romaria Frei Bruno CresCe ainda mais a devoção ao servo de ... · a nossa Fraternidade Provincial...

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL | MARÇO - 2016 | ANO LXIII • N o 03 | CRESCE AINDA MAIS A DEVOÇÃO AO SERVO DE DEUS ROMARIA FREI BRUNO

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Sumário

ProvínCia FranCisCana da imaCulada ConCeição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

MensageM do Ministro Provincial “Comecemos irmãos...” ..................................................................................................................................111

ForMação PerManente “A misericórdia no Novo Testamento”, de Frei José Clemente Müller ......................114

ForMação e estudos Seminário de Ituporanga: duas etapas e 37 jovens ................................................................117 Frei Fidêncio aos postulantes: “Vinde e vede”! .............................................................................118 Entrevista: Frei Jeâ Andrade, o novo mestre do Postulantadoo chega... ..............122 Entrevista: Frei Jorge assume novo desafio emn Rodeio ..................................................123 Missão de Angola: 11 postulantes admitidos ..............................................................................124 Início das atividades em Rondinha ......................................................................................................125 Petrópolis: início das aulas no ITF ..........................................................................................................126 ITF: Estratégias de ensino e aprendizagem - métodos ativos .........................................127 “Três hábitos estranhos na celebração eucarística”, artigo de Frei Alberto Beckhäuser ........................................................................................................128

Fraternidades Pró-Vocações e Missões Franciscanas - 30 anos ........................................................................131 Ano do centenário do ‘Conventinho’ ..................................................................................................132 Oração a São José do Patrocínio ............................................................................................................133 Frei Germano se despede de Gaspar .................................................................................................134 Frei Luiz Flávio celebra 25 anos de vida sacerdotal .................................................................135 Romaria Frei Bruno: Cresce ainda mais a devoção ao Servo de Deus ......................136 Agudos: Paróquia São Paulo Apóstolo celebra Cinzas .........................................................142 Florianópolis: Reforma do espaço litúrgico e do comunitário .......................................142 Festa da Penha reflete sobre o tema da Misericórdia ............................................................143

evangelização Experiência missionária na Amazônia ...............................................................................................144 Amazônia: Depoimento de Mário Mannrich ...............................................................................150 USF concede título de Doctor Honoris Causa ao presidente do STF .......................156 Província produz material sobre a CF2016 ....................................................................................158

notícias do congresso caPitular 1ª etapa - São Paulo, 1º a 4 de fevereiro de 2016 ....................................................................159 2ª etapa - São Paulo, 22 a 25 de fevereiro de 2016 ................................................................162

cFFb Entrevista: Washington Lima dos Santos, novo secretário da Jufra ............................176 Custódia do Sagrado Coração de Jesus tem novo governo ...........................................178 Frei Beto Breiss é nomeado bispo .........................................................................................................179

agenda ...........................................................................................................................................................180

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Mensagem

Caros confrades, irmãos e irmãs!

Que o Senhor lhes dê a paz e todo o bem!

Nos dias 18 a 26 de janeiro de 2016, a nossa Fraternidade Provincial reuniu-se

no Seminário Santo Antônio de Agudos, SP, onde, com fé e alegria, celebrou o Capítu-

lo Provincial. Com o tema “Evangelizar como Irmãos e Menores” e o lema que nos remeteu à diaconia de Cristo na cena

do Lava-Pés, “Dei-vos o exemplo para que façais como vos fiz” (Jo 13,15), e também

impulsionados pelo último Capítulo Geral da Ordem que nos interpelou a “Ir rumo às perife-

rias”, para levar a alegria do Evangelho em nosso mundo de hoje, várias questões se fizeram presentes neste Capítulo Provincial, todas movidas pela mes-

ma pergunta que os irmãos se faziam por ocasião dos ‘Capítulos de Pentecostes’, nos primórdios da Ordem: “Discutiam a maneira como pudessem fielmente obser-var a Regra” (LTC 57).

Três verbos nos acompanharam no processo ca-pitular, seja na preparação como na celebração do Capítulo: ver, julgar e agir. Estes verbos de ação esti-veram presentes tanto nos relatórios acerca da nossa realidade provincial (humana, espiritual, material), quanto nas proposições trabalhadas pelas bases da Província em vista do projeto do Plano de Evange-lização e também nos documentos jurídicos apre-sentados à Assembleia Capitular.

No Capítulo foi eleito um novo Governo Pro-vincial: Ministro, Vigário e Definidores. Frei Nes-tor Inácio Schwerz, nosso Visitador Geral, ao dar

posse à minha reeleição, fez esta advertência: “É outro mandato. É um novo começo. Talvez

você mude alguma coisa lá no seu escritório para mostrar que está recomeçando... Não está simplesmente continuando, porque poderia se tornar um peso pensar que serão nove anos de governo a mais. Não. Agora é um novo mandato. E os irmãos que você vai encontrar são outros. Então, é bom ter essa perspectiva, essa visão do

ComeCemos irmãos...

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Mensagem

novo. Claro que existe uma con-tinuidade, mas também é um momento novo na Fraternidade Provincial”.

Terminado o Capítulo Pro-vincial, o Visitador Geral con-vidou o novo Definitório a reu-nir-se em São Paulo nos dias 1º a 04 de fevereiro de 2016 para a primeira etapa do Congres-so Capitular, exatamente para este “novo começo”, “novo mandato”, “a perspectiva e a visão do novo”. Um resumo desta primeira etapa do Con-gresso Capitular foi enviado aos irmãos da nossa Fraterni-dade Provincial. E junto a este resumo, também enviamos a proposta do ardoroso trabalho na busca da recomposição das nossas fraternidades. Confesso que vivemos momentos ‘ten-sos’ e muito contamos com a valiosa colaboração do nos-so Visitador, Frei Nestor. Essa ‘tensão’ foi consequência da paixão com que o Definitório

abraçou a globalidade da nos-sa Fraternidade Provincial, nas suas grandezas e limitações e atento aos desafios propostos no Capítulo Provincial.

Apesar de tudo, mesmo se não conseguimos satisfazer ple-namente tudo e todos, cientes de que o caminho deste ‘momento novo’ será muito exigente, im-pressionou-nos a generosidade e o espírito de compreensão da quase totalidade dos confrades, a começar pelos irmãos que se disponibilizaram para a mis-são em Angola: Frei Valdemi-ro Watschuk, Frei Ângelo José Luiz, Frei Laerte de Farias dos Santos, Frei Roberto Ishara, Frei André Luiz da Rocha Hen-riques e os três estagiários, Frei Jefferson Max N. Maciel, Frei Jhones Lucas Martins e Frei Ju-nior Mendes.

Entre a primeira e a segunda etapa do Congresso Capitular ti-vemos um tempo de duas sema-nas. Tempo no qual respiramos

no feriado do Carnaval e tempo favorável que proporcionou aos confrades e aos leigos em todas as nossas frentes de evangeliza-ção uma reflexão acerca deste “momento novo” para o qual fo-mos convocados pelo Capítulo Provincial. Muitos comentários eu poderia tecer sobre as ma-nifestações dos confrades e dos leigos/as. Destaco alguns pon-tos: Positivamente falando, im-pressionou-me a compreensão, o carinho e a gratidão do povo para com os frades que amam apaixonadamente a sua vocação e missão; a grandeza dos frades que prepararam o povo para compreender a essência da nos-sa mística de peregrinos e vian-dantes; o apoio que os frades receberam no sentido de confiar o ‘novo caminho’ ao Senhor. Por outro lado, em poucos casos, constatei: nem sempre somos compreendidos como fraterni-dade evangelizadora (isso quan-do trabalhamos isoladamente); somos vistos apenas como ‘cléri-

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Mensagem

gos’ e não como religiosos e, em alguns casos, a preocupação com o ‘poder’ estava acima do servir.

Nesta semana, de 22 a 25 de fevereiro de 2016, celebramos a segunda etapa do Congres-so Capitular. O boletim deste Congresso já foi encaminhado aos confrades. Novamente o Definitório, com a presença do Frei Nestor, muito trabalhou! Procuramos recompor as frater-nidades e fazer as eleições e no-meações para os mais diversos serviços. Esperamos contar com a colaboração de todos! Tam-bém creio que todos puderam observar que, no boletim da 2ª etapa do Congresso Capitular, muitas outras questões que dão vida às nossas fraternidades e à nossa missão evangelizadora es-tiveram presentes, reflexos da re-leitura que o Definitório fez dos textos e das decisões que emana-ram do último Capítulo Geral e Provincial: o Plano de Evange-lização, o Projeto Fraterno de

Vida e Missão, os capítulos lo-cais e regionais, a formação per-manente, a formação inicial, a animação vocacional, os retiros, a missão em Angola, a formação para os guardiães e coordenado-res das fraternidades, a convo-cação para o primeiro encontro dos conselhos dos Secretariados da Evangelização, Formação e o SAV, agendamento das reuniões do Definitório, etc.

Concluo esta mensagem para agradecer: ao Frei Nestor, nos-so Visitador, porque ele foi um “homem de valor, um compa-nheiro necessário e amigo fiel” ao longo de todo o processo da preparação, celebração e enca-minhamentos finais do Capítulo Provincial; ao novo Definitório que abraçou com muito carinho os sonhos da nossa fraternidade provincial; aos guardiães e coor-denadores das fraternidades pelo sim corajoso ao assumir o cuidado do serviço do lava-pés dos irmãos da NOVA fraterni-

dade; a cada irmão que acolheu com generosidade, fé e despren-dimento a transferência e os ser-viços para este “novo começo”, “novo mandato” e a “perspectiva e a visão do novo”.

Vamos começar NOVO tudo de novo! São Francisco nos di-ria: “Meus irmãos, comecemos a servir ao Senhor, porque até agora bem pouco fizemos”. Co-meçar novo na perspectiva da misericórdia e da acolhida, per-doando as ‘diferenças’ passadas para acolher o irmão ‘novo’ dado pelo Senhor. ‘Novo’ na atitude de repassar ao irmão que chega uma casa limpa e transparente. ‘Novo’ no respeito à caminhada do povo de Deus ao qual fomos chamados a servir e a evangeli-zar como irmãos e menores.

Muito obrigado a todos! Que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor!

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial

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Formação Permanente

introduçãoA vida de Jesus de Nazaré transmitida

pelos 4 Evangelistas (Mt, Mc, Lc e Jo) é um verdadeiro caleidoscópio de grande-za tão intensa que dificilmente podemos captá-la na sua totalidade. É possível, sim, detectar elementos e segmentos muito profundos, verdadeiros, diferenciados, originais, que ora pendem para o lado hu-mano deste homem Jesus de Nazaré, ora para outro lado da gangorra: a dimen-são da divindade do Filho de Deus, o Cristo. Chama a atenção a sua hu-manidade, sua originalidade, a sua coragem; tudo envolve os grandes temas de sua vida: o amor, o per-dão, a mansidão, a humildade, a misericórdia e tantos outros te-mas e aspectos de sua vida.

1) a misericórdia na compreensão e contexto neotestamentárioA compreensão de miseri-

córdia no NT está enraizada e caminha na esteira do contexto do AT. Em hebraico é muito forte o conceito de misericórdia; vem da pa-lavra– rahamim; significa ter entranhas como uma mãe e possuir seios como uma mulher1. Em outras palavras, é o amor visceral materno de Deus. Amor que só uma mãe sente pelo seu filho. É comover-se diante do mal do outro porque se sente intimamente afetado e por isso tem dis-posição de ser magnânimo, clemente e benevolente para com este outro. Deus não ama só com o coração, e isso já é ex-traordinário. Mas espantoso mesmo, che-ga a ser avassalador, quando dizemos que Deus nos ama até mesmo com suas vísce-

ras. Este é o diferencial de Jesus de Nazaré, do Deus feito homem. Ele é bom até no mais íntimo dele mesmo, aquilo que os antigos chamavam de vísceras. Mas Deus não é só bom para quem o ama, mas con-vive magnanimamente com os ingratos,

ricordioso e magnânimo, preparando-lhe um grande banquete. O único censurado é o filho bom que ficou em casa. Ele era somente bom, não tinha misericórdia em face dos desvios do irmão.2

Observemos que o NT tem uma so-lene ‘overture’ que é testemunhada pelo Evangelista Lucas, e que vale para toda a vida do Filho de Deus. Essa porta de abertura é protagonizada em dois hinos iniciais: primeiro nos lábios de Maria,

quando visita sua prima Isabel: “Gran-des coisas fez em mim o Onipotente

– cujo nome é Santo- e Sua mise-ricórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem” (Lc 1,49-50). Depois na boca de Zacarias, o sumo Sa-cerdote que, cheio do Espírito Santo, vê o irromper da histó-ria da salvação pela misericór-dia. Canta um hino, e por duas vezes grita a misericórdia de Deus-Pai: “Assim mostrou mise-

ricórdia a nossos pais, recordan-do sua antiga Aliança” (Lc 1,72); e

ainda no versículo 78 canta que o “Sol nascente” trará a misericórdia:

“pela bondade misericordiosa do nos-so Deus, que sobre nós fará brilhar o Sol nascente”. Tanto um como outro hino estão no contexto das promessas e alian-ças de Javé Deus, no AT, com o seu povo, e para o futuro uma promessa e perspec-tiva de nova era, novos tempos. São dois hinos que fazem irromper o NT. Daí que os judeus desenvolveram uma mística imaginando a era messiânica como a era da misericórdia. Em nossa linguagem moderna, diríamos: esperamos uma sociedade, uma família, uma Igreja, um

a miseriCÓrdia no nTTema:

Jesus de Nazaré: quem tem a última palavra é a Misericórdia!

os maus e perversos. Não abandona aque-le que lhe virou as costas. Como no-lo recorda o Evangelista Mateus: “Ele ama os ingratos e maus” (cfr. Mt 7,11). Conse-quentemente, ama o filho pródigo que re-gressa envergonhado, narrado na parábo-la de Jesus (Lc 15,11-32). Perdoa-lhe toda uma história de descaso. Mostra-se mise-

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Formação Permanente

planeta, uma cultura da misericórdia. Uma utopia a ser buscada e um sonho a ser realizado. É a misericordia quem vai ditar uma ética política, uma transpa-rência “nas contas” (na economia), uma sinceridade nas relações e encontros de um com outro, especialmente dentro de uma comunidade. A misericórdia tem a última palavra. Significa que, na socie-dade, na Igreja, numa comunidade re-ligiosa, num partido político quem tem a última palavra é a misericórdia. É ela, a misericórdia, quem dita o ser e o agir humano, assim como o é a natureza e o proceder de Deus-Amor. Quando falta

é apenas o programa do Reino de Deus, mas misericórdia é a cara de Deus. É sua identidade e natureza: “Quero mi-sericórdia e não sacrifícios”, grita Deus através do livro do profeta Oseias 6,6 e retomado em Mt 9, 13, onde apresenta a nova ordem no mundo e nos costumes trazida por Jesus de Nazaré: “Os fariseus perguntaram aos discípulos: ‘Por que vosso mestre come junto com cobradores de impostos e pecadores?’ e ele, que os ou-vira, respondeu-lhes: “Não são os sadios que têm necessidade de médico mas os doentes. Ide e aprendei o que significam as palavras: ‘quero misericórdia e não sa-

to, porém, afirma-se que a sua misericór-dia permanece até a milésima geração”6.

A liturgia da Quarta-feira de Cin-zas, em verdade, é uma liturgia que fala da penitência, do jejum, oração, esmola, cruz, mas sempre em chave de leitura e interpretação da misericórdia. A primeira leitura da Santa Missa, na liturgia da Pa-lavra, lemos no profeta Joel: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração e não as vestes, e voltai para o Senhor, vosso Deus. Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericór-dia, inclinado a perdoar o castigo”. Quem

essa, falta o perdão; se na vida de alguém ou numa comunidade não há compai-xão e perdão como atitude de vida e mi-sericórdia como modo de ser da pessoa, é porque falta a transparência, a carência de amor tomou conta e a desumanização inebriou os convivas.

O Evangelho de Lucas é chamado pela tradição da Igreja e pelos exegetas como o Evangelho da Misericórdia3. Todo homem que volta para Deus é, para Jesus, um filho reintegrado no amor de Deus” (Lc 15,22).

O tema da Misericórdia é uma das Bem-aventuranças de Mateus: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7)4. Não

crifícios’. Porque não vim para chamar os justos mas os pecadores”. (Mt 9,11-13).

Acenamos, acima, que não separamos o AT do NT em seu conceito de miseri-córdia. Segundo o livro do Eclo 28,4 uma das faltas dos pecadores é que não têm misericórdia para com os seus semelhan-tes e por isso não podem esperar perdão da parte de Deus5. “Também os pecado-res, sofrendo os castigos da ira de Deus, esperam e imploram misericórdia, em virtude da aliança, de Javé (Ex 34,6; Nm 14,9; Jer 3,12; Sl 25,7.10; 51,3; 78, 38). A primeira reação de Javé ao pecado é a sua ira; fala-se num castigo até a terceira e quarta gerações (Ex 34,6); no mesmo tex-

sabe ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e liba-ção para o Senhor nosso Deus?”7

No contexto neotestamentário, a misericórdia se realiza efetivamente em Cristo e, mais do que no AT, é exigida mi-sericórdia dos homens entre si, segundo o exemplo divino. O próprio Cristo, Jesus de Nazaré, é o coração onde pulsa a mi-sericórdia, e por isso se tornou o ícone da misericórdia. Entre tantos fatos e palavras da vida do Filho de Deus, na terra, a pa-rábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37) merece uma observação atenta do jeito como Deus entende a misericórdia8.

Não podemos deixar de considerar o

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grande e insuperável comentário de Santo Agostinho ao Evangelho de João quando, meditando o episódio da mulher pecado-ra (= adúltera) de Jo 8,1-11, no final do relato o grande Doutor da Igreja conclui: “E foram se afastando um após outro, a começar pelos mais velhos, ficando só a pecadora e Jesus, ou seja: a miséria e a misericórdia”.9

2) misericórdia: o êxtase de deus-homem.

“Hoje mesmo estarás comigo no paraí-so!” (Lc 23,43). Esta voz do Filho de Deus na cruz, no momento mais trágico da existência humana, em sua agonia, prestes a dar o último suspiro é, não só o inusita-do de Deus, mas seu êxtase divino que re-vela e aponta o lado humano de Deus. No ano 2000, o cardeal François Van Thuan, que havia sido prisioneiro em Saigon, sua diocese, nos anos de 1975-1988, 13 anos de cárcere recluso numa penitenciária de máxima segurança, pregou os Exercícios Espirituais ao curiais do Vaticano e ao Papa João Paulo II. Uma das conferên-cias que muito impressionou a todos foi sobre alguns elementos da “contramão” de Jesus10. Chamou a atenção a meditação quando falava do perdão sem limites, co-mentando o ladrão na cruz que pede: “Je-sus, lembra-te de mim quando estiveres no paraíso”(Lc 23,42). Jesus desaponta não só ao ladrão, mas a cada um de nós. Pois, como segue refletindo o Cardeal vietna-mita, “se fosse eu, ter-lhe-ia respondido: “Não vou te esquecer, mas os teus crimes devem ser pagos com pelo menos vinte anos de purgatório”, mas Jesus responde-lhe: ‘...hoje mesmo estarás comigo no Pa-raíso!’” (p. 28) Incrível, Jesus esquece to-dos os pecados daquele homem, e só tem um olhar: o perdão, a misericórdia.

Nesta mesma esteira dos evangelhos conhecemos o episódio de Lc 7,36ss da pecadora que invade a casa de um fariseu pois sabia que Jesus se encontrava aí. Cai aos seus pés, por detrás, lava os pés com suas lágrimas, cobre-os de beijos, enxu-ga-os com seus cabelos e banha-os com

perfume. O Nazareno não pergunta nada a ela sobre o seu passado escandaloso ou não, mas diz simplesmente: “...seus nume-rosos pecados estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor” (Lc 7,48.47).

Em síntese: Jesus não só perdoa e perdoa a todos, mas até mesmo esquece que perdoou, e por isso ama sempre. Isto é misericórdia no coração de Deus. E o Deus de Jesus Cristo nos ensina que não basta e não é suficiente sermos bons, im-porta sim sermos misericordiosos!

3) deus é ainda maior que tudo isso...São João, aquele que é tido como o au-

tor das cartas joaninas e do livro do Apo-calipse, faz dois balanços sérios em seus escritos: o primeiro balanço diz respeito à Igreja nascente e às comunidades que es-tão se formando na Ásia Menor: repreen-de cinco comunidades (= igrejas) e elogia duas delas (Sardes e Filadefia); encontra-mos esse balanço nos cap. 2 e 3 do livro da Revelação. O segundo é um balanço pes-soal, com um grande exame de consciên-cia, no final de sua vida. Encontramos em 1Jo 3,20 a grande esperança de um amor interior: “Se teu coração (= tua consciên-cia) te acusa, lembra que Deus é maior que teu coração”. Aqui praticamente o Discí-pulo Amado entrega toda a sua vida nos braços do Deus misericordioso, que é um Deus-amor, Deus encarnado, Pai e amigo. E este é maior que tudo. A misericórdia, para João, é o ombro acolhedor de Deus. Esta é, praticamente, a grande síntese da misericórdia de Deus de todo o NT.

ConclusãoMisericórdia é o extraordinário de

Deus e seu diferencial; é ela quem me-lhor faz o discurso da exuberância de Deus. É o rosto e hálito do Deus-Amor. Um discurso que não se limita em pala-vras, sentenças, mas uma ação e atitude de amor que acontece em nós e em Deus. Se há alguma coisa que o universo cons-pira e cobra do Criador é a misericórdia. Essa mesma conta será cobrada de nós no

juízo final: Vinde, achegai-vos benditos de meu Pai... ou: Afastai-vos, malditos para o fogo eterno!

Quando refletimos sobre a vida cristã ou o carisma franciscano, e neste o seg-mento da misericórdia, não queremos voltar historicamente ou arqueologica-mente aos tempos cronológicos de São Francisco ou de Jesus de Nazaré, para uma repetição de gestos e fatos. Deve-mos, sim, buscar a leitura da sociedade de hoje, do nosso mundo, no qual estamos imersos e absorvidos, e sermos um sinal e sacramento da misericórdia dentro dessa realidade, e aí, então, encontrarmos e sen-tirmos a mesma vibração que ele, Francis-co e seus primeiros companheiros no séc. XIII, tinham diante desta atitude (= de ser misericordioso) para com todos, como meio de maior intimidade e amor ao Di-vino Pai Eterno, na Pessoa de Jesus Cristo encarnado, e unidos ao Espírito Santo de Amor. Assim sendo, Misericórdia não é uma palavra de linguística mas um com-promisso assumido como cristãos, e mais especificamente como frades francisca-nos. E o Ano Santo Extraordinário, Ano da Misericórdia, nos encoraja ao retorno ao Evangelho.

Frei José Clemente Müller

1 Cfr. Dizionario Kittel – AT.2 Cfr.Boff,L., “Brasa sob cinzas” – Estórias do anticotidia-

no, Ed. Record, Rio/S.Paulo, 1996,p.50.3 Cfr. Lancellotti, A., e Boccali, G., “O Evangelho Hoje” –

Segundo Lucas, Ed.Vozes, Petrópolis, (1979),4 A Bíblia Vozes traduziu: “Felizes os que se compadecem

porque alcançarão misericórdia” .5 Sobre o conceito e visão bíblica do AT e NT sobre mi-

sericórdia, veja em A.Van den Born, Dicionário En-ciclopédico da Bíblia, Vozes, Petrópolis/Porto (1971); col.994-995

6 Id. ibid. col.9947 Jl 2,12-14.8 Recomendamos aqui o estudo atraente e bem detalha-

do, atualizado e amplo sobre a Parábola do bom Sa-maritano em Ratzinger, J., (Papa Bento XV), Jesus de Nazaret, Planeta Ed., S.Paulo, 2007, p.174-179.

9 Cfr. Sant’Agostino, Commento al Vangelo e alla prima Epistola di SAN GIOVANNI. Nuova Biblioteca Agosti-niana , Città Nuova Editrice, 1968, Roma.

10 Cfr. Van Thuan, François, “Testemunhas da Esperan-ça”, Cidade Nova, Vargem Grande Paulista (SP), 3ª ed. 2004.

noTas

Formação Permanente

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Formação e Estudos

no dia 4 de fevereiro, o Se-minário São Francisco de Assis, em Ituporanga-SC, recebeu seus novos forman-

dos para mais um ano de animação e processo de discernimento de sua vocação à vida religiosa franciscana. Neste ano são 37 formandos pro-venientes dos cinco estados onde a Província se faz presente.

O seminário acolhe duas etapas distintas de formação. Parte do gru-po ainda cursa o Ensino Médio em uma das escolas da cidade e tem, além disso, os reforços necessários em casa, bem como a formação hu-mana, cristã e franciscana que lhes ajudarão em seu discernimento vo-cacional (são 15 nesta etapa). Outra

parte do grupo já concluiu o Ensino Médio, alguns já possuindo Curso Superior, e, tendo sentido o chama-do à vida franciscana, vêm ao se-minário para sua primeira etapa de formação: o Aspirantado, e, no se-gundo semestre, irão para as Frater-nidades de Acolhimento Vocacional concluir este ano de animação vo-cacional e conhecimento de nossa forma de vida (são 22 nesta etapa).

Os primeiros dias, desde sua chegada, foram marcados pela con-vivência fraterna, o conhecimento uns dos outros, bem como do re-gimento e programação da casa. Já puderam conhecer os espaços e zelar por eles, seja no trabalho de cuidado dos jardins e áreas externas

ou na limpeza das diversas áreas.Na missa dominical foram apre-

sentados à comunidade à qual o seminário faz parte, e que sempre é convidada a rezar por sua perse-verança, e receberam o Tau francis-cano, símbolo desta caminhada que optaram fazer e do compromisso com a mesma.

Que este seja um ano de forte experiência vocacional a cada um deles. Que conservem sempre o co-ração aberto aos apelos do Senhor e descubram em si mesmos a capaci-dade e força para moldar sua vida à vontade de Deus para cada um de-les. Que Deus os abençoe!

Frei Rodrigo dos Santos

iTuPoranGa: duas eTaPas e 37 Jovens

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Formação e Estudos

na Quarta-feira de Cinzas (10/2), que abre o tempo de conversão e penitência neste ano de 2016, o Seminário Frei

Galvão desta Província Franciscana da Imaculada Conceição também abriu as suas portas para doze jovens que, diante do Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, pediram para serem admitidos ao Postulan-tado, este tempo de discernimento e aprendizado antes de ingressar na vida religiosa franciscana.

“Tempo de abrir o coração e escu-tar a Deus. Tempo de firmar a própria escolha e se identificar com o cami-nho a ser percorrido como um dom dado e partilhado no amor e para o amor”, dizia animador vocacional da Província, Frei Diego Melo, no co-mentário inicial das Laudes (Oração

da Manhã), que abriu esta etapa da formação na Província.

Foi uma celebração simples, onde participaram apenas os frades da Fra-ternidade local e um grupo de fra-des da Fraternidade Provincial, mas foi um momento muito simbólico e belo. Especialmente para esses doze jovens: Bruno Gonçalves Cezário, Carlos Henrique Durante da Silva, Diego Martendal, Edinei Sgarbossa, João Manuel Zechinatto, José Victor de Camargo Medeiros, Marcelo Dias Soares, Moisés Rodrigues da Silva, Paulo Ricardo Aparecido dos Santos Silva, Rodrigo José Silva, Ruan Felipe Sguissardi e Tiago da Silva Barboza.

Os doze foram chamados e apre-sentados ao Provincial pelo guardião e Definidor Frei João Francisco da Silva. Interrogados pelo Ministro

Provincial, eles fizeram o pedido para ingressarem neste tempo da forma-ção e ouviram esta resposta: “Com as palavras de Jesus vos recebo, di-zendo ‘Vinde e vede’! De bom grado vos acolhemos nesta casa de forma-ção para o tempo do Postulantado. Aqui podereis discernir com clareza a vossa vocação e fazer a experiência

“ vinde e vede”!

Frei FidÊnCio aos PosTulanTes:

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da nossa vida de fraternidade e de mi-noridade a serviço da Igreja”. Depois, ajoelhados, rezaram a Oração de São Francisco diante do Crucifixo de São Damião e receberam o Tau e a bên-ção de Frei Fidêncio. A turma-2016, no entanto, terá 13 postulantes, já que Willian Bernardi di Castro continua a formação que iniciou no ano passado

e por isso não participou do rito de admissão.

Frei Fidêncio Vanboemmel presi-diu a sua primeira celebração depois de ser reeleito Ministro Provincial no recém-encerrado Capítulo Provincial. Muito afetuoso, o Provincial deu boas vindas aos novos postulantes e exor-tou-os a não desanimarem na primei-

ra dificuldade. “Coragem, não desa-nimem!”, pediu. Depois disse que três verbos lhe chamaram especialmente a atenção neste pedido dos jovens: pe-dir, querer e comprometer.

“Primeiro, disseram ‘peço para ser admitido como postulante na Or-dem dos Frades Menores’. Esse pedido vocês foram aprimorando desde que sentiram o chamado, desde que foram acolhidos em diferentes lugares e de-pois passaram pela experiência do as-pirantado nas fraternidades. Hoje, de coração, pedem para serem admitidos na Ordem dos Frades Menores e den-tro desta Província da Imaculada, do nosso jeito, do nosso modo de viver, com os frades que temos, com a rica tradição e com a história bonita que nós temos”, explicou o Ministro.

“Depois, vocês falavam duas ve-zes a palavra “quero”. ‘Quero ini-ciar meu tempo de Postulantado assumindo a opção do meu batismo. Quero continuar vivendo o Evange-lho na disponibilidade, na alegria, no

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serviço aos irmãos, como São Fran-cisco de Assis…’. Então, todo o Pos-tulantado nada mais é do que o apro-fundamento da vocação cristã, agora já direcionada como uma vivência do Evangelho, na disponibilidade e no jeito franciscano. Então, vamos abrir o coração para esse jeito nosso de se deixar moldar pelo Evangelho segundo o exemplo de São Francis-co”, pediu Frei Fidêncio.

Por último, o Ministro Provin-cial chamou a atenção para o verbo comprometer, usado também duas vezes. “Essa palavra vem do latim compromittere – eu me comprometo. Compromittere significa ‘nós nos lan-çamos juntos diante de’. Portanto, vo-cês não estão sozinhos. De certa for-ma, neste ano do Postulantado, vocês terão irmãos que, juntos, vão viver esse querer. Esse querer se transfor-ma aqui, nesta casa do Postulantado, em um compromisso. Eles, os for-madores, foram enviados por Deus para testemunharem sua vocação e sua missão evangélica, não só como formadores, mas anunciadores da Palavra de Deus. Então, esse com-

promisso que assumem não é mais uma promessa pessoal, mas se torna algo coletivo. E neste compromisso, vocês prometem complementar a formação humana, cristã e francis-cana. Complementar não significa terminar, porque nós, ao longo de nossa vida franciscana, estamos sem-pre complementando. Nunca estare-mos prontos”, disse.

Segundo ele, essa formação visa o Noviciado, a etapa que vem à frente, mas pediu para “esquecerem do No-viciado” e se concentrarem com todas as forças neste ano. “O Noviciado de-pende do Postulantado. Então, vivam com alegria este compromisso, essa formação humana, cristã e francisca-na, neste espaço que Deus lhes con-fiou e com esses irmãos”, exortou.

“Temos nossas fragilidades, nos-sas limitações, nossa pequenez. Mas o que importa é fazer aparecer a vida de Jesus na nossa carne mortal, como diz São Paulo. E foi o que São Francisco fez. Nesse sentido quero dizer a cada um de vocês: coloque o coração, colo-que a alma e se lancem com todo ca-pricho para poder fazer bem a cami-

nhada deste ano, exatamente dentro deste pedido que vocês fizeram, desse querer e desse compromisso. Que a luz de Cristo possa brilhar na vida e no coração de vocês!”, desejou.

O Ministro Provincial falou que o Postulantado acontecia em meio ao Congresso Capitular e chamou à frente o novo Mestre Frei Jeâ Paulo Andrade, que apresentou aos postu-lantes.

“Nós apostamos neste moço, que já tem uma experiência apostólica, para a formação na Província. Eu sei que o começo assusta, mas ninguém nasceu sabendo e o que importa é que você [Jeâ] veio com muita vontade de acertar. Por outro lado, você não está sozinho, tem um guardião que é um Paizão, o Frei João Francisco da Silva; temos aí nosso sempre mestre Frei Wilson Steiner; o Frei Claudino Dal’Mago, que foi o seu professor e também vai ser o vice-mestre, o Frei Ayrton da R. Oliveira (Frei Soneca) e o Frei Leonir Ansolim, que está che-gando”, animou.

E dirigindo-se aos postulantes dis-se: “Portanto, confio vocês ao Mestre e a esta Fraternidade. São eles que vão trabalhar a formação a partir deste momento. Jeâ, muito obrigado e conte sempre conosco!”, completou.

Frei Fidêncio também agradeceu muito a Frei Jorge Lázaro de Sou-za, que deixa a função de Mestre no Postulantado, para assumir a “desa-fiadora” – como disse o Provincial – função de guardião no Noviciado de Rodeio.

“Também agradeço a Frei Marcos Mello pela formação na etapa do As-pirantado e a todas as Fraternidades de Acolhimento, assim como a Frei Diego Atalino de Melo, pela formação e animação vocacional na Província. Não poderia deixar de agradecer a to-dos os frades que estiveram aqui pre-sente, dando testemunho e acolhendo esses postulantes”, completou.

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Natural de Imbuia (SC), onde nasceu no dia 21 de julho de 1986, Frei Jeâ é filho de Amilton e Zelir, e irmão caçula de Jane e Tatiane. “Minha família sempre foi muito religiosa; meus avós foram lideranças na comunidade. Acolhiam os freis que vinham de longe, muitas vezes a cavalo, para cele-bração da Missa e dos sacramentos. Meus pais também sempre estiveram envolvidos com os trabalhos comunitários. Acho que tudo isso contribuiu para que eu começas-se a fazer um discernimento vocacional”, revela o novo Mestre dos Postulantes, que ingressou no Seminário aos 13 anos, em 2000, para fazer a oitava série. “Fui da última turma a concluir o Ensino Funda-mental em Ituporanga antes de se tornar Aspirantado. Sempre fui muito decidido a responder positivamente ao chamado de Deus que já sentia desde criança”, observa.

Frei Jeâ foi ordenado presbítero no dia 6 de julho de 2013, em Imbuia (SC), por Dom José Balestieri, bispo emérito da Dio-cese de Rio do Sul. Sua primeira experiên-cia pastoral foi em Concórdia (SC), mas no ano passado foi trabalhar no Santuário da Penha (ES).

Comunicações – Como você recebeu o convite para ser mestre dos postulantes?Frei Jeâ Andrade – Em 2014, a Província pediu que eu fizesse o curso para guardi-ães e formadores promovido pelo SERFE--CFMB. Eu fiz esse curso em duas etapas em Petrópolis. Vejo esse convite para tra-balhar na formação, agora, como uma con-sequência natural dessa preparação feita anteriormente. Espero não decepcionar.

Comunicações – Como você encara essa missão?Frei Jeâ – Encaro como mais um servi-ço prestado à Igreja e à Província. Talvez mais exigente, mas extremamente neces-sário. Nos últimos três anos tive a possi-bilidade de fazer uma intensa experiência

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enTrevisTa

Frei Je andrade CheGa...

de pastoral paroquial e recentemente uma forte experiência da misericórdia através do atendimento conventual. Mudar de trabalho é bom porque não nos deixa fi-car acomodados.

Comunicações – O que se espera de um postulante?Frei Jeâ – Espera-se empenho para com-plementar a sua formação humana, que procure compreender o sentido do que realmente significa ser cristão. Que se dedique à vida fraterna e procure se im-pregnar da espiritualidade e do jeito de ser franciscano. Isso corresponde com a preparação necessária para o Noviciado. O Postulantado é uma etapa de transição da vida secular para a vida religiosa e o postulante precisa fazer essa transição.

Comunicações – Como será o mestre Frei Jeâ?Frei Jeâ – Acho que no final do ano vou poder responder essa pergunta com mais segurança. A gente idealiza e imagina como e por onde caminhar, mas na prá-tica do cotidiano a realidade fala alto. Es-pero ser compreensivo com todos e que os postulantes possam confiar em mim e na equipe formadora. Quero respeitar as características e dons de cada um. Todos

os jovens já chegam com uma experiência profissional e de vida, as diferenças pre-cisam ser acolhidas e integradas na vida fraterna e no processo formativo, não se pode infantilizar a caminhada pessoal.

Comunicações – O que você aprendeu com seus mestres que vale a pena repetir? Ou não vale?Frei Jeâ - Tive bons formadores durante toda a minha caminhada; tenho muito exemplo bom para seguir. Alguns traba-lharam muito a questão da autonomia, a liberdade com responsabilidade. Outros favoreceram o gosto pela vida fraterna; o zelo e o cuidado com povo; o gosto pela vida de oração, a aplicação no trabalho, são todos bons exemplos. O desafio é sa-ber trabalhar em equipe, não centralizar tudo na pessoa do mestre, ou se fechar dentro da própria casa. Fala-se muito hoje da Igreja em saída e isso é uma boa indi-cação para a formação também.

Comunicações – Uma mensagem para quem deseja seguir a vocação franciscana.Frei Jeâ – Todos os frades que abraçaram essa vida e continuam a fazer têm um ide-al maior baseado numa experiência de fé. Vale a pena juntar forças pela causa do Rei-no de Deus segundo São Francisco de Assis.

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Depois de uma longa experi-ência missionária no Marrocos, Frei Jorge Lazaro de Souza pas-sou a se dedicar nos últimos anos à formação e estudos. Neste novo triênio tem pela frente um novo desafio: o serviço de guardião. Ele, contudo, encara com naturalida-de a função, que já assumiu antes da segunda etapa do Congresso Capitular. Natural de Sebastia-nópolis (SP), nasceu no dia 11 de abril de 1966 e é 13º filho de 14 irmãos. Frei Jorge vestiu o hábito

Comunicações - Chegou a te assustar?Frei Jorge Lázaro - Confesso que no início me assustou. Quando Frei João Francisco, meu ex-guardião e agora Definidor, me perguntou se eu aceitava este serviço, a única coisa que me veio à mente foi obedecer. Faça-se em mim segundo a Vossa vontade! Não os meus interesses mesquinhos (escolher fra-ternidades, serviços etc.), nem os mais “nobres” (missão ad-gentes). Ademais, não estarei neste serviço sozinho.

Comunicações - Como é para você voltar a Rodeio, agora para residir como professo solene?Frei Jorge Lázaro - Há exatamente 25 anos, no dia 10 de janeiro de 1991, eu in-gressava no Noviciado em Rodeio. E ago-ra, neste ano, esta casa me acolhe como professo solene, como guardião. Rodeio é, para mim, a Assis brasileira. Foi lá que recebi o hábito franciscano. Que bênção! Emociono-me só de lembrar. Todos nós sabemos que é um ano de provação. Pois bem, quando vinha de férias da missão no Marrocos, gostava de visitar os confrades e a casa do Noviciado. Desembarcava no trevo da cidade e gostava de ir a pé de lá até o convento. Levava nos ombros ape-nas uma pequena mochila. Era para mim como uma pequena peregrinação para

Ser professo solene não é um ato jurídico, e sim a confirmação do que se buscou já no início do Amor Primeiro, desse toque pessoal que Deus nos faz quando nos cha-ma a segui-Lo e que vai se amadurecendo na resposta a este Amor. Tudo isto não significa que um noviço já está pronto, formado, assim como eu com 25 anos de vida religiosa não me considero pronto, formado. Porque estamos sempre apren-dendo, somos sempre noviços, estamos sempre em formação.

Comunicações - Quem é o guardião e vice-mestre Frei Jorge?Frei Jorge Lázaro - Falar de si mesmo não é fácil e, particularmente, não me sinto bem. Tenho a impressão de que seria como dar muita atenção à minha pessoa. Como que sendo o centro de tudo. E aí me pergunto: por que tenho que dizer ao outro quem sou? Aliás, a quem vai se interessar quem eu sou? (ri-sos). Em todo caso, posso dizer que sou uma pessoa muito agradecida a Deus por tudo o que Ele tem me concedido em todos os meus anos de minha vida. Mesmo nos momentos mais difíceis, pude perceber o quanto Ele me ama e cuida de mim.

Moacir Beggo

...Frei JorGe assume novo desaFio

franciscano no dia 10 de janeiro de 1991 e professou na Ordem no dia 6 de setembro de 1998.

Comunicações - Dos guardiães nomeados, podemos dizer que você é um “noviço”. Como encara este desafio na sua vida religiosa?Frei Jorge Lázaro - Somos eternos no-viços ou noviços permanentes. É o que sempre ouvíamos dos nossos frades mais “experimentados na vida”. Noviço é aque-le que aprende a estar sempre, e cada vez mais, atento à vontade do Senhor. Aquele que aprende a estar na escuta (ob-audire) da vontade de Deus que é Pai. Portanto, encaro este desafio, não como algo nega-tivo, pesado, terrível, difícil. Aqui, desa-fio – guardião no Noviciado - não pode ser visto apenas como o cumprimento de uma determinação (“pedido”) que vem de uma instancia ou de um irmão, mas, para mim, como estar nesta disposição de ir ao encontro do outro que está diante de mim, ao meu lado e que me possibilita o sair de mim mesmo. “O seguimento de Cristo ao modo de São Francisco, a que todos somos chamados, exige de cada um de nós uma permanente atitude de escuta e de discernimento da vontade de Deus”. É com este espírito que encaro este novo serviço como guardião no Noviciado.

chegar a um lugar santo. A cada passo dado o coração se enchia de alegria, pois o convento, a mi-nha Assis, ficava mais perto. En-tão, voltar a Rodeio para residir como professo solene não é nada mais que a concretização de uma vida que desde sempre se colocou na vida religiosa com o desejo de ser sempre solene, mesmo sendo noviço. Porque este deveria ser o espírito de quem busca a vida religiosa desde lá no início como noviço, ser um “professo solene”.

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a etapa do Postulantado come-çou no último 5 de fevereiro na Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. Frei José

Antonio dos Santos, presidente da FI-MDA, juntamente com o Mestre dos Postulantes, Frei Marco Antônio dos Santos, presidiram a celebração das Vésperas na Fraternidade Porciúncu-la, em Viana.

Após a proclamação do Evangelho, Frei Marco Antônio fez a chamada de cada um dos 11 aspirantes admi-tidos na Ordem dos Frades Menores: Adão Bento Abel, Alberto Capiñgala Martinho Sambei, Angelino Socópia Sicaleta, António Sacaputo Maimo, Domingos Makuva Paulo, Eduardo José Cavita Camunha, Inoc Joaquim João, João baptista Kuliaquita, João Tchivandja Lino, José Francisco Inito e Silvério Munga Cajonde. Eles foram apresentados ao presidente da FIMDA e delegado oficial do Ministro Provin-cial Frei Fidêncio Vanboemmel.

Terminado o momento da admis-são, Frei José Antônio proferiu algu-mas palavras aos novos irmãos que

missão de anGola: 11 PosTulanTesestão começando a etapa do Postulan-tado: “O Postulantado é a fase prepa-ratória para a vida religiosa, não é pró-priamente a vida religiosa em si, pois não têm ainda votos, mas é o início do cultivo dessa dimensão relogiosa no seu dia a dia. Por isso é necessário que cada um esteja de coração aberto para acolher o diferente, como exor-ta o Papa Francisco, e prestar atenção aos ensinamentos do mestre”, disse ele, pedindo a eles a graça da perse-verança. A celebração contou com a presença amiga das Irmãs Francisca-nas Hospitaleiras e suas aspirantes, além dos confrades Frei João Alberto Bunga e Frei João Baptista C. Canjen-

jenga, estudantes de Teologia em Pe-trópolis, que se encontravam de férias em Angola, e os confrades pertencen-tes à Fraternidade São Francisco do Palanca. A celebração foi encerrada com cânticos vibrantes de ação de graças em dialeto kimbundo, uma das línguas locais, e uma confraternização oferecida pela fraternidade local.

Rezemos todos pelos nossos pos-tulantes para que o Altíssimo Pai Ce-lestial, por intercessão de São Fran-cisco de Assis e de Nossa Senhora Imaculada Conceição, conceda-lhes a graça da perseverança!

Frei Andre dos Santos Mingas

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iníCio das aTividades em rondinha

na manhã do domingo (14/02), durante a Celebração Euca-rística, deu-se início oficial-mente às atividades do ano

formativo e acadêmico na Fraterni-dade Franciscana São Boaventura, em Campo Largo-PR. A Santa Missa foi presidida por Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira. Logo na saudação inicial, Frei Jean disse: “Iniciar este novo ano celebrando juntos, é uma bênção, pois com Cristo comungamos juntos com o povo o nosso projeto de vida”.

Após a saudação inicial, o presi-dente da celebração convidou os frades do 1º ano, que chegaram para compor a fraternidade, a se aproximarem do altar, para que se apresentassem. São eles: Frei Bruno Araújo dos Santos, Frei Danilo de Oliveira Santos, Frei Fe-lipe Medeiros Carretta, Frei Jean San-tos da Silva, Frei Matheus José Borsoi, Frei Natanael José Barbosa, Frei Thiago da Silva Soares, Frei Tiago Gomes Elias e Frei Vitor da Silva Amâncio. Após a apresentação à comunidade local, fo-

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ram recebidos por toda a assembleia com uma calorosa salva de palmas, si-nal de acolhida e carinho que o povo tem para com os frades desta casa.

A liturgia da Palavra do 1º Do-mingo da Quaresma coloca-nos num processo de conversão e penitência. Frei Jean, em sua homilia, tendo pre-sente o Evangelho da tentação de Je-sus no deserto, nos deu pistas: “Como Cristo no deserto tinha a força do Es-pírito para resistir as tentações, assim também o Espírito nos fortalece para resistirmos às intempéries da vida”.

Antes da bênção e envio, Frei Jean desejou a todos um feliz ano e perse-verança na caminhada aos frades e à comunidade em geral. Que o Altís-simo e Bom Senhor nos abençoe em mais este ano que se inicia e que, com a força do Espírito Santo, possamos palmilhar mais de perto as pegadas de seu Filho a exemplo de São Francisco e Santa Clara de Assis.

Frei Matheus José Borsoi

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na manhã do dia 22 de feverei-ro teve início o período letivo do Instituto Teológico Fran-ciscano – ITF, em Petrópolis.

A Celebração Eucarística, presi-dida por Frei Antônio Everaldo Pa-lubiack Marinho, foi pontuada por boas-vindas e uma despedida. Frei Fábio Cesar Gomes, saudado como novo professor de Teologia Espiritual, lembrou que a maior alegria de um frade é fazer o que mais agrada a São Francisco de Assis – lecionar a Sagra-da Teologia sem esquecer espírito de oração e devoção. A despedida é de Frei Vitório Mazzuco Filho, que segue para Bragança Paulista, por solicita-ção do Governo Provincial.

Após uma pausa para o costumei-ro café, os presentes participaram de uma “sessão relativamente solene” porque “relativamente familiar” (nas palavras de Frei Elói Dionísio Piva), que destacou, na ocasião, as boas vin-das aos novos estudantes. A aula inau-gural deste ano foi ministrada por Frei James Luiz Girardi, que partilhou um pouco de sua dissertação de Mestrado intitulada “Por uma nova consciência eclesial: uma leitura teológico-pasto-ral à luz da Lumen Gentium”.

Frei James possui larga experiên-cia como pároco e seu trabalho teve como objetivo fazer uma leitura da

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PeTrÓPolis: iníCio das aulas no iTFnova consciência eclesial numa mu-dança de época na reflexão teológica do Magistério da Igreja, especifica-mente nos capítulos I e II da Lumen Gentium. Os três capítulos de sua dis-sertação versam sobre: 1) Os novos cenários para a fé; 2) Concílio Vati-cano II: uma mudança Eclesiológica; e 3) A Igreja para os novos tempos. Novas configurações eclesiais.

Foram ressaltados alguns pontos importantes como a secularização da sociedade atual; a proposta da Igreja (que deve irradiar a Boa Nova através do serviço); a Igreja hospitaleira e mi-

sericordiosa (vivendo em comunhão na pluralidade e estendendo a miseri-córdia aos mais excluídos, cultivando, assim, o espírito de solidariedade).

O Concílio Vaticano II – maior evento da Igreja Católica no século XX – propiciou uma virada eclesio-lógica, pois instaurou o diálogo entre a Igreja e a sociedade. Agora cabe ao “sujeito eclesial”, que somos todos nós, batizados, darmos continuidade à missão que nos foi confiada. Na atua-lidade, as pessoas se desenvolvem em vários campos de atuação, mas, não raro, continuam infantis na fé. Por

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dando sequência à proposta de desenvolvimento do docente, presente no plano político--pedagógico do Instituto Teo-

lógico Franciscano, na tarde do dia 18 deste mês de fevereiro, os professores tiveram um encontro didático-pe-dagógico com a Profa. e Dra. Mírian Heidemann, especialista em Didática e Coordenadora da Faculdade de Enfer-magem das Faculdades Arthur Sá Earp Neto (FASE), sobre o tema: Estratégias de Ensino e Aprendizagem – Métodos ativos, partindo do pressuposto que a Didática apresenta técnicas que viabi-lizam boa Pedagogia.

O professor do século XXI é de-safiado a acompanhar as mudanças tecnológicas que atingem as salas de aula e seus estudantes. Na atualidade, o professor deve ocupar-se mais com o aprendizado do que com o ato de dar aula, entendendo-se que o ensino se realiza quando o estudante aprendeu. A mera informação de conteúdos em sala de aula, por melhores que eles se-jam, ainda não é aprendizado.

No momento, a pedagogia e didá-tica atuais apontam para a chamada metodologia ativa da aprendizagem. Nesta, os papéis tradicionais da sala de aula – professor ensina e aluno apren-

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esTraTÉGias de ensino e aPrendiZaGem - mÉTodos aTivosde – são, de certa maneira, invertidos. No Método Ativo de Aprendizagem, o professor estimula o estudante a “aprender a aprender”, produzir sa-beres e apresentá-los na dinâmica acadêmica. O professor universitário torna-se um agente mediador nesse processo, propondo desafios acadê-micos aos estudantes e ajudando-os a resolvê-los com métodos ativos. Deste modo, o dinamismo da aprendizagem se sobrepõe ao conteúdo do aprendi-zado, pois promove que o estudante produza conhecimento e o aplique às situações pertinentes, além de favore-cer um aprendizado orgânico, em que

ele adquire postura crítica, prática e autônoma no processo do aprendiza-do.

Há vários métodos ativos em di-dático-pedagogia, dentre eles o apren-dizado dinâmico baseado na apresen-tação de problemas, PBL, na sigla em inglês – Problem Based Learning. Nesta estratégia e em outras, o Professor tem a seu serviço a própria criatividade na aplicação desses métodos ativos e essa ferramenta é indispensável nessa práti-ca didática.

Para dinamizar o encontro, a pro-fessora Mírian promoveu com os participantes uma experiência desse método inovador, em que os profes-sores presentes analisaram um caso, apresentado numa história de um personagem e apontaram realidades percebidas que levaram à indicação de conceitos contextuados e aplicados. O grupo gostou muito da experiência de aprendizado ativo.

Desta maneira, aconteceu mais um encontro de formação didático-peda-gógica, oferecido pelo Instituto a seus professores.

Que venham outros! São muito benvindos e preciosos!

Frei Fernando de Araújo Lima

isso, faz-se necessário o amadureci-mento, para que o cristão não seja um mero receptor da mensagem salvífica. Os cristãos devem, sim, desempenhar um papel ativo, contribuindo para mudar a sociedade, positivamente.

Frei Antônio Everaldo – diretor do ITF – agradeceu a presença de todos e a contribuição de Frei James, salientando que “o que dá o tom a uma comunidade são os interesses comuns”.

Na sequência todos participaram de um almoço de boas-vindas.

Neuci L. Silva

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Não se trata, pois, de “pode ou não pode”, mas de exercer o que convém, de encontrar o sentido dos símbolos e dos ritos simbólicos, linguagem dos mistérios celebrados.

Voltemos ao hábito nas celebra-ções, sobretudo, da Missa. As vestes litúrgicas hoje em dia são chamadas de vestes sagradas. Assim, elas são chamadas pelo Concílio Vaticano II: “Por isso a Santa Igreja sempre foi ami-ga das belas-artes. Procurou continua-mente o seu nobre ministério e instruiu os artífices, principalmente para que os objetos pertencentes ao culto divi-no fossem dignos, decentes e belos, si-nais e símbolos das coisas do alto” (SC 122b). Dizendo que a Igreja respeita a liberdade artística controlada pela sua finalidade, a Sacrosanctum Concilium afirma: “Cuidem os Ordinários que, promovendo e incentivando a arte ver-dadeiramente sacra, visem antes a só-bria beleza que a mera suntuosidade. O que se há de entender também das ves-tes sacras e dos ornamentos” (SC 124a).

Depois, temos orientações cla-ras e seguras na Instrução Geral do Missal Romano. Ao tratar dos Re-quisitos para a Celebração da Missa a Instrução Geral do Missa Romano, Capítulo VI, Parágrafo IV, fala das Vestes Sagradas: “A alva é a veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos de qualquer grau; ela será cingida à cintura pelo cíngulo, a não ser que o seu feitio o dispense. ... A alva não poderá ser substituída pela sobrepeliz, nem so-bre a veste talar, quando se deve usar casula ou dalmática, ou quando, de acordo com as normas, se usa apenas a estola sem a casula ou dalmática” (n. 336). Fala, em seguida, da veste do sacerdote celebrante: “A não ser

TrÊs hÁBiTos esTranhos na CeleBração euCarísTiCa

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estamos verificando alguns há-bitos ou costumes na Liturgia da Missa que são difíceis de superar; alguns restaram como

cacoetes do passado. É difícil tirar ca-coetes.

1. o hábito: O primeiro destes costu-mes (hábitos) é o próprio hábito, aqui no sentido de veste, de costume. Ex-

plico-me. Para entender o que preten-do “expor” sem “impor” é importante adentrar na linguagem simbólica de toda a Liturgia, em que elementos, gestos, espaços, sons (música e can-to) como as próprias vestes ajudam a evocar ou fazer memória dos misté-rios celebrados. Têm, portanto, cará-ter sacramental. São ritos simbólicos linguagem dos mistérios celebrados.

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que se disponha de outro modo, a veste própria do sacerdote celebran-te, tanto na Missa como em outras ações sagradas em conexão direta com ela, é a casula ou planeta sobre a alva e a estola” (n. 337). Notemos que a CNBB, na XII Assembleia Ge-ral – 1971, aprovou a substituição do conjunto alva e casula por túni-ca ampla, de cor neutra, com estola da cor do tempo ou da festa. Esta orientação recebeu a aprovação da Sé Apostólica. Existe, porém, uma recomendação. Que a veste tradi-cional com alva e casula não sejam abandonada, mas, pelo contrário seja normalmente usada nas Missas da Comunidade nas catedrais e igre-jas paroquiais.

Como fica na Concelebração? “Os concelebrantes vestem, na secretaria ou noutro lugar adequado, os paramentos que usam normalmente ao celebrarem a Missa. Se houver motivo justo, como, por exemplo, grande número de conce-lebrantes e escassez de paramentos, po-dem os concelebrantes, exceto sempre o celebrante principal, dispensar a casula ou planeta, e usar apenas a estola sobre a alva!” (n. 209).

O documento da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacra-mentos Redemptionis Sacramentum sobre alguns aspectos que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia é bastante incisivo ao tratar das vestes sagradas ou litúrgicas. Re-cordando o que diz a Instrução Geral do Missa Romano, retoma o que nela se diz:

“As diferentes cores das vestes litúr-gicas visam manifestar, inclusive exter-namente, o caráter dos mistérios da fé que são celebrados e também a cons-ciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico”. Na realidade, a diversidade “das tarefas na celebração da sagrada liturgia se mani-festa exteriormente pela diferença das vestes sagradas. Convém que as vestes

sagradas contribuam para a beleza da ação sagrada” (n. 121).

No número 126 insiste-se sobre o uso das vestes sagradas: “É reprovável o abuso segundo o qual os ministros sagrados – inclusive quando partici-pa um só ministro – celebram a santa Missa, contrariando as prescrições dos livros litúrgicos, sem as vestes sagradas ou somente com a estola sobre a cogu-la monástica ou o hábito religioso ou uma roupa comum. Os Ordinários providenciem para que tais abusos se-jam corrigidos quanto antes e para que em todas as igrejas e oratórios sob sua jurisdição haja um suficiente número de vestes litúrgicas confeccionadas se-gundo as normas”.

Voltemos ao simbolismo das ves-tes. Na Bíblia elas invocam e indicam o sagrado. Pensemos nas vestes de Jesus na montanha da transfiguração (cf, Mt 17,2), a exigência das vestes para participar do banquete nupcial messiânico, (cf. Mt 22,11-13), o re-vestir-se de Cristo segundo São Paulo, onde a veste simboliza o próprio Cris-to (Cf. Rm 13,14; Gl 3,27; Cl 3,9-11).

Ora, a veste branca é, por exce-lência, a veste sacerdote. Os mártires alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro (cf. Ap 7,9;7,14;3,5). A ves-te branca do Batismo, a cor branca da Primeira Comunhão, mesmo o vesti-do de noiva com a grinalda. Por trás desta linguagem da veste branca está a dignidade sacerdotal do cristão. Nesta linha se prevê que o altar seja revesti-do ao menos por uma toalha de cor branca. Por quê? Porque o altar é Cris-to, Cristo é o sacerdote.

O sacerdote celebrante exerce a função de Cristo sacerdote. Daí, sua veste própria é a alva, túnica de cor branca. Quanto à túnica ampla tam-bém se prevê que seja de cor neutra, onde o branco domine. O sacerdote celebrante apresenta-se revestido de Cristo.

Considero que aquilo que o san-

tuário, a igreja-edifício significa para a assembleia reunida, como que a ves-te que a envolve, a assembleia envolta em Deus, os paramentos, sobretudo, a alva significam para o sacerdote cele-brante. Ele se reveste de Cristo, age “in persona Christi”.

De tudo isso decorre que “o hábi-to não é veste litúrgica”. Ele é “habito”, veste ordinária, é “costume”, veste a ser usada costumeiramente. A mensagem do hábito é diferente da mensagem da alva do sacerdote celebrante. O hábito expressa o carisma, a espiritualidade do Fundador da Ordem ao passo que a alva faz memória do Cristo sacer-dote. Colocar uma casula verde, por exemplo, sobre o hábito parece algo um tanto grotesco, para não dizer car-navalesco! As coisas não combinam.

2. Concelebração: Com a reforma do rito da Missa após o Concílio Va-ticano II já não existe mais a categoria de Missa solene, Missa cantada e Mis-sa rezada. Existe sim uma Missa mais ou menos festiva. E, entre as várias formas de Missa conforme a Instru-ção Geral do Missal Roma encontra-se a “Missa concelebrada”.

A Missa concelebrada exige um espaço adequado para a celebração. Quanto à cadeira da presidência de-vemos observar um pormenor: A presidência é uma só, mesmo nas Missas concelebradas. Por isso, have-rá uma só cadeira da presidência no presbitério. A prática de se colocarem três cadeiras na presidência parece um resquício da Missa solene antiga: o sacerdote celebrante, o diácono e o subdiácono. Não existem mais os as-sistentes do celebrante principal. Se há assistentes são os diáconos, sobretudo, na celebração presidida pelo bispo. Um ou dois diáconos. Suas cadeiras podem ser colocadas em nível inferior junto à cadeira da presidência. Mas, os sacerdotes ou bispos concelebran-tes não são assistentes do presidente

Formação e Estudos

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Formação e Estudos

da assembleia. Eles terão cadeiras devidamente colocadas, possivelmen-te, no presbitério conforme o espaço disponível. Aqueles que concelebram deverão estar revestidos das devidas vestes sagradas. É estranho o costume de se designarem três sacerdotes na presidência, em geral, revestidos de casula, enquanto os demais sacerdotes não se distinguem como celebrantes através das vestes respectivas, do lugar que ocupam e dos gestos e palavras que são convidados a realizarem.

Se o único presidente – não exis-te presidência colegiada – estiver la-deado de diácono, é este quem eleva

apresentação da hóstia e do cálice na hora da Comunhão. Coisa horrorosa! Quebra toda a estética, toda a arte, toda a beleza do rito como também a devoção. Os gestos e os ritos como tais constituem formas de comunica-ção com Deus, são expressões orantes.

Falando do altar, diz a Instrução Geral:

Além disso, se disponham de modo discreto os aparelhos que possam aju-dar a amplificar a voz do sacerdote” (n. 306).

Ainda não se encontraram boas soluções para o uso do microfone, so-bretudo, para o sacerdote celebrante.

segurar com uma mão o microfone; isso acontece até na Oração Eucarís-tica, distorcendo os diversos gestos e ações, às palavras da narração da Instituição da Eucaristia ou da Consa-gração. Estraga tudo! É ruído demais! Destrói-se o clima orante.

Na Exortação apostólica pós-si-nodal Sacramentum Caritatis o Papa Bento XVI fala da arte da celebração (n. 28), bem como da beleza e Litur-gia (n. 35). Importa cultivar a arte de bem celebrar. “A verdadeira beleza é o amor de Deus que nos foi definiti-vamente revelado no mistério pascal. A beleza da liturgia pertence a esse

o cálice na doxologia final da Oração eucarística. Se não houver diácono, é o próprio celebrante principal que o faz e não algum concelebrante. Deve ficar claro quem realmente está con-celebrando. São os que estão devida-mente revestidos das vestes sagradas e não simplesmente de hábito ou cogu-la e estola.

3. segurar o microfone: O braço do sacerdote celebrante não é supor-te de microfone. Sói acontecer que ele segura o microfone com uma das mãos e eleva a outra em posição de oração presidencial. Pior ainda na apresentação das sagradas espécies na hora da consagração, na doxolo-gia final da Oração Eucarística e na

A melhor solução até agora parece ser a do microfone de lapela, melhor, sem fio. Aquele com braço ou pedes-tal à cadeira do sacerdote presidente parece também boa solução. Assim também o do ambão, para as leituras. Mas o microfone sobre o altar con-tinua o grande desafio. Na Itália, na Alemanha e na Suécia encontrei um microfone chatinho, tipo mouse de computador, que, colocado discre-tamente sobre o altar, funciona mui-to bem. Isso sem fio! Por ora, entre nós, parece que devamos lançar mão de um ministério do microfone. Um acólito que segure, oportunamente, o microfone. O que não pode, por cons-tituir ruído demais na autenticidade e beleza do rito, é o próprio celebrante

mistério; é expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma constitui o céu que desce à terra. O memorial do sacrifício redentor traz em si mesmo os traços daquela beleza de Jesus tes-temunhada por Pedro, Tiago e João, quando o Mestre, a caminho de Je-rusalém, quis transfigurar-se diante deles (cf. Mc 9,2). Concluindo, a bele-za não é um fator decorativo da ação litúrgica, mas seu elemento constitu-tivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação. Tudo isso nos há de tornar conscientes da aten-ção que se deve prestar à ação litúrgica para que brilhe segundo a sua própria natureza” (n. 35).

Frei Alberto Beckhäuser, OFM

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maRço / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 131

Fraternidades

Já disse certa vez o poeta espa-nhol Antônio Machado: “Ca-minhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.”

É justamente deste caminhar que gos-taríamos de fazer memória ao longo destas linhas, uma forma simples, bem ao modo franciscano, de agrade-cer uma história construída a muitas mãos, feita por muitos “caminhantes”.

Talvez já seja de conhecimento da maioria, mas vale lembrar que o Pro--Vocações nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos idos 1986. Naquele ano, a iniciativa pessoal e o convite de Frei Floriano Surian e de Dona Arie-ta suscitaram nos leigos do Convento Santo Antônio o desejo de ajudar as vocações franciscanas, de sentir-se padrinhos e madrinhas daqueles que nos seminários faziam sua caminhada vocacional. Logo, a iniciativa ganhou grande adesão e o número de benfei-tores aumentou significativamente. Viu-se a necessidade de transferir o projeto para São Paulo, com sede no Convento São Francisco, e assim se fez.

Hoje, passados 30 anos, o Pró--Vocações conta com mais de 13.000 benfeitores espalhados em todos os estados do Brasil. São pessoas sim-ples, em sua grande maioria, que se sentem identificadas com o carisma e a espiritualidade franciscana e por isso de algum modo querem ajudar na formação dos futuros frades desta Província. Atualmente, o PVF é res-ponsável por 80% dos custos mensais da formação desde o seminário me-nor até o curso de Teologia.

Vale lembrar que a grande maio-ria de nossos benfeitores está no ter-ritório da Província da Imaculada, ou seja, muitos deles são paroquianos, frequentadores de nossos santuários e conventos. De alguma forma, o traba-lho exercido pelos frades nestes luga-

res é um testemunho de nossa presen-ça e um incentivo para estas pessoas que nos ajudam. Por isso, cabe aqui nosso agradecimento aos frades que ao longo destes 30 anos tem sido par-ceiros indispensáveis na divulgação e promoção do Pró-Vocações.

Cabe, também, sem sombra de dúvida, agradecer a cada benfeitor que, na oferta generosa de seus dons e suas orações, tem fortalecido este belo e frutuoso trabalho. Nós, equipe PVF, gostaríamos de pedir aos frades que neste ano comemorativo lembrem com carinho de nossos benfeitores e

benfeitoras. Eles fazem conosco parte desta bela história.

Enfim, ao longo deste ano reali-zaremos diversas atividades em nível provincial para marcar esta data. In-centive em sua paróquia, convento ou santuário a participação dos benfeito-res, afinal de contas, são eles os gran-des homenageados.

Que Francisco e Clara continuem guiando nossos passos e nossa vonta-de por um mundo de Paz e Bem!

Equipe Pró-Vocações e Missões Franciscanas

PrÓ-voCações e missões FranCisCanas - 30 anos

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Fraternidades

durante este ano (2016), estare-mos em festa pelo centenário do nosso querido “Conventi-nho”. Ele está sob o patrocínio

de São José, razão da grande amizade de Frei Rogério por este “pai nutrício” do Menino Jesus. Frei Rogério Neu-haus recorria a São José quando esta-va numa grande necessidade, e isto foi historicamente testemunhado pelos seus confrades que viveram com ele.

Escreve Frei Pedro Sinzig no seu livro “Frei Rogério Neuhaus”, pg. 132: Frei Rogério em suas “reminiscên-cias” escreve sobre as dificuldades para construir o 1º Colégio de Lages, apelidado de o “colegonte”, o Colégio São José, fundado em 19 de março de 1896, no dia de São José, berço do Co-légio Bom Jesus Diocesano.

“O que ocasionava grandes dificul-dades era a falta de materiais e de operá-

rios habilitados. Só o transporte de cal (vinda da costa, no lombo dos animais de carga em seis dias de viagem, custou 2:000$000). Já há um ano tinham sido encomendadas 100 dúzias de tábuas, mas ainda não aparecera uma úni-ca sequer. Tomamos de aluguel, por isso, para um prazo de três anos, uma serraria com o respectivo mato, con-seguindo, assim, as madeiras e tábuas necessárias por um preço razoável”.

“Para fazer uma ideia, escreve Frei Pedro, das preocupações que o perse-guiam e da intervenção do seu ban-queiro, S. José, vale apena, ouvir um confrade, Frei Osvaldo Schlenger que, a 24 de março de 1934, dia do enterro de Frei Rogério, com muita emoção me contou o seguinte, que publiquei no “Jornal do Brasil”.

“Foi no dia 10 de março de 1898. Eu estava em Lages, no planalto de

ano do CenTenÁrio do ‘ConvenTinho’Santa Catarina. Frei Rogé-rio, superior da casa, diri-giu-se a nós outros pedin-do que rezássemos o mês todo a São José, porque no fim precisava de cinco contos de reis, não tendo nada no caixa. ” (...) e cada frade (Frei Crisóstomo, Frei Bruno, Frei Osvaldo) continuou sua missão, com missas batizados e casa-mentos no interior lageano até o fim do mês de março. Então, chegando em Lages, de volta ao Convento, cada um deu ao guardião Frei Rogério o que recebera do povo, “com grande cordia-lidade de sempre”.

“Frei Crisóstomo ha-via encontrado uma carta a São José, escrita por Frei Rogério, colocada atrás do quadro de São José, sobre a

cabeceira do leito de Frei Rogério. Di-zia assim: “Querido São José. Preciso de cinco contos (5:000$000) até o fim do mês. Arranja-os; eu te prometo ser toda vida teu devoto fiel. Teu Rogério”.

“É de admirar que nestes dias che-gou carta de Frei Hipólito, da Bahia, mandando dois contos e meio para Frei Rogério e dizendo que não pre-cisava restituir, pois sabia, São José andava no meio”!

E Frei Osvaldo puxou a minha carteira, abriu-a e disse: “E aqui estão os restantes dois contos e meio” da missão em São Joaquim. Os frades fi-caram calados e impressionados.

Um pouco deste espírito de con-fiança no patrocínio de São José vai aqui para os leitores das “Comunica-ções” da Província, e uma Oração a São José feita por Frei José Lino Lück-mann (página ao lado).

lages, sC

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São José, patrono da Igreja, vós que inspirastes ao Servo de Deus Frei Rogério tal confiança em vosso poder de intercessor junto a Deus,

que merecestes ser escolhido por ele como Padroeiro deste Convento Centenário.

Nós, por ocasião deste tempo jubilar, queremos vos agradecer porque nestes cem anos continuastes a

interceder junto aos céus por todos os frades que por aqui passaram. Obrigado também, pelo vosso

contínuo patrocínio em favor das famílias lageanas, tão necessitadas

de vossa intercessão.

Nós vos pedimos, São José do Patrocínio, mais uma vez,

com a mesma fé e confiança de Frei Rogério e de tantos outros santos e

humildes frades, que nesta Casa viveram, que lanceis sobre a nossa Província,

sobre o nosso Conventinho, sobre nossa Lages, o vosso sempre pronto Patrocínio.

Que nossa vida e missão continuem sendo a de sermos irmãos e irmãs

menores. Queremos ser profecia de minoridade e fraternidade no diálogo

entre nós e com todas as pessoas, no cuidado da Criação, acolhendo a

todos os que nos procuram. Dai-nos forças para que continuemos saindo

em direção às periferias sociais e humanas, como presença do Evangelho, levando a todos a mensagem da Paz e do Bem.

São José do Patrocínio, pelo nome de Jesus, pela glória de

Maria, imploramos que possais defender a nossa causa no céu e na terra, hoje e sempre. Amém.

oração a são JosÉ do PaTroCínio

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Fraternidades

Frei Germano se desPede de GasPar

na quarta-feira (17/2), a Igreja Matriz de São Pedro Apósto-lo de Gaspar (SC) lotou mais uma vez para a celebração da

Novena Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Mas a celebração também fi-cou marcada pela despedida do páro-co Frei Germano Guesser, que depois de 12 anos deixou a Paróquia para as-sumir um novo desafio: a Igreja Santo Antônio do Pari, em São Paulo.

Frei Germano não fez uma des-pedida oficial, mas se despediu aos poucos do povo gasparense nas cele-brações. Depois de fazer este agradeci-mento na Quarta-feira de Cinzas, no dia 17 ele voltou a emocionar as pesso-as: “Procurei, dentro dos meus limites, trabalhar pela fé, anunciando a Palavra de Deus, partilhando os sacramentos, sobretudo o Sacramento da Eucaristia. A fé, esse bem espiritual do povo, foi sempre a minha principal preocupa-ção”, disse, ganhando aplausos dos fiéis.

Frei Germano recordou que foi apresentado a esta Paróquia no dia 21 de dezembro de 2003 na missa das 19

horas na Igreja Matriz. “Fui acolhido como muito afeto (e que povo acolhe-dor é o gasparense!), e posso afirmar que fui uma pessoa feliz nesta cami-nhada com o povo de Gaspar. Agra-deço a Deus por me ter concedido a graça de morar em Gaspar…. Sempre ouvia comentários sobre Gaspar e pensava: ‘Um dia gostaria de morar lá...’”, disse.

Neste tempo em Gaspar, Frei Ger-mano foi Vigário Paroquial por seis anos, guardião da Fraternidade por nove anos, pároco por seis anos e De-finidor Provincial por três anos. “Mas a principal obra para qual eu me doei foi a construção do Reino de Deus. Claro, essa construção jamais existiria dentro dos meus limites e da minha pequenez, mas foi possível graças à comunhão e participação de todos. Por isso, sou grato a todos”, acrescen-tou, agradecendo ao povo e voluntá-rios da Paróquia: “Como foi bonito ver o milagre da multiplicação nas Festas de São Pedro Apóstolo e dos Padroeiros das Comunidades. Muitas

pessoas, Pastorais e Movimentos co-laboraram de maneira eficiente com meu ministério e outros de maneira silenciosa, mas não menos importan-te, a todos e todas minha gratidão”.

“Cresci muito aqui como cristão, franciscano, padre e ser humano. Peço perdão pelas minhas falhas, pe-los meus pecados, principalmente se se magoei alguém devido às minhas limitações humanas… Sempre os terei no meu coração. Levarei daqui grandes lembranças”, completou, ci-tando uma frase de Hermann Hesse (autor de ‘Sidharta’ e ‘O Lobo da Es-tepe’):

“A cada chamado da vida, o cora-ção deve estar pronto para a despedi-da e para novo começo, com ânimo e sem lamúrias, aberto sempre para novos compromissos. Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver”.

A imprensa local, especialmente os jornais “Cruzeiro do Vale” e “Jornal Metas”, deu grande destaque à despe-dida de Frei Germano.

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Fraternidades

a tarde do dia 20 de fevereiro foi marcada pela emoção na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis. E não

era para menos, afinal comemorou-se o Jubileu de Prata sacerdotal do vigá-rio paroquial Frei Luiz Flávio Adami Loureiro. A celebração foi presidida pelo próprio Frei Luiz e concelebrada pelo pároco Frei Ângelo José Luiz e pelo guardião do Convento da Frater-nidade, Frei César Külkamp.

Diversos Frades estudantes do tempo da Teologia, que residem em Petrópolis, estiveram presentes no for-te momento na vida do religioso, as-sim como membros da Comunidade da Presidência, onde Frei Luiz celebra aos domingos; integrantes do Grupo de Oração do Sagrado e da Ordem

Franciscana Secular, onde o sacerdote auxilia nos trabalhos pastorais; fami-liares do Espírito Santo, terra natal do jubilar; e paroquianos de Nilópolis, onde o Frade trabalhou anteriormen-te. Após o Rito da Comunhão, repre-sentantes dos diversos Movimentos e Pastorais em que o sacerdote atua, bem como das comunidades em que ele trabalha e já trabalhou, entraram com cartazes contendo frases que re-tratam bem a presença de Frei Luiz junto ao povo de Deus.

Em seis anos de missão na Cidade de Petrópolis, Frei Luiz Flávio segue colecionando amizades e agradeci-mento dos fiéis, principalmente pelas várias visitas que realiza nas casas de enfermos que constantemente soli-citam sua presença, inclusive para a

bênção de residências. Enfim, Frei Luiz Flávio caminha exalando o jeito alegre e disponível de ser frade fran-ciscano, facilmente percebido na re-cepção realizada no salão do antigo Colégio dos Canarinhos, ao lado da Igreja do Sagrado, após a Santa Mis-sa de Ação de Graças. Entre uma foto e outra, e ao som de boa música sob o comando de Frei Cristiano Maciel e da equipe de Liturgia dos sábados, Frei Luiz recebia presentes e sabore-ava os deliciosos salgados, cachorro quente, bolo e refrigerante servidos aos convidados.

Frei Luiz Flávio Adami Loureiro é natural de Colatina, Espírito San-to, e ordenou-se Sacerdote em 02 de fevereiro de 1991, também em terras capixabas.

Frei luiZ FlÁvio CeleBra 25 anos de vida saCerdoTal

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Fraternidades

CresCe ainda mais a devoção ao servo de deus

romaria Frei Bruno

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Fraternidades

À medida em que o processo pela causa de beatificação de Frei Bruno avança, mais expectativa e esperança to-

mam conta dos fiéis devotos do Ser-vo de Deus. Isso pôde ser visto mais uma vez na Romaria Penitencial Frei Bruno que, na sua 26ª edição e três anos depois de iniciado o pro-cesso, levou para as ruas de Joaçaba, no Oeste Catarinense, uma multi-dão calculada pela Polícia Militar em cerca de 60 mil pessoas.

Essa demonstração de fé foi dada no domingo, 21 de fevereiro, debaixo de um sol forte de verão. A já tradicional caminhada teve início com as sinos da Catedral Santa Te-rezinha anunciando, às 8 horas, que os romeiros de várias cidades catari-nenses da região e de outros estados

poderiam começar o percurso de cerca de 4 quilômetros. Um pouco antes, por causa do percurso maior, os romeiros de Luzerna iniciaram outra caminhada até o Cemitério Frei Edgar.

Entre tantas caravanas de ci-dades que Frei Bruno viveu, como Xaxim, Rodeio e São José, desta-que para um grupo de noviços de Rodeio, que veio participar deste momento de fé. Segundo o Mestre Frei Samuel Ferreira de Lima, esse testemunho de Frei Bruno que toca a multidão, é importante para a for-mação religiosa dos noviços. Além de frades da Província e sacerdotes da Diocese de Joaçaba, esta foi a primeira Romaria do novo páro-co da Catedral, Pe. Pedro Angelo Manchini, que depois de trabalhar

desde o ano passado na organização da Romaria, não sabia o que veria pela frente. No final, entre aliviado e surpreso, Pe. Pedro estava encan-tado com essa demonstração de fé do povo.

Ao longo do trajeto, muitas ma-nifestações de fé traduzidas em car-tazes, faixas e fotos. Alguns devotos escolhem fazer o percurso de pés descalços. Às 10 horas, o povo che-gava ao Cemitério Frei Edgar, onde teve início a Celebração Eucarística, presidida pelo bispo diocesano Dom Mário Marquez, com a presença dos vice-postuladores, Frei Estêvão Ot-tenbreit e Frei Alex Ciarnoscki.

o eXemPlo de Frei BrunoDom Mario, em sua homilia,

lembrou que vivemos um momento

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Fraternidades

especial na Igreja com o Ano San-to da Misericórdia, a Campanha da Fraternidade e o Tempo da Qua-resma. Referindo-se ao Evangelho da Transfiguração deste domingo, disse que “transfiguramos o hu-mano que há em nós e revelamos a nossa parcela de identidade com aquele que nos criou à sua imagem e semelhança. A Quaresma, esse tempo especial, de caminhada de fé, de esperança, de conversão e de santidade é também a caminhada de Frei Bruno, é a caminhada de cada cristão, de cada ser humano em sua trajetória neste mundo”, disse.

Segundo D. Mário, Frei Bruno deixou sua terra, a Alemanha, para ser missionário no Brasil há 122 anos. “Sua passagem deixou mar-cas de santidade pelo seu amor e carinho para com todas as pessoas que encontrara, lançando por onde passava sementes de fé, de esperan-ça e gestos de caridade e misericór-dia. Esse é o Frei Bruno do qual nós veneramos aqui nesta Romaria e

da qual nós desejamos logo mais a sua beatificação e quem sabe, mais à frente, como deseja no nosso co-ração, a sua futura canonização para que seja universalmente conhecido como já é conhecido aqui na nossa região”, pediu.

Dom Mário referiu-se a Frei Bru-no como o frade misericordioso que viveu nesta região. “Foi um homem de Deus exercendo o seu ministério nas obras da miseri-córdia, consolando pessoas, visitando os doentes, instruindo e orientando pesso-as em suas diversas situações. Foi um homem próximo de Deus e próximo dos irmãos”, frisou.

A Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, está em sintonia com o Servo de

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Fraternidades

Aprendamos com nosso irmão Frei Bruno as lições de simplicidade que ele nos deixou, as lições de como se doar pelos irmãos, de como ou-vir, acolher, abençoar e rezar. Que

Deus Frei Bruno. “Como francis-cano, Frei Bruno andou por estes vales e planícies e soube também se relacionar fraternalmente com a criação, respeitando, cultivando e cuidando da casa comum, que é este nosso planeta”, disse. “É nossa responsabilidade também zelar pela ecologia ambiental e pela ecologia

humana como nos indica o Papa Fran-cisco na sua encí-clica Laudato Sí”, convocou o bispo franciscano.

Para D. Mário, foi bonito ver o povo de Deus cami-nhando e rezando. “São gestos bonitos de demonstração de fé no Servo de Deus.

ele interceda por nós junto a Deus”, completou D. Mário.

o ProCessoA fala de Frei Estêvão no final

da celebração foi um dos momen-tos mais esperados pelos romeiros. Como vice-postulador da causa de Frei Bruno, Frei Estêvão, contudo, não trouxe as notícias que o povo esperava ouvir, mas Frei Estêvão en-corajou o povo a continuar na sua firme devoção pedindo a Deus um milagre de Frei Bruno, exigência indispensável no encaminhamento do processo.

Segundo Frei Estêvão, duas co-missões nomeadas pelo bispo dio-cesano trabalham no processo: uma para recolher os depoimentos das pessoas que conviveram ou ouviram falar de Frei Bruno. “Esta comissão está numa fase boa e temos esperança de concluir os trabalhos na segunda metade deste ano. Simultaneamente, uma comissão histórica recolheu os dados da vida e da ação de Frei Bru-

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Fraternidades

no e que culminou na publicação da biografia que Frei Clarêncio Neotti escreveu e que recomendo a todos que ainda não a adquiriu. É a melhor maneira de conhecer a vida e a ação evangelizadora de Frei Bruno”, expli-cou o frade franciscano.

Frei Estêvão, contudo, foi muito claro e transparente com os romei-ros. “Como sabemos, além dos de-poimentos e dados históricos, preci-samos de um milagre. Talvez seja a parte mais difícil mas não é impos-sível quando, creio, que quarenta ou sessenta mil pessoas se colocam a ca-minho para implorar a Deus. É o que devemos fazer agora: implorar, rezar a Deus para que ele nos dê um sinal comprovando a santidade do Frei Bruno. Então, acredito que o com-promisso é de todos nós. Devemos rezar, rezar muito, pedindo a Deus a beatificação de Frei Bruno”, exortou.

devoçãoHá cinco anos, Maria Helena Ro-

drigues (foto abaixo) faz o percurso entre a Catedral Santa Terezinha e o Cemitério Municipal de pés descal-ços. Durante a caminhada e a cele-bração, a joaçabense de 59 anos não

se descuidou da imagem de Frei Bru-no e do Terço. Sua devoção é uma forma de agradecimento ao Servo de Deus pela cura dos ataques epiléticos que sofria. “Sou eternamente grata por ele ter restituído a minha saúde e me proteger na vida, já que sou uma pessoa sozinha. Se tenho algum pro-blema, fecho os olhos e peço com fé para que ele me ajude. Sempre sou atendida”, garante Dona Maria.

A veneração ao Servo de Deus Frei Bruno é muito forte também em Xaxim. Nesta cidade, o frade franciscano viveu dez intensos anos, desde a sua chegada no dia 21 de agosto de 1945 até a sua partida, no dia 7 de setembro de 1955, para Lu-zerna e, depois, para a última mora-da em Joaçaba.

Em Xaxim, o Servo de Deus é muito querido pelos que o conhe-ceram em vida e as novas gerações o conhecem pela grande homena-gem que se tornou a Festa em sua memória, a maior da Paróquia São Luiz Gonzaga, e que foi realizada no dia 28 de fevereiro.

Uma dessas testemunhas ocular da vida do franciscano em Xaxim é Olma Maraschin Barella (foto ao lado), que reside no Bairro Prima-vera. “Tive o privilégio de conhe-cer e conviver com Frei Bruno dos 5 aos 11 anos idade quando ele se hospedava na casa de meus pais, em Lajeado Grande. Ao chegar, di-zia: ‘Cara mama, mi son qua’. Com 14 anos, fui estudar no Colégio São José de Herval d’Oeste, cidade vizi-nha de Joaçaba, onde já morava Frei Bruno. Nesse período, tive o privi-légio de participar de algumas mis-sas, confissões e pregações com Frei Bruno. Num desses momentos, ele perguntou de onde éramos. Quando falei que era de Xaxim, ele levantou a mão e sorrindo pareceu-me que abençoava nossa cidade por inteiro”, recorda Olma.

Ela se emociona ao falar da gra-ça alcançada pela intercessão de Frei Bruno. “Faz 5 anos que eu estava com problemas que compromete-ram a minha coluna e o médico dis-se que ficaria em cadeira de rodas. Procurei outros 3 médicos e o diag-nóstico foi sempre igual: mesmo com cirurgia, eu ficaria em cadeira de rodas. Voltei para casa e rezei a Deus pedindo a intercessão de Frei Bruno. Fiz a cirurgia e durante todo o procedimento guardei comigo a oração pela beatificação de Frei Bruno. A cirurgia transcorreu sem deixar sequelas. O médico, então, me perguntou se eu acreditava em milagres. Respondi que sim. O mé-dico me respondeu: ‘Aconteceu um milagre!’”, revela Olma, que nunca esquece da confissão que teve com Frei Bruno na véspera de sua morte. Para ela, suas virtudes ficaram para sempre na memória do povo. O seu despojamento e força de vontade, aos 70 anos, impressionava o povo. Ele chegava a percorrer 8, 10 e até 12 quilômetros, visitando as capelas e o povo desta região.

Moacir Beggo

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Fraternidades

a romaria sai da Catedral e termina no Cemitério Frei edgar. ali, uma parte da multidão vai diretamente para o túmulo de Frei Bruno, outra parte nem chega a entrar no cemitério e acompanha a celebração do lado de fora pelos alto-falantes. muitos se limitam a fazer a caminhada e a grande maioria se acomoda por entre os túmulos e árvores para participar da santa missa.

imaGens da romaria

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Fraternidades

diretamente com a temática na Paróquia.A CF deste ano é ecumênica, ou seja,

trabalhará em unidade com todas as Igre-jas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic). Seu principal objetivo é chamar a atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir de-senvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.

Na quarta-feira (10), a Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos realizou a tra-dicional Missa de Quarta-feira de Cinzas. A celebração, presidida pelo pároco Frei Ademir Sanquetti, contou com a partici-pação de mais de 800 fiéis.

A Quarta-feira de Cinzas marca o iní-cio da Quaresma, que são os 40 dias que antecedem a Páscoa. É um período de mudança e reflexão. “Nós devemos rezar de verdade e não por obrigações. É pre-ciso jejuar para a comunidade, fazendo o bem”, disse Frei Ademir ao pedir para que os paroquianos pratiquem ações de soli-dariedade durante a Quaresma.

Na ocasião, a Paróquia também lan-çou a Campanha da Fraternidade 2016 que, tem como tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O momento contou com a apresen-tação da equipe de casais que trabalhará

Quem passou pela Paróquia Santo Antô-nio neste tempo de férias (janeiro e fevereiro), com certeza, não deixou de perceber a gran-de movimentação com a reforma do espaço litúrgico e do comunitário. Eles só puderam ser realizados devido ao apoio e às generosas contribuições de tantos fiéis, paroquianos e devotos de Santo Antônio. Foram muitas cam-panhas, almoços, rifas, eventos durante a Tre-zena, pastéis e outras iniciativas. O pároco Frei Vanderley Grassi e a fraternidade agradecem a todos os que contribuíram com seu trabalho, doações ou com sua participação nos eventos. Estas mesmas reformas são frutos gratifican-tes do esforço e do empenho de cada um.

No 27 de fevereiro, na Missa das 19h30, foi realizada a solene inauguração do novo pres-bitério, com bênção do novo altar, assim como do ostensório e do sacrário, igualmente novos.

reForma do esPaço liTúrGiCo e do ComuniTÁrio

ParÓquia são Paulo aPÓsTolo CeleBra CinZas

FlorianÓPolis

aGudos

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Fraternidades

27/03 – DOMINGO DE PÁSCOA – RESSURREIÇÃO DO SENHORMissas na Capela: 5h, 7h, 9h e 11h14h30: Abertura do Oitavário e Missa no Campinho (Estacionamento) do ConventoRomaria: Cavaleiros – 8h30 saindo de Cobilândia – Vila VelhaObs: Missa coordenada pela Área de Vila Velha(Neste dia, não há atendimento de confissões).

28/03 – SEGUNDA-FEIRAMissas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h3014h30: Oitavário e Missa no Campinho do ConventoObs: Missa coordenada pela Área SerranaConfissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

29/03 – TERÇA-FEIRAMissas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h3014h30: Oitavário e Missa no CampinhoObs: Missa coordenada pela Área Cariacica/VianaConfissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

30/03 – QUARTA-FEIRAMissas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h3014h30: Oitavário e Missa no CampinhoObs: Missa coordenada pela Área BeneventeConfissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

31/03 – QUINTA-FEIRAMissas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h3014h30: Oitavário e Missa no CampinhoObs: Missa coordenada pela Área SerraConfissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

01/04 – SEXTA-FEIRAMissas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 (Missa dos advogados)14h30: Oitavário e Missa no CampinhoRomaria: Militares – saindo 14h da PrainhaObs: Missa coordenada pela Área VitóriaConfissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

02/04 – SÁBADOMissas na Capela: 6h, 7h30 e 11 horas8h00: Campinho – Missa da Diocese de São Mateus (Romaria saindo 7h do Portão do Convento)9h00: Prainha – Missa das pessoas com deficiência (Romaria saindo 8h da Praça Dq. de Caxias)14h30: Oitavário e Missa no CampinhoObs: Celebra nesta tarde a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (Romaria saindo 14h do Portão do Convento)23h30: Prainha – Missa de encerramento da Romaria dos Homens (Romaria saindo às 19h da Catedral)Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.

03/04- DOMINGOMissas na Capela: 5h, 07h, 11h e 14h9h00: Campinho – Missa da Diocese de Colatina (Romaria saindo 8h do Portão do Convento)15h30: Prainha – Oitavário16h00: Prainha – Missa de encerramento da Romaria das Mulheres (Saindo às 14h30 do Santuário)Procissão: Marítima – saindo 9h da Ilha das CaieirasRomaria: Motociclistas – saindo 10h – Praça Costa PereiraObs. Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.Show na Prainha

04/04 – SEGUNDA-FEIRA – DIA DA PADROEIRAMissas na Capela: 0h (meia-noite), 2h, 6h, 9h e 12h7h00: Campinho – Missa da CRB e Seminário Nossa Senhora da PenhaRomaria: Ciclistas – saindo 8h30 de Cobilândia9h: Bandas de Congo homenageiam a Padroeira no Campinho e recebem a bênção 10h00: Campinho – Missa das Pastorais16h00: Prainha – Missa de encerramento da Festa de Nossa Senhora da PenhaShows na Prainha após a MissaObs: Confissões: 8h às 11hShow de encerramento após a missa: Pe. Juarez de Castro

Na primeira oitava da Páscoa, o estado do Espírito Santo celebra a sua Padroeira Nossa Senhora da Penha. Neste ano, a terceira maior festa mariana nacional tem início no domingo de Páscoa, 27 de mar-ço, e termina solenemente no dia 4 de abril em Vila Velha (ES). Serão nove dias dedicados à devoção mariana, sendo que os três últimos serão os mais intensos com as grandes romarias - a Romaria dos Ho-mens e a das Mulheres - e a Missa de encerramento. Durante esse pe-ríodo festivo, um público de mais de 1 milhão e duzentas mil pessoas participa das celebrações ou visita o Convento da Penha para fazer as suas orações.

A festa da Penha é fruto de uma semente lançada por Frei Pedro Palácios em 1558, quando chegou ao Brasil com os colonizadores por-tugueses e desembarcou nas terras capixabas. O frade espanhol trouxe na sua bagagem um painel de Nossa Senhora das 7 Alegrias, que foi colocado numa gruta e deu origem à devoção franciscana que vem até hoje. Ao longo do tempo, essa devoção cresceu e foi construído o Santuário para a Mãe de Deus no ponto mais alto do penhasco. Desde então, romeiros visitam o Convento durante todo o ano.

FesTa da Penha reFleTe soBre o Tema da miseriCÓrdia

Confira toda a programação:

tema: maria, mãE E porta da miSEriCÓrdia

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Evangelização

Provenientes da Argentina, Brasil, Paraguai, México, Por-tugal e Peru, de 4 a 28 de ja-neiro de 2016, 25 missionários

e missionárias participaram de uma experiência missionária na Amazônia. A missão foi realizada em Caballoco-cha, uma cidade de 22 mil habitantes situada às margens de um lago mar-ginal do baixo Amazonas peruano, região de fronteira com Colômbia e Brasil. Entre os missionários estavam frades, religiosas, leigos e leigas, um grupo muito diverso, não apenas pela procedência e pelo estado de vida, mas também pela idade, costumes, cultura,

formação e trabalho profissional, bem como na caminhada de fé.

Esta é 4ª experiência missionária promovida pelo Projeto Amazônia da Ordem dos Frades Menores. O primeiro objetivo desta missão foi oferecer a possibilidade de uma ex-periência missionária na Amazônia, principalmente para quem não vive e/ou não conhece a Amazônia. É a possibilidade de um discernimento missionário para quem está no seu tempo de formação inicial e de estudos, e para quem pensa em ser missionário para além das suas fronteiras (geográ-ficas, culturais, econômicas, sociais).

Não deixa de ser também a possibi-lidade de conhecer outras realidades existenciais e de fé, e de criar vínculos e laços de comunhão, de solidarieda-de e de afetividade. É a possibilidade de conhecer a Amazônia, para amar e cuidar dela. Outro objetivo é de for-talecer o trabalho missionário e pas-toral que já se faz em uma realidade, com suas limitações, dificuldades e necessidades bem concretas: anunciar o Reino de Deus, levar esperança, ani-mar a vida cristã e comunitária, des-pertar novas lideranças.

A programação foi simples, a mesma de outras experiências: a) um

eXPeriÊnCia missionÁria

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Evangelização

tempo de preparação, com estudo, convivência e oração; b) uma sema-na de missão urbana; c) uma semana de missão nos casarios ribeirinhos; d) um tempo de partilha e avaliação final. A missão propriamente dita foi de duas semanas, de 10 a 24 de janei-ro, sendo uma urbana, de 10 a 17 de janeiro (domingo a domingo), e uma semana ribeirinha, de 17 a 23 de janei-ro (domingo a sábado), e a celebração de encerramento no domingo, 24 de janeiro. A programação foi pensada dessa maneira para todos os missio-neiros terem a oportunidade de fazer as duas experiências, uma urbana e

de celebrar, porque na maioria dos lugares faz anos que não há missa) e celebrações de batismo (onde já esta-va programado). Os encontros e cele-brações foram em escolas, quadras de esporte, casas de família, ou mesmo na rua. É visível a ausência dos jovens, pois quando terminam o Ensino Mé-dio, com poucas exceções, vão para cidade (Iquitos ou Lima), para con-tinuar os estudos e procurar traba-lho. Aproveitando a visita às famílias também fizeram uma pesquisa, com um questionário, para diagnóstico da realidade social, econômica, religiosa, problemas e necessidades do bairro, bem como para identificar líderes. Al-guns também tiveram a oportunidade de fazer programas de rádio.

No sábado à tarde foram realizados três encontros paroquiais: crianças, jo-vens e adultos. Todos aconteceram no mesmo horário, animados pelos mis-sionários conforme a preferência e o carisma de cada um. O encerramento da semana urbana foi com uma cele-bração dominical em cada bairro. Esta programação seguiu uma metodolo-gia e uma estratégia. Primeiro a cate-quese, entendida como formação de discípulos, depois a celebração; e, de propor ou incentivar a realização de celebrações dominicais nos bairros, e mais do que isso, formar comunidades eclesiais nos bairros. É claro que isso não acontece por decisão dos missio-nários, nem por decreto, é fruto de uma caminhada, exige formação e acompanhamento dentro do ritmo amazônico. Os missionários vieram para dar essa força. A programação temática dos estudos bíblicos e cate-quéticos foi pensada nesta perspec-tiva. Mas mais importante do que os temas é a participação das pessoas, é a experiência de encontros de irmãos, de reunir-se com os vizinhos, de ler e partilhar a Bíblia comunitariamente e fortalecer a fé. Essa foi uma das rique-zas desta semana.

outra ribeirinha, que são realidades diferentes. E também pela necessida-de pastoral da paróquia, de formar Comunidades Eclesiais de Base nos bairros, bem como de animar a vida cristã nos casarios ribeirinhos. Quan-do falamos de realidade urbana, esta-mos falando da amazônica, e não de um centro metropolitano. Com 22 mil habitantes Caballococha é o maior centro populacional do Vicariato de São José do Amazonas, que tem uns 150 mil quilômetros quadrados (uma vez e meia o Estado de Santa Catarina, ou o tamanho do Ceará), uma área ex-tensa que faz fronteira com Equador, Colômbia e Brasil, sem uma rodovia sequer, com mais de 3.000 km de rio e uns 600 “pueblos” (vilas ou casarios). As rodovias da Amazônia são os rios.

Os missionários foram divididos em grupos ou fraternidades de 3 em 3, para fazer um trabalho comunitá-rio, mas também para fazer uma ex-periência de vida fraterna, lembrando que o carisma franciscano é evangeli-zar em fraternidade. As fraternidades foram bem plurais, internacionais, interculturais e mistas (frades e lei-gos, homens e mulheres – exatamente uma em cada fraternidade). Uma ri-queza de experiência para convivên-cia, oração, serviços, trabalho missio-nário e para se apoiarem mutuamente nas necessidades, dificuldades, medos e inseguranças. Foram formadas oito fraternidades, correspondendo ao número de missionários. Na primei-ra semana, cada fraternidade ficou responsável por um bairro, incluído o centro. Alguns bairros ficaram sem receber missionários, mas o trabalho foi organizado conforme o número de missionários. Os missionários vi-sitaram famílias, fizeram encontros de estudo da Bíblia e catequese, en-contros com crianças (que são mui-tas em todos os lugares), celebrações da Palavra, celebrações eucarísticas (onde havia um sacerdote e condições

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No domingo, dia 17, pela manhã, enquanto cada um celebrava nos seus bairros, começaram a chegar os animadores dos casarios, com seus botes, para buscar os missionários e levá-los às suas comunidades ribei-rinhas. Alguns vieram em comitiva, para recepcionar e acompanhar os missionários. Onde ainda não há um animador cristão (ministro da comu-nidade), vieram as autoridades locais (cada casario tem sempre duas auto-ridades, um agente municipal, que é o vínculo com a prefeitura, e um tenente governador, que é a ligação com o governo regional; são eleitos pela comunidade e nomeados pela respectiva autoridade). Participaram do almoço com os missionários e de-pois foram conduzindo os missioná-rios para a nova etapa da missão.

As fraternidades missionárias fo-ram as mesmas da primeira semana. Cada uma visitou três casarios, fican-do dois dias em cada um: de domingo a terça-feira no primeiro, de terça a quinta no segundo e de quinta-feira a sábado no terceiro. A primeira comu-nidade veio apanhar os missionários em Caballococha, e depois cada uma os levou para a Comunidade seguinte. A última os trouxe de volta a Caballo-cocha. O combinado foi também que cada comunidade deveria “convidar” os missionários para a comida. Os missionários não levaram comida. A maioria ficou hospedada em escolas, que estão livres pela época das férias, e também porque têm melhores es-truturas, com banheiro, e algumas recolhem água de chuva. Em outros lugares, os animadores hospedaram em suas casas. Com a experiência da primeira semana, cada fraternidade se programou em acordo com os anima-dores. Todos fizeram visitas às famílias e a maioria realizou três encontros: um de apresentação e programação, outro de estudo bíblico catequético, e uma celebração.

impressões pessoais:Algumas coisas me surpreende-

ram, outras me marcaram fortemente.3 A capacidade dos missionários de

se acomodarem à realidade e a cada situação, muitas vezes desconfortá-veis. Eu estava preocupado com as condições precárias e sem conforto de hospedagem e com o impacto que poderia provocar no ânimo dos missionários. As casas são de adobe, já centenárias e condenadas à de-molição. Elas “têm passado, mas já não têm futuro”, sintetizou um. Por melhor que quiséssemos oferecer, é o que a paróquia tem para oferecer. Nem a casa, nem a cama, nem o ca-lor, nem os mosquitos, nada disso diminuiu o entusiasmo, a alegria, nem o espírito comunitário.

3 Respeito diante da realidade. Para a grande maioria dos missionários, a Amazônia é novidade, é diferente, é exótica. É sempre grande a tentação da arrogância de ser dono da verda-de, de criticar, de condenar, julgar tudo a partir da nossa cosmovisão e dos nossos referenciais e nos con-siderarmos melhores, mais desen-volvidos. Não percebi nada disso, pelo contrário, foi impressionante a atitude de respeito, de sacralidade e de reverência. Até mesmo na hora de avaliar, de fazer críticas, de dar sugestões, principalmente no que se refere à Igreja, a atitude foi sempre de simpatia, de serviço, de colabo-ração.

3 Para ter essa atitude, a motivação é fundamental. Com que motivação vieram os missionários? Eis algu-mas das motivações: conhecer a Amazônia; tocar a grandiosidade da Amazônia; sair e descobrir em ou-tros lugares a presença de Deus; par-tilhar o tempo com outras culturas; fazer a experiência de viver com, de olhar além, ser presença e não que-rer converter ninguém; ter encontro com Cristo a partir de outra realida-

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de; encontrar irmãos. Essas atitudes são fundamentais para permitir a ação do Espírito Santo. Não senti nos missionários “espírito de turis-ta”, nem de aventura, ninguém veio para passear, ou simplesmente para conhecer, mas para fazer missão, dispostos a encarnar-se na realida-de local, vivenciar uma experiência séria e em profundidade.

3 Não sou de me emocionar facil-mente, mas dois momentos em particular me emocionaram mui-to. O primeiro foi o encontro de adultos, com o objetivo de fazer um encontro paroquial das pessoas que participaram dos estudos bíblicos ao longo da semana, e com elas re-fletir sobre o encontro com Jesus e o discipulado. Foi emocionante ver a presença de pessoas que não têm o hábito de participar, dos bairros mais periféricos e pobres, e não só isso, pessoas que nem sequer têm Bíblia, partilhando a Palavra de Deus, e falando em público. O outro momento foi depois do en-cerramento, na avaliação e partilha entre os missionários. Em grupos, os missionários avaliaram o traba-lho mas também partilharam as suas experiências. Eu circulei pelos grupos para sentir o conjunto. Ouvi testemunhos impressionantes, que

não apareceram no plenário nem nos relatórios, que me emociona-ram muito (nesse momento eu não estava com o caderno para anotar), e que mostram a intensidade e o espírito com que os missionários viveram a missão.

3 Tenho a impressão de que recupe-ramos alguns anos de ausência da Igreja. Para entender isto, é preciso fazer um resgate da história. Ca-ballococha teve a presença de um missionário canadense, Pe. Real, que esteve durante 38 anos na pa-róquia, até sua morte em 2003. Depois dele, a presença de padres foi de maneira temporária. O que ficou mais tempo ficou um ano e meio, alguns ficaram poucos me-ses. A maior parte do tempo ficou sem padre, recebendo visitas de padres ocasionalmente para cele-brar sacramentos. Quem garantiu a “presença” da Igreja nesses anos todos foram as Irmãs Franciscanas de Jesus Crucificado, que dentro de suas limitações, fizeram o possível, atenderam o centro, e criaram cen-tros de catequese nos bairros. Nós – dois frades - chegamos em junho de 2015, tempo ainda insuficiente para conhecer a realidade e ganhar a confiança. Ainda não conseguimos chegar a todas as comunidades. Al-

guns nos veem como “prestaditos” (emprestados). Algumas comuni-dades ficaram anos sem receber vi-sita de um missionário. Nos lugares onde os “animadores” perseveram, conseguiram manter fiel a comu-nidade católica. Em outros lugares, o pessoal migrou para igrejas evan-gélicas, para ao menos ter a oportu-nidade de ouvir a Palavra de Deus. Estamos tentando resgatar antigos animadores e descobrir novos. Em uma semana, oito bairros viveram uma experiência intensiva de proxi-midade com a Igreja. E na semana seguinte foram visitadas 24 comu-nidades ribeirinhas, com a presença de três missionários durante dois dias em cada uma. Os missioná-rios nos deixaram uma lista com 25 nomes, homens e mulheres, alguns são casais, de possíveis animado-res, dos casarios e dos bairros. Sem contar que muitos se animaram a reconstruir, ou a construir a sua ca-pela. Uma grande bênção. Um pen-tecostes!

3 O espírito de partilha da paróquia. Um projeto missionário como esses tem o seu custo. Cada missionário assumiu sua própria viagem. Nós (Projeto Amazônia) assumimos as viagens e transporte local (as pas-sagens de barco e a gasolina para os

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deslocamentos em bote), e solicita-mos da paróquia, além da hospeda-gem, a alimentação para os missio-nários. Foi uma multiplicação dos pães. Alguém doou todo o arroz, uma padaria todo o pão, outros uma cesta básica e ofertas diversas em víveres ou em espécie chega-vam a cada dia. Alguns ofereceram uma refeição, uma comida típica e vieram preparar. O que faltou foi completado pelas ofertas da coleta dominical. Não faltou a contribui-ção dos próprios missionários: uma vez os mexicanos fizeram uma co-mida típica mexicana, outra vez os argentinos, e os brasileiros também se animaram. Uma missionária tes-temunhou: “Vivi a multiplicação dos pães a cada dia, a irmã estava preocupada e as coisas chegavam”. A confiança na providência e a parti-lha fazem parte do Evangelho.

3 A fidelidade e confiança dos anima-dores. Muitas comunidades perse-veram pela dedicação e fidelidade dos animadores, mesmo com pou-co apoio, e apenas dois encontros de formação por ano. As missões nos casarios foram organizadas e programadas com eles, e onde não há animadores, com as autoridades locais. O combinado, como já disse, foi que eles iriam transportar os mis-sionários com seus botes e motores, para todos os lugares, e iriam ofere-cer a comida. Nós entramos com o combustível. Isso pode ser normal

em outros lugares, mas aqui nesta região da Amazônia não. O concei-to que se tem é que os missionários têm tudo, têm comida, têm dinhei-ro, constroem igrejas e não precisam de nada. Estamos tentando mostrar que já foi assim, mas hoje não é mais. Os católicos mesmos é que de-vem colaborar e manter a sua comu-nidade. Nesse sentido, Caballococha já tem uma caminhada porque em 2010, em uma tempestade, o vento arrancou o telhado, e depois a chuva acabou com o que restou (as paredes eram de adobe e foram se derreten-do). As missões foram uma prova de fogo e funcionou, tanto o transporte como a alimentação. Obrigado aos missionários por terem se submeti-do a isso. É preciso confiar, porque o Espírito Santo não deixa desprovida a sua Igreja!

as boas notícias continuam3 Não podemos deixar de parti-

lhar: no mesmo dia que viajaram os missionários, chegou a primeira par-te do material para a construção de uma casa nova para as irmãs. Alguns missionários, que viajaram um dia depois, ainda ajudaram a descarre-gar. Poderia ter chegado alguns dias antes, mas a casa estava ocupada, e não teria onde guardar. A decisão de construir primeiro a casa das “her-manas”, depois a dos “hermanos”, foi tomada na visita pastoral do bispo. Para uma já há grande parte dos re-

cursos, para a outra ainda tem que esperar e procurar aliados e apoia-dores. A notícia de que o Conselho Econômico tinha aprovado o início da construção, mesmo sem ter todo o orçamento necessário, chegou com os missionários.

3 Por que não visitaram nosso “pueblo”? Quando se descarregava o material, um missionário me falou: “Estão te procurando, é algo que você vai gostar!”. Eram as autoridades de um casario. Apresentaram-se e foram explicando o motivo da visita: “Sou-bemos que na semana passada uns missionários estiveram visitando as co-munidades, estiveram bem perto, nas duas comunidades vizinhas, pra cima (rio acima) e pra baixo (rio abaixo), ficamos esperando e não nos visitaram. Por que não visitaram nosso ‘pueblo’”? Agradeci a visita, tive que explicar e desculpar-me. Esta comunidade não estava na minha lista, estamos conhe-cendo a paróquia e ainda não temos uma relação total das Comunidades, nem dos animadores. Além disso, tínhamos tomado a decisão para evi-tar situações constrangedoras de não enviar missionário a nenhum lugar onde ainda não estivemos e não co-nhecemos. A tarefa de abrir caminhos é nossa, e não dos que vêm de fora para colaborar. Essa não seria uma situação constrangedora, teria sido uma alegria: “Temos animador, nos reunimos aos domingos, e queremos construir uma capela. Queremos fazer

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isso antes de terminar nosso mandato”, completaram. De fato foi uma alegria! Cobranças assim podem vir outras. Na rua também já fui cobrado, como quando alguém me abordou, dizen-do: “Você prometeu nos visitar e ainda não foi, estamos esperando”. A Igreja continua viva, a messe é grande e os trabalhadores são poucos.

uma igreja frágil, mas vivaEm muitas ocasiões tive a sensa-

ção de estar em uma Igreja em ruínas, a mesma experiência de São Francisco de Assis: onde tinha animador, já não há; onde havia catequistas, já não há; onde havia igreja (capela), já não há, ou porque apodreceu, ou porque o rio levou; onde havia celebração domini-cal, já não há; onde havia missioná-rios que visitavam, davam formação e animavam as comunidades, já não há. Falo isso não só da paróquia, pelos motivos que já expliquei, mas também de outros lugares da Amazônia que já visitei. Para ter uma ideia, as paró-quias vizinhas, as duas descendo o rio, e as duas subindo, estão sem padre. Isso por vários motivos, um deles é a diminuição de missionários, pelo me-

nos o modelo de missionários que se conheceu no passado. E outro motivo é a pouca confiança na gente do lugar, seja como padres ou como leigos. O Vicariato mesmo, com mais de 60 anos de presença missionária, só tem dois padres naturais da Amazônia. Alguma coisa está mudando, porque tem nove candidatos ao sacerdócio (seminaristas).

Mas é sobre isso que quero re-fletir, porque as percepções são di-ferentes. Nesse contexto é animador a análise e testemunho de um mis-sionário (um frei): “Senti-me missio-nando numa Igreja viva, frágil, mas viva, uma Igreja que está a caminho”. E continuou: “Há uma sintonia entre os freis e as irmãs”. E acrescentou: “O que fizemos vai ficar como ajuda”. “Espero que não se apague a chama nesta cidade”, concluiu. Outro frei confirmou: “Esse tipo de Igreja me en-canta, frágil, mas viva”. Mesmo entre ruínas, por entre as cinzas, as brasas continuam vivas.

A sensação geral que tive nessa missão foi de pequenez, a mesma que senti no dia da ordenação. As circunstâncias da vida e a providên-

cia divina nos colocaram nesse lugar, um rincão da Amazônia, fronteira de três países, com uma presença tricentenária de missionários e da Igreja, mas uma história de muita dor e muito sofrimento, principal-mente das populações nativas, de muita morte e destruição, fruto da exploração e da injustiça, experiência de uma Igreja em ruínas para ser re-construída. Uma tarefa muito gran-de, que é impossível realizar sozinho, mesmo em fraternidade. Só mesmo com muita confiança, solidariedade e a graça de Deus.

Quero terminar com as palavras da Irmã Martha: “Este projeto é obra de Deus, e se é obra de Deus vai em fren-te. Deus está presente, a comida não acabou. Estou muito agradecida, Ca-ballococha e a paróquia foram muito abençoadas por vocês, a missão trans-forma, e os que estão procurando a sua vocação, não demorem muito”.

Um abraço a cada missionário e a cada missionária. ¡Gracias, gra-cias, gracias!

Frei Atílio Battistuz

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3 Conforme havia adiantado, prometi fazer um relatório mais de-talhado - ainda que incompleto e subjetivo - de minha experiência mis-sionária (parte do Projeto Amazônia OFM), realizada na Amazônia Perua-na, entre os dias 4 a 26 de janeiro, com a finalidade de fazer conhecer um pouco da Amazônia (de sua beleza e desafios) e, quem sabe, despertar no coração de algum amigo ou amiga o desejo de, no futuro, participar desta experiência e, asseguro de antemão, fascinante e enriquecedora!

3 Antecipadamente, peço vênia por alguma incorreção ou por dados não condizentes com a realidade. O que lhes conto é uma experiência pes-soal, subjetiva e, como tal, carregada de impressões pessoais e, talvez, de

algum exagero provocado pelo entu-siasmo.

3 A experiência foi um suces-so e vivemos intensa fraternidade e atividade missionária entre os mais pobres dos pobres e entre as popula-ções de nativos descendentes de in-dígenas de diversas etnias e mestiços abandonados quase por completo pelas autoridades do Peru e por anos de ausência quase total de missioná-rios. Gente boa. Alma aberta. Quase silenciosa. Falam pouco (diz-se que o homem amazônico é contemplati-vo). Muitos e, até em frequentes ca-sos, não sabem mais fazer o Sinal da Cruz ou rezar o Pai Nosso ou a Ave Maria. Pobres (vivendo à beira da mi-séria, que é sempre pecado). Falta na maioria das comunidades ribeirinhas

água potável, luz elétrica, assistência à saúde e saneamento básico. Vivem esquecidos pela autoridade do País. A emoção pessoal, talvez a mais tocante que senti nesta missão, foi, quando na visita ao caserio Aldeia, ensinei ao lí-der da comunidade a rezar o rosário. E, depois, junto aos 3 missionários, ele e a filhinha pequena de 10 anos, reza-vam o terço à beira do Rio Amazonas, ao cair da tarde.

3 Alimentação básica: peixe, yuca (mandioca) e plátano (uma qualidade de banana). Por vezes, arroz e carne de galinha ou de algum animal da flores-ta. Carne de gado: muito raramente. Não podem ter grande criação de aves domésticas ou de gado devido à cheia do rio Amazonas e outros rios que durante 4 meses por ano inundam

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dePoimenTo de mÁrio mannriCh

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moço, lá pelas 4 da tarde, depois que os homens regressaram do trabalho nas assim chamadas chácaras (terre-nos agrícolas doados pelo governo do Peru a estas populações, com mais ou menos 300 metros de frente e 800 me-tros de fundo). Do que avança em sua produção de peixe, yuca, milho e plá-tano é vendido, uma vez por semana, em Caballococha, ou em Tabatinga (Brasil) ou ainda em Leticia (Colôm-bia). Produtos transportados pelos assim chamados pec-pecs (pequenos barcos a motor) com viagem até de 12 horas pelos rios...

3 Vivem em cabanas simples, casas de madeiras, cobertas de palha ou calamita (chapa de zinco), de 2 andares (uma parte ao nível do chão e outra, sobre estacas para não ser

destruídas pela cheia). Descansam nas redes e dormem no chão. Famí-lias numerosas (de 3 a 8 e até mais fi-lhos), vivendo até 3 famílias em uma mesma casinha simples (choupana). A natureza e a imensidão dos rios e da floresta o fazem ser contemplativo. Quando o mistério é grande demais o ser humano se cala... Importante: o nativo tira da floresta e da mãe terra somente o necessário para o sustento de cada dia e um pouco para a venda de subsistência. O homem nativo da Amazônia não tem a característica de guardar, de economizar ou de explo-rar para o enriquecimento.

3 Os 26 missionáros, na primeira semana de missão, de 6 a 12 de janei-ro, e isto na sede da paróquia de Ca-ballococha, tiveram uma espécie de curso de formação, com uma série de informações e comunicados a respei-to da realidade da Amazônia nos seus aspectos, com ênfase na realidade eclesial, fazendo intensa experiência de comunhão fraterna com uma hora de reflexão e celebração da Palavra de Deus às 7 da manhã e às 19 horas, reza do santo Rosário, seguida de san-ta Missa.

3 Na segunda semana (de 12 a 17 de janeiro), divididos em grupos de 3 missionários cada grupo, visitamos os bairros da paróquia (8 ao todo). Em cada um destes bairros, Frei Atílio, após um tempo de conscientização, catequese e formação de lideranças leigas, pretende construir uma pe-quena capela. A participação do povo, principalmente das crianças, foi mui-to positiva e até surpreendente. O tra-balho missionário consistiu na visita a todas as famílias dos bairros e a uma catequese e celebração da Palavra (em hora combinada) e catequese e ati-vidade com as crianças que sempre compareciam numerosas e festivas. O tema da catequese foi o Anúncio do Reino de Deus (núcleo da mensagem de Jesus de Nazaré, na linha da Teolo-

gia da Libertação de Leonardo Boff).3 O que se verificou nos bairros:-

urgente necessidade de um trabalho de evangelização e de catequese, com ênfase na formação de lideranças lei-gas. Do ponto de visita humano e so-cial: em alguns bairros, falta de água potável, de assistência médica e de sa-neamento básico. Violência familiar. Alcoolismo. População: - composta de descendentes diretos de indígenas das etnias ticunas e yaguas e mestiços. A meu grupo foi designado o bairro mais pobre de Caballococha, chama-do Santa Rita del Caño (antes, Santa Rita del Gallinaceo, pela presença vistosa de urubus...) Aí não somente existe pobreza mas também miséria. A participação dos adultos e das crian-ças nas celebrações e na catequese de toda a semana foi animadora. Desejo da população: água potável e uma ca-pela (não dispõe de 4 soles (mais ou menos 6 reais) para uma ida e volta à igreja matriz da cidade para participa-rem da santa Missa dominical. No dia 24, Frei Atílio celebrou numa peque-na praça de esporte 26 batizados (ou mais!). Detalhe: preocupação maior do povo é batizar os filhos! Ter a tal de Certidão de Batismo. Vivemos e tocamos com as mãos a pobreza mais absoluta e até a miséria, o que é um grito quase revoltante diante da rique-za da Amazônia... E nós, os missioná-rios, vivemos pobres com os pobres, desfrutando, talvez pela primeira vez na nossa vida, a pobreza franciscana mais radical, desprovidos de qualquer conforto num calor úmido terrível. Mas fomos felizes e muito felizes.

3 Semana de missão nos caserios (comunidades ribeirinhas), de 19 a 24 de janeiro. Sempre divididos em gru-po de 3 missionários, foram visitados 28 comunidades. Aí, certamente, os missionários viveram a mais radical e emocionante experiência de missão. Entre os pobres, os mais pobres. Vi-vendo de forma simples e pobre. Do

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parte da casa e terrenos ad-jacentes tendo que se trans-ferir para o que chamam de monte ou chácara (uma pequena propriedade rural dada pelo Governo para o cultivo agrícola e onde possuem uma pequena pa-lhoça (ranchinho simples de madeira, geralmente de chão batido e coberto de fo-lha de palmeira e que serve de moradia temporária na época das cheias). Bebida: até água do próprio rio, não potável, e sucos naturais de frutas e cocos da floresta. O assim chamado massato, feito de yuca ou mandioca fermentada, serve de suco e também bebida alcoóli-ca, após uma fermentação mais prolongada. Realizam duas refeições ao dia: o de-sayuno, pelas 7 da manhã, logo depois que os homens foram verificar nas redes que armaram no rio na tardinha do dia anterior os peixes pescados, e o al-

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modo de ser indígena e mestiço. Sem luxo. Com pouco. Com falta até mes-mo do necessário e indispensável, por vezes, tais como: água potável, luz elé-trica, assistência médica e saneamento básico. Mas... felizes. Vivendo em har-monia perfeita com a natureza e com os rios que os conduzem para todos

os lugares, distantes e próximos, em suas canoas ou pec-pecs (barco com motor). Sem mencionar os peixes que os rios oferecem com abundância e variedades inimagináveis! Tirando da terra somente o necessário para o sustento diário e para a venda das pe-quenas sobras. Na maioria das comu-

nidades não existe capelas católicas mas, em sua maioria quase absoluta, uma ou até duas igrejas evangélicas. Participação, na maioria dos casos, muito boa, tanto de adultos quanto de crianças. Visita a todas as famílias. Catequese diária (anúncio do Reino de Deus) e celebração da Palavra de Deus em horário combinado e ativi-dades com as crianças.

3 Todos os bairros visitados, em quase a totalidade, pedem a constru-ção de pequena capela e visita mais frequente do padre e das irmãs. Ob-jetivo de Frei Atílio: formação de li-deranças católicas nas comunidades e construção de pequenas capelas. O encerramento da missão se realizou no domingo, dia 25 de janeiro, na igreja matriz de Caballococha, com missa concelebrada pelos padres mis-sionários, participação dos missioná-rios e bom número de fiéis da comu-nidade paroquial.

3 Detalhe: Meu grupo visitou, na semana missionária, passando dois dias em cada posto de missão, as co-munidades de Cahuibe, San José de Yanayacu e Aldeia. Por uma semana, não tomei banho e tive que fazer as necessidades atrás de bananeiras ou em casinhas (privadas) absolutamen-te precárias. Dormi em rede. Calor infernal. Suor. Mosquitos (e mosqui-tos transmissores da malária). Estáva-mos precavidos com sprays. Comida, como a dos que nos hospedavam: yuca, plátano e peixe e, também, uma ou outra vez, arroz com carne de fran-go e, uma vez, carne de capivara. Fui feliz, como talvez nunca na vida, che-gando a derramar lágrimas de alegria, daquela alegria perfeita ou perfecta laetitia, na expressão franciscana. E mais, voltando a Caballococha, na mais pobre casa de moradia dos dois frades onde nos hospedamos por duas semanas, cheguei a tomar 6 banhos ao dia (em chuveiro paupérrimo e com água fria). Dormitório: para a grande

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maioria dos missionários em salão comunitário, em camas das mais sim-ples que você pode imaginar. Cada qual lavando suas roupas no tanque. E quem diz que viver como os pobres vivem faz alguém se sentir infeliz?!

Apêndice: - O rio Amazonas - a sua bacia é composta por mais de mil rios - é o chuveiro do povo ri-beirinho... Aí tomam banho e lavam suas roupas. O Rio, por vezes, sujo ou contaminado nas margens, é sua referência para a vida... Sem falar que dele tiram um dos alimentos básicos: o peixe que os rios da Bacia Amazô-nica oferecem em quantidade e espé-cies únicas. É também o caminho que leva as pessoas para lugares próximos ou distantes. Com ele se tem familia-ridade desde a mais tenra idade. Mas é respeitado, porque tem sempre seus mistérios e oculta perigos. Vi crianci-

nhas de 3, 4 aninhos tomando banho no rio... talvez ele não andaria de car-ro nas nossas rodovias de 2 a 8 pistas com os carros circulando em grande velocidade... No rio, sim, porque é como a continuação do seio materno em que se sente seguro...

3 Foi maravilhoso. Muitas vezes não segurei as lágrimas. Vibrei sem-pre nas catequeses e me deixei abis-mar no modo como vivem em suas casinhas (malocas) simples. Fiquei impressionado com o entusiasmo dos missionários jovens (12, mais os 3 postulantes peruanos para a vida franciscana do Peru).

3 Momento turístico: - Na volta da missão, passei um dia em Manaus, realizando um inesquecível passeio pelo Rio Amazonas (Rio Negro e So-limões), organizado por uma agência de viagens (um dia inteiro, em barco

voador, com direito a experiências fascinantes: Encontro das águas Rio Negro com o Rio Solimões. Pesca do pirarucu. Visita a uma reserva animal quando tive a oportunidade e a cora-gem de segurar nos braços uma jiboia e também um pequeno jacaré. Visita a um igarapé, onde floresce a vitória régia. Nadar com botos numa reserva aquífera do Rio Negro. Almoço em restaurante flutuante e visita a uma tribo de índios às margens do Rio Ne-gro, distante hora e meia de Manaus, por barco rápido... sem falar do pas-seio em si de barco voando sobre as águas do Rio Negro (que a uma certa altura chega a ter 20 km de largura). Valeu. Para quem nunca visitou a Amazônia não é possível ter a mínima ideia do que ela seja de fato... seus rios, suas florestas, sua gente, sua vida, seu clima, sua fauna e flora, sua biodiver-

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sidade,... 2.500 mil espécies de peixe, 324 espécies de mamíferos, cobras - ji-boias, sucuris e suas parentas, gigantes mordorrentas de até 13 metros e mais de 200 quilos.... Sem falar na beleza da cidade de Manaus (seu teatro e mer-cado de peixes), sua gastronomia, o colorido do seu artesanato e das vesti-mentas dos grupos folclóricos.

3 Visita aos 3 Países e, num mesmo dia, como na volta, quando passei por Tabatinga (Brasil), Letí-cia (Colômbia), com a fronteira se-parando as duas cidades e, Brasil e Colômbia, fronteiras sinalizadas por um posto policial indicando que se deixa a Colômbia e se entra no Brasil e, atravessando o Rio Solimões, de barco, se está no lugarejo Santa Rosa, no Peru.

Distância: - Para se fazer uma ideia. De Curitiba, por avião, foram 6 horas de viagem até Tabatinga e, em seguida, mais 6 horas de barco convencional pelo Rio Solimões, até chegar a Caballococha, no Peru. Ex-

tensão: 3.400 km de norte a sul e 7.500 km de leste a oeste (salvo erro de geo-grafia de minha parte). Já pensou no número de países que formam a Bacia Amazônica e os Estados que se locali-zam na Amazônia brasileira?!

3 Saúde. Apesar dos meus já 72 anos vividos, senti-me bem. Emagreci sim. Aprendi a beber água (coisa que faço pouco)... Um pequeno senão. So-fro de hiperplasia prostática benigna, e em Caballococha, aconteceu que, por ferimento causado pelos sola-vancos dos tais tuc-tucs (triciclos), os quais circulam adoidados pelas ruas passando por quebra molas e bura-cos sem alguma atenção para com o passageiro, minha próstata andou em pânico... sangramento, descontrole ao urinar com consequências que você bem pode imaginar... dores. Repouso de um dia e meio. Telefonei ao meu médico urologista, em Blumenau, que me receitou antibiótico. Já havia adiantado, com imensa tristeza, ao Frei Atílio que provavelmente não po-

deria participar da semana de missão nas comunidades e que, a continuar nesta situação, adiantaria minha vol-ta ao Brasil. Confesso que chorei. Aí pedi com insistência ao venerável Frei Bruno (em processo de beatificação) que me concedesse a graça de melho-rar daquele problema... Pedi também a bênção a um frade missionário ar-gentino, membro do grupo da ex-periência missionária e que sempre havia demonstrado grande carinho por minha pessoa chamando-me afe-tuosamente de caro viejito. Final da história: no dia antes da partida para a semana de missão nos pueblos ribei-rinhos, melhorei completamente de tudo. Nada mais senti. Desapareceu o sangramento. A dor. Controle per-feito ao urinar... e, até hoje, é assim. Milagre?! Não. Seria exagero. Graça alcançada e acertada cura passada por meu médico de Blumenau, isso sim. E, fruto da bênção dada pelo bom Frei Beppo (assim é conhecido)! Como re-petia sempre um frade goiano, mem-

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bro da missão, e velho conhecido meu de Agudos, do ano 1972: BASTA TER FE!

3 Realização de um sonho. - Com esta experiência missionária na Ama-zônia peruana realizei um sonho que manifestei ao então Ministro Geral da Ordem Franciscana, Frei Costantino Koser, em 1976, quando ainda frade e sacerdote, servia a Ordem Francis-cana na Cúria Geral OFM, em Roma, revelando a ele o desejo de ser missio-nário... A vida tomou outros rumos... mas o sonho ficou... o cultivei... foram 40 anos de espera... e finalmente tor-nou-se realidade de 4 a 27 de janeiro do ano da Graça de 2016. Nunca sa-crifique seus sonhos, posso garantir que é uma boa dica! Se existe felici-dade, diríamos assim, quase completa nesta terra, experimentei-a nestas 3 semanas missionárias. Fui feliz como um pássaro que voa livre. Amei a Deus como nunca. Senti Seu amor como poucas vezes. Experimentei a fraternidade entre irmãos missioná-rios como poucas vezes me foi conce-dido saborear. Anunciei o Evangelho do Reino de Deus aos pobres com ar-

dor de um jovem missionário. O que mais posso pedir ao Senhor? Render graças... sempre e sempre. Aprendi a conhecer a Amazônia (um pouco, bem verdade) e amá-la. A Amazônia precisa ser mais conhecida e amada. Ela é o pulmão do mundo. Encerra riquezas inimagináveis e os ávidos de lucros fáceis estão com os olhos volta-dos para ela, para explorá-la e despi-la de suas florestas tirando também do seu solo os minérios preciosos (95% por cento de todos os tipos de miné-rios que existem no mundo se encon-tram na Amazônia - ouvi dizer, mas não sei se é bem isso!). Se o homem não deixar de explorar selvagemente a Amazônia, como vem acontecendo, em 50 anos, toda a riqueza do ecossis-tema vai desaparecer e a humanidade toda sofrerá as consequências.

3 Palavra final. Amigo. Amiga. Desculpas por me prolongar. Vênia pelas incorreções e, talvez, exageros. Um convite. Pense na possibilida-de de, em futuro próximo, também você se inscrever para uma destas experiências missionárias na Ama-zônia. Pelo que estou informado, em

julho, haverá mais outra deste tipo, e desta vez, na Amazônia brasileira. Frei Atílio, em tempo oportuno, en-viará convite. Vale a pena. A Igreja da Amazônia está em ruínas. Ajude a reconstruí-la. Abrace o convite do Papa Francisco que nos chama para uma Igreja que vai para as periferias geográficas e existenciais. E se ainda não estiver convencido, vai aqui uma informação e um dado. Em julho, o Papa Francisco nomeou bispo para a Prelazia do Xingu, na Amazônia, um frade brasileiro. Nada de mais, mas anote o detalhe. O território desta Prelazia é maior que o território de toda a Itália, contando apenas, se não me falha a memória do que li, com 20 padres, sendo a metade já com mais de 70 anos de idade.

Curitiba, 9 de fevereiro de 2016.

Mário Mannrich

Rezemos para que o Senhor mande operários para a Sua messe...muitos missionários...Sejamos discípulos e missionários!

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a Universidade São Francisco (USF) recebeu na sexta-feira, dia 19 de fevereiro, o Presi-dente do Supremo Tribunal

Federal (STF), o Ministro Ricardo Lewandowski, no Salão Nobre do Campus Bragança para entrega do título de Doctor Honoris Causa, por toda uma vida devotada ao ensino e à pratica do Direito, à consolidação da Justiça e do Estado democrático; atuando para que o Poder Judiciário contribua para a construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária.

O evento contou com a presença do reitor da USF, professor Joel Alves de Sousa Júnior, o Ministro Provincial da Província Franciscana da Imacu-lada Conceição do Brasil e Chanceler da USF, Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. Miguel Ângelo Brandi Júnior, Prefeito Municipal de Bragança Paulista, Dr. Fernão Dias da Silva Leme, Diretor da Casa de Nossa Senhora da Paz –

Ação Social Franciscana, mantene-dora da Universidade São Francisco, Frei Mário Tagliari, Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão, Profa. Dra. Iara Andrea Álvares Fernandes, Coordenador da Pastoral Universitá-ria e do Núcleo de Extensão Universi-tária (NEXT), Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM, o Coordenador do Curso de Direito de Bragança Pau-lista, Prof. Dr. Volney Zammenhof de Oliveira Silva, além da presença do professor Paulo Moacir Godoy Pozzebon, que participou do evento como mestre de cerimônia. O evento também contou com a participação de autoridades públicas municipais, estaduais e federais.

Acompanharam o evento via transmissão simultânea professores e alunos dos campi Campinas, São Pau-lo e Itatiba.

A abertura da cerimônia de atri-buição do título contou com a partici-pação do Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM, que ressaltou a missão da Uni-

versidade que está alinhada com ques-tões ligadas à justiça e aos direitos hu-manos. “A Universidade São Francisco busca no pobre de Assis, o homem do segundo milênio, a inspiração para sua missão que é produzir e difundir o conhecimento, libertar o ser huma-no pelo diálogo da ciência, da fé, pro-mover a fraternidade, a solidariedade, mediante a prática do bem e conse-quentemente construção da paz. Dese-jamos através da educação e formação profissional conduzir o ser humano a ser ético pelos outros e com tudo que o cerca. Construir uma história funda-mentada das práticas e nos valores que acreditamos, valores éticos, humanos e culturais, na ótica da grandiosa sutileza e sabedoria de São Francisco de Assis. Nesta construção e prática de valores, é importante para nós a questão da justi-ça e direitos humanos, que apresenta--se para nós como fundamental”, expli-cou Frei Fidêncio.

Para o reitor da USF, professor Joel Alves de Sousa Júnior, a solenidade

usF ConCede TíTulo de doCTorhonoris Causa ao PresidenTe do sTF

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sozinho. É um título cobiçado e deve ser valorizado por aqueles que o rece-bem”, afirmou Lewandowski.

Após o recebimento do título, o ministro também ministrou a Aula Magna do Curso de Direito com o tema “Direitos Humanos de Hoje e de Sempre”, que apresentou um panora-ma histórico da evolução dos direitos humanos na civilização ocidental. O ministro afirmou que a garantia des-ses direitos, sobretudo os chamados de terceira e quarta gerações, depen-dem da participação de toda a so-ciedade. “Alguns direitos podem ser protegidos pela via judicial, sobretudo os de primeira geração, como o direi-to à vida, à liberdade, à propriedade. Mas os direitos positivos, que depen-dem da ação do estado, nem sempre podem ser obtidos pela via judicial. O direito à educação ou à saúde, por exemplo, implicam políticas públicas, que têm de ser asseguradas por ou-tros meios, pela mobilização social, partidos políticos, ONGs.É preciso atenção, vigilância e participação. Os direitos humanos não são um dado, são um construído, e temos todos de nos empenhar nessa luta para avan-çarmos na construção desse patrimô-nio que nos foi legado pelos nossos antecessores”, explicou.

foi um momento de homenagear o ministro do Supremo Tribunal Fede-ral e também de comemoração dos 40 anos de presença e atuação dos franciscanos na Universidade. “Este momento em que a Universidade atribui o seu maior título honorífico, uma convergência de valores e missão dessa universidade, com os valores e princípios demostrados por vossa excelência. Como integrante da mais alta corte de justiça do país, temos a convicção que a vossa excelência con-tinuará atuando para a consolidação da justiça e do estado democrático. A USF comunga com esses propósitos atuando para que seus alunos e todas as pessoas influenciadas pelas ações universitárias possam se apropriar de uma cidadania plena, pois só assim alcançaremos uma sociedade livre, justa e solidaria”, destacou o reitor.

O título de Doctor Honoris Causa

é a distinção máxima concedida pela USF, sendo atribuída a personalidades que tenham se destacado em favor do saber ou da prática social, cultural, científica e religiosa. A pessoa home-nageada não precisa, necessariamen-te, ser portadora de curso universitá-rio e, ao receber o título, terá o mesmo tratamento e direitos que aqueles que obtiveram um doutorado acadêmico de forma convencional.

Em seu discurso de recebimento do título de Doctor Honoris Causa, o presidente do STF, agradeceu o título por ser um reconhecimento de toda uma vida dedicada a universidade e a justiça. “O título que agora recebo não depende de iniciativa, depende do reconhecimento dos meus pares da comunidade acadêmica e reflete o esforço de uma vida dedicada não apenas à causa acadêmica, mas tam-bém à justiça. Esse esforço não se faz

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JOSÉ

Evangelização

Todo o material será disponibilizado pelo site da Rede Católica de Rádio (http://rcr.org.br/podcasts).

De acordo com o Coordenador da Frente de Evangelização da Comunica-ção, Frei Gustavo Medella, a intenção é promover o debate e a reflexão em torno da temática abraçada pela Cam-panha da Fraternidade, oferecendo aos ouvintes elementos para refletirem o tema do cuidado com o meio ambien-te e também se engajarem em ações práticas. “A Campanha da Fraternida-de Ecumênica deste ano está em pro-funda sintonia com os apelos do Papa Francisco em relação ao cuidado com nossa Casa Comum, o Planeta Terra. É muito importante que coloquemos à disposição desta iniciativa todos os meios que temos à disposição. Trata-se de um serviço à Igreja e à sociedade”, explicou Frei Gustavo.

ProvínCia ProduZ maTerial soBre a CF 2016

desde 2013, a Província Francis-cana da Imaculada Conceição do Brasil, através da Frente de Evan-

gelização da Comunicação, mais uma vez oferece uma série especial de con-teúdos para rádio sobre a Campanha da Fraternidade.

São mais de 20 matérias e entre-vistas relativas o à CF 2016, que neste ano é ecumênica e traz para o debate a questão do saneamento básico, com o tema: “Casa comum, nossa responsa-bilidade”, e o lema “Quero ver o direi-to brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).

Neste ano, o material será pro-duzido pelas equipes das Rádios Ce-linauta, AM, de Pato Branco, PR e Coroado,AM, de Curitibanos, SC. As entrevistas e matérias têm duração média de cinco minutos e podem ser veiculadas em qualquer horário pe-

las emissoras, tanto individualmen-te quanto em bloco de duas ou mais.

Humilde e Justo, Homem do Hilêncio, José,Guarda Hrecioso de Jesus, Salvador;Nada falou nos Evangelhos, mas, com fé,Acompanhou, deu rumo o Divo Plano – Amor.

Embora, sob sombras, passou, fez história,Guardou o Filho e Mãe também; Homem de Luz,Sua missão cumpriu, rumou então pra Glória,E hoje, no mundo, guarda a Igreja de Jesus.

Quantos Josés existem hoje pelo mundo,Marias colocaram José em seus nomes;É o Santo mais venerado, é um amor profundo!...

Desde que História registrou a Redenção,Homens, mulheres trazem José em seus nomes,E aí pro mundo, também instituição...

Frei Walter Hugo de Almeida

JosÉ

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Congresso Capitular

NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR1ª etaPa - São Paulo, 1º a 4 de fevereiro de 2016

Frei Nestor Schwerz, Visitador Geral, foi o presi-dente da Celebração Eucarística de abertura do Congresso Capitular, no dia 1º de fevereiro, às 8h00, na capela da Fraternidade Imaculada Con-

ceição, da Sede Provincial, em São Paulo. Ele, tomando a missa votiva do Espírito Santo, disse ter a convicção de que o Espírito é que concede os dons necessários para o ministério que os Definidores vão desempenhar. É ele que há de iluminar os discernimentos conjuntos. Lembrou também o verso do salmista: “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham seus construtores”. Motivando o novo Definitório, afirmou que, em síntese, tudo é dom de Deus: os irmãos, a vocação, a missão, as conquistas, a força e coragem para enfrentar as dificul-dades e contratempos. Ressaltou a importância, portan-to, de iniciarem o serviço ao redor do altar da Palavra e do Corpo do Senhor, para serem nutridos por ele. Na homilia, Frei Nestor, referindo-se ao “hino ao amor” (1Cor 13,1-13), lembrou que o principal serviço do go-

verno provincial é o da caridade. Em tudo que propõe, decide, tudo deve ser feito com o espírito de caridade. Frisou a importância de os Definidores formarem uma fraternidade, sempre promovendo momentos de oração para ouvir a Palavra, momentos de convivência para co-nhecerem-se melhor, para sempre chegarem ao consen-so, sabendo falar, posicionar-se, mas também ouvindo e respeitando o outro. Depois de motivar à discrição, Frei Nestor, por fim, convidou o novo corpo de Definidores à animação e administração da Fraternidade Provincial, colocando sempre em primeiro lugar a pessoa do frade, procurando ajudá-lo a sair mais de si mesmo, e ser mais aberto à vida e missão da fraternidade, e procurando perscrutar por onde o Espírito está conduzindo a Vida Religiosa neste tempo de mudanças em que vivemos.

Já na sala do Definitório, Frei Nestor passou a presidên-cia das sessões a Frei Fidêncio, e os principais assuntos tratados são os que seguem abaixo.

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1) Novos Definidores – “sentimentos”Os novos Definidores foram convidados a expor como aco-lheram a eleição para o serviço. Praticamente todos citaram a surpresa como uma das primeiras reações, e isso não somente por parte dos “marinheiros de primeira viagem”, mas também pelos que continuam compondo o governo provincial ou a ele retornam depois de alguns anos. Unânimes, porém, foram todos em manifestar a disposição ao serviço, para o bem dos confrades e da Província, o quanto lhes for possível.

2) Novo Definitório – linhas de açãoEmbora sem concluir o assunto nesta primeira etapa do Congresso Capitular, os Definidores se dedica-ram a “levantar” algumas linhas de ação (“políticas”), tomando em consideração a realidade atual da Pro-víncia: esperanças, preocupações, propostas.

1) Apoio efetivo aos que têm serviço de animação na Fraternidade Provincial: guardiães, coordenadores das fraternidades, coordenadores dos Regionais, ani-madores das Frentes de Evangelização, para que es-tes possam se sentir amparados e autorizados, como presença concreta de animação e governo.

2) Atenção ao contato e comunicação pessoais, em vis-ta de uma maior proximidade entre os irmãos. Neste sentido, a revalorização da celebração dos aniversá-rios, a visita aos doentes, etc.

3) Apesar de difícil, a busca pela solução de problemas sem recorrer primeiramente à transferência. Ou seja, não dar soluções “jurídicas” para questões fraternas, humanas. Seria importante seguir o caminho das instâncias de animação da Província.

4) Maior presença do Definitório Provincial nas fra-ternidades: mais colegiada, não apenas para dirimir possíveis conflitos, mas simplesmente para conviver e celebrar juntos a alegria de nossa vida, vocação e missão.

5) No caminho do Papa Francisco, o interesse pela “Igreja em saída”, pela Província em saída, pela fra-ternidade em saída. E, nesse sentido, a responsabili-dade pessoal naquilo que ninguém pode fazer pelo outro. Nem as normas. A parcela pessoal é muito decisiva. Requer-se um querer pessoal, um colocar-se no processo de permanente conversão, não para satisfazer demandas externas, mas para a própria realização do frade como pessoa humana, capaz de abrir-se e sair das cercanias de si mesmo.

6) Busca de caminho para a superação da autorreferen-cialidade. Há sempre a tentação de se olhar mais para os próprios interesses. Assim, tudo pode ser muito autocentrado. Daí a importância de se dar um passo

além: pensar mais a fraternidade, mais o todo, a Pro-víncia, a Ordem, a Igreja.

7) Acento nos conceitos que nos são comuns, nossas ideias-força. Necessidade de repactuação em torno da pobreza, da transparência, da obediência, da gra-ça. Entre nós, esses valores essenciais do carisma fa-cilmente se diluem. É preciso falar a mesma “língua”. Os combinados valem para todos. Senão caímos nas desigualdades e privilégios que nos afastam uns dos outros, enquanto irmãos, e daqueles a quem nos propomos servir. Nosso “porto seguro” é o espírito do Senhor e seu santo modo de operar.

8) Necessidade de conhecimento maior e atenção à Ratio Econômica da Província, de modo a superar, entre outras coisas, as administrações pessoais e as autonomias financeiras.

9) Insistência nas fraternidades evangelizadoras: frades compondo uma única fraternidade, assumindo jun-tos missões diferenciadas, em locais distintos.

10) Atenção particular às 5 Frentes de Evangelização, como promovedoras de renovação, além do Secreta-riado da Formação (permanente e inicial). Há consi-derável número de frades com dificuldades pessoais.

11) Preocupação com os frades desencantados, “parados no tempo”, com dificuldade de se integrar, de “so-mar” mais na fraternidade.

12) Consciência de que a Província fez a opção pelas 5 frentes. Elas não se restringem a grupos de frades. Não são estanques, mas é a Província que está em todas elas, e os frades nelas envolvidos o fazem em nome da Fraternidade Provincial.

13) Preocupação em como ajudar a Fraternidade Pro-vincial (o Definitório incluído) a nutrir os valores em que acreditamos: vida fraterna, casa comum, fomentando nos irmãos a consciência crítica diante das “imposições dos valores questionáveis” cultiva-dos pelo nosso tempo.

14) Necessidade de superação dos medos, que nos levam aos apegos. O espírito livre é muito melhor para cada um de nós mesmos e para todos.

15) Possibilidade de realização de algumas reuniões do Definitório Provincial junto aos Regionais.

16) Necessidade de abordagem da questão da saúde pessoal. Há considerável número de frades doentes. Salta aos olhos, por um lado, o descuido, e, por outro lado, a dependência de remédios.

3) Algumas eleições 1) Secretário Provincial: Frei Walter de Carvalho Júnior;2) Ecônomo Provincial: Frei Mário Luiz Tagliari;

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3) Vice-ecônomo Provincial: Frei Raimundo J. de Oli-veira Castro;

4) Devido a questões jurídicas, foram eleitas já nesta 1ª etapa do Congresso Capitular as seguintes diretorias:Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom JesusPresidente: Frei João MannesVice-presidente: Frei Mário José KnapikSecretário: Frei Claudino GilzTesoureiro: Frei Jairo FerrandinInstituto dos Meninos Cantores de Petrópolis

Diretor Administrativo: Frei César Külkamp Vice-diretor administrativo: Frei João Mannes

Tesoureiro: Frei Jairo FerrandinObra Pia da Terra SantaPresidente: Frei Ivo MüllerVice-presidente e tesoureiro: Frei Germano GuesserSecretário: Frei Alex Ferreira da Silva

4) Recomposição das FraternidadesComo era de se esperar, grande parte da 1ª etapa do Congresso Capitular foi dedicada à recomposição das Fraternidades. Não sem dificuldades, como se previa, embora grande parte dos irmãos se mostre disponí-vel e animada. São sempre muitas “variantes” a serem consideradas: a pessoa de cada confrade (histórico, potencialidades e limites, disposição e “entraves”), as necessidades da Província, a formação, as frentes de evangelização, a urgência de redimensionamento, etc. Infelizmente, devido à diminuição no número de con-frades sem o correspondente equilíbrio no número de fraternidades, num primeiro momento não se conse-guiu ainda investir na renovação e qualificação de ir-mãos para algumas áreas, sobretudo para a Formação e Estudos e para as próprias frentes de Evangelização. Isso será, sem dúvida, preocupação e alvo de interesse

César Külkamp3) Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: Frei César

Külkamp4) Vale do Paraíba: Frei João Francisco da Silva5) São Paulo: Frei José Francisco de Cássia dos Santos6) Agudos: Frei Paulo Roberto Pereira7) Curitiba: Frei João Mannes8) Pato Branco: Frei Gustavo W. Medella9) Contestado: Frei Gustavo W. Medella10) Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: Frei João

Mannes11) Leste Catarinense: Frei José Francisco de Cássia dos

Santos12) Vale do Itajaí: Frei João Francisco da Silva

6) Nomeações – Frei Estêvão e Frei César1) O Definitório Geral, em 27 de janeiro de 2016, no-

meou a Frei Estêvão Visitador Geral da Fraternidade do Colégio Internacional Santo Antônio, em Roma, casa dependente do Ministro Geral.

2) Na mesma data, o Definitório Geral nomeou a Frei César Külkamp Visitador Geral da Custódia de São Benedito da Amazônia.

EncerramentoÀs 16h20 do dia 4 de fevereiro, após considerações de Frei Nestor, que elogiou o trabalho do Definitório e a disponibilidade dos frades em geral, Frei Fidêncio agradeceu a atenção, seriedade, paciência e delicade-za com que os Definidores trataram as questões refe-rentes à recomposição das Fraternidades da Provín-cia. Após invocar a intercessão de Maria, abençoou a todos, e, lembrando a segunda fase do Congresso, desejou-lhes bom retorno às fraternidades.

Frei Walter de Carvalho Júnior – secretáriopor parte do Definitório no decorrer do triênio.

5) Definidores – acompanhamento aos Regionais

Devido às contingências, não foi possível transferir ao menos um Definidor para cada Estado em que a Província se faz presente. Há, contudo, disposição e interesse no acompanhamento mais próximo:

1) Espírito Santo: Frei Paulo Roberto Pereira

2) Baixada e Serra Fluminense: Frei

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NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR2ª etaPa - São Paulo, 22 a 25 de fevereiro de 2016

Frei Fidêncio, Ministro Provincial, foi o presidente da Ce-lebração Eucarística de abertura da 2ª etapa do Congres-so Capitular, no dia 22 de fevereiro, às 8h00, na capela da Fraternidade Imaculada Conceição, da Sede Provincial,

em São Paulo. Deu as boas-vindas aos Definidores, e, especial-mente, ao Visitador Geral Frei Nestor, que estava ultimando seu serviço aos confrades da Província da Imaculada, neste tempo do Capítulo e Congresso Capitulares. Era a festa da Cátedra de São Pedro, e foi ressaltado que o poder e autoridade, por ela sim-bolizados, remetem ao serviço e ao cuidado, a exemplo do Cris-to, que se fez servo e não senhor. Na partilha, foi lembrado que Pedro não se tornou “pedra” por méritos pessoais, mas porque abriu-se à revelação do Pai, que o ajudou a reconhecer a Jesus como sendo o Filho de Deus. Aplicando, pode-se dizer que há o lado teológico do trabalho do Definitório, pois, afinal, tudo é obra de Deus. Para a grande responsabilidade dos Definidores não hão de faltar as graças, os dons, as luzes do Espírito no exer-cício deste ministério provincial. Já na sala do Definitório, às 9 horas, Frei Nestor, presidente do Congresso Capitular, convidou os confrades a invocarem a assistência do Espírito Santo, passando, em seguida, a pre-sidência das sessões a Frei Fidêncio, e os principais assuntos nelas tratados são os que seguem abaixo.

1) Recomposição das FraternidadesGrande parte dos confrades acolheu bem as transfe-rências e serviços que lhe foram propostos. Porém, devido a questões pontuais, os Definidores reviram algumas transferências anunciadas na 1ª fase do Con-gresso Capitular. Conversaram com vários confrades e recompuseram, então, o quadro das fraternidades da Província. O fato é que a “equação”: (número de fra-ternidades x tipos de trabalho x número de frades x frades dispostos x frades idosos e enfermos), mostra-se no limite. É urgente o fechamento de algumas casas e a readequação de algumas frentes de evangelização, não somente em vista de “sobrevivência das presenças” mas, sobretudo, de projeção para o futuro.

2) Eleições diversasForam eleitos para:1. Secretário do Secretariado para a Formação e os

Estudos: Frei João Francisco da Silva;

2. Vice-secretário do Secretariado para a Formação e os Estudos: Frei Fábio Cesar Gomes;

3. Moderador para a Formação Permanente: Frei Fidêncio Vanboemmel;

4. Coordenador da Formação Inicial: Frei Rodrigo da Silva Santos;

5. Animador do SAV Provincial: Frei Diego Atalino de Melo;

6. Secretário do Secretariado para a Evangelização: Frei Evaristo P. Spengler;

7. Vice-secretário do Secretariado para a Evangeli-zação: Frei Daniel Dellandrea;

8. Coordenador da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento: Frei Germano Gues-ser;

9. Coordenador da Frente de Comunicação: Frei Gustavo W. Medella;

10. Coordenador da Frente de Educação: Frei João Mannes;

11. Coordenador da Frente das Missões: Frei Alexan-dre Magno Cordeiro da Silva;

12. Coordenador da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos: Frei José Francisco de Cássia dos Santos;

13. Animador do Serviço JPIC Provincial: Frei James Luiz Girardi;

14. Comissário da Terra Santa: Frei Ivo Müller;15. Postulantado: Frei Jeâ Paulo Andrade (mestre);

Frei Claudino Dalmago (vice-mestre);16. Noviciado: Frei Samuel Ferreira de Lima (mes-

tre); Frei Jorge Lazaro de Souza e Frei Pedro da Silva (vice-mestres);

17. Tempo da Filosofia: Frei Rodrigo da Silva Santos (mestre); Frei Valdir Laurentino e Frei Jean Ajluni Oliveira (vice-mestres);

18. Tempo da Teologia: Frei Marcos Antônio de An-drade (mestre); Frei Jorge L. Maoski, Frei Antônio Michels e Frei Fábio Cesar Gomes (vice-mestres);

3) Nomeações diversas1. Ituporanga (seminário, aspirantado e FAVs): Frei

Alberto Eckel, Frei Robson L. Scudela e Frei Mar-cos Prado dos Santos (orientadores);

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2. Coetus das casas de formação:Rodeio: Frei Samuel Ferreira de Lima, Frei Jorge Lazaro de Souza e Frei Pedro da Silva;Rondinha: Frei Rodrigo da Silva Santos, Frei Jean Ajluni Oliveira e Frei Valdir Laurentino;Tempo da Teologia: Frei Marcos Antônio de Andrade, Frei Fábio Cesar Gomes, Frei César Külkamp, Frei Jorge L. Maoski, Frei Antônio Mi-chels e Frei Antônio Everaldo P. Marinho;

3. Instituto Filosófico São Boaventura: Frei Jairo Ferrandin (diretor);

4. Instituto Teológico Franciscano: Frei Antônio Everaldo P. Marinho (diretor); Frei Elói D. Piva (vice-diretor);

5. Reitor interino da FAE: Jorge A. Siarcos;6. Coordenador do Departamento de Patrimônio

da Província: Frei Volney J. Berkenbrock;7. Redator da Revista SEDOC: Frei Volney J.

Berkenbrock;8. Redatores da Revista Grande Sinal: Frei Fábio Ce-

sar Gomes e Frei Almir Ribeiro Guimarães;9. Redator da Revista REB: Frei Elói D. Piva;10. Redator da Revista Vida Franciscana: Frei Cla-

rêncio Neotti;

4) SAV local – animadoresAgudos: Frei Sílvio T. Werlingue Amparo: Frei Adriano Dias do NascimentoAngelina: Frei Gentil de Lima Branco Balneário Camboriú: Frei Sebastião KremerBauru: Frei Alessandro Dias do NascimentoBlumenau: Frei Pascoal FusinatoBragança Paulista: Frei Vitorio Mazzuco Filho Chopinzinho: Frei Angelo VanazziColatina: Frei Gilson KammerConcórdia: Frei Douglas Paulo MachadoCoronel Freitas: Frei Genildo ProvinCuritiba: Frei Vagner SassiCuritibanos: Frei Miguel da CruzD. Caxias - Campos Elíseos: Frei Vanderlei da Silva Neves D. Caxias - Imbariê: Frei Marx Rodrigues dos ReisFlorianópolis: Frei Vanderley GrassiForquilhinha: Frei João Lopes da SilvaGaspar: Frei Paulijacson Pessoa de Moura

Guaratinguetá: Frei Jeâ Paulo AndradeItuporanga – paróquia: Frei Marcos Prado dos SantosItuporanga - seminário: Frei Robson Luiz ScudelaLages: Frei José Lino Lückmann Luzerna: Frei Nolvi Dalla CostaMangueirinha: Frei Arlindo Oliveira CamposNilópolis: Frei Angelo Cardoso da SilvaNiterói: Frei Luiz Henrique Ferreira AquinoPato Branco: Frei Nelson Rabelo Paty do Alferes: Frei Gilmar José da SilvaPetrópolis – Guadalupe: Frei Evaldo LudwigPetrópolis – S. Francisco: Frei Fábio Cesar GomesPetrópolis – Sagrado: Frei Leandro Costa SantosRio de Janeiro - Rocinha: Frei Clauzemir Makximovitz Rio de Janeiro – S. Antônio: Frei Estêvão OttenbreitRodeio: Frei Pedro da Silva Rondinha – Aldeia: Frei Mário J. KnapikRondinha – S. Boaventura: Frei Jean Carlos Ajluni OliveiraSanto Amaro da Imperatriz: Frei Daniel DellandreaSão João do Meriti: Frei Paulo Roberto Santos SantanaSão Paulo – Pari: Frei Alex Ferreira da SilvaSão Paulo – São Francisco: Frei Alvaci Mendes da LuzSão Paulo – Vila Clementino: Frei Carlos Lúcio Nunes CorrêaSantos: Frei João Pereira LopesSão Sebastião: Frei Virgílio Pereira de SouzaSorocaba: Frei Vanilton Aparecido Leme Vila Velha – Penha: Frei Paulo Cesar Ferreira da SilvaVila Velha – Santuário: Frei Nazareno José Lüdtke Xaxim: Frei Antonio Mazzucco

5) SAV Regional - animadores1. Agudos: Frei Vanilton

Aparecido Leme2. Baixada e Serra Fluminense: Frei Marx

Rodrigues dos Reis3. Contestado: Frei Douglas

Paulo Machado4. Curitiba: Frei Jean Carlos

Ajluni Oliveira

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5. Espírito Santo: Frei Paulo Cesar Ferreira da Silva

6. Leste Catarinense: Frei Daniel Dellandrea

7. Pato Branco: Frei Angelo Vanazzi

8. Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: Frei Robson Luiz

Scudela9. Rio de Janeiro e Baixada Flum.: Frei Clauzemir

Makximovitz10. São Paulo: Frei Alvaci

Mendes da Luz11. Vale do Itajaí: Frei Pedro da Silva12. Vale do Paraíba: Frei Jeâ Paulo

Andrade

6) Nomeações – assistentes diversos1. OFS - assistentes SC: Frei Nelson J. Hillesheim PR: Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira SP: Frei Vitorio Mazzuco Filho RJ e ES: Frei Almir Ribeiro Guimarães2. CFFB – representantes do Ministro Provincial SC: Frei Rafael Spricigo PR: Frei Rodrigo da Silva Santos SP: Frei Alexandre Rohling RJ: Frei Fernando de Araújo Lima ES: Frei Florival Mariano de Toledo3. CRB – representantes do Ministro Provincial SC: Frei Vanderley Grassi PR: Frei Boaventura da Silva SP: Frei Wilson Batista Simão RJ: Frei Sandro Roberto da Costa ES: Frei Clarêncio Neotti4. Irmãs Clarissas – assistentes Federação: Frei Raimundo J. de Oliveira

Castro Lages: Frei José Lino Lückmann Guaratinguetá: Frei João Francisco da Silva Rio de Janeiro: Frei José Pereira Araruama: Frei Sérgio Pagan Colatina: Frei Gilson Kammer Nova Iguaçu: Frei Angelo Cardoso da Silva Luanda: Frei André Luiz da Rocha

Henriques Malange: Frei Roberto Ishara5. Irmãs Concepcionistas – assistentes Federação: Frei Estêvão Ottenbreit Piratininga: Frei Silvio T. Werlingue

7) 1º Encontro Regional - orientação, data e pauta

1. Os Definidores refletiram sobre o 1º encontro dos Regionais a ser convocado. Leram os artigos 82 a 84 dos Estatutos da Província recentemente aprovados no Capítulo Provincial referentes aos Regionais e aos coordenadores. Discutiram sobre a importância do coordenador na animação da vida fraterna e evangelizadora dos confrades das várias regiões da Província e de sua estreita rela-ção com os guardiães e com o Definidor. Embora não tenham, primeiramente, função de governo, os Regionais são instância fundamental de anima-ção dos irmãos, o que, enfim, é o mais importante. Neste sentido, o trabalho do Coordenador Regio-nal é intimamente ligado à moderação da Forma-ção Permanente.

2. No primeiro encontro (as datas seguem abaixo), os confrades deverão eleger o coordenador e o vice-coordenador e o secretário e o vice-secretá-rio. A votação deverá ser secreta, até se chegar à maioria absoluta. No último escrutínio para coordenador, o segundo mais votado fica sendo o vice-coordenador. O mesmo vale para o secre-tário e vice.

3. Um dos assuntos que farão parte da pauta do 1º Encontro será a composição/revisão do Projeto Fraterno de Vida e Missão das Fraternidades.

4. Os Definidores proporão, no 1º encontro, leitura e reflexão de texto que recolhe os desafios aponta-dos e refletidos durante o Capítulo Provincial.

5. Data do 1º encontro de cada Regional:• Agudos: 18 de abril (Seminário)• Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: 25

e 26 de abril (Ituporanga - seminário)• Baixada e Serra Fluminense: 29 e 30 de abril

(Sagrado - Petrópolis)• Contestado: 11 e 12 de abril (Piratuba)• Curitiba: 18 de abril (Curitiba)• Espírito Santo: 25 de abril (Vila Velha - San-

tuário)• Leste Catarinense: 25 e 26 de abril (Forqui-

lhinha)• Pato Branco: 18 de abril (Pato Branco) • Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: 25 de

abril (Rio – S. Antônio)• São Paulo: 18 de abril (S. Paulo – S. Fran-

cisco)• Vale do Itajaí: 18 de abril (Rodeio)• Vale do Paraíba: 25 de abril (Guaratinguetá

- Postulantado)

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8) 1º Capítulo Local - orientaçõesA Formação Permanente enviará proximamente orien-tações para a realização dos Capítulos Locais. É bom lembrar que vários subsídios foram confeccionados pela Ordem e pela Província com a temática do Capí-tulo Local. Os recém-aprovados Estatutos da Provín-cia, nos artigos 78 e 79, tratam do Capítulo Local e suas atribuições. É importante marcar logo as datas para os Capítulos do ano todo. Um grande empenho por parte das Fraternidades neste ano, e que envolve o Capítulo Local, é o Projeto Fraterno de Vida e Missão. Confira abaixo.

9) Projeto Fraterno de Vida e Missão - composiçãoO Capítulo Provincial de 2016 em vários momentos reafirmou a importância do Projeto Fraterno não ape-nas para a organização da vida das Fraternidades, mas para a própria renovação e revigoramento dos confra-des, em termos de vocação e de missão. Por isso, será fundamental a recomposição do Projeto logo no iní-cio do triênio. Serão preparados pela Formação Per-manente roteiro e metodologia que levem em conta as questões mais recorrentes nos textos abordados no Capítulo e nas reflexões por eles suscitadas: relatórios, carta do Ministro Geral, etc. Ou seja, a proposta é que na recomposição do Projeto Fraterno, com suas di-mensões fundamentais (espírito de oração e devoção; vida fraterna; pobreza e minoridade; missão evangeli-zadora; cuidado da “casa comum”), ressoem, concre-tamente, modos de “enfrentar” os desafios levantados e discutidos no Capítulo Provincial, e, sobretudo, as prioridades aprovadas para o triênio. A recomposição do Projeto Fraterno deverá ser feita até 31 de agosto deste ano.

10) Ecônomos das fraternidades – indicação de nomesSeguindo o que reza o art. 79 dos Estatutos da Pro-víncia, no primeiro Capítulo Local, as Fraternidades deverão indicar nomes para a função de ecônomo lo-cal, para nomeação por parte do Definitório.

11) Prioridades do sexênio - abordagemOs Definidores refletiram sobre as três prioridades do sexênio, presentes no Plano de Evangelização, aprovado no Capítulo Provincial recentemente: a) aprimorar o cultivo da qualidade de vida pes-soal e fraterna; b) reforçar ações em direção a uma Província “em saída” e articulada em suas cinco Frentes de Evangelização; c) revigorar a animação vocacional.

12) Formação Permanente – programa e reunião dos guardiãesOs Definidores se detiveram em analisar o programa de Formação Permanente, que foi aprovado no Capí-tulo Provincial, pensando em encaminhamentos que precisam ser providenciados, inclusive em vista da reunião dos guardiães e coordenadores que aconte-cerá nos dias 04 e 05 de maio próximo. A assessoria do primeiro dia se voltará para o tema do cuidado com a saúde física e psíquica, com esclarecimentos que ajudem a fugir de dois perigos: o descuido de si mesmo, e, por outro lado, o cuidado doentio e exces-sivo para consigo, que leva, em vários casos, à perigo-sa automedicação e/ou à dependência dos remédios e médicos. Neste sentido, importa ressaltar a frugalida-de, o equilíbrio e a sobriedade no modo de tratar-se e compreender-se. O assessor do segundo dia tratará do cuidado nas relações interpessoais, na linha de como lidar com as diferenças, administrar conflitos, animar grupos; coordenar, analisar, planejar, execu-tar e avaliar em conjunto, entre outras coisas. Tudo em vista da qualificação da nossa vida fraterna.

13) Data-limite para as transferênciasDevido a questões ligadas ao período da Quaresma, Semana Santa e Páscoa, a data limite para se efetua-rem as transferências todas será 31 de março.

14) Decisões do Capítulo Geral 2015 – abordagem O Definitório se ocupou das propostas e decisões do Capítulo Geral 2015, publicadas junto ao docu-mento final “Rumo às periferias com a alegria do Evangelho”, enviado há poucos dias aos confrades. O modo de aplicação das decisões do Capítulo Geral na vida da Província será pensada pelo Secretariado da Evangelização e pela Formação Permanente. Elas giram em torno: da identidade dos irmãos leigos; das linhas orientativas sobre a casa de eremitério e casa de oração; do cuidado da Criação; das novas formas de fraternidade e presença; do programa ecológico da fraternidade local.

15) Retiros Provinciais 2016Os retiros provinciais também foram objeto de refle-xão no Congresso Capitular. Os relatórios do Capí-tulo apontaram para o problema dos frades que se inscrevem e acabam não tomando parte nos retiros. Foram marcados os seguintes:1. Atendendo a orientação da Ordem, retiro para

os frades de 1 a 10 anos de transferência, após

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Congresso Capitular

os períodos em casas de formação: de 15 a 19 de agosto, em Vila Velha (Casa de encontro S. Clara);

2. Em Rondinha, de 18 a 22 de julho;3. Em Agudos, de 26 a 30 de setembro;4. Incentivam-se as iniciativas para retiros, em

pequenos grupos, no eremitério de Rodeio, em acordo com o moderador da Formação Perma-nente e o guardião local. Frei João Mannes dis-põe-se a orientar um grupo de 19 a 22 de setem-bro;

5. Incentivam-se as iniciativas de retiros a serem feitos em alguns Regionais, em acordo com o moderador da Formação Permanente e o Defi-nidor.

16) Capítulo Provincial 2016 – desafios apontadosOs Definidores dedicaram tempo à leitura e reflexão a partir de uma resenha feita sobre os desafios apon-tados no Capítulo Provincial: na fala do Pe. França Miranda, no relatório do Visitador Geral, no rela-tório do Ministro Provincial e na carta do Ministro Geral.

17) Master em Evangelização - cancelamentoFoi cancelado o curso Master em Evangelização nes-te ano de 2016, que seria oferecido pelo ITF. Não se conseguiu reunir um número razoável de participan-tes. Segundo Frei Elói Piva, prevê-se que até o final de setembro deste ano seja composto o novo grupo para 2017.

18) Curso JPIC – Frei James GirardiFrei James tomará parte no curso para animadores JPIC, promovido pelo escritório da Cúria Geral em colaboração como Antonianum e em sintonia com o espírito do último Capítulo Geral (maio 2015), e com as exigências da nossa história e necessidade de oferecer formação permanente a todos os irmãos. O curso acontecerá de 4 a 15 de abril de 2016. O eixo transversal do curso será o documento Laudato Si’, do Papa Francisco. A primeira parte será mais siste-mática, tratando das ferramentas necessárias para se construir uma visão que ajude nas mudanças urgen-tes do mundo atual. A segunda será especificamente dirigida aos animadores JPIC da Ordem. O curso é aberto também aos leigos(as).

19) Estudos - encaminhamentosÉ tarefa e interesse do Definitório Provincial in-

centivar e promover que os frades qualifiquem-se o quanto possível seja em termos de espiritualidade seja em termos de profissionalização para o trabalho e evangelização. Porém, é preciso ter presente que iniciativas pessoais de estudo devem transitar pelas instâncias (secretariados e Definitório) que aprovam e acompanham todo o processo.

20) Discretórios - indicaçõesFraternidades que deverão indicar membros para composição do discretório: 1. Petrópolis-Sagrado, 2. Rio de Janeiro – S. Antônio, 3. São Paulo – S. Francisco e 4. Curitiba. Art. 81 dos Estatutos da Província: “Nas fraterni-dades com mais de 9 irmãos solenemente profes-sos, além do Capítulo Local, poderá constituir-se, por proposta do Capítulo Local, um discretório com, no mínimo 3 irmãos professos solenes, a cri-tério do Definitório Provincial. Parágrafo único. Os discretos, eleitos por um triênio, têm as seguintes atribuições: 1. Substituir o Vigário da Casa em sua ausência, pela ordem de profissão solene; 2. Tomar decisões em questões urgentes de que dependa o bom funcionamento da Fraternidade, as quais, não obstante, deverão ser apresentadas ao Capítulo Lo-cal seguinte; 3. Zelar pela execução das resoluções do Capítulo Local.

21) OFS e Jufra - nomeações1. Frei Carlos Ignacia - assistente espiritual da Fra-

ternidade OFS Santo Antônio de Pádua, de Gas-par, SC;

2. Frei Edvaldo Batista Soares – assistente espiritual da Fraternidade Jufra das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, de São Paulo, SP;

22) FIMDA - assembleiaOs Definidores sugerem que a Assembleia da FIM-DA se realize na segunda quinzena de maio. Parti-ciparão: Frei Fidêncio (ministro e mod. Formação Permanente), Frei Evaristo (vigário e secr. Evangeli-zação), Frei João Francisco (definidor e secr. Forma-ção e Estudos) e Frei Alexandre Magno (coordena-dor da Frente das Missões).

23) Comunicações da Província – textos de Formação PermanenteNeste ano de 2016, o tema da seção da Formação Permanente das Comunicações será a misericórdia, em sintonia com o Ano Santo proclamado pelo

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Congresso Capitular

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Papa Francisco. Em janeiro, Frei Estêvão fez uma introdução geral; em fevereiro, Frei Ludovico es-creveu sobre a misericórdia no Antigo Testamen-to; em março, Frei José Clemente Müller escreverá sobre a misericórdia no Novo Testamento. Outros confrades e convidados contribuirão com reflexões no decorrer do ano: em abril, “A misericórdia nos Santos Padres” (Frei Ronaldo Fiuza Lima); em maio, “Maria, mãe da misericórdia”; em junho, “A miseri-córdia nos sermões de Santo Antônio”; em julho, “A misericórdia no sacramento da Reconciliação; em agosto, “A misericórdia em Santa Clara”; em setem-bro, “As mulheres e a misericórdia na Bíblia”; em outubro, “A misericórdia em São Francisco”; em novembro, “A misericórdia e o cuidado da Casa Co-mum”; em dezembro, “A misericórdia no mistério da Encarnação”.

24) O Definitório e o Congresso Capitular nos Docu-mentosOs Definidores tomaram conhecimento dos artigos das Constituições Gerais, dos Estatutos Gerais e dos Estatutos da Província, estes recentemente aprova-dos, que dizem respeito às atribuições e ao modo de proceder dos Definidores no exercício da função, também no Congresso Capitular.

25) Eleição das Diretorias das Entidades1. Associação Franciscana de Solidariedade – Se-

frasPresidente: Frei José Francisco de Cássia dos San-tosVice-presidente: Frei Mário Luiz TagliariSecretário: Frei Wilson Batista SimãoConselheiros: Frei Germano Guesser, Frei Alex Ferreira da Silva e Frei James Luiz Girardi

2. Casa Nossa Senhora da PazPresidente: Frei Thiago A. HayakawaVice-presidente: Frei Vitorio Mazzuco FilhoSecretário: Frei Nilo AgostiniDiretor-administrativo: Frei Mário Luiz Tagliari

3. Ação Social Franciscana de Pato BrancoPresidente: Frei Policarpo BerriSecretário: Frei Nelson RabeloTesoureiro: Frei Neuri F. Reinisch

4. Fundação Frei RogérioPresidente: Frei Neuri Francisco ReinischVice-presidente: Frei Roberto Carlos NunesDiretor Assistente: Frei Mário J. KnapikDiretor Assistente: Frei Gustavo W. Medella

5. Fundação CelinautaPresidente: Frei Neuri F. ReinischVice-presidente: Frei Nelson RabeloDiretor Assistente: Feri Gustavo W. MedellaDiretor Assistente: Frei Roberto Carlos Nunes

26) Conselho do Economato - nomeação1. Frei Mário L. Tagliari – ecônomo da Província2. Frei Raimundo J. de Oliveira Castro – vice-ecô-

nomo da Província3. Frei Estêvão Ottenbreit – do conselho fiscal4. Frei Mário J. Knapik – do conselho fiscal5. Frei Valdecir Schwambach6. Frei Volney J. Berkenbrock – coordenador do De-

partamento Patrimonial7. Adriel Moura – coordenador do Departamento

Administrativo8. Luana Giosa – coordenadora do Departamento

Jurídico

27) Conselho de Administração da Província (não mais Conselho Gestor)1. Frei Mário L. Tagliari – ecônomo da Província2. Frei Raimundo J. de Oliveira Castro – vice-ecô-

nomo da Província3. Frei Estêvão Ottenbreit – do conselho fiscal4. Frei José Francisco de Cássia dos Santos – pelo

Sefras5. Frei Thiago A. Hayakawa – pela Casa N. Sra. da

Paz6. Frei Vitorio Mazzuco Filho – pela Casa N. Sra.

da Paz7. Frei João Mannes – pela Associação de Ensino

Senhor Bom Jesus8. Frei Mário J. Knapik – pela Associação de Ensi-

no Senhor Bom Jesus9. Frei Ivo Müller – pela Obra Pia da Terra Santa10. Frei César Külkamp – pela Instituição dos Me-

ninos Cantores de Petrópolis11. Frei Policarpo Berri – pela Ação Social Francis-

cana de Pato Branco12. Frei Roberto Carlos Nunes – pela Fundação

Frei Rogério13. Frei Neuri F. Reinisch – pela Fundação Celinau-

ta14. Frei Antônio Moser – pela Editora Vozes15. Frei Volney J. Berkenbrock – pela Editora Vozes16. Frei Paulo Roberto Pereira – pelo Convento da

Penha17. Frei Valdecir Schwambach

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Congresso Capitular

28) Licença, laicização e secularização1. Frei Joarez Foresti pediu e recebeu licença para

morar fora da Fraternidade Provincial por um ano.

2. Em carta de 19 de fevereiro de 2016, Frei Priamo Etzi, secretário da Procuradoria Geral da Ordem, envia o rescrito de dispensa das obrigações do presbiterato e do celibato em favor de Clésio Ta-deu Wiggers.

3. Por decreto de 4 de novembro de 2015, de Dom Rafael Biernaski, bispo de Blumenau, Pe. Jairson foi incardinado, ipso facto, à referida diocese.

29) Agenda 2016Confira a agenda atualizada da Província na última página destas Comunicações.

30) Autorizações de viagemPor motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Antônio Moser, Frei José Francisco de Cássia dos Santos e Frei Neuri F. Rei-nisch.

31) Agradecimento a Frei Nestor – lembrança Antes de os confrades sentarem-se à mesa para o al-moço, no dia 24 de fevereiro, Frei Fidêncio dirigiu-se a Frei Nestor com palavras de agradecimento pelo traba-lho primoroso que desenvolveu como Visitador Geral da Província da Imaculada, dedicando-se integramen-te e de coração. Agradeceu pelas correções oportunas e pelo apoio aos projetos e iniciativas antes, durante e após o Capítulo Provincial. Citou texto de 1Cel que

lembra “o companheiro necessário e o amigo fiel”. Ofe-receu a Frei Nestor uma bela imagem da Imaculada Conceição, como recordação e desejo de que ele con-serve na lembrança e na prece os frades da Província à qual dedicou tempo, empenho e afeto. Frei Nestor, por sua vez, pediu aos Definidores que abençoassem a imagem, o que foi feito ao cântico de “Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus...”.

EncerramentoÀs 12h00 do dia 25 de fevereiro, Frei Fidêncio, concluindo o Congresso Capitular, confessou e desabafou: “Trabalhamos!...”. Disse que agradecia de coração todo o empenho feito pelos Definidores nessa primeira empreitada do triênio. Pediu que eles se mantivessem cordiais, serenos, pacientes, respeitosos e também justos. Incentivou a comuni-cação constante dos Definidores através do mailing. Reconheceu mais uma vez que na Província “a cor-da está muito esticada”, que há condições frágeis, que busca-se a força nas fragilidades, e que será preciso retomar com urgência o processo de re-dimensionamento, partindo para ações concretas, procurando não apenas fechar casas mas também abrir novas frentes e presenças que condigam com nossas escolhas e prioridades maiores, a partir de nosso carisma. Convidou os Definidores a rezarem uma Ave-Maria, invocando a presença sempre ter-na da Imaculada. E, por fim, invocou a bênção de Deus sobre todos.

Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário

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recomposição das fraternidades – Congresso Capitular 2016 – 2ª etapa nome de para Serviço1 James Ferreira Gomes Neto Vila Velha – santuário Agudos guardião2 José Martins Coelho Agudos Agudos pároco S. Antônio 3 Aristides Luiz Pasquali Agudos Agudos serv. frat.4 Francisco Tomazi Agudos Agudos serv. frat. 5 João Antunes Filho Agudos Agudos serv. frat.6 José Lino Zimmermann Curitiba Agudos serv. frat.7 Osmar Dalazen Agudos Agudos serv. frat. 8 Pedro da Silva Pinheiro Agudos Agudos serv. frat. 9 Sílvio Trindade Werlingue Sorocaba Agudos vig. casa, pároco S. Paulo e anim. SAV local10 Carlos Pierezan Bragança Paulista Agudos vig. par. 11 Cláudio César B. de Siqueira Paty do Alferes Amparo guardião e vig. par. 12 Adriano Dias do Nascimento Amparo Amparo vig. casa, pároco e anim. SAV local13 Celso Francisco de Faria Amparo Amparo vig. par. 14 Perceval Canuto Carvalho Amparo Amparo vig. par. 15 Nestor Kuhn Angelina Angelina atend. conv. 16 Luís Antonio Aliberti Angelina Angelina guardião e vig. par. 17 Gentil de Lima Branco Angelina Angelina vig. casa, pároco e anim. SAV local18 Paulo Cesar M. Borges Agudos Angelina vig. par. 19 João Maria dos Santos Angelina vig. par. e reitor20 Ladí Antoniazzi Balneário Camboriú Balneário Camboriú coord. frat. e pároco21 Conrado Lindmeier Balneário Camboriú Balneário Camboriú vig. par.22 Sebastião A. Kremer Luanda Balneário Camboriú vig. par. e anim. SAV local23 Alessandro D. Nascimento Bauru Bauru guardião, pároco S. Clara e anim. SAV local24 Ademir Sanquetti Agudos Bauru vig. casa e pároco S. Antônio25 Alex César Rodrigues Nilópolis – Aparecida Bauru vig. par.26 Carlos Alberto Guimarães Bauru Bauru vig. par. 27 Nelson José Hillesheim Rondinha – Aldeia Blumenau coord. frat., pároco e reitor28 José Bertoldi Gaspar Blumenau vig. par. 29 Pascoal Fusinato Blumenau Blumenau vig. par. e anim. SAV local30 Nilo Agostini Bragança Paulista Bragança Paulista a serv. Educação31 Vitorio Mazzuco Filho Petrópolis – S. Francisco Bragança Paulista a serv. Educação e anim. SAV local32 Carlos José Körber Niterói Bragança Paulista guardião 33 Celso Chiarelli Bragança Paulista Bragança Paulista serv. frat. 34 Regis G. Ribeiro Daher Bragança Paulista Bragança Paulista serv. frat. 35 Anselmo Julio München Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento36 Antonio Fernandes Rosolem Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento37 Ascânio Sant’Anna Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento38 Ciríaco Tokarski Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento39 Ernesto Kramer Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento40 Floriano Surian Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento41 João Alves Filho Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento42 João Batista de A. Campos Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento43 Juvenal Sansão Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento44 Mário Brunetta Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento45 Olavo Seifert Rio de Janeiro – S. Antônio Bragança Paulista tratamento46 Raul Budal da Silva Bragança Paulista Bragança Paulista tratamento47 Thiago Alexandre Hayakawa Bragança Paulista Bragança Paulista vig. casa e a serv. Educação48 Jacir Antonio Zolet Forquilhinha Chopinzinho guardião e pároco49 Angelo Vanazzi Curitiba Chopinzinho vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional50 Diomedes Basi Coronel Freitas Chopinzinho vig. par. 51 João Gualberto Spohn Chopinzinho Chopinzinho vig. par. 52 Gilson Kammer Colatina Colatina coord. frat., pároco e anim. SAV local53 Mário Stein Colatina Colatina vig. par. 54 Pedro do Nascimento Viana Colatina Colatina vig. par. 55 Henrique Ireno Dell Olivo Concórdia Concórdia a serv. evang. 56 José Idair Ferreira Augusto Chopinzinho Concórdia guardião e pároco57 Douglas Paulo Machado Concórdia Concórdia vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional

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58 Délcio Francisco Lorenzetti Concórdia Concórdia vig. par. 59 Josué Celante Concórdia Concórdia vig. par. 60 Luiz Toigo Concórdia Concórdia vig. par. 61 René Zarpelon Curitibanos Concórdia vig. par. 62 Moacir Antonio Longo Rodeio Coronel Freitas guardião e pároco63 Genildo Provin Xaxim Coronel Freitas vig. casa, vig. par. e anim. SAV local64 Alcides Cella Coronel Freitas Coronel Freitas vig. par. 65 Dionísio Ricieri Morás Curitiba Coronel Freitas vig. par. 66 Rui Guido Depiné Piraquara – PR Curitiba a serv. sanatório67 Dalvino Munaretto Curitiba Curitiba atend. conv.68 Alexandre Magno C. da Silva Curitiba Curitiba guardião, pároco e coord. Frente Missões69 Lauro Both Rondinha – S. Boaventura Curitiba organeiro70 Cássio Vieira de Lima Curitiba Curitiba pároco S. Madalena Sofia71 Antonio Joaquim Pinto Curitiba Curitiba prof. e vig. par.72 Vagner Sassi Curitiba Curitiba vig. casa, prof., a serv. Educação, anim. SAV local e a serv. do Sefras73 Adriano Freixo Pinto S. Paulo – Pari Curitiba vig. par. 74 Benjamim Berticelli Petrópolis – Sagrado Curitiba vig. par.75 Boaventura da Silva Curitiba Curitiba vig. par.76 Heitor Cela Curitiba Curitiba vig. par.77 Roberto Carlos Nunes Balneário Camboriú Curitibanos guardião, pároco e a serv. Comunicação78 Miguel da Cruz S. Paulo – S. Francisco Curitibanos vig. casa, vig. par. e anim. SAV local79 Pedro Caron Concórdia Curitibanos vig. par.80 Domingos Boing Hellmann S. Paulo – S. Francisco Curitibanos vig. par.81 João B. Chilunda Canjenjen-ga Petrópolis – Sagrado D. Caxias – C. Elíseos est. Teologia – 3º ano82 Vanderlei da Silva Neves Petrópolis – Sagrado D. Caxias – C. Elíseos est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local83 Antônio Michels D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos guardião, vice-mestre e vig. par.84 Jorge Paulo Schiavini D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos vig. casa e pároco85 Carlos A. Branco Araujo D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos vig. par.86 Marx Rodrigues dos Reis Petrópolis – Sagrado D. Caxias - Imbariê est. Teologia – 3º ano e anim. SAV local e regional87 José Raimundo de Souza D. Caxias – Imbariê D. Caxias - Imbariê est. Teologia – 4º ano88 Jorge Luiz Maoski Bauru D. Caxias – Imbariê coord. frat., vice-mestre e vig. par.89 João Fernandes Reinert D. Caxias – Imbariê D. Caxias – Imbariê pároco 90 Eliseu Tambosi Florianópolis Florianópolis atend. conv.91 Vanderley Grassi Florianópolis Florianópolis coord. frat., pároco, a serv. Educação e anim. SAV local92 Aladim Uber Florianópolis Florianópolis vig. par.93 Paulo Back Forquilhinha Forquilhinha 94 Ivo Müller Rio de Janeiro – S. Antônio Forquilhinha guardião, pároco e comiss. T. Santa95 João Lopes da Silva Coronel Freitas Forquilhinha vig. casa, a serv. evang. e anim. SAV local96 Osvaldo Lino Luiz Forquilhinha Forquilhinha vig. par. 97 Benjamim F. Ansolin Forquilhinha Forquilhinha vig. par.98 Ricardo Backes Quibala Forquilhinha vig. par.99 Carlos Ignacia Gaspar Gaspar guardião e vig. par. 100 Paulijacson P. de Moura Gaspar Gaspar pároco e anim. SAV local101 Lindolfo Jasper Chopinzinho Gaspar vig. casa e vig. par.102 Airton da Rosa Oliveira Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. a serv. evang. 103 Wilson Steiner Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. atend. conv. 104 Claudino Dal’Mago Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. atend. conv. e vice-mestre105 João Francisco da Silva Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. def., guardião e secr. Formação e Estudos106 Jeâ Paulo Andrade Vila Velha – Penha Guaratinguetá – Postul. mestre e anim. SAV local e regional107 Reinaldo Meneses da Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Guaratinguetá – Postul. serv. frat.108 Leonir Ansolin Agudos Guaratinguetá – Postul. vig. casa e a serv. evang. 109 Evandro Balestrin Concórdia Ituporanga - paróquia coord. frat. e pároco110 Fabiano Kessin Forquilhinha Ituporanga - paróquia vig. par.111 Bertolino Tholl Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia vig. par.112 Valdemar Matias Schweitzer Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia vig. par.113 Marcos Prado dos Santos S. Amaro Imperatriz Ituporanga - paróquia vig. par., orientador e anim. SAV local114 Marcos Estevam de Melo Ituporanga – seminário Ituporanga – seminário guardião115 Alberto Eckel Junior Ituporanga – seminário Ituporanga – seminário orientador e prof.116 Robson Luiz Scudela D. Caxias – C. Elíseos Ituporanga – seminário orientador, professor e anim. SAV local e regional

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117 Elias Dalla Rosa Ituporanga – Seminário Ituporanga – seminário vig. casa, orientador e prof.118 José Lino Lückmann Lages Lages guardião, vig. par., a serv. Educação e anim. SAV local119 Vilmar Alves da Silva Lages Lages pároco120 Tarcísio Geraldo Theiss Lages Lages vig. casa e vig. par.121 Ervino Girardi Lages Lages vig. par.122 Nolvi Dalla Costa Luzerna Luzerna coord. frat., pároco e anim. SAV local123 Léo Severino Schmidt Luzerna Luzerna vig. par.124 Arlindo Oliveira Campos Chopinzinho Mangueirinha a serv. evang. e anim. SAV local125 Rubens Luiz de Carvalho Mangueirinha Mangueirinha coord. frat. e vig. par. 126 Luiz Carlos Peloso Mangueirinha Mangueirinha pároco127 Plínio Gande da Silva Nilópolis – Aparecida Nilópolis a serv. evang. 128 Walter Ferreira Junior Nilópolis – Aparecida Nilópolis guardião e pároco Aparecida129 Ângelo Cardoso da Silva S. João de Meriti Nilópolis vig. casa, pároco Conceição e anim. SAV local130 Athaylton Jorge M. Belo S. João de Meriti Nilópolis vig. par.131 Cid Tadeu Passos Angelina Nilópolis vig. par.132 Tadeu Luiz Fernandes Nilópolis – Aparecida Nilópolis vig. par.133 Salésio Lourenço Hillesheim Niterói Niterói guardião e pároco134 Sérgio Sebastião Pagan Niterói Niterói vig. casa e vig. par.135 Luiz Henrique F. Aquino S. Paulo – S. Francisco Niterói vig. par. e anim. SAV local136 Policarpo Berri Pato Branco Pato Branco atend. conv. 137 Neuri Francisco Reinisch Pato Branco Pato Branco guardião, a serv. Comunicação e vig. par.138 Olivo Marafon Pato Branco Pato Branco pároco139 Nelson Rabelo Pato Branco Pato Branco vig. casa, vig. par., a serv. Comunicação e anim. SAV local140 Aldolino Bankhardt Niterói Pato Branco vig. par.141 Vitalino Turcato Pato Branco Pato Branco vig. par.142 Felipe Gabriel Alves Pato Branco Pato Branco vig. par. e a serv. Comunicação143 Leonardo Pinto dos Santos Agudos Paty do Alferes a serv. evang. 144 Gilmar José da Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Paty do Alferes coord. frat., pároco e anim. SAV local145 Valdir Nunes Ribeiro Curitibanos Paty do Alferes vig. par. 146 Marcos Vinícius Motta Brugger Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Guadalupe coord. frat., est. Teologia – 4º ano147 Gabriel Vargas Dias Alves Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Guadalupe est. Teologia – 3º ano148 Alan Maia de França Victor Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Guadalupe est. Teologia – 4º ano149 Evaldo Ludwig Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Guadalupe est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local150 Antônio Moser Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco a serv. Comunicação – Vozes, pároco S. Clara e prof.151 Elói Dionísio Piva Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco guardião, prof. e vig. par. 152 Alberto Beckhäuser Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco prof. e vig. par.153 Fernando de Araújo Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco prof. e vig. par. 154 Ludovico Garmus Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco prof. e vig. par.155 Ronaldo Fiuza Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco prof. e vig. par.156 Antonio Everaldo P. Marinho Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco prof., vig. par. e diretor ITF157 Fábio Cesar Gomes Rondinha – S. Boaventura Petrópolis – S. Francisco vig. casa, prof., vig. par.Sagrado, vice-mestre, vice-secr. Formação e Estudos e anim. SAV local158 Cristiano Aparecido Maciel Malange – M. Alverne Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 1º ano159 Gaudêncio C. Choputo Numa Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 2º ano160 José Morais Cambolo Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 2º ano161 Ermelindo Francisco Bambi Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 3º ano162 João Alberto Bunga Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 3º ano163 Roberto Aparecido Pereira Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 3º ano164 Camilo Donizeti Evaristo Martins D. Caxias – Imbariê Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 4º ano165 Fabio José Gomes Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 4º ano166 Rafael Teixeira do Nascimento Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 4º ano167 Leandro Costa Santos D. Caxias – C. Elíseos Petrópolis - Sagrado est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local168 Edrian Josué Pasini Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado a serv. Comunicação – Vozes169 Gentil Avelino Titton Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado a serv. Comunicação – Vozes170 Francisco Morás Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado a serv. Comunicação – Vozes e vig. par. 171 César Külkamp Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado def., guardião e pároco172 Marcos Antonio de Andrade Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado mestre e prof. 173 Valdeci Bento de Moura Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado porteiro e a serv. evang.

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174 José Ariovaldo da Silva Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado prof. e vig. par.175 Volney José Berkenbrock Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado prof., a serv. Comunicação – Vozes, vig. par., e coord. depto. patrimônio176 Luiz Flavio Adami Loureiro Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado vig. casa e vig. par. 177 Abílio Amaral Antunes Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado vig. par. 178 José Clemente Schafaschek Guaratinguetá – Postul. Petrópolis – Sagrado vig. par. 179 Almir Ribeiro Guimarães Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado vig. par. e assist. OFS180 Sandro Roberto da Costa Petrópolis – Guadalupe Rio de Janeiro - Rocinha vig. par. e prof. 181 Clauzemir Makximovitz Rio de Janeiro – Rocinha Rio de Janeiro – Rocinha coord. frat., vig. par. e anim. SAV local e regional182 James Luiz Girardi Rio de Janeiro – Rocinha Rio de Janeiro – Rocinha pároco e anim. JPIC provincial183 Arcângelo Raimundo Buzzi Nova Iguaçu - RJ Rio de Janeiro – S. Antônio a serv. Clarissas184 Anselmo Fracasso Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.185 Antônio Alexandre Nader Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.186 Geraldo Hagedorn Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.187 Guido Scottini Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.188 José Alamiro Andrade Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.189 Robson de Castro Guimarães Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.190 Sérgio de Souza Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.191 Neylor José Tonin Nilópolis – Conceição Rio de Janeiro – S. Antônio atend. conv.192 Estêvão Ottenbreit S. Paulo – V. Clementino Rio de Janeiro – S. Antônio guardião, anim. SAV local e assist. Fed. Concepcionistas193 Antonio Otavio Ferreira Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio serv. frat.194 José Luiz Alves Vila Velha – santuário Rio de Janeiro – S. Antônio serv. frat.195 José Ulisses de Moraes S. Paulo – S. Francisco Rio de Janeiro – S. Antônio serv. frat.196 Róger Brunorio Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio serv. frat. e a serv. depto. bens culturais197 José Pereira Nilópolis – Conceição Rio de Janeiro – S. Antônio vig. casa e reitor sant. 198 Jorge Lazaro de Souza Guaratinguetá – Postul. Rodeio guardião e vice-mestre199 Samuel Ferreira de Lima Rodeio Rodeio mestre200 António da Silva Manuel Rodeio Rodeio noviço201 Bernardo João Cassinda Rodeio Rodeio noviço202 Bernardo José Cayoya Kandan-gongo Rodeio Rodeio noviço203 Daniel Kahuvi Tchitumba Tchikeva Rodeio Rodeio noviço204 Domingos Cacanda Soma Rodeio Rodeio noviço205 Elias Hebo Luís Rodeio Rodeio noviço206 Evaristo Seque Joaquim Rodeio Rodeio noviço207 Feliciano Afonso Manuel Rodeio Rodeio noviço208 Francisco Dalilson Pereira Cabral Rodeio Rodeio noviço209 Helder Josué Mateus Domingos Rodeio Rodeio noviço210 Jonas Ribeiro da Silva Rodeio Rodeio noviço211 Leandro Menezes Fernandes Rodeio Rodeio noviço212 Lucas de Moura Justino Souza Rodeio Rodeio noviço213 Marlon Taxa Pereira Reis da Silva Rodeio Rodeio noviço214 Odilon Voss Rodeio Rodeio noviço215 Pedro Domingos Caiungue Mugiba Rodeio Rodeio noviço216 Pedro Isaías Luisa Vitangui Rodeio Rodeio noviço217 Simão Cassua Horácio Rodeio Rodeio noviço218 Wagner da Silva Neves Rodeio Rodeio noviço219 Pedro da Silva Coronel Freitas Rodeio pároco, vice-mestre e anim. SAV local e regional220 Abel Schneider Rodeio Rodeio tratamento221 Rafael Spricigo Rodeio Rodeio vig. casa e vig. par.222 José Henrique Rosa Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia a serv.Educação223 João Mannes Rondinha – S. Boaventura Rondinha – Aldeia def., guardião, prof. e coord. Frente Educação224 Claudino Gilz Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia prof. e a serv. Educação225 Jairo Ferrandin Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia prof. e a serv. Educação226 Mário José Knapik Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia vig. casa, a serv. Educação e anim. SAV local227 Gamaliel Devigili Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura atend. conv.228 Bruno Araújo dos Santos Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano229 Danilo Santos Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano230 Felipe Medeiros Carretta Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano

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Congresso Capitular

maRço / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 173

231 Jean Santos da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano232 Matheus José Borsoi Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano233 Natanael José Barbosa Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano234 Thiago da Silva Soares Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano235 Tiago Gomes Elias Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano236 Vitor da Silva Amâncio Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 1º ano237 Angelo Fernandes Baratella Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano238 Augusto Luiz Gabriel Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano239 David Belineli Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano240 Douglas da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano241 Erick de Araújo Lazaro Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano242 Heberti Senra Inácio Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano243 Leandro Ferreira Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano244 Raoni Freitas da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano245 Samuel Santos Soares Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 2º ano246 Gabriel Dellandrea Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 3º ano247 Hugo Câmara dos Santos Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 3º ano248 Marcos Schwengber Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 3º ano249 Zilmar Augusto Moreira de Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura est. Filosofia – 3º ano250 Jean Carlos Ajluni Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura guardião, vice-mestre e anim. SAV local e regional251 Gregório Martins Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura jardineiro e serv. frat. 252 Rodrigo da Silva Santos Ituporanga – Seminário Rondinha – S. Boaventura mestre e coord. Formação Inicial253 Aldeci de Arcízio Miranda Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura serv. frat.254 Estevam Gomes Pereira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura serv. frat.255 Valdir Laurentino Rodeio Rondinha – S. Boaventura vig. casa e vice-mestre256 Nilton Decker S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz guardião e vig. par. 257 Daniel Dellandrea S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz vig. casa, pároco, vice-secr. Evangelização e anim. SAV local e regional258 Faustino Tomelin S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz vig. par.259 José Boeing Lages S. Amaro Imperatriz vig. par.260 Gaudêncio Sens S. João de Meriti S. João de Meriti atend. conv.261 Luiz Colossi S. João de Meriti S. João de Meriti guardião e pároco262 Paulo Roberto S. Santana São Sebastião S. João de Meriti vig. casa, vig. par. e anim. SAV local263 Hermenegildo Curbani Nilópolis – Conceição S. João de Meriti vig. par.264 Antonio Marcos Koneski S. João de Meriti vig. par.265 Josemberg Cardozo Aranha Rondinha – S. Boaventura S. Paulo - Pari estágio missionário266 Roger Strapazzon Rondinha – S. Boaventura S. Paulo - Pari estágio missionário267 Reinaldo Parisi Neves Neto S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari a serv. Sefras268 José Franc. De C. Santos S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari def. e coord. Frente Solidariedade para com os Empobrecidos269 Alex Ferreira da Silva S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari est., a serv. Sefras e anim. SAV local270 Germano Guesser Gaspar S. Paulo – Pari guardião, pároco e coord. Frente Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento271 Wilson Batista Simão S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari vig. casa e a serv. Sefras272 Anacleto Luiz Gapski S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari vig. par. 273 David Raimundo Santos S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco a serv. Educafro274 Alexandre Rohling S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco a serv. Pró-Vocações e da Comunicação275 Edvaldo Batista Soares Petrópolis – Sagrado S. Paulo – S. Francisco a serviço do SAV provincial, Pró-Vocações e a serv. evang. 276 Diego Atalino de Melo S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco anim. SAV provincial277 Alécio Antonio Broering S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco atend. conv.278 Marcos Hollmann S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco atend. conv.279 Gustavo Wayand Medella S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco def. e coord. Frente Comunicação280 Mário Luiz Tagliari S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – S. Francisco guardião e ecôn. provin.281 Alvaci Mendes da Luz S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco pároco, reitor, coord. Pró-Vocações, a serv. Comunicação e anim. SAV local e regional282 Albino Francisco Gabriel S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco serv. frat. 283 Lauro Formigoni Rodeio S. Paulo – S. Francisco serv. frat.284 Odorico Decker S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco serv. frat.285 Sérgio Calixto S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco serv. frat.

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174 [coMUNIcAÇÕES] maRço / 2016

Congresso Capitular

286 José Zanchet S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco tratamento287 Luiz Donizete Ribeiro S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco vig. casa e serv. frat.288 Guido Moacir Scheidt Bragança Paulista S. Paulo – S. Francisco vig. par. 289 Walter de Carvalho Júnior S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino guardião e secretário provincial290 Fidêncio Vanboemmel S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino ministro provincial e moder. Formação Permanente291 Raimundo J. de O. Castro S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino vice-ecôn. provin. e assist. Fed. Clarissas292 Valdecir Schwambach Vila Velha – Penha S. Paulo – V. Clementino vig. casa e pároco293 Euclydes F. Pezzamiglio S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino vig. par.294 Carlos Lúcio Nunes Corrêa S. Paulo – Pari S. Paulo – V. Clementino vig. par. e anim. SAV local295 Evaristo Pascoal Spengler D. Caxias – Imbariê S. Paulo – V. Clementino vigário provincial e secr. Evangelização296 Valdevino Negherbon Mangueirinha Santos a serv. evang.297 João Pereira Lopes Ituporanga – paróquia Santos coord. frat., pároco, reitor sant. e anim. SAV local298 Hipólito Martendal Santos Santos vig. par.299 Rozântimo Antunes Costa Santos Santos vig. par.300 Virgílio Pereira de Souza S. Paulo – S. Francisco São Sebastião a serv. evang. e anim. SAV local301 João Pereira da Silva Amparo São Sebastião guardião e pároco302 Marcelo Paulo Romani São Sebastião São Sebastião vig. casa e vig. par.303 Gilberto Marcos S. Piscitelli Sorocaba Sorocaba guardião e pároco S. Antônio304 Benedito G. G. Gonçalves Rio de Janeiro – Rocinha Sorocaba pároco Bom Jesus305 Vanilton Aparecido Leme Sorocaba Sorocaba vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional306 André Becker Santos Sorocaba vig. par.307 Antonio Lopes Rodrigues Sorocaba Sorocaba vig. par.308 Alan Leal de Mattos Rondinha – S. Boaventura Vila Velha - Penha estágio missionário 309 Ari do Amaral Praxedes Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha atend. conv.310 Cláudio Guski Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha atend. conv.311 Pedro de Oliveira Rodrigues Paty do Alferes Vila Velha – Penha atend. conv.312 Paulo Roberto Pereira Vila Velha – santuário Vila Velha – Penha def., guardião e reitor sant. 313 Pedro Engel Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha serv. frat.314 Paulo Cesar F. da Silva Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha vig. casa, atend. conv. e anim. SAV local e regional315 Nazareno José Lüdtke Rio de Janeiro – S. Antônio Vila Velha – santuário a serv. evang. e anim. SAV local316 Vunibaldo Vogel Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário atend. conv.317 Djalmo Fuck S. Paulo – V. Clementino Vila Velha – santuário guardião e pároco318 Clarêncio Neotti Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário vig. casa e vig. par. 319 Florival Mariano de Toledo Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário vig. par.320 Afonso Vicente Vogel Xaxim Xaxim atend. conv.321 Alex Sandro Ciarnoscki Xaxim Xaxim guardião e pároco322 Antonio Mazzucco Xaxim Xaxim vig. casa, vig. par. e anim. SAV local323 Vitalino Piaia Xaxim Xaxim vig. par.

fundação imaculada mãe de deus de angola – fimda324 Alberto André António Viana Luanda est.325 Alberto Victorino Luanda Luanda est.326 Ananias Pegado Muondo Cauanda Luanda Luanda est.327 André dos Santos Sungo Mingas Luanda Luanda est.328 Canga Manuel Mazoa Luanda Luanda est.329 Crisóstomo Pinto Ngala Viana Luanda est.330 Gabriel Sapalo Chico Viana Luanda est.331 Honorato Salvador Gaspar Gabriel Viana Luanda est.332 João Candongo Muhala Luanda Luanda est.333 José João Ganga Luanda Luanda est.334 Mário Sampaio Pelu Luanda Luanda est.335 Mateus Molosande Ukwahamba Luanda Luanda est.336 Miguel Tchiteculo Tchindjombo Filipe Luanda Luanda est.337 Paulino Kamussamba Sopindi Viana Luanda est.338 Siro Armando José Luamba Luanda Luanda est.339 José Antonio dos Santos Luanda Luanda presidente FIMDA, guardião, ecôn. e mestre340 Aloísio P. Agost. dos Santos Luanda Luanda procur. FIMDA,vice-mestre e assist. OFS341 Angelo José Luiz Petrópolis – Sagrado Luanda vig. casa e pároco

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Congresso Capitular

maRço / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 175

342 André Luiz da R. Henriques Florianópolis Luanda vig. par., assist e capelão Clarissas, atend. Kimbo343 Márcio de Araújo Terra Luanda Luanda vig. par., proj. Nossos Miúdos344 Alfredo Epalanga Prego Viana Malange – M. Alverne estágio missionário345 Jefferson Max Nunes Maciel Rondinha – S. Boaventura Malange – M. Alverne estágio missionário346 Jeferson Palandi Broca Malange – M. Alverne Malange – M. Alverne guardião, ecôn., orient. e prof. 347 Roberto Ishara S. Paulo – V. Clementino Malange – M. Alverne orientador, prof., assist. e capelão Clarissas348 Laurindo Lauro da S. Júnior Luanda Malange – M. Alverne vig. casa, reitor, orient. e prof. 349 Junior Mendes Rondinha – S. Boaventura Malange - Missão estágio missionário350 Luiz Iakovacz Malange – Missão Malange - Missão vig. par. e assist. OFS351 Laerte de Farias dos Santos S. João de Meriti Malange – Missão coord. frat., ecôn., resp. quase-paróquia S. Teresinha e missão aldeias352 Afonso Katchekele Quessongo Malange - Missão Malange – Missão pároco Santos Mártires e prof. 353 Jhones Lucas Martins Rondinha – S. Boaventura Quibala estágio missionário354 Santana Sebastião Cafunda Viana Quibala estágio missionário355 Alisson Luís Zanetti Malange - Missão Quibala guardião e ecôn. 356 Ivair Bueno de Carvalho Viana Quibala vice-mestre e resp. obra357 Marco Antonio dos Santos Quibala Quibala vig. casa, mestre postulantes e mestre estagiários358 António Boaventura Zovo Baza Viana Viana guardião e pároco359 André Gurzynski Quibala Viana proj. sociais360 Valdemiro Wastchuk Curitibanos Viana vig. casa, vig. par e ecôn. 361 Antenor Camilo Militão Malange – M. Alverne Viana vig. par., assist. OFS e Jufras

roma362 Ademir José Peixer Roma - Antoniano Roma - Antoniano est. 363 Leonardo A. R. T. Santos Roma - Antoniano Roma - Antoniano est.364 Gilberto da Silva Roma - Antoniano Roma - Antoniano est.365 José Antônio Cruz Duarte Roma – Cúria Geral Roma – Cúria Geral assistente geral OFS e Jufra

outros serviços366 Fidelio Gonçalves Ferreira Barra - BA Barra - BA a serv. Diocese367 Gilberto Gonçalves Garcia Brasília Brasília conselheiro CNE/MEC 368 Ary Estevão Pintarelli Brasília - DF Brasília - DF a serv. Nunciatura369 Vicente Bohne Brasília - DF Brasília - DF a serviço em Brasília370 Moiséis Beserra de Lima Brotas de Macaúbas – BA Brotas de Macaúbas – BA a serv. Diocese371 Atamil Vicente de Campos Dourados - MS Dourados - MS a serv. Custódia 7 Alegrias N. Sra. 372 Günther Max Walzer Florianópolis 373 Paulo Limper Geisenheim - Alemanha Geisenheim - Alemanha a serv. Diocese374 Aloísio Bernardo Hellmann Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP a serv. F. Esperança375 Hans Heinrich Stapel Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP a serv. F. Esperança376 Walter Hugo de Almeida Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP período sabático F. Esperança 377 Álido Rosá Iguatemi – MS Iguatemi – MS a serv. indígenas378 José Lorenz Führ Missão Tiriyó Missão Tiriyó a serv. índios Tiriyós379 Atilio Dalla Costa Battistuz Requena/Peru - Amazônia Requena/Peru - Amazônia missionário380 Harley Luis Siqueira Jorge São Paulo – S. Amaro São Paulo – S. Amaro a serviço Diocese381 José Clemente Müller Terra Santa – Monte Tabor Terra Santa – Monte Tabor a serviço da Custódia da Terra Santa

Hóspede382 Xavier Fornasiero S. Paulo – S. Amaro a serv. Diocese

Bispos383 Luiz Flavio Cappio Barra - BA 384 Caetano Ferrari Bauru - SP 385 Leonardo Ulrich Steiner Brasília - DF secretário CNBB386 Severino Clasen Caçador - SC 387 Diamantino P. de Carvalho Campanha - MG 388 Bernardo Johannes Bahlmann Óbidos - PA 389 João Bosco B. de Sousa Osasco - SP 390 Jaime Spengler Porto Alegre - RS 391 Fernando A. Figueiredo Santo Amaro - SP 392 Paulo Evaristo Arns Taboão da Serra - SP

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CFFB entrevista

“Trago dentro de mim uma experi-ência profunda de encontro com a pessoa de Cristo, compreendida e assumida à luz

do carisma franciscano”. É com esse tes-temunho que o alagoano Washington Lima dos Santos assume o Secretaria-do Nacional da Juventude Francisca-na. Recém-eleito no XVI Congresso Ordinário e Celebrativo pelos 45 anos da Jufra no Brasil, Washington fala nesta entrevista um pouco de sua vida e de como estará à frente da animação da Juventude Franciscana no próximo triênio.

Para este jovem alagoano, por mais que incomode “o rosto chaga-do de tantos jovens nas periferias do mundo”, é possível sonhar com um “amanhã mais florido e alegre”. É com essa disposição que o novo Se-cretário Fraterno Nacional encara a premente luta pelo Velho Chi-co e pela Juventude Franciscana. Acompanhe a entrevista!

Comunicações – Como você co-nheceu a Jufra? O que te levou até ela?Washington Lima dos Santos - Al-guns sinais do carisma franciscano estão presentes em minha vida desde

meu nascimento. Minha Mãe, Sandra Maria, sempre me trouxe à mente a fi-

gura de Santo Antônio, seja durante as procissões da comunidade, na imagem pendurada na parede do meu quarto, seja com seu desejo de me ter batiza-do com o nome de Antônio ou com as histórias que conta sobre a hora do meu nascimento. A Juventude Franciscana me apareceu em 2007, pouco depois do encontro celebrativo pelos 30 anos da Jufra de Penedo. Cidade do interior de

Alagoas, margeada pelo sofrido e “trans-plantado” Opará-Velho Chico- Rio São Francisco, Penedo é o pedaço de terra--“porciúncula” que me gerou.

Comunicações – Como é sua vida? O que faz? Estuda? Sua família?Washington - Minha vida é servir. De fato, não consigo mais estar neste mundo com outra perspectiva. Faço parte de um seio familiar constituído por meus pais, Carlito e Sandra, e mais três queridas irmãs: Leilane, Elaine e Emylly. Exerço meu trabalho pastoral enquanto jovem franciscano, servindo à Juventude Fran-ciscana, pela qual descobri um espaço de luta popular a favor do Rio São Fran-cisco. Curso Engenharia Química pela Universidade Federal de Alagoas, com trabalhos direcionados ao tratamento de efluentes industriais.

Comunicações – Como você recebeu a eleição para Secretário Fraterno Nacio-nal?Washington - Após alguns meses de reflexão e oração, pequenos momentos de descontrole e tensão, recebi a eleição com considerável tranquilidade. Estive envolvido com o Secretariado Nacional no último triênio e tinha consciência das alegrias e dificuldades em servir a Jufra do Brasil. O último Secretariado deixava a Jufra com um trabalho muito bonito e me sentia responsável por dar conti-nuidade a ele. Definitivamente, servir a Deus e aos irmãos deve ser sempre en-carado como algo contínuo, verdadeiro e gratuito.

Comunicações – Te assusta assumir este serviço?Washington - Não, pelo contrário, ale-

WashinGTon lima dos sanTos

um Jovem na luTa Pelo velho ChiCo e Pela JuFra

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CFFB

gra-me muito. Tenho disposição e convicção que Deus me conduz.

Comunicações – Que desafios você vê pela frente neste triênio?Washington - No sentido pessoal, conciliar as atividades pela Jufra e o término da faculdade neste ano de 2016 será um grande desafio. Acre-dito que o Secretariado Nacional terá dois movimentos importantes neste triênio: acompanhamento e expan-são. Acompanhar o processo formati-vo e consciente que se desenvolve na Jufra, especialmente no que envolve a equipe de formação, e a expansão dos regionais que se encontram em pro-cesso de reestruturação.

Comunicações – Como foi Congres-so, que metas e ações foram definidas?Washington - Foram dias de profun-da convivência fraterna e celebração pelos 45 anos de caminhada da Juven-tude Franciscana do Brasil. Entre tan-tas alegrias, pudemos conhecer mui-tos irmãos e irmãs da Jufra e da OFS

de Campo Grande, bem como encan-tar-se com a natureza e maravilhas da-quele espaço. Com a apresentação dos regionais, pudemos ver o rosto colori-do e alegre da nossa juventude espa-lhada por todo Brasil. No que tange às competências do Congresso, repasso na íntegra as resoluções a serem assu-midas: Reformulação do livro da FBJ; realização de um encontro nacional para o serviço de IMMF; reformu-lação das diretrizes de formação da IMMF; que os Regionais tenham um prazo de 1 ano e meio para o repasse das novas diretrizes de formação, das escolas de formação e Seminário Na-cional de AE e DHJUPIC; criação de uma Comissão em preparação aos 50 anos da JUFRA do Brasil.

Comunicações – Como você acha que pode conquistar o jovem para fa-zer parte da Jufra?Washington - Trago dentro de mim uma experiência profunda de encon-tro com a pessoa de Cristo, compreen-dida e assumida à luz do carisma fran-

ciscano. Posso dizer que isso é o que tenho para oferecer a todos os jovens que encontrar no caminho. Para quem busca a Deus com o coração sincero, a Jufra se revela uma bela opção.

Comunicações – Como você vê o jovem hoje? Quais suas angústias, es-peranças etc.Washington - As juventudes de hoje sofrem e se alegram com as dores e alegrias do mundo de hoje. Po-deríamos elencar muitas alegrias alcançadas por nossas juventudes nestes últimos tempos, sem deixar de revelar, por mais que incomode, o rosto chagado de tantos jovens nas periferias do mundo e de suas exis-tências. Assim como acontece com a semente, quando bem cuidada, os jovens também conservam as co-res e frutos do amanhã. Temos po-tencialmente a esperança, logo, não somos apenas o hoje, mas um pos-sível amanhã mais florido e alegre.

Moacir Beggo

JuFra Tem novo seCreTariado FraTerno naCional

Washington Lima (Penedo/AL) - Secretário Fraterno Nacional;adrielly alves (Santarém/PA) - Secretária para Área Norte;Jéssica Lima(Teresina/PI) - Secretária para Área Nordeste A;douglas Cordeiro(Bom Conselho/PE) - Secretário para Área Nor-deste B;

márcio Bernardo(Nilópolis/RJ) - Secretário para Área Sudeste;maricélia ribeiro(Campo Grande/MS) - Secretária para Área Centro-Oeste;Bruno oliveira(Curitiba/PR) - Secretário para Área Sul;Juliana Caroline(Triunfo/PE) - Secretária Nacional de Formação.

A Juventude Franciscana do Bra-sil, reunida na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de 5 a 9 de fevereiro, elegeu o novo Secreta-riado Fraterno Nacional durante o seu XVI Congresso Ordinário e Celebra-tivo pelos 45 anos de missão no Brasil.

Na ocasião foi celebrado os 45 anos da Jufra com uma linda Cele-bração Eucarística e a inauguração de uma placa comemorativa na Igreja de São Francisco. O novo Secretaria-do Fraterno Nacional vai conduzir os trabalhos da juventude franciscana nos próximos três anos.

À frente dessa caminhada estará o jovem Washington Lima, da cidade de Penedo-Alagoas, eleito Secretário Fraterno Nacional. Junto com ele foi escolhida a equipe que formará o Se-cretariado Fraterno Nacional:

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178 [coMUNIcAÇÕES] maRço / 2016

CFFB

no auditório da Casa Dom Luís, em Brodowski (SP), o Ministro Custodial Frei Fla-erdi Silvestre Valvasori, dava

boas vindas no dia 25 de janeiro último aos capitulares do Capítu-lo Custodial, que se estendeu até o dia 30 de janeiro. Entre os presen-tes, Frei Edilson Rocha, visitador e presidente do Capítulo Custodial, como também ao Frei Emanuelle Bochichio, Ministro Provincial da Província de Salermo-Itália.

Este foi o primeiro Capítulo realizado depois da integração da Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, com sede em São José do Rio Preto, com a Fundação Franciscana Nossa Senhor de Fáti-ma, com sede em Uberlândia.

Este novo tempo na Custódia terá como Custódio Frei Flaerdi

Silvestre Valvassori, que foi reeleito para mais um triênio, desta vez ten-do a companhia do Vigário Custo-dial, Frei Ezimar Alves Pereira, e dos

conselheiros: Frei Bruno Alexandre Scapolan, Frei Gilmar Vasques Car-rera, Frei José Luiz da Costa e Frei Mauro Luiz de Oliveira.

CusTÓdia do saGrado Coração de Jesus Tem novo Governo

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maRço / 2016 [coMUNIcAÇÕES] 179

CFFB

Frei Carlos Alberto Breis Perei-ra (Frei Beto), OFM, Ministro Provincial da Província Fran-ciscana de Santo Antônio do

Brasil, foi eleito Bispo pela Santa Sé e nomeado como Coadjutor da Dio-cese de Juazeiro, na Bahia. A notícia foi anunciada nesta quarta-feira, 17 de fevereiro, e publicada no Jornal L’Osservatore Romano.

sidade Antonianum de Roma (2005-2007).

No âmbito da sua Ordem desem-penhou os cargos de pároco em várias paróquias; foi mestre dos professos temporários; secretário provincial da formação e estudos; guardião e defi-nidor provincial; vigário provincial; moderador da formação permanente; coordenador do serviço de formação da Conferência OFM no Brasil. Exer-cia o serviço de Ministro Provincial da Provincia de “Santo Antônio”, com sede em Recife.

O anúncio da eleição foi feito na quarta-feira, 17 de fevereiro, por D. Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, em companhia de Dom Genilval Saraiva, Bispo Emérito de Palmares-PE. Em visita logo pela manhã, a Fraternidade do Convento de Santo Antônio do Recife, onde vive Frei Beto, comunicaram a mensagem recebida da Santa Sé e presentearam o novo eleito com uma cruz peitoral e um solidéu.

Frei BeTo É nomeado BisPo

tiu a profissão solene como Frade Menor em 10 de janeiro de 1987 e foi ordenado sacerdote em 20 de agosto de 1994.

Estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife – ITER (1988-1989) e Teologia no Instituto Francis-cano de Teologia de Olinda – IFTO (1990-1993). Licenciou-se em Teo-logia Espiritual na Pontifícia Univer-

Dom Carlos Alberto Breis Pe-reira, OFM, nasceu em 16 de setembro de 1965 em São Francisco do Sul, Diocese de Joinville (SC). Ingressou na Província Francis-cana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, transferiu-se para a Província de Santo Antônio do Brasil, no Nordeste. Emi-

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Província Franciscana da imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacados

setemBro

01 Dia mundial de oração pelo Cuidado da Criação

04 Dia da Coleta da Amazônia09 a 11 Encontro dos Irmãos Leigos da Província19 a 22 Retiro no Eremitério de Rodeio19 a 24 Assembleia ampliada da CFMB (Rondinha)26 a 30 Retiro Provincial (Agudos)

outuBro

10 a 14 Curso de Franciscanismo (Rondinha)18 a 20 ReuniãodoDefinitórioProvincial

novemBro

29 a 01 ReuniãodoDefinitórioProvincial

aBril

04 a 08 Reunião da CFMB (Porto Alegre)11 e 12 Encontro do Regional do Contestado12 e 14 Reunião do Conselho do Secretariado da

Evangelização, do Conselho do Secretariado da Formação e do Conselho do SAV Provincial (Rondinha)

18 Encontros Regionais: Agudos, Curitiba, Pato Branco, São Paulo, Vale do Itajaí

25 Encontros Regionais: Espírito Santo, Vale do Paraíba, e Rio de Janeiro e Baixada Fluminense

25 e 26 Encontros Regionais: Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí e Leste Catarinense

25 a 29 Reunião da UCLAF (Santa Cruz, Bolívia)29 e 30 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense

maio

03 a 06 ReuniãodoDefinitórioProvincial(Agudos)04 e 05 Reunião dos guardiães e coordenadores das

Fraternidades (Agudos)17 a 29 Encontro dos presidentes das Conferências

da Ordem (Roma)

Junho

28 a 30 ReuniãodoDefinitórioProvincial(comosCoordenadores Regionais no dia 29) (São Paulo – S. Francisco)

Julho

18 a 22 Retiro Provincial (Rondinha)

agosto

02 Jubileu dos 800 anos do Perdão de Assis15 a 19 Retiro Provincial para frades de 1 a 10 anos

detransferência,apósosperíodosemcasasde formação (Vila Velha)

22 a 25 ReuniãodoDefinitórioProvincial22 a 26 Encontro dos Ecônomos da CFMB (Porto

Alegre)31 Prazo para entrega do Projeto Fraterno de

Vida e Missão das Fraternidades