S lE M ã lft ADI.XÍSTIIACÁO E IIPOGiAPIIIA 1 · claramente que ha uma im- preterivel necessidade...

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X I ANNO D O M IN G O , Í 3 13 Hl AGOSTO DE Í 9 ii N: 5 7 ; jks SEM Assâgnaísara Anno. iSooo réis: semestre. ioo reis. Pagamento adeantado Para fóra: Anno. iSíoo; semestre, 6oo; avuiso. 20 réis. Para o Brazil: Anno. sSooo reis moeda forte,. DilliiGTOR-PííOPRíET&RíO— José Augusto Saloio S l E M ã l f t ADI.XÍSTIIACÁO E IIPOGiAPIIIA 1 Písfi li caçoes Annuncios i.» pubiicação.. 40 réis a linha, nas seguinte** Q (('«Bspoiieâo e impressão) Õ 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto especial. Qs auto.» y RUA CANDlDO DOS REIS __ 126 2 ^ « grap-n°f,,pá° se resutuem quer âejam qu não publicados. JLv .13 jK C -Jr JLj X_j Jh-*CSr EDITOR-— José Cypriano Salgado Junior a SI S Os graves acontecimen- tos de ha dias junto ao par- lamento fizeram recordar- nos coisas qae não podê- mos deixar de manifestar. £' o caso de que, implanta- da a Republica, começa- ram a aparecer por toda a parte republicanos que nin- guém ou quasi ninguém conheceu, na regen.cia da monarquia, Qs bons republicanos, os unicos talvez, não se eançam. de apregoar a união de todos nas mesmas con- dições de vida anteriores. Veem, porém* outros e co- meçam por criar grupos de vigilancia social, federa- ções republicanas, grupos radicais, etc. E vai a gente a vèr os elementos de que se compõem estes, agrupa- mentos e encontra n'elles cidadãos como o dr. Mário Monteiro e o dr. Carneiro de Moura. O ra nós não queremos duvidar da sin- ceridade politica desses grupos organisados. Mas. o que não podèm.os deixar passar em claro é o protes- to d.a Federação Republica- na contra a prisão do dr. Mário Monteiro porque foi sempre um bom republica- no. Não queremos tambem lançar suspeitas, sobre a afeição que este cidadão sinta pela joven Republica. O qu,e podemos afirmar é que, dentro dos. cinco an- nos, que tantos são aquel- les que, de vista e de no- me, conhecemos esse ad- vogado, nunca delle ouvi- mos dizer que fosse repu- blicano. De mais o dr. Má- rio Monteiro em Coimbra, quando estudante; mere- ceu-nos alguma simpatia pela. sua atitude sem que, no emtanto, nós ouvísse- mos que fosse tão adianta- do. em politica.. Da Univer- sidade saíram ainda ha pouco belos caracteres re- publicanos mas esses co- nhecemol-os nós bem e, por mais que procuremos, não encontrámos lá o dr. Mário Monteiro. O mesmo se dá com 0 cidadão dr. Carneiro de Moura, Em evidencia como | jornalista, sempre assim o conhecemos só. Não nos lembra bem se algum tem- po foi director do extincto Liberal e, francamente, es- te liberal inclinava-se mui- to para a monarquia. Pois sucede agora vermos este cidadão num grupo radi- cal que até disputou as e- leições. De modo que qua- si concluímos que os repu- blicanos historicos, e que se conhecem bem uns aos outros, passaram a ser reaccionarios e áquelles, por cuja existencia nunca ninguém deu, são hoje os senhores da opinião públi- ca. Isto, francamente, podia fazer que ríssemos, mas, como encaramos, estas questões de politica a. sé- rio e, não fazemos politica de atracção, dá-nos que pensar. Manifesta isto. bem claramente que ha uma im- preterivel necessidade de união entre todos os repu- blicanos d.e sempre para que se não deixe ir a nau uo estado por agua abai- xo. Os defeitos d.a. monar- quia ficaram cá em muitas boas alminhas que se procuram arranjar, e, co- mo em politica mu.ita coi- sa se desculpa, todas as maneiras são modos de nos arranjarmos. Ainda ha dias nós vimos a nomeação dum adminis- trador que foi republicano até uma certa idade, fre- quentou. a Universidade de Coimbra e fez-se monár- quico e agora aparece-nos á frente dum concelho. Is- to pelo qu.e nos contaram alguns amigos, porque nós tambem nunca conhece- mos. este cidadão como re- publicano. Seja tudo pelo amor,,, da politica de a- tr acção. Pena é, comtudo, que não haja mais cuidado na resolução d estas questões. Portugal precisa de se im- por ao mundo inteiro pela boa ordem na sua adminis- tração. Ha elementos den- tro da Republica suficien- tes para desempenhar os mais sérios cargos com ho- nestidade e independencia. Acabe-se com a mania mo- nárquica de só nomear ba- charéis para certos cargos sem se atender á sua capa- cidade e ao seu carácter. Dentro das outras classes ha muitas capacidades e que muitas vezes sobrele- vam, ou antes, se equipa- ram a um bacharel de gei- to. A Republica não preci- sa de comprar bacharéis, como precisou o regimen extincto. Que se imponha pela honestidade da sua governação e terá, sem es- perar, ao seu lado todos os portuguezes dignos. Jámais devemos esquecer que os erros tia monarquia é que a derrubaram. E os repu- blicanos historicos não de- vem deixar de velar por is- to para que os intrusos os não comam, senão conti- nuamos como dantes,.. Paulino Gomes. 8Semeàleis*a. dc pleiU&es Em Portugal existem principalmente dois typos de pinhal, o manso e o bra- vo, preferindo cada um de- terminada zona e qualida- de d.e terreno. Em geral a reconstitui- ção dos pi.nhaes quer dum quer doutro- typo- faz-se por sementeira natural, abrindo as pinhas no verão, quando maduras, e espa- lhando-se a semente no chão,, onde nasce durante ■o inverno* desen.volvend.o- se mais ou menos confor- me o. abrigo que encontra na terra e a frescura d esta. Já se vê que o pinheiro bravo tendo. o. seu frueto o penisco, de dimensões mais reduzidas do que o pinhão, e sendo 0. seu fru- eto alado, tem uma maior zona de disseminação, se^ meiandonaturalmente uma área mais larga do que o pinheiro manso. Muitas vezes porém é preciso recorrer á semen- teira não natural, devendo preferir-se o pinheiro man- so ou o pinheiro bravo se- gundo as indicações da prática local,, quer dizer, deve semeiar-se a espécie que vai melhor na localida- de que se deseja povoar. Em geral não se proce- de a lavouras preparató- rias para fazer esta semen- teira. Roça-se o mato que reveste a charneca, ou queima-se, espalha-se o pe - nisco ou pinhão e enterra- se com um ancinho de fer- ro, ou com uma grade pri- mitiva voltada de costas Póde porém com vanta- gem fazer-se uma ligeira lavoura, gradar levemente e espalhar depois a semen» te, gradando novamente, semeíand.o juntamente um pouco de centeio, quando a terra o possa crear, e abrigando-se assim as pe - quenas plantas nos seus primeiros tempos de cres- cimento, A época para as semen- teiras varia com as regiões. No sul, onde não ha a te- mer os rigores do inverno, póde-se semeiar penisco ou pinhão logo no. fim de se- tembro, e pelo inverno fó- ra; 110 norte só na prima- vera se deve semeiar por causa dos frios. A quantidade de semen- te a empregar varia com a natureza do terreno, pro- cesso de sementeira, época em que esta se faz, densi- dade- do povoamento que se deseja, e outras circums- tancias, sendo no mínimo 3o. a 60 k.ilos por hectare e chegando para o pinhão a 120 kilos. No penisco raro se. emprega mais de 5 o ki- los. O povoamento depois deve-se deixar basto, não começando os. desbastes senão quando os novos pi- nheiros começam a affrun- tar-se uns. aos. outros, Q fenisco póde semei- ar-se com ou sem azas, de- vend.o comtudo com. o pe-* nisco alado empregar mai- or peso de semente. E’ preciso tambem verifi- car o grau germinativo da semente empregada, pois a semente do pinheiro sen- Jo muito rica em matérias gordas, perde com muita facilidade o poder germina- tivo. A’s vezes tambem o pe- nisco e pinhão não nascem porque as pinhas são aber- tas a fogo e não ao sol. E’ preciso portanto ter o maior cuidado na acquisi- ção da semente. VARIEDADES friors janua vitae. Trata-se dum tal sr. Fe-, liciano, homem rico, ins- truido, dum bom caracter* poeta espirituozo, cheio d amenidade e duma hon- radez perfeita, Não era atheu nem ma- terialista, mas d’um genio. algo folgazão, pouco se im- portava com a. vida futura. Devido, a. más especulações, compromettera a sua’ for- tuna: e, como já nã.o esti- vesse em idade de readqui- ril-a, houve por bem infor- car-se no seu quarto de. dormir em Dezembro de 1864. Era francez, Dois mez.es depois, evo- cado pelo seu amigo Iyar~ dec, responde,entre outras coizas que por brevidade para aqui nã.o trazemos: «Tenho saudades da ter- ra. E’ verdade que tive de- cepções, porém menores do que aqui. Eu sonhava maravilhas, e estou muito abaixo da realidade do ideal. O mundo dos Espíri- tos está muito misturado e, para tornal-o supporta- vel, seria necessário uma. bôa. escôlha. Parece incrí- vel! , . , «Quantos esboços, de costumes, espíritas.aqui se- puderiam fazer!, Belzac é quetn deveria tratar desta empreza, porém ella seria trabalhoza. Mas não o ve- jo: onde se acham pois es- ses grandes Espiritos que tão valentemente flagella- ram os vicios d.a hum ani- dade? «E comtudo, elles deve-- riam, como eu, demorar- se aqui algum tempo antes de partirem para as regiões mais elevadas. E’ este um pandemónio çuriozo que me apraz observar, e aqui fico.» Coitadol Fica, fica. Fi- ca porque é. obrigado a fi- car. «Uma bôa escôlha», diz elle, porque está. entre Espiritos inferiores. Ah! al- li não ha escôlhas possiveis. «A cada qual segundo as suas obras»,, diz Christo,. Aquellas leis são inalíera- veis. O médio.— A vossa mor-* te impressionou-nos taut'» A NA RI O REPUBLICANO RADICAL t

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X I A N N O D O M I N G O , Í 3 13Hl A G O S T O D E Í 9 i i N : 5 7

; jks

SEM

AssâgnaísaraAnno. iSooo réis: sem estre . ioo reis. Pagamento adeantado Para fóra: A nno . iS íoo ; sem estre, 6oo; avuiso. 20 réis.Para o B razil: A nno. sSooo reis moeda forte,.

DilliiGTOR-PííOPRíET&RíO— José Augusto Saloio

S l E M ã l f t ADI .XÍST I IACÁO E I I P O G i A P I I I A 1 Písfi l i caçoesA nnuncios—i.» pubiicação.. 40 réis a linha, nas seguinte**

Q (('«Bspoiieâo e im pressão) Õ 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, con trac to especial. Qs auto.»y R U A C A N D lD O D O S R E IS __ 126 2 « grap-n°f,,pá° se resu tuem quer âejam qu não publicados.

JLv .13 jK C -Jr JLj X_j Jh-* CSr EDITOR-— José Cypriano Salgado Junior

a SI S

Os graves acontecimen- tos de ha dias junto ao par­lamento fizeram recordar- nos coisas qae não podê- mos deixar de manifestar. £' o caso de que, implanta­da a Republica, começa­ram a aparecer por toda a parte republicanos que nin­guém ou quasi ninguém conheceu, na regen.cia da monarquia,

Qs bons republicanos, os unicos talvez, não se eançam. de apregoar a união de todos nas mesmas con­dições de vida anteriores. Veem, porém* outros e co­meçam por criar grupos de vigilancia social, federa­ções republicanas, grupos radicais, etc. E vai a gente a vèr os elementos de que se compõem estes, agrupa­mentos e encontra n'elles cidadãos como o dr. Mário Monteiro e o dr. Carneiro de Moura. Ora nós não queremos duvidar da sin­ceridade politica desses grupos organisados. Mas. o que não podèm.os deixar passar em claro é o protes­to d.a Federação Republica­na contra a prisão do dr. Mário Monteiro porque foi sempre um bom republica­no. Não queremos tambem lançar suspeitas, sobre a afeição que este cidadão sinta pela joven Republica. O qu,e podemos afirmar é que, dentro dos. cinco an­nos, que tantos são aquel- les que, de vista e de no­me, conhecemos esse ad­vogado, nunca delle ouvi­mos dizer que fosse repu­blicano. De mais o dr. Má­rio Monteiro em Coimbra, quando estudante; mere­ceu-nos alguma simpatia pela. sua atitude sem que, no emtanto, nós ouvísse­mos que fosse tão adianta­do. em politica.. Da Univer­sidade saíram ainda ha pouco belos caracteres re­publicanos mas esses co- nhecemol-os nós bem e, por mais que procuremos, não encontrámos lá o dr. Mário Monteiro.

O mesmo se dá com 0 cidadão dr. Carneiro de Moura, Em evidencia como

| jornalista, sempre assim o conhecemos só. Não nos lembra bem se algum tem­po foi director do extincto Liberal e, francamente, es­te liberal inclinava-se mui­to para a monarquia. Pois sucede agora vermos este cidadão num grupo radi­cal que até disputou as e- leições. De modo que qua­si concluímos que os repu­blicanos historicos, e que se conhecem bem uns aos outros, passaram a ser reaccionarios e áquelles, por cuja existencia nunca ninguém deu, são hoje os senhores da o p i n i ã o públi­ca.

Isto, francamente, podia fazer que ríssemos, mas, como encaramos, estas questões de politica a. sé­rio e, não fazemos politica de atracção, dá-nos que pensar. Manifesta isto. bem claramente que ha uma im- preterivel necessidade de união entre todos os repu­blicanos d.e sempre para que se não deixe ir a nau uo estado por agua abai­xo. Os defeitos d.a. monar­quia ficaram cá em muitas

boas alminhas que se procuram arranjar, e, co­mo em politica mu.ita coi­sa se desculpa, todas as maneiras são modos de nos arranjarmos.

Ainda ha dias nós vimos a nomeação dum adminis­trador que foi republicano até uma certa idade, fre­quentou. a Universidade de Coimbra e fez-se monár­quico e agora aparece-nos á frente dum concelho. Is­to pelo qu.e nos contaram alguns amigos, porque nós tambem nunca conhece­mos. este cidadão como re­publicano. Seja tudo pelo am o r,,, da politica de a- tr acção.

Pena é, comtudo, que não haja mais cuidado na resolução d estas questões. Portugal precisa de se im­por ao mundo inteiro pela boa ordem na sua adminis­tração. Ha elementos den­tro da Republica suficien­tes para desempenhar os mais sérios cargos com ho­nestidade e independencia. Acabe-se com a mania mo­nárquica de só nomear ba­

charéis para certos cargos sem se atender á sua capa­cidade e ao seu carácter. Dentro das outras classes ha muitas capacidades e que muitas vezes sobrele­vam, ou antes, se equipa­ram a um bacharel de gei- to. A Republica não preci­sa de comprar bacharéis, como precisou o regimen extincto. Que se imponha pela honestidade da sua governação e terá, sem es­perar, ao seu lado todos os portuguezes dignos. Jámais devemos esquecer que os erros tia monarquia é que a derrubaram. E os repu­blicanos historicos não de­vem deixar de velar por is­to para que os intrusos os não comam, senão conti­nuamos como d an tes,..

Paulino Gomes.

8Semeàleis*a. dc pleiU&es

Em Portugal existem principalmente dois typos de pinhal, o manso e o bra­vo, preferindo cada um de­terminada zona e qualida­de d.e terreno.

Em geral a reconstitui­ção dos pi.nhaes quer dum quer doutro- typo- faz-se por sementeira natural, abrindo as pinhas no verão, quando maduras, e espa­lhando-se a semente no chão,, onde nasce durante ■o inverno* desen.volvend.o- se mais ou menos confor­me o. abrigo que encontra na terra e a frescura d esta.

Já se vê que o pinheiro bravo tendo. o. seu frueto o penisco, de dimensões mais reduzidas do que o pinhão, e sendo 0. seu fru­eto alado, tem uma maior zona de disseminação, se meiandonaturalmente uma área mais larga do que o pinheiro manso.

Muitas vezes porém é preciso recorrer á semen­teira não natural, devendo preferir-se o pinheiro man­so ou o pinheiro bravo se­gundo as indicações da prática local,, quer dizer, deve semeiar-se a espécie que vai melhor na localida­de que se deseja povoar.

Em geral não se proce­de a lavouras preparató­

rias para fazer esta semen­teira. Roça-se o mato que reveste a charneca, ou queima-se, espalha-se o pe­nisco ou pinhão e enterra- se com um ancinho de fer­ro, ou com uma grade pri­mitiva voltada de costas

Póde porém com vanta­gem fazer-se uma ligeira lavoura, gradar levemente e espalhar depois a semen» te, gradando novamente, semeíand.o juntamente um pouco de centeio, quando a terra o possa crear, e abrigando-se assim as pe­quenas plantas nos seus primeiros tempos de cres­cimento,

A época para as semen­teiras varia com as regiões. No sul, onde não ha a te­mer os rigores do inverno, póde-se semeiar penisco ou pinhão logo no. fim de se­tembro, e pelo inverno fó­ra; 110 norte só na prima­vera se deve semeiar por causa dos frios.

A quantidade de semen­te a empregar varia com a natureza do terreno, pro­cesso de sementeira, época em que esta se faz, densi- dade- do povoamento que se deseja, e outras circums- tancias, sendo no mínimo 3o. a 60 k.ilos por hectare e chegando para o pinhão a 120 kilos. No penisco raro se. emprega mais de 5o ki­los.

O povoamento depois deve-se deixar basto, não começando os. desbastes senão quando os novos pi­nheiros começam a affrun­tar-se uns. aos. outros,

Q fenisco póde semei­ar-se com ou sem azas, de- vend.o comtudo com. o pe-* nisco alado empregar mai­or peso de semente.

E’ preciso tambem verifi­car o grau germinativo da semente empregada, pois a semente do pinheiro sen- Jo muito rica em matérias gordas, perde com muita facilidade o poder germina­tivo.

A’s vezes tambem o pe­nisco e pinhão não nascem porque as pinhas são aber­tas a fogo e não ao sol.

E’ preciso portanto ter o maior cuidado na acquisi­ção da semente.

V A R IE D A D E Sfriors janua vitae.

Trata-se dum tal sr. Fe-, liciano, homem rico, ins- truido, dum bom caracter* poeta espirituozo, cheio d amenidade e duma hon­radez perfeita,

Não era atheu nem ma­terialista, mas d’um genio. algo folgazão, pouco se im­portava com a. vida futura. Devido, a. más especulações, compromettera a sua’ for­tuna: e, como já nã.o esti­vesse em idade de readqui- ril-a, houve por bem infor- car-se no seu quarto de. dormir em Dezembro de 1864. Era francez,

Dois mez.es depois, evo­cado pelo seu amigo Iyar~ dec, responde,entre outras coizas que por brevidade para aqui nã.o trazemos:

«Tenho saudades da ter­ra. E’ verdade que tive de­cepções, porém menores do que aqui. Eu sonhava maravilhas, e estou muito abaixo da realidade do ideal. O mundo dos Espíri­tos está muito misturado e, para tornal-o supporta- vel, seria necessário uma. bôa. escôlha. Parece incrí­vel! , . ,

«Quantos esboços, de costumes, espíritas.aqui se- puderiam fazer!, Belzac é quetn deveria tratar desta empreza, porém ella seria trabalhoza. Mas não o ve­jo: onde se acham pois es­ses grandes Espiritos que tão valentemente flagella- ram os vicios d.a hum ani­dade?

«E comtudo, elles deve-- riam, como eu, demorar- se aqui algum tempo antes de partirem para as regiões mais elevadas. E’ este um pandemónio çuriozo que me apraz observar, e aqui fico.»

— Coitadol Fica, fica. Fi­ca porque é. obrigado a fi­car. «Uma bôa escôlha», diz elle, porque está. entre Espiritos inferiores. Ah! al-li não ha escôlhas possiveis. «A cada qual segundo as suas obras»,, diz Christo,. Aquellas leis são inalíera- veis.

O médio.— A vossa mor-* te impressionou-nos taut'»

A N A R I O R E P U B L IC A N O R A D IC A L

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32 O DOM TN t i O

‘mais quanto prevíamos as tristes consequencias que iiavieis de ter, e principal- -mente d 6 vi do â estima e á aifeição que vos dedicáva­mos;' Pessoalmente; não es­queci o quanto Tosteis bom e obsequiador para commi­go. Dar-me-ia pois por fe­liz em' vos testemtífihar a minha gratidão, se eu pu-

■der prestar-vos para algu- • ma cote a.

•O " E s p i r i i o. « E n t r è t a n -to eu nao podia fugir ás dfficuldádes da minha po- ziçâo material. P orcsi quan­to, 'Só careço de preces: Orai principalmente para

-que eu me desenvbarace ■dos horríveis eorcrpanhei- -ros que estão a meu' ia do -e -tne obsedam com seus- -risos, s íu s gritos e seus gracejos infernaes!

i^ão-me o cpíiheto de •cobarde, --e têem razão, -porqueé cobardia abando­

nar a vida. Liisqucpor'qua­tro vè es succunrbo 'a esta

■provação! E todavia, corn- prometti-me a não deslal- «lecer... Fatalidade!... Sim, orai, por mim! Que-strppli-

■ cio o meu e quanto souin- ieliz! Pude is fazer mais oorrmim do que eu hz por vós -na terra. Porém, a prova- •ção a que'tantas/vezes -sac- •cumrbipse ergue na minha frente co’m traços indele- veiê: Cumpre soffrel-a de

‘írovo em occa~rão ~ oppor la­na. Terei eu coragem»*?

^Ah! ter de recomeçara v ija tanta vez! Luctar por •íantolempo è ser arrasta-' -do pelas eventualidades de' ■suceumbir contra vontade >aq=® mesmo, é para deses­perar! E; -por isso qae 'ne­cessito de íor-Ças, e dizem- Kúb que ellas se obtêem pela prece. Orai pois por' -mim, 'e tambem eu quero ;oran>.

O médio. Peço-vos que oiçais o qae vou di­zer-vos, e procurai medi­tar sobre as minhas pala­vras: O que chamais «fata­lidade» não é mais que a vossa própria fraqueza, pois que não ha‘«fatalidade»; e, se a houvera, não seria o liomem responsável pelos seus actos. O homem é sempre livre, e é este o seu mais bello previlegio-, Deus não quiz fazer delle uma máquina para agir e obe­decer ceg-araeníc.

Se esta liberdade otorna fallivel, tambem o torna perfectivel, e só pela per­feição é que elle attinge a suprema felicidade eterna. Só o seu orgulho é que o leva a accuzar o seu desti­no pelas suas desditas na terra, quando na maioria dos cazos só á sua incúria deveria attribuil-as,

— Saltámos aqui s5 li­nhas.

C O F R E S B F E R Ô L I S

Dois'homens só a haviam de ir vencer Ou concertar-se de qualquer maneira, Para livrar-se nma nação inteira De ir conira outra «sem vingança terí».

\Jd era tempo d"isto assim correr,O’ ceçarismo das nações mais cultas,Que teus vassallos aos milhões sepultas Com esse fu*. .-. que infama o teu poder

D o sangue innõxio que jo r ra r fa\êis, Temei, ó grandes, a cruel vingança Que a áynamile vos promeile áusteral

Contra os rigores de ôppressivas leis, Reage um pôvo qite na lucta avança Até que aliiín stíbre a nequicia impera!

:&íiíaihor díícút.

RUDIMENTOS BE POLITICA E DE CIVISMOSer anarquista: b’ ser parlidario d um Estado sem

governo.E’ a períectibilidade humana. E’ todos saberem dum-

prir-tão be-m com os seus direitos e deveres que não' seja necessário serem governados. Não confundamos anarquista com terrorista, dynamitista, etc.-Estes que­rem a desordem e o anarquista quer a ordem-por sen­timento proprio e humano.-^C. A. Fernandes.

Longe daccuzardes a sorte, continúa o médio, que é vossa própria obra, admirai antes a suprema bondade de Deus que, em vez de condemftar-vosirre- missivelmente na primeira ■falta, vos offerece sempre os meios de reparal-a.Sof- freis portanto, não eterna­mente, mas portanto tem­po quanto for necessário para a completa reparação do mai.

L oirtm crtíunos & N o li cias :

,4 js0 sc!sí;ij<íâ«# o i aposentado, cota o ordena-

-•do.por inteiro, do logar de amanu­ense da administração d’este-con­celho, o nosso amigo. sr. José Cândido Rodrigues dAnnuncia ção.1» e á e s i r i a »i s su o

•Esteve n’esta *redaeçao na pas sada sexta feira o pedestre An­tonio da Cruz que se propSe dar a volta á Europa, sem dinheiro^rs3i í i3»s .perissg-aseses

, . ,p ! Durante o mez de junho os srs.D e p e n d e d e vos tò m a r , Almeida-, Siemann & C.% do Rio;

n o 'estado de E sp irito , ré-j de Janeiro (Brazil), receberam so iu c õ e s de tal m o d o e n é r- 1 nos seus armazéns 4:025 pipas egicas por rneio dum since­ro arrependimento peran­te Deus que, quando che- gar-des á terra, venhais co­mo que eticoiraçado con­tra todas as tentações.

-—Saltamos mais algu­mas linhas desta longa

fredor, que é sem quebra d'uma virgula:

((Obrigado, oh! obriga­do pelas vossas boas ex­portações! Eu tinha bastar»-- te necessidade delias, por­que sou mais infeliz do que qtteria fa\el-o parecer. Vou aproveitar-me d’ellas, vol-o asseguro, e preparar- me para a minha próxima incarnação, na qual desta vez farei por não succUm- bir. Já nre custa tolerar o ignóbil meio em que estou exilado»!

— Senhores materialis­tas: Se realmente não pu- deis crer na veracidad .■ destas coisas, é pena! E é pena porque o peor será sempre vosso, ou nosso, que é mais bonito.

A d o -à i d e M o h e t .

27:750 oaixa-s de vinhos poítu gnezés.

áe operffiíiosA prestimosa Associação <le

Classes Operarias d’esta villa reunirá na próxima quarta feira, 16 do corrente, pelas 8 horas e meia aa noite, à íim de tratar de diversos àssuntos urg-entes.

* í, „ i , A direcgão emnreoará todos osexhortaçao para dar logar esforços p ara que a esta reunião á resposta ÚO Espirito SOr-_ assista o maior número de asso

ciados.Ainauucase «la ssIíísShís-

í r;5«-;io «Peste «•03Bt*í,5ãí«6.Acaba de ser nomeado para

exercer interinamente o cargo de amanuense da administração d ’es- te conòelho, o sr. Cândido j-osé Rodrig-nes d’Annunciaçào. logar que ha dois atsnos ocupa sem re­muneração alguma.«jXoticiíSS tle Caistaíflse-

e§e.»Visitou-nos, pela primeira vez,

este nosso collega de Cantanhede Agradecendo a honra da visita

vamos estabelecer a permuta.

ISx.íiíí?;âesFizeram exame de grau

n’e-sta villa: Raul Viegas Ventu­ra, Adolfo Gll Ejaique, Grego­rio Gií Kj arque. Itidoro Sampaio d’01iveira, Fernando d'Oliveira Vau, José dos Santos Marques, Manuel Dias Ferreira. Luiz Cy- : priano Salgado e José Luiz de i Sonsa Junior, distinctos; José | Rodrigues. Maximiano Aatoniõ:

da Silva, José Julio Pinto da Veiga dVIarques e uAjciano dos Anjos da Ounha Bello, bons.

-Leonor Fialho Oãria, Manue­la Christina 'Leite CVaz. Lydia Cartaxo, Lydia de Sousa Fortu­nato, Maria Alice Pirite da Vei­ga Marques e -Rosa Baptista Lo­pes. distinctas; Alice da Veiga Marques Mepomuceno e'Christi­na Adelaide Finto da Veiga Mar­ques, bem.pie-jaie

Coiiforme noticiámos o Grupo Musical Balthazar Mãtmel 'Valén- te 'feáiisou -na passada segunda feira o costiimado pic-nic á apra­zível -praia do Montijo, onde to dos se divertiram alegremente.Slniões «1 si are sais a

AcOmpanhado de suaex .ma es­posa partiuipa'ra'a"Curía na quin­ta feira onde se acha fazendo uso das aguas o nosso amigo c correligionário, sr. Jacintho -Si­mões Quaresma.2¥s5?aes «I'.4 5tsiei«l;í

Esteve -n’esta villa assistindo aos exames de £.° gratro nosso amigo e illustre reitor do lyceu. de Setúbal, sr, Mariuél Keves, Nunes dAlmeida, que foi muito cumprimentado pelos numerosos amigos qtie aqui codta.

Quando, montado h'um gerico.j chegava á rtta das Ptjstas de vol­ta áo pic-nic p>-omovido -pelo Gru­po Musical, foi aggredido por cin­co individuos o correspondente do «Seculo» n’esta villa.

Ignora-se o motivo da aggres-, s5o.olssigícsííesííó

Acusados dè arrombarem as poi-tas da capella -da Atalaya e; trazerem os santos para a rua na madrugaàa de 8 de maio ul­timo, responderam em processo, de galão branco na passada sa- gutida feira, no tribunal d’esía comarca, Manuel da Costa, Ma­nuel Carvalho, Francisco Ilibei-, ro dos Santos e Julio Fernandes d’Oiiveira, trabalhadores e resi-, dentes no sitio da Atalaya, sendo todos condemnados na pena já soffrida (86 dias de .prisão) e 10. dias de multa a 100 réis por dia.Usai a «pseda

(guando na segunda feira seguia em burros para o Montijo a rapa­ziada do pic-nic promovido pelo Grupo Musical, o nosso 'amigo José dos Santos Anino deu uma queda do seu jumento que lhe ori­ginou um entorce no braço esquer­do, de que, felizmente, já se acha bom.Cães raivosos

Continuam, n!esta desgraçada villa, os cães raivosos fazendo das suas sem qTie à auetoridade administrativa tome medidas iner- gitías, conforme o caso re-quer. A semana transacta foram mordidas 'diversas crianças que tiveram de. seguir para o Instituto Baciereo- logico.

O sr. administrador, qne ago­ra já não precisa de falar em con­ferencias no. Centro dr. Celestino dAlmeida censurando os que re­cebem bons proventos sem traba­lhar, o qne quer é qne lhe corra a m assa,. . a dois carrinhos.

E deixa-os.. .iFoSha «le Ts-aaseoso»

Este nosso presado collega de Trancoso, completou 22 annos do publicação pelo qne lhe enviámos os nossos cumprimentos.AeK$ã<l<» <1? faisSilen«1«p

Lo govêrno civil de Lisbôa veio hontem órdem de prisão pa- r» o sr \ntouio dos Anjos Beilo, que deve eífeetuar se hoje. O sr. Belio é acusado de falsificação de lettras.

15 s as« «í-s«Xnn xe xabe» porque tendo s

actual vereação d'este concelho g máximo empenho 'ôin dotar Al­degallega com Um ^edifício esco­lar á altura das -necessidades d» uma terra que em exportação é a terceira do paiz, se não tenha já dado tim principio a esse melho- rameuto, um dos mais necessá­rios— senão o mais necessário — para esta villa.

«N-un xe xabe» porque 'tal -es» morecimento, nas coisas de irtte- «resse q>ara io municipio! Qttsm não é para. grandes omprezas nãa se métte -n’el!as.

Parece que o Sr. 'administrador do concelho, quando no domingo passado, á noite, pretendia, na Praça da Republica, mostrar que Aldegallega tinha uma auetorida­de, foi apupado,'vendo se depois da côr d^belha.

'Sua E x .a 'tem obrigação de''co­nhecer qué este...povo sendo bom -em demasia tambem é perigosa ás'vezes. E dernais ipara os 'seus inimigos.

Cuidadinhó!.-..A !s as*ei«í;l«Ia«Se's lasíltel*

ais.Lembramos ás auctoridades. ju­

diciais que se dignem tirar de oi- ma do escandaloso processo 'dos crimes do immoraião João 'Nú- nes, da «Formiga», a pedra-qnte José Luciano ali mandou còllacíír ha tilri anrro. E ’ preciso que -esse devasso sofra -o -castigo dos seus repellentes orimes,ItePsísesse

Muito animada e concorri fia % kermesse que :no domingo passan­do se realisou na Praça da Re-pu- bíiea.

Como dissemos abr-ilhahtóu 'a festa a banda 1,° de D -zenAr» que tocou até á meia noite sob :a regencia do seu mestre, o nosso amigo Balthazar Manuel Valente^K o las «le Mlísfiíeo

Foi proroga-do « praso para & troca das notas de 5 e 2O^0O(j réis pelo que as agencias do Bívrv- co de Portugal asWnti-miam a re­ceber, as de 5S-000 réis até ao dia ío e as de 20?j000 aíè-ao à» 5 de setembro.roMÍeregBela

Pelo sr. José Ernesto Dias -da Silva se realisará brevemen‘te'n'es­ta vifla -uma 'conferencia sehre mutualismo.

Wasi í kaw c avinhai

Vendem-se 5 toneis de diversos lotes, um casco, uma pipa, uma tina e 3 se­lhas de mão.

Trata-se com A. Borges Sacôto.— Moita.

REG ISTO C IV IL1$;-âseím es?f«s. Dia I»—Jo­

sé Lop-es Ervedoso, filho de Jo­sé Luiz Duarte' Ervedoso e de Guilhermina Lopes; Theodosiâ Chula, filha de Antonio Baptista Algarvio e de Amelia Chula; Ma­thias dos Santos Seixo, filho ille­gitimo de Emilia da Conceição dos Santos; Marianna Eugenia Grejo, fiihà de Luiz Marques Grejo e de Alice da Conceição} Laura Lourenço, filha de Anto­nio Pedro Lourenço c de Gertru­des Tavares de Sousa. Dia 7 — José Maria Caetano, filho dc Ma-

| nuel Caetano Martins e de Mariai José. Dia 8— Francisco Almeida, filho de Antonio Abrahâo dA l­meida e de Joaquina de Jesus;, Augusto dos Santos Nicolau, fk

i lho de Jorge Francisco Nicolau 9

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O D O M I N G O

de Rosa dos Santos. Dia 9—Ma-,são Jiraferídas no interior das ta- ria Fernandes dos Santos, filha j bernas, onde o E s .* 0. . . . se en-

tretera ao mesmo tempo que vaide Manuel Fernandes dos Santos e de Margarida da .Conceição Fernades. Dia 10—Manuela de Sousa Bisca, filha de Ignacia de Sousa; Beatriz da Silva Russo, fi­lha de Manuel da Silva Russo e de Maria de Jesus. Dia 11—An­tonio Tavares Dourado, fiíbo de Manuel dos Santos Dourado e de I.uzia Maria. Dia 12—Bertha Bastos Panellas, filha de Benja­mim de Bastos Panellas e de Ma­ria Gertrudes.

Ca'ftaísl<Piííos. Dia 7— Fraiv cisco Fernandes com Guilhermi' na da Conceição Machado; Abilio dos Santos Maratá com Maria Luiza da Silva. Dia 8—José Al­berto com Maria Delfina de Aze­vedo. Dia 9-- Joaquim Antonio Moreira oom Firmina Onofre,

resolvendo os serviços da sua re partição.

Brevemente tornarei bem pú­blica a minha acusação, (com ele­mentos) não me sendo preciso u- zar dos meios que foram postos em prática na noite em que a banda 1.° de Dezembro se fazia ouvir na Praça da Republica, e em que o Ex.m0. . . . se viu em calças pardas.

Não ha tempo para mais hoje, mas continuarei.—(a j M. Ferrei­ra.

Domingos

Rodrigues

NOTICIAS DO PARÁFoi a 1(5 do corrente que em

sessão solemne foram empossados os novos corpos gerentes do Cen­tro Republicano Portuguez, n’este Estado. As salas achavam se bri­lhantemente ornamentadas, vendo-se ali a parte mais presti­mosa da nossa colónia, nasuamai-

Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á es­tação dos C. de F .—Aldegellega. . Liquidam-se contas todos os do­mingos das 10 da manhã ás 5 da tarde.

oria socios que relevantes servi­ços têem prestado ao govêrno da nossa querida llepnblica. Se­riam 9 da noite quando começa­ram os trabalhos, sendo convida­do para presidir o sr. dr. Emilio Amaral, representante do nosso govêrno n’esta capital. Proferiu um brilhante discurso pondo em relevo os grandes serviços em de feza da nossa bella Patria, felici tando ao mesmo tempo a digna direcção, que nos seus cargos como bons republicanos, cheios de patriotismo, mantiveram senv pre as tradições gloriosas d’esta bella, e benemérita instituição, procurando sempre com as suas forças, a confraternização entre os membros da Colonia, sob bandeira sagrada da nossa bella e amada Republica.

Em seguida o digno consul em­possou os novos eleitos, que foram recebidos pela assistência com muitos vivas e palmas. Usaram da palavra diversos oradores que foram tambem muito aclamados.

Achava-se presente ao acto uma commissão representando a «Li­ga Moral de Resistencia». que foi muito enaltecida pelos oradores. O sr. Jo.sé M. Rezende agradeceu, em nome da «Liga», as manifes­tações de sirr.pathia e. n!um elo­quente discurso saudou a nossa bella Republica.

Foi depois lido o relatorio da direetoria que findára o seu man­dato pelo vice-presidente sr. Ma nuel Rodrigues Pereira.

A seguir ficou resolvido que o Centro expedisse ao ministro dos extrangeiros, sr. dr. Bernardino Machado, o seguinte telegramma:

«Centro Republicano reunido em sessão commemorativa de posse saúda enthusiasticamente o Go­vêrno, desejando pronto restabe­lecimento ao grande estadista Affonso Costa».

Terminou cêrca da 1 da noite com calorosos vivas ás R e p u b li­cas portugueza e brazileira, e aos vultos mais em evidencia da nos­sa Patria, a qual tambem saúdo por tres vezes tres.-.

26—7—911.M a m je i, T a v a iil s P a u la d a .

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EDITALA Camara Municipal do

Concelho de Aldegallega do Ribatejo manda annun­ciar que no dia 20 do cor­rente mez de agosto pela 1 hora da tarde, na sala dos Paços do Concelho, ha de andar em praça para ser arrematado a quem maior lanço offerecer o rendimento das taxas dos terrenos que devem ser oc- cupados pelos diversos es­tabelecimentos por occa­s i ã o da feira da Atalaya.

Aldegallega do Ribate­jo, 4 de agosto de 1911.

O Presidente da Camara

Manuel Ferreira Giraldes.

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L iv r o notabilissim o, livro indispensável a quantos desejam in stru ir se e pro g re d ir. T em o s vivido em uma ignorancia quasi absoluta ácérca da hiato ria das religiões. Chegam os a náo saber a propna hisioria do Catolicism o, que mais de perto nos interessa e agita. De modo que um liv ro , congloban- 00 a historia de to.ios os tempos e em todos os os paizes, constitue um tra- balho que todos devem p o ssuir, que todos devem ler e propagar o que representará um valioso serviço prestado á causa da instrucção em P o rtu ­gal. porque uma das mais necessarias tarefas da sciencia consiste hoje em reco nstitu ir a historia das religiões.

Servindo se dos notáveis trabalhos de Salomão R einach. de Beuchat. de H ollebecque e do Barão d O lb a ch , conseguiu R ibeiro de Carvalho conglo­bar em um só liv ro , por maneira clara, toda essa historia, d ividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar n im portancia,

kA Origem das R eligiões.— Religião e M ytologia— Theoria da Revelação prim itiva — O culto, das plantase dos animais— A s m etam orphoses O T ote niism o e as fábulas— O sacrifício do T ó te m — O S a b b at-L a ici?a ç::o progres­siva da Humanidade — A Magia e a Sciencia— O Fu tu ro das Religiões e a ne­cessidade de lhes estudar a historia— A Sciencia das Religiões não só instrue e educa, mas liberta tambem o espirito humano.

«Religiões Antigas e Religiões Actuaes.»— Religiões que existem actual mente— Religiões dos povos chamados selvagens— Religiões de todos os p o ­vo s antigos— Os seus ritos, os seus deuses, os seus sacrifícios— Os phenó m enos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares s a g ra d o s -O s tem plos— Os m ythos— C.omo funcciona uma religião— Sacerdócio, e Egrejas •— Estu d o histórico das Religiões.

«Christo e o Christianism o,» - A Judeia ao nascer Jesus— Quem foi C h ris ­to — Exam e da sua d o u trin a — Os prim eiros séculos do Christianism o— A in ­fluencia de Platão— C h risto não foi o fundador do C h istia n ism o -F a lsid a d e da actual religião christan— Os co n cílio s— Costum es de C hristo e da sua pre tendida E g re ja — G uerras entre Christãos — A trocidades praticadas pelo C hristianism o— C rim e s da E g re ja — A mora! christan, inim iga da V ida, do A m o r e da Felicidade.

Com o se vê, por este simples enunciado dos seus capitulos, a «H istoria das Religiões é um livro notável e cuja leitura se im põe.

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