Ruído - Abr2014

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08/05/2014 1 Ruído Ocupacional Migliane Réus de Mello Engenheira Química Engenheira de Segurança do Trabalho Apresentação da Disciplina: Disciplina Acústica - Ruído Docente Migliane Réus de Mello E-MAIL: [email protected] Cel: (48) 9932-8484 Formação Técnica em Segurança do Trabalho - SENAI/SATC Criciúma/SC Engenheira Química - UNISUL Tubarão/SC Engenheira de Segurança do Trabalho - UNISUL Tubarão/SC Experiência profissional na área de ST Engenheira de Segurança do Trabalho - SESI Criciúma/SC Supervisora de Engenharia de Segurança do Trabalho - SESI Regional Sul (Criciúma, Tubarão e Orleans) Professora do Curso Técnico para formação de Técnicos em Segurança do Trabalho - SATC Criciúma/SC Professora do Curso de pós graduação para formação de Engenheiros de Segurança do Trabalho - UNISUL Tubarão e Florianópolis/SC Ementa Conceituação, classificação, reconhecimento de riscos e tempo de exposição. Conceitos gerais e ocorrências. Física do som. Critérios de avaliação; laboratórios; técnica de medição. Medidas de controle. Laboratórios de análise de medidas de controle.

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Ruyidos

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1

Ruído Ocupacional

Migliane Réus de Mello

Engenheira Química

Engenheira de Segurança do Trabalho

Apresentação da Disciplina:

Disciplina Acústica - Ruído

Docente

Migliane Réus de Mello

E-MAIL: [email protected]

Cel: (48) 9932-8484

Formação

Técnica em Segurança do Trabalho - SENAI/SATC Criciúma/SC

Engenheira Química - UNISUL Tubarão/SC

Engenheira de Segurança do Trabalho - UNISUL Tubarão/SC

Experiência

profissional na

área de ST

Engenheira de Segurança do Trabalho - SESI Criciúma/SC

Supervisora de Engenharia de Segurança do Trabalho - SESI Regional Sul (Criciúma,

Tubarão e Orleans)

Professora do Curso Técnico para formação de Técnicos em Segurança do Trabalho -

SATC Criciúma/SC

Professora do Curso de pós graduação para formação de Engenheiros de Segurança do

Trabalho - UNISUL Tubarão e Florianópolis/SC

Ementa

Conceituação, classificação, reconhecimento de riscos e tempo de exposição. Conceitos

gerais e ocorrências. Física do som. Critérios de avaliação; laboratórios; técnica de

medição. Medidas de controle. Laboratórios de análise de medidas de controle.

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HIGIENE OCUPACIONAL

Higiene Ocupacional é a Ciência e Arte dedicada ao estudo e ao

gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes Físicos,

Químicos e Biológicos, por meio de ações de Antecipação,

Reconhecimento, Avaliação e Controle das condições e locais de

trabalho, visando à preservação da saúde e bem estar dos trabalhadores,

considerando ainda o meio ambiente e a comunidade. (ABHO –

Abr2009)

Se um agente ambiental não for tecnicamente (bem) identificado, a exposição

ocupacional não poderá ser monitorada nem tão pouco estimado o potencial do

risco para saúde. (Marcos Domingos da Silva, M.Sc)

HIGIENE OCUPACIONAL

Físicos Químicos Biológicos

Radiação Ionizante, Vapores (orgânicos e Inorgânicos) Vírus

Radiação Não Ionizante, Névoas (orgânicos e Inorgânicos) Bactérias

Vibração Neblina(orgânicos e Inorgânicos) Fungos

Temperaturas extremas (calor

e frio) Fumos (metal e plástico) Protozoários

Ruído Poeira (mineral, metálica, etc.) Parasitas

Pressões anormais (diferentes

de 1atm) Gases Bacilos

Umidade Produtos químicos em geral (contato,

entre outros) Microorganismos patogênicos

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HIGIENE OCUPACIONAL

TIPOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS

QUALITATIVA – Através de vistorias/

inspeção no local do trabalho sem o uso de

equipamentos de medição

QUANTITATIVA – Quantificação dos

riscos através de equipamentos de medição

e seguindo normas específicas.

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É qualquer oscilação de pressão (no ar, água ou outro meio) que o

ouvido humano possa detectar. Os sons são formados por vibrações

cujas frequências são harmônicas, como música ou fala. Para ser

percebido, é necessário que esteja dentro de uma faixa de frequência

captável (audível) pelo sistema auditivo do homem (20 a 20.000 Hz).

SOM

Fonte: http://www.prof2000.pt

SOM - COMPORTAMENTO

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RUÍDO

Superposição de vários movimentos de vibração com frequências e

intensidades diferentes, seus componentes não são harmônicos.

São sons desagradáveis ou indesejáveis como barulho, buzina, explosão e

máquinas.

Na área ocupacional o ruído é tratado como um risco grave a saúde

humana e precise ser reconhecido, avaliado e controlado. Seu grau de

risco depende de vários fatores.

RUÍDO

Suponha uma máquina industrial qualquer

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

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PROPAGAÇÃO DO SOM

As ondas sonoras se propagam no ar, em meios sólidos, e em outros

meios materiais.

São transmitidas através de vibrações moleculares e as moléculas

precisam estar próximas;

Em líquidos e gases a velocidade do som também pode variar com a

temperatura, fator que interfere na separação e agitação dos átomos.

O som, nestes meios, diminui de velocidade com o aumento da

temperatura;

O som é tridimensional, podendo se propagar pelas três dimensões

conhecidas.

PERCEPÇÃO DO SOM NO APARELHO AUDITIVO

Os sons são captados no ouvido externo, amplificados no ouvido médio e

levados ao cérebro, que os interpreta, no ouvido interno.

Fonte: http://www.prof2000.pt

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COMPOSIÇÃO DO SOM

Fonte: FIRJAN

Possui três características físicas: frequência, intensidade e timbre

Fonte: FIRJAN

É o número de vezes que a oscilação de pressão é repetida, na unidade de

tempo. Normalmente, é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz).

f= 1/T (Ex.: 60 Hertz = 60 ciclos por Segundo)

FREQUÊNCIA

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FREQUÊNCIA

Alta frequência: são os sons agudos (percorre pequenas distancias, seu nível

superior é muito mais irritante e maléfico aos que estão mais próximo);

Baixa frequência: são os sons graves (percorre grandes distâncias e ultrapassa

barreiras com facilidade).

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

FREQUÊNCIA - ESPECTRO SONORO

Fonte: http://www.prof2000.pt

Ultrassons - frequências muito

elevadas, superiores a 20 000 Hz,

que o ouvido humano não consegue

ouvir.

Sons audíveis – percebidos pelo

ouvido humano, entre 20 Hz e

20000 Hz.

Infrassons - sons de frequência de

0 a 20 Hz (não audíveis ao homem).

Estes sons provocam náuseas e

perturbações intestinais

O ouvido humano é mais sensível na

faixa de 2 KHz a 5KHz e menos

sensível nas mais altas e mais baixas

frequências

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FREQUÊNCIA - ESPECTRO SONORO

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

INTENSIDADE

Também conhecida como Pressão Sonora, é a quantidade de energia

vibratória (acústica) transmitida através das ondas mecânicas

longitudinais do som, podendo ser expressa newtons por metro

quadrado( N/m2) ou por decibéis (dB) ( unidade de sensação sonora).

Fonte: FIRJAN

O alcance da audição humana é de aproximadamente 0 dB até 120 dB de intensidade

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TIMBRE

Timbre é qualidade sonora que nos permite identificar a origem

dos sons. Fonte: FIRJAN

FATORES QUE INFLUENCIAM NA EXPOSÇÃO AO RISCO

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TIPOS DE RUÍDO

O ruído contínuo é o que

permanece estável com variações

máximas de 3 dB(A) durante um

longo período;

O ruído intermitente é um ruído

com variações, maiores do que 3

dB(A) durante o intervalo de

observação

Fonte: FIRJAN

RUÍDO INTERMITENTE

Dosimetria de Ruído realizada em uma Madeireira no setor de produção de Portas, no

cargo de Montador de Esquadrias.

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RUÍDO CONTÍNUO

Dosimetria de Ruído realizada em uma Madeireira no setor de Preparação de

Madeira, na atividade de classificação na máquina moldureira.

RUÍDO INTERMITENTE

Dosimetria de Ruído realizada em uma Madeireira no setor de produção de Portas, no

cargo de Montador de Esquadrias.

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TIPOS DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

Ruído de impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica

de duração inferior a 1 (um) segundo, em intervalos superiores a 1

(um) segundo. (NR 15 – Anexo II)

TEMPO DE EXPOSIÇÃO

Fonte: FIRJAN

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Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no

que se refere à audição. Isto significa que cada pessoa percebe os

sons de formas diferentes. A sensibilidade pode e geralmente

varia com a idade, sexo, etnia, exposições anteriores. Pessoas

jovens geralmente escutam bem, enquanto que pessoas mais

idosas, têm diminuição de limiar de audição.

SUSCETIBILIDADE INDIVIDUAL

Fonte: 3M do Brasil

EFEITOS DO RUÍDO NO ORGANISMO HUMANO

Dilatação das pupilas

Aumento da produção de hormônios (tireoide)

Aumento da frequência cardíaca

Aumento da produção de adrenalina

Aumento da produção de cortisona

Movimentos do estômago e abdômen

Reação muscular

Vasoconstrição dos vasos sanguíneos

Perda Auditiva

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Presbiacusia (não tem relação com o ruído). Presbiacusia deriva

do grego, prebys (velho) e akouein (para ouvir). É a perda auditiva que se

dá em função do processo degenerativo do organismo desencadeado pelo

envelhecimento em indivíduos com mais de 60 anos.

Trauma acústico (exposição aguda ao ruído)- Causado por sons

de baixa duração, tais como, explosões, estampidos de arma de fogo,

detonações, etc., e pode resultar em uma perda auditiva imediata, severa

e permanente.

Mudança Temporária no Limiar (exposição aguda ao ruído)- É

aquela advinda de exposições moderadas, que podem inicialmente causar

uma perda auditiva temporária, recuperável, sendo que os seus efeitos

ainda não foram todos esclarecidos.

TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS

Perda auditiva permanente (exposição crônica) - Conhecida

popularmente por “PAIR” (Perda Auditiva Induzida por Ruído). Se ela

for de origem ocupacional, pode ser chamada de “PAIRO” (Perda

Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional).

Agravamento por Ototóxicos - A PAIR pode ser agravada por

meio da exposição simultânea do trabalhador a níveis elevados de

ruído e a produtos químicos e vibrações. (Ordem de Serviço

INSS/DSS nº 608, de 5 de Agosto de 1998)

Ototóxicos: Que tem efeito tóxico sobre o sistema auditivo, causando danos às

células ciliadas na cóclea, geralmente aumentam a susceptibilidade de perda

auditiva nas altas frequências.

Algumas substâncias ototóxicas: Dissulfeto de Carbono, Estireno, Tolueno, •

Tricloroetileno e Xileno.

TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS

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TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS

Gota acústica

A gota acústica é uma PAIR

na faixa dos 4Khz e é muito

comum em trabalhadores

expostos a ruído ocupacional

continuadamente por 10 ou

15 anos.

Fonte: FIRJAN

PAIR – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

• Deterioração auditiva lentamente progressiva

(No início a perda não é percebida).

• Características neurosensoriais.

• Dificuldades para perceber sons agudos.

• Quase sempre bilaterais.

• Zumbido (acúfenos ou “tinnitus”).

• Dificuldade de diferenciar os sons da fala.

• Normalmente não ultrapassa 40dB nas baixas

frequências e 75 dB nas altas frequências.

• Predominância nas frequências 3, 4 e 6 KHz,

normalmente iniciando em 4KHz (gota

acústica).

• Uma vez cessada a exposicão a lesão coclear

estabiliza, porém a perda ocorrida é

irreversível.

PAIR é Incurável e

Irreversível.

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FUNCIONAMENTO DO OUVIDO HUMANO – COMO

OCORRE A PAIR

FUNCIONAMENTO DO OUVIDO HUMANO

Resposta Sensorial

• Altas Frequências (“na entrada da

Cóclea” )

• Baixas Frequências (extremidade da

Cóclea)

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

OBS.: Faixa de maior

sensibilidade (3-5 kHz a

4kHz)

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EXAME AUDIOMÉTRICO

As audiometrias ocupacionais normalmente são realizadas:

Exame admissional.

Periódico - 6 meses após o exame de referência admissional.

Periódico – Anualmente e dependendo do local/indivíduo, este

prazo pode ser menor.

Exame demissiona.

Realizado dentro de uma cabine acústica com o aparelho audiomêtro, que emite sons em diversas frequências e intensidades, para avaliar a audição do paciente.

AUDIOGRAMA DENTRO DOS LIMITES ACEITÁVEIS

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AUDIOGRAMA NÃO SUGESTIVO DE PAIR

AUDIOGRAMA SUGESTIVO DE PAIR

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O som mais fraco que o ouvido humano saudável pode detectar é de

20 μPa e o máximo que pode suportar é 200 Pa de pressão.

A pressão sonora audível abrange uma faixa muito grande de variação

de pressão, entre 2x10-5 N/m² e 20.000.000x10-5 N/m², o que torna

difícil o a avaliação numa escala linear.

Um valor de divisão adequado a esta escala seria log10, e ao valor

desta divisão damos o nome de Bel

ESCALA EM DECIBEL (DB)

Fonte: FIRJAN

ESCALA EM DECIBEL (DB)

O Bel continua sendo um valor de divisão muito grande, e por isso usa-se

então o decibel (dB), que é a décima parte do Bel.

Ou seja, 1 Bel = 10 decibéis.

0 dB (limiar de audição) = 20 μPa (pressão de referência)

140 dB (limiar da dor) = 200 Pa

O Nível de Pressão Sonora (NPS) em dB é o parâmetro empregado em

instrumentos de medição e sua expressão é dada por:

Onde: P = pressão sonora a ser medida

P0= pressão de referência (20 μPa) Fonte: FIRJAN

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ESCALA EM DECIBEL (DB)

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

ESCALA EM DECIBEL (DB)

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

Lembrete:

1 dBel = 0,1 Bel 100,1 = 1,26 vezes

3 dBel = 0,3 Bel 100,3 = 2 vezes

* Com um acréscimo de 3 dB a intensidade sonora é dobrada em termos

de Pressão sonora.

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LIMITE DE TOLERÂNCIA

LT - Limite de tolerância: intensidade

máxima ou mínima relacionada com a

natureza e o tempo de exposição ao agente

que não causará dano à saúde do trabalhador

durante a sua vida laboral. (Conceito NR 15 -

Atividades e operações insalubres)

•LT-Valor Teto: intensidade que não pode ser

ultrapassada em momento algum da jornada

de trabalho.

LIMITE DE TOLERÂNCIA

LT Ruído Contínuo ou Intermitente = 85,0 dB(A) para uma

jornada de trabalho de 8 horas conforme NR 15 Anexo 1.

LT Ruído Impacto = 130 dB (linear) ou 120 dB(C) conforme NR 15

Anexo 2. Obs.: O ruído de impacto superiores a 140 dB(linear) ou superiores a 130 dB(C),

oferecerão risco grave e iminente.

Obs.: Níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB (A), sem

proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. (NR – 15, Anexo I, Item 7)

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LIMITE DE TOLERÂNCIA – NR 15 ANEXO 1

Ruído Contínuo ou Intermitente

Fonte: FIRJAN

LIMITE DE TOLERÂNCIA – CRITÉRIO DE FORMAÇÃO

DA TABELA

Fonte: FIRJAN

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APLICAÇÃO – CÁLCULO DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

1. Calcule o tempo de exposição máximo permitido para as seguintes

atividade:

a) Máquina destopadeira - 99dB(A).

b) Britador pneumático – 107dB(A).

2. Calcule o Limite de Tolerância para as seguintes jornadas de

trabalho:

a) 528 min (8,8h).

b) 720 min (12h).

NÍVEL DE AÇÃO

Nível de Ação: valor acima do qual devem ser

iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a

probabilidade de que as exposições a agentes ambientais

ultrapassem os limites de exposição. (Conceito NR 9 –

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)

Para o ruído o Nível de Ação corresponde a dose de

0,5 (dose superior a 50%), conforme critério

estabelecido na NR-15, Anexo I.

50% da dose = 80dB(A)

100% da dose = 85dB(A)

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: FIRJAN

Audiodosimetro: Equipamento capaz de

monitorar o ruído diretamente no trabalhador.

O microfone deverá ser posicionado na zona

auditiva.

Mede o nível médio ou ponderado no tempo,

ou seja, integra a dose dentro de um intervalo

de tempo.

O resultado da medição é dado em dB(A) e

em forma de percentual de dose (%),

conforme os critérios adotados.

Recomendados para avaliar ruído Intermitente

ou contínuo.

Analisadores de Frequência:

Quando necessita-se fazer um

estudo mais apurado do ruído

em um determinado ambiente de

trabalho e/ou máquinas, faz-se

necessário o uso de medidores

integradores de nível de pressão

sonora que façam análise de

frequência por banda de 1/1 ou

1/3 de oitava.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: FIRJAN

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Calibradores: Servem para verificar e ajustar o

equipamento com o intuito de operar dentro dos

parâmetros pontuais desejados. Basicamente

existem dois tipos de calibração:

Portátil (feita pelo usuário) -114 dB

Periódica – Por empresa certificada pelo

INMETRO. A periodicidade de calibração de

um equipamento é um compromisso entre

diversos fatores que determinam sua extensão.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: FIRJAN

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: João Candido Fernandes, Dr.

Microfone: Capta o sinal acústico e o transforma em sinal elétrico. A Intensidade da corrente elétrica é

proporcional a Intensidade da onda sonora.

Amplificador: Aumenta o sinal elétrico captado pelo microfone. O sinal elétrico do microfone é muito

pequeno (milivolts).

Filtros: Separam o sinal elétrico em bandas de frequências, atenuando ou amplificando cada uma. Os

medidores têm vários filtros padronizados pela Norma ISSO (Ponderação A, B, C, D).

Integrador (quando existente): Tem como função obter a média da intensidade sonora em um

tempo T (Tempo de Resposta: Lento, Rápido ou Impulso).

Mostrador: Apresenta os níveis medidos. Pode ser analógico (ponteiro) ou digital (dígitos).

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Fonte: FIRJAN

Especificações Internacionais/Padrões para instrumentação:

– IEC 651 Medidores de Nível de Pressão Sonora

– IEC 804 Medidores Integradores de NPS

– IEC 61672 Medidores de NPS – Substitui a IEC 651 e 804

– IEC 225 Filtros de Bandas de Oitavas

– IEC 60942 Calibradores

– ANSI 51.4 Medidores de Nível de Pressão Sonora

– ANSI 51.40 Calibradores

– ANSI 51.25 Dosímetros

– ANSI 51.11 Filtros de Bandas de Oitava

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CRITÉRIOS PARA AQUISIÇÃO

Classe de precisão – Tipo 1 ou Tipo 2.

Permitir calibração com calibrador

externo.

Atendimento às leis locais – NR 15 / INSS

/ NHO 01.

Resistente a quedas e intrinsicamente

seguro.

Proteção contra operação acidental –

manuseio indevido.

Armazenamento e gerenciamento de

dados.

Fonte: FIRJAN

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CRITÉRIOS PARA AQUISIÇÃO

Relógio e calendário interno.

Resumo de relatórios e gráficos.

Cálculos de integração: Leq; Lavg; SEL; TWA;

etc

Fácil de manusear e configurar.

Confortável para o trabalhador.

Interface com PC e emissão de relatório da

dosimetria / Utilização de software

especializado para gerenciamento de dados.

Fonte: FIRJAN

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PROCEDIMENTOS - NORMAS

Ruído Ocupacional:

NR 15 – Anexos 1 e 2;

NHO 01 – Norma de Higiene Ocupacional da

Fundacentro;

ACGIH - American Conference of Industrial

Hygienists.

Conforto acústico - Ergonomia

NR 17

Ruído em áreas habitadas

NBR 10151

Fonte: FIRJAN

TIPOS DE MEDIÇÃO

Avaliaçao da exposição ocupacional de um trabalhador

ou grupo de trabalhadores (NR 15 – anexos 1 e 2;

Anexo IV do Dec. 3.048/99);

Conforto acústico (NR 17);

Mapeamento de ruído;

Avaliação/identificação de fontes de ruído;

Avaliação de eficácia de medida de controle;

Projeto para adequação de ambiente;

Projeto de antecipação de riscos (instalação de

máquinas, ou equipamentos em um determinado

ambiente);

Fonte: FIRJAN

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CRITÉRIOS PARA AQUISIÇÃO

Para fins de avaliação de exposição ocupacional ao ruído

a melhor técnica é a dosimetria de ruído.

• É de caráter individual.

• Acompanha o trabalhador em todo o seu trajeto e

movimentos.

• Representa a exposição ocupacional do trabalhador

ao ruído, decorrente de suas tarefas.

• Representa com fidelidade o tempo de exposição.

• O dosímetro faz +/- 2000 leituras por minuto.

• Dosímetros novos fazem leituras “holísticas”,

integrando, projetando e plotando dados.

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

RANGE

O range é a faixa de medição de um

instrumento.

Por exemplo: um medidor de NPS

que esteja com um range de 70 a

140 dB só conseguirá captar os

ruídos com intensidades dentro

desta faixa.

Por isso é importante ajustar o range

do instrumento de acordo com o

ruído que existe no ambiente

avaliado. Fonte: FIRJAN

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

• O ouvido humano não é igualmente sensível a

todas as frequências. É mais sensível entre 2

KHz e 5 KHz, e menos nas frequências

extremas (> e <).

• A padronização e classificação de

equipamentos eletrônicos que modele o

comportamento do ouvido humano, são

feitos através de circuitos de compensação

A, B, e C (Norma ISO 226:2003).

• A escala do homem é a A dB(A), o

decibelímetro se comporta como ouvido

humano.

• A escala C é usada quando medimos nível por

impacto.

• A escala D é para quem trabalha com turbina

de avião (somente para corrigir a turbina).

COMPENSAÇÃO OU PONDERAÇÃO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

Experimento de Fletcher e Munson

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Os níveis mostrados na figura acima, são níveis relativos.

Ex: NPS = 70 dB, em 1KHz o ouvido humano percebe 70 dB(A) ou seja (70- 0 = 70)

70 dB, em 25 Hz o ouvido humano percebe 39,8 dB(A) ou seja (70 – 30,2 = 39,8)

(70 -

30,2).

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

COMPENSAÇÃO

OU

PONDERAÇÃO

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Ponderação ou

Compensação

NR 15

• anexo 1 - leitura em dB(A):

para ruído contínuo ou

intermitente a ponderação

deve levar em consideração a

curva A.

• anexo 2 - leitura em dB(C) ou

dB(Z): para ruído de impacto

a ponderação deve levar em

consideração a curva C ou Z

(linear).

- Controle de tempo de resposta do sinal sonoro.

- SLOW - Um segundo (constante).

- FAST - 125 mili segundo.

- PEAK - 50 micro segundos.

- IMPULSE - 35 mili segundos (Ou escala linear – (Z))

.

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RESPOSTA DO SINAL SONORO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

RESPOSTA

NR 15

• anexo 1- ruído contínuo ou

intermitente: Slow (lento).

• anexo 2 - ruído de impacto:

Fast (rápido) ou Impulso.

FATOR DE DOBRA OU INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DE DOSE (q ou ER)

O fator de dobra, também chamado de incremento de duplicidade de

dose (representado pela letra “q” ou “ER” ) expressa o momento (em

termos de NPS) em que uma determinada intensidade de ruído foi

duplicada ou reduzida à metade.

Ou seja: uma dose de 100%, quando dobrada irá para 200%, e, quando

reduzida à metade, cairá para 50%.

NR 15 – anexo 1: q=5

NHO01: q=3

Fonte: FIRJAN

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

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FATOR DE DOBRA OU

INCREMENTO DE

DUPLICAÇÃO DE DOSE (q

ou ER)

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Efeito do q no cálculo da Dose

FATOR DE DOBRA OU INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DE DOSE (q ou ER)

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Fonte: Marcos Domingos da Silva, M.Sc

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NÍVEL DE CRITÉRIO (CRITERION LEVEL - CL ou CRITÉRIO DE REFERÊNCIA - CR)

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Nível médio para qual a exposição por um período de 8horas,

corresponderá a uma dose de 100%. O Critério de Referência é 85 dB

DOSE

Parâmetro utilizado para caracterização da exposição ocupacional ao

ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por

referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida

com base em parâmetros preestabelecidos (q. CR, NLI).

Fonte: NHO 01

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE A DOSE

• A dose de ruído diária é o verdadeiro limite de tolerância (técnico e

legal). Se o valor da dose for menor ou igual a 100% os níveis são

legalmente aceitáveis. Se o valor for maior que 100% a exposição

ultrapassou o LT.

• A dose não pode ultrapassar 100% seja qual for o tamanho da jornada.

• A dose é sempre proporcional ao tempo: sob as mesmas condições de

exposição, o dobro do tempo de exposição significa o dobro da dose.

• Deve-se reduzir o tempo de exposição aos níveis mais elevados, para

assegurar reduções nas doses.

Fonte: NHO 01

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

TEMPO DE PROJEÇÃO

O tempo de projeção deverá ser informado no “setup” do instrumento.

O tempo a ser ajustado deverá ser equivalente a máxima exposição

diária permitida para o nível de critério adotado.

Ex.: Nível de critério = 85

Tempo de projeção = 8h (480 min)

Fonte: NHO 01

NÍVEL LIMEAR DE INTEGRAÇÃO (NLI) ou THRESHOLD LEVEL (TL)

Nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na

integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de

exposição.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Fonte: NHO 01

NÍVEL DE EXPOSIÇÃO (NE)

Nível médio representativo da exposição ocupacional diária.

NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO (NEN)

Nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas

diárias, para fins de comparação com o limite de exposição.

NÍVEL EQUIVALENTE (Neq) ou EQUIVALENT LEVEL (Leq)

Nível médio baseado na equivalência de energia, conhecido como Leq.

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INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Fonte: NHO 01

NÍVEL MÉDIO (NM) ou AVERAGE LEVEL (Lavg)

Nível representativo da exposição ocupacional relativo ao período de

medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos

ocorridos no período e os parâmetros de medição predefinidos.

TIME WEIGHTING AVERAGE (TWA)

Nível da exposição ocupacional projetado para 8horas de exposição

considerando que no restante do tempo não avaliado não há exposição

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Marca: Quest

Modelo: Edge-5

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

Marca: Quest

Modelo: NoisePro

DLX

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

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Marca: Quest

Modelo: Q-300

Q-400

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

RÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

Parâmetros NR 15 NHO 01 - Fundacentro ACGIH

Circuito de Resposta Lenta (Slow) Lenta (Slow) Lenta (Slow)

Curva de Ponderação/Compensação A A A

Critério de Referência/ Limite de Tolerância 85 85 85

corresponde a DOSE de100% para 8h de exposição

Incremento de Duplicação de Dose (q) 5 3 3

Nível Limiar de Integração 85 80 80

Faixa de Medição 85 - 115 80 - 115 80-140

Indicação de ocorrência de níveis superiores

a 115 Sim Sim Sim

Nível de Ação 80 82 82

corresponde a DOSE de 50% para 8h de exposição

RÍDO DE IMPACTO

Parâmetros NR 15 NHO 01 - Fundacentro ACGIH

Circuito de Resposta Rápida (Fast) ou Impulse Impulse Rápida (Fast) ou Impulse

Curva de Ponderação/Compensação C ou linear (Z) linear (Z) C ou linear (Z)

Critério de Referência/ Limite de Tolerância 120 dB(C) ou 130 (linear) 140 (linear) 140 (C)

Faixa de Medição NA 100-150 80-140

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

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Comparação dos NE da NR 15 com os da NHO 01

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO – CONFIGURAÇÃO

AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO– CONDUTA DO AVALIADOR

PRÉ MEDIÇÃO:

• Calibrar o equipamento;

• Checar configurações;

• Revisar as condições de bateria;

• Fazer análise prévia das atividades, cargos, Grupos Homogêneos e

setores que serão avaliados;

• Preparar uma boa folha de campo para registrar os dados

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Medidores de Nível de Pressão

Sonora: Equipamentos capazes de

monitorar o ruído do ambiente de

trabalho ou diretamente na zona auditiva

do trabalhador.

Mede o ruído instantâneo, ou seja, no

instante da medição.

O resultado pode ser dado conforme os

critérios adotados.

Recomendados para avaliar ruído

contínuo ou de impacto.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Fonte: FIRJAN

AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO– CONDUTA DO AVALIADOR

GHE – GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO

Corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam

exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido pela

avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da

exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo

grupo.

Fonte: NHO 01

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AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO– CONDUTA DO AVALIADOR

FOLHA DE CAMPO:

Uma boa folha de campo deve conter espaços para registrar as seguintes

informações:

• Nome da empresa;

• Data;

• Identificação do equipamento (Nome, modelo, número de série);

• Setor, cargo e nome do trabalhador avaliado;

• Horário de início, interval e término da medição;

• Registro de calibração e pós calibração;

• Descrição das tarefas e do ambiente;

• Assinatura do avaliador e do Trabalhador;

• Proteções Coletivas e Individuais existentes;

• Observações gerais

MONITORAMENTO DE EXPOSIÇÃO A RUÍDO

Empresa:

AMOSTRAGEM

Local: Data:

Nº Dosímetro: Marca / Modelo: Quest/ Q-300

Quest/ Noise

Pro DL X

Quest/ Q-400 Quest/ Edge 5

Calibração inicial (dB): Calibração final (dB):

Hora inicial: Hora final:

DADOS DO TRABALHADOR E ATIVIDADES

Nome:

Cargo:

Setor:

Atividades realizadas:

Utilizou proteção auditiva? Não ( ); Sim ( ) Tipo / Modelo:

DESCRIÇÃO DO AMBIENTE

Pé direito (m):

Ventilação: Natural ( ); Artificial ( ) Tipo:

Telhado: Metálico ( ); Fibrocimento ( ); Barro ( ); Outro:

Forro: Laje ( ); PVC ( ); Madeira ( ); Isopor ( ); Outro:

Parede: Bloco de cimento ( ); Alvenaria ( ); Madeira ( ); Outro:

Piso: Madeira ( ); Concreto ( ); Cerâmico ( ); Carpete ( ); Outro:

Assinatura/carimbo Responsável pela Amostragem

Assinatura Trabalhador:

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AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO– CONDUTA DO AVALIADOR

DURANTE MEDIÇÃO:

• Estabelecer os GHE – Grupos Homogêneos de Exposição;

• Escolher os trabalhadores que representarão o GHE;

• Conhecer a rotina do trabalhador afim de evitar fatos inesperados;

• Informar ao trabalhador sobre a avaliação;

• Registrar os dados principais na folha de campo;

• Posicionar o microfone na lapela, próximo à zona auditiva; • Pausar o equipamento na hora do almoço (não conta como jornada de

trabalho) ; • Monitorar a medição e fazer as observações gerais e obtenção de dados

adicionais, preenchendo o restante das informações da folha de campo; • Fazer um mapeamento do ruído com decibelímetro.

AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO – CONDUTA DO AVALIADOR

Para exposição ocupacional o microfone do dosímetro deve ficar

posicionado dentro da zona auditiva (10cm a 20cm de distância do

ouvido) do trabalhador.

Fonte: FIRJAN

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AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO – CONDUTA DO AVALIADOR

PÓS MEDIÇÃO:

• Fazer pós calibração do equipamento;

• Fazer a leitura do equipamento – transferência de dados do

equipamento para o PC;

• Gerar o relatório da dosimetria com os dados necessários

(informações gerais, gráfico de dados, histórico, etc.) ;

• Avaliar o resultado encontrado comparando-o com o

mapeamento feito com decibelímetro ou com histórico de

avaliações da empresa quando houver.

AVALIAÇÃO COM DOSÍMETRO – CONDUTA DO AVALIADOR

Fonte: FIRJAN

INVALIDAÇÃO DAS AMOSTRAS

• Calibração final variar + 1 dB em relação à pré calibração;

• Voltagem das baterias tiver caído abaixo do valor mínimo;

• Trabalhador ou Empresa ter “burlado” a medição;

• Valor incoerente quando comparado com o mapeamento

(decibelímetro) ou histórico da empresa;

• Distorção do Range de Medição;

• Temperatura e pressão atmosférica diferentes das normais previstas

pelo fabricante do equipamento;

• Umidade relativa do ar e vento que possam interferir no resultado;

• Interferência por rádio frequência, entre outros.

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CÁLCULOS DE RUÍDO

ADIÇÃO DE RUÍDO

Como o decibel não é linear, não pode ser somado ou subtraído

algebricamente.

Uma opção é transformar dB em Pascal, fazer a adição/subtração e, em

seguida transformar em dB.

Outra opção é utilizar a formula genérica para a conbinação de “n” níveis.

CÁLCULOS DE RUÍDO

ADIÇÃO DE RUÍDO – EQUAÇÃO GENÉRICA

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CÁLCULOS DE RUÍDO

ADIÇÃO DE RUÍDO – USO DA TABELA

Diferença entre Níveis (dB) Quantidade a ser adicionada

ao maior Nível (dB)

0,0 3,0

0,2 2,9

0,4 2,8

0,6 2,7

0,8 2,6

1,0 2,5

1,5 2,3

2,0 2,1

2,5 2,0

3,0 1,8

3,5 1,6

4,0 1,5

4,5 1,3

5,0 1,2

5,5 1,1

6,0 1,0

6,5 0,9

7,0 0,8

7,5 0,7

8,0 0,6

9,0 0,5

10,0 0,4

Exemplo:

n1=90

n2=90

dB = 90 – 90 = 0

tabela = 3

dB = 90+3 = 93

Obs.: Para diferenças superiors a 15,

considerar um acréscimo igual a zero,

ou seja, prevalece o maior nível.

ADIÇÃO DE RUÍDO - MÉTODO GRÁFICO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

CÁLCULOS DE RUÍDO

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ADIÇÃO DE RUÍDO - MÉTODO GRÁFICO

Ex.:

L1= 85,0

L1= 82,0

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

CÁLCULOS DE RUÍDO

SUBTRAÇÃO DE RUÍDO DE FUNDO - MÉTODO GRÁFICO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

− < 3 = 𝑟𝑢í𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑜

− > 10 = 𝑛ã𝑜 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠𝑖𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜

CÁLCULOS DE RUÍDO

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SUBTRAÇÃO DE RUÍDO DE FUNDO - MÉTODO GRÁFICO

Ex.:

LTotal= 84,0

LFundo= 80,0

CÁLCULOS DE RUÍDO

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

Obs.: Se desligada a

fonte, o ruído total cai

muito, a fonte é quem

determina o ruído total

naquele ponto de

medição.

APLICAÇÃO - CÁLCULOS DE RUÍDO

3. Faça o cálculo de ruído para projeto de novo setor levando em consideração os dados

abaixo (use o método de adição pela equação genérica)

Fresa – 83,6dB(A) / Torno – 84,5dB(A) / Prensa – 93,7dB(A)

4. Faça a previsão de nível de ruído de um setor X devido a inclusão de uma nova máquina no

ambiente. (use o método de adição pela tabela)

Injetora 1 – 92,9dB(A) / Injetora nova – 89,0dB(A)

5. Avalie o nível de ruído de um ambiente contendo as máquinas abaixo. (use o método

gráfico para adição dos níveis)

Moldureira – 95,0dB(A) / Finger – 93,0dB(A) / Destopadeira – 98,5dB(A)

6. Avalie o nível de ruído de uma máquina prensa instalada no setor de uma indústria

cerâmica, considerando a avaliação do ruído de fundo. (use o método gráfico de

subtração de ruído)

Ruído de fundo = 88,0 dB(A)

Ruído tolal = 93,3 dB(A)

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CÁLCULOS DE RUÍDO

DOSE

Fonte: FIRJAN

D = Dose diária de ruído em porcentagem (%)

C = tempo total em que o trabalhador fica exposto à um nível específico de ruído

T = a máxima exposição diária permissível a este nível, quadro 1 do Anexo 1 da NR-15

NE = Nível de Exposição médio representativo da exposição diária do trabalhador

Te = Tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho

D = Dose diária de ruído em porcentagem (%)

CÁLCULOS DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

EXEMPLOS DE DOSE

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CÁLCULOS DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

LAVG

LAVG = Nível Médio de Ruído

T horas = Tempo de duração, em horas, da jornada de trabalho

Dose % = Dose atual medida

CÁLCULOS DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

NE

NE = Nível de Exposição médio representativo da exposição diária do

trabalhador

Te = Tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho

D = Dose diária de ruído em porcentagem (%)

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CÁLCULOS DE RUÍDO

Fonte: FIRJAN

NEN

NE = Nível de Exposição médio representativo da exposição diária

do trabalhador

Te = Tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho

APLICAÇÃO - CÁLCULOS DE RUÍDO

7 - Numa indústria cerâmica foram avaliados os níveis de ruído que um

operador de prensa está exposto durante uma jornada de 8 horas de trabalho.

Com os dados obtidos calcule o Nível de Exposição e a Dose de exposição do

trabalhador ao ruído e a classificação do nível obtido em relação ao Limite de

Tolerância.

Ponto Medidos Nível de

Exposição Tempo Real

Tempo

Permitido (NR

15 – anexo 1)

1 Laboratório - Teste de densidade 70 dB(A) 1 h

2 Painel de controle 85 dB(A) 3 h

3 Controle de processo na saída da

prensa

88 dB(A) 2 h

4 Controle de processo na lateral da

prensa

91 dB(A) 1 h

5 Controle de processo atrás da prensa 95 dB(A) 30 min

6 Troca de perfil 97 dB(A) 20 min

7 Uso do ar comprimido na troca de

perfil

105 dB(A) 10 min

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APLICAÇÃO - CÁLCULOS DE RUÍDO

8 - O técnico de segurança de um determinado Frigorífico fez a quantificação

dos níveis de ruído de um operador de linha de cortes. Com os dados obtidos

calcule o Nível de Exposição Normalizado e a Dose de ruído que o

trabalhador está exposto numa jornada de 8 horas de trabalho.

APLICAÇÃO - CÁLCULOS DE RUÍDO

9 - Calcule o NEN – Nível de Exposição Normalizado para as

seguintes exposições:

a) NE = 95,7 dB(A) – Jornada = 528 min (8h48min)

b) NE = 87,3 dB(A) – Jornada = 720 min (12h)

c) NE = 84,1 dB(A) – Jornada 510 min (8h30min)

d) NE = 83,7 dB(A) – Jornada 540 min (9h)

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APLICAÇÃO - CÁLCULOS DE RUÍDO

10 - Numa indústria de Metalúrgica foram avaliados os níveis de ruído de um trabalhador do

setor de Usinagem a fim de identificar sua exposição. Com base nos dados obtidos resolva as

questões abaixo aplicando as metodologias de avaliação quantitativas da NR 15 anexo 01.

a) Qual a Dose de ruído para esta exposição?

b) Qual o Nível de Exposição Normalizado do trabalhador ao ruído?

c) Qual o Limite de Tolerância para exposição ocupacional ao ruído numa jornada de trabalho

de 8 horas diárias, conforme NR 15 – Anexo 1?

d) A exposição do trabalhador ultrapassou o limite de tolerância (NR 15 – Anexo 1)?

e) Caso o limite de tolerância tenha sido ultrapassado, que medida de proteção você,

enquanto técnico de segurança do trabalho, iria propor?

RELATÓRIO TÉCNICO – CONFORME NHO01 (ITEM 7)

Fonte: NHO 01

• Introdução, incluindo objetivo do trabalho, justificativa, datas ou

períodos em que foram desenvolvidas as avaliações.

• Critérios de de avaliação adotados.

• Metodologia de avaliação.

• Instrumental utilizado.

• Descrição das condições de exposição avaliadas.

• Dados obtidos.

• Interpretação dos resultados.

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

As ações de controle devem iniciar quando:

a) identificado, na fase de antecipação, risco potencial à saúde (mesmo

que avaliado de forma qualitativa);

b) constatado, na fase de reconhecimento, risco evidente à saúde

(mesmo que avaliado de forma qualitativa);

c) quando os resultados das avaliações quantitativas excederem os

Limites de Tolerância previstos na NR 15, ou excederem o Nível de

Ação previsto na NR 9;

d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o

nexo causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a

situação de trabalho a que eles ficam expo6s8tos.

Fonte: FIRJAN

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

HIERARQUIA DAS MEDIDAS DE CONTROLE

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

CONTROLE/INTERVENÇÃO NA FONTE

• Eliminação da fonte (quase sempre não é possível).

• Substituição/eliminação de componentes ruidosos.

• Alteração de projeto de estruturas vibrantes.

• Evitar ressonância.

• Aumento da rigidez da estrutura.

• Isolamento das vibrações.

• Manutenção (balanceamento, lubrificação).

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

CONTROLE/INTERVENÇÃO NA TRAJETÓRIA • Modificar a distância da fonte.

• Barreiras parciais (parede).

• Enclausuramento.

• Uso de materiais absorvente.

• Exames periódicos e pré-admissionais (audiometria).

• Limitação do tempo de exposição.

• Educação, capacitação e conscientizão.

• Rodizio da função (exposição).

• Proteção auricular (Empregado quando as técnicas de controle de ruído não são disponíveis de

imediato, ou até que ações específicas de controle sejam tomadas).

CONTROLE/INTERVENÇÃO NO RECEPTOR

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

Um bom protetor auditivo deve satisfazer as seguintes condições:

• Possuir CA – Certificado de Aprovação

• Bom fator de atenuação;

• Ajustável aos demais EPI`s se for o caso;

• Confortável;

• Fácil manutenção e higienização;

• Boa relação custo x benefício.

EPI – Equipamento de Proteção Individual

PROTETOR AURICULAR

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CERTIFICADO

DE

APROVAÇÃO

Ex.: Protetor

auditivo tipo

inserção.

CERTIFICADO

DE

APROVAÇÃO

Ex.: Protetor

auditivo tipo

concha.

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MÉTODOS DE ENSAIOS:

ANSI 3.19/1974: Este método objetivo utilizava uma cabeça artificial,

onde são colocados os microfones e realizadas as medições com e sem

EPI. Este método ainda estava longe da realidade, porque não utilizava

seres humanos em seus ensaios.

ANSI S12.6: Esta norma já prevê a utilização de pessoas nos ensaios

de atenuação dos protetores. São estabelecidos dois procedimentos

para ensaios: o Método “A” e Método “B”.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

PROTETOR AUDITIVO - FATOR DE ATENUAÇÃO

Fonte: FIRJAN

MÉTODOS ANSI S12.6 :

Método “A” (1984) - São utilizados nos ensaios indivíduos

qualificados no uso do protetor. Consequentemente os desvios

padrões são pequenos. Os valores de atenuação obtidos nestes ensaios

são denominados “Noise Reduction Rating” (NRR).

Método “B” (1997)- São utilizados nos ensaios indivíduos que

desconhecem o uso de protetores auriculares. Consequentemente os

desvios padrões são elevados. Os valores obtidos neste tipo de ensaio

são denominados “Noise Reduction Rating – subject fit” (NRRsf).

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

PROTETOR AUDITIVO - FATOR DE ATENUAÇÃO

Fonte: FIRJAN

08/05/2014

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

PROTETOR AUDITIVO - FATOR DE ATENUAÇÃO

NRRsf (Nível de Redução de Ruído - subject fit)

Feito através do ensaio de REAT: São selecionadas 200 pessoas,

cada uma recebe um manual e o protetor, e as pessoas colocam da

maneira que eles compreenderam. As pessoas são submetidas a cabine de

audiometria e faz-se a média dos resultados da amostragem par

informar o nível de redução.

Obs.: Os ensaios são feitos com pessoas leigas e sem instruções, e

mesmo assim reduz, por isso, servem como bom parâmetro para avaliar

a atenuação.

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

QUANDO ESCOLHER UM PROTETOR TIPO PLUG OU CONCHA

• Tipo de Frequência? Em frequência menor o tipo concha é mais eficaz. Em

grande frequência o plug é bem mais eficaz.

• Uso contínuo ou intermitente?

• Sujidade? Em ambientes sujos o uso do protetor de inserção não é

indicado.

• Ajuste com os demais EPI`s (capacete, respiradores, óculos, etc)

• Ambiente quente? O protetor concha é bastante desconfortável em

ambientes quentes.

• O tipo plug possui grande erro na utilização, diminuindo o fator de

atenuação.

• O de silicone é o menos eficiente que o de expansão.

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

• Fornecimento (provar que forneceu – registro de entrega);

• Substituição (provar que substituiu no prazo estimado – registro

de entrega);

• Certificado de Aprovação – Atenuação (NRRsf) suficiente para

manter o nível inferior ao LT

• Uso correto - Treinamento para a utilização correta

(registrado);

• Uso efetivo e ininterrupto (observação em campo e inspeção);

• Higienização e manutenção correta (comprovar treinamento e

prática através de inspeção)

PROTETOR AURICULAR – ATENUAÇÃO/EFICÁCIA

HIGIENE: Maior problema com os de inserção. O tipo concha pode causar

transpiração e irritação na pele.

DESCONFORTO: Elemento estranho ao corpo humano.

COMUNICAÇÃO VERBAL: Redução da percepção e/ou inteligibilidade de

comunicação.

SINAIS DE ALARME - Devem ser modificado, combinando informações

sonoras e visuais.

OBS.: A energia sonora pode atingir o ouvido interno por 4 caminhos distintos:

Transmissão via ossos e tecidos, Vibração do protetor (reduz a eficácia em 25 a 40 dB),

Transmissão através do material protetor, Contato entre o protetor e a cabeça em 5 a 15 dB

MEDIDAS DE PROTEÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO

PROBLEMAS NA UTILIZAÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS

Fonte: Marcelo Fontanella Webster

08/05/2014

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PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

O principal objetivo de um PCA na indústria é proteção da saúde do

trabalhador, ou seja, prevenir que os trabalhadores expostos a

ELEVADOS níveis de ruído desenvolvam perda auditiva induzida pelo

ruído ocupacional (PAIR).

• Deverá haver um coordenador do programa.

• A participação dos trabalhadores é fundamental.

• É direito dos trabalhadores a informação dos riscos aos

quais estão exposto.

PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

O principal objetivo de um PCA na indústria é proteção da saúde do

trabalhador, ou seja, prevenir que os trabalhadores expostos a

ELEVADOS níveis de ruído desenvolvam perda auditiva induzida pelo

ruído ocupacional (PAIR).

O PCA deve conter:

• Política da empresa referente à proteção auditiva;

• Definição de responsabilidades de cada pessoa envolvida no PCA;

• Enumerar os procedimentos escritos que são partes do PCA

(Monitoramento da exposição, testes audiométricos, seleção dos

protetores auditivos, uso, higienização, guarda e manutenção,

treinamentos dos envolvidos)

• Plano de ação para implementação ou melhorias no sistema.

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PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

O PCA deve conter:

• Política da empresa referente à proteção auditiva;

• Definição de responsabilidades de cada pessoa envolvida no PCA;

• Plano de ação para implementação ou melhorias no sistema;

• Enumerar os procedimentos escritos que são partes do PCA.

1. Medição do Ruído - Levantamento detalhado;

2. Avaliação do Risco (Possíveis causas e efeitos, Limite de

tolerância);

3. Monitoramento da exposição;

4. Redução do Ruído (Técnicas de controle na fonte, trajetória e

receptor);

5. Testes audiométricos;

6. Seleção dos protetores auditivos;

7. Orientações: uso, higienização, guarda e manutenção.

OBRIGADA!

Migliane Réus de Mello

[email protected]

(48) 9932-8484