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RTGA RELATÓRIO TÉCNICO DE GARANTIA AMBIENTAL Elaborado por: Erisvaldo Cunha/PSQ Ano: 2011 Data Emissão: 27/02/2012 Página: 1/18 1. OBJETIVO Em atendimento ao Decreto Estadual n° 11.235 de 10/10/2008, Art. 140, inciso XIII, a DETEN, por meio do presente Relatório Técnico de Garantia Ambiental – RTGA, demonstrará o seu desempenho ambiental, as atas das reuniões ocorridas no período anual, a avaliação dos condicionantes das licenças ambientais, os resultados de auditorias, a análise crítica dos objetivos e metas ambientais e as ações tomadas durante o período de janeiro a dezembro de 2011. 2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Empresa: DETEN QUÍMICA S.A. CNPJ:13.546. 106/0001-37 Inscrição Estadual: 01.745.616NO Inscrição Municipal: 1275/001-4 Endereço: Rua Hidrogênio, 1744 Polo Industrial de Camaçari - Ba Responsável Técnico pelo RTGA: Carlos Luiz Pellegrini Pessoa, Coordenador de Proteção Ambiental, Segurança e Qualidade 3. COMPOSIÇÃO DA CTGA (COMISSÃO TÉCNICA DE GARANTIA AMBIENTAL) A CTGA é coordenada por Carlos Luiz Pellegrini Pessoa. Os demais membros são: 1. José Luis Gonçalves de Almeida 2. Angel Manuel Prados Fernandez 3. Claudino Ribeiro Neto 4. Antonio Adolfo de Oliveira Frota 5. Cláudio Luis Viera da Costa 4. PARTICIPAÇÃO DA DETEN EM COMISSÕES E ENTIDADES EXTERNAS. 4.1 Comissão Regional Permanente de Benzeno - CRPBZ Em atendimento ao Acordo Benzeno e suas legislações, a Deten, usuária do benzeno e representando o SINPEQ (Sindicato da Indústria Química e Petroquímica), é membro dessa Comissão tripartite (poder público, trabalhador e empresas) que tem como objetivo implementar ações, atribuições e procedimentos para a prevenção da exposição ocupacional ao Benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador. Em 2011, as principais atividades da comissão foram a revisão do regimento interno e discussão sobre exposição de benzeno em postos de gasolina. 5. RESUMO DAS PRINCIPAIS AÇÕES DO CTGA DE 2011 Ao longo do ano 2011, a CTGA reuniu-se formalmente em 11 oportunidades (ver atas em anexo). Nestas ocasiões, foram discutidas principalmente as evoluções do seu desempenho e das ações para atendimento dos condicionantes de licença, resultados de auditorias externas e internas e dos objetivos e metas ambientais. 6. PREMIAÇÕES E DESTAQUES 6.1. Certificação e Recertificação – Em abril de 2011, a DETEN com seu Sistema de Gestão Avançada – SIGA foi submetida a Auditoria Externa de Manutenção nas normas: OHSAS 18.001:2007, ISO 14001:2004 e ISO 9001:2008 atendendo respectivamente a todos os requisitos da norma de Segurança e Saúde Ocupacional, Meio Ambiente e Qualidade, não sendo lavradas Não Conformidades.

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RELATÓRIO TÉCNICO DE GARANTIA AMBIENTAL

Elaborado por: Erisvaldo Cunha/PSQ

Ano: 2011

Data Emissão: 27/02/2012

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1. OBJETIVO

Em atendimento ao Decreto Estadual n° 11.235 de 10/10/2008, Art. 140, inciso XIII, a DETEN, por meio do presente Relatório Técnico de Garantia Ambiental – RTGA, demonstrará o seu desempenho ambiental, as atas das reuniões ocorridas no período anual, a avaliação dos condicionantes das licenças ambientais, os resultados de auditorias, a análise crítica dos objetivos e metas ambientais e as ações tomadas durante o período de janeiro a dezembro de 2011.

2. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Empresa: DETEN QUÍMICA S.A. CNPJ:13.546. 106/0001-37 Inscrição Estadual: 01.745.616NO Inscrição Municipal: 1275/001-4 Endereço: Rua Hidrogênio, 1744 Polo Industrial de Camaçari - Ba Responsável Técnico pelo RTGA: Carlos Luiz Pellegrini Pessoa, Coordenador de Proteção Ambiental, Segurança e Qualidade 3. COMPOSIÇÃO DA CTGA (COMISSÃO TÉCNICA DE GARANTIA AMBIENTAL) A CTGA é coordenada por Carlos Luiz Pellegrini Pessoa. Os demais membros são: 1. José Luis Gonçalves de Almeida 2. Angel Manuel Prados Fernandez 3. Claudino Ribeiro Neto 4. Antonio Adolfo de Oliveira Frota 5. Cláudio Luis Viera da Costa 4. PARTICIPAÇÃO DA DETEN EM COMISSÕES E ENTIDADES EXTERNAS. 4.1 Comissão Regional Permanente de Benzeno - CRPBZ

Em atendimento ao Acordo Benzeno e suas legislações, a Deten, usuária do benzeno e representando o SINPEQ (Sindicato da Indústria Química e Petroquímica), é membro dessa Comissão tripartite (poder público, trabalhador e empresas) que tem como objetivo implementar ações, atribuições e procedimentos para a prevenção da exposição ocupacional ao Benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador. Em 2011, as principais atividades da comissão foram a revisão do regimento interno e discussão sobre exposição de benzeno em postos de gasolina.

5. RESUMO DAS PRINCIPAIS AÇÕES DO CTGA DE 2011

Ao longo do ano 2011, a CTGA reuniu-se formalmente em 11 oportunidades (ver atas em anexo). Nestas ocasiões, foram discutidas principalmente as evoluções do seu desempenho e das ações para atendimento dos condicionantes de licença, resultados de auditorias externas e internas e dos objetivos e metas ambientais.

6. PREMIAÇÕES E DESTAQUES

6.1. Certificação e Recertificação – Em abril de 2011, a DETEN com seu Sistema de Gestão Avançada – SIGA foi submetida a Auditoria Externa de Manutenção nas normas: OHSAS 18.001:2007, ISO 14001:2004 e ISO 9001:2008 atendendo respectivamente a todos os requisitos da norma de Segurança e Saúde Ocupacional, Meio Ambiente e Qualidade, não sendo lavradas Não Conformidades.

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6.3. TAMAR – Base Arembepe - Apoio ao programa brasileiro de preservação das tartarugas marinhas, com 31 anos de atuação e que tem como missão proteger as cinco espécies de tartarugas que ocorrem no Brasil. Em 2011, 2.348 tartarugas desovaram na área de cobertura da base de Arembepe/BA, resultando na liberação de 153.313 filhotes ao mar. Nesse período, foram registradas 63.489 participações de pessoas nos diversos programas desenvolvidos, sendo: 20.603 visitantes na base, 2.204 estudantes visitaram a base, 1.040 em palestras, 1.906 em eventos comunitários, 6.519 em eventos de soltura dos filhotes, 29.085 em exposições, 543 estudantes da escolinha do TAMAR e foram realizados 1.589 atendimentos especiais. Em todo o Brasil, as comunidades circunvizinhas estão fortemente comprometidas com o projeto, visto que 80% das pessoas envolvidas com o manejamento e a preservação das tartarugas são moradores das comunidades costeiras. Na base de Arembepe, 70% são moradores locais e 94% das comunidades circunvizinhas são atingidas diretamente pelas ações socioambientais do projeto.  

6.2. Programa Efluente Zero (PEZ) – A vazão média em 2011 (4,6m3/h) atinge mais uma vez a meta estabelecida de 5,5m3/h máximo. Em comparação com a vazão de implantação do PEZ (15m3/h em 2003), o volume de efluente alcança 70% de redução e vem se mantendo nesse patamar, apesar do aumento da produção, ao longo dos anos. Além disso, em maio de 2011, as equipes de turno foram recicladas em práticas de Produção Mais Limpa e Redução na Fonte, visando consolidar a mudança para uma cultura preventiva na empresa. O PEZ foi indicado em 2008 como caso de sucesso pela CETREL e veiculado, gratuitamente, pela mídia a nível estadual (Jornal A Tarde e rádios). Vale relembrar que em 2006 este programa recebeu Menção Honrosa no Prêmio Atividade de Melhorias 2006, promovido pelo Grupo CEPSA, Companhia Petroquímica Espanhola, principal acionista da Deten. Em 2005, foi vencedor do 6º prêmio FIEB de Desempenho Ambiental 2005, na modalidade Produção Mais Limpa e foi classificada em segundo lugar no Prêmio Bahia Ambiental – categoria empresa sustentável, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) do Governo do Estado da Bahia, onde foram reconhecidas as ações ambientais empreendidas por empresas, universidades, ONGs e indústrias.

Figura 3 –Hierarquia de medidas do PEZ

Figura 1 – Reunião de abertura da Auditoria Externa Figura 2 – Reunião de fechamento da Auditoria Externa

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6.4. Fábrica de Florestas - Corredor Ecológico – Em 2011, o INCECC - Instituto Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros investiu no acompanhamento do crescimento das mudas plantadas e no plantio de mais 130.000 mudas de árvores típicas da região, parte dessas em áreas degradadas, para recuperação do Anel Florestal do Polo Industrial de Camaçari e sua futura ligação ao Corredor Ecológico. Fez levantamento sobre algumas espécies vegetais e animais, com o envolvimento das comunidades, incorporou mais de 90 espécies arbórea e arbustiva ao Projeto. O plantio das mudas e o acompanhamento das áreas reflorestadas são feitos com a mão de obra das comunidades residentes no entorno do Polo. A DETEN patrocinou a realização do Sétimo Seminário de Restauração Ecológica para capacitação dos moradores da comunidade e garantiu a manutenção nas áreas e o combate aos incêndios florestais. Além disso, a DETEN patrocinou também a produção, o plantio e manutenção das áreas restauradas no entorno do Polo, incluindo o plantio comunitário realizado no dia 03/06/11 em Camaçari e Dias D’Ávila durante comemoração a Semana do Meio Ambiente.

6.5. Prêmio Polo de Segurança, Saúde Higiene e Meio Ambiente – Em janeiro de 2011, por iniciativa própria, a DETEN passou pela auditoria interna, apoiada por consultor externo, com base no Guia do Prêmio Polo do COFIC – Comitê de Fomento Industrial de Camaçari e obteve a pontuação (96,89%), demonstrando o compromisso com as questões de SSHMA. Apesar do excelente resultado, a empresa efetuou análise crítica do sistema e envolveu toda a liderança gerando novas ações e contribuindo com a melhoria contínua dos processos de gestão da Empresa.

Figura 4 – Visita da família de empregados DETEN assistindo exposição do TAMAR.

Figura 5 – Preservação de tartarugas marinhas

Figura 6 – Participação da DETEN durante plantio de árvore na comunidade de Dias D’Ávila.

Figura 7 – Representante do INCEC e DETEN em área de reflorestamento.

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6.6 Dia Mundial da Água A DETEN realizou mais uma vez campanha para conscientizar os empregados sobre consumo racional da água. Para comemorar o Dia Mundial da Água (22 de março), a programação incluiu ampla divulgação do tema (“Água sabendo usar não vai faltar”). Professora Arilma Tavares do SENAI/CETIND fez apresentação para empregados e contratados sobre Pegada Ecológica, enfatizando nossos hábitos de consumo versus a capacidade de suporte do planeta e finalizou dizendo que cada um de nós pode contribuir para a sustentabilidade ambiental.

6.7 Oficina de Saúde e Meio Ambiente

Em junho de 2011, a DETEN promoveu a IX Oficina de Saúde e Meio Ambiente. Na abertura, o Diretor Geral da DETEN deu boas vindas a todos e comentou sobre a importância do evento. Houve apresentação sobre o tema “Prevenção do AVC – Acidente Vascular Cerebral”, ministrada pela Dra. Maria Etiene de Oliveira. Em seguida, uma peça de tetro contagiou o público da empresa com o espetáculo “O paraíso perdido” como um grito de alerta para o homem cuidar dos bens naturais. Além disso, a DETEN entrega, como todo ano, o Cheque Verde no valor de R$ 25 mil reais proveniente da venda de sucata metálica e óleo lubrificante reciclado que foi dividido para cinco instituições (ver item 7.4). Finalmente foi realizado a Caminhada Ecológica, em Salvador, que contou com a participação de empregados e terceiros acompanhados de seus familiares. Após a atividade física, todos se dirigiram ao café da manhã de confraternização, onde foi sorteada uma bicicleta entre os presentes, a fim de incentivar a prática de exercício físico e uso de transporte sustentável.

Figura 9 – Divulgação, pelo consultor externo, das oportunidades de melhoria identificadas

Figura 10 – Profª. Arilma apresentando o tema “Pegada Ecológica” para empregados e contratados

Figura 11 – Divulgação na portaria da Deten – “Água, sabendo usar não vai faltar”

Figura 8 – Reunião de fechamento da Auditoria do Prêmio Polo

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6.8 Programa Ver de Dentro Programa de visitas às empresas do Polo Industrial para manter as comunidades informadas sobre as atividades e controles de riscos do Complexo Industrial. A DETEN foi visitada em duas ocasiões, totalizando 76 pessoas entre alunos e professores das escolas das comunidades de Dias D’Ávila e Camaçari das escolas Yolanda Pires e Luis de Moura Bastos. Os visitantes assistiram apresentações sobre segurança e sobre os produtos fabricados pela DETEN, lancharam, e, acomodados no ônibus, visitaram a área Industrial.

Figura 12 – Entrega do “Cheque Verde”

Figura 14 – Caminhada Ecológica

Figura 16 – Visita dos alunos e professores da Escola Yolanda Pires

Figura 13 – Apresentação do Espetáculo Paraíso perdido

Figura 15 – Café da manhã, após a caminhada Ecológica

Figura 17 – Visita dos alunos e professores da Escola Luis de Moura Bastos

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6.9 Programa Construindo o Futuro O Programa foi criado em 2011 com os seguintes objetivos:

Levar informações sobre as carreiras técnicas existentes no Polo para estudantes das escolas públicas.

Fortalecer vínculo das empresas do Polo Industrial de Camaçari com as escolas e comunidades envolvidas.

Despertar nos estudantes das escolas públicas o interesse em trabalhar na indústria, especialmente no Polo de Camaçari.

A Deten esteve presente na Escola Normélio Moura em Dias D’Ávila, apresentando para os alunos e professores, as atividades do operador de processo industrial. Na oportunidade, foi apresentado o vídeo institucional da empresa e distribuídos panfletos sobre o programa para 80 pessoas, entre alunos e professores da Escola. 6.10 Conselho Comunitário Consultivo

Este Conselho se reúne anualmente e tem por objetivo discutir assuntos que impactam as Comunidades Vizinhas e estreitar o relacionamento com as partes interessadas. Essas reuniões, coordenadas pelo COFIC, são realizadas nas sedes das empresas do complexo industrial, incluindo a DETEN. Em dezembro último, o Conselho completou 17 anos de atividades e vem sendo referência para a implantação de iniciativas similares em outros estados.

7. DEMONSTRATIVO DO DESEMPENHO AMBIENTAL

7.1 Efluentes Líquidos Orgânicos

Em 2011, a vazão de efluente atingiu 4,6m3/h, uma redução de 70% em relação a vazão média de 2003 quando foi implantado o PEZ – Programa Efluente Zero. As principais ações em 2011, foram a manutenção da auditoria hídrica com mais de 500 medições de vazões com controle/redução na fonte e os investimentos feito na Torre de Resfriamento e sistema de make-up de água clarificada, que melhorou a qualidade de água e consequentemente reduziu as purgas e perdas dos sistemas de resfriamento de bombas para o efluente orgânico.

A carga orgânica (DBO – Demanda Química de Oxigênio e Material em Suspensão) se manteve no patamar de 10 toneladas. Os resultados poderiam ainda ser melhores se não ocorresse entre fevereiro e março de 2011 necessidade de manutenção (lavagem e teste hidrostático) na V-1314 e substituição do recheio da V-1315, torres de destilação de maior volume. Contribuiu também para o aumento da carga orgânica, a ocorrência de contaminação da água de resfriamento com hidrocarbonetos, que teve de ser desviada para o Separador Água e Óleo, devido furo na serpentina de trocador de calor de bomba. As medidas de controle foram tomadas e todo o sistema opera em condições normais.

EFLUENTE ORGÂNICO SEM CHUVA

(média anual em m3/h )15,4 15,6 15,1

12,4

10,0

7,8 7,4

4,8 4,65,6

4,2 4,6

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01

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CARGA ORGÂNICA(toneladas/ano)

5551

34

2421

10 10 95

1411 12

49

29

17

10 9 9 106 5

19

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DBO (t) Material em Suspensão (t) Em relação a qualidade do efluente, o desafio de 2011 foi superar 97,5% de conformidade. Esta meta foi atingida e a DETEN obteve 97,8% de conformidade em relação ao número de análise (parâmetro interno

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mais restritivo que a legislação). Alguns dos fatores que contribuíram para este resultado foram o controle operacional e melhoria do tratamento do efluente nas bacias de neutralização.

PERCENTUAL DE CONFORMIDADE EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ANÁLISES

71,6

95,0 97,4

86,189,7

98,0

88,589,8 93,8

97,597,8

98,3

20

00

20

01

20

02

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03

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20

10

20

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NÚMERO DE DESVIOS EFLUENTE ORGÂNICO 2011

1

16

0

10

9

5

pH Fluoretos

Sólidos Suspensos Sólidos Sedimentáveis

Óleos & Graxas Sulfatos

Tensoativos

Monitoramento de pH e Temperatura

0

2

4

6

8

10

12

14

jan

jan

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abr

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jun

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0

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50

60

°C

Fluoretos

0

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80

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ou

t

no

v

de

z

Óleos e Graxas

0

50

100

150

200

250

300

350

400

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Sólidos Suspensos

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200

400

600

800

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Sólidos Sedimentáveis

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2

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5

6

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9

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mg/

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Sulfatos

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

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mg/

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Benzeno

0

2000

4000

6000

8000

10000

jan

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mar

abr

mai

jun jul

ago

set

out

nov

dez

mic

rogr

ama/

l

Tensoativos

0

5

10

15

20

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jun jul

ag

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no

v

de

z

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7.2. Efluentes Líquidos Inorgânicos Em 2011 foram feitos investimentos (R$ 950mil) na torre de resfriamento (principal contribuinte de efluente inorgânico) e no sistema de reposição de água clarificada. Isto tem contribuído para os bons resultados mantendo a qualidade do efluente no patamar de 98% de conformidade em relação ao número de análise (parâmetro interno mais restritivo que a legislação). Dos parâmetros monitorados, apenas o DQO ocorreu em maior número de valores pontuais acima do padrão, apesar de sua média mensal atender plenamente ao limite máximo permitido. Vale ressaltar que o parâmetro interno de avaliação é mais restritivo que a legislação em vigor.

PERCENTUAL DE CONFORMIDADE EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ANÁLISES

96,4 97,8 98,6 97,594,3

98,4 96,9 97,3 97,9 97,9 98,4 97,7

20

00

20

01

20

02

20

03

20

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09

20

10

20

11

NÚMERO DE DESVIOS EFLUENTE INORGÂNICO 2011

01

13

10 3 007

pH ZincoDQO Sólidos SuspensosSólidos Sedimentáveis Óleos & GraxasTensoativos FosfatoSulfatos

Monitoramento de pH e Temperatura

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

jan-

11ja

n-11

jan-

11fe

v-11

mar

-11

abr-

11ab

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11m

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1m

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1m

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11ju

l-11

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1ag

o-11

ago-

11ag

o-11

set-

11se

t-11

set-

11ou

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11no

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z-11

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Fosfato

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Sólidos Suspensos

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

jan

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Óleos e Graxas

0

25

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75

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mg/

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Zinco

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2

3

4

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jan

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DQO

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mai

mai

jun jul

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nov

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dez

mg/

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Sulfatos

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

jan

jan

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ago

set

set

out

nov

dez

dez

mg/

l

Tensoativos

0

1

2

3

4

5

jan

jan

fev

mar

abr

abr

mai

jun

jun jul

ago

ago

set

set

out

nov

dez

dez

mg/

l

7.3. Resíduos Industriais

7.3.1 Borra Oleosa Em 2011 foram submetidos ao processo de centrifugação 303 m3 de efluente líquido na Unidade de Tratamento de Borra Oleosa - UTBO. Após tratamento, foram gerados apenas 34 t de resíduo sólido (borra oleosa centrifugada). Além da redução, a partir de 2006, toda a borra centrifugada passou a ser co-processada em fábrica de cimento, através da CETREL, em substituição a incorporação na massa cerâmica, tornando o processo de destinação mais seguro. Em 2007, iniciou o processo de tratamento (antes terceirizados) diretamente pela Deten com a implantação e operacionalização da UTBO.

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RELATÓRIO TÉCNICO DE GARANTIA AMBIENTAL

Elaborado por: Erisvaldo Cunha/PSQ

Ano: 2011

Data Emissão: 27/02/2012

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-50

50

150

250

350

450

550

650

750

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

B o rra o leo sa gerada (m3) B o rra centrifugada inco rpo rada e co -pro cessada(t)

M elhor

- Em 2006 a borra o leosa fo i co-processada " in natura" na CETREL (valor expresso em vo lume, admitida densidade 1g/cm3). - Em mar/2007 partida da Unidade de tratamento de Borra - UTBO.

BORRA OLEOSAAcumulado do ano (t)

7.3.2 Lama de CaF2

LAMA DE FLUORETO DE CÁLCIO

0

170206

29324380100

179236

174214

92

155 163 154 165

92

1,2

1,7

1,1

1,6

1,11,1

0,60,6

1,01,0

1,7

1,0

0306090

120150180210240270300330360390420450480

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

0,00

0,40

0,80

1,20

1,60

2,00

Lama CaF2 V-323/1323 (t)

Lama CaF2 V-325/1325 (t)

Lama/LAB/ (kg/t)

7.3.3 Alumina Desativada

ALUMINA DESATIVADA (t)

28

13

25

0

16

10

0 0

28 29

0 0

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Em 2011, foi gerado 206 toneladas de Lama geradas, a partir do abatimento dos gases ácidos proveniente da reação de alquilação. Verifica-se uma manutenção da geração ao longo dos anos, apesar do aumento de produção. O controle da geração de Lama está associado a dois fatores principais: a ampliação, em 2008, do vaso V-308/1308 do processo de reação de alquilação, que favorece a redução da emissão de gases para tratamento, e a contínua operação do sistema de criogenia. Além disso, é importante ressaltar que uma nova forma de operar o sistema de neutralização tem minimizado o acúmulo de resíduo no lavador de gases ácidos (V-323 e V-1323) resultando em menor consumo de água e menor intervenção do pessoal de manutenção no vaso.

Assim como a Borra e Lama, a Alumina Desativada também é enviada para co-processamento na CETREL. Os reatores têm a função de adsorver possíveis fluoretos contidos na parafina de reciclo, de forma a evitar sua presença no sistema de reação da unidade Pacol. Em 2011, não houve geração deste resíduo, demonstrando o bom desempenho operacional do sistema.

Verifica-se a cada ano uma melhor gestão no processo de movimentação de efluente líquido internamente, mesmo com aumento de produção, buscando, cada vez mais, tratar melhor correntes esporádicas do processo que possam gerar resíduo sólido, como borras de fundo de tanques e bacias. Isso tem contribuído para uma manutenção da geração desse tipo de resíduo, porém resultando numa melhor qualidade de efluente enviada para CETREL.

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Elaborado por: Erisvaldo Cunha/PSQ

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7.4. Programa de Coleta Seletiva

Em 2011, foram distribuídos R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), em quotas de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por meio do “Cheque Verde”, para cinco entidades: Associação Beneficente EDUCAVIDA, Centro Comunitário de Desenvolvimento – Recanto das Árvores, Lar Irmã Benedita Camurugi, Segunda Igreja Batista (Projeto Pepe) e VIDA – Valorização Individual do Deficiente Anônimo. O cheque verde é um programa interno, onde todo o dinheiro arrecadado no ano anterior com a venda de sucata metálica e óleo lubrificante usado é distribuído para entidade carente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Além do “Cheque Verde”, Papel, papelão, plástico e vidro são doados para a Cooperativa de Matérias Recicláveis de Camaçari – COOPMARC. O material recolhido, cerca de 11 toneladas, em 2011, ajuda na subsistência de aproximadamente 44 pessoas, o que tem sido motivo de orgulho para a comunidade interna. Além desses materiais, a Deten recicla lâmpada, pilhas e baterias entre outros.

RECICLAGEM DE PAPEL/PAPELÃO

9,8

10,710,88,0

9,8

8,8

11,3

10,8

12,8

11,8

11,8

12,1

0

4

8

12

16

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ton

ela

da

s

RECICLAGEM DE PLÁSTICOS

5,0 6,0

3,6

5,35,5

4,4

3,6

4,1

6,1

7,2

5,25,1

0

2

4

6

8

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ton

ela

da

s

RECICLAGEM DE VIDROS

1,7

2,12,4

3,3

0,51,1

3,31,8

1,2

2,7

2,2

5,2

0

1

2

3

4

5

6

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ton

ela

da

s

RECICLAGEM DE SUCATA METÁLICA

10082

191

127

190

126

208

9762

39

165

80

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

ton

ela

da

s

Figura 19 - Associação Beneficente EDUCAVIDA

Figura 18 - Centro Comunitário de Desenvolvimento – Recanto das Árvores

Figura 20 - Lar Irmã Benedita Camurugi

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Ano: 2011

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7.5. Emissões Atmosféricas

7.5.1. Lavador de Gases (Planta de Sulfonação)

LAVADOR DE GASES DA PLANTA DE SULFONAÇÃO

0,2

0,5

0,1 0,1

1,0 1,0

3,4

0,5

0,2

0,5 0,5

0,9

0,10,30,5

2,5

0,00,00,0

0,6

0,00,0 0,00,0 0,0

0,7

0,3

0,00,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

kg/h

Material Particulado SOx

7.5.2 Fornos da Unidade de Produção de LAB

FORNOS DA PLANTA DE LABH-201/451 E H-1201/1451

0,8 0,6 0,5 0,8

9 8 8 510

0,00,40,30,4 0,2

12,6

4,60,2 0,3 0,9 0,7 0,2

6,42 1 2 3,30,40,4233

40

0,00,70,30,10,10,10,10,20,20,2

122

0,1 0,2 0,7 0,2 0,1

1995

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

kg/h

Material Particulado NOx SOx

7.5.3 Emissões Fugitivas de Benzeno

48

44

27

22

12 11

6

2 1 0 0 00,00,00,00,030,10,20,3

4,3 1,20,5

4,70,05

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

O C

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Em 2011 foram investidos mais 4,3 milhões com projetos de integração energética (Reforma da torre de resfriamento, novo resfriador E-338 e novo condensador de contato, além de melhorias na coluna de destilação V-315/1315 e sistema de água clarificada) que contribuiu para o menor consumo de energia e melhoria da qualidade dos gases emitidos. Observa-se baixa emissão de poluentes nesses equipamentos em 2011, quando comparados com a emissão dos fornos em 1995, período onde usava-se, como fonte de energia, óleo combustível.

Apesar do condicionante VI da licença (Portaria CRA N° 6593/06) exigir monitoramento das emissões a cada dois anos no Lavador de Gases, a frequência tem sido anual (antecipando a lei) e os resultados demonstram baixos valores de emissões historicamente. Além disso, a formação dos gases/nuvens na saída do Lavador é acompanhada 24h/dia pelo operador de processo, através de uma câmera de vídeo instalada no local.

Em 2011, foram efetuadas 3.534 medições regulares de emissões fugitivas de Benzeno, conforme cronograma previamente estabelecido, em bombas, tanques, sistemas de circulação e recuperação de Benzeno.

Observa-se que nos últimos três anos não houve não-conformidades (NC) encontradas durante as medições. A instalação de selos duplos em bombas e substituições de gaxetas nas válvulas de benzeno das Unidades Deten I e II, realizadas principalmente entre os anos de 2007 e 2008, têm contribuído para esta redução.

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7.6. Águas Subterrâneas Como parte do programa de prevenção da contaminação do lençol freático, foi recuperada toda rede de drenagem do efluente orgânico. A cada 5 anos as tubulações subterrâneas são submetidas à inspeção por televisionamento e teste de estanqueidade para verificar a efetividade das medidas tomadas. Em 2011, foram revestidos 112m de tubulação enterradas pelo processo CIPP – Cured in Place Pipe e caixas de passagem na área industrial. Novas inspeções estão previstas para os próximos anos.

Quanto à remediação, a DETEN vem participando desde 1994 do Programa de Gerenciamento de Águas Subterrâneas do Pólo Industrial. Anualmente são monitorados vários parâmetros nos 10 poços do Programa do Pólo. Além desses poços, foram instalados mais 37 poços para atender ao Programa de Remediação da DETEN. Destes, 9 foram instalados em 2011. De acordo com seu desempenho, os poços são interligados as Unidades de extração de Gás (UEG), conforme configuração do sistema de extração de gás de solo (SVE), ilustrada na Figura 23. Essa tecnologia vem permitindo, nas condições naturais da área da DETEN, uma aeração da zona não saturada e, potencialmente, melhores condições de biodegradação de compostos orgânicos existentes em fases residual e livre.

Figura 21 - Recuperação de Linhas enterradas através do Processo CIPP

Figura 22 – Revestimento de tubulação enterrada (rede de efluente orgânico) na Deten I

Figura 23 – Preparação da caixa de passagem para aplicação de revestimento na Deten II

Figura 24 – Aplicação de revestimento em caixa de passagem na Deten II

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Além da extração de gás do solo, a remediação nessas áreas consiste também na extração de fase livre oleosa, através de uma bomba móvel pneumática de separação água/óleo in-situ, instalada periodicamente nos poços de extração de fase livre (PE- Poço de Extração de fase livre e PGE – Poço de Extração de Gás e Fase Livre) em forma de rodízio. Vale ressaltar que o processo de remediação na DETEN vem sendo efetivo, visto que em 2004 e 2005 foi operado o Sistema de Extração de Gás do Solo (SVE) para remediação da zona não saturada na área de carregamento rodoviário. Em 2007 e 2009, esta área foi reavaliada e não foi detectada níveis de contaminação suficiente para novas intervenções de tratamento.

Figura 27 - Interligação de poços nas Unidades de Extração de Gás (UEG) da DETEN I e DETEN II

Figura 28 - UEG III - Unidade de Extração de Gás instalada na DETEN II

Figura 25 – Construção de poços de extração de gás na DETEN I

Figura 26 – Poço em fase final de construção com tubo geomecânico.

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7.6.1. Zona Não Saturada

7.6.2. Zona Saturada

Logo após a retirada de massa de óleo pela bomba, é verificada uma drástica redução dos níveis de óleo. Esses níveis normalmente se recompõem, posteriormente, após a paralisação do processo hidráulico. Isto se verifica no PE-305 bem como em outros poços do sistema. A remoção dessa massa de óleo sobrenadante

Zona Não Saturada DETEN I – Buscando otimizar ainda mais o processo, em 2011 foram instalados nas UEGs I e II novos trocadores de calor e sistema automático de controle de nível de água. As concentrações de benzeno continuam reduzidas em 2011, com valores não detectáveis (N.D.). A Figura ao lado consolida a evolução histórica das concentrações de gases registradas para a área da DETEN I. As concentrações, inicialmente da ordem de 9.000 mg/m3 (mar/2006) reduziram-se para não detectáveis (N.D.) em todos os poços da DETEN I.

Zona Não Saturada DETEN II - A extração de gás do solo da zona não saturada vem sendo possível por sistemas SVE instalados há cerca de quatro anos na Unidade DETEN II, acoplados aos poços de extração multifásica PGEs. O valor inicial de 952 mg/m3 (jan/08) reduziu-se para cerca de 110 mg/m3 (dez/08) depois para 20 mg/m3 (dez/09) e não detectáveis a partir de maio de 2010 e se mantendo neste nível ao longo de 2011, demonstrando a boa performance do sistema.

Zona Saturada DETEN I e II - A remoção de óleo sobrenadante vem sendo realizada de forma cíclica e intermitente. No ano de 2011 foram removidas 157kg de fase livre oleosa, através dos poços: PE-305, PGE-1301, PGE-1304, PGE-1310, PGE-1312 e PGE-1313 sendo 6% da DETEN I e 94% da DETEN II. O valor total extraído é inferior ao ano de 2010, onde foram retiradas 239kg do subsolo, mas é da mesma ordem de grandeza da massa removida.

Figura 31 - Espessura de Fase Oleosa x Remoção de Massa

Figura 29 - Variação das Concentrações de Benzeno nas amostras de gás de solo da DETEN I

Figura 30 - Variação das Concentrações de Benzeno nas amostras de gás de solo da DETEN II

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tem permitido nítida redução do nível médio de óleo nesses poços.

7.6.3. Processo de Degradação Biológica Importante comentar que as reduções das concentrações de benzeno, na área da DETEN I e II têm sido incrementadas pela ocorrência de processos de degradação biológica, estimulada pelo sistema de extração de gás (SVE). Este mecanismo permite a introdução de ar mais rico em oxigênio no meio poroso e, conseqüentemente, estimula a degradação de compostos suscetíveis à biodegradação aeróbica, promovendo a diminuição da concentração de benzeno (fase dissolvida) e de outros compostos presentes nas zonas saturada e não saturada do subsolo.

Nota: O item 7.6 deste relatório tem como referência: Maia Nobre Engenharia, 2010. Relatório de Acompanhamento do Programa de Remediação na Área da DETEN.

8. AVALIAÇÃO DOS CONDICIONANTES DE LICENÇA

A Deten está submetida a duas licenças: A Licença de Operação da Empresa, através da Portaria CRA n° 6593/06 e a Licença de Operação do Pólo Industrial Camaçari, através da Portaria IMA n° 12.064/09. Em 29/03/11, foi solicitado ao INEMA – Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos a renovação da Licença de Operação para mais 6 anos. Em dezembro, novo processo foi encaminhado a este órgão para ampliação da planta de sulfonação de 80mil para 120mil toneladas de ácido sulfônico. Nas tabelas abaixo, apresenta a avaliação dos principais condicionantes das licenças aplicáveis:

PORTARIA CRA N°6593/06 SITUAÇÃO ATUAL

I - apresentar ao IMA, projeto e cronograma para a implantação de melhorias nos sistemas de drenagem de efluentes orgânicos, com vistas a estabelecer uma segregação adequada das correntes pluviais, evitando que esta corrente sobrecarregue o sistema orgânico nos períodos de chuva.

Apresentado plano de segregação de água de chuva em 10 de maio de 2006. Em 2006 foram desviado contribuição de chuva das coberturas dos compressores Pacol I e II, subestação e laboratório. Em 2007 foi concluído o plano de segregação com a instalação de desvio de água de chuva da casa ácida I e II, Carregamento Rodoviário (piso e cobertura) e Sistema de Ejetores I e II.

II – apresentar anualmente o relatório de acompanhamento de remediação do solo do sítio da Deten, em decorrência da presença de contaminantes nas análises dos poços de monitoramento, PM-65/05 e PM-65/09.

Em 29 de junho de 2011, foi apresentado ao IMA, o Relatório de acompanhamento do programa de remediação que demonstra redução da massa volatilizada de contaminantes da Zona Não Saturada e da Zona Saturada da DETEN I e II.

III/IV/V – cumprir, doravante, o seguinte Plano de Automonitoragem, para seus efluentes líquidos, encaminhar os efluentes do Sistema Orgânico e Inorgânico à CETREL e manter a Bacia de Emergência operando com nível baixo.

A meta interna anual de 97,5% de conformidade do efluente orgânico foi atendida (97,8%). Vale ressaltar que a meta é em relação ao valor pontual, não considerando 30% adicionais determinado pela licença do Polo, portanto, mais restritiva que a lei. Alguns dos fatores que contribuíram para este resultado foram o controle operacional e o tratamento do efluente nas bacias de neutralização.

Em relação ao efluente inorgânico, há 5 anos que o percentual de conformidade tem se mantido no patamar de 98% de atendimento.

VI ao XIV Sendo cumprido integralmente.

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9. ANÁLISE CRÍTICA DOS OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS

A Deten estabeleceu sete Objetivos/Metas ambientais para o ano de 2011, que foram acompanhados pelo CTGA através das reuniões periódicas.

OBJETIVO E ME TA INDICADOR RESP. %

ATENDIMENTO DA META

COMENTÁRIO

1. Melhorar a qualidade do efluente orgânico (Vide comentários no item 7.1 parágrafo 3°)

97,5% conformidade/ No. análises

OPR 100% A meta interna anual de conformidade do efluente orgânico em relação ao número de análise foi atendida (97,8%).

2. Reduzir quantidade de efluente através do PEZ – Programa Efluente Zero. (Vide comentários no item 6.2 e 7.1)

Vazão média de efluente orgânico (5,5

m³/h) OPR 100% A Auditoria Hídrica foi fundamental para obtenção do resultado médio anual de 4,6 m3/h.

4. Eliminar fontes potenciais de contaminação do lençol freático (Vide comentários no item 4.6 1° parágrafo, pag. 09)

90% do Plano de ação para recuperar

tubulações enterradas (Pacote 2011)

IEC 100%

A cada ano novos trechos de linhas são estabelecidos como meta e recuperados. Isto vem ocorrendo desde 2000. Em 2011 foram revestidos 112 metros de trechos da rede de drenagem de efluente.

5. Remediar solos contaminados (Vide comentários no item 4.6)

Reduzir para 70 mm a média da altura da

lâmina de contaminantes (fase

sobrenadante de óleo)

OPR 100% Houve redução da altura da lâmina de óleo de 76 para 69 mm atingindo 100% da meta.

Operar UEG – Unidade de Extração de Gás em

80% do tempo

OPR/ NMA

100% A meta foi atendida em 100%, pois nos meses que deveriam utilizar as UEGs, as mesmas operaram em média 97% do tempo.

90% do tempo de disponibilidade da bomba de extração exclusiva de fase

sobrenadante para a operação

NMA 100% A meta foi atendida integralmente.

6. Controlar emissões atmosféricas de benzeno (Vide comentários nos item 7.5.3)

Manter tempo médio entre falhas das

bombas de benzeno acima de 14 meses

MEC 75%

Meta atendida parcialmente. O resultado obtido foi 13 meses, que correspondeu a 75% da meta já que o mínimo estipulado foi 10 e máximo 14 meses. Foram realizadas ainda 3.534 medições fugitivas no ano.

OBJETIVO E ME TA INDICADOR RESP. % COMENTÁRIO

PORTARIA IMA 12.064/09 SITUAÇÃO ATUAL Apresentar ao COFIC, anualmente até abril de cada ano, programas individuais visando a eliminação e o controle das fontes primárias e secundárias de contaminação do aqüífero subterrâneo, acompanhado de plano de ação e respectivos cronogramas de implantação, com atualização dos resultados obtidos, para subsidiar o Programa Anual de Monitoramento.

Plano de ação sendo atendido. Em 29 de abril de 2011 foi apresentado ao COFIC o Inventário e Plano de Ação para todas as fontes primárias e secundárias.

Atualizar e apresentar ao COFIC, anualmente, até abril de cada ano, o balanço hídrico da fábrica, conforme modelo existente no COFIC.

Apresentado ao COFIC no prazo (29 de abril de 2011).

Enviar, até o mês de abril de cada ano, ao IMA e à CETREL o inventário das fontes de poluentes atmosféricos com base no guia desenvolvido pelo COFIC

Apresentado ao IMA e CETREL em 29 de abril de 2011.

Elaborar até o mês de dezembro de cada ano, para implementação no ano seguinte, um programa de capacitação mínimo para brigadistas, devendo o mesmo estar de acordo com o Regimento do Plano de Auxílio Mútuo (PAM). O programa de capacitação deverá ficar disponível na empresa para fiscalização do IMA.

Programa elabora e disponível na empresa para operacionalização e fiscalização do IMA.

Enviar ao IMA, até junho de cada ano, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, devendo o mesmo ser atualizado anualmente, ou sempre que houver modificações de processo que impliquem em alterações no mesmo.

O PGRS – Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi apresentado no prazo (29 de junho de 2011).

Apresentar ao IMA e ao COFIC, até abril de cada ano, atualização do plano de implantação das recomendações obrigatórias que ainda não foram plenamente atendidas.

Relatório enviado ao IMA e COFIC em 29/04/11.

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RTGA

RELATÓRIO TÉCNICO DE GARANTIA AMBIENTAL

Elaborado por: Erisvaldo Cunha/PSQ

Ano: 2011

Data Emissão: 27/02/2012

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ATENDIMENTO DA META

7. Promover sustentabilidade e governança corporativa (Vide comentários nos itens 6.3 a 6.4)

Executar ações de responsabilidade sócio-

ambiental (90% do plano de ação)

NRH 100% Meta atendida. Cumprido os compromissos com as ONGs parceiras: TAMAR, INCECC Fábrica de Floresta e COFIC.

10. ANEXOS

Anexo I – Atas de Reunião do CTGA em 2011

Camaçari-BA, 27 de fevereiro de 2012

José Luis Gonçalves de Almeida

Angel Manuel Prados Fernandez Diretor Geral Gerente Industrial

Carlos Luiz Pellegrini Pessoa

Claudino Ribeiro Neto Coordenador Geral da CTGA e de Proteção Ambiental,

Segurança e Qualidade Coordenador de Operação

Cláudio Luís Vieira da Costa Antonio Adolfo de Oliveira Frota Coordenador de Engenharia Coordenador de Inspeção, de Equipamento e Caldeiraria