Divido o mérito, fundamental-mente, com minha amiga, cúmpli-ce e parceira querida Isabel Carva-lho. Admiro-a e tenho plena cer-teza de que conseguimos esta in-dicação por acreditarmos na nossaforça conjunta. É mais uma provade que Beto Guedes cantava bemsua mineirice: “um mais um é sem-pre mais que dois”.

Esta indicação tem a ver com oavanço da Educação Ambiental noBrasil?

MICHELE: Pergunta inteligenteSimone, acredito que sim. Nuncativemos uma representação da EAno prêmio Jabuti e concordo comvocê que isso demarca nosso for-talecimento, nossa visibilidade enossa credibilidade frente aos tra-dicionais espaços ocupados poroutras áreas do conhecimento. Porisso mesmo, não recebo esta indi-cação como fruto pessoal de umtrabalho ilhado, senão compartilha-do, vivenciado e aprendido coleti-vamente entre todos nós. Mas nãoposso deixar de confessar minhaalegria com esta indicação, a inau-guração do belo certamente é umprazer desta construção.

O mercado editorial na áreada EA é rico em publicações?

MICHELE: Não saberia respon-der com certeza, entretanto, há inú-meras publicações no campo daEA espalhadas por todo o mundo.Como temos escassez de periódi-cos especializados na área, a EAsurge em várias modalidades. Ma-ravilhoso de um lado, implemen-tando-se a EA sem fronteiras. Ruimpor outro, pois dificulta a busca. Nosetor livros, diversas editoras têmpublicado em EA e acredito queo mercado tenha se fortalecidonesta área.

A Educação de uma maneirageral é um trabalho árduo, a Edu-cação Ambiental é um trabalhohercúleo?

MICHELE: Sim e não. Simulta-neamente simples e tudo ao mes-mo tempo, aqui e agora. Dependedo que aceitamos como EA. Se

jogar papel de bala no lixo for EA,a tarefa constituir-se-á de atitudescotidianas mais simples. Se conse-guirmos enxergar que por detrásdo papel de bala há um modeloinsustentável de consumo e ausên-cia de responsabilidade, e mover-mos-nos para a mudança para “umoutro mundo possível”, estaremosenfrentando uma enormidade dedesafios mais complexos. Acredito,entretanto, que a EA opera nestesdois extremos, do uno ao múltiplo,ou do se “pensar globalmente e agirLOUCAMENTE”.

Outro dia eu ouvi um co-mentário de uma educadora am-biental dizendo que E A deve serfeita só por educadores, você con-corda com esta afirmativa?

MICHELE: Não existe nenhu-ma área do saber que possa reivin-dicar a EA para si, limitando-a emcada domínio. Haverá, entretanto,campos de poder e disputas ideo-lógicas que se desenrolam nas es-teiras políticas da competição. Acre-dito na mediação pedagógica daEA, capaz de ser oportunizada pe-los diversos profissionais, sujeitos oupelos habitantes deste planeta. Éuma ciranda aberta, que solicita en-volvimento e engajamento de to-dos. Quanto mais gente, melhor!Isso não implica dizer que não te-remos conflitos, pelo contrário, te-remos que enfrentar uma vasta are-na de consensos e controvérsias.Considero, portanto, que o maiordesafio da EA seja a mediação pe-dagógica requerida ao sonho co-letivo. Como fenomenóloga, estouconvicta de que o EU prescinde oOUTRO na existência deste mun-do. Tolerar o diferente, mas recusarviolências. Dialogar na diferença,sem contudo, aceitar agressões. Sea luta for pela inclusão de todos, éprecisar ser menos agressiva, pois issosó afasta as pessoas. E se a luta forjustiça, é preciso combater taisagressões.

As redes de educação ambi-ental contribuem de que formapara o enraizamento da EA?

MICHELE: Diversas instâncias po-dem ser consideradas coletivamentenesta construção. Através de pro-jetos, seja de cunho investigativo ouformativo, que possam fortalecer aEA. Através de encontros, nos aper-tos de mãos, na construção de“confetos”, um espaço híbridoentre conceitos e afetos. Nas pes-quisas que produzem saber, divul-gam e fortalecem a literatura. Naslistas de discussões, nos orkuts, nooferecimento de cursos a distânciae de tantas outras “Novas Tecnolo-

gias de Comunicação e Educação(NTCE)”. No engajamento polí-tico e participação de comissõescolegiadas, na formulação de polí-ticas públicas e da nossa capacida-de inventiva de se fazer e refazer aEA em vários sabores e saberes.

A Rede Brasileira de Educo-municação Ambiental surgiucom a proposta de levar a EAatravés dos meios de comuni-cação. Você acha possível que istoaconteça?

MICHELE: Absolutamente sim.Como uma das fundadoras da RE-BECA, tenho a certeza de seu pa-pel significativo aos meios comu-nicacionais e educativos. Todo edu-cador se reveste de comunicólogoe vice-versa. Com o tempo, tere-mos que fazer projetos, concorrera editais, sermos ousados para reali-zar inescrupulosamente nossas fan-tasias. Listas de discussões são boas,mas é preciso transcendê-las, alçan-do o vôo livre da aprendizagemdaqueles que correm o risco, e porisso mesmo, erram. Errando, tam-bém acertamos. Não podemos pa-ralisar e permitir que o medo deerrar nos domine. As aventuras da-queles que escolheram mudanças,deverão criar táticas que possamoferecer bonitas trajetórias e diver-sos caminhos na EA. Aposto nautopia das redes, na sua horizonta-lidade democrática que transcen-de o eu-isolado para o sonho donós-solidário. Se me retirarem odireito de sonhar, estarão retirandode mim, minha humanidade. “Nãome pergunte por quem os sinosdobram, eles dobram por ti

Nota do Editor:a REBECA - Rede Brasileira

de Educomunicação Ambientalé um grupo de estudos em edu-cação e comunicação para omeio ambiente, dirigido a pro-fissionais de jornalismo, radia-lismo e educadores ambientais.Para fazer parte: rebecainscr [email protected] [email protected]

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1424

Page 25: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 25

Legislação Ambiental

TPF morre e DOF nascede parto prematuro

Por Luiz Renato Vallejo(*)

O

Totalmente eletrônico,novo sistema paracontrolar o fluxo deprodutos florestais élançado sem estar prontoe pode marcar 2006 comoo ano da madeira ilegal naAmazônia

Ibama (Inst i tutoBrasileiro de MeioAmbiente e Recur-sos Naturais Reno-

váveis) lançou em 01/09 oDOF (Documento de OrigemFlorestal), o novo sistema ele-trônico que vai passar a con-trolar o fluxo de madeira eprodutos florestais na Amazô-nia. O DOF vai substituir a ATPF (Autorização de Trans-porte de Produtos Florestais),que vigorava desde 1993. Olançamento acontece três se-manas após o anúncio públicodo Ministério do Meio Am-biente (MMA) de que a ile-galidade na produção de ma-deira para serraria, carvão elenha na Amazônia é no mí-nimo de 63%.

Apesar do novo sistema serum grande avanço no comba-te a ilegalidade no setor, o lan-çamento do DOF neste mo-mento desconsidera a preocu-pação de governos estaduais ede ongs ambientalistas, em es-pecial o Greenpeace, que en-tendem que o ato é prematu-ro. Falta planejar e preparar atransição entre os dois siste-mas. A posição do Greenpea-ce, apresentada em vários mo-mentos, foi reforçada à Minis-tra do Meio Ambiente Mari-na Silva durante a reuniãoExtraordinár ia do ConselhoNacional de Meio Ambiente(Conama) que aconteceu em31/08, em São Paulo.

“A história se repete: o go-verno Lula está fazendo exa-tamente o que o governo an-terior fez. A ATPF havia sidoaposentada no final de 2002 eteve que ser reassumida em2003 porque o sistema ante-rior que a substituiria não es-

tava finalizado. É uma sementeboa em solo ruim”, disse Mar-celo Marquesini, da campanhado Greenpeace na Amazônia.“Se o DOF ou qualquer ou-tro sistema não forem integra-dos e vierem com boa fiscali-zação, apta a identificar asfraudes em tempo real, a ile-galidade continuará”.

O sistema de controle dofluxo de madeira é um itemimportante da gestão florestalna Amazônia. Com a mudan-ça no Código Florestal emmarço de 2006, o MMA e oIbama aceleraram a chamadadescentralização da gestão flo-restal na Amazônia e “repas-saram o mico” aos estados.Mato Grosso e Maranhão cri-aram seus próprios sistemasnão integrados ao sistema doIbama. Após dois meses deprotestos das ONGs, o gover-no reconheceu que o processoexigia mais cautela, responsa-bilidade e regras claras.

O Ibama planejava a“morte da ATPF” e sua subs-tituição desde 1999. De lá paracá vários projetos surgiram,muito dinheiro foi gasto, masnada se efetivou. A partir de2004, surge a proposta doDOF que ganhou corpo mes-mo em 2005.

Com o DOF, produtores eempresas que comercializamprodutos florestais terão que secadastrar e ter aprovação pré-via para operar o sistema, quepassará controlar eletronica-mente saldo e saída de volumede madeira. Se não tiverempendências, poderão solicitar,preencher e emitir, via inter-net, o documento que acom-panhará as cargas. Isso poderáser feito de sua própria em-presa, residência ou ainda determinais de computadoresque serão instalados em todasas unidades do Ibama. Quemoperar ilegalmente fora do sis-tema só será apanhado se a fis-calização tiver acesso à inter-net durante o transporte damadeira para checar se a car-ga foi declarada conforme a

documentação apresentada oucom fiscalização nos pátios dasindustrias e revendas.

Mas o governo federal nãocumpriu com todas as etapasprogramadas e está fazendo umlançamento prematuro. O trei-namento de técnicos e fiscaisque deveria ter sido feito an-tes do lançamento, por exem-plo, só será feito durante o usodo sistema. O máximo que oIbama conseguiu fazer foitreinar dois técnicos de cadasuperintendência para operar dar explicações sobre o uso dosistema. São eles que terão amissão hercúlea de repassar osconhecimentos aos demais téc-nicos e fiscais de sua própriainstituição, para os técnicosdas Secretarias de Meio Am-biente e suas autarquias, alémdas polícias militar, civil e ro-doviária.

“Mesmo sem preparaçãoadequada e com altos índicesde ilegalidade no setor madei-reiro, o governo anuncia asubstituição de sistema. Issosem contar que estamos nomeio da safra de madeira. Énecessár io responsabilidadeaté para implementar uma boaidéia”, disse Marquesini. “Otempo verbal do que precisaser feito até agora tem sidoconjugado sempre no futuro:vamos comprar, vamos fazer,vamos instalar, vamos dispo-nibilizar. O governo sabe quemuita coisa não foi feita ounão está preparada. Tem ma-deireira feliz da vida nesta sa-fra. Esse ato prematuro podemarcar 2006 como o ano damadeira ilegal na Amazôniae até desqualificar um bomsistema antes de seu bomuso!”.

Raio X – Para entendermelhor a situação o Greenpe-ace conversou com Secretá-rios de Meio Ambiente, di-retores e coordenadores nosestados do Pará, Amazonas,Acre, Mato Grosso e Amapá.O Mato Grosso opera seu pró-prio sistema eletrônico, o Sis-

flora, de concepção similar aoDOF, mas que não pode serfiscalizado fora dos limites doestado. A integração entre osdois sistemas é necessária paraque estados consumidores demadeira possam checar a ori-gem e validade dos documen-tos e cargas que chegarem porlá. O trabalho de integração,que ainda está sendo discuti-do, nem começou.

No Pará, a situação é pe-culiar, pois o Ibama irá ope-rar o DOF em setembro eoutubro. O governo do Pará,através da Secretaria de Ci-ência Tecnologia e Meio Am-biente (Sectam), irá assumiro controle do fluxo de ma-deira a partir de outubro, masnão usará o DOF. Estariamfazendo licitação para ter umsistema “igual” ao Sisflora, doMato Grosso, para colocá-loem funcionamento a partir denovembro. Serão três sistemasdiferentes numa mesma sa-fra. A fase de transição entresistemas é a mais frágil e vul-nerável a fraudes pois os cré-ditos de volume de madeira aserem inser idos para cadamadeireira nem sempre sãoreais, muito menos checadosem campo. A recente fraudeno Mato Grosso, onde 82pessoas foram presas, é umbom exemplo disso.

Amazonas e Acre estão pre-ocupados com os pequenosprodutores e comunidadesque não tem acesso a inter-net no interior. Os terminaisa serem instalados ainda nãoexistem e muitos municípiosnão tem sequer escritórios doIbama ou de suas autarquias.Para os dois estados, o lança-mento é precipitado, pois nãohouve treinamento ou estru-tura adequada para a substi-tuição.

Maiores informações comassessoria de comunicação doGreenpeace: Tica Minami,campanha Amazônia: (92)8114.4517

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1425

Page 26: RMA Ed02 Setembro 2006

26 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

ntes de plantar suamuda é necessário sa-ber qual o melhor lo-cal para a árvore. Al-

gumas espécies, na natureza, nãoaceitam sol direto, enquanto ou-tras, não aceitam sombra. Algu-mas têm referências por locaisúmidos, enquanto outras por lo-cais áridos. Para você saber apreferência de cada espécie, con-sulte uma lista de espécies eaprenda tudo sobre a árvore quedeseja plantar. O sucesso doplantio está muito mais ligadoàs condições de Luz, Umidadee Solo, do que à técnica aplicadano momento do plantio. Porém,algumas regras devem ser respei-tadas na hora de plantar.

Espaçamento - Deve-sefazer as covas com um espaça-mento de no mínimo, 3m entreelas. Isso é para respeitar o cres-cimento das copas.

Tamanho da cova - Variade acordo com o tamanho damuda. Para mudas acima de1,80m: 60cm de profundidade.Caso o solo estiver fofo, 60cmlargura. Caso o solo estivermuito compacto, faça uma covacônica de 1m na superfície,50cm no fundo.

Adubação - A adubaçãopode variar com a espécie. Oimportante a observar é que aadubação no momento do plan-tio, serve para que a muda enra-íze mais facilmente no novo lo-cal. 100g de NPK (04-14-08 ou10-10-10), 300g de calcário,300g de super Fosfato Simplesou Kg de Fosfato de Araxá, 20litros de esterco de gado, curti-do, ou de composto orgânico; ou7 litros de esterco de galinha oude húmus de minhoca.

Preparo da cova - Pulve-rizar 1/3 (100g) de calcário naslaterais e fundo da cova. Mis-turar o restante do calcário e osadubos à terra da própria covaou, se preferir, substituí-la porterra vegetal.

Técnicas

Árvores Brasil,plante essa idéia !

Fonte: http://www.arvoresbrasil.com.br

A

Conheça no site http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=lista_especies a Lista das Árvores Nativas do Brasil.

Plantio - Retirar a embala-gem da muda com cuidado paranão desmanchar o torrão. Co-brir o fundo da cova com terramisturada até que o torrão fi-que nivelado com o chão. Colo-car a muda dentro da cova, bemna vertical, observando a alturado torrão com relação ao solo.Colocar uma estaca de madeirade 2,50m de altura rente à muda.Afundar até o fundo da cova.

Completar a cova com terramisturada e pisar a terra em voltada muda para firmá-la no chão,de forma a não cobrir o caulecom terra. Fazer uma vala emtorno da muda, com o mesmotamanho da cova, para captarágua Regar abundantementemas sem encharcar.

Amarração - Amarrar amuda à estaca com: borracha,

sisal ou outro material que nãofira o caule da muda (Nuncautilize arame !). A amarraçãopode ser feita em forma de oitodeitado.

Cuidados posteriores - Sea muda for plantada em localsujeito a depredação, colocargrade de proteção. Caso nãochova, faça irrigação de 4 em4 dias com aproximadamente.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1426

Page 27: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 27

Técnicas

A maneira mais fácil de enten-der a relação floresta-água é co-nhecendo o ciclo hidrológico nafloresta.

A água de chuva que se pre-cipita sobre uma mata, segue doiscaminhos: volta à atmosfera porevapotranspiração ou atinge osolo, através da folhagem ou dotronco das árvores. Na floresta, ainterceptação da água acima dosolo garante a formação de novasmassas atmosféricas úmidas, en-quanto a precipitação interna,através dos pingos de água queatravessam a copa e o escoamen-to pelo tronco, atingem o solo eo seu folhedo. De toda a água quechega ao solo, uma parte tem es-coamento superficial, chegandode alguma forma aos cursosd’água ou aos reservatórios desuperfície. A outra parte sofre ar-mazenamento temporário porinfiltração no solo, podendo serliberada para a atmosfera atravésda evapotranspiração, manter-secomo água no solo por mais al-gum tempo ou percolar comoágua subterrânea. De qualquerforma, a água armazenada no soloque não for evapotranspirada, ter-mina por escoar da floresta pau-latinamente, compondo o chama-do deflúvio, que alimenta os ma-nanciais hídricos e possibilita osseus usos múltiplos.

A relação entre a floresta e a águaOs impactos do desmatamen-

to de uma floresta, traduzem-seem: Aumento do escoamento hí-drico superficial; Redução da in-filtração da água no solo; Redu-ção da evapotranspiração; Aumen-to da incidência do vento sobreo solo; Aumento da temperatura;Redução da fotossíntese; Ocupa-ção do solo para diferentes usos;Redução da flora e fauna nativas(BRAGA,1999); Assim, como efei-tos principais neste cenário am-biental de degradação, podem serfacilmente identificados; Altera-ção na qualidade da água, atravésdo aumento da turbidez, da eu-trofização e do assoreamento doscorpos d’água; Alteração do def-lúvio, com enchentes nos perío-dos de chuva e redução na vazãode base quando das estiagens;Mudanças micro e mesoclimáti-cas, esta última quando em gran-des extensões de florestas; Mu-dança na qualidade do ar, em fun-ção da redução da fotossíntese edo aumento da erosão eólica;Redução da biodiversidade, emdecorrência da supressão da florae fauna local; Poluição hídrica, emfunção da substituição da flores-ta por ocupação, em geral inade-quada, com atividades agropasto-ris, urbanas e industriais.

As áreas de acentuada declivi-dade também merecem uma aten-

ção especial na sua proteção comcobertura florestal, em função dorisco de erosão e de deslizamen-tos do solo, acarretando em pro-blemas de aumento de assorea-mento nos corpos d’água.

Não é só para o meio rural quea boa relação entre floresta e águaé importante. Cada vez mais, eprincipalmente nas áreas urbanasda zona costeira brasileira, a con-servação e recuperação das áreasde proteção dos mananciais hí-dricos tornam-se essenciais. Nestaregião o aumento populacional,com conseqüente incremento noconsumo de água e na produçãode esgoto e lixo, levam a um emi-

nente colapso na disponibilidadehídrica para abastecimento hu-mano. A poluição e escassez deágua decorrentes da ocupaçãourbana inadequada, são fatoresdeterminantes na degradação dafloresta, especialmente no biomaMata Atlântica. Ao mesmo tem-po, o desmatamento em terrenosdeclivosos e a destruição das vár-zeas para ocupação urbana desor-denada, cria áreas críticas de ris-co, particularmente para as popu-lações de baixa-renda.

Fonte: Programa Águas e Flo-restas da Mata Atlântica

Como CuidarRespeito - para poder cuidar

bem de uma Árvore, é precisorespeitar suas preferências. Para isso,veja numa Lista de Espécies, quaissão as características de cada es-pécie. Este conhecimento, alémde ser um respeito à natureza,garante o sucesso de seu plantio.Muito cuidado com espécies deBiomas diferentes do local deplantio. Por exemplo, querer cul-tivar Mogno no sul do país, sa-bendo que esta é endêmica daAmazônia, ou mesmo quererplantar o Pinheiro-do-Paraná nosLençóis Maranhenses, definitiva-mente não seria uma boa idéia.

Exóticas - Caso a árvore quevocê escolheu seja uma espécieExótica, procure por espéciesBrasileiras que possam substituí-la. Com certeza, na diversidade daFauna Brasileira, alguma espécie

lhe servirá.A problemática de espécies

Exóticas introduzidas no Brasil,está sem controle em muitos lu-gares do Pais. Ajude a não aumen-tar os números deste problema.

Árvore Adulta - Outro fatorimportante é conhecer caracte-rísticas como altura, raiz, queda defolhas, flores, frutos ou mesmogalhos. Quando pequena todaárvore é bonita e não incomodaninguém. Ao crescer, a árvorepode soltar muitas folhas e entu-pir bueiros. Algumas podem apre-sentar frutos muito grandes repre-sentando perigo à via pública.Algumas espécies têm como ca-racterística a formação de copasmuito altas, atrapalhando a fiaçãoelétrica, e neste crescimento, al-gumas deixam cair galhos maisbaixos, um risco em potencial. O

fim desta Árvore será igual a demuitas outras que foram planta-das sem nenhum conhecimento,e hoje são podadas nas formasmais vergonhosas possíveis, oumesmo a morte.

Preferências - Escolhida a es-pécie, saiba sua preferência porsolo, luz e água, e escolha o localmais apropriado possível. Enquan-to a muda é pequena, regue re-gularmente, nos períodos da ma-nhã e a tarde. Evite regas à plenosol, pois a água sob as folhas servecomo lente de aumento para osraios solares que deixarão marcas.

Além do mais, por motivos bio-lógicos, a planta não aproveitaráesta água, que evaporará.

Consciência - Assim comonos empenhamos para cuidar deanimais domésticos, que outrorajá foram, em ultima análise, selva-gens, temos que nos empenhar omínimo para cuidar de nossas ár-vores. Os tratamentos dados àanimais e plantas, são baseados emestudos de sua vida em seu Ha-bitat Natural. Portanto, seguindoestes estudos, tudo sairá bem.Animais felizes e plantas saudá-veis.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1427

Page 28: RMA Ed02 Setembro 2006

28 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

Pensamento Ecológico

Por Stanislav Grof,psicólogo, e Fritjof Capra,físico, citado em SabedoriaIncomum, de FritjofCapra

A circulação da águana natureza

A consciência universal écomparada a um oceano –uma massa fluida, não-diferenciada - e o primeiroestágio da criaçãoassemelha-se à formaçãodas ondas. Uma onda podeser vista como umaentidade distinta e, noentanto, é óbvio que umaonda é o oceano e ooceano, uma onda.

Não há nenhumaseparação definitivaO estágio seguinte da cri-

ação seria o de uma ondaquebrando nas pedras e es-pirrando gotículas de águano ar, gotículas que existirãocomo entidades distintas porum pequeno tempo, antes deserem tragadas de novo pelooceano. Desse modo, temosaqui alguns momentos efê-

meros de existência separa-da. A continuação deste ra-ciocínio metafórico seriauma onda que bate numapraia rochosa e volta para omar, mas deixa uma peque-na poça d’água. Talvez levemuito tempo até vir a pró-xima onda e retomar a águadeixada ali. Durante essetempo, a poça d’água é umaentidade separada – sendo, noentanto, também uma ex-tensão do oceano que, even-tualmente, irá levá-la de vol-ta ás suas origens.

A evaporação é o estágioseguinte. Imagine a água eva-porando-se e formando umanuvem. A unidade originalfica agora obscurecida, ocultapor uma efetiva transformação.É preciso um certo conheci-

mento de física para se darconta de que a nuvem é o oce-ano e oceano é a nuvem. To-davia, a água na nuvem iráeventualmente unir-se ao oce-ano sob a forma de chuva.

A separação final, em queo elo com a fonte originalparece ter sido de todo es-quecido, é muitas vezes ilus-trada por meio de um flocode neve que se cristalizou apartir da água numa nuvem,que em sua origem havia seevaporado do oceano. Temosaqui uma entidade distintaaltamente estruturada, alta-mente individualizada, queparece não ter semelhançaalguma com suas origens.Precisamos aqui de um co-nhecimento profundo parareconhecermos que o floco

de neve é o oceano e o oce-ano é o floco de neve. E paraque o floco de neve possaunir-se mais uma vez ao oce-ano, terá de abandonar suaestrutura e sua individualida-de; terá por assim dizer, desofrer a morte de seu egopara retornar à sua fonte.

A consciência ecológica,em seu nível mais profundo,é o reconhecimento intuiti-vo da unicidade de toda avida, da interdependência desuas múltiplas manifestaçõese de seus ciclos de mudançae transformação. E, na ver-dade, a espiritualidade - ouo espírito humano - poderiaser definida como o modode consciência em que nossentimos unidos ao cosmoscomo um todo.

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1428

Page 29: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 29

Educação

O Projeto dos Clubes de Amigos do Planeta foi lançado no livro“Como Fazer Educação Ambiental”, de Vilmar Berna. Para sermantido informado sobre as atividades dos Clubes de Amigos doPlaneta e participar de debates e trocas de informações, envie um e-mail com uma breve apresentação para [email protected]

s atuais leis que re-gem a educaçãobrasileira - Lei deDiretr izes e Bases

(LDB 9394/96), ReferenciaisCur r iculares Nacionais(RCNs Pré-escola), Parâme-tros Curriculares Nacionais(PCNs Ensino Fundamental) eDiretrizes Curriculares Naci-onais (DCNs Ensino Médio)- possuem uma característicainovadora: ao nortear a açãopedagógica através das refe-rências e dos parâmetros bá-sicos, esse conjunto de leis per-mite ao educador grande au-tonomia de ação, capaz de le-var em conta, antes de tudo,as realidades de cada aluno, desua escola e de sua região.Uma análise desse conjunto deleis encontrará os seguintespontos comuns que atestam aconclusão acima:

• a busca de uma identida-de regional em seus currícu-los, a ser perseguida pelas co-munidades educativas de cadaregião;

• o estímulo às ações de ci-dadania dos alunos e ao res-gate dos valores culturais e ci-entíficos;

• a ampliação das possibili-dades de decisão sobre os te-mas de estudo componentes docurrículo escolar;

• a promoção de ações pe-dagógicas que estimulem aparticipação dos alunos comoagentes de transformação dasquestões sociais que afligem asociedade.

A idéia do trabalho comprojetos nos remete à imagemda escola como uma institui-ção aberta, permeável, queterá como frente de trabalhoos elementos da sociedade(grupos de alunos), cada umcom suas especificidades. Estaimagem se amplia quando en-tendemos o termo com o sen-tido de uma aprendizagem dofazer conjunto, do construirparticipativo, integrador doselementos que participam doprojeto - aluno, professor, di-retor, enfim, todos os envolvi-

Por Tania Regina M.Bueno Como trabalhar com projetos

em educação ambientaldos.

É consenso hoje que a es-cola deve proporcionar aos es-tudantes oportunidades diver-sas para que exercitem novasfórmulas de resolver proble-mas, “balancear” alternativas,selecionar, ordenar e analisarinformações para poderememitir juízo de valor pessoal ecoletivo, desenvolvendo umpensamento crítico, porém fle-xível. O que se busca é que osalunos aprendam a trabalharde forma independente, sele-cionando ações adequadas emsituações ambíguas e transfor-mando as informações em co-nhecimento de grupo.

O trabalho com projetospermite que o aluno: tenharesponsabilidade pessoal nocontexto; aprenda a negociarsua participação; participe daelaboração e decida estratégiasde ação; seja co-responsávelpelo trabalho, aprenda a ou-vir sim e não e a decidir comum fim determinado. A esco-lha pelo trabalho com proje-tos tem uma ligação imediatacom a idéia de “educar-se parao presente”, tornando os cur-rículos voltados para o imedi-ato, para a curiosidade e a von-tade emergente dos alunos.

Passo a PassoA escolha do tema é o pri-

meiro passo para o trabalho.Algumas opiniões acentuamque o tema deve ser produtodos questionamentos dos alu-nos; outras enfatizam que estedeve ser proposto pelo profes-sor, para que ele possa estrutu-rar conceitos educativos.

Mais importante do que issoé o tratamento dado ao assun-to escolhido, seja ele vindo dequalquer uma das partes, ou atédo próprio momento social.

O tema escolhido deve ofe-recer, a partir de uma corretaabordagem e dos questiona-mentos feitos pelos participan-tes, possibilidades de amplia-ção e crescimento. Só assim oprojeto terá condições de seestruturar e tomar a forma que

se espera.Em seguida, há a necessi-

dade de se conhecer as dúvi-das e questões que cada um tema respeito do tema e ainda oque se sabe sobre ele. Nestafase, é importante que todosexpressem suas idéias, conver-sem demoradamente sobre oobjeto de estudo, para quehaja a problematização dotema.

A continuidade do projetodependerá de cada grupo e dotratamento que foi dado co-letivamente ao tema. Nestesentido, o planejamento dasações deve ser um momentoem que todos decidem. Fren-te às dúvidas e questionamen-tos apresentados, e com algunsobjetivos estabelecidos, po-dem ser definidas as estraté-gias a serem seguidas (desen-volvimento).

O andamento do trabalhoterá fases diversificadas degrupo para grupo. Obvia-mente, dependerá do resulta-do das estratégias escolhidase da avaliação feita por seusintegrantes, que deverá acon-tecer sempre que alguns da-dos forem reunidos.

Mais do que estabelecer fa-ses rígidas para o trabalho, oprofessor deverá ter claro que:

o registro pessoal de seu tra-balho é um importante ele-mento para a comparação deacertos e erros e para a trocacom os outros professores.Aqui há também o início daconstrução da memória da es-cola, pois possibilita a refle-xão coletiva do corpo docen-te; o registro pelos alunos dosprocedimentos, informações econclusões será imprescindí-vel para a tomada de decisõespelo grupo para as próximasações coletivas; a análise e sín-tese das informações deverãoser feitas constantemente, poissão fundamentais para ajudaros alunos na ampliação deseus pensamentos; as açõesdeverão estar alicerçadas nosconteúdos de Português, Ma-temática, História, Geografia,Geometr ia, Ciências, Artesetc., o que sugere uma inte-gração de todos os professo-res; o projeto demandará, ne-cessar iamente, uma síntese,uma conclusão, que terá a(s)forma(s) que o grupo decidir(um texto, uma campanha,uma peça de teatro, uma le-tra de música, um mural etc.).

Fonte : ht tp ://www.rodagua.com.br

O

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1429

Page 30: RMA Ed02 Setembro 2006

30 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - EDIÇÃO 002 - SETEMBRO - 2006

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1430

Page 31: RMA Ed02 Setembro 2006

2006 - SETEMBRO - EDIÇÃO 002 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 31

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1431

Page 32: RMA Ed02 Setembro 2006

SIM, quero contribuir para o auto-sustento da democratização da informação ambiental no Brasil através de:( ) R$ 70,00 pela pela assinatura da REVISTA DO MEIO AMBIENTE com direito de acesso ao PORTALDO MEIO AMBIENTE e recebimento das NOTÍCIAS DO MEIO AMBIENTE (12 meses).( ) outras formas de colaboração e/ou patrocínio que informarei por e-mail ou fax.Forma de pagamento: Depósito Bancário ou transferência eletrônica para Vilmar Sidnei Demamam Berna (CPF:458.526.777-87): BRADESCO - agência 0541-0 conta corrente: 0050622-2 ou ITAÚ - agência 6077 conta corrente:07438-0. A assinatura passa a contar a partir do momento da confirmação do recebimento do comprovante do depósitona conta do editor na através do fax: (21) 2610-7365 ou pelo e-mail do editor vilmarberna@ jornaldomeioambiente.com.brMEUS DADOS PARA O RECEBIMENTO DA REVISTA IMPRESSA (enviar cupom pelo fax: (21) 2610-7365):

Nome completo: _____________________________________________________________ Nasc. ___/___/___

Endereço: _________________________________________________________________________________

Bairro:________________ Cidade: _________________________________ UF: ___ CEP _______-___

Atividade/profissão: ______________________________________________________

E-mail: _________________________________________ Site: _____________________________________

Telefones para contato: ( ) ________________________________________________________

Fax: ( ) ______________________________________ Data do depósito bancário: ___/___/___

Obs: _____________________________________________________________________________

Revista do Meio AmbienteTiragem: 25 mil exemplaresRedação e correspondência:Trav. Gonçalo Ferreira, 777Casarão da Ponta da Ilha

Jurujuba - Niterói - RJCep.: 24.370-290

Telefax: (21) 2610-2272/7365

IMPRESSO

Ano I - Edição nº Ano I - Edição nº Ano I - Edição nº Ano I - Edição nº Ano I - Edição nº 002002002002002 - 200 - 200 - 200 - 200 - 20066666

CUPOM DO ASSINANTE

Revista do MeioRevista do MeioRevista do MeioRevista do MeioRevista do Meio

REV_002a.pmd 19/9/2006, 03:1532