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Rota das cidades e vilas históricas 2 • 31 de Dezembro • • 31 de Dezembro • 3 2 • Sábado 24 Novembro 2007 • Fugas Fugas • Sábado 24 Novembro 2007 • 3 É fácil perdermo-nos de amores por Amarante. Não há muitas terras com argumentos naturais como as magní- ficas serras da Aboboreira e do Marão. Nem com rios como o Tâmega, com margens salpicadas de salgueiros e amieiros e praias fluviais refrescantes. Amarante é também um tesouro monumental, carregado de jóias que atravessam os tempos, com destaque para o período românico. No miolo histórico, junto à ponte setecentista que une as margens do Tâmega, o Con- vento de São Gonçalo domina uma das paisagens urbanas mais bonitas de toda a região. Com origem nas gentes primitivas que povoaram a Aboboreira, Ama- rante ganha importância nos séculos XII e XIII. Por ela passavam as gran- des vias romanas e por ela passaram também, séculos depois, as belico- sas tropas de Napoleão. Essa impor- tância estratégica permanece nos dias de hoje: Amarante é o centro de onde se pode sair para conhecer PARA VER Ponte de S. Gonçalo Um dos símbolos de Amarante. Por aqui passaria uma importante via romana, mas não pela ponte actual, construída nos finais do século XVIII. São Gonçalo terá mandado erguer neste local, em meados do século XIII, uma ponte medieval, que se desmoronou por acção das águas do Tâmega. Convento e Igreja de S. Gonçalo O imponente convento de São Gonçalo, quinhentista, foi erguido no local onde existiu uma capela, mais antiga, em louvor do padroeiro da terra. Domina a cidade e é um dos locais de visita obrigatória. Igreja de São Pedro Com frontaria barroca, a igreja ficou concluída na primeira metade do século XVIII. A talha do altar-mor é digna de se ver. Igreja de Nossa Senhora dos Aflitos Construída na mesma época da Igreja de São Pedro, tem fachada em estilo barroco. Ruínas do Solar dos Magalhães (Santa Luzia) Restos de um edifício do século XVIII e uma das marcas visíveis da passagem destruidora das tropas napoleónicas. Casa de Pascoaes (Gatão) Casa onde viveu o poeta amarantino Teixeira de Pascoaes, na freguesia de Gatão, e um dos destinos do turismo cultural no concelho. Casa da Calçada A Casa da Calçada foi erguida no século XVI, tendo sido destruída pelo fogo no tempo das invasões napoleónicas. Depois de recuperada, passou a integrar uma rede de hotéis de luxo. Museu Amadeo de Souza-Cardoso Instalado no Convento de São Gonçalo, tem como vocação principal a guarda e mostra de arte portuguesa contemporânea, com destaque para a do artista que lhe deu o nome, Amadeo de Souza-Cardoso Praias fluviais Há muitas no concelho, a começar pela da cidade, a Aurora. E ainda as do Borralheiro e Gatão, no rio Tâmega, as de Olo, no rio do mesmo nome, as de Aboadela, no rio Marão, ou em Gondar. Miradouros Para vistas panorâmicas da cidade, suba aos miradouros da torre do Convento de São Gonçalo, do Alto de Santa Cruz e da Rua Cândido dos Reis. PARA COMER Casa Maria Alice É mais tasca do que restaurante, mas isso não impede de tratar bem as matérias-primas. Têm fama o bacalhau esfiado (a “punheta”) e o presunto, ou, por encomenda, o cabrito e o frango no forno. Todela, Telões Telef: 255482104 Casa da Calçada Restaurante cultor da chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Exemplos: folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6 Telef: 255410830 Casa Silva Pode começar pelas pataniscas de bacalhau e as petingas. Depois, um bacalhau assado e lascado, antes do cabrito em forno de lenha. Finalize com um prometedor bolo de chila com amêndoa. Larim, Gondar Telef: 255441484 Lusitânia Restaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negócio. Rua 31 de Janeiro Telef: 255426720 O Almirante Bacalhaus vários, lampreia quando a há, polvo à moda de Chaves, o proverbial cabrito assado no forno ou o cozido à portuguesa. Largo Conselheiro António Cândido Madalua Madalena, Amarante Telef: 255432566 Quinta da Lama Restaurante construído num antigo lagar de azeite. A tábua de enchidos e queijos merece destaque, seguindo-se-lhe o bacalhau com migas de broa de milho, a posta à lagar ou o bife com castanhas. Real, Vila Meã Telef: 255733548 Café-Bar São Gonçalo Casa simples mas recomendada, no centro da cidade, com vista para o miolo histórico e o rio Tâmega. As propostas são variadas, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um gabado arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, aposte na doçaria amarantina. Praça da República, 8 Telef: 255432707 Zé da Calçada Bacalhau à moda da casa, posta maronesa, cabrito assado ou cozido à portuguesa. Para abrir o apetite, há pataniscas, favas com chouriço ou polvo com molho verde Rua 31 de Janeiro Telef: 255426814 XXXXX XXXXXX XXXXX XXXXXX A Região dos Vinhos Verdes tem muito mais para dar do que o prazer de um produto único, elegante, aromático e refrescante, que deve ser consumido com saber e moderação. Propomos-lhe, desta vez, que vá conhecer algumas das principais cidades e vilas da região. Cidades e vilas onde a história e o trabalho de gerações deixaram marcas que merecem ser apreciadas. Não há desculpas para que não o faça. A rede de estradas é excelente e o curto tempo das deslocações é largamente compensado pela beleza da paisagem que se desfruta. Atire-se à descoberta. Há muito por onde escolher. Mergulhe em ambientes autênticos e pitorescos, visitando pequenas vilas vinhateiras como Monção, Melgaço ou Ponte de Lima, ou cidades como Viana do Castelo, onde tradições ancestrais resistem ao rolo compressor dos tempos modernos. Tome os caminhos que vão dar a Braga, capital religiosa do país, cidade do barroco e uma das mais dinâmicas das últimas décadas. Aprecie o excelente exemplo de recuperação de um centro histórico, em Guimarães, que lhe valeu o reconhecimento, pela Unesco, de cidade Património Mundial. Parta à descoberta de Amarante, terra de tesouros românicos e de múltiplas influências e porta de entrada para as belas Terras de Basto e Trás-os-Montes. E experimente a culinária regional, a tradicional ou a mais ousada e criativa; há sempre um Vinho Verde adequado a cada especialidade. Não se limite a seguir religiosamente as indicações que a seguir lhe damos. Deixe-se levar pela curiosidade. Explore. Experimente. Tente outros caminhos. Pergunte. Há sempre uma voz amiga e avisada que pode abrir-lhe as portas de encantos desconhecidos. E há muitos por aqui. Amarante Abençoada pela natureza, pela história e por São Gonçalo as Terras de Basto, Trás-os-Montes ou, com as novas estradas, a cidade do Porto. Terra de agricultura e pecuária, Amarante é um dos concelhos mais importantes na produção de Vinho Verde. Distingue-se também pelas acti- vidades ligadas à construção civil e às madeiras, ao comércio, ao turismo e à cultura, muito acarinhada, com ama- rantinos ilustres como Teixeira de Pas- coaes, nas letras, ou Amadeo de Souza- Cardoso, na pintura. PARA VER Sé Catedral (Rua D. Paio Mendes) O edifício mais emblemático de Braga, símbolo maior da importância da cidade como núcleo difusor do culto cristão. Ao longo de séculos, a Sé de Braga foi incorporando diferentes estilos, desde o românico inicial, passando pelo gótico, o manuelino, o barroco e o neoclássico, entre outros de menor expressão. Paço Episcopal (Jardim de Santa Bárbara, Praça do Município, Largo do Paço) Conjunto de edifícios originalmente destinados à residência dos arcebispos, erguido entre os séculos XVI e XVIII. Proporciona a apreciação de diferentes estilos arquitectónicos, do gótico ao barroco tardio. Igreja do Pópulo (Praça Conde de Agrolongo) Edifício religioso austero incluído no Convento do Pópulo, com um longo período de construção, entre os séculos XVI e XIX. Foi remodelado pelo arquitecto local Carlos Amarante, que o moldou em estilo neoclássico. Capela de São Frutuoso (Rua de S. Jerónimo de Real) Curiosa construção religiosa de influência visigótica e um testemunho invulgar da Alta Idade Média em Portugal. Foi reconstruída no século X, mantendo-se praticamente inalterada ao longo dos séculos. Capela dos Coimbras (Largo de São João do Souto) Torre quadrangular edificada em estilo manuelino no século XVI, para residência de dignitários da igreja. Terá sido a última casa da roda em Braga (local onde filhos indesejados eram deixados, anonimamente, ao cuidado de religiosos) Santuário do Bom Jesus do Monte (Monte do Bom Jesus, fora da cidade) Uma das mais marcantes obras do barroco em toda a Europa e destino obrigatório do turismo religioso na região. Para além da igreja, um monumental escadório inclui capelas alusivas aos passos da Via Sacra e fontes alegóricas dos Cinco Sentidos. Outra atracção do local é o funicular, um dos poucos movido a água. Fonte do Ídolo (Rua do Raio) Monumento raro que terá sido erguido no século primeiro depois de Cristo. Numa massa granítica sobressai uma figura de recorte clássico com pouco mais de um metro, já degradada mas de grande interesse histórico e patrimonial. Exemplo da tolerância de Roma face às divindades locais. Termas Romanas do Alto da Cividade (Rua Dr. Rocha Peixoto) Descobertas em 1977, as ruínas das termas estendem-se por cerca de 850 metros quadrados. Balneário público construído no início do século II, manteve-se a funcionar nos três séculos seguintes, ao longo dos quais sofreu várias remodelações. Arco da Porta Nova (Rua D. Diogo de Sousa) Porta de entrada na cidade erguida nos inícios do século XVI. A actual estrutura é mais recente, datando de 1772, sob desenho do grande arquitecto do barroco bracarense, André Soares. Torre de Menagem (Rua do Castelo) Única construção que resta das muralhas e do castelo, demolido em 1906, e da cidadela medieval bracarense. Funciona hoje como um dos espaços culturais da cidade Palácio e Museu dos Biscainhos (Rua dos Biscainhos) Exemplar notável de casa senhorial dos séculos XVII e XVIII e um dos sinais do modo de viver da nobreza local. Manteve-se na posse da mesma família ao longo de mais de três séculos. Os jardins barrocos e o museu, a funcionar desde 1978, são argumentos suplementares para uma visita. Casa dos Crivos (Rua de São Marcos) Edifícios civis típicos do centro urbano dos séculos XVII e XVIII, recuperados nos anos oitenta do século passado. As fachadas revestidas por cerrada estrutura de madeira indiciam o clima de religiosidade e recolhimento então vivido na cidade. Palácio do Raio (Rua do Raio) Construído em meados do século XVIII, é dos mais exuberantes exemplos do esplendor barroco da cidade e da criatividade do arquitecto André Soares. O nome advém de ter sido comprado pelo capitalista brasileiro Miguel José Raio. Theatro Circo (Avenida da Liberdade) Principal sala de espectáculos da cidade, recentemente reaberta depois de obras de recuperação. Abriu ao público em 1915, com uma faustosa sala de influência italiana. Estádio Municipal de Braga (Monte Castro, na periferia da cidade) Estádio de futebol com características únicas no mundo, desenhado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura. Encostado a uma pedreira num dos topos, abre-se no outro para o vale do rio Cávado, proporcionando três espectáculos simultâneos: a arquitectura, a paisagem e o futebol. Visita a Barcelos A menos de 15 minutos de Braga de automóvel (pela A11), a cidade de Barcelos merece uma visita demorada. O famoso galo, símbolo tantas vezes associado a Portugal, nasceu lá. Mas há muito mais que ver: o património arquitectónico é riquíssimo (Igreja Matriz, Paços dos Condes de Barcelos, ponte medieval, Pelourinho) e o artesanato faz de Barcelos uma espécie de capital portuguesa nessa especialidade típica. PARA COMER Abade de Priscos Foge às receitas tradicionais da região, com excepção do pudim que dá o nome à casa. Bacalhau gratinado, alcatra açoriana ou galinha mourisca estão entre as especialidades. Para remate, o dulcíssimo pudim Abade de Priscos. Praça Mouzinho de Albuquerque, 7 Telef: 253276650 Pedra Cavalgada Cozinha portuguesa criativa. Pataniscas de bacalhau e chévre gratinado como entradas. A seguir, “magret” de pato com puré de feijão e redução de vinho do Porto. Bacalhaus, muitos e bons. E sarrabulho. Mas também “carré” de borrego grelhado com puré e ovo escalfado. Grande lista de vinhos. Estrada Nacional 101, Lugar de Assento, Palmeira Telef: 253626596 Inácio Um dos ex-libris gastronómicos da cidade. O bacalhau e os rojões minhotos estão entre os pratos mais procurados. O cabritinho e a vitela também se recomendam. O leite creme e o untuoso pudim servem de remate. Campo das Hortas, 4 Telef: 253613235 São Frutuoso Casa de muitos bacalhaus, entre os quais o “bacalhau- lagosta” e o que se faz acompanhar com broa de milho. Rojões e papas de sarrabulho, é claro, mas também pescada com folhado. No fim, “gruta da casa”, com ovos e amêndoa. Rua Costa Gomes, 168 Telef: 253623372 Bem-me-quer O bacalhau à moda da casa é louvado e premiado. Papas de sarrabulho ao domingo, rojões, cabrito assado, polvo grelhado e lampreia no tempo dela. Delícias de nata no remate. Campo das Hortas, 6 Telef: 253262095 Arcoense Arroz de caça à moda da casa, muitos bacalhaus, cataplana de peixe, um invulgar arroz de lavagante seco ou os afamados filetes de pescada com arroz de netinhos, estão entre as propostas a considerar. Sopa dourada e aletria de ovos para os mais gulosos. Rua Engº Justino Amorim, 96 Telef: 253278952 Casa das Artes Alia tradição e alguma ousadia gastronómica. Rojõezinhos convivem com “vol-au-vent” de perdiz ou o bife Wellington. Pataniscas misturam-se com açorda de marisco e bacalhau com broa. Na doçaria, há pão-de- rala e o tradicional abade de Priscos. Rua Costa Gomes, 353, Real Telef: 253622023 Cruz Sobral Vitela e cabrito assados em forno de lenha. Cozinha tradicional da região, com mais de 80 anos de experiência. Leite creme, pudim Abade de Priscos e rabanadas. A lista de vinhos não se confina ao habitual e propõe algumas raridades. Campo das Hortas, 8 Telef: 253616648 De Bouro Linguado com molho de champanhe, gambas ao alhinho, pato com molho agridoce ou bacalhau gratinado com gambas denunciam uma ementa que não se confina à tradição. Mousse de avelãs e bavaroise de ananás. Rua Santo António das Travessas, 30-32 Telef: 253261609 Expositor Peixe grelhado, bacalhau à marialva, filetes de pescada fresca. Cabrito assado à padeiro e os tradicionais cozido à portuguesa e sarrabulho com rojões. Boa lista de vinhos. Parque de Exposições de Braga Telef: 253217031 ou 253675818 Narcisa Casa modesta e típica, aqui nasceu o afamado bacalhau à Narcisa, um dos pratos marcantes da culinária local. Propostas fortes: sarrabulho, tripas à moda do Porto e cabrito assado no forno. Lugar de culto da gastronomia local. Largo do Monte de Arcos, 25 Telef: 253262948 O Pórtico A abrir, alheiras de caça e gambas com alho. Segue-se uma açorda de marisco e plumas de porco preto. Rabanadas com passas e pinhões para o remate tradicional. Largo do Arco, Bom Jesus, Tenões Telef: 253676672 Braga A marca cristã e o esplendor barroco Localizada no coração da verdejante região do Minho, Braga é uma das cida- des mais antigas de Portugal e do mundo cristão, com mais de dois mil anos de história. A marca do tempo e da acção dos homens estão entre os grandes trun- fos da cidade. Há vestígios de uma Braga antiquíssima, dos primórdios da ocupação das suas terras por povos primitivos. Há uma outra saída do período do domínio imperial de Roma, a velha Bracara Augusta. Há, a seguir, a cidade que se assume como protagonista principal da afirmação cultural cristã, marca que perdurou e permanece viva nos dias de hoje. E há, antes das fases neoclássica e moderna, a esplendorosa cidade monumental erguida sobretudo no século XVIII, que deu a Braga a fama e o proveito de ser um dos símbolos maio- res do barroco em Portugal. A urbe afirmou-se como uma das mais dinâmicas do Portugal moderno e euro- peu. Com os seus mais de 170 mil habi- tantes, ascendeu nas últimas décadas à condição de terceira cidade portuguesa, ligando uma história de muitos séculos a um dinamismo económico que conjuga indústrias e serviços tradicionais com novas tecnologias e negócios de futuro (a indústria de software, por exemplo), estribados em núcleos universitários de reconhecido mérito.

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Rota das cidades e vilas históricas

2 • 31 de Dezembro • • 31 de Dezembro • 3 2 • Sábado 24 Novembro 2007 • Fugas Fugas • Sábado 24 Novembro 2007 • 3

É fácil perdermo-nos de amores por Amarante. Não há muitas terras com argumentos naturais como as magní-ficas serras da Aboboreira e do Marão. Nem com rios como o Tâmega, com margens salpicadas de salgueiros e amieiros e praias fluviais refrescantes. Amarante é também um tesouro monumental, carregado de jóias que atravessam os tempos, com destaque para o período românico. No miolo histórico, junto à ponte setecentista que une as margens do Tâmega, o Con-

vento de São Gonçalo domina uma das paisagens urbanas mais bonitas de toda a região.

Com origem nas gentes primitivas que povoaram a Aboboreira, Ama-rante ganha importância nos séculos XII e XIII. Por ela passavam as gran-des vias romanas e por ela passaram também, séculos depois, as belico-sas tropas de Napoleão. Essa impor-tância estratégica permanece nos dias de hoje: Amarante é o centro de onde se pode sair para conhecer

PARA VER

Ponte de S. GonçaloUm dos símbolos de Amarante. Por aqui passaria uma importante via romana, mas não pela ponte actual, construída nos finais do século XVIII. São Gonçalo terá mandado erguer neste local, em meados do século XIII, uma ponte medieval, que se desmoronou por acção das águas do Tâmega.

Convento e Igreja de S. GonçaloO imponente convento de São Gonçalo, quinhentista, foi erguido no local onde existiu uma capela, mais antiga, em louvor do padroeiro da terra. Domina a cidade e é um dos locais de visita obrigatória.

Igreja de São PedroCom frontaria barroca, a igreja ficou concluída na primeira metade do século XVIII. A talha do altar-mor é digna de se ver.

Igreja de Nossa Senhora dos AflitosConstruída na mesma época da Igreja de São Pedro, tem fachada em estilo barroco.

Ruínas do Solar dos Magalhães(Santa Luzia)Restos de um edifício do século XVIII e uma das marcas visíveis da passagem destruidora das tropas napoleónicas.

Casa de Pascoaes (Gatão)Casa onde viveu o poeta amarantino Teixeira de Pascoaes, na freguesia de Gatão, e um dos destinos do turismo cultural no concelho.

Casa da CalçadaA Casa da Calçada foi erguida no século XVI, tendo sido destruída pelo fogo no tempo das invasões napoleónicas. Depois de recuperada, passou a integrar uma rede de hotéis de luxo.

Museu Amadeo de Souza-CardosoInstalado no Convento de São Gonçalo, tem como vocação principal a guarda e mostra de arte portuguesa contemporânea, com destaque para a do artista que lhe deu o nome, Amadeo de Souza-Cardoso

Praias fluviaisHá muitas no concelho, a começar pela da cidade, a Aurora. E ainda as do Borralheiro e Gatão, no rio Tâmega, as de Olo, no rio do mesmo nome, as de Aboadela, no rio Marão, ou em Gondar.

MiradourosPara vistas panorâmicas da cidade, suba aos miradouros da torre do Convento de São Gonçalo, do Alto de Santa Cruz e da Rua Cândido dos Reis.

PARA COMER

Casa Maria AliceÉ mais tasca do que restaurante, mas isso não impede de tratar bem as matérias-primas. Têm fama o bacalhau esfiado (a “punheta”) e o presunto, ou, por encomenda, o cabrito e o frango no forno.Todela, TelõesTelef: 255482104

Casa da CalçadaRestaurante cultor da chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Exemplos: folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou

pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6Telef: 255410830

Casa SilvaPode começar pelas pataniscas de bacalhau e as petingas. Depois, um bacalhau assado e lascado, antes do cabrito em forno de lenha. Finalize com um prometedor bolo de chila com amêndoa.Larim, GondarTelef: 255441484

LusitâniaRestaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negócio.Rua 31 de JaneiroTelef: 255426720

O AlmiranteBacalhaus vários, lampreia quando a há, polvo à moda de Chaves, o proverbial cabrito assado no forno ou o cozido à portuguesa.Largo Conselheiro António Cândido MadaluaMadalena, AmaranteTelef: 255432566

Quinta da LamaRestaurante construído num antigo lagar de azeite. A tábua de enchidos e queijos merece destaque, seguindo-se-lhe o bacalhau com migas de broa de milho, a posta à lagar ou o bife com castanhas.Real, Vila MeãTelef: 255733548

Café-Bar São GonçaloCasa simples mas recomendada, no centro da cidade, com vista para o miolo histórico e o rio Tâmega. As propostas são variadas, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um gabado arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, aposte na doçaria amarantina.Praça da República, 8Telef: 255432707

Zé da CalçadaBacalhau à moda da casa, posta maronesa, cabrito assado ou cozido à portuguesa. Para abrir o apetite, há pataniscas, favas com chouriço ou polvo com molho verdeRua 31 de JaneiroTelef: 255426814

XXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXA Região dos Vinhos Verdes tem muito mais para dar do que o prazer de um produto único, elegante, aromático e refrescante, que deve ser consumido com saber e moderação. Propomos-lhe, desta vez, que vá conhecer algumas das principais cidades e vilas da região. Cidades e vilas onde a história e o trabalho de gerações deixaram marcas que merecem ser apreciadas. Não há desculpas para que não o faça. A rede de estradas é excelente e o curto tempo das deslocações é largamente compensado pela beleza da paisagem que se desfruta.

Atire-se à descoberta. Há muito por onde escolher. Mergulhe em ambientes autênticos e pitorescos, visitando pequenas vilas vinhateiras como Monção, Melgaço ou Ponte de Lima, ou cidades como Viana do Castelo, onde tradições ancestrais resistem ao rolo compressor dos tempos modernos. Tome os caminhos que vão dar a Braga, capital religiosa do país, cidade do barroco e uma das mais dinâmicas das últimas décadas. Aprecie o excelente exemplo de recuperação de um centro histórico, em Guimarães, que lhe valeu o reconhecimento, pela Unesco, de cidade Património Mundial. Parta à descoberta de Amarante, terra de tesouros românicos e de múltiplas influências e porta de entrada para as belas Terras de Basto e Trás-os-Montes. E experimente a culinária regional, a tradicional ou a mais ousada e criativa; há sempre um Vinho Verde adequado a cada especialidade.

Não se limite a seguir religiosamente as indicações que a seguir lhe damos. Deixe-se levar pela curiosidade. Explore. Experimente. Tente outros caminhos. Pergunte. Há sempre uma voz amiga e avisada que pode abrir-lhe as portas de encantos desconhecidos. E há muitos por aqui.

AmaranteAbençoada pela natureza, pela história e por São Gonçalo

as Terras de Basto, Trás-os-Montes ou, com as novas estradas, a cidade do Porto.

Terra de agricultura e pecuária, Amarante é um dos concelhos mais importantes na produção de Vinho Verde. Distingue-se também pelas acti-vidades ligadas à construção civil e às madeiras, ao comércio, ao turismo e à cultura, muito acarinhada, com ama-rantinos ilustres como Teixeira de Pas-coaes, nas letras, ou Amadeo de Souza-Cardoso, na pintura.

PARA VER

Sé Catedral (Rua D. Paio Mendes)O edifício mais emblemático de Braga, símbolo maior da importância da cidade como núcleo difusor do culto cristão. Ao longo de séculos, a Sé de Braga foi incorporando diferentes estilos, desde o românico inicial, passando pelo gótico, o manuelino, o barroco e o neoclássico, entre outros de menor expressão.

Paço Episcopal (Jardim de Santa Bárbara, Praça do Município, Largo do Paço)Conjunto de edifícios originalmente destinados à residência dos arcebispos, erguido entre os séculos XVI e XVIII. Proporciona a apreciação de diferentes estilos arquitectónicos, do gótico ao barroco tardio.

Igreja do Pópulo(Praça Conde de Agrolongo)Edifício religioso austero incluído no Convento do Pópulo, com um longo período de construção, entre os séculos XVI e XIX. Foi remodelado pelo arquitecto local Carlos Amarante, que o moldou em estilo neoclássico.

Capela de São Frutuoso (Rua de S. Jerónimo de Real)Curiosa construção religiosa de influência visigótica e um testemunho invulgar da Alta Idade Média em Portugal. Foi reconstruída no século X, mantendo-se praticamente

inalterada ao longo dos séculos.

Capela dos Coimbras (Largo de São João do Souto)Torre quadrangular edificada em estilo manuelino no século XVI, para residência de dignitários da igreja. Terá sido a última casa da roda em Braga (local onde filhos indesejados eram deixados, anonimamente, ao cuidado de religiosos)

Santuário do Bom Jesus do Monte (Monte do Bom Jesus, fora da cidade)Uma das mais marcantes obras do barroco em toda a Europa e destino obrigatório do turismo religioso na região. Para além da igreja, um monumental escadório inclui capelas alusivas aos passos da Via Sacra e fontes alegóricas dos Cinco Sentidos. Outra atracção do local é o funicular, um dos poucos movido a água.

Fonte do Ídolo (Rua do Raio)Monumento raro que terá sido erguido no século primeiro depois de Cristo. Numa massa granítica sobressai uma figura de recorte clássico com pouco mais de um metro, já degradada mas de grande interesse histórico e patrimonial. Exemplo da tolerância de Roma face às divindades locais.

Termas Romanas do Alto da Cividade (Rua Dr. Rocha Peixoto)Descobertas em 1977, as ruínas das termas estendem-se por cerca de

850 metros quadrados. Balneário público construído no início do século II, manteve-se a funcionar nos três séculos seguintes, ao longo dos quais sofreu várias remodelações.

Arco da Porta Nova (Rua D. Diogo de Sousa)Porta de entrada na cidade erguida nos inícios do século XVI. A actual estrutura é mais recente, datando de 1772, sob desenho do grande arquitecto do barroco bracarense, André Soares.

Torre de Menagem(Rua do Castelo)Única construção que resta das muralhas e do castelo, demolido em 1906, e da cidadela medieval bracarense. Funciona hoje como um dos espaços culturais da cidade

Palácio e Museu dos Biscainhos (Rua dos Biscainhos)Exemplar notável de casa senhorial dos séculos XVII e XVIII e um dos sinais do modo de viver da nobreza local. Manteve-se na posse da mesma família ao longo de mais de três séculos. Os jardins barrocos e o museu, a funcionar desde 1978, são argumentos suplementares para uma visita.

Casa dos Crivos(Rua de São Marcos)Edifícios civis típicos do centro urbano dos séculos XVII e XVIII, recuperados nos anos oitenta do século passado. As fachadas revestidas por cerrada estrutura de madeira indiciam o clima de religiosidade e recolhimento então vivido na cidade.

Palácio do Raio (Rua do Raio)Construído em meados do século XVIII, é dos mais exuberantes exemplos do esplendor barroco da cidade e da criatividade do arquitecto André Soares. O nome advém de ter sido comprado pelo capitalista brasileiro Miguel José Raio.

Theatro Circo (Avenida da Liberdade)Principal sala de espectáculos da cidade, recentemente reaberta depois de obras de recuperação. Abriu ao público em 1915, com uma faustosa sala de influência italiana.

Estádio Municipal de Braga (Monte Castro, na periferia da cidade)Estádio de futebol com características únicas no mundo, desenhado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura. Encostado a uma pedreira num dos topos, abre-se no outro para o vale do rio Cávado, proporcionando três espectáculos simultâneos: a arquitectura, a paisagem e o futebol.

Visita a BarcelosA menos de 15 minutos de Braga de automóvel (pela A11), a cidade de Barcelos merece uma visita demorada. O famoso galo, símbolo tantas vezes associado a Portugal, nasceu lá. Mas há muito mais que ver: o património arquitectónico é riquíssimo (Igreja Matriz, Paços dos Condes de Barcelos, ponte medieval, Pelourinho) e o artesanato faz de Barcelos uma

espécie de capital portuguesa nessa especialidade típica.

PARA COMER

Abade de PriscosFoge às receitas tradicionais da região, com excepção do pudim que dá o nome à casa. Bacalhau gratinado, alcatra açoriana ou galinha mourisca estão entre as especialidades. Para remate, o dulcíssimo pudim Abade de Priscos.Praça Mouzinho de Albuquerque, 7Telef: 253276650

Pedra CavalgadaCozinha portuguesa criativa. Pataniscas de bacalhau e chévre gratinado como entradas. A seguir, “magret” de pato com puré de feijão e redução de vinho do Porto. Bacalhaus, muitos e bons. E sarrabulho. Mas também “carré” de borrego grelhado com puré e ovo escalfado. Grande lista de vinhos.Estrada Nacional 101, Lugar de Assento, PalmeiraTelef: 253626596

InácioUm dos ex-libris gastronómicos da cidade. O bacalhau e os rojões minhotos estão entre os pratos mais procurados. O cabritinho e a vitela também se recomendam. O leite creme e o untuoso pudim servem de remate.Campo das Hortas, 4Telef: 253613235

São FrutuosoCasa de muitos bacalhaus, entre os quais o “bacalhau-lagosta” e o que se faz acompanhar com broa de milho. Rojões e papas de

sarrabulho, é claro, mas também pescada com folhado. No fim, “gruta da casa”, com ovos e amêndoa.Rua Costa Gomes, 168Telef: 253623372

Bem-me-querO bacalhau à moda da casa é louvado e premiado. Papas de sarrabulho ao domingo, rojões, cabrito assado, polvo grelhado e lampreia no tempo dela. Delícias de nata no remate.Campo das Hortas, 6Telef: 253262095

ArcoenseArroz de caça à moda da casa, muitos bacalhaus, cataplana de peixe, um invulgar arroz de lavagante seco ou os afamados filetes de pescada com arroz de netinhos, estão entre as propostas a considerar. Sopa dourada e aletria de ovos para os mais gulosos.Rua Engº Justino Amorim, 96 Telef: 253278952

Casa das ArtesAlia tradição e alguma ousadia gastronómica. Rojõezinhos convivem com “vol-au-vent” de perdiz ou o bife Wellington. Pataniscas misturam-se com açorda de marisco e bacalhau com broa. Na doçaria, há pão-de-rala e o tradicional abade de Priscos.Rua Costa Gomes, 353, RealTelef: 253622023

Cruz SobralVitela e cabrito assados em forno de lenha. Cozinha tradicional da região, com mais de 80 anos de experiência. Leite creme, pudim Abade de Priscos e rabanadas. A lista de vinhos não se confina ao

habitual e propõe algumas raridades.Campo das Hortas, 8Telef: 253616648

De BouroLinguado com molho de champanhe, gambas ao alhinho, pato com molho agridoce ou bacalhau gratinado com gambas denunciam uma ementa que não se confina à tradição. Mousse de avelãs e bavaroise de ananás.Rua Santo António das Travessas, 30-32Telef: 253261609

ExpositorPeixe grelhado, bacalhau à marialva, filetes de pescada fresca. Cabrito assado à padeiro e os tradicionais cozido à portuguesa e sarrabulho com rojões. Boa lista de vinhos.Parque de Exposições de BragaTelef: 253217031 ou 253675818

NarcisaCasa modesta e típica, aqui nasceu o afamado bacalhau à Narcisa, um dos pratos marcantes da culinária local. Propostas fortes: sarrabulho, tripas à moda do Porto e cabrito assado no forno. Lugar de culto da gastronomia local.Largo do Monte de Arcos, 25Telef: 253262948

O PórticoA abrir, alheiras de caça e gambas com alho. Segue-se uma açorda de marisco e plumas de porco preto. Rabanadas com passas e pinhões para o remate tradicional.Largo do Arco, Bom Jesus, TenõesTelef: 253676672

BragaA marca cristã e o esplendor barroco

Localizada no coração da verdejante região do Minho, Braga é uma das cida-des mais antigas de Portugal e do mundo cristão, com mais de dois mil anos de história. A marca do tempo e da acção dos homens estão entre os grandes trun-fos da cidade.Há vestígios de uma Braga antiquíssima, dos primórdios da ocupação das suas terras por povos primitivos. Há uma outra saída do período do domínio imperial de Roma, a velha Bracara Augusta. Há, a seguir, a cidade que se assume como protagonista principal da afirmação cultural cristã, marca que perdurou e permanece viva nos dias de hoje. E há, antes das fases neoclássica e moderna, a esplendorosa cidade monumental erguida sobretudo no século XVIII, que deu a Braga a fama e o proveito de ser um dos símbolos maio-res do barroco em Portugal. A urbe afirmou-se como uma das mais dinâmicas do Portugal moderno e euro-peu. Com os seus mais de 170 mil habi-tantes, ascendeu nas últimas décadas à condição de terceira cidade portuguesa, ligando uma história de muitos séculos a um dinamismo económico que conjuga indústrias e serviços tradicionais com novas tecnologias e negócios de futuro (a indústria de software, por exemplo), estribados em núcleos universitários de reconhecido mérito.

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Rota das cidades e vilas históricas

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Guimarães não é apenas o local com mais forte simbologia nacional, associada ao nascimento de Portugal como nação inde-pendente. É, acima de tudo, uma cidade que foi capaz de respeitar o passado e que o soube aproveitar como argumento para se afirmar nos dias de hoje. Um sinal disso está no reconhecimento do seu centro histórico como Património Cultural da Humanidade.

Embora a região de Guimarães tenha marcas da acção do homem muito anterio-res ao século XII e ao nascimento da nação portuguesa, a urbe que hoje conhecemos foi desenhada sobretudo no século XIX, após o derrube das muralhas defensivas. Mas a explosão urbanística oitocentista dei-xou intactos numerosos sinais da impor-tância da villa medieval. Para além do cas-telo, da capela de S. Miguel ou do Paço dos Duques de Bragança, a Rua de Santa Maria corporiza um dos percursos urbanos mais antigos e de maior carga simbólica. Tudo isso pode ser apreciado, num conjunto de espaços e construções criteriosamente pre-servado.

Centro de indústrias transformadoras tradicionais, Guimarães, com mais de 50 mil habitantes no seu núcleo urbano, tem-se afirmado como um dos pólos turísticos nor-tenhos mais consistentes e tem ganho importância como cidade académica, ligada sobretudo à Universidade do Minho.

GuimarãesO passado como argumento de futuro

PARA VER

Castelo(Monte Latito)Símbolo maior da cidade e do país, foi construído no século X para defesa do convento existente na parte baixa da povoação. Lá terão vivido os pais de Afonso Henriques, fundador da nacionalidade.

Paço dos Duques de Bragança(Rua Conde D. Henrique)Edifício monumental erguido no século XV, sob influência da arquitectura senhorial do Norte da Europa. Foi restaurado e convertido em museu, contendo peças ilustrativas da aventura dos Descobrimentos e das conquistas norte-africanas e de armas dos séculos XV a XIX.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (Largo da Oliveira)Igreja medieval erguida no século XIV, com um interessante portal gótico.

Em frente à igreja está o Padrão do Salado, do mesmo século, erguido a pretexto de uma vitória militar sobre os mouros, na batalha do Salado.

Antigos Paços do Concelho (Largo da Oliveira)Monumento edificado no século XIV, de influência manuelina, remodelado no século XVII, marca um dos espaços mais visitados da cidade, o mágico Largo da Oliveira. Integra um museu de “pintura naif”.

Museu Arqueológico (Claustro da Igreja de S. Domingos) (Rua Paio Galvão)O Museu Martins Sarmento alberga valiosos objectos da cultura castreja e integra o belíssimo claustro da Igreja de S. Domingos, datado do século XIV.

Rua de Santa MariaRua milenar, uma das primeiras da velha villa medieval. Ligava a zona

alta, do castelo, à zona baixa onde se encontrava o convento primordial da povoação, erguido a mando de Mumadona Dias.

Largo do TouralCentro cívico e convivial da cidade e principal sala de visitas para quem demanda Guimarães. Foi, durante muitos anos, local para comerciar gado bovino e outros produtos.

Praça de SantiagoUma das praças mais antigas e melhor preservadas da cidade, capaz de nos transportar para o ambiente vivido na Idade Média.

Rua D. João IArtéria estreita e sombria e, outrora, uma das mais movimentadas da cidade. Conserva várias casas antigas recuperadas, com varandas em madeira ou ferro forjado, configurando uma das imagens de marca do centro urbano.

Museu Alberto

Sampaio (Rua Alfredo Guimarães)Museu integra peças e colecções ligadas à história da cidade e à fundação de Portugal. Está erguido no centro histórico, no local onde Mumadona Dias mandou construir, no século X, o convento matriz da velha villa medieval.

Centro Cultural de Vila Flor (Avenida D. Afonso Henriques)Principal espaço cultural da cidade. Está instalado num edifício de meados do século XVII, recentemente restaurado, e numa nova área, finalizada em 2005, onde funciona o centro cultural propriamente dito. Citânia de Briteiros (Monte de São Romão, S. Salvador de Briteiros, fora da cidade)Ruínas arqueológicas ligadas à cultura castreja do Noroeste de Portugal. O espólio está depositado no Museu Arqueológico Martins Sarmento, no

centro da cidade.

PARA COMER

BaptistaCasa de cozinha tradicional a caminho do meio século de existência. Polvo cozido e assado, bacalhau cozido e o canónico cozido à portuguesa. Rojões e papas de sarrabulho. Para remate: formigos, creme e rabanadas.Rua A, 180, Urbanização Cruz da Argola (freguesia de Mesão Frio)Telef: 253432216

Casa FlorêncioEspecialidade da casa: o premiado bucho recheado com carne, para quatro bocas. Bacalhau frito e filetes de polvo com arroz de feijão. Um invulgar cação frito em vinha d’alhos. A fechar: pão-de-ló e toucinho-do-céu.Rua Nossa Senhora de Madredeus, AzurémTelef: 253415820

Nora do Zé da CurvaAs duas dezenas de

receitas de bacalhau são uma das marcas da casa. Rojões, cozido à portuguesa, arroz de frango, arroz de grelos com vitela, bucho recheado. Doçaria tradicional.Travessa de Gil Vicente, SampaioTelef: 253414457

Pousada de Nossa Senhora da OliveiraCozinha de gosto internacional em ambiente senhorial. Creme de espargos, ovos mexidos com salmão, bife pimenta, chateaubriand e coelho à caçador com espumante tinto. Mas também rojões e frango de cabidela. Rua de Santa MariaTelef: 253514157/8/9

Papa BoaCozinha multifacetada, com pratos tradicionais e várias “importações”, como o leitão da Bairrada, em dias certos. Folhado de queijo de cabra com frutos silvestres, amêijoas à Bulhão Pato e sapateira recheada. Carne barrosã. A filosofia

repete-se nas sobremesas.Rua Capitão Alfredo Guimarães, 412Telef: 253415872

São GiãoCozinha criativa. Risotto de túbaras, canja de gambas e algas. Morcela de arroz e ovos mexidos com espargos, míscaros e gambas ou feijoada de cogumelos. Para os mais tradicionalistas: tripas à moda do Porto ou costeletas de cordeiro.Avenida Comendador Joaquim de Almeida, 56Moreira de CónegosTelef: 253561853

Val de DonasO coelho à bordalesa com molho de vinho tinto é um dos pratos mais gabados. Antes do prato forte, sugere-se grelos com chouriço e alheira. Rojões tradicionais e arroz de tomate com panados de vitela. Para adoçar a boca: pudim de ovos e rabanadas.Rua Val-de-Donas, 4Telef: 253511411

PARA VER

Ponte romano-medieval (Largos de Camões e de Alexandre Herculano)Para muitos, Ponte de Lima é esta ponte. Na verdade, são duas pontes em uma: a romana, construída no século I, e a medieval, concluída na última metade do século XIV. Domina a paisagem da vila e foi decisiva como elo de ligação durante séculos.

Largo de CamõesUm dos espaços mais solicitados pelos limianos e por quem visita a vila. Em dias limpos, o sol poente, o casario envolvente, o chafariz, o rio e o vulto imenso da velha ponte medieval pintam um cenário inesquecível.

Torres de S. Paulo e da Cadeia (Rua Cardeal Saraiva e Passeio 25 de Abril)As duas torres, com uma presença visual muito forte

na vila, integraram as muralhas defensivas de Ponte de Lima. Construídas no século XIV, sofreram alterações ao longo dos séculos

Igreja Matriz(Rua Cardeal Saraiva)Construção originária do século XV, com profundas modificações posteriores. É um mosaico de estilos, desde o românico ao neoclássico. Os altares merecem ser vistos.

Misericórdia(Rua Cardeal Saraiva)Edifício do século XVII e XVIII, de uma única nave. O altar principal e os laterais, neoclássicos, e o painel com o episódio da multiplicação dos pães, estão entre os principais motivos de interesse.

Paço do Marquês(Rua Dr. Cândido Cruz)Edifício do século XV, foi residência de viscondes e de marqueses. É uma construção maciça e

imponente que funciona hoje como posto de informação turística e núcleo museológico.

Museu dos Terceiros(Avenida dos Plátanos)Bonito conjunto de arquitectura oitocentista. O Museu, criado há mais de 30 anos, guarda e mostra um importante espólio de arte sacra.

Casa de Nossa Senhora da Aurora (Rua do Arrabalde de S. João)Casa apalaçada urbana, construída na primeira metade do século XVIII em estilo barroco. A frente da casa, de grande harmonia, está marcada por um conjunto de janelas que lhe emprestam importância e nobreza.

Casa da Garrida (Rua Vasco da Gama)Construção oitocentista, em estilo rocaille. Integra uma capela de decoração vistosa, culminada por torre sineira.

Casa Torreada dos Barbosa Aranha (Calçada da Fonte da Vila)Curioso edifício maneirista do século XVI formado por uma torre quadrangular, encimada por pequenos canhões salientes, e por zona residencial. Na parte frontal, sobressaem as armas da família que dela fez uso.

Palacete Vila MoraisEdifício construído na última década do século XIX, por ordem de um natural de Ponte de Lima que se fez milionário no Brasil. É uma construção vistosa que mistura uma série de estilos ao sabor dos caprichos do “brasileiro”.

Capela do Anjo da Guarda (junto à ponte, na margem direita do rio)Estranha capela, aberta, de inspiração românica e gótica, que terá servido de lugar de devoção e abrigo

para os passantes. Foi reconstruída no século XVIII, depois de destruição parcial pelas cheias do Lima.

MiradourosHá muitos lugares de onde, subindo, se pode avistar a vila, o rio e o vale do Lima, as grandes manchas vegetais, as terras cultivadas e o que de essencial caracteriza a região. De entre muitos, propomos três: Santa Maria Madalena, Serra d’Arga e Senhora da Boa Morte.

PARA COMER

CarvalheiraUma das especialidades da casa são as entradas: favas com chouriço, polvo em molho vinagrete, feijão com tripas, entre outras. O bacalhau com broa e o poderoso pernil assado são dos pratos mais requisitados. Antepaço, ArcozeloTelef: 258944672

A TulhaQuando há, a lampreia e o sável são bem tratados pela cozinha da Tulha. Quando não há, uma das soluções é o bacalhau na cataplana ou os mais tradicionais rojões ou arroz de sarrabulho.Rua FormosaTelef: 258942879

BocadosO nome do restaurante denuncia a sua inclinação principal: os petiscos. Que são muitos e muito gabados, com direito a menu especial. Truta fumada com salada, espargos trigueiros com presunto, cogumelos assados, tarte de rebentos de alho… E por aí foraCarreiros, ArcaTelef: 258942501

EncanadaDurante muito tempo, foi a referência gastronómica incontornável da cidade. Os rojões com arroz seco ou o marcante arroz de sarrabulho, mais as trutas,

o sável e a lampreia, continuam a ter muitos adeptos.Mercado Municipal, 7Telef: 258941189

Retiro do SobralCasa de cozinha tradicional, com rojões, sarrabulhos e aparentados, e também bacalhau frito e bolinhos do mesmo peixe. Quando o rio os dá, há também sável e lampreia.Rua General Norton de MatosTelef: 258942435

Taverna Vaca das CordasAntes dos pratos principais, o bacalhau é rei nas entradas. Depois, vêm o polvo grelhado e arrozes de galo “pica no chão” ou de pato. Se quer saber a origem do invulgar nome da taverna, está tudo explicado nas paredes.Rua Beato Francisco Pacheco, 39Telef: 258741167

Se há povoações portuguesas a que o adjectivo pitoresco se pode aplicar sem reticências, a vila de Ponte de Lima é uma delas. Em cada canto se tropeça na milenar história limiana - uma igreja românica, umas almi-nhas, um palacete, restos de um cas-tro, um cruzeiro, a vetusta e marcante ponte romano-medieval. A natureza também não se fez rogada, semeando na paisagem ribeiras e riachos de água límpida, o belíssimo vale do rio Lima, montanhas acessíveis, vales suaves e infindáveis variações de verde. A caminho dos mil anos de história, o concelho de Ponte de Lima mantém-se, no Minho e em Portugal, como um reduto de autenticidade e de respeito pelo passado.

A classificação de Ponte de Lima como capital do turismo em ambiente rural é uma consequência natural do que ficou escrito. Na vila, e sobretudo nos seus arredores, há um sem número de propostas para passar uns dias numa casa senhorial, num moinho recuperado ou numa velha quinta adaptada para receber pessoas que procuram sossego, pai-sagens imaculadas e gente hospita-leira. Terra de muitos e pequenos agricultores, Ponte de Lima afirma-se também como um dos centros de indústrias tradicionais, como a têxtil, o calçado ou a cerâmica, sem esque-cer um dos seus orgulhos maiores: a produção de afamados Vinhos Ver-des da região.

Ponte de LimaUm símbolo do Alto Minho rural e pitoresco

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Rota das cidades e vilas históricas

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Terras pequenas, de fronteira, Monção e Mel-gaço têm muito de comum: uma história mile-nar, que se confunde com a existência de Por-tugal como nação; uma paisagem repleta de todos os verdes da paleta, belíssima, cheia de recantos pitorescos desenhados pela natureza e marcados pelo labor das suas gentes; uma relação forte com a vizinha Galiza e com o rio Minho, que serve de fronteira natural e que ajuda a moldar um microclima responsável por uma riqueza irrepetível noutros lugares: o cul-tivo e a produção de um vinho branco fresco, perfumado, com características únicas, feito com uvas da famosa casta Alvarinho.

Percorrer as ruas de Monção e Melgaço é uma experiência extraordinária. Sobretudo para quem procura ambiências diversas da vida apressada das grandes cidades. É outro o tempo e são outros os valores cultivados nestas duas vilas do Alto Minho. Por todo o lado se encon-tram sinais da cultura castreja, da romanização dos lugares, dos tempos medievais, de modos de vida onde pontificavam ilustres senhores com os seus solares e casas apalaçadas, de cul-tos, lendas e crenças e das suas manifestações arquitectónicas - castelos, velhas pontes, mos-teiros, igrejas e capelinhas. Saber conjugar esse rico legado histórico com a vida moderna é uma das virtudes das gentes hospitaleiras de Monção e Melgaço.

PARA VER

MONÇÃO

Igreja Matriz (Largo da Igreja Matriz)Templo de nave única localizado no centro histórico da vila. Conta com vários estilos, do românico ao gótico.

Parque das TermasEspaço excelente para passear, pensar, ler, olhar o rio Minho, escutar as fontes... Se é adepto das virtudes das águas quentes e sulfurosas, as Termas de Monção ficam aí.

MuralhasAs muralhas defensivas de Monção são uma das imagens de marca da vila. Andam espalhadas por todo o lado por via de um popular Vinho Verde branco, produzido em boa parte com a casta nobre da região, o Alvarinho.

Palácio da Brejoeira (Pinheiros)Um dos mais imponentes e belos palácios fidalgos alguma vez construídos em Portugal, localizado a seis quilómetros de Monção. De recorte neoclássico, as obras prolongaram-se por várias décadas, com início

nos finais do século XVIII. É rodeado de matas e jardins frondosos, com salões faustosos no interior. Privado, tem associada uma conhecida marca de Vinho Verde Alvarinho.

Igreja do mosteiro de São João dos Longos Vales

(Mosteiro, Longos Vales)O mosteiro é originário do século XII, mas o actual corpo da igreja remonta já ao século XVII.

Torre de Lapela(Lapela)Vestígio provável de um antigo castelo, na margem esquerda do rio Minho. A torre, quadrangular, ergue-se bem acima do casario, com os seus 35 metros.

Ponte do Mouro (Barbeita)Ponte medieval de grande rusticidade, construída provavelmente no século XIV.

Ecopista Valença-MonçãoA antiga ligação ferroviária entre Valença e Monção, desactivada em 1990, foi, em boa hora, aproveitada para construir um pitoresco percurso, que pode ser feito

de bicicleta ou a pé, ao longo de 13 quilómetros. Há zonas de acolhimento, parques para estacionar e descansar e há, sobretudo, uma paisagem deslumbrante com o rio Minho à ilharga.

MELGAÇO

Castelo e Torre de MenagemConstrução defensiva do século XII, construída por ordem do fundador de Portugal, Afonso Henriques. Desempenhou papel principal na defesa do Alto Minho. A Torre de Menagem domina o conjunto e foi transformada em Núcleo Museológico.

Casa do Solar do Alvarinho (Rua Direita)Bonito edifício de três arcos transformado num dos locais de promoção da principal riqueza da região, o Vinho Verde Alvarinho. No piso térreo podem comprar-se peças de artesanato, especialidades culinárias regionais e, é claro, Alvarinho. O Solar pode ser o ponto de partida de uma recomendável Rota do Vinho Verde Alvarinho.

Igreja MatrizEdifício de origem românica do século XII,

sofreu várias alterações com o passar do tempo. No interior, há retábulos construídos em séculos posteriores, casos de um óleo sobre madeira e uma Adoração dos Magos.

MisericórdiaTemplo românico do século XIII, muito alterado nos séculos seguintes. A galilé, do século XVIII, é uma das preciosidades do local.

Capela de Nossa Senhora da Orada (Lugar de Orada, Melgaço)Datada de meados do século XIII, a capela situava-se junto a uma antiga estrada medieval que ligava a terras do reino vizinho

Igreja de S. Salvador de Paderne (Lugar do Convento, Paderne)Igreja de um antigo mosteiro do século XIII. Obras posteriores, quatro séculos depois, alteraram profundamente o edifício, designadamente o seu interior.

PARA COMER

A Galiza Mail’ O MinhoUm dos novos restaurantes

de Monção, com um cardápio inovador. Há fumeiro minhoto, mas também folhados de peixe, marisco ou perdiz. O conhecido bacalhau à lagareiro é servido em cama de pão de milho. Avenida das CaldasMonçãoTelef: 251640110

O AradoArroz de marisco, Bacalhau à moda da casa, sável e lampreia no tempo deles ou cabrito assado no forno. Leite-creme para fim de festa.Travessa da GlóriaMonçãoTelef: 251653371

O EncontroCasa localizada numa aldeia onde sobressaem as vinhas de Alvarinho. Há bacalhau na brasa, arroz de marisco, cabrito à Encontro ou o famoso arroz de cabidela de galo caseiro.Largo do Encontro, Barreiro, PiasMonçãoTelef: 251666748

Quinta da OliveiraRojões, cabrito e vitela assada, segundo os cânones. Peixes e mariscos frescos. Rabanadas e arroz doce para bocas gulosas. Largo da OliveiraMonção

Telef: 251653235

Sete à SeteCozinha de recorte regional. Cabrito à moda de Monção, arroz de sarrabulho, cozido à portuguesa. Barrigas de freira e pudim, antes do café.Rua Conselheiro João da CunhaMonçãoTelef: 251652577

Adega do SossegoUma das referências gastronómicas da região. Truta com presunto, salmão, lampreia no seu tempo e alguns pratos tradicionais fortes, feitos por encomenda: cabritinho em forno de lenha, um poderoso cozido à portuguesa e o tradicional arroz de frango de cabidela. O pudim da casa é muito apreciado. Lugar do Peso, PaderneMelgaçoTelef: 251404308

Albergaria Boa vistaMuitos peixes para grelhar, a pedirem Vinho Verde Alvarinho para acompanhar. E também lampreia de cabidela, cabrito do monte no forno, rojões ou bife de presunto. Peso, PaderneMelgaçoTelef: 251416350

JardimTasquinha com fama de bem servir. A lista é limitada, com destaque para o bacalhau frito de cebolada ou a costeleta de vitela. Ao domingo, há cabrito e cozido à portuguesa.Lugar de Canhotos, PensoMelgaçoTelef: 251416303

PanoramaCasa afamada, com uma substancial variedade de entradas, um dos seus trunfos maiores. Bacalhau na brasa e cabrito assado à serrana são propostas tentadoras. A lista de vinhos é muito completa e, depois de tudo, servem-se uns licores invulgares e aguardentes minhotas.Mercado MunicipalMelgaçoTelef: 251410400

Foral de MelgaçoRestaurante panorâmico do Hotel Monte Prado. Enchidos e queijos regionais ou broa frita com presunto para abrir. Cataplana de peixes e mariscos, polvo grelhado com tomilho e espetada de vitela com cebola e pimentos. Monte PradoMelgaçoTelef: 251400130

A natureza foi pródiga para Viana do Castelo. Não há muitas terras assim, bafejadas pela sorte de gozarem, ao mesmo tempo, a beleza fluvial de um rio como o Lima, praias atlânticas de areia branca e montes que a protegem e proporcionam lugares para esten-der o olhar até às fronteiras do sonho.

De Viana do Castelo se diz que é a capital do folclore português, pelos seus trajes e ricas peças em ouro, pelas suas concorridas e vistosas romarias, pela riqueza do seu artesanato. Mas a cidade é mais do que isso. Terra de marinheiros, Viana teve um papel importante na epopeia dos Descobri-mentos portugueses, chegando a ter dezenas de naus e caravelas a sulcar mares desconhecidos. O seu centro urbano, o porto de mar, as margens do rio Lima guardam sinais de uma história rica que já vai nos 750 anos.

Os últimos anos da cidade dão mos-tras seguras de um futuro condizente com o seu passado. A requalificação dos espaços mais nobres de Viana do Castelo, sobretudo na frente de rio e no centro histórico, tem apostado em arranjos e construções que envolvem alguns dos mais conceituados arqui-

tectos portugueses contemporâneos, como são Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura ou Fernando Távora. A cidade atlântica mais setentrional de Portugal insiste em permanecer bela.

Monção e MelgaçoPor terras do Alvarinho, com o rio Minho ao fundo

Viana do CasteloHá 750 anos entre o rio, o mar e a montanha

PARA VER

Capela das Almas (Matriz velha) (Largo das Almas)Primeira igreja matriz vianense, da construção original, do século XIII, pouco resta. É um típico templo do barroco setecentista, que serviu de cemitério até finais do século XIX.

Capela das Malheiras (Rua Gago Coutinho)Bonito exemplar da arquitectura rocócó portuguesa. O retábulo em talha policromada merece ser visto.

Casa dos Costa Barros (Rua de S. Pedro)Casa quinhentista, da época dos Descobrimentos, destaca-se por ostentar uma belíssima e imponente janela.

Igreja Matriz (Sé de Viana) (Largo da Sé)Edifício maciço construído no século XV, ao gosto da arquitectura românica, mas marcado pela influência gótica.

Praça da RepúblicaUm dos espaços nobres de Viana, carregado de história. O velho chafariz, a Misericórdia e os antigos paços do concelho, todos quinhentistas, são dos locais mais apreciados do centro histórico. Na praça, o Museu do Traje vale a visita, com as suas 900 peças ilustrativas dos trajes de festa e de trabalho do Alto Minho.

Casa da Carreira (Câmara Municipal) (Rua Cândido dos Reis)Considerada uma das mais bonitas casas senhoriais de Viana, ostenta janelas e portas em estilo manuelino. É, há mais de três décadas, utilizada como câmara municipal.

Hospital Velho (Posto de turismo) (Rua do Hospital Velho)Foi, nos seus primórdios, uma das pousadas utilizadas pelos peregrinos que demandavam Santiago de Compostela. Construída no século XV, foi sendo alterada com o tempo. A fachada e o pátio interior são quinhentistas.

Navio Gil Eanes (porto de pesca)

Fundeado no porto de Viana, o navio Gil Eanes apoiou durante muitos anos os pescadores de bacalhau portugueses nos bancos da Terra Nova. Hoje é uma das novas atracções da cidade, funcionando como núcleo museológico.

Nova Biblioteca Municipal (Largo Infante D. Henrique)Mais do que uma biblioteca, o edifício, localizado entre o rio e o centro histórico, é uma das novas construções de Viana com marca de autor, a do consagrado arquitecto Siza Vieira.

Igreja de S. Domingos (retábulo) (Largo de S. Domingos)A atracção maior deste templo quinhentista é o magnífico retábulo saído das mãos do mestre local Álvares de Araújo, classificado por especialistas como “obra-prima do estilo rocaille de toda a Europa”

Igreja da Srª da Agonia(Campo da Agonia)O templo setecentista em

honra da padroeira da cidade, a Senhora da Agonia, enquadra-se no barroco final e tem belos retábulos em talha.

Forte de Santiago da BarraConstrução poligonal de carácter defensivo dos séculos XV e XVI. Integra a chamada Torre da Roqueta, construída em 1502 para, entre outros desígnios, suster os ataques da pirataria.

Basílica de Santa Luzia (e Citânia)(Monte de Santa Luzia)Um dos templos cristãos mais procurados. Construída no século passado, a basílica é um exemplo de arquitectura revivalista e está implantada numa elevação de onde se tem uma extraordinária visão panorâmica da cidade. No monte de Santa Luzia persiste um importante vestígio da cultura castreja.

PARA COMER

CameloUma das mais famosas casas de comida minhota. O sarrabulho à moda de Santa Marta, o arroz de cabidela de frango “pica no

chão” e, uma vez por mês, um cozido à portuguesa de estalo, estão entre os pratos mais requisitados. Para os apreciadores, o Vinho Verde tinto é servido em malga.Rua de Santa Marta, 119Santa Marta de PortuzeloTelef: 258839090 Casa d’ArmasA localização, junto ao porto de Viana, inspira a cozinha da casa. Sopa do mar, arroz de peixe, polvo com azeite de alho, sapateira recheada ou pescada recheada com camarão, gratinada e com um toque de “porto”.Largo 5 de Outubro, 30Telef: 258824999

Cozinha das MalheirasOutro restaurante onde os sabores marítimos têm preponderância. Sopa do mar, santola recheada, feijoada de marisco. As papas de sarrabulho com rojões têm fama de deixar a clientela prostrada de tanto comer.Rua Gago Coutinho, 21Telef: 258823680

LaranjeiraAs entradas merecem atenção: sonhos de bacalhau ou sardinhas de escabeche.

A seguir, arroz de cherne com gambas ou polvo na caçarola. Nas carnes, entrecosto com vinho tinto ou, aos domingos, o abundante cozido.Rua Manuel Espregueira, 24Telef: 258822258

MarianaO robalo com algas é um dos trunfos da casa. Antes disso, pode começar com umas gulosas amêijoas à Bulhão Pato. Peixes, muitos, grelhados e inspirados pelo mar que fica em frente. O galo caseiro avinhado também se recomenda.Lugar de São Roque, AfifeTelef: 258981327

Os três potesPeixes frescos grelhados e vários bacalhaus. No seu tempo, lampreia à bordalesa. Papas de sarrabulho e rojões, para matar o repasto. O pudim Abade de Priscos é famoso.Beco dos Fornos, 7Telef: 258829928 Pousada do Monte de Santa LuziaO sítio tem uma vista extraordinária sobre a cidade e a foz do Lima. A cozinha não deslustra a

paisagem: linguado com molho de manteiga, camarão tigre grelhado, medalhões de porco com castanhas ou bife com aguardente velha.Monte de Santa LuziaTelef: 258800370

Taberna do ValentimLocalizado perto da lota de Viana, onde o restaurante se abastece de peixe e de inspiração. A sopa de peixe, a chamada “chorinha”, é uma especialidade muito apreciada. A caldeirada e o arroz de peixe recomendam-se.Rua Monsenhor Daniel Machado, 180Telef: 258827505

Confeitaria NatárioUm dos locais da cidade onde mais se mastigam coisas doces e salgadinhos. Folhados de camarão, pasteis de carne e frigideiras, sempre frescos. Para adoçar a boca, mariazinhas, biscoitos, cavacas e torta de Viana. Lista de vinhos com fama de superar as de muitos restaurantes.Rua Manuel Espregueira, 37Telef: 258822376

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Rota das serras

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As serras, como os homens, não de medem aos palmos. A Serra da Abo-boreira não é grande, com os seus 100 km2, mas são muitos os motivos que justificam uma visita. Granítica e muito antiga, estende-se por territórios de três concelhos – Amarante, Baião e Marco de Canaveses – e chega até aos 1000 metros acima do nível do mar.

A Serra da Aboboreira encanta-nos, antes de tudo, pelos seus predicados naturais. A vegetação rasteira das zonas mais altas, o tojo, a urze, a giesta. As manchas de carvalhos, sobreiros, castanheiros e pinheiros-bravos. O belíssimo azevinho. Os rios, ribeiros e riachos que nela nascem ou a atravessam. As aves de rapina, os répteis, os felinos, as inúmeras espé-cies de animais que ali encontram condições ideais de vida.

Uma das atracções principais da serra é a sua notável necrópole mega-lítica, uma das maiores do país. Os monumentos encontram-se quase todos em zonas planálticas, com aces-sos que nem sempre são óbvios para visitantes desprevenidos. Bem mais acessíveis são as aldeias serranas per-didas nas encostas e em pequenos vales, onde, apesar da desertificação crescente dos lugares, ainda se pas-toreia e se pratica agricultura e pecu-ária de subsistência. Tudo isto, e o mais que a curiosidade de cada um for capaz de descobrir, estão à sua espera na bela Aboboreira.

Serra D’argaUm imenso miradouro granítico para o Alto Minho

PARA VER

Passeio automóvelPelas argas da serraUma maneira cómoda de conhecer a Serra d’Arga é percorrê-la de automóvel, usando as excelentes estradas que a atravessam. Um dos percursos mais acessíveis é o que se acede da A28, auto-estrada litoral que, desde o Porto, passa em Viana do Castelo em direcção à fronteira com Espanha. Pouco depois de Viana, entra-se na serra seguindo as indicações de Arga de São João.

Aí chegados, a estrada leva-nos até um dos mais preciosos locais da serra: o mosteiro de São João d’Arga, composto por capela, do século XIII, e um antiquíssimo conjunto de construções que serviam de albergue aos peregrinos, provavelmente edificado no século VII por ordem do bispo de Braga, São Frutuoso. O mosteiro e a capela é palco de uma das romarias mais típicas do Minho, a 28 de Junho.

A visita continua até às aldeias serranas de Arga de Baixo, Arga de Cima e termina na freguesia limiana de Estorãos, uma das povoações onde não faltam casas e moinhos recuperados para passar uns dias descansados em ambiente natural.

Passeios a Pé Pelos trilhos de montanhaA Serra d’Arga tem belezas que, para serem apreciadas, exigem mais do que uma visita de automóvel. Uma das formas de

entrar mais fundo no coração da serra é através de percursos pedestres devidamente sinalizados.

Há várias instituições que organizam caminhadas pela serra. A Valimar, associação de municípios da região, proporciona o acesso a passeios seguros pela serra, através do download de mapas adequados em (http://www.valimar.org/index.php?section=2). Entre outros possíveis, há os trilhos da Arriba Fóssil, da Mesa dos Quatro Abades, da Pedra Alçada ou do Cabeço do Meio-Dia.

Na aldeia de Arga de Baixo há um refúgio de montanha que pode ser usado pelos caminhantes da serra. Não é um alojamento turístico, perfilando-se como uma estrutura simples de apoio a pernoitas em condições rústicas, com dormitório para 30 pessoas. A administração do local está a cargo do Clube Celtas do Minho, que proporciona também guias de montanha e propõe percursos pela serra.

Valimar ComUrb Villa Moraes Rua João Rodrigues Morais Ponte de Lima Tel. 258 909340 Fax 258 909349

Clube Celtas do MinhoTel. 251818027 ou 961949703/4/5Email: [email protected]

MiradourosSenhora das NevesSão muitos os locais onde é possível ter uma visão

panorâmica da paisagem envolvente da serra d’Arga. Um dos locais de mais fácil acesso é o da Senhora das Neves, no cume da Serra por cima das freguesias de Argela e Venade pelo lado poente e, pelo lado oposto, por cima da Freguesia de Gondar. O panorama é deslumbrante. Vê-se o estuário do rio Coura e o rio Minho junto a Caminha, bem como aldeias portuguesas e galegas nas duas margens do rio.

Povoações a visitarPara além das já referidas Arga de São João, Arga de Cima, Arga de Baixo e Estorãos, outras povoações podem ser visitadas. A mediática Vilar de Mouros, por exemplo, e também Dem, Orbacém, Montaria, Gondar, Covas ou Cabração.

PARA COMER

AmândioCasa forte nas entradas, em bacalhaus e peixe fresco. Serve uma caldeirada de peixe famosa, mas é preciso juntar, pelo menos, quatro pessoas, com encomenda prévia. No fim, recomenda-se a tarte de ovos com canela.Rua Direita, 129Telef: 258921979Caminha

Café ValadaresEspecialista em mariscos frescos. Gambas, mexilhões, amêijoas, navalheiras, pitéus que vão muito bem com um bom Vinho Verde branco fresco.Travessa Cabo Custódio Tavares Coutinho

Telef: 258921097Caminha

TeresaCasa simples, perto do fim da Rota das Aldeias da serra que lhe propomos em cima. Uma das especialidades é o cabrito à Serra d’Arga, com um sabor forte e muito característico. Leite creme e arroz doce para remate de refeição.Largo da FeiraTelef: 258731409Lanheses

AncoradouroSala rústica e confortável. As carnes barrosãs grelhadas estão entre os pratos recomendados, para além de bacalhau à lagareiro e peixe fresco. Lista de vinhos cuidada.Rua João B. SilvaTelef: 258722477Moledo

GaivotaBacalhaus, muitos e bons, com o “à Braz” a fidelizar clientela. Rojões, cabrito assado e, ao domingo, cozido à portuguesa. Creme queimado.Rua do CruzeiroTelef: 258921661

Moledo

A TascaUma tasca, como diz o nome. Mas com especialidades culinárias famosas. Peixe para grelhar e parrilhada, um invulgar bife de tamboril na brasa e um adequado bacalhau com broa à moda da Serra d’Arga.Rua Laureano Brito, 4

Telef: 258951183Vila Praia de Âncora

Hotel MeiraRestaurante de hotel com fama de bem servir. Creme de santola, camarão da pedra, peixes grelhados, rojões à moda do Minho e cabrito à Serra d’Arga. Lista de vinhos extensa.Rua 5 de Outubro, 56Telef: 258911111Vila Praia de Âncora

IbraimMarisco e peixe fresco preenchem grande parte da ementa. Sapateira e santola recheadas, amêijoas à Bulhão Pato e outros frutos do mar.Rua dos Pescadores, 11Telef: 258911689Vila Praia de Âncora

A AdegaBacalhau à moda da Margarida da Praça, arroz de cabidela, o proverbial arroz de sarrabulho, cabrito assado à moda de Monção, que por lá tem um nome pouco canónico, pergunte e dir-lhe-ão… Leite creme e pudim Abade de Priscos.Lugar da Aldeia, 161Telef: 258727355Lanhelas, Caminha Bar do RioMuito peixe fresco, em filetes, cozido, grelhado, com arroz. Bacalhau, como convém em casa minhota, e carnes grelhadas, mas não muitas.Lugar da CalhetaTelef: 258727772Lanhelas

PARA VER

Passeio automóvel Pelas aldeias serranasUma forma fácil de conhecer algumas das mais típicas aldeias da Aboboreira é recorrer às excelentes estradas asfaltadas que bordejam a serra. Saindo de Amarante em direcção à Régua, pela EN 101, há saídas sinalizadas para estradas razoáveis que servem algumas aldeias serranas: Jazente, Carvalho de Rei, Travanca do Monte ou Telões. Um outro percurso simples e acessível é o que liga Baião à EN 101, pela EN 321, dando acesso a povoações como Campelo, Ovil, Boscras ou Loivos do Monte.

À descoberta das antasNa Serra da Aboboreira foram já sinalizados cerca de quatro dezenas de monumentos megalíticos (antas e mamoas) que integram um dos maiores conjuntos deste género em território português. É um dos motivos de maior interesse da serra e pretexto para visitas de estudiosos ou simples curiosos. Para quem não se entusiasma com “montes de pedras”, mesmo carregados de história e significado, é sempre um prazer extraordinário penetrar no âmago de uma serra como a Aboboreira. Os acessos para as necrópoles fazem-se por estradões de montanha e, por vezes, não são fáceis. Convém preparar a visita, pedindo informações a quem sabe.

1) Anta de Chã de Parada ou da AboboreiraDatada do III milénio a.C., é a mais famosa, mais bem conservada e maior de todas as antas estudadas na Aboboreira.2) Conjunto megalítico de Outeiro de GregosConstituído por cinco mamoas de características diferentes e, pensa-se, erguidas em épocas distintas3) Conjunto megalítico de Meninas do CrastoConstituído por seis mamoas4) Conjunto megalítico de Outeiro de AnteConstituído por quatro mamoas. Foi aqui que, há cerca de 30 anos, se iniciaram as escavações e estudo das necrópoles

Estes conjuntos localizam-se em Ovil, Baião. Aconselha-se o recurso a informação detalhada, por exemplo, junto do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Baião, que prepara visitas às necrópoles megalíticas. Há muitas associações a organizar passeios pela Aboboreira, nem sempre em datas coincidentes com a disponibilidade dos visitantes.Núcleo de Arqueologia do Museu de BaiãoRua Eça de Queiroz; BaiãoTelef: 255540550Fax: 255540510

CAMPO ABERTO (Passeios à Serra) Rua de Santa Catarina, 730-2º Dtº, Porto

Fax: 22 975 95 92 Email: [email protected]

Pelas margens do rio ovelhaUma das pérolas líquidas da Serra da Aboboreira, o rio Ovelha nasce na freguesia da Aboadela e percorre umas poucas dezenas de quilómetros até engrossar o Rio Tâmega. É um rio impoluto, cheio de recantos pitorescos, ora manso ora tumultuoso, prenhe de vida. Salgueiros e amieiros saúdam-no das margens, lontras, toupeiras, ratos-de-água, rãs, lagartos e cobras-de-água alimentam-se de tudo o que as suas águas mantém vivo e saudável. Na freguesia marcoense de Várzea de Ovelha e Aliviada - terra da famosa cantora luso-brasileira Carmen Miranda e uma das povoações abençoadas pelas águas do Ovelha - há uma associação, a dos Amigos do Rio Ovelha, que organiza passeios pelo rio. Escolha um dia de sol, não se esqueça da máquina fotográfica e deixe-se levar pelos encantos de um rio vivo, limpo e belo.Associação dos Amigos do Rio OvelhaLugar do PassalVárzea de Ovelha e Aliviada Telef: 916472151 / 918397991 / 931109418Email: [email protected]

PARA COMER

Pensão BorgesAos dias de feira em Baião, aos

domingos e feriados, a casa serve um famoso anho assado em forno de lenha “sobre arroz de alguidar”. E há um salpicão de língua de porco, entre outros enchidos mais canónicos. Vitela arouquesa e um estufado de miúdos de cordeiro. Pudim e “bolo da prima”.Rua de CamõesTelef: 255541322Baião

O AlmocreveBacalhau à moda da casa ou azeitado com batatas a murro, anho assado no forno, vitela arouquesa e cabrito à serrana.Portela do Gove, BaiãoTelef: 255551226

O PlátanoArroz de repolho ou de grelos com chouriço. Bacalhau na brasa com batatas a murro. Anho assado aos domingos. Posta de vitela.Largo Eça de Queirós, FornosMarco de CanavesesTelef: 255534349

Casa da CalçadaRestaurante cultor da chamada cozinha criativa, com propostas peculiares. Folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chandon Largo do Paço, 6AmaranteTelef: 255410830

Casa SilvaPode começar pelas pataniscas

de bacalhau e as petingas. Depois, um bacalhau assado e lascado, antes do cabrito em forno de lenha. Remate com um prometedor bolo de chila com amêndoa.Larim, GondarAmaranteTelef: 255441484

LusitâniaRestaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negócio.Rua 31 de JaneiroAmaranteTelef: 255426720

Quinta da LamaRestaurante num antigo lagar de azeite. A tábua de enchidos e queijos merece destaque. Bacalhau com migas de broa de milho, posta à lagar ou bife com castanhas.Real, Vila MeãAmaranteTelef: 255733548

Café-Bar São GonçaloNo centro da cidade, com vista para o miolo urbano e o rio Tâmega. As propostas variam, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, há doçaria da terra.Praça da República, 8AmaranteTelef: 255432707

Não é possível ter-se uma visão pano-râmica da bonita região do Alto Minho sem subir à Serra d’Arga. E é muito fácil lá chegar. As estradas estão em bom estado e atravessam algumas aldeias serranas, como são as famosas “argas”: a Arga de S. João, a Arga de Baixo e a Arga de Cima. Subir à granítica serra que se ergue um pouco mais de 800 metros acima do nível do mar, entre os rios Lima e Minho, é penetrar num autêntico museu de história dos homens e da evolução da natureza.

Muitos dos vestígios da actividade humana ao longo dos séculos ainda hoje são visíveis. Desde os remotos monumentos megalíticos, passando pelos castros da Idade do Ferro, até aos tempos do povoamento intensivo da serra, com a introdução da cul-tura do milho. Ainda há espigueiros, casas de xisto, tradições ancestrais como o trabalho em linho e a matança do porco. Tudo envolvido numa paisagem atravessada por ribeiros de água cristalina, piscinas naturais, campos verdes, carvalhos, sobreiros, pinheiros, amieiros, cas-tanheiros. E animais selvagens e fugi-dios, como a lontra, a toupeira d’água ou o corço.

De carro ou a pé, pelas estradas de asfalto e terra batida ou por trilhos de pastores, visitar a Serra d’Arga é olhar o Alto Minho de uma outra perspectiva, surpreendente.

XXXXXXXXXXXO Vinho Verde, com características que fazem dele um produto único e inconfundível, com a sua delicada frescura e o seu perfume floral, deve muito às serras que se estendem desde a região de Monção e Melgaço até às terras de Arouca e Vale de Cambra. Ao funcionarem como barreiras de condensação da humidade transportada pelos ventos atlânticos, as serras estão entre as grandes “culpadas” pela alta pluviosidade da região, pela sua enorme fertilidade e pela cor verde que domina a paisagem. E são também, no caso particular da sub-região de Monção e Melgaço, as responsáveis pelo micro-clima que deu justa fama ao Vinho Verde alvarinho.

Para além desta dívida climática, a região tem nas serras alguns dos seus mais fortes argumentos paisagísticos, culturais e patrimoniais. Em tempo de concentração de pessoas e actividades nas grandes metrópoles, as serras assumem-se como redutos de pureza, de beleza sem mácula e de autenticidade. Subir às imponentes serras da Peneda-Gerês ou do Alvão, percorrer os caminhos e as estradas que levam a aldeias perdidas como Castro Laboreiro, Pitões das Júnias, Lamas de Olo ou Ermelo, é penetrar num mundo diferente, medido de outra forma e com outros valores.

Não há duas serras iguais. Na Aboboreira brilham as necrópoles megalíticas e cursos de água pura como o rio Ovelha. Na Freita há estranhas pedras de onde saem pedras, a extraordinária Frecha da Mizarela e ruínas mineiras que sinalizam a febre do volfrâmio. Na serra d’Arga encontramos, acessível, enquadrado por encostas pintadas de verde, o antiquíssimo Mosteiro de São João de Arga. No Montemuro, as estrelas são aldeias como a Gralheira, Boassas ou Vale de Papas e artesãos que mantêm vivas práticas seculares. Mundos distintos, servidos por acessos fáceis e boas estradas. À sua espera.

Serra da AboboreiraNecrópoles milenares, aldeias serranas e belezas naturais

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Rota das serras

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A Serra da Freita ergue-se na região de Entre Douro e Vouga e é um dos desti-nos predilectos das pessoas das vilas e cidades das redondezas que, sobretudo no tempo quente, apreciam uma tarde bem passada cercados por paisagens imaculadas. Para os forasteiros, os atractivos da Freita resumem-se, por vezes, a uma ou duas aldeias emblemá-ticas e a dois fenómenos naturais cati-vantes: uma queda de água de mais de sessenta metros, na Mizarela, e as cha-madas “pedras parideiras”.

Acontece que a Freita tem mais para nos dar do que a belíssima Frecha da Mizarela, as estranhas pedrinhas que se soltam da pedra-mãe, o bife de Alva-renga ou a famosa posta arouquesa. Na serra nascem e correm vários cur-sos de água, e um deles, o Paiva, é um típico rio de montanha, saltando sel-vagem por vales apertados até se entre-gar ao gozo de banhistas em tranquilas praias fluviais. Vale a pena percorrer as estradas e caminhos que nos levam a aldeias rústicas encravadas nas

encostas, lutando contra a desertifica-ção e procurando manter hábitos e culturas ancestrais.

Na Serra da Freita, o planalto aus-tero de vegetação rara e rasteira con-trasta com vales profundos atravessa-dos por rios envolvidos em denso manto vegetal. A serra é, também, uma das zonas onde persistem ruínas mineiras, como é o caso de Rio de Fra-des, que nos tempos da Segunda Guerra Mundial foi uma espécie de “capital do volfrâmio”.

Não há muitos anos, um respei-tado geógrafo português classi-ficou a Serra de Montemuro como “a mais desconhecida de Portugal”. Se assim era, deve dizer-se que a serra não merecia tal sorte. Encravada entre o Rio Douro, a Norte, o Rio Paiva, a poente, e, a sul e nascente, por uma linha recta que passa pelos concelhos de Lamego, Castro Daire e Régua, Montemuro tem argumentos fortes que justifi-cam a visita. A começar pelas extraordinárias condições natu-rais e a acabar nos sinais do labor das gentes.

Repleta de miradouros natu-rais com vistas panorâmicas para os vales do rio Bestança e do rio Douro, com cabeços gra-níticos adornados por capricho-sas pedras arredondadas pela

erosão, a serra veste-se de urze, giesta, tojo ou carqueja nas zonas mais altas, e de manchas de pinheiro, carvalho e casta-nheiro nas encostas. Nas mar-gens dos rios e riachos, salguei-ros, freixos e amieiros ajudam a compor trechos de grande beleza.

E há perdizes, galinholas, melros, mochos, rouxinóis. Fui-nhas, lebres e javalis. E gente. Em aldeias típicas como Boas-sas, Gralheira ou Vale de Papas, com os seus rebanhos de ove-lhas e cabras, ou no pequeno Museu do Mezio, onde artesãos mantêm vivas tradições de ces-taria, tecelagem ou tamancaria. Sem esquecer tempos idos e de grande significado, visíveis nas ruínas da muralha das Portas de Montemuro.

PARA VER

aldeias tÍPicasBoassas (Oliveira do Douro)

Um dos locais de onde se pode apreciar o vale do Douro. Na aldeia, destacam-se a austera Casa do Cubo ou a “Casa Armoriada Setecentista”. A freguesia tem também lugares que merecem visita: Castelo, Fundoais ou Vila Nova.

Gralheira (nos limites do concelho de Cinfães)

Tida como a “princesa da serra”. Tem no seu centro uma pequena capela dedicada ao Senhor da Boa Morte, com um tosco e adorável Cristo crucificado, em pedra, sobre um altar de talha muito simples. A capela costuma estar fechada, mas a guardiã anda por ali e tem a chave… Há ainda, nos arredores, sepulturas cavadas na rocha, o Penedo da Saúde e moinhos de água comunitários.

Vale de Papas (freguesia de Ramires)

Uma das aldeias que conserva ainda um bom número de casas com cobertura de colmo. Vá lá, antes que o colmo seja substituído por telha. Há

também um conjunto de construções em granito amarelo, a capela, a eira comunitária e os tradicionais espigueiros, conhecidos por “canastros”.

de automóvel Pelo alto da serra

Uma abordagem cómoda, simples e automobilizada às zonas mais altas da serra de Montemuro faz-se pelo trajecto entre Castro Daire e Cinfães, tomando como eixo a Estrada Nacional 321. Em Castro Daire toma-se a EN2 em direcção a Lamego e, poucos quilómetros volvidos, segue-se pela 321 em direcção a Cinfães, saindo desse eixo rodoviário para estradas secundárias que dão acesso a aldeias serranas. Passagem pela Gralheira, Vale de Papas, Pimeirô e Alhões, e daí atè às Portas de Montemuro.

Portas de Montemuro – os vestígios arqueológicos podem ter origem num castro da idade do ferro, mais tarde romanizado e, depois da independência de Portugal, a partir do século XII, usado como fortificação defensiva. Em tempo de paz, para além das ruínas, desfrute de uma magnífica vista sobre o vale do

Bestança, um dos rios que nascem na serra de Montemuro.

De volta à 321, é altura de derivar até Sá e Casais e de subir ao alto do monte até à capela de S. Pedro do Campo, lugar de bons ares que serviram, em tempos, para ajudar a tratar a tuberculose. De regresso à estrada principal, siga até à saída à esquerda para Marcelim, lugar de onde se avista o Rio Douro. Regresso à 321, até Cinfães.

ContactosPosto de Turismo de CinfãesPaços do ConcelhoTelef: 255560571

Câmara de Castro DaireRua Dr. Pio de Figueiredo, 42 Posto de TurismoTelef: 232 382 121

a Pé Pelo vale do rio bestanÇa

Percurso essencialmente pedestre por caminhos estreitos e troços de velhas estradas romanas pelo vale do Bestança, considerado um dos rios menos poluídos da Europa. A EN 321 volta a ser o eixo principal, saindo de Cinfães para sul até à saída para Vila de Muros, onde deve deixar o carro.

Descida a pé até ao vale do Bestança para ver o rio, a ponte românica de Covelas e os moinhos. Regresso ao carro para percurso até Pias, onde se atravessa para a outra margem do rio em direcção a Covelas e depois Ruivais, derivando à direita para Ferreiros e a zona arqueológica do Monte das Coroas. Siga depois em direcção à aldeia típica de Boassas e desça até Porto Antigo, onde o Bestança abraça o Douro.

ContactoAssociação para a Defesa do Vale do BestançaApartado 22, Cinfães Telef: 255 562 233 ou 968 013 140 [email protected]

artesanatoO artesanato é uma das

riquezas da Serra de Montemuro. Aqui ficam sugestões e contactos para apreciar alguns dos produtos saídos das mãos de artesãos da região:

Cooperativa dos Artesãos do MontemuroExposição e vendas de cestaria, tamancos e tecelagem de linho e lã Estrada Nacional 2

Mezio - Castro Daire Telf: 254 689 265 / 254 689 247 Fax: 254 689 247

Capuchinhas de MontemuroTrabalhos artísticos em linho e burel Rua da Moutinha, Campo Benfeito Gosende Tel/Fax: 254 689 160 E.mail: [email protected]

Combate ao FrioTrabalhos em linho e lã Relva, Monteiras Telf: 232 373 375 Horário: 2ª a 6ª das 9.00h às 12.00h

As Lançadeiras de MontemuroCooperativa de artesanato Rua da Tapada, nº. 1 Picão Telf: 232 373 777 - 232 373 300

Cestaria em verga e castanho – Codeçais, ErmidaCestaria, Brezas (palha e silva) – Lamelas, Rossão, Colo de Pito e Campo BenfeitoLinho, tecelagem de linho e lã – PicãoLatoaria – MõesMeias de lã, rendas e bordados e queijo de cabra – Moura Morta (232373524)Tamancos e capas de palha

– BaltarTecelagem de mantas – Cêtos e Póvoa de MontemuroCestaria em vime e madeira – Ermida (232373396)Cestaria em vime, madeira, silva e palha – Rossão (254689179)Cestaria de Junco – Pedra Furada, Reriz (232386724)

PARA COMER

Solar de MontemuroCasa tradicional onde

reinam a posta arouquesa e as especialidades confeccionadas com vitela e cabrito. Há também umas invulgares papas de perdiz e bacalhau à Azenha.

Lugar de Azevedo, Tendais

CinfãesTelef: 255571715

O Meu GatinhoPolvo à lagareiro,

bacalhau com broa e os pratos baseados nas carnes da região.

Rua Capitão Salgueiro Maia

CinfãesTelef: 255563930

Restaurante da Estalagem de Porto Antigo

Com esplanada junto à

foz do rio Bestança. Especialidades: “charbonada” e bacalhau à moda da casa.

Porto Antigo, Oliveira do Douro

Telef: 255560150

Restaurante MezioIntegra um pequeno

museu de artesanato ligado a cooperativa de artesãos de Montemuro. Entradas baseadas em enchidos da região. No pratos de combate, destaques para o arroz de feijão com salpicão cozido, o cabrito assado no forno com batatas e arroz e o lombo de vitela assado no forno.

Estrada Nacional 2, MezioCastro DaireTelef: 254689265

O Pastor do Hotel Montemuro

Integrado nas Termas do Carvalhal, em Castro Daire. Nos peixes: trutas grelhadas com presunto, bacalhau assado no forno ou à lagareiro, arroz de polvo com gambas. Nas carnes: assado misto de cabrito, vitela e lombo de porco, arroz de feijão com salpicão ou cabrito no churrasco.

Mamouros, Castro DaireTel: 232381154/ Fax:

232381112

Serrada FreitaRios selvagens, pedras estranhas e terras do volfrâmio

Serra de MontemuroAldeias típicas, artesanato e vistas sobre o Bestança e o Douro

PARA VER

aldeias serranasribeiraO acesso à aldeia faz-se por uma estrada muito íngreme, quase assustadora, que sai do miradouro da Mizarela, de onde se avista a famosa Frecha. É uma povoação escondida dos olhares distraídos, com moinhos de água, casas tradicionais e uma paisagem envolvente de rara beleza.

Mizarela (Frecha da Mizarela)Com o Rio Caima, a Frecha da Mizarela é a principal atracção da aldeia, com uma queda de água de mais de 60 metros de altura, uma das maiores de toda a Europa. A escarpa da Mizarela é, também, algo de espectacular.

CandoPequena aldeia da freguesia de Cabreiros, é uma povoação rústica com uma dezena de casas de xisto que encanta os visitantes e que interpreta bem a alma da Serra.

Castanheira (Pedras Parideiras)Aldeia próxima da Mizarela, muito solicitada pela proximidade de um fenómeno geológico único em Portugal e raro em todo o mundo, o das “pedras parideiras”. Trata-se de afloramentos graníticos de onde “saem” pequenas pedras soltas - ou “paridas” - pela pedra-mãe, por efeito da erosão. O fenómeno, segundo informação que pode ler-se no local, tem a bonita idade de 280 milhões de anos…

Albergaria da SerraUma das aldeias mais altas da serra, com nome derivado da existência, em tempos recuados, de um albergue de apoio aos viajantes.

DravePovoação praticamente abandonada, misteriosa, incrustada nas pregas do monte. O acesso é feito a pé.

aldeias do volFrÂmioA Serra da Freita foi um dos locais escolhidos por companhias estrangeiras durante a Segunda Guerra Mundial, designadamente alemãs e inglesas, para explorar o então precioso volfrâmio.

Com o fim da guerra, a exploração foi sendo progressivamente abandonada. Hoje, restam ruínas de minas e habitações ligadas a essa autêntica febre do “ouro negro”, usado no esforço de guerra para endurecimento de armas e munições.

Rio de Frades, na freguesia de Cabreiros, e Regoufe, lugar da freguesia de Covelo de Paivô, são duas dessas aldeias marcadas pela corrida ao volfrâmio.

Praias Fluviais do rio PaivaTípico rio de montanha, selvagem, tumultuoso e excelente para práticas aquáticas radicais, o Rio Paiva também se oferece calmo e pacífico e vai desenhando, ao longo do seu percurso, oásis para os amantes das praias de água doce. Paradinha, Areinho, Janarde, Vau e Espiunca são algumas das praias fluviais acessíveis.

Percursos PedestresAs hipóteses de passeios a pé são inúmeras. A Câmara de Arouca propõe, entre outros:

- passeio pelas “Cercanias •da Freita”, com partida e chegada da capela de Stª

Maria do Monte e a duração de três horas, com passagem por Santa Eulália, Burgo, Torre de Mouros e pelo Memorial de Santo António;

- o sugestivo “Caminho do •Carteiro”, com duração de quatro horas, com partida do Largo da Aldeia do Rio de Frades e chegada junto aos moinhos de Tebilhão;

- percurso “Nas escarpas •de Mizarela”, durante três horas e meia, com saída e chegada no Parque de Campismo do Merujal, com passagem pelas aldeias da Mizarela e Ribeira;

- uma “Viagem à pré-•história” com grau de alguma dificuldade, por caminhos tradicionais, durante seis horas, com saída e chegada da aldeia de Merujal.

Miradouro do Monte da Srª da MóA 8 quilómetros de Arouca, a 700 metros de altitude, o Monte da Srª da Mó, para além de uma invulgar capela, permite desfrutar uma vista panorâmica sobre o vale de Arouca.

Mosteiro de AroucaO edifício primordial será do século X, com ampliações e reconstruções nos séculos XV e XVI. O que vemos hoje é dos séculos XVII e XVIII. Para além de um notável Museu de Arte Sacra, merecem ser vistos a Igreja, o Coro das Freiras, os claustros, o refeitório e a cozinha.

Parque de Campismo do Merujal Merujal, Serra da Freita [email protected] Tel. 256 947723 Telem 914847311 Fax 256 941834

Restaurante, bar

Posto de turismo de arouca Rua Alfredo Vaz Pinto Arouca Telefone / Fax: 256 943 575

PARA COMER

Alto da EstradaVitela e posta arouquesa na brasa, como não podia deixar de ser. Bacalhau frito com fiambre, cebolada e batatas às rodelas. Cabrito assado no forno, ao domingo. E bacalhaus vários.Arouca, à saída para BurgoTelef: 256944796

ParlamentoVitela e posta arouquesa, chouriça na brasa e salpicão na tábua, bacalhaus, miminhos de vitela na brasa, medalhões e espetada do mesmo animal. No fim, barrigas de freira, castanhas e morcelas doces.Travessa da Ribeira, 2AroucaTelef: 256949604

Casa no CampoSala com bonitas vistas para o Monte da Senhora da Mó e a Serra de Montemuro. Vitela arouquesa e cabrito, rojões com castanhas e um bacalhau com broa. O arroz de acompanhamento é de fumeiro.Lugar de Espinheiro, MoldesAroucaTelef: 256941900

O ComendadorRestaurante integrado na Estalagem Quinta do Progresso. A carne da raça arouquesa é uma das marcas da casa.Macieira-a-Velha - Macieira de Cambra Vale de Cambra Tel:256410890

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Rota das serras

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Serra poderosa e de horizontes vastos, o Alvão afirma-se, antes de tudo, pelos seus dotes naturais. Localizada a noroeste de Vila Real, à Serra do Alvão bastaria, para conven-cer os incrédulos da sua força e majestade, que subíssemos até ao Alto do Fojo e con-templássemos a fantástica escarpa rochosa por onde se precipita, em cascata, o Rio Olo, as famosas Fisgas de Ermelo. Lugar impo-nente e misterioso, com uma magia especial que convida à reflexão, é paragem obriga-

tória para quem visita o Alvão pela primeira vez e pouco menos do que irresistível mesmo para os habitués da serra.

São muitas as paisagens do Alvão. A mon-tanha granítica com planaltos adjacentes; uma zona de quartzos, de transição entre montanha e vale; os vales com declives acentuados onde correm linhas de água, plenos de vida e agitação; os pastos e lamei-ros onde se alimenta o gado maronês. Em aldeias serranas como Lamas de Olo, Bar-

reiro ou Ermelo, onde resistem algumas casas de xisto e granito cobertas com colmo, o tempo corre devagar e há tradições que ainda são o que eram, desde a confecção do fumeiro até ao fabrico do pão.

As visitas turísticas à serra fazem-se habi-tualmente no Verão, mas o Alvão merece também ser visto em tempo de frio e neve, quando um manto branco lhe dá um encanto especial, ou no Outono, altura em que se veste de cores quentes

PARA VER

aldeias serranasLamas de Olo, Ermelo, Fervença, Barreiro, Arnal, Agarez, Pioledo, Varzigueto, Galegos da Serra. Aldeias, algumas delas, ainda próximas da pureza original das povoações de montanha, com construções simples baseadas no xisto e no granito, a merecerem visita. Os tempos são outros e a serra viu-se sangrada dos homens e mulheres mais jovens, e em alguns dos lugares restam uma ou duas dúzias de pessoas, ou ainda menos. Mas há coisas, ritos, costumes que permanecem e saberes que não se esquecem. A agricultura e a pecuária continuam a ser actividades fundamentais: centeio, milho, batata, gado bovino, cabras e ovelhas dão vida à serra e sustento às pessoas.

Passeios a Pé1) Percurso de dificuldade média com um pouco mais de 13 quilómetros, para durar quatro horas e meia. Partida e chegada a norte da Barragem Cimeira, no ponto de encontro do estradão com a Estrada Municipal 312-1. A ver: aldeias de Barreiro e Lamas de Olo, lameiros, carvalhais, pinhais.

2) Percurso de 6,5 quilómetros com uma duração aproximada de três horas, mais difícil do que o anterior. Partida e chegada na Estrada Municipal 1214, entre Agarez a Arnal.A ver:declives rochosos contrastantes com campos verdes. Morro granítico de Arnal e aldeia de Galegos da Serra, moinhos e quedas de água. Vista sobre a cidade de Vila Real.Contacto:Parque Natural do AlvãoLargo dos Freitas, Vila RealTelef: 259302830Email: [email protected]

de automóvel Pelo miolo do ParQue do alvÃoA Estrada Nacional 304, que liga Vila Real a Mondim de Basto, é uma via panorâmica de grande beleza. Atravessa o Parque Natural do Alvão e, de modo simples e muito cómodo, dá uma ideia de alguns dos valores naturais e patrimoniais da serra. Um pequeno desvio perto de Ermelo dá acesso ao fenómeno natural mais marcante de toda a serra do Alvão, as Fisgas de Ermelo.

Fisgas de ermelo – Uma das maiores, ou mesmo, para muitos, a maior atracção natural da serra do Alvão. É um fenómeno que resulta de uma falha geológica provocada por uma barreira de quartzitos, originando uma transição brusca entre a zona alta de Lamas de Olo e, mais abaixo, Ermelo. Entre uma e outra vai uma distância em linha recta de oito quilómetros, passando-se dos 1000 metros de altitude para apenas 450 metros. Da parte superior deste imenso e assustador degrau rochoso despenha-se em cascatas sucessivas o Rio Olo, um afluente do Tâmega. A visão das fisgas desde o monte sobranceiro, no Alto do Fojo, é impressionante.

antas da serra do alvÃo

Classificadas como monumento nacional, as Antas da Serra do Alvão ficam fora da área delimitada do Parque Natural, junto ao Rio Torno, nas imediações de Soutelo de Aguiar. Originalmente, esta necrópole megalítica compunha-se de dez monumentos mortuários, dos quais restam cinco.

Contactos:Posto de Turismo de Mondim de BastoPraça 9 de Abril Mondim de Basto Tel. 255 389 370 / 255 381 479 E-mail: [email protected]

Centro de Interpretação do Parque Natural do AlvãoLugar do Barrio, Sítio do RetiroMondim de BastoTelef: 255381209

Posto de Turismo de Vila RealAvenida Carvalho de Araújo, 94Telef: 259322819 PARA COMER

Adega Típica de Sete ContesIscas de bacalhau para abertura, mais bacalhau nos pratos de esforço: cozido, na brasa e assado no forno. Bife na pedra, feijoada à transmontana e vitela da ilhada assada. Doce de Basto no final.Rua VelhaMondim de BastoTelef: 255382342

Casa do LagoPolvo no forno com arroz do mesmo animal. Arroz à pescador, lombinho à vilão e bifinhos com batatas saloias.Edifício das PiscinasMondim de BastoTelef: 255381800

Casa do CampoPapas à moda do Douro, creme de favas, bolinhos e pataniscas de bacalhau. Roupa velha, lampreia à bordalesa na sua época, arroz de couves com costela mendinha e alheiras com grelos.MolaresMondim de BastoTelef: 253361231

Passos PerdidosCasa com cozinha e ambiente muito gabados e vistas para as serras do Alvão e do Marão. A filosofia gastronómica passa por recuperar receitas quase esquecidas e pelo cultivo da memória de Camilo Castelo Branco. O prato-estrela do restaurante são os milhos com carne de porco. Há também truta do Marão e carapauzinhos fritos. E ainda grelhado com migas ou vitela maronesa com arroz de castanhas. Na sobremesa, destaque para o doce de calondro, feito à base de abóbora.Casa da CoutadaVilarinho de SamardãVila Real

Toca do LoboAlheiras de fabrico da casa. Reinam as carnes, com o poderoso cozido à portuguesa à cabeça. Língua estufada, cabrito assado no forno e um prato típico de Vila Real, as tripas aos molhos.Parada de CunhosVila RealTelef: 259322741

PARA VER

aldeias serranasCastro Laboreiro (Peneda)Uma das aldeias da serra mais conhecidas e visitadas, localizada no concelho de Melgaço. Os pontos de interesse são muitos. Um pelourinho manuelino, do século XVI. As ruínas do um castelo. Pontes arcaicas: da Dorna, da Capela, da Cava Velha. Moinhos, fornos comunitários, espigueiros.

Gavieira (Peneda)É na Gavieira que se encontra um dos mais procurados locais de peregrinação da região, o Santuário da Senhora da Peneda. Construído em estilo neoclássico com alguns apontamentos de barroco, o santuário integra um longo escadório. O santuário impressiona, também, pela localização, encostado a um gigantesco e dominante penedo granítico.

Soajo (Peneda)A eira comunitária, com 24 espigueiros, está implantada num morro de granito e é uma das atracções da terra. A paisagem envolvente é magnífica, como poder ser apreciado do miradouro do Coto Velho. Um pelourinho, um moinho em ruínas, a Ponte Velha, a capela.

Paderne (Melgaço)O Mosteiro de São Salvador de Paderne merece uma visita. A igreja primordial, românica, remonta ao século XII, aos alvores da nacionalidade portuguesa.

São João do Campo (Terras do Bouro)Tem um cruzeiro suportado por um marco miliário. Espigueiros. Museu Etnográfico com informação sobre a aldeia submersa de Vilarinho das Furnas. Nas proximidades, uma antiga estrada que ligava Bracara Augusta (Braga) à castelhana Astorga, conhecida por Geira Romana. E a barragem de Vilarinho das Furnas.

Lindoso (Soajo)A estrela da aldeia é o seu castelo, do século XIII, com um exterior ainda em boas condições. Em frente ao castelo há um impressionante conjunto de cerca de 50 espigueiros, encimados por cruzes. Próximo da aldeia fica a barragem do Alto Lindoso.

Tourém (Montalegre)Na aldeia destaca-se um invulgar e monumental forno, construído em pedra, com paredes reforçadas por grandes contrafortes. Tem capacidade para algumas dezenas de broas de milho. Há ainda a igreja com vestígios românicos, as ruínas de um castelo, um moinho ainda operacional e várias capelas.

Pitões das Júnias (Montalegre)Uma das aldeias emblemáticas da Serra do Gerês. Agreste, de difícil acesso, Pitões das Júnias é ainda terra de pastores. E destino para intrépidos caminhantes que não desistem de admirar o seu mosteiro do século XII, em

ruínas. Há um relógio de sol e um conjunto de túmulos megalíticos no planalto da Mourela. Um mundo à parte, de profunda rusticidade. Caldas do Gerês (Vilar da Veiga)Uma das portas de entrada nas serranias e destino turístico por excelência. As águas das termas, quentes, têm fama de curar males do fígado e da vesícula. Junto ao edifício das termas há um parque com vegetação luxuriante atravessado por curso de água.

Percursos de automóvelAs hipóteses são muitas e muito diferentes. As estradas estão em bom estado, pelo que é sempre possível a cada um desenhar o seu próprio percurso. Aqui ficam algumas hipóteses, avançadas pelo próprio Parque Nacional da Peneda-Gerês.1) Arcos de Valdevez até Castro Laboreiro, passando por Mezio e Lamas de Mouro. Pontos de interesse: Castelo e planalto de Castro Laboreiro; brandas e inverneiras (casas usadas pelo povo serrano no Verão e no Inverno); pontes medievais; turfeiras; florestas de carvalho-negral; lameiros.

2) Arcos de Valdevez até ao Soajo, passando pelo Mezio, Adrão, Srª da Peneda, Várzea, Paradela e Cunhas. Pontos de interesse: antas e mamoas do Mezio; agricultura em socalcos; santuário da Peneda; espigueiros e pelourinho do Soajo

3) Ponte da Barca até ao Lindoso. De Lindoso até Ermida, passando por Entre-Ambos-os-Rios. De Lindoso até Germil, passando por Entre-Ambos-os-Rios. Pontos de interesse: castelo e espigueiros do Lindoso; gravuras rupestres (Bouça do Calado); antas e mamoas (Mosteiro e Britelo); mata do Cabril

4) Vilar da Veiga até ao Gerês, passando por Ermida e pelo miradouro da Pedra Bela. Pontos de interesse: miradouro; vidoeiro; termas do Gerês

5) Salamonde até Tourém passando por Cambedo, Paradela, Covelães e Pitões das Júnias. Pontos de interesse: Mosteiro de Santa Maria das Júnias; antas e mamoas da Mourela; forno comunitário de Tourém

Percursos PedestresOs percursos de automóvel permitem um reconhecimento rápido e fácil da serra. Para um mergulho mais fundo no Gerês é preciso “dar à perna”, isto é, caminhar pela montanha por trilhos pré-definidos, ou fazer percursos a cavalo. Há várias hipóteses, desde caminhadas de várias horas com grau de dificuldade elevada, até percursos mais simples que podem ser feitos por todos. Em quaisquer circunstâncias, deve sempre consultar-se quem sabe.

onde FicarCasas abrigo; turismo de

aldeia; casas antigas e casas rústicas (contactos nestas páginas) Contactos:Parque Nacional da Peneda-Gerês Avenida António Macedo - Braga Tel. 253203480 - Fax 253613169

Delegações:

Arcos de Valdevez Rua Padre Manuel Himalaia - Arcos de Valdevez Tel. 25865338 - Fax 258522707

Terras de Bouro Gerês - Vilar da Veiga - GerêsTel. 253391181 - Fax 253391496

Montalegre Rua do Reigoso - MontalegreTel./Fax 27652281

Parques de CampismoLamas de Mouro, Entre-Ambos-os-Rios, Vidoeiro, Cerdeira-Campo do Gerês, Trote-Gerês

Pousada de JuventudeVilarinho das Furnas, Campo do GerêsTelef: 253351339

Reservas para estadasAdere-PG Largo da Misericórdia, nº 10 Ponte da Barca Telefone: 258 452250/258 452450 Fax: 258 452450 e.mail: [email protected]

Pousada de São Bento Vieira do Minho Tel.: 253649150/1/317 Fax

253647867

Região de Turismo do Alto Minho Castelo Santiago de Barra Viana do Castelo Tel: +351 258 820 270 Fax: +351 258 829 798 E-mail: [email protected]

PARA COMER

Pensão AdelaideRestaurante de pensão, simples mas com cozinha de qualidade. A vista é maravilhosa. Trutas de rio, bacalhau no forno, rojões à minhota, papas suaves de sarrabulho e um respeitável cabrito assado no forno. O Vinho Verde tinto da casa “funciona” bem com o cabrito e o sarrabulho.Rua de Arnasó, 45Telef: 253390020Caldas do Gerês

EspigueiroEnchidos, bacalhau frito e presunto famosos. Vitela barrosã, “cozido fagueiro” e cabrito serrano com muitos apreciadores. Bolo de melSoajoTelef: 258576136

VideiraPataniscas, caldo de farinha, presunto. Cozido à moda da terra e o inevitável cabrito no forno. Pudim e bolo de mel.Eiró, SoajoTelef: 258576205vMilho ReiBacalhaus vários, sopa à lavrador, tripas, rojões, cozido à portuguesa. Pudim Abade de Priscos.

Feira Nova, AmaresTelef: 253993328

Pousada de Santa Maria do BouroSopa de grelos enfarinhada. Bacalhau conventual. Arroz de bacalhau com bolinhos do mesmo peixe. Cabrito de caldeirada. Formigos (mexidos com pão e frutos secos) e rabanadas.Santa Maria do BouroAmaresTelef: 253371970

MartinsRestaurante de residencial. Bacalhau e pescada à moda da casa. Lampreia e sável quando os há. Papas, rojões, vitela recheada, cabrito no forno.Avenida Dr. Bernardo Ferreira, 259Vila VerdeTelef: 253311619

TorresEntradas avantajadas. Marisco fresco. Bacalhaus e outros peixes frescos e a respectiva parrilhada. Vitela, cabrito, rojões, taco de boi na brasa e picanha para os apreciadores. Toucinho do céu.Bouça, Ponte de S. VicenteVila VerdeTelef: 253361619

Costa do VezVariedade de peixe fresco. Bacalhaus nas suas variações. Vitela barrosã, entrecosto na brasa, cabrito assado no forno. À terça e ao domingo um substancial cozido à portuguesa.Quinta de SilvaresArcos de ValdevezTelef: 258516122

Horizontes amplos, imponência e beleza todo o ano

Serra do Alvão

Serras do Parque Nacional da Peneda-GerêsConvite para uma experiência duradoura e inesquecível

O Gerês é um outro mundo. Imenso e poderoso. Bonito de morrer. Próximo, suave e acessível, muitas vezes. Distante, abrupto e misterioso, outras tantas. Luminoso e colorido. Penumbroso e cinzento. Conhecer as serras do Parque Nacional da Peneda-Gerês é uma expe-riência única, impossível de concluir num dia ou numa semana. O Gerês é, para muita gente, o destino de uma vida. E nem assim, numa vida, a serra se entrega completamente. As sugestões e pistas que aqui ficam devem ser enten-didas como o preâmbulo de outras visi-tas futuras.

As serras do Gerês, do Soajo, da Peneda e a serra Amarela, que integram o Parque Nacional criado em 1971, são essencialmente graníticas. O ponto mais alto situa-se a 1500 metros de altitude, no Gerês. Os carvalhais dominam as flo-restas, mas é nas zonas mais elevadas que a diferença do Gerês melhor se afirma, com espécies que só ali se encon-tram: o lírio e o feto do Gerês ou o famoso hipericão. E há as matas de flo-resta original, como as de Albergaria ou do Cabril. E os milhares de animais de água, de terra e do ar. E os vestígios de povoamentos com milhares de anos. E os sinais da Roma imperial. E as aldeias - Castro Laboreiro, Pitões das Júnias, Lindoso, Soajo, Tourém. E os rios, importantes como o Lima ou o Cávado, ou mais pequenos, como o Vez ou o Arado. Não perca mais tempo. Bem-vindo ao deslumbrante mundo das ser-ras da Peneda-Gerês.

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Rota das Quintas

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XXXXXXXXXXXVisitar, nos dias de hoje, muitas das quintas onde se produzem grandes Vinhos Verdes, é testemunhar o louvável trabalho que, nas últimas décadas, transformou propriedades praticamente abandonadas e solares arruinados, em bonitos espaços recuperados capazes de proporcionar a quem os visita experiências únicas.

Das seis quintas aqui propostas, entre muitas outras possíveis, apenas a Quinta da Aveleda atravessou os tempos, mesmo os mais atribulados, mantendo a aura de nobreza e a ligação a uma mesma família, com os extraordinários resultados que estão à vista na bela propriedade nos arredores de Penafiel. No Solar das Bouças, no Solar de Serrade, na Quinta de Lourosa e na Quinta de Simaens, o amor, o trabalho e os capitais dos seus actuais proprietários fizeram verdadeiros milagres de reconversão. Na Quinta de Sanguinhedo, propriedade da Quinta da Lixa, grandes obras na magnífica casa senhorial vão transformá-la num hotel rural de reconhecido potencial.

Descobrir estas e outras Quintas da Região dos Vinhos Verdes permite, num único espaço, viver experiências gratificantes. Algumas têm condições para receber e instalar quem as procura, com provas de vinho, visita às vinhas e às adegas, serviço de refeições e venda directa dos produtos da empresa. Nas Quintas da região, o Vinho Verde está bem acompanhado pela hospitalidade, pelo património, pela gastronomia e pela paisagem. Por que espera?

Pérola da região dos Vinhos Verdes, a Quinta da Aveleda tem uma história tão longa quanto extraordinária. As referências ao seu aparecimento remontam ao século XVI, mas admi-te-se que terá nascido muito antes. Uma das marcas que a distinguem é a de se manter na posse da mesma famí-lia, os Guedes, há mais de trezentos anos; acima de tudo, está o facto de chegar aos dias de hoje como uma grande empresa vitivinícola, líder de mercado dos Vinhos Verdes e deten-tora de um património invejável, com destaque para a belíssima Quinta dos arredores de Penafiel.

Embora o património e a actividade da empresa não se limitem à proprie-dade localizada em Penafiel e aos Vinhos Verdes, a Quinta da Aveleda é, sem dúvida, a jóia da companhia: pela sua longa história; pela ligação umbi-lical e ininterrupta à mesma família; e pela extraordinária beleza de uma propriedade que não se esgota nos seus 150 hectares de vinhedos, de onde saem prestigiados vinhos da região.

Passear pelas ruas e avenidas que envolvem a bonita casa senhorial; con-templar as suas fontes, lagos e jardins; descansar nos recantos discretos que se abrem à curiosidade dos visitantes; admirar as árvores centenárias que

enobrecem o espaço; visitar as vinhas e provar os vinhos da Quinta; ou pene-trar no mundo mágico e penumbroso da adega velha, permite sentir a Quinta da Aveleda e perceber, como querem os seus proprietários, uma especial “forma de estar na vida”, criada e pre-servada há séculos.

Um passeio pela quintaA Quinta da Aveleda propõe aos visi-tantes um percurso pelas ruas e ala-medas da propriedade, sinalizado num mapa distribuído na recepção. Entre outros pontos de interesse, e para além dos jardins, lagos e árvores seculares, destacam-se a Janela Manue-lina pertencente à casa-berço do Infante D. Henrique, a Torre das Cabras, a Casa de Chã em estilo vito-riano, a Fonte das Quatro Estações da autoria do mestre João da Silva, a Casa Senhorial datada, na sua versão ini-cial, de 1671, a Capela com altar de talha e iluminuras e a Adega Velha, onde repousa a famosa aguardente de Vinho Verde que é um dos ex-libris da Aveleda.

Programas de VisitaPara além do passeio pela Quinta, a empresa propõe aos visitantes os seguintes programas:

Serviço de restaurante, para grupos •

não inferiores a 10 pessoas e não superiores a 50 pessoas, com mar-cação antecipada (excepto aos sába-dos, domingos e feriados)Visitas às caves e às vinhas e prova • de vinhos, com início nos jardins da propriedade. Inclui visita às insta-lações de engarrafamento. Com marcação prévia, para grupos não superiores a 50 pessoas (excepto aos sábados, domingos e feriados)

Os vinhosA gama de Vinhos Verdes da Quinta da Aveleda inclui

Casal Garcia. Vinho Verde Branco, • produzido a parte de castas reco-mendadas para a região. Marca his-tórica e um dos best-sellers da empresa.Aveleda Fonte. Vinho Verde • Branco.Quinta da Aveleda. Vinho Verde • Branco produzido com as castas Alvarinho, Loureiro e TrajaduraTrajadura-Loureiro (Gama Aveleda • Follies) – Vinho Verde Branco. Alvarinho (Gama Aveleda Follies) • – Vinho Verde Branco monocasta.

A Aguardente VelhaAdega Velha - Aguardente de cor âmbar, produzida a partir de Vinho Verde, que repousa dez anos em cas-

cos de carvalho da região de Limousin. Uma referência das aguardentes por-tuguesas.

Comprar vinhos e produtos da quintaNa entrada da Quinta há uma loja onde podem ser adquiridos os Vinhos Ver-des e outros vinhos produzidos pela empresa, e também queijos e compo-tas de produção própria.

Como chegarDo Porto – Tomar a auto-estrada A4 (Vila Real/Valongo) e sair nas indicações Penafiel Sul/Entre-os-Rios. Depois de passar a portagem, virar à direita no sentido de Paredes. Virar novamente na primeira à direita, a cerca de 300 metros. Seguir 1 quilómetro até encon-trar a entrada da Quinta

Horários e contactosAs visitas à Quinta da Aveleda podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. Para grupos, é necessária marcação prévia.Marcações:Telef: 255718200Fax: 255711139E-mail: [email protected]

Penafiel

Quinta da AveledaBeleza, tradição e inovação numa quinta familiar com mais de cinco séculos de história

Com origem no século XVII, a Quinta de Lourosa renasceu no último quartel do século passado, fruto da paixão pelas vinhas e pelo vinho do professor catedrático Rogério de Castro e de sua filha, a jovem enóloga Joana de Castro. É, a vários títulos, uma quinta exem-plar e um destino quase obrigatório para os amantes da vitivinicultura. Foi nela que se experimentou um novo e revolucionário sistema de organização das vides, conhecido por condução em Lys. Nos 27 hectares de vinha da Quinta fazem-se ousadas experiências de selecção e adaptação de novas cas-tas na região dos Vinhos Verdes, com resultados encorajadores.

Os actuais proprietários da Quinta de Lourosa juntaram à inovação e expe-rimentação vitivinícola, um acolhi-mento hospitaleiro e condições que proporcionam aos visitantes dias bem passados. As casas foram recuperadas e acrescentadas com novos espaços, conjugando-se tradição e arquitectura moderna. Na Quinta de Lourosa há a preocupação de proporcionar a quem a visita uma oferta integrada e variada, que inclui visitas à quinta e à nova adega, provas de vinhos, e um con-junto de pacotes turísticos onde estão presentes a gastronomia regional ou criativa, o artesanato e visitas a lugares com interesse histórico e monumen-tal. Localizada no jovem concelho de Lou-sada, a pouco mais de 40 quilómetros do Porto e servida por excelentes aces-sos, a Quinta de Lourosa é um destino de eleição para os mais exigentes adep-tos do enoturismo.

O que tem a QuintaAlém das vinhas e da adega, a Quinta de Lourosa está equipada com seis quartos com casa de banho privativa e um apartamento com kitchenet, um salão de jogos, sala de provas, piscina, campo de ténis e um parque infantil.

Os vinhosO portfolio de vinhos da Quinta, traba-lhado pelo enólogo Anselmo Mendes, conta com Vinhos Verdes tradicionais, espumantes brancos, tintos e rosés e criações saídas de experiências bem sucedidas com castas pouco usadas na região. Há Vinhos Verdes Espumantes Branco, Tinto e Rosé; Vinho Verde Branco “Lot 4”; Vinho Verde Branco “Quinta de Lourosa”; Vinho Verde Rosé “Lot 4”; Vinho Regional Minho Tinto Superior (feito com castas como Tou-riga Nacional, Aragonês, Syrah, Jaen ou Merlot); e Vinho Regional Minho Tinto (com Touriga Nacional e Mer-lot).

Pacotes turísticos para todos os gos-tosA Quinta oferece aos visitantes cinco pacotes turísticos diferentes:

Enoturístico:• com prova de vinhos, menu de degustação e visitas às vinhas e adega (3 dias e 2 noites)Cultural:• com visita a monumentos da região, exposições, teatro, con-certos e artesanato (2 dias e 1 noite)Romântico:• inclui jantar à luz de velas (2 dias e 1 noite)SaúdeeDesporto:• inclui aulas de capoeira e yoga, karting e hipismo,

ténis, ping-pong e matraquilhos (3 dias e 2 noites); Gastronómico: refei-ções segundo os critérios da “nou-velle cuisine”, francesinha ou tradi-cional (3 dias e 2 noites)

Rota do Gourmetde Abril a OutubroPercurso turístico-gastronómico que inclui pequeno-almoço na Casa de Juzam; uma prova de vinhos na Quinta da Tapada; um almoço típico numa adega regional; e lanche de petiscos tradicionais na Quinta de Lourosa.

A lojaNuma das casas recuperadas da Quinta funciona uma loja onde se podem adquirir todos os vinhos produzidos pela empresa e produtos gourmet da Casa de Juste (compotas, chá, azeite e mel)

Como chegarDe Guimarães: gerar rota no mapa Google com as indicações de partida Gui-marães e de chegada 41.294559,-8.30266De Lousada: gerar rota no mapa Google com as indicações de partida Lousada, Portugal e de chegada 41.294559,-8.30266

ContactosQuinta de Lourosa, Sociedade Agrícola LdaSousela, LousadaTelef: 255810480Telemóvel: 919973136Fax: 255810489

Sousela, Lousada

Quinta de Lourosa Um destino de eleição para os adeptos do enoturismo

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Rota das Quintas

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A Quinta da Lixa, situada muito perto do centro da nova cidade da Lixa, é, respeitando as palavras dos seus pro-prietários, um símbolo e um “teste-munho vivo da paixão que a família Meireles sempre teve pelos Vinhos Verdes”. Não há muitos anos, os Mei-reles tinham vinhas nos arredores da Lixa e vendiam a granel o vinho que produziam. Mas rapidamente perce-beram que um salto qualitativo recla-mava o controlo de todo o ciclo pro-dutivo, desde a vide até à garrafa. A compra da Quinta da Lixa, com os seus sete hectares de vinha, criou condi-ções para transformar a empresa numa produtora qualificada de Vinhos Verdes.

Em 1999, a compra de uma nova propriedade com 30 hectares, a Quinta de Sanguinhedo, localizada a poucos quilómetros da sede da empresa, aumentou substancialmente a capaci-dade produtiva e abriu um novo campo de actividade. A nova quinta, com efeito, conta com uma casa que, depois de recuperada, vai possibilitar à Quinta da Lixa a aposta no turismo enológico de qualidade, transforman-do-se num bonito hotel rural cercado por vinhedos.

A Quinta da Lixa tem já condições para receber visitantes, contando com um amplo espaço para acolher gran-des eventos – a Sala dos Arcos -, um pequeno museu recheado de objectos ligados à história da vitivinicultura e uma moderna loja onde se fazem pro-vas dos vinhos da casa e se vendem aos visitantes os Vinhos Verdes e outros produtos da empresa.

Visitas e eventos para grandes grupos

Marcadas com antecedência, a Quinta da Lixa faculta visitas às vinhas, à adega e ao centro de engarrafamento. Na grande Sala dos Arcos, com 3000 metros quadrados, a Quinta da Lixa tem condições para acolher e servir até 250 pessoas.

A transformação da Quinta de SanguinhedoAs obras de recuperação e adaptação da bonita casa da Quinta de Sangui-nhedo, com início previsto para breve, prometem transformar a propriedade adquirida pelos Meireles em 1999 num novo espaço de qualidade virado para o enoturismo.

Os vinhosO portfolio de Vinhos Verdes da Quinta da Lixa conta com produtos que con-seguiram já, muitos deles, distinções atribuídas por instituições do sector e críticos do meio:- Quinta da Lixa, Vinho Verde Branco. Quinta da Lixa, Loureiro. Quinta da Lixa, Trajadura. QL – Alvarinho. Terras do Minho, Vinho Verde Branco. Mon-senhor, Vinho Verde Branco. QL-Espa-deiro, Vinho Verde Rosé. Quinta da Lixa, Vinho Verde Espumante Tinto Bruto. Quinta da Lixa, Vinho Verde Espumante Branco Bruto.

A lojaNa sede da Quinta da Lixa funciona uma loja aberta ao público e aos visi-tantes, onde podem ser provados e adquiridos os vinhos da empresa e outros produtos – azeite, mel e queijo de ovelha.

Como chegarDe Felgueiras – Gerar rota no mapa

Google a partir das indicações de par-tida Felgueiras e de chegada 41.327165,-8.150547

Do Porto - Gerar rota no mapa Google a partir das indicações de partida Porto, Portugal e de chegada 41.327165,-8.150547

ContactosQuinta da Lixa, Sociedade Agrícola LdaMonte, LixaTelef: 255 490 590Fax: 255 490 599E-mail: [email protected]

Propriedade, desde 1991, da Socie-dade dos Vinhos Borges - uma empresa que, com outra designação, está ligada aos vinhos desde há mais de um século -, a Quinta de Simaens foi transfor-mada pelos seus actuais detentores numa exploração-modelo na produ-ção de Vinhos Verdes. A Quinta conta nos seus terrenos com uma bonita casa senhorial do século XVIII, de uso e acesso privado, e tem nos 40 hectares de vinhedos o seu principal trunfo. A disposição do terreno, em suave ondu-lação, cria uma paisagem cultivada de beleza invulgar, bem patente na época em que a vinha explode numa infinita

variação de cores. A Quinta de Sima-ens foi pioneira na introdução de um sistema inovador de condução da vinha, o sistema Lys, criado pelo pro-fessor Rogério de Castro, consultor da empresa.

O passeio guiado pelas vinhas de Sima-ens pode e deve ser complementado com uma visita às modernas e funcio-nais instalações da Borges, desenhadas por um jovem arquitecto da chamada Escola do Porto, localizadas a 500 metros de distância. Aí funciona o cen-tro de vinificação e engarrafamento de Vinhos Verdes e, desde 2000, as

linhas de engarrafamento de outros vinhos e espumantes da empresa, caves de estágio e, aberta recente-mente, uma loja de venda ao público do portfolio de produtos da Sociedade dos Vinhos Borges. A partir da Prima-vera de 2008, a empresa estará em condições de proporcionar visitas guiadas à Quinta e ao centro de vinifi-cação e engarrafamento.

A lojaNas instalações da Sociedade dos Vinhos Borges, a 500 metros da Quinta de Simaens, abriu recentemente uma loja onde podem ser provados alguns

vinhos da empresa e adquiridos todos os Vinhos Verdes saídos da Quinta, bem como os restantes produtos da Borges.

Visitas à Quinta e ao centro de vini-ficaçãoAberta a loja, a empresa estará, a par-tir da Primavera de 2008, em condi-ções de receber pessoas para visitas às vinhas de Simaens, à adega e ao res-tante complexo situado nas proximi-dades da Quinta. Está também previsto servir almoços na moderna cantina da empresa, com marcação prévia.

Monte, Lixa

Quinta da LixaUma história de paixão e de sucesso da família Meireles

Macieira da Lixa

Quinta de Simaens Quinta modelar com uma paisagem cultivada de rara beleza

Prozelo, Amares

Solar das BouçasUma bela casa senhorial, o perfume da casta Loureiro e o rio Cávado ao fundo

Bonita casa senhorial originária da segunda metade do século XVIII, o Solar das Bouças, como outras pro-priedades congéneres da região, teve uma história atribulada. Há pouco mais de trinta anos estava pratica-mente arruinado, até que foi parar às mãos de alguém que lhe deu o mere-cido valor. Referimo-nos a Albano Cas-tro Sousa, que transformou o Solar das Bouças numa das mais respeitadas casas produtoras de Vinho Verde e um dos primeiros a apostar nas potencia-lidades dos vinhos de quinta.

Plantadas as vinhas, sobretudo da casta Loureiro, e lançada a marca Solar das Bouças com grande êxito, o velho solar e outras casas da proprie-dade sofreram mais tarde profundas obras de recuperação, por iniciativa da família liderada por Fernando Luís van Zeller, actual proprietária. Hoje, o Solar das Bouças permanece uma marca prestigiosa de Vinho Verde e transformou-se num local que é um regalo para os olhos e um destino a ter em conta por todos quantos apreciam

o turismo enológico em espaço rural.

A propriedade que integra o velho solar recuperado ganha ainda mais atractivos, por estar implantada numa zona de grande beleza, no concelho de Amares. Os terrenos da quinta con-finam em cerca de 800 metros com o rio Cávado, proporcionando trechos lindíssimos, com as ruínas de uma velha azenha e as grandes pedras negras emergindo do espelho de água do rio.

Alojamento no SolarA casa principal, o solar propriamente dito, conta com quatro quartos duplos com capacidade para oito pessoas. A poucas dezenas de metros, duas casas, com três quartos cada, foram trans-formadas e têm excelentes condições para receber visitantes, estando dis-poníveis durante todo o ano, com mar-cação prévia.

Visitas, eventos e gastronomiaAos visitantes, o Solar das Bouças pro-

porciona visitas guiadas às vinhas e à adega. A propriedade tem ainda uma adega regional, onde podem ser ser-vidos almoços a grupos de 20 a 80 visitantes, desde que previamente acertados.

Junto à adega, um grande salão pano-râmico com vistas para o rio Cávado

tem condições para receber festas, banquetes e casamentos, até um máximo de 300 pessoas.

Como complemento, a quinta está preparada para nela se poderem celebrar matrimónios religiosos, contando para isso com uma capela contígua ao solar. No interior da

capela, merecem destaque a escul-tura de Cristo Crucificado da autoria do mestre escultor José Cutileiro, um presépio desenhado por Machado de Castro e um lampadário de finais do século XVIII.

O vinhoProduzido exclusivamente a partir da excelente e perfumada casta Loureiro, o Solar das Bouças, da responsabili-dade do enólogo Álvaro van Zeller, permanece como o único e prestigiado produto da propriedade. Num ano médio são comercializadas cerca de 80 mil garrafas, produzidas com uvas da quinta. O vinho pode ser provado e adquirido directamente na proprie-dade.

Como chegarDe Braga – Gerar rota no mapa Google com indicações de partida Braga e de chegada 41.618554,-8.38553

ContactosTelef: 253909010Fax: 253909019

Casa brasonada típica do Alto Minho, com origem em meados do século XVII, o Solar de Serrade é um bom exemplo de recuperação cuidada do património arquitectónico da região. Localizado na freguesia de Mazedo, a poucos quilómetros da estrada que liga Valença a Monção, o solar sofreu uma intervenção notável que transfor-mou, através de obras que se prolon-garam por meia dúzia de anos, uma casa em ruínas numa das referências do turismo de habitação da região do vinho Alvarinho.

O Solar de Serrade começa por impor-se pelo imponente aspecto exterior, onde se destacam as duas torres que se erguem nos flancos de um corpo longo e mais baixo. No interior, um bonito conjunto de móveis, louças e tapeçarias espalhadas por amplos salões e quar-tos, a capela com coro e balaustrada em estilo “rocaille”, os tectos de madeira em forma de masseira, tudo isso, somado ao seu jardim romântico, ajuda a reconstituir o ambiente vivido há mais de trezentos anos, nos tempos do morgado de Serrade.

A casa, virada para o turismo de habitação, tem, além da arquitec-tura, outros argumentos que recla-mam uma visita a todos quantos procuram sossego em ambiente

bucólico e natural: o solar é parte integrante de uma propriedade agrí-cola onde se cultiva o Vinho Verde da excelente casta Alvarinho e loca-liza-se a dois passos de duas vilas

que merecem visitas atentas - Mon-ção e Melgaço.

Ficar em SerradeO Solar de Serrade é um espaço aberto a todos quantos queiram passar uns dias em ambiente rural, carregado de história e de nobreza, cercado por vinhas de Alvarinho. A casa dispõe de seis quartos duplos e duas suites, com serviço de pequeno-almoço. Desde que marcadas com antecedência, podem servir-se refeições. O solar tem também condições para acolher eventos de maior monta, num salão com capaci-dade para cerca de 300 pessoas.

Os produtos da quintaEm Serrade é possível visitar as vinhas, a adega e provar e comprar Vinhos Ver-des produzidos pelos proprietários do solar a partir de uvas cultivadas nos vinhedos que envolvem a casa. Com a marca “Solar de Serrade”, há três vinhos de qualidade que podem ser apreciados e adquiridos pelos visitantes:

O “Solar de Serrade – Alvarinho”, Vinho • Verde produzido exclusivamente com

Mazedo, Monção

Solar de SerradeUma ruína que se transformou numa referência do turismo em espaço rural do Alto Minho

uvas da casta Alvarinho. Tem cor citrina, é seco e frutado no aroma.

O “Menanços”, produzido a partir de • uma combinação equilibrada de duas castas típicas da região, o Alvarinho e o Trajadura.

O “Solar de Serrade – Tinto”, produ-• zido com castas tintas, envolvente e com uma acidez equilibrada, carac-terística dos Vinhos Verdes tintos da sub-região de Monção-Melgaço.

Como chegarDe Braga – Gerar rota no Mapa Google com as indicações de partida Braga e de chegada Estrada desconhecida @42.057673, -8.479362

De Monção – Gerar rota no Mapa Google com as indicações de partida Monção e de chegada Estrada desconhecida @42.057673, -8.479362

ContactosTelef: 251654008 e 251649480Fax: 251654041E-mail: [email protected]

Os vinhosA Sociedade dos Vinhos Borges pro-duz um conjunto de Vinhos Verdes, entre os quais se destacam o histó-rico Gatão, um campeão de vendas, e o Quinta de Simaens, produzido exclusivamente com uvas colhidas na Quinta.

Gatão. Vinho Verde Branco• Vilancete. Vinho Verde Branco• Alvarinho Borges – Vinho Verde • Branco produzido exclusivamente com uvas da casta AlvarinhoAlvarinho/Trajadura Borges – • Vinho Verde Branco produzido a partir das duas castas que lhe dão o nomeQuinta de Simaens – Vinho Verde • Branco elaborada com predomi-nância da casta Pedernã

Como chegarDe Felgueiras – Seguir pela estrada em direcção á cidade da Lixa e virar à esquerda quando aparecer uma placa com a indicação Simaens.Da Lixa – Depois de atravessar a povo-ação, seguir pela estrada de Celorico e Fafe. A empresa localiza-se 1,9 qui-lómetros após a entrada nessa estrada.

ContactosCentro de Produção da Lixa (Quinta de Simaens)Macieira da LixaTelef: 255 490 790Fex: 255 491 828

Sociedade dos Vinhos BorgesSede: Rua Infante D. Henrique, 421Rio TintoTelef: 224 855 050Fax: 224 862514E-mail: [email protected]

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Rota dos Mosteiros

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Os mosteiros na terra do Vinho VerdeAo percorrermos a grande região onde se produz o Vinho Verde, somos inúmeras vezes confrontados com a herança de práticas religiosas que marcaram e ainda marcam a vida quotidiana das gentes nortenhas. Desde as cidades até às aldeias mais recônditas, misturados na malha urbana ou perdidos no cimo de um monte, há cruzeiros, alminhas, capelas, igrejas e mosteiros. De uma enternecedora simplicidade, umas, gigantescas e monumentais, outras, as construções religiosas são inseparáveis da região.

As propostas de visita que aqui fazemos não pretendem, longe disso, esgotar as pérolas arquitectónicas que se espalham às centenas por todo o lado. São apenas âncoras orientadoras que destacam alguns dos maiores tesouros que foram sendo erguidos e modificados ao longo de uma história de muitos séculos. E que têm, sobretudo os ligados a comunidades religiosas, percursos tantas vezes coincidentes com a afirmação da cultura do vinho e de tradições gastronómicas de grande tipicidade, bem vivas, por exemplo, na doçaria conventual ligada à vila de Arouca ou à cidade de Amarante.

Visitar os monumentais mosteiros de Tibães ou de Santa Maria de Refóios, afastados dos centros urbanos, ou os de S. Bento, de S. Gonçalo, de S. Miguel de Refóios ou de Arouca, implantados bem no centro das vilas e cidades que cresceram ao seu lado, é simultaneamente um prazer para os olhos, uma lição de história e um pretexto para saborear pitéus únicos acompanhados pelo excelente Vinho Verde, apurado e melhorado durante séculos.

S. Martinho de Tibães foi, durante séculos, um dos mais influentes mos-teiros do Norte de Portugal. Casa-mãe dos conventos beneditinos a partir do século XVI, assumiu-se como centro de excelência das artes e do pensa-mento estético português. Fundado há cerca de mil anos, o monumental edifício que nos foi legado é, no entanto, o resultado de obras e recons-truções feitas no período áureo do mosteiro como núcleo difusor de arte e cultura, nos séculos XVII e XVIII.

O mosteiro viveu, durante a sua longa existência, alguns períodos de obscuridade e mesmo de ruína e aban-dono. Com o fim das ordens religiosas, em 1834, foi encerrado e os seus bens vendidos. Há cerca de duas décadas, o Estado português tomou posse da parte privada do edifício, iniciando-se então importantes obras de restauro e reabilitação.

Nos belíssimos Mosteiro e Igreja de Tibães são visíveis marcas estilísticas que vão do maneirismo tardio ao rocaille. O claustro principal formado por arcos de volta perfeita, a enorme sacristia coberta por tecto de madeira pintada em forma de caixotões, as extraordinárias composições em talha rocaille, a escultura de Cristo crucifi-cado, o coro alto com o bonito con-junto de cadeiras em estilo barroco, estão entre os muitos motivos de inte-resse para o visitante. No terreiro do mosteiro, está o cruzeiro de Tibães.

Onde comerDentro em breve, não será preciso sair

do mosteiro para poder degustar espe-cialidades culinárias que prometem marcar pontos. Está prometida para o ano de 2009 a instalação de um res-taurante e de uma hospedaria a cargo de oito irmãs que, segundo o próprio bispo de Braga, vão confeccionar e servir comida “de grande quali-dade”.

Enquanto esperamos, sempre pode-

mos ir até Braga, ali a meia dúzia de quilómetros da freguesia de Mire de Tibães, cidade onde a gastronomia minhota e os Vinhos Verdes estão muito bem representados.

Horário de visitas (Inverno)Das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30Última visita guiada: 16h45

Encerra às segundas-feiras

Como chegarDe Braga: proposta de percurso dese-nhada pelo Google

ContactoMosteiro de TibãesRua do MosteiroTelef: 253622670

Localizado no centro de Santo Tirso, o Mosteiro de S. Bento deve a sua funda-ção à iniciativa de um senhor local, no último quartel do século X. A partir de finais do século seguinte, passa a obe-decer à regra beneditina, afirmando-se como um dos mais influentes e pode-rosos de Portugal. Depois da extinção das ordens religiosas, em 1834, o con-vento, já secularizado, e as terras envol-ventes constituem o embrião do futuro concelho de Santo Tirso.

Com excepção de algumas lápides, originárias do século XII, já nada resta das edificações mais antigas. Mas a arquitectura, a talha e a obra escultórica que nos foram legadas, datadas sobre-tudo dos séculos XVII e XVIII, têm um valor inestimável. A igreja do convento foi erguida ao longo de vinte anos, entre 1659 e 1679. O interior do templo tem um ambiente mágico, muito por causa da sumptuosa talha trabalhada ao gosto rocaille e da cobertura em abóbada de berço alindada com trabalhos em estu-que. Os altares, as esculturas barrocas, a Sagrada Família, a escultura da Virgem com o Menino ou o bonito cadeiral do coro, reclamam o nosso olhar atento.

No mosteiro, os destaques vão para a capela monástica, as galerias seiscen-tistas, o claustro do século XIV e, no centro deste, para a elegante fonte em granito datada de 1649.

Jesuítas de Santo TirsoQuando se fala em doçaria tirsense, não são os monges do Mosteiro de S. Bento

os referidos habitualmente pelos estu-diosos da gastronomia conventual, mas sim as freiras beneditinas do Mosteiro de Santa Escolástica, em Roriz, a quem se atribui a confecção de deliciosas bola-chas conventuais. O Mosteiro de Singe-verga, ali próximo, anda associado a um famoso licor com receita secreta e secu-lar.

Mas a doçaria tradicional de Santo Tirso, talvez inspirada pela herança reli-giosa, é famosa por uma especialidade muito procurada: os jesuítas, um pastel em forma de quadrilátero irregular que sai às centenas em casas como a Paste-laria Moura, bem no centro da cidade. Na Confeitaria S. Bento, a sugestão é que prove a Tarte de S. Bento.

A visitar no concelhoTerra de muitos mosteiros, para além

do de S. Bento, no centro da cidade, merecem visita os de Santa Escolástica, o de Singeverga, célebre pelo licor com o mesmo nome, a Igreja e Mosteiro de Vilarinho e o Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção.

As termas das Caldas da Saúde são procuradas por quem padece de reu-mático e das vias respiratórias. Para os amantes da natureza e de ar puro acon-selham-se visitas ao Carvalhal de Vali-nhas ou ao Parque de Nossa Senhora da Assunção.

Onde comerAmarelosCabrito assado, rojões e robalo ao sal. A cozinha procura misturar criatividade com respeito pela tradição.Avenida Sousa CruzTelef: 252892137

Belo exemplar da arquitectura barroca, o Mosteiro de São Miguel de Refóios está no coração da vila de Cabeceiras de Basto. Foi, nos seus melhores tempos, um dos ricos conventos minhotos, estando a data da sua fundação rodeada de lendas e alguma polémica, crendo-se que possa ter sido criado no século VII por ricos-homens das terras de Basto. De obediência beneditina, acabaria por ser alvo de reconstrução completa no século XVII, com obras que se prolonga-ram até finais da centúria seguinte. Foi nessa altura que o mosteiro ganhou a forma que acabaria por chegar até aos nossos dias.

Na igreja do mosteiro destacam-se duas imponentes torres sineiras, está-tuas em tamanho natural do fundador da Ordem de S. Bento, São Bento de Núr-cia, e de Santa Escolástica. Dignas de ver são as figuras demoníacas e as impressi-vas carrancas que se alinham a seguir à entrada da igreja, a magnífica talha com alguns efeitos surpreendentes, a sacris-tia setecentista, as quatro galerias do claustro construídas em arcos plenos assentes em colunas dóricas e o grande cadeiral formado por 45 assentos. Muito curioso é o contraste entre a exuberante estética barroca da igreja e as sóbrias dependências conventuais, adequadas

à introspecção e ao recolhimento.

A ver em Cabeceiras de BastoPerto da zona onde está implantado o mosteiro, no miolo da vila de Cabeceiras de Basto, merecem ser apreciados o Pelourinho das Pereiras, a igreja paro-quial e a estátua de “O Basto”, guerreiro

lusitano que se destacou pela bravura e é símbolo da terra.

Onde comerO CaneiroUma das atracções da casa são… as bata-tas fritas em azeite, misturadas com cebola, presunto e salpicão. Além dessa

peculiar especialidade, há um arroz de polvo com um molho especial e “secreto” e, nos doces, os “pecados da avó”.Arco de Baúlhe, Lugar do CaneiroTelef: 253663566

Luís do OuteirinhoVitela em bife, costeleta ou assada no

forno. Feijoada com porco e vitela aos domingos. Bacalhau com batata a murro

Lugar do OuteirinhoCabeceiras de BastoTelef: 253662823

Nariz do MundoJunto à Serra da Cabreira e à montanha que dá o nome ao restaurante, há chan-fana de cabra montanhesa, cabrito assado, o contundente cozido à portu-guesa ou o bacalhau com batata esmur-rada. As rabanadas e o bolo de mel reco-mendam-se.Lugar de MoscosoCabeceiras de BastoTelef: 253662746

Como chegarDe Braga – Proposta de percurso a par-tir do Google

ContactosParóquia de Cabeceiras de BastoTelef: 253662118 Câmara de Cabeceiras de BastoPraça da RepúblicaTelef: 253662100

Mire de Tibães, Braga

Mosteiro de S. Martinho de Tibães

Santo Tirso

Mosteiro de S. BentoCabeceiras de Basto

Mosteiro de São Miguel de Refóios

Fundado no século X, foi a partir do século XIII que o Mosteiro de Arouca se afir-mou como uma das casas da ala feminina da Ordem de Cister. Para isso contribuiu a influência e a herança dei-xada por uma das filhas do rei português D. Sancho I, Dona Mafalda, que escolheu Arouca para ingressar na vida religiosa. Extinto em 1836, com a morte da última freira, o valioso espólio artístico do mosteiro está preservado e pode ser visto no seu Museu de Arte Sacra. Famosa e gulosa herança do labor das monjas ao longo dos séculos é o receituário conventual, com doçarias que fazem per-der a cabeça a um santo.

O actual edifício do mos-teiro, construído nos séculos XVII e XVIII, caracteriza-se por uma grande sobriedade, em obediência à filosofia cis-terciense, o que não deixa de ser relevante em plena época de afirmação do barroco. Para além da obrigatória visita ao Museu de Arte Sacra, onde se podem ver escultu-ras góticas, uma Santa Mafalda feita para a arca tumular e uma singela e bonita obra de ourivesaria do século XIII, há outros motivos para uma visita demorada e atenta: as capelas no interior da igreja, uma delas com a urna de Santa Mafalda em ébano e decorada com prata e cobre; a talha do varandim

do órgão; os 104 assentos do cadeiral barroco; as extraor-dinárias imagens de santos; ou o claustro de dois anda-res.

Os doces das monjas de Arouca

Pão de São Bernardo, par-tido à mão para preservar a sua delicadeza; morcelas doces, feitas com massa de miolo de pão e amêndoa enfiada em tripa, e daí o nome que lhe dão; roscas de amêndoa; castanhas doces; manjar de língua. Doces con-ventuais legados pelas mon-jas cistercienses do Mosteiro de Arouca, que ainda hoje fazem a fama da vila e o pro-veito de quem os come.

Arouca, vila doce, não se contenta com os doces con-ventuais. A tradição popular também se encarregou de continuar os dotes das mon-jas, com o famoso pão-de-ló húmido, os melindres, as cavacas, os charutos de amêndoa ou as barrigas de freira.

A visitar no concelhoA Serra da Freita, com a • espectacular queda de água conhecida por Frecha da Mizarela, o invulgar fenómeno geológico das pedras parideiras junto à aldeia de Castanheira e povoações serranas como Cando e Cabreiros

O Monte da Srª da Mó, a 8 •

quilómetros da vila, de onde se tem uma visão panorâmica sobre o vale de Arouca e se pode visitar a capela, quinhentista

A igreja de Urrô, com uma • curiosa torre sineira româ-nica, destacada do corpo do edifício

A Torre dos Mouros, na • freguesia de Burgo

A norte da vila, vale a pena • a deslocação ao Calvário

E, para os apreciadores de • vestígios com muitos milhões de anos, as trilobi-tes de Canelas

Onde comerParlamentoComecemos pelo fim: barri-gas de freira, morcelas e cas-tanhas doces, na tradição conventual. Antes disso, pode escolher entre a deli-ciosa vitela arouquesa, a posta na brasa ou, ao domingo, o cabrito assando no forno. Lista de vinhos variada, com destaque natu-ral para o Vinho Verde branco e tinto da região.Travessa da Ribeira, 2AroucaTelef: 256949604

Casa no CampoCom vista para a Serra de Montemuro, decida-se entre a vitela arouquesa, o cabrito

ou o bacalhau servido no interior da broa de milho.Lugar de Espinheiro, MoldesAroucaTelef: 256941900

Alto da EstradaO bacalhau na brasa com batata a murro é uma das propostas para este peixe, entre outras. Nas carnes, a tradicional vitela da terra ou o cabrito assado que, por estas bandas, é prato de subs-tância aos domingos. Nas sobremesas, o destaque vai para as doçarias ligadas á herança conventual.Arouca, à saída para BurgoTelef: 256944796 Como chegarDo Porto - ver proposta de percurso feita pelo GoogleDe Braga ou Guimarães – ver proposta de percurso feita pelo Google

ContactosMuseu de Arte SacraTelef: 256943321

Paróquia de AroucaTelef: 256944121

Turismo de AroucaRua Alfredo Vaz PintoTelef: 256943575

Câmara Municipal de AroucaTelef: 256940220

Arouca

Mosteiro de S. Pedro de Arouca

Cá-te-esperoUma das casas mais antigas e de maior tradição de Santo Tirso. O cabrito assado em forno de lenha, com grelos e arroz de miúdos do mesmo animal, tem clien-tes fieis há muitos anos. Rojões à moda do Minho, coelho estufado ou perna de porco assada fazem parte do cardápio.Boavista, RebordõesSanto TirsoTelef: 252852500

UiscasAmbiente informal, mesa e bancos cor-ridos, pouco dado a sofisticações. Baca-lhau desfiado, presunto de cura longa, sopa de aldeia, nas aberturas. Feijoada, rojões e cozido à portuguesa com tudo o que lhes pertence. Cabrito assado em forno de lenha. Doces tradicionais, fes-tivos.Rua das Quintães, RorizSanto TirsoTelef: 252881461

Como chegarDe Guimarães – ver proposta de per-

curso do GoogleDo Porto – ver proposta de percurso

do Google

ContactosParóquia de Santo TirsoTelef: 252852679

Posto de TurismoPraça 25 de AbrilTelef: 252830411

Câmara MunicipalPraça 25 de AbrilTelef: 252830400

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Rota dos Mosteiros

20 • 31 de Dezembro •

Mosteiro com grande carga histórica, ligado a episódios que levariam à fun-dação de Portugal, no século XII. O seu mentor, o fidalgo D. Afonso Ansemon-des, senhor das terras de Refojos, mandou-o erguer em honra da Virgem e destinou-o aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, agradecido pelas vitórias militares que obteve.

O magnífico edifício conventual e a igreja que hoje podemos admirar resul-tam de obras que decorreram desde o século XVI e que terminaram com a adaptação, há poucos anos, do antigo mosteiro para a actual Escola Superior Agrária. A transformação do antigo mosteiro em escola, da responsabili-dade do arquitecto Fernando Távora, merece tanta atenção como todo o legado arquitectónico.

O mosteiro, imponente edifício de cor ocre integrado numa bela paisa-gem rural na margem direita do Rio Lima, proporciona uma viagem por

diferentes estilos: barroco, renascen-tista, rococó, neoclássico, acabando nos novos edifícios modernistas, cons-truídos à parte, formando um todo harmonioso.

Entre outros motivos de interesse para o visitante, destacam-se, além da igreja, o claustro, a cozinha velha do mosteiro com a sua grande chaminé, a sala de música com um bonito tecto

de estuque, o refeitório, ou os aposen-tos do prior forrados com azulejos.

Outros locais a visitar em Refóios do LimaTal como o seu mosteiro, a freguesia de Refóios do Lima está carregada de histó-ria. Locais que merecem visita: a capela românica de Santa Eulália; a Capela de São Sebastião; a Torre-Solar dos Anse-mondes, fundadores do mosteiro (mais tarde Torre dos Malheiros, como é conhe-cida); o Penedo de S. Simão, sepultura granítica rodeada de lendas; a praia flu-vial; o miradouro da Vacariça.

Onde comerEido do BispoEntradas recomendáveis: gambas fritas com alho, lulas pequenas salteadas em azeite, mexilhões. O bacalhau à moda da casa é apreciado.Refóios do LimaTelef: 258753015

Como chegar

De Ponte de Lima – Proposta de per-curso desenhada pelo GoogleDe Braga – Proposta de percurso dese-nhada pelo Google

Contactos

Escola Superior Agrária de Ponte de Lima(a funcionar nas instalações do antigo mosteiro; possibilidade de visitas guia-das, desde que marcadas com antece-dência)Telef: 258909740; 967288263/4

Junta de Freguesia de Refóios do LimaLugar do Mosteiro258947757

Posto de Turismo de Ponte de LimaRua Cândido da Cruz ouPraça da RepúblicaTelef: 258942335

Refóios do Lima, Ponte de Lima

Mosteiro de Santa Maria de Refóios

Para além das virtudes próprias, o Con-vento e a Igreja de São Gonçalo, com a ponte sobre o Rio Tâmega, o casario e o centro histórico de Amarante, inte-gram um dos cenários urbanos mais encantadores da região. Mandado erguer em honra do santo padroeiro da terra, o Convento, de obediência dominicana, e a Igreja começaram a ser erguidos em meados do século XVI, era rei de Portugal D. João III. De todo o património edificado é, seguramente, o símbolo maior da bela cidade de Amarante.

De pendor maneirista, a construção, que se prolongou por oito décadas, foi influenciada pelo barroco de seiscen-tos, como se pode ver no portal que alberga essas duas linguagens arqui-tectónicas. A torre sineira, por seu lado, é barroca. Um dos muitos motivos de interesse encontra-se na chamada Varanda dos Reis, constituída por arcos apoiados em fortes pilares, com está-tuas dos quatro reis que se associaram à obra, desde D. João III até Filipe II de Espanha.

No interior da igreja, destacam-se altares como o de Santa Luzia ou cape-las como a dedicada a Santa Rita Cás-sia, ornada com talha dourada. O retábulo-mor, com imagens barrocas de santos, a sacristia coberta de cai-xotões, o belo lavabo da Renascença ou, nas antigas dependências conven-tuais, o primeiro claustro, são dignos de ser apreciados.

Os doces das monjas ClarissasA gastronomia é uma das atracções

de Amarante. São famosos os doces con-ventuais feitos à base de ovos, nascidos da sabedoria culinária das antigas monjas Clarissas, ligadas ao Convento de Santa Clara. Papos de anjo, fogue-

tes, lérias e brisas do Tâmega são algu-mas das deliciosas especialidades açu-caradas vendidas nas melhores paste-larias da cidade.

Mas as Clarissas não se limitaram a deixar como herança os doces con-ventuais; o substancial arroz de frango, por exemplo, terá nascido do seu requintado modo de tratar as aves de capoeira.

Onde comerCafé-Bar São GonçaloCasa simples mas recomendada, no centro da cidade, pertinho do con-vento, com vista para o miolo histórico e o rio Tâmega. As propostas são varia-

das, desde o arroz de polvo com filetes do mesmo até um gabado arroz de codorniz com pimentos vermelhos. No fim, aposte na doçaria amarantina.Praça da República, 8Telef: 255432707

Casa da CalçadaRestaurante cultor da chamada cozi-nha criativa, com propostas peculia-res. Exemplos: folhado de bacalhau fresco com gravilha de pimentos em vinagreta, ou pudim de castanhas com quenelle de sorvete de Moët et Chan-don Largo do Paço, 6

Telef: 255410830LusitâniaRestaurante forte nos assados de vitela e cabrito. A localização, junto à bonita ponte de São Gonçalo, ajuda ao negó-cio.Rua 31 de JaneiroTelef: 255426720

Zé da CalçadaBacalhau à moda da casa, posta maro-nesa, cabrito assado ou cozido à por-tuguesa. Para abrir o apetite, há pata-niscas, favas com chouriço ou polvo com molho verdeRua 31 de JaneiroTelef: 255426814

Como chegarDe Braga: pela auto-estrada A11 (em direcção a Guimarães, e depois até entroncar com a A4)) e A4/IP4 (em direcção a Amarante/Vila Real)Do Porto: pela auto-estrada A4/IP4 (em direcção a Amarante/Vila Real)

ContactosParóquia de São GonçaloTelef: 255422050

Posto de Turismo de AmaranteAlameda Teixeira de PascoaesTelef: 255420246

Amarante Convento e Igreja de São Gonçalo

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