Romanos Serie Estudos Biblicos John Macarthur

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Série Estudos Bíblicos Tohn MacArthur Graça, Verdade e Redenção

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  • Srie Estudos Bblicos Tohn MacArthur

    Graa, Verdade e Redeno

  • Srie Estudos Bblicos John MacArthur

    Graa, Verdade e Redeno

    John MacArthur

  • Romanos - Estudos bblicos de John MacArthur 2010, Editora Cultura Crist. Originalmente publicado em ingls com o ttulo Romans - John MacArthur Bible Studies Copyright 2006, John MacArthur pela Nelson Books, uma diviso da Thomas Nelson, Inc., 501 Nelson Place, P.O.Box 141000, Nashville, TN, 37214-1000, USA, em associao com Wolgemuth & Associates, Inc. e assistncia da

    Livingstone Corporation. Todos os direitos so reservados. Publicado com permisso.

    1 edio - 3.000 exemplares

    Conselho editorial;Ado Carlos do Nascimento Ageu Cirilo de Magalhes Jr

    Fabiano de Oliveira Francisco Solano Portela Neto

    Heber Carlos de Campos Jnior Jer Corra Batista

    Jailto Lima Mauro Fernando Meister

    Tarczio Jos de Freitas Carvalho Valdeci da Silva Santos

    Produo EditorialTraduo:Judith Tonioli Arantes Reviso:Claudete gua de Melo Denise Ceron Silvana Brito Editorao:Spress Bureau Capa:Leia Design

    M ll lr MacArthur, JohnRomanos: estudos bblicos de John MacArthur /

    John MacArthur; traduzido por Judith Tonioli Arantes. _ So Paulo: Cultura Crist, 2011 80p.:16x23cm

    Traduo Romans: John MacArthur bible studies

    ISBN 978-857622-327-6

    1. Estudos bblicos 2. Vida crist L Titulo

    CDD 248.4

    6DITORR CULTURR CRIST R. M iguel Teles Jr., 394 - Cam buci - SP - 15040-040 - Caixa Postal 15.136

    Fone (011) 3207-7099 - Fax (011) 3209-1255 - 0800-0141963 w vw.editoraculturacrista.com .br - [email protected]

    Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor: Cludio Antnio Batista M arra

  • S u m r io

    Introduo a Rom anos............................................................................................. 5

    I As boas novas .......................................................................................... 9Romajos 1.1-17

    2, As ms notcias ....................................................................................... 15Romanos 1.18-3.20

    3 Somente pela f ..................................................................................... 21Romanos 3.21-4.25

    4 Graa por intermdio de um homem ............................................... 27Romanos 5.1-21

    5 Morto e vivo! ........................................................................................... 33Romanos 6.1-23

    6 Liberto da le i ............................................................................................ 39Romanos 7.1-25

    7 No Esprito .............................................................................................. 45Romanos 8.1-39

    8 Israel e o plano eterno de Deus .......................................................... 51Romanos 9.1-11.36

    9 Vida sobrenatural................................................................................... 57Romanos 12.1-21

    1 0 Vivendo no mundo ................................................................................ 63Romanos 13.1-14

    I I O forte e o fraco ..................................................................................... 69Romanos 14.1-15.13

    1 2 Ministrando juntos ................................................................................ 75Romanos 15.1416.27

  • In t r o d u o a R o m a n o s

    O nome da epstola refere-se aos seus destinatrios originais: os membros da igreja em Roma, a capital do Imprio Romano.

    A u t o r e d a t a

    Ningum contesta que foi o apstolo Paulo quem escreveu Romanos. Assim como o seu homnimo, o primeiro rei de Israel {Saulo era o nome hebraico de Paulo; Paulo, seu nome grego), Paulo pertencia tribo de Benjamim (Fp 3.5). Ele era tambm cidado romano (At 16.37; 22.25,). Paulo nasceu na poca do nascimento de Cristo, em Tarso, uma cidade importante (At 9.11;21.39),na provncia romana da Cilicia, localizada na sia Menor (hoje a Turquia). Ele passou muito tempo do incio de sua vida em Jerusalm como aluno do famoso rabino Gamaliel (At 22.3) .Assim como seu pai, Paulo era fariseu (At 23.6), membro da seita judaica mais severa (Fp 3.5).

    Miraculosamente convertido no caminho para Damasco (c. 33 -34 d. C.), onde pretendia prender cristos, Paulo comeou imediatamente a proclamar a mensagem do evangelho (At 9.20). Depois de escapar por pouco de Damasco com vida (At 9.23-25; 2Co 11.32,33), Paulo passou trs anos na regio da Arbia, ao sul e ao leste do mar Morto (GI 1.17,18). Durante esse perodo, ele recebeu muito de sua doutrina como revelao direta do Senhor (G11.11,12).

    Mais do que qualquer outra pessoa, Paulo foi o responsvel por espalhar o Cristianismo por todo o Imprio Romano. Ele fez trs viagens missionrias atravs do mundo mediterrneo, pregando incansavelmente o evangelho que ele antes procurava destruir (At 26.9). Depois que Paulo retornou a Jerusalm levando uma oferta para os necessitados da igreja de l, foi falsamente acusado por alguns judeus (At 21.27-39), aoitado de modo brbaro por um a multido furiosa (At 21.30,31) e preso pelos rom anos. Em bora os dois governadores romanos, Elix e Festo, bem como Herodes Agripa, no tivessem encontrado nele culpa por nenhum crime, a presso dos lderes judeus manteve Paulo sob custdia romana. Depois de dois anos, o apstolo exerceu seu direito como cidado romano e apelou para Csar. Depois de um a viagem angustiante (At 27, 28), que incluiu uma tempestade violenta de duas semanas no mar, que culm inou num naufrgio, Paulo chegou a Roma. Finalmente, foi libertado para um breve perodo de ministrio, mas foi preso novamente. Paulo sofreu martrio em Roma em c. 65-67 .C. (2Tm 4.6).

    Embora fisicamente inexpressivo (2Co 10.10; G1 4.14), Paulo possua uma fora interior concedida pelo poder do Esprito Santo (Fp 4.13). A graa de Deus se mostrou suficiente para cada uma de suas necessidades (2Co 12.9,10), capaci

  • tando esse nobre servo de Cristo a terminar a sua carreira espiritual com sucesso (2Tm4.7).

    Paulo escreveu Romanos em Corinto, conforme indicado pelas referncias aFebe (Rm 16.1; Cencreia era o porto de Corinto), a Gaio (Rm 16.23) e aErasto (Rm 16.23) os quais estavam associados a Corinto. O apstolo escreveu essa carta perto do fim de sua terceira viagem missionria (muito provavelmente em 56 d.C.), enquanto se preparava para partir para a Palestina com uma oferta para os crentes pobres da igreja de lerusalm (Rm 15.25). A Febe foi dada a grande responsabilidade de entregar essa carta aos crentes romanos (16.1,2).

    C o n t e x t o e c e n r i o

    Roma era a capital e a cidade mais importante do Imprio Romano. Ela foi fundada em 753 a.C., mas no mencionada nas Escrituras at a poca do Novo Testamento. Roma est localizada ao longo do rio Tibre, a cerca de 24 quilmetros do mar Mediterrneo. At que o porto artificial fosse construdo nos arredores de stia, o principal porto de Roma era Putoli, a cerca de 240 quilmetros de distncia. Nos dias de Paulo, a cidade tinha uma populao de cerca de um milho de pessoas, sendo muitas escravas. Roma ostentava construes magnficas, tais como o palcio do imperador, o Circus Maximus e o Frum, mas a sua beleza estava arruinada pelas moradias miserveis em que tantos viviam. De acordo com a tradio, Paulo foi martirizado fora de Roma, na via stia, durante o reinado de Nero (54-68 d.C.).

    Alguns dos que foram convertidos no dia de Pentecostes provavelmente fundaram a igreja em Roma (At 2.10). Paulo ansiava por visitar aigreja romana, m as foi im pedido de faz-lo (1.13). Pela providncia divina, a im possibilidade de Paulo visitar Roma deu ao m undo essa inspirada obra-prim a da doutrina do evangelho.

    O propsito principal de Paulo ao escrever aos romanos era ensinar as grandes verdades do evangelho da graa aos crentes que nunca haviam recebido nenhuma instruo apostlica. A carta tambm o apresentou a uma igrej a em que ele no era conhecido, mas que esperava visitar em breve por vrias razes importantes: edificar os crentes (1.11), pregar o evangelho (1.15) e conhecer os cristos romanos para que eles o encorajassem (1.12; 15.32),orassemporele (15.30) e o auxiliassem com seu planejado ministrio na Espanha (15.28).

    Diferente das outras epstolas (p. ex., ICo, 2Co e Cl), o propsito de Paulo ao escrever aos romanos no era corrigir uma teologia aberrante ou repreender uma vida mpia. A igreja romana era doutrinariamente correta; porm, como todas as igrejas, precisava das preciosas instrues doutrinrias e prticas que essa carta fornece.

  • T e m a s h i s t r i c o s e t e o l g i c o s

    Visto que principalmente uma obra doutrinria, Romanos contm pouco material histrico. Paulo usa personagens familiares do Antigo Testamento, como Abrao (captulo 4), Davi (4.6-8), Ado (5.12-21), Sara (9.9), Rebeca (9.10), Jac e Esa (9.10-13), e Fara (9.17), como ilustraes. Ele tambm conta um pouco da histria de Israel (captulos 9-11). O captulo 16 fornece vislumbres da natureza e do carter da igreja do sculo 1 e de seus membros.

    O tema maior de Romanos a justia que vem de Deus: a verdade gloriosa de que Deus justifica o culpado, perdoa os pecadores condenados somente pela graa por meio da f em Cristo. Os captulos 1-11 apresentam as verdades teolgicas da doutrina, enquanto os captulos 12-16 detalham o seu efeito prtico na vida dos crentes individualmente e na vida de toda a igreja. Alguns tpicos teolgicos especficos incluem princpios de liderana espiritual (1.8-15);airade Deus contra a humanidade pecadora (1.18-32); princpios de julgamento divino (2.1-6); a universalidade do pecado (3.9-20); exposio e defesa da justificao pela f somente (3.21-4.25); a segurana da salvao (5.1 -11); a transferncia do pecado de Ado (5.12-21); a santificao (captulos 6-8); a eleio soberana (captulo 9); 0 plano de Deus para Israel (captulo 11); dons espirituais e religiosidade prtica (captulo 12); a responsabilidade do crente para com o governo humano (captulo 13); princpios de liberdade crist (14.1-15.12).

    D e s a f i o s p a r a i n t e r p r e t a o

    Como a obra doutrinria preeminente no Novo Testamento, Romanos naturalmente contm algumas passagens difceis. A discusso de Paulo sobre a perpetuao do pecado de Ado (5.12-21) uma das passagens teolgicas mais intensas e mais profundas em toda a Escritura. A natureza da unio da humanidade com Ado e o modo como o pecado de Ado foi transferido para a raa humana sempre foram assuntos de forte discusso. Os estudiosos da Bblia tambm discordam sobre se 7.7-25 descreve a experincia de Paulo como crente ou como descrente ou se um esquema literrio que no se destina a ser autobiogrfico. As doutrinas intimamente relacionadas da eleio (8.28-30) e da soberania de Deus (9.6-29) tm confundido muitos crentes. Outros questionam se os captulos 9-11 ensinam que Deus tem um plano futuro para a nao de Israel. Alguns ignoram o ensinamento de Paulo sobre a obedincia do crente ao governo humano (13.1-7) em nome do ativismo cristo, enquanto outros o usam para defender a obedincia servil a regimes totalitrios. Alguns desses desafios interpretativos so tratados nas lies que se seguem.

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    NOTAS

  • IAs BOAS NOVAS

    R o m a n o s 1.1-17A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    Quando e onde voc ouviu pela primeira vez o evangelho as boas novas de que Jesus o ama e morreu pelos seus pecados?

    O que to bom nessas boas novas do evangelho?

    Ao comear este estudo, o que voc quer aprender sobre o livro de Romanos? Como voc quer crescer na f?

    C o n t e x t o

    As notcias nos jornais e na televiso contm constantes lembretes de que a maioria das informaes ruim e parece estar ficando cada vez pior. O que acontece em escala nacional ou mundial, contudo, simplesmente a ampliao do que est acontecendo no nvel individual. m edida que os problem as pessoais, as animosidades e os medos crescem, tambm crescem suas contrapartes na sociedade como um todo. Um poder aterrorizante prende os seres humanos na essncia do seu ser. Deixado sem controle, ele os empurra para a autodestruio de um modo ou de outro. Esse poder o pecado, e isso sempre uma m notcia. Os refrescos das boas notcias so, com frequncia, meramente breves repousos das ms, e s vezes o que parece ser bom simplesmente mascara um mal. Um ctico comentou que os tratados de paz simplesmente do tempo para que os dois lados se rearmem.

  • A essncia da carta de Paulo aos romanos, contudo, de que h notcias que realmente so boas! O apstolo era, de fato, um ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus (Rm 15.16). Ele trazia as boas novas de que, em Cristo, o pecado podia ser perdoado, o egosmo podia ser superado, a culpa podia ser eliminada, a ansiedade podia ser aliviada e as pessoas podiam, de fato, ter esperana e glria eterna.

    Toda a investida do livro de Romanos est destilada nos sete primeiros versculos. O apstolo aparentemente estava to arrebatado pela mensagem das boas novas que no podia esperar para apresentar aos seus leitores a essncia do que ele tinha para dizer. Ele irrompeu nisso imediatamente.

    C h a v e p a r a o t e x t o

    Apstolo: Algum que enviado com um a m isso. Um apstolo escolhido e treinado por Jesus Cristo para proclam ar sua verdade durante os anos de form ao da igreja. Em seu uso prim rio, o termo se aplicava aos doze discpulos originais que foram escolhidos no incio do m inistrio terreno de Jesus e foram enviados para assentar as bases da igreja primitiva. A eles tam bm foi dado poder para realizar curas e para expulsar dem nios como sinais verificveis de sua autoridade divina. Uma vez que Paulo no estava entre os doze originais, precisava defender o seu apostolado. Uma das qualificaes era ter visto o Cristo ressurreto (At 1.22). Paulo explicou igreja de Corinto que, entre a ressurreio de Cristo e sua ascenso, Jesus apareceu a Cefas [Pedro] e, depois, aos doze (...) Depois foi visto por Tiago, m ais tarde, por todos os apstolos e, afinal, depois de todos, foi visto tam bm por m im ( ICo 15.5-8). Paulo testem unhou o Cristo ressurreto de um m odo nico quando estava viajando para Dam asco a fim de prender cristos (At 9). Outros aparecimentos pessoais do Senhor a Paulo esto registrados em Atos 18.9; 22.17-21; 23.11; e2 Corntios 12.1-4.

    Num sentido mais amplo, o termo apstolo tambm usado para designar homens como Barnab, Silas e Timteo (Rm 16.7). Esses homens eram mais especificamente chamados de mensageiros (apostoloi) das igrejas, enquanto os doze e Paulo eram apstolos de Jesus Cristo. Nenhum desses dois grupos foi perpetuado. Com exceo de Judas (que foi substitudo por Matias), no h registro de um apstolo, no primeiro ou no segundo grupo, que tenha sido substitudo depois de morto.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 1.1-17, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    10

  • servo (v. 1) palavra grega para designar criado ou escravo, m as usada por Paulo com um sentido hebraico para indicar servio voluntrio a um mestre am ado e respeitado.

    separado p a r a (v. 1) Paulo havia sido separado (ou seja, especialmente escolhido) por Deus para o seu ministrio aos gentios.

    evangelho de D eus (v. 1) a palavra evangelho significa boas novas.

    designado (v. 4) literalmente, distinguido, m arcado ; essa a palavra grega da qual a palavra horizonte se origina; assim com o o horizonte marca claramente o limite entre o cu e a terra, a ressurreio marca Cristo com o o Filho de Deus que veio em carne.

    obedincia p o r f (v. 5) a verdadeira f salvadora sempre produz obedincia e subm isso ao senhorio de Cristo.

    sirvo em meu esprito (v. 9) a palavra traduzida por servir pode tambm ser traduzida por adorar.

    dom espiritual (v. 11 ) a palavra grega para dom charisma, que significa um dom da graa, um a capacitao divina.

    devedor (v. 14) sob a obrigao de cumprir seu ministrio em virtude do cham ado de Deus e da grande necessidade dos gentios.

    salvao (v. 16) libertao ou resgate, nesse caso.da perdio, ou seja, da separao de Deus.

    cr (v. 16) acredita, confia ou tem f.

    1. O que essa passagem revela sobre a promessa das boas novas (v. 2) e da Pessoa das boas novas (vs. 3,4)?

    2. Os versculos 8 a 15 oferecem introvises interessantes sobre o carter e os motivos de Paulo, bem como sobre o tipo de comportamento que deve caracterizar os verdadeiros lderes espirituais. Que qualidades admirveis so descritas nesses versculos?

    Leitura auxiliar: IT s2.1-3.13.

    3. Que razoes Paulo d para no se envergonhar do evangelho?

    11

  • C o n h e c e n d o a f u n d o

    Leia sobre a experincia de Paulo com o evangelho e seu comissionamento por Cristo para ir aos gentios. Esse testemunho est em Atos 26.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    4. Como o encontro com o Cristo ressurreto alterou a vida e o propsito de Paulo?

    5. Leia Filipenses 3.1 -7.0 que aconteceu na vida de Paulo antes de que Cristo o fizesse ver a sua mensagem como boas novas?

    6. O que estava por trs da nsia de Paulo para viajar a todos os lugares e ministrar aos outros?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Algumas pessoas contestam termos como salvao e ser salvo, afirmando que as ideias que eles transmitem esto desatualizadas e no fazem sentido para os homens e mulheres contemporneos. Porm, a salvao um termo de Deus e no h outro melhor para descrever o que ele oferece humanidade cada por meio do sacrifcio de seu Filho. Por intermdio de Cristo, e somente por Cristo, as pessoas podem ser salvas do pecado, de Satans, do julgamento, da ira e da morte espiritual.12

  • R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    7. As ltimas palavras de um antigo santo antes de morrer foram: Graa a nica coisa que pode nos tornar iguais a Deus. Eu poderia ser arrastado pelo cu, pela terra e pelo inferno e ainda seria o mesmo miservel pecaminoso e corrompido, a menos que o prprio Deus me purificasse pela sua graa. Como voc responderia a algum que lhe perguntasse: Eu sempre ouo sobre a graa de Deus. O que isso significa e por que uma coisa to boa?

    8. Paulo estava literalmente prostrado pelo amor de Deus, e parecia nunca conseguir se refazer da maravilhosa graa de Deus. Como os cristos indiferentes podem reconquistar o sentido de que o evangelho uma boa nova a melhor notcia que j foi anunciada?

    9. Quem, em sua vida, precisa ouvir e aceitar as boas novas da salvao pela graa por meio da f em Cristo? Reserve algum tempo para orar por essa pessoa.

    13

  • R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    14

  • ^ 2 ^

    As MAS NOTCIASRo m a n o s 1.18-3.20

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    o que voc responderia a um amigo sincero e preocupado que observasse; No precisamos tentar assustar as pessoas com todo esse discurso sobre inferno, fogo e enxofre. Os cristos deveriam ser mais positivos e tolerantes enfatizar todas as bnos da vida crist, e no ameaar as pessoas com a condenao eterna. Isso s nos d e a Deus m fama! ?

    C o n t e x t o

    Depois de declarar a tese de sua epstola um Deus justo capaz de tornar os pecadores justos pela f (1.16,17) Paulo fala sobre a misria do corao humano e sobre a ira divina que essa rebeldia faz surgir.

    Para Paulo, o conhecimento da condenao eterna era uma motivao para que algum cresse. Ele queria que seus destinatrios entendessem que Deus santo e justo, e que todos os seres humanos so pecadores sob a ira de Deus. Esse modo de tratar o assunto faz sentido lgico e teolgico. No podemos apreciar a maravilha da graa e do amor divino at que entendamos a ira justa de Deus contra o pecado. No podemos apreciar o perdo de Deus at que percebamos as consequncias eternas do pecado.

    Paulo diz que todos gentios e judeus, ou seja, toda a humanidade so culpados diante de um Deus santo. A natureza humana est corrompida. As razes humanas so impuras. No momento em que Paulo terminou a sua acusao divina, toda boca se fechou (3.19,20). No temos desculpa. Somos incapazes de nos salvar. Essa m notcia uma parte necessria da boa nova, chamada de evangelho.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Deprav?fflo/iMmflMfl;Osignificadobsicodapalavragregaflio:imo5,depravado, (corrompido na NKJV) que no resistiu ao teste. O termo era comumente usado para designar metais que eram rejeitados pelos refinadores porque eram impuros. Os metais impuros eram descartados, e a palavra adokimos, portanto, adquiriu as ideias de indignidade e inutilidade. Em relao a Deus, a mente que

    15

  • rejeita se torna rejeitada e, por meio disso, espiritualmente corrompida, indigna e intil. Uma vez que a humanidade no mais considera conveniente confessar a Deus, ele a entregou, nesse caso em Romanos, a uma mente depravada. A mente sem Deus depravada, e sua disposio predeterminada e inevitvel fazer o que no correto. A mente que no d valor a Deus se torna sem valor. Ela depravada, iludida e merecedora apenas da ira de Deus. Embora as pessoas sem Deus pensem ser sbias, so supremamente loucas (Rm 1.22).

    Revelao divina: Deus testifica por intermdio de Paulo que todas as pessoas tm provas da existncia de Deus, e o que seus sentidos fsicos podem perceber dele pode de alguma forma ser entendido por seus sentidos interiores. Todos os homens sabem alguma coisa e entendem alguma coisa da reahdade e da verdade de Deus. Eles tm a responsabilidade de dar uma resposta apropriada a essa revelao. Qualquer resposta errada indesculpvel. Deus se tornou conhecido a todas as pessoas, em todos os lugares, pelas maravilhas da natureza e pela conscincia humana, que capaz de distinguir entre o certo e o errado. Uma vez que esse conhecimento universal e permanente, por meio dele Deus mostrou a sua glria a todos.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 1.18-3.20, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    ira de D eus (v. 18) no um acesso de raiva caprichoso, arbitrrio e impulsivo, m as a resposta decidida e determ inada de um Deus santo contra o pecado.

    m anifesto entre eles (v. 19) Deus soberanamente inseriu evidncia de sua existncia no corao de cada pessoa.

    tendo conhecimento de D eus (v, 21) todas as pessoas so conscientes da existncia, do poder e da natureza divina de Deus por meio de revelao geral.

    glo rificaram (v. 21) honraram ; fom os criados apenas para exaltar a Deus; a falha ou recusa em fazer isso a m xim a afronta ao nosso Criador.

    m u daram a g l ria (...) em sem elhana da im agem (v. 23) a adorao de dolos.

    entregou tais homens (v.24); os entregou (vs. 26,28) termo judicial grego que significa entregar um prisioneiro para que a sua sentena seja cumprida; ele carrega o sentido de abandono.

    16

    m entira (v. 25) a negao da existncia de Deus.

    paixes infam es {v. 26) perverses infames ou degradantes (p. ex., nesse contexto, a hom ossexualidade),

    desprezas (2.4) rebaixas ou tratas com desprezo.

    arrependim ento (v. 4) o ato de se voltar do pecado para Cristo e obter o perdo.

    dureza (v. 5) a palavra grega da qual se originou esclerose, ou seja, o endurecimento do corao de um a pessoa.

    vidaetern a{v .7 ) no somente quantidade, m as qualidade sem fim de existncia.

    acepo de p essoas (v. 11) literalmente, receber prestgio, ou seja, considerar algum sim plesm ente em virtude de sua posio, riqueza, aparncia e assim por diante.

    p o r natureza (v. 14) (...j conscincia (v. 15)

  • nosso sentido instintivo ou inato dado por Deus do que certo e do que errado.

    ju d eu (v. 29) o verdadeiro fillio de Deus tem o corao separado do pecado para Deus,

    orculos (3.2) declaraes ou mensagens sobrenaturais importantes,

    fa lo como homem (v. 5) Paulo est parafraseando a lgica fraca e no bblica de seus oponentes.

    ns (v. 9) os cristos em Roma.

    debaixo do pecado (v, 9) escravizado e dom inado pelo pecado.

    inteis (v, 12) desnecessrios, sem valor; o equivalente hebraico era usado para descrever o leite que se tornava ranoso,

    m aldio (v, 14) desejo custico e zom beteiro do pior para algum.

    que se cale toda boca (v, 19) diante do julgam ento justo de Deus, as pessoas ficam em sncio, incapazes de falar.

    1. Que razes Paulo d para a ira de Deus contra a humanidade?

    2. Circule todas as palavras e expresses descritivas nessa passagem que falam da rebelio do homem contra Deus.

    3. Alm do julgamento em longo prazo, que consequncias da rebeldia em curto prazo Paulo cita nessa extensa passagem?

    4. De acordo com essa passagem, por que nem mesmo as pessoas virtuosas e religiosas esto isentas do julgamento geral de Deus?

    17

  • C o n h e c e n d o a f u n d o

    Leia o Salmo 14 e observe como o texto se relaciona passagem de Romanos em questo.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. Como essas passagens do Antigo e do Novo Testamento respondem crena popular e moderna de que os seres humanos so basicamente bons?

    6. Que evidncia especfica voc v nessa passagem que sugere que Deus nao se impressiona com uma atividade meramente religiosa?

    7. Leia Glatas 3.19-25. Por que Deus deu aos seres humanos pecadores um cdigo legal perfeito para seguir?

    V e r d a d e p a r a h o je

    o veredicto, ento, o de que a humanidade no redimida no tem qualquer defesa e culpada de todas as acusaes. A defesa deve descansar, por assim dizer, antes de ter a oportunidade de dizer qualquer coisa, porque o Deus onisciente e totalmente sbio dem onstrou a impossibilidade de qualquer fundamento para absolvio. O silncio absoluto a nica resposta possvel, e haver silncio total no cu quando o Senhor Jesus Cristo abrir o stimo selo e libertar as sete trombetas do julgamento sobre a terra condenada (vejaAp 8.1-6).

    18

  • R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. R. A. Torrey observou; Quando vemos o pecado em toda a sua hediondez e perversidade, a santidade de Deus em toda a sua perfeio e a glria de Jesus Cristo em toda a sua infinidade, nada a no ser uma doutrina de que aqueles que persistem na (...) a rejeio do Filho de Deus sofrero agonia perptua satisfar as exigncias das nossas percepes morais. Como voc pode chegar a uma compreenso mais profunda da depravao do corao humano e da santidade do nosso Deus?

    9 .0 que, neste estudo, mais condena voc? O que mais o desafia? O que mais o incita ao? Por qu?

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

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  • NOTAS

    20

  • ; ; 3 ^ 4

    S o m e n t e p e l a f

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    o que significa/ para voc? Com o voc a explicaria a uma criana?

    C o n t e x t o

    Na llada, de Homero, o grande guerreiro troiano Heitor estava se preparando para lutar com Aquiles e os invasores gregos. Quando estava prestes a sair de casa, Heitor queria segurar seu filho Astayanax nos braos e despedir-se dele. Porm, sua armadura assustou o pequeno de tal modo que este recuou para o cuidado de sua ama. Ento, o pai, rindo alto, retirou o seu capacete de bronze e tomou o seu filho pequeno nos braos. O menino descobriu o seu amado pai por trs de toda aquela armadura.

    Isso semelhante ao que Paulo faz em Romanos. Depois de mostrar Deus como um juiz santo, ele mostra o Deus de amor que abre e estende os braos s pessoas em pecado na esperana de que elas se aproximem dele e sejam salvas. Depois de decisivamente provar a pecaminosidade universal da humanidade e sua necessidade desesperada por retido (1.18-3.20), Paulo muda de direo e demonstra que somente Deus pode dar essa retido. Para ilustrar essa verdade, Paulo dedica todo o quarto captulo aAbrao. Esse santo devoto do Antigo Testamento um exemplo claro da verdade bblica central de que uma pessoa pode se tornar reta perante Deus apenas pela f, em resposta sua graa, nunca pelas obras.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Justificao: As palavras justificar e justificao ocorrem cerca de trinta vezes em Romanos e esto concentradas em 2.13-5.1. Esse termo legal ou forense origina-se da palavra grega para designar justo e significa declarar justo. Esse veredicto inclui a absolvio da culpa do pecado e de suapunio subsequente e a imputao da retido de Cristo em favor do crente, bem como fornece a justia absoluta de que o homem necessita para que seja aceito por Deus. Deus declara um pecador justo com base apenas nos mritos da retido de Cristo. Deus imputou o pecado do crente a Cristo em sua morte sacrifical. O pecador recebe o dom da graa de Deus

    21

  • somente pela f. A justificao um dom gracioso que Deus estende ao pecador arrependido e crente, totalmente parte das obras ou do mrito humanos.

    Abrao: Paulo usa a figura de Abrao para provar a justificao somente pela f porque os judeus o consideram o exemplo mximo de homem justo (Jo 8.39) e porque ele claramente mostra que o Judasmo, com suas obras de retido, havia se desviado da f dos predecessores patriarcais judeus. Num sentido espiritual, Abrao tambm foi o precursor da igreja primariamente genthca em Roma.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 3.21-4.25, prestando ateno aos trechos e palavras em destaque.

    m as (v. 21) adversativa, contrastando a depravao total da hum anidade e sua incapacidade de agradar a Deus com a proviso, pelo prprio Deus, de um caminho para chegar a ele.

    prop iciao (v. 25) conciliao ou satisfao; a m orte de Cristo satisfez a santidade ofendida de Deus.

    deixado im punes (v. 25) um a reteno tem porria do julgamento.

    im p u tad o {4 3 ) pala\Ta usada em transaes legais e financeiras; aqui, impwarsignificatomar algo que pertena a algum e creditar isso em favor de outro.

    ju stifica o m pio (v. 5) apenas aqueles que adm item voluntariam ente a sua indignidade so candidatos salvao.

    D avi (v. 6) o pecado do rei Davi com Bate- Seba outro exemplo do Antigo Testamento de retido im putada.

    o sin a l d a circunciso (v. 11) a marca fsica e racial de identidade para ao povo judeu.

    p isad a s d a f (v. 12) aqueles no judeus que im itaram a f de Abrao.

    anula-se a f e cancela-se a prom essa (v. 14) Paulo est dem onstrando que, se a lealdade lei pudesse salvar, a f na prom essa de Deus no teria valor.

    enfraquecer na f (v. 19) perm itir que a dvida corroa e enfraquea a f.

    entregue (v. 2 5 ) ser crucificado com o punio pelos pecados dos seres hum anos.

    1. Por que Paulo afirma que, diante de Deus, ningum tem o direito de se gloriar ou ficar cheio de orgulho religioso?

    2. Circule todas as palavras dessa passagem que descrevem o que Deus fez.

    22

  • 3. Paulo no mede esforos para demonstrar que Abrao foi justificado diante de Deus muito antes de ser circuncidado. Por que eraimportante que ele apresentasse esse argumento para os seus leitores romanos?

    4. Sublinhe todas as referncias lei de Deus na passagem. Qual o propsito ou efeito da lei de Deus (4.13-15)?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Leia Glatas 3.6-25, observando os paralelos com Romanos 3.21-4.25.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. Que pontos em Glatas 3 do nfase ao argumento de Paulo em Romanos 3-4?

    6. Que incidentes da vida de Abrao e Sara Paulo usa para argumentar que a salvao concedida pelo poder divino e no pelo esforo humano?

  • 7. Leia 2 Corntios 5.2L Se a ira de Deus dirigida iniquidade e seu favor dirigido justia, quais sos as maravilhosas impHcaes desse versculo para os crentes?

    V e r d a d e p a r a h o je

    A Escritura torna claro que h, de fato, um caminho para Deus, mas este no est baseado em nada do que o homem possa fazer para alcan-lo ou merec-lo. O homem pode ser justificado diante Deus, mas no da sua prpria maneira ou pelo seu prprio poder. Nisso que o Cristianismo se distingue de todas as outras rehgies. No que diz respeito salvao, existem, portanto, apenas duas religies que 0 mundo conheceu e vai conhecer a religio da realizao divina, que o Cristianismo bbUco, e a reUgio da reaUzao humana, que inclui todos os outros tipos de religio, seja por qual nome elas sejam conhecidas.

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. Alguns cristos vem alei de Deus e sua graa como contraditrias. Baseado no que viu neste estudo, como voc harmonizaria essas duas verdades?

    9. Qual o problema de tentar/azer coisas para obter o favor de Deus? Por que isso nunca o suficiente?

    10. Se a salvao fosse por esforo humano, poderamos nos gloriar. Visto que a salvao totalmente pela graa, qual a resposta apropriada do redimido?

    24

  • R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

  • NOTAS

    26

  • V3. A ^ ' i

    G raa por intermdio d um ho ^ m4 *>

    R o m a n o s 5.1-21A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    Voc j teve dvidas sobre a sua salvao? De que modo?

    Por que s vezes difcil para voc acreditar que est seguro em Cristo para sempre?

    C o n t e x t o

    Depois de descrever o pecado temvel e a perdio de toda a humanidade, Paulo revelou como Cristo, por meio de sua morte na cruz, forneceu 0 caminho da salvao para todos os que se achegam a Deus em f. Em seguida, Paulo se props a responder perguntas importantes que estavam, sem dvida, namentede seus leitores. As primeiras eram: qual a extenso ou o quanto certa essa salvao dada por Cristo? Podemos realmente estar certos? O que acontecer se pecarmos depois de termos nos voltado para Cristo em f? Paulo trata dessas questes em 5.1 -11.

    Outro tema discutido por Paulo : Como o que um homem fez uma vez na histria pode ter tal efeito absoluto sobre a humanidade?. Paulo responde concisamente a essa questo ao comparar o reino de morte que o pecado de Ado produziu com o reino devida que foi tornado possvel pelo sacrifcio perfeito de Cristo. Embora muitas pessoas considerem a ltima metade de Romanos 5 uma das passagens mais enigmticas no Novo Testamento, quando considerado cuidadosamente, esse captulo fonte de grande conforto e admirao genuna pelo fato de que Deus pode conceder essa extraordinria salvao e est disposto a fazer isso.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Imputar. Usada em transaes tanto financeiras como legais, a palavra grega significa tom ar algo que pertena a algum e creditar isso em favor de outro.

    27

  • Trata-se de uma transao unilateral. Como no caso de Abrao; ele no fez nada para acumul-la; Deus simplesmente a creditou a ele. Deus tomou a sua justia e a creditou a Abrao como se fosse de fato deste. Deus fez isso porque Abrao creu nele. Esse o cerne da doutrina da justificao, por meio da qual Deus declara o pecador arrependido justo no momento em que este demonstra f sincera em Cristo e em sua morte sacrifical. Cristo fez a expiao ao derramar o sangue na cruz. Isso concedeu o perdo. E, assim como os nossos pecados foram imputados a ele quando ele os carregou na cruz, a sua justia contada como nossa. Sua justia perfeita; assim, ela se torna a base sobre a qual permanecemos diante de Deus.

    Figura: Tipo, representao ou smbolo de algo porvir, como um acontecimento no Antigo Testamento prefigura outro no Novo Testamento. Os tipos tm seu cumprimento na pessoa e no ministrio de Cristo, mas eles s vezes se relacionam a Deus, ao seu povo ou a alguma outra realidade. Por exemplo, dito que Melquisedeque, o rei-sacerdote de Salm (Gn 14.18-20; SI 110.4), um tipo de Cristo (Hb 6.20). Jesus disse que a serpente de bronze no deserto (Nm 21.4-9) era, de algum modo, um tipo de sua crucificao (Jo 3.14,15). O escritor de Hebreus (Hb 9-10) ressaltou que o tabernculo prefigurou simbolicamente a pessoa e a obra de Jesus Cristo. A NKJV usa a palavra type (tipo ) em Romanos 5.14, em que Paulo menciona Ado como um tipo daquele [Jesus] que deveria vir {Nelson s New IllustratedBibleDictionary [na verso ARA: o qual prefigurava aquele que havia de vir ]).

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 5.1-21, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    Ju stificados (v. 1) a construo grega desse termo usado na testagem de m etais preciososverbo indica um a declarao legal feita um a vez para determinar sua pureza, com resultados permanentes. derram ado (v. 5) o am or de Deus dado

    temos (v. 1 ) possum os no presente. generosamente aos seus filhos. p a z com D eus (v. 1 ) um a realidade externa e fracos (v. 6) literalmente impotentes em

    objetiva, no um sentimento interior e sub j et ivo virtude da m orte espiritual, de serenidade e calma. m pios (v. 6) um a prova de que o am or de

    acesso (v. 2 ) introduo. Cristo nunca foi baseado em m rito humano. estam os firm es (v. 2 ) ideia de permanncia, porque todospecaram ( v. 12 ) toda a hum ani-

    de estar fixo e imvel. dade foi gerada por Ado e mediante a reproduoesperana (v. 2) um a certeza ainda no herdaram sua decadncia e depravao. Desse

    realizada, no um sonho desejoso e incerto. modo, pode-se dizer que todos pecaram nele.tribulaes (v. 3) presso extrema, como a prefigurava aquele que h avia de v ir (v. 14)

    exercida para extrair leo de um a azeitona. .-^do e Cristo eram semelhantes pelo fato deperseverana(vA ) atodeperm anecersobre que seus atos afetaram a muitos,

    tremenda presso sem sucum bir; persistncia. reinou a m orte (v. 17) o ato pecam inoso deexperincia (v. 4) literalmente, prova, um Ado trouxe morte universal,

    28

  • 1. Circule todos os verbos nos versculos 1 a 11, observando especialmente seus tempos.

    2. Como Paulo refuta a noo incorreta de que recebemos salvao pela f, mas devemos preserv-la pelas boas obras? Que evidncias ele d de que a salvao incondicional?

    3. Que palavra ilustrativa Paulo usa para fazer com que seja claramente compreendida a verdade de que os descrentes esto realmente em guerra contra Deus?

    4. Como as aoes de Adao afetaram a raa humana? Quais foram os efeitos das aes de Cristo?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Leia Hebreus 10.1-4,12-14,19-23 e considere o que o autor tem a dizer sobre a impossibilidade de a lei nos salvar, sobre o sacrifcio perfeito de Cristo e sobre as possibilidades que isso cria para a relao com Deus.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. De que maneira o sacrifcio de Jesus foi diferente dos sacrifcios do antigo sistema?

    29

  • 6. Por que as duas passagens (Rm 4; Hb 10) enfatizam o nosso acesso a Deus?

    7. De que m odos essa passagem de Hebreus ecoa a ideia de que a salvao permanente?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Jesus Cristo quebrou o poder do pecado e da morte, mas o oposto no verdadeiro. O pecado e a morte no podem quebrar o poder de Jesus Cristo. A condenao do pecado de Ado reversvel, a redeno em Cristo no. O efeito do ato de Ado permanente apenas se no for anulado por Cristo. O efeito do ato de Cristo, contudo, permanente para as pessoas crentes e no est sujeito reverso ou anulao. Temos a total garantia de que, uma vez que estamos em Jesus Cristo, estamos nele para sempre.

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. A. w. Pink disse o seguinte sobre a nossa eterna segurana em Cristo: total e absolutamente impossvel que a sentena do Juiz divino seja alguma vez anulada ou revertida. mais fcil que os relmpagos da onipotncia despedacem a Rocha das Eras do que aqueles que habitam nele sejam novamente levados condenao. Como o fato de saber que a sua salvao est eternamente assegurada afeta a sua vida diria? Como isso faz voc se sentir?

    30

  • 9. Quando voc teve a experincia de sentir o amor de Deus sendo derram ado (v. 5)?

    10. Que coisas novas sobre Deus voc aprendeu ao estudar essa passagem?

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    31

  • NOTAS

    32

  • M o r t o e v iv o !

    * " fi- 5 -)

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t oR o m a n o s 6.1-23

    Pense numa rea de sua vida em que voc tem lutado contra o pecado. Como Deus tem ajudado voc a superar essa luta?

    C o n t e x t o

    Como advogado habilidoso apresentando um argumento irrefutvel, Paulo demonstrou os fatos extraordinrios do evangelho. Depois de uma extensa discusso sobre o pecado e a incapacidade do ser humano de agradar a Deus, Paulo anunciou a doutrina da justificao, que a declarao, feita por Deus, de que crentes pecadores so considerados justos. Em seguida, ele passa a tratar da questo da santidade do crente viver em obedincia Palavra de Deus por meio do poder do seu Esprito. Em resumo, Paulo comea a demonstrar as ramificaes prticas da salvao para aqueles que foram justificados. Ele d incio a uma longa discusso sobre a doutrina da justiicao, que o processo de se tornar santo.

    Paulo tambm trata da concluso lgica de seus leitores: se o velho eu est morto, por que h uma luta contnua contra o pecado e como 0 novo eu pode se tornar dominante? Sua exortao est contida em duas palavras-chave: considerar (vs. 1 Ib, 12) e oferecer (vs. 13 ,14). Na parte final do captulo 6, Paulo continua a sua discusso sobre santificao ao lembrar seus leitores de sua escravido anterior ao pecado e de sua nova servido justia. Ele quer que eles vivam em subm isso ao seu novo mestre, Jesus Cristo, e no sejam envolvidos pelos pecados que caracterizavam sua antiga vida, pecados que no tm mais qualquer direito sobre eles.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Considerar: Embora signifique literalmente contar ou numerar alguma coisa, essa expresso foi com frequncia usada metaforicamente para se referir a ter confiana absoluta e sem reservas no que a mente de algum sabe ser verdade o tipo de confiana sincera que afeta seus atos e decises. Paulo no est se referindo a jogos mentais em que nos enganamos ao pensar de certa maneira. Antes, ele est nos estimulando a receber pela f o que Deus revelou como verdade.

    33

  • Morto para 0 pecado: No uma referncia luta contnua do crente contra o pecado, mas a um nico acontecimento completado no passado. Porque estamos em Cristo (Rm 6.11; 8.1) e ele morreu em nosso lugar (5.6-8), somos contados como mortos com ele. Essa a premissa fundamental do captulo 6, e Paulo usa o restante do captulo para explic-la e sustent-la.

    No estais debaixo da lei, e sim da graa (6.14): Isso no significa que Deus anulou a sua lei moral. A lei boa, santa e justa; porm, como ela no pode ser cumprida, amaldioa. Uma vez que ela no pode ajudar ningum a cumprir o padro moral de Deus (veja Rm 7.7-11), pode apenas mostrar o padro e assim repreender e condenar aqueles que falham em cumpri-la. Porm, o crente no est mais debaixo da lei como condio para que seja aceito por Deus uma condio impossvel de ser satisfeita e feita apenas para mostrar ao homem a sua pecaminosidade , mas debaixo da graa, que o capacita a cumprir verdadeiramente os requerimentos justos da lei. Veja o captulo 7 para o comentrio completo de Paulo sobre essa expresso crucial.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 6.1-23, prestando atano s palavras e trechos em destaque.

    Permaneceremos no pecado (...) (v. 1) Paulo antecipou o que os cticos poderiam argumentar: Se a salvao baseada inteiramente na graa, isso no os incentivaria a pecar ainda mais?.

    D e modo nenhum ! (v. 2) literalmente, que nunca seja assim , de m aneira algum a ; um a forte expresso grega de repdio.

    batizados em Cristo Jesus (v. 3) no um batism o literal com gua, m as a im erso m etafrica de um a pessoa na obra de Cristo; isto , a completa unio e identificao da pessoa a ele, a fim de alterar a condio [de um a pessoa] ou o relacionamento [dela] com um ambiente ou condio anterior (Wuest).

    novidade de v ida (v. 4) do m esm o m odo que estam os unidos a Cristo em sua m orte e se- pultamento, estam os unidos a ele em sua ressurreio; isso se refere regenerao.

    crucificado (v. 6) crucificai significa no m eramente fazer sofrer, m as matar.

    nosso velho homem (v. 6) o eu no regenerado do crente, gasto e intil.

    corpo do pecado (v. 6) essencialmente um sinnim o para velho hom em .

    ju stificado do pecado {v. 7) no mais sob o dom nio do pecado.

    domnio (v. 9 ) poder, controle ou dominao. corpo m ortal (v. 12) o nico depsito re

    manescente em que o pecado encontra o crente vulnervel.

    ofereais (v. 13) se refere a um a deciso da vontade.

    os m embros do seu corpo {v. 13) as partes do corpo fsico nas quais o pecado opera na vida do crente.

    fraqu eza da vossa carne(v. 19) a dificuldade hum ana em compreender a verdade divina.

    34

  • f 'X j\

    1. Como voc resumiria a resposta de Paulo ideia de que os crentes em Cristo continuariam a viver como faziam quando eram incrdulos?

    2 .0 que, de acordo com o que Paulo diz, aconteceu com o nosso velho eu?

    3.0 que os crentes precisam saber? Como esse saber difere de considerar (v. 11) o que os crentes so ordenados a fazer?

    4. Quais sao as trs coisas que fazem parte do processo de santificaao (vs. 6,11,13)?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Observe os paralelos em Colossenses 3 com o texto do captulo 6 de Romanos.

  • A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. Por que os cristos devemdespojar-se e revestir-se de certas coisas?

    6. Se os cristos estao realmente mortos para o pecado e vivos para Deus, por que ainda lutam tanto contra as tentaes?

    7. Essas passagens nos ensinam duas coisas: ( 1 ) Deus aquele que nos m odifica a santificao pela sua graa; (2) no processo de santificao devemos fazer certas coisas e no fazer outras. Como voc concilia esses fatos?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Jesus Cristo no est procurando pessoas que queiram acrescent-lo vida como uma garantia contra o inferno. Ele no est procurando pessoas que queiram aplicar seus altos princpios m orais sua vida pecaminosa. Ele no est procurando aqueles que querem apenas ser reformados externamente ao ter sua velha natureza aperfeioada. Jesus Cristo chama para si aqueles que esto dispostos a ser transformados interiormente por ele, que desejam uma natureza inteiramente nova, criada sua semelhana santa. Ele chama para si aqueles que esto dispostos a morrer com ele e ressuscitar com ele, que esto dispostos a abandonar a escravido do pecado pela escravido sua justia. Quando as pessoas vo a ele nesses termos, ele muda o destino delas, da morte eterna para a vida eterna.36

  • 8 .0 que significa ir a Jsus nos termos dele ? Voc est disposto a abandonar suas inclinaes pecaminosas e ser transformado de dentro para fora?

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    9 .0 nobre telogo Charles Hodge resumiu: No pode haver participao na vida de Cristo sem a participao em sua morte, e no podemos aproveitar os benefcios de sua morte a menos que sejamos participantes do poder de sua vida. Para sermos santos, devemos estar reconciliados com Deus, e no podemos estar reconcihados sem, por meio disso, nos tornarmos santos. Que barreiras existem, na sua vida, que o impedem de se tornar santo? Que coisas existem na sua vida que contribuem para torn-lo mais santo?

    10. No processo de santificao de trs partes descrito nessapassagem (ou seja, saber, considerar e oferecer ), em que rea a sua luta maior? Trata-se de entender as verdades a respeito da salvao dada por Deus e estar realmente convencido delas, ou escolher viver de acordo com elas? Explique.

    37

  • R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    38

  • ' : I " :(^ 6 ^

    fcki. L iberto DA LiR o m a n o s 7.1-25

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    Voc se descreveria como um cumpridor rgido da lei? Por que sim ou por que no?

    Pea a Deus que mostre a voc, neste estudo, novas verdades a respeito do poder dele sobre o pecado e do amor dele por voc.

    C o n t e x t o

    Nessa obra-prima doutrinria, Paulo, o telogo consumado, primeiro demonstrou o estado triste e pecaminoso dos seres humanos. Todos esto sob condenao. Contudo, as boas novas incluem o milagre a justificao a justia de Deus disponvel pela graa por meio da f. Porm, o evangelho recebido de Deus e pregado por Paulo no pra aqui. Ele tambm inclui a santificao a verdade da identificao absoluta a Cristo (na sua morte, no seu sepultamento e na sua ressurreio), pela qual Deus transforma os pecadores redimidos semelhana de Cristo.

    Sabendo que os leitores especialmente os judeus teriam muitas questes sobre como as leis do Antigo Testamento se relacionam com a f em Cristo, Paulo comea a explicar que a lei convence os incrdulos (e os crentes) do pecado, mas no pode libertar ningum do pecado. Ele tambm trata do motivo por que os crentes ainda lutam contra seus desejos pecaminosos.

    C h a v e p a r a o t e x t o

    A lei: Na Bblia, particularm ente no Antigo Testamento, um cdigo legal singular foi estabelecido pela revelao direta de Deus para orientar o seu povo sobre a adorao, o relacionamento dos crentes com ele e as relaes sociais. Israel no era a nica nao a ter um cdigo legal. Essas com pilaes eram com uns entre as naes do m undo antigo. O cdigo legal bblico, ou a Lei M osaica, era diferente dos outros cdigos legais do antigo Oriente Prximo de m uitas maneiras, principalmente em sua origem. Por todo o m undo antigo, acreditava-se que as leis de m uitas naes eram originadas pelos deuses, mas

    39

  • eram consideradas profundam ente subjetivas no modo como eram aplicadas. J o conceito bblico era de que a lei vinha de Deus, derivava de sua natureza, e era santa, justa e boa. Alm disso, no incio do governo de Deus sobre Israel no Sinai, o grande Rei deu suas leis. Essas leis eram impostas ao povo e sustentadas por Deus. Alm do mais, eram universais e uma expresso do amor de Deus por seu povo (x 19.5,6). Se a salvao sempre foi pela f e nunca pelas obras, e se a aliana da promessa a Abrao foi cumprida em Jesus Cristo, que propsito tinha a lei? A resposta de Paulo direta e sensata: o propsito da lei era demonstrar ao homem sua total pecaminosidade, sua incapacidade de agradar a Deus com as prprias obras e sua necessidade da misericrdia e da graa divinas {Nelsons New Illustrated Bible Dictionary).

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 7.1 -25, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    dom nio (v. 1) jurisdio. morrestes (v. 4) literalmente, fostes feitos

    para m orrer ; em resposta f de um pecador. Deus torna o pecador m orto para sempre para a condenao e a punio da lei.

    pertencerdes a outro (v. 4) estais unidos a Cristo em relacionamento permanente.

    frutifiquem os (v. 4) tenham os um a vida transform ada que manifeste novas atitudes e aes.

    carne (v. 5) a hum anidade pecam inosa das pessoas, ou seja, o restante do velho hom em que permanecer com cada crente at que receba seu corpo glorificado.

    p a ix es pecam in osas (v. 5) os im pulsos irresistveis de pensar e fazer o mal.

    realce pela lei (v. 5) a natureza rebelde do incrdulo despertada quando lhe so impostas restries.

    frutificarem p a ra a m orte (v. 5) o pecado traz um a consequncia de julgam ento eterno sobre a vida do incrdulo.

    libertados da lei (v. 6) porque m orrem os em Cristo, no estam os mais sujeitos condenao e s punies da lei.

    caducidade d a letra (v. 6) o cdigo legal externo e escrito que produziu apenas condenao.

    a lei pecado? (v. 7) Paulo queria deixar claro para seus leitores que a lei no era im perfeita ou m, m as apenas um farol para iluminar o mal.

    ocasio (v. 8) um ponto de incio ou base de operaes.

    m orto (v. 8) ou seja, dormente. pecad o (...) m e enganou (v. 11) ao fazer

    com que eu pensasse que poderia encontrar vida ao seguir a lei.

    carn al (v. 14) literalmente, de carne, ou seja, encarcerado na hum anidade pecam inosa. Paulo no est na carne, m as a carne est nele.

    pecado que h ab ita em mim (v. 17) o pecado de Paulo no flua de sua natureza nova e redimida, mas de sua hum anidade pecam inosa ou da carne.

    lei d a m inha mente (v. 23) equivalente ao novo eu interior.

    livrar (v. 24) resgatar do perigo, com o um soldado que retira seu companheiro ferido do cam po de batalha.

    40

  • 1. Que ilustraes Paulo usa para explicar a maneira como os crentes esto mortos para a lei?

    2. Sublinhe todas as referncias lei nessa passagem. Circule palavras e expresses que se referem ao pecado.

    3. De acordo com Paulo, com o que lutaremos pelo resto de nossa vida (v. 1 )?

    4. Como voc concilia a discusso de Paulo sobre o crente como uma criao totalmente nova, m orta para o pecado, no captulo 6, com a admisso pelo apstolo de uma enorme batalha contra o pecado no captulo 7?

    41

  • 0s
  • 9. Em que reas voc se sente frustrado por suas inclinaes pecaminosas? Com base no captulo 7, responda: quanto o legalismo efetivo naluta contra a carne?

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    10. Do que voc aprendeu nessa passagem, o que o condena? O que o conforta? Por qu?

    11. Pense em alguma coisa que voc deveria fazer. Pense em alguma coisa que voc no deveria fazer. Escreva essas coisas no espao abaixo e faa delas uma fonte de oraco nesta semana.

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

  • 9. Em que reas voc se sente frustrado por suas inclinaes pecaminosas? Com base no captulo 7, responda: quanto o legalismo efetivo na luta contra a carne?

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    10. Do que voc aprendeu nessa passagem, o que o condena? O que o conforta? Por qu?

    11. Pense em alguma coisa que voc deveria fazer. Pense em alguma coisa que voc no deveria fazer. Escreva essas coisas no espao abaixo e faa delas uma fonte de orao nesta semana.

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    43

  • NOTAS

    44

  • ^ 7

    No E s p r i t oA p r o x i m a n d o -SE d o t e x t o

    Ro m a n d s 8.1-39

    Jsus prometeu que o Esprito Santo viria aos seus seguidores. Quando voc pensa sobre o Esprito Santo, o que vem sua mente? Que dvidas voc tem?

    C o n t e x t o

    Nos primeiros sete captulos de Romanos, o Esprito Santo de Deus mencionado apenas uma vez. No captulo 8, Paulo menciona o Esprito quase vinte vezes. o Esprito que nos liberta do pecado e da morte, nos capacita a cumprir a lei de Deus, transforma a nossa natureza, nos d a habilidade de superar os desejos da nossa carne no redimida, confirma a nossa adoo como filhos de Deus e garante a nossa glria eterna. Em resumo, no pode haver sucesso ou progresso em nossa vida crist parte de uma dependncia absoluta da terceira pessoa da Trindade.

    Paulo encerra o captulo com um ensinamento profundo sobre a segurana absoluta do crente. No apenas somos salvos pelo sangue de Cristo e habitados pelo Esprito, mas tambm estamos seguros no amor do Pai. O Deus que est no controle de todas as coisas, que graciosamente nos salvou do pecado e da morte e que comeou o processo de transformao em ns, nunca nos abandonar.

    C h a v e p a r a o t e x t o

    Esprito Santo: O Esprito Santo 0 agente divino que cria, sustenta e preserva a vida espiritual naqueles que depositam sua confiana em Jesus Cristo. O Esprito Santo no meramente uma influncia ou um poder impessoal que emana de Deus. Ele uma pessoa, o terceiro membro da Trindade, igual de todas as maneiras ao Deus Pai e ao Deus Eilho. Entre as muitas caractersticas da personalidade que o Esprito Santo manifesta esto; ele opera com a mente, a emoo e a vontade; ele ama os santos, comunica-se com eles, ensina-os, orienta-os, conforta-os e castiga-os; possvel mentir para ele, test-lo, entristec-lo, apag-lo, resistir a ele e blasfemar contra ele. Ele chamado de Deus, o Esprito de Deus, o Esprito de lahweh (ou Jeov), o Esprito do Pai, o Esprito do Filho, o Esprito de Jesus e o Consolador e Advogado dos crentes.

    Desde o Pentecostes, o Esprito Santo tem habitado em todos os crentes, ilu45

  • minando a sua compreenso e a aplicao da Palavra de Deus. Ele os enche, sela, comunga com eles, entra em comunho com eles, intercede por eles, conforta-os, adverte-os, santiica-os e os capacita a resistir ao pecado e a servir a Deus.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 8.1-39, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    p o is (v. 1) aqui, Paulo resum e as ram ificaes das verdades apresentadas nos captulos l a 7.

    condenao (v. 1) term o judicial que significa um veredicto de culpa; o oposto da justificao.

    a lei do Esprito da v ida (v.2) o evangelho, a lei da f.

    lei do pecado e d a m orte (v. 2) a lei perfeita de Deus que, em decorrncia da fraqueza da carne, produz apenas condenao.

    em sem elhana de carne pecam in osa (v. 3) Cristo era totalmente humano, porm sem a hum anidade no redimida ou a natureza carnal dos pecadores.

    an dam os (v. 4) o m odo de viver de um a pessoa.

    cogitam (v. 5) tm a mente orientada ou disposta a satisfazer os desejos da carne.

    (pendor) do Esprito (v. 6 ) concentrado nas coisas do Esprito.

    h ab ita (v. 9) torna sua a casa. m ortificardes os feitos do corpo (v. 13) m or

    tificao o processo contnuo e vitaUcio de confiar na fora do Esprito para resistir aos desejos carnais e executar as ordens de Deus.

    gu iados pelo Esprito (v. 14) norm almente esclarecendo a Escritura de tal m odo que a nossa mente lim itada e pecam inosa possa compreender a vontade de Deus.

    esprito de escravido (,..)atem orizados{v. 15)

    os no redim idos no tm paz duradoura em virtude dos efeitos do pecado e da perspectiva de punio.

    testifica com o nosso espirito (v. 16) pela fecundidade e pelo poder, no por meio de vozes msticas.

    herdeiros (v. 17) ficamos na posio de herdar tudo o que Deus e tem.

    vaid ade (v. 20) referncia aos efeitos da maldio (G n 3 ,17-19).

    ardente expectativa da criao agu arda (...) gem e (vs. 19-23) o anseio universal pela elim inao da maldio

    prim cias do Esprito (v. 23) as mudanas que Deus opera em ns so evidncias da verdade de que um dia seremos iguais a Cristo.

    gem idos inexprim veis (v. 26) articulaes divinas na Trindade; apelos profundos para o bem -estar do povo de Deus.

    todas as coisas cooperam p a ra o bem (v. 28) nosso Deus soberano orquestra cada acontecim ento da vida para trazer glria para si m esm o e benefcio (tem poral ou eterno) aos seus filhos,

    d ean temo conheceu (v, 29) nose trata da oniscincia, mas da escolha divina de nos am ar e estabelecer urna relao conosco.

    predestinou (v. 30) literalmente, m arcou, apontou ou determinou de antemo,

    se (v. 31) um a vez que.

    46

  • 1. Liste os vrios nomes para designar o Esprito que Paulo usa.

    2. De acordo com esse captulo, que atos/ministrios o Esprito Santo opera em ns, por intermdio de ns e para ns?

    3. Como a presena e a obra do Esprito transformam a nossa natureza?

    4. O que Paulo quer dizer com as referncias a gemidos nesse captulo (vs. 22,23)?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Considere a promessa de Cristo, feita no Cenculo, de que o Esprito viria aos seus seguidores. Leia Joo 14.15-17.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5 .0 que voc aprende nesse texto sobre o Esprito?

    47

  • 6. Como a promessa de Jesus em Joo 14.17 se relaciona com. a promessa de Romanos 8.35-39?

    7. Leia Glatas 5.22,23. Como a presena dessas qualidades em sua vida pode trazer um sentimento de esperana e expectativa?

    V e r d a d e p a r a h o je

    a vida cheia do Esprito no acontece por meio de experincias msticas ou de xtases, mas do estudo da Escritura e da submisso a ela. medida que o crente enche de modo fiel e submisso a sua mente e o seu corao com a verdade de Deus, o seu comportamento passa a ser controlado pelo Esprito; isso to certo quanto o fato de que a noite segue o dia. Quando estamos plenos da verdade de Deus e somos guiados por seu Esprito, at mesmo as nossas reaes voluntrias aquelas que acontecem quando no temos tempo de decidir conscientemente o que fazer ou dizer so piedosas.

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. De acordo com a afirmao acima, por que importante 1er e conhecer a Palavra de Deus? Como isso se relaciona a ser conduzido pelo Esprito?

    9 .0 Esprito Santo no foi dado para que os crentes possam desfrutar de xtases ou de experincias em que se sintam bem. O Esprito vive em ns para nos transformar. O telogo escocs David Brown afirmou: Se voc no matar o

    48

  • pecado, ele matar voc. Como, falando praticamente, o Esprito que habita em voc pode fortalec-lo para que seja vitorioso sobre o pecado hoje?

    10. Numa escala de 1 a 10, sendo 1 carnal e 10 como Cristo, como voc avalia a sua vida no Esprito neste momento? O que precisa mudar?

    11. Medite sobre Romanos 8.35-39. Como essa graa divina do amor de Deus o encoraja?

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    49

  • NOTAS

    50

  • I f 8 '= i I

    ISRAEE E O PLANO * ETERNO DE D e US ,

    ?*sW ia?ej?W ^'iaaH 3W i5M 3M i?A e^^s:S?^ ^ C S iy ^

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t oR o m a n o s 9.1-

    Neste estudo, veremos a parte de Israel no plano de Deus. Ao longo dos sculos, muitos cristos professos inflamaram as chamas do antissemitismo, o que k^ou. a. letTWtis, ptseguies ao omo )ue\i. O utios ccistos so os rcvaioTes defensores de Israel. Qual voc pensa ser a razo para as muitas reaes contraditrias que ocorreram atravs dos sculos ao povo judeu?

    C o n t e x t o

    Romanos 9-11 uma das passagens mais fascinantes do Novo Testamento, repleta de doutrina essencial e muito prtica e focada em Israel, o povo escolhido por Deus. Algumas pessoas tm argumentado que esses captulos so uma parte incidental do ensino, basicamente no relacionada ao restante da epstola. Certamente, se Paulo tivesse omitido os captulos 9 a 11, a argumentao do comeo ao fim e o fluxo da carta seriam contnuos. Sua bela cano de louvor, esperana e promessa no final do captulo 8 flui naturalmente para o captulo 12.

    Esse apstolo judeu para os gentios, contudo, precisava esclarecer algumas verdades acerca de Israel, bem como contradizer algumas falsidades predom inantes que muitos crentes judeus primitivos aceitavam como verdades. Paulo trata da questo de se, luz da oferta da salvao de Cristo a todos os gentios, os judeus foram abandonados por Deus como povo. Eles ainda tinham um lugar ou propsito lnico no plano da redeno de Deus? Por que, se eram 0 povo escolhido de Deus, eles rejeitaram to teimosamente o seu Messias?

    Com profunda sabedoria e virtuosa lgica, Paulo demonstra que o nosso Deus soberano manter fielmente todas as suas promessas e que Israel ter um futuro nos propsitos de Deus.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Aliana: Uma aliana um a promessa, concordncia ou contrato que com promete legalmente. A palavra alianas, no plural, usada trs vezes no Novo Testamento (G1 4.24; E f 2.12). Todas, com exceo de uma, as prom essas de Deus ao homem so eternas e unilaterais ou seja, at o fim dos tempos, e

    51

  • Deus prometeu realiz-las baseado em seu prprio carter, e no na resposta ou aes do beneficirio. A seis alianas bblicas incluem; (1) a aliana com No (Gn 9.8-17); (2) a aliana com Abrao (Gn 12.1-3); (3) a aliana da lei dada por intermdio de Moiss no Sinai (x 19-31); (4) a aliana sacerdotal (Nm 25.10-13); (5) a aliana de um reino eterno por meio do m aior Filho de Davi (2Sm 7.8-16); e (6) a nova aliana (Jr 31.31-34; Ez 37.26; cf. Eb 8.6-13). Todas, com exceo da aliana mosaica, so eternas e unilaterais. A m osaica no nem eterna, nem unilateral, visto que o pecado de Israel a anulou e ela foi substituda pela nova aliana (c f Hb 8.7-13).

    Soberania de Deus: Termo teolgico que se refere ao poder ilimitado de Deus, que tem o controle soberano sobre as questes da natureza e da histria. A Bblia declara que Deus est operando seu plano soberano de redeno para o mundo e que o juzo certo. A histria da redeno de Gnesis a Apocalipse possvel apenas porque o Deus soberano ama o mundo criado e cado como e capaz de fazer alguma coisa por este mundo. Sem o soberano amor do Pai ministrado a ns por intermdio do Filho e do Esprito Santo, no haveria real liberdade humana e nenhuma esperana de vida eterna. A soberania de Deus no como a de um tirano, mas a providncia amorosa de um Deus gracioso. O crente que no vive confiante na soberania de Deus no ter paz e ser deixado ao caos de um corao perturbado. Porm, a nossa confiana segura no Senhor permitir que agradeamos a ele no meio das provas porque teremos a paz de Deus sempre a postos para proteger o nosso corao {Nelsons New Illustrated Bible Dictionary).

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 9.1-11.36, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    an tem a{v .3 ) a palavra grega niaf/jemn, cesse e sem qualquer mrito humano possvelque significa consagrar destruio no inferno para demonstrar que a eleio uma prerroga-eterno. tivadeDeus.

    gl ria{vA ) Shekinah,a.nuvemquesigniica quem quer (v. 16) a salvao no da ini-a presena de Deus no Santo dos Santos ou entre ciativa humana.seu povo. vasos de ira (v. 22) aqueles que icaro sujei-

    alian as (v. 4) contratos ou concordncias tos punio justa por causa dos seus pecados,que comprometem legalmente, usado aqui para Senhor dos Exrcitos (v, 29) Senhor dasdesignar as promessas entre Deus e seu povo. hostes ou tropas, uma referncia soberania de

    p a tr ia rca s (v. 5) os patriarcas de Israel, Deus, que tudo abrange.os (filhos) d a carne y. 8) oslhosdeA briio zelo p o r D eus (10.2) tentativa ardente de

    comAgar e Quetura. viver a lei de Deus; resistncia fervorosa aosno p o r obras, m as p o r aquele que cham a (v, oponentes do Judasmo,

    11) Deus escolheu Jac antes que este nas- O fim d a lei Cristo (v, 4) ou seja, crer em

    52

  • Cristo 0 fim da busca ftil de cumprir a lei na esperana de ser visto como justo aos olhos de Deus.

    confessa (v. 10) literalmente, diz a mesma coisa ; assim, concorda com a declarao de Deus Pai de que Jesus Salvador e Senhor,

    p a lav ra de Cristo (\-, 17) mais exatamente, a palavra de Cristo, ou seja, a mensagem sobre Cristo, o evangelho,

    rejeitado (11,1) empurrado para longe. remanescente (v. 5) embora a liderana na

    cional tenha rejeitado Cristo, milhares de judeus creram nele (At 2.41 e4.4).

    raiz (v, 16) os patriarcas Abrao, Isaque e Jac.

    ram os (v, 16ss,) os descendentes dos patriarcas, ou seja, anao de Israel,

    a bondade e a severidade 22) os atributos de Deus no so contraditrios,

    os dons (...) so irrevogveis (v. 29) a eleio soberana do Deus de Israel incondicional e imutvel.

    D eus a todos encerrou na desobedincia (v, 32) Deus no o autor do pecado, mas permite inclinaes pecaminosas para que possa receber glria tanto na misericrdia quanto no julgamento.

    1. Qual o tom de Paulo nessa passagem? Quais so os seus sentimentos para com o seu povo?

    2. Que personagens e acontecimentos da histria de Israel Paulo menciona?

    3. Como Paulo argumenta no captulo 9 que a descrena de Israel coerente com o plano de Deus?

    53

  • 4. Que ilustraes da agricultura Paulo utiliza no captulo 11 para dem onstrar que a rejeio de Israel a Deus no uma condio permanente?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Observe como a passagem do livro de Jeremias 18.1 -10, no Antigo Testamento, prenuncia o tema dos captulos 9 a 11 de Romanos Deus soberano e pode fazer o que quiser com suas criaturas (sem violar sua bondade e misericrdia).

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5 .0 que Deus quer que Israel saiba sobre ele? Por qu?

    6. Como Jeremias expressa o conceito da soberania de Deus? Isso o ajuda a compreend-lo melhor? Por qu?

    7. Leia Apocalipse 7.1-12. Q que essa passagem sugere sobre o relacionamento futuro entre os judeus e os gentios?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Deus no pode cortar relaes com a nao de Israel pela razo bvia de que todas as suas prom essas para os israehtas ainda no foram cumpridas. Se54

  • t))K^^

    4. Que ilustraes da agricultura Paulo utiliza no captulo 11 para dem onstrar que a rejeio de Israel a Deus no uma condio permanente?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    Observe como apassagem do livro de Jeremias 18.1-10, no Antigo Testamento, prenuncia o tema dos captulos 9 a 11 de Romanos Deus soberano e pode fazer o que quiser com suas criaturas (sem violar sua bondade e misericrdia).

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5 .0 que Deus quer que Israel saiba sobre ele? Por qu?

    6. Como Jeremias expressa o conceito da soberania de Deus? Isso o ajuda a compreend-lo melhor? Por qu?

    7. Leia Apocalipse 7.1-12.0 que essa passagem sugere sobre o relacionamento futuro entre os judeus e os gentios?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Deus no pode cortar relaes com a nao de Israel pela razo bvia de que todas as suas promessas para os israelitas ainda no foram cumpridas. Se54

  • Deus cortasse relaes com sua nao escolhida, sua palavra seria falsa e sua integridade, desacreditada.

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. Considerando o que voc viu nesses captulos, qual deveria ser a atitude dos cristos de hoje para com os judeus?

    9 .0 amor e a preocupao de Paulo por seus compatriotas eram tais que ele desejava poder trocar de lugar com eles; literalmente, que ele fosse para o inferno para que eles pudessem ser salvos. Como voc pode desenvolver mais compaixo por aqueles que no conhecem as boas novas de Jesus?

    10. Paulo encerra suas reflexes sobre a fidelidade e a misericrdia de Deus com uma doxologia magnfica. Se voc tivesse que escrever um tributo de louvor com quatro sentenas a Deus por t-lo includo em seu plano eterno de salvao, o que diria?

    R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    55

  • NOTAS

    56

  • 9 * j ; f

    V i d a SOBRENATRALR o m a n o s 12.1-21

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    Numa escala de 1 a 10 (1 = praticamente inexistente ; 10 = quase perfeito ), como voc classifica avida corporativa da sua igreja como as pessoas servem umas s outras e se relacionam no corpo de Cristo? Por qu?

    O que voc gostaria que fosse diferente na comunidade da sua igreja?

    C o n t e x t o

    Depois de pginas de rica verdade teolgica, Paulo usa o restante de sua carta aos romanos para explicar como essas doutrinas deveriam ser expressas na vida diria de um crente ou da igreja. Este um tema constante nos escritos de Paulo: a teologia nunca pode estar separada da vida; ela sempre tem suas ramificaes e implicaes prticas.

    A descrio de Paulo aqui no nada desprovida de vida sobrenatural! Paulo demonstra que, quando os crentes se entregam inteiramente a Deus e ento, pelo poder do Esprito, vivem na prtica o que verdade acerca deles teologicamente em Cristo, o resultado surpreendente. Essa vida sobrenatural ser como um brilhante letreiro de non numa cultura sombria.

    Os cristos que so sacrifcios vivos no servio a Deus so piedosos, no mundanos; transformados, no conformados; humildes, no orgulhosos; teis e generosos, no mesquinhos; unidos aos outros, no separados deles; amorosos, no hipcritas e detestveis; centrados no outro, no absorvidos em si mesmos; entusiasmados, no maantes; clementes, no vingativos. Para saber mais sobre esse tipo de vida sobrenatural, continue a ler este texto.

    57

  • Dons espirituais: Um dom espiritual uma habilidade intencionalmente concedida de modo gracioso e sobrenatural a cada crente, pelo qual o Esprito Santo ministra ao corpo de Cristo. Os dons espirituais so capacitaes para o ministrio que o Esprito Santo d em certa medida a todos os crentes. Eles devem estar completamente sob o seu controle e ser usados para a edificao da igreja, para a glria de Cristo. A palavra grega (charisma) enfatiza a gratuidade do dom. Um dom espiritual no pode ser adquirido, procurado ou elaborado. Ele meramente recebido por intermdio da graa de Deus. As categorias dos dons espirituais so dadas em Romanos 12.3-8 e 1 Corntios 12.4-10. Cada crente tem um dom especfico, frequentemente uma combinao de vrias categorias de dons colocados juntos de modo singular para cada cristo. Os dons espirituais no so para a exaltao daquele que os possui, mas para serem usados com interesse amoroso para o benefcio de outros na igreja.

    C h a v e p a r a o t e x t o

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 12.1-21, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    Rogo (v. 1) incito, admoesto, encorajo; da mesma palavra grega que significa pedir que venha ajudar.

    p o is (v. 1) visto que todas as coisas foram criadas para a glria de Deus (11.36), devemos viver com o mesmo propsito.

    m isericrdias de D eus (v. 1) expresso que resume a obra graciosa e prdiga de Deus em favor dos pecadores sobre os quais Paulo havia debatido nos captulos 1 a 11.

    apresenteis o vosso corpo (v. 1) os crentes so chamados a se devotar ou se oferecer completamente e sem reservas ao Senhor. Essa a nica maneira pela qual podemos honrar a Deus com o nosso corpo no redimido.

    culto racion al (v. 1) racional significa lgico ; luz de tudo o que Deus tem feito por ns, isso o que devemos fazer por ele.

    conform eis (v. 2) conformar nesse caso significa assumir uma aparncia exterior que no combina com a reahdade interior.

    este sculo (v. 2) literalmente, esta era;

    58

    o sistema de crenas e valores que abrange o esprito dos tempos em que vivemos.

    tran sform ai (v. 2) o termo grego a origem da palavra metamorfose ; o sentido de mudar a aparncia (em virtude das mudanas interiores que aconteceram e que acontecem).

    renovao d a vossa m ente (v. 2) ser renovado no modo de pensar ao encher-se da Palavra de Deus e ser controlado pelo Esprito de Deus.

    m oderao (v. 3 ) o exerccio do julgamento correto.

    m edida d a f (v. 3) a proporo correta do dom espiritual necessria para o cumprimento do papel de uma pessoa no corpo de Cristo.

    num s corpo (...) m uitos m em bros (v. 4) a igreja uma diversidade unificada.

    profecia (v. 6) literalmente, o ato de falar publicamente a verdade de Deus, no necessariamente predizendo o futuro.

    m inistrio (v. 7) servio, da palavra grega da qual se originou a palavra dicono.

    ensina (v. 7 ) ter habilidade para interpretar,

  • esclarecer, sistematizar e explicar a verdade de Deus de modo claro.

    liberalidade (v. 8) simplicidade, sinceridade e generosidade franca.

    preside (v. 8) literalmente, coloca-se frente.

    preferindo-vos em honra (v. 10) mostrando considerao e admirao genuna pelos crentes companheiros ao coloc-los em primeiro lugar.

    fervorosos de Esprito (v. 11) literalmente, ferventes no Esprito ou seja, portadores de um entusiasmo interior que resulta em trabalho produtivo.

    p ra t ic a i a h osp ita lid ad e (v. 13) literalmente, demonstrai amor pelos estranhos; esse tipo de franqueza e generosidade deveria ser a marca de qualidade dos crentes.

    N o torneis a ningum m al p o r m al (v. 17) uma proibio da aplicao individual do princpio de justia do olho por olho.

    am on toars b rasas vivas sobre a su a cabea (v. 20) referncia ao costume egpcio de demonstrao de vergonha e contrio ao carregar um recipiente com brasas vivas sobre a cabea; a bondade ao inimigo detestvel e indigno produz vergonha.

    1. Paulo inicia o captulo 12 com um apelo aos crentes para que estes se entreguem total e completamente corpo, mente e vontade a Deus. De acordo com Paulo, o que est envolvido nessa maneira de agir?

    2. Que evidncia voc encontra aqui de que a vida crist no deve ser levada em isolamento?

    3 .0 que Deus deu a cada um de ns para que usssemos no servio de outros?

    4. Se m anter a lei de Deus im possvel (com o Paulo argum enta nessa59

  • carta), como voc pode praticar os m andam entos que Paulo d nos versculos 9 a 21?

    C o n h e c e n d o a e u n d o

    Leia 1 Pedro 4.7-11 para aprofundar a sua compreenso sobre os dons espirituais.

    A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. Que percepes Pedro acrescenta doutrina dos dons espirituais apresentada em Romanos 12? Quem possui os dons e qual o propsito deles?

    Leitura auxiliar: ICo 12.1-31; E f 4.7-16

    6. De acordo com Paulo, que aes e atitudes glorificam a Deus e desenvolvem o corpo? Que atitudes e aes desonram a Deus e destroem o corpo de Cristo?

    7. Por que a metfora do corpo humano apropriada para a igreja?

    60

  • V e r d a d e p a r a h o je

    A vida sobrenatural est conformando a nossa vida exterior nossa vida interior, vivificando a natureza redimida, purificada e santa que temos em Jesus Cristo, tornando-nos, na prtica, o que Cristo fez por ns novas criaturas. A vida sobrenatural no uma vida mstica e indefinida baseada em bons im pulsos ilusrios e intenes sinceras. uma vida prtica que resulta da obedincia consciente aos padres de justia de Deus, uma vida de acordo com os parmetros divinamente determinados. Levar essa vida pensar, falar e agir diariamente em conformidade com a Palavra e a vontade de Deus.

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    8. O ingls do sculo 19 Robert C. Chapman escreveu: Vendo que tantos pregam a Cristo e to poucos vivem Cristo, eu almejarei viv-lo. Que princpio ou verdade dessa passagem voc quer parar de pregar e comear a praticar?

    9. Baseado em suas experincias e na avaliao de lderes e amigos cristos, quais voc pensa que so seus dons espirituais? Como voc tem usado essas habilidades dadas por Deus para servir ao corpo de Cristo?

    10. Escreva um versculo do captulo 12 que voc memorizar e no qual meditar durante esta semana a fim de renovar a sua mente.

    61

  • R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

    62

  • r * 1 0

    V iv e n d o n o m u n d Ro m a n o s 13.1-14

    A p r o x i m a n d o - s e d o t e x t o

    Voc acha que importante ser um bom cidado? Por qu?

    H alguma ocasio em que voc no obedece lei? Explique.

    C o n t e x t o

    Os primeiros onze captulos dessa epstola (especialmente os captulos 1-8) explicam em detalhes maravilhosos o que significa ser salvo justificado pela graa de Deus, que opera por meio da f. Esse milagre monumental da salvao causa impacto em todos os relacionamentos do crente. Quando som os salvos, nossa resposta inicial deve ser apresentar completamente nosso corpo por sacrifcio vivo, santo e agradvel a Deus, que o vosso culto racional. A preocupao seguinte do apstolo a de que haja um relacionamento correto na igreja com irmos e irms em Cristo e at mesmo com os inimigos.

    Depois de tratar desses assuntos, Paulo se concentra na necessidade de se ter relacionamentos corretos com o mundo. Primeiro, devemos demonstrar respeito pelas autoridades governantes. Segundo, devemos amar nosso prximo e viver uma vida santa que contraste com o sombrio ambiente de um mundo sem Deus.

    C h a v e s p a r a o t e x t o

    Tributos: A palavra grega se referia especificamente aos impostos pagos pelas pessoas, particularmente aquelas que viviam numa nao conquistada, aos seus governantes estrangeiros o que tornava o imposto ainda mais oneroso. Normalmente, tratava-se de uma taxa cobrada sobre o salrio e a propriedade. Nesse contexto, contudo, Paulo usa o termo no sentido mais amplo possvel para falar de todos os tipos de tributo. Jesus ensinou explicitamente que os impostos deveriam

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  • K?S
  • 1. Que contrastes Paulo faz entre os cristos e o mundo?

    2. Quais so as consequncias ordenadas por Deus para aquele que desafia a autoridade governamental?

    3. Com o Paulo usa alguns dos Dez Mandamentos para demonstrar que o amor o cumprimento da lei?

    4. Que fatos Paulo usa para motivar os crentes em Roma a esquecer o pecado e a viver retamente? Por que devemos nos submeter?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    No Antigo Testamento, os israelitas foram levados cativos pelo Imprio Assrio. Trs judeus devotos, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram-se a servir ou adorar o dolo de ouro que o rei havia erguido. Leia o que aconteceu em Daniel 3.14-30.

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  • A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    5. Como a postura pblica dos trs judeus tementes a Deus intensificou a reputao de Deus?

    6. Leia Atos 5.28,29. Qual a exceo, se h alguma, ordem divina de estar sujeito s autoridades superiores (13.1)?

    7 .0 que significa revesti-vos do Senhor Jesus (13.14)?

    V e r d a d e p a r a h o je

    Os crentes devem ser cidados-modelo, conhecidos como cumpridores da lei, no agitadores; obedientes, e no rebeldes; que respeitam o governo, e no o rebaixem. Devemos falar contra o pecado, contra a injustia, contra a imoralidade e a impiedade com dedicao temerosa, mas devemos faz-lo de acordo com a estrutura da lei civil e com respeito pelas autoridades civis. Devemos ser uma sociedade divina, fazendo o bem e vivendo pacificamente em uma sociedade mpia, manifestando a nossa vida transformada para que o poder salvador de Deus seja visto claramente.

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  • 8.0 que acontece com a mensagem do evangelho e a reputao de Deus e de seu povo quando os cristos so agressivos e desrespeitosos no setor pblico?

    R e f l e t i n d o s o b r e o t e x t o

    9. Quando voc considera as autoridades eleitas (nos nveis federal, estadual e local), fcil para voc se sujeitar a elas? Voc se ressente por ter de pagar impostos administrao atual? Por que sim ou por que no?

    10. Se um funcionrio pblico corrupto, indolente ou desrespeitoso, o que devemos fazer como crentes?

    11. Escreva o nome de trs autoridades governamentais por quem voc pode orar nesta semana. Se desejar, escreva-lhes um bilhete expressando seu apoio e gratido.

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  • R e s p o s t a p e s s o a l

    Registre suas reflexes, as questes que queira levantar ou uma orao.

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  • ^ II ^O FORTE E O FRAC

    iX2*i0iX(

  • congregaao de crentes diversos e que lutam para aceitar aqueles que so diferentes. E isso no verdadeiro a respeito de todos ns?

    C h a v e p a r a o t e x t o

    Adorao de dolos e prticas idlatras: Os gregos e os romanos eram politestas (adoravam muitos deuses) e polidemonistas (acreditavam em muitos espritos m aus). Eles acreditavam que os espritos maus tentavam invadir os seres humanos ao se unir ao alimento antes que este fosse ingerido, e que os espritos poderiam ser retirados apenas pelo oferecimento do alimento a um deus. O sacrifcio no servia apenas para obter o favor do deus, mas tambm para purificar a carne de contaminao demonaca. Essa carne descontaminada era oferecida aos deuses como sacrifcio. O que no era queimado no altar era servido em festas pecaminosas pags. O que sobrava era vendido no mercado. Depois da converso, os crentes ressentiam-se de comer tal alimento trazido de mercados de dolos porque isso, para os crentes gentios sensveis, servia com um lembrete do tempo em que levavam uma vida pag e adoravam a demnios. Paulo e os crentes m aduros sabiam que no deveriam ficar preocupados com esse alimento que fora primeiro oferecido aos dolos e depois vendido no mercado. Eles sabiam que as divindades no existiam e que os espritos malignos no contaminavam o alimento. O conhecimento misturado ao amor evita que um crente exercite um tipo de liberdade que possa ofender os crentes mais fracos e, antes, ele ajuda os outros a se desenvolverem na verdade e na sabedoria.

    D e s d o b r a n d o o t e x t o

    Leia Romanos 14.1-15.13, prestando ateno s palavras e trechos em destaque.

    dbil na f {v. 1) referncia incapacidade pelo Esprito (no obstante o que os outrosdos crentes de abandonar os rituais e cerimnias digam ou faam).religiosas do passado. p ^ ra o Senhor(v.6) Quer fracos, quer fortes

    legumes (v. 2) a dieta rigorosa de crentes conscincia, nossa deciso deve visar trazerjudeus e gemios com a conscincia afligida, que ^ ^no se permitiam comer a carne que havia sido , j r, / j^ frtbu nal de D eus {v. 10) um dia futuro de

    explicaes diante do trono de Deus em que nossas decises como crentes sero examinadas.

    sacrificada a dolos. despreze (v. 3) tenha desprezo ou desdm. ju lgu e (v. 3) condene.P a ra o seu p r p rio senhor est em p ou 13)-qualquercoisaqueum crente

    cai (v. 4) Cristo o juiz supremo de nossos fizer mesmo coisas biblicamente admissveismotivos e aes. que faa com que algum peque.

    C ad a um tenha opin io bem definida (v. 5) entristece (v. 15) causa dor ou aflio; ou em questes no prescritas pela Escritura, seja, o fato de um crente mais forte desfrutar deos crentes devem seguir sua conscincia guiada uma liberdade que o crente fraco acredita ser

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  • pecado pode acarretar a este um sentimento de dor ou aflio.

    fa a s perecer (v. 15) nesse contexto, no a danao, mas a destruio.

    vosso bem (v. 16) o exerccio legtimo da liberdade crist.

    com ida nem bebida (v. 17) trivial, no essencial.

    aprovadopeloshom ens(y. 18) sugere aprovao depois de exame cuidadoso; aqui, sugere que o nosso comportamento justo e o amor de uns pelos outros seriam vistos como genunos por um mundo ctico.

    suportar (15.1) literalmente, pegar e carregar um peso; o crente mais forte no deve apenas tolerar o irmo mais fraco, mas deve mostrar considerao e amor ao ajudar a carregar seus fardos.

    Cristo no se agradou a si mesmo (v. 3) o objetivo de Cristo foi sempre agradar o Pai.

    ou trora ,fo i escrito (v. 4) referncia s Escrituras do Antigo Testamento.

    acolhei (v. 7) aceitar e receber calorosamente, mesmo com as diferenas.

    as prom essas fe ita s aos nossos p a is (...) os gentios (vs. 8,9) o plano de Deus sempre foilevar tanto judeus quanto gentios para o seu reino.

    1. Qual era a situao na igreja em Roma? Por que voc acha que h tanto julgamento entre as pessoas?

    2. Em reas em que a Escritura no prescreve nem probe em comportamento, que conselho Paulo d para determinar uma conduta de ao?

    3. Por trs de todas as convices e comportamentos diferentes, de acordo com Paulo, quais devem ser nossos objetivos mximos quando confrontamos questes que no so tratadas pela Palavra de Deus?

    C o n h e c e n d o a f u n d o

    A igreja romana no era a nica congregao na poca de Paulo que sofria tenso por causa de diferenas no corpo. Considere a instruo do apstolo igreja de Corinto em 1 Corntios 8.1-9.

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  • A n a l i s a n d o o s i g n i f i c a d o

    4 .0 conflito na igreja de Corinto era sobre a carne que tinha sido sacrificada a dolos e ento vendida no mercado prximo. Deveria um cristo consumir essa carne ou no? , essa era a grande discusso. Alguns concluram que a carne era excelente, visto que os dolos eram feitos pelos homens e no eram verdadeiramente divinos. Outros no podiam, em s conscincia, admitir essa prtica. Qual foi a soluo de Paulo?

    5. Leia Glatas 5.13. Somos livres em Cristo, mas para que propsito Paulo diz que a nossa liberdade deve ser usada?

    6. Considere os doze homens que Jesus escolheu para serem seus seguidores mais prximos (Mc 3.13-19). Sabemos pelo registro bblico que esses homens pertenciam a uma variedade ampla de contextos, partidos polticos e ocupaes. Como esse grupo diverso serVe como modelo para o tipo de unidade de que a congregao dos dias de hoje pode desfrutar?

    V e r d a d e p a r a h o je

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