RRS1 - Landim

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RECUPERAÇÃO SEMESTRAL (1º SEMESTRE – 2011) Literatura – HENRIQUE LANIM 1ª Série do Ensino Médio R OTEIRO Retomar toda a problemática que envolve a distinção entre um TEXTO LITERÁRIO eNÃO LITERÁRIO , juntamente com as FUNÇÕES DA LITERATURA (catarse, mímeses, “arte pela arte”, eva no início do ano. inda lembrar!se da TEORIA DOS GÊNEROS LITERÁRIOS. "onseguir compreende de maneira clara as produç#es literárias do TROVADORISMO ($$%&!$' '), HUMANISMO ($' '!$ *+) e CLASSICISMO ($ *+!$ %$) levando em consideração as sua respeitar os seguintes pontos sobre essa est tica literária- Recon ecer as especi/icidades de cada período literário. 01aminar, atrav s da análise te1tual, aspectos particulares de cada autor e se insere. 0stabelecer relaç#es comparativas entre os períodos literários. Relacionar as obras literárias com o conte1to ist2rico!social em que se des l m de toda a parte te2rica acima, compreender a obra Sonetos de Camões analisada em sala de aula. LISTA DE EXERCÍCIOS Leia os textos aaixo !a"a "es!o#$e" as $%as !"&xi'as (%est)es* TEXTO I A TEM+ESTADE (3onçalves 4ias) 5m raio 6ulgura 7o espaço 0sparso, 4e lu89 0 tr:mulo 0 puro ;e aviva, ;<esquiva Rutila, ;edu8= >em a aurora ?ressurosa, "or de rosa, @ue se cora 4e carmim9 seus raios s estrelas, @ue eram belas, Aem desmaios, Bá por /im. C sol desponta Dá no ori8onte, 4oirando a /onte, 0 o prado e o monte 0 o c u e o mar9 0 um manto belo 4e vivas cores dorna as /lores, @ue entre verdores ;e v: bril ar. E...F TEXTO II +O,TICA (Ganuel Handeira) 0stou /arto do lirismo comedido 4o lirismo bem comportado 4o lirismo /uncionário pIblico $ e com livro de ponto e1pedien Eprotocolo e mani/estaç#es de apreço ao ;r. * 0stou /arto do lirismo que pára e Evai averiguar no dicionário o cun o Evernáculo de um vocábulo bai1o os puristas Aodas as palavras sobretudo os barbarismos ' universais Aodas as construç#es sobretudo as sinta1es de e1ce Aodos os ritmos sobretudo os inumeráveis 0stou /arto do lirismo namorador ?olítico Raquítico ;i/ilítico 4e todo lirismo que capitula ao que quer que seja mesmo. E...F TEXTO III 1 e1pressão “/uncionário pIblico” gan a /unção adjetiva para criticar o clientelismo político. 2 6ica evidente a crítica ao caráter bajulat2rio, sugerindo uma ação subserviente e subalterna do poeta parn -

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Atividade

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RECUPERAO SEMESTRAL (1 SEMESTRE 2011)Literatura HENRIQUE LANDIM1 Srie do Ensino Mdio

Roteiro Retomar toda a problemtica que envolve a distino entre um TEXTO LITERRIO e NO LITERRIO, juntamente com as FUNES DA LITERATURA (catarse, mmeses, arte pela arte, evaso, engajamento), vistas no incio do ano. Ainda lembrar-se da TEORIA DOS GNEROS LITERRIOS.

Conseguir compreende de maneira clara as produes literrias do TROVADORISMO (1189-1434), HUMANISMO (1434-1527) e CLASSICISMO (1527-1581) levando em considerao as suas origens, alm de respeitar os seguintes pontos sobre essa esttica literria:

Reconhecer as especificidades de cada perodo literrio.

Examinar, atravs da anlise textual, aspectos particulares de cada autor em relao aos perodos em que se insere.

Estabelecer relaes comparativas entre os perodos literrios.

Relacionar as obras literrias com o contexto histrico-social em que se desenvolveram.

Alm de toda a parte terica acima, compreender a obra Sonetos de Cames analisada em sala de aula.

LISTA DE EXERCCIOS

Leia os textos abaixo para responder as duas prximas questes:TEXTO I

A TEMPESTADE

(Gonalves Dias)

Um raio

Fulgura

No espao

Esparso,

De luz;

E trmulo

E puro

Se aviva,

Sesquiva

Rutila,

Seduz!

Vem a aurora

Pressurosa,

Cor de rosa,

Que se cora

De carmim;

A seus raios

As estrelas,

Que eram belas,

Tem desmaios,

J por fim.

O sol desponta

L no horizonte,

Doirando a fonte,

E o prado e o monte

E o cu e o mar;

E um manto belo

De vivas cores

Adorna as flores,

Que entre verdores

Se v brilhar.

[...]

TEXTO II

Potica

(Manuel Bandeira)

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionrio pblico e com livro de ponto expediente

[protocolo e manifestaes de apreo ao Sr. diretor

Estou farto do lirismo que pra e

[vai averiguar no dicionrio o cunho

[vernculo de um vocbulo

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construes sobretudo as sintaxes de exceo

Todos os ritmos sobretudo os inumerveis

Estou farto do lirismo namorador

Poltico

Raqutico

Sifiltico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

[...]

TEXTO III

VOU-ME EMBORA PRA PASRGADA

(Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasrgada

L sou amigo do rei

L tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasrgada

Vou-me embora pra Pasrgada

Aqui eu no sou feliz

L a existncia uma aventura

De tal modo inconseqente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginstica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

E mando chamar a me-d'gua

Pra me contar as histrias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasrgada

Em Pasrgada tem tudo

outra civilizao

Tem um processo seguro

De impedir a concepo

Tem telefone automtico

Tem alcalide vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de no ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

- L sou amigo do rei -

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasrgada

01 Julgue asseres em V ou F:

1. ( ) Ao certo, a gradao (aumento) da mtrica do texto I se relaciona aquilo que o poema se refere, isto , a tempestade.

2. ( ) O texto I possui versos isomtricos.

3. ( ) Em todo o texto II percebemos uma mtrica de onze slabas poticas (hendecasslabo).

4. ( ) O que esquema de rima da primeira estrofe do texto III ABCBA.

02 Analise cada um dos itens abaixo e marque o nico correto sobre os textos acima:

a) No texto I a medida do verso se inicia com duas slabas poticas (disslabo) e termina com seis (hexasslabo).

b) O lugar citado pelo texto III (Pasrgada) apresentado de maneira negativa, pois possui apenas aspectos ruins.

c) O primeiro verso do texto I com duas slabas poticas pequeno, pois se relaciona ao incio de uma tempestade que nasce vagarosa.

d) Os versos do texto II so isomtricos, visto que o escritor fez uso de versos decasslabos.

03 Leia o texto abaixo faa o que se pede:

O HOMEM QUE SABIA JAVANSEm uma confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro, contava eu as partidas que havia pregado s convices e s respeitabilidades, para poder viver.

Houve mesmo, uma dada ocasio, quando estive em Manaus, em que fui obrigado a esconder a minha qualidade de bacharel, para mais confiana obter dos clientes, que afluam ao meu escritrio de feiticeiro e adivinho. Contava eu isso.

O meu amigo ouvia-me calado, embevecido, gostando daquele meu Gil Blas vivido, at que, em uma pausa da conversa, ao esgotarmos os copos, observou a esmo:

- Tens levado uma vida bem engraada, Castelo!

- S assim se pode viver... Isto de uma ocupao nica: sair de casa a certas horas, voltar a outras, aborrece, no achas? No sei como me tenho agentado l, no consulado!

- Cansa-se; mas, no disso que me admiro. O que me admira, que tenhas corrido tantas aventuras aqui, neste Brasil imbecil e burocrtico.

- Qual! Aqui mesmo, meu caro Castro, se podem arranjar belas pginas de vida. Imagina tu que eu j fui professor de javans!

- Quando? Aqui, depois que voltaste do consulado?

- No; antes. E, por sinal, fui nomeado cnsul por isso.

- Conta l como foi. Bebes mais cerveja?

- Bebo.

Mandamos buscar mais outra garrafa, enchemos os copos, e continuei:

- Eu tinha chegado havia pouco ao Rio estava literalmente na misria. Vivia fugido de casa de penso em casa de penso, sem saber onde e como ganhar dinheiro, quando li no Jornal do Comrcio o anncio seguinte:

Precisa-se de um professor de lngua javanesa. Cartas, etc. Ora, disse c comigo, est ali uma colocao que no ter muitos concorrentes; se eu capiscasse quatro palavras, ia apresentar-me. Sa do caf e andei pelas ruas, sempre a imaginar-me professor de javans, ganhando dinheiro, andando de bonde e sem encontros desagradveis com os "cadveres". Insensivelmente dirigi-me Biblioteca Nacional. No sabia bem que livro iria pedir; mas, entrei, entreguei o chapu ao porteiro, recebi a senha e subi. Na escada, acudiu-me pedir a Grande Encyclopdie, letra J, a fim de consultar o artigo relativo a Java e a lngua javanesa. Dito e feito. Fiquei sabendo, ao fim de alguns minutos, que Java era uma grande ilha do arquiplago de Sonda, colnia holandesa, e o javans, lngua aglutinante do grupo maleo-polinsico, possua uma literatura digna de nota e escrita em caracteres derivados do velho alfabeto hindu. (O Homem que sabia Javans Lima Barreto)

Sobre o texto de Lima Barreto, julgue os itens abaixo em V ou F:

1 ( ) Estamos diante de um texto do gnero narrativo que possui um narrador em primeira pessoa, sujeito que expressa a sua aventurosa profisso de professor de javans.

2 ( ) O espao da narrativa acima psicolgico, sobretudo em funo da incompatibilidade do lugar com a realidade concreta.

3 ( ) A presena de vrias falas poderia ser vista como uma marca dramtica em um texto narrativo.

4 ( ) A expresso homem que sabia javans se relaciona unicamente ao interlocutor (amigo) do narrador.

(ENEM - 2010) O poema de Manoel de Barros ser utilizado para resolver as duas prximas questes:

O apanhador de desperdcios

Uso a palavra para compor meus silncios.

No gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

s que vivem de barriga no cho

tipo gua pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das guas

Dou respeito s coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que avies.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos msseis.

Tenho em mim um atraso de nascena.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundncia de ser feliz por isso.

Meu quintal maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdcios:

Amo os restos

como as boas moscas.

Queria que a minha voz tivesse um formato

de canto.

Porque eu no sou da informtica:

eu sou da invenciontica.

S uso a palavra para compor meus silncios.

(BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdcios. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do sculo 21. So Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.)

04 prprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importncia no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorizao expressa por meio da linguagem

a) Denotativa, para evidenciar a oposio entre elementos da natureza e da modernidade.

b) Rebuscada de neologismos que depreciam elementos prprios do mundo moderno.

c) Hiperblica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.

d) Simples, porm expressiva no uso de metforas para definir o fazer potico do eu-lrico poeta.

e) Referencial, para criticar o instrumentalismo tcnico e o pragmatismo da era da informao digital.

05 Considerando o papel da arte potica e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-se que

a) Informtica e invenciontica so aes que, para o poeta, correlacionam-se: ambas tm o mesmo valor na sua poesia.

b) Arte criao e, como tal, consegue dar voz s diversas maneiras que o homem encontra para dar sentido prpria vida.

c) A capacidade do ser humano de criar est condicionada aos processos de modernizao tecnolgicos.

d) A inveno potica, para dar sentido ao desperdcio, precisou se render s inovaes da informtica.

e) As palavras no cotidiano esto desgastadas, por isso poesia resta o silncio da no comunicabilidade.

06 ( Adaptada- alunos Inei Coc 1C - 2011) Leia com bastante ateno o texto abaixo e faa o que se pede:

SOFRO POR TI

Oh minha senhora,

Desde o primeiro instante que a vi,

Senti, dentro de mim, florescer algo peculiar.

Sua beleza tira-me todo o ar,

Seus cabelos louros irradiam como os raios do Sol,

Que me iluminam assim como um farol.

No posso te dar objeto de valor,

Mas prometo que lhe darei o meu amor.

Mas quem me dera?

Eu ter o seu amor somente para mim

Diga apenas sim

E tentarei te conquistar at o fim.

Mas sei que nossos mundos so distintos,

Voc junto a ele naquela luxuosa cmoda

E eu aqui sozinho nesta pobre casa,

Isso torna tudo impossvel.

Sofro ao saber que ests com outro,

Cada lgrima derramada em minha face,

um pedao do meu corao partido,

Que foi se perdendo aos poucos,

Assim como o vento sopra a areia

Para uma terra desconhecida.

E a nica soluo,

ter voc juntando as partes do meu corao.

A leitura do texto acima nos permite afirmar corretamente que:

a) A expresso Seus cabelos louros irradiam como os raios do Sol relaciona-se beleza da amada.

b) Este texto uma cantiga de amigo, que possui um eu - lrico masculino e expressa seu sofrimento em relao a sua amada.

c) H o coito amoroso na segunda estrofe do texto.

d) Ocorre uma supervalorizao da figura feminina no texto.

e) Apenas nas duas ltimas estrofes h versos isomtricos.

(Adaptado de: ANDR, Joo Maria. Homem e Natureza em Nicolau de Cusa. In: Veritas, Porto Alegre, v. 44, n.3, p. 805, set. 1999.)

07 Procure ler com bastante ateno os textos abaixo e faa o que se pede:TEXTO I

CALA A BOCA, BRBARA

(Chico Buarque/Ruy Guerra)

Ele sabe dos caminhosDessa minha terraNo meu corpo se escondeuMinhas matas percorreuOs meus riosOs meus braosEle o meu guerreiroNos colches de terraNas bandeiras, bons lenisNas trincheiras, quantos ais, ai

Cala a bocaOlha o fogoCala a bocaOlha a relvaCala a boca, BrbaraCala a boca, Brbara

Ele sabe dos segredosQue ningum ensinaOnde guardo o meu prazerEm que pntanos beberAs vazantesAs correntesNos colches de ferroEle o meu parceiroNas campanhas, nos curraisNas entranhas, quantos ais, ai

Cala a bocaOlha a noiteCala a bocaOlha o frioCala a boca, BrbaraCala a boca BrbaraTEXTO II

MARINHA, O TEU FOLGAR

(Afonso Eanes de Coton)

Marinha, o teu folgartenho eu por desacertado,

e ando maravilhado

de te no ver rebentar;

pois tapo com esta minha

boca, a tua boca, Marinha;

e com este nariz meu,

tapo eu, Marinha, o teu;

com as mos tapo as orelhas,os olhos e as sobrancelhas,

tapo-te ao primeiro sono;

com a minha pia o teu cono;

e como o no faz nenhum,

com os colhes te tapo o cu.

E no rebentas, Marinha?

Julgue todos os itens abaixo em V ou F:1 ( ) O texto I uma tpica cantiga de amigo em que um eu-lrico feminino expressa seus sentimentos pelo amado;

2 ( ) No refro do texto I podemos notar certo clima opressivo, como se Brbara estivesse a passar por processo de tortura.

3 ( ) O texto II pode ser classificado como uma cantiga de escrnia, pois h uma crtica indireta ao sujeito criticado.

4 ( ) Em certa parte do texto I o eu-lrico faz referncia aos segredos de Calabar que podem ser vistos como ideias revolucionrias contrrias ao anos de chumbo da Ditatura Militar Brasileira.

08 Avalie com bastante ateno todos os textos abaixo para em seguida se fazer o que se pede:

TEXTO I

SENHORAMINHA,DESDEQUEVOSVI Senhoraminha,desdequevosvi,luteiparaocultarestapaixoquemetomouinteiroocorao;masnoopossomaisedecidiquesaibamtodosomeugrandeamor,atristezaquetenho,aimensadorquesofrodesdeodiaemquevosvi.

QuandosouberemqueporvssofriTamanhapena,pesa-me,senhora,quedigaalgum,vendo-metristeagora,queporvossacruezapadeci,eu,quesemprevosquismaisqueningum,enuncamequisestefazerbem,nemaomenossaberoqueeusofri.Equandoeuvir,senhora,queopesarquemecausaismevailevarmorte,direi,chorandominhatristesorte:"Senhor,porquemevoassimmatar?"E,vendo-metotristeesemprazer,todos,senhora,irocompreenderquesdevsmevemestepesar.

Jqueassim,euvenho-vosrogarquequeiraispelomenosconsentirquepasseaminhavidaavosservir,equepossadizeremmeucantarqueestamulher,queemseupoderme tem,soisvs,senhoraminha,vs,meubem;graamaiornoousareirogar. (Afonso Fernandes)

TEXTO II

(Disponvel em http://www.qieducacao.com / Acesso em 21 abril de 2011)

TEXTO III

(Disponvel em http://trovadorismoturma20.blogspot.com / Acesso em 21 abril de 2011)Com base nos textos acima podemos afirmar corretamente que:

a) Nos trs textos acima possvel ver uma das marcas das cantigas de amor, o coito amoroso (sofrimento amoroso).

b) Ao certo a figura masculina em todos os textos se coloca como um vassalo de uma senhora (mulher).

c) No texto III relacionar o posicionamento do homem a questes de lrico amorosas.

d) A relao entre homem e mulher vista de maneira desrespeitosa.

e) impossvel ver qualquer figura de linguagem no texto I.

09 Sobre o Humanismo em Portugal, leia os textos abaixo para se responder os itens prximos:

TEXTO I

O Humanismo foi u perodo marcado pelo bifrontismo, ou seja, pela sobrevivncia de instituies medievais (feudalismo, teocentrismo), aliadas a antecipaes renascentistas (mercantilismo, antropocentrismo e valores burgueses).

TEXTO II

Meu amor, tanto vos amo,

que meu desejo no ousa

desejar nenhuma cousa.

Porque, se a desejasse,

logo a esperaria;

e, se eu a esperasse,

sei que vos anojaria.

Mil vezes a morte chamo,

e meu desejo no ousa

desejar-me outra cousa.

(Conde Vimioso)

TEXTO III

O homem a medida de todas as coisas (Protgoras)

TEXTO IV

(Disponvel em http://3.bp.blogspot.com/ Acesso em 10 maio de 2011)

Com base na leitura de todos os textos acima podemos afirmar corretamente:

a) Que o texto IV est completamente de acordo com o texto I e III.

b) Que o texto III poderia ser reescrita da seguinte maneira: o homem quase a medida de todas as coisas no humanismo (viso bifrontista).

c) Que o texto II lana mo da medida nova, isto , o uso de versos decasslabos.

d) A sonoridade do texto II o deixa preso a um instrumento musical, caracterstica herdada do movimento anterior ao Humanismo.

e) Que possvel observarmos uma viso bifrontista no texto II.

10 (FUVEST) Leia os textos que seguem.

Texto I - Mar portugus

mar salgado, quanto do teu sal So lgrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mes choraram, Quantos filhos em vo rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma no pequena. Quem quer passar alm do Bojador Tem que passar alm da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele que espelhou o cu. Fernando Pessoa Texto II

Em to longo caminho e duvidoso Por perdidos as gentes nos julgavam, As mulheres coum choro piedoso, Os homens com suspiros que arrancavam. Mes, esposas, irms, que o temeroso Amor mais desconfia, acrescentavam A desesperao e frio medo De j nos no tornar a ver to cedo.

Cames

A partir dos trechos e de seus conhecimentos de Os Lusadas, assinale V ou F.

1. ( ) O texto II pertence ao episdio O velho do Restelo, de Os Lusadas, em que Cames indica uma crtica s pretenses expansionistas de Portugal, nos sculos XV e XVI.

2. ( ) Apesar das diferenas de estilo, tanto o texto de Cames quanto o de Fernando Pessoa indicam uma mesma idia: a de que o carter herico das descobertas martimas exige e justifica riscos e sofrimentos.3. ( ) fato de Cames, em Os Lusadas, lanar dvidas sobre a adequao das conquistas ultramarinas o assunto principal do poema contrape-se ao modelo clssico da epopia.

4. ( ) Ainda que abordem uma mesma circunstncia histrica e ressaltem as mesmas reaes humanas, o texto de Fernando Pessoa e o episdio O velho do Restelo chegam a concluses diferentes sobre a validade das navegaes portuguesas.

11 Procure ler com bastante ateno todos os itens abaixo e procure julg-los em V ou F:

1. ( ) A imagem do trovador no Humanismo passou a ser ainda mais valorizada do que no Trovadorismo.

2. ( ) A poesia no Humanismo se desvinculou da msica e passou a explorar a musicalidade prpria do interior das palavras.

3. ( ) No Humanismo nasceu a poesia palaciana, forma potica que adotou a medida velha, isto , as redondilhas.

4. ( ) A viso de mundo expressa em algumas produes poticas do Humanismo a bifrontal.

12 Leia o poema de Cames:Sete anos de pastor Jac servia

Labo, pai de Raquel, serrana bela;

Mas no servia ao pai, servia a ela,

E a ela s por premia pretendia.

Os dias, na esperana de um s dia,

Passava, contentando-se com v-la;

Porm o pai, usando de cautela,

Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos

Lhe fora negada a sua pastora,

Como se a no tivera merecida,

Comea de servir outros sete anos,

Dizendo: _ Mais servira, se no fora

Para to longo amor to curta a vida!

Cames

Marque a alternativa V ou F.1. ( ) O texto faz referncia a uma passagem bblica, o que demonstra a capacidade do poeta em se utilizar da intertextualidade para fazer arte.

2. ( ) H marca da imagem do amor sem limites, j que Jac trabalharia incansavelmente para alcanar a pessoa amada, e isso se afirma na concluso do poema Para to longo amor to curta a vida!.

3. ( ) A forma livre do poema coloca Cames a frente dos autores de sua poca, os quais se utilizavam de modelo fixo, principalmente o soneto.

4. ( ) O poema est em formato de soneto, o que demarca o formalismo e o perfeccionismo do Classicismo.

13 A estrofe abaixo fora retira da obra Os Lusadas, de Cames, publicada em 1572, leia-a juntamente com o texto seguinte e faa o que pedido:

TEXTO I

Nesta frescura tal desembarcavam

J das naus os segundos Argonautas,

Onde pela floresta se deixavam

Andar as belas Deusas, como incautas.

Algumas doces ctaras tocavam,

Algumas harpas e sonoras flautas,

Outras com os arcos de ouro se fingiam

Seguir os animais, que no seguiam.

(Os Lusadas, Cames. IX, 64).TEXTO II

Os Lusadas considerado o maior poema pico da lngua portuguesa. Constitudo de dez cantos que se distribuem nas seguintes partes: proposio (I, 1-3), invocao (I, 4-5), dedicatria (I, 6-18) narrao (I,19 a X, 144) e eplogo (X, 145-156). Alm dessa rgida estrutura forma a obra ainda soma 1102 estrofes, em oitava-rima (ABABABCC). Ao todo temos 8816 versos decasslabos.

As informaes acima nos permitem afirmar que:a) A rgida estrutura forma da obra associa-se a uma concepo de universo tpica do Classicismo, o antropocentrismo.

b) O texto I emparelha-se a concepes teocntricas, sobretudo em funo da presena das Deusas.

c) O comportamento desatento das deusas do texto I nos mostra o seu alto grau de ingenuidade.

d) O livro Os Lusadas distancia-se da esttica classicista, principalmente por ter uma rgida estrutura formal.

e) Os versos seguintes so metrificados corretamente da seguinte maneira: Nes / ta fres / cu / ra tal / de / sem / barcavam ] J / das / naus / os / se / gun / dos / Ar / go / nautas.

14 Procure ler com bastante ateno o soneto de Cames transcrito abaixo para responder os itens abaixo:

Eu cantarei de amor to docemente,

por uns termos em si to concertados,

que dois mil acidentes namorados

faa sentir ao peito que no sente.

Farei que amor a todos avivente,

pintando mil segredos delicados,

brandas iras, suspiros magoados,

temerosa ousadia e pena ausente.

Tambm, Senhora, do desprezo honesto

de vossa vista branda e rigorosa,

contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porm, para cantar de vosso gesto

a composio alta e milagrosa,

aqui falta saber, engenho e arte.

(Cames)

Considere o poema e marque, para as afirmativas abaixo, (V) Verdadeira, (F) Falsa:

1 ( ). Nos versos Brandas iras [...] / temerosa ousadia [...] h a presena de hiprbole.

2 ( ). O racionalismo se apresenta pelo fato do poeta no se deixar abandonar pelo fluxo do sentimentalismo que mesmo aparecendo no poema, exercido e controlado pela razo.

3 ( ). No final do poema o eu-lrico pe em dvida a sua capacidade de criao (...para cantar ... aqui falta saber, engenho e arte), reflexo metapotica do texto.

4 ( ). Na ltima estrofe o eu-lrico faz uma forte crtica vaidade feminina (... de vosso gesto...).

15 Avalie com bastante ateno o soneto abaixo e faa o que pedido:

Tanto de meu estado me acho incerto

que em vivo ardor tremendo estou de frio;

sem causa, justamente choro e rio,

o mundo todo abarco e nada aperto.

tudo quanto sinto, um desconcerto;

da alma um fogo me sai, da vista um rio;

agora espero, agora desconfio,

agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Cu voando;

numa hora acho mil anos, e jeito

que em mil anos no posso achar uma hora.

Se me pergunta algum por que assim ando,

respondo que no sei; porm suspeito

que s porque vos vi, minha Senhora.

(Cames)

Julgue as asseres abaixo em V ou F:

1. ( ) A sensao de que a vida incerta e instvel provoca reaes extremadas no eu potico, que se mostra assolado por conflitos enumerados nas trs primeiras estrofes (ardor, frio, choro, rio).

2. ( ) Apenas no primeiro verso do segundo quarteto podemos ver a ideia de desassossego existencial.

3. ( ) A figura de linguagem mais usada em todo o soneto a comparao, notada em quase toda a segunda estrofe.

4. ( ) No se pode relacionar de maneira alguma o ltimo terceto com o movimento literrio do Trovadorismo (1189-1434).

16 Avalie com bastante ateno o soneto abaixo e faa o que pedido:

Tanto de meu estado me acho incerto

que em vivo ardor tremendo estou de frio;

sem causa, justamente choro e rio,

o mundo todo abarco e nada aperto.

tudo quanto sinto, um desconcerto;

da alma um fogo me sai, da vista um rio;

agora espero, agora desconfio,

agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Cu voando;

numa hora acho mil anos, e jeito

que em mil anos no posso achar uma hora.

Se me pergunta algum por que assim ando,

respondo que no sei; porm suspeito

que s porque vos vi, minha Senhora.

(Cames)

A leitura do soneto nos permite afirmar corretamente que:

a) A sensao de que a vida incerta e instvel provoca reaes extremadas no eu potico, que se mostra assolado por conflitos enumerados nas trs primeiras estrofes (ardor, frio, choro, rio).

b) Apenas no primeiro verso do segundo quarteto podemos ver a ideia de desassossego existencial.

c) A figura de linguagem mais usada em todo o soneto a comparao, notada em quase toda a segunda estrofe.

d) No se pode relacionar de maneira alguma o ltimo terceto com o movimento literrio do Trovadorismo (1189-1434).

e) O texto se relaciona ao Classicismo principalmente em funo da mtrica usada em todas as estrofes (a medida velha).

17 Poderamos reescrever a frase de Protgoras da seguinte maneira no Humanismo: o homem quase a medida de todas as coisas. Disserte sobre isso.

18 Analise com bastante cuidado os textos abaixo para se fazer o que pedido:

TEXTO I

CONSTRUO

(Chico Buarque)

Amou daquela vez como se fosse a ltima

Beijou sua mulher como se fosse a ltima

E cada filho seu como se fosse o nico

E atravessou a rua com seu passo tmido

Subiu a construo como se fosse mquina

Ergueu no patamar quatro paredes slidas

Tijolo com tijolo num desenho mgico

Seus olhos embotados de cimento e lgrima

Sentou pra descansar como se fosse sbado

Comeu feijo com arroz como se fosse um prncipe

Bebeu e soluou como se fosse um nufrago

Danou e gargalhou como se ouvisse msica

E tropeou no cu como se fosse um bbado

E flutuou no ar como se fosse um pssaro

E se acabou no cho feito um pacote flcido

Agonizou no meio do passeio pblico

Morreu na contramo atrapalhando o trfego

Amou daquela vez como se fosse o ltimo

Beijou sua mulher como se fosse a nica

E cada filho seu como se fosse o prdigo

E atravessou a rua com seu passo bbado

Subiu a construo como se fosse slido

Ergueu no patamar quatro paredes mgicas

Tijolo com tijolo num desenho lgico

Seus olhos embotados de cimento e trfego

Sentou pra descansar como se fosse um prncipe

Comeu feijo com arroz como se fosse o mximo

Bebeu e soluou como se fosse mquina

Danou e gargalhou como se fosse o prximo

E tropeou no cu como se ouvisse msica

E flutuou no ar como se fosse sbado

E se acabou no cho feito um pacote tmido

Agonizou no meio do passeio nufrago

Morreu na contramo atrapalhando o pblico

[...]

TEXTO II

A literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de conceb-lo e organiz-lo. [...] Ela nos proporciona sensaes insubstituveis que fazer o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. [...] A vida em si terrivelmente desprovida de forma. Dessa ausncia, resulta o papel da arte: a funo da literatura criar, partindo do material bruto da existncia real, um mundo novo que ser mais maravilhoso, mais durvel e mais verdadeiro do que o mundo visto pelos olhos do vulgo. Ora, criar um mundo mais verdadeiro implica que a arte no rompe sua relao com o mundo. (TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: Difel. 2009, p. 23-66)

Com base nos dois textos diga o que a Literatura. Ainda procure falar sobre a construo do texto I, quase todo terminado com palavras proparoxtonas, por que o artista faz uso dessas palavras? Qual a sua relao com o texto?

19 Leia o fragmento abaixo e faa o que se pede:

UMA RUA

(Macrio e Sat de braos dados)

Sat: Ests brio? Cambaleias.

Macrio: Onde me levas?

Sat: A uma orgia. Vais ler uma pgina da vida cheia de sangue e de vinho-que importa?

Macrio: aqui, no? Ouo vociferar a saturnal l dentro.

Sat: Paremos aqui. Espia nessa janela. Macrio: Eu vejo-os. uma sala fumacenta. roda da mesa esto sentados cinco homens brios. Os mais revolvem-se no cho. Dormem ali mulheres desgrenhadas, umas lvidas, outras vermelhas Que noite!

Sat: Que vida! no assim? Pois bem! escuta, Macrio. H homens para quem essa vida mais suave que a outra. O vinho como o pio, o Letes do esquecimento... A embriaguez como a morte. . .

Macrio: Cala-te. Ouamos.

(Obras Completas de lvares de Azevedo; Org. Homero Pires; Rio de Janeiro; Companhia Editora Nacional; 1942)

Classifique o fragmento acima em algum dos gneros literrios. Disserte.20 Procure ler com bastante ateno o soneto abaixo e responda o que pedido:

Longe do estril turbilho da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na pacincia e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforo; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua.

Rica mas sbria, como um templo grego.

No se mostre na fbrica o suplcio

Do mestre. E, natural, o efeito agrade.

Sem lembrar os andaimes do edifcio:

Porque a Beleza, gmea da Verdade.

Arte pura, inimiga do artifcio,

a fora e a graa na simplicidade.

(Olavo Bilac)

Diga qual a mtrica do poema acima (faa a metrificao de pelo menos da primeira estrofe) em sua resposta e procure dizer sobre o que o poema refere-se (fala).

21 Leia os textos abaixo e faa o que pedido:

Texto I

Texto II

As armas e os bares assinaladosQue, da ocidental praia lusitana,Por mares nunca de antes navegadosPassaram ainda alm da Trapobana,Em perigos e guerras esforados,Mais do que prometia a fora humana,E entre gente remota edificaramNovo reino, que tanto sublimaram.

(Os Lusadas, Cames. I, 1-3).

Em que sentido as produes culturais acima nos revelam uma viso antropocntrica? Disserte.Bons estudos!!

A expresso funcionrio pblico ganha funo adjetiva para criticar o clientelismo poltico.

Fica evidente a crtica ao carter bajulatrio, sugerindo uma ao subserviente e subalterna do poeta parnasiano.

Diz-se da correo e pureza no falar e escrever; castio.

Forma lingstica reprovada pelos puristas.

Essas expresses sugerem uma crtica uma crtica do poeta ao Romantismo.

Qualquer das substncias de um extenso grupo encontrado nos vegetais, em geral nitrogenadas, heterocclicas, bsicas, com pronunciada ao fisiolgica sobre os animais.

Ao acaso, sem rumo.

Refere-se ao pnis (pica) do sujeito lrico;

nus;

Testculos;

Neste lugar to fresco quanto foi descrito anteriormente, isto , nas estrofes anteriores.

Grandes navegadores lendrios. Liderados por Jaso, embarcam na nau Argos e foram at os confins da Clquida, em busca do Vazp de Ouro (pele dourada de um carneiro). A perfrase insinua que os portugueses so os novos argonautas.

Como se estivessem desprevenidas; como se ignorassem a iminente chegada dos portugueses.

Flautas.

Belo jogo vocabular para intensificar a idia de que as ninfas simulavam caar, porque, na verdade, estavam esperando os navegantes.

Harmoniosos;

Inmeros;

Manifestaes amorosas;

Todo esse verso diz: farei que o amor anime a todos;

Tmida;

Saudade;

Desprezo honesto: porte altivo e sereno;

Empregou-se a anttese para caracterizar o olhar da mulher amada;

Feio, semblante;

Perfeio;

A expresso com engenho e arte diz: com talento e tcnica;

A sentena abarco e nada aperto diz: tento abraar e nada alcano;

Desarmonia;

Todo o verso quer dizer: ora enlouqueo...ora sou sensato;

Note que este verso, que contm uma anttese, refere-se tradicional dualidade entre o corpo (estado em terra) e a alma / pensamento (chegando ao Cu voando);

A sentena abarco e nada aperto diz: tento abraar e nada alcano;

Desarmonia;

Todo o verso quer dizer: ora enlouqueo...ora sou sensato;

Note que este verso, que contm uma anttese, refere-se tradicional dualidade entre o corpo (estado em terra) e a alma / pensamento (chegando ao Cu voando);

Sem firmeza, consistncia ou rigidez; mole

Bbado;

Emaranhar, despentear (os cabelos).

Plido;

Monge da Ordem de So Bento.

Nos edifcios de conventos (e em certas catedrais), galeria com arcadas abertas que circunda um ptio interno, ger. Quadrangular.

Todas essas expresses se referem ao esforo exercido na construo de um poema;

Torturar, afligir, molestar, magoar.

2Unidade Rondon Pacheco 22/06/06

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