Roteiro simplificado para Análise Sintática

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Roteiro simplificado para Análise Sintática 1. Localize o sujeito da frase; 2. Localize o predicado (tudo que não for o sujeito); 3. Localize o predicativo do sujeito (termo do predicado que atribui qualidade/estado ao sujeito); 4. Localize o verbo e os (eventuais) objetos da frase; 5. Localize o predicativo do objeto (termo do predicado que atribui qualidade/estado ao objeto) 6. O restante é adjunto adverbial. Exemplos desse roteiro: "O aluno resolveu ansioso a prova de Português." 1. Sujeito: "o aluno". 2. Predicado: "resolveu ansioso a prova de Português" 3. Predicativo do Sujeito: "ansioso" 4. VTD: "resolveu"; Objeto Direto "a prova de Português" 5. Não há predicativo do objeto. 6. Tampouco adjunto adverbial. "No curso, os alunos se referiram às pressas à questão anulada." 1. Sujeito: "os alunos". 2. Predicado: "No curso, (...) se referiram às pressas à questão anulada." 3. Predicativo do Sujeito: Não há. 4. VTI: "referiram"; Objeto Indireto "a questão anulada" 5. Não há predicativo do objeto. 6. Adj. Adverbial de Lugar "No curso"; Adj. Adverbial de Modo "às pressas"

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Roteiro simplificado para Análise Sintática

1. Localize o sujeito da frase;2. Localize o predicado (tudo que não for o sujeito);3. Localize o predicativo do sujeito (termo do predicado que atribui qualidade/estado ao sujeito);4. Localize o verbo e os (eventuais) objetos da frase;5. Localize o predicativo do objeto (termo do predicado que atribui qualidade/estado ao objeto)6. O restante é adjunto adverbial.

Exemplos desse roteiro:

"O aluno resolveu ansioso a prova de Português."

1. Sujeito: "o aluno".2. Predicado: "resolveu ansioso a prova de Português"3. Predicativo do Sujeito: "ansioso"4. VTD: "resolveu"; Objeto Direto "a prova de Português"5. Não há predicativo do objeto.6. Tampouco adjunto adverbial.

"No curso, os alunos se referiram às pressas à questão anulada."

1. Sujeito: "os alunos".2. Predicado: "No curso, (...) se referiram às pressas à questão anulada."3. Predicativo do Sujeito: Não há.4. VTI: "referiram"; Objeto Indireto "a questão anulada"5. Não há predicativo do objeto.6. Adj. Adverbial de Lugar "No curso"; Adj. Adverbial de Modo "às pressas"

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Análise sintática: Quadro com os termos da oração

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação15/09/200617h02

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O quadro abaixo mostra os conteúdos de análise sintática que se

referem ao estudo da oração. Você pode consultá-lo sempre que

aprender um novo conteúdo. Pode também usá-lo como um resumo

para seus estudos.

Os termos destacados nesse quadro fazem parte da Nomenclatura

Gramatical Brasileira (NGB). O que isso significa? A NGB é uma

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espécie de resumo dos conteúdos gramaticais referentes ao

português falado no Brasil e funciona como um guia para o ensino da

nossa língua.

A NGB foi criada em 1958 por um grupo de estudiosos e gramáticos

de muito prestígio, como Antenor Nascentes, Rocha Lima e Celso

Cunha. No ano seguinte, foi transformada em lei por uma portaria do

presidente Juscelino Kubitscheck e passou a ser utilizada

obrigatoriamente nas escolas de todo o Brasil. Antes da existência

dessa lei, o estudo da gramática não era unificado e havia muita

confusão com o uso de diversas terminologias.

Hoje em dia vários estudiosos apontam a necessidade de atualização

da lei, em função do avanço dos conhecimentos linguísticos. Mesmo

assim, é a Nomenclatura Gramatical Brasileira que define os padrões

de ensino da nossa língua.

1) Termos essenciais da oração

Sujeito Predicado Predicativo Verbo

simples nominal do sujeito de ligação

composto verbal do objeto transitivo direto

indeterminado verbonominal   transitivo indireto

oculto     intransitivo

oração sem sujeito      

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2) Termos integrantes da oração

Complemento nominal Complemento verbal Agente da passiva

  objeto direto  

  objeto indireto  

3) Termos acessórios da oração

Adjunto adnominal

Adjunto adverbial

Aposto

4) Vocativo

Sujeito: Núcleo e classificação

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação08/02/200616h09

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O sujeito, um termo essencial da oração, é de quem (ou do quê) fala o

verbo (quem morre? quem foi às compras? quem estava

florindo?). Pode ter um ou mais núcleos.

No exemplo "Tonico mora no interior de São Paulo", o sujeito da

oração - "Tonico" - é composto por uma só palavra. Mas o sujeito

pode ser composto por mais de uma palavra.

Suponha que disséssemos:

"O meu amigo Tonico mora no interior de São Paulo".

Qual o sujeito desta oração? "O meu amigo Tonico", isto é, o nome

próprio Tonico, precedido pelo artigo "O" e pelo pronome possessivo

"meu".

Veja as seguintes orações:

a) Minha tataravó já morreu.

b) As belas modelos do Brasil encantam o mundo.

c) O safado do presidente se faz de ingênuo.

Os sujeitos de todas elas são expressos por mais de uma palavra.

Em a) "Minha tataravó";

em b) "As belas modelos do Brasil";

em c) "O safado do presidente".

No entanto, uma das palavras que constitui cada um desses sujeitos é

mais importante que as demais, pois ela é propriamente o termo sobre

o qual se diz alguma coisa. Essa palavra é chamada de núcleo do

sujeito. Nos exemplos citados, os núcleos do sujeito são,

respectivamente, "tataravó", "modelos" e "presidente".

Page 6: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Núcleo do sujeito é, portanto, a palavra principal que forma o sujeito.

 

Classificação do sujeito

Além disso, existem duas categorias ou tipos básicos de sujeito. São

elas:

1) Sujeito determinado: É identificado pelo contexto ou pela

terminação do verbo (que sempre concorda com o sujeito). São

determinados todos os sujeitos que vimos nas três orações acima.

Observe que o sujeito determinado pode ser:

a) Simples: caso tenha um único núcleo. Exemplo:

Um homem alto abriu a porta.

O sujeito (quem abriu a porta?) é "um homem alto", ou seja, três

palavras. Mas o "núcleo do sujeito" é homem. Ou seja, não é "um"

quem está abrindo a porta, nem "alto", mas sim "homem".

Logo, Núcleo do sujeito: "homem". Uma única palavra, sujeito

determinado simples.

b) Composto: caso tenha mais de um núcleo. Exemplo:

Os tigres e os rinocerontes estão ameaçados de extinção. Núcleos

do sujeito: "tigres" e "rinocerontes".

c) Oculto, elíptico ou desinencial: caso não esteja expresso na

oração, mas possa ser identificado pela terminação (ou desinência) do

verbo. Exemplo:

Ficamos abestalhados com tanta corrupção.

Veja, a desinência "amos" refere-se à primeira pessoa do plural, "nós".

2) Sujeito indeterminado: é aquele que não se pôde ou não se

quis apontar e que também não se pode identificar pelo contexto ou

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pela terminação verbal. O sujeito indeterminado pode acontecer:

a) Com o verbo na terceira pessoa do plural não se referindo a

nenhum substantivo no plural ou aos pronomes "eles" e "elas"

anteriormente mencionados. Exemplo: Bateram minha carteira no

ônibus.

b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, na

terceira pessoa do singular, acompanhados da partícula "se".

Exemplo: Trata-se de um ladrão hábil, de um mão leve.

Oração sem sujeito

Apesar de ser um termo essencial da oração, o sujeito pode não

existir em algumas orações. São as orações de sujeito inexistente, ou

orações sem sujeito. (O mesmo não pode acontecer com o predicado

- toda oração possui um).

No caso de orações sem sujeito, o processo que o verbo expressa

refere-se a si mesmo e não pode ser atribuído a ninguém.

Em geral, são orações sem sujeito:

a) As que se referem a fenômenos da natureza. Exemplos:

Anoitece tarde no horário de verão. (pense: "quem é que anoitece

tarde no horário de verão?", obviamente, 'ninguém anoitece.

A oração não tem sujeito!)

Choveu muito ontem. (ninguém chove!)

Está trovejando. (o mesmo raciocínio!)

b) As que apresentam os verbos "haver", "fazer" e "ser", empregados

Page 8: Roteiro simplificado para Análise Sintática

de forma impessoal, como nos exemplos: Há poucos leitores no Brasil.

Faz três anos que me mudei dali. Hoje são oito de fevereiro.

A propósito, cabe aqui uma observação: O verbo da

oração sempre concorda com o sujeito em pessoa e número. Não se

pode dizer, por exemplo, "ela vivemos na Europa", nem "nós vive na

Europa". Sendo assim, volte umas linhas, ao item b e note que,

embora estejamos nos referindo a "poucos leitores" e a "três anos" o

verbo está no singular, assim como ao nos referirmos a "hoje" o verbo

está no plural - o que reforça a ideia de inexistência de sujeito.

Predicado (2): Nominal e verbonominal

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação03/05/200613h53

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O predicado, um termo essencial da oração, pode ser classificado em:

a) predicado verbal

b) predicado nominal

c) predicado verbonominal

Os predicados verbais estão presentes em orações do tipo:

De grão em grão, a galinha enche o papo.

O núcleo do predicado é um verbo (o verbo "encher").

 

Page 9: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Predicado nominal

Há casos, porém, em que o núcleo do predicado não é um verbo. A

declaração que se faz sobre o sujeito não está contida no verbo (ou

seja, o mais importante não é que a galinha "enche", ou que o galo

"canta"), mas sim num substantivo ou adjetivo (que, em gramática, são

também chamados de "nomes") que se seguem ao verbo.

A galinha do vizinho é sempre mais gorda.

O sujeito é "a galinha do vizinho". O núcleo do predicado não está

contido no verbo ("é"), mas sim no adjetivo - "gorda". Isto é, a ideia

mais importante do predicado não é o verbo "é", mas o adjetivo

"gorda". "Gorda" é o nome que se liga ao sujeito através de um verbo

de ligação. "Gorda" é o predicativo do sujeito. O predicativo do

sujeito exprime a qualidade ou condição que se atribui ao sujeito. O

verbo de ligação tem a função de ligar o predicativo ao sujeito.

Na oração que analisamos, o nome é mais importante do que o verbo

de ligação. A esse tipo de predicado chamamos de predicado

nominal.

 

Verbos de ligação

O verbo de ligação pode indicar o tipo de relação que existe entre

sujeito e predicativo. Os verbos de ligação mais frequentes são: "ser",

"estar", "ficar", "parecer", "permanecer" e "continuar". Além deles,

vários outros verbos podem servir como verbo de ligação. Vamos

analisar as orações abaixo:

a) Hermógenes é louco.

b) Hermógenes parece louco.

c) Hermógenes fica louco.

d) Hermógenes anda louco.

Todos os verbos em itálico são verbos de ligação: fazem uma ponte

entre o sujeito ("Hermógenes") e uma qualidade que se atribui a ele

("louco"). A relação que se estabelece entre o sujeito e seu

Page 10: Roteiro simplificado para Análise Sintática

predicativo, todavia, sofre pequenas variações, suficientes para mudar

o impacto e o sentido de cada frase.

No primeiro caso, dizemos que a loucura é uma característica permanenete de

Hermógenes. Na frase b) apontamos um semelhança entre Hermógenes e um louco. Na

oração c), o que se destaca é a mudança de estado sofrida por Hermógenes. Finalmente,

na oração d) o que fica evidente é o fato de que o estado de Hermógenes é transitório.

Verbo de ligação Aspecto

Ser A qualidade ou estado atribuído ao sujeito é permanente.

Estar, andar, achar-se, etc. Exprime estado transitório.

Ficar, tornar-se, fazer-se etc. Exprime mudança de estado.

Ficar, continuar, permanecer, etc.

Mostra continuidade de estado.

Parecer, semelhar, etc. Denota semelhança.

Predicado verbonominal

Vamos observar a seguinte oração:

Marianita chegou esbaforida.

Verificamos que o predicado possui dois núcleos. O primeiro é

constituído pelo verbo intransitivo "chegou" e o segundo é constituído

pelo adjetivo "esbaforida".

Dizemos que o predicado é verbonominal, pois tem um núcleo

verbal e outro nominal. Nesse caso, o predicativo refere-se ao sujeito,

ou seja, "esbaforida" refere-se a "Marianita". Temos um predicativo

do sujeito.

Observe agora uma outra situação.

Page 11: Roteiro simplificado para Análise Sintática

O júri julgou o réu culpado.

Nesse caso, temos um verbo transitivo ("julgou"), um objeto ("o réu") e

um predicativo ("culpado"). Aqui também temos um

predicado verbonominal. Ele tem dois núcleos: um verbo e um

adjetivo.

Se observarmos com mais cuidado, veremos algo importante. Nesse

caso, o predicativo não se refere ao sujeito, mas sim ao objeto direto

("culpado" refere-se a "réu"). "Culpado" é um predicativo do objeto.

Portanto, há dois tipos de predicativo:

a) predicativo do sujeito (num predicado nominal)

Ex. Ela ficou triste.

b) predicativo do objeto

Ela achou a amiga triste.

Predicado (1): Definição e predicado verbal

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação03/05/200611h32

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Os termos essenciais da oração são sujeito e predicado. Tudo aquilo

que se diz do sujeito é o predicado. Vamos tomar um fato

corriqueiro como exemplo:

O galo canta.

Page 12: Roteiro simplificado para Análise Sintática

O sujeito da oração é "o galo". Pois bem, aquilo se diz do galo é o

predicado dessa oração. Ou seja, "canta" é o predicado da oração.

Nesse exemplo, podemos observar que o predicado é formado por

um verbo intransitivo - o verbo cantar.

A ação que ele expressa tem sentido completo. Vamos a uma outra

situação, dessa vez expressa por um ditado popular.

De grão em grão, a galinha enche o papo.

O sujeito da oração é "a galinha". Tudo que se diz da galinha é o

predicado. Ou seja "de grão em grão, enche o papo". Nesse exemplo,

o verbo do predicado é um verbo transitivo direto - o verbo

encher. Ele pede um complemento, o chamado objeto direto: "o papo".

A maneira como o sujeito enche o papo é expressa por um adjunto

adverbial, "de grão em grão".

Mais um exemplo.

O cravo brigou com a rosa.

Como o sujeito dessa oração é "o cravo", todo o resto é o predicado:

"brigou com a rosa". O predicado é expresso por um verbo

transitivo indireto - o verbo brigar. Ele pede um complemento,

um objeto indireto. O complemento do verbo transitivo indireto sempre

se liga ao verbo por uma preposição.

O predicado também pode ser expresso por um verbo transitivo

direto e indireto, ou bitransitivo. Vejamos:

Ele contou o segredo a todos.

O sujeito é "ele" e o verbo do predicado é o verbo "contar". Trata-se de

um verbo que tem dois complementos: um objeto direto ("o segredo")

e um objeto indireto ("a eles").

Alguém conta algo a outro alguém. Nos quatro exemplos que

analisamos, o predicado estava expresso por verbos.

Quando o núcleo do predicado é um verbo, temos um predicado

verbal. O núcleo do predicado verbal pode ser um verbo intransitivo

Page 13: Roteiro simplificado para Análise Sintática

ou transitivo. O verbo transitivo, por sua vez, pode ser transitivo direto

ou indireto.

Predicado Verbal

a) verbo intransitivo. Ele sorriu.

b) verbo transitivo direto. Ele olhou a paisagem.

c) verbo transitivo indireto. Ele lembrou-se de Rosita.

d) verbo transitivo direto e indireto. Ele explicou a lição ao aluno.

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Complemento nominal: São como objetos dos "não verbos"

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação 15/09/200616h23

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Alguns nomes (substantivos e adjetivos) se comportam de maneira

similar aos verbos transitivos. Não entendeu? Pois bem, você vai ver

que esse conceito de análise sintática não é tão difícil. Veja essas três

orações:

A comunidade aguarda a construção da estrada.

Page 14: Roteiro simplificado para Análise Sintática

O fechamento da fábrica causou grandes transtornos. O avião fez uma mudança de rota.

O que essas expressões têm em comum? A resposta é: o fato de trazerem um nome ligado a um complemento, que chamamos de complemento nominal. Veja o esquema:

construção da estrada

nome (substantivo) complemento nominal

Há certas palavras (substantivos, adjetivos e advérbios) que apresentam alguma transitividade, isto é, seu sentido fica incompleto sem um complemento. É o mesmo raciocínio dos verbos: "quem constrói, constrói algo"; "se há construção, há construção de algo". O complemento dessas palavras é o complemento nominal.Outro esqueminha ajudará a entender: 

construir a estrada -> verbo transitivo direto + objeto direto

construção da estrada -> substantivo + complemento nominal

Basta pensar um pouco e você vai verificar que o mesmo ocorre nos outros dois exemplos dados.Os verbos acima são transitivos diretos e pedem como complemento um objeto direto. Quando comparamos esses verbos com os substantivos, percebemos que os substantivos também pedem um complemento. O nome que se dá a essa função gramatical é complemento nominal. Podemos perceber assim que o complemento integra o sentido do substantivo.Mas nem sempre os nomes que pedem complemento nominal estão ligados a um verbo. Há casos em que um

Page 15: Roteiro simplificado para Análise Sintática

substantivo abstrato demanda um complemento. Veja os exemplos abaixo: 

Tenho pavor de filmes de lobisomem.

Ele adora livros de aventura.

Há também advérbios acompanhados de complemento nominal, como neste exemplo: 

Ele votou contrariamente aos interesses do povo.

Na lista abaixo, apresentamos vários exemplos de palavras acompanhadas de complemento nominal. Observe como a estrutura gramatical dessas expressões é bem parecida. Só para lembrar: o complemento nominal sempre é precedido de uma preposição (como a, de, com, em, por e outras). 

Nome Complemento nominal

sede de viver

ávido pelo dinheiro

alheio aos estudos

prejudicado pelos irmãos

sorte no amor

atração pelo desconhecido

Page 16: Roteiro simplificado para Análise Sintática

estada em Machu Pichu

merecedor do Prêmio Nobel

confiança na medicina

contrário à pena de morte

atenção ao cliente

necessidade de dormir

farto de ouvir bobeiras

invenção do avião

acima da lei

capaz de voar

 

Objetos direto e indireto: Termos integrantes da oração

COMENTEAssunto: Português, GramáticaPágina 3 Pedagogia & Comunicação21/09/200615h33

Page 17: Roteiro simplificado para Análise Sintática

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Com os exemplos abaixo, ficará fácil entender o que são objetos

diretos e indiretos, conceitos importantes de análise sintática. Imagine

que você pergunte a diversas pessoas se elas gostam de futebol:

"Amo futebol. Não perco um jogo."

Vamos analisar um pouco essa afirmação. O verbo amar pede um

complemento. Nesse caso, futebol é o complemento do verbo amar;

por isso se diz que ele é umobjeto direto, já que integra um verbo transitivo

direto.

Amo futebol.

verbo transitivo direto objeto direto

A oração seguinte tem uma estrutura bem parecida. Ela é formada

pelo verbo perder, que também é um verto transitivo direto.

Não perco um jogo.

  verbo transitivo direto objeto direto

Mas nem todas as pessoas gostam tanto assim de futebol. Pode ser

que alguém responda a seu questionário de forma bem diferente:

"Não suporto futebol. Detesto esse esporte."

O conteúdo é diferente, mas observe como a forma gramatical é

parecida. Veja que ele também usou dois verbos transitivos diretos:

suportar e detestar. Dizemos que esses verbos são transitivos diretos

porque seus complementos são introduzidos diretamente após o

verbo, sem preposições (ama o quê? futebol. detesta o quê? esse

esporte).

Page 18: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Como poderíamos fazer a análise sintática dessas frases?

Se você pensar um pouco, verá que a análise é idêntica à das frases

anteriores. Assim, aprendemos que os verbos amar, perder, suportar e

detestar são verbos transitivos que pedem um complemento: o objeto

direto.

Mas voltemos ao futebol. Pode ser que seus entrevistados não sejam

tão apaixonados pela redondinha. Pode ser que deem respostas

diferentes, como:

"Eu gosto de natação.

Assisto a todos os campeonatos."

Nesses dois casos, temos verbos transitivos indiretos.

Quem gosta, gosta de alguémou de algo, pois gostar é um verbo que

exige a preposição de.

Verbos que exigem preposições antes de seus complementos são

chamados detransitivos indiretos. O mesmo acontece com o verbo

assistir, seguido da preposição a. O complemento dos verbos

transitivos indiretos é o objeto indireto. Vamos ver melhor.

Eu gosto de natação.

  vero transitivo indireto objeto indireto

Assisto a todos os campeonatos.  

verbo transitivo indireto objeto indireto  

Ainda sobre a pesquisa futebolística: nem sempre a resposta para a

sua enquete seria tão direta. Observe a resposta abaixo.

Page 19: Roteiro simplificado para Análise Sintática

"Eu prefiro natação a futebol."

Provavelmente essa pessoa gosta também de futebol, não é?

Uma coisa é certa. Ao fazer essa afirmação, o entrevistado usou

um objeto direto e um objeto indireto. É isso mesmo. O verbo

preferir é um verbo bitransitivo. Ele é ao mesmo transitivo direto e indireto.

Prefiro natação a futebol.

verbo bitransitivo objeto direto objeto indireto

Seu entrevistado também acertou na gramática. O jeito de construir a

frase com o verbo preferir é esse mesmo: quem prefere, prefere

algo a algo. Muito chique essa construção gramatical, não? E você,

que esporte prefere?

Voz passiva: Sujeito vira agente

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação25/09/200607h47

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Como assim - agente da passiva?

Na verdade, agente da passiva é um termo integrante da oração. Ele

só está presente quando a oração está na voz passiva. Vamos

Page 20: Roteiro simplificado para Análise Sintática

entender melhor.

A seguinte oração está na voz ativa:

Branca de Neve mordeu a maçã envenenada.

Quando uma oração está na voz ativa, o sujeito gramatical também é o agente da ação. Veja bem: foi de fato Branca de Neve quem comeu a maçã envenenada. Esquematizando:

Branca de Neve mordeu a maçã envenenada.

sujeito verbo transitivo direto objeto direto

Existe, no entanto, um outro modo de afirmar o mesmo fato. Veja bem! 

A maçã envenenada foi mordida por Branca de Neve.

O sentido desta oração é exatamente o mesmo da oração anterior. Embora a informação seja a mesma, a estrutura gramatical é um pouco diferente. Nesse exemplo, a oração está na voz passiva.

A maçã envenenada foi mordida por Branca de Neve.

sujeito verbo na voz passiva agente da passiva

Nas orações na voz passiva, não é o sujeito que pratica a ação, mas o agente da passiva. Portanto:

Page 21: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Agente da passiva é o termo integrante da oração que, na voz passiva, indica a pessoa ou a coisa que praticou a ação.

O mundo dos contos de fada traz um outro exemplo.

Ali Babá pronunciou as palavras mágicas.

sujeito   objeto direto

As palavras mágicas foram pronunciadas por Ali Babá.

sujeito   agente da passiva

Observe como o sujeito (na voz ativa) transforma-se em agente da passiva (na voz passiva) e como o objeto direto (na voz ativa) transforma-se em sujeito (na voz passiva).

Vamos ver outros exemplos. 

voz ativa: Peter Pan derrotou o Capitão Gancho. voz passiva: O Capitão Gancho foi derrotado por Peter

Pan.

agente da passiva: por Peter Pan 

voz ativa: Alice seguiu o Coelho Branco. voz passiva: O Coelho Branco foi seguido por Alice.

agente da passiva: por Alice

Mas - que peninha ! - você já deve ter deduzido que nem todas as orações na voz ativa podem ser convertidas para a voz passiva.

Só podem ser convertidas as orações formadas por verbos transitivos diretos e completadas por objeto direto. A razão é muito

Page 22: Roteiro simplificado para Análise Sintática

simples: é o objeto direto que vai se transformar em sujeito na voz passiva.

E agora um último exemplo: 

Os contos de fada nos encantam.

Ou seja: 

Nós somos encantados pelos contos de fada.

Qual o agente da passiva? Pelo que somos encantados?

Pelos contos de fada, é lógico.

Adjunto adnominal: Artigos, adjetivos e pronomes na análise sintática

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação20/09/200616h16

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Em sintaxe, os artigos, pronomes e adjetivos que modificam

um substantivo são chamados de adjuntos adnominais. Entenda para

que eles servem e como funcionam.

Observe a primeira estrofre do Hino Nacional:

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

Page 23: Roteiro simplificado para Análise Sintática

De um povo heroico brado retumbante,E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

A letra fica tão interessante porque muitos substantivos vêm cercados

por adjetivos. Vamos observar alguns:

as margens plácidas

um povo heroico

o brado retumbante

o sol da Liberdade

raios fúlgidos

Podemos verificar que os

substantivos margens, povo, brado, sol e raios aparecem

especificados por adjetivos de grande

impacto: plácidas, heroico, retumbante,fúlgidos, o que

confere um tom grandioso e brilhante ao texto. Os

substantivos também são especificados por artigos,

como as, um e o. Podemos observar também o uso de uma

locução adjetiva: da Liberdade.

Todos esses termos são chamados de adjuntos adnominais.

São palavras que acompanham o núcleo do sujeito ou

do predicativo do sujeito dando-lhes características,

delimitando-os. São termos acessórios da oração, do ponto de

vista da análise sintática

Um substantivo pode vir acompanhado de vários adjuntos

adnominais. Vamos ver mais um exemplo. Observe o verso

seguinte.

Se em teu formoso céu, risonho e límpido

Page 24: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Nesse caso, o substantivo céu vem acompanhado do

pronome teu e dos adjetivosformoso, risonho e límpido. Todos

esses termos têm a função de adjunto adnominal.

Adjunto adverbial: Termo modifica verbos, adjetivos ou advérbios

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação06/09/200710h21

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Adjunto adverbial é outro termo acessório da oração, como o adjunto

adnominal, dentro da análise sintática. Vejamos um exemplo, do Hino

Nacional:

Se o senhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó Liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

No segundo verso, temos a expressão conquistar com braço forte.

Podemos notar como a expressão com braço forte intensifica o

sentido do verboconquistar.

O termo que intensifica o sentido de verbo, de um adjetivo ou de um

advérbio recebe o nome de adjunto adverbial. No exemplo

acima, com braço forte é um adjunto adverbial de modo.

Vamos a outros exemplos, todos do Hino Nacional Brasileiro.

Page 25: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Podemos reparar na grande quantidade de adjuntos adverbiais que

acompanham o adjetivo deitado e o verbo fulguras:

Todos esses adjuntos adverbiais especificam o modo como a nossa

nação se apresenta, em meio a seus esplêndidos recursos naturais.

Há inúmeros tipos de adjunto adverbial, o que torna difícil fazer uma

classificação exata. Observe os advérbios e locuções adverbiais no

exemplo abaixo. São todos adjuntos adverbiais de modo:

 

Page 26: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Os adjuntos adverbiais podem indicar diversas outras circunstâncias.

 

Adjunto adverbial Exemplo

lugar Cantei na escola.

tempo Nós nos apresentamos ontem.

modo Cantamos com toda a energia!

fim Os alunos cantaram em homenagem à Semana da Pátria.

matéria O coro era de 120 vozes.

Esses são apenas alguns exemplos.

Até que o adjunto adverbial não é difícil de entender, não é?

Vocativo: Para "chamar" o ouvinte

COMENTEAssunto: Português, GramáticaDa Página 3 Pedagogia & Comunicação21/09/200616h14

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Page 27: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Apesar do nome deste conceito de análise sintática, o vocativo é um

termo isolado da oração que faz parte do seu dia a dia. Veja o que é e

saiba como identificá-lo.

"Ó de casa, posso entrar?"

Você já deve ter ouvido essa expressão curiosa e indiscreta. Pois

bem, a expressão "ó de casa" no exemplo acima é um vocativo.

Vocativo é a expressão que indica um apelo. Usando um vocativo podemos invocar, no

discurso direto, um interlocutor. É por isso que o uso do vocativo marca a existência de

um diálogo, real ou imaginário.

Podemos ver vários exemplos de vocativos usando a interjeição ó.

Ó meu Deus, que vou fazer agora?

Ó minhas filhas, não me façam sofrer.

Temos o vocativo até no Hino Nacional, você se lembra?

Ó Pátria amada, idolatrada, salve salve!

O vocativo é utilizado tanto na linguagem afetiva ou coloquial como na

linguagem elevada e poética.

Vamos ver como o poeta árcade Tomás Antonio Gonzaga chamou sua

amada Marília dentro de seus versos:

Enquanto pasta alegre o manso gado,

Minha bela Marília, nos sentemos

À sombra deste cedro levantado.

Page 28: Roteiro simplificado para Análise Sintática

O poeta romântico Castro Alves também usou o recurso do vocativo:

Dizei-me vós, senhor Deus!

Na linguagem de todos os dias, o vocativo está sempre presente. Quando redigimos

cartas ou bilhetes a alguém, usamos o vocativo. Quer ver?

Querido Paulo:

Espero que você esteja bem.

No caso de cartas comerciais ou ofícios, há possibilidades diferentes de usar a

pontuação.

Querido Paulo, [com vírgula]

Querido Paulo: [com dois pontos]

Querido Paulo [sem nada: uma versão mais simples]

 

O vocativo pode estar no início, no meio ou no fim da oração:

 

Minha bela, os mares não se movem...

Os mares, minha bela, não se movem...

Os mares não se movem, minha bela...

Page 29: Roteiro simplificado para Análise Sintática

Sempre, sempre o vocativo aparece isolado entre vírgulas, se estiver

no meio da oração. Claro, se estiver no começo, usamos a vírgula

depois. Se o vocativo estiver no fim da oração, usamos a vírgula

antes.

Outra curiosidade, pensando em análise sintática. O vocativo, por se

referir a um interlocutor, não está subordinado a nenhum termo da

oração.

Só mais um detalhe: Não confunda a interjeição ó com oh!, que

exprime admiração, alegria ou qualquer outra forte emoção. Depois do

oh exclamativo usamos uma vírgula, o que não acontece com o ó

vocativo.

Oh, céus! Oh, dia! Oh, azar!

Ah, só para completar o diálogo no comecinho desse texto:

"Ó de casa, posso entrar?"

"Claro, meu amigo! Estava mesmo pensando em você."

"Oh!"

PRONOMES,ADJETIVO,ADVÉRBIO, LOCUÇÕES, INTERJEIÇÃO,CONJUNÇÃO PRONOMES: São palavras que acompanham o substantivo ou o substituem indicando as pessoas do discurso. Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

PRONOMES PESSOAIS: São os pronomes que representam as "pessoas gramaticais", isto é: o ser que fala, o ser com quem se fala e o ser de quem se fala.

RETO OBLÍQUOS FORMA DE TRATAMENTO1ª SING.pessoa gram. PL. EuNós me mim mi gonos nosco 2ª SING.pessoagram. PL. Tu Vós te ti tigo vos vosco Representa a 2ª pessoa gramatical,

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mas leva overbo para a 3ª pessoa.3ªpessoa SING .gram Ele (Ela) se si sigo lhe o a VOCÊ 3pessoa PL.Eles (Elas ) se si sigo hes os as VOCÊS

Pronomes Pessoais Retos e OblíquosA classificação do pronome pessoal em reto ou oblíquo está diretamente ligada a função que ela exerce na oração. O pronome pessoal reto sempre exerce a função de sujeito. O pronome pessoal oblíquo, sempre exerce a função de complemento. No caso de os pronomes pessoais oblíquos exercerem a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto), tenha sempre claro o seguinte:Os pronomes oblíquos o, a, os, as exercem a função de objeto direto.Os pronomes oblíquos lhe, lhes exercem a função de objeto indireto.Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, tanto podem exercer a função de objeto direto como a de objeto indireto.

Outra informação importante: os pronomes pessoais não aparecem regidos por preposição. Alguns pronomes oblíquos são regidos por preposição; por exemplo, quando funcionam como objeto indireto, agente da passiva ou complemento nominal.Preste atenção, agora, na seguinte oração: predicado verbalSuj. obj. direto obj. indiretoEu entreguei a carta para ela.apronome verbo prep. pron. pessoal transitivo pessoal reto direto e oblíquo indiretoNesses casos, os pronomes ele, ela, nos, vos, eles, elas, precedidos de preposição, são oblíquos.

PRONOMES POSSESSIVOS* meu, teu, seu, nosso, vosso (e variantes ).* me, te, lhe, nos, vos, quando substituíveis pelos possessivos sem quebra de sentido.Ex.: Apertou-me a mão. (= Apertou a minha mão)

O quadro seguinte mostra as possibilidades de substituição:1 ) ME - MEU, MEUS - MINHA, MINHAS2 ) TE - TEU, TEUS - TUA, TUAS3 ) LHE - SEU, SEUS - SUA, SUAS4 ) NOS - NOSSO, NOSSOS - NOSSA, NOSSAS5 ) VOS - VOSSO, VOSSOS - VOSSA, VOSSAS

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

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* este, esse, aquele (e suas variantes).* o, a, os, as diante da palavra QUE, pois, nesse caso, são, em geral, substituíveis por aquele(s), aquela(s), aquilo, isto.Ex: Não ouvi “o que” disseste.(= ouvi “aquilo que” disseste)

PRONOMES INDEFINIDOSSão aqueles que se referem à 3ª pessoa, mas de modo vago, indefinido.Principais pronomes indefinidos: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, cada, certa, certo, certas, certos, algum, alguma, alguns, algumas, bastante, demais, nenhum, nenhuma, qualquer, quaisquer, quanto, quantos, todo, todos, etc.

PRONOMES INTERROGATIVOSAparecem em frases interrogativas, acompanhadas ou não de verbos interrogativos como: perguntar, desejar, saber, etc. São pronomes interrogativos: que, qual, quem, quanto.Ex. Quem chegou primeiro?

PRONOMES RELATIVOS São os que representam seres já citados na frase, servindo como elemento de ligação (conetivo) entre duas orações. Ex. Os romanos escravizavam os soldados que eram derrotados. Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. São pronomes relativos as palavras: que, quem, qual, o qual;, os quais, cuja, cujas, cujo, cujos, onde, quanto, quantos, quanta, quantas.

COLOCAÇÃO DE PRONOMESEm relação aos verbos, os pronomes átonos podem ser colocados em três posições: próclise, ênclise, mesóclise. A escolha da próclise, ênclise ou mesóclise constitui fundamentalmente uma questão estilística, isto é, depende do ritmo, eufonia e expressividade que o autor pretende dar a frase. Com base nesse princípio estilístico, a gramática sistematizou os principais casos de obrigatoriedade do emprego de uma dessas três possibilidades .

EMPREGO DOS PRONOMESQuando definimos pronome, afirmamos que ele pode substituir o substantivo ou podeacompanhá-lo. No primeiro caso temos um pronome substantivo; no segundo caso, umpronome adjetivo. Observe a frase seguinte e suas possíveis variações:Aquele livro é novo (aquele = pronome adjetivo, porque vem seguido do

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substantivo livro).Aquele que trabalha progride (aquele = pronome substantivo, porque não vem seguido desubstantivo; está empregado no lugar de um substantivo).

SUBSTANTIVOS: os pessoais, os demonstrativos,isto, isso, aquilo; os indefinidos quem,alguém, ninguém, algo, outrem, tudo.

ADJETIVOS: os pronomes possessivos; o pronome relativo cujo, os pronomes cada, certo.

 VERBO: Verbo é a palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.Quanto a conjugação divide-se em:

REGULARES: São aqueles que seguem um paradigma em sua conjugação. Na conjugação de um verbo regular, o radical e as desinências verbais mantêm-seregulares nos diferentes tempos e modos. Ex.:am-o beb-o part-oam-as beb-es part-esam-a beb-e part-eam-amos beb-emos part-imosam-ais beb-eis part-isam-am beb-em part-em

IRREGULARES: São aqueles verbos que não seguem os paradigmas das conjugações, pois apresentam irregularidades nos radicais ou nas desinências. Ex.:sub-o meç-o dousob-es med-es dássob-e med-e dásub-imos med-imos damossub-is med-is dais sob-em med-em dão

DEFECTIVOS: São aqueles que não possuem conjugação completa.* defectivos impessoais: são verbos que não possuem sujeito, não estabelecem concordância com nenhum termo da oração. Estão enquadrados nessa classificação os verbos que indicam os fenômenos da natureza - chover, relampejar, trovejar, ventar, nevar, etc., o verbo haver (no sentido de existir) e fazer (na indicação de tempo decorrido).

* defectivos unipessoais: são os verbos que são conjugados apenas na 3ª pessoa, singular e plural. São verbos que exprimem vozes de animais - miar, latir, grunhir, mugir, zumbir - e aqueles que exprimem ocorrência -

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ocorrer, acontecer, suceder, sobrevir, etc. Tanto nesse caso como no dos impessoais, a defectividade decorre da significação dos verbos, que apenas figuradamente podem aparecer em formas de 1ª e 2ª pessoas. Os verbos defectivos pessoais não possuem algumas flexões por motivos formais. É o caso do verbo falir, o qual possui formas idênticas ao verbo falar. A eufonia também é um motivo que justifica a não utilização de algumas formas. Um bom exemplo é o verbo abolir (abulo não é considerada uma forma agradável aos ouvidos).

* Não possuem a 1ª pessoa do pres. do indicativo; conseqüentemente, não possuem pres. dosubjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, possuem apenas as formas que vêm do pres. do indicativo. Ex.: Verbo demolir - pres. do indicativo: eu ø, tu demoles, ele demole, nós demolimos, vós demolis, eles demolem

- imp. afirmativo: demole tu, ø você, ø nós , demoli vós, ø vocês

Seguem esse modelo: abolir, banir, carpir, colorir,delinqüir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir.

Os verbos falir, agredir, combalir, foragir-se e Reunir são conjugados apenas naquelas pessoas em que o radical e seguido de i. Não possuem pres.subjuntivo nem imp. negativo. Ex.: Verbo falir.- pres. indicativo: eu ø, tu ø, ele ø, nós falimos, vósfalis, eles ø- imp. afirmativo: ø tu, ø você, ø nós, fali vós, ø eles

Os verbos adequar, precaver e reaver são conjugados no pres. indicativo, imperativoneg./afirm. e pres. subjuntivo apenas na 1ª e 2ªpessoas do plural. Ex.:* Verbo adequar- pres. ind.: eu ø, tu ø, ele ø, nós adequamos, vósadequais, eles ø

- imperativo: ø tu, ø você, adequemos nós, adequaivós, ø elesø tu, ø você, não adequemos nós, não adequeisvós, ø eles- pres. subj.: eu ø, tu ø, ele ø, nós adequemos, vós

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adequeis, eles ø

* Verbo precaver:- pres. indicativo: eu ø, tu ø, ele ø, nós precavemos,vós precaveis, eles ø- imp. afirmativo: ø tu, ø você, ø nós, precavei vós, øeles

* Verbo reaver:É conjugado com o modelo de haver, mas só apresenta as formas em que este último possui V no radical.- pres. indicativo: eu ø, tu ø, ele ø, nós reavemos,vós reaveis, eles ø- imp. afirmativo: ø tu, ø você, ø nós, reavei vós, øelesQuanto aos verbos precaver e reaver, veja a conjugação no pretérito perfeito do indicativo:Precaver: precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram.Reaver: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram (modelo: haver).

TEMPO: Há 2 tipos de tempos verbais: os primitivos e os derivados.São chamados de tempos primitivos aqueles que dão origem a outros tempos verbais.

São três os tempos verbais primitivos: o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Todos os demais tempos são chamados tempos derivados, pois se originam desses três tempos verbais primitivos.

Tempos primitivos Tempos derivados presente do indicativopresente do subjuntivoimperativo afirmativoimperativo negativopretéritoperfeito do indicativomais-que-perfeito do indicativoimperfeito do subjuntivofuturo do subjuntivoinfinitivoimpessoalimperfeito do indicativofuturo do presente do indicativo

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futuro do pretérito do indicativoinfinitivo pessoalparticípiogerúndio

ASPECTO: Aspecto é a maneira de ser da ação.Se digo, por exemplo, eu trabalho e eu estou trabalhando, há diferença entre ambas quanto àduração (muito mais forte na segunda forma).

O pretérito perfeito composto, embora indique um fato concluído revela, de certa forma, a idéia de continuidade.Exemplo: Eu tenho estudado (isto é, eu estudei continuamente até o presente momento).

Os verbos terminados em "ecer" ou "escer", por exemplo, indicam uma continuidade gradual.Exemplo: Embranquecer é começar a ficar grisalhoe envelhecer é ir ficando velho.

MODO: Modo são as diferentes formas que toma o verbo para indicar a atitude do falante em relação ao fato.Há três modos: Indicativo Subjuntivo e Imperativo.Indicativo: Apresenta o fato de uma maneira real, certa, positiva. Exemplo: Eu estudo Geografia.

SubjuntivoExprime um desejo ou apresenta o fato como possível ou duvidoso. Exemplos: Se eu tivesse dinheiro, compraria um carro.Quando o relógio despertar, acorda-me.

ImperativoExprime ordem, conselho ou súplica. Exemplos:Limpa a cozinha, Maria. /Senhor, tende piedade de nós. / Descanse bastante nestas férias.

EMPREGO DOS PARTICÍPIOS DUPLOS OU TRIPLOSAs formas regulares (na prática, as mais longas) devem ser empregadas com os auxiliares “ter” ou “haver”, as formas irregulares (na prática, as mais curtas) devem ser usadas com os auxiliares “ser” ou “estar”. Ex: O diretor tinha suspendido a aula. O ladrão fora preso pelo guarda.

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VERBOS CONJUGADOS COM PRONOME ENCLÍTICOOs problemas são os seguintes:1 - Verbo seguido pelo pronome oblíquo átono LHE ou LHES- não há alteração formal no verbo ou no pronome.Ex.: Enviamos-lhe alguns livros.

2 - Verbo seguido de pronome reflexivo, isto é, pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito (me, te, se, nos, vos, se)- a forma verbal de primeira pessoa do plural (nós) sofre alteração: o “s” é eliminado diante do pronome enclítico “nos”. Ex: magoamo-nos, queixamo-nos,etc.

3 - Verbo seguido pelo pronome “o” e flexões -apresenta possibilidades variadas, segundo amaneira como finaliza a forma verbal:a) forma verbal terminada em vogal ou ditongo oral.- não há modificação no verbo ou no pronome. Ex.:mandei-o, amo-a, etc.

b) forma verbal finalizada pela consoante “m” ou pelos ditongos nasais “ão” ou “õe”.- o pronome oblíquo assume a forma “no” (“na”, “nos” ou “nas”). Ex.: mandam-no, põe-no, dão-no, etc.

c) forma verbal finalizada em “R”, “S” ou “Z”- eliminam-se essas letras e o pronome oblíquo toma a forma “lo” (“la”, “los” ou “las”). A forma verbal resultante obedece normalmente às regras de acentuação. Ex.: fazê-lo, mandá-lo, atraí-lo, etc.

ADVÉRBIO: É a expressão modificadora do verbo, do adjetivo ou do próprio advérbio, indicando uma circunstância de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, de condição, etc. O advérbio pode, também modificar uma oração inteira.Ex.: Aqui, trabalha-se com dedicação.Hoje, tudo será esclarecido.Segundo as circunstâncias transmitidas,classificam-se os advérbios em:

AFIRMAÇÃO 1) sim2) deveras - significa sinceridade, realmente, verdadeiramente3) pois sim - locução adverbial que denota assentimento. Pode também exprimir dúvida ou

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reserva. Ex.: Pois sim! Não quiseste participar...4) pois não - locução adverbial que exprime de forma cortês, idéia de consentimento5) certo6) certamente.

DÚVIDA1) por ventura2) quiçá - significa talvez, quem sabe, porventura3) talvez - quando precede o verbo, este advérbio exige o subjuntivo, e o indicativo quando vem posposto ao verbo. Ex.: Talvez queiram tomar outro rumo.4) acaso.

INTENSIDADE1) algo2) assaz - (bastante, suficientemente)3) bastante - (muito, suficientemente)4) demais5) muito, pouco6) mais, menos7) meio, metade - substantivos que funcionam às vezes como advérbio. Ex.: Estava meio louco, quando tomou aquela atitude.8) que - é advérbio quando modifica adjetivo. Ex.: Que bela é aquela jovem!9) quase - significa “por pouco”, a pequena distância”, “com pouca diferença”,“aproximadamente”.10) sobremaneira, sobremodo11) tanto, quanto12) tão e quão13) todo.

LUGAR1) abaixo, acima. Às vezes vem colocado após o substantivo, com grande efeito e elegância. Ex.: Correu pela rua abaixo.2) adentro, afora3) adiante, atrás4) além, aquém5) alhures, algures, nenhures. Algures é uma palavra cognata de algum e significa “em algum lugar:, “em alguma parte”.Ex.: Ele estará algures.Nenhures contrapõe-se a algures e significa “em nenhum lugar.Alhures significa “em outro lugar”.6) aqui, aí, ali

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7) arriba. Avante8) cá, lá e acolá9) defronte, atrás10) dentro, fora11) em cima, embaixo12) junto13) longe, perto14) onde, aonde. O primeiro pode ser advérbio relativo com antecedente expresso ou latente.Ex.: A cidade onde estive vários dias...O advérbio onde indica estada, permanência em algum lugar; aonde indica movimento paraum lugar. Ex.: Não sei onde estou, nem aonde irei.15) exteriormente, interiormente, lateralmente e outros advérbios terminados em mente.

MODO1) acinte - significa “de propósito”, “deliberadamente”. É também substantivo indicando propósito de fazer alguma coisa, procedimento consciente.2) adrede - significa “de caso pensado”, “de propósito”.3) ainda4) alerta - significa atentamente.5) apenas - etimologicamente significa “penosamente”, “com dificuldade”. Ex.: Apenas conseguia abrir os olhos.Apenas e mal são advérbios que passam a ser conjunções subordinativas temporais, quando ligam duas orações. Ex.: O trem saiu, apenas eu cheguei. Mal tocou a sineta, o professor deixou a classe.6) assim. Esse advérbio entra em expressões como: assim e assim (mais ou menos); como assim (locução adverbial que denota espanto); assim como assim (seja como for, de qualquer modo).7) bem, mal8) cerce - significa rente, pela raiz.9) como - além de sua função de advérbio, pode também exercer função conjuntiva.10) depressa11) rente12) também13) devagar14) só - além de advérbio, significando somente, unicamente, só pode também ser adjetivo, com a significação de sozinho.Mente é o único sufixo adverbial que possuímos na língua portuguesa. Para a formação de advérbios é acrescentado ao adjetivo flexionado na forma feminina.Ex.: bondosamente, precipitadamente, absolutamente.

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TEMPO1) agora, ora2) ainda3) antes, depois4) cedo, tarde, logo5) então6) entrementes, já7) quando - significa “tempo em que”8) ontem, hoje, amanhã9) outrora10) nunca, jamais - estes advérbios têm valor negativo, significando “em tempo nenhum”.11) sempre12) primeiro, primeiramente, secundariamente...

COLOCAÇÃO E GRAU DOS ADVÉRBIOSEmbora faltem ao advérbio as flexões de gênero e número, possui ele a flexão de grau,igualmente como o adjetivo. Os casos, porém, são raros.

GRAU COMPARATIVO:de igualdade: tão bem, tão harmoniosamentede superioridade: melhor, pior, mais bom, mais mal, mais harmoniosamentede inferioridade: menos bem, menos mal, menos harmoniosamente.

SUPERLATIVO ABSOLUTO:Sintético: harmoniosamenteAnalítico: muito harmoniosamente

DIMINUTIVO: cedinho, loguinho, agorinha, pertinho, pertico.1. Grau comparativo - Existem as três possibilidades:a) de igualdade: Voltou tão tarde quanto eu.b) de superioridade: Chegou mais tarde que eu.c) de inferioridade: Chegou menos tarde que tu.

2. Grau superlativo - Em geral, o advérbiopossui o grau superlativo absoluto, em formasintética ou analítica. A forma sintética é feita pelo acréscimo do sufixo -íssimo: muito (muitíssimo), cedo (cedíssimo), perto (pertíssimo), etc.

NOTA - Para os advérbios formados com o sufixo -mente, em primeiro lugar forma-se o

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superlativo absoluto sintético do adjetivo e, posteriormente, acrescenta-se o sufixo -mente.Ex.: forte (adj) - fortíssimo (fortíssima) - fortissimamente.A forma analítica é feita pela utilização de um advérbio de intensidade (muito, extremamente,demasiado, etc.): muito bem, extremamente bem, demasiado bem, etc.

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOSDenominação reservada às palavras “onde?”, “aonde?”, “donde?”, “por que?”, “para que”? e“como?” sempre que estiverem introduzindo uma interrogação direta ou indireta.Ex.: Onde estás? (Interrogação direta)Quero saber onde estás. (Interrogação indireta)

LOCUÇÃO ADVERBIAL: É reunião de palavras que eqüivalem a advérbiospropriamente ditos.Ex.: às claras, às pressas, em vão, em tempo, em breve, à toa, ao contrário, etc.Obs.: a locução verbal sempre inicia com preposição.

PALAVRAS DENOTATIVAS: Certas palavras, semelhantes ao advérbio, passaram a ter classificação à parte: São palavras denotativas de:a) inclusão: inclusive, até, mesmo, também...b) exclusão: apenas, menos, salvo, só, somente...c) designação: eis...d) realce: cá. Lá, é que...e) retificação: aliás, ou melhor, isto é ...f) situação ou explicação: a saber, isto é, por exemplo ...

8. PREPOSIÇÃOPalavra invariável que estabelece relação entre termos de uma mesma oração. É um conetivo subordinativo que, colocado entre dois termos de funções diferentes, um antecedente e outro conseqüente, indica que este está subordinado àquele. O papel das preposições é, assim, subordinar um elemento da oração a outro, apresentando o segundo como complemento doprimeiro.

PREPOSIÇÕES SIMPLESAs preposições podem aparecer combinadas com outras palavras: do (de + o); no (em + o); deste (de + este); daquele (de + aquele); pelo (per + o).

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LOCUÇÕES PREPOSITIVASLocução prepositiva é o grupo de palavras com valor e emprego de uma preposição.Normalmente a locução prepositiva é formada de advérbio ou locução adverbial seguida dapreposição de, a ou com. Pode também a locução prepositiva ser formada de duas preposições.São locuções prepositivas: além de, acerca de, cerca de, por meio de, por causa de, em vista de, etc.OBS.: Não confunda as locuções prepositivas com as locuções adverbiais. As primeiras têm normalmente como último elemento, uma preposição, enquanto com as locuções adverbiais isso nunca acontece.

COMBINAÇÃOAlgumas preposições podem combinar-se com outras palavras, passando a constituir um único vocábulo, guardando, contudo, a integridade da preposição.A + artigo: ao, aos, à, àsDE + artigo: do(s), da(s)DE + demonstrativo: deste(s), desta(s), disto(s), desse(s), dessa(s), disso(s), daquele(s), daquela(s), daquilo(s).DE + pessoal ele: dele(s), dela(s).DE + advérbio: daqui, dali, daí, donde.EM + artigo: no(s), na(s), num(s), numa(s).EM + demonstrativo: neste(s), nesta(s), nisto(s), nesse(s), nessa(s), nesta(s), nisso(s), naquele(s), naquela(s), naquilo(s0.EM + pessoal ele: nele(s), nela(s).EM + indefinido outro: noutro(s), noutra(s)PER + artigo: pelo(s), pela(s)

9. CONJUNÇÃOÉ a palavra invariável que liga orações ou termos da oração. Ex.: Comi mas não gostei.As conjunções dividem-se em: coordenativas e subordinativas.Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que uma dependa da outra ou sem que asegunda complete o sentido da primeira, dizemos que ela é coordenativa.Quando a conjunção liga duas orações que se completam uma a outra e faz com que a segunda dependa da primeira, dizemos que ela é subordinativa.

COORDENATIVAS: Podem ser:a) aditivas - que dão idéia de adição: e, nem, mas também, mais ainda, senão, também, como também, bem como. 

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Ex.: A doença vem a cavalo e volta a pé.b) adversativas - relação de oposição: mas, porém, contudo, todavia, entretanto. Ex.: Querem ser ricos, mas não trabalham.c) alternativas - relação de alternância: ou ...ou, ora ... ora.Ex.: Maria ora caminhava, ora sentava ofegantemente.d) conclusivas - relação de conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (posto ao verbo). Ex.: As árvores balançavam, logo estava ventando.e) explicativas - relação de justificação: pois (anteposto ao verbo), porque, que ... Ex.: Venha, porque quero conversar com você.

SUBORDINATIVAS: Podem ser:a) integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas: que, se. Ex.: Sonhei que o mundo ia acabar.b) causuais relação de causa: porque, visto que, já que, como ... Ex.: Não me interessa a opinião deles, porque todos ali são imbecis.c) concessivas relação de concessão: embora, ainda que, se bem que ... Ex.: Foi ao encontro, embora estivesse atrasado.d) comparativas relação de comparação: mais ...do que, menos... do que, como ... Ex.: Talvez ninguém pense como nós pensamos.e) condicionais relação de condição: se, caso, contanto que, desde que, a menos que, salvo, a não ser que ... ex.: Não irei sem que ele me telefone.f) conformativas relação de conformidade: conforme, consoante, segundo. Ex.: Cada um colhe, conforme semeia.g) consecutivas relação de conseqüência: (tal)... que; (tanto) ... que. Ex.: Era tão feia que metia medo nas crianças.h) finais relação de finalidade: para que, que, a fim de que. Ex.: Enganou-os para que não a enganassem.i) proporcionais relação de proporcionalidade: à medida que, à proporção que, quanto mais ... Ex.: As criaturas são mais perfeitas à proporção que são mais capazes de amar.j) temporais relação de tempo: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, desde que, apenas, mal ... Ex.: Todos saíram, depois que protestei.

LOCUÇÕES CONJUNTIVASMuitos dos exemplos acima citados são locuções conjuntivas, pois são duas ou maispalavras com valor de uma conjunção antes que, desde que, para que, etc.

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10. INTERJEIÇÃO: É a expressão que transmite emoções súbitas. O próprio tom de voz, ascendente ou descendente,com que são ditas as interjeições, revela as mais variadas emoções ou sentimentos. Exs.:a) alegria: Oh! Ah! Oba! Eh! Viva! ...b) dor: ai! Ui! Ah! Oh! Ai de mim! Meu Deus! ....c) espanto: oh! Ah! Puxa! Céus! Quê! Upa!,....d) advertência: cuidado! Devagar! Atenção! Olha lá! Calma! ...e) desagrado: chi! Ora bolas! Que nada! Francamente! ...f) aprovação: muito bem! Boa! Apoiado! Bravo! Hurra! ...g) terror: uh! Credo! Cruzes! Jesus! Ui! ...h) silêncio: psiu! Pst! Silêncio! ....i) chamamento: olá! Alô! Ô! ...j) admiração: ah! Oh! Eêh! ...k) saudação: salve! Viva! Ora viva! Ave! ...l) impaciência ou contrariedade: diabo! Hum! Irra!m) indignação: fora! Morra! Abaixo! ...n) socorro: socorro! Alô! Valha-me-Deus! ...o) afugentamento: sai! Fora! Passa! Rua!Arreda! ....

Locução interjetiva - é um grupo de palavras com valor de interjeição: ai de mim!, ó de casa! Bem feto!