Saúde preventiva - Instituto Cairbar...

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • AGOSTO DE 2019 • ANO 6 • Nº 71 • 3.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP. Saúde preventiva As maravilhas naturais do ozônio para a saúde humana - veja página 6 Agora o jornal é virtual. Acesse: www.tribunadoespiritismo.org Crédito: www.cebi.org.br

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • AGOSTO DE 2019 • ANO 6 • Nº 71 • 3.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTELCx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.

Saúde preventivaAs maravilhas naturais do ozônio para a saúde humana - veja página 6

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Agosto de 2019 PÁGINA 2

Editorial

Agosto

Em agosto de 1925 Cair-bar Schutel fez circular seu primeiro exemplar

do jornal O Clarim, que abri-ria caminhos imensos pelo futuro, divulgando a obra do benfeitor. O jornal continua sua circulação e inspirou outros periódicos. Este mesmo foi inspirado no legado de Schutel, que não � cou apenas no jornal, mas construiu-se de várias ini-ciativas em favor do bem e da divulgação espírita.

Em setembro próximo, alcan-ça-se a 9ª. edição do EAC- En-contro Anual Cairbar Schutel, também originário desse ex-pressivo legado. São ações que permanecem, fruto natural do esforço de muitos e dos bene-fícios que se podem alcançar quando se motiva e se une pes-soas e instituições. Estamos cá, em Matão, entusiasmados com o próximo evento que vai receber centenas de pessoas e dezenas de cidades. Isso cria imensa alegria e motivação.

Obrigado a você, leitor, pelo carinho em favor dessa inicia-tiva. Os desa� os prosseguem, mas são educativos: prepara-ram-nos para outros que ainda virão, fazendo-nos maduros com as experiências. r

O feio e ineficiente costume de fazer promessaSó por meio do bem se repara o mal

Rogério [email protected]

“Devemos perder o feio costume de tentar su-bornar a Divindade

por meio de promessas falaciosas.” —Hermínio C. Miranda.

Jesus expulsou do Templo os mercadores... Sabemos que Deus não faz transação comercial com Suas bênçãos e tampouco vende os benefícios concedidos...

Raciocinemos com o Mestre Lionês1: “pois que se considera imoral tra� car com as graças de um soberano da Terra, poder-se-á ter por lícito o comércio com as do Soberano do Universo?”

É triste, deprimente e inútil o espetáculo oferecido pelos “pa-gadores de promessas” ou mesmo daqueles que pretendem algum “milagre” ou “graça” do santo de sua preferência ou mesmo de Deus. São criaturas apegadas à mais santa ignorância essas que se arrastam pelo chão, de joelhos, carregam cruzes e quejandos, se auto� agelam até sangrar, com a intenção egoísta de obterem condescendências es-peciais do Mais Alto. Tal situação é o resultado da interação do fana-tismo com a ignorância...

Diz Kardec: “Deus nunca obra caprichosamente e tudo no Universo se rege por Leis nas quais se revelam a Sua sabedoria e bondade”.

Em uníssono com Kardec, a� rma Lins de Vasconcelos: “dife-rentemente da maioria das correntes religiosas com relação ao futuro e à Justiça Divina, o Espiritismo não se utiliza de técnicas de indulgências humanas em estreito comércio com a Divindade para liberar os seus prof itentes dos delitos perpetrados. Evoluindo com o progresso, estabelece: “nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei”.

A colheita compulsória é sem-pre proporcional à livre semeadura nas questões do Espírito. Estamos no presente não só colhendo os frutos de nossas ações passadas, mas também semeando para as futuras colheitas...

Arrastar o joelho pelo chão, carregar cruzes e quejandos é um modo ingênuo e ine� ciente de can-celar os nossos débitos. Deus não dá atenção a isso, assim como não valoriza o arrependimento estéril e egoísta.

Segundo explicação que deram os Espíritos Superiores a Kardec, “a perda de um dedo mínimo pres-tando serviço ao próximo, apaga mais faltas que o suplício da carne suportado durante anos, com objetivo apenas pessoal.”

Só por meio do bem se repa-ra o mal e a reparação nenhum

mérito apresenta se não atingir o homem no seu orgulho, nem nos seus interesses pessoais, ou seja, nos interesses materiais. “De que lhe serve humilhar-se diante de Deus se, perante os homens, conserva o seu orgulho?”2

Na economia celestial, o em-penho de cada um no combate ao egoísmo, no amor ao próximo e no esforço constante para suprimir as mazelas espirituais de vária ordem que trazemos no imo do ser, são créditos em nossa � cha onerada de débitos escabrosos.

O que realmente alterará a si-tuação de penúria espiritual será o trabalho íntimo e sincero de aprimoramento moral. Há que se empenhar � rmemente desde agora a � m de que a sementeira atual pro-duza amanhã os frutos sazonados da paz e da felicidade sem mescla.

Não é o corpo somático que devemos flagiciar e sim o Espí-rito erradicando o egoísmo, o or-gulho e a vaidade... Deus não Se deixa subornar por promessas vãs e falaciosas desse feio e ineficien-te costume humano acoroçoado pela ignorância. r

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XXVI, item 4.2. KARDEC, Allan. in “O Livro dos Espíri-tos” – perg. 1000.

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Agosto de 2019PÁGINA 3

Se você educar com amorAções integram propostas da própria vida

Marcus De [email protected]

Se você educar com amor fa-lará ao coração dos seus edu-candos. Ouvirá com atenção

seus colegas de trabalho. Repartirá conhecimentos. Somará experiên-cias. Utilizará das experiências de vida. Terá visão ampla do processo educativo. Resolverá problemas sem se estressar. Envolverá pais e alunos com ternura. Descobrirá em si mesmo muitos potenciais.

Se você educar com amor con-quistará resultados fantásticos. De-sejará sempre mais. Sonhará ideais. Concretizará sonhos. Realizará muitos desejos.

Se você educar com amor, tudo o que � zer voltará para si em dobro na forma de alegrias, afetos, sauda-des e gratidão.

Se você educar com amor irá chorar quando ex-alunos lhe disse-

rem “muito obrigado”. Dará largos sorrisos quando lembrar de cenas passadas em sala de aula. Respirará bem fundo, satisfeito, por encontrar quem se inspira em seu trabalho.

Se você educar com amor, tudo o que é difícil passa a ser fácil.

Se você educar com amor, os problemas serão substituídos por questões a resolver.

E você entenderá que o amor é o melhor, mesmo o único preenchi-mento dos vazios da alma.

Tendo amor no que faz, você terá muitas histórias bonitas para contar. E cada vez mais o amor será maior em seu coração, porque alimentado pelo amor daqueles que, por gratidão ou sensibilizados, terão igualmente muito amor para dar.

Amar é doar-se, permitindo-se sentir a si mesmo e o outro. É acre-ditar em você e no outro. É trabalhar incessantemente pelo que se quer e se acredita. É vivenciar, nas pequenas e nas grandes coisas, os sentimentos.

Se você educar como amor, sentirá Deus pulsar no seu íntimo, e uma força de vontade lhe impul-sionará sempre à frente.

Se você educar com amor, a educação se fará plena e profunda.

Ame-se, como você é, com o que você quer, com quem você está. E trabalhe sempre para dar do seu melhor. Com amor no coração, no cérebro e nas mãos, tudo poderá ser resolvido e todos poderão ser muito mais do que são.

Eduque com amor, com imenso amor. E receba, cem por um, o mes-mo amor, o mesmo imenso amor.

Se você for um educador com amor não se limite a ser simplesmen-te transmissor de conteúdo curricular,

seja educador de almas! Não basta ensinar a ler e escrever. Não basta desenvolver o cognitivo. É preciso desenvolver o senso moral. É preciso desenvolver os sentimentos. Todo educador reveste-se do sagrado man-to de tornar-se um segundo pai ou segunda mãe. Mas quando teimamos em estagiar apenas como professor, quase sempre � camos na superfície do processo educacional, e depois nos queixamos dessa geração que não liga para nada e desrespeita os códigos básicos da cidadania, quando a culpa por esse estado de coisas também é nossa, ou melhor, do que teima em se considerar apenas professor.

Agora que você já conhece a maios das ferramentas para educar, medite sobre o amor e suas conse-quências quando aplicado. E, por favor, não � que apenas na medita-ção, faça a sua parte, educando-se, para melhor educar os outros. r

* * * * * *Educação do espírito para a evangelização espírita

Solicite gratuitamente o Projeto Educação do Espírito (são dois livros digitais entregues via e-mail) e conheça, estude e trabalhe a evan-gelização espírita de forma diferen-ciada. Como solicitar? Acessando www.marcusdemario.com.

Educação a distânciaVocê que é evangelizador es-

pírita da infância e juventude tem muito a ganhar fazendo os cursos ofertados pelo IBEM, desenvolvi-dos pela internet com muita inte-ratividade e conteúdo pedagógico e metodológico inovador. Conheça os cursos e faça sua inscrição em www.ibemeduca.com.br

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Agosto de 2019 PÁGINA 4

A grande invenção Estímulos podem mudar uma vida

Rutiméia [email protected]

Ao abrir o caderno de ativi-dades do meu � lho Erick de sete anos, me deparei

com um enunciado que dizia: Se você fosse um inventor, o que você inventaria para melhorar a sua vida ou a de uma pessoa de quem você gosta? Desenhe.

Então me surpreendi com um desenho aparentemente surreal. Ele tinha a base arredondada e su-periormente afunilava, adquirindo o formato de um tubo de ensaio, designando de forma analógica uma experiência a ser desvendada. Sobre o objeto, havia quatro hastes coloridas, contendo uma hélice de três pás em cada ponta. Havia janelinhas verdes em toda a volta e uma vermelha que se destacava à frente. Próximo à boca do “tubo de ensaio”, havia dois botões, um vermelho, um verde e abaixo várias outras sem colorir.

— Para que servem esses botões, � lho?

— Mamãe, o vermelho é para parar, o verde para seguir, e os sem colorir ainda eu não sei.

— E esse botão vermelho que � ca na parte de trás?

— Ele liga o turbo e indica que você não pode mexer, pois se isso acontecer ele pode atingir uma velocidade muito grande e pode ser muito perigoso.

— E essas cores sobrepostas em semicírculo, como um arco íris, aqui na parte de trás?

— Mamãe, essas são as pedras preciosas. O verde é a esmeralda, o amarelo o ouro, e a vermelha é o rubi.

— E como se chama seu inven-to, � lho?

— “Helicopterocarmarinho”. — Que legal � lho, e o que ele faz? — Ele serve para levar as pes-

soas pelo ar, pela terra e pelo mar.— Que lindo! Muito criativo e

muito útil o seu invento. Tenho muito orgulho de você meu � lho. Parabéns!

A mente humana é ilimitada, as ideias repentinas podem surgir de

uma forma mágica, surpreendente, mas é através dos estímulos exter-nos que são desenvolvidas com alegria e entusiasmo.

Cada indivíduo possui a ca-pacidade inspiradora, basta � car atento aos dons natos ou aos que se consegue aprender.

Para meu � lho, essa invenção colorida e bizarra, facilitaria o transporte das pessoas pelo ar, pela terra e pelo mar, dependendo da necessidade. Mas para uma visão crítica, criativa e sem limites,

subentende – se que esse objeto representa a VIDA, que é preciosa, harmoniosa, segura e colorida se soubermos lidar com discernimen-to e sabedoria.

Entendi que temos a possibi-lidade de viver livres em qualquer ambiente, com paciência, dedicação, com controle, com muita criativi-

dade e sensibilidade, mesmo nos altos e baixos, paradas e partidas e com a possibilidade de ter outras chances, no qual, podemos chamá--las de Fé, na capacidade de nunca desistir dos sonhos, dos projetos, de vencer limitações e desa� os. De seguir olhando para frente através da janelinha vermelha, do AMOR, com a possibilidade de ter visão nas laterais pelas janelinhas verdes, da ESPERANÇA, e olhar sempre pelos que estão viajando ao seu lado. De poder fazer escolhas e apertar os

botões do livre arbítrio, com total e única responsabilidade. E os botões sem colorir, e, portanto ainda sem função, demonstra que sempre haverá a possibilidade de continuar aperfeiçoando o invento, ou seja, a vida. E ainda, o botão vermelho representando o turbo, e portanto, um perigo, entendi, que representa a ignorância do bem, também chama-da de mal, que muitas vezes nos atrai, por estar perto de pedras preciosas, mas pode se arrepender se tocá-lo.

A capacidade criativa do in-ventor, chamada também de ins-piração, pode estar adormecida e quando estimulada pode gerar um grande valor universal.

Tenha sempre a sensibilidade de perceber a inspiração e criar novas possibilidades para a sua vida, na sua necessidade momentânea, ou despertar dons como forma de desembarcar as emoções e sen-timentos aprisionados, vindo de encontro com a sua saúde física, mental e espiritual.

E é através dos estímulos exter-nos, como um elogio, uma crítica construtiva, uma demonstração de carinho, admiração, uma resposta amável a uma dúvida aparente-mente simples, ou seja, uma pe-quena faísca pode acender a chama da criatividade, despertar dons natos ou aprendíveis, iluminar as inspirações e entender que somos capazes, que temos sim um dom especial, no qual, podemos desen-volver inovar, criar, se reinventar, propagar para o bem comum e assim podermos despertar mentes adormecidos e evoluirmos juntos sempre, nessa GRANDE IN-VENÇÃO que é a VIDA. r

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Casal lança novo CDMusicalidade com emoção

Orson Peter [email protected]

Paulo e Leya Reis, de São José dos Campos-SP, co-nhecidos amigos que espa-

lham sensibilidade com suas lin-das e emocionantes apresentações, lançam novo CD. Viajando por vá rios locais do país, o casal con-quista amigos pela simpatia e qua-lidade do trabalho apresentado.

Presentes em eventos, inclusive em Matão (SP) e Guaxupé (MG) trazendo caravanas do Vale do Paraíba. O tema do CD e a bela capa podem ser observados na ilustração abaixo. Contatos com o casal, inclusive para aquisição do CD, também pelo WhatsApp: (12) 99678-9430. r

O Encontro Anual Cairbar Schutel, evento que em sua 9ª. edição ocorre em Matão-SP, e re-úne dezenas de cidades e centenas de pessoas, encerra suas inscrições no dia 31 de agosto.]

Acesse o site do Instituto (www.institutocairbarschutel.org) e faça sua inscrição. Para gru-pos, condições especiais. Consulte pelo e-mail [email protected]

Crianças terão atividades com monitores que resgatam brinca-deiras infantis. Adolescentes e jo-

vens igualmente terão atividades especiais em local diferente. Ou-tras atividades também comporão o grande evento de setembro.

Con� ra o valor das inscrições:De 1 de agosto a 31 de agostoAté 12 anos ISENTODe 13 até 21 anos R$ 25,00Individual R$ 60,00

Como em todas as edições, surpresas aguardam os participan-tes. Venha conosco partilhar esses momentos de estudo e alegria.

EAC - inscrições até 31/8

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Saúde preventivaAs maravilhas naturais do ozônio para a saúde humana

Raul de Mello Franco Jr.

No capítulo 10 da obra Missionários da Luz (1945 – psicografia de Chico

Xavier), André Luiz narra que espíritos preparavam o ambien-te de uma sessão mediúnica de materialização, fazendo uso de geradores de ozônio. O instrutor (Alexandre) explicou a André que os trabalhadores estavam encar-regados de operar a condensação de oxigênio em toda casa, pois o ambiente para a materialização de entidade do plano invisível aos olhos dos homens requer elevado teor de ozônio. Todas as larvas e bactérias deveriam ser extermina-das daquele local. Trata-se de uma das poucas referências, na literatura espírita, à utilização do ozônio no plano espiritual.

O novo século e o avanço do parque tecnológico nacional des-pertaram no Brasil um interesse por essa substância. Geradores importados ou de fabricação nacio-nal permitem que qualquer pessoa possa se valer do recurso técnico referido por André Luiz.

Mas o que é o ozônio? É um gás formado por três moléculas de oxigênio (O3), encontrado, em abundância, na atmosfera. A radiação solar e as tempestades (descargas elétricas) encarregam--se de produzi-lo continuamente em toda a Terra. Essas correntes energéticas, incidindo sobre o O2 (o oxigênio que respiramos), permite a formação do O3.

Esse gás tem um papel es-sencial na � ltragem da radiação ultravioleta e infravermelha. Na estratosfera, a conhecida “camada de ozônio” (ozonosfera) protege

e conserva a vida no Planeta, re-tendo partículas que seriam letais para organismos vivos.

O ozônio serve também de marcador da intensidade de po-luição, nos meios urbanos. Ele não é um poluente. Pelo contrá-rio: funciona como um recurso da natureza para neutralizar os gases tóxicos. Como é possível medi-lo com aparelhos ópticos especiais,

a comunidade leiga acabou por confundir o poluente (lixo gaso-so produzido pela ação humana desordenada) com o seu antídoto (o ozônio: grito da natureza para salvar a qualidade do ar).

À temperatura ambiente, o ozônio é um gás incolor que pos-sui um odor característico (daí o seu nome, cujo radical grego signi� ca “cheiro”). É altamente volátil e não deve ser inalado. É o desinfetante mais poderoso que existe na natureza, 3.000 vezes mais potente e mais rápido do que o cloro. Em países desenvolvidos, substituiu o cloro no tratamento

de água potável, pois é capaz de exterminar microrganismos resis-tentes, precipitar metais pesados, eliminar compostos orgânicos, pesticidas e todos os tipos de odores e sabores estranhos.

O ozônio não é algo novo para a ciência. A primeira menção a ele aparece nos estudos do físico holandês Martin Van Marum, em 1785. Christian Frederick

Schönbein, químico suíço-ale-mão, apontou as suas qualidades biológicas e o batizou com esse nome, em 1840. Um ancestral da família Siemens construiu o primeiro dispositivo técnico de ozonização (1857). Equipa-mentos semelhantes são hoje fabricados, vendidos e usados no mundo todo.

Com pequenos aparelhos elé-tricos, acessíveis a boa parte da população, é possível produzir ozônio em casa, empregando-o facilmente na higienização de água, verduras, frutas, legumes, grãos, carnes etc. Os produtos são

colocados em recipientes com água potável e mantidos em borbulha-mento por alguns minutos (� uxo de oxigênio+ozônio, gerado pelas máquinas). Além de puri� cá-los (exterminando fungos, agrotóxi-cos, hormônios, pesticidas etc.), o processo de ozonização triplica a vida útil desses alimentos. Com técnicas básicas é também pos-sível eliminar eliminando ácaros, bactérias coliformes, leveduras, vírus e outros microrganismos, empilhados nos espaços e objetos que usamos. Quartos, cozinhas, banheiros, gavetas, armários, ta-petes, quadros, forrações, cortinas, colchões, travesseiros, roupas de cama, escovas de dente, veículos etc. podem receber higienização profunda, sem qualquer produto químico. Restará a remoção dos resíduos sólidos inertes (pó, terra, mofo, bolor etc.). Se você já pagou pela limpeza do ar condicionado do seu carro, pode estar certo de que isso foi feito com um gerador de ozônio. Se vive na adminis-tração de crises alérgicas (rinites, otites, conjuntivites etc.), imagine o impacto que uma limpeza dessas pode ter em todo o seu espaço, na qualidade do que você ingere e no ar que você respira.

É evidente, pois, a gama de benefícios que simples sessões de ozonização (que você mesmo faz, com um aparelho ligado por alguns minutos) trazem para a saúde de uma família. Mas isso é apenas uma pequena amostra do que o ozônio pode fazer por todos nós. O emprego medicinal do gás (ozonioterapia) é revolucionário, como veremos no próximo mês. r

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Exortação à pureza!“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.”

Maroísa Baio [email protected]

Entre os judeus dos tempos de Jesus havia uma grande preocupação com a questão

da pureza, desde os atos mais simples do dia-a-dia quanto aos relacionados com a religiosidade. Para os fariseus a pureza exterior passara a ser o símbolo da pure-za interior.

Compreende-se assim o pro-fundo alcance desta exortação de Jesus (Mateus 5:8). A verda-deira pureza, ensinava Ele, é a do coração e somente os que a conquistam estarão aptos a “ver a face de Deus”. Lembrava aos seus ouvintes o Salmo 11:7: “O Senhor é justo, ele ama a justiça, e os corações retos contemplarão a sua face”. Recordava também o Salmo 24:3-4: “Quem pode subir à montanha do Senhor? Quem pode � car de pé no seu lugar santo? Quem tem mãos inocentes e coração puro, e não se entrega à falsidade, nem faz juramentos para enganar”.

Portanto, os judeus não desco-nheciam tais recomendações mas

estabeleceram regras exteriores para manter a aparência da pureza. Não por menos Jesus os denomi-nava de hipócritas.

No livro “Parábolas e ensinos de Jesus” Cairbar Schutel ressalta:

“A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genu-� exões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas nenhum efeito têm diante de Deus. O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior é o mesmo que caiar sepulcros que guar-dam podridões!”

Entretanto, como se dá essa limpeza do coração? Cairbar res-ponde:

“É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, � nalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do supremo reinado poderemos ver a Deus!”

Como se pode notar, para alcançar a ventura da pureza de

coração é preciso desenvolver as virtudes tratadas por Jesus nas cinco primeiras exortações: humildade, paciência, con� ança, justeza, compaixão!

Nesta exortação, há outra ques-tão importante que se destaca: Jesus a� rma que os puros de co-ração verão a Deus ou verão a face de Deus.

Os Espíritos Superiores in-formaram a Allan Kardec, na primeira pergunta de O Livro dos Espíritos, que Deus é inteligência suprema, causa primária de todas

as coisas. Deus é amor, a� rmam eles! Uma concepção avançada de difícil entendimento para aqueles que ainda consideram o Criador com a feição de um homem ve-lho com longas barbas brancas, sentado em um trono, vigiando a Criação.

“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”, a� rma o apóstolo João em sua primeira epístola (1 João 4:7-8). Portanto, ver a Deus não com os olhos materiais, mas com o sentimento, identi� cando a centelha divina em tudo e em todos! Amar a todos, sem distinção, significa vibrar em faixas mais elevadas conectando-nos com a essa fon-te divina.

Tratando dessa bem-aventu-rança em O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. 8), Allan Kar-dec afirma:

“A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade e ex-clui todo pensamento de egoísmo e de orgulho; por isso Jesus toma a infância por emblema dessa pureza, como a tomou da humildade.”

A ingenuidade, a simplicidade e a pureza das crianças enternecem o coração dos adultos. Durante o período da infância, o Espírito ainda não manifestou suas ten-dências; por isso, ele é realmente ingênuo e puro. Jesus a� rmou que o Reino dos Céus é para quem se assemelhasse a elas.

A pureza de coração representa grande conquista para o Espírito, um avanço significativo em sua trajetória evolutiva. É a virtude que identi� ca o Espírito a caminho da regeneração de si mesmo! r

Conhecemos a obra, mas como era o homem Allan Kardec? Por meio de quarenta textos comentados da Revista Espírita, conheça sua personalidade e nobreza de caráter, suas expectativas, receios e a conduta inviolável de um verdadeiro missionário. Emocione-se com os momentos em que Kardec abre seu coração, defendendo sua amada doutrina Espírita, sem nunca defender a si mesmo. Utiliza-se de rígido poder de argumentação, mas mantém inabalável o respeito para com todos, inclusive adversários.

Allan Kardec em revista, por Maroísa Baio

Lançamento com a autora no EAC Matão

“(...) para alcançar a ventura da pureza de co-ração é preciso desenvol-ver as virtudes tratadas por Jesus nas cinco pri-meiras exortações: humil-dade, paciência, confiança, justeza, compaixão!

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O fraternal Dr. Bezerra, de MenezesO “Médico dos Pobres” nasceu em 29 de agosto

Roni Ricardo Osorio [email protected]

REMETENTE:Instituto Cairbar Schutel.

Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SPAgosto de 2019

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Face os 119 anos da desencar-nação de Dr. Bezerra que se deu em 11/04/2019, apresen-

taremos aos leito res um recorte do capítulo V – O fraternal Dr. Bezerra de Menezes, constante em nosso livro Lenitivo à dor, dedicado ao benfeitor de escol - Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900), cujo tratamento dispensado aos doentes do corpo e espírito é o Amor. Desde a infância, em nossa cidade natal, acostumamos a ver seu nome em um abrigo espírita; em nossa memória seu nome � cou como referência. Na fase adulta e nas lides espíritas aprendemos a respeitá-lo, por sabermos de sua envergadura moral e espiritual, além de ser um trabalhador da últi-ma hora, fez da caridade a essência de seu estágio nas terras brasileiras e continua em espírito.

Na vida pessoal junto à família há momentos marcantes de Dr. Bezerra em nossos caminhos e, no nosso lar, principalmente, através dos vários insights insólitos de nosso � lho em relação ao estimado

doutor, que ora comentamos. As dádivas, desse Espírito abnegado, marcaram nossa existência; de-marcaram-nos também o espírito em intensa identi� cação; embora saibamos que não existe o acaso, pois, desde que, nos debruçamos sobre as obras e palestras sobre a estimada médium Yvonne do Amaral Pereira há quinze anos, o médico dos pobres, projetou-se ainda mais em nossa mente, o desvelo e carinho dedicados por

ele à sua protegida Yvonne é de se emocionar! Dessa forma, ao falar-mos e escrevermos sobre a dor, um médico de tal porte, seu legado e assistência incomum aos doentes e desvalidos não poderiam � car à parte. Dr. Bezerra, esquecido dele próprio, possuía como prioridade o doente e qualquer dor que o sofredor carregava, fosse de ordem íntima ou corpórea.

Com o nosso � lho, muito pe-quenino, em tratamento através da homeopatia, naquele tempo, devido à bronquite asmática possuíamos os remédios homeopáticos prescritos, até para o caso de uma crise mais aguda, era uma série de soluções hi-droalcoólicas para a devida medica-ção. Aconteceu, certa vez, uma forte crise e a criança não estava bem, com a respiração ofegante sinalizava muita preocupação; o contato para o acompanhamento médico não foi possível. Nessa época as ligações telefônicas não eram ágeis, optamos, então, por fervorosa prece, sem nos atrevermos a medicar.

Mas, como os pais que se desvelam sob suas crias, pedimos a Deus, a Jesus e lembramo-nos do Dr. Bezerra... Sim, o fraternal espírito poderia nos orientar! Sob

o in� uxo de inspiração bené� ca, reunimos sobre a mesa os fras-cos dos medicamentos adotados pelo homeopata que medicava a criança. Oração feita, e nos foi apontado qual remédio deveria ser ministrado. Nosso pedido fora acatado e sentíamos mediunica-mente a interferência espiritual naquela situação. Após horas decorridas, o pequeno já bem restabelecido, o médico retornou o telefonema e antes de pergun-tar-lhe sobre o medicamento o pro� ssional indicou e con� rmou a dosagem da mesma medicação inspirada, que fora de fato aplica-da, após a prece.

Há momentos em nossas vi-das em que todas as alternativas foram tomadas, todos os proce-dimentos empreendidos, mas, a prece é o recurso ímpar de nossos momentos a� itivos, somente a oração sincera poderá nos devol-ver as condições seguras e orde-nadas para uma boa resolução!

Logo, caros leitores, confie-mos nas alternativas e meios do invisível para nos auxiliar, seja pela prece, inspiração, ou, atuação bondosa de nossos amigos em romagem terrena. r