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R. Bombeiros Voluntários, 37 • 3660-502 S. Pedro do Sul Telefone: 232 723 408 • Telemóvel: 92 643 37 10 email: [email protected] Elaboração de projetos agrícolas e florestais • Venda de plantas • Instalação e manutenção de pomares • Sistemas de regas • Podas • Limpezas DA BEIRA GAZETA JORNAL DE LAFÕES – S. PEDRO DO SUL • VOUZELA • OLIVEIRA DE FRADES • CASTRO DAIRE • SEVER DO VOUGA • VISEU p. 2 EmFoco PUBLICIDADE PUBLICIDADE PRÓXIMA EDIÇÃO 23 de fevereiro 9 de fevereiro de 2017 QUINZENÁRIO N.º 710 1,00 € (IVA incluído) DIRETORA Maria do Carmo Bica SUB DIRETOR Fernando Morgado www.gazetadabeira.pt [email protected] Av. Sá Carneiro, 39 • S. Pedro do Sul • Telef.: 232 728 382 • Tm: 937 941 754 www.contabilmj.pt de Maria José Paiva SERVIÇOS CONTABILÍSTICOS E FISCAIS Contabilidade Fiscalidade Segurança Social Apoio ao Contribuinte • IRS • e-Fatura • Comunicação e validação de faturas PUBLICIDADE Cáritas diocesana de Viseu recebe refugiados p. 13 Roteiro “Cidadania em Portugal” leva discussão sobre cidadania aos Concelhos do Dão-Lafões São Pedro do Sul 25 personalidades é mote para celebração da Escola Profissional de Carvalhais p. 5 Vouzela Exposição “Despir o Preconceito” no Museu Municipal de Vouzela p. 9 Castro Daire Março, mês da floresta e da proteção civil p. 10 Viseu Apresentação do livro de Aurora Simões de Matos no museu Grão Vasco p. 14

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Elaboração de projetos agrícolas e florestais • Venda de plantas • Instalação e manutenção de pomares •

Sistemas de regas • Podas • Limpezas

DA BEIRAGAZETAJORNAL DE LAFÕES – S. PEDRO DO SUL • VOUZELA • OLIVEIRA DE FRADES • CASTRO DAIRE • SEVER DO VOUGA • VISEU

p. 2Em

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PRÓXIMA EDIÇÃO

23 de fevereiro

9 de fevereiro de 2017QUINZENÁRIO N.º 7101,00 € (IVA incluído)

DIRETORAMaria do Carmo BicaSUB DIRETORFernando Morgado

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Cáritas diocesana de Viseu recebe refugiados

p. 13

Roteiro “Cidadania em Portugal”leva discussão sobre cidadaniaaos Concelhos do Dão-Lafões

São Pedro do Sul25 personalidades é mote para celebração da Escola Profissional de Carvalhais

p. 5 VouzelaExposição “Despir o Preconceito” no Museu Municipal de Vouzela

p. 9 Castro DaireMarço, mês da floresta e da proteção civil

p. 10 ViseuApresentação do livro de Aurora Simões de Matos no museu Grão Vasco

p. 14

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 20172 // Gazeta da BeiraEditorial / Em Foco

EM FOCO

Maria do Carmo Bica

O futuro da PAC pós 2020

Cáritas diocesana de Viseu recebe refugiados

Ficha técnicaDA BEIRAGAZETAPublicação Quinzenaleditada em S. Pedro do Sul na quinta-feiramais próxima (anterior ou posterior) do dia 15 e do último dia de cada mês.Tiragem: 1.600 exemplaresEstatuto Editorial de 15/03/2001; Depósito legal n.º24 558/88; Registo na ERC n.º108 554

Editora e ProprietáriaDialética Constante Unipessoal, Lda. Pessoa Colectiva n.º 513119167GerenteMaria do Carmo Bica Redacção e SedeR. dos Bombeiros Voluntários, 373660-511 S. Pedro do Sul

Telefone: 232 728 115Email: [email protected]: Maria do Carmo BicaSub Diretor: Fernando MorgadoCoordenação da Redacção: António Alexandrino (TE-1065)Redacção: Carlos Correia Matias (jornalista com a carteira profissional nº 3264); António Alexandrino (TE-1065), António Pedro Rocha; Daniel de Melo; Fernando Morgado; Odile Oliveira; Ângela Carvalhas-Raquel Ferreira.Secretariado: Mário Correia de OliveiraPaginação: Liliana FernandesAssinatura Anual em papel:25 € - no território nacional; 35 € - na Europa;45 € - no resto do Mundo (inclui IVA à taxa de 6%).

Por correio electrónico: 15 €.Os assinantes da edição em papel têm direito a receber a Gazeta por correio electrónico sem agravamento do preço da respectiva assinatura em papel, desde que o solicitem enviando o correspondente endereço electrónico.

Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis([email protected])Pagamento da assinaturaO pagamento da assinatura deverá ser feito no início do ano correspondente, que é o ano civil, ou durante o ano. Se o assinante a não pagar até Outubro, a administração da Gazeta solicitará por escrito o pagamento. Pede-se o favor de o pagamento de cada assinatura ser feito, de preferência, por transferência bancária, para o NIB: 000700000022644174823, por multibanco, ou por cheque enviando por carta ou por fax cópia do talão de transferên-

cia e sempre a indicação do nome do assinante. Textos a publicar na GazetaOs textos assinados, mesmo que com pseudónimo, são, quanto ao seu conteúdo, da responsabilidade dos seus autores, sem prejuízo de o director da “Gazeta da Beira” responder pelas infracções à lei que deles resultarem, nos termos da lei de imprensa (lei 2/99 de 13/1). O director reserva-se por isso o direito de eliminar dos textos expres-sões ou palavras que, no seu critério, possam infringir a lei, ou ser uso incorrecto da língua portuguesa. Os textos cujos autores indicarem neles que pretendem que sejam reproduzidos sem alterações, não serão publicados se o director da “Gazeta da Beira” entender que, pelas razões indicadas, o não devem ser. Poderá a redacção não publicar textos que considere sem qualidade suficiente.A Gazeta da Beira, enquanto jornal, é publicação neutra

em assuntos de política, de religião, de cultura, de desporto e semelhantes, estando aberta à colaboração dos seus leitores que podem expressar livremente a diversidade das suas opiniões, sem prejuízo do respeito pelas leis em vigor, em textos que convem não ultrapassar 1 página A4 e está interessada em receber dos seus leitores notícias (regulares ou não) dos concelhos, das freguesias e das aldeias. Os autores regulares de notícias têm direito a assinatura gratuita da Gazeta. Procurará a Gazeta, como regra, que cada colaborador com textos de opinião, produção cultural e semelhantes, seja assinante e não seja publicado mais do que um texto em cada edição, para se dar espaço a maior número de colaboradores. Colaboradores com textos nesta edição: Os indicados nos correspondentes textos e o coordenador da redacção no caso de o texto não ter indicação de autor.

Estatuto EditorialO jornal «Gazeta da Beira» propõe-se ser:1.º Essencialmente um jornal informativo a nível regional e nacional. Faremos eco dos acontecimentos de maior relevo na vida na-cional e regional, procurando, com notícias do dia a dia das nossas terras, ser o elo de ligação entre as nossas gentes, especial-mente os ausentes.

2.º Um jornal formativo, divulgando conhe-cimentos em diversas áreas.

3.º Um jornal onde se poderão publicar arti-gos de opinião, mas que estejam de acordo com a sua própria orientação ideológica e se pautem por uma conduta altruísta e construtiva.

4.º Ideologicamente um jornal isento e inde-pendente, mas pugnando por uma sociea-de livre, democrática, assente nos valores humanistas e cristãos.

5.º Impulsionador do progresso e engran-decimento da região, chamando a atenção dos poderes constituídos e colaborando, desinteressadamente, com as entidades oficiais e agremiações sociais.

6.º Um jornal em que os fins comerciais se-rão secundários.

7.º Respeitador, por princípios deontológi-cos da imprensa, da ética profissional, sem abusar da boa fé dos leitores encobrindo ou deturpando a informação.25 de Junho de 1982

GAZETA DA BEIRA

A Cáritas Diocesana de Viseu recebeu hoje um casal de re-fugiados do Iraque, que vai viver na cidade com o apoio

desta instituição da Igreja Católica.Responsáveis da Cáritas lamentam

processo «lento» que atrasou o acolhi-mento de pessoas em fuga do seu país.

Este é o segundo casal de refugia-dos que a Cáritas Diocesana de Viseu recebe esta semana: na segunda-fei-ra chegou também ao aeroporto de Lisboa um casal sírio, disse à Agência ECCLESIA Manuela Alberto, respon-sável do atendimento social da Cáritas Diocesana de Viseu.

Este organismo diocesano aderiu, há cerca de um ano à Plataforma de

Apoio aos Refugiados (PAR) e mostrou-se disponível para receber estas pessoas que “che-gam constantemente à Europa”, frisou.

Com estas ações, a Cáritas de Viseu pre-tende ajudar “neste drama europeu”, mas o processo até à che-gada destes refugia-dos foi “lento e buro-crático”, salientou a responsável.

A família síria é constituída por três elementos (os pais e um bebé de um ano) e está na comunidade paroquial de Pedrosas (Concelho do Sátão).

Os cinco elementos que constituem a

família iraquiana vão viver em Viseu e a cidade já “espera por eles”, referiu Manuela Alberto.

A barreira linguís-tica vai ser o “maior problema” porque destas duas famílias “só um elemento “é que fala inglês, afirmou à Agência ECCLESIA Patrícia Paiva, da Equipa de Rendimento Social

de Inserção da Cáritas de ViseuNo início recorre-se “aos gestos e aos

desenhos” e depois, numa segunda fase, “vão aprender a língua portuguesa”, acrescentou.

Redação

Está oficialmente aberto o debate sobre a Política Agrícola Comum para o período pós 2020. Para o efeito anunciado pela

Comissão Europeia um período de consulta pública que terá a duração de 12 semanas e dará aos agriculto-res, aos cidadãos, às organizações e às outras partes interessadas a oportuni-dade de darem a sua opinião sobre o futuro da Política Agrícola Comum. O contributo da consulta será utilizado pela Comissão para ajudar a elaborar uma comunicação, prevista para finais de 2017, que incluirá conclusões sobre o atual desempenho da PAC e poten-ciais opções políticas para o futuro baseadas em provas fiáveis.

O questionário está acessível no site da Comissão Europeia em: https://ec.europa.eu/agriculture/consulta-tions/cap-modernising/2017_en .

Os resultados da consulta pública serão publicados em linha e apresen-

tados pelo Comissário Phil Hogan numa conferência que se realizará em Bruxelas, em julho de 2017.

Phil Hogan, Comissário Agricultura e Desenvolvimento Rural, em artigo publicado na revista AGROPOTAL, no qual se dirige aos portugueses, afirma que «A PAC providência se-gurança e qualidade alimentar, pro-movendo as melhores condições de bem-estar animal no mundo, garan-tindo a rastreabilidade e tem cada vez mais em conta as questões ligadas ao ambiente e os bens públicos que os agricultores fornecem à sociedade ao tomar conta do meio rural.

Ao mesmo tempo a PAC alargou o seu âmbito para englobar economia rural mais alargada. Na minha opi-nião, a evolução da PAC mostra que a política pode adaptar-se para respon-der aos desafios e expectativas não só dos agricultores, mas de todos os cidadãos da UE. Se quisermos que a política continue a fazer um bom

trabalho para os cidadãos europeus, temos de ref letir sobre a forma como a PAC mudará depois do fim do atual período de orçamento da UE que ter-mina em 2020»

Estes dois parágrafos do artigo do Comissário Phil Hogan devem ser “levados à letra” por todos nós. É ,de facto tempo de viragem, é tempo de transição urgente para novos mo-dos de produção e de distribuição de alimentos.

Desde logo produzir alimentos em quantidade necessária e apenas o sufi-ciente para garantir o direito humano à alimentação equilibrada, garantir níveis de rendimentos aos agriculto-res que lhes permitam ter vida digna, adoptar modos de produção sustentá-veis, nomeadamente o modo biológico e outros que contribuem para a des-carbonização do ambiente e da eco-nomia, diminuir a pegada de carbono e preservar a biodiversidade.

Estas são algumas das questões

essenciais a que deve atender a nova PAC. Para isso, ela deverá assentar nos princípios da Soberania Alimentar enumerados pela Via Campesina e no Direito Humano à Alimentação Adequada enunciado pela ONU.

Para isso será preciso grande apoio à agricultura camponesa, é ela que se baseia no moderno conceito e velha prática camponesa de economia cir-cular e que poderá contribuir para arrefecimento do planeta.

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Gazeta da Beira // 3quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

dEStaQUE

Ex-Autarcas acusados de recebimentos indevidos de verbas

Ex-Autarcas e antigos Presidentes das Câmaras Municipais de Tondela, Carregal do Sal, Mortágua, St.ª Comba Dão e S. Pedro

do Sul, vão responder pelo crime de re-cebimento de verbas a que não teriam direito.

O Ministério Público deduziu acusação. Envolvido está também o Secretário Executivo da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão (AMRPB), o qual não é Autarca. Tudo isto ocorreu entre o ano de 2002 e 2013 e o ex-Presidente da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul – António Carlos Figueiredo – era o Presidente do Conselho de Administração da AMRPB e os vogais os restantes autarcas. Atilio dos Santos Nunes do concelho de Carregal do Sal esteve na Presidência do Conselho Administração da Ecobeirão – Sociedade de tratamentos de resíduos só-lidos do Planalto Beirão, tendo como vo-gais os restantes autarcas, excepto Carlos Marta de Tondela. Os cargos eram todos exercidos a título gratuito, embora com direito a senhas de presença e ajudas de custo e também subsídio de transporte.

O Ministério Público acusa que en-tre eles combinaram uma forma, pouco

vulgar, fazendo-se pagar de todos os abonos já descritos um plano já definido em 2002 e aceite em 2005 pelo autarca e na altura edil de St.ª Comba Dão.

Mediante tudo isto, o Secretário da AMRPB alinhou neste esquema e deix-aria de fazer constar nas actas de re-uniões do Conselho de Administração as faltas dos arguidos, passando a estar todos como presentes, mesmo aqueles que não compareciam às reuniões. Com base nas presenças (mesmo não estando presentes) a funcionária da contabilidade processava mensalmente os recebimen-tos andavam entre os 900 euros e 1.250 euros.

Um dos autarcas recebeu indevida-mente 25 mil euros da AMRPB de sen-has de presença, 16 das quais quando esteve ausente.

Respeitante à Ecobeirão as contas apontam para cerca de 86 mil euros recebidos indevidamente e inclui sen-has de presença, estando ausente, sem confirmação, reembolso de combustível, refeições, etc.

António Carlos Figueiredo terá re-cebido indevidamente cerca de 33 mil euros por deslocação em viatura própria a que se junta cerca de 16 mil euros da Ecobeirão, também por despesas idên-ticas. Alguns ex-autarcas já repuseram verbas.

Abordado pela GB, pedimos ao Dr. António Carlos Figueiredo que nos prestasse os devidos esclarecimentos sobre todo este caso.

Gazeta da Beira (GB) - Qual a sua reacção ás acusações que lhe são feitas pelo M. PAntónio Carlos Figueiredo (ACF) - Como pode observar, o que tenho em causa objetivamente é uma questão de ajudas de custo. E nem se-quer se discute se tinha direito às mesmas, porque tal decorria da lei. Nem sequer estão em causa os montantes, Discute-se essencialmente a conformação de documentos e possíveis irregularidades no proces-samento administrativo e contabilístico.

GB - Como analisa o momento em que surge a acusação pública em ano de eleiçõesACF - A essa questão só podem responder os responsáveis do Partido socialista que apresentaram queixas sucessivas, e tiveram a preocupação de difundir o próprio processo até à exaustão, tanto comunicação social como nas redes sociais.

GB - Será que estas acusações podem influenciar uma possível candi-datura à C. M. de S. Pedro do SulACF - Na minha atividade profissional como na politica sempre tentei separar a razão da emoção. Nem sempre é fácil. Mas se nos deixarmos guiar pelas emoções, dificilmente chegamos a bom porto.

GB - Que tipo de argumentação vai utilizar para sua defesa às acusaçõesACF - Sobre a mesma queixa já se pronunciou o Ministério Público junto do TCA que a mandou arquivar por não ter encontrado qualquer ilegali-dade. Neste mesmo processo foi arquivada a queixa quanto ao contrato das águas. Aguardo com tranquilidade a próxima decisão.

Declarações de António Carlos Figueiredo à Gazeta da Beira Fernando Morgado

As reacções são as mais diversifi-cadas, Afonso Abrantes, ex-autarca de Mortágua diz que aguarda serenamente todas as conclusões; João Lourenço ex-autarca de Santa Comba Dão, afirma que é tudo falso e que teve mais desp-esas do que receitas, Atilio Nunes ex-autarca de Carregal do Sal, diz que é tudo mentira, Carlos Marta ex-autarca de Tondela, afirma que não tem nada a dizer e António Carlos Figueiredo, ex-autarca de S. Pedro do Sul, diz que

nunca recebeu nada a que não tivesse direito e que não decorresse da Lei. A investigação foi desencadeada por uma queixa do Movimento de Utentes das Águas do Planalto Beirão e a car-go da Directoria do Centro da Polícia Judiciária, de Maio de 2015 a Novembro de 2016 e o Ministério Público de Viseu acusou os ex-autarcas e o secretário de co-autoria de um crime de recebimen-to indevido de vantagem e na forma continuada.

AMRPB - Associação de Municípios da Região Planalto Beirão

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 20174 // Gazeta da Beira

opinião

A progressiva desertificação humana no norte e centro do país (parte 14)

Os terrenos mediterrânicos com arvoredo florestal e a mato que forem arborizados devem beneficiar de apoios ao rendimento pela PAC

Este texto “Algumas questões da agricultura portuguesa. A progressiva desertificação humana nas áreas de economia agrícola dominante do norte e centro do país”, está subdividido em 17 pontos, pelo autor, António Bica. Na sequência da publicação da 1ª parte deste artigo, na Gazeta da Beira nº696 de 12/05/2016 para facilitar a leitura do texto e uma vez que se trata de um artigo extenso, continuamos por mais 3 partes.

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Além do referido sobre apoios ao investimento o Estado tem que defender que pela PAC (política agrícola comum) se passe

a atribuir apoio periódico anual ao ren-dimento agrícola que estimule a cultura racional e programada da floresta nos terrenos com arvoredo espontâneo e nos actualmente a mato, que quase todos têm boas condições para floresta. A PAC foi estruturada para assegurar bom nível de rendimento anual dos agricultores do nor-te e do centro da Europa. Os países do sul da União Europeia não têm sabido orga-nizar-se para obrigar a União Europeia a apoiar equitativamente os que trabalham a terra, incluindo com floresta, nos países do sul da Europa, distribuindo com justiça o orçamento da PAC por todos os países europeus de acordo com as culturas pos-síveis neles e não só nos países do norte e do centro da Europa.

Em Portugal há boas condições para a produção florestal e as actividades econó-micas relacionadas com a floresta, sendo necessário manter o interior centro e norte habitado

Os financiamentos pela União Euro-

peia, quer se destinem a programas flo-restais específicos, quer a apoio perió-dico anual ao rendimento no âmbito da PAC, são bem justificados em Portugal:

Em Portugal há boas condições para a produção florestal e as actividades económicas relacionadas com a flores-ta, sendo necessário manter o interior

centro e norte habitado. Para isso é in-dispensável que a população que vive nessas regiões tenha actividade econó-mica com rentabilidade que aí a prenda.

DA BEIRAGAZETA

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as últimas notíciaswww.gazetadabeira.pt

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Gazeta da Beira // 5quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

atUalidadE

Concurso público para a aquisição de 4 ilhas ecológicas subterrâneas

S. Pedro do Sul mais ecológico

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Fernando Morgado

O Município de S. Pedro do Sul lançou o concurso público para a aquisição de 4 ilhas ecológicas subterrâneas a

ser instaladas em S. Pedro do Sul e nas Termas.

Cada ilha possui contentores para resí-duos domésticos indiferenciados, cartão, plástico e vidro, criando assim condições que incrementem a recolha selectiva e a reciclagem de resíduos urbanos.

Estes contentores subterrâneos pos-suem uma maior capacidade que os tradicionais e permitem uma melhoria na higiene uma vez que os resíduos são colocados no sub-solo, beneficiando a paisagem urbana.

Este projecto no valor de 108 mil euros vai ser comparticipado em 85 % no âm-bito do POSEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e do Fundo de Coesão.

Prevê-se que ainda durante o corrente ano sejam colocadas mais 8 ilhas ecoló-gicas em S. Pedro do Sul e Santa Cruz da Trapa.

A separação dos resíduos representa um enorme contributo ambiental e eco-nómico, assegurando uma melhor quali-dade e um mundo mais sustentável.

“O vosso destino é a vossa atitude” - Rui Coimbra Engenheiro IT Specialist Sénior

IBM Lisboa, natural da Vila de Vouzela, foi assim com determinação, coragem, capacidade de arriscar, talento e traba-lho, muito trabalho, com que iniciou a sua participação numa reunião com alunos da

E.P. de Carvalhais, concelho de S. Pedro do Sul, aquando das comemorações dos 25 anos.

Disse Rui Coimbra, hoje tomei como ponto de partida a minha vida e a minha vasta experiência profissional para vos deixar lições de esperança e indicar o caminho para todos que tiveram o pri-vilégio de me ouvir.

Uma manhã marcante com uma pes-soa absolutamente inspiradora.

Agradeceu a maneira como foi rece-bido e gostou muito de partilhar com todos os alunos presentes, a sua expe-riência de vida e de trabalho, esperando que tenha respondido às expectativas que trouxeram para esta sessão, mos-

25 personalidades é mote para celebração da Escola Profissional de Carvalhais

E.P. de Carvalhais comemora os seus 25 anos…

Fernando Morgado trando também que vivemos cada vez mais, numa sociedade global. Aos seus colegas de trabalho e ao longo de 23 anos, disse que estiveram presentes em cada um dos projectos e ao longo da sua apresentação. Mesmo com mau tempo, condições metereológicas muito más na região, conseguiu demonstrar a todos uma enorme capacidade de se adapta-rem a situações difíceis.

Todos têm de ter a capacidade de sa-

ber lidar com o imprevisto e era esta a mensagem que conseguiu transmitir a todos os presentes e ainda a quem está num processo de formação.

Agradeceu a todos os alunos presen-tes, professores, Conselho Directivo da Escola e em especial à Profª Marisa Araújo pela organização do evento e parabéns a todos.

O Engenheiro Rui Coimbra merece todo o nosso apoio, carinho, admira-ção pelo seu trajecto de vida e pela sua vontade enorme de vencer na sua vida e por todo o apoio que tem dado a quem precisa da sua presença, deixando todos maravilhados pela sua competência re-conhecida, parabéns da GB.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 20176 // Gazeta da BeiraS. pEdro do SUl

Nas Termas de S. Pedro do Sul no Auditório do Balneário Rainha D.ª Amélia

Apresentação do livro “NUM VIROTE”de João Cerveira

Dr. Fevereiro Martins

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Fernando Morgado

Foi apresentado no Auditório do Balneário Rainha D.ª Amélia nas Termas de S. Pedro do Sul, o livro de João Cerveira “NUM

VIROTE”, com o salão completamente cheio de amigos e convidados.

Presente esteve o Dr. Alexandre Gonçalves representando a Editora Chiado que agradeceu a presença. Fez a apresentação do livro o próprio autor, com a qual encantou pela sua simplici-dade de expôr um trabalho excelente.

JOÂO CERVEIRA, (Lobito, Angola, 1960) é filho e neto de beirões das mar-gens do Dão, docente, fixou-se em 1984 em S. Pedro do Sul por se haver enamo-rado pela magnificência das serras da

Arada e da Gralheira.Em, “NUM VIROTE” vemos e ou-

vimos como se em carne e osso, cara a cara, olhos nos olhos, tal o burilar da sua construção. Ora, aquem, ora além Tejo, num emigrar (in) contrariável de busca e de (des) encontro, o mais é carcela de sonho (s) abotoando-se à (s) vida (s) e esta (s) se não despegando nunca dele (s). É no ajustamento de um e de outro (panos) que a peça se alinhava, prova e assenta na senha de viver.

Cava e lança, descava e lança-te. Cuida, cuida-te e colhe. Disso (des) coberta (o), pão, usucapião.

Caso não, afianço que tolhe(mos).“NUM VIROTE” , um livro já à ven-

da e que aconselhamos a ler com muita atenção.

VILA MAIOR

GUILhERME FIGUEIREDO

Memórias de tempos passados - 12 de Janeiro de 2000Grupo de Danças e Cantares de Vila Maior na TV

No passado dia 12 de Janeiro de 2000 o Grupo de Danças e Cantares de Vila Maior deslocou-se às instalações da RTP no Monte da Virgem, Gaia, a fim de par-ticipar no programa “Praça da Alegria” apresentado por Manuel Luis Goucha.

Aí o Grupo teve oportunidade de mos-trar o seu valor, cantando e dançando músi-cas tradicionais da nossa terra. De realçar ainda que a ocasião serviu para os emi-grantes Vilamaiorenses contactarem via telefónica que viram em directo o referido programa com intuito de felicitar o Grupo e seus elementos; Bons tempos.

20 de Julho de 2000Associação Cultural de Vila Maior e a sua escola de música.

No final do ano lectivo realizou-se a festa dos alunos da escola de música, como não podia deixar de ser este ano realizou-se no dia 2 de Julho pelas 16 horas. O encer-ramento foi feito pelos próprios alunos e o Professor. E que bem que estes se sairam, fizeram maravilhar o público. Para eles os nossos parabéns.

Festa em honra de Santo AntãoRealizou-se no Domingo, dia 22 de

Janeiro a festa a Santo Antão em Goja – Sendas. O dia estava de sol por isso juntou-se muita gente.

A missa foi celebrada pelas 10H30 em honra de Santo Antão cantada pelo Grupo

Horizonte e a procissão foi abrilhantada pela Banda Aliança Pinho e Vila Maior. Como sempre os andores estavam muito bem ornamentados, parabéns às senhoras e meninas que fizeram este lindo trabalho.

O leilão das oferendas começou da parte da manhã recmeçando da parte da tarde.

No começo da noite começou a ani-mação com o grupo, havendo interregno para o jantar.

HospitalizadoFoi internado no Hospital S. Teotónio

em Viseu o Sr. Henrique R. da Rocha residente em Sendas, Vila Maior para se submeter a uma operação. No principio a coisa não correu muito bem, mas agora felizmente as coisas agora estão a correr pelo melhor.

Deus esteja com o nosso amigo Henrique e que tudo continue pelo melhor.

Montaria ao javaliRealizou-se domingo dia 29 de Janeiro

uma montaria ao javali no lugar de Ribeira Cimeira, Vila Maior.

O dia não esteve bom porque chovia muito e os matilheiros e seus cães não po-diam entrar nos matagais. Foi abatido um animal e vistos muitos corços.

No final 55 pessoas partilharam o al-moço na Associação Goja – Sendas.

Para o ano há mais.

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Gazeta da Beira // 7quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

S. pEdro do SUl

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Na parte do programa: “Conta-me como foi …” tivemos histórias de vida de Amadeu Ferreira (antigo mineiro da aldeia abandonada do Loureiro) Silvina Soares de Rompecilha Altina de Sousa de Gestosinho (Manhouce) Dorinda Fonseca de Aveloso de Sul nascida e criada nas Fragas de Aveloso no lugar onde está hoje edificada a sede da associação Fragas À excepção de Altina emigraram e migraram: Brasil, Amesterdão, Lisboa mas regressaram às suas aldeias das quais nunca se desvincularam Em comum tiveram também as vivências de exploração de quem com 8 anos já levava as ferramentas aos mineiros de quem trabalhava na floresta descalça pisando tojos e silvas pois nem para uns sapatos ganhava e de quem fazia todos os dias a pé o caminho da fábrica de Pólvora em Moscavide para a barraca onde morava em Marvila para poupar com o intuito de fazer “uma casinha na aldeia” Tempos difíceis es-ses hoje retratados não com saudades a não ser das solidariedades criadas nas aldeias hoje desertificadas.

Projeto AcolherA Associação Fragas desenvolveu

o Projeto ACOLHER – Cooperação Intergeracional para um Turismo Ético e Responsável em Meio Rural, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do programa Cidadania Ativa Eeagrants.

O projeto teve início em Maio de 2015 e pôs em marcha a sua atividade, disponibili-zando ações de capacitação para jovens como mediadores/as em turismo ético e responsá-vel. Nestas ações, os/as jovens puderam ad-quirir conhecimentos sobre TER, Ambiente, Património histórico e cultural, que suportas-sem a criação de uma rede de itinerários de turismo inter-aldeias, com o envolvimento das comunidades locais.

Este projeto incidiu também na promo-ção de sessões intergeracionais, entre elas, a Desfolhada à Moda antiga na aldeia de Bondança, na Freguesia de Manhouce, bem como o apoio à preservação das tradições vivas, caso da aldeia de Rompecilha (S. Martinho das Moitas), que ainda hoje dá vida ao Ciclo do Linho.

Por outro lado, trabalhámos com mulhe-res de aldeias pertencentes ao concelho de S. Pedro do Sul no sentido da sensibilização para o acolher de visitantes nas aldeias, de forma a organizar as populações autóctones em redes comunitárias e a dinamizar estas regiões que tanto padecem devido, sobretudo, à desertificação.

Associação Fragas Aveloso Daniela Figueiredo

No dia 5 de Novembro reali-zou-se a Assembleia Geral da Associação Fragas

Aveloso na sua sede para a eleição dos novos órgãos sociais.

Contámos com a presença de muitos/as sócios/as e ao longo da Assembleia foram discutidas as ati-vidades já desenvolvidas e as difi-culdades que se ultrapassaram para as concluir.

Com a colaboração de todos/as foram surgindo ideias para no-vas atividades e projetos a desenvolver pela Associação tais como: Projeto de Educação Ambiental em parceria com as escolas da Freguesia de Sul e também de S. Pedro do Sul;

Projeto Mudar de Vida, com as mulheres das comunidades rurais e um outro sobre in-tervenção na área da Violência Doméstica.

Novos Órgãos Sociais EleitosDireção: Presidente - Manuela Tavares, Vice-Presidente - Luís Ribeiro Tesoureiro – António Tavares. Vogais: Adriana Gomes, Artur Semide, Carolina Leão, Jaime Pinho, João Martins, Joana Vitorino, Lúcia Ferreira, Luís Silva, Maria da Luz Santos e Paula Chaínho.Assembleia Geral: Presidente - Cristina Bandeira, Vice Presidente - Paula Mendes Secretário - Luís Sousa. Conselho Fiscal: Presidente - Maria do Patro-cínio Martins;Relatora – Ana Sousa e Relator Serafim Ferreira.

Terminada a Assembleia iniciou-se o Convívio da Castanha onde se assaram as castanhas à moda antiga, no chão com caru-ma reunindo-se as pessoas à volta da fogueira em que todos os presentes se foram servindo. Puderam depois todos/as desfrutar de uma mesa cheia de produtos da região como a chouriça, morcela, presunto, aletria e variados doces assim como o caldo verde. Tivemos a presença de pessoas de várias aldeias da região como Rompecilha, Covelinhas e Manhouce.

Como não podia faltar houve animação musical pelas vozes de Altina Sousa e Ana Rita Trindade. Mais pessoas foram acompa-nhando. Miguel Quitério realizou uma exce-lente atuação tocando gaita de foles. No final realizou-se a projeção de filmes de Michel Giacometti sobre os cantares tradicionais de várias regiões do País.

3º Festival da Fragas - um êxito partilhado

O 3º Festival da Fragas que decorreu entre 17 e 21 de Agosto de 2016 constituiu um êxito partilhado com comunidades rurais e asso-ciações e outras entidades com um programa muito diversificado: exposições de pintura e artesanato, concerto no Cine-Teatro - es-pectáculo integrado de grande qualidade de música e poesia com o ARS Nova o Grupo de Cantares de Coimbra e poesia com a Associação Cultural de Rompecilha; Encontro de Concertinas no Largo de Oliveira com mui-tas pessoas a verem e a dançarem para além de documentários e cinema de aldeia.

Retrospetiva do passado ano de 2016

Cooperativa AcolheRural

Com o resultado do projeto Acolher surgiu agora a cria-ção da Cooperativa de Animação Turística AcolheRural. A coo-perativa de Animação Turística AcolheRural constitui-se como uma agência de animação turística virada para um turismo ético e res-ponsável nas aldeias da

região de Lafões.O Turismo Ético e Responsável pretende

mostrar que o ambiente e o património histó-rico e cultural convivem em harmonia com o lazer e a valorização pessoal e cultural, procurando a participação das comunidades locais, na dinamização de atividades que de-senvolvam a economia local.

Esta cooperativa surge como perspetiva de atividade económica e social por parte das/os jovens do projeto “Acolher” – Cooperação Intergeracional para um Turismo Ético e Responsável. Estes jovens, através deste pro-jeto ficaram capacitados como Mediadores/as deste tipo de turismo em meio rural. Foi desenvolvido trabalho com as pessoas nas aldeias, em especial mulheres, para a criação

de casas de acolhimento a visitantes e foram elaborados roteiros de ligação entre as aldeias e dentro dos próprios locais.

Os objetivos da nossa cooperativa são prestar serviços na área do turismo rural com elaboração de roteiros e de programas cultu-rais associados às visitas às aldeias, elaborar e divulgar ofertas de visitas, garantindo a quali-dade das mesmas e envolvendo as comunida-des rurais, realizar o transporte de visitantes e respetivo acompanhamento nos roteiros que escolherem e valorizar as produções locais nas áreas de gastronomia, artesanato, confe-ções e apetrechos rurais, e outras, na ligação com as pessoas que visitam as aldeias por iniciativa da cooperativa.

O FRAGOSITO é o cão de guarda da associação.

Tem este ar irrequieto e ladino. Chegou pela mão do Sr. Bernardino que o encontrou abandonado. Tem “residência” com cobertu-ra para amainar o calor no Verão e o frio no Inverno. O Sr. Bernardino é que cuida dele e, de vez em quando, vão dar um passeio juntos. O FRAGOSITO detesta gatos, mas adora crianças e quem dele se aproxime a fa-zer festas. Quem nos vier visitar pode dar um passeio com ele, pois ele agradece!Colaboraram na compilação desta infor-mação: Manuela Tavares, Paula Chainho, Fátima Quitério, João Martins e Luís Silva.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 20178 // Gazeta da Beira

VoUzEla

Nadadores de Vouzela participaram no Torneio do Viriato

FRANCISCO QUEIRóS

S. MIGUEL DO MATO

Redação

Realizou-se este fim de semana (28 e 29 de Janeiro), nas pisci-nas Municipais do Fontelo em Viseu, o Torneio do Viriato.

Participaram nesta prova, pertencente ao calendário da Associação de Natação Centro Norte de Portugal, 320 atletas em representação de 16 clubes.

A Associação dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Vouzela fez--se representar nesta competição por 5 atletas: Nuno Sousa, Ana Almeida, Cláudia Madeira, Rute Correia e Inês Paredes. Os atletas estiveram em bom plano tendo nadado 17 provas e estabe-lecido 18 novos recordes pessoais, dos quais 5 foram mínimos de participa-ção para os Campeonatos Nacionais de Natação e 1 tempo de admissão para os Campeonatos Zonais, sendo ainda obti-

das 9 classificações nos 5 primeiros luga-res. Apesar das prestações globalmente positivas de todos os atletas, esteve em destaque a Vouzelense Cláudia Madeira que melhorou todos os seus registos e obteve mínimos de participação para os Campeonatos Nacionais em todas as provas nadadas, tendo ainda vencido as provas de 100 metros Costas e 100 me-tros Mariposa.

Para o treinador Hugo Berardinelli, a prestação dos seus pupilos foi, nesta altura da época, uma excelente avalia-ção para os desafios que se avizinham. A próxima prova serão os Campeonatos Interdistritais de Juvenis e Absolutos que irão decorrer em Coimbra.

A Associação da ACRTCM Vouzela dá os parabéns aos seus atletas e agra-dece o apoio da Câmara Municipal de Vouzela e de toda a estrutura da sua es-cola de Natação.

Prova realizou-se nos dias 28 e 29 de janeiro

Realizou-se, no pas-sado dia 21 de janei-ro, mais uma prova

do Circuito Municipal de Escolas de Natação, desta vez nas Piscinas Municipais de Castro Daire. No encon-tro participaram 19 escolas, tendo estado envolvidos um total de 219 atletas de dife-rentes escalões.

Os onze atletas que repre-sentaram a Escola de Natação de Vouzela alcançaram 2 recordes de escalão, 8 primeiros lugares, 1 segundo lugar, 4 quartos lugares, 3 quartos lugares e 3 quintos lugares.

O Município de Vouzela congratula-se por mais esta boa prestação e felicita todos os atletas e equipa técnica.

A próxima prova será dia 18 de fe-vereiro, em Arganil.

Prova decorreu em Castro Daire a 21 de janeiro

Nadadores de Vouzela conquistaram dois recorde de escalão e mais oito primeiros lugares

Redação

Incumbe-me o Sr. Presidente da Direção da Sociedade Musical de Moçamedes Manuel Branco de fazer chegar a todos os Sócios da agremia-ção o seguinte comunicado:

Caros Sócios:Neste ano de 2017 iremos proce-

der a uma retificação da Lista de Associados. Da mesma forma iremos proceder à emissão de novos Cartões de Sócio.

Quem não tem a quotas em dia é favor passar pela Sede de forma a re-gularizar a sua situação. Os estatutos são claros no seu capitulo II, artigo 11.º: “são suspensos dos bens e direitos de sócio quem tenha mais de 18 meses de quotas em atraso sem que haja jus-tificação para tal”.

Neste caso a Direção mandará re-tirar da qualidade de Sócio efetivo da Sociedade Musical de Moçamedes quem tenha mais de 3 anos de quotas em atraso.

Como Sócios devemos ter orgu-lho na Banda; todos fazem falta, mas quem não cumpre com os seus deveres de Sócio é melhor retirar-se. O apoio moral é sempre bem-vindo mais o fi-nanceiro é indispensável pois só dessa forma poderemos continuar o nosso trabalho.

Aproveitamos para informar e agra-decer o apoio dado a estas Instituição pelo nosso amigo e sócio n.º 4 Sr. Paulo Pereira: obrigado pelo apoio amigo Paulo! Sabemos que tal como nós queres levar sempre mais alto e mais longe o nome da nossa terra atra-vés da Banda da Sociedade Musical de Moçamedes.

Com os melhores cumprimentos, Manuel Branco, Presidente da

Direção.

A igreja Velha de SMM I (en-quadramento histórico)

Não se encontra muita informa-ção sobre a Igreja Velha da freguesia. Lenda e testemunho oral passado de geração em geração, falam de piedo-

sas senhoras de Vila Pouca, por não terem herdeiros, doaram os terrenos de S. Miguel do Mato com a condição de lá ser construído um local de culto. A memória histórica de um Povo é mes-mo um recurso aceite cientificamente na investigação histórica. Costuma dizer-se que o Povo quase sempre tem razão… não será bem assim…, mas se a não tem sempre, nem toda quase sempre tem alguma. Por isso mesmo, acreditamos que haja algo de verdade nesta história.

No Blog do Rancho Folclórico de Vilar o Prof. Horácio Ribeiro levanta algumas pistas muito importantes so-bre as origens do Velho Templo. Refere que primeira referência escrita sobre o mesmo consta das Inquirições de 1258, séc. XIII portanto,

A Igreja, como é natural, sofreu vá-rias obras de reparação e de amplia-ção que vieram a alterar a sua traça original. Entre outras, chama-se à atenção para a que consta na escri-tura de obrigação entre o reverendo Agostinho Nunes de Sousa Valente, cónego da Sé, e o pedreiro Manuel Pereira de Sousa, natural de Orgens, datada de 6 de Outubro de 1791. Nela, o referido pedreiro comprometia-se a compor a capela-mor da Igreja pela quantia de oitenta e cinco mil réis. Se observarmos bem o pouco que ainda resta da velha Igreja, verificamos al-guns sinais da construção primitiva. Na parte exterior da que foi a zona do altar-mor existem vários cachorros muito parecidos com os existentes na Igreja Matriz de Vouzela. Será que eles nos querem dizer que a Igreja primitiva de S. Miguel do Mato é contemporâ-nea da joia arquitetónica de Vouzela?! Potencialmente sim! É até bem prová-vel. Os Investigadores Ana Beatriz, Daniel e Melo apresentaram trabalho de investigação sobre a História da Igreja Velha de SMM. Infelizmente a reconstituição total da história é im-possível pois a documentação pertinen-te perdeu-se na poeira do tempo e na incúria dos responsáveis! De qualquer forma ficamos a saber que a sua loca-lização terá sido objeto de um ajuste muito equitativo de distâncias entre as Povoações de Moçamedes, Vila Pouca e Lourosa em relação ao local onde está edificada.

Depois de décadas de abandono os trabalhos de reabilitação do templo e de conservação do que resta do Cemitério enobrecem a nossa Freguesia e suas gentes. Já aqui referi que em breve es-tará já dotada de luz elétrica. Também fui noticiando que os trilhos por onde outrora as procissões tinham lugar es-tão de novo a descoberto e desde que bem limpos transitáveis.

No próximo artigo concretizarei de forma mais concreta o potencial de aproveitamento ao nível do Turismo Religioso e Rural que o local, o Templo e circundantes encerram.

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Gazeta da Beira // 9quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

VoUzEla

De 4 a 28 de fevereiro

Exposição “Despir o Preconceito” no Museu Municipal de Vouzela

VII Cinclus consolida sucesso de edições anteriores

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Redação

Redação

Nove Fotógrafos nacionais, 2 fo-tógrafos internacionais, uma exposição, 3 apresentações de livros e muitas dezenas de fo-

tos fizeram a história do melhor festival de imagem de natureza do país.

A sétima edição do Cinclus realizou-se de 26 a 29 de janeiro e contou sempre com casa cheia. Foram três dias cheios de ativi-dades, onde a natureza, a biodiversidade e a criatividade dos oradores estiveram no centro de todas as atenções deslumbran-do todos aqueles que durante este fim-de--semana se deslocaram a Vouzela.

No primeiro dia do festival foram conhe-cidos os vencedores do concurso GENERG – Fotógrafo de Natureza do Ano, uma ini-ciativa que premiou as melhores fotogra-fias nas categorias Paisagem; Flora e fun-gos; Fauna, Parque Natural Local Vouga Caramulo; Parque Eólico do Caramulo e Aves, tendo o prémio de melhor fotografia sido atribuído a Gonçalo Rosa, com uma fotografia de dois “lobos curiosos”.

Durante o dia de sábado, destaque para as palestras dos fotógrafos convidados que versaram sobre temas tão distintos como insetos, paisagens da Serra da Estrela, o mar, o lago Tanganyika ou a Islândia e

ainda a inauguração da exposição do fotó-grafo vouzelense João Cosme, “No Trilho do Lobo”, e a apresentação do livro com o mesmo nome.

No último dia do festival, nova enchente no cineteatro, com novas palestras e muitos temas, fotografias e histórias interessantes para ver e ouvir.

Este é um “festival de referência e de excelência” no país, considera Rui Ladeira, Presidente da Câmara Municipal de Vouzela. Na sessão de encerramento do Cinclus, o autarca agradeceu o apoio de todos os fotógrafos “que com o seu prestígio tornam este festival numa mar-ca muito forte e de confiança” e o apoio dos parceiros envolvidos, nomeadamente Generg, National Geographic Portugal, Comercialfoto, Sigma, Lowepro, Turismo Centro de Portugal, Canon, Fnac, Fotocamo e Binaural Nodar.

Festival realizou-se de 26 a 29 de janeiro

No âmbito do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, que se assinala a 4 de feverei-ro, o Museu Municipal de

Vouzela vai ter patente, de 4 a 28 de feve-reiro, uma exposição alusiva à campanha “Despir o Preconceito”.

Da autoria do designer Filipe Inteiro, a iniciativa nasceu da dissertação de mestrado do autor que para a sua tese decidiu perceber a importância da uti-lização da fotografia nas campanhas de comunicação de carácter social. Para

desmistificar o preconceito associado ao cancro, a campanha reuniu fotografias de mulheres sorridentes e confiantes que resolveram desafiar a doença com frases motivadoras e cheias de positivismo.

A campanha utilizou o objeto fotográ-fico para transmitir uma mensagem de coragem e alegria e tem como objetivo retratar, através da fotografia, os efeitos inerentes ao cancro.

A exposição, que conta com o apoio do Núcleo de Vouzela da Liga contra o Cancro e do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), será inau-gurada no dia 7 de fevereiro, pelas 16h.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201710 // Gazeta da BeirarEgião

A Câmara Municipal de Castro Daire vai promover, em Março, o Mês da

Floresta e da Proteção Civil, onde se vão realizar varias ações, com o objetivo de sen-sibilizar a comunidade escolar e a população Castrense para a importância da conservação da floresta destacando o seu inte-resse económico para a região e evidenciando a importância da Proteção Civil demonstran-do que é uma “Tarefa de Todos para Todos”.

Abertura do mês será no dia 3 de março, com a visita de to-das as Escolas Básicas do 1.º Ciclo, à exposição de Meios e Agentes de Proteção Civil, que terá lugar no Parque Urbano de Castro Daire.

O espetáculo músico-teatral “Tobias e o Bombeiro Mendes na aventura da Proteção Civil”, dirigido aos alunos do pré-escolar do agrupamento de escolas de Castro Daire, terá lugar no dia 10 de março. Este espectáculo, pedagogicamen-te incide na temática do que fazer em caso de incêndio na escola, em casa ou em espaços fechados.

No dia 15 de março reali-zar-se-á o percurso pedestre “Trilho dos Carvalhos”, loca-lizado em Gosende, onde se vão realizar atividades rela-cionadas com a floresta, com alunos da Escola Secundária e

Março, mês da floresta e da proteção civil Redação

da EB2,3 de Castro Daire.No dia de 21 de março terá

lugar a plantação de árvo-res numa área ardida, com a participação dos alunos do agrupamento de escolas de Castro Daire, dos Sapadores Florestais de Castro Daire e dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire e de Farejinhas

O encerramento do mês terá

lugar no dia 31 de março, com a realização do XII Seminário “Floresta Sem Fronteiras no Montemuro e Paiva”. Neste Seminário vão ser aborda-dos temas relacionados com a Defesa da Floresta Contra Incêndios e a Bolsa Nacional de Terras.

A realização de todas estas ações tem como objetivo obter,

por um lado, a sensibilização de todos os participantes para a importância dos espaços flo-restais na multiplicidade dos seus usos e funções e para a responsabilidade coletiva na sua proteção e valorização, através de um melhor conhe-cimento do que é a floresta. Por outro, obter também, a sensibi-lização dos jovens para a im-

portância da Protecção Civil, e para as mais correctas práticas em situações de emergência. Apostando desta forma numa faixa etária que está em forma-ção e por isso mais predisposta à aprendizagem, esta iniciativa remeterá um conjunto de prá-ticas que, com certeza, serão interiorizadas por todos e com reflexos futuros.

Em Castro Daire

Grupo “STRELLA DO DIA” deu espetáculo memorável

No dia 5 de fevereiro, o Município e a ACROF promoveram um espetá-culo memorável no Cineteatro Dr.

Morgado com o Grupo “Strella do Dia”. Este Grupo nasceu no ano de 2000 e tem procurado, desde então, manifestar uma aliança entre os arcaicos pergaminhos da Europa Medieval e linguagens musicais da atualidade.

De salientar que os “Strella do Dia” estive-ram em residência artística desde quinta-fei-ra a criar o espetáculo que foi apresentado.

Recorrendo a instrumentos da música an-tiga e com a participação do Grupo de Dança da ACROF viveu-se, assim, um agradável momento musical que, certamente ficará na memória do público.

Redação

Espetáculo memorável no Cineteatro Dr. Morgado em Oliveira de Frades

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Gazeta da Beira // 11quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

rEgião

Encontra-se no Museu Municipal de Oliveira de Frades uma exposição de fotografia designada “Lafões

é um Jardim” da ASSOL (Associação Social de Solidariedade de Lafões). Esta exposição retrata a diversidade da natu-reza de Lafões no Outono de 2016, no

Exposição de Fotografia da ASSOL no Museu Municipal de Oliveirade Frades

Fernando Morgado âmbito da Semana Cultural cujo tema foi “À Descoberta da Natureza” e estará patente até ao próximo dia 2 do mês de Abril.

As fotografias são de autoria de várias pessoas apoiadas pela ASSOL devido às limitações causadas por situações de de-ficiência ou doença psiquiátrica crónica e incapacitante.

No âmbito do projeto “Escolas Empreendedoras na CIM Viseu Dão Lafões” decorreu, no dia 1 de fevereiro, a visita

do “Gaspar” ao Centro Escolar.Este projeto resulta de uma parceria en-

tre a Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões, a Câmara Municipal de Oliveira de Frades e o Agrupamento de Escolas de

Oliveira de Frades e tem como objetivo prin-cipal contribuir para o desenvolvimento de algumas competências empreendedoras.

A Vereadora, Elisa Ferraz de Oliveira, salientou a importância deste projeto, incen-tivando as crianças a participar com imagi-nação e criatividade.

A visita terminou com a personagem do “Gaspar” a oferecer um kit de material di-dático a alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho.

“Gaspar” visitou o CentroEscolar

Redação

No âmbito da reabertura do Tribunal de Oliveira de Frades de que o Município muito se congratula, a

Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, vi-sitou, no passado dia 31 de janeiro, as instalações do recentemente designado Juízo de Competência Genérica.

Esta visita, para além de assinalar esta reabertura visou, também, o estrei-tamento de relações que irão permitir o estabelecimento de um protocolo entre

Secretária de Estado Adjunta e da Justiça visitou Tribunal em Oliveirade Frades

o Município e o Ministério da Justiça para a melhoria das condições físicas do Tribunal.

Nesta reunião, a Secretária de Estado manifestou o seu contentamento pelo aproximar da justiça aos cidadãos que é um elemento essencial para o desenvol-vimento da sociedade.

Por sua vez, o Presidente da Câmara, Luís Vasconcelos demonstrou, também, a sua satisfação pela justa reposição deste pilar básico de uma sociedade desenvol-vida, manifestando disponibilidade para colaborar com o Ministério da Justiça nos mais diversos âmbitos.

Redação

Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária morreram

23 pessoas nas estradas do dis-trito de Viseu, mas o número é inferior ao registado nos anos de 2014 e 2015. Foram registados um total de 4.398 acidentes entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 e comparado com os dois anos anteriores verificou-se um au-mento da sinistralidade. Em 2014 houve cerca de 4 mil acidentes (4.129) e em 2015 o número aumentou para 4.343, 109 pessoas sofreram lesões graves. Nos dis-tritos de Aveiro e Guarda também houve um aumento da sinistralidade. No dis-trito de Aveiro, o número de acidentes aumentou de 9.773 em 2015, para 10.119

Sinistralidade rodoviária aumenta nas estradas do distrito de Viseu

em 2016, de que resultaram 43 mortos. No distrito da Guarda registaram-se em 2016 1.514 acidentes, mais 65 que no ano anterior, de que resultaram 9 mortos e 60 feridos graves. Os acidentes foram todos contabilizados na via pública e envolve-ram veículos em movimento e foram do conhecimento da PSP e GNR e dos quais resultaram vítimas e danos materiais.

Fernando Morgado

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201712 // Gazeta da BeirarEgião

Vamos Visitar o Montemuro e Paiva - CIIMP

Redação

O Município de Castro Daire arran-cou no dia 23 de janeiro, o Projeto “Vamos Visitar o Montemuro e

Paiva - CIIMP…”, com o intuito de dar a conhecer de forma pedagógica e lúdica o Centro de Interpretação e Informação do Montemuro e Paiva (CIIMP), instalado no Solar dos Mendonça, em pleno centro da Vila de Castro Daire.

Percorrer o Paiva e o Montemuro «uma viagem impressionante, que nos con-duz pela história da Terra. F aqui que encontramos um território que não se espera, que nos surpreende com vistas de cortar a respiração, com recantos únicos. São paisagens que nos des-lumbram a alma e que nos levam a desvendar os seus mistérios. É a ma-

gia do lugar que nos preenche o coração.Aqui respira-se ar puro. Vive-se com calma e de forma sustentável. Sentimo-nos em harmonia com a natureza, nas serranias do Montemuro ou nos vales do Paiva.Pelas serranias imponentes, pelas fascinantes quedas de agua ou nas verdejantes margens e prados construídos com muito engenho, encontramos uma fauna e flora riquíssima.O Montemuro e o Paiva são tesouros naturais, de biodiversidade, de história com tradições que esperam por ti. Sobe à Serra e ouve as deslumbrantes paisagens sonoras, polvilhadas pelo tilintar das campainhas e chocalhos do gado.Mergulha nas águas límpidas do Paiva ou diverte-te na aventura de descobrires recantos maravilhosos.E quando a neve cai... o Montemuro ganha um novo destaque na paisagem.Forte imponente, branco, toma-se a marca de um vasto Território, onde o concelho de Castro Daire é o seu coração.Esta é uma paisagem que muda todos os dias. Onde o homem se alia à natureza para criar ecossistemas únicos, repletos de vida e onde o casario se construiu com os elementos da terra. É um território que faz parte da nossa alma, das nossas tradições e cultura, é um território mágico, quem o visita envolve-se com a natureza e apaixona-se pela nossa Terra!

Este projeto abrange todos os alunos do Pré-escolar e do 1º CEB do concelho de Castro Daire e tem como finalidade dar promover e divulgar dois recursos naturais: a Serra do Montemuro e o Rio Paiva, fo-mentando o gosto pela Natureza e estimu-lando o interesse para o conhecimento do Território Castrense.

Está calendarizada até 30 de março, a visita de 282 crianças do Pré-escolar e 470 do 1º CEB.

Serra de Montemuro erio Paiva

Em Castro Daire

A Exma. Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, Visitou o Município de

Castro Daire para assinalar a reabertu-ra do Tribunal de Castro Daire, visita esta que decorreu na manha do dia 31 de Janeiro.

Durante esta Visita a Senhora Secretária de estado visitou as insta-lações do Tribunal de Castro Daire, re-centemente reaberto, fazendo-se acom-panhar da meritíssima Juíza Presidente da Comarca de Viseu, do Meritíssimo Procurador Coordenador da Comarca de Viseu e ainda Pelo Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, Fernando Carneiro, bem como os diversos convidados que es-tiveram presentes nesta cerimónia.

Depois da Visita às instalações do Tribunal de Castro Daire os presentes assinalaram esta cerimónia com uma sessão solene realizada no palacete das Carrancas de Castro Daire.

O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire agradeceu toda a colaboração e a forma como este Governo, através do Primeiro Ministro, da Ministra da Justiça e de todo o pessoal do seu ministério trataram de resolver o problema do Tribunal de Castro Daire, devolvendo a esta Comarca o Juízo de Competência Genérica.

Visivelmente satisfeito, o Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire salientou que a luta que os Castrenses travaram para ver reaberto o Tribunal de

Castro Daire valeu a pena, sendo este um dia de Festa porque é o reconhecimento que o Povo Castrense tem para aqueles que tornaram este desejo possível.

Fernando Carneiro destacou, ainda, que finalmente os Castrenses vêm fazer justiça e restituir o acesso normal ao tri-bunal, sem que isso se transforme numa dificuldade acrescida com deslocações para outros concelho, como até aqui acontecia.

A Senhora Secretário de Estado Adjunta e da Justiça agradeceu as pa-lavras elogiosas do Autarca Castrense, salientando que este Governo corrigiu aquilo que considera ter sido os erros cometidos na anterior Reforma Judicial, devolvendo desta forma o tratamento igual de acesso à justiça aos concelhos do interior que haviam sido penalizados com esta medida.

A Senhora Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, reforçou a im-portância de descriminar positivamente estes territórios do interior, fazendo do País um todo mais equilibrado e mais produtivo, devolvendo a importância económica e estrutural que esta franja do País pode vir a ter para o progresso e desenvolvimento do território integrado que todos desejam.

Helena Ribeiro deu ainda nota que este Governo olha para esta problemática da desertificação do interior com muito atenção e cuidado, estando a desenvolver esforços para inverter esta tendência, sendo que esta fixação dos Serviços Públicos é um sinal que o Estado deve estar presente e acompanhar as medidas que possam ser implantadas.

Secretária de Estado Adjunta e da Justiça visita Município de Castro Daire

Redação

Para assinalar a reabertura do tribunal

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Gazeta da Beira // 13quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

rEportagEm

O Roteiro Cidadania em Portugal con-tinua a percorrer o país e esteve, entre os dias 24 e

28 de janeiro, nos concelhos do Dão-Lafões.

O objetivo desta iniciati-va - uma parceria do Governo e da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR) - é colocar as re-des e comunidades locais a discutir os temas da cidadania, da participação cívica, o com-bate às desigualdades ou as discriminações.

O Roteiro teve início no pas-sado dia 24 de outubro - Dia Municipal para a Igualdade - e vai percorrer todo o país até ao dia 30 de junho de 2017.

No percurso do Roteiro es-tão já mais de 140 municípios de Portugal continental e re-giões autónomas. A rede de parcerias envolve ainda autar-

quias, organismos da adminis-tração pública, organizações da Economia Social e Solidária e outras entidades, tais como a ACAPO, Federação Portuguesa de Surdos, RUTIS, Fundação Maria Rosa/ComParte, entre outros.

A equipa está a percorrer o país numa carrinha, devidamen-te equipada com recursos lúdi-co-pedagógicos, para apoiar a dinamização de atividades pro-postas por redes locais.

Em Lafões, a apresentação de um exemplar raro sobre o HOLOCAUSTO, escrito na 1ª

pessoa em 1945 por um so-brevivente que veio habitar em Portugal, foi por certo um dos momentos altos da passagem do ROTEIRO DA CIDADANIA na Região de Lafões. Tal apresen-tação teve lugar na Biblioteca de S. Pedro do Sul em 27 de Janeiro - dia da EVOCAÇÃO DO

HOLOCAUSTO e, sem o pre-tender e menos ainda preparar, foi a resposta certa e oportuna a uma intervenção sobre o mes-mo tema tornada pública 2 dias antes, no Auditório Municipal de Vouzela.

Para que Lafões demonstre URBI et ORBI que não foi em vão a passagem do ROTEIRO por estas paragens a organiza-ção local sugeriu ao Prof. de História da Universidade Sénior de Vouzela- Dr. Carlos Tavares Rodrigues que promova uma aula com os dois intervenientes e a faça desenvolver em grande FORUM na Escola Secundária de Oliveira de Frades, onde o tema foi igualmente tratado com grande nível e não menos parti-cipação de professores e alunos.

«Enquanto alguns deitam as mãos à cabeça sobre Trump e outros dizem “deixem lá o ho-mem que até foi escolhido pelo Povo”, convém não esquecer o

Vouzela25/01

9h – 10h

Escola Básica de Campia

ADRL - Associação de Desenvolvimento Rural de LafõesCâmara Municipal de Vouzela

Cidadania e Territórios Sustentáveis, Direitos Humanos e Diversidade Cultural

Sessões de sensibilização participativas

Comunidades escolares

10h – 11h30

Escola Básica de Vouzela

12h - 13h

Escola Secundária de Vouzela

15h - 17h30

Jardim e Auditório da Câmara Municipal de VOUZELA

Ação de rua e debate no Auditório

Alunas/os da Universidade Sénior

Oliveira de Frades

27/01

09h30-11h30

Escola Secundária de Oliveira de Frades

ADRL - Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões

Escola Secundária de Oliveira de Frades

Cidadania, Direitos Humanos e Diversidade Cultural / Dia Internacional da Memória do Holocausto

Ações de sensibilização na carrinha

95 Alunas/os do Ensino Secundário

S. Pedro do Sul

27/01

12h30 - 14h45

Universidade Sénior de S. Pedro do Sul ADRL -

Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões

Universidade Sénior de S. Pedro do Sul

Cidadania, Direitos Humanos e Diversidade Cultural / Dia Internacional da Memória do Holocausto

Ações de sensibilização e debate na carrinha e na rua

Funcionárias/os da Câmara e comunidade em geral (43)

15h00 - 17h00

EB1 de Santa Cruz da Trapa

Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa

Visionamento de vídeos e ações de sensibilização e debate

Alunas/os do Ensino Básico (50)

As atividades realizadas nos concelhos do Dão-Lafões - Vouzela, Oliveira Frades eS. Pedro do Sul

Roteiro “Cidadania em Portugal” leva discussão sobre cidadania aos Concelhos do Dão-Lafões

Redação

que lembrou o Papa Francisco sobre Hitler que também foi es-colhido pelo Povo e fez o que se viu enquanto esse mesmo Povo o deixou - DEIXANDO-SE

DESUMANIZAR», refere ain-da a organização local em nota enviada a este jornal.

Humanidade ou desuma-nidade a todos os níveis- eis a

questão, pelo que é essa e ape-nas essa a razão do ROTEIRO DA CIDADANIA EM PORTUGAL.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201714 // Gazeta da BeirarEgião

Textos de: Fernando Morgado

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República doou 20 mil euros dos 45 mil euros

que sobrou da sua candidatura a uma Associação de Solidariedade Social e Recreativa de Nespereira, concelho de Cinfães e apanhou os responsáveis da mesma de surpresa.

A Instituição tem uma dinâmica pró-pria e além da creche e do serviço de apoio domiciliário, tem uma equipa de RSI (Rendimento Social de Inserção) a trabalhar em 4 freguesias e uma empresa que desenvolve a integração de desempre-gados no ramo agrícola. A verba doada vai servir para a aquisição de uma viatura

para o apoio domiciliário e é sempre bem vindo e foi uma satisfação enorme para toda a comunidade, mesmo a que está emigrada, mas acompanha o que acon-tece na sua terra natal.

A Associação foi fundada em 1995 e em 2009 foi realizada a assinatura da construção do Complexo Social Armando Soares que abriu as portas no ano de 2012 e a aposta na creche e no apoio domici-liário e na estrutura residencial (Lar), fa-zem com que hoje todas as valências têm a ocupação quase na totalidade, ou muito próxima disso. A Câmara Municipal de Cinfães atribuiu à Instituição em causa uma verba de cerca de 8.200 euros para financiar a aquisição de duas viaturas para o serviço de apoio domiciliário.

Presidente da República doou 20 mil euros a instituição de solidariedade social

Fernando Morgado

A escritora Aurora Simões de Matos regressou à poesia com a obra “O amor é sempre inocente” uma homenagem a

Judith Teixeira com a chancela “Edições Esgotadas” e foi apresentado a 28 de Janeiro passado no Museu Grão Vasco na cidade de Viseu. Deu as boas vindas a todos os presentes, sala cheia de con-vidados e amigos, o Director do Museu Dr. Agostinho Ribeiro, a representante da Editora Dr.ª Teresa Alvão, o livro foi apresentado pela Dr.ª Mónica Lima e por último falou, em agradecimento, a autora do mesmo Aurora Simões de Matos.

A homenageada da obra literária é considerada uma das maiores poetisas do Modernismo Português e que foi ultrajada pelas opções de vida que to-mou numa época em que o preconceito

se fazia Lei. Nesta obra tem como su-porte as personalidades de Simone de Beauvoir, Frida Kahlo, Virgínia Woolf,

Isadora Duncan, Anais Nin, Valentine de Saint Point, Edite Piaff, Marilyn Monroe e Sago de Lesbos, nove mulheres com

nomes consolidados na História de um passado mais ou menos próximo, mais ou menos distante e a condição femi-nina tenta impor-se numa luta sempre desigual. Este tema denuncia e é recor-rente na escrita de Aurora Simões de Matos que, pela primeira vez ultrapassa a ruralidade serrana de Montemuro, para se deter na urbanidade não menos penosa de uma Lisboa confusa nos princípios do Século XX.

O livro “O amor é sempre inocente” já à venda de uma autora Castrense.

Apresentação do livro de Aurora Simõesde Matos no museu Grão Vasco

Lúcio Campos, C o m a n d a n t e O p e r a c i o n a l

Distrital (CODIS) não foi reconduzido no car-go que ocupava há três anos e meio, depois de lhe ter sido comunicada a decisão do Governo da não recondução. Fez um excelente tra-balho em Viseu, com muita competência, mas há outras ideias para o distrito. A mes-ma decisão também foi tomada em rela-ção ao 2º Comandante Rui Nogueira, no entanto mantem-se no cargo até Março próximo. Enquanto de Lúcio Campos re-gressa ao Exército, Rui Nogueira retoma funções no Instituto de Emergência Médica (INEM). O Comandante Operacional parte com a convicção do dever cumprido e de ter contribuído e muito para melhorar a imagem da Autoridade Nacional de Protecção Civil, de todos os Bombeiros e Agentes de Protecção Civil e entida-des diversas, que confinou num reforço

visível no Sistema de Protecção Civil no distrito de Viseu

No entanto, já há um novo CODIS. É o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal – Miguel Ângelo – que sucede ao T. C. Lúcio Campos e o novo Comandante já está a inteirar-se de todos os problemas e processos que envolvem esta sua nova função.

Sai Comandante Operacional Distrital – CODIS - de Viseu com dever cumprido

Fernando Morgado

Comandante Operacional Distrital (CODIS) Lúcio Campos

Novo CODIS Miguel Ângelo

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Gazeta da Beira // 15quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

opinião

António Moniz Palme

Os “Assassinos” não são intelectualmente antepassados dos actuais extremistas muçulmanos…!

De um leitor assíduo dos meus artigos sobre a pro-blemática muçulmana, re-cebi um comentário onde se referia serem naturalmente

os “Assassinos” de outrora, os responsáveis pelo surto extremista que invadiu o mun-do de Maomé. Tal não é correcto. Para se compreender o que se está a passar, com o extremismo religioso, será oportuno conhecer-se os diversos ingredientes que têm atiçado os comportamentos não de-mocráticos nos nossos tempos.

Por vezes fazem-se acusações com-pletamente despropositadas, responsa-bilizando pelo extremismo cego actual, a actuação no passado dos chamados “ASSASSINOS”. Nessa linha de ideias, raciocinou o meu caro leitor. Ora, antes de mais, direi que os “Assassinos” pertenciam a uma conhecida Ordem Muçulmana, ten-do uma organização semelhante à Ordem do Templo Cristã. Tiveram uma grande in-fluência política e religiosa no seio do Islão. Estavam ligados à seita dos Ismaelitas que se recusava a acreditar na morte de Ismael, sendo essa a forma habilidosa de se man-terem afastados dos ditames doutrinais de Maomé, quer no campo político quer no campo religioso. Tinham uma organiza-ção e regras semelhantes à dos Templários, como já referi, obedecendo a uma hierar-quia e a um Grão-Mestre. O seu líder mais famoso foi SINAN, o Velho da Montanha, Dedicavam-se igualmente à investigação e ao estudo das ideias de todos os povos e preocupavam-se com o aprofundar das doutrinas secretas que iam aparecendo. Usavam um manto branco com um cres-cente vermelho. Admiravam as façanhas e o comportamento dos heróis templá-rios, sendo os seus melhores guerreiros, igualmente respeitados pelos cavaleiros do Templo. Muita coisa se diz levianamente sobre os “Assassinos”, levantando-se à toa ideias completamente erradas sobre essa Ordem de Cavalaria, que semelhantemen-te à actuação dos Templários, protegia os seus peregrinos. Referiam os inimigos e

críticos da altura que ambas as Ordens, Muçulmana e Cristã, defendiam indiscri-minadamente os peregrinos, fosse qual fosse o seu credo, sendo compensados mo-netariamente por esse serviço recíproco. Talvez simples especulações, todavia as duas Ordens mantinham ligações secretas, disso não restam dúvidas. Há uma gravu-ra célebre de um cavaleiro templário e de um cavaleiro assassino, sentados à mesma mesa, a jogar uma partida de xadrez, para revelar que ambas as ordens mantinham contactos entre si e eram constituídas por gente culta dos dois lados, tendo, em mui-tos campos, ideias semelhantes. Não se sabe bem a origem do seu nome. Dizem alguns historiadores que o epíteto provém de “Haschichim”, que significa adeptos de haxixe, pois era sob o efeito da droga que esses cavaleiros muçulmanos entravam em combate. Nada me leva a pensar que tal seja correcto. Será muito mais plausível que o nome provenha, como muitos inves-tigadores referem, da palavra “Assass”, que em árabe significa GUARDIÃO.

Acontece que novos acontecimentos vieram quebrar a coincidência de aspi-rações e de desejos de ambas as Ordens, bem como a sua própria sobrevivência. Tal aconteceu após convulsões violentas, originadas pelas más relações com os res-pectivos poderes temporais, que acabaram impiedosamente com as duas ordens de cavalaria.

Os Templários, no Séc. XIV, foram perseguidos por motivos económicos pelo Rei de França, Filipe o Belo, e pelos seus esbirros que pretendiam lançar mão do dinheiro templário, pensando erradamen-te estar entesourado debaixo das camas, nas sedes templárias ou noutro qualquer local !!!. Nessa caminhada implacável até à extinção da Ordem do Templo, o poder temporal francês da altura tentou matar o Papa Bonifácio VIII, e assassinou um ou-tro, Bento XI, por envenenamento, além de ter sentenciado à morte na fogueira uma enorme quantidade de cavaleiros ino-centes, depois de lhes infligir as maiores torturas, para lhes arrancar confissões de crimes inacreditáveis que não cometeram e que justificariam internacionalmente a

perseguição feita pelos comezinhos e vis interesses económicos.

Anteriormente, no mundo muçulmano, no Séc. XII, passou-se o mesmo. Sempre tinha havido um permanente conflito dou-trinário, no seio social da vida muçulma-na, entre duas correntes sobre a posição do Homem perante os Textos Sagrados. A questão fundamental era a seguinte: - Devem os textos Sagrados ser interpre-tados à letra ou é possível fazer intervir a reflexão individual para encontrar sig-nificações alegóricas e acrescentar mais alguma coisa aos princípios religiosos, na busca da verdade?!!! Uma das facções, a SUNITA defendia que o Corão só permitia uma interpretação literal e que a reflexão e as lucubrações individuais deviam ser de-finitivamente proibidas e acabar, sob pena de desrespeito grave pela lei de Maomé. Era uma maneira cómoda de furtarem os seus governos às críticas dos governados. A outra facção, a CHIITA, aceitava que o Corão tolerava uma interpretação que o crente devia tentar descobrir com a aju-da de um guia culto, de um mestre sábio, sendo a literalidade destinada aos espíritos limitados e incultos que não conseguiam ultrapassara letra da lei. No fundo, como referi no trabalho da minha autoria, “O Drama Templário e a Influência da Ordem do Templo na vida espiritual e cultural portuguesas”, publicado em 2008, no li-vro “O Almofariz”, havia uma diferença abissal entre as duas correntes religiosas. Ou o Islão era uma ordem social, como pretendiam os chiitas, isto é defendiam a separação da Igreja e do Estado, ou estas duas vertentes sociais estavam intima-mente ligadas e qualquer crítica à religião era severamente punida pois a Igreja e o Estado eram uma e a mesmíssima coisa. Os Sunitas acabaram por sair vencedores, bem como as suas teses religiosas dogmá-ticas. O livre pensamento e a reflexão indi-vidual passaram a ser uma heresia que era necessário debelar à força, custasse o que custasse. O Islão e a sua gente entraram em guerra fratricida em todos os cantos onde houvesse um discípulo de Maomé. Nesse debate armado, os Sunitas acabaram por vencer os Chiitas, matando tudo o que

era intelectual e queimando tudo que era livro. A inteligência foi aprisionada den-tro de cada ser pensante, aterrorizado pelo medo das perseguições. As razias eram permanentes e as bibliotecas foram incen-diadas bem como os centros de cultura. A criatividade acabou por morrer abafada. Os sábios e os intelectuais procuraram ou-tras paragens ou remeteram-se ao silêncio, para não serem passados a fio de espada. Como consequências das perseguições, após a facção chiita ter perdido a guerra e o mundo muçulmano ser governado por sunitas, mesmo contra a maioria chiita da colectividade, os “Assassinos”, com as suas tradicionais preocupações culturais, huma-nistas e religiosas, foram implacavelmente dizimados. O poder Sunita tratou de arran-jar um exército acéfalo, constituído pelos mamelucos, escravos cristãos, retirados em criança aos pais e famílias, convertidos à força e que viviam permanentemente em exercícios militares, sendo a própria orga-nização do exército a sua única família, pois mais nada conheciam além das ca-maratas e dos acampamentos castrenses. A maioria dos sultões, chefes sunitas de todas as potências do mundo do crescente, acabaram por ser antigos mamelucos que se revoltaram contra o poder constituído, entrando facilmente no exercício do ex-tremismo devido à mentalidade incutida nos próprios elementos do exército e na população em geral. Todos tinham medo de pensar, pois o próprio pensamento os aterrorizava. Nesta ordem de ideias, fo-ram queimadas, para purificação da so-ciedade muçulmana, as obras de centenas de autores, incluindo as publicações de Avicenas, médico ilustre, grande filóso-fo e matemático árabe, um dos homens mais notáveis do Oriente pela vastidão dos seus conhecimentos. Como podem compreender, no dealbar do Séc. XII, o Islão foi tragicamente marcado com um estigma negativo, envolvendo a sociedade no extremismo fundamentalista, que afecta os próprios árabes e, consequentemente, a Paz no mundo inteiro!!! Mas, os responsá-veis não foram de modo algum os célebres “Assassinos”…!Meu caro Leitor, espero ter sido suficientemente esclarecedor.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201716 // Gazeta da Beira

Mário Pereira

Isolacionismos

opinião

CRÓNICAS DO OLHEIRÃO

Encontros e desencontros com Mário Soares (parte 2)

Manuel Silva

Consolidada a democracia e derrotados os extremis-mos, Mário Soares foi im-portante na adesão à CEE, pela qual se bateu desde

que foi empossado primeiro-ministro em 1976. Como chefe do governo por duas vezes, de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985, enfrentou situações difíceis, evi-tando a bancarrota com o apoio do FMI. Se chamou esta instituição, tal deveu--se, da primeira vez, à situação herdada do PREC e, da segunda vez, ao legado do governo da AD, liderado por Pinto Balsemão. Esta é a verdade e não o que algumas pessoas do PSD dizem sobre esta questão, mas, a pós-verdade está na moda…

Soares foi eleito Presidente da República em 1986 e 1991. Quando se candidatou pela primeira vez, o am-biente político era-lhe adverso. Cavaco Silva era primeiro-ministro e o PS aver-bara uma enorme derrota nas legisla-tivas que em 1985 conduziram aquele

Professor de Finanças a S. Bento. As primeiras sondagens davam-lhe apenas 8% de votos. Venceu as “primárias” da esquerda, derrotando na primeira volta Salgado Zenha e Maria de Lurdes Pintassilgo, defensores de projectos terceiro-mun-distas. À segunda volta chegaram um candidato de direita democrática e social, com apoio também do centro e de parte do centro-esquerda, Freitas do Amaral, e Soares, re-presentando a esquerda moderna, democrática e europeísta. Foi o segun-do 25 de Novembro para o PCP e a extrema-es-querda. Na segunda volta, Soares venceu por uma “unha negra”.

No seu primeiro mandato em Belém, o novo PR conviveu com Cavaco Silva na paz dos anjos. No segundo mandato tal já não aconteceu, vivendo-se num clima de guerra institucional, o qual não agradou só à esquerda. Ainda me recor-do de, na época, Paulo Portas, director do “Independente”, um tablóide intelec-tualizado, mostrar satisfação, num pro-

grama de Herman José no canal 1, pelas posições de Mário Soares, afirmando ser este o verdadeiro líder da oposição.

Mário Soares ainda foi deputado ao Parlamento Europeu e, já com 81 anos, candidato novamente a Belém, sofrendo a maior derrota da sua vida nas eleições então ganhas pelo seu inimigo de esti-mação Cavaco Silva.

Enquanto as forças o ajudaram, Soares continuou a fazer política, de-nunciando os caminhos economicistas e anti-sociais da União Europeia, sob

a batuta de Bruxelas e muito espe-cialmente de Angela Merkel, e lutan-do contra o governo Passos/Portas. O

encontro por si convoca-do para a Aula Magna, aí juntando um grupo de personalidades da direi-ta humanista à extrema--esquerda, foi o começo do que na altura chamei de “frente rejeicionista” que conduziu à perda da maioria pelo PSD e o CDS nas legislativas de 2015 e à constituição da chamada geringonça. Como escre-veu na “Sábado” Pacheco Pereira, este aspecto foi alvo de censura em várias notícias e comentários. A quem serve esta censura?

Mário Soares foi das pessoas da nos-sa época que mais lutaram pela liberda-de. No plano ideológico, já na década de 80, abandonou o marxismo e o excessi-vo estatismo, defendendo a necessidade da iniciativa privada. Quem hoje repre-senta a social-democracia em Portugal é o PS. Quem, nos últimos anos mais próximo esteve do pensamento de Sá Carneiro foi Mário Soares.

A maior experiência de isolamento voluntário levada a cabo por um país foi feita pelo Japão entre 1700 e 1900 e,

como agora, o grande argumento foi a necessidade de proteger a cultura e as atividades económicas do país.

Os imperadores da época foram radicais e coerentes proibindo todos os contactos contactos comerciais ou culturais com o exterior.

Foi para acabar com as influências estrangeiras que perseguiram os mis-sionários portugueses. História que é contada no filme Silêncio.

Para evitar tentações o imperador, além de proibir os contactos com o estrangeiro, mandou destruir os bar-cos capazes de navegar no alto mar e ordenou que só poderiam ser construí-dos barcos capazes de navegar na costa e equipados com um sistema que os afundaria se navegassem para o largo.

Note-se que o Japão, por ser um ar-

quipélago, sempre teve poucos contac-tos com o mundo exterior, tendo sido os portugueses os primeiros ocidentais a chegar ao Japão que, naquele tempo, era uma potência auto suficiente em comida e bens essenciais para a sua população.

Este isolamento, auto imposto, ter-minaria de forma dramática, com vá-rias guerras à mistura, quando apare-ceram as tecnologias industriais e e se desenvolveram os transportes navais que permitiram o comércio internacio-nal em grande escala.

. Nos nossos dias só a Coreia do Norte e Cuba se sujeitaram a um iso-lamento quase total, não tanto por opção como por imposição externa, e os resultados conhecidos não são particularmente interessantes nem animadores.

As propostas isolacionistas do nos-so tempo são propostas oportunistas, pois falta-lhe a coerência japonesa e enfrentam dificuldades de aplicação devido aos desenvolvimentos tecnoló-gicos entretanto ocorridos: barcos mo-tor, aviões a jato e sobretudo a internet

que sendo invisível está presente em todo o lado.

As restrições à mobilidade de pes-soas e de bens que são a linha política dominante do Presidente Trump e do Reino Unido são oportunistas pois pre-tendem filtrar o que passa para dentro e para fora em função de interesses pontuais e particulares.

Felizmente para o mundo todo, os Estados Unidos são um país em que a sociedade é dinâmica e organizada e não tão controlada por um partido político como em Cuba ou na Coreia ou por uma religião como aconteceu no Irão.

As tentações isolacionistas estão em todo o lado e em Portugal a agenda económica de partidos como o Partido Comunista ou Bloco de Esquerda não deixa de ter grandes semelhanças com as política do Trump ou dos conserva-dores ingleses.

Sair do Euro, controlar as frontei-ras, poder aplicar taxas alfandegárias a alguns produtos, etc... é basicamente a mesma coisa.

Sobre a imigração temo que sejamos

mais tolerantes apenas porque estamos mais habituados a sair do que a rece-ber pessoas e não tanto por uma crença profunda em valores humanos.

Os comentários que ouvimos so-bre os ciganos ou sobre os negros, em alguns bairros de Lisboa, dão para imaginar qual seria a nossa reação se tivéssemos um vizinho negro e outro muçulmano.

O isolamento da humanidade já é um facto físico mas Trump, bastantes políticos e muitas pessoas ainda não perceberam que estamos isolados aqui neste pequeno planeta .

A Terra é um lugar demasiado pe-queno quando a olhamos à escala do universo e não parece que no sistema solar exista alguém capaz de nos ajudar nem de comprar as nossas exportações e os que houver para além disso de-morarão tanto tempo a cá chegar que é pouco provável que cheguem a tempo de nos ajudarem.

Em vez de nos perseguirmos o me-lhor será mesmo ajudar-mo-nos uns aos outros.

Mário Pereira Fevereiro 2016

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Gazeta da Beira // 17quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O que é a Escola?João Fraga de Oliveira

opinião

Sr. ministro da Educação. Preocupa-me uma questão

que julgo ser das competên-cias da sua pasta. Aliás, já aqui (Gazeta da Beira, edição

de 11/9/2014) a fiz ao seu antecessor mas, ou a GAZETA é pouco lida para os la-dos da 5 de Outubro (apesar de ser lida por toda a Europa, África e Américas, não sei se até na Ásia…) ou, até 25 de Novembro de 2015, ele não teve tempo para me responder.

É claro que há os PISA, os TIMSS e os rankings a que poderia recorrer para ver se encontrava lá resposta para a minha tal dúvida.

Mas, francamente, passando para trás e para a frente aquele emaranhado de números e percentagens, não consigo lá descortinar nada que responda ca-balmente a essa dúvida. Aliás, sabendo que há quem diga que as estatísticas são como os sutiãs (“porque o que escondem é mais importante do que aquilo que mostram”), até pergunto a mim mesmo se a resposta à minha dúvida não estará escondida entre (ou por) aqueles números todos.

Então e – já se interrogará o sr. minis-tro - qual é a dúvida?

Não, não tem a ver (só) com a falta de professores e de pessoal auxiliar com adequada qualificação, remunerações e condições de estabilidade. Ou com as po-lémicas sobre os currículos, os manuais ou os exames. Nem com a (ainda) ex-cessiva dimensão das turmas ou com as condições socioeducativas e de (efectiva) inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE). Sequer se relaciona com as instalações degrada-das de bastantes (bastaria uma para ser bastante…) escolas onde é necessário aprender (aprende-se?) e ensinar (ensina--se?) com cobertores nas costas e baldes a aparar as pingas de chuva (e não só).

Não. Nada disso. O que me preocupa é algo inversamente complexo à simplici-dade da sua formulação. Cinco palavras, uma dúzia de letras, 13 carateres: O que é a Escola?

Então, sr. ministro? Pelo enunciação da questão, a resposta parece simples. Mas, reflectindo mais sobre ela, não fica atrapalhado com a complexidade da sua simplicidade (e vice-versa)? Olhe, eu fico.

Sim, o que é a Escola? Um edifício de grande valor arquitectónico? Uma ludoteca? Um “depósito” onde os pais podem deixar os filhos para poderem ir trabalhar? Um “mero” local de trabalho onde, quotidianamente, professores, téc-nicos e outros funcionários vão “ganhar a vida” (e resta saber se, lá “ganhando a

vida”, lá ganham vida, se lá se realizam, profissional, e socialmente)?

Como método de trabalho “científi-co”, construi uma hipótese: A Escola é, essencialmente, um local de educação e ensino.

O problema é que, por mais que me interrogue, ainda não consegui, convic-tamente, sem nenhuma dúvida, sustentar essa hipótese em coerente tese.

Sr. ministro, reconheço que esta forma de pôr a questão é, além de vaga, até algo provocatória. Por isso, vou ser mais di-recto e construtivo (passe a imodéstia…), pedindo-lhe que confirme ou infirme al-guns pressupostos mais específicos que presumo (posso estar enganado…) como comprovativos desta tese.

Será a Escola um espaço, uma estrutu-ra, uma entidade, uma organização, uma instituição em que é garantido haver:

• Competências, recursos, organiza-ção e gestão que permita aos alunos, com o que (e como) na escola se ensina, prosseguirem uma aprendizagem com conhecimentos e cultura de progressiva abrangência, solidez e qualidade?

• Um desenvolvimento integrado, co-erente e equilibrado de cada aluno, isto é, instrutivo, sim, mas também físico, cultural, ético e cívico?

• Equidade e inclusão socioeducativa, isto é, dependendo da condição (física, mental, familiar, económica, social ou cultural) de cada aluno, processos, mé-todos, instrumentos e meios socio-edu-cativos diferenciados e positivamente discriminatórios para cada um?

• Responsabilidade e disciplina, sim, mas, antes, como disso mais factores que

resultados, humanidade, afectividade, sociabilidade, compreensão, reconheci-mento e estímulo?

• Ambiente socio-organizacional re-flexivo e cooperativo entre os alunos e, por sua vez, entre estes e professores e restantes agentes educativos, nos domí-nios curriculares, pedagógicos, técnicos e organizacionais?

• Sedes, organização, processos, ins-trumentos e oportunidades de articula-ção, entreajuda, coordenação e sociali-zação de informação, conhecimentos, experiências, práticas e dificuldades, de forma a possibilitar coerência socioedu-cativa relativamente a cada aluno, a cada turma, a toda a Escola?

• Estabilidade profissional dos profes-sores, de forma a consolidar uma relação socio-educativa coerente, integrada, sus-tentada e sustentável com os alunos?

• Garantia de que a essência do traba-lho dos professores – o ensino, visando a aprendizagem com conhecimento – não é prejudicada por condicionalismos orga-nizativos, administrativos, burocráticos ou financeiros?

• Capacidade educativa (científica e pedagógica) dos professores, não só assente na sua formação académica e profissional mas, também, na capitali-zação e partilha colectiva da informação e experiência resultantes do seu exercício profissional quotidiano?

• Trabalhadores não docentes (auxilia-res e técnicos) suficientes, qualificados, dignamente remunerados e com estabi-lidade no emprego, de forma a que, com a devida organização e enquadramento, apoiem técnica, social, disciplinar e edu-

(Carta “aberta” ao sr. ministro da Educação)

cativamente os alunos (também) fora da sala de aula, condição indispensável do seu comportamento e aproveitamento educativo em sala de aula?

• Turmas de dimensão pedagógica e socialmente equilibrada, de forma a que todos e cada um dos alunos possa (deva) ter a disponibilidade profissional e pesso-al do(s) professor(es) de que a sua sempre muito singular condição pessoal, social e educativa carece?

Interrogando-me se (pelo menos) tudo isto são dos principais elementos carac-terizadores da Escola e tendo eles tanto a ver com a educação e ensino, é claro que pressuponho que têm a ver com o seu ministério já que este se chama “da Educação”.

Mas, confesso, preocupa-me de so-bremaneira que o sr. ministro não me responda afirmativamente a este rol de eventuais elementos definidores da Escola que listei.

É que, a ser assim, não digo que seja caso para pôr em prática aquela medida arrasadora que o seu antecessor chegou a afirmar propor-se (fazer “implodir o ministério da Educação”).

Contudo, talvez se torne pertinente sugerir algo que, há mais de um século, sugeria Mark Twain: “não deixar a esco-la interferir na educação”.

Sendo isto ainda mais drástico do que a “implosão” do seu ministério, é claro que, preocupado, não descanso enquanto não tiver um ministro da Educação (e “normalmente” são tantos por legislatu-ra…) a responder-me convincentemente aquela minha singela dúvida: O que é a Escola?

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201718 // Gazeta da Beiraopinião

Cuba, a propósito da morte de Fidel Castroem 2016 (parte 2)António Bica

Fidel Castro nascera em 1926, filho de um grande agricul-tor com origem na Galiza. Estudou na universidade de Havana, tendo sido opositor a

Fulgêncio Baptista. Defendeu a indepen-dência do país contra o controlo político e económico dos EUA, a reforma agrária, a expulsão da Máfia americana da ilha, a aliança com os países que se tinham tor-nado independentes havia pouco tempo e não alinhavam nem com a URSS nem com os EUA.

Convenceu-se que para isso era preciso derrubar do poder Fulgêncio Baptista. Para isso participou com outros opositores ao regime, em 26 de Julho de 1953, no ataque ao quartel Moncada, que fracassou, tendo sido preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão.

Por pressão de movimentos políticos cubanos e internacionais, Castro foi amnis-tiado em 1955. Partiu para o México, onde se organizou com outros 82 opositores, criando o movimento 26 de Julho, data do ataque ao quartel Moncada. Embarcaram em pequeno barco, o Granma e rumaram ao sul de Cuba, iniciando a libertação de Cuba da ditadura de Fulgêncio Baptista. Baptista mandou bombardear por aviões militares os guerrilheiros onde desembar-caram, tendo morrido quase todos menos cerca de 1/3 , incluindo Fidel Castro. Os sobreviventes, vinte, subiram em 1956 à Sierra Maestra no sul de Cuba e em 2 de Dezembro de 1956 anunciaram o início da luta pelo fim da ditadura de Fulgêncio Baptista, apelando à população cubana para se lhes juntar, trazendo cada um a arma que tivesse ou tomasse a polícias ou militares e por assalto a esquadras de policia. O povo, sobretudo os jovens, jun-tou-se às centenas e depois aos milhares ao pequeno grupo do movimento 26 de Julho que destemidamente subira à Sierra Maestra a iniciar a revolução libertadora de Cuba, fazendo-o crescer até em Janeiro de 1959, pouco mais de 2 anos depois do inicio da revolução na Sierra Maestra, o movimento 26 de Julho entrar em Havana a derrubar do poder o ditador protegido pelos EUA, Fulgêncio Baptista.

Cuba está a pequena distância dos EUA. É ilha tropical das Caraíbas com cerca de 100.000 km2, sendo a sua população des-cendente dos colonizadores espanhóis e de escravos africanos. O território é em grande parte plano, com algum relevo sobretudo na parte sul. Tem cerca de 11 milhões de habitantes. A capital, Havana, tem cerca de 2,2 milhões de habitantes.

Depois de derrubado Fulgêncio Baptista foram iniciadas modificações na sua eco-nomia: As grandes explorações açucarei-ras, na maioria de capital americano, foram

nacionalizadas e os casinos da Máfia ame-ricana encerrados. Os EUA opuseram-se vivamente a essas medidas, tentando forçar o movimento 26 de Julho a anulá-las. Iniciaram pressões, sabotagens pela CIA e ameaças políticas. Fidel Castro disse, em resposta a assas pressões, em entrevista de 1960, querer entendimento com os EUA. Mas a resposta foi o bombardeamento das explorações nacionalizadas, a ameaça de invasão da ilha e sanções económicas com proibição de importação de açúcar para os EUA e de exportação de petróleo dos EUA para Cuba. Os meios de comunicação so-cial americanos iniciaram insistente cam-

panha de propaganda contra o novo poder em Cuba e estimularam os mais ricos de Cuba a instalar-se no estado americano da Florida à espera do regresso a breve prazo a Cuba para recuperar os seus privilégios. Continuam a esperar.

Para evitar o colapso económico o re-gime saído da revolução Cuba estabeleceu relações diplomáticas e económicas com a URSS, que antes não existiam, compran-do-lhe petróleo e vendendo açúcar.

Inconformados os EUA com a aproxi-mação de Cuba à União Soviética EUA tentaram invadi-la em 1961 na Baía dos Porcos, sob comando da CIA, tendo sofri-do pesada derrota.

Em resposta a essa fracassada invasão Cuba aceitou em 1962 que a URSS insta-lasse no país bases militares.

Em retaliação, Cuba foi, por imposi-ção dos EUA expulsa da Organização dos Estados Americanos, a que só regressou em 2009. No mesmo ano de 1961 foi alar-gado o embargo económico, comercial e financeiro dos EUA a Cuba, impedindo as relações comerciais entre Cuba e os EUA e a exportação de tecnologia americana para a ilha. Em 1962 os EUA reagiram contra a instalação de bases militares soviéticas em Cuba, barrando o acesso de barcos soviéti-cos a Cuba com o invocado fundamento de transportarem armas nucleares, o que pôs o mundo à beira de terceira guerra geral.

Em consequência das vingativas medi-das para asfixiar economicamente Cuba a economia do país tornou-se cada vez mais dependente da URSS. Apesar dis-so o governo cubano saído da revolução de 1959 não se acobardou como os EUA esperavam.

Apesar do boicote económico e político Cuba desenvolveu notáveis progressos no ensino, na saúde e na distribuição equita-tiva da sua produção pelo povo do país. Passou a ser dos países do mundo com melhor e mais generalizado nível de en-sino, com mais eficiente serviço de saúde para todos, com condições gerais de vida

modestas mas equitativas. No campo da solidariedade interna-

cional Cuba apoiou a luta anticolonial na Guiné Bissau e em Angola. Deu decisivo apoio militar ao governo angolano na luta contra o regime de apartaide sulafricano, tendo contribuído decisivamente para o fim desse regime no fim da década de 1980.

Na América Latina apoiou os povos dos países sulamericanos que lutaram contra os regimes de ferozes ditaduras sangren-tas da década de 1960 apoiados ou postos no poder pelos EUA, como no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai e noutros.

Com o colapso da URSS em 1991 a pro-dução da economia cubana baixou 30%. Dificilmente qualquer governo se manteria no poder com tamanha quebra da econo-mia. Mas o povo cubano, porque o governo soube explicar as razões da crise, entendeu as razões dela e manteve o apoio ao seu governo, que logo tomou medidas para recuperar dela. A economia foi flexibili-zada, admitindo investimentos externos, sobretudo no turismo, o que possibilitou a recuperação económica.

O sistema político cubano não prevê a eleição periódica de uma assembleia le-gislativa e directa ou indirectamente de um governo, mas Cuba tem Constituição e eleições de 5 em 5 anos para eleger de-putados nacionais e os membros das as-sembleias provinciais, podendo os cida-

dãos candidatar-se, apesar de não serem admitidos partidos políticos para que se não organize na ilha partido montado pela CIA, por ela financiado e promovido in-ternacionalmente e em Cuba por massiva propaganda nos meios de comunicação social soprados pelos EUA.

À legitimação política por eleições periódicas junta-se a resultante da revo-lução que pôs fim à ditadura de Fulgêncio Baptista, que os EUA sempre protegeram. Com a revolução os cubanos sentiram--se donos do seu destino, com direito ins-trução, saúde e vida mediana mas justa e livres de ser o quintal da Máfia americana do sudoeste dos EUA sem autonomia eco-nómica e real autonomia política.

As restrições a manifestações de rua e de propaganda política podem justificar--se por os EUA boicotarem económica e politicamente Cuba desde o início da década de 1960 e recorrerem a todas as manobras para instabilizar o país, nome-adamente acusando o governo cubano de ter morto Camilo Cienfuegos, um dos principais líderes revolucionários, sendo conhecido que o avião militar em que via-java do oriente da ilha para Havana caiu no mar em circunstâncias que apontam para a mão da CIA. Tentaram por cente-nas de vezes assassinar Fidel Castro sem o terem conseguido, inventam que é muito rico, contabilizando as empresas públicas como se fossem propriedades dele e não do povo cubano. Usam Guantânamo, que é território cubano arrendado sem limite de tempo pelo governo cubano, quando os seus presidentes governavam o país às ordens dos americanos, para torturar e manter ilimitadamente e sem julgamento cidadãos de outros países desde a guerra no Iraque.

Fidel Castro morreu em 2016 com 90 anos e antes, em 24 de Fevereiro de 2008, deixou o governo do país. O povo cuba-no não o esqueceu nem à sua coragem e lucidez. Pelas notícias divulgadas depois da sua morte sentiu com pesar o seu fa-lecimento. E a generalidade dos governos dos outros países manifestou junto do go-verno de Cuba condolências pela morte de Fidel. Com Obama os EUA estabeleceram relações diplomáticas com Cuba. Mas o futuro presidente americano, Trump, anun-ciou que regressará à anterior política de hostilização.

Quando acabar o embargo a Cuba, se acabar, será de esperar evolução do regime para eleições periódicas de assembleia po-lítica legitimadora do governo, desde que em condições de não comprometer a auto-nomia política e económica do país. Para isso há que esperar que os EUA deixem de se intrometer no país.

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Gazeta da Beira // 19quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

opinião

1. Há nas nossas vidas momentos de tranquilidade, distensão e sos-sego que só um bom borralho de

inverno em casa de aldeia à moda antiga pode igualar, num tempo que dava tempo ao nosso tempo, mas que não mais irá regressar. Com uma diferença: nesses tempos dessa minha infância já distantes (os tempos e a infância) não havia TV e, na rádio, apresentava-se o teatro Tide. Perdeu-se o borralho, mas ganhou-se a TV, mais o computador, a net e o Ipad, ou seja, não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe. Pois bem, foi num destes dias de frio e sonolência meio adormecida meio acordada, quando o limpa neves as arrastava lá em cima no alto da serra mais alta, vi-o na TV, que eu, embrulhado no pijama e enrolado no roupão, casmurrei (é da idade) e decidi não fazer a barba, não lavar os dentes e, dos olhos, passar umas gotas de água só para humedecer e arrebitar as pestanas, aninhar-me no sofá, mandar o trabalho político às malvas e passar os olhos pela revista do Expresso onde Alexandra Carita escrevera interessante crónica a propósito da estreia do filme “O Divã

de Estaline”, filme rodado em Portugal realizado por Fanny Ardant, atriz que foi ligada a François Truffaut, ídolo da mi-nha juventude, protagonizado pelo ator Francês Gèrard Depardieu, de quem ela traçou “o retrato de um homem de génio forte” e com quem conversou sobre ”a vida, o cinema, a História e a religião”, uma mistura de interesses, convenha-mos, conexos e fascinantes.

2. Logo a seguir e espreitando de novo a TV, zapping mecânico, dei por um filme que, pelas

imagens, tinha visto há muitos anos, filme realizado por Sergio Leone com música do inimitável compositor tam-bém italiano Enio Morricone - tantas músicas, que maravilha, tantos filmes! -, protagonizado pela bela e exuberante (o leitor sabe a que me refiro, a leitora nem tanto) Claudia Cardinale, na pele de viúva, mais os duros Henry Fonda e Charles Bronson na pele de homens do oeste americano e por ela competindo, num tempo (outro tempo, outra estória) em que a linha do comboio semeava car-ris de ferro rumo à fronteira do Pacífico, tempos de exploração do desconhecido deserto, de comércio (hoje, economia), de casas de meninas e saloons (outro co-mércio, de lazer) e contendas e negócios resolvidos à bala pelo mais forte, mais bem treinado e mais rápido. “Aconteceu

António Gouveia

no Oeste” ou, no original, “Once Upon a Time in the West”, era um jovem aca-bado de regressar de Angola e a entrar no banco em Lisboa, 1968, quando o vi primeira vez. E gostei, também da bela Cláudia, longe vinha a Schiffer, outra exuberância.

3. Na entrevista a que alude a cró-nica acima falou Depardieu de Estaline e de Putin - dois tratan-

tes, o segundo ele diz que não -, e não pude deixar de associar a minha (nossa) fixação atual chamada Trump (esqueço de propósito o nome próprio do marre-co) - outro tratante – que foi eleito pre-sidente dos americanos republicanos (eu e os democratas detestamo-lo). E, nesta associação de ideias, percebi (ou julgo ter percebido) o seguinte: a América (EEUU) não tem mais que 400 anos desde que por lá apareceram os primei-ros emigrantes, de barco a vapor desde a velha Inglaterra, da Itália e de outras nações europeias no séc. XVI, tendo-se juntado a um conjunto de tribos índias que ali habitavam, sossegadas e destro-çaram para fundar várias colónias, após o que declararam a independência a 4 de julho de 1776, reconhecida em 1783 e ra-tificada a Constituição em 1789, ano em que foi eleito Georges Washington, líder das forças rebeldes, primeiro presidente dos Estados Unidos.

Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe

4. Ora, 400 anos de história é muito pouco, insuficiente para este povo dar corpo e se assumir

como cultura e civilização pesem embora os esforços e a sua grandeza comparati-vamente. É por esta razão que os EEUU não se podem comparar à velha e aburgue-sada Europa, resultado e consequência de antigas conquistas e civilizações onde a civilização grega e, logo a seguir, a persa, a romana e a árabe, as mais importantes, se começaram a entroncar pelo menos desde há 2.500 anos, ou seja, desde que conhecemos os termos política, cidadania e democracia e, consequentemente, o con-ceito tal como gregos e os romanos a eles se referiam em grego e latim. E isto faz a diferença (julgo que faz). Mais: atrever-me-ia a especular que os primeiros europeus que ali chegaram tivessem sido os ideól-ogos do partido republicano, mais radicais e brutais, onde o comércio, a propriedade e a economia são valores maiores que a liberdade, a igualdade e a solidariedade como se viria a saber na guerra civil, de secessão e depois união. Nada que não per-cebamos, olhando para outras paragens do mundo agora global onde, como gosto de escrever, a conceção do mundo e da vida, a sua organização e a forma como o poder deve ser exercido têm contrastes e matizes bem diferentes, ora por razão de estado, ora por ideologia, esta mesma conceção que aqui refiro.

inStitUcionaiS

CONVOCATÓRIA

Convocam-se todos os sócios da Associação humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro do Sul, com o NIPC nº 501.068.309, com sede na Rua Serpa Pinto, Cidade de S. Pedro do Sul, para uma reunião ordinária da Assembleia Geral a realizar no próximo dia 12 de fevereiro de 2017, pelas 10.00 horas, no salão do quartel da associação, a fim de discutir e votar a seguinte:

ORDEM DE TRABALhOS:1º - Discussão e Votação do Plano de Actividades e Orça-mento para o ano de 2017,2º - Discussão de outros assuntos de interesse para a as-sociação.Caso à hora marcada não estejam presentes mais de 50% dos associados, a reunião realizar-se-á meia hora depois, em segunda convocatória, com qualquer número de asso-ciados presentes.

S. Pedro do Sul, 31 de janeiro de 2017.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Adriano Pereira

CARTÓRIO NOTARIAL DE S. PEDRO DO SULEXTRACTO

CERTIFICO PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO QUE: A fls 87, do livro n.º 204 - D, deste Cartório, se encontra uma escritura de Justificação Notarial, com data de hoje, na qual, ANTóNIO RAFAEL FERREIRA CARVALhO, solteiro, maior, natural da freguesia de Valadares, concelho de S. Pedro do Sul, residente na Rua Nova, nº 190, Paramos, Espinho, declara que é o único dono e possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis, sitos na freguesia de Valadares, concelho de S. Pedro do Sul: Verba 1: Prédio misto, sito no lugar da Travessa, composto de casa de habitação, de 2 pisos, R/c e 1º andar, com a superfície coberta de 21 m2 e descoberta com 400 m2, inscrito na matriz urbana sob o artigo 442º, e por terreno de cultura, com a área de 3300 m2, inscrito na matriz rústica sob o ar-tigo 2.310º, a confrontar do Norte com José Martins, Sul, com Abel Oliveira, Nascente com a estrada e do Poente com David Rodrigues, omisso no Registo Predial. Verba 2: Prédio rústico, sito no lugar da Travessa, denominado “Rocha”, composto pinhal, com a área de 2000 m2, a confrontar do Norte com Armindo Ferreira Martins, Sul, com David Rodrigues, Nascente com José Ferreira Martins e do Poente com a estrada nacional, inscrito na matriz sob o artigo 1.710º, omisso no Registo Predial. Ver-ba 3: Prédio rústico, sito no lugar da Travessa, denominado “Rocha”, composto pinhal, com a área de 2200 m2, a confrontar do Norte com Abel de Oliveira, Sul, com Emídio Ferreira, Nascente com José Ferreira Martins e do Poente com a estrada nacional, inscrito na matriz sob o artigo 1.711º, omisso no Registo Predial. Que estes imóveis, vieram à sua posse, por doação meramente verbal, feita por Armindo Ferreira Martins e mulher Maria Lucília Cardoso Miranda Martins, residentes, que foram, em Lisboa, em dia e mês que não sabe precisar, do ano de 1996, contrato que nunca foi formalizado pela competente escritura pública. Que desde aquela data entrou na posse dos referidos imóveis. Que sempre esteve e se tem mantido na posse e fruição dos indicados prédios há mais de 20 anos, os rústicos, delimitando-os, limpando-os, cultivando-os, cortando o mato, no urbano, fazendo obras de reparação e conservação, ocupando-o com móveis e utensílios vários, administrando-os com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente porque sem violência, pública e continuamente, com o conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja.Cartório Notarial de S. Pedro do Sul, 06 de Fevereiro de 2017.O Notário / A Técnica do Notariado, (assinatura legível)S. Pedro do Sul, Jornal Gazeta da Beira, edição de 9 de fevereiro de 2017

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DA BEIRAGAZETA

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201720 // Gazeta da BeiranEcrologia

Agostinho LimaFaleceu com 84 anos de idade, natural de São Mi-guel do Mato e residente em Lourosa da Comenda – São Miguel do Mato - Vouzela. Tio de Agostinho, Horácio, António, Maria Fernanda, Silvina Sá Pereira, Manuel e Maria da Conceição Lima. O seu funeral realizou-se dia 25-01-2017 saindo da Casa Mortuária de Moçâmedes para a Igreja de Moçâmedes onde se celebrou missa de corpo presente. Findas as cerimónias foi a sepultar no cemitério de Moçâmedes. Teve a presença dos Irmãos da Irmandade São Miguel Arcanjo de São Miguel do Mato.

António Rodrigues RibeiroFaleceu com 64 anos de idade, natural de Lourosa – Santa Cruz da Trapa e resi-dente em Freixo – Serrazes – São Pedro do Sul. Casado com Maria Teresa Silva Oli-veira Ribeiro. Pai de Miguel Ângelo Oliveira Ribeiro e Ana Teresa Oliveira Ribei-ro. Sogro de Beatriz Sofia Rodrigues Almeida. Avô de Ema Almeida Ribeiro. O seu funeral realizou–se dia 21-01-2017 na Capela de Freixo onde se celebrou missa de corpo presente. Findas as cerimónias irá a sepultar no cemitério de Serrazes. Teve a presença dos Irmãos da Irmandade Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Jorge António Pereira GomesFaleceu com 53 anos de idade, natural e residente em Paradela – Valadares – São Pedro do Sul. Filho de Manuel Pereira Gomes (falecido) e Lídia Maria Pe-reira. Casado com Maria Fernanda Rodrigues Pinho. Pai de António José, Ro-berto Cipriano e Fernanda Liliana Pinho Gomes. So-gro de Sandra Manuela dos Santos Melo. Avô de An-tónio Miguel, Marta Isabel dos Santos Gomes e Maria de Fátima Melo Gomes. Ir-mão de Alexandrina, Leo-poldina, Fernanda Gomes, Hilário Gomes (falecido) e Celeste Gomes (falecida) O seu funeral realizou–se dia 22-01-2017 saindo da Casa Mortuária de Valadares para a Igreja de Valadares onde se celebrou missa de corpo presente. Findas as cerimó-nias irá a sepultar no cemi-tério de Valadares. Teve a

Serviço a cargo de Agência Funerária Sampedrense, Lda. • São Pedro do Sul • Tm: 91 815 90 58 / 91 986 74 06 • Permanente: 232 728394

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio, muito reconhecidamente, agradecer a todos aqueles, que de alguma forma lhes manifestaram o seu pesar e participaram no seu funeral, assim como na missa do 7ºdia. A todos Bem-hajam

AGRADECIMENTOMaria Fernanda de Oliveira Pinheiro

Mosteirinho • Pinho• S. Pedro do Sul

Serviço a cargo de Agência Funerária de S. Pedro do Sul • São Pedro do Sul • Tel.: 232 711 043 (Permanente) • 232 711 760 • Tm: 91 755 44 62

Marido. Filhos, Genros, netos e restante família agradece reconhecida as manifestações amigas de apoio e de solidariedade recebidas durante este período de pesar, assim como na missa do 7º dia. A todos Bem-hajam

AGRADECIMENTOCarmelinda de Paiva Fernandes Marques da Silva

S. Martinho das Moitas• S. Pedro do Sul

Serviço a cargo de Agência Funerária de S. Pedro do Sul • São Pedro do Sul • Tel.: 232 711 043 (Permanente) • 232 711 760 • Tm: 91 755 44 62

Filha, genro, netos, bisnetos e restante família agradece reconhecida as manifestações amigas de apoio e de solidariedade recebidas durante este período de pesar, assim como na missa do 7º dia. A todos Bem-hajam

AGRADECIMENTOFernando Joaquim de Almeida

Arcozelo • S. Pedro do Sul

Serviço a cargo de Agência Funerária de S. Pedro do Sul • São Pedro do Sul • Tel.: 232 711 043 (Permanente) • 232 711 760 • Tm: 91 755 44 62

Esposa, filhos, noras, netos e restante família agradece reconhecida as manifestações amigas de apoio e de solidariedade recebidas durante este período de pesar, assim como na missa do 7º dia. A todos Bem-hajam

presença dos Irmãos da Irmandade Nossa Senhora dos Remédios de Valadares.

José Martins RodriguesFaleceu com 53 anos de idade, natural de Figueiredo de Alva e residente na rua Santa Eufémia – Ponte Nova – São Pedro do Sul. Filho de Álvaro Rodrigues e Palmira Martins (falecida). Casado com Maria Albertina Pereira dos Santos Martins. Pai de Daniela Patrícia Fernandes Martins. Irmão de Adriano Martins Rodrigues e António Martins Rodrigues (falecido). O seu funeral realizou-se dia 24-01-2017, na Capela São Bartolomeu – Bairro da Pon-te onde se celebrou missa de corpo presente. Findas as cerimónias irá a sepultar no cemitério da Pedreira de São Pedro do Sul. Teve a presença dos Irmãos da Irmandade do Santíssimo.

Maria Rita GomesFaleceu com 90 anos de idade, natural e residente em Vilarinho - Manhouce – São Pedro do Sul. Viúva de António Lourenço do Aido. Mãe de Maria José, Maria da Natividade e Luciana Rita do Aido. O seu funeral realizou--se dia 02-02-2017, saindo da residência em Vilarinho, Manhouce, para a Igreja de Manhouce onde se celebrou missa de corpo presente. Findas as cerimónias foi a sepultar no cemitério de Manhouce. Teve a presen-ça dos Irmãos da Irmanda-de do Sagrado Coração de Jesus de Manhouce.Funerais a cargo de Funerária Loureiro de Lafões, Lda.Tel.: 232 711 927 Tm: 96 552 44 94 / 96 305 33 73

Manuel de OliveiraFaleceu, no Centro de Saú-de de S. Pedro do Sul com 84 anos de idade, casado com Graciema Gomes, na-tural de Candal e residente que foi na Quinta da Carave-la, freguesia e concelho de S. Pedro do Sul. O funeral realizou-se dia 20/01/2017 no Convento de S. Pedro do Sul, sendo aí celebrada missa de Corpo Presente, seguindo em cortejo fúnebre para o Cemitério de S. Pedro do Sul - Cidade. Era Pai de Custódio Gomes de Oliveira, António Gomes de Oliveira. Era Sogro de Helena Na-tália Pereira Inês, Custódia Lurdes Duarte Aido Oliveira.

Era Avô de Joana Margarida Ribeiro Oliveira, Madalena Leonor Inês Oliveira, David Manuel Duarte Oliveira, Ana Sofia Duarte Oliveira Rodri-gues, Sandra Isabel Duarte Oliveira, Pedro Manuel de Almeida Rodrigues, Luísa Maria Pereira Riquito e Jo-sué Santana Medina. Teve o acompanhamento da Ir-mandade do Santíssimo de S. Pedro do Sul e da Irman-dade de Candal, das quais era Irmão.

Maria Augusta MoraesFaleceu, na sua residência com 98 anos de idade, viúva de Manuel Gomes, natural de Baiões e residente que foi na Rua do Fundo da Aldeia, lugar da Santa, freguesia de Carvalhais, concelho de S. Pedro do Sul. O funeral realizou-se dia 20/01/2017 saindo da Capela do Sr. dos Passos, seguindo em cortejo fúnebre para a Igre-ja de Carvalhais, sendo aí celebrada missa de Corpo Presente e sepultado no cemitério local. Era Mãe de Maria da Glória Gomes. Era Avó de Margarida da Con-ceição Gomes. Era Bisavó de Pedro Manuel Gomes de Almeida e Carla Alexandra Gomes de Almeida. Teve o acompanhamento da Irman-dade da Nossa Senhora das Chãs, da qual era Irmã.

José FerreiraFaleceu, no Hospital de S. Teotónio de Viseu com 91 anos de idade, viúvo de Lídia de Almeida Ferreira, natural e residente que foi na Rua Principal, lugar de Covelas, freguesia de Ser-razes, concelho de S. Pedro do Sul. O funeral realizou--se dia 27/01/2017, na Ca-pela de Covelas, sendo aí celebrada missa de corpo presente, seguindo em cor-tejo fúnebre automóvel até à Capela de Freixo, onde formou a passo para o ce-mitério de Serrazes. Era Tio de Emília Maria de Almeida Ribeiro, Urru Nicolo, Gracia-no Urro Ribeiro e Marco Urro Ribeiro.

Manuel Soares de AlmeidaFaleceu, na sua residência com 82 anos de idade, ca-sado com Maria Custódia de Almeida, natural de Va-ladares e residente que foi no Lugar do Sequeiro, fre-guesia de Manhouce, con-celho de S. Pedro do Sul. O funeral realizou-se dia

AGRADECIMENTOManuel de Oliveira

S. Pedro do Sul

Serviço a cargo de Agência Funerária Sampedrense, Lda. • São Pedro do Sul • Tm: 91 815 90 58 / 91 986 74 06 • Permanente: 232 728394

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio, muito reconhecidamente, agradecer a todos aqueles, que de alguma forma lhes manifestaram o seu pesar e participaram no seu funeral, assim como na missa do 7ºdia. A todos Bem-hajam

AGRADECIMENTOMaria Augusta Moraes

Carvalhais • S. Pedro do Sul

30/01/2017, saindo da sua residência, seguindo em cortejo fúnebre automóvel para a Igreja de Manhouce, sendo aí celebrada missa de Corpo Presente e sepul-tado no cemitério local. Era Pai de José Carlos Almeida Soares, Maria Otília Almei-da Soares, Manuel Soares de Almeida, António Soares de Almeida, Alberto Almei-da Soares, Hilário Almeida Soares, Artur Jorge Almei-da Soares e Bento Almeida Soares. Teve o acompanha-mento da Irmandade de Ma-nhouce da qual era Irmão.

Margarida de Jesus Marques FigueiredoFaleceu, na Fundação Lo-pes Fonseca, em Lapa do Lobo – Nelas com 96 anos de idade, viúva de António Figueiredo, natural de S. Pe-dro do Sul e residente que foi na Rua Escolar, fregue-sia e concelho de Vouzela. O funeral realizou-se dia

23/01/2017 na Capela de São Frei Gil, em Vouzela, sendo aí celebrada missa de Corpo Presente, seguin-do em cortejo fúnebre para o Cemitério local. Teve o acompanhamento da Irman-dade do Santíssimo Sacra-mento e Nossa Senhora do Rosário de Vouzela, da qual era Irmã.Funerais a cargo de Agência Funerá-ria Sampedrense, Lda.Tm: 91 815 90 58 / 91 986 74 06Serv. permanente: 232 728394

Benilde Amélia da SilvaFaleceu no Hospital Distri-tal de Viseu com 95 anos de idade, viúva de Alfredo Lou-renço Queirós do Amaral, residente que foi no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vouzela e anteriormente no lugar de Casal Bom - Ven-tosa - Vouzela. O seu funeral realizou-se dia 20-01-2017, saindo da Capela de S. An-tónio – Ventosa, com missa de corpo presente na Igreja

de Ventosa, de onde seguiu para o cemitério local. Era mãe de Florinda Amélia Sil-va Amaral e Arlindo Manuel Silva Amaral.

Carmelinda Paiva Fernandes Marques da SilvaFaleceu na sua residência com 94 anos de idade, viúva de Vasco Garcez Marques da Silva, residente que foi na Rua Principal nº16 - Sequei-ros, freguesia de S. Martinho das Moitas e concelho de S. Pedro do Sul. O seu funeral realizou-se dia 27-01-2017, com missa de corpo presen-te na Capela de Sequeiros de onde seguiu para o cemi-tério local. Era mãe de Maria Augusta Magalhães.

Fernando Joaquim de AlmeidaFaleceu no Hospital Distrital de Viseu o Senhor com 74 anos de idade, casado com Maria dos Prazeres Jesus

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Gazeta da Beira // 21quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

dESporto

Criação/alteração de Identificação Beneficiário (IB)

Parcelário Marcação parcelas / Polígonos de

Investimento / Infraestruturas SNIRA

• Guias movimentação (ovinos/caprinos/bovinos)

• Guias desaparecimento e auto Consumo (ovinos/caprinos/bovinos)

• Registo SNIRA• Declaração existências (ovinos/caprinos

/suínos e apicultura)• Emissão de RED OC• Recenseamento de ovinos e caprinos

REAP (Registo de Exploração Agro Pecuária) – Classe 3

Subsídios Agrícola (RPU ou RPB) Sapadores Florestais

• Limpeza de matos e povoamentos• Desramação e podas de formação de

folhosas• Execução de queimas de sobrantes• Manutenção e limpeza de faixas de

proteção de caminhos• Limpeza de valetas, aquedutos e

abertura de corta-águas)• Vigilância e rescaldo• Serviço público designado pelo ICNF

Associação de DesenvolvimentoRural de Lafões

Contactos: Largo Conde Ferreira - Edifício Conde Ferreira3670-247 Vouzela

Telef.: 232 772 491 • Tm: 96 699 17 02 • Email: [email protected]

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Lopes, residente que foi na Rua do Val nº 39 - Paraíso - Arcozelo, freguesia e con-celho de S. Pedro do Sul. O seu funeral realizou-se dia 28-01-2017, com missa de corpo presente na Capela de Santa Eufémia - Arco-zelo, de onde seguiu em cortejo automóvel até ao cemitério de S. Miguel do Mato, onde foi sepultado. Era pai de Manuel Lopes de Almeida, António José Lopes de Almeida, Carlos Alberto Lopes de Almeida e Fernanda Lúcia Lopes de Almeida. Teve a presença das Irmandades, Santíssi-mo (S. Pedro do Sul) e S. Miguel Arcanjo (S. Miguel do Mato).

Maria Fernanda de Oliveira PinheiroFaleceu no Hospital Distri-tal de Viseu com 89 anos de idade, casada com Ma-

nuel Francisco da Rocha (Manuel Ferreirinha), re-sidente que foi na Rua da Fonte nº 5 - Mosteirinho, freguesia de Pinho e con-celho de S. Pedro do Sul. O seu funeral realizou-se dia 22-01-2017, com mis-sa de corpo presente na Igreja de Pinho, de onde seguiu para o cemitério local, onde foi sepultada. Era mãe de Carlos Alber-to Oliveira da Rocha, Ma-ria Carminda Oliveira da Rocha Ferreira da Silva e Maria Angelina Oliveira da Rocha Ferreira. Sogra de Miguel Ferreira da Silva, Custódio Henriques Rodri-gues Ferreira. Avó de Ilda Sofia Rocha Silva, Fernan-da Maria Rocha Silva, Ri-cardo Miguel Rocha Silva, André Filipe Rocha Ferreira e Carolina Raquel Rocha Ferreira- Teve a presença da Irmandade da freguesia de Pinho.

Maria José da SilvaFaleceu na residência de sua filha em Bandavises - Fataunços com 97 anos de idade, viúva de João de Almeida Santos, residente que foi no lugar do Ribei-ro, freguesia de Fataunços e concelho de Vouzela. O seu funeral realizou-se dia 27-01-2017, saindo da Ca-pela de S. António - Fataun-ços, com missa de corpo presente na Igreja Fataun-ços, de onde seguiu para o cemitério local. Era mãe de: Fernando Lourenço da Silva, Alice da Silva Santos Oliveira, Argentina da Silva Santos Batista, Deolinda sa Conceição Silva Santos Ro-drigues e Jorge Lourenço dos Santos. Teve a presença da Irmandade de S. Carlos – Fataunços.Funerais a cargo de Agência Funerá-ria de S. Pedro do SulTel.: 232 711 043 (Permanente) / 232 711 760 • Tm: 91 755 44 62

Continuação da pág. 20

EDITAL

Vítor Manuel de Almeida Figueiredo, Presidente da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul.TORNA PÚBLICO QUE, de harmonia com a deliberação da Câmara Municipal, datada de 24 de janeiro de 2017 e nos termos do seu despacho de 31 de janeiro de 2017, vai a Câmara Municipal proceder ao ATO PÚBLICO DE VENDA, por HASTA PÚBLICA, de “DIVERSOS LOTES DE VEÍCULOS, MÁQUINAS MUNICIPAIS E SUCATA DIVERSA”, conforme se discrimina:

LOTE MARCA MODELO ANO MATRICULA TARA VALOR BASE

1 Hyundai Starex H1 crdI 2006 51-CD-69 2210 Kg 2.000,00€

2

Seat Ibiza 1997 99-34-IX 920 Kg 0,18€/KGToyota Hiace 1993 44-58-CX 1560 Kg 0,18€/KG

Dumper Carruler - S/MATRÍCULA 800 Kg 0,18€/KG

Dumper JDV – 3000 P CAB 2000 S/MATRÍCULA 1000 Kg 0,18€/KG

Varredora Shemidt SK 1996 S/MATRÍCULA 2000 Kg 0,18€/KG

LOTE DESCRI. DESCRIÇÃO PESO ESTIMADO

VALOR BASE

3 SUCATADIVERSOS RESIDUOS FERROSOS, TUBOS, FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS, MOTORES ELETRICOS AVARIADOS, ETC.

6.000 Kg 0.18€/KG

A Hasta Pública será efetuda de acordo com o respetico Programa e Caderno de Encargos, que se encontram patentes na Secção de Aprovisionamento e Património, onde poderão ser consultadas, todos os dias úteis, das 08.30 horas às 17.30 horas; Encontram-se igualmente disponíveis para consulta e download no endereço eletró-nico http://www.cm-spsul.pt/.As propostas deverão ser entregues pelos concorrentes ou seus representantes até às 16.00 horas do próximo dia 01/03/2017, na Câmara Municipal de São Pedro do Sul, Secção de Aprovisionamento e Património, 3660 – 436 S. Pedro do Sul, contra recibo, ou através do correio, sob registo e com aviso de receção;A Hasta Pública terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sito no Largo de Camões, 3660-436 S. Pedro do Sul, no próximo dia 02/03/2017, pelas 15.00 horas.Para constar e devidos efeitos se publica este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

S. Pedro do Sul e Paços do Concelho, aos 31 de janeiro de 2017O Presidente da Câmara muniCiPal

(Vítor Manuel de Almeida Figueiredo)

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201722 // Gazeta da BeiracUltUra

Carta aberta ao senhor Presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul

M. Guimarães da [email protected]

Rui Chã Madeira

CÃO DE LOIÇA

A angústia de ser ateu

Procurei sempre falar claro sobre todos os assuntos, especialmente sobre aqueles que mais me em-polgam. Isto por uma questão de

princípio, e por uma questão de obrigação para com a minha própria pessoa.

Mas de matéria de política local, ou en-tendida como tal, evito falar, dado estar longe, e como tal afastado das querelas partidárias locais, sujeitas a multifacetadas influências, e por sua vez aliadas à atitude mental dos Portugueses que tudo poem em causa.

E este pensamento afasta-me muitas vezes da “imprensa e de outros meios de comunicação “evitando a agressividade dos mesmos assente, quase sempre, em premis-sas sensacionalistas e não poucas vezes em inverdades, como se diz atualmente.

Claro que não deixo de passar os olhos pela vasta informação e desinformação que inundam os jornais e me deixam estupe-facto. Mas isso são contas de outro rosário, que o tempo vai comer com a exposição da sua realidade.

Esta deambulação ocorreu a propósito do que no Verão passado escrevi sobre os incêndios em São Pedro do Sul.

Certamente os meus prováveis leitores entenderam-me bem, e como tal vamos então ao assunto que aqui nos traz: OS FOGOS FLORESTAIS DO VERÃO

PASSADO. Talvez pareça a muitos que ainda é cedo para falar em fogos florestais, mas todos nós temos obrigação de seguir os concelhos dos peritos…e um dos nos-sos maiores especialistas nesta “patologia nacional” afirmou variadas vezes que: - “os fogos florestais resolvem-se no Inverno, e não no Verão”.

Vamos então, começar por recordar a todos o “Inferno do Verão Passado”. Parece o título de um filme, mas é antes a previ-sível evolução de uma patologia que tem que ser tratada atempadamente, para evitar a sua evolução para a “neoplasia maligna”.

Todos nós sabemos o que sucedeu, muito especialmente aqueles a quem a desgraça bateu à porta, devastando o tra-balho de muitos anos, ameaçando a sua habitação, e obrigando a esforços inco-mensuráveis, verdadeiramente desumanos, para conter o incandescente monstro que tudo devasta.

Devasta a Flora, a Fauna, e expulsa os Homens do seu habitat, conquistado através de gerações de esforços inauditos. Em suma leva rapidamente um local, seja ele qual for à “DESERTIFICAÇÃO”.• Foi esta visão do “Caos” que o Senhor Presidente da Câmara municipal de São Pedro do Sul, anteviu ao observar a ineficá-cia de resultados da atuação do comando dos incêndios no verão passado.• Foi esta visão que o obrigou a mobilizar todos os meios ao seu alcance para evitar o pior.• Foi esta visão da realidade que em con-sciência o obrigou a levantar a voz e a “dar

dois murros em cima da situação podre” que parecia querer instalar-se.• Foi esta consciencialização do peri-go que se começava a instalar no seu Concelho, que o catapultou para um grito de auxílio, que parecia não querer chegar.• Foi este GRITO DE REVOLTA contra a desgraça, que se anunciava, que chegou ao ouvido de todos os Portugueses.

Foi este grito que bateu fundo na “Consciência Política Nacional”, e explica a presença no local dos principais repre-sentantes da Nação, incluindo o Senhor Presidente da República!

Em resumo Senhor Presidente da Câmara, foi o ser autêntico, o “não ser po-liticamente correto”, como se diz por aí, que fez ouvir a sua voz em todo o País.

E hoje à distancia dos dias, parece que tudo foi muito simples, pois bastou-lhe ser autentico e levantar a voz com a sua verdade que afinal era a verdade de todos!

E todos lhe ficamos muito gratos porque o entendemos, porque falou verdade, e mais uma vez demonstrou que só a verdade é revolucionária.

Pela parte que me toca como “Sampedrense dos quatro costados” sepa-rado da sua terra-mãe, volto a repetir pub-licamente o meu bem-haja.

Mas a minha memória recorda-me o que foi dito (não me recordo por quem , mas sei que foi alto responsável) que poucos dias de-pois afirmou:-“ANTES DO FIM DO ANO TEREMOS UM PLANO NACIONA, EFICAZ PARA O COMBATE A ESTE FLAGELO NACIONAL.”

Certamente não foi com estas palavras, mas a intensão, ou certeza, era esta.

Por isso faço a seguinte e ingénua pergunta: - ESTE PLANO JÁ EXISTE? Onde se pode consultar?

Acreditem que não é provocação, mas desconhecimento total do que se está a passar. Eu, como Português, na posse de todos os meus direitos Constitucionais, (Seja lá isso o que for), quero saber o que se está a fazer neste sentido, e por tal peço que me digam onde consultar o articulado que certamente já existe já foi aprovado, na Assembleia da República, ou noutro local com idêntica autoridade.

É que eu sou daqueles Sampedrenses que ficaram com grande admiração pela atuação do Senhor Presidente da Câmara,

Dentro do espetro dos receios intrínsecos ao pensante ser humano, um dos maiores medos é indubitavelmente a

morte. Muito embora não exista ainda um meio de a evitar, essa fatalidade, ora romantizada ora exasperada, tendo em conta a sua súbita aparição, pode ser re-presentada de diversos formatos. Como vamos morrer torna-se um profundo di-álogo entre nós e com os outros, existin-do, dessa maneira, vários anseios sobre o momento em que a morte surge como um definitiva certeza sem espaço para qualquer negociação, apelo ou fuga. No entanto, o que realmente crucifica não é

a ação de morrer, o que aterroriza e desa-tina é a não existência. Deixar de existir é dramaticamente pungente pela simples razão de sabermos que não podemos, em todos aspetos e formas, continuar a ser.

Chegando a este resultado só existe uma maneira do comum mortal sentir--se mais apaziguado e menos perdido no tempo e no espaço. Essa maneira é a perspetiva da vida depois da morte, ou em melhor termo a existência depois da morte caridosamente instituída como a pedra basilar de várias religiões, espe-cificamente a mais comum e apreciada religião católica apostólica romana. Não existe melhor forma de sedução do que testemunhar, com absoluta e inequívoca certeza que quando morrermos a nos-sa alma, não o corpo porque é pesado, elevar-se-á para um bucólico local onde

podemos continuar a viver em eterna fe-licidade e tranquilidade com o extasian-te benefício de irmos encontrar os que mais amamos e que entretanto chegaram primeiro. Acreditar depende, com mais ou menos redundante espírito crítico, da sensibilidade de cada um. Se os quesi-tos normalizadores do modo de ser e de estar forem mais ou menos cumpridos, então a salvação, nem que seja através da confissão dos pecados e de algumas rezas como penitência, para além de pro-metida é salvaguardada.

Crença, fé, atos e omissões à parte, adicionamos a este texto os infelizes ateus, não agnósticos ou proto ateus, mas ateus de facto e com a devida consciência da desventura de o ser. Torna-se impossível tranquilizar al-guém que acredita que quando morrer

transforma-se em matéria orgânica por decomposição como qualquer outro ser vivo. Desacreditando a subida aos céus e aceitando a sua desmaterialização em solo humífero ou em cinza empacota-da, a verdade é que os ateus são indiví-duos, mesmo aqueles que dizem estar confortáveis na sua ideologia, profun-damente angustiados. Deixar de existir e não acreditar na vida para além da morte é bastante doloroso. Portanto os cristãos estão em grande vantagem, fingindo ou não, pelo menos não vivem de forma tão angustiante. Assim sendo ainda existe uma hipótese de emanci-pação a tal fúnebre flagelo. A fórmula é simples pois basta deixar de ser ateu convicto e voltar a ser dedicado e res-peitoso cristão. Há quem faça isso com muita regularidade.

Continua na página seguinte

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Gazeta da Beira // 23quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

cUltUra

IntroduçãoCaro leitor, apresento-lhe os ditados Troykados. Tive a ideia de adaptar alguns ditados e expressões populares para a realidade social e política do nosso país atualmente

Ditado Popular: A caridade não tem pátria.Ditado Troykado: A Troyka não tem caridade.

Ditado TroykadoDe: Paulo Fernandes

Por favor digitalize e envie para Gazeta da Beira através no nosso email: [email protected] ou para a morada Rua Bombeiros Voluntários, 37 - 3660-501 S. Pedro do Sul(*) Campos de preenchimento obrigatório

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feiras das 21 às 24 H, música tradicional portuguesa, Bandas de Música, Grupos de Cantares da região de Lafões e do Minho ao Algarve

• MAIS ALTO E MAIS ALÉM – às 4ªs e 6ªs feiras das 10 H às 12 H, música variada e boa companhia para quem está a trabalhar e a viajar.

• EXPRESSO DA NOITE – das 21 H às 24 H, uma grande viagem através da música a finalizar o seu fim de semana

Aqui tem tudo o que gosta de ouvir, música e saudade, onde a música e o bom gosto se encontram. Esperamos por si.

Fernando Morgado apresentaNovos programas na Radio Lafões de S. Pedro do Sul

Programação de Novembro, Dezembro de 2016Janeiro, Fevereiro e Março de 2017

PU

BLIC

IDA

DE

Sr. Victor Figueiredo, no Verão passado.O Senhor Presidente, Victor Figueiredo,

ganhou honras, adquiriu direitos, de ad-miração e respeito de muita gente do Concelho e não só. GANHOU-AS POR MÉRITO PRÓPRIO, dada a forma como atuou na desgraça, e na desgraça é que se conhecem os amigos, como diz o Povo.

Mas os “Direitos” trazem no mesmo embrulho “das honrarias” outra palavra associada:-Obrigações.

Por isso me atrevo a fazer-lhe a mesma pergunta:-O que é que está planeado para o nosso Concelho pela Câmara Municipal, no que respeita aos incêndios?

Atrevo-me, até a lembrar, que a Câmara Municipal de Arouca, em plena crise de in-cêndios, numa visão global dos prejuízos sofridos, fez afirmações cujo valor era de 150 milhões de Euros, senão estou em erro.

E nós como vamos de valores estima-dos dos prejuízos?

Decerto, que nada escapou ao vosso estudo de pormenor, quer no que respeita a valores envolvidos, quer no que respeita a atitudes necessárias à ajuda para fixação do homem à terra, que os viu nascer.

Toda a minha vida ouvi falar de plano com “aceiros” (que eu não sei bem o que seja!), pontos de água, para combate aos in-cêndios e um manancial de atitudes a tomar para os evitar. Contudo, estes elaborados planos, concebidos em gabinetes superespe-cializados, não têm trazido resultados pal-páveis, visíveis pelo comum dos cidadãos! Na verdade, não têm tido benefícios visíveis aos olhos do cidadão comum.

Na perspectiva optimista de que tudo está estudado, dentro das limitações que as complexidades dos problemas impõem, atrevo-me a pedir que os divulguem pois podem ser exemplo para um País cuja

cultura assenta mais no “desenrasca” do que num estudo pausado que vai levar anos a executar, mas que é urgente iniciar. Nós somos mais do tipo “para já e em força” do que “para já após estudo apurado”. Necessitamos de um plano bem estrutura-do para executar progressivamente durante anos e sempre adaptável a modificações necessárias que forçosamente irão surgin-do. Será sempre um plano Incomensurável e Hercúleo, mas que tem que ser organiza-do e apoiado pela grande maioria. Acarreta legislação forçosamente complexa, mas que tem que ser simultaneamente de fácil execução, sem ferir o interesse dos pro-prietários. Como se sabe a maior parte da floresta é privada e muita está abandonada!

Como se vê esta solução, ou outra qualquer, acarreta complicações de-moníacas, sendo necessário ouvir espe-cialistas com conhecimento pratico da situ-ação. Certamente que teremos atualmente em Lafões, muitos técnicos especialistas do sector agrícola, do direito, da economia, das finanças, etc., bem entrosados nos assuntos. Seria bom ouvi-los e atender aos seus con-selhos, e meditar sobre a exequibilidade das propostas por eles formuladas.

Pretendo, com isto, chamar a atenção, para a urgência do problema, porque daqui a três ou quatro meses, os fogos estão aí de novo, se não se fizer nada, e por muito que se faça, neste momento, só podem ser ati-tudes minimizadoras que caminhem para um futuro com menos incêndios, baseados num plano pré-estabelecido.

Vamos a isto senhor Presidente, dê outro murro na situação, atire-lhes com a ver-dade, pois parece que só assim é que as coisas andam.

O Povo está à espera dessa atitude, e es-tou seguro que o apoia totalmente, seja qual for o impacto dessa “murraça”!

Continuação da página anterior

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 201724 // Gazeta da BeiracUltUra

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Ponta Delgada – o destino de uma viola dedilhada, ou Crónica de um violeiro atento, na senda do Prof. Alfredo Bensaude

Isso que não leva nem traz,Te conduz sequer a alguma paz,Tampouco desencadeia atrito,Nunca te induz ao conflito,Isso que não te amordaça,Nem é dor que logo passa,Cujo sexo se não discerne,Não voa, não rasteja, não é verme,Isso que não chega a vertigem,Nem é chão que outros pisem,Existe, entre líquido e sólido,Tão confuso por ser tão óbvio,Isso que é grito inaudível,Dor que lateja e vibra, insensível,Chega a divino, de tão humano,Flui, a cada instante, porque estagna,Isso que não chora ou regozija,Nem vendaval, menos ainda brisa,Algo no meio que não se encontra,Vértice anguloso em coisa redonda,Isso, enfim, o que te esmaga,Delito de existir, pecado insigne,Te faz não ser, e além nada,É, simplesmente, o quanto te indefine!...

Indefinitivamente Carlos Paiva

Foto: Ana

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Dos sete aos vinte e dois anos, trabalhei na oficina de meu pai, conhecido violeiro,

Domingos Ferreira Capela. Num armário ali existente, encontrei, por entre vários documentos, um que seria apenas a “Nota autobio-gráfica de um «luthier» amador”, Alfredo Bensaude (1856-1941). Talvez por ser jovem (n.1934) e não ter seguido aquela profissão, mas sim estudos de engenharia, no decorrer do tempo, esta figura desapareceu da minha memória, ‘regressando’ somente em 2010. Ao longo deste espaço de tempo, muita história se passou, da qual deixo algumas notas ligadas aos Açores.

Em Junho de 1990, integrado na tuna da Associação dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra (AATUC), como violinista, visito pela primeira vez os Açores - Angra do Heroísmo. Aí demos um concer-to. Visitámos a Ilha, o que me deixou deslumbrado ao ver tanta beleza e um povo simpático e atencioso. Aproveitei para visitar o violeiro João Machado Lobão, que me facul-tou um livro da autoria do General José Alfredo Ferreira Almeida, ti-tulado “VIOLA DE ARAME NOS AÇORES”, do qual constava a sua fotografia. Seguiu-se Ponta Delgada, onde simpática comitiva nos espera-va, na qual se incluía o Dr. António Melo e sua esposa, senhora que gen-tilmente me levou a casa da colega Drª. Josefina de Medeiros, nascida na Povoação, e que conheci, quan-do estudante, na Universidade de Coimbra, no ano 1960-61. Perante a sua ausência, deixei uma mensa-gem na caixa de correio, evocan-do os nossos belos tempos vividos nesta cidade. Após concerto no Estabelecimento Prisional, deam-bulámos pela cidade, aproveitando para adquirir aquele livro.

Em Out./Nov. de 2000 a AATUC volta a actuar em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo e, pela primei-ra vez, nas Ilhas do Faial e do Pico. Mais uma vez fiquei maravilhado, o que me leva, em anos sequentes, a completar o roteiro das Ilhas.

Em Abril de 1997, vou pela pri-meira vez à Ilha da Madeira, como turista, visita que, casualmente, viria, anos depois, a ser a causa do reencontro da figura do Professor Alfredo Bensaude. No Museu da Quinta das Cruzes, sito no Funchal, assisto a um belíssimo concerto dado pela Orquestra dos Bandolins da Madeira, dirigida pelo saudoso Maestro Eurico Martins (1954-2014), pessoa que conheci e a quem dei a saber ser violeiro amador. Quinze dias depois, este Maestro batia à porta da minha residência, sita em S. Félix da Marinha, V. N. de Gaia. Depois de ver diversos ins-trumentos, acaba por adquirir dois bandolins. Mais tarde, pede-me para construir bandoletas, bandolas e bandoloncelos, o que constituiu para mim um desafio fortemente motivador. Desenho o conjunto da ‘família’ com linhas harmoniosas e equilibradas e inicio a sua constru-ção, de tal modo que, por volta de 2005, esta orquestra possuía cerca de duas dezenas de instrumentos. Adquiro, assim, larga experiência no domínio da técnica e da acústi-ca. Sonhei, então, escrever um livro abrangente sobre estes instrumentos e, para o efeito, consulto, durante alguns anos, muito do que existia sobre bandolins e, em 2010, depa-ro na Biblioteca do Conservatório Nacional de Música de Lisboa, com uma colecção de revistas, “A Arte Musical”, obra de excepcional inte-resse, por abordar a história da músi-ca e da violaria, sendo o seu director uma pessoa conhecida e prestigiada, Michel’angelo Lambertini (1862-1920), amigo pessoal do Dr. Alfredo Bensaude. Numa das revistas (nº 362, Ano XVI, de 15 de Janeiro de 1914, Lisboa), reencontro a ‘autobio-grafia’ que tinha lido quando jovem. Bem haja, Dr. Alfredo Bensaude, pela coragem de nos ter deixado tal documento e os seus violinos, o que muito enriqueceu a história da vio-laria portuguesa.

Em Agosto de 2012, visito pela sexta vez Ponta Delgada, onde ad-quiro um livro, “A VIOLA DE DOIS CORAÇÕES”, de autoria de Manuel Ferreira, obra de excepcional qua-lidade, da qual colhi informações interessantes, que me permitiram,

em 2013, conhecer: o General José Alfredo Ferreira Almeida, o pro-fessor de viola e violeiro Miguel Pimentel, o violeiro Dinis Manuel Raposo e seu filho, o Engenheiro Aníbal Duarte Raposo, o professor de viola Rafael Carvalho, o gui-tarrista José Pracana e o Prof. Dr. Rui de Sousa Martins, director do museu de instrumentos musicais de Vila Franca do Campo, o qual visitei mais tarde.

Nem nos livros, nem nos contac-tos havidos, ao longo das minhas visitas ao Arquipélago, vi ou ouvi qualquer referência ao Dr. Alfredo Bensaude, nem eu, tão-pouco, ti-nha procurado conhecer a sua vida. Estava hospedado no “Hotel Açores Atlântico”. Ocorreu-me pedir infor-mações na recepção sobre a família Bensaude. Foi-me dito ser esta a proprietária do hotel. Manifestei à Administração o desejo de contac-tar alguém da família, a fim de co-nhecer a história do Dr. Bensaude. Amavelmente, em 9 de Setembro, sou recebido pelo administrador do grupo que, no fim da nossa conversa, me ofereceu um texto com oito pági-nas: “Prof. Alfredo Bensaude – UM PEDAGOGO REFORMADOR”. Informou-me ainda ter sido pu-blicado um livro sobre a sua vida, aquando do primeiro centenário da fundação do Instituto Superior Técnico, escola da qual foi o seu primeiro director e onde se encontra um violino de sua autoria. Em 22 de Novembro do mesmo ano, visito o I.S.T. Num dos corredores do edifí-cio principal, pergunto onde poderia ver este violino. Sorte a minha, pois estava a falar com o Prof. Manuel Francisco Costa Pereira, director do “Museu Alfredo Bensaude”, que teve a amabilidade de me oferecer aquele livro “A Génese do Técnico – Alfredo Bensaude” e de me pro-porcionar uma visita a este museu. Na ocasião não foi possível ver o instrumento, por motivos de ordem burocrática.

Li o livro muito atentamente e fiquei espantado com a grandeza da obra deixada por Bensaude, encar-nada pela inteligência, pela determi-nação, pela influência dos valores de família, mas muito certamente pela sua formação recebida nas escolas

alemãs. Ressalta ao nosso espírito a sua firme convicção de que o enge-nheiro deveria possuir duas pernas para bem caminhar, uma delas “a teoria” e a outra “a prática”, visão que sempre defendi enquanto do-cente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Mas a minha grande admiração pelo Dr. Bensaude vai também para o facto de ele ter sido violeiro, faceta in-vulgar, ou talvez única, em pessoas da alta sociedade, mas muito reve-ladora da sua grande sensibilidade artística, aspecto que aprecio por ser também violeiro e ambos dedi-carmos, ou ‘baptizarmos’, os nossos instrumentos.

O Dr. Alfredo Bensaude diz na-quele livro ter sido o seu pai o grande formador do seu carácter e o respon-sável pelo seu interesse precoce por ciência: «As suas aulas, sobretudo as de geometria, marcaram-me for-temente na minha infância; com ela, senti pela primeira vez a emoção es-tética provocada por um conjunto bem ordenado de deduções condu-zindo a um resultado irrefutável…» Nele, narra ainda: «O ensino do de-senho técnico, até então desprezado, fora elevado à categoria de assun-to de primeira importância, o que também chocava, pois havia nesse tempo quem sustentasse que os en-genheiros não precisavam de saber desenhar, sendo esse o mester dos desenhadores!(...) finalmente, pare-cia mal a muita gente que os alunos de uma escola superior fossem obri-gados a envergar o fato de ganga dos operários, e trabalhar ao lado destes nas oficinas pedagógicas».

Frequentei o curso de serralha-ria mecânica, na Escola Industrial Infante D. Henrique no Porto; no primeiro ano (1946-47) recebi uma boa formação na disciplina de Geometria, dada pelo professor Arquitecto Teodósio Ferreira, onde aprendi o traçado da elipse, da pa-rábola e da hipérbole (chamadas cónicas) e muitos outros saberes desta área. Por serem o desenho e a arte da violaria duas das minhas paixões, construí, em 1996, a viola nº 20 (violão) em homenagem a este meu estimado professor.

É interessante notar que entre es-tes dois mestres existia um ponto co-

mum: a Geometria, na qual, perdo-em-me a imagem, o cruzamento de duas rectas define um ponto comum.

É-me grato reconhecer, em tão notável Doutor, a força criadora do seu pensamento, reflectida não só na criação daquela Escola Superior, voltada para a técnica, para a ciên-cia e para o futuro, mas também na arte, modelada na madeira dos seus violinos.

Eis os motivos que me levam a doar este cordofone e a colocar no seu interior a seguinte etiqueta:

«Viola dedilhada doada ao Museu Carlos Machado para perpe-tuar a minha admiração por tão ilus-tre cidadão micaelense, Dr. Alfredo Bensaude, cientista, pedagogo e vio-leiro. - 13 de Março de 2016»

S. Félix da Marinha, 20 de Abril de 2016

Joaquim Domingos Capela (Engº)