RPCOM - Mandala Comunicação

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RPCOM Universidade Metodista de São Paulo Relações Públicas 6º semetre 2012 Edição V O universo corporativo busca maneiras diferen- ciadas para alavancar suas marcas e imagens no cenário competitivo. Assim, empresas públicas e privadas utili- zam o marketing juntamente com o esporte como uma das ferramentas para planejar estratégias de mercado e divulgar produtos e serviços. O marketing pelo esporte está relacionado di- retamente à publicidade, propaganda e patrocínios. A partir do momento em que uma organização alia seu nome a uma modalidade esportiva, nota-se o interesse em atingir e aproximar seus públicos de maneira mais efetiva e em adicionar à marca valores do esporte como paixão, emoção, jovialidade e bem estar. Segundo o Gerente de Marketing e Comunica- ção de Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil, Ar- thur de Almeida Wong, a empresa começou a investir no esporte quando pesquisas mostraram que a marca era vista como tradicional e antiquada. “Escolhemos patrocinar o automobilismo e o vôlei de praia para pro- mover e desenvolver produtos com design mais jovem e com motores mais potentes para trazê-la à um pata- mar mais ousado e mais esportivo”, diz Wong. No ranking das empresas que investem em es- portes, encontra-se também o Banco do Brasil que se tornou patrocinador do bem sucessedido vôlei agregan- do característica de força, dinamismo e vitória à sua marca, associando tradicionalismo e jovialidade. Naturalmente, os investimentos e a qualificação na utilização do marketing pelo esporte aumentarão vista a visibilidade e a repercussão dos dois maiores eventos esportivos do mundo acontecendo no Brasil: a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Esse crescente investimento também se justifica pela mensuração dos resultados das organizações, uma vez que os retornos de mercado e imagem se tornam positi- vos ao utilizar o esporte. A Mercedes-Benz, por exem- plo, teve uma exposição de marca 47 vezes maior em 2011. Esporte – Uma tendência na comunicação Caso esses retornos positivos sejam vinculados a ações específicas com os públicos de interesse e à cultura organizacional, tais corporações poderão atin- gir diversos segmentos da sociedade e terão sua ima- gem e reputação constituídos a partir de valores reais relacionados ao esporte, como diz João Hatschbach do Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo. Neste contexto, existe um equívoco em relação à nomenclatura. A maior parte das organizações fala em marketing esportivo mesmo não atuando no segmento do esporte e, neste caso, o nome correto é marketing pelo esporte, assunto discorrido até o momento. Já o marketing esportivo é aquele feito por em- presas do ramo do esporte que praticam alguma ação por meio deste visando assuntos de interesse público, a divulgação de personalidades e/ou a promoção e de- senvolvimento do próprio ambiente esportivo. Responsável pelo site MKT Esportivo, Eduar- do Esteves de Castro, comenta sobre a NFL e seu enga- jamento com as campanhas de prevenção e combate ao câncer de mama. No mês de Outubro, com a “A Catch Crucial”, a equipe de futebol americano incentiva pro- jetos e reverte a verba de produtos licenciados para esta causa. O marketing pelo esporte inova a imagem e divulga a marca das organizações que sabem utilizá- -lo estrategicamente. E simultaneamente, o marketing esportivo incentiva ações sociais e desenvolve projetos para diversas áreas da sociedade. O esporte trazendo resultados positivos para organizações e sociedade Fonte: Divulgação Caio Fibla, Henrique Kindler e Nathany Batista Em 30 de Agosto, a empresa Azul Linhas Aéreas, uma das principais empresas de viagens e transporte aéreo brasileira, anunciou sua fusão com a companhia aérea Trip. A Trip foi fundada em 1998. Durante sua tra- jetória, comprou as empresas Rico Linhas Aéreas, que atendia a região de Amazonas e a Total Linhas Aéreas, de Minas Gerais, ampliando assim, suas áreas atendidas. Em 2008, vendeu 20% do seu capital a em- presa norte americana Skywest Airlines e ul- trapassou a marca de 70 destinos atendidos, e em 2011 começou a operar no estado do Acre. A Trip Linhas Aéreas opera com o maior numero de localidades, são cerca de 89 destinos nacionais. A Azul Linhas Aéreas foi criada em 2008 pelo empresário David Neeleman. Com apenas dois anos, a Azul ganhou inúmeros prêmios, foi eleita a empre- sa mais inovadora pela revista norte-americana Fast Company e considerada a melhor companhia aérea low-cost da América do Sul pela Skytrax World Air- line Awards. Em 2011, alcançou a marca de 15 mil- hões de clientes transportados e 350 vôos diários. Em 2012, atingiu 10% de participação no mercado e alca- nçou a posição de 3ª maior companhia aérea do país. Com a fusão, as duas passam a deter 14% do mercado de vôos domésticos. Até o final deste ano, a frota deverá ultrapas- sar a marca de 120 aeronaves e atender 29% de todas Fusão entre Companhias aéreas garante crescimento de 29% e foco na qualidade no atendimento. as decolagens realizadas no território nacional. De acordo com José Mario Caprioli, atual presidente-ex- ecutivo da Trip: “Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais de visão e negócios. Como nós, a Azul é uma empresa com foco em segurança, qualidade no atendimento, ótima imagem de marca e que vem crescendo de forma vigorosa e responsável nos últimos anos.” Com a fusão, foi criada a holding Azul Trip S/A que controla as duas empresas, por enquanto, irão operar separadamente devido a autorização da ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) e do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ai- nda não estar disponível. Após a liberação, irão op- erar como uma única empresa com cerca de 800 voos diários, 99 destinos e 249 mercados atendidos. Com a fusão, as duas passam a deter 14% do mercado de vôos domésticos. Bárbara Capolete, Irina Gomes e Guilherme Viana Azul e Trip anunciam fusão promissora 3 Fonte: Divulgação

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Trabalho acadêmico Universidade Metodista de São Paulo Procução de House Organ Relações Públicas - 6º semestre 2012

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RPCOMUniversidade Metodista de São Paulo

Relações Públicas

6º semetre 2012

Edição V

O universo corporativo busca maneiras diferen-ciadas para alavancar suas marcas e imagens no cenário competitivo. Assim, empresas públicas e privadas utili-zam o marketing juntamente com o esporte como uma das ferramentas para planejar estratégias de mercado e divulgar produtos e serviços. O marketing pelo esporte está relacionado di-retamente à publicidade, propaganda e patrocínios. A partir do momento em que uma organização alia seu nome a uma modalidade esportiva, nota-se o interesse em atingir e aproximar seus públicos de maneira mais efetiva e em adicionar à marca valores do esporte como paixão, emoção, jovialidade e bem estar. Segundo o Gerente de Marketing e Comunica-ção de Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil, Ar-thur de Almeida Wong, a empresa começou a investir no esporte quando pesquisas mostraram que a marca era vista como tradicional e antiquada. “Escolhemos patrocinar o automobilismo e o vôlei de praia para pro-mover e desenvolver produtos com design mais jovem e com motores mais potentes para trazê-la à um pata-mar mais ousado e mais esportivo”, diz Wong. No ranking das empresas que investem em es-portes, encontra-se também o Banco do Brasil que se tornou patrocinador do bem sucessedido vôlei agregan-do característica de força, dinamismo e vitória à sua marca, associando tradicionalismo e jovialidade. Naturalmente,osinvestimentoseaqualificaçãona utilização do marketing pelo esporte aumentarão vista a visibilidade e a repercussão dos dois maiores eventos esportivos do mundo acontecendo no Brasil: a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.Esse crescente investimento também se justifica pelamensuração dos resultados das organizações, uma vez que os retornos de mercado e imagem se tornam positi-vos ao utilizar o esporte. A Mercedes-Benz, por exem-plo, teve uma exposição de marca 47 vezes maior em 2011.

Esporte – Uma tendência na comunicação

Caso esses retornos positivos sejam vinculados a ações específicas comos públicos de interesse e àcultura organizacional, tais corporações poderão atin-gir diversos segmentos da sociedade e terão sua ima-gem e reputação constituídos a partir de valores reais relacionados ao esporte, como diz João Hatschbach do Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo. Neste contexto, existe um equívoco em relação à nomenclatura. A maior parte das organizações fala em marketing esportivo mesmo não atuando no segmento do esporte e, neste caso, o nome correto é marketing pelo esporte, assunto discorrido até o momento. Já o marketing esportivo é aquele feito por em-presas do ramo do esporte que praticam alguma ação por meio deste visando assuntos de interesse público, a divulgação de personalidades e/ou a promoção e de-senvolvimento do próprio ambiente esportivo. Responsável pelo site MKT Esportivo, Eduar-do Esteves de Castro, comenta sobre a NFL e seu enga-jamento com as campanhas de prevenção e combate ao câncer de mama. No mês de Outubro, com a “A Catch Crucial”, a equipe de futebol americano incentiva pro-jetos e reverte a verba de produtos licenciados para esta causa. O marketing pelo esporte inova a imagem e divulga a marca das organizações que sabem utilizá--lo estrategicamente. E simultaneamente, o marketing esportivo incentiva ações sociais e desenvolve projetos para diversas áreas da sociedade.

O esporte trazendo resultados positivos para organizações e sociedade

Fonte: Divulgação

Caio Fibla, Henrique Kindler e Nathany Batista

Em 30 de Agosto, a empresa Azul Linhas Aéreas, uma das principais empresas de viagens e transporte aéreo brasileira, anunciou sua fusão com a companhia aérea Trip. A Trip foi fundada em 1998. Durante sua tra-jetória, comprou as empresas Rico Linhas Aéreas, que atendia a região de Amazonas e a Total Linhas Aéreas, de Minas Gerais, ampliando assim, suas áreas atendidas. Em 2008, vendeu 20% do seu capital a em-presa norte americana Skywest Airlines e ul-trapassou a marca de 70 destinos atendidos, e em 2011 começou a operar no estado do Acre. A Trip Linhas Aéreas opera com o maior numero de localidades, são cerca de 89 destinos nacionais. A Azul Linhas Aéreas foi criada em 2008 pelo empresário David Neeleman. Com apenas dois anos, a Azul ganhou inúmeros prêmios, foi eleita a empre-sa mais inovadora pela revista norte-americana Fast Company e considerada a melhor companhia aérea low-cost da América do Sul pela Skytrax World Air-line Awards. Em 2011, alcançou a marca de 15 mil-hões de clientes transportados e 350 vôos diários. Em 2012, atingiu 10% de participação no mercado e alca-nçou a posição de 3ª maior companhia aérea do país. Com a fusão, as duas passam a deter 14% do mercado de vôos domésticos. Atéofinaldesteano,afrotadeveráultrapas-sar a marca de 120 aeronaves e atender 29% de todas

Fusão entre Companhias aéreas garante crescimento de 29% e foco na qualidade no atendimento.

as decolagens realizadas no território nacional. De acordo com José Mario Caprioli, atual presidente-ex-ecutivo da Trip: “Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais de visão e negócios. Como nós, a Azul é uma empresa com foco em segurança, qualidade no atendimento, ótima imagem de marca e que vem crescendo de forma vigorosa e responsável nos últimos anos.” Com a fusão, foi criada a holding Azul Trip S/A que controla as duas empresas, por enquanto, irão operar separadamente devido a autorização da ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) e do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ai-nda não estar disponível. Após a liberação, irão op-erar como uma única empresa com cerca de 800 voos diários, 99 destinos e 249 mercados atendidos.

Com a fusão, as duas passam a deter 14% do mercado de vôos domésticos.

Bárbara Capolete, Irina Gomes e Guilherme VianaAzul e Trip anunciam fusão promissora

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Fonte: Divulgação

Coletivos culturais e a missão de unir diversidades

Os obstáculos e facilidades que uma organização independente enfrenta no seu dia-a-dia

Isabela Garcia, Giovana Castro, Lillian Barbieri e Natália Daleffi

Coletivo Marte - Fonte: Julia Lacerda

“Gostamos de provocar e de ser provocados.”

Rafael Cab - Coletivo Marte

Embora ainda bastante desconhecidos pelo grande público, coletivos são organizações cul-turais que vêm crescendo cada vez mais entre os jovens da atualidade, com a finalidade de valorizar a cultura escondida no cotidiano das pessoas. Em função de um interesse comum, os integrantes têm como objetivo a disseminação de conhecimento seja qual for a área de atuação, promovendo colab-orativamente atividades artísticas diversas como cinema, grafite, dança, música, moda ou esportes, de forma a incentivar o interesse dos participantes e um intercâmbio de informações entre eles. Por ser uma organização independente e não possuir uma hierarquia formal, as funções são definidas por aquilo que as pessoas podem ofe-recer de melhor de acordo com suas habilidades. A garantia de sucesso fica por conta de algumas atitudes fundamentais. “Para que isso funcione, é preciso muita organização, responsabilidade e pró-atividade. Deve-se saber muito bem com quem vai trabalhar antes de pensar na criação de um cole-tivo”, afirmam Bruno Calil, Pietro Queiróz e João da Hora, do Coletivo Molotov, da capital paulista.O local onde cada coletivo atua tem grande influên-cia sobre a forma como sua organização é feita. A facilidade de acesso e o número de pessoas atingi-

das mudam completamente quando falamos de um coletivo de São Paulo, da sua região metropolitana ou de uma região mais afastada, por exemplo. fala-mos de um coletivo de São Paulo, da sua região metropolitana ou de uma região mais afastada, por exemplo.

Coletivo Molotov - Fonte: Facebook Molotov

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Indiferentemente do local de atuação, fica clara a necessidade de um planejamento estraté-gico por parte dos coletivo. Desde a captação de parcerias até a divulgação de eventos e atividades precisa ser minuciosamente planejada. Para os par-ticipantes do Coletivo Molotov, “é neste ponto que o nosso planejamento estratégico criativo se dife-rencia, ao criar atividades que geram maior inte-ração com o público, conversando melhor com o segmento do ambiente”. Quando se trata de parcerias, os coletivos acreditam que mesmo um apoio vindo de outras entidades, não tiraria a cara de independência car-acterística. “Somos sempre bem claros em conver-sas com nossos parceiros e acreditamos que essa clareza, o ‘papo-reto’, já garante a independência de todos os envolvidos em qualquer ação conos-co”, afirma Rafael Cab, representante do Coletivo Marte, da região do ABC.

Apesar do “papo-reto”, alguns obstáculos ainda prejudicam o dia-a-dia dos coletivos. “Além das dificuldades políticas, acredito que falta enten-dimento do coletivo, do colaborativo, como estilo de vida”, de acordo com Cab, do Coletivo Marte. Mesmo utilizando um discurso de clareza e meios de divulgação digitais, ainda falta enten-dimento, por parte da sociedade, sobre o que é, e como funciona um Coletivo colaborativo. É dessa falta de conhecimento que surgem as dificuldades. Para Bruno, Pietro e João, do Coletivo Molotov, “a maior dificuldade hoje em dia é mostrar para as pessoas que fazem parte do mercado do entreteni-mento como a arte é algo a ser valorizado, e como agregar a este tipo de atividade um valor sólido”.

“O coletivo nasceu de uma necessidade de valorizar a própria cultura, que está em todo lugar, mas ninguém vê.”

Bruno Calil, Pietro Queiróz e João da Hora - Coletivo Molotov

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