Romanos monarquia e república

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A CIVILIZAÇÃO ROMANA Profª. Fatima Freitas

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A CIVILIZAÇÃO ROMANA

Profª. Fatima Freitas

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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICAAo norte da península viviam os

lígures, e ao sul viviam os sículos,

povos nativos da região.Roma localiza-se na Itália, na região do

Lácio. A Península faz divisa ao sul com o

mar Mediterrâneo, a leste com o mar

Adriático e a oeste com o mar Tirreno.

Por volta do II milênio a.C.,

os árias da Ásia Central,

migraram para a península

Itálica, e ficaram conhecidos

como italiotas, que estavam

divididos em: úmbrios,

sabinos, équos, samnitas,

volscos, oscos e latinos.

A partir do I milênio a.C., os etruscos, de origem desconhecida se fixaram

na região da Etrúria, região compreendida entre os rios Tibre (sul) e Arno

(norte) e os Montes Apeninos.

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Por volta do século VIII a.C., os latinos fundaram várias aldeias no monte Palatino,

uma das sete colinas da região do Lácio. Ali praticavam a agricultura e o pastoreio

Aquele era um local de

entroncamento de rotas comerciais

que cruzavam a península. A aldeia

passou a atrair pessoas de outras

regiões.

Por volta do século VII a.C.já haviam

várias vilas latinas na região, mais

ou menos 80 mil pessoas.

Provavelmente nessa época os

etruscos invadiram o Lácio e,

impondo seus costumes,

unificaram

todos os vilarejos numa única

cidade:

ROMA

Vista parcial do Monte Palatino

Ruínas do palácio real.

ORIGEM HISTÓRICA DE ROMA

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Segundo a tradição literária (lendária) escrita pelo poeta romano Virgílio conta que Roma foi

fundada pelos irmãos gêmeos Rômulo e Remo, netos do rei Numitor de Alba Longa, cujo

trono fora usurpado por seu irmão Amúlio.

Segundo a narrativa, ele e seu irmão gêmeo, Remo, seriam descendentes de Enéias , filho

de Anquises de Tróia, e da deusa Vênus.

Os gêmeos foram lançados no rio Tibre dentro de um cesto, por ordem o tio, o cesto

encalhou às margens do rio junto ao Monte Palatino e foram encontrados e amamentados

por uma loba.

Posteriormente um pastor Faustolo acolheu as crianças, cuidando de sua guarda e

educação.

Quando adultos, reconquistaram o trono para o avô e obtiveram permissão para fundarem

Roma na região onde a loba os havia encontrado.

Para ficar com o reinado da cidade- fundada em 753 a.C. – Rômulo matou o irmão Remo

tornando-se o primeiro rei da cidade.

.

Loba Capitolina - Rômulo e Remo sendo

amamentados por uma loba, segundo

as antigas tradições romanas.

ORIGEM LENDÁRIA DE ROMA

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• Os habitantes de Roma estabeleceram uma organização sociopolítica com base nas gentis, grandes sociedades familiares chefiadas por um patriarca (denominado pater famílias).

• Além de exercer a função dos chefes, o patriarca era responsável pelo culto familiar, e tinha poderes para controlar a vida de seus parentes e subordinados.

OS ETRUSCOS

• Habitavam uma região da península conhecida como Etrúria, localizada ao norte do Lácio, região rica em ferro e cobre.

• Eles fundaram cidades prósperas como tarquínia, Volterra e Arezzo.

• Eram excelentes navegadores e praticavam o comércio marítimo com os povos vizinhos, principalmente com os gregos.

• Os romanos mantinham intenso contato com os etruscos e herdaram grande parte de sua cultura, como técnicas agrícolas, urbanísticas e arquitetônicas, métodos de organização militar e administrativas.

• Absorveram crenças religiosas, danças, jogos, corridas e lutas.

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INFLUÊNCIAS ETRUSCAS

O hábito de usar túnicas

Roma se transformou em

um grande pólo comercial

Os etruscos ensinaram os

Latinos a pavimentar estradas,

drenar pântanos, construir pontes

e redes de esgotos

Houve uma gradual adaptação dos alfabetos

Etrusco e Grego, originando o alfabeto Latino,

que utilizamos até hoje.

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SOCIEDADE ROMANA

Por essa época a sociedade romana era formada majoritariamente

de indivíduos livres, divididos entre:

0 1- PATRÍCIOSEram o grupo detentor de maior poder.

Formado por grandes proprietários de terras,

que acreditavam descender de Rômulo.

02- PLEBEUSComposto de artesãos, comerciantes

e pequenos proprietários.

Não podiam casar com patrícios nem

exercer cargos públicos ou religiosos.

Tinham que servir no exército.

03- CLIENTESEm geral, ex-escravos.

Dependiam completamente

dos patrícios.

04- ESCRAVOSPrisioneiros de guerra ou devedores.

Eram usados nos trabalhos pesados.

Seus donos tinham poder de vida e

de morte sobre eles

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MONARQUIA(753 a.C. á 509 a.C.)

Governada por reis etruscos que

detinham poderes quase absolutos:

Governava a cidade, o exército,

os júris e os cultos religiosos.

Um desses reis, Numa Pompílio,

foi o responsável pela criação do

calendário lunar. Em 509 a.C. os

etruscos forma expulsos do Lácio,

a monarquia foi extinta e substituída

pela república.

REPÚBLICA(509 a.C. à 27 a.C)

Era governada por uma complexa

estrutura político-administrativa

formada por: Magistraturas (executivo),

Senado: (legislativo) o mais poderoso

e Assembléias: que elegia senadores

e cônsules.

Período de grande expansão territorial

e de domínio sobre os demais povos

da Europa na época.

IMPÉRIO(27 a.C. à 476 d.C.)

Período de maior expansão e

brilho da civilização romana.

Neste período Roma passa a

ser governada por

imperadores

que centralizam os poderes

em

suas mãos chegando a serem

confundidos com deuses

EVOLUÇÃO POLÍTICA DE ROMA

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REI

SENADO

Era um Conselho de Anciãos:

Davam conselhos e indicavam

reis.

Era formado por patrícios

COMITIA CURIATA

Assembléia de representantes

de famílias livres.

Aprovava ou rejeitava a

indicação

dos reis

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• Segundo a tradição Roma teve sete reis, sendo o

primeiro Rômulo, logicamente teve mais devido ao longo

período.

• A maioria dos reis eram de origem etrusca e exercia o

controle administrativo, judicial, militar e religioso.

• A Monarquia vigorou até aproximadamente 510 a.C.,

quando um grupo de patrícios se revoltou contra o rei

etrusco Tarquíneo II, o Soberbo.

• O rei havia feito algumas concessões aos plebeus,

permitindo-lhes exercer maior participação política.

• Descontentes, os patrícios o expulsaram da cidade

juntamente com os demais etruscos que ali habitavam,

derrubando assim a monarquia e implantaram a

República em Roma.

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ÓRGÃOS E CARGOS DA REPÚBLICA

MAGISTRADOS

(executivo)

SENADO ASSEMBLÉIAS

2 Cônsules = administração e

exército

Censores = encarregados de

realizar o censo

Edis = cuidavam da segurança

Pretores – administravam a

justiça

Tribuno da Plebe= defendia os

interesses dos plebeus no

Senado.

Senadores = homens originários

de famílias patrícias.

O cargo de senador era vitalício.

Os senadores elaboravam as leis e

tomavam

as decisões políticas mais importantes

tribal = elegia alguns

magistrados

centurial = elegia os

Senadores

e decidia sobre a guerra e a

paz

Curial= tratava de assuntos

ligados aos cultos religiosos

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• Logo nos primeiros anos da República, os romanos se lançaram à conquista dos povos vizinhos e, devido à política expansionista, no século III a.C., já haviam conquistado toda a península itálica.

• No século III a.C., quando o expansionismo romano atingiu o sul da península itálica, a região era ocupada por cartagineses , chamados pelos romanos de púnicos.

• Os cartagineses eram originários de Cartago, uma cidade-estado fundada pelos fenícios no litoral norte da África, local estratégico que lhes possibilitou dominar o comércio no mar Mediterrâneo.

• Roma estava em processo de expansão territorial e econômica e, com isso, aproximou-se de territórios cartagineses, entrando em conflito pela disputa das rotas comerciais.

• Durante um período de pouco mais de cem anos, ocorreram três Guerras Púnicas,intercaladas por períodos de paz entre os dois povos.

• A primeira ocorreu entre 264 e 261, a Segunda entre 218 e 202, e a Terceira, no período de 149 a 146 a.C., onde Cartago foi destruída e os romanos passaram a dominar os territórios cartagineses e dominou as regiões ocidentais (Península Ibérica e Gália) e oriental (Macedônia, Grécia e Ásia Menor).

• Nessa época o mar Mediterrâneo ficou conhecido como mare nostrum, pois os territórios ao redor desse mar, ficou controlado pelos romanos.

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GUERRAS PÚNICAS

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O TRABALHO ESCRAVO

O escravo realizava trabalhos nos mais diversos

setores da economia, sobrando assim muito tempo

livre aos patrícios para as atividades administrativas

e ao ócio.

Resistindo à exploração a que eram submetidos

os escravos organizaram várias revoltas durante a

República.

Entre 136 e 132 a.C. saquearam a Sicília, e entre

73 e 71 a.C quase 80 mil escravos, sob a liderança

de um escravo gladiador chamado Espártaco,

organizou um forte exército, que ameaçou o poder

de Roma durante quase dois anos.

Só em 71 a.C. uma força do exército romano, sob o

comando de Licínio Crasso, conseguiu vencer o

exército de escravos rebeldes foi extremamente

dura, para servir de exemplo a todos.

Mais de 6 mil seguidores de Espártaco foram

presos e crucificados em diversos locais das

estradas romanas.

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CONSEQUENCIAS DO EXPANSIONISMO ROMANO

• O aumento do número de escravos: devido as guerras de conquista, pois as populações derrotadas eram escravizadas e vendidas para os romanos ricos.

• A presença do escravo era comum no cotidiano da população urbana e rural.

• Eles realizavam diversos trabalhos como produção de alimentos, mineração, construção de obras públicas e serviços domésticos, sendo que alguns realizavam trabalhos intelectuais como os gregos que ministravam aulas.

• As dificuldades da plebe: os pequenos proprietários rurais plebeus que lutavam nas guerras, não podiam cultivar suas terras e acabavam endividando-se, e para pagar as dívidas, entregavam suas terras aos patrícios e plebeus enriquecidos, e migravam para as cidades, ocorrendo assim a concentração de terras e o êxodo rural.

• Era difícil encontrar trabalho, devido à grande quantidade de escravos.

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CONFLITOS ENTRE PATRÍCIOS E PLEBEUS• Diante dessa situação, os plebeus se organizaram e começaram a reivindicar

medidas governamentais que aumentassem sua participação política e, consequentemente, melhorassem as suas condições de vida.

• Eles podiam vetar as decisões do Senado que prejudicassem os plebeus, por meio de lutas, conseguiram implementação de algumas leis, vejamos algumas:

LEI CANULÉIA –

SÉC. V a.C.

- Lei que aboliu a

proibição de casamentos

entre patrícios e plebeus

ricos. Com isso os ricos

podiam casar-se com um

patrício afim de facilitar

sua ascensão na política

romana.

Leis Licínias – séc. IV

a.C.

- Leis que

determinaram o direito

dos plebeus ao acesso

às terras públicas

(conquistadas por meio

de guerras) e às altas

magistraturas como o

consulado.

Lei Hortênsia – séc.

III a.C.

- Lei que determinou

que os decretos

aprovados pelos

plebeus (plebiscitum)

passariam a valer

para toda a república.

Leis aprovadas

Lei Olgúnia –

- lei que

permitiu direitos

religiosos iguais

entre patrícios e

plebeus

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A REFORMA AGRÁRIA EM ROMA

• Tentativa dos irmãos Tibério e Caio Graco de reduzir as desigualdades sociais geradas pela concentração de terras que com o apoio da plebe rural, apresentou uma proposta de lei de reforma agrária das terras públicas em pequenos lotes a serem distribuídos a cidadãos pobres.

• A proposta desagradou alguns nobres e Tibério foi assassinado em 132 a.C.

• Alguns anos mais tarde Caio Graco alcançou popularidade entre os plebeus e conseguiu implementar a reforma agrária em algumas regiões dominadas por Roma.

• Ele perdeu o apoio da plebe urbana, seus partidários decidiram pegar em armas para tentar manter as reformas.

• O Senado concedeu plenos poderes ao exército que massacrou os revoltosos em 121 a.C., e as leis aprovadas foram abolidas.

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A PROFISSIONALIZAÇÃO DO EXÉRCITO• Como consequencia do expansionismo, o exército

passou por uma reestruturação que fez dele uma instituição importante para a manutenção e a continuidade da expansão dos territórios romanos.

• Os generais vitoriosos desfrutavam de grande popularidade e utilizavam a fidelidade dos soldados para ascender na carreira política.

• Mário foi um desses generais, nobre de origem plebéia,

casou-se com uma patrícia, foi eleito cônsul em 104 a.C. e

com o apoio da plebe promoveu profundas reformas no

exército, entre elas citamos a abolição da exigência de

possuir bens para ingressar no exército, e os soldados

passaram a receber salário para os que se apresentavam

voluntariamente.

• Com essas reformas, o exército passou a ser permanente

e profissional, por isso a carreira militar tornou-se uma boa

poção de trabalho para muitos homens pobres.

• O exército também foi utilizado em diferentes situações

pelos generais como um importante instrumento político

ameaçando a hegemonia política do Senado.

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A CRISE DA REPÚBLICA ROMANA

SILA = tornou-se o primeiro general a

entrar em Roma com suas tropas, e com

o apoio dos nobres foi nomeado ditador

pelo Senado em 81 a.C.

JÚLIO CÉSAR = foi cônsul, tribuno, sumo sacerdote e líder dos plebeus que em 60 a.C.

formou uma aliança com os generais Crasso e Pompeu e foi eleito cônsul, formando o 1º.

Triunvirato e dividiram entre si os territórios anexados à república, reduzindo o poder do

Senado.

Em 529 a.C., o general Crasso morreu em combate, os senadores declararam Pompeu o

único cônsul de Roma, pondo fim ao 1º. Triunvirato.

Júlio César estava combatendo na Gália (França), e ao retornar marchou com seu exército

para Roma, forçando Pompeu a fugir para a Grécia, onde acabou derrotado e o senado o

elegeu ditador.

Sob seu governo promoveu uma reorganização político-administrativa em Roma,

distribuíram-se terras entre os soldados, impulsionou a colonização das áreas conquistadas,

construíram-se estradas e edifícios e reformulou o calendário.

Gradativamente ele foi assumindo ele assumiu os títulos máximos da República até que se

tornou ditador perpétuo em 44 a.C. e nesse mesmo ano foi assassinado no Senado por

conspiradores contrários à centralização do poder em suas mãos.

SILA

JÚLIO CÉSAR

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Marco Antônio

43 a.C. Caio Otávio

43 a.C.

Lépido

43 a.C.

O SEGUNDO TRIUNVIRATO

Depois do assassinato de Júlio César, estabeleceu o 2º. Triunvirato

formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido.

Otávio era sobrinho de César perseguiu os assassinos de seu tio,

derrotou Lépido e Marco Antônio que tinha uma relação com Cleópatra e

assumiu sozinho o poder em 31 a.C.

Ele seguiu o exemplo de César, foi acumulando os títulos máximos da

República até receber em 27 a.C., o título de augustus (sagrado,

venerado).

Otávio augusto, tornou-se assim o 1º. Imperador de Roma, pondo fim à

República.

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Filmes relacionados com o tema:

Spártacus

Cleópatra

Júlio César

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• História Coleção Novo Olhar – Marco Pellegrini – Editora FTD

• História Global – Gilberto Cotrim – Editora Saraiva

• Imagens Google