Romantismo no Brasil

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Romantismo no Brasil POESIA E PROSA PROFESSORA: Mª CRISTINA A. BIAGIO “... São duas almas bem gêmeas Que riem no mesmo riso, Que choram nos mesmos ais; São vozes de dois amantes, Duas liras semelhantes, Ou dois poemas iguais.” Casimiro de Abreu Romero Brito Romero Brito

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Romantismo no Brasil

POESIA E PROSAPROFESSORA: Mª CRISTINA A. BIAGIO

“... São duas almas bem gêmeasQue riem no mesmo riso,Que choram nos mesmos ais;São vozes de dois amantes,Duas liras semelhantes,Ou dois poemas iguais.” Casimiro de Abreu

Romero Brito

Romero Brito

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Características da Literatura Romântica A natureza como

expressão do eu – a natureza no arcadismo funcionava apenas como cenário, já no Romantismo a natureza reflete e revela o interior do eu ( que escreve) ou das personagens;

A religiosidade – A valorização da espiritualidade, a religiosidade cristã, o gosto pelo sobrenatural são recorrentes nessa estética; O poeta Goethe na Itália -

Tischbein, Johann Heinrich Wilhelm

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A idealização do amor – o amor é tema central de quase todas as obras do Romantismo;

A figura feminina – mulher idealizada -“anjo” ou mulher “demônio” ( aquela que arrasta o homem à perdição);

O herói romântico – Um ser em permanente conflito com a sociedade que o oprime ou um ser idealizado por seus feitos, como o cavaleiro medieval;

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O Mal-do-Século – estado de espírito depressivo, que leva ao tédio, à melancolia, ao pessimismo e ao desejo de morte;

Obs.: Os sofrimentos do jovem Werther, do escritor alemão Goethe, fez tanto sucesso entre os jovens europeus, que em todo o continente, ocorreu um surto de suicídios. Em Portugal, o triste fenômeno levou cem anos para ser vencido, graças ao pacto de silêncio feito pela imprensa (que parou de noticiar os casos de suicídio).

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Escapismo e Nacionalismo – a fuga da realidade foi uma constante no romantismo. Da volta ao passado histórico resultou o nacionalismo: exaltação da nação como um todo, das personalidades históricas, das tradições populares, da natureza.

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Contexto Histórico

Escravidão. Forte sentimento nacionalista – que

coincidiu com a independência do Brasil – Principal fato político do século XIX.

Nascimento da burguesia entre nós.

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A Poesia Romântica Obra que deu início ao Romantismo no Brasil –

Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1836).

Fases e Principais autores:1ª Fase - Saudosismo, nacionalismo e indianismo

(valorização das próprias raízes e da pátria) – Gonçalves Dias.

2ª Fase: Mal-do-Século ou ultrarromantismo – pessimismo, desejo de morte, solidão religiosidade. Álvares de Azevedo.

3ª Fase: Condoreira - Poesia social. Castro Alves – O poeta dos escravos.

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Byron, O ídolo dos Românticos

O poeta George Gordon Byron(1788-1824), conhecido como Lord Byron, levou a vida como bem quis: livre e sem preconceitos. Sua obra inspirou toda uma geração de românticos.

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Maria Cristina Altvater Biagio
Retirado do Google - mapas mentais - sem indicação de autoria.
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Prosa O primeiro romance brasileiro –

O filho do pescador, de Teixeira e Souza – foi publicado em 1843, entretanto não conquistou muita popularidade, pois apresentava uma trama bastante confusa. Foi com A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo, que surgiu o verdadeiro romance romântico brasileiro.

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A prosa está compreendida em quatro categorias: Prosa social-urbana – ambientada nas

cidades; Prosa histórica – Personagens e/ou fatos

históricos; Prosa Indianista (que pode ser histórica) –

tem como protagonista o índio – focalizado também, como na poesia, em uma perspectiva heroica;

Prosa Regionalista – necessidade de valorizar culturalmente todo os espaços do Brasil.

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José de Alencar Mais do que um escritor romântico, José de Alencar

tentou construir as bases de uma literatura tipicamente brasileira. Com longas metáforas e seu modo de escrever peculiar, Alencar critica o Rio de Janeiro imperial e os costumes da sociedade brasileira. Suas críticas à sociedade da segunda metade do século XIX renderam ao autor diversas críticas negativas na época.

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Joaquim Manuel de Macedo24/06/1820, Itaboraí (RJ) - 11/4/1882, Rio de Janeiro (RJ)

Entrou para a história da literatura brasileira

com o romance “a Moreninha”.

Apesar de formar-se em medicina, não tinha vocação para a ciência

médica e nem chegou a exercer a profissão. O ano de sua formatura,

1844, é o mesmo da publicação de "A Moreninha", escrito em um

mês, durante suas férias acadêmicas, e cujo sucesso imediato abriu-

lhe amplas perspectivas para a carreira de romancista.

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Manuel Antônio de Almeida

De junho de 1852 a julho de 1853 publicou, anonimamente, os folhetins que compõem as "Memórias de um Sargento de Milícias", reunidas em livro entre 1854-55, em dois volumes, com o pseudônimo de "Um Brasileiro". Na 3ª edição, em 1863 - já póstuma - apareceu seu nome verdadeiro.

Seu romance fez sucesso pelo humor imparcial e amoral, o estilo coloquial e, principalmente, por seu grande talento como narrador.

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Bernardo Guimarães15/8/1825, Ouro Preto (MG) 10/3/1884, Ouro Preto (MG).

Em 1875, publicou o romance que melhor o situaria na campanha abolicionista e viria a ser a mais popular das suas obras:

"A escrava Isaura".

Capa da edição francesa

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Visconde de Taunay 1843-1899

Inocência é considerada a obra-prima não só de Taunay, mas do romance regionalista romântico. É a história de um amor impossível.

Segundo a crítica Ilka Laurito: 

“A borboleta é capturada e morta, para ser exibida na Europa: sai do seu meio ambiente através da morte. Inocência, prisioneira e vítima de seu meio, transcende-o e se liberta apenas pela morte. Ambas representam a ideia de beleza e de fragilidade. Enquanto a borboleta se eterniza e perpetua o nome de Inocência, espetada pelo cientista num estojo de colecionador, a personagem do romance é eternizada pelo romancista que, pode-se dizer, “espeta-a” nas páginas do livro.”