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Curso de Nivelamento de Língua PortuguesaCentro Universitário Leonardo da Vinci

OrganizaçãoCláudia Suéli WeissLuciana Fiamoncini

Patricia Maria Matedi

Reitor da UNIASSELVIProf. Malcon Anderson Tafner

Pró-Reitor de Ensino de Graduação a DistânciaProf. Janes Fidélis Tomelin

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a DistânciaProf. Hermínio Kloch

Diagramação e CapaDavi Schaefer Pasold

Revisão:Diógenes Schweigert

José RodriguesMarina Luciani Garcia

Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVIFone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090

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Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.

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Apresentamos a você mais uma inovação no Ensino a Distância: o Curso de Nivelamento em Língua Portuguesa. Vamos começar?

Totalmente a distância, o curso está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O objetivo é aprimorar conceitos sobre o uso das regras básicas da Língua Portuguesa através de um estudo dinâmico, e fi xar o conteúdo com atividades interativas.

Pensando em facilitar a compreensão e o estudo da Língua Portuguesa, o curso está dividido em cinco etapas. Vamos conhecer cada uma delas para que você possa se inteirar do que aprenderá durante esse curso?

A primeira etapa é uma apresentação instrucional que mostrará a você como o curso funcionará, o que será necessário para que você o realize e um pouco mais sobre os objetivos deste.

A segunda etapa, intitulada “O emprego dos verbos”, inicia com o uso dos verbos em si, explicando de forma clara os seus principais usos e dicas de como utilizá-los de forma prática.

Ortografi a, tonicidade da sílaba, acentuação e uso da crase é o que será abordado na terceira etapa. Você verá, de forma prática, como trabalhar com estes temas, que muitas vezes causam difi culdades.

Pontuação e parágrafo serão apresentados na quarta etapa. Algumas dicas importantes sobre estes temas serão abordadas de forma simples.

O estudo do texto é o tema abordado na quinta etapa. Você conhecerá as regras para escrever bem um texto. Coesão e coerência, concordância e regência são os temas que serão discutidos para que você possa praticar melhor a sua habilidade em desenvolver textos.

As autoras.

A PRESENTAÇÃO

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Caro, leitor! Estamos prestes a iniciar os estudos que abordarão o uso dos verbos. Você já se perguntou qual a origem da palavra verbo?

VERBOS: PALAVRAS QUE DIZEM MUITO

Verbo deriva do latim verbum, que tem origem indo-europeia werdHom. Possui a mesma raiz wer (falar), do germânico wordam (palavra).

FONTE: Adaptado de: <http://mitoblogos.blogspot.com/2008/04/etimologia-2-verbo.html> Acesso em: 18 jan. 2011.

Afi nal, para que usamos o verbo? Verbo é toda palavra que exprime um processo que se passa no tempo. Pode signifi car ação, estado, fenômeno da natureza. Muitas informações importantes estão contidas no verbo, tais como tempo, modo, pessoa, voz e número, que estudaremos com detalhes adiante. Também são classifi cadas como palavras que podem ser conjugadas.

De acordo com Cunha (2001), o verbo é uma palavra variável que exprime o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. O verbo, segundo Cunha, não tem uma função que lhe seja privativa, pois também o substantivo e o adjetivo podem ser núcleos do predicado. Porém, individualiza-se pela função obrigatória de

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predicado. Observe o exemplo: Paula convidou os amigos. Também podem estabelecer ligação entre um nome e uma característica, como em Ana está feliz.

Agora que já sabemos qual a função dos verbos, vamos conhecer um pouco mais sobre eles.

PARA DESCONTRAIR...

Na aula de português, a professora pergunta para Joãozinho: - Joãozinho, qual é o futuro do verbo roubar? Ele, sem pestanejar, responde: - Ir preso, professora.

A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. Ele, todo cheio de compostura, começou a declamar: - Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. A professora, intrigada, pede ao Joãozinho:- Joãozinho, mas o que há de poético nestes verbos? Joãozinho, com muita convicção, responde:- Professora, isso pode não ser poético, mas é bastante profundo.FONTE: Adaptado de: <http://www.piadalegal.com.br/piadas/?busca=verbo>. Acesso em: 18 jan. 2011.

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Vogal temática é a parte que indica a conjugação à qual os verbos pertencem. É formada pela vogal que vem depois do radical. EX: Cant - a - r. (a - vogal temática); Sofr - e - r (e - vogal temática); Part - i - r (i - vogal temática).

Veja quais são os três grupos de conjugações da Língua Portuguesa:

1ª conjugação

Verbos terminados em AR

Ex.: cantar, sonhar, falar.

2ª conjugação

Verbos terminados em ER

Ex.: comer, sofrer, mexer, expor, compor.

3ª conjugação

Verbos terminados em IR

Ex.: partir, sentir, emitir.

Conjugações verbais

Conjugar um verbo signifi ca dizê-lo em todos os seus modos, pessoas, tempos, vozes e números. Quando agrupamos todas essas fl exões, de acordo com uma ordem, temos uma conjugação. Os verbos da Língua Portuguesa são classifi cados em três diferentes grupos, caracterizados pela vogal temática.

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E os verbos terminados em OR, como em compor e expor? Por que foram classifi cados na segunda conjugação, terminados em ER? Vamos à explicação: esses verbos, por terem origem no antigo verbo poer, são encaixados na segunda conjugação.

Muito bem. Agora que já conhecemos as conjugações

verbais, vamos praticar? Classifi que os verbos a seguir em 1ª, 2ª e 3ª conjugação: a) Explicar: _____________ e. Mentir:______________b) Dividir: ______________ f. Dispor: ______________c) Rever: ______________ g. Caprichar: ___________d) Supor: ______________ h. Absorver: ____________

Vamos seguir em frente, pois ainda há muito o que aprender.

Flexão verbal

O verbo é uma palavra variável, ou seja, ele se fl exiona em número: singular e plural; pessoa: 1ª, 2ª e 3ª; modo: indicativo, subjuntivo e imperativo; tempo: presente, passado e futuro; e voz: ativa, passiva e refl exiva. Quanto a essas fl exões, estudaremos uma a uma de forma detalhada para facilitar a sua compreensão.

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Vejamos:

Número e pessoa: a fl exão de número é quando a forma indica se o verbo está no singular ou no plural. Singular quando se refere a apenas uma pessoa (eu ando, tu andas, ele anda). Plural quando se refere a mais de uma pessoa (nós andamos, vós andais, eles andam).

Assim, os verbos se fl exionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).

Veja a tabela:

Mas afi nal, o que é fl exionar um verbo? Flexionar quer dizer adaptar o verbo ao número, ao modo, ao tempo e à voz, fazendo com que ele concorde com o pronome anterior a ele.

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Número Pessoa Pronome que o representa

Exemplo utilizando o verbo cantar

Singular1ª2ª3ª

EuTuEle/Ela

Eu canto.Tu cantas.Ele canta.

Plural1ª2ª3ª

NósVósEles/Elas

Nós cantamos.Vós cantais.Eles cantam.

FONTE: As autoras

Agora que já estudamos o número e a pessoa dos verbos, vamos conhecer o modo e o tempo verbal.

• Modo verbal: é a fl exão que nos mostra qual é a intenção do falante ao expor suas ideias. Através dessa fl exão, podemos perceber se o que é expresso por ele indica uma dúvida ou possibilidade, uma certeza ou uma ordem. Os verbos são classifi cados em três modos: Confi ra:

a) Modo Indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou ocorrerá com certeza. Um fato real. Por exemplo: Carlos partiu ontem. Nessa oração, temos certeza de que Carlos realmente partiu. O fato está concretizado.

b) Modo Subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não é certo que acontecerá. Pode exprimir dúvida, probabilidade ou suposição. Por exemplo: Quem sabe eu vá ao baile, se não chover. Nessa oração, não se sabe ao certo se a ação

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ocorrerá. O fato não está concretizado.

c) Modo imperativo: indica ordem, pedido, súplica, sugestão, convite. Observando o exemplo “feche a porta”, percebemos que a oração exprime uma ordem ao seu receptor.

• Tempo verbal: o estudo do tempo verbal é um pouco mais complexo do que os demais, mas muito interessante, pois, a partir da observação deste, podemos saber quando a ação ou o fato foram realizados. Desta forma, observe a tabela a seguir e perceba que o tempo verbal divide-se em três grandes grupos: presente, pretérito (que é o mesmo que passado) e futuro. O passado, por sua vez, subdivide-se em pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito e o futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro do pretérito.Tempo verbal Conceito Tempo

verbal Conceito Exemplo

Presente

Indica ações ou fatos que ocorrem no

momento em que o emis-

sor fala.

Ele dança.

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FONTE: As autoras

Pretérito perfeito

Indica fatos que foram ob-servados após

terem sido completamente

terminados.

Ele dançou.

Pretérito

Indica ações ou

fatos que já aconteceram. Divide-se em:

Pretérito imperfeito

Indica fatos que foram ob-servados antes de terem sido terminados.

Ele dançava.

Pretérito mais-que-perfeito

Indica fatos que já foram terminados,

mas que acon-teceram antes de outro fato

que também já foi terminado.

Ele dançara.

Futuro

Indica ações ou fatos que irão aconte-

cer. Divide-se em:

Futuro do presente

Indica fatos que acontece-rão depois do momento em que se fala.

Ele dançará.

Futuro do pretérito

Indica um fato que poderia ter ocorrido, mas não ocorreu.

Ele dançaria.

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Distinções entre o pretérito perfeito e imperfeito

Para compreender melhor o uso dos pretéritos, convém saber algumas distinções entre eles. Veja:

• O pretérito imperfeito exprime fatos que acontecem habitualmente (Quando eu o encontrava, conversava com ele). Já o pretérito perfeito exprime fatos que não acontecem habitualmente (Quando eu o encontrei, conversei com ele).

• O pretérito imperfeito exprime uma ação duradoura, sem limite de tempo. (A garota dançava durante o show). Já o pretérito perfeito indica uma ação que aconteceu num determinado momento, limitando-o no tempo. (A garota dançou durante o show).

Observações: A forma sintética do pretérito mais-que-perfeito, ou seja, esta que estamos acostumados a ver conjugado, está sendo cada vez menos utilizada nos textos escritos e praticamente extinta da língua falada. Na língua portuguesa predomina o uso da forma analítica ou composta, ou seja, usamos o verbo TER ou HAVER + o verbo no particípio, que estudaremos mais adiante. Vale salientar que uma forma não é mais importante que a outra. Cada uma é utilizada de acordo com o tipo de texto que se está escrevendo. Para compreender melhor, observe os exemplos:

Forma sintética: O médico internara o paciente às pressas.

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Forma analítica ou composta: O médico tinha internado o paciente às pressas.

Forma sintética: Quando você me acordou, o ônibus já passara.

Forma analítica ou composta: Quando você me acordou, o ônibus já tinha passado.

Agora, vamos adiante. Para descontrair, vamos exercitar o que aprendemos até agora? Classifi que o verbo destacado nas sentenças a seguir em modo, tempo, pessoa e número, conforme o exemplo dado:

EXEMPLO: A menina caiu do cavalo. Resposta: Modo: indicativo; tempo: pretérito perfeito; pessoa e número: terceira pessoa do singular.

a. Eu viajaria se tivesse dinheiro. Resposta: ________________________________________b. Carla estudara muito para a prova. Resposta: ________________________________________c. As coisas acontecerão dentro do tempo proposto. Resposta: ________________________________________

• Vozes verbais: as vozes do verbo indicam se o sujeito da oração pratica, recebe, ou pratica e recebe a ação que é expressa pelo verbo. As vozes verbais classifi cam-se em ativa, passiva e refl exiva. Vejamos alguns exemplos:

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Voz ativa: ocorre quando o sujeito é quem pratica a ação, ou seja, é ele que faz a ação expressa pelo verbo. Vamos analisar o seguinte exemplo:

O público aplaudiu a cantora.O público: sujeito que pratica a ação.Aplaudiu: ação praticada pelo sujeito.A cantora: recebe a ação.

Voz passiva: ocorre quando o sujeito é quem recebe a ação praticada. A pessoa que pratica a ação, nestes casos, é o agente da passiva. A voz passiva é dividida em: voz passiva analítica e voz passiva sintética. Vamos aos exemplos:

• Voz passiva analítica: apresenta em sua estrutura um verbo auxiliar mais o verbo indicador da ação no particípio.

A cantora foi aplaudida pelo público.A cantora: sujeito paciente, ou seja, ele recebe a ação.Foi: verbo auxiliar.Aplaudida: verbo principal (ação) no particípio.Pelo público: agente da passiva, ou seja, aquele que pratica a ação.

• Voz passiva sintética: apresenta em sua estrutura o verbo que indica a ação que foi praticada mais o pronome apassivador se.

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Compram-se carros usados. Compram: verbo, que indica a ação. Se: pronome apassivador. Carros usados: sujeito paciente, ou seja, aquele que sofre a ação.

Voz refl exiva: acontece quando o sujeito da oração pratica e recebe ao mesmo tempo a ação expressa pelo verbo. Observe o exemplo:

A atriz machucou-se durante o espetáculo. A atriz: Sujeito que pratica e recebe a ação. Machucou-se: ação expressa pelo verbo.

Podemos transformar a voz ativa em voz passiva analítica. Essa transformação não alterará o signifi cado da frase, mas algumas mudanças estruturais serão necessárias. Observe:

I- A mulher fez um bolo II- Um bolo foi feito pela mulher.Voz ativa Voz passiva analítica

No exemplo I, “a mulher”, que é o sujeito que pratica a ação, passa a ser, no exemplo II, o agente da passiva, ou seja, ele pratica a ação sobre o sujeito, que, no caso, é “o bolo”.

• Formas nominais: os verbos, além de todas essas fl exões

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que já foram estudadas, podem ser ainda apresentados de três modos: infi nitivo, gerúndio e particípio. Vamos aprender um pouco mais? Vejamos cada um deles:

• Infi nitivo: exprime a própria ação verbal, porém sem nenhuma localização de tempo. É marcado pela terminação -r. Observe o exemplo: Estudar é preciso. Esta forma nominal indica a ação: estudar. O infi nitivo pode ser pessoal ou impessoal, como veremos mais adiante. Caso apresente um sujeito, será pessoal, caso não apresente, ou seja, não se refi ra a ninguém, será impessoal. Veja mais alguns exemplos:

É proibido fumar neste local. Comer muita doçura faz mal à saúde.

• Gerúndio: exprime um fato que ainda está em desenvolvimento, ou seja, que ainda não chegou ao fi m. É marcado pela terminação -ndo. O exemplo “Carlos está viajando” mostra que a ação ainda está em andamento. Veja alguns exemplos:

Ele está estudando.Mariana fi cou na escola treinando para a apresentação.

• Particípio: ao contrário do gerúndio, indica um fato já terminado. O verbo é usado, em geral, com as terminações -ado e -ido. No exemplo “Marcos foi multado”, a ação já foi concluída. Exemplos:

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O carro está estragado.A casa foi vendida.

Agora que terminamos uma fase importante dos nossos estudos sobre verbos, que foram as fl exões verbais, vamos entrar em uma nova etapa, que é o estudo da CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS. Mas por que classifi car os verbos?

A conjugação dos verbos segue um determinado padrão, um paradigma. No caso dos verbos regulares, dependendo da sua terminação, ele terá uma forma a ser conjugada. Também há casos em que este paradigma não é seguido, que é o que chamamos de verbo irregular. Há verbos que são utilizados em apenas algumas pessoas, tempos ou modos. O motivo pelo qual isto acontece é bastante variável, sendo que, em muitos dos casos, a própria ideia que o verbo quer transmitir não se aplica a todas as pessoas. E há também os verbos que possuem duas formas equivalentes, para tanto, precisamos conhecê-las para saber onde aplicá-las. Então, agora que já sabemos o porquê de precisarmos classifi cá-los, vamos conhecer estas classifi cações?

• Verbo regular: classifi camos como regulares aqueles verbos que são conjugados sem que sejam feitas alterações em seu radical. Utilizaremos, como exemplo, o verbo sofrer. Este verbo é formado pelo radical sofr-, e, quando o conjugamos, ele permanece. Observe: Eu sofro com esta situação.

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Agora que já sabemos o que é um radical, vamos adiante.

• Verbo irregular: classifi camos como irregulares aqueles verbos que, quando conjugados, têm seu radical modifi cado. Para este exemplo, utilizaremos o verbo pedir. Este verbo é formado pelo radical ped-, e, quando o conjugamos, o radical é modifi cado. Observe: Eu peço um presente de Natal.

• Verbo anômalo: classifi camos como anômalos aqueles verbos que, quando conjugados, apresentam no seu radical mudanças mais evidentes e profundas do que os verbos

Mas afi nal, o que é um radical? Radical é o elemento irredutível da palavra, ou seja, a parte mínima. É a parte invariável do vocábulo. Todos os sufi xos e prefi xos adicionados ao radical geram novas palavras.

Confi ra o exemplo:Pedr – aPedr – eiraPedr – ariaPedr – egulho

Neste caso, PEDR é o radical da palavra.Lembrando: sufi xos e prefi xos são elementos afi xados (colocados) no fi nal e início, respectivamente, do radical.

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irregulares. Podemos citar, como exemplos de verbos anômalos, os verbos ser e ir. Observe: sou, és, é, somos, sois, são. Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.

• Verbo defectivo: classifi camos como defectivos aqueles verbos que não possuem todas as suas formas. Por exemplo, o verbo abolir. Não podemos dizer “eu abolo”, mas usamos a expressão “eu vou abolir” ou “eu estou abolindo”. Da mesma forma “eu coloro”. Quando precisamos nos expressar utilizando este verbo, utilizamos a expressão “eu vou colorir” ou “ eu estou colorindo”.

• Verbo abundante: classifi camos como abundantes aqueles verbos que possuem duas formas aceitáveis de particípio, uma regular e uma irregular. Segundo Cunha (2001), a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da voz ativa, isto é, acompanhada dos verbos auxiliares ter e haver. A irregular usa-se de preferência na formação da voz passiva, ou seja, acompanhados pelo verbo auxiliar ser. A seguir, segue uma lista de verbos abundantes.

VERBO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Aceitar O pai tinha aceitado a proposta.

O membro foi aceito no grupo.

Acender O menino tinha acendido a fogueira. O fósforo foi aceso.

Eleger O povo tinha elegido o deputado.

O deputado foi eleito ontem.

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Entregar O carteiro havia entregado a carta.

O presente foi entregue a ela.

Enxugar A mulher havia enxugado o chão. O rosto foi enxuto.

Expulsar Ele havia expulsado o aluno. Ele foi expulso do clube.

Imprimir A secretária tinha imprimido o pedido.

O documento foi impresso.

Limpar A funcionária tinha limpado o local. O local foi limpo.

Morrer Ela havia morrido há tempo. Ela foi morta há tempo.

Suspender O prefeito tinha suspendido a reunião.

O congresso foi suspenso.

FONTE: adaptado de: FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 2008.

• Verbo principal: O verbo principal da frase mantém seu sentido, sem modifi cá-lo. Observe o exemplo:

O rato correu para debaixo do balcão. Correu: verbo principal.

• Verbo auxiliar: O verbo auxiliar sempre acompanha o verbo principal, que é, nestes casos, apresentado em uma de suas formas nominais (particípio, gerúndio ou infi nitivo), que já estudamos antes, você lembra? Assim, eles constituem os tempos compostos e as locuções verbais. Os tempos compostos podem ser constituídos da seguinte forma:

a) Verbo auxiliar ter ou haver + verbo principal no particípio. Ex.: Os meninos haviam terminado a tarefa.

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Haviam: verbo auxiliar. Terminado: verbo principal no seu particípio.

b) Verbo auxiliar ter ou haver + verbo auxiliar ser + verbo principal no particípio.Ex.: O carro havia sido comprado na concessionária.Havia e sido: verbos auxiliares. Comprado: verbo principal no particípio.

Já as locuções verbais podem ser formadas por verbo auxiliar + infi nitivo, gerúndio ou particípio do verbo principal.

Ex.: As pessoas estavam voltando da missa. Estavam: verbo auxiliar. Voltando: verbo principal no seu gerúndio.

Infi nitivo impessoal

Considera-se que o verbo está no infi nitivo impessoal quando ele não se refere a nenhuma pessoa, ou seja, apresenta sentido genérico. Podemos utilizar, como exemplo, a seguinte frase: “Viver é uma aventura”. Nela, o verbo viver não se refere a nenhuma pessoa. Diferente da frase: “Ele vive uma aventura”. Nesta, o verbo viver se refere ao pronome ele.

• Principais usos do infi nitivo impessoal:

a) Quando, na frase, o verbo estiver no imperativo. Ex.: Crianças, deitar agora.

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b) Quando o verbo não se refere a um sujeito determinado, e este apresentar uma ideia vaga. Ex.: Proibido estacionar.c) Quando o verbo é usado em locuções verbais. Ex.: Vamos estudar bastante.d) Quando o verbo tiver, antes dele, uma preposição e complementar um adjetivo, verbo ou substantivo da oração que vier antes dele. Ex.: Você não tem o direito de falar assim comigo. e) Quando o sujeito do verbo que está no infi nitivo é o mesmo do verbo que está na oração anterior. Ex.: O acusado foi condenado a pagar pena de três anos.f) Quando acompanhar os verbos causativos (que exprimem causa) deixar, mandar e fazer e seus sinônimos, e estes não formarem locução verbal com o infi nitivo que os segue. Ex.: Mande-o fazer o serviço direito./Faça-o estudar mais./Deixe-o ir embora.g) Quando acompanhar os verbos sensitivos: sentir, ver, ouvir e seus sinônimos, também não se deve fl exionar o verbo. Ex.: Ouvi-os sussurrar sobre o que aconteceu ontem./Vi-os chegar atrasados./Senti-as respirar perto de mim. Que tal praticarmos um pouco? Agora que você já sabe o que é o infi nitivo impessoal, veja o vídeo a seguir, acompanhado da letra e destaque todos os verbos que aparecerem no infi nitivo impessoal. Vamos lá?

O vídeo está disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=LbfXvvc3oe0&feature=related>.

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Acompanhe a letra:

Errar é útilSofrer é chatoChorar é tristeSorrir é rápidoNão ver é fácilTrair é tátilOlhar é móvelFalar é mágicoCalar é táticoDesfazer é árduoEsperar é sábioRefazer é ótimoAmar é profundoE nele sempre cabem de vezTodos os verbos do mundoAbraçar é quenteBeijar é chamaPensar é ser humanoFantasiar tambémNascer é dar partidaViver é ser alguémSaudade é despedidaMorrer um dia vemMas amar é profundoE nele sempre cabem de vezTodos os verbos do mundo.

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Infi nitivo pessoal

O verbo no infi nitivo pessoal é o contrário do infi nitivo impessoal, ou seja, quando ele se refere a uma pessoa dentro da oração. Portanto, ele deve ser fl exionado. Observe o exemplo: Mariana estudou para a prova.

• Principais usos do infi nitivo pessoal:

a) Quando o sujeito estiver explícito na oração. Exemplos: Se tu não perceberes isto... Convém vocês irem primeiro.

b) Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal.Exemplos: O hotel preparou tudo para os turistas fi carem à vontade. O guarda fez sinal para os motoristas pararem.

c) Para tornar o sujeito indeterminado. Exemplo: Faço isso para não me acharem inútil.

d) Quando o verbo expressar uma ação recíproca.Exemplos: Vi os alunos abraçarem-se alegremente. Mandei as meninas olharem-se no espelho.

FONTE: SÓ PORTUGUÊS. Infi nitivo pessoal. Adaptado de: <http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php>. Acesso em: 19 jan. 2011.

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Tempos primitivos e derivados

Na língua portuguesa, os tempos verbais são divididos em primitivos e derivados. Dos tempos considerados primitivos, que são o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infi nitivo impessoal, derivam todos os demais tempos verbais existentes na língua portuguesa. Estudaremos as derivações dos verbos individualmente. Vejamos: • Tempos derivados do presente

a) Presente do subjuntivo:

O presente do subjuntivo expressa ações incertas, hipotéticas ou desejadas no presente. Ex.: Espero que ele trabalhe.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

Presente do

subjuntivo

SonheSonhesSonheSonhemosSonheisSonhem

VendaVendasVendaVendamosVendaisVendam

SintaSintasSintaSintamosSintaisSintam

b) Pretérito imperfeito do indicativo:

Designa um fato passado, porém não concluído. É utilizado principalmente quando nos transportamos ao passado e descrevemos

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o que, na época, era presente (ex.: Em 1993 eu fumava); para indicar algo que estava acontecendo e sobreveio outra (ex.: Gritava muito, e as crianças acordaram); para expressar uma ação que se repetia (ex.: Ela cantava e os outros ouviam). Há também outros usos do pretérito imperfeito, mas estes são os principais.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação

Pretérito imperfeito do

indicativo

SonhavaSonhavasSonhavaSonhávamosSonháveisSonhavam

VendiaVendiasVendiaVendíamosVendíeisVendiam

SentiaSentiasSentiaSentíamosSentíeisSentiam

c) Imperativo: O imperativo, no português, pode ser afi rmativo ou negativo. Ele é usado para os seguintes casos: dar uma ordem (ex.: Cala-te agora!); dar um conselho (ex.: Não olhe para trás, siga adiante); fazer um convite (ex.: Venha à minha festa de aniversário); fazer uma súplica (ex.: Não me abandone!). Observe:

Presentedo indicativo

Presentedo subjuntivo

Imperativo afi rmativo

SonhoSonha sSonhaSonhamosSonhai sSonham

SonheSonhesSonheSonhemos SonheisSonhem

Sonha (tu)Sonhe (você)Sonhemos (nós)Sonhai (vós)Sonhem (eles)

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• Tempos derivados do pretérito perfeito

a) Pretérito imperfeito do subjuntivo:

O pretérito imperfeito do subjuntivo indica: I - uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente de outra ação passada.

• “Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…” (Coelho Neto, Sertão)

• “Como fi zesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o café na chácara.” (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão)

• “Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer.” (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos)

II - uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifi ca na realidade, que teria uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.

• Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. • Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. • Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.

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Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Sonha - sseSonha - ssesSonha - sse

Sonhá - ssemosSonhá - sseisSonha - ssem

b) Futuro do subjuntivo:

Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura.

• Quando eu voltar, saberei o que fazer. • Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa.

Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura.

• Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará.

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.

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c) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:

Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado (o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro fato também passado).

O pretérito mais-que-perfeito aparece nas formas ‘simples’ e ‘composta’, sendo que a primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial.• Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito

simples: • Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro

que vendera.• “Levava comigo um retrato de Maria Cora;

alcançara-o dela mesma… com uma pequena dedicatória cerimoniosa.” (Machado de Assis, Relíquias de Casa)

• Morava... no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os

Futuro do subjuntivoSonha - rSonha - resSonha - rSonha - rmosSonha - rdesSonha - rem

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pilares de alvenaria.” (Gustavo Barroso, O Sertão e o Mundo)

• Te dou meu coração, quisera dar o mundo.

• Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito composto:

• Quando eu cheguei, ela já tinha saído.• Tinha chovido muito naquela noite.

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Sonha - raSonha - rasSonha - ra

Sonhá - ramosSonhá - reisSonha - ram

• Tempos derivados do infi nitivo impessoal

a. Futuro do presente do indicativo: O futuro emprega-se para indicar algo certo, que acontecerá após o momento da fala (ex.: O baile começará às 22 horas); para exprimir uma dúvida com relação a fatos atuais (ex.: Não sei onde será a festa); para expressar um desejo ou uma ordem (ex.: Respeitarás teus professores).

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Futuro do presente do indicativoSonhar - eiSonhar - ásSonhar - á

Sonhar - emosSonhar - eisSonhar - ão

b. Futuro do pretérito do indicativo: usamos para indicar ações posteriores à época que falamos (ex.: Após terminar a reforma, a casa se transformaria em um lar); para expressar dúvidas sobre fatos no passado (ex.: Seria aquele o bandido que assaltou a loja?); usamos também em frases interrogativas, para demonstrar indignação (ex.: O casal separou-se. Quem diria?). Veja a tabela:

Futuro do pretérito do indicativoSonhar - iaSonhar - iasSonhar - ia

Sonhar - íamosSonhar - íeisSonhar - iam

c) Infi nitivo pessoal: O infi nitivo pessoal é formado a partir do infi nitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais às do futuro do subjuntivo: -, -es, -, -mos, -des, -em. Por isso,

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nos verbos regulares esses dois tempos se confundem.FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Infi nitivo>. Acesso em: 20 jan. 2011.

Infi nitivo pessoal---Sonhar - es---Sonhar - mosSonhar - desSonhar - em

FONTE: adaptado de Cunha, C; Cyntra L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. São Paulo: Nova Fronteira, 2001.

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a. Quando escrevemos o infi nitivo de um verbo com “j”, esse “j” estará presente em todas as outras formas.

Exemplo:

Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem etc. (Não se esqueça que o substantivo ferrugem é escrito com “g”.)

Viajar: viajou, viajaria, viajem, viajarão, viajasses etc. (Não se esqueça que o substantivo viagem é escrito com “g”).

b. Quando escrevemos um verbo com “g”, por exemplo “dirigir” e “agir”, o “g” deverá ser substituído por um “j” somente na primeira pessoa do presente do indicativo. Observe. Eu dirijo. Eu ajo.

D ICAS

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Uma boa dica de site que aborda a questão dos verbos com muita clareza é o site Só Português. Lá você encontra tudo sobre verbos, além de atividades muito interessantes. Basta fazer o cadastro, com login e senha, e pronto. É só entrar e se divertir.

Acesse: www.soportugues.com.br

S ITES

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A Moderna Gramática Portuguesa, atualizada pelo novo acordo ortográfi co, de Evanildo Bechara, é uma boa pedida para o estudo dos verbos, pois traz exemplos práticos, dinâmicos e contextualizados sobre os principais usos dos verbos.

A TUALIDADES

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SLIDESHARE. Mundo divertido. Disponível em: <http://www.slideshare.net/guest7174ad/o-mundo-divertido-presentation>. Acesso em: 7 jan. 2011.

MÁQUINA DE QUADRINHOS. Solta o verbo, Cebolinha. Disponível em: <http://www.maquinadequadrinhos.com.br/HistoriaVisualizar.aspx?idHistoria=267602#>. Acesso em: 7 jan. 2011.

PIXELS. Vamos estudar os verbos. Disponível em: <http://www.pixels.com.br/pixels_quadrinhos_tirinhas_carrega.php?conteudo=tirinhas_011>. Acesso em: 7 jan. 2011.

V ÍDEOS

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Vamos praticar um pouco o que aprendemos? Leia o poema a seguir de Carlos Drummond de Andrade e responda às questões:

O Amor Bate na Aorta

Cantiga de amor sem eiranem beira,vira o mundo de cabeçapara baixo,suspende a saia das mulheres,tira os óculos dos homens,o amor, seja como for,é o amor.

Meu bem, não chores,hoje tem fi lme de Carlito.

O amor bate na portao amor bate na aorta,fui abrir e me constipei.Cardíaco e melancólico,o amor ronca na hortaentre pés de laranjeiraentre uvas meio verdese desejos já maduros.

A UTOATIVIDADE

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Entre uvas meio verdes,meu amor, não te atormentes.Certos ácidos adoçama boca murcha dos velhose quando os dentes não mordeme quando os braços não prendemo amor faz uma cócegao amor desenha uma curvapropõe uma geometria.

Amor é bicho instruído.

Olha: o amor pulou o muroo amor subiu na árvoreem tempo de se estrepar.Pronto, o amor se estrepou.Daqui estou vendo o sangueque corre do corpo andrógino.Essa ferida, meu bem,às vezes não sara nuncaàs vezes sara amanhã.

Daqui estou vendo o amorirritado, desapontado,mas também vejo outras coisas:vejo beijos que se beijamouço mãos que se conversame que viajam sem mapa.Vejo muitas outras coisas

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que não ouso compreender...

1. Destaque, no texto:a. dois verbos no imperativo:b. um verbo que indique ação: c. um verbo que indique estado:d. uma forma verbal na primeira pessoa: e. uma forma verbal na segunda pessoa:f. uma forma verbal na terceira pessoa:g. um verbo no infi nitivo: h. um verbo no gerúndio: i. um verbo no particípio:

2. A que conjugação pertence cada um dos verbos destacados:

a. “O amor bate na aorta” ________________________b. “vira o mundo de cabeça para baixo” _____________c. “o amor subiu na árvore”_______________________d. “o amor faz uma cócega”_______________________

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Só Português. Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/>. Acesso em: 28 nov. 2010.

FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 1992.

AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo: FTD, 2000.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

MAIA, João D. Português. São Paulo: Ática, 1999.

NICOLA, José de. Gramática Essencial. São Paulo: Scipione, 1997.

R EFERÊNCIAS

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Página 6: a - 1ª, b - 3ª, c - 2ª, d - 2ª, e - 3ª, f - 2ª, g - 1ª, h - 2)

Página 12: a. modo: indicativo; tempo: futuro do pretérito; pessoa e número: primeira pessoa do singular. / b. modo: indicativo; tempo: pretérito mais-que-perfeito; pessoa e número: terceira pessoa do singular. / c. modo: indicativo; tempo: futuro do presente; pessoa e número: terceira pessoa do plural.)

Página 34: 1. a. Olha (modo indicativo), chores, atormentes (modo imperativo). b. Vira, suspende, tira, batem constipei, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, desenha, propõe, pulou, estrepou, corre, sara, beijam, conversam, viajam, ouso, subiu, murcha.c. É. d. Estou, fui, vejo, ouço, ouso. e. Chores, atormentes (modo subjuntivo). f. Vira, suspende, tira, bate, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, desenha, propõe, é subiu, pulou, sara, corre, beijam, conversam, viajam.g. Abrir, estrepar, compreender. h. Vendo. i. Irritado, desapontado.

2. a. segunda conjugação. b. primeira conjugação. c. terceira conjugação. d. segunda conjugação.

G ABARITO