Ruanda 2

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Ruanda Povos perseguidos Trabalho realizado por: Ana Ribeiro nº2 Cristiana Marques nº7 Inês Lopes

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Ruanda Povos perseguidos

Trabalho realizado por:Ana Ribeiro nº2Cristiana Marques nº7Inês Lopes nº13Sara Gonçalves nº20

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Geografia/Povos

País da África Central. Situado na região dos Grandes Lagos Africanos, muito próximo do equador, com uma área de 26 338 km2. Ruanda tem vários povos como por exemplo os Hutus, os Tutsis e os Twas. As principais religiões são o Catolicismo e o Islamismo, a restante população segue crenças tradicionais e pertence a igrejas protestantes africanas. As línguas oficiais são o Ruanda, o francês e o inglês.

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História dos povos Os Twas eram os habitantes originários do Ruanda, mas

foram seguidos pelos Hutus que rapidamente os superaram em número. Durante os séculos XIV e XV, os Tutsis migraram para o país e ganharam domínio sobre os povos residentes. No final do século XVIII, o Ruanda era já um reino centralizado presidido por reis Tutsis, em que os Hutus eram a parte dominada apesar de serem a maioria da população.

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Antes da Independência Em 1899 o país tornou-se uma colónia alemã, mas com a

derrota dos germânicos na 1ª Guerra Mundial passou a ser controlado pela Bélgica em 1919. Em 1959, o rei Mutara III morreu e foi substituído por Kigeri V. No entanto, os Hutus alegaram que o rei não tinha sido escolhido de forma lícita e começaram os confrontos entre os dois povos: Tutsi e Hutu. Em 1961, a Bélgica declarou o fim da monarquia e Gregoire Kayibanda foi designado Presidente da nova república. No ano seguinte, o Ruanda tornou-se oficialmente independente.

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Depois da Independência Os anos 60 foram marcados por várias ações de violência

entre Hutus e Tutsi, as quais acabaram por originar um forte saída para os países vizinhos: Burundi, Tanzânia, Uganda, Quénia e Congo. Os confrontos intensificaram-se em 1964 com a morte de vários Tutsi em resposta a uma invasão vinda do Burundi, que era controlado pela aristocracia Tutsi.

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História de Ruanda

Em 1973, houve um reacender da violência. Nesse mesmo ano o Presidente ruandês foi deposto num golpe de Estado e subiu ao poder Juvenal Habyarimana, um Hutu moderado. Sete anos depois o país foi invadido pelas forças da Frente Patriótica Ruandesa, constituídas maioritariamente por refugiados Tutsi. A ofensiva foi controlada, mas Habyarimana concordou em apresentar uma constituição multipartidária, que foi promulgada em 1991.

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História de Ruanda(continuação)

Em 1993 o presidente assinou um acordo de partilha de poder e despontou uma onda de violência Hutu. A RPF respondeu com uma ofensiva mais forte. Mais tarde foi assinado um novo acordo e estabelecida uma missão de paz, mas em 1994, os presidentes do Ruanda e Burundi morreram num inexplicável acidente de avião e os confrontos civis recomeçaram. Os soldados ruandeses e membros de grupos Hutus assassinaram cerca de 800 mil pessoas, na sua maioria Tutsis e Hutus moderados.

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O genocídio O Ruanda esteve, no início dos anos 90 do século XX, em

estado de guerra civil, num conflito que opôs as duas principais etnias Hutus e Tutsis, levando à morte de muitos milhares de civis e criando centenas de milhares de refugiados - uma guerra que veio agravar a já de si pobre economia ruandesa.

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O genocídio(continuação)

Embora as causas do genocídio sejam ainda desconhecidas, é claro que tenham sido elaborados, com planos detalhados com vista ao massacre da população Tutsi e de Hutus moderados. Morreram pelo menos 800.000 pessoas em ataques, levados a cabo por homens e mulheres, bem como pelas milícias Hutus. Alguns analistas afirmam que este número é bastante mais elevado.

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O genocídio(continuação)

O genocídio foi organizado meticulosamente. Os opositores do governo foram entregues às milícias, juntamente com os seus familiares. Vizinhos mataram vizinhos, e alguns maridos até mataram as suas mulheres tutsis, dizendo que seriam mortos caso recusassem. Os cartões de identidade apresentavam o grupo étnico das pessoas, então milícias montaram bloqueios nas estradas onde mataram os Tutsis, muitas vezes com facas que a maioria dos ruandeses têm em casa.

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As violações ás mulheres

As violações de mulheres, no Ruanda, serviram como arma de guerra para a limpeza étnica dos BaTutsi. Possuir a mulher do inimigo adquire o significado de posse e vitória sobre o mesmo, de destruição moral, política e étnica do inimigo. Actualmente a Violência com Base no Género é já considerada crime de guerra pelo Tribunal Internacional, mas torna-se complicado nestas situações obter depoimentos das vítimas e identificar os agressores. Muitas mulheres sofrem de estigma e discriminação pelo facto de terem sido violadas ou terem engravidado do inimigo, por isso não os denunciam.

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Quais as consequências do genocídio? O exílio foi a consequência do genocídio para uma grande

parte da população Hutus. Um dos destinos foi, os campos de refugiados no Norte de Kivu, no ex-Zaire. A vida das mulheres no exílio e nos campos de refugiados foi muito difícil. Elas foram as que sofreram mais com a falta de recursos, pois estavam constantemente a ser ameaçadas pela violência armada e sexual. Nos campos de refugiados, onde se deu a reestruturação do ex-governo Hutus, muitas foram condicionadas e obrigadas a colaborar com as milícias.

Campo de refugiados

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Ruanda após o genocídio Foi nomeado como Presidente Pasteur Bizimungu, de etnia

Hutus. Este gesto, que parecia ser de reconciliação acabou por desencadear várias ações de violência contra os Hutus por parte de membros do exército.

Em 1995, foi estabelecido na Tanzânia um tribunal das Nações Unidas que começou a julgar os suspeitos do genocídio e muitas dessas pessoas foram também julgadas nos tribunais ruandeses.

Presidente Pasteur Bizimungu

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Fim!