SAEPE RGE · SEÇÃO 2 Gestão escolar: uma mudança de paradigmas SEÇÃO 3 Padrões de Desempenho...

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DE PERNAMBUCO SAEPE 2012 ISSN 1948-560X REVISTA DA GESTÃO ESCOLAR SEÇÃO 1 O desafio da gestão escolar: avaliação e qualidade do ensino EXPERIÊNCIA EM FOCO SEÇÃO 2 Gestão escolar: uma mudança de paradigmas SEÇÃO 3 Padrões de Desempenho SEÇÃO 4 A escola e o contexto SEÇÃO 5 Os resultados da avaliação EXPERIÊNCIA EM FOCO

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DE PERNAMBUCO

SAEPE2012

ISSN 1948-560X

REVISTA DA GESTÃO ESCOLAR

SEÇÃO 1

O desafio da gestão escolar:avaliação e qualidade do ensino

EXPERIÊNCIA EM FOCO

SEÇÃO 2

Gestão escolar: uma mudança de paradigmas

SEÇÃO 3

Padrões de Desempenho

SEÇÃO 4

A escola e o contexto

SEÇÃO 5

Os resultados da avaliação

EXPERIÊNCIA EM FOCO

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ISSN 1948-560X

Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

Revista da Gestão Escolar

Saepe

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GOVERNADOR DE PERNAMBUCOEDUARDO CAMPOS

VICE-GOVERNADORJOÃO LYRA NETO

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃORICARDO DANTAS

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE PLANEJAMENTO E GESTÃOLEONILDO SALES

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOANA SELVA

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE GESTÃO DA REDECECÍLIA PATRIOTA

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALPAULO DUTRA

GERENTE DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAISEPIFÂNIA VALENÇA

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GOVERNADOR DE PERNAMBUCOEDUARDO CAMPOS

VICE-GOVERNADORJOÃO LYRA NETO

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃORICARDO DANTAS

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE PLANEJAMENTO E GESTÃOLEONILDO SALES

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOANA SELVA

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE GESTÃO DA REDECECÍLIA PATRIOTA

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALPAULO DUTRA

GERENTE DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAISEPIFÂNIA VALENÇA

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CAROS EDUCADORES,

Modernizar a gestão escolar, de forma democrática e atenta ao desempenho pedagógico dos estudantes,

sempre foi uma das prioridades do governo Eduardo Campos. Este material, que anualmente chega

às mãos de professores, gestores e técnicos, é um diagnóstico detalhado da educação no Estado

de Pernambuco. Sua função é fornecer todos os subsídios necessários para a tomada de decisões

pedagógicas no ambiente escolar e a formulação de políticas públicas para promover a melhoria do

ensino e a evolução da aprendizagem.

O Sistema de Avaliação Educacional em Pernambuco (SAEPE), reestruturado e aplicado desde 2008 nas

escolas das redes estadual e municipal, monitora as habilidades dos estudantes nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática em três etapas do ensino básico: 3°, 6º e 9º anos do ensino fundamental, e 3º

ano do ensino médio. Além disso, neste volume são apresentados também os índices de profi ciência e

participação na edição 2012 do SAEPE.

De posse destas informações, os gestores educacionais – estejam eles diretamente na escola, na

Gerência Regional de Educação, ou na Secretaria de Educação – assumem o papel de protagonistas na

estruturação da escola como um efetivo ambiente de transformação social. Com este quadro, é possível

mapear necessidades, localizando-as em seu contexto social, estabelecer prioridades, e determinar que

tipo de ações devem ser implementadas para que, na outra ponta, o estudante atinja o potencial que

dele se espera.

Este caderno deve ser encarado como uma ferramenta de uso cotidiano para gestores que, como você,

se comprometem com o aperfeiçoamento da educação básica em Pernambuco. Refl etir com base no

diagnóstico aqui apresentado é reafi rmar a luta por uma escola cada vez melhor, formando cidadãos

críticos e conscientes de seu papel na transformação da realidade ao seu redor.

Ricardo Dantas, Secretário de Educação do Estado.

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CAROS EDUCADORES,

Modernizar a gestão escolar, de forma democrática e atenta ao desempenho pedagógico dos estudantes,

sempre foi uma das prioridades do governo Eduardo Campos. Este material, que anualmente chega

às mãos de professores, gestores e técnicos, é um diagnóstico detalhado da educação no Estado

de Pernambuco. Sua função é fornecer todos os subsídios necessários para a tomada de decisões

pedagógicas no ambiente escolar e a formulação de políticas públicas para promover a melhoria do

ensino e a evolução da aprendizagem.

O Sistema de Avaliação Educacional em Pernambuco (SAEPE), reestruturado e aplicado desde 2008 nas

escolas das redes estadual e municipal, monitora as habilidades dos estudantes nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática em três etapas do ensino básico: 3°, 6º e 9º anos do ensino fundamental, e 3º

ano do ensino médio. Além disso, neste volume são apresentados também os índices de profi ciência e

participação na edição 2012 do SAEPE.

De posse destas informações, os gestores educacionais – estejam eles diretamente na escola, na

Gerência Regional de Educação, ou na Secretaria de Educação – assumem o papel de protagonistas na

estruturação da escola como um efetivo ambiente de transformação social. Com este quadro, é possível

mapear necessidades, localizando-as em seu contexto social, estabelecer prioridades, e determinar que

tipo de ações devem ser implementadas para que, na outra ponta, o estudante atinja o potencial que

dele se espera.

Este caderno deve ser encarado como uma ferramenta de uso cotidiano para gestores que, como você,

se comprometem com o aperfeiçoamento da educação básica em Pernambuco. Refl etir com base no

diagnóstico aqui apresentado é reafi rmar a luta por uma escola cada vez melhor, formando cidadãos

críticos e conscientes de seu papel na transformação da realidade ao seu redor.

Ricardo Dantas, Secretário de Educação do Estado.

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GESTÃO ESCOLAR UMA MUDANÇA DE

PARADIGMAS PÁGINA 13

O DESAfIO DA GESTÃO ESCOLAR: AvALIAÇÃO E qUALIDADE DO ENSINO PÁGINA 08

SUMÁRIO

EXPERIÊNCIA EM fOCO PÁGINA 12

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PADRõES DE DESEMPENhO PÁGINA 15

OS RESULTADOS DA AvALIAÇÃO PÁGINA 18

EXPERIÊNCIA EM fOCO PÁGINA 19

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1

Cara Equipe Gestora, a Revista da Gestão Escolar oferece informações gerais sobre a participação

dos estudantes na avaliação e os resultados de profi ciência alcançados, apresentando, de modo

sintético, os Padrões de Desempenho estudantil, além de discussões em prol de uma educação

de qualidade.

O DESAFIO DA GESTÃO ESCOLAR: AVALIAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

A cidadania está ancorada nas metas públicas de uma educação de qualidade. Isso

porque o indivíduo se torna cidadão não apenas quando o direito fundamental à vida

lhe é assegurado, mas também quando está capacitado ao exercício da democracia,

de modo a participar do destino da sociedade. Nesse sentido, a escola é uma das

instâncias de referência para a formação deste sujeito crítico e ativo, sendo o papel

formador um desafi o para a gestão escolar. As atuais diretrizes federais propõem às

instituições públicas de ensino autonomia no seu processo de decisões, tanto do

ponto de vista pedagógico quanto financeiro.

Para garantir uma aprendizagem de qualidade, é preciso, antes de tudo, fazer um

diagnóstico da educação nas redes de ensino que indique quais ações educacionais

e gerenciais devem ser tomadas, função desempenhada pela avaliação em larga

escala. Para que as ações sejam concretizadas em prol da excelência do sistema

educacional, faz-se necessário que gestores, professores, estudantes e comunidade

1111

08 Saepe 2012

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escolar conheçam, entendam e se apropriem de seus resultados. As informações

obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas voltadas à melhoria do processo

de ensino-aprendizagem e ao planejamento de propostas pedagógicas que possam

propiciar o avanço necessário.

Embora recente, a avaliação em larga escala no Brasil tem um respaldo legal. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB/96), em seu artigo 9º, inciso

vI, estabelece que cabe à União assegurar o processo nacional de avaliação do

rendimento escolar na Educação Básica e Superior, em colaboração com os sistemas de

ensino, objetivando a defi nição de prioridades e a melhoria da qualidade da educação.

Neste contexto, as principais avaliações no país são o Sistema Nacional de Avaliação

da Educação Básica (Saeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame

Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional

de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Ao monitorar a qualidade do ensino, as

avaliações fornecem aos gestores um importante diagnóstico para embasamento de

políticas públicas educacionais nas instâncias federal, estadual e municipal.

A partir dessa perspectiva, a Secretaria de Educação de Pernambuco em parceria

com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade federal

de Juiz de fora (CAEd/UfJf), divulga os resultados do Saepe. A Revista da Gestão

Escolar oferece informações gerais sobre a participação dos estudantes na avaliação

e os resultados de profi ciência alcançados, apresentando, de modo sintético, os

Padrões de Desempenho estudantil, além de discussões em prol de uma educação

de qualidade. Também são disponibilizados nesta revista depoimentos de um

Coordenador de Avaliação e de um Diretor de Escola, ambos da Rede Estadual de

ensino, de modo a exemplifi car como o trabalho de apropriação de resultados pode

permear a prática educacional.

Revista da Gestão Escolar 09

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O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE PERNAMBUCO

O Sistema de Avaliação Educacional de

Pernambuco (Saepe) foi criado em 2000 e tem

seguido o propósito de fomentar mudanças em

busca de uma educação de qualidade. Em 2012

avaliou as escolas da rede pública de Pernambuco

nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

da 2ª série/3° ano, 4ª série/5º ano e 8ª série/9º

ano do Ensino fundamental e do 3º ano do Ensino

Médio. Na linha do tempo a seguir, pode-se verifi car

a trajetória do Saepe e, ainda, perceber como

tem se consolidado diante das informações que

apresentam sobre o desempenho dos estudantes.

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef,3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) - Matemática e Ciências

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

ESTADUAL

MUNICIPAL

2000

113.677

2008

274.301

2002

274.603

2005

177.302

2000

178.421

2002

164.131

2005

72.396

2008

141.413

TRAJETÓRIA

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 333.156

PARTICIPAÇÃO (%): 80,6

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 200.143

PARTICIPAÇÃO (%): 70,0

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 315.949

PARTICIPAÇÃO (%): 81,2

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 188.409

PARTICIPAÇÃO (%): 72,5

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 306.336

PARTICIPAÇÃO (%): 82,1

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 178.745

PARTICIPAÇÃO (%): 76,1

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 312.307

PARTICIPAÇÃO (%): 82,0

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 163.382

PARTICIPAÇÃO (%): 79,1

ESTADUAL

MUNICIPAL

N° DE ESTUDANTES AVALIADOS

2009

268.433

2010

256.446

2011

251.549

2012

256.051

2009

140.070

2010

136.649

2011

136.056

2012

129.175

10 Saepe 2012

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O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE PERNAMBUCO

O Sistema de Avaliação Educacional de

Pernambuco (Saepe) foi criado em 2000 e tem

seguido o propósito de fomentar mudanças em

busca de uma educação de qualidade. Em 2012

avaliou as escolas da rede pública de Pernambuco

nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática

da 2ª série/3° ano, 4ª série/5º ano e 8ª série/9º

ano do Ensino fundamental e do 3º ano do Ensino

Médio. Na linha do tempo a seguir, pode-se verifi car

a trajetória do Saepe e, ainda, perceber como

tem se consolidado diante das informações que

apresentam sobre o desempenho dos estudantes.

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef,3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) - Matemática e Ciências

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

SÉRIE AVALIADA:

2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática

ESTADUAL

MUNICIPAL

2000

113.677

2008

274.301

2002

274.603

2005

177.302

2000

178.421

2002

164.131

2005

72.396

2008

141.413

TRAJETÓRIA

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 333.156

PARTICIPAÇÃO (%): 80,6

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 200.143

PARTICIPAÇÃO (%): 70,0

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 315.949

PARTICIPAÇÃO (%): 81,2

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 188.409

PARTICIPAÇÃO (%): 72,5

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 306.336

PARTICIPAÇÃO (%): 82,1

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 178.745

PARTICIPAÇÃO (%): 76,1

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 312.307

PARTICIPAÇÃO (%): 82,0

SÉRIE AVALIADA: 2ª série/3º ano Ef, 4ª série/5º ano Ef, 8ª série/9º ano Ef, 3º ano EM

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa e Matemática

N° DE ESTUDANTES PREVISTOS: 163.382

PARTICIPAÇÃO (%): 79,1

ESTADUAL

MUNICIPAL

N° DE ESTUDANTES AVALIADOS

2009

268.433

2010

256.446

2011

251.549

2012

256.051

2009

140.070

2010

136.649

2011

136.056

2012

129.175

Revista da Gestão Escolar 11

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O sistema nos revela quais são as competências

e habilidades que devem ser desenvolvidas pelos

estudantes de cada ano.

Marinaldo Alves de Souza,Coordenador de avaliação

EXPERIÊNCIA EM FOCO

AÇõES CONCRETAS NA EDUCAÇÃORESULTADOS DEVEM SER COLOCADOS EM PRÁTICA

formado em Letras e Pós-graduado em Avaliação

Educacional, Marinaldo Alves de Souza atua há

quatro anos como coordenador de avaliação. Para

o especialista, transformar os resultados em ações

concretas deve ser um dos principais objetivos do

sistema: “É importante sair dos números para análise,

mais ainda, das análises para ações”. Papel esse

que, segundo Marinaldo, pode ser desempenhado

tanto pela escola quanto pelo governo. “A partir dos

resultados obtidos, o gestor público e a escola deverão

tomar decisões, reavaliando o processo educacional

para redefi nir objetivos, metas e ações que incidirão

diretamente na qualidade do ensino”, opina.

Ele exemplifi ca com o próprio Sistema de

Avaliação Educacional de Pernambuco (Saepe)

como os resultados podem se transformar em

ações concretas. “O sistema nos revela quais

são as competências e habilidades que devem

ser desenvolvidas pelos estudantes de cada

ano. A partir dos resultados, a escola/professores

redireciona o ensino com o objetivo de trabalhar

os conteúdos referentes a essas habilidades e

Competências”, comenta.

Marinaldo ressalta, porém, a necessidade de se

levar em consideração as peculiaridades de cada

avaliação como um dos caminhos para a correta

aplicação dos resultados: “É importante considerar

as especifi cidades de cada avaliação e perceber

suas principais contribuições para refl exão e

planejamento de ações pedagógicas que venham

contribuir para a formação do sujeito, para o

desenvolvimento de uma cidadania ativa”, destaca.

• Exemplos da práticaMarinaldo vê os resultados como oportunidades

para a releitura de políticas públicas, por parte do

estado. Como exemplo, ele cita o programa de

bonifi cação do governo do estado de Pernambuco

para as escolas que alcançam os índices

educacionais na perspectiva da melhoria do ensino.

De acordo com o coordenador, o projeto considera,

dentre outros, o resultado do Saepe. “A ação do

governo estadual incentiva a comunidade escolar

no sentido de buscar cumprir as metas e, sobretudo,

mobilizar-se para alcançar resultados signifi cativos”.

Outro bom exemplo citado por Marinaldo é como

o seu grupo conduz a divulgação dos resultados

na rede de ensino. Primeiramente é realizada

uma ofi cina de disseminação e refl exão com

gestores, educadores de apoio e professores de

Língua Portuguesa e Matemática. A partir daí cada

escola repassa para toda comunidade escolar e

faz um planejamento com base nos resultados,

traçando metas com perspectiva de melhoria da

situação atual. O desenvolvimento de cada escola

é sempre acompanhado pela Gerência Regional

de Educação (GRE).

12 Saepe 2012

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2

Com a ConStituição

Federal de 1988,

Celebrada Como

uma nova FaSe para

a SoCiedade e para a

eSCola braSileiraS, a

geStão eduCaCional

experimentou a

Formalização

jurídiCa de um

proCeSSo de mudança

de paradigmaS que

vinha aConteCendo

há algum tempo.

A gestão escolar tem se tornado um tema cada vez mais central para os

debates que envolvem a melhoria da qualidade da educação, no Brasil

e no mundo. Sua centralidade reside na percepção de que existem

características, relacionadas à própria escola, capazes de produzir a

melhoria do ensino ofertado ao estudante. Uma dessas características

é a gestão escolar eficaz e comprometida, condutora de processos de

melhoria da qualidade do ensino ofertado no âmbito da escola.

Com a Constituição federal de 1988, celebrada como uma nova fase

para a sociedade e para a escola brasileira, a gestão educacional

experimentou a formalização jurídica de um processo de mudança

de paradigmas que vinha acontecendo há algum tempo. O gestor

escolar era percebido, essencialmente, como um ator responsável

pela administração – em sentido estrito – da escola, a partir de um

viés burocrático, organizacional e logístico, e tendo como base as

concepções de administração destinadas a outras instituições, e não,

singularmente, à escola.

A mudança de paradigma da gestão ocorreu com a percepção de que

o gestor escolar deve ser mais do que um mero organizador da escola,

no sentido formal e administrativo do termo. Longe de não reconhecer

a importância desse aspecto, qual seja, o logístico-administrativo, houve

um processo de inclusão de novas funções para a gestão escolar, sem

excluir a anterior, a administrativa, que sempre a caracterizou.

GESTÃO ESCOLAR UMA MUDANÇA DE PARADIGMAS

Revista da Gestão Escolar 13

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tanto o enFoque

pedagógiCo da

geStão quanto a

geStão demoCrátiCa

São FatoreS que

Contribuem para a

ConStrução e para

o eStabeleCimento

de um ambiente

Favorável à

aprendizagem,

eStando

relaCionadoS,

portanto, ao

Clima eSColar.

Entre essas novas funções se destacam principalmente duas: o caráter

pedagógico da gestão e a construção de uma gestão democrática,

conforme previsão da Carta Constitucional. O enfoque pedagógico da

gestão se fundamenta no reconhecimento do gestor escolar como um

líder capaz de articular, junto aos demais atores escolares, uma liderança

pedagógica que envolva a apropriação do currículo, o planejamento

das disciplinas − para cada área do conhecimento e para cada etapa

de escolaridade −, as avaliações escolares, chegando até mesmo a

discussões relacionadas aos planos de aula dos professores. Trata-se

não de uma intervenção do gestor na autonomia do professor, mas, sim,

de uma construção conjunta e articulada das diretrizes pedagógicas da

escola. O enfoque pedagógico da gestão tem se mostrado um fator

associado a bons desempenhos por parte dos estudantes.

Outro fator é a construção de uma gestão democrática. Mais do que um

elemento previsto pela Constituição, a gestão democrática é uma forma

de inserir, no processo de construção das diretrizes da escola, sejam elas

administrativas ou pedagógicas, os diversos atores envolvidos e interessados

nesse processo, como os professores, os pais, os estudantes, os funcionários

e a própria comunidade que envolve a escola. A democratização da gestão

está envolvida com um processo de democratização mais abrangente, da

escola e da sociedade; o que significa ampliar a participação de outros

agentes no processo de tomada de decisões que afetem a escola. Por meio

desta inclusão, o que se busca é o envolvimento destes atores com a escola,

percebendo-a como um ambiente aberto e em constante construção e

aprimoramento. Por democratização da escola e da gestão, tendo em vista a

participação nas decisões e a circulação da informação na, e sobre a, escola,

não se deve entender a transferência de responsabilidade decisória por

parte da gestão. O gestor escolar continua sendo o responsável pela tomada

de decisões e é isso o que se espera de sua função. No entanto, as decisões,

quando compartilhadas, adquirem um novo caráter, para o gestor, para os

demais participantes e para a escola como um todo.

Tanto o enfoque pedagógico da gestão quanto a gestão democrática

são fatores que contribuem para a construção e para o estabelecimento

de um ambiente favorável à aprendizagem, estando relacionados,

portanto, ao clima escolar. O clima escolar é um dos fatores que afetam

o desempenho dos estudantes, e as características da gestão, a forma

como é construída e conduzida, são elementos que o compõem. Um

ambiente propício à aprendizagem é capaz de impactar significativamente

o desempenho dos estudantes, devolvendo à escola a capacidade de

produzir bons resultados a partir de suas próprias características.

14 Saepe 2012

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3

Esta seção apresenta os Padrões de Desempenho agrupados em quatro níveis de acordo com

intervalos de desempenho dos estudantes na avaliação. Por meio desses Padrões, é possível

planejar e realizar ações voltadas aos estudantes a partir do nível em que se encontram.

Os testes aplicados aos estudantes trazem uma medida de seu desempenho nas

habilidades avaliadas, denominada PROfICIÊNCIA. Os resultados de proficiência

obtidos foram agrupados em quatro PADRõES DE DESEMPENhO – Elementar I,

Elementar II, Básico e Desejável. Esses Padrões proporcionam uma interpretação

pedagógica das habilidades desenvolvidas pelos estudantes e oferecem à escola

o entendimento a respeito do nível em que eles se encontram. Por meio deles é

possível analisar a distância de aprendizagem entre os estudantes que se encontram

em diferentes níveis de desempenho, do mais baixo ao mais elevado. É importante

atentar-se para os estudantes que estão nos Padrões mais baixos, pois são eles os

mais vulneráveis à evasão e ao insucesso escolar.

Os níveis de proficiência compreendidos em cada um dos Padrões de Desempenho,

para as diferentes etapas de escolaridade avaliadas, correspondem a determinados

intervalos de pontuação alcançada nos testes e estão descritos mais detalhadamente

na Revista Pedagógica desta Coleção. A seguir, são apresentados os Padrões de

Desempenho e sua respectiva caracterização.

PADRõES DE DESEMPENhO

Revista da Gestão Escolar 15

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Desejável

Básico

Elementar II

Elementar I

O estudante que atingiu este Padrão de Desempenho revela ter

desenvolvido habilidades mais sofisticadas e demonstra ter um

aprendizado superior ao que é previsto para o seu ano escolar.

O desempenho desse estudante nas tarefas e avaliações

propostas supera o esperado e, ao ser estimulado, pode ir além

das expectativas traçadas.

Neste Padrão de Desempenho, o estudante demonstra ter

adquirido um conhecimento apropriado e substancial ao que

é previsto para a sua etapa de escolaridade. Neste nível, ele

domina um maior leque de habilidades, tanto no que diz respeito

à quantidade, quanto à complexidade, as quais exigem um

refinamento dos processos cognitivos nelas envolvidos.

O estudante que se encontra neste Padrão de Desempenho

demonstra ter aprendido o mínimo do que é proposto para

o seu ano escolar. Neste nível ele já iniciou um processo de

sistematização e domínio das habilidades consideradas básicas

e essenciais ao período de escolarização em que se encontra.

Neste Padrão de Desempenho, o estudante demonstra

carência de aprendizagem do que é previsto para a sua etapa

de escolaridade. Ele fica abaixo do esperado, na maioria das

vezes, tanto no que diz respeito à compreensão do que é

abordado, quanto na execução de tarefas e avaliações. Por isso,

é necessária uma intervenção focada para que possa progredir

em seu processo de aprendizagem.

PADRõES DE DESEMPENhO ESTUDANTIL

ÁREA DO CONhECIMENTO AvALIADA

CARACTERIzAÇÃO

Língua Portuguesa Até 400 Até 125 Até 200 Até 225

Matemática Até 475 Até 150 Até 225 Até 250

Língua Portuguesa 400 a 500 125 a 175 200 a 250 225 a 275

Matemática 475 a 550 150 a 200 225 a 275 250 a 300

Língua Portuguesa 500 a 600 175 a 225 250 a 300 275 a 325

Matemática 550 a 650 200 a 250 275 a 325 300 a 350

Língua Portuguesa Acima de 600 Acima de 225 Acima de 300 Acima de 325

Matemática Acima de 650 Acima de 250 Acima de 325 Acima de 350

2ª série 3º ano do Ef 4ª série 5º ano do Ef 8ª série 9º ano do Ef 3º ano do EM

16 Saepe 2012

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Língua Portuguesa Até 400 Até 125 Até 200 Até 225

Matemática Até 475 Até 150 Até 225 Até 250

Língua Portuguesa 400 a 500 125 a 175 200 a 250 225 a 275

Matemática 475 a 550 150 a 200 225 a 275 250 a 300

Língua Portuguesa 500 a 600 175 a 225 250 a 300 275 a 325

Matemática 550 a 650 200 a 250 275 a 325 300 a 350

Língua Portuguesa Acima de 600 Acima de 225 Acima de 300 Acima de 325

Matemática Acima de 650 Acima de 250 Acima de 325 Acima de 350

INTERvALO NA ESCALA DE PROfICIÊNCIA POR ETAPA AvALIADA

2ª série 3º ano do Ef 4ª série 5º ano do Ef 8ª série 9º ano do Ef 3º ano do EM

Revista da Gestão Escolar 17

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Legenda explicativa para o quadro de resultados de desempenho e participação

• Resultados: é explicitado o desempenho da escola e das

demais instâncias por disciplina e etapa de escolaridade.

• Edição: ano em que a prova foi aplicada e ao qual o resultado

se refere.

• Profi ciência média: grau ou nível de aproveitamento

na avaliação.

• Desvio padrão: medida da variação entre as profi ciências

individuais (ou seja, das diferenças de profi ciência entre os

estudantes avaliados).

» Considerando um caso hipotético, em que todos

os estudantes de uma mesma escola obtenham

exatamente o mesmo resultado no teste, o desvio

padrão é igual a zero, indicando que não houve

variação de profi ciência dentre os estudantes daquela

escola. valores menores de desvio padrão indicam,

portanto, uma situação mais igualitária dentro da

escola, pois apontam para menores diferenças entre

os desempenhos individuais dos estudantes. Por outro

lado, valores maiores de desvio padrão indicam que

os estudantes da escola constituem uma população

mais heterogênea do ponto de vista do desempenho

no teste, ou seja, mais desigual, de modo que se

percebem casos mais extremos de desempenho, tanto

para mais quanto para menos. Este dado indica o grau

de equidade dentro da escola, sendo muito importante,

pois um dos maiores desafi os da Educação é promover

o ensino de forma equânime.

• Nº previsto de estudantes: quantidade de estudantes calculada

para participar da avaliação antes da realização da prova.

• Nº efetivo de estudantes: quantidade de estudantes que

realmente responderam aos testes da avaliação.

• Participação (%): percentual de estudantes que fi zeram o teste a

partir do total previsto para a avaliação.

» Este percentual é importante, pois quanto mais estudantes

do universo previsto para ser avaliado participarem, mais

fi dedignos serão os resultados encontrados e maiores as

possibilidades de se implementar políticas que atendam a

esse universo de forma eficaz.

• % de estudantes por Padrão de Desempenho: percentual de

estudantes que, dentre os que foram efetivamente avaliados,

estão em cada Padrão de Desempenho.

5

OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

Nesta seção são apresentados os resultados dos estudantes desta escola na avaliação do Saepe 2012.

Para uma interpretação apropriada do desempenho da escola, encontram-se a seguir os resultados de profi ciência

média, participação e distribuição dos estudantes por Padrão de Desempenho; bem como análises contextuais, baseadas

nos questionários aplicados junto aos testes. Esses resultados têm como objetivo oferecer à escola um panorama do

desempenho dos estudantes avaliados em todas as etapas de escolaridade e áreas de conhecimento no ciclo 2012.

18 Saepe 2012

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O êxito nas avaliações externas nos dá a

sensação de 'estar no caminho certo'.

Francisco Antônio Júnior,Gestor escolar da Rede Estadual

EXPERIÊNCIA EM FOCO

EDUCANDO PARA VENCERDIRETOR REAFIRMA O PAPEL DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COMO TRANSFORMADORA DA REALIDADE

O desejo de contribuir com a formação dos jovens

de Pernambuco fez com que o professor de

Matemática, francisco Antônio Júnior, aceitasse

o convite de assumir a gestão de uma escola da

Rede Estadual no município de Paulista, região

metropolitana de Recife. Com licenciatura plena em

Matemática e pós-graduação em Gestão Escolar,

ele atua como diretor há um ano na instituição que

atende a 377 estudantes e tem 16 professores no

quadro efetivo.

Mesmo estando há pouco tempo no cargo,

francisco cita que o grande desafi o da profi ssão

é “proporcionar para os estudantes um ambiente

tão agradável que ele sinta o desejo de voltar, de

estar na escola, de gostar das pessoas que fazem

a escola”. E enfatiza o papel da instituição de

ensino como grande transformadora das pessoas

e da comunidade em que elas vivem. “A maioria

de nossos estudantes vem de realidades tão

difíceis e nós devemos ter esse compromisso, de

proporcionar alegria e desejo de vencer”, destaca.

francisco acredita que políticas de

monitoramento são mecanismos importantes

para o incremento do ensino. E exemplifi ca

que, na escola que dirige, eles comparam

os resultados das avaliações entre os anos,

identifi cam as fragilidades e traçam metas para

os anos posteriores. O diretor também conta que

mudanças importantes, como a reordenação

dos horários das aulas, foram feitas visando à

Revista da Gestão Escolar 19

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melhoria dos índices da instituição. Já como ação

pedagógica, foi criado o Projeto Clube do Estudo,

no qual os próprios estudantes que se destacam

auxiliam seus colegas de sala. “Analisamos os

resultados por estudante, detectamos os pontos

fracos e focamos o trabalho para aumentar a

proficiência do estudante”, completa.

O diretor expõe os resultados no quadro de

avisos, no blog da escola, nas reuniões de pais e

mestres e nas redes sociais; e tem a comunidade

escolar como parceira nos resultados. Os

professores, segundo ele, sabem da importância

dos dados para possíveis investimentos e isso

é compartilhado com e pelos educandos, que

também fazem questão de participar.

• Resultados são usados na avaliação interna

Além disso, esses resultados podem auxiliar a

escola na avaliação institucional, funcionando

como parâmetros: “O êxito nas avaliações

externas nos dá a sensação de ‘estar no

caminho certo’. Contudo o não êxito nos

orienta a mudar nossas estratégias”, explica.

O desempenho de outras escolas também

é usado como referência. “Partindo da

comparação norteamos nossas ações para que

o processo de ensino-aprendizagem possa ser

aperfeiçoado. No modelo de sociedade em que

vivemos, o jovem deve estar preparado para

a concorrência que vai enfrentar ao partir em

busca de seus objetivos”.

20 Saepe 2012

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COORDENAÇÃO GERAL DO SAEPEMARIA EPIFÂNIA DE FRANÇA GALVÃO VALENÇA

EQUIPE PEDAGÓGICAELIEZER CARLOS PIRESHEROCILDA DE OLIVEIRA ALVESJEANNE AMÁLIA DE ANDRADE TAVARESMARCOS ANTÔNIO HELENO DUARTEMARIA JOSÉ FERREIRA FRANÇAMÔNICA MARIA CAMPELO MELOVÂNIA RODRIGUES PEREIRA

EQUIPE DE ESTATÍSTICA, ANÁLISE E DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOSANDRÉ LUIZ MAIA DE SENA MELOISABELLA DE FÁTIMA SILVA GUEDESJOSUÉ PAULO SANTIAGO JUNIORPATRÍCIA DANTAS BARBOSAPEDRO ALVINO BARATAJOANNA D’ARC COSTA DE BARROS E SILVA

PRESIDENTE ESTADUALHORÁCIO FRANCISCO DOS REIS FILHO

COMISSÃO DA UNDIME-PEMARIA DO SOCORRO DE ARAÚJO GOMES

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEDLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇõESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇõES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOJULIANA DIAS SOUZA DAMASCENO

RESPONSÁVEL PELO PROJETO GRÁFICOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

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COORDENAÇÃO GERAL DO SAEPEMARIA EPIFÂNIA DE FRANÇA GALVÃO VALENÇA

EQUIPE PEDAGÓGICAELIEZER CARLOS PIRESHEROCILDA DE OLIVEIRA ALVESJEANNE AMÁLIA DE ANDRADE TAVARESMARCOS ANTÔNIO HELENO DUARTEMARIA JOSÉ FERREIRA FRANÇAMÔNICA MARIA CAMPELO MELOVÂNIA RODRIGUES PEREIRA

EQUIPE DE ESTATÍSTICA, ANÁLISE E DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOSANDRÉ LUIZ MAIA DE SENA MELOISABELLA DE FÁTIMA SILVA GUEDESJOSUÉ PAULO SANTIAGO JUNIORPATRÍCIA DANTAS BARBOSAPEDRO ALVINO BARATAJOANNA D’ARC COSTA DE BARROS E SILVA

PRESIDENTE ESTADUALHORÁCIO FRANCISCO DOS REIS FILHO

COMISSÃO DA UNDIME-PEMARIA DO SOCORRO DE ARAÚJO GOMES

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEDLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇõESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇõES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOJULIANA DIAS SOUZA DAMASCENO

RESPONSÁVEL PELO PROJETO GRÁFICOEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

PERNAMBUCO. Secretaria de Educação de Pernambuco.

SAEPE – 2012/ Universidade federal de Juiz de fora, faculdade de Educação, CAEd.

v. 2 ( jan/dez. 2012), Juiz de fora, 2012 – Anual.

ARAÚJO, Carolina Pires; MELO, Manuel fernando Palácios da Cunha e; OLIvEIRA, Lina Kátia Mesquita de; REzENDE, Wagner Silveira.

Conteúdo: Revista da Gestão Escolar.

ISSN 1948-560X

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DE PERNAMBUCO

SAEPE2012

ISSN 1948-560X

REVISTA DA GESTÃO ESCOLAR

SEÇÃO 1

O desafio da gestão escolar:avaliação e qualidade do ensino

EXPERIÊNCIA EM FOCO

SEÇÃO 2

Gestão escolar: uma mudança de paradigmas

SEÇÃO 3

Padrões de Desempenho

SEÇÃO 4

A escola e o contexto

SEÇÃO 5

Os resultados da avaliação

EXPERIÊNCIA EM FOCO