Roteiro De Aulas Práticas - Ciências Moleculares Celulares - UNIME

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Ciências Moleculares e Celulares Professores: Cristiane Nascimento Joel Carlos Almeida Julie Guss Ivana Gomes Susie Vieira Carga Horária: Teórica 60h; Prática 20h Lauro de Freitas – Bahia ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICAS 2º Bimestre – 2009.2

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Ciências Moleculares e Celulares

Professores: Cristiane Nascimento

Joel Carlos Almeida Julie Guss

Ivana Gomes Susie Vieira

Carga Horária: Teórica 60h; Prática 20h

Lauro de Freitas – Bahia

ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICAS 2º Bimestre – 2009.2

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1.

ELABORAÇÃO DE MAPA CONCEITUAL

OBJETIVOS

• Evidenciar, por meio de uma representação gráfica, os principais conceitos sobre

determinado assunto, integralizando os conhecimentos associados a estes estudos.

PROCEDIMENTO

• Faça a leitura do texto Mapeamento de Conceitos de MARTHA TAYLOR. • Com base no modelo apresentado, evidencie as informações referentes aos

seguintes termos: Gene, cromossomo, DNA, RNA, Proteína, aminoácido, nucleotídeo, transcrição, tradução, código genético, fenótipo, genótipo, splicing, íntron, éxon, base nitrogenada, pentose (Os termos não estão citados em ordem e outros poderão ser sugeridos durante a elaboração do Mapa Conceitual). Consulte as suas anotações e a literatura indicada.

MAPEAMENTO de CONCEITOS (MARTHA TAYLOR, In CAMPBELL, N. Biology)

Mapeamento de conceitos é um processo de organização do conhecimento que tem por objetivo auxiliar o aprendizado. Um mapa de conceitos é um diagrama que mostra a organização das idéias e a relação entre conceitos em uma área particular do conhecimento.

Sua estrutura consiste em um conjunto de conceitos organizados hierarquicamente e conectados por linhas que explicitamente indicam a relação entre eles. Sua função é a estruturação do entendimento de um tópico e criação de um significado pessoal. Seu valor surge do processo de pensamento e avaliação que é necessário realizar para criá-lo. Biologia é uma matéria rica e diversificada, repleta de informação e terminologia necessárias para a compreensão dos conceitos e princípios.

Principiantes nessa disciplina focalizam sua atenção na memorização dessas peças de informação, enquanto perdem o principal que é como essas peças se articulam em um quadro maior. Um estudante precisa assimilar os detalhes dentro de conceitos mais amplos que são então relacionados a outros conceitos, grupos de conceitos e princípios organizativos.

Para criar um mapa de conceitos em uma área particular, é necessário primeiro identificar as idéias ou conceitos mais importantes. Esse processo por si só ajuda a separar os detalhes dos princípios organizativos. Após a avaliação da importância relativa dos conceitos chaves (aqueles que são principais e aqueles que são subordinados), eles são organizados em um conjunto com significado e as condições ou relações entre eles são rotuladas.

Um mapa de conceitos é um quadro individual do entendimento que se desenvolve durante sua construção. Seus significados mudam e crescem à medida que se ganha mais conhecimento e experiência em uma área. Desenvolve-se um quadro mais rico; podendo-se fazer mais conexões entre conceitos e idéias relacionados num caminho mais significativo. O conhecimento não é estático; ele cresce. À medida que o entendimento de uma área se desenvolve, seu mapa de conceitos evoluirá — às vezes ele se torna mais simplificado e linear, outras vezes torna-se mais complexo e interrelacionado.

Mapas de conceitos são contextuais. O mesmo grupo de conceitos pode ser organizado de várias maneiras, dependendo do foco do mapa. Não existe um mapa

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conceitual certo ou errado; eles são representações individuais do entendimento. Os mapas podem, no entanto, ser mais ou menos acurados ou válidos, e atuar e conversar através de mapas de conceitos é um bom caminho para avaliar o entendimento.

Relembre, o valor real do mapa de conceitos está no processo — em pensar, relacionar e organizar os conceitos que cada indivíduo precisa ter para desenvolver um entendimento pessoal e significativo do fascinante objeto da Biologia. 2.

DIVISÃO DE CÉLULAS SOMÁTICAS

INTRODUÇÃO A localização do DNA em um compartimento próprio, na célula eucariótica, foi favorável à evolução biológica proporcionando condições para um processamento mais elaborado dos mRNAs, antes de serem transportados para o citoplasma, com repercussões na variabilidade das proteínas e, consequentemente, das células e dos organismos. A alternância dos estágios de interfase e de divisão na vida das células corresponde ao chamado ciclo celular, que é o processo básico de gênese de novas células. Compreende os fenômenos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua própria divisão em duas células-filhas.

“A estratégia básica da divisão celular é notavelmente constante entre os eucariotos. Os primeiros cinco estágios da fase M constituem a mitose (originalmente definida como o período no qual os cromossomos estão visivelmente condensados); e o sexto estágio, sobrepondo-se ao final da mitose, constitui-se na citocinese. Esses seis estágios formam uma seqüência dinâmica cuja observação pode ser realizada, através de microscopia óptica de células vivas e microscopia eletrônica ou óptica de células fixadas ou coradas” (ALBERTS, 1997 adaptado). OBJETIVOS

• Caracterizar as etapas do ciclo celular. • Identificar a importância da mitose no desenvolvimento e manutenção dos

organismos pluricelulares. MATERIAL

• raízes de cebola (Allium cepa) • microscópio • orceína acética (corante) • lamparina à álcool • bisturi • estilete • pinça • papel de filtro • tubos de ensaio • vidros de relógio • lâmina e lamínula • esmalte incolor

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PROCEDIMENTO

• Cortar as raízes cerca de 3mm a partir da ponta e colocá-las em um vidro de relógio, contendo cerca de 1ml de orceína acética recém-filtrada.

• Aquecer o material, evitando ferver em demasia. • Em uma lâmina fria, colocar uma gota de orceína fria e sobre ela uma das pontas de

raiz anteriormente aquecida; deixar corando por 3 minutos. • Cobrir com a lamínula e, com o auxílio de um bastão, esmagar o material, de

maneira a dissociar as fibras, sem danificar as células. • Com o papel de filtro retirara o excesso de orceína que transborda sobre a lamínula. • Observar a preparação ao microscópio com as objetivas de menor, médio e maior

aumentos, deslocando-a de maneira a visualizar toda a área coberta pela lamínula. • Encontrando células em fases bem definidas, coloque uma gota de óleo de imersão

sobre a lamínula e faça observações com a objetiva de imersão. • Registrar suas observações.

RESULTADOS Representar esquematicamente (desenhar) cada uma das fases ao microscópio óptico identificando-as.

Fases do ciclo observadas:

1 2

3 4

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DISCUSSÃO Explique a razão da escolha da ponta da raiz de cebola para observação de células

em mitose. As lâminas observadas mostram células em diferentes etapas da mitose. Represente

esquematicamente cada uma das fases observadas ao microscópio, identificando-as. • Caracterize as fases da mitose, indicando o comportamento e as modificações

morfológicas dos cromossomos em cada uma delas.

Figura 2: Representação esquemática das fases da mitose: prófase (1, 2, 3), metáfase (4, 5), anáfase (6, 7), telófase (8) e interfase (9). Para simplificar, foram esquematizados apenas quatro pares de cromossomos.

Qual fase da mitose corresponde a Figura acima:

__________________________________

Qual fase da mitose corresponde a Figura acima:

__________________________________

b

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

• Caracterize as fases de um ciclo celular padrão. • Identificar as fases que compõe a mitose caracterizando cada uma delas. • Estabeleça comparações entre a mitose e a meiose, considerando:

• Os tipos de células onde ocorrem, • O número de células-filhas resultantes, • O número de cromossomos das células-filhas • Mecanismos de variabilidade genética

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3. MONTAGEM DO CARIÓTIPO HUMANO INTRODUÇÃO

As desordens genéticas conhecidas, em sua maioria, são causadas por alterações cromossômicas. Estas por sua vez, são classificadas em numéricas e estruturais. As alterações numéricas apresentam cromossomos adicionais ou ausentes, ocorrem em decorrência de uma não-disjunção na meiose. As alterações estruturais são caracterizadas por apresentarem anomalias na estrutura dos cromossomos e podem ser balanceadas ou não balanceadas. Nas alterações estruturais não balanceadas o rearranjo causa ganho ou perda do material genético, podendo ocasionar consequências graves para o indivíduo portador deste tipo de alteração. Já as alterações balanceadas, o rearranjo não gera nem ganho nem perda de material genético e geralmente não causa uma alteração no fenótipo ou prejuízo para o indivíduo. Entretanto, ele pode produzir gametas não balanceados e a sua prole pode apresentar doenças graves e síndromes genéticas reconhecíveis.

“Durante a mitose, os 23 pares de cromossomos humanos se condensam e são visíveis com um microscópio óptico. A análise de um cariótipo normalmente envolve bloquear as células durante a mitose e marcar os cromossomos condensados com o corante Giemsa. O corante marca as regiões dos cromossomos que são ricas em pares A -T (adenina e timina) produzindo uma banda escura. Um erro comum é considerar que uma única banda representa um único gene, mas na verdade mesmo as bandas menores contêm mais de um milhão de pares de nucleotídeos e potencialmente centenas de genes. Por exemplo, o tamanho de uma banda pequena é igual a toda a informação genética de uma bactéria.” (WARREN, 1996) OBJETIVOS

• Compreender a montagem de um cariótipo humano; • Analisar o cariótipo humano, identificando os tipos morfológicos dos cromossomos

observados; • Reconhecer a importância da análise cariotípica na identificação de alterações

cromossômicas numéricas e estruturais. MATERIAL

• Papel, lápis, borracha, tesoura, cola ou fita adesiva, folha A4, livros-texto de Genética Humana ou Médica

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PROCEDIMENTO

O Aluno deverá classificar os cromossomos humanos de acordo com a convenção de Denver Grupo/Tamanho Posição do centômero Cromossomos Quantidade A Grandes

Metacêntricos Submetacêntricos

1 e 3 2

6

B Grandes

Submetacêntricos 4 e 5 4

C Médios

Submetacêntricos 6,7,8,9,10,11,12 e X 15(♂) e 16(♀)

D Pequenos

Acrocêntricos 13,14 e 15 6

E Pequenos

Metacêntricos Submetacêntricos

16 17 e 18

6

F Muito pequenos

Metacêntricos 19 e 20 4

G Muito pequenos

Acrocêntricos 21,22 e Y 5(♂)e 4(♀)

DISCUSSÃO A partir de suas observações e do estudo na bibliografia recomendada, responda às questões seguintes:

• Compare a imagem de cromossomos humanos, observada ao microscópio com figuras existentes na bibliografia recomendada e indique o número cromossômico e o sexo do indivíduo, bem como a distribuição dos cromossomos humanos, com base nos tipos de cromossomos quanto à posição do centrômero.

• Que fase da divisão celular é utilizada para caracterizar o cariótipo? Por quê? • Os técnicos de laboratório compilam os cariótipos e depois usam uma notação

específica para caracterizá-los. Esta notação inclui o número total de cromossomos, os cromossomos sexuais e alguns cromossomos extras ou perdidos. Por exemplo, 47, XY, +18 indica que o paciente tem 47 cromossomos, é masculino e tem um cromossomo 18 extra. 46, XX é uma mulher com um número normal de cromossomos. 47, XXY é um paciente com um cromossomo sexual extra. Que notação se utiliza para caracterizar o cariótipo dos pacientes analisado? Que diagnóstico têm o paciente estudado?

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CARIÓTIPO

1 2 3 4 5 A B 6 7 8 9 10 11 12 X C 13 14 15 16 17 18 D E 19 20 21 22 Y F G

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CARIÓTIPO HUMANO ORGANIZADO

CROMOSSOMOS HUMANOS JÁ PAREADOS

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4. COMPOSIÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA: CARBOIDRATOS OBJETIVOS

• Descrever as principais classes de carboidratos, seus papeis estruturais e funcionais

• Conceituar e caracterizar uma reação enzimatica • Classificar as enzimas • Relacionar os aspectos gerais da cinetica enzimatica

CONTEUDO:

• Conceito e funcão biologica dos carboidratos • Classificar de acordo com tamanho da cadeia • Duas familias de monossacarideos: aldoses e cetoses • Isomeros D e L • Ciclização das oses, anomeros alfa e beta • Acucares redutores • Ligação glicosidica • Polissacarideos estruturais e de armazenamento

ATIVIDADE PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS REAÇÃO DE BENEDICT G S Reativo de Benedict 2,0 ml 2,0 ml Solução de glicose a 1% 8 gotas - Solução de sacarose a 1% - 8 gotas

• Ferver aproximadamente por 2 minutos e observar. REAÇÃO DE HIDRÓLISE Solução de sacarose 3,0 ml HCl cc 1 gota

• Ferver tubo 1 por 2 minutos. • Preparar outro tubo (tubo 2) de ensaio contendo 2,0ml de reativo de Benedict • Adicionar a este tubo 2, oito gotas do conteúdo do tubo que recebeu fervura

(tubo 1) • Homogeneizar e ferver por mais 2 minutos o tubo 2 e observar.

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REAÇÃO DE SELIVANOFF F G Reativo de Selivanoff 2,0 ml 2,0 ml Solução de Frutose a 1% 5 gotas - Solução de Glicose a 1% - 5 gotas

• Ferver durante 30 segundos. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

• O que são carboidratos? Exemplifique. • Explicar a relação entre fotossíntese e carboidratos. • Como podem ser classificados? • Quais as características estruturais de um monossacarídeo? Exemplifique. • Quais as características estruturais de um dissacarídeo? Exemplifique. • Demonstrar uma ligação glicosidica alfa 1-4 • Como reconhecer um D e um L monossacarídeo? Exemplifique sua resposta. • Explique o que são isômero alfa e beta. • Conceituar e classificar os polissacarídeos, dando exemplos. • Estruturalmente, o que diferencia celulose de amido? • Qual a importância biológica do glicogênio e dos carboidratos em geral? • Explique o fundamento da Reação de Benedict? • Explique a Reação de hidrolise

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5. COMPOSIÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA: LIPÍDEOS OBJETIVOS

• Descrever as principais classes de lipidios, com enfase em sua estrutura quimica e propriedades fisicas.

• Conceituar e caracterizar lipidas • Classificar os acidos graxos e alcool • Relacionar os aspectos gerais da formação dos principais lipidios

CONTEUDO

• Conceito e funcão biologica dos lipidios • Classificar dos acidos graxos e alcool • Formação do triglicerideo • Lipidas estruturais de membrana • Gorduras alimentares

ATIVIDADE PRÁTICA: CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDIOS SOLUBILIDADE

• Colocar em 8 tubos de ensaio:

1 2 3 4 5 6 7 Óleo 3 gts 3 gts 3 gts 3 gts 3 gts 3 gts 3 gts Água 2,0 ml - - - - - -

HCl a 4% - 2,0 ml - - - - - NaCO3 a 2% - - 2,0 ml - - - -

Álcool etílico - - - 2,0 ml - - - Éter sulfúrico - - - - 2,0 ml - - Clorofórmio - - - - - 2,0 ml -

Acetona - - - - - - 2,0 ml

• Agitar e verificar a solubilidade.

SAPONIFICAÇÃO

• Colocar em 1 tubo de ensaio Óleo 5 gotas Solução alcoólica de KOH a 10% 3,0ml

Aquecer cautelosamente, mantendo branda ebulição por 3 minutos.

Água 10,0ml

Aquecer brandamente por 2 minutos.

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

• Conceituar e dar exemplos de lipídeos. • Quais as fontes naturais de lipídeos? • Citar cinco atividades exercidas por lipídeos. • Ácidos Graxos: o que são, como estão classificados, citar exemplos. • Quais os álcoois encontrados nos lipídeos? • Demonstrar uma ligação éster em lipídeos. • Como se processa a reação de saponificação? Demonstrar sua resposta. • O que são triglicérides, qual a sua importância? • O que são lipoproteínas? Exemplifique. • Explicar a relação entre lipídeos e doenças cardiovasculares

6. CONSTITUIÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA (Prática elaborada pela profa. Jaqueline Braga e roteiro elaborado pela profa. Julie Patrício) INTRODUÇÃO

“A membrana plasmática define o limite celular, separando o conteúdo interno do meio externo. A membrana funciona como barreira seletiva para a passagem de moléculas, permite a célula mudar de comportamento em resposta a estímulos externos, definindo a composição do citoplasma e mediando as interações entre a célula e seu ambiente” (Adaptado Cooper, 2001).

A membrana plasmática apresenta permeabilidade seletiva para pequenas moléculas apolares e certa permeabilidade para a água. As demais substâncias e macromoléculas atravessam a membrana por transporte através de proteínas ou por endocitose. Ela é uma estrutura macromolecular composta por uma bicamada lipídica e proteínas associadas, que forma a superfície celular e delimita os compartimentos celulares.

Os principais lipídios que compõe a membrana plasmática são os fosfolipídeos que são moléculas anfipáticas, ou seja, tem uma cabeça hidrofílica (polar) e uma cauda hidrofóbica (apolar). Em decorrência dessa característica esses lipídios podem ser retirados através de solventes. A acetona é um solvente apolar e pode ser usada como solvente. As proteínas de membrana podem ainda, ser solubilizadas por substâncias detergentes (Alberts et al, 1999) e em altas temperaturas podem ser desnaturadas. OBJETIVOS

• Reconhecer a membrana com uma das estruturas fundamentais na evolução celular. • Identificar que a formação das membranas biológicas é baseada nas propriedades

dos lipídios. • Analisar a participação dos diferentes tipos de proteína na estrutura da membrana e

na interação da célula com o meio extracelular. • Discutir a importância dos mecanismos de regulação da fluidez de membrana,

considerando as funções das membranas celulares. • Analisar como os agentes físicos e químicos podem interferir na integridade das

membranas biológicas;

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• Realizar um experimento científico que permite elaborar e responder hipóteses sobre um questionamento biológico específico.

CONTEÚDO

• Estrutura da membrana - modelo do mosaico fluido. • Bicamada fosfolipídica - Principais fosfolipídios • Mecanismos de regulação da fluidez • Proteínas de membrana: Proteínas Integrais, Proteínas Periféricas • Mobilidade dos lipídios e proteínas de membrana • Estrutura do Glicocálix

MATERIAL Papel de filtro

Vidro de relógio grande

Estilete Beterraba Pinça de ponta fina Lamparina Béquer contendo água destilada Pegador de tubo de ensaio Conta-gotas 5ml de detergente neutro incolor 02 pipetas de 5ml 5ml de óleo comestível 04 tubos de ensaio 5ml de acetona à 70% PROCEDIMENTO

• Numerar tubos de 1 a 5. • Adicionar 5ml de água no tubo 1. • Adicionar 5ml de acetona no tubo 2. • Adicionar 5ml de óleo comestível no tubo 3. • Adicionar 5ml de detergente no tubo 4. • Adicionar 5ml de acetona no tubo 5. • Cortar 5 pedaços de beterraba descascada de aproximadamente 2cm de

comprimento por 0.5cm de largura. • Lavar os fragmentos de beterraba • Colocar nos tubos 1 a 4. • Esperar 10 a 20 minutos e anotar os resultados. • Ferver o tubo 1 e anotar os resultados. • Retirar o fragmento de beterraba secar e colocá-lo no tubo 5. • Esperar 10 a 20 minutos e anotar os resultados do tubo 5.

DISCUSSÃO

• O aluno deverá: • Explicar como a membrana plasmática está organizada. • Explicar por que se deve lavar os fragmentos de beterraba? • Explicar se houve ou não liberação de pigmento e porque nas seguintes condições:

• Tubo 1: água

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• Tubo 2: acetona • Tubo 3: óleo comestível • Tubo 4: detergente • Tubo 1: após a fervura • Tubo 5: fragmento de beterraba fervido na acetona

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

• Descreva a arquitetura da membrana plasmática de acordo com o modelo do mosaico fluido. • Discuta os mecanismos envolvidos na regulação da fluidez da membrana. • Caracterize os tipos de proteínas de membrana quanto a inserção. • Discuta a estrutura e importância do Glicocálix.

7. PERMEABILIDADE DA MEMBRANA PLASMÁTICA: TRANSPORTE ATRAVÉS DA

MEMBRANA INTRODUÇÃO

“As membranas biológicas desempenham papel crucial em quase todos os fenômenos celulares. A hipótese de que a membrana é uma solução viscosa, orientada e bidimensional de proteínas e lipídeos em equilíbrio termodinâmico, leva a predições específicas sobre as suas funções” (Adaptado de SINGER e NICOLSON, 1972).

Dentre as funções desempenhadas pela membrana plasmática, destaca-se o intercâmbio de substâncias entre a célula e o meio, cujo controle determina as condições fisiológicas indispensáveis ao desenvolvimento das atividades celulares. OBJETIVOS

• Analisar os diferentes mecanismos de transporte que ocorrem através da membrana. • Caracterizar as proteínas transportadoras. • Descrever o mecanismo de funcionamento da bomba Na+/K+ • Caracterizar os tipos de canais iônicos.

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• Interpretar resultados experimentais relativos ao trânsito de substâncias através da membrana plasmática.

• Reconhecer a propriedade da membrana plasmática evidenciada pelos experimentos realizados.

• Relacionar os resultados obtidos no experimento ao modelo do mosaico fluido. • Aplicar, a novas situações, os conhecimentos obtidos com o estudo da membrana

plasmática. CONTEÚDO

• Permeabilidade seletiva da membrana • Principais classes de proteínas transportadoras

- Proteínas formadoras de canal - Proteínas carreadoras

• Mecanismos de transporte - Passivo: Difusão simples e facilitada

• Canais iônicos - Ativo Primário ● Funcionamento da bomba Na+/K+

- Ativo secundário MATERIAL Para o alcance dos objetivos desta atividade serão utilizados os materiais e procedimentos de trabalho especificados a seguir: Solução de vermelho neutro (0,02 %) 10 mL Tubo de ensaio (15 cmx2cm) - 01 un Solução de ácido clorídrico (1%) – 10 mL Pegador de tubo de ensaio - 01 un Solução de bicarbonato de sódio (1%) 50 mL Pipetas de 1,0 mL - 04 un Solução de hidróxido de sódio (0,01 M) 10 mL Pipeta de 5 mL - 01 un Solução de hidróxido de potássio (0,01 M) 10 mL Pipeta de 10 mL - 01 un Solução de hidróxido de amônia (5%) 10 mL Becker de 50 mL - 01 un Fermento granulado (Lêvedo) 20 g Bastão de vidro 01 un Lamparina a álcool – 01 un Conta – gotas - 03 un Papel de filtro Espátula - 01 un Funis de vidro – 02 un Etiquetas Estante para tubo de ensaio Fósforos Tubos de ensaio ( 10 cm x 1.5 cm) - 08 um

INFORMAÇÕES BÁSICAS

• Os lêvedos são células cujo pH do citoplasma é levemente ácido ( 5.5 – 6.0 ), mesmo quando imersas em solução básica.

• O vermelho neutro é um indicador de pH. • O pH da solução de bicarbonato de sódio a 1% é aproximadamente 8.5.

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PROCEDIMENTO

• Coloque 1,0 mL de vermelho neutro em um tubo de ensaio e adicione solução de bicarbonato de sódio, gota a gota, até que haja mudança de coloração. Anote o observado. Em seguida, utilizando um outro conta-gotas, adicione, gota a gota, a solução de ácido clorídrico até que a coloração se modifique novamente. Anote o resultado.

• No tubo de ensaio maior, coloque 15,0 mL da solução de bicarbonato de sódio. Acrescente, com o auxílio da espátula, fermento granulado (lêvedos). Adicione, gota a gota, 2 mL de vermelho neutro, observando atentamente a coloração. Anote suas observações. Em seguida, utilizando o bastão de vidro, homogeneize a mistura e anote o que observar.

• Numere os tubos de ensaio, de 1 a 6. • Utilizando a pipeta de 5 ml, distribua o conteúdo do tubo de ensaio maior entre os

tubos de ensaio numerados de 1, 3, 4, 5 e 6, colocando 2.0 mL em cada um deles. • Filtre o conteúdo do tubo 1 para o tubo 2. Anote a cor do filtrado, bem como a do

material retido no papel de filtro. Formule hipóteses para explicar os resultados observados.

• Utilizando a lamparina, ferva o conteúdo do tubo 3. Observe o ocorrido e registre. • Ponha nos tubos 4, 5 e 6, respectivamente, 1,0 mL das soluções de hidróxido de

sódio, hidróxido de potássio e hidróxido de amônia. Observe e anote a cor em cada um dos tubos. Explique os resultados.

DISCUSSÃO

• Indique a cor do vermelho neutro em meio alcalino e em meio ácido. • Explique os resultados obtidos a partir dos procedimentos 2, 5, 6 e 7. • Relacione os dados obtidos no experimento aos conhecimentos sobre estrutura e

propriedades da membrana plasmática. • Discuta os resultados experimentais que poderiam ser obtidos caso fosse

acrescentado um inibidor de síntese de ATP ao conteúdo do tubo 2. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

• Discuta sobre a permeabilidade seletiva da membrana plasmática. • Defina os tipos de transporte passivo. • Por que o transporte através de proteínas-canal ocorre numa velocidade maior do

que através de proteínas carreadoras? • Classifique as proteínas carreadoras quanto ao tipo de transporte. • Descreva o funcionamento da Bomba Na+/K+. • Descreva ação dos digitálicos e comente o tipo de transporte envolvendo o antiporte

Na+/Ca++. • Classifique os tipos de canais iônicos.

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8. TEMA - COMPARTIMENTOS INTRACELULARES INTRODUÇÃO

Além da presença do núcleo, as células eucarióticas distinguem-se das células procarióticas pela presença de organelas envolvidas por membrana dentro do citoplasma. Essas organelas criam discretos compartimentos nos quais ocorrem atividades celulares específicas (...) Por causa da organização interna complexa das células eucarióticas, a seleção e a distribuição para o seu destino apropriado são tarefas importantes. (Cooper, 2001). OBJETIVOS

• Caracterizar as organelas citoplasmáticas, quanto à estrutura e função. • Reconhecer que a função de cada organela está associada ao tipo de proteína que

ela expressa. • Distinguir os diferentes tipos de transporte de proteínas para cada organela • Reconhecer que o direcionamento das proteínas, depende de uma seqüência de

sinal específica para cada compartimento. • Diferenciar via secretora constitutiva e via secretora regulada. • Estudar o mecanismo de internalização de substâncias do meio externo para o

interior da célula através da endocitose. CONTEÚDO

• As organelas citoplasmáticas • Tipos de transporte de proteínas • A hipótese de sinal • Via secretora e via constitutiva • Endocitose do LDL

ESTUDO DIRIGIDO

• Caracterize as organelas, quanto à estrutura, função e tipo de transporte de proteínas.

• Comente sobre as conseqüências para uma célula, na qual haja uma deficiência na enzima necessária para a formação de resíduos manose-6-fosfato.

• Comente, comparativamente sobre o metabolismo do LDL de uma pessoa normal e uma pessoa que apresenta a doença hipercolesterolemia familiar.

• Caracterize a via de exocitose constitutiva e regulada. • Explique o processo de internalização de microorganismos.