ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

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Londrina 2013 CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE ROSEMARI QUEIROZ FREITAS AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS

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Londrina 2013

CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO

NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação

Universidade Norte do Paraná Biblioteca Central

Setor de Tratamento da Informação

Freitas, Rosemari Queiroz F938i Avaliação da amplitude de movimentos de membros inferiores para idosos /

Rosemari Queiroz Freitas. Londrina: [s.n], 2013. viii; 69f. Dissertação (Mestrado). Exercício Físico na Promoção da Saúde. Métodos e

protocolos relacionados à prescrição do exercício físico. Universidade Norte do Paraná.

Orientadora: Profª. Drª. Deise A. A. Oliveira Pires 1- Educação física - dissertação de mestrado - UNOPAR 2- Exercício

físico 3- Métodos e protocolos – exercício físico 4- Amplitude de movimento 5- Envelhecimento 6- Idosos 7- Instrumentos de avaliação I- Pires, Deise A. A. Oliveira, orient. II- Universidade Norte do Paraná.

DU 796.012.12

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Londrina 2013

ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre Profissional no Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde. Orientadora: Profª. Drª. Deise Aparecida A. Pires Oliveira

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ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre Profissional no Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde, com nota final igual a ______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Profª. Drª. Deise Aparecida A. Pires Oliveira

Universidade Norte do Paraná

____________________________________ Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira

Universidade Norte do Paraná

____________________________________ Prof. Dr. Abdallah Achour Júnior

Universidade Estadual de Londrina

Londrina, 2 de Dezembro de 2013.

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A DEUS POR ESTAR SEMPRE COMIGO E

ME DAR FORÇAS, PARA VENCER OS

OBSTÁCULOS DA VIDA. AOS MEUS PAIS

POR ME DAREM A VIDA. A MINHA FILHA

ANA PAULA, POR SER CARINHOSA, E

COMPREENSIVA. AO MEU ESPOSO LUIS

ALBERTO PELO AMOR E APOIO.

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AGRADECIMENTO

A Profª. Drª. Deise A. A. Pires Oliveira minha orientadora e

amiga, por me considerar capacitada para esta trajetória, pelo carinho e forma

simples de compartilhar o seu saber com serenidade, competência e

sabedoria.

Ao Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira pela gentileza em

aceitar o convite para participar da banca de defesa. E pela sua abertura em

dialogar sobre as minhas dúvidas e dificuldades encontradas durante a

pesquisa.

Ao Prof. Dr. Abdallah Achour Júnior pelas contribuições em

minha pesquisa, demonstrando sempre prontidão e muito boa vontade para

comigo.

Ao Prof. Dr. Rodrigo Franco Oliveira pelas contribuições em

minha pesquisa e por participar da banca de qualificação.

À Profª Ms. Márcia Aversani por me incentivar, todo o meu

respeito e admiração.

Aos Professores e colegas de Mestrado em especial Luciane,

Vanda, Maria Amélia, Andréia e Jayne pelo apoio e contribuições no decorrer

do caminho.

Aos meus amigos e colegas de trabalho pela compreenção e

carinho nas horas dificeis.

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FREITAS, Rosemari Q. Manual de Avaliação da Amplitude de Movimento de Membros Inferiores para Idoso. Trabalho de Conclusão de Curso no Mestrado Em Exercício Físico na Promoção da Saúde – Centro de pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade do Paraná, Londrina - 2013. 69p.

RESUMO

O processo de envelhecimento é algo inerente na vida do ser humano, o qual

pode levar a uma diminuição da expectativa de vida do individuo com o

avançar da idade e pode ser compreendido como um conjunto de alterações

estruturais e funcionais desfavoráveis do organismo que se acumulam de

forma progressiva, especificamente em função deste avanço. O envelhecer

está ligado a uma série de alterações funcionais que podem levar o idoso a

perda da autonomia e consequente dependência. O objetivo deste estudo é

criar um manual de procedimentos, para avaliar a amplitude de movimento dos

idosos utilizando os instrumentos goniômetro e flexímetro, definindo o

posicionamento dos intrumentos nas articulações do quadril, joelho e tornozelo,

a serem observados pelo avaliador, durante a avaliação da amplitude de

movimento nos idosos. O desenvolvimento deste manual busca contribuir com

os profissionais da área da saúde com o intuito de qualificar e auxiliar os

profissionais para uma atuação adequada. Todavia, devido à falta de manuais

específicos para a população idosa nesta especificidade, espera-se que este

se torne uma referência na mensuração de medidas de amplitude de

movimento, auxiliando nas avaliações de capacidades funcionais; que para os

idosos é fundamental para a manutenção da sua autonomia e independência

física.

Palavras-chave: Amplitude de Movimento, Envelhecimento, Idosos,

Instrumentos de Avaliação.

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FREITAS, Rosemari Q. Range of motion assessment of the Lower Limbs in Elderly. Master’s Degree Thesis (Graduate Program inPhysical Exercise for Health Promotion) – Research Center for Health Sciences, Paraná University, Londrina - 2013. 69pp.

ABSTRACT

The aging process is inherent in the life of human beings. It can lead to a

decrease in life expectancy as the individual ages. It can be understood as a

set of unfavorable structural and functional alterations in the organism which

progressively accumulate. One of these alterations is the range of motion

limitationin major joints of the human body. These modifications contribute to

the reduction of well-being and quality of life in elderly. This study aims at

presenting a manual of procedures in order to assess the range of motion in

elderly by using instruments such as the goniometer and fleximeter. It also aims

at defining the positioning of those instruments on the hip, knee and ankle. The

manual is made up of a preface, definitions of terms, procedures that must be

adopted by the evaluator, as well as the photos of the use of the goniometer

and fleximeter. The manual aims at contributing to healthcare professionals in

order to assist them during the assessments. However, due to the lack of

specific manuals on elderly population, the one presented in this study is

expected to become a reference in the calculation of the range of motion

measures by assisting in assessments of functional capacity, which is critical to

maintain the autonomy and physical independence in elderly.

Keywords: Range of Motion, Aging, Functional Capacity, Assessment

Instruments.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………...

10

2 DESENVOLVIMENTO…………………………………………………….

12

2.1 DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO…………………………….. 12

2.1.1 Envelhecimento……………………………………………………….. 13

2.2 CAPACIDADE FUNCIONAL…………………………………………… 15

2.3 AMPLITUDE DE MOVIMENTO………………………………………... 16

2.4 INSTRUMENTOS……………………………………………………….. 17

2.4.1 Goniômetro……………………………………………………………. 17

2.4.2 Flexímetro……………………………………………………………… 18

2.5 VALIDAÇÃO E CONFIABILIDADE……………………………………. 19

3 CONCLUSÃO………………………………………………………………

21

REFERÊNCIAS………………………………………………………………

22

APÊNDICES………………………………………………………………….

28

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido…….

29

APÊNDICE B – Aspectos Cognitivos – Mini-exame do Estado

Mental …………......................................................................................

31

ANEXOS………………………………………………………………………

33

ANEXO I – Produto “AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE

MOVIMENTO DE MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS……........

34

ANEXO II – Artigo “CONCORDÂNCIA ENTRE OS INSTRUMENTOS GONIÔMETRO E FLEXÍMETRO NA AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM IDOSAS”.......................................................

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1 INTRODUÇÃO

Com o decorrer dos anos, o cenário mundial referente à população

sofreu alterações. Como resultado dessas mudanças ocorreu à diminuição da

fecundidade e, consequentemente, o aumento da proporção de idosos na

população brasileira (NASRI, 2008).

Esse resultado traz à tona discussões a respeito de eventos que

possam incapacitar os idosos, destacando-se: o comprometimento na saúde; a

diminuição de força muscular, da amplitude de movimento e do processo

sensório-motor; a qual altera a propriocepção levando o idoso à insegurança, à

instabilidade postural e à ocorrência de quedas (PEREIRA, 2001; CARVALHO,

OLIVEIRA et. al., 2003).

Níveis adequados de força muscular e amplitude de movimento

(ADM) são fundamentais para o bom funcionamento do sistema

musculoesquelético. Por outro lado, tanto o declínio da força muscular, quanto

os níveis de ADM vão, gradativamente, dificultando a realização de diferentes

tarefas do cotidiano, levando, muitas vezes, à perda precoce da autonomia

(CHODZKO-ZAJKO, 2009).

A perda da autonomia traz consequências sérias para os idosos, pois

isto os deixa limitados para realizar tarefas de higiene pessoal, atividades físicas

e reduz o convívio social, tornando-os dependentes dos familiares ou cuidadores

para realizar as atividades. Por isso a prevenção com relação à limitação da

ADM e a força muscular devem ser analisadas, para identificar com

antecedência o quanto é esta redução e de que maneira pode ser evitada a

perda da autonomia.

Medidas de ADM são, rotineiramente, utilizadas com objetivo de

avaliar a ADM para planejar programas de intervenção e traçar objetivos

específicos para cada indivíduo. Em idosos, além desses objetivos, a avaliação

de força, equilíbrio e coordenação são úteis para intervir em cada componente

individualmente, a fim de manter um adequado desempenho funcional (LIMA,

2004).

Quanto aos instrumentos para a avaliação da ADM destacam-se o

goniômetro, o eletrogoniômetro, o inclinômetro e o flexímetro. Alguns desses

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instrumentos têm sido amplamente utilizados na prática clínica, principalmente o

goniômetro (SANTOS et. al., 2012).

De acordo com Chaves et. al., (2008) devido à variedade dos

métodos de avaliação para definição de valores de normalidade e para fins

diagnósticos, tanto na prática clínica quanto na pesquisa, depende da verificação

dos níveis de confiabilidade intra e inter-examinadores, quando o procedimento

depende de examinador para obtenção das medidas, bem como da verificação

dos níveis de validade, sensibilidade e especificidade de suas medidas. A avaliação ativa da ADM sofre variações de indivíduo para indivíduo

de acordo com a idade, sexo, prática ou não de atividade física, presença ou

ausência de disfunção e o grau de força muscular. Além disso, o instrumento

utilizado e a padronização da metodologia são importantes fontes de erro a

serem controlados para proporcionar uma medida confiável (VENTURINI et. al.,

2006).

Para avaliar a ADM são utilizados dispositivos simples, como o

flexímetro, goniômetro e sistemas eletromagnéticos de análise cinemática

computadorizada ou equipamentos de ultrassom tridimensionais. Entretanto, no

geral, alguns equipamentos são cada vez mais complexos e de uso específico

para apenas um segmento, também têm um custo elevado e, dessa maneira,

são pouco acessíveis à prática clínica. Assim, instrumentos como o goniômetro

universal e o flexímetro se destacam como alternativas simples de ampla

utilização e baixo custo (CHAVES et. al., 2008).

Mediante a utilização de instrumentos nas práticas clínicas e em

academias para avaliar a amplitude de movimento, e a não existência de um

manual de procedimentos próprio para os idosos, buscou-se criar este produto

para auxiliar os profissionais da área da saúde quanto aos procedimentos e

cuidados a serem observados durante a avaliação da amplitude de movimento

nos idosos.

O objetivo deste estudo é apresentar um manual de procedimentos

para avaliar a amplitude de movimento dos idosos com os instrumentos

goniômetro e flexímetro. Identificando o posicionamento do goniômetro e

flexímetro nas articulações do quadril, joelho e tornozelo, definindo

procedimentos e cuidados a serem observados pelo avaliador, durante a

avaliação da ADM nos idosos.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO

A última década (2000) foi marcada por importantes

desenvolvimentos em diversas áreas da pesquisa. Uma delas é sobre a

dinâmica da saúde no envelhecimento, incluindo a integração de biologia em

estudos de base populacional da saúde com um foco renovado sobre a

influência de circunstâncias do início da vida e no bem-estar

psicológicorelacionado com a saúde nos idosos (SCHOENI et. al., 2010).

O envelhecimento da população é, sem dúvida, a mais importante

conquista demográfica da primeira metade do século XXI. Como resultado do

declínio da fecundidade e o aumento da mortalidade em muitos países e

regiões do mundo, a população mundial está envelhecendo. Além disso, a

velocidade com que isto ocorre é sem precedentes na história humana

(VAUPEL et. al., 2010).

Estudos têm demonstrado a capacidade notável dos seres humanos

para prolongar a vida. Oeppen e Vaupel (2002) mostram que a expectativa de

vida ao nascer melhorou em um padrão surpreendentemente entre 1840 e o

presente (século XXI), relatando que a esperança de vida da população

brasileira aumentou em cerca de 3 meses por ano.

Da mesma forma, Tuljapurkar et. al., (2000) mostram que as

extensões de longevidade estão ocorrendo por causa de um progresso rápido

e constante na redução da mortalidade em todas as idades, e que os limites

dessas reduções são difíceis de prever (BURGER et. al., 2012).

No Brasil,de acordo com estimativas, em 2020 haverá 28,3 milhões

de pessoas com mais de 60 anos de idade, aumentando para cerca de 64

milhões em 2050, mostrando o crescimento da população nessa faixa etária

(FHON et. al., 2012).

Nenhum país do mundo ainda está perto de experimentar o

completo envelhecimento da população, praticamente todos terão uma

duplicação ou triplicação das taxas de dependência dos idosos, como

convencionalmente definidos, até o finaldeste século. Este aumento das taxas

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de dependência sugere que, no futuro, haverá menos trabalhadores para

sustentar cada idoso aposentado, e, portanto, os impostos terão de ser

substancialmente aumentados, assim sendo, os trabalhadores terão de poupar

mais ao longo de suas vidas, e a permanência no mercado de trabalho também

deve aumentar (LEE et. al., 2010).

A Europa enfrenta uma tendência de evolução demográfica e social

que é susceptível de ter um impacto significativo sobre nossos sistemas de

saúde nas próximas décadas. As principais preocupações estão relacionadas

com o duplo desafio do envelhecimento da população e declínio da população.

Essas mudanças vão resultar em uma diminuição da população ativa para lidar

com as necessidades de saúde cada vez maior de pessoas idosas, que irão

constituir o segmento de mais rápido crescimento da população (RYNNING et.

al., 2008).

Em 2030, estima-se que a população idosa dos Estados Unidos

(EEUU) terá um em cada cinco residentes acima de 65 anos ou mais. Essa

faixa etária é projetada para aumentar para 88,5 milhões em 2050, mais que

dobrando o número atual (38,7 milhões de euros), dados do Censo dos EEUU

(SEIDLER et.al., 2010).

2.1.1 Envelhecimento

A expectativa de vida aumentou em países desenvolvidos e em

desenvolvimento durante o século XX; esse aumento está relacionado a vários

fatores como a reduçãoda mortalidade infantil, a melhoria do saneamento

básico, controle das doenças e, principalmente, das tecnologias relacionadas à

saúde (ROBINE et. al., 2005; ROUSSON et. al., 2010).

Com o avanço da idade surge um declínio no controle sensório-

motor. Déficits de desempenho motor dos idosos parecem ser devido à

disfunção do Sistema Nervoso Central e Periférico, bem como o sistema

Neuromuscular. Os déficits nos idosos mostram ser na coordenação dos

movimentos bimanuais e multi-articular, tornando-os mais lentos (SEIDLER, et.

al., 2010).

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De acordo com Halme et al., (2010), o que determina a

longevidade ainda é limitado, embora há o consenso de que a longevidade

apresenta característica multifatorial quantitativa sendo influenciada por fatores

biológicos, ambientais e psicossociais.

O envelhecimento sofre variações diversas. Dentre as alterações

biológicas os genes sofrem influência do tempo de vida; estes integram

respostas endógenas e exógenas para manter o funcionamento orgânico e

mecanismos reprodutivos. Entre as variáveis o índice de massa corporal (IMC),

pressão arterial diastólica (PAD), colesterol e taxa ventricular merecem atenção

especial porque são trajetórias típicas da idade média, consequentemente,

estão associadas à mortalidade por todas as causas (YASHIN et. al., 2013).

Fatores ambientais influenciam a mobilidade por meio da interação

com as capacidades do indivíduo, denominado ajuste pessoa-ambiente. Se a

competência de um indivíduo e as demandas do meio ambiente está em

equilíbrio, então o indivíduo é capaz de se adaptar e melhorar a funcionalidade

(RANTANEN et. al., 2012).

As mudanças fisiológicas podem agravar consideravelmente as

condições clínicas e funcionais dos idosos. Um dos processos que acompanha

o envelhecimento é a sarcopenia ou a perda de massa muscular que conduz a

uma deterioração da qualidade de vida e a uma dependência física, invalidez e

a um prognóstico de vida curto (BEZDENEZHNYKH et. al., 2012).

Desta forma, o estilo de vida da pessoa, como tabagismo, o

consumo de álcool e o peso corporal (tanto peso e sobrepeso) podem

minimizar a qualidade de vida, levando a uma antecipação da relação entre os

fatores de risco e a mortalidade, que pode variar entre aqueles com 75 anos ou

mais, em comparação com jovens adultos (RIZZUTO et. al., 2012).

A questão fundamental para a sustentabilidade das sociedades é a

forma de manter a saúde e o funcionamento dos idosos. Com o processo de

envelhecimento, as perdas da visão, da audição, do equilíbrio, da mobilidade e

da capacidade cognitiva tornam os idosos particularmente expostos a barreiras

ambientais. Dificuldades de locomoção podem começar ase desenvolver na

faixa dos 45 anos e se tornam cada vez mais frequentes com a idade

(BOUCHARD et. al., 2009)

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2.2 CAPACIDADE FUNCIONAL

A capacidade funcional é definida como a capacidade de manter as

atividades físicas e mentais dos idosos, o que significa ser capaz de viver sem

a ajuda para atividades básicas e instrumentais da vida diária. Sua função tem

implicações importantes para o idoso, para a família, para a comunidade e para

o sistema de saúde. Desta forma, a deficiência traz uma maior vulnerabilidade

e dependência na velhice, contribuindo assim para reduzir o bem-estar e a

qualidade de vida dos idosos (FHON et. al., 2012).

Estudos sobre o grau de perda funcional que ocorre com o avanço

da idade, mostram que os idosos independentes representam cerca de 50 a

84% da população de idosos, pessoas com deficiência leve 8-33%, enquanto

que aqueles com deficiência severa representam 8 a 15% (ROSSI et. al.,

2012).

Informação sobre a deficiência é muito importante na resposta ao

cuidado dos idosos, pois apresenta uma restrição na capacidade de realizar

atividades da vida diária, e que ajuda a quantificar o impacto da doença ou

lesão. Saber analisar a deficiênciaé saber analisar a saúde dos idosos, dentre

as comorbidades que ocorrem simultaneamente com gravidade variada e

impactos sobre sua vida diária (ABDULRAHEEM et. al., 2011).

A saúde e a capacidade funcional têm melhorado especialmente em

pessoas que vivem nos países ocidentais ao longo das últimas décadas. No

entanto, não foi capaz de diminuir a distribuição desigual de saúde. Estudos

transversais e longitudinais que examinaram as disparidades e mudanças na

capacidade funcional entre os adultos jovens e idosos, por posição

socioeconômica, mostraram que os idosos com uma condição financeira mais

baixa apresentam mais probabilidade de deficiência (SULANDER et. al., 2012).

Devido a comorbidades os idosos tornam-se mais propensos a

fragilidades, mais debilitados e vulneráveis, resultando em mudanças bruscas

do estado de saúde que podem ser desencadeadas por eventos estressores

(CLEGG et. al., 2011).

Com o avanço da idade surge o declínio no funcionamento e

controle sensório-motor. Isto implica que, no futuro, a população ativa vai incluir

mais pessoas em idades avançadas. Essas pessoas também terão de

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aprender novas habilidades, para poder realizar atividades que exigem maior

controle motor (VERWEY et. al., 2011).

O processo lento de recuperação impede que os idosos retomem o

convívio no seu ambiente comunitário e no ambiente interno. Com a

funcionalidade diminuída, esta influencia psicologicamente os indivíduos

podendo reduzir a sua auto estima afetando negativamente a capacidade

funcional. Em muitos casos, essa situação contribui para o isolamento social e

aumenta a possibilidade de novas quedas e, consequentemente, de risco de

fraturas, especificamente em quadril (QUESADA et. al., 2012).

2.3 AMPLITUDE DE MOVIMENTO

Medir a ADM é importante na avaliação física, pois identifica a liberdade

de movimento das articulações que pode variar entre os indivíduos de acordo

com a influência de diversos fatores como a idade, o gênero, a execução ativa

e passiva do movimento, doenças sistêmicas e articulares (CHAVES et. al.,

2008).

Nos idosos a relevância em mensurar a ADM de membros inferiores

está relacionada à locomoção, ao equilíbrio e ao controle postural. Trudelle-

Jackson et. al. (2010) relatam que os idosos têm demonstrado uma diminuição

da função neuromuscular, acompanhado por uma perda da massa muscular,

pela diminuição da força, da resistência e da amplitude de movimento. Esses

fatores podem limitar a coordenação e reduzir o controle do equilíbrio estático e

dinâmico (DVORAK et. al., 1995).

A limitação articular em até 20 graus pode ser considerada normal

após a quinta década, havendo diferença entre gêneros; porém a mulher

mantém por mais tempo a capacidade funcional, tendo o hábito de realizar

mais tarefas relacionadas às atividades de sua vida diária em relação ao

homem (WINGATE et. al., 1989).

Para Coelho e Araújo (2000), funções músculo-esqueléticas

debilitadas, especialmente a fraqueza, a redução da flexibilidade e a dor,

durante o processo de envelhecimento, podem causar incapacidade

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progressiva, provocando limitação na mobilidade e, consequente, diminuição

na qualidade de vida.

De acordo com Rebelatto et. al., (2006), a restrição na ADM das

grandes articulações como: a articulação do ombro, do quadril, do joelho torna-

se maior no período da aposentadoria, quando o idoso se torna mais suscetível

à dependência.

Segundo Burnfield et al., (2000), o torque dos extensores de quadril

foi o maior preditor da velocidade e cadência da caminhada e do comprimento

do passo durante a marcha. A diminuição do torque dos extensores de quadril,

que está presente nos idosos, é conseqüência não apenas da fraqueza

muscular, mas principalmente da tendência ao encurtamento dos flexores de

quadril, que coloca a musculatura extensora num comprimento desfavorável

para desempenhar sua função.

Outro fator relevante que Kerrigan et al., (1998) e Faria et. al., (2003)

acreditam contribuir para a alteração da marcha em idosos é a diminuição da

força muscular dos flexores plantares do tornozelo. Além dessa fraqueza, há

também uma limitação da ADM de flexão plantar, que talvez possa ser

explicada pela tentativa de aumentar a base de suporte, durante a fase de

impulsão.

2.4. INSTRUMENTOS

2.4.1 Goniômetro

O goniômetro é o instrumento mais comumente utilizado na prática

clínica (Andrade et. al., 2003). A goniometria é dependente dos pontos de

referência utilizados como padrão para posicionamento dos braços do

goniômetro e isso varia de acordo com a articulação testada. Apesar de suas

vantagens quanto à facilidade de aplicação e o baixo custo, esta medida

apresenta limitação quanto ao seu uso por diferentes examinadores, o que

compromete a sua reprodutibilidade nesta condição (VENTURINI et. al., 2006).

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O goniômetro universal é constituído basicamente por um

transferidor de 360 graus e duas hastes que, de acordo com o segmento

avaliado, podem ser curtas ou longas. Uma das hastes deve permanecer

imóvel (braço fixo), enquanto a outra é alinhada a um ponto anatômico do

corpo (QUEIROGA, 2005).

A principal fonte de erros na goniometria está em posicionar o

indivíduo e o instrumento, isto é, a variabilidade na localização anatômica

utilizada para alinhar o goniômetro universal (CHAPLEAU et. al., 2011).

Além do goniômetro outro instrumento se destaca como alternativa

simples, de ampla utilização e de baixo custo, é o flexímetro (CHAVES et. al.,

2008).

2.4.2 Flexímetro

O instrumento flexímetro é um equipamento baseado em um

mecanismo de ação gravitacional, utilizado para mensurar a amplitude de

movimento articular por meio de uma escala angular. Por ser um instrumento

que não contém vértices articulares, e sim um velcro que é fixado na

articulação de interesse, permite isolar os diversos movimentos articulares,

garantindo maior precisão nas medidas (GARCIA et al., 2011).

Segundo Monteiro (2000), tal instrumento oferece maior

confiabilidade nas leituras das medidas angulares, uma vez que a indicação do

ângulo é produzida por efeito da gravidade, minimizando os erros de

interpretação do eixo longitudinal correspondente.

Clarkson e Gilewichm (2002) dizem que o flexímetro apresenta

vantagens em relação a um goniômetro universal, já que não é necessário

alinhar o flexímetro com o eixo articular. Além disso, ele possui autofixação, o

que deixa completamente livre as mãos do avaliador facilitando a medida da

ADM passiva. Outra vantagem está no fato de ocorrer pouca mudança no

alinhamento do aparelho através da ADM e também na maior facilidade para

mensurar os movimentos rotacionais e para a avaliação do tronco (CLARKSON

e GILEWICHM, 2002).

A identificação incorreta dos marcos ósseo e o posicionamento

defeituoso do membro são fontes de erro que podem aparecer na mensuração

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dos ângulos articulares. Assim, as vantagens acimadescritas poderiam garantir

uma maior confiabilidade e reprodutibilidade do métodoem relação aos demais

(KILGOUR et al.,2003).

2.5 VALIDAÇÃO E CONFIABILIDADE

A obtenção de medidas de ADM reprodutíveis e validadas são um

importante requisito na interpretação de resultados de estudos diversos (LEA e

GERHARDT, 1995; WINTER et. al., 2004; LENSSEN et al., 2007)

considerando-se que ambos os instrumentos, goniômetro e flexímetro, são

válidos (GORGIA et al.,1987; POLANOWSKI et al., 2003) para medir a

amplitude de movimento articular.

Para que a ADM possa ser medida com precisão, é imprescindível

que ela seja avaliada por métodos e ferramentas confiáveis, não invasivos e

que possam ser reproduzidas por diferentes avaliadores (MANNION et. al.,

2000; SIMPSON et. al., 2008), além disso, é desejável que seja de fácil

aplicação e que proporcione dados clinicamente precisos e significantes.

Encontra-se na literatura diversos estudos que avaliam a

confiabilidade do goniômetro. De acordo com Gorgia et. al., (1987), medidas

angulares do joelho utilizando o goniômetro universal são confiáveis e válidas.

Entretanto, segundo Brosseau et. al., (2001), muito embora o goniômetro

apresente uma confiabilidade elevada, suas medidas para avaliar a ADM do

joelho são mais confiáveis quando realizadas pelo mesmo avaliador, o que é

corroborado por outros estudos (WATKLNS et al., 1991; BARKER et al.,1999).

De acordo com Watklns et al., (1991), quando diferentes avaliadores forem

avaliar a ADM de um indivíduo, podem minimizar erros ao padronizar a posição

do paciente.

A goniometria é dependente dos pontos de referência usados como

padrão para o posicionamento dos braços do goniômetro e isso varia de acordo

com a articulação testada (JONES et. al., 2005). É de fácil aplicação, não

invasiva, de baixo custo e, por isso, a mais utilizada na prática clínica.

Entretanto, a confiabilidade de suas medidas apresenta limitação referente ao

seu uso por diferentes examinadores, o que limita as reavaliações periódicas

que envolvam essas condições (VENTURINI et. al., 2006).

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Na literatura não se encontram muitos estudos que relatam a

confiabilidade e validação do instrumento flexímetro para avaliar a ADM, sendo

que o instrumento mais utilizado é o goniômetro; porém no estudo de

Polanowski e El Hayek, (2003) medidas angulares de cotovelo e joelho

utilizando o flexímetrointra e interavaliador são confiáveis e válidas. Outro

estudo que corrobora com esses dados é o de Simões et. al., (2002) que

encontraram a média do índice de Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI)

intra-avaliador de 0,98 para o primeiro avaliador e 0,99 para o segundo

avaliador, indicando uma excelente confiabilidade dos dados.

A confiabilidade das medidas demonstra sua consistência obtida por

um instrumento ou por um examinador nas mesmas condições de avaliação. A

confiabilidade intra-avaliador é a consistência das medidas realizadas nas

mesmas condições de avaliação em dois momentos diferentes. Já a

confiabilidade interexaminador vincula-se à consistência das medidas

realizadas por dois examinadores diferentes (PAIVA-NETO, 2006).

Page 21: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

21

3 CONCLUSÃO

O desenvolvimento deste manual busca contribuir com os

profissionais da área da saúde com o intuito de qualificar e auxiliar os

profissionais para uma atuação adequada. Espera-se que este manual se torne

uma referência na mensuração de medidas de amplitude de movimento,

auxiliando nas avaliações de capacidades funcionais, que para os idosos é

fundamental para a manutenção da sua autonomia e independência física.

Page 22: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

22

REFERÊNCIAS 1 – ABDULRAHEEM, I. S., OLADIPO, A. R., AMODU, M. O. Prevalence and Correlates of Physical Disability and Functional Limitation among Elderly Rural Population in Nigeria. JournalofAgingResearch.Article ID 369894, 13 pagesdoi:10.4061/2011/369894, 2011. 2 – ANDRADE, J. A., LEITE, V. M., TEIXEIRA-SALMELA, L. F., ARAÚJO, P. M. P., JULIANO, Y. Estudo comparativo entre os métodos de estimativa visual e goniometria para avaliação das amplitudes de movimento da articulação do ombro. Acta Fisiatr.; 10(1):12-6,2003. 3 – BARBOSAM. M. FILGUEIRA, V. L. S., SANTANA, L. A.Estudo comparativo entre o goniômetro universal e o flexímetroSanny na mensuração da flexão passiva da articulação do cotovelo. FisioterapiaBrasil – v. 10 – n. 3 - maio/junho de 2009. 4 – BARKER, K. L., LAMB, S. E., BURNS, M., SIMPSON, A. Repeatability of goniometers measurements of the knee in patients wearing anlizarov external fixator: a clinic-based study. ClinicalRehabilitation, v.13 n. 2 p 156-163, 1999. 5 –MINISTÉRIO DA SAÚDE. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Departamento de Atenção Básica. – Brasília- DF, 192 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) Cadernos de Atenção Básica; n. 19ISBN 85-334-1273-8, 2007. 6 – BEZDENEZHNYKH, A. V., SUMIN, A.N.Sarcopenia: prevalence, detection, clinical significance. Klin Med (Mosk);90 (10):16-23,2012. 7 – BROSSEAU, L., BALMER, S., TOUSIGNANT, M., O´SULLIVAN, J. P., GOUDREAULT, C., GOUDREAULT, M. et. al. Intra and intertester reliability and criterion validity of the parallelogram and universal goniometers for measuring maximum active knee and extension of patients with knee restrictions. Arch Phys Med Rehabil; 82(3): 396-402, 2001. 8 – BOUCHARD, D. R., DIONNE, I.J., BROCHU, M. Sarcopenic/Obesity and Physical Capacity in Older Men and Women: Data From the Nutrition as a Determinant of Successful Aging (NuAge)—the Quebec Longitudinal Study. Obesity,17,2082–2088. doi:10.1038/oby.,109, 2009. 9– BURGER, O., BAUDISCHA, A. e VAUPELA, J. W. Human mortality improvement in evolutionary context. PNAS.October, 30, v. 109n. 44, 18211, 2012. 10 – BURITI, M. A.; MACEDO, M. M.; Exercício e atividade física para idoso. IN Envelhecimento e contingências de vida.EditoraAlinea, 2011. 11 – BURNFIELD, J. M, JOSEPHSON, K. R, POWERS, C. M, RUBENSTEIN, L. Z. The influence of lower extremityjoint torque on gait characteristics in elderly men.ArchPhys Med. Rehabil; 81:1153-7, 2000.

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23

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24

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Page 26: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

26

44 – ROSSI, A. L. S. PEREIRA, V. S. DRIUSSO, P. REBELATTO, J. R. RICCI, N. A. Profile of the elderly in physical therapy and its relation to funcional disability. Rev. Bras. Físiot. Nov. 2012. 45 – ROUSSON, V., PACCAUD, F. A set of indicators for decomposing the secular increase of life expectancy.Popul. Health Metr.,; 8:18, 2010. 46 – RYNNING, E. The ageing populations of Europe—Implications for health systems and patients’ rights.EuropeanJournalof Health Law, Sep;15, 297–

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Page 27: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

27

55 – VENTURINI, C., ITUASSÚ, N. T., TEIXEIRA, L. M., DEUS, C. V. O. Confiabilidade intra e interexaminadorda amplitude ativa de dorsiflexão do tornozelo em indivíduos saudáveis. RevistaBrasileira de Fisioterapia, 10(4):407-11,2006. 56 –VERWEY, W. B. ABRAHAMSE, E. L. RUITENBERG, M. F. L. JIME´NEZ, L. KLEINE, E. Motor skill learning in the middle-aged: limited development of motor chunks and explicit sequence knowledge. Psychological research, 75 (5). p. 406-422. ISSN 0340-0727, 2011. 57 – WATKLNS, M. A., RIDDLE, D. L., PERSONIUS, W. J. Reliability of goniometric measurements and visual estimates of knee range of motion obtained in a clinical setting. Physical Therapy, v. 71 n. 2, p. 15-22, 1991. 58 – WINGATE, L., CROGHAN, I., NATARAJAN, N., MICHALEK, A. M.,JORDAN, C. Rehabilitation of the mastectomy patient: a randomised,blind, prospective study. Arch Phys. Méd. Reh.,Abil, 70:21-4, 1989. 59 – WINTER, A. F., HEEMSKERK, A. M. B., TERWEE, C. B., JEANS, M. P., DEVILLÉ, W., SCHAARDENBURG, D. J. V., SCHOLTEN, R., BOUTER, L. M. Inter-obsrver reproducibility of measurements of range of in patients with sholder pain using a digital inclinometer. BMC Musculoskeletal Disorders, Jun; 5(18), 2004. 60 – YASHIN, A. I. ARBEEV, K. G. WU, D. ARBEEVA, L.S. KULMINSKI, A. AKUSHEVICH, I. CULMINSKAYA, I. STALLARD, E. e UKRAINTSEVA, S. V.Frontiers in genetics, published: January,doi: 10.3389/fgene.2013.00003, 2013.

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APÊNDICES

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29

APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título do Projeto: Concordância entre os instrumentos goniômetro e flexímetro

na avaliação de amplitude de movimento em idosas

Prezada Senhora, o objetivo deste trabalho é avaliar a relação entre a

amplitude de movimento, o índice postural do pé e o equilíbrio funcional como

prevenção de quedas em idosos e também conhecer o perfil dos idosos e para

isso precisamos de sua colaboração.

Necessitamos realizar entrevistas e testes caso você aceite participar,

assim responder a perguntas sobre sua condição sócia demográfica, saúde e

qualidade de vida. Além disto, a senhora será submetida a alguns testes de

equilíbrio, amplitude de movimento e analise do pé e ficará em uma plataforma

fixa de olhos abertos e de olhos fechados para equilíbrio e em posição em pé

para analise das alterações de pé. Estes testes não conferem nenhum

desconforto. A senhora terá tempo para descansar e caso sinta algum

desconforto os testes serão imediatamente interrompidos.

Esta pesquisa não lhe trará despesas, gastos ou danos. A senhora terá

livre acesso aos pesquisadores envolvidos no projeto para esclarecimento de

eventuais dúvidas.

Os principais investigadores são Profª. Drª.Deise A. A. Pires Oliveira,

professora da Universidade Norte do Paraná e Rosemari Queiroz Freitas que

poderão ser encontradas no Curso de Programa de Mestrado de Ciências de

Reabilitação e Mestrado profissional em Exercício Físico na Promoção de

Saúde nos telefones 3371 7990.

Lembramos ainda a senhora que terá acesso aos resultados da

pesquisa ao final da mesma e que se por ventura durante os testes forem

encontradas anormalidades a senhora será notificada e encaminhada para

tratamento adequado. É garantida a liberdade da retirada deste consentimento

Page 30: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

30

a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à

continuidade de seu tratamento na Instituição. Os dados coletados serão

mantidos sob sigilo e as informações obtidas serão analisadas em conjunto

com outros pacientes, não sendo divulgada a identificação de nenhum

paciente. Há o compromisso dos pesquisadores de utilizar os dados e o

material coletado somente fins científicos.

Eu,___________________________________________________________,

após ter lido e entendido as informações e esclarecido todas as minhas

duvidas referente a este estudo, CONCORDO VOLUNTARIAMENTE, participar

do mesmo.

______________________________________________Data____/____/____

Assinatura do participante ou responsável

Eu, _________________________________________, na qualidade de

entrevistador, declaro que forneci todas as informações referentes ao estudo

para o participante.

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31

APÊNDICE B

ASPECTOS COGNITIVOS - MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL

(Folsteinand Folstein, 1975) anos de escolaridade________________________

ORIENTAÇÃO

Em qual dia estamos?

( ) Ano ( ) Semestre ( ) Mês ( ) Dia ( ) Dia da Semana

Onde nós estamos?

( ) Estado ( ) Cidade ( ) Bairro ( ) Hospital ( ) Andar

MEMÓRIA IMEDIATA

Repita as palavras: (um segundo para dizer cada uma, depois pergunte ao idoso as três)

( ) Caneca ( ) Tijolo ( ) Tapete

ATENÇÃO E CÁLCULO

O Sr.(a). faz cálculos? ( ) Sim ( ) Não

Se a resposta for positiva, pergunte: se de 100 reais foram tirados 7, quanto resta? E se tirarmos mais 7 reais, quanto resta? (total de 5 subtrações).

( ) 93 ( ) 86 ( ) 79 ( ) 72 ( ) 65

Se a resposta for não, peça lhe para soletrar a palavra “mundo” de trás para diante:

( ) O ( ) D ( ) N ( ) U ( ) M

MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO

Repita as palavras que disse há pouco:

( ) Caneca ( ) Tijolo ( ) Tapete

LINGUAGEM

Mostre um relógio de pulso e pergunte-lhe: o que é isto? Repita com uma caneca.

( ) Relógio ( ) Caneca

Repita o seguinte: “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”. ( )

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32

Siga uma ordem de três estágios:

“Tome um papel com sua mão direita” ( )

“Dobre-o ao meio” ( )

“Ponha-o no chão” ( )

Leia e execute o seguinte: (cartão)FECHE OS OLHOS ( )

Escreva uma frase ( ) ______________________________________

Não pode ser o nome

Copie este desenho ( )

Total:______Pontos

Pontuação:

Analfabetos 19 pontos

1 a 3 anos 23 pontos

4 a 7 anos 24pontos

> 7 anos 28 pontos

Fonte: Ministério da Saúde, 2007

Valores abaixo de 19 pontos sugerem investigação.

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ANEXOS

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ANEXO I

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROS

INFERIORES PARA IDOSOS

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ROSEMARI Q. FREITAS

DEISE A. A. PIRES OLIVEIRA

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE

MEMBROS INFERIORES PARA IDOSOS

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIOCONVENCIONAL OUELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação Universidade Norte do Paraná

Biblioteca Central Setor de Tratamento da Informação

Freitas, RosemariQueiroz F938i Avaliação da amplitude de movimentos de membros inferiores para idosos [Guia]/ Rosemari Queiroz Freita s.

Londrina: [s.n], 2013. v; 28f. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado. Exercício Físico na Promoção da Saúde. Universidade Norte do Paraná,

2013. ISBN 1- Educação física - dissertação de mestrado - UNOPAR 2- Exercício físico 3- Métodos e protocolos – exercício físico 4- Amplitude de movimento 5- Envelhecimento 6- Idosos 7-

Instrumentos de avaliação - Pires, Deise A. A. Oliveira, orient. II- Universidade Norte do Paraná. DU 796.012.12

Page 37: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

37

Copyright © by Universidade Norte – UNOPAR. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Nenhuma parte deste Manual poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR 1ª edição brasileira – 2014 INFORMAÇÕES E CONTATO: Rosemari Queiroz Freitas E-mail: [email protected] SUPERVISÃO: ProfªDrª Deise A. A. Pires Oliveira Docente Stricto Sensu no Mestrado em Exercício Físico na Promoção da Saúde pela UNOPAR e Mestrado/Doutorado Ciências da Reabilitação pela UEL-UNOPAR EQUIPE TÉCNICA: Rosemari Queiroz Freitas Bruno de Oliveira Rocha FOTOGRAFIA: Stheace Kelly Szezerbaty ENTIDADE PUBLICADORA: UNOPAR editora DIRETOR GERAL: Rui Fava REITOR: Cleber Fagundes Ramos PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: Hélio Hiroshi Suguimoto PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE: Dartagnan Pinto Guedes (Coordenador) ________________________________________________________________

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ – UNOPAR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Avenida Paris, 675, Jardim Piza 86041-120 – Londrina-PR

Tel: (43) 33717700 www.unopar.br

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AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE MEMBROSINFERIORES PARA IDOSOS

Rosemari Q. Freitas Mestre em Exercício Físico na Promoção da Saúde pela UNOPAR-PR Docente do Curso de Educação Física da UNOPAR ProfªDrª Deise A. A. Pires Oliveira Docente Stricto Sensu Mestrado em Exercício Físico na Promoção da Saúde pela UNOPAR e Mestrado/Doutorado Ciências da Reabilitação pela UEL-UNOPAR

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39

SUMÁRIO

PREFÁCIO 40

QUEM É IDOSO? 41

ENVELHECIMENTO 41

AMPLITUDE DE MOVIMENTO 41

IMPORTANCIA DE AVALIAR A AMPLITUDE DE MOVIMENTO NOS IDOSOS 43

PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO 43

INSTRUMENTOS 45

Flexímetro 45

Goniômetro 46

INDICES DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO PARA A SAÚDE 56

AMPLITUDE DE MOVIMENTO AVALIADA COM GONIÔMETRO UNIVERSAL 56

AMPLITUDE DE MOVIMENTO AVALIADA COM FLEXÍMETRO 56

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 57

Page 40: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

40

PREFÁCIO

O envelhecimento populacional se constitui em um dos principais fenômenos da

modernidade. Nunca houve tantos idosos na nossa sociedade como nos dias de hoje. As projeções

mostram que nas próximas décadas esse número irá aumentar consideravelmente.

Esta nova realidade, provocada por avanços sociais, educacionais, tecnológicos e na área

da saúde, indica necessidades de mudanças em vários setores da sociedade, como nas políticas

públicas, na previdência social, nos serviços de saúde e, sobretudo, na formação de profissionais que

venham a atuar com essa população.

Pelo fato do envelhecimento populacional ser um fenômeno relativamente novo, disciplinas

específicas que abordem o processo de envelhecimento e o idoso ainda não estão presentes na maioria

das grades curriculares dos cursos da área da Saúde. Esta situação faz emergir demandas que venham

suprir as lacunas na formação de profissionais para esse campo de trabalho, como a publicação de livros,

artigos e manuais técnicos com o intuito de qualificar e auxiliar os profissionais para uma atuação

adequada.

Mediante o contexto apresentado, a proposta do presente manual técnico, vem ao encontro

das necessidades atuais de formação profissional para a atuação com idosos. A temática “Avaliação da

amplitude de movimentos de membros inferiores para idosos” aborda segmentos importantes do corpo

humano como as articulações do quadril, joelhos e tornozelos e, que são essenciais para a execução das

atividades cotidianas e para a locomoção. Já está bem documentado na literatura que os membros

inferiores sofrem alterações significativas no decorrer do processo de envelhecimento, inclusive em um

ritmo mais acelerado do que em outros segmentos do corpo, assim, toda atenção é necessária para a

manutenção e reabilitação das suas funções.

A avaliação, apesar de preceder qualquer tipo de intervenção, às vezes é subutilizada na

prática clínica. A falta de manuais específicos, construídos didaticamente para auxiliar os profissionais a

avaliarem seus alunos/pacientes, contribui para essa realidade. O manual aqui apresentado discorre

sobre a avaliação da amplitude de movimentos de membros inferiores de mulheres idosas mediante a

utilização do flexímetro e do goniômetro, dois equipamentos de fácil aplicação e relativo baixo custo.

As autoras desse material didático, não só apresentam de forma clara e objetiva os

procedimentos para a avaliação das articulações propostas, mas também de forma cuidadosa sua

anatomia e respectivos movimentos, o que facilita a compreensão da estrutura e função dos membros

inferiores. Sem dúvida, por sua pertinência, clareza e disseminação da utilização de equipamentos de

baixo custo, esse manual contribuirá sobremaneira para a facilitação do trabalho do profissional de saúde

que atua ou irá atuar com idosos e com a melhora da qualidade dos serviços oferecidos a essa

população.

Denilson de Castro Teixeira

Page 41: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

41

QUEM É IDOSO?

Nos países em desenvolvimento como no Brasil é considerado idoso o indivíduo, com 60 anos

ou mais.

Países desenvolvidos como nos Estados Unidos, Europa, são considerados idosos indivíduos

com 65 anos ou mais.

Estes índices são baseados nos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), (2002) que

estabelece os valores conforme o nível sócio-econômico de cada nação.

ENVELHECIMENTO

O processo de envelhecimento é algo presente na vida humana, e que com o

avanço da idade pode ser compreendido como um conjunto de alterações estruturais e

funcionais desfavoráveis do organismo que se acumulam de forma progressiva,

especificamente em função deste avanço.

De acordo com Halme et al., (2010), o que determina a longevidade ainda é limitado,

embora, há o consenso de que a longevidade apresenta característica multifatorial quantitativa sendo

influenciada por fatores biológicos, ambientais e psicossociais.

Devido à influência destes fatores no envelhecimento da população, é

fundamental considerar muitas vezes os efeitos prejudiciais da vida sedentária que algumas

pessoas idosas apresentam. Hábito esse que por sua vez, leva a diminuição da capacidade

funcional, levando os idosos a apresentar dificuldade para realizar atividades de vida diária,

como se locomover, tomar banho, trocar de roupa, realizar exercícios físicos e atividades de

lazer.

Tendo em vista que o desempenho nas atividades do cotidiano é determinado

pela integração de diversas capacidades e habilidades físicas, os testes físicos devem ser

utilizados para determinar o perfil funcional dos idosos; pois, além de permitirem a predição de

possíveis alterações longitudinais da capacidade funcional, podem ser utilizados para a

avaliação do efeito de intervenções baseadas em programas de exercícios.

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

Mensurar a amplitude de movimento (ADM) é importante na avaliação física, pois

identifica a liberdade de movimento das articulações que pode variar entre os indivíduos de

Page 42: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

42

acordo com a influência de diversos fatores como a idade, o gênero, a execução ativa e

passiva do movimento, doenças sistêmicas e articulares. (CHAVES et. al., 2008)

Os aparelhos mais utilizados para avaliar a ADM são o goniômetro e o flexímetro

por serem aparelhos de baixo custo, normalmente realizada através de um goniômetro

universal. Essa medida quantitativa pode apresentar-se alterada devido a alguns fatores como

os decorrentes do envelhecimento. As alterações fisiológicas que ocorrem no processo de

envelhecimento têm correlação com o estilo de vida adotado pelo indivíduo.

Page 43: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

43

IMPORTANCIA DE AVALIAR A AMPLITUDE DE MOVIMENTO NOS IDOSOS

Com o processo de envelhecimento, ocorrem às perdas na visão, audição,

equilíbrio, mobilidade e capacidade cognitiva tornam os idosos particularmente expostos a

barreiras ambientais. Dificuldades de locomoção podem começar a desenvolver na faixa dos

45 anos e se tornam cada vez mais freqüentes com a idade (BOUCHARD et. al., 2009). Essas

alterações podem acarretar alguns prejuízos para o idoso, como o aumento no risco de

quedas, redução do nível de independência funcional e consequentemente a diminuição na

qualidade de vida.

A amplitude de movimento está diretamente relacionada à execução de

movimentos simples ou complexos, desempenho desportivo, manutenção da saúde e

preservação da qualidade de vida. Sua perda não só reduz a quantidade e a natureza do

movimento realizado por uma articulação, como pode ainda aumentar a probabilidade de lesão

nessa articulação ou nos músculos envolvidos. É, sem dúvida, um fator muito importante para

essa faixa etária, por estar diretamente relacionada com a aptidão de realizar os movimentos

diários com maior ou menor facilidade, como por exemplo, apertar os sapatos, pentear o

cabelo, alcançar um armário, escovar os dentes, entre outras.

A diminuição da ADM e do desempenho funcional em todas as articulações, afeta

a postura, o equilíbrio, diminui a velocidade da marcha, aumenta o risco de quedas, o que

dificulta as atividades da rotina diária. Uma tarefa executada diariamente, tal como, o

movimento de passar de sentado para em pé; é um movimento complexo cuja realização é pré-

requisito para garantir uma postura bípede e essencial para o início da marcha. (MASSA,

CARVALHO et. al., 2003)

Conseqüentemente, a manutenção ou ganho da ADM e força muscular é

importante no controle da saúde de idosos. Dentre as alternativas para minimizar as perdas de

força muscular, está à prática de exercício físico regular que possibilita a melhora ou

manutenção da autonomia do idoso e sua inserção social. Assim, devido a pratica do exercício

físico ocorre a melhora da ADM nas articulações dos membros superiores e inferiores. (FARIA

et. al., 2003)

Movimento Ativo:Define-se com ativo quando o indivíduo executa um movimento completo sem ajuda

de outra pessoa, ou seja, realizado pela contração muscular própria do indivíduo.

PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO

- O avaliador fará a aferição daamplitude de movimento, verificando o posicionamento dos instrumentos

no segmento a ser avaliado.

- O avaliador deve estar posicionado de acordo com o movimento a ser realizado pelo avaliado.

- No momento da leitura do ângulo o avaliador deve estar de frente para o instrumento para que não

ocorra erros.

Page 44: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

44

Estes procedimentos devem ser adotados para o goniômetro ou para o flexímetro

- Auxiliar o idoso durante as mudanças de posicionamento na maca,

- Auxiliar na sustentação do segmento avaliado,

- Ajudar na estabilização do segmento não avaliado, para que não ocorram rotações articulares, ou perda

do contado do membro avaliado com a maca.

Page 45: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

45

INSTRUMENTOS

Flexímetro O instrumento flexímetro marca (Sany®)é um equipamento baseado em um mecanismo de

ação gravitacional, utilizado para mensurar a amplitude de movimento articular por meio de

uma escala angular. Por ser um instrumento que não contém vértices articulares, e sim um

velcro que é fixado na articulação de interesse, permite isolar os diversos movimentos

articulares, garantindo maior precisão nas medidas. (GARCIA et.al., 2011).

Page 46: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

46

Goniômetro: Goniômetro Universal da marca (Carci®) é constituído basicamente por um transferidor de 360

graus e duas hastes que, de acordo com o segmento avaliado, podem ser curtas ou longas.

Uma das hastes deve permanecer imóvel (braço fixo), enquanto a outra é alinhada a um ponto

anatômico do corpo. (QUEIROGA, 2005).

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47

Procedimentos:

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL Movimento: Flexão do quadril com joelho flexionado O avaliado permanece em decúbito dorsal. Goniômetro: O braço fixo deve ser colocado na linha axilar média do tronco. O braço móvel sobre a superfície lateral da coxa. O eixo central deve estar no trocanter maior. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca.

Fig. 1.1 Posição inicial para Flexão do quadril

Fig. 1.2Posição final para Flexão do quadril com joelho flexionado

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48

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

Movimento: Flexãodo quadril com joelho flexionado O avaliado permanece em decúbito dorsal. Flexímetro: Deve ser colocado na face lateral da coxa, com o mostrador voltado para o avaliador, a trinta (30) cm da articulação do quadril. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca.

Fig. 1.3 Posição inicial para Flexão do quadril

Fig. 1.4Posição final para Flexão do quadril com joelho flexionado

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49

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

Movimento: Flexão do quadril com joelho estendido O avaliado permanece em decúbito dorsal. Goniômetro: O braço fixo deve ser colocado na linha axilar média do tronco. O braço móvel sobre a superfície lateral da coxa. O eixo central deve estar no trocanter maior. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca.

Fig. 1.5 Posição inicial para Flexão do quadril

Fig. 1.6Posição final para Flexão do quadril com joelho estendido.

Page 50: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

50

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

Movimento: Flexão do quadril com joelho estendido O avaliado permanece em decúbito dorsal. Flexímetro: Deve ser colocado na face lateral da coxa, com o mostrador voltado para o avaliador, a trinta (30)cm da articulação do quadril. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca.

Fig. 1.7 Posição inicial para Flexão do quadril

Fig. 1.8Posição final para Flexão do quadril com joelho estendido.

Page 51: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

51

ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Movimento: Flexão do joelho O avaliado permanece em decúbito ventral, com os tornozelos para fora da maca. Goniômetro: O braço fixo deve ser colocado na face lateral da coxa. O braço móvel sobre a superfície lateral da perna. O eixo central sobre a linha articular da articulação do joelho. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca. Pelve estabilizada.

Fig. 1.9 Posição inicial para Flexão do joelho

Fig. 1.10 Posição final para Flexão do joelho

Page 52: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

52

ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Movimento: Flexão do joelho O avaliado permanece em decúbito ventral, com os tornozelos para fora da maca. Flexímetro: Deve ser colocado na face lateral do tornozelo, com o mostrador voltado para o avaliador. No segmento não avaliado o joelho permanece estendido e não perde o contato com a maca. Pelve estabilizada.

Fig. 1.11 Posição inicial para Flexão do joelho

Fig. 1.12 Posição final para Flexão do joelho

Page 53: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

53

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Movimento: Flexão Dorsal O avaliado permanece sentado namaca, com os joelhos para fora e suspensos, fletido a 90 graus. Goniômetro: O braço fixo deve ser colocado na face lateral da perna. O braço móvel sobre a superfície lateral do pé, com a linha central emcima do último metatarso. O eixo central deve estar sobre o maléolo lateral. O avaliador estabiliza a perna e o pé do avaliado, para evitar o movimento do joelho e apoio ao pé para não alterar a angulação natural.

Fig.1.13Posição inicial para Flexão Dorsal

Fig.1.14Posição final para Flexão Dorsal

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Movimento: Flexão Dorsal O avaliado permanece sentado na maca, com os joelhos para fora e suspensos, fletido a 90 graus. Flexímetro: Deve ser colocado na face interna do pé, com o mostrador voltado para o avaliador. O avaliador estabiliza a perna e o pé do avaliado, para evitar o movimento do joelho e apoio ao pé para não alterar a angulação natural.

Page 54: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

54

Fig.1.15 Posição inicial para Flexão Dorsal

Fig.1.16 Posição final para Flexão Dorsal

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Movimento: Flexão Plantar O avaliado sentado na maca, com os joelhos suspensos, fletido a 90 graus. Goniômetro: O braço fixo deve ser colocado na face lateral da perna. O braço móvel sobre a superfície lateral do pé, com a linha central em cima do último metatarso. O eixo central sobre o maléolo lateral. O avaliador estabiliza a perna e o pé do avaliado, para evitar o movimento do joelho e apoio ao pé para não alterar a angulação natural.

Fig. 1.17 Posição inicial para Flexão plantar

Page 55: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

55

Fig. 1.18 Posição final para Flexão plantar

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Movimento: Flexão Plantar O avaliado sentado na maca, com os joelhos suspensos, fletido a 90 graus. Flexímetro: Deve ser colocado na face interna do pé, com o mostrador voltado para o avaliador. O avaliador estabiliza a perna e o pé do avaliado, para evitar o movimento do joelho e apoio ao pé para não alterar a angulação natural.

Fig. 1.19 Posição inicial para Flexão plantar

Fig. 1.20 Posição final para Flexão plantar

Page 56: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

56

INDICES DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO PARA A SAÚDE

AMPLITUDE DE MOVIMENTO AVALIADA COM GONIÔMETRO UNIVERSAL

Tabela 1-Amplitudenormal dos ângulos articulares dos membros inferiores,adaptada

segundoTheAmerican AcademyofOrthopaedicSurgeons (1965).

ARTICULAÇÃO MOVIMENTO

MOVIMENTO/GRAUS

QUADRIL Flexão

0-125º

JOELHO Flexão

0-140º

TORNOZELO Flexão Dorsal 0-20º

Flexão Plantar 0-45º

AMPLITUDE DE MOVIMENTO AVALIADA COM FLEXÍMETRO

Tabela 2 - Amplitude de movimento (em graus), avaliados com o flexômetro deLeighton em Mulheres -

adaptada

Articulação

Movimento

Baixa Moderadamente

Baixa

Média Moderadamente

Alta

Alta

Quadril

Flexão

Menor

82º

82 – 99º 100 –

120º

121 – 138º Maior

138º

Joelho

Flexão

Menor

134º

135 -144º 145 –

157º

158 – 168º Maior

168º

Tornozelo

FlexãoDorsal

Flexão Plantar

Menor

56º

56 – 66°

67 –

79º

80 – 90º

Maior

90º

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57

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. ACHOUR, J. Avaliando a flexibilidade manual de instruções.Londrina: Midiograf, 1997. 84 p. 2. AMERICAN ACADEMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS.Joint motion method of measuring and recording.Chicago, 1965. 3. BOUCHARD, D. R.; DIONNE, I. J.; BROCHU, M. Sarcopenic/obesity and physical capacity in older men and women: data from the nutrition as a determinant of successful aging (NuAge) -the Quebec longitudinal study. Obesity, Silver Spring, MD, v.17, n. 11, p. 2082–2088, Nov. 2009. 4. CHAVES, T. C. et al. Confiabilidade da fleximetria e goniometria na avaliação da amplitude de movimento cervical em crianças. Rev. Bras. Fisiot., São Carlos, v. 12, n. 4, p. 283-289, jul./ago. 2008. 5. CARVALHO, J. et al. Efeito de um programa de treino em idosos: comparação da avaliação isocinética e isotônica. Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, v.17, n. 1, p. 74-84, 2003. 6. FARIA, J. C. et al. Importância do treinamento de força na reabilitação da função muscular, equilíbrio e mobilidade de idosos. Acta Fisiatrica,São Paulo, v.10, n. 3, p.133-137, 2003. 7. GARCIA, A. N. et al. Efeitos de duas intervenções fisioterapêuticas em pacientes com dor lombar crônica não-específica: viabilidade de um estudo controlado aleatorizado. Rev. Bras. Fisioter., São Carlos, v.15, n. 5, p. 420-427, 2011. 8. HALME, J. T. et al. Alcohol consumption and all-cause mortality among elderly in Finland. Drug Alcohol Depend., Lausanne, v. 106, n. 212-218, 2010. 9. LEIGHTON, J. R. Manual of instruction for Leighton flexômetro. New York [s. n.], 1987 10. MARQUES, A. P.Manual de goniometria. 1. ed. São Paulo: Manole, 1997. 11. MASS, M. V.; CARVALHO, DALNOKI-VERESS, K. Direct visualisation of homogeneous and heterogeneous crystallisation in an ensemble of confined domains of poly(ethylene oxide). Eur. Phys. J. E Soft Matter, Les Ulis, France, v. 12, n. 1, p. 111-117, Sep. 2003. 12. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento ativo: um projeto de saúde pública. In: ENCONTRO MUNDIAL DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ENVELHECIMENTO, 2., 2002, Madri, Espanha. Anais... Madri: OMS, 2002. 13. QUEIROGA, M. R. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

Page 58: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

58

UNOPAR Centro de Ciências Biológicas da Saúde

Universidade Norte do Paraná Avenida Paris, 675, Jardim Piza

86041-120 – Londrina-PR Tel: (43) 3371-7700

www.unopar.br www2.unopar.br/sites/mestrado-exercicio-fisico/

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ANEXO II – ARTIGO

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CONCORDÂNCIA ENTRE OS INSTRUMENTOS GONIÔMETRO E FLEXÍMETRO NA AVALIAÇÃO DA

AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM IDOSAS

Rosemari Queiroz Freitas¹ Deise A. A. Pires Oliveira²

¹Docente do Curso de Educação Física da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Londrina, PR

²Docente do Mestrado em Exercício Físico na Promoção da Saúde da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Londrina, PR

Resumo: A população brasileira vem sofrendo transformações no decorrer dos anos, a principal mudança esta relacionada ao envelhecimento. O Brasil vai chegará a alguns anos a ter mais de 30% da população adulta acima dos 60 anos. Este fato faz com que se pense muito com relação à qualidade de vida desta população.Medidas de amplitude de movimento são rotineiramente utilizadas com objetivo de avaliar a mobilidade articular, planejar programas de intervenção e traçar objetivos reais para os indivíduos. O objetivo deste estudo é verificar a concordância entre os instrumentos, goniômetro e flexímetro para avaliar a amplitude de movimento, das articulações do quadril, joelho e tornozelo em idosas.A amostra composta por 138 idosas, que participavam de grupos de atividade física, do sexo feminino, com idade média de 70 (±5,49). As medidas da amplitude de movimento forammensuradas com o goniômetro e o flexímetro. Os dois instrumentos foram aplicados nas participantes por um único avaliador. O Registro das medidas foi obtido após a flexão ativa das articulações do quadril, joelho e tornozelo, em sua amplitude máxima. Os dados foram analisados estatisticamente para a correlação entre os instrumentos o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e Bland-Altman. Os resultados encontrados demonstram que existe uma excelente concordância dos dados utilizando os instrumentos goniômetro e flexímetro, estes demonstram que o uso desses instrumentos auxilia os profissionais da saúde e que os resultados são confiáveis. Palavras-chave: Amplitude de Movimento, Avaliação, Concordância, Goniômetro, Flexímetro.

Page 61: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

61

Introdução

Com o decorrer dos anos, o cenário mundial referente à população sofreu

alterações. Como resultado destas mudanças ocorreu à diminuição da

fecundidade e consequentemente, o aumento da proporção de idosos na

população brasileira (Nasri 2008). Este resultado traz a tona discussões a

respeito de eventos que possam incapacitar os idosos, se destacando: declínio

na saúde, diminuição de força muscular, da amplitude de movimento e do

processo sensório-motor; o qual altera a propriocepção levando o idoso a

insegurança, a instabilidade postural e a ocorrência de quedas. (Massa,

Carvalho et al. 2003)

Medidas de amplitude de movimento (ADM) são rotineiramente utilizadas

com objetivo de avaliar a mobilidade articular, planejar programas de

intervenção e traçar objetivos reais para os indivíduos. Em idosos, além destes

objetivos, medidas de amplitude de movimento, força, equilíbrio e coordenação

são úteis para avaliar e intervir em cada componente individualmente, a fim de

manter um adequado desempenho funcional (Lima 2004).

Níveis adequados de força muscular e ADM são fundamentais para o

bom funcionamento do sistema musculoesquelético. Por outro lado, tanto o

declínio da força muscular, quanto os níveis de ADM vão gradativamente

dificultando a realização de diferentes tarefas do cotidiano, levando, muitas

vezes, à perda precoce da autonomia. (Chodzko-Zajko, Proctor et al. 2009).

Quanto aos instrumentos para a avaliação da medida da ADM destaca-

se, o goniômetro, o eletrogoniômetro, o inclinômetro e o flexímetro. Alguns

destes instrumentos têm sido amplamente utilizados na prática clinica

principalmente, o goniômetro. (Santos 2012)

Devido à variedade dos métodos, para a avaliação e definição de valores

de normalidade e para fins diagnósticos, tanto na prática clínica quanto na

pesquisa, o uso de instrumentos depende da verificação dos níveis de

confiabilidade intra e interexaminadores, quando o procedimento depende de

examinador para obtenção das medidas, bem como da verificação dos níveis

de validade, sensibilidade e especificidade de suas medidas. (Chaves,

Nagagime et al. 2008).

Page 62: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

62

Em relação à padronização há variação consensual quanto à medida de

algumas articulações. A posição de teste, o procedimento de medida, os

pontos de referências anatômicos apresentam variações para uma mesma

articulação (Brosseau L 2001). A avaliação ativa da ADM sofre variações de

indivíduo para indivíduo de acordo com a idade, sexo, prática ou não de

atividade física, presença ou ausência de disfunção e o grau de força muscular.

Além disso, o instrumento utilizado e a padronização da metodologia são

importantes fontes de erro a serem controlados para proporcionar uma medida

confiável (Venturini, André et al. 2006).

Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a concordância entre os

instrumentos, goniômetro e flexímetro para avaliar a amplitude de movimento,

das articulações do quadril, joelho e tornozelo em idosas.

Métodos Amostra

Estudo de natureza epidemiológica, com delineamento transversal, de

base populacional. A amostra composta por 138idosas, que participavam de

grupos de atividade física. Os critérios de inclusão: idade igual ou superior a 60

anos que deambulam com ou sem dispositivo de apoio (bengalas, andador,

muletas), e não-institucionalizadas, que aceitarem participar voluntariamente do

estudo, não apresentar histórico de lesão ou procedimento cirúrgico nas

articulações: quadril, joelho e tornozelo, não apresentar déficit cognitivo de

acordo com o escore relativo à sua escolaridade no exame do Mini Exame do

Estado Mental (MEEM). (Bertolluci 2007 ).

As idosas foram selecionadas e contactadas por telefone e através de

visitas domiciliares, com o objetivo de confirmar os critérios de inclusão

exigidos na pesquisa, agendar os dias de entrevistas e avaliação, todas

asparticipantes após serem informados sobre a proposta do estudo e sobre os

procedimentos aos quais seriam submetidas, assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido conforme a resolução (Lei 196/96). Este

estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres

Humanos que está vinculado a universidade na qual foi realizada a pesquisa

(Processo nº 276.702)

Page 63: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

63

Coleta de Dados

Este estudo foi realizado junto ao Laboratório de Avaliação Funcional e

Performance Motora Humana (LAFUP), da instituição de nível superior

responsável pela pesquisa, em dias previamente agendados, todas as idosas

compareceram ao laboratório, onde, em temperatura controlada, foram

realizadas as entrevistas e avaliações referentes a ADM. O período de

execução da pesquisa foi de agosto a dezembro 2012, sendo o mesmo

realizado duas vezes por semana, sempre no período vespertino.

Amplitude de Movimento

Para análise de ADM das articulações (quadril, joelho e tornozelo) foi

utilizado o Goniômetro Universal da marca (Carci®), constituído basicamente

por um transferidor de 360 graus e duas hastes que, de acordo com o

segmento avaliado, podem ser curtas ou longas. Uma das hastes permanece

imóvel (braço fixo), enquanto a outra é alinhada a um ponto anatômico do

corpo (Queiroga 2005).

O outro instrumento utilizado foi o flexímetro marca (Sany®) equipamento

baseado em um mecanismo de ação gravitacional, utilizado para mensurar a

amplitude de movimento articular por meio de uma escala angular. Por ser um

instrumento que não contém vértices articulares, mas sim um velcro que é

fixado na articulação de interesse, permite isolar os diversos movimentos

articulares, garantindo maior precisão nas medidas (Garcia 2011).

Foram realizadas três tentativas sendo a primeira para familiarização do

teste e as outras duas para extrair a maior angulaçãoda amplitude articular do

movimento (Achour 1997).

Análises Estatísticas

A análise estatística foi realizada com os programas Bioestat 5.0 e

Graph Pad Prism 5.0, tendo sido adotado um intervalo de confiança de 95% e

nível de significância de 5% para todos os testes utilizados.

Objetivando-se avaliar a correlação entre os dois métodos (goniômetro e

o flexímetro) para avaliação da amplitude articular, utilizou-se o Coeficiente de

Correlação Intraclasse (CCI) e Bland-Altman. Para classificação do grau de

Page 64: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

64

confiabilidade dos dados, foram utilizados os critérios descritos por Fleiss

(1986) em relação aos valores do CCI.

Resultados

Os dados descritivos da população de estudo são apresentados na

tabela 1. Foi observada boa concordância entre os instrumentos avaliados

(goniômetro e flexímetro) para as diferentes regiões (quadril, joelho, região

dorsiflexão e flexão plantar do pé), estando os dados apresentados na tabela 2.

Tabela 1 e 2

Tabela 1– Caracterização da amostra.

Variáveis Média Desvio-padrão

Idade 70 anos ±5,49 Gênero Feminino Estatura 1,53cm ±0,061 Peso 64,84kg

±11,84 IMC 27,63 4,39

Tabela 2 – Média (M), desvio-padrão (DP), Coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e concordância de Bland& Altman para a amplitude de movimento em diferentes regiões.

Amplitude Goniômetro Flexímetro Acurácia Bland-Altman

Média ± DP Média ± DP CCI p Erro Viés DP

Quadril 84,43 ± 14,25 83,23 ± 14,86 0,99 0,0001 0,0006 1,19 2,49

Joelho 113,1 ± 11,46 113,3 ± 11,81 0,99 0,0001 0,0002 -0,16 2,13

Dorsiflexão 17,11 ± 3,86 17,72 ± 3,70 0,91 0,0001 0,01 -0,60 2,76

Flexão Plantar 27,27 ± 5,91 28,08 ± 6,66 0,96 0,0001 0,009 -0,81 3,84

* - diferença estatisticamente significativa (p<0,05)

Os valores de CCI foram 0,99; 0,99; 0,91 e 0,96, para os movimentos

flexão do quadril, flexão do joelho, dorsiflexão e flexão plantar respectivamente

(Tabela 2). Tais valores indicam uma concordância excelente para todos os

movimentos.As figuras 1 a 4 apresentam os gráficos da diferença na amplitude

de movimento avaliada pelos dois instrumentos.

Page 65: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

65

Figura 1- Diagrama de Bland& Altman para amplitude de movimento do quadril

Figura 2 - Diagrama de Bland& Altman para amplitude de movimento do joelho.

Figura 3 - Diagrama de Bland & Altman para amplitude de movimento do dorso do pé.

Page 66: ROSEMARI QUEIROZ FREITAS

66

Figura 4 - Diagrama de Bland& Altman para amplitude de movimento da flexão plantar. Discussão

O objetivo deste estudo foi de verificar a concordância entre as medidas

realizadas com o goniômetro e o flexímetro, para os movimentos de flexão das

articulações do quadril, joelho e tornozelo.

A vantagem deavaliar a ADM utilizando o flexímetro é por apresentar

uma menor interferência do avaliador. Já o goniômetro depende do

conhecimento do avaliador quanto a posicionamento do eixo de rotação que

deve ser posicionado no centro da articulação a ser avaliada.O goniômetro é

um instrumento validado, de fácil aplicação e tem a vantagem de ter um baixo

custo, como também o flexímetro tem custo baixo e também é de fácil

manuseio.

Os resultados indicam que as medidas obtidas na avaliação das três

articulações, foram concordantes para os dois instrumentos. Confirmando

assim a possibilidade de se utilizar um dos dois instrumentos para avaliar a

amplitude de movimentos nas três articulações.

No estudo de Lustosa et. al. (2008) o CCI para o movimento de flexão do

joelho foi de 0,95 para o goniômetro e 0,85 para o flexímetro, os resultados

demonstram que a utilização dos dois instrumentos éconfiável se realizados

pelo mesmo avaliador.Sendo esta a principal preocupação durante a coleta dos

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índices de amplitude de movimento, para o acompanhamento da redução ou

manutenção desta amplitude nos idosos.

Quando o mesmo avaliador mensura os dados para os dois

instrumentos, existe uma maior concordancia e confiabilidade nos resultados

encontrados para a avaliação da ADM, como mostra o estudo de (Pinfildi,

Oliveira et al. 2007) que avaliou a flexão do joelho utilizando o goniômetro e o

fleximetro o CCI intravaliador para o goniometro foi de 0,54 e 0,64 para o

fleximetro.

Ao comparar os instrumentos de medida, no estudo de (Batista, Meira et

al. 2010) a média da ADM para a flexão do joelho com o goniômetro foi de

150,40(±3,63) graus e para o flexímetro 158,82(±3,75) graus encontrando uma

correlação positiva entre as medidas dos instrumentos, em adultos jovens,

comparando estes resultados com o presente estudo onde as medidas

encontradas foram para o goniômetro 113,1(± 11,46) graus e 113,3(± 11,81)

graus para o fleximetro, a diferença em graus pode ocorrer devido ao fator

idade.

No estudo de (Vieira, Silveira et al. 2008), realizado com 15 individuos

adultos jovens com média de idade de 23,7 ± 4,2 anos, o resultado encontrado

para flexão do quadril utilizando o goniômetro foi de 119,5(±8,2) graus e para o

fleximetro 115,7(±8,8) graus, com o mesmo avaliador, comparando ao presente

estudo que apresentou resultados para o goniômetro de 84(±14,25) graus e

para o fleximetro 83,23 (±14,86) graus com uma amostra de 138 idosas com

média de idade de 70 ±5,49 anos, sugere que a redução da amplitude de

movimento (ADM), se reduz com o avanço da idade, mas que mesmo

ocorrendo esta redução, demonstram que para a flexão do quadril utilizando os

dois instrumentos os resultados apresentaram um bom índice de concordância.

Para a articulação do tornozelo, no movimento de dorsiflexão o estudo

de (VENTURINI, ANDRÉ et al. 2006; Venturini, André et al. 2006) utilizando o

inclinômetro e o goniômetro para avaliar a ADM desta articulação o CCI para o

goniômetro foi de 0,91 para o avaliador A e de 0,97 para o avaliador B, a média

em graus foi de 18,1±3,1 para o avaliador A e 16,6±3,7 para o avaliador B, no

presente estudo o CCI para o goniômetro foi de 0,91 e a média em graus foi de

17,11±3,86, estes autores demonstram que existe uma considerável

confiabilidade nos dados encontrados utilizando o goniômetro. No presente

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estudo, as diferenças não ocorreram, pois as avaliações foram realizados por

um único avaliador.

A flexibilidade dos músculos do complexo articular do tornozelo é um

componentenecessário para o desempenho do indivíduo em atividades

funcionais que necessitam do movimento de dorsiflexão, como em atividades

físicas que exigem flexionar o joelho, subir e descer escadas e, até mesmo,

realizar a marcha, melhorando a independência do individuo. (Nolasco, Reis et

al. 2011)

Conclusão

Os resultados encontrados demonstram que existe uma excelente

concordância dos dados utilizando os instrumentos goniômetro e fleximetro,

para avaliar a amplitude de movimento (ADM) das articulações do quadril,

joelho e tornozelo. Indicando que os dois instrumentos podem ser utilizados

pelos profissionais da área da saúde, para avaliar a amplitude de movimento

dos idosos.

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