Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

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ROTEIRO NACIONAL DE BAIXO CARBONO Opções de transição para uma economia competitiva e de baixo carbono em 2050 Sustainability Talks Energia e responsabilidade social Aveiro Business Center 18 setembro 2013

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Page 1: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

ROTEIRO NACIONAL DE BAIXO CARBONO Opções de transição para uma economia competitiva e de baixo carbono em 2050 Sustainability Talks – Energia e responsabilidade social

Aveiro Business Center

18 setembro 2013

Page 2: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Políticas de Clima pré-2012

Instrumentos de Políticas Públicas

sobre Alterações Climáticas

PNAC

Programa Nacional

Alterações Climáticas

(2001; 2004; 2006; 2008)

PNALE

Plano Nac. Atribuição

Licenças Emissão

(2008-12)

FPC

Fundo Português de Carbono

(2006-...)

ENAAC

Estratégia Nacional

Adaptação Alterações Climáticas

(2010-…)

Mitigação Adaptação

2

Page 3: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Repartição das emissões CO2 em 2011

Processos Industriais; 8%

Uso de Solventes; 0,4%

Agricultura; 11%

Resíduos; 12% Produção e

Transformação de Energia; 24%

Combustão na Indústria; 12%

Transportes; 25%

Combustão Residêncial/Serviços; 7%

Outros; 2%

Energia; 70%

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5 000

10 000

15 000

20 000 k ton CO2 eq.

(Energia) k ton CO2 eq.

Processos Industriais Uso de Solventes Agricultura

Resíduos LULUCF Energia

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Evolução das emissões em Portugal

80

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12

Ind

ex (

19

90

=10

0)

Meta Quioto (2008-2012) Total Nacional sem LULUCF

14.8

50

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Emissões (sem LULUCF) PIB Emissões GEE/PIB

Page 5: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Políticas Alterações Climáticas pós-2012

Roteiro Nacional de Baixo Carbono (RNBC)

PNAC 2013 – 2020

Planos Setoriais de Baixo Carbono (PSBC)

National Implementation Measures

Fundo Português de Carbono

ENAAC

Page 6: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Contexto Europeu: Ponto de partida...

• Limitar o aumento da temperatura a um máximo 2oC

• Reduzir emissões UE15 em 8% 2008-12

• Reduzir emissões UE em 20% (possib. 30%) em 2020

6

• Reduzir emissões UE em 80-95% em 2050 • Roteiro 2050 da Comissão identifica como

possíveis reduções de 25% em 2020; 40% em 2030; 60% em 2040

Page 7: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

O Que é o RNBC?

Análise prospetiva de trajetórias baixo carbono para 2050 e implicações

Avaliação de custos e benefícios

Reflexões para Estratégias de atuação

Enquadramento para políticas e medidas

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É possível definir trajetórias baixo Carbono custo eficientes para Portugal

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1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

kt

CO

2eq

Trajetórias de baixo carbono 1990-2050 nos cenários com e sem restrições de emissões no sistema energético

• É possível definir trajetórias de baixo carbono para Portugal até 2050

• 50% a 60% redução total de emissões de GEE em 2050 face a 1990

• No setor energético são exequíveis reduções de GEE de 60%-70% face a 1990

Cenário alto Cenário baixo

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1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

kt

CO

2eq

Sem metas

Sem metas

50% 60%

50% 60%

Page 9: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Todos os setores podem contribuir

• Todos os setores atividade

têm potencial de redução de

emissões

• Produção eletricidade,

edifícios e transportes com

maior potencial

Cenário alto

Cenário baixo

Energia e

processos

industriais:

-55% a -65%

Agricultura: -20% a -37%

Resíduos: -39% a -53%

Page 10: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Principais vetores da descarbonização

ELETRICIDADE – O principal vetor descarbonização:

•Consumo eletricidade duplica 2010 a 2050

•Produção renovável atinge 90% em 2050

•Eletricidade nos transportes ganha relevância

TECNOLOGIA: aliada a maior EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

•Em particular nos transportes e edifícios

AGRICULTURA e FLORESTA:

•Ajustamento estrutural das explorações agrícolas,

•melhorias de eficiência no uso de recursos e energia, e

• potencial de “sequestro” e carbono no solo e na floresta

RESÍDUOS:

•Alteração de paradigma para modelos de gestão orientados para prevenção e valorização

Page 11: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Impactos económicos

– Importa analisar especificidades setoriais

– Diferencial de crescimento do PIB (acumulado) nas

trajetórias baixo carbono: • -2,4%|-1% do PIB de 2050 (correspondente a 60% redução de emissões do setor

energético)

• -5,1%|-2,2% do PIB de 2050 (70% redução de emissões do setor energético)

Cenário de evolução do PIB

nacional 1990-2050 nos cenário

Alto e Baixo,

nas trajetórias consideradas

Page 12: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Outros benefícios para a economia (indiciam balanço macro-económico positivo no período)

500-1200 M€/ano

poupança na balança

comercial produtos

energéticos em 2050

Geração de emprego “verde” em particular nas

renováveis

Redução de emissões

acidificantes

Redução custos de dano de 240

M€/ano em 2050

Ganhos em termos de saúde

pública

Page 13: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Compromissos 2020

Cenário

Alto

Cenário

Baixo

Meta Legal

para 2020

Emissões fora do comércio europeu

de emissões (CELE)

-15% -20% +1%

Emissões do CELE -19% -27% na na

Energia renovável 29% 31% 31%

Eletricidade renovável 51% 54%

Energia renovável nos transportes 6% 6% 10%

Eficiência energética -21% -22% 25%

• Meta emissões é atingida em qualquer cenário. Há “espaço” para acomodar um maior ambição

• Meta renováveis é alcançada apenas no cenário Baixo

• Meta de renováveis nos transportes não é alcançada

• Meta eficiência energética não é alcançada sem medidas (v. PNAEE para atingir meta)

Energias renováveis e eficiência energética requerem medidas

concretas em linha com PNAER e PNAEE

Page 14: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Sistema energético

Redução significativa da

dependência energética do país –

cerca de 50% em cenários baixo

carbono

Aumento utilização recursos

endógenos para 50-60%

Nova dependência energética de

bioenergia para uso na indústria e

nos transportes

(- dependência energética, + uso recursos endógenos

e risco de “nova” dependência externa de bioenergia)

Consumo energia primária, recursos

endógenos e balanço líquido recursos

importados

Page 15: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Setor eletroprodutor

• 71%-82%redução emissões no setor eletroprodutor em 2050 face a 1990

• Potencial da energia renovável emerge mesmo sem metas de redução de carbono:

• 86%|74% capacidade instalada 2050

• 85%|60% produção renovável eletricidade

• Nos cenários baixo carbono o potencial renovável é alavancado, podendo atingir:

• 90% capacidade instalada renovável 2050 (70%)

• 90% produção total (70%)

0

5

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CA CASM CA70 CASM CA70 CASM CA70 CB CBSM CB70 CBSM CB70 CBSM CB70

2010 - 2020 2030 2040 2050 - 2020 2030 2040 2050

GW

68 72 7451 74 74 81 89 69 80 8675 84 86 91Capacidade instalada de produção de

eletricidade (dedicada + cogeração),

para o cenário com meta de redução

70%

n Contribuição percentual da componente renovável(%)

05

101520253035404550

CA CASM CA70 CASM CA70 CASM CA70 CB CBSM CB70 CBSM CB70 CASM CB70

2010 - 2020 2030 2040 2050 - 2020 2030 2040 2050

GW

Carvão Fuel Gás Natural Gás com CCS

Hidrica Eólica Onshore Eólica Offshore Ondas

Solar Fotovoltaico Geotérmica Biomassa/Biogás e Resíduos

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Transportes

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CA CASM CA60 CASM CA60 CASM CA60 CB CBSM CB60 CBSM CB60 CBSM CB60

2010 - 2020 2030 2040 2050 - 2020 2030 2040 2050

PJ

Outros Prod. Petroliferos GPL Gasóleo Gasolina Biocombustíveis Electricidade Hidrogénio Gás Natural

n Evolução percentual do consumo de energia final face a 2010

n Percentagem (%) do consumo de energia renovável no total do consumo de energia final (electricidade e calor renovável considerados)

0

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CA CASM CA70 CASM CA70 CASM CA70 CB CBSM CB70 CBSM CB70 CBSM CB70

2010 - 2020 2030 2040 2050 - 2020 2030 2040 2050

PJ

-9 -6 -33-8 -30 -32 -40 -16 -23 -48-23 -44 -45 -49

6 7 145 17 12 43 65 6 8 207 16 19 80

Evolução e estrutura do consumo de

energia final nos transportes

(rodoviário, ferroviário, aviação e

navegação nacional)

(% relativa ao consumo de energia

renovável -eletricidade e calor- no

total de energia final consumida no

setor)

• 64%-85% redução emissões nos transportes em 2050 face a 1990 • Eletricidade nos transportes competitiva em 2020 para comerciais ligeiros

• Mobilidade elétrica passageiros competitiva a partir 2030 com veículos plug-in

• Biocombustíveis assumem importância significativa na redução de emissões setor transportes

• Biocombustíveis são na sua maioria importados

• Hidrogénio nos transportes surge em 2050 e só no cenário alto (pesados de passageiros – 15%)

Page 17: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Indústria

• 33%-53% redução emissões na indústria em 2050 face a 1990

– Cimentos: Não estão disponíveis tecnologias para redução de emissões de

processo, pelo que apenas o CCS (2050) permite reduções embora seja

necessária análise detalhada de custo benefício;

– Outros setores: reduções através de eficiência energética e eletrificação,

cogeração, em particular com biomassa e alteração de combustíveis

– Refinaria: A procura de combustíveis fósseis reduz-se significativamente,

colocando desafios à atividade a partir de 2030

Emissões

Page 18: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Resíduos

• 39%-53% redução emissões nos resíduos em 2050 face a 1990

– Fim da deposição direta em aterro (2030)

– Alteração de paradigma para modelos de gestão orientados para

prevenção e valorização

– Emissões de aterro anteriores a 2005 persistem até 2050

Page 19: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Agricultura

Emissões da agricultura por sector

• 20%-37% redução emissões em 2050 face a 1990 (CB)

– Reajustamento estrutural das explorações

– Melhorias de eficiência e no uso dos recursos

– Reduções significativas decorrentes da

redução de efetivos pecuários

Page 20: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Uso do solo, alteração uso do solo e florestas (Potencial de sequestro de carbono mantém-se)

• Setor é sequestrador líquido em qualquer dos cenários analisados

• Fatores como incêndios e grau de investimento em nova floresta

determinantes

• Metodologias de contabilização emissões/sequestro ainda em discussão

Page 21: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Convergência cenários baixo carbono com cenários Europeus

Evolução das emissões de GEE per capita

no período 1990 a 2050

Evolução da intensidade carbónica do PIB

no período 1990 a 2050 20

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120

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160

1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

índ

ice (

1990=

100)

Histórico CASM

CBSM

CA60

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1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050

índ

ice (

1990=

100)

Histórico CASM CBSM CA60 CB60 CA70

Intensidade carbónica do PIB com

continuada tendência de

descarbonização mesmo em cenários

sem restrições.

Tendência acentua-se nas trajetórias de

baixo carbono

Em 2050 cerca de 2-3 t CO2 per capita, em linha

com objetivos Europeus e com a convergência a

longo prazo das emissões globais em torno das 2

tCO2e/hab.

Page 22: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Processo de elaboração e discussão

• Elaboração de cenários socioeconómicos com o envolvimento do DPP, Banco de Portugal, Gab. Planeamento MEI, Gab. Planeamento MF;

• Envolvimento de entidades públicas (APA, DGEG, GPP, AFN, DPP, GPME) e stakeholders em diversas reuniões bilaterais e sessões de debate com partilha de informação e recolha de contributos:

– Industria e energia

– Agricultura e florestas

– Resíduos e águas residuais

• Sessão de lançamento da Consulta Pública a 2/7

• Consulta Pública 2/7 a 15/10 (pareceres recebidos em análise)

• Questionário online de 15/10 a 31/10

• Mesa redonda industria e energia com a AIP a 31/10

RNBC é um documento vivo e em constante

atualização, beneficiando dos vários contributos

Page 23: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2020

Políticas e medidas redução emissões

• Identificação

• Avaliação

• Monitorização

• Responsabilidades setoriais

Page 24: Roteiro Nacional de Baixo Carbono_APA

ROTEIRO NACIONAL DE BAIXO CARBONO Opções de transição para uma economia competitiva e de baixo carbono em 2050

15-10-2013