Rosa Vegetal de Sangue

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Rosa, vegetal de sangue Rosa, vegetal de sangue (uma tragédia carioca) Autor: Carlos Heitor Cony Característica da obra: Neo-realista (Otto aria Car!eau") (aterial de a!oio !ara o #estibular da $%C) SOBRE O AUTOR: Carlos Heitor Cony nasceu a &' de mar o de & *+ mbora .ormado em %iloso/a, !assou a trabal0ar na 1m!rensa (2u!lemento 3ominical do 4ornal do 5rasil e Revista 2en0or) e, a !artir de & +6, é admitido Correio de an07, inicialmente como redator, !assando, mais t editor 8 neste 4ornal 9ue estréia como cronista, com a coluna 3a Ar %alar al #ia ou !or diversos !aíses e dirigiu as Revistas le e l (;ru!o da Revista anc0ete) <rodu=iu contos, romances,cr>nica e biogra/a screveu, em & ??, o Romance O #entre, !ublicado em & ?@ e gan0ou, !or duas ve=es, o <r mio anuel Ant>nio de Almeida, em & ?B & ?@, com os Romances A verdade de Cada 3ia e i olo de 2eguran a Obras seguintes: 1n.orma 7o ao Cruci/cadoD atéria de emEriaD Antes, o ver7oD <os seisD 5alé 5rancoD C0a!lin (biogra/a)D <essac0: a ravessia (livro 9u uma acusa 7o direta ao !artido comunista F ele .oi !reso seis ve=es d a ditadura)D <ilatos (é o livro do 0omem 9ue lava as m7os)D Guase mem O !iano e a or9uestra (escrito durante uma viagem de navio) 2obre tod coisasD ivros !ara a diouro ( di ovem): Guin=e anosD uciana 2audadeD #itEria egalD $ma HistEria de AmorD $m !resente !ara ClaudiaD arina arinaD O amor e as <edrasD O 1rm7o 9ue tu me desteD e Rosa, #egetal 2angue %e= ada!ta 7o de toda a obra de 4Ilio #erne, dos 1rm7os Jarama=ov (edi 7o de tr s volumes ada!tada !ara @6 !Kginas) %e= a sino!se de novelas !ara a #: 3ona 5ei a, Jananga do 4a!7o e A ar9uesa de 2ant ENREDO: Rosa aria, mo a de a!enas *6 anos, trabal0a como rece!cionista d 4ornal 3iKrio da an07 e é amante do ornalista obianco, ?6 anos, comentarista das notícias internacionais do mesmo Erg7o mbora magr e com ares de suburbana, Rosa mostra-se atraente !elo seu eito Lcla de andar (como uma enguia), !ela naturalidade com 9ue acende e .uma o seu cigarro e !ela !intura carregada de seus ol0os amarelos e verdes de com!letar *6 anos, Rosa con0ece obianco, 9ue surge como a solu 7o !ara os seus !roblemas O !ai, omKs Ant>nio da 2ilva, antigo !ortei ribunal de 4usti a, a!osentara-se antes do tem!o !or ter so.rido um e, com o salKrio com!letamente de.asado, tira os dois /l0os do colégi (Rosa e o irm7o Almir) e é obrigado a aceitar 9ue Rosa trabal0e como

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Rosa, vegetal de sangue

Rosa, vegetal de sangue (uma tragdia carioca)

Autor: Carlos Heitor Cony

Caracterstica da obra: Neo-realista (Otto Maria Carpeaux)

(Material de apoio para o Vestibular da UFC)

SOBRE O AUTOR:

Carlos Heitor Cony nasceu a 14 de maro de 1926. Embora formado em Filosofia, passou a trabalhar na Imprensa (Suplemento Dominical do Jornal do Brasil e Revista Senhor) e, a partir de 1960, admitido no Jornal Correio de Manh, inicialmente como redator, passando, mais tarde, a editor. neste Jornal que estria como cronista, com a coluna Da Arte de Falar Mal. Viajou por diversos pases e dirigiu as Revistas Ele e Ela e Desfile (Grupo da Revista Manchete). Produziu contos, romances, crnica e biografia.Escreveu, em 1955, o Romance O Ventre, publicado em 1958 e ganhou, por duas vezes, o Prmio Manuel Antnio de Almeida, em 1957 e 1958, com os Romances A verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurana.

Obras seguintes:

Informao ao Crucificado; Matria de Memria; Antes, o vero; Posto seis; Bal Branco; Chaplin (biografia); Pessach: a Travessia (livro que faz uma acusao direta ao partido comunista ele foi preso seis vezes durante a ditadura); Pilatos ( o livro do homem que lava as mos); Quase memria; O piano e a orquestra (escrito durante uma viagem de navio) Sobre todas as coisas;

Livros para a Ediouro (Edijovem): Quinze anos; Luciana Saudade; Uma Vitria Legal; Uma Histria de Amor; Um presente para Claudia; Marina, Marina; O amor e as Pedras; O Irmo que tu me deste; e Rosa, Vegetal de Sangue.

Fez adaptao de toda a obra de Jlio Verne, dos Irmos Karamazov (edio de trs volumes adaptada para 80 pginas). Fez a sinopse de trs novelas para a TV: Dona Beija, Kananga do Japo e A Marquesa de Santos.

ENREDO:

Rosa Maria, moa de apenas 20 anos, trabalha como recepcionista do Jornal Dirio da Manh e amante do jornalista Lobianco, 50 anos, comentarista das notcias internacionais do mesmo rgo. Embora magrinha e com ares de suburbana, Rosa mostra-se atraente pelo seu jeito classudo de andar (como uma enguia), pela naturalidade com que acende e fuma o seu cigarro e pela pintura carregada de seus olhos amarelos e verdes. Antes de completar 20 anos, Rosa conhece Lobianco, que surge como a soluo para os seus problemas. O pai, Toms Antnio da Silva, antigo porteiro do Tribunal de Justia, aposentara-se antes do tempo por ter sofrido um enfarte e, com o salrio completamente defasado, tira os dois filhos do colgio (Rosa e o irmo Almir) e obrigado a aceitar que Rosa trabalhe como recepcionista para ajudar nas despesas da casa, situada no bairro Quintino Bocayuva (Rio de Janeiro), que j se encontra praticamente inabitvel. No jornal, Rosa conhece Lobianco e torna-se sua amante, mesmo sabendo que ele casado e tem dois filhos e uma filha da sua idade. Como Lobianco se dispe a ajudar a famlia dela, o pai e a me logo aceitam a relao clandestina e se mudam para o Bairro Rio Comprido, onde o protetor alugou um apartamento para que eles morassem. O jornalista evita contato com a famlia da moa, mas, na noite em que o pai dela sofre outro enfarte, aps relutar, assume os sentimentos por Rosa e resolve ir ao apartamento deles e solidarizar-se. Ele decide alugar um quarto e sala para Rosa, no bairro de Botafogo, (seu caminho para casa) e pede aumento ao diretor do jornal, onde tratado com certo prestgio pela considerao que o dono tinha ao seu pai (um poderoso distribuidor de jornal, morto pelo amante da amante). Acertado o aumento, ele exige que Rosa pela demisso do cargo de recepcionista do 3o. andar e a moa passa a viver exclusivamente a sua disposio. De segunda a sexta-feira, quando sai do jornal, ele passa na casa dela, onde permanece durante muitas horas fazendo sexo e descansando. No sbado e no domingo, ele se dedica famlia e Rosa aproveita para visitar os pais.

Com o passar do tempo, Rosa se sente vazia e velha para a sua idade e comea a se incomodar com a solido dos finais de semana, se enfastiando at com as visitas casa dos pais. Numa noite, ela decide descer para pedir uma pizza e, quando menos espera, recebe-a em seu apartamento, das mos de um rapaz que a viu e se encantou. Andr se identifica e revela sua atrao, mas, ao saber da situao da moa, vai embora e pede que ela o esquea, mas deixa em Rosa um fascnio desmedido que a faz procur-lo vrias vezes em diversos lugares da cidade. Sem encontrar Andr e sentindo-se cada vez mais incomodada com o fato de ser objeto de posse de Lobianco (Voc minha), Rosa aceita se encontrar com o Diretor-Superintendente do Jornal em que Lobianco trabalha, mas no aceita deitar-se com ele, antes exige ganhar um relgio Beaume-Mercier e, aps seduzi-lo com seu jeito de andar e fumar, ela sai sem deix-lo explicar o que queria falar com ela.

Rosa vai registrando tudo em seu dirio: o incmodo com o fato de Lobianco pagar o colgio de Almir, seu irmo, sua solido, seu amor frgil. Chega a se sentir uma prostituta ao concluir que s est com ele para ajudar a sua famlia. Sente-se uma Rosa vegetal e outra vez desce para a lanchonete que fica no trreo de seu prdio. Conhece Lus e Ricardo, dois jovens, e se interessa especialmente pelo primeiro, que lhe parece mais distinto. Sai algumas vezes para passear de carro com eles, registra no dirio e pensa em contar tudo a Lobianco, mas sempre adia porque ele chega cansado. Sem entender a prpria atitude, Rosa d a chave de seu apartamento a Luis e, inesperadamente, a narrativa j nos revela que ela est morta sobre a cama, com os lenis revirados. O enterro ocorre sem que Lobianco a veja (ele foge quando sabe a notcia e passa a noite sozinho num motel de estrada).

Nesse nterim, Lobianco vai ao apartamento dos pais da moa, que no parecem estar sofrendo com a tragdia. Ele se refugia l durante alguns dias; Lemos, o investigador de polcia que cuida do caso, o encontra, interroga-o e revela que no suspeita dele. Diz que todos os jornais j noticiaram o caso, inclusive citando o nome dele e dos outros amantes (o jornal diz que ela costumava receber rapazes). O investigador conta, tambm, que at fizeram entrevista com a mulher e a filha dele (de Lobianco). Antes disso, o mesmo investigador havia procurado o Diretor do Jornal, Dr. Alberto, e ficou sabendo que ele procurou Rosa porque um Ministro, a quem o jornal devia favores, queria encontr-la. Depois, o leitor fica sabendo que, no tendo tido oportunidade de falar a Rosa os reais motivos do encontro com ela no apartamento do Largo do Machado, o Dr. Alberto a chantageou, dizendo que se ela no fosse encontrar o ministro, demitiria Lobianco. Rosa vai encontrar o velho ministro e fica enojada quando ele comea a querer alguns rituais; agride-o com a bolsa e decide enfrentar o Dr. Alberto: se ele demitir Lobianco, contar tudo imprensa.

Lobianco, aps o encontro com o delegado, vai ao apartamento onde Rosa morava e, estranhamente, at aquele momento no sentira falta da moa (s alvio), sente desejo por ela. Como prometera ao investigador procurar os dois rapazes com que Rosa estava supostamente envolvida, desce lanchonete que ela freqentava e interpelado por um jovem, Lus (que parece visivelmente sentido) e comeam a conversar. Fica-se, logo depois, sabendo que Lus e Ricardo eram amantes e, por perceber que o parceiro estava interessado em Rosa, Ricardo copiou a chave do apartamento dela, entrou l durante a noite e a matou, sufocando-a; quando ela ouviu os passos entrando no apartamento, pensou que fosse Lobianco, depois, Lus que a acariciava no pescoo. Pede que no a machuque (a carcia a est sufocando) e diz que precisa viver, mas a mo enluvada, que ela pensa ser de Lus, no tem piedade.

SINOPSE / COMENTRIOS

Rosa, Vegetal de Sangue (uma tragdia carioca) um romance contemporneo, predominantemente narrado em 3a. pessoa (narrador observador onisciente). O discurso do narrador centrado no passado (a ao no contempornea do discurso). O estilo fluente, os personagens utilizam uma linguagem simples, por vezes coloquial e o discurso flui como no ritmo de uma crnica longa (ler a nota do autor, transcrita no final desse trabalho), que no obedece a uma seqncia cronolgica. Segue a linha de livros paradidticos (Faz parte da Coleo Edijovem da Ediouro. Conheamos a sinopse:

CAPTULO 1 - Rosa Maria est em sua mesa de recepcionista no terceiro andar do prdio em que funciona o jornal Dirio da Manh. Espera ansiosamente a hora de sair para desligar o ar condicionado de sua sala (tarefa que ela detesta). Passava todo o expediente olhando as horas no relgio que ganhara do amante Lobianco no seu aniversrio de 20 anos. Ela lembra que, na semana anterior, o diretor-superintendente do jornal, o todo-poderoso Dr. Alberto, enquanto esperava o elavador, aproximou-se dela para perguntar se aquele relgio era da marca Beaume-Mercier, mas logo viu que, embora bonito, era um relgio simples, sem marca. Lembra tambm que, aps o expediente, foi ao cinema com o amante, depois pegou o nibus para o Rio Comprido, bairro onde morava com os pais e o irmo. Desde ento passou a sonhar em ter o relgio mencionado pelo diretor do jornal.

CAPTULO 2 - O narrador nos apresenta Lobianco que, s vsperas de completar 50 anos, recorda o pai Antnio Lobianco de quem herdou o nome, um italiano de Npoles que chegou ao Brasil em 1922, e iniciou a vida profissional como jornaleiro, passando, depois, a dono de bancas espalhadas por vrios pontos do Rio de Janeiro. Em seguida, o velho tornou-se capataz e recebia um grande volume de jornais e revistas para distribuir entre as bancas, as prprias e as associadas (p.11). Ganhou dinheiro, formou os filhos e morreu quando, na volta de uma viagem de carnaval, encontrou a amante (que j tinha um filho seu) na cama, abraada a um mulato forte. Aps ser agredido, o mulato navalhou Antnio (pai de Lobianco), ferindo-o mortalmente. Alm dessas recordaes, o narrador mostra como Lobianco, embora formado em direito, entra para a rea de jornalismo e como se sente em relao vida profissional, j que deve ao nome do pai a abertura das portas e no ao prprio talento.

CAPITULO 3 O narrador descreve o carter dcil de Lobianco e como ele conquista seu espao como redator do jornal, embora jamais desvinculem seu nome do de seu pai. Comenta sobre o temperamento plcido dele que, contrariando o padro comportamental dos colegas, no colecionava amantes. Menciona o estgio de Rosa Maria na recepo do jornal e o seu primeiro encontro com Lobianco. Logo j se v Rosa como sua amante, pedindo-lhe um Rdio-relgio digital vermelho, sua cor predileta.

CAPTULO 4 O narrador refere-se ao bairro (Quintino Bacoyuva), onde Rosa Maria morava quando conheceu Lobianco e conta a histria do pai dela Toms Antnio da Silva antigo porteiro do Tribunal da Justia que, tendo sofrido um enfarte aos 45 anos, aposentou-se, antes do tempo, por invalidez. O narrador conta como Rosa arranjou o emprego e como comunica aos pais que est sendo amante de um homem casado. O pai reconhece que a filha est se vendendo ao se entregar a um homem casado, com a sua prpria idade, mas a me argumenta que Rico no fica velho... S pobre envelhece (p21). Dois meses depois, Seu Toms e Dona Ana vo ver o apartamento que Lobianco alugou para toda a famlia em Rio Comprido, para onde logo se mudaram, felizes pelo fato de o amante da filha tambm custear o colgio de Almir, o filho de 11 anos. Em seguida, j no apartamento, Rosa mostra o Rdio-Relgio vermelho-sangue que ganhou.

CAPTULO 5 Aparece Rosa no trabalho, reclamando do calor (o ar-conicionado no funciona bem) e Lobianco pedindo que ela pinte menos os olhos. Glorinha, a filha de Lobianco vai ao jornal pedir dinheiro ao pai e ele se sente mal em ver, juntas no mesmo ambiente, a amante e a filha, ambas com a mesma idade.

CAPTULO 6 Lobianco, ainda incomodado com o encontro da filha e da amante, se recusa a sair com Rosa. Vai deix-la em casa e se aborrece porque sabe que o pai dela sofreu outro enfarte. Sente-se explorado, embora Rosa no faa exigncias. Ele a deixa na calada e promete ligar para saber notcias. Resolve voltar porque analisa que ama Rosa e quer assumi-la inteiramente. Sobe ao apartamento dos pais dela, o que a surpreende, e conhece a famlia.

CAPTULO 7 Lobianco resolve pedir um aumento de 50% ao diretor do jornal, exige que Rosa pea demisso, aluga um apartamento (quarto-e-sala) para ela em Botafogo. A moa passa a viver exclusivamente para ele.

CAPTULO 7 (DO DIRIO DE ROSA MARIA) - J se inicia com textos do dirio de Rosa Maria, que, desde o momento em que passa a viver no quarto-e-sala em Botafogo, instigada pela solido, comea a escrever um dirio onde revela fatos do seu dia-a-dia e as inquietaes acerca de sua vida. Lobianco passa boa parte da tarde (aps as 17 horas) com ela, descansando ou fazendo sexo incansavelmente, mas ela se sente s, sem vida. Confessa que est suscetvel e chega concluso de que quer mudar de vida, pois no o ama; aceita-o porque depende finaceiramente dele.

CAPTULO 8 - O narrador retoma o discurso e j narra o momento em que o comissrio de polcia encontra o corpo de Rosa desfalecido sobre a cama.

CAPTULO 9 - Tem-se a narrativa da rotina de Lobianco no jornal (Sem saber ainda do crime);

CAPTULO 10 - Aparecem os comentrios do comissrio Lemos sobre o dirio de Rosa e a lista de suspeitos, j manifestando, inclusive, o prazer de interrogar o to certinho todo-poderoso Dr. Alberto;

CAPTULO 11 O narrador volta a Lobianco, em sua fuga para no enfrentar a situao (refugia-se num motel de estrada) e sua visita casa dos pais de Rosa;

CAPTULO 12 - Aparece o interrogatrio do comissrio com o Dr. Alberto e a revelao de que ele no queria ter caso com Rosa, mas apenas arranj-la para um ministro que lhe havia exigido.

CAPTULO 13 - A me de Rosa retorna do cemitrio e encontra Lobianco em sua casa, oferece-lhe o quarto de Almir, onde ele descansa alguns dias, at a chegada do comissrio para uma conversa elucidativa. Aps ser chamado de assassino pelo pai da morta, promete continuar a pagar o colgio de Almir.

CAPTULO 14 - Lobianco sobe ao apartamento onde Rosa morava e Na carne dele, havia um pouco de desejo, desejo por uma morta (p.90). Aps relembr-la, sentindo-se, entretanto, aliviado, desce lanchonete e encontra Lus, o amigo de Rosa.

CAPTULO 15 Lus conta que era amante de Ricardo, que brigou com ele por causa de Rosa e que, numa noite, enciumado, Ricardo roubara sua chave e copiara com a inteno de ir casa de Rosa para mat-la.

CAPTULO 16 - Inicia com comentrios do narrador sobre a ltima pgina do dirio de Rosa, logo passamos a saber, ainda pelo discurso dele, como Rosa foi ao jornal encontrar o Dr. Alberto, como foi chantageada e o seu encontro com o ministro, um velho manaco que ela repudia. e a sua deciso de mudar de vida. Logo narrado o momento em que o assassino entra em seu apartamento e mata-a, sufocada com um leno.

ESPAO Rio de Janeiro do sculo XX

Bairros mencionados:

Quintino Bocayuva onde Rosa mora antes de conhecer Lobianco

Rio Comprido onde Rosa passa a morar quando Lobianco aluga um apartamento para sua famlia.

Botafogo onde Rosa passa a viver para seu amante e a se sentir um rosa-vegetal, sem vida. l que ela assassinada.

Bonsucesso Bairro apenas citado, onde o pai de Rosa internado durante um ms quando tem o enfarte (Hospital do IPASE).

Leme- onde fica o apartamento do Ministro que queria ser amante de Rosa

Cosme Velho onde fica o quarto-e-sala onde o Dr. Alberto se encontra com Rosa.

O centro do Rio de Janeiro.

PERSONAGENS:

Rosa Maria 20 anos - Aparentemente frgil, mas muito decidida. Percebe que est perdendo sua juventude dedicando-se a um homem que a assume, mas que no lhe pode dedicar tempo. Apaixona-se platonicamente por Andr, um rapaz que s viu uma vez; mostra interesse por Lus, um rapaz jovem que lhe d ateno quando Lobianco a deixa s. Mostra-se sedutora e provocante com o Dr. Alberto e se recusa a ser amante do Ministro. Descobre que no ama Lobianco, embora goste de fazer sexo com ele e, antes de ser assassinada por Ricardo, amante enciumado de Lus, confessa no dirio que quer mudar de vida. Morre aos 22 anos.

Lobianco Redator de jornal, 50 anos, casado, pai de dois rapazes e uma moa. Tem bom temperamento, mas se sente injustiado profissionalmente no jornal e tem uma certa revolta por ter de sustentar duas famlias (a dele e a de Rosa). Diz-se apaixonado, mas sente alvio, estranhamente, quando Rosa assassinada. Tem 52 anos no final da histria.

Dr. Alberto Diretor-superintendente do Jornal Dirio da Manh.

Toms Pai de Rosa

Ana Me de Rosa

Almir Irmo de Rosa.

Elisa Esposa de Lobianco

Glorinha Filha de Lobianco

Lemos Investigador de polcia

Andr Rapaz jovem, aparece apenas uma vez, quando vai levar a pizza que Rosa pediu no restaurante.

Lus Rapaz jovem, que Rosa conhece na lanchonete abaixo do seu prdio. amante de Ricardo, mas Rosa no chega a saber.

Ricardo Amante de Lus, assassina Rosa com cime. filho de ministro.

Ministro Amigo de Dr. Alberto, com quem tem um jogo de interesses. Deseja ardentemente ser amante de Rosa, mas no consegue.