ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE -...

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Projeto Político-Pedagógico PEDAGOGIA SUDOESTE PULISTA 08/01/2013

Transcript of ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE -...

Projeto Poltico-Pedaggico

PEDAGOGIA

SUDOESTE PULISTA

08/01/2013

SUMRIO

1. DISPOSITIVOS LEGAIS ................................................................................... 7

2. DADOS GERAIS DO CURSO ........................................................................ 9

3. INFORMAES INSTITUCIONAIS ............................................................ 10

3.1. DA MANTENEDORA ............................................................................................... 10

3.1.1. Identificao .................................................................................................. 10

3.1.2. Dirigente Principal .......................................................................................... 10

3.2. DA MANTIDA ........................................................................................................ 11

3.2.1. Identificao .................................................................................................. 11

3.2.2. Dirigente Principais ......................................................................................... 11

3.2.3. Proposta da Instituio ................................................................................... 11

3.2.4. Itanham - Histria ........................................................................................ 13

3.2.5. Baixada Santista ............................................................................................ 14

3.2.6. Populao ..................................................................................................... 16

3.2.7. Economia ...................................................................................................... 18

3.2.8. As metas do Plano Nacional de Educao (PNE) ................................................. 20

3.2.9. Diretrizes do PNE ........................................................................................... 21

3.2.10. Objetivos e Metas do PNE ................................................................................ 22

4. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA................................................. 24

4.1. FINALIDADES ....................................................................................................... 24

4.2. MISSO ................................................................................................................ 25

4.2.1. Da Instituio ................................................................................................ 25

4.2.2. Do Curso ....................................................................................................... 25

4.3. CONCEPO ......................................................................................................... 26

4.4. VISO .................................................................................................................. 26

4.5. PRINCPIOS E VALORES ....................................................................................... 27

4.6. VOCAO ............................................................................................................. 27

4.7. OBJETIVOS DO CURSO ......................................................................................... 29

4.7.1. Geral 29

4.7.2. Especficos .................................................................................................... 30

4.8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ................................................................... 31

4.8.1. Perfil do profissional ....................................................................................... 31

4.8.2. Competncias e habilidades esperadas do egresso ............................................. 31

4.8.3. Campo de Atuao ......................................................................................... 33

4.9. ORGANIZAO CURRICULAR ............................................................................... 33

4.9.1. Coerncia dos Contedos Curriculares com os Objetivos do Curso ........................ 36

4.9.2. Coerncia dos Contedos Curriculares com o Perfil Desejado do Egresso ............... 37

4.9.3. Adequao da Metodologia de Ensino Concepo do Curso ................................ 37

4.9.4. Inter-relao das Disciplinas na Concepo e Execuo do Currculo ..................... 40

4.9.5. Coerncia do currculo face s Diretrizes Curriculares Nacionais ........................... 41

4.9.6. Estrutura Curricular e dimensionamento da carga horria .................................... 42

4.9.7. Resumo da Matriz Curricular e dimensionamento da carga horria........................ 43

4.9.8. Organizao Curricular e a Legislao ............................................................... 43

4.9.9. Ementrio e Bibliografia .................................................................................. 43

4.9.10. Adequao e atualizao das ementas e programas das disciplinas ....................... 43

4.9.11. Adequao, atualizao e relevncia da bibliografia ............................................ 43

4.9.12. Descrio do ementrio e bibliografia do curso ................................................... 44

4.10. HORA-AULA ..................................................................................................... 88

4.10.1. Aspecto Legal ................................................................................................ 88

4.10.2. Ao Institucional ........................................................................................... 89

4.11. INFORMAES ACADMICAS ........................................................................... 91

4.12. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAO DAS RELAES

TNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

E AFRICANA (RESOLUO CNE/CP N 01 DE 17 DE JUNHO DE 2004) .................. 92

4.13. POLTICA DE EDUCAO AMBIENTAL .............................................................. 93

4.13.1. Princpios da Educao Ambiental ..................................................................... 94

4.13.2. Objetivos da educao ambiental ..................................................................... 94

4.13.3. Aes previstas para implantao na IES da educao ambiental ......................... 95

4.14. ATIVIDADES COMPLEMENTARES (TERICO-PRTICAS) .................................. 96

4.14.1. Mecanismos Efetivos de Acompanhamento e Cumprimento das Atividades ............ 97

4.14.2. Oferta Regular de Atividades pela IES ............................................................... 97

4.14.3. Incentivo Realizao de Atividades Fora da IES ............................................... 97

4.15. ESTGIO SUPERVISIONADO ............................................................................ 98

4.15.1. Carga Horria ................................................................................................ 98

4.15.2. Sistema de acompanhamento e avaliao de Estgio .......................................... 99

4.15.3. Sistema de Avaliao ...................................................................................... 99

4.15.4. Relatrios de atividades ................................................................................ 100

4.15.5. Participao em atividades reais conveniadas .................................................. 100

4.16. TRABALHO DE CURSO .................................................................................... 101

4.17. SISTEMA DE AVALIAO DO ENSINO APRENDIZAGEM .................................. 101

4.17.1. Formas de Avaliao do Ensino Aprendizagem ................................................. 101

4.17.2. Coerncia do Sistema de Avaliao ................................................................. 103

4.17.3. Avaliao do Processo Ensino-Aprendizagem ................................................... 104

4.17.4. Sistema de Autoavaliao do Curso ................................................................ 107

4.18. AES ACADMICO-ADMINISTRATIVAS DECORRENTES DAS AUTOAVALIAES

E DAS AVALIAES EXTERNAS ........................................................................... 108

4.19. ADMINISTRAO ACADMICA ....................................................................... 109

4.19.1. Atuao do Coordenador ............................................................................... 109

4.20. APOIO TCNICO-ADMINISTRATIVO E DIDTICO-PEDAGGICO AOS

DOCENTES..........................................................................................................109

4.21. ORGANIZAO ACADMICO-ADMINISTRATIVA (CONTROLE ACADMICO) .... 110

4.22. ATENO AOS DISCENTES ............................................................................. 111

4.22.1. Apoio Pedaggico ......................................................................................... 112

4.22.2. Acompanhamento Psicopedaggico................................................................. 112

4.22.3. Mecanismos de Nivelamento .......................................................................... 112

4.22.4. Programas de Apoio Financeiro ...................................................................... 113

4.22.4.1. Programa Motivacional .......................................................................... 113

4.22.4.2. Bolsas de Trabalho ou de Administrao .................................................1144

4.22.4.3. Convnios ...........................................................................................1154

4.22.4.4. Bolsas Acadmicas Fornecidas pela Mantenedora .....................................1154

4.22.4.5. Financiamento ao Estudo do Ensino Superior FIES ................................1154

4.22.4.6. Bolsa do Programa Escola da Famlia ......................................................1164

4.22.4.7. Programa Universidade para Todos - Prouni ............................................1165

5. CORPO DOCENTE ................................................................................. 1176

5.1. PERFIL DO CORPO DOCENTE .............................................................................. 117

5.2. CONTRATAO DOCENTE ................................................................................... 118

5.3. POLTICA E PLANO DE CARREIRA ...................................................................... 118

5.3.1. Critrios de admisso e de progresso na carreira ............................................ 119

5.3.2. Plano de Cargos e Salrios ............................................................................ 119

5.4. ESTMULOS PROFISSIONAIS ............................................................................. 120

5.4.1. Apoio produo cientfica, tcnica, pedaggica e cultural ................................ 120

5.4.2. Apoio participao em eventos. ................................................................... 121

5.4.3. Incentivo formao/atualizao pedaggica dos docentes ............................... 121

6. INSTALAES PARA O CURSO ............................................................... 122

6.1. ESPAO FSICO DO CURSO ................................................................................ 122

6.1.1. Salas de Aula ............................................................................................... 122

6.1.2. Instalaes administrativas ........................................................................... 123

6.1.3. Instalaes para docentes ............................................................................. 123

6.1.4. Instalaes para a Coordenao do curso ........................................................ 123

6.1.5. Auditrios e Salas de Conferncia ................................................................... 123

6.1.6. Condies de acesso para portadores de necessidades especiais ........................ 124

6.1.7. Infraestrutura de segurana .......................................................................... 125

6.2. EQUIPAMENTOS ................................................................................................. 125

6.2.1. Acesso a equipamentos de informtica pelos docentes ...................................... 125

6.2.2. Acesso a equipamentos de informtica pelos alunos ......................................... 126

6.2.3. Recursos audiovisuais e multimdia ................................................................. 126

6.2.4. Existncia da rede de comunicao cientfica ................................................... 127

6.3. SERVIOS .......................................................................................................... 127

6.3.1. Manuteno das instalaes fsicas ................................................................. 127

6.3.2. Manuteno dos equipamentos ...................................................................... 128

6.4. BIBLIOTECA ....................................................................................................... 128

6.4.1. Espao Fsico ............................................................................................... 128

6.4.2. Instalaes para o acervo .............................................................................. 129

6.4.3. Instalaes para estudos individuais ............................................................... 130

6.4.4. Instalaes para estudos em grupos ............................................................... 130

6.4.5. Acervo Geral ................................................................................................ 130

6.4.6. Base de Dados ............................................................................................. 131

6.4.7. Informatizao ............................................................................................. 131

6.1. PERIDICOS ESPECIALIZADOS NA REA ........................................................... 132

6.1.1. Poltica de aquisio, expanso e atualizao ................................................... 142

6.1.2. Servios ...................................................................................................... 143

6.1.3. Horrio de funcionamento ............................................................................. 143

6.1.4. Servio de acesso ao acervo .......................................................................... 143

6.1.5. Filiao institucional a entidade de natureza cientfica ....................................... 145

6.1.6. Apoio na elaborao de trabalhos acadmicos .................................................. 145

6.1.7. Pessoal tcnico-administrativo ....................................................................... 145

6.2. LABORATRIOS ESPECFICOS PARA O CURSO ................................................... 146

6.2.1. Laboratrio de Informtica ............................................................................ 146

6.2.2. Brinquedoteca.............................................................................................. 146

6.2.3. Poltica de aquisio, atualizao e manuteno dos equipamentos..................... 150

6.2.4. reas Acadmicas atendidas .......................................................................... 150

6.2.5. Normas de Segurana ................................................................................... 151

6.2.6. Pessoal Tcnico ............................................................................................ 151

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................ 152

1. DISPOSITIVOS LEGAIS

Instrumento de Avaliao de Cursos de Graduao - presencial e a distncia

(INEP)

Dispositivo Legal Explicitao do Dispositivo Pela IES

1 Diretrizes Curriculares Nacionais do

Curso

O PPC est coerente com as

Diretrizes Curriculares Nacionais.

2

Diretrizes Curriculares Nacionais

para Educao das Relaes

Etnicorraciais e para o Ensino de

Histria e Cultura Afro-brasileira e

Africana (Resoluo CNE/CP N 01 de

17 de junho de 2004)

A Educao das Relaes tnico-

Raciais, bem como o tratamento

de questes e temticas que

dizem respeito aos

afrodescendentes esto inclusas

na disciplina Antropologia

Cultural e atividades curriculares

do curso previstas no Plano de

Implantao da Educao das

Relaes Etnicorraciais e para

o Ensino de Histria e Cultura

Afro-brasileira e Africana.

3 Titulao do corpo docente

(Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de

dezembro de 1996)

Todo corpo docente tem formao

em ps-graduao.

4 Ncleo Docente Estruturante (NDE)

(Resoluo CONAES N 1, de

17/06/2010)

O NDE atende normativa

pertinente.

5 Carga horria mnima, em horas

para Bacharelados e Licenciaturas

Resoluo CNE/CES N 02/2007

(Graduao, Bacharelado, Presencial).

Resoluo CNE/CES N 04/2009 (rea

de Sade, Bacharelado, Presencial).

Resoluo CNE/CP 2 /2002

(Licenciaturas)

Resoluo CNE/CP N 1 /2006

(Pedagogia)

O curso possui carga-horria de

3.460 horas.

6 Tempo de integralizao

Resoluo CNE/CES N 02/2007

(Graduao, Bacharelado, Presencial).

Resoluo CNE/CES N 04/2009 (rea

de Sade, Bacharelado, Presencial).

O tempo mnimo de integralizao

do curso de 8 semestres

(4 anos).

O tempo mximo de

Resoluo CNE/CP 2 /2002

(Licenciaturas)

integralizao do curso de 14

semestres (7 anos).

7 Condies de acesso para pessoas

com deficincia e/ou mobilidade

reduzida

(Dec. N 5.296/2004, com prazo de

implantao das condies at dezembro

de 2008)

A IES apresenta condies de

acesso para pessoas com

deficincia e/ou mobilidade

reduzida.

8 Disciplina obrigatria/optativa de

Libras

(Dec. N 5.626/2005)

O PPC prev a insero de Libras

na estrutura curricular do curso

como obrigatria.

9 Informaes acadmicas

(Portaria Normativa N 40 de

12/12/2007, alterada pela Portaria

Normativa MEC N 23 de 01/12/2010,

publicada em 29/12/2010)

As informaes acadmicas

exigidas esto disponibilizadas na

forma impressa e virtual.

10

Polticas de educao ambiental

(Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999 e

Decreto N 4.281 de 25 de junho de

2002)

H integrao da educao

ambiental s disciplinas do curso

de modo transversal, contnuo e

permanente garantido pela

Poltica de Educao

Ambiental da IES. Inclusive com

contedo abordado na disciplina

Educao Ambiental

Quadro 1. Dispositivos legais atendidos pela IES.

- 9 -

2. DADOS GERAIS DO CURSO

DENOMINAO DO CURSO: Pedagogia

MODALIDADE: Licenciatura

ENDEREO DE OFERTA DO

CURSO: Av. Embaixador Pedro de Toledo, 196 Centro

Itanham/SP - CEP: 11740-000

TURNO DE FUNCIONAMENTO: Integral Matutino Vespertino Noturno Totais

N. DE VAGAS ANUAIS

SOLICITADAS: 0 50 0 100 150

REGIME DE MATRCULA: Seriado semestral

DURAO DO CURSO: Carga Horria TEMPO MNIMO TEMPO

MXIMO

3.460 8 semestres 14 semestres

- 10 -

3. INFORMAES INSTITUCIONAIS

3.1. DA MANTENEDORA

3.1.1. Identificao

Mantenedora Unidade de Ensino Superior de Itanham

CNPJ: 02.595.335/0001-25

End.: Avenida Embaixador Pedro de Toledo N 196

Bairro: Centro Cidade: Itanham CEP: 11740-000 UF: SP

Fone: 13 3426 5040 Fax: 13 7808 6219

E-mail: [email protected]

3.1.2. Dirigente Principal

Nome: Edinalva Lima de Almeida Beraldi

Endereo: Avenida Embaixador Pedro de Toledo n: 196

Cidade: Itanham UF: SP

Fone: 13 34265040 Fax: 13 34265040

E-mail: [email protected]

mailto:[email protected]

- 11 -

3.2. DA MANTIDA

3.2.1. Identificao

Mantida: Faculdade Itanham

End.: Avenida Embaixador Pedro de Toledo n: 196

Bairro: Centro Cidade: Itanham CEP: 11703-200 UF: SP

Fone: 13 3426 5040 Fax: 13 7808 6219

E-mail: [email protected]

3.2.2. Dirigente Principais

Cargo Diretor Geral

Nome: Edinalva Lima de Almeida Beraldi

End.: Avenida Embaixador Pedro de Toledo n: 196

Cidade: Itanham UF: SP

Fone: 13 3426504 Fax: 13 34265040

E-mail: [email protected]

3.2.3. Proposta da Instituio

A sociedade contempornea vive momentos de intensas transformaes

decorrentes da necessidade de se compatibilizar, otimizar, adequar ou mesmo

transmutar valores que a ela no se convergem, visto que, no sculo XXI cada vez mais

a valorizao do Capital Intelectual est em voga.

No se pode negar que a Universidade o meio pelo qual se materializa o

produto do saber, que doravante ser chamado de Capital Intelectual. As Instituies de

Ensino Superior, de Extenso e de Pesquisa devero se desenvolver a ponto de, no s

garantirem a sua insero no mundo globalizado, mas para exercer, com primor

inigualvel, aquilo que se pode definir como funo sustentadora dos aspectos bsicos

para garantir o direito a uma vida digna a todo e qualquer Homem.

A demanda cada vez maior por novas vagas nas universidades e a falta de

recursos governamentais para criao e ampliao de vagas no setor pblico vm sendo

um grande desafio e tm encontrado na instalao de universidades privadas a garantia

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do comprimento do direito ao acesso ao ensino superior a todo cidado, em especial, o

brasileiro que assim desejar.

Discutir as causas do crescimento de demanda pelos cursos de graduao e

as maneiras para suprir tal demanda sem a massificao do ensino" indispensvel.

Superar a concepo de ensinar por ensinar tambm necessrio. Atender a demanda

por vagas nas universidades, de forma consciente, facilitar a formao de uma

sociedade crtico-reflexiva e, jamais, simplesmente, portadora de diplomas e certificados

que no garantem ao indivduo uma postura tica e um comprometimento moral com o

seu prximo.

Dado s transformaes sofridas pela universidade, no que concerne aos seus

objetivos e finalidade, e por estar o conhecimento disseminado em todos os segmentos

sociais, representado nas mais diversas formas e propagado por intermdio dos meios de

comunicao de massa, preciso pensar e repensar, com bastante moderao: a misso

institucional de uma universidade; a maneira de se buscar formas de assegurar um

ensino de qualidade que contemple a diversidade cultural e de conhecimento daqueles a

que ela se destina, simultaneamente, ao atendimento da oferta e procura pelos cursos

superiores.

Preocupadas em formar profissionais com competncias e habilidades para

atuarem nas mais diversas reas e ainda capazes de exercerem sua prpria cidadania, a

Unidade de Ensino Superior de Itanham, por intermdio de sua Faculdade

Itanham (FAITA) propem, no presente projeto, uma ampla discusso acerca da

postura e do perfil que dever sustentar doravante. Todos os seus esforos estaro

voltados para a anlise de fatores que ela considera imprescindveis na realizao do seu

trabalho, ou seja, na formao de cidados crticos que, ao atuarem no mercado de

trabalho local ou em outro, estaro se portando de maneira coerente e consciente.

A Faculdade Itanham (FAITA) como uma instituio preocupada com a

construo de novos conhecimentos e de profissionais ticos e tecnicamente capacitados,

pretende adotar uma prtica pedaggica que parta da realidade econmica, social e

cultural do aluno (senso-comum) incluindo-o no universo catedrtico, para que possa

refletir a sua prtica e por meio da comparao crtico-reflexiva, adquirir o conhecimento

elaborado sistematicamente (o conhecimento cientfico).

Em face do exposto, pretende a Instituio, com este projeto, inserir-se no

conjunto das grandes instituies do Brasil e do Mundo que trabalham em prol do

crescimento do Homem na sua totalidade pessoal, espiritual e profissional.

- 13 -

3.2.4. Itanham - Histria

O nome do municpio uma referncia ao Rio Itanham, que banha o municpio.

"Itanham" um termo de origem tupi que significa "prato de pedra", atravs da juno

dos termos it (pedra) e nha'em (prato). Itanham um dos 15 municpios paulistas

considerados estncias balnerias pelo Estado de So Paulo, por cumprirem

determinados pr-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses

municpios uma verba maior por parte do estado para a promoo do turismo regional.

Tambm, o municpio adquire o direito de agregar junto ao seu nome o ttulo de

"estncia balneria", termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente

municipal oficial quanto pelas referncias estaduais.

O ncleo original da cidade, s margens do rio Itanham, teria sido fundada pelos

portugueses Joo Rodrigues Castelhano e Cristvo Gonalves, ou por Martim Afonso de

Sousa, durante os dois anos em que este permaneceu em So Vicente. Segundo frei

Gaspar da Madre de Deus, no havia, ainda, em 1555, nenhuma povoao no terreno

onde, depois, foi instalada a vila de Nossa Senhora da Conceio de Itanham. A

povoao foi elevada a categoria de vila em abril de 1561 pelo capito-mor Francisco de

Morais. De 1624 at 1679, teve o provimento de cabea da capitania conferido

Condessa de Vimieiro, tempo em que esta donatria foi afastada da Capitania de So

Vicente por erro de demarcao da Capitania de Santo Amaro. Em 1654, foi a construdo

o Convento dos Franciscanos. um dos mais antigos municpios brasileiros, criado em

1532 com o nome de Nossa Senhora da Conceio de Itanham. Foi, durante certo

perodo, a sede da antiga capitania de So Vicente.

A Cama de Anchieta uma formao rochosa que, segundo reza a lenda, por seu

desenho plano escavado pela ao do mar e pelo vento, no costo da Praia dos Sonhos,

em Itanham, tornou-se o local preferido do beato jesuta Jos de Anchieta, para passar

horas e horas descansando e encontrar inspirao para compor versos e poemas em

suas andanas pela regio. O local atrai milhares de visitantes, chamando a ateno por

sua beleza natural e pela deslumbrante vista em direo ao mar, da costa e dos morros

que circundam o local. Para facilitar o acesso, h uma passarela (apesar do caminho

tambm poder ser feito pelas escorregadias pedras da costeira) construda com verba

doada pelo governo das Ilhas Canrias, comunidade autnoma da Espanha e pela

administrao de San Cristbal de La Laguna, municpio onde nasceu Anchieta. A obra

facilita e permite o acesso at mesmo de pessoas com grandes dificuldades de

locomoo.

- 14 -

3.2.5. Baixada Santista

A Unidade de Ensino Superior de Itanham (FAITA) est instalada na cidade de

Itanham no Estado de So Paulo. Itanham localiza-se na Baixada Santista a uma

distncia de 111 km, por rodovia, da Capital de So Paulo. Essa regio ligada Grande

So Paulo por rodovia atravs do Sistema Anchieta - Imigrantes. Partindo da Rodovia dos

Imigrantes em direo ao Litoral Sul tem-se a rodovia Padre Manoel da Nbrega.

A regio caracteriza-se pela grande diversidade de atividades presentes nos

municpios que a compem. Alm de contar com o parque industrial de Cubato e o

Complexo Porturio de Santos, ela desempenha outras funes de destaque em nvel

estadual, como as atividades industrial e de turismo, e outras de abrangncia regional,

como as relativas aos comrcios atacadista e varejista, ao atendimento sade,

educao, transporte e sistema financeiro. Tm presena marcante ainda na regio as

atividades de suporte ao comrcio de exportao, originadas pela proximidade do

complexo porturio.

Fonte: Fundao SEADE

Mapa 1. Microrregio de Santos Mesorregio Metropolitana de So Paulo

- 15 -

Fonte: Fundao SEADE

Mapa 2. Microrregio de Itanham - Mesorregio do Litoral Sul Paulista

Com aproximadamente 13 km de cais, quase 500 mil m de armazns, o Porto de

Santos, maior e mais importante complexo porturio da Amrica do Sul, movimenta

anualmente 76 milhes de toneladas, entre carga geral, lquidos e slidos a granel e mais

de 40% do movimento nacional de contineres, ou seja, de cada cinco contineres

embarcados ou desembarcados na costa brasileira, dois passam pelo Porto de Santos.

Para o Estado de So Paulo, a presena do Porto representa enorme avano econmico,

permitindo o direcionamento de grande parcela de suas atividades industriais e agrcolas

para o suprimento de mercados internacionais.

Fonte: Fundao SEADE

Mapa 3. Regio Metropolitana da Baixada Santista.

- 16 -

3.2.6. Populao

A Regio Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar

Estadual 815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira regio metropolitana

brasileira sem status de capital estadual. Estende-se sobre municpios pertencentes tanto

Mesorregio de Santos (sobreposta Microrregio de Santos) quanto Mesorregio do

Litoral Sul Paulista (mais precisamente, Microrregio de Itanham). Itanham forma,

junto com os municpios de Bertioga, Cubato, Guaruj, Praia Grande, Mongagu,

Perube, Santos e So Vicente, a Regio Metropolitana da Baixada Santista.

Considerando-se a populao de todas as cidades, a Regio pussui 1.664.136 habitantes,

conforme Censo IBGE 2010.

Populao da Baixada Santista

1. Bertioga 47.645

2. Cubato 118.720

3. Guaruj 290.752

4. Itanham 87.057

5. Mongagu 46.293

6. Perube 59.773

7. Praia Grande 262.051

8. Santos 419.400

9. So Vicente 332.445

TOTAL de Habitantes 1.664.136

Fonte: IBGE/2010

Tabela 1. Populao da Baixada Santista

Fonte: Fundao SEADE

Tabela 2. Populao residente e Taxa geomtrica de crescimento populacional do Estado de So

Paulo (ESP), Regio Metropolitanada Baixada Santista (RMBS) e Municpio de Santos, 1980 2010.

- 17 -

Fonte: IBGE/2010

Tabela 3. Estrutura populacional por grandes grupos de idade Regio Metropolitana da

Baixada Santista (RMBS), Estado de So Paulo e Brasil, 2000 - 2010.

RANKING DAS POPULAES DAS REGIES METROPOLITANAS DO PAS

Regies

Metropolitanas 2010

Estado Populao

2000

Posio

2000*

Populao

2010

Posio em

2010

So Paulo SP 17.878.703 1 19.672.582 1

Rio de Janeiro RJ 10.792.518 2 11.711.233 2

Belo Horizonte MG 4.819.288 3 5.413.627 3

Porto Alegre RS 3.718.778 4 3.960.068 4

Recife PE 3.337.565 5 3.688.428 5

Fortaleza CE 3.056.769 7 3.610.379 6

Salvador BA 3.120.303 6 3.574.804 7

Curitiba PR 2.768.394 8 3.168.980 8

Campinas SP 2.338.148 9 2.798.477 9

Manaus AM 1.725.536 12 2.210.825 10

- 18 -

Goinia GO 1.743.297 11 2.173.006 11

Belm PA 1.795.536 10 2.040.843 12

Grande Vitria ES 1.438.596 14 1.685.384 13

Baixada Santista SP 1.476.820 13 1.663.082 14

Grande So Lus MA 1.091.979 15 1.327.881 15

Natal RN 1.078.233 16 1.295.627 16

Joo Pessoa PB 1.019.646 17 1.198.675 17

Macei AL 989.182 18 1.156.278 18

Fonte: IBGE/2010

Tabela 4. Populao da Baixada Santista

3.2.7. Economia

Segundo dados do IBGE o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas) de

Santos foi o 19 o do Pas em 2007, crescendo 22% em relao ao ano anterior e sendo

responsvel por 0,74% da economia brasileira. Cubato, a segunda cidade mais rica da

Baixada Santista, cresceu 12% e ficou em 64, com participao nacional de 0,23%.

Santos registrou PIB de R$ 19,704 bilhes em 2007, frente aos R$ 16,141 bilhes no ano

anterior. Em Cubato, o PIB de 2007 foi de R$6,25 bilhes, contra R$5,576 bilhes em

2006. Tambm em 2007, Guaruj era a terceira economia regional, com R$2,9 bilhes,

seguida por So Vicente, com R$ 2,181 bilhes e Praia Grande com R$ 2,147 bilhes. Os

valores de 2006 e 2007 foram atualizados a preos correntes. Observando-se as demais

cidades, Santos, que cresceu 22%, e Cubato, 12%, tm a expanso mais vigorosa.

Mongagu elevou seu PIB em 10% e Praia Grande, Perube e So Vicente em 9%.

Bertioga registrou alta de 7,5% e Guaruj e Itanham, 6%.

Segundo o trabalho elaborado pelo banco americano JP Morgan Chase para ajudar

investidores a tomar suas decises quando desejam abrir ou ampliar negcios no Pas -

um dos pontos mais relevantes o que comprova a descentralizao da economia

brasileira nos ltimos anos. "O Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu pelo

menos 33% em todas as 13 regies metropolitanas, mas em quatro (Grande Vitria,

Recife, Curitiba e Baixada Santista) a expanso superou os 50%", afirmou o pesquisador

snior da Brookings, Jill Wilson, lembrando que os dados comparam a situao do Brasil

- 19 -

em 1990 e 2012. Outro ponto interessante, de acordo com o pesquisador, diz respeito

aos movimentos migratrios e imigratrios. Na Baixada Santista, a fatia da Populao

Economicamente Ativa (PEA) que nasceu fora do Estado de So Paulo passou de 14% em

1990 para 25% em 2012. A regio uma das mais promissoras do ponto de vista

econmico em razo das descobertas do pr-sal.

Foto 1. Siderrgica na cidade de Cubato.

As atividades industriais, localizadas predominantemente em Cubato, importante

plo siderrgico em escala regional, assim como as porturias em Santos e as ligadas ao

comrcio, servios e atividades de turismo e veraneio tm reflexos diretos na economia

da regio e respondem pela gerao de um Produto Interno Bruto de R$ 41,2 bilhes

(IBGE/2009), o que representa 3,5% do PIB do estado de So Paulo.

Foto 2. Porto de Santos.

- 20 -

O turismo tambm tem grande participao no PIB da regio, quesito que inclui

todas as cidades da Regio Metropolitana, tendo destaque para vrios atrativos naturais

e culturais.

Foto 3. Cidade de Santos cidade-sede.

O crescimento exacerbado em Santos, Cubato e Guaruj, aliado a outras

atividades geradoras de emprego nos setores de comrcio e servios, provocou um

movimento altamente pendular em direo a outros municpios, com melhores condies

de habitabilidade e espao disponvel. Os municpios de So Vicente e Praia Grande e o

distrito de Vicente de Carvalho, no Guaruj, adquiriram caractersticas de cidades-

dormitrio, apresentando intensa conurbao entre si, s prejudicada pela presena de

restries de ordem fsica, que os impedem, aqui e ali, de apresentar uma mancha

urbana contnua. Apesar da sua funo porturia, importante para um crescente

intercmbio em face do processo de globalizao, e de constituir sede do expressivo plo

siderrgico e da indstria de turismo, a RMBS apresenta problemas comuns aos grandes

aglomerados urbanos, como os relacionados com a questo ambiental, carncia de infra-

estrutura, saneamento ambiental, transporte e habitao.

3.2.8. As metas do Plano Nacional de Educao (PNE)

A instalao da Repblica no Brasil e o surgimento das primeiras ideias de um

plano que tratasse da educao para todo o territrio nacional aconteceram

simultaneamente. medida que o quadro social, poltico e econmico do incio deste

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Panoramica_Santos.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Panoramica_Santos.jpg

- 21 -

sculo se desenhava, a educao comeava a se impor como condio fundamental para

o desenvolvimento do Pas. Havia grande preocupao com a instruo, nos seus

diversos nveis e modalidades. Entretanto, como resultado conjugado de fatores

demogrficos, aumento das exigncias do mercado de trabalho, alm das polticas de

melhoria do ensino mdio, prev-se uma exploso na demanda por educao superior. A

matrcula no ensino mdio dever crescer nas redes estaduais, sendo provvel que o

crescimento seja oriundo de alunos das camadas mais pobres da populao. Isto ,

haver uma demanda crescente de alunos carentes por educao superior.

3.2.9. Diretrizes do PNE

Nenhum pas pode aspirar a ser desenvolvido e independente sem um forte

sistema de educao superior. Num mundo em que o conhecimento sobrepuja os

recursos materiais como fator de desenvolvimento humano, a importncia da educao

superior e de suas instituies cada vez maior. Para que estas possam desempenhar

sua misso educacional, institucional e social, o apoio pblico decisivo. A importncia

que neste plano se deve dar s Instituies de Ensino Superior (IES), mormente

universidade e aos centros de pesquisa, erige-se sobre a constatao de que a produo

de conhecimento, hoje mais do que nunca e assim tende a ser cada vez mais base do

desenvolvimento cientfico e tecnolgico e que este que est criando o dinamismo das

sociedades atuais.

As IES tm muito a fazer, no conjunto dos esforos nacionais, para colocar o Pas

altura das exigncias e desafios do Sculo XXI, encontrando a soluo para os

problemas atuais, em todos os campos da vida e da atividade humana e abrindo um

horizonte para um futuro melhor para a sociedade brasileira, reduzindo as desigualdades.

A oferta de educao bsica de qualidade para todos est grandemente nas mos dessas

instituies, na medida em que a elas compete primordialmente a formao dos

profissionais do magistrio; a formao dos quadros profissionais, cientficos e culturais

de nvel superior, a produo de pesquisa e inovao, a busca de soluo para os

problemas atuais so funes que destacam a universidade no objetivo de projetar a

sociedade brasileira num futuro melhor.

O sistema de educao superior deve contar com um conjunto diversificado de

instituies que atendam a diferentes demandas e funes. Seu ncleo estratgico h de

ser composto pelas universidades, que exercem as funes que lhe foram atribudas pela

Constituio: ensino, pesquisa e extenso. Esse ncleo estratgico tem como misso

- 22 -

contribuir para o desenvolvimento do Pas e a reduo dos desequilbrios regionais, nos

marcos de um projeto nacional. Por esse motivo, estas instituies devem ter estreita

articulao com as instituies de cincia e tecnologia como, alis, est indicado na

LDB (art. 86). No mundo contemporneo, as rpidas transformaes destinam s

universidades o desafio de reunir em suas atividades de ensino, pesquisa e extenso, os

requisitos de relevncia, incluindo a superao das desigualdades sociais e regionais,

qualidade e cooperao internacional. As universidades constituem, a partir da reflexo e

da pesquisa, o principal instrumento de transmisso da experincia cultural e cientfica

acumulada pela humanidade. Nessas instituies apropria-se o patrimnio do saber

humano que deve ser aplicado ao conhecimento e desenvolvimento do Pas e da

sociedade brasileira. A universidade , simultaneamente, depositria e criadora de

conhecimentos.

3.2.10. Objetivos e Metas do PNE

Os objetivos e metas do PNE que se relacionam direta ou indiretamente a

proposta da Instituio:

1. Prover, at o final da dcada, a oferta de educao superior para, pelo menos, 30% da

faixa etria de 18 a 24 anos.

2. Ampliar a oferta de ensino pblico de modo a assegurar uma proporo nunca inferior

a 40% do total das vagas, prevendo inclusive a parceria da Unio com os Estados na

criao de novos estabelecimentos de educao superior.

3. Estabelecer uma poltica de expanso que diminua as desigualdades de oferta

existentes entre as diferentes regies do Pas.

4. Estabelecer um amplo sistema interativo de educao distncia, utilizando-o,

inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais,

regulares ou de educao continuada.

5. Institucionalizar um amplo e diversificado sistema de avaliao interna e externa que

englobe os setores pblico e privado, e promova a melhoria da qualidade do ensino, da

pesquisa, da extenso e da gesto acadmica.

6. Instituir programas de fomento para que as instituies de educao superior

constituam sistemas prprios e sempre que possvel nacionalmente articulados, de

avaliao institucional e de cursos, capazes de possibilitar a elevao dos padres de

qualidade do ensino, de extenso e no caso das universidades, tambm de pesquisa.

- 23 -

7. Estender, com base no sistema de avaliao, diferentes prerrogativas de autonomia s

instituies no-universitrias pblicas e privadas.

8. Estabelecer sistema de recredenciamento peridico das instituies e reconhecimento

peridicos dos cursos superiores, apoiado no sistema nacional de avaliao.

9. Diversificar o sistema superior de ensino, favorecendo e valorizando estabelecimentos

no-universitrios que ofeream ensino de qualidade e que atendam clientelas com

demandas especficas de formao: tecnolgica, profissional liberal, em novas profisses,

para exerccio do magistrio ou de formao geral.

10. Estabelecer, em nvel nacional, diretrizes curriculares que assegurem a necessria

flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas diferentes

instituies de educao superior, de forma a melhor atender s necessidades

diferenciais de suas clientelas e s peculiaridades das regies nas quais se inserem.

11. Incluir nas diretrizes curriculares dos cursos de formao de docentes temas

relacionados s problemticas tratadas nos temas transversais, especialmente no que se

refere abordagem tais como: gnero, educao sexual, tica (justia, dilogo, respeito

mtuo, solidariedade e tolerncia), pluralidade cultural, meio ambiente, sade e temas

locais.

12. Diversificar a oferta de ensino, incentivando a criao de cursos noturnos com

propostas inovadoras, de cursos sequenciais e de cursos modulares, com a certificao,

permitindo maior flexibilidade na formao e ampliao da oferta de ensino.

13. A partir de padres mnimos fixados pelo Poder Pblico, exigir melhoria progressiva

da infraestrutura de laboratrios, equipamentos e bibliotecas, como condio para o

recredenciamento das instituies de educao superior e renovao do reconhecimento

de cursos.

- 24 -

4. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA

4.1. FINALIDADES

Alinhada aos novos tempos, a Faculdade desenvolve esforos objetivando o

processo de permanente atualizao administrativa com uma gesto participativa,

buscando a otimizao de seus processos e a consolidao de sua atuao junto

sociedade.

A qualidade dos servios oferecidos, o pronto atendimento sua clientela e a

permanente busca da melhoria, so princpios que balizam as aes internas e relaes

externas da Faculdade Itanham (FAITA)

Nesse contexto, esta Instituio de Ensino Superior consciente de seu papel

como instituio promotora de mudanas, mediante a formao e qualificao do

homem-cidado que interage ativamente junto sociedade, promovendo o crescimento e

desenvolvimento local, regional e nacional.

Seu Regimento apresenta as seguintes aes:

Atuar como centro de referncia em ensino, pesquisa e extenso, nas reas

especficas escolhidas, um propsito para o qual a Instituio vem se preparando

com disposio, ciente dos desafios que se interpem neste cenrio de

competitividade que caracteriza a nova realidade contextual em que se insere.

Estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cientfico e do

pensamento reflexivo;

Formar recursos humanos nas reas de conhecimento que atuar, aptos para a

insero em setores profissionais e para a participao no desenvolvimento da

sociedade brasileira, promovendo aes para sua formao continuada;

Incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cientfica, visando o desenvolvimento

da cincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura e o entendimento do

homem e do meio em que vive;

Promover a divulgao de conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que

constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do ensino, de

publicaes ou de outras formas de comunicao;

Suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e possibilitar

a correspondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo

- 25 -

adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada

gerao;

Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os

nacionais e regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer

com esta uma relao de reciprocidade;

Promover a extenso, aberta participao da populao, visando difuso das

conquistas e benefcios da criao cultural e da pesquisa cientfica e tecnolgica

geradas na instituio.

4.2. MISSO

4.2.1. Da Instituio

A Faculdade Itanham (FAITA) tem por misso o aperfeioamento significativo

da poltica e da prtica universitria, promovendo, em primeiro plano, a qualidade de

ensino, nas dimenses poltica, social e tcnica.

4.2.2. Do Curso

A Educao enquanto fenmeno social encontra-se intrinsecamente ligada aos

problemas econmicos, polticos e sociais de seu tempo. Portanto, caracteriza-se como

instrumento de transformao da sociedade, uma vez que nela intervem, construindo

valores e conhecimento.

Nessa perspectiva a FAITA foi concebida, pois entende que a transformao do

ordenamento social ocorre quando o acesso ao conhecimento democratizado. Assim,

com o intuito de promover a educao, e mais especificamente de formar profissionais

educadores, apresenta este projeto pedaggico que visa atender as novas exigncias e

demandas sociais.

A instituio tem a misso de consolidar-se como um centro de excelncia na

formao de professores. Disponibilizando profissionais ticos e criativos, que sejam

capazes de intervir na sociedade de maneira crtica e produtiva, disseminando

conhecimento e valores.

- 26 -

4.3. CONCEPO

A organizao curricular do curso de Pedagogia da Faculdade Itanham (FAITA)

privilegia a interdisciplinaridade, representada por um processo coletivo de produo

articulada do saber, que busca compreender e transformar a realidade, entendida esta

como totalidade concreta (homem e mundo em movimento de autocriao).

A postura interdisciplinar no ensino no pode prescindir do conflito entre posies

opostas. A principal regra deste debate o respeito divergncia e o seu objetivo a

superao das dificuldades ou contradies que se verificam tanto na prtica docente

quanto na produo de conhecimentos. A disposio em assumir uma postura

interdisciplinar, que coletiva e histrica, no dia-a-dia da atividade docente implica em

aceitar o debate, a divergncia e o conflito. O nico resultado que, de antemo, se pode

esperar a constatao que o xito, tanto na produo quanto na difuso de

conhecimentos, est na diferena e no na semelhana, na dvida e no na certeza.

Esquema 1. Relao entre PDI, PPI e PPC.

4.4. VISO

Configurar-se como um centro de referncia de Ensino Superior da Educao na

Regio, no Estado de So Paulo, na formao de Pedagogo, desenvolvendo a habilidade e

a competncia para que este oferea solues inovadoras e empreendedoras frente aos

desafios educacionais da sociedade atual, estimulando o comprometimento, o

conhecimento e o exerccio da cidadania.

- 27 -

4.5. PRINCPIOS E VALORES

A Faculdade Itanham (FAITA) vislumbra o aprofundamento da proposta

educativa, a transformao via incluso social e a satisfao plena de seus colaboradores

e parceiros internos e externos. Preconiza ainda a formao do senso crtico entendendo

que preciso saber distinguir entre o que a sociedade apresenta e os valores humanos

assumidos enquanto Instituio de Ensino Superior.

4.6. VOCAO

O curso de Pedagogia da Faculdade Itanham (FAITA) foi pensado a partir

da sua misso, viso, princpios, valores e insero regional que constituem a vocao do

mesmo, de que a mudana provocada pelos avanos tecnolgicos e pelo cenrio

globalizado a grande certeza.

Alinhada aos novos tempos, a Faculdade Itanham (FAITA) desenvolve

esforos objetivando o processo de permanente atualizao administrativa com uma

gesto participativa, buscando a otimizao de seus processos, a consolidao de sua

atuao junto sociedade, oferecendo cursos que supram as necessidades da regio.

A qualidade dos servios oferecem, o pronto atendimento sua clientela, a

permanente busca da melhoria, so princpios que balizam as aes internas e relaes

externas implementadas pela FAITA.

Nesse contexto, esta Instituio de Ensino Superior consciente de seu papel

como Instituio promotora de mudanas, mediante a formao e qualificao do

homem-cidado que interage ativamente junto sociedade, promovendo o crescimento e

o desenvolvimento local, regional e nacional.

Atuar como centro de referncia em ensino, pesquisa e extenso, nas reas

especficas escolhidas, um propsito para o qual a FAITA vem se preparando com

disposio, ciente dos desafios que se interpem neste cenrio de competitividade que

caracteriza a nova realidade contextual em que se insere.

A carncia de professores tanto em Itanham como na regio que nos leva a

unir foras com a comunidade e participar ativamente na formao deste profissional to

importante na rea de Educao e que trar contribuies significativas para toda a

sociedade.

A FAITA busca contribuir ativamente para o desenvolvimento e a melhora da

qualidade de vida das pessoas e da cidade de Itanham, trazendo para a regio um

curso que contribuir significativamente para que a melhoria na qualidade de vida seja

possvel e alcanada. Ao traar uma diretriz estratgica com o intuito de promover a

- 28 -

capacitao da populao, nota-se elevao do perfil educacional e o nvel de qualificao

da populao. A ao conjunta dos setores da Educao, Trabalho, Cincia e Tecnologia

asseguram a insero das pessoas na sociedade do conhecimento.

Quando se prope melhorar a qualidade de vida das pessoas, assume-se o

compromisso de se trabalhar pelo desenvolvimento econmico e desta forma, promove-

se a incluso social, melhorando as condies de vida da populao, favorecendo a

democracia e sem dvida garantindo os direitos humanos e a proteo ao meio

ambiente.

A vocao do curso justifica-se ento pelo fato de que a garantia de melhores

possibilidades de emprego, e em consequncia, a reduo de desigualdades sociais

possvel de ser atingida quando se promove a formao profissional e humana do

cidado.

Observa-se que os programas governamentais tm contribudo para a melhoria da

qualidade de vida e de sade da populao, causando impacto na reduo da

mortalidade infantil, da mortalidade materna e o controle e declnio de muitas doenas

transmissveis, contribuindo para o aumento na estimativa de vida da populao.

Este contexto reafirma a necessidade de capacitar pessoas para atuarem com a

educao, em nvel local, regional e nacional. A rea social ainda impe grandes desafios

ao poder pblico em funo das condies de sade da populao, caracterizadas

basicamente pela ocorrncia de doenas endmicas, imunoprevenveis (decorrentes da

falta de saneamento bsico e as de origem ambiental), bem como as precrias condies

de moradia.

Assim, as polticas econmicas esto a interagir de forma harmoniosa com as

polticas sociais, favorecendo o processo que viabiliza aes conjuntas capazes de

superar as condies de pobreza, integrando a populao ao processo de

desenvolvimento. A construo desse novo paradigma de desenvolvimento passa pela

oferta de servios sociais bsicos de qualidade, com ganhos na evoluo dos indicadores

sociais.

Nota-se que o nvel de desenvolvimento econmico-social e poltico da populao

tambm reflexo de sua sade e educao, medida que haja permanente articulao

entre o biolgico, o psquico e o social dos indivduos. Por este motivo, a rea de

educao vem passando por importantes transformaes, numa perspectiva que envolve

governo e sociedade, a fim de serem superados os problemas que apresenta o atual

quadro de professores do Estado de So Paulo e da regio.

Quando se fala em desenvolvimento, devemos levar em conta o levantamento do

World Education Indicators (WEI), realizado pela UNESCO com dados de 2000, este

- 29 -

revela que 25,1% dos brasileiros possuem o ensino mdio completo, e que apenas 7,5%

dos brasileiros declararam ter feito um curso superior, contra 13,7% na Argentina, 9,5%

no Chile e 9,1% no Uruguai, logo cabe s instituies de ensino privadas o papel de

coparticipao na educao superior, trabalhando lado a lado com o poder pblico na

oferta de oportunidades de escolarizao acadmica para a populao.

4.7. OBJETIVOS DO CURSO

O presente projeto, proposto tem por objetivo delinear os aspectos pedaggicos

que norteiam a estruturao do curso de Pedagogia, a fim de atender educandos que

queiram habilitar-se nesse campo do saber.

O elemento preponderante do projeto o conjunto de competncias que

caracterizam o perfil profissional do educador que se pretende formar, englobando

dimenses de conhecimento, habilidades e atitudes a serem apreendidas, que

correspondam aos novos Parmetros Curriculares Nacionais e que respondam aos

anseios da sociedade.

Para tanto, o projeto foi fundamentado em estratgias metodolgicas que

enfatizam a construo/produo do conhecimento ao invs da transmisso e da

aquisio das informaes. Abrindo espao para diversificaes didticas e pedaggicas

que privilegiam a interdisciplinaridade, a pesquisa e a extenso enquanto instrumento de

aprendizagem, estimulando a atitude cientfica e a construo crtica do conhecimento. O

processo de ensino-aprendizagem centrado no estudante, instigando sua autonomia e

responsabilidade diante do seu prprio processo de aquisio do saber.

4.7.1. Geral

Entende-se como competncia capacidade do profissional em integrar a

complexidade dos atributos de conhecimento, habilidades e atitudes a serem aplicadas

na sua vida profissional. Nesse sentido, o pedagogo dever ter como atributos

profissionais as seguintes competncias e habilidades:

Aplicar tcnicas de comunicao e de relaes humanas que permitam adequada

relao com os educandos, comunidade e equipe multiprofissional;

Assumir posies de liderana e tomar decises;

Realizar o trabalho dentro do mais alto padro de qualidade e princpios da tica;

Ter capacidade crtica, analtica e reflexiva;

Ter responsabilidade social e compromisso com a construo da cidadania;

- 30 -

Ultrapassar as barreiras culturais, sociais e pessoais na interao com os educandos,

comunidade e equipe multiprofissional;

Incorporar a educao contnua como princpio de qualificao profissional;

Capacidade de articulao educacional entre as diferentes reas do conhecimento;

Capacidade de desenvolver metodologias e materiais pedaggicos que utilizem as

tecnologias disponveis;

Atuao em ambientes e espaos educativos, formais e no-formais;

Capacidade de criar um clima de intercmbio e socializao do conhecimento entre

os alunos;

Compreenso ampla e consistente do fenmeno e da prtica educativos que se do

em diferentes mbitos e especialidades;

Compreenso do processo de construo do conhecimento no indivduo inserido em

seu contexto social e cultural;

Capacidade de identificar problemas socioculturais e educacionais propondo respostas

criativas s questes da qualidade do ensino e medidas que visem superar a excluso

social.

Compreenso e valorizao das diferentes linguagens manifestas nas sociedades

contemporneas e de sua funo na produo do conhecimento;

Compreenso e valorizao dos diferentes padres e produes culturais existentes

na sociedade contempornea.

4.7.2. Especficos

O pedagogo dever ter como atributos profissionais as seguintes competncias e

habilidades especficas:

Capacidade de apreender a dinmica cultural e de atuar adequadamente em relao

ao conjunto de significados que a constituem;

Capacidade para atuar com portadores de necessidades especiais, em diferentes

nveis da organizao escolar, de modo a assegurar seus direitos de cidadania;

Capacidade para atuar com jovens e adultos defasados em seu processo de

escolarizao;

Capacidade de estabelecer dilogo entre a rea educacional e as demais reas do

conhecimento;

Capacidade de articular ensino e pesquisa na produo do conhecimento e da prtica

pedaggica;

- 31 -

Capacidade para dominar processos e meios de comunicao em suas relaes com

os problemas educacionais;

Capacidade de desenvolver metodologias e materiais pedaggicos adequados

utilizao das tecnologias da informao e da comunicao nas prticas educativas;

Compromisso com uma tica de atuao profissional e com a organizao

democrtica da vida em sociedade;

Articulao da atividade educacional nas diferentes formas de gesto educacional, na

organizao do trabalho pedaggico escolar, no planejamento, execuo e avaliao

de propostas pedaggicas da escola;

Elaborao do projeto pedaggico, sintetizando as atividades de ensino e

administrao, caracterizadas por categorias comuns como: planejamento,

organizao, coordenao e avaliao e por valores comuns como: solidariedade,

cooperao, responsabilidade e compromisso.

4.8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

4.8.1. Perfil do profissional

O profissional formado pelo Curso de Pedagogia dever atender na qualidade de

educador, s exigncias bsicas do mercado e da sociedade. Baseando-se no conjunto

das competncias necessrias para formao de um profissional flexvel, que acompanhe

de forma sistemtica e crtica os permanentes desafios de uma educao moderna,

incorporando princpios humansticos que valorizem a melhoria da qualidade de ensino e

a formao integral do educando, conduzindo-o ao entendimento dos valores

fundamentais do homem nos quais se assentam cidadania e a vida em sociedade.

4.8.2. Competncias e habilidades esperadas do egresso

O egresso do Curso de Pedagogia da Faita dever estar apto a:

I atuar com tica e compromisso com vistas construo de uma sociedade justa,

equnime, igualitria;

II compreender, cuidar e educar crianas de zero a cinco anos, de forma a contribuir,

para o seu desenvolvimento nas dimenses, entre outras, fsica, psicolgica, intelectual,

social;

- 32 -

III fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianas do Ensino

Fundamental, assim como daqueles que no tiveram oportunidade de escolarizao na

idade prpria;

IV trabalhar, em espaos escolares e no-escolares, na promoo da aprendizagem de

sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos nveis e

modalidades do processo educativo;

V reconhecer e respeitar as manifestaes e necessidades fsicas, cognitivas,

emocionais, afetivas dos educandos nas suas relaes individuais e coletivas;

VI ensinar Lngua Portuguesa, Matemtica, Cincias, Histria, Geografia, Artes,

Educao Fsica, de forma interdisciplinar e adequada s diferentes fases do

desenvolvimento humano;

VII relacionar as linguagens dos meios de comunicao educao, nos processos

didtico-pedaggicos, demonstrando domnio das tecnologias de informao e

comunicao adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens significativas;

VIII promover e facilitar relaes de cooperao entre a instituio educativa, a famlia

e a comunidade;

IX identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa,

integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para

superao de excluses sociais, tnico-raciais, econmicas, culturais, religiosas, polticas

e outras;

X demonstrar conscincia da diversidade, respeitando as diferenas de natureza

ambiental-ecolgica, tnico-racial, de gneros, faixas geracionais, classes sociais,

religies, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras;

XI desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo dilogo entre a rea educacional e

as demais reas do conhecimento;

XII participar da gesto das instituies contribuindo para elaborao, implementao,

coordenao, acompanhamento e avaliao do projeto pedaggico;

XIII participar da gesto das instituies planejando, executando, acompanhando e

avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e no-escolares;

XIV realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros:

sobre alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas

experincias no-escolares;

sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecolgicos;

sobre propostas curriculares; e sobre organizao do trabalho educativo e prticas

pedaggicas;

XV utilizar, com propriedade, instrumentos prprios para construo de conhecimentos

- 33 -

pedaggicos e cientficos;

XVI estudar, aplicar criticamente as diretrizes curriculares e outras determinaes

legais que lhe caiba implantar, executar, avaliar e encaminhar o resultado de sua

avaliao s instncias competentes.

4.8.3. Campo de Atuao

O profissional egresso do curso de Pedagogia com formao tcnica e cientfica

atuar nas sries iniciais da Educao Bsica, Educao Infantil e Educao Especial em

instituies escolares pblicas e privadas. Este profissional possui ainda a possibilidade

de desempenhar atividades de coordenao pedaggica, superviso e administrao

escolar, podendo exapandir seu campo de atuao para empresas, desempenhando

funes na rea de treinamento das mesmas.

Fora do mbito escolar, o profissional ser preparado para atuar em projetos e

instituies educativas, como ONGs, Conselhos Tutelares, hospitais, penitencirias, entre

outros, ou mesmo por meio de aes coletivo-culturais com segmentos como jovens,

adultos, idosos, etc. Alm destes campos mais tradicionais de atuao, o Pedagogo

poder participar da avaliao de sistemas, projetos educacionais, meios de

comunicao, entre outros.

4.9. ORGANIZAO CURRICULAR

A organizao curricular proposta para o curso em questo resultado da reflexo

sobre a misso, concepo, objetivos e perfil desejado do egresso estabelecidos para o

curso. Por outro lado, a multiplicidade de funes desempenhadas pelo licenciado em

Pedagogia justifica a oferta de um leque maior de opes ao estudante, no que se

refere sua formao, para que ele, j na graduao, possa, simultaneamente a uma

formao de carter geral, investir na carreira para a qual se sente mais vocacionado,

demonstrando aptido especfica. Em todas as discusses ocorridas ao longo do processo

de construo curricular do Curso de Pedagogia ficaram evidentes algumas questes,

conforme relatadas a seguir.

Primeiramente, a preocupao em formar profissionais com conhecimentos

amplos o suficiente para atuarem como Pedagogos, nos mais diversos lugares e

situaes. O limite desta amplitude dar-se- pela efetiva possibilidade de existir o

aprofundamento dos conhecimentos oferecidos.

- 34 -

Estes conhecimentos, por sua vez, tero por parmetros uma perspectiva

cientfica, o que garante a apropriao do conhecimento, a sua crtica e caminhos para a

produo de outros novos. Ou seja, o curso dever propiciar condies para o exerccio

de duas grandes habilidades complementares traduzidas como o "pensar cientificamente"

e o "saber fazer pesquisa", a partir das atividades de iniciao cientfica e outros

momentos que sero planejados ao longo da formao.

Esto presentes inquietaes quanto postura tica dos alunos e dos professores

em relao ao prprio conhecimento e prpria formao. As condies requeridas para

que esta formao possa materializar-se esto relacionadas capacitao docente,

fundamentao terica e s condies estruturais do currculo.

A formao generalista abrangendo conhecimentos tericos e metodolgicos,

consistentes e slidos, no deve ser entendida como aprender de tudo um pouco, numa

tentativa de atender direta e exclusivamente ao mercado de trabalho, e tampouco pode

ser entendida como aquela que confere conhecimentos superficiais. Esta diz respeito ao

profissional com conhecimento, abrangendo competncias, para levantar necessidades,

analis-las segundo referenciais tericos e, em funo dos diferentes fatores envolvidos,

planejar intervenes em qualquer lugar em que v trabalhar.

Subjacentes a essa compreenso encontram-se indicadores da necessidade de

uma formao conectada com as demandas sociais e, portanto, no restrita s demandas

do mercado de trabalho. importante tambm ressaltar que a interdisciplinaridade e/ou

a multidisciplinaridade ser possvel se o conhecimento for interpretado no como

disciplinaridade pura, mas sim como um conhecimento que se produz, a partir de

concepes de homem e de sociedade, articulado com outras reas do conhecimento.

Outro ponto fundamental na construo da proposta pedaggica do curso a

superao da dicotomia entre teoria e prtica. Nesse contexto, identifica-se a articulao

Ensino-Pesquisa-Extenso como orientadora da produo de um novo saber e momento

privilegiado no rompimento dessa dicotomia, oportunizando, com isto, o exerccio da

crtica fundamentada terica e eticamente. Pelo exposto, possvel identificar que a

concepo de currculo aqui preconizado incompatvel com a ideia de somatria de

disciplinas, na medida em que se busca uma estrutura curricular que rompa com a

linearidade e a fragmentao do conhecimento.

A estrutura curricular oferece disciplinas optativas, numa perspectiva de

flexibilizao, respeitando os interesses e aptides dos alunos que optaro por reas de

conhecimento que considerem relevantes sua futura atuao profissional. No curso ora

proposto, as disciplinas optativas includas realizam esta funo, constituindo a formao

- 35 -

em campos especficos de atuao que proporciona a livre escolha do aluno para

construir competncias e habilidades diferenciadas.

As polticas para o ensino de graduao, constantes no PPI e no PDI, se refletem

nos projetos dos cursos mediante os seguintes princpios curriculares:

A) FORMAO DE QUALIDADE TCNICO-CIENTFICA E SOCIAL: o curso o lugar

institucional para assimilao, socializao e produo do conhecimento humano e

tcnico-cientfico. Nesse sentido, os contedos devem refletir a realidade sociocultural

nacional, perpassada pela realidade internacional, com vistas a uma formao

profissional de qualidade e consistente consoante o mundo contemporneo;

B) FLEXIBILIDADE CURRICULAR: a materializao da flexibilizao curricular

observada pela incluso de disciplinas que tm por finalidade oferecer ao estudante

diferentes alternativas para sua formao. Isso percebido por meio da das atividades

curriculares complementares; nas diferentes prticas e programas institucionalizados que

levam em considerao os espaos escolares e no escolares; na articulao das

diferentes reas que compem o currculo do curso;

C) INTERDISCIPLINARIDADE: entendida como um princpio que integra e d

unidade ao conhecimento e que permite o rompimento da fragmentao das disciplinas

que compem o currculo;

Figura 1. Representao grfica da interdisciplinaridade.

D) RELAO TEORIA-PRTICA COMO EIXO ARTICULADOR DO CURRCULO:

estabelecida nas diferentes prticas de ensino, de laboratrio e de oficinas que permeiam

as disciplinas de cada curso, desde o seu incio. concretizada, tambm, nos estgios

curriculares, entendidos como atividades terico-prticas e desenvolvidos por meio de

projetos de estgios integrados, com a finalidade de promover a aproximao concreta

com o campo de trabalho;

http://www.google.com.br/imgres?q=interdisciplinaridade&hl=pt-BR&biw=1280&bih=876&tbm=isch&tbnid=wwwXBEsHahv0FM:&imgrefurl=http://osmurosdaescola.wordpress.com/2011/07/06/multi-pluri-trans-inter-mas-o-que-e-tudo-isso/&docid=MRIhyVJ3B85EYM&imgurl=http://osmurosdaescola.files.wordpress.com/2011/07/inter1-1.jpg&w=956&h=786&ei=w-ptUfzKGZCB0AHnzoBg&zoom=1&ved=1t:3588,r:94,s:0,i:400&iact=rc&dur=687&page=4&tbnh=186&tbnw=226&start=79&ndsp=26&tx=170&ty=107

- 36 -

E) INTEGRAO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSO: a integrao refletida

em diferentes disciplinas que compem os currculos e na dinmica da sala de aula,

mediada por meio de aprendizagens de pesquisa e extenso desenvolvidas durante o

curso. Alm disso, parte integrante do projeto pedaggico a definio das linhas de

pesquisa e dos programas de extenso de cada curso, que orientam o desenvolvimento

de projetos de pesquisa e extenso apoiados pela instituio ou por fontes financiadoras

externas;

F) PESQUISA COMO PRINCPIO EDUCATIVO E DE PRODUO DO

CONHECIMENTO: os projetos pedaggicos incluem, em sua dinmica curricular,

metodologias formativas pelas quais se busca desenvolver a cultura investigativa,

proporcionar condies de apropriao crtica do conhecimento e o desenvolvimento de

competncias e habilidades cientficas;

G) GESTO COLEGIADA: envolve representantes de professores e de estudantes.

A carga horria para as disciplinas formativas do curso de Pedagogia de 2.960

horas. As atividades complementares integrativas formam um total de 200 horas. O

estgio supervisionado ter uma carga horria de 300 horas, desenvolvido em quatro

semestres. A formao de Pedagogo dever ter uma carga horria total de 3.460 horas.

4.9.1. Coerncia dos Contedos Curriculares com os Objetivos do

Curso

O currculo do curso foi pensado de forma a possibilitar o desenvolvimento de

competncias indispensveis para a atuao profissional do egresso a ser formado.

Atende aos objetivos gerais e especficos, promovendo disciplinas tericas e prticas que

abordam aspectos fundamentais na formao do Pedagogo. Os estgios supervisionados

oferecem oportunidade ao estudante para desenvolver e exercitar habilidades e

competncias relacionadas ao exerccio profissional do Pedagogo, promovendo aes

tanto em nvel individual quanto coletivo. Em todos os estgios os alunos sero

orientados e estimulados para a tomada de decises baseadas nos princpios ticos que

regem a profisso.

O currculo valoriza a clareza da adoo de enfoques pedaggicos e metodolgicos

e assegura a atuao do estudante como agente ativo do processo de aprendizagem, ou

- 37 -

seja, aquele que age, pensa, faz, pesquisa, resolve, aprende, conforme sugere os

objetivos do curso.

4.9.2. Coerncia dos Contedos Curriculares com o Perfil Desejado do

Egresso

O Curso oferecer a seu acadmico a oportunidade de construir uma formao

que lhe permitir uma ampla viso da Pedagogia, assim como um vasto campo de

atuao, mantendo um perfil, de acordo com as Diretrizes Curriculares. Os contedos

curriculares contemplam a formao do perfil desejado.

O currculo atende s necessidades da sociedade e incorpora algumas

caractersticas indispensveis formao do cidado e do profissional de nosso tempo:

perfil para a empregabilidade, possibilitando a prtica profissional do egresso em um

ambiente em constante mutao;

relacionamento interpessoal, pois estabelece que o relacionamento humano

primordial para a atuao e a realizao profissional;

tica profissional, reafirmando a necessidade de se rever valores e princpios

norteadores das aes humanas, sobretudo na esfera profissional. Entende que o

diferencial profissional est calcado na competncia, habilidade e, principalmente, na

tica;

uso de recursos computacionais e moderna tecnologia, promovendo a utilizao e o

contato com recursos inovadores e atualizados, estabelecendo que a correta utilizao

das tecnologias atuais que vai definir o sucesso profissional.

4.9.3. Adequao da Metodologia de Ensino Concepo do Curso

O processo de ensino-aprendizagem, dinmico por si mesmo, permite a utilizao

de mtodos variados de ensino, seja na modalidade individualizada, coletiva ou em

grupo. No curso Pedagogia de FAITA h oportunidade para o ensino individualizado, que

atende as condies pessoais do aluno, valorizando suas aptides e motivaes. H,

ainda, possibilidade de atuao coletiva dos alunos no processo de ensino-aprendizagem,

seja atravs da realizao de trabalhos em grupo, seja pela formao de grupos de

estudo ou grupos de pesquisa ou, ainda, por meio dos trabalhos em equipe e nos

projetos desenvolvidos nas atividades de extenso, bem como nas oficinas pedaggicas.

Alm disso, as atividades desenvolvidas de forma coletiva do nfase integrao

- 38 -

dos alunos, que devem interagir em pequenos grupos, seja nas dinmicas das discusses

e dos debates travados em sala de aula ou nas atividades extraclasse. Trata-se,

portanto, de uma metodologia de ensino dinmica, articulada s diversas necessidades

do aluno e que atende tanto a sua necessidade de elaborao individual de

conhecimento, quanto necessidade social de realizar trabalhos e atividades de forma

coletiva.

Esse mtodo misto, cuja dinmica visa abarcar formas variadas de ensinar,

aprender e agir, busca proporcionar ao aluno a vivncia de diversas situaes que ter

de enfrentar ao longo de sua vida, onde, em determinada situaes, ter que agir

sozinho, e em outras, dever agir articulado com outras pessoas ou grupos. Essa

metodologia plural se justifica pela prpria pedagogia que orienta este projeto, que de

formao do cidado participativo, comprometido com as questes sociais de seu tempo,

que seja capaz de refletir sobre a sua realidade e agir sobre ela.

A crtica e a reflexo permanente permeiam as atividades docente e discente num

compromisso entre professores, instituio e alunos. A sala de aula, por seu turno, no

deve ser o lugar onde se transmite conhecimento, onde se profere a aula conferncia,

mas o espao para o debate, o dilogo, a reflexo e para a prpria construo do

conhecimento.

O professor, por sua vez, no deve ter a postura de sbio, detentor do poder e do

conhecimento cristalizado, hermtico, alienado de sua realidade social e da realidade de

seus alunos. A metodologia desenvolvida aquela que respeita o aluno em sua dimenso

holstica, como ser dotado de inteligncia, emoo e vontade. Partindo do princpio de

que mtodos e tcnicas so apenas meios e no fins em si mesmos, o papel do professor

decisivo na busca de formas de ensino que sejam adequadas aos seus alunos e ao

contedo a ser trabalhado, conforme as diretrizes curriculares propostas.

Salienta-se que no se faz aqui diferenciao substancial entre mtodo e tcnica,

utilizando-se ambos com o mesmo sentido de meio pelo qual se dever buscar maior

eficincia na relao ensino/aprendizagem. Entre uma ampla gama de tcnicas utilizadas

no processo de ensino, enumeram-se algumas pela possibilidade pedaggica que

oferecem. Cabe esclarecer, contudo, que elas no inviabilizam a utilizao de outros

mtodos, uma vez que a dinmica de ensino deve envolver uma metodologia

diversificada e plural.

a) mtodo expositivo consiste na apresentao oral de temas logicamente

estruturados. A mensagem no deve ser dogmtica, mas aberta, permitindo a

contestao, a discusso e a participao dos alunos;

b) exposio oral/estudo dirigido - esta tcnica consiste na exposio oral articulada

- 39 -

ao estudo dirigido, em que o professor expe um tema, indica as fontes de estudo e, em

seguida, questes a serem estudadas e discutidas pela classe;

c) mtodo da arguio o aluno deve estudar por conta prpria contedos

previamente orientados pelo professor e a verificao da aprendizagem feita

oralmente. A utilizao deste mtodo uma oportunidade do aluno ir se familiarizando

com a arguio que possivelmente enfrentar no futuro;

d) mtodo da dupla arguio consiste na apresentao de um tema pelo professor

aos alunos com indicao das fontes e dos textos a serem estudados. Os alunos podem

efetuar o estudo em grupo ou individualmente. Aps o estudo, os alunos passam a arguir

o professor, visando esclarecer dvidas, e o professor, por sua vez, na aula seguinte, faz

a arguio da classe, baseado nos textos ou contedo previamente marcado;

e) mtodo da arguio com monitores - este mtodo envolve a participao de

monitores, como um estmulo aos que pretendem seguir a carreira docente. O mtodo

prev o aproveitamento de alunos como auxiliares do professor, no processo de

arguio, o que permite um nvel maior de aproveitamento, visto que todos os alunos

sero arguidos sobre todo o assunto estudado;

f) mtodo da leitura - consiste em indicar textos de estudo sobre um determinado

tema. Uma vez estudados os textos, os alunos passam por uma verificao da

aprendizagem, por meio de uma prova escrita, cujos resultados fornecem material para

se promover uma discusso;

g) mtodo de leitura dirigida este mtodo utilizado para se estudar determinada

unidade, por meio de indicao de textos selecionados para este fim. Esta leitura

dirigida tanto para aprofundamento e ampliao da aprendizagem, como para melhor

apreenso da unidade em foco;

h) tcnica de problemas - consiste em propor situaes-problema aos alunos, para

que eles possam solucion-los. Esta tcnica rica por envolver a necessidade de estudo

e reviso de contedos no devidamente assimilados, tanto quanto exige que o aluno

pesquise o tema e exercite a reflexo para solucionar os problemas propostos. Esta

tcnica pode ser desenvolvida por modalidades diversas, seja pela soluo individual de

problemas, seja pela soluo coletiva, com a classe funcionando em um s grupo ou com

a classe dividida em vrios grupos. Os professores podem propor reunies com os

alunos, nas quais so apresentados e discutidos os casos mais complexos ou menos

comuns de cada rea, para que se busque de forma coletiva a soluo adequada;

i) tcnica de projetos esta tcnica visa levar o aluno a projetar algo concreto e

execut-lo. uma atividade que se desenvolve em uma situao concreta, real e que

busca solues prticas. Por levar o aluno a passar por uma situao de vivncia e

- 40 -

experincia, e por estimular a iniciativa, a autoconfiana e o senso de responsabilidade,

Esta tcnica se apresenta como uma boa oportunidade para o aluno desenvolver projetos

de pesquisa em temas de seu interesse, ou elaborar projetos que visem implementar

atividades de extenso sob orientao do professor;

j) tcnica de casos - consiste em se propor uma situao real que j tenha sido

solucionada, para exame e apreciao pelos alunos. de certa forma uma variante da

tcnica de problemas, porm com situaes reais e que j tiveram soluo;

l) tcnica de pesquisa a pesquisa, de certo modo, est presente em todos os

mtodos apresentados. Aqui, contudo, ela a atividade predominante. Ela pode ser

bibliogrfica, dando nfase consulta de livros e revistas que possam contribuir para a

devida explicao e compreenso do tema em foco. Pode ser, ainda, de campo, em que o

aluno vai buscar dados no em livros, mas junto comunidade por meio de entrevistas e

questionrios.

4.9.4. Inter-relao das Disciplinas na Concepo e Execuo do

Currculo

As disciplinas do curso esto inter-relacionadas e se integram em funo dos

objetivos do curso e do perfil do egresso.

A interdisciplinaridade vem como resposta fragmentao do conhecimento. Vista

como questo gnosiolgica, surgiu no final do sculo passado, pela necessidade de dar

uma resposta fragmentao causada por uma epistemologia de cunho positivista. As

cincias haviam-se dividido em muitos ramos e a interdisciplinaridade restabelecia, pelo

menos, um dilogo entre elas, embora no resgatasse ainda a unidade e a totalidade.

A fragmentao representava uma questo essencial para o prprio progresso

cientfico. Tratava-se de entender melhor a relao entre "o todo e as partes". Porm, ao

longo do tempo criaram-se lacunas, que dificultavam a viso do todo e sua unidade.

Nesse contexto, nasce a necessidade de integrao - interdisciplinaridade. A

interdisciplinaridade busca a integrao de dois ou mais componentes curriculares para

construo do conhecimento. Com o processo de especializao do saber, a

interdisciplinaridade mostrou-se como uma das respostas para os problemas provocados

pela excessiva compartimentalizao do conhecimento. No final do sculo XX surge a

necessidade de mudanas nos mtodos de ensino, buscando viabilizar prticas

interdisciplinares.

A interdisciplinaridade ocorre na intercomunicao efetiva entre as disciplinas,

pela fixao de um objeto comum diante do qual os objetos particulares de cada uma

- 41 -

delas constituem-se em sub-objetos e como estratgia para integrar as disciplinas e

chegar a uma prtica multiprofissional por meio do trabalho sobre temas comuns e em

novos cenrios.

Entre os princpios pedaggicos que estruturam as reas de conhecimento destaca-

se como eixo articulador, a interdisciplinaridade. Para observncia da

interdisciplinaridade preciso entender que as disciplinas resultam de recortes e

selees, historicamente constitudos.

A forma de insero e abordagem das disciplinas num currculo escolar em si

mesma indicadora de uma opo pedaggica de propiciar ao aluno a construo de um

conhecimento fragmentrio ou orgnico e significativo, quanto compreenso dos

fenmenos naturais, sociais e culturais.

importante deixar claro que a prtica docente, ao adotar a interdisciplinaridade

como metodologia no desenvolvimento do currculo escolar, no significa o abandono das

disciplinas nem supe para o professor uma pluri-especializao bem difcil de

imaginar, com o risco do sincretismo e da superficialidade. Para maior conscincia da

realidade, para que os fenmenos complexos sejam observados, vistos, entendidos e

descritos torna-se cada vez mais importante a confrontao de olhares plurais na

observao da situao de aprendizagem. Da a necessidade de um trabalho de equipe

realmente pluridisciplinar e que impossibilite a fragmentao do conhecimento. O projeto

pedaggico em seus contedos programticos busca a interdisciplinaridade e a instituio

coloca disposio dos professores e coordenadores o coordenador pedaggico, que

possui como objetivo principal o eixo articulador do curso e suas nuances.

4.9.5. Coerncia do currculo face s Diretrizes Curriculares

Nacionais

O currculo do curso de Pedagogia oferecido pela Faculdade Itanham (FAITA)

observa a RESOLUO CNE/CP N1, DE 15 DE MAIO DE 2006 do Conselho Nacional de

Educao, conforme comprovado mais adiante neste projeto.

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4.9.6. Estrutura Curricular e dimensionamento da carga horria

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA

1 Termo C/H 2 Termo C/H

Antropologia Cultural 40 Sociologia Geral e da Educao 80

Filosofia da Educao 80 Organizao e Poltica da Educao Brasileira

80

Psicologia do Desenvolvimento 80 Histria da Educao 80

Lngua Portuguesa 80 Metodologia da Pesquisa 40

tica e Cidadania 40 Distrbios de Aprendizagem 40

Total 320 Total 320

3 Termo C/H 4 Termo C/H

Fundamentos Tericos e Metodolgicos de Educao Fsica

40 Literatura Infantil 40

Educao, Diversidade e Desigualdade 40 Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino da Lngua Portuguesa

80

Comportamento Organizacional 40 Trabalho e Educao 40

Projeto Poltico Pedaggico 40 Fundamentos Tericos e Metodolgicos

do Ensino de Geografia 80

Didtica e Formao Docente 80 Currculos e Programas 40

Psicologia da Aprendizagem 80 Avaliao da Aprendizagem 80

Educao Ambiental 40

Total 320 Total 400

5 Termo C/H 6 Termo C/H

Fundamentos Tericos e Metodolgicos da Educao Infantil

80 Polticas de Incluso 40

Estatstica aplicada Educao 40 Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino de Jovens e Adultos

80

Corpo e Movimento 40 Fundamentos Tericos e Metodolgicos da Alfabetizao

80

Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino de Cincias

80 Processos Educativos em Espaos No Escolares

80

Gesto Educacional 80 Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino de Matemtica

80

Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino de Histria

80 Fundamentos Tericos e Metodolgicos do Ensino da Arte

40

Total 400 Total 400

7 Termo C/H 8 Termo C/H

Fundamentos da Educao Especial 80 Gesto da Educao Infantil 80

Referencial Curricular da Ed. Infantil 80 Jogos e Brincadeiras na Educao Infantil 40

Infncia, Vida e Escola 40 Gesto do Desempenho e Conhecimento 80

Didtica e Prtica Docente 80 Linguagem Brasileira de Sinais - LIBRAS 80

Higiene e Sade 40 Avaliao na Educao Infantil 40

Competncias Gerenciais 40 Consultoria Interna de RH 40

Trabalho de Curso I 40 Trabalho de Curso II 40

Total 400 Total 400

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4.9.7. Resumo da Matriz Curricular e dimensionamento da carga

horria

RESUMO DA MATRIZ CURRICULAR CONFORME RES. CNE/CP N1, DE 15 DE MAIO DE 2006

Campos de Formao C/H %

I. Atividades Formativas - Disciplinas 2960 85,54

II. Estgio Supervisionado 300 8,68

III. Atividades Terico-prticas (Complementares) 200 5,78

TOTAL GERAL DO CURSO 3.460 100

4.9.8. Organizao Curricular e a Legislao

O projeto Pedaggico proposto est em plena consonncia com a Legislao

vigente,