rudimentos

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Igreja Presbiteriana Pentecostal

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Igreja Presbiteriana

Pentecostal

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Material para escola de lideres

Fundamentos ............................................................................................................................

Visão ........................................................................................................................................

Liderança..................................................................................................................................

RUDIMENTOS - 1º MODULO

Índice: - 01 - A Queda e a Promessa - 02 - A Obra da Cruz - 03 - Novo Nascimento e Nova - 04 - A Batismo nas Águas - 05 - A Palavra de Deus - 06 - Síntese da História - 07 - Vida de Oração - 08 - O Espírito Santo e Sua - 09 - Batismo e Dons do Espírito Santo - 10 - Imposição de Mãos

ALICERCES - 2º MODULO

Índice:

- 01 - Família, sonho e projeto de Deus; - 02 - Os fundamentos de um lar abençoado; - 03 - Casamento e os papeis de cada um (casados); - 04 - Os filhos e seu papel na família (solteiros); - 05 - Acertando na criação dos filhos (casados); - 06 - A vida sentimental dos solteiros; - 07 - Principios para uma vida próspera; - 08 - Autoridade e submissão - Parte 1; - 09 - Autoridade e submissão - Parte 2; - 10 - Firme bem tuas estacas;

RESTAURAÇÃO - 3º MODULO

Índice:

- 01 - Aconselhamento cristão - Parte 1 - 02 - Aconselhamento cristão - Parte 2 - 03 - Restauração da alma - Parte 1 - 04 - Restauração da alma - Parte 2 - 05 - Evangelismo - Parte 1 - 06 - Evangelismo - Parte 2 - 07 - Evangelismo - Parte 3

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- 08 - Libertação - Parte 1 - 09 - Libertação - Parte 2 - 10 - Libertação - Parte 3

VISÃO - 4º MODULO

Índice:

- 01 - Movidos por uma visão - 02 - Igreja em células - Base e conceituação - 03 - Célula - O centro da multiplicação - 04 - O nascimento de uma célula - 05 - A dinâmica de uma célula - 06 - Consolidação - Um estilo de vida - 07 - Consolidação - Preparando alicerces - 08 - Discipulado e visão celular - 09 - Os doze - Segredo do coração de Deus - 10 - O caráter dos doze

LIDERANÇA - 5º MODULO

Índice:

- 01 - Temperamento transformando - Parte 1 - 02 - Temperamento transformando - Parte 2 - 03 - Caráter santificado - Parte 1 - 04 - Caráter santificado - Parte 2 - 05 - Trabalhando em equipe - 06 - Princípios para um liderança eficaz - 07 - As provas da liderança - 08 - Consagração atraves do jejum - 09 - Um coração de pastor - 10 - Vivendo pela fé

MINISTÉRIO - 6º MODULO

Índice: - 01 - Intercessão - Parte 1 - 02 - Intercessão - Parte 2 - 03 - Santidade e disciplina - Parte 1 - 04 - Santidade e disciplina - Parte 2 - 05 - Comunidade de adoradores - 06 - Aprendendo a pregar a palavra - 07 - Cura pelo poder de Deus - 08 - Guerra espiritual - Parte 1 - 09 - Guerra espiritual - Parte 2

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- 10 - Guerra espiritual - Parte 3

Modulo 1

RUDIMENTOS

> A Queda e a Promessa

Olá irmão!

Deus criou à sua imagem e semelhança e o pôs como coroa de toda a criação.

Os dois primeiros capítulos de Gênesis falam da obra da criação, mas

especialmente da condição sublime em que Deus colocou o ser humano. Esta,

aliás, é a sua vida que Deus sempre desejou que ele gozasse. Eis as principais

marcas que descrevem o seu estado original:

SANTIDADE - O homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1:27). Isso significa

que o caráter e a glória de Deus estavam sobre ele. Seus pensamentos e seus

atos eram absolutamente puros e sua vida era um reflexo da santidade de

Deus.

AUTORIDADE - O Senhor revestiu o homem de autoridade e lhe deu poder

para dominar sobre toda a criação (Gn 1:26). Isso incluía o mundo físico e o

mundo espiritual. O planeta Terra foi dado a ele como direito (Sl 115:16) e

toda natureza estava sob seu comando. Além disso, ele tinha autoridade sobre

Satanás. Quando Deus lhe incumbiu de guardar o jardim (Gn 2:15) estava lhe

dando autoridad para que ele não permitisse a ação satânica naquele lugar.

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COMUNHÃO COM DEUS - O homem tinha pleno acesso à presença de Deus

e parceria íntima com Ele. Eram amigos. O propósito do Pai era encher a

Terra de homens que tivessem perfeita comunhão com Ele.

PROSPERIDADE - Deus colocou o homem numa condição de plena

abundância (física, emocional e espiritual). Tudo deveria servir ao seu bem-

estar (Gn 1:29;30). A natureza estava em ordem e era frutífera. Não havia

enfermidades e nem morte. O corpo do homem era perfeito, sua alma tinha

plena paz, seu espírito era um com o Senhor. A felicidade não era um ideal a

ser buscado, mas uma realidade disponível.

ETERNIDADE - O ser humano foi criado para a eternidade (Ec 3:11). Quando

Deus lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (no hebraico, "Ruah", que é

traduzido também como "espírito" - veja Gn 2:7), lhe deu a condição de viver

eternamente. A morte, portanto, não fazia parte de sua existência.

RESPONSABILIDADE - O homem recebeu de Deus também

responsabilidades. Ele deveria dominar sobre a criação usando da autoridade

recebida e deveria multiplicar-se e encher toda Terra (Gn 1:26;28). Além de

tudo isso, ele recebeu a incumbência de defender a criação contra a ação do

diabo. Quando o Senhor o mandou "guardar o Jardim do Éden" (Gn 2:15),

certamente se referia ao único perigo que o poderia ameaçar: a ação de

Satanás.

LIVRE ARBÍTRIO - Deus criou o homm inteligente e livre. Ele poderia fazer

escolhas e determinar o seu próprio caminho. Por isso mesmo, responderia

por suas decisões. Deus queria ser amado e não apenas obedecido.

Entretanto, havia uma grande condição para que o homem preservasse seu

estado original de benção: que ele se submetese completa e voluntariamente a

Deus (Gn 2:16;17).

A Queda do Homem e suas Conseqüências

O ser humano escolheu o pecado. Ele rebelou-se contra a autoridade de Deus

e optou pelo autogoverno (Is 1:2). Quando comeu do fruto proibido (Gn 3:1;6),

Adão estava virando as costas para Deus e decidindo desobedecê-lo. É essa

atitude de independência e rebelião que a Bíblia chama de pecado. Vejamos

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quais as principais conseqüências da queda:

MORTE ESPIRITUAL - Deus havia deixado claro que a desobediência traria

morte (Gn 2:17). Esta morte é, antes de tudo, espiritual. Significa uma

separação, uma ruptura da comunhão com Deus. Sem acesso à Fonte da Vida,

o espírito do homem morre. Note que o Senhor disse: "No dia em que dela

comeres, certamente morrerás". Ora Adão e Eva não morreram fisicamente no

dia em que pecaram, mas espiritualmente sim. No exato momento em que

tomaram do fruto proibido, eles perderam a vida de Deus.

MORTE FÍSICA - Outra conseqüência do pecado foi a morte física. Ao

rebelar-se, o homem perdeu o direito de viver eternamente (Gn 3:22) e

recebeu a maldição de voltar ao pó da terra (Gn 3:19).

MORTE ETERNA - Pior do que tudo isso, o homem perdido passou a

caminhar para a morte eterna, uma terrível e definitiva separação de Deus. As

descrições bíblicas dessa realidade enfrentada por todos os que partem dessa

vida de maldição do pecado é assustadora. O inferno (Mc 9:43), o lago de fogo

ou a segunda morte (Ap 20:14;15) são expressões diferentes que definem a

mesma verdade: uma eternidade em angústia, dor r desespero, longe da

presença de Deus.

DORES E ENFERMIDADES - Desde a rebelião no Éden o homem passou a

ser solapado por dores e enfermidades (Dt 28:22). Desde o seu nascimento, a

dor o acompanha. Não apenas em seu espírito, mas também na alma e no

corpo a maldição do pecado o deixou vulnerável, débil e indefeso.

MISÉRIA E DE ORDEM NATURAL - Aquele que havia recebido direito de

governar sobre toda a criação, após a queda viu a terra sendo amaldiçoada

por sua causa (Gn 3:17;19). Desde então a pobreza e a desordem se

instalaram e a vida passou a ser difícil. Toda a natureza se desestabilizou e o

caos se estabeleceu no mundo (Rm 8:20). Satanás passou a governar sobre a

terra, uma vez que o homem que possuía esse direito se sujeitou a ele.

ESCRAVIDÃO ESPIRITUAL - Quando o homem deixou de obedecer a Deus e

atendeu à voz de Satanás, tornou-se seu refém e passou a ser dominado por

ele através do pecado. Da condição de autoridade de Deus sobre a terra, o

homem passou a ser escravo (Jo 8:34; Rm 6:16). Por ter usado mal o livre

arbítrio que tinha, ele o perdeu e, por mais que se esforçasse, não encontrou

meios de livra-se dessa escravidão.

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CONTAMINAÇÃO DE TODA RAÇA HUMANA - A maldição da queda não

atingiu apenas o primeiro casal, mas toda a raça humana. Adão perdeu a

glória de Deus e gerou filhos nesta condição (Gn 5:3). A partir daí, todos os

homens nasceram debaixo da maldição do pecado (Rm 3:10). Isso quer dizer

que o homem é pecador por herança ou natureza (Sl 51:5; Rm 5:19) e também

por conduta (Rm 3:23; 5:12).

A Necessidade de Expiação

Deus não abandonou o homem no pecado. Poderia fazê-lo, mas não o fez. Ao

encontrá-lo caído no Éden, o Senhor trouxe a sentença pelos seus atos, mas

prometeu ferir Satanás através de um descendente seu (Gn 3:15). Haveria a

necessidade de expiação (um sacrifício para aplacar a justiça divina). O

sangue de um justo teria que ser derramado como propiciação (pagamento)

pelo pecado. Mas como fazê-lo, se todos os homens pecaram? Se depois de

Adão, não houve justo sequer sobre a terra, quem poderia pagar esse preço?

O CORDEIRO MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO - Deus é

Onisciente. Ele conhece todas as coisas. Quando criou o homem, sabia que

este se rebelaria, mas ainda assim o criou e previamente preparou um plano

de salvação. Quando o Senhor encontrou o homem após o pecado, tratou de

tirar as folhas de figueira que cobriam sua nudez e cobriu-o com a pele de um

animal (Gn 3:7;21). Um sangue foi derramado no Éden apontando para uma

salvação que viria. No coração de Deus, a morte de seu filho Jesus já estava

decidida. Por isso Cristo é chamado na Bíblia de "o Cordeiro que foi morto

desde a fundação do mundo" (Ap 13:8). E foi justamente ali, no cenário em

que o homem caiu, que Deus apontou para o sacrifício da cruz.

A SALVAÇÃO PROMETIDA - Em Gn 3:15 Deus prometeu que esmagaria a

cabeça da serpente (Satanás) através de um descendente da mulher (homem).

Ele estava se referindo a Jesus. Desde então o Senhor confirmou, geração

após geração, a promessa de um Salvador, alguém que viria para pagar o

preço do pecado (Is 35:4).

A SALVAÇÃO PREFIGURADA - Em todo o Antigo Testamento a necessidade

de expiação está ressaltada. Antes mesmo da Lei de Moisés, os homens que

se relacionaram com Deus, creram na promessa do Salvador e mostraram sua

fé e quebrantamento através do derramamento de sangue (Abel - Gn4:4; Noé -

Gn 8:20; Abraão - Gn 15:8-10, são alguns exemplos). Depois a Lei Mosaica

estabeleceu o sacrifício de animais como uma obrigação religiosa. Deus estava

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assim prefigurando a obra expiatória de Cristo. O sangue de seu Filho um dia

seria derramado sobre a terra em favor dos pecadores.

A obra da cruz

Colossenses 2.13-15

Não foi por acaso que, no filme “A Paixão de Cristo”, a cruz recebeu um lugar de destaque. Toda a história, desde o Getsêmani, passando pelo Sinédrio judaico e o Pretório romano, se desenvolveu tendo em vista a cruz. Mel Gibson, entendendo a mensagem do Evangelho, a proclamação de Deus, apresentou a cruz como o ponto central do seu filme.

Desde os primeiros séculos da história da igreja, os cristãos escolheram um símbolo para representar a fé em Jesus. Essa escolha não foi casual e nem imediata. Levou um período de tempo até que todos concordassem com o uso de um símbolo que fosse universal para a fé cristã. Os desenhos nas catacumbas romanas revelam os primeiros modos como os cristãos representavam a sua fé: em algumas, está o desenho de um pão; em outras, de um peixe; em outras ainda, o desenho de uma pequena arca, referindo-se à história da salvação de Noé. Contudo, nenhum desses símbolos era universal, porque não conseguiam expressar com inteireza a mensagem do Evangelho.

Pouco a pouco, um símbolo foi sendo ressaltado no meio dos demais: a cruz. Os cristãos perceberam que ela conseguia representar tudo aquilo que a

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mensagem cristã anunciava: o sofrimento e morte de Cristo, e o refrigério e liberdade do cristão.

Nos dias de hoje, o grande problema da humanidade é a ausência de liberdade. Não estou me referindo à liberdade de ir e vir, mas de viver de maneira saudável. A maior parte das pessoas freqüenta consultórios de psicólogos e psiquiatras para tentarem se ver livres da culpa. Além disso, há muitos homens e mulheres que estão doentes não por algum problema físico, mas por guardarem uma tremenda culpa no coração. O mundo está cheio de pessoas aprisionadas pela culpa ou por demônios, que também podem oprimi-las e escravizá-las.

Quem gosta de viver debaixo de culpa e condenação? Qual é a pessoa que se sente bem vivendo sob opressão demoníaca? A mensagem da cruz é a única proclamação capaz de libertar as pessoas. Essa foi a mensagem que Paulo proclamou aos colossenses, explicando aos cristãos de lá o que aconteceu na cruz do Calvário (Colossenses 2.13-15).

A cruz nos livrou da culpa

Esse sentimento sempre foi inerente a todas as pessoas, em todos os tempos e em qualquer parte do mundo. O sentimento de culpa é resultado do pecado, que faz nascer no coração do homem uma percepção de que alguma coisa está errada, precisando ser corrigida. Quando os homens primitivos levantavam os seus deuses de pedra e lhes ofereciam sacrifícios, eles agiam motivados pelo sentimento de culpa que queriam apagar. Quando, na idade média, um grupo de flagelantes saía às ruas chicoteando o próprio corpo; quando alguém coloca uma cruz nas costas e segue em peregrinação até outra cidade a quilômetros de distância; quando os cristãos de Colossos abraçavam filosofias, seguiam rituais, obedeciam regras, flagelavam o corpo; todos eles seguiam ou se penitenciavam motivados, impulsionados pelo mesmo sentimento.

Mas o sentimento de culpa não afligiu apenas as pessoas do passado. Ele continua escravizando muitas pessoas no presente e de maneira muito sutil. Há pessoas que, nos dias de hoje, não conseguem prosperar na vida. Elas conseguem, talvez, subir alguns degraus de prosperidade, mas depois ficam paralisadas, não conseguem continuar superando obstáculos. Dentro delas existe algo como uma voz, lhes dizendo que não seria justo elas continuarem prosperando; que outras pessoas continuam na pobreza; que alguns poderiam ficar ofendidos ou chateados. Essas pessoas, então, ficam são tomadas por um sentimento de culpa que as trava na miséria; ficam iludidas pela suposição de que assim conseguirão pagar pelo “erro” apontado pela consciência.

Há muitas pessoas que estão solteiras porque estão escravizadas por algum sentimento de culpa. Alguns vêem a mãe sozinha e são levadas a imaginar que, se contraírem matrimônio, estarão praticando um ato de traição, abandonando aquela que sempre foi companheira e se desdobrou para cuidar da filha. Outras pessoas jamais se casam porque pensam que não podem deixar outros as considerarem bonitas; têm medo de ser admiradas e

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receber elogios; pensam que devem continuar feias e espantando interessados ou interessadas por não se acharem dignas do apreço de alguém. Na verdade, não casar é uma tentativa de sacrifício para apagar o sentimento de culpa causado pela própria consciência.

O sentimento de culpa se manifesta ainda de outras maneiras: através das penitências ou das boas obras; da auto-acusação e condenação; da auto-humilhação e do complexo de inferioridade. Tudo isso são atitudes que as pessoas tomam tentando uma compensação, tentando “pagar pelo pecado” que gerou esse sentimento. Sabedor dessa disposição, Paulo escreveu aos cristãos: “Ele nos perdoou todas as nossas transgressões.” (Colossenses 2.13) O remédio para o sentimento de culpa é o conhecimento do perdão de Deus. Se Deus perdoou o pecado, não existe mais necessidade de sacrifícios e, assim, não há mais base para o sentimento de culpa. Sendo assim, você precisa entender que está livre para fazer tudo aquilo que pode fazer.

Ouça, portanto, a Palavra de Deus. Liberte-se da escravidão. Seja livre do sentimento de culpa. Você só precisa entender que Deus já perdoou todas as suas transgressões. Não existe mais nada a ser feito, nenhum sacrifício a ser oferecido; você não deve mais nada a ninguém. Você não precisa se sacrificar, se penitenciar, se restringir para tentar aplacar o sentimento de culpa: o sacrifício já foi feito, de uma vez para sempre, ali na cruz do Calvário.