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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXI Edição 03 Domingo, 16.01.2011 R$ 3,20 Graças a Deus, apesar de muitas lutas, 2010 foi um ano de muitas realizações e vitórias em Madri (ES), onde estão os missionários Marestella e pastor Adoniram Pires. Foram realizados três batismos, o que é muito significante para a realidade europeia, na qual a maior parte das pes- soas se julga autossuficiente, sem a neces- sidade de um Deus libertador e salvador. (Página 11) Faltam poucos dias para o início da 91ª Assembleia da Convenção Batista Brasi- leira (CBB), que acontece entre 21 e 25 de janeiro na cidade de Niterói (RJ). Nes- ta oportunidade um dos destaques será a eleição da nova diretoria da CBB para os próximos 2 anos. Além disso, o evento também cresce em importância pela te- mática inédita que adotou, a preservação do meio ambiente. (Páginas 8 e 9) Saldo positivo em Madri

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1o jornal batista – domingo, 16/01/11?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIEdição 03 Domingo, 16.01.2011R$ 3,20

Graças a Deus, apesar de muitas lutas, 2010 foi um ano de muitas realizações e vitórias em Madri (ES), onde estão os missionários Marestella e pastor Adoniram Pires. Foram realizados três batismos, o que é muito significante para a realidade europeia, na qual a maior parte das pes-soas se julga autossuficiente, sem a neces-sidade de um Deus libertador e salvador. (Página 11)

Faltam poucos dias para o início da 91ª Assembleia da Convenção Batista Brasi-leira (CBB), que acontece entre 21 e 25 de janeiro na cidade de Niterói (RJ). Nes-ta oportunidade um dos destaques será a

eleição da nova diretoria da CBB para os próximos 2 anos. Além disso, o evento também cresce em importância pela te-mática inédita que adotou, a preservação do meio ambiente. (Páginas 8 e 9)

Saldo positivo em Madri

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2 o jornal batista – domingo, 16/01/11 reflexão

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEJosué Mello SalgadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOFábio Aguiar Lisboa(Reg. Profissional - MTB 26.163-RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do CarmoLelis Dutra Moura

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio(21) 2223.8510

E D I T O R I A L

regra existem, mas agora devem ser justificadas pela qualidade e relevância da produção apresentada.

OJB também se t rans -formou no aspecto visual, dando maior importância a ilustrações que funcionam como elementos de comu-nicação quase instantânea e que estimulam a leitura.

Enfim, muitos outras mu-danças poderiam ser cita-das. No entanto, algo não mudou em todos estes anos, o compromisso de OJB com seus leitores.

Seguindo os precei tos do bom jornalismo, OJB sempre trabalhou e lutou para manter intacto o com-promisso que possui com seus leitores. Nesta relação

Com o advento dos novos meios de comunicação e as mudanças pelas quais a sociedade passou desde janeiro de 1901, data de criação de OJB, a relação deste semanário também mudou com seus leitores.

Mantendo anteriormen-te um foco voltado muito mais para o universo batista, hoje OJB realiza um esforço enorme para se contextuali-zar e dialogar com as ques-tões da contemporaneidade.

Outra mudança está no estilo dos textos até então apresentados neste sema-nário. Saíram de cena os artigos longos e cheios de referências, em detrimen-to de textos curtos e mais diretos. As exceções a esta

O Jornal Ba t i s t a chegou no úl-timo dia 10 de janei ro a 110

anos de idade com muitos motivos de gratidão a Deus, mas, acima de tudo, com um objetivo renovado, o de manter e reforçar o seu compromisso com seus lei-tores.

É evidente que Deus tem sido muito bondoso com OJB, que durante este longo período tem tido o privilé-gio de ser o órgão de comu-nicação oficial da Conven-ção Batista Brasileira.

Contudo, também é ne-cessário destacar os desa-fios que constantemente se apresentam nesta cami-nhada.

alguns ideais nortearam e norteiam sua atuação, como a objetividade, a imparcia-lidade, a precisão e a busca da verdade.

Neste momento, no qual OJB chega a 110 anos de vida, o nosso desejo é de renovar nosso compromis-so com você leitor. Com-promisso de realizar bom jornalismo. Compromisso de buscar atender não o interesse de determinados indivíduos, mas s im de manter informado o nosso público, o povo batista, e, consequentemente, cola-borar para o bom desen-volvimento da obra batista no Brasil e no mundo. Que Deus para tanto nos aben-çoe e ajude.

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“Se me amardes, guarda-reis os meus mandamentos (...) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” - João 14.15-21.

Em “Igreja, corpo vivo de Cristo”, Ray C. Ste-dman, ao narrar um momento na Peninsula

Bible Church, diz: “Um jo-vem soldado, de farda, entra com o seu jipe no espaço ao lado do Volkswagen. No pára-choque está escrito: ‘Se você ama a Jesus - buzine!’. Ouvem-se várias buzinas. Ele salta do carro e acena enquanto anda em direção à igreja”. Parece que Stedman acha isso muito bonito. En-tendo que deve haver algum significado nisso. Alguém que ama ao Senhor Jesus se identifica junto ao motorista, que também ama a Jesus. E mostra o amor buzinando. Deve ser isso.

O livro está defasado nas ilustrações (a primeira edição em português é de 1974). O que era alternativo hoje é padrão. Naquela época era inusitado mostrar sua fé atra-vés da buzina, ou de outra

maneira exótica. O inusitado de 1974 é rotina em 2011. As pessoas querem mostrar sua fé por atos que não envolvem, necessariamente, compromis-so ou entrega de vida. Anti-gamente se acreditava que a evangelização era a maneira de levar as pessoas a serem de Jesus. Hoje se coloca uma pla-ca na entrada da cidade: “Co-xipó de Poconé de Conceição do Mato Dentro é do Senhor Jesus”. Pronto, Coxipó é de Jesus. Ou pior ainda: Aluga-se um helicóptero e joga-se óleo lá de cima para “ungir Coxipó de Poconé de Conceição do Mato Dentro”. Agora, a cida-de ficou “ungida”. Entretanto, nada mudou. A violência con-tinua, a prostituição não re-cua, o uso de drogas avança, mas declarou-se Coxipó como sendo de Jesus. Ou “ungida” para ser de Jesus. Recordo-me de uma cidade do interior de São Paulo que ostenta uma placa, em sua entrada, dizendo que ela pertence ao Senhor Jesus. E recordo-me de ter lido um relatório da secretária de segurança do estado de São Paulo em que tal cidade era a mais violenta do estado. E me recordo de 1

João 5.19: “O mundo inteiro jaz no Maligno”.

Sei que há uma distância entre o conteúdo do livro de Stedman e o ensino neopen-tecostal sobre atos proféticos. Não é isso que ele defende, mas deixa aberta uma porta para alguns verem a fé em Cristo como atos externos que não envolvem mudança de vida, compromisso mais profundo, mas apenas gestual.

Amar a Jesus não se ma-nifesta em buzina de carro. Assim fosse, os engarrafamen-tos de trânsito nas grandes cidades seriam uma sinfonia de louvor. Nas palavras do Salvador, quem o ama o obe-dece. Amar a Jesus é mais que levantar as mãos e exibir um ar de profunda concentração quando se canta. É encarnar na vida os ensinos de Jesus. Quem ama, obedece.

A questão é que obedecer a Palavra é mais difícil que fazer gestos ou dar-se ares de espiritualidade. E é mais que repetir chavões, sem os quais o crente parece um mundano de extrema carnalidade. É mais que espargir “ô glória”, “ô bênção” e “graça e paz” em cada sentença gramatical.

É assim que muitos medem espiritualidade. Mas a verda-deira espiritualidade é amor a Jesus, manifestado em obedi-ência e lealdade a ele. Para o apóstolo Paulo, a obediência era fundamental em sua vida: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão ce-lestial” (Atos 26.19).

Muitos hoje pensam em santidade por um viés litúrgi-co. Pensam que prestar culto é o que de mais importante podem fazer. Não é. O mais importante é a obediência, não por constrangimento, mas por amor. Samuel disse isso a Saul: “Samuel, porém, disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em ho-locaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22). O sacrifício era a forma mais sublime de culto no Antigo Testamento, mas um sacer-dote diz que Deus deseja obediência mais que culto.

Jesus também assim se de-finiu nestes termos. Quem o ama obedece aos seus mandamentos. Isso implica

em conhecer a Ele e à sua Palavra. Implica em leitura e profundidade no Novo Tes-tamento, que traz a revelação completa dele aos homens. Implica em compromisso de vida. Uma vez conversei com um obreiro muito consagra-do, desses que a gente olha e vê que vive na presença de Deus. Homem capaz e apto para qualquer grande pas-torado em seu país, a Ingla-terra, gastava sua vida numa aldeia africana. Estava de fé-rias, mas ansioso para voltar para seu trabalho. Perguntei--lhe porque estava lá, e não à frente de uma grande igreja. Sua resposta não me foi as-similada imediatamente. Eu era seminarista e pensava em escrever meu nome, ser um “figurão”. Disse-me ele: “Estou lá por causa de Jesus. Ele me quer lá, e isso basta”.

Chamava-se Green, este inglês. Devo-lhe isto. Os anos passaram e sua declaração foi crescendo dentro de mim. Sei que amar a Jesus é obedecer--lhe, não buzinar. Até mesmo porque não gosto de buzina. Se você ama a Jesus, obedeça--o. Encarne seus ensinos em sua vida.

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4 o jornal batista – domingo, 16/01/11

GOTAS BÍBLICASOLAVO FEIJÓ

Pastor, professor de Psicologia

O Senhor que se inclina

reflexão

“Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” - Salmos 40.1.

Um dos Sa lmos mais belos e pro-fundos sobre o cuidado do Se-

nhor para conosco começa descrevendo a solicitude divina: “Esperei com paciên-cia no Senhor; Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor” (Salmo 40.1).

Todos nós já experimen-tamos situações críticas em nossa vida. Tão críticas, al-gumas vezes, que até nos fizeram chegar ao ponto de achar que o Senhor tem mais o que fazer do que ficar pres-tando atenção às nossas difi-

culdades e queixas. O tempo de resposta do Senhor é tão diferente do nosso que não nos parece absurdo concluir que Ele não nos ouviu.

Davi experimentou todo tipo de injustiças, traições e dificuldades: Basta ler seus salmos para ver que sua lista de sofrimentos foi enorme. Entretanto, mesmo falan-do de suas mágoas Davi faz questão, no mesmo contexto, de descrever as respostas e as libertações do Senhor. No Salmo 40 Davi chega a detalhes: O Senhor, diz ele, não somente nos ouve, mas Ele nos ouve com solicitude e carinho. “Ele se inclinou para mim”. O Senhor não é distante, nem burocrático. Ele é o Senhor que se inclina.

CARLOS CÉSAR PEFF NOVAESPastor da IB de Barão da Taquara

Nesses primeiros momentos de um novo ano convém recordar as pala-

vras do sábio em Eclesiastes: “O fim das coisas é melhor que o seu início” (Eclesiastes 7.8).

Temos o precipitado cos-tume de festejar os começos, as iniciativas, os projetos, os alvos e os passos iniciais.

Somos naturalmente oti-mistas: As boas intenções, as promessas eloquentes e o entusiasmo iniciante pa-recem garantir, por si só, os bons resultados, as colheitas fartas e os índices positivos dos relatórios finais.

Outra, porém, é a realida-de. O começo é só o come-ço. Intenções são somente intenções. E projetos não passam de sonhos registrados em papel. Entre o alvo dese-jado e a meta concluída há um inevitável caminho a ser percorrido.

Resultados, colheitas e re-latórios dependem do que acontece durante essa cami-nhada. Sucessos e insuces-sos são consequência dos processos.

Por isso, o mais importante não é, na verdade, como as coisas principiam, e sim como terminam.

O atleta, o time, o constru-tor, o romancista, o pesquisa-dor ou o compositor podem até iniciar muito bem a com-posição, a pesquisa, o livro, a construção, o jogo ou a dis-puta. Mas pouco ou nada terá valido todo o empenho do início se o empreendimento, ainda que bem planejado e divulgado, não chega ao final proposto.

É muito comum entrarmos em cada novo ano com de-sejos e intentos diversos, dos básicos e triviais aos mais ou-sados e desafiadores. E é igual-mente comum chegarmos ao último dos 365 dias, ou na quinquagésima-segunda se-mana do ano findo, com um enorme sentimento de frustra-ção, constatando que foram abandonados pelo caminho a maioria dos sonhos e planos anteriormente idealizados.

O que você deseja para o próximo ano? É uma boa pergunta. Sem alvos não avançamos. Mas não basta saber o que se deseja. Não é suficiente estabelecer metas.

Uma outra indagação tor-na-se igualmente necessária para começar bem o ano: Você está preparado para

conquistar o que deseja? Não há vitória sem lutas. Nem chegada sem travessia.

Se quiser alcançar o pódio, esforce-se. Se quiser colher, semeie. Se quiser deitar-se à sombra da árvore, plante e cuide. Se quiser erguer uma moradia, planeje e execute. Se quiser obter um diploma, estude. Se quiser, faça. Se quiser, prossiga. Se quiser, não desista. Se quiser, pés na estrada. Se quiser, mãos à obra.

Gosto muito de uns versos do poeta espanhol Antonio Machado, nessa mesma linha de pensamento:

Caminante, no hay camino.Se hace camino al andar.

É agradável demais olhar para trás e contar as bênçãos. Contá-las uma a uma, como sugere aquele antigo hino.

Mas só é verdadeiramente agradável quando sabemos que houve coragem, con-fiança, renúncia, esforço, perseverança, empenho, re-signação, persistência e su-peração.

Só há legítima consciência de dever cumprido quando podemos dizer, como Sa-muel: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Acrescentando: “E fizemos a nossa parte”.

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5o jornal batista – domingo, 16/01/11reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

FRANCISCO MANCEBO REISPastor, colaborador de OJB

A fé não sobrevive à custa de clichês, lendas, fantasias. Mas demanda cria-

tividade e reflexão. Para ser legítima, conta com princí-pios.

Em primeiro lugar, há de ter um objeto real, concreto. Fé nos deuses da mitologia grega? Na deusa do cântaro, no Egito? Em coisas e perso-nagens fictícios?

Além disso, há de ser confi-ável esse objeto. Fé em amu-letos? Em lideranças duvido-sas? Os imperadores romanos eram reais, mas não credores do culto que pleiteavam e recebiam. Guias religiosos carismáticos e personalistas viram santos e motivam ro-marias. Alguns mercadejam a fé e manipulam os fiéis.

O terceiro ponto é que essa confiabilidade não se condiciona a um conheci-mento pleno do objeto da fé. Pouco entendo de eletricida-

de, mas aperto o interruptor e estou na luz. Antes de to-mar o remédio, o enfermo não precisa traduzir termos técnicos e enigmáticos da receita. Beneficia-se do uni-verso tanto quem muito o compreende quanto quem quase nada sabe dele. Ine-gável é, porém, que existem condições para se usufruir maior proveito da luz, do remédio e do universo. Que assimilou o carcereiro de Filipos sobre Jesus antes de aceitá-lo como Salvador? (Atos 16.27-34). Somente o essencial. Que conteúdo teológico o cego de nas-cença (referido em João 9) acumulou a fim de confiar em Jesus? Não obstante co-nhecido só em parte, Cristo continua o real e verdadeiro objeto de nossa fé (1 Co-ríntios 13.12). O desafio para crescer na graça e no conhecimento desse Senhor e Salvador, no entanto, é de inquestionável atualidade, jamais dispensando o equilí-brio entre o sentir e o pensar (2 Pedro 3.18).

Razão e fé se complemen-tam num intercâmbio de ex-periências. Compete à razão questionar o fanatismo irra-cional e nocivo. Por sua vez, a fé tem direito de disciplinar pronunciamentos céticos e presunçosos. Dar a César e a Deus o que a cada pertença cabe aqui também. Em Ro-manos 12.1 (culto racional) a razão ilumina a fé, em He-breus 11.3 (pela fé entende-mos) a fé clarifica a razão. Vai longe o período histórico em que ambas recusavam an-dar de mãos dadas. Hoje são companheiras inseparáveis, desde que haja coerência e fi-delidade em ambas as partes.

Que qualidade de fé cul-tivaremos em mais um ano? Qual a consistência do que cremos e pregamos? Com que estratégia almejamos cativar não-crentes e fazer adeptos? Com promessas enganosas? Com um cristia-nismo diluído e fácil? Vulga-rizando a fé? Usando atitudes escondidas e inconfessáveis? Afinal, a fé carece de suporte racional e bíblico.

Aconteceu no dia 21 de abril de 1973. Os fatos estão pre-sentes e inesquecí-

veis na mente da nossa irmã Maria de Lourdes. Ela era uma devota das almas, tinha que acender uma vela para as almas toda segunda-feira. Era também viciada em bebidas alcoólicas. Molhava o pão no vinho, não no leite, para as rabanadas do Natal. Era vicia-da também no jogo do bicho. Naquele dia uma senhora vizinha convidou-a para ir à Igreja Batista de Barão da Taquara, na Praça Seca, Rio de Janeiro. Pregou o então pastor da igreja, doutor Davi Malta Nascimento. Em sua mensagem o pastor afirmou que Jesus não dá somente a salvação, mas dá também libertação dos vícios e en-fermidades, solução de pro-blemas como desemprego, distúrbios familiares, etc. “Há alguém doente em sua casa? Há alguém desempregado? Entregue sua vida a Jesus e deixe que Jesus solucione os seus problemas”, disse ele. Aquela mensagem tocou fundo no coração de Maria de Lourdes. Sua filha, que ficara em casa, lutava contra uma bronquite crônica. Após a mensagem do pastor, a igreja cantou o hino 222 do Cantor Cristão. Enquanto a igreja cantava, o Espírito San-to foi trabalhando na alma de Maria de Lourdes: “Manso e suave, Jesus convidando, chama por ti e por mim, eis que ele à porta te espera ve-lando, vela por ti e por mim. Vem já, vem já, alma cansa-da vem já... Manso e suave, Jesus convidando. Chama, ó pecador, vem”. Aquela música tocou o coração de Maria de Lourdes. Ela sentiu que a mensagem do hino era dirigida a ela. Antes do final do hino atendeu ao apelo do pregador e foi à frente acei-tando a Cristo. Foi curada de vários problemas de saúde e libertada da opressão satâni-ca. Uma conversão real. Para sua surpresa, quando chegou em casa Maria de Lourdes logo percebeu que sua fi-lha tinha parado de tossir e depois veio a confirmação médica: Estava curada! Nun-ca mais Maria de Lourdes

foi tentada sequer a provar bebidas alcoólicas ou a jogar no bicho. Imediatamente ela começou a falar de Jesus a todas as pessoas que encon-trava pela frente. Há muito perdeu a conta de quantos já levou a Jesus: Macumbeiros, agnósticos, católicos devo-tos, e seu trabalho continua sem alarde, sem o mínimo intento de aparecer. Uma das pessoas que ela levou a Cristo logo depois da sua conversão foi sua própria irmã, no dia mesmo em que sua irmã ia “fazer cabeça” em um centro de umbanda e foi liberta do jugo de satanás. Ela argumenta: Tudo o que eu fizer pelo Evangelho de Jesus não é nada em comparação à transformação tão grande que ele fez na minha vida.

Naquele tempo as pessoas se convertiam só de ouvir o cântico dos hinos de apelo. Nos meus 54 anos de pasto-rado, batizei inúmeras pesso-as que foram atraídas a Cristo pelos hinos que falavam ao coração. Lembro-me de um teosofista muito culto em Piracicaba que se converteu na calçada em frente à Casa de Oração. No momento em que ele ia passando e a con-gregação cantava “Ao findar o labor desta vida, quando a morte ao teu lado chegar, que destino há de ter a tua alma? Qual será no futuro o teu lar?” uma senhora saiu de casa disposta a cometer suicídio. Ao passar ao lado do templo da igreja, ouviu o cântico de um hino que tocou seu coração. Ela subiu as escadas do templo, entrou e aceitou Jesus. Sua vida foi duplamente salva: Da morte e da perdição, pela força da mensagem cantada pela igreja e que tocou seu cora-ção. Por que será que hoje tantas pessoas têm tanta aver-são aos hinos? Com certeza, penso, é porque não estão interessadas em que as mú-sicas toquem o coração dos pecadores e os levem a uma experiência de conversão a Cristo. Continuemos orando por um avivamento! Um ver-dadeiro avivamento levará os crentes a terem paixão pelas almas perdidas e esse amor se manifestará nas músicas que escrevem e cantam.

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 16/01/11 reflexão

Na infância fui alvo da bondade de Deus, que colo-cou na história de

minha vida o pastor Arides Martins da Rocha e sua fa-mília.

Pastor Arides foi pastor da Primeira Igreja Batista de Pá-dua, onde, com minha mãe e mais dois irmãos, congre-gava aos domingos, mesmo morando numa cidade, para aqueles tempos, distante.

Em novembro fui pregar numa igreja evangélica na cidade de Vila Velha (ES), cidade em que hoje o pastor Arides e sua esposa, dona Arith, desfrutam de merecida aposentadoria. Duas de suas filhas moram também nesta bela cidade capixaba. Como não poderia ser diferente, fui passar algumas horas com o casal, na companhia de Glau-cia, Leilane e toda a família.

Foi bom relembrar aque-les tempos. Pastor Arides e dona Arith continuam firmes servindo ao Senhor na Igreja Batista da Praia da Costa, onde são membros. Ele é professor de uma das classes da Escola Bíblica Dominical. Ela, assim que chegou à ci-dade e à igreja, começou o trabalho de multi-ministério.

Perguntei sobre os netos. Foi quando dona Arith falou de sua netinha, filha de Paulo Marcos, que mora nos Esta-dos Unidos.

Falou-me que regularmen-te mantém contato com a netinha através da internet. Ainda falou que sempre faz piquenique on-line. “Como assim?”, perguntei. “Ah, pas-tor, através do computador. Por vídeo nós sentamos na sala, fazemos piquenique juntas, oramos e muitas ou-tras coisas gostosas da rela-ção entre avó e netos”.

Achei interessante seu de-poimento. Por isso estou aqui escrevendo sobre o tema vovó do século 21.

No nosso imaginário, vovó lembra aquela velhinha de coque, fazendo aquelas gu-loseimas gostosas, sentada num banco tendo os netos ao seu redor. Mas essa imagem é só do nosso imaginário. A vovó do século 21 é ativa, não anda mais de coque, mas sabe o que é MSN, JPG, Orkut, Facebook, e-mail e outros termos do mundo di-gital.

Não tem jeito. As crian-ças que nascem hoje são do mundo digital. Parece que já nascem sabendo todos os termos do mundo virtual. Recentemente um pai me disse que tinha comprado um aparelho celular que só era usado para receber e fazer ligações. Mais nada. O filho, um pirralho de uns 5 anos, pegou o telefone da mão do pai e disse: “Pai, vou ensinar como esse aparelho funcio-na”. E começou a mostrar ao pai todas as funções e ex-plicar cada detalhe do novo aparelho.

Para entrarem mais no mundo de seus filhos e ne-tos, pais e avós precisam aprender a dominar e a entender o mundo digital. Se é essa a língua que eles entendem, porque não fa-zer um esforço e começar a aprender um pouco de informática? De maneira nenhuma, pais e avós devem abolir o contato físico, mas quando não dá, como é o caso de dona Arith com uma de suas netas, o jeito é fazer via o mundo virtual. Mes-mo quando estão próximos, além do abraço, do elogio verbal, faça isso também através da net.

Comece já! Cadastre-se e tenha seu e-mail, procure saber o que é MSN, Face-book, Orkut (detalhe, dona Arith está no Orkut), tenha um blog, visite o blog de seu neto, interaja. Estamos no século 21.

JOSIMAR DE ASSIS ROQUE JÚNIORPastor, colaborador de OJB

Atualmente, todas as quartas e sextas-fei-ras preparo o almo-ço para as nossas fi-

lhas. Minha esposa trabalha, nestes dias, em uma cidade vizinha à nossa, o que a im-possibilita deste privilégio.

É, sim, um grande privilégio servir às nossas filhas. Elas até que não são exigentes, mas gostam de coisa boa. Um arroz fresquinho, uma ma-carronada recheada, um bife bem temperado e preparado na hora e, de vez em quan-do, algum prato surpresa, de diferente a exótico. Já escrevi em outra oportunidade como gosto de inventar misturas de ingredientes e sabores novos enquanto cozinho.

Porém, o interessante é que a conversa à mesa é sempre nova. Nunca se repete, e nunca acaba. Temos tido tempo de compartilhar nos-sas vidas, nossos sonhos, nos-sas expectativas, e algumas vezes até nossas decepções e dores. São momentos de profundo banquete para a alma de um pai que se acha minimamente presente e par-ticipativo.

A mesa da comunhão é a mesa de convívio com o nosso Pai Eterno. Quando participamos do pão e do cálice não apenas devemos proclamar a morte do Senhor até que Ele venha (1 Corín-tios 11.26), mas precisamos tomar lugar, parar tudo o que está à nossa volta, e nos assentarmos para momentos

de profunda conversa com Deus.

A ceia é memorial, é uma lembrança do sacrifício de Cristo por nós, e por isso deve ser lembrança comple-ta. Certamente os pecados que foram perdoados por Cristo nunca mais serão re-queridos de nós (Atos 3.19). Mas, sentar-se à mesa sem uma boa conversa torna o ato mecânico e estritamente burocrático.

Nosso Pai quer conver-sar conosco, pois somos Seus filhos amados. E, as-sim como é pouco provável que não saia uma palavra sequer da boca de um ado-lescente faminto, a presen-ça da fartura de alimento divinal deveria ser a maior

motivação para derramar-mos nossas vidas diante de Sua presença.

Não, não me esqueci de minha esposa. Ela sempre reclama que não pode parti-cipar destes momentos nestes dois dias da semana. Contu-do, sua presença entre nós nos demais dias é motivo de alegria e de continuidade da comunhão à mesa de nosso lar. Nestes momentos masti-gamos muito bem e devagar a nossa comida, entre risos, expressões de exaltação e gratidão ao Senhor de nossas vidas.

Não engula a comida sem mastigar e saia correndo para o seu dia a dia. A indigestão espiritual é difícil de tratar com sal de frutas...

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7o jornal batista – domingo, 16/01/11missões nacionais

TIAGO MONTEIRORedação de Missões Nacionais

Começou ontem, dia 15 de janeiro, mais uma mobilização missionária Jesus

Transforma, que dessa vez levará o calor do Evangelho aos corações dos gaúchos que não possuem o amor de Cristo. A ação missionária Trans Rio Grande do Sul alcança em 2011 as cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas e Passo Fundo. Até o fechamento dessa edi-ção, mais de 600 voluntários haviam se apresentado para alcançarem 47 localidades mapeadas.

O Rio Grande do Sul é um grande desafio missionário e, ao longo dos três últimos anos, têm recebido gran-des investimentos de Mis-sões Nacionais. Atualmente, são 50 missionários da JMN plantando igrejas na região metropolitana de Porto Ale-

gre, Serra Gaúcha, Vale dos Sinos, sul do estado, litoral e outras cidades. A Missão Batista em Bom Jesus, bairro de Porto Alegre, é fruto desse avanço missionário. Dirigida pelos evangelistas Ubirajara e Bárbara Alves, esse trabalho conta com 19 membros com-prometidos com o Evangelho e com a visão multiplicadora.

Em dezembro de 2010, dois líderes da missão abri-ram suas portas para o iní-cio de novos projetos. Essas ações estão sendo apoiadas por equipes da Trans. “Esta-remos aproveitando a Trans para oficializar o início destas duas novas Igrejas Multiplica-doras. Obviamente daremos continuidade ao avanço da obra dentro do bairro Bom Jesus, onde temos procurado ser relevantes e sempre sen-síveis à atuação do Senhor de maneira a nos juntarmos a Ele na realização de sua obra, trabalhando com pequenos grupos, realizando trabalho de ensino religioso e cape-

lania dentro de uma escola estadual que atende cerca de 1.400 alunos e suas famílias”, disse Ubirajara.

Em Bom Jesus, a comuni-dade de Vila Pinto é um dos grandes desafios. Marcados pela opressão do tráfico de drogas, os moradores vi-vem em grave situação de risco social. Há dois meses, um assassinato em frente à missão, envolvendo um morador de Vila Pinto, im-pactou membros da missão. “Recordo-me que estava no momento da mensagem em que costumo desafiar a igre-ja a um maior comprome-timento com o Evangelho, e os não crentes a assumi-rem um compromisso com Cristo, quando fomos todos surpreendidos por mais de 10 disparos de pistola. Era a execução de um rapaz, morador da Vila Pinto, um acerto de contas”, declarou o missionário. “O aconteci-mento impactou a todos, nos fazendo lembrar a urgência

em anunciarmos o Evange-lho e trabalharmos incansa-velmente, com a finalidade de alcançarmos os perdidos antes que seja tarde demais”, conclui o missionário.

Missões também se faz com os joelhos dos que fi-cam. Por isso apelamos aos batistas que incluam em suas programações um momento

de intercessão em favor das mobilizações missionárias que ocorrerão até o dia 30 de janeiro no Rio Grande do Sul. Ore pela saúde dos vo-luntários, pela conversão de vidas, pelas novas igrejas que surgirão, pela confirmação de chamadas missionárias e por sabedoria aos coordenadores da Trans.

Missões Nacionais informa o encerramento das atividades

do Colégio Batista do Tocantins

Houve uma época em que a denominação batista prestou grande serviço à sociedade com a aber-

tura de escolas em locais em que a população não tinha acesso à edu-cação. Foi neste contexto que, em 1936, foram iniciadas as atividades do Colégio Batista do Tocantins (CBT), então norte do estado de Goiás, instituição que cumpriu com excelência sua missão.

Ao longo das sete décadas fo-ram inúmeras as mudanças na sociedade, e nos últimos anos a

rede pública passou a oferecer um número de vagas superior à necessidade local. Os custos de manutenção do CBT e o reduzi-do número de alunos tornaram inviável a continuidade das ativi-dades. Assim, no fim do ano de 2010, mediante autorização do Conselho da Convenção Batista Brasileira, as atividades do colégio foram encerradas.

Um novo projeto para o local está sendo estudado por Missões Nacio-nais junto à Convenção Batista do Tocantins.

Estamos a apenas uma sema-na da Cruzada Evangelística! Se você, pastor, ainda não se apresentou para fazer parte

dela, ainda dá tempo. A Cruzada será realizada no próximo domin-go, dia 23, à noite. Por ser uma região de muitas igrejas batistas, es-peramos contar com muitos prega-dores, inclusive pastores de outras regiões fluminenses que permane-cerem em Niterói neste domingo. Contamos com sua participação, amado pastor batista, membro de uma igreja filiada à Convenção Ba-

tista Brasileira. Entre no site da JMN - www.missoesnacionais.org.br - e faça a sua inscrição, ou envie e-mail para [email protected] ou ligue para (21) 2107-1818.

De corações unidos e mãos dadas com os batistas fluminenses vamos aproveitar esta grande oportunidade para conduzir muitas vidas aos pés do Senhor Jesus na distribuição de milhares de folhetos e Evangelhos de João, no testemunho pessoal e no engajamento com a Cruzada Evangelística a ser realizada nas igrejas!

Missões Nacionais convoca batistas a intercederem pela Trans gaúcha

Missionária Bárbara entre os líderes das novas frentes missionárias

JESUS: Vida para os meus vizinhos!

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8 o jornal batista – domingo, 16/01/11 notícias do brasil batista

DA REDAÇÃO

Faltam poucos dias para o início da 91ª Assembleia da Con-venção Batista Bra-

sileira (CBB), que acontece entre os dias 21 e 25 de janeiro no estádio Caio Mar-tins, que fica na cidade de Niterói (RJ).

Nesta oportunidade um dos destaques será a eleição da nova diretoria da CBB para os próximos 2 anos. Além disso, os participantes terão a oportunidade de conhecer um pouco do que tem sido realizado por meio das ins-tituições batistas em todas as partes do Brasil.

O evento deste ano tam-bém cresce em importância pela temática inédita que adotou, a preservação do meio ambiente.

O tema dos batistas em 2011 será “Vida Plena e Meio Ambiente”. Já a divisa para este mesmo período está no texto de Romanos 8.21-22: “Na esperança de que a pró-pria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta an-gústias até agora”.

Eventos prévios

No entanto, antes do início da 91ª Assembleia da CBB as organizações executivas e auxiliares da CBB realizam eventos específicos.

A Ordem dos Pastores Ba-

tistas do Brasil (OPBB), por exemplo, estará reunida nos dias 19 e 20 de janeiro no auditório do Clube Português para a realização do seu con-gresso anual, cujo tema será “Vida Plena no Ministério Pastoral.

Segundo o secretário exe-cutivo da OPBB, pastor Ju-racy Bahia, esse será o maior congresso da história da OPBB, pois contará com um número recorde de pastores participantes, além de pre-letores muito bons e em um local confortável.

O evento terá preletores como os pastores Carlito Paes, David Malta do Nas-cimento e Lécio Dornas. O Clube Português fica na Rua Professor Lara Villela, 176, Ingá, Niterói (RJ).

Já a Associação de Mú-s icos Bat i s tas do Bras i l (AMBB) se reúne nos dias 19 e 20 de janeiro na Pri-mei ra Ig re ja Ba t i s ta de Niterói para a realização do Congresso dos Músi-cos Batistas, cujo tema será “Deus tem o mundo em suas mãos”, e cujo orador oficial será o pastor Renato Cordeiro. A PIB de Niterói fica na Rua Marquês do Pa-raná, 229, Niterói (RJ).

As expectativas para o con-gresso são muitas. “Espera-mos ter bastante gente no evento”, afirma a presidente da AMBB, Tânia Kammer. Este ano o encontro terá a participação do composi-tor Camp Kirkland, autor de cantatas como “Experiência com Deus”, “Deus conosco”,

“Deus por nós” e “Deus em nós”. Kirkland ministrará a oficina Conversa Afinada, destinada a compositores e orquestradores. Segundo a presidente da AMBB, será formada uma grande orques-tra com os congressistas que se apresentará na Assembleia da CBB.

As organizações que terão encontros apenas no dia 19 de janeiro são a União das Esposas de Pastores Batis-tas (no Clube Português), a Associação de Diáconos Batistas do Brasil (na Igreja Batista do Fonseca, que fica na Alameda São Boaventura, 937, Fonseca, Niterói), a Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (na Igreja Batista de Icaraí, que fica na Rua Gal Pereira Silva, 225, Icaraí, Niterói), a Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensi-no Teológico e a Associação Nacional de Educandários Batistas (as duas e reunirão nos auditórios do Colégio Manuel de Abreu, que fica na Rua Lopes Trovão, 287, Icaraí, Niterói).

Já com encontros apenas no dia 20 aparecem a União Feminina Missionária Batista do Brasil (no estádio de Caio Martins, que fica na Rua Pre-sidente Backer, s/n, Santa Rosa, Niterói), a União de Homens Batistas do Brasil (na Igreja Batista do Ingá, que fica na Rua Dr. Paulo Alves, 125, Ingá, Niterói) e a Juventude Batista Brasileira (na Igreja Batista da Orla de Niterói, que fica na Rua Dr.

Armando Lopes, 26, Charitas, Niterói).

Encontro de Ação Social

Durante a 91ª Assembleia os batistas brasileiros também voltarão a ter a oportunidade de participar de mais um Encontro Nacional Batista de Ação Social. Nesta oportuni-dade o evento será realizado no dia 23 de janeiro 2011.

O encontro, que acontece-rá das 8h às 13h no estádio do Caio Martins (que fica na Rua Presidente Backer, s/n, Santa Rosa, Niterói) e tem entrada franca, terá o tema “Ação Social e Vida Plena: A Atuação dos Batistas”.

Nesta oportunidade serão dados depoimentos sobre o trabalho de convenções e igrejas locais das cinco regiões do país na área de ação social, inclusive na área ambiental.

O que esperar de Niterói?

Uma das perguntas que certamente está na mente dos batistas de todas as partes do Brasil que participarão da 91ª Assembleia é: O que esperar da cidade de Niterói?

A resposta é praias, sol, centros culturais e históricos, parques, bons restaurantes e igrejas históricas.

Niterói foi fundada em 22 de novembro de 1573 e atu-almente possui 487.327 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2010. A cidade é conhecida por proporcionar uma das mais belas vistas do

Rio de Janeiro, e próximo ao local do evento encontra-se a praia de Icaraí, de onde os convencionais poderão fazer fotos dos mais conhecidos cartões postais do Rio. Caso desejem dar um mergulho no mar, recomenda-se uma visita às praias oceânicas, principalmente Itacoatiara, Camboinhas, Piratininga e Itaipú.

Os participantes da As-sembleia também terão a opção de visitar o Museu de Arte Contemporânea (MAC), de Oscar Niemeyer e situado há 5 minutos de carro do local do evento. Ou poderão conhecer a Estação das Barcas, obra do mesmo arquiteto.

Também é importante sa-lientar que Niterói é a tercei-ra cidade do estado do Rio em número de visitantes. En-tre as atrações mais visitadas estão as pedras de Itapuca e do Índio, o Teatro Popular de Niterói, o Parque da Cidade de Niterói, além da Fortaleza de Santa Cruz e dos fortes do Pico e de São Luís.

Outro fator que expres-sa a cultura niteroiense é a arquitetura, que conta com construções que representam movimentos como o Barroco, o Clássico e o Colonial.

Por fim vale destacar a gas-tronomia da cidade, outro fa-tor bem marcante dela e que atende a diferentes gostos, com restaurantes de cozinha mineira, de frutos do mar, chegando a ter até mesmo representantes da comida australiana.

Niterói está pronta para a 91ª Assembleia da CBB

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9o jornal batista – domingo, 16/01/11notícias do brasil batista

Veja aqui o programa da 91ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), que acontece entre os dias 21 e 25 de janeiro no estádio Caio Martins, que fica na cidade de Niterói (RJ):

1ª Sessão - sexta-feira - dia 21 - 8h30 às 12h08h30 – Composição da mesa - Diretor geral - Pastor Sócrates Oliveira de Souza08h40 – Instalação da 91ª Assembleia da CBB08h50 – Aprovação do Programa Provisório09h00 – Nomeação das Comissões09h10 – Momento cívico “Hino Nacional Bra-sileiro”09h20 – Oração pela pátria09h25 – Saudação aos batistas brasileiros09h30 – Apresentação / saudação e oração pelas autoridades presentes09h40 – Relatório do Conselho - Apresentação10h30 – Aprovação da agenda para 2ª sessão10h40 – Adoração e Louvor11h00 – Mensagem do Presidente: “A Ardente expectação da criação”. Romanos 8.19 - Pastor Josué Mello Salgado11h45 – Adoração e Louvor

2ª Sessão - sexta-feira - dia 21 - 14h às 17h14h00 – Instalação da 2ª sessão14h05 – Expediente14h10 – Relatório do Conselho Geral - Delibera-ção e aprovação15h10 – Adoração e louvor15h30 – Apresentação do relatório do Conselho Fiscal16h10 – Relatório do Conselho Fiscal - Delibera-ção e aprovação16h50 – Aprovação das agendas das reuniões 3ª e 4ª sessões e encerramento

18h30 – Intervalo musical - recitais

3ª Sessão - sexta-feira - dia 21 - 19h30 às 21h3019h30 – Instalação da 3ª sessão19h50 – Adoração e louvor20h15 – Mensagem oficial: “Vida Plena e Meio Ambiente” - Pastor Paulo Eduardo Gomes Vieira21h00 – Inspiração musical21h25 – Encerramento

4ª Sessão - sábado - dia 22 - 08h30 às 12h08h30 – Instalação da 4ª sessão08h35 – Expediente08h45 – Adoração e Louvor09h10 – Estudo Bíblico: Efésios 4.17- 20 - Pastor Carlos César P. Novaes09h55 – Nomeação das diretorias das Câmaras Setoriais10h15 – Orientações sobre Câmaras Setoriais

10h30 – Aprovação das agendas 5ª e 6ª sessões e encerramento10h40 – Adoração e Louvor11h00 – Mensagem: “Ecologia Biblicamente Cor-reta” - Marcia Villar Antunes11h45 – Adoração e Louvor

5ª Sessão - sábado - dia 22 - 13h30 às 18h- Câmara Setorial de Missões- Câmara Setorial de Educação Religiosa- Câmara Setorial de Educação Teológica- Câmara Setorial de Ação Social

18h30 – Intervalo musical - recitais

6ª Sessão - sábado - dia 22 - 19h15 às 21h3019h15 – Confratex19h30 – Instalação da 6ª sessão19h40 – Comunicação Literária - OPBB20h00 – Igreja Multiplicadora - Pastor Sócrates Oliveira de Souza e Pastor Fernando Brandão20h30 – Adoração e louvor20h40 – Mensagem - “Uma visão jovem do mun-do” - Pastor Elthom Wagner Leão de Sá21h25 – Encerramento

Domingo - dia 23 - 9h às 12h - Encontro Nacional de Ação SocialDomingo - dia 23 - Durante todo o dia - Ação Evangelística nas igrejas

7ª Sessão - segunda-feira - dia 24 - 8h30 às 12h08h30 – Instalação da 7ª sessão08h35 – Expediente08h50 – Adoração e louvor09h00 – Eleição da Presidência (primeiro escru-tínio)10h30 – Louvor e adoração10h45 – Estudo Bíblico: Efésios 4.17-20 - Pastor Carlos César P. Novaes11h20 – Eleição da Presidência (segundo escru-tínio)11h55 – Agenda para 8ª sessão, momento de intercessão e encerramento

8ª Sessão - segunda-feira - dia 24 - 14h às 17h3014h00 – Instalação da 8ª sessão14h05 – Expediente14h15 – Eleição da Vice-presidência14h30 – Relatório da Câmara Setorial de Educa-ção Ministerial15h00 – Relatório da Comissão de Assuntos Especiais15h30 – Eleição da Secretaria16h00 – Relatório da Câmara Setorial de Educa-ção Religiosa16h30 – Comissão de Programa

17h20 – Aprovação da agenda das 9ª e 10ª ses-sões e encerramento

18h30 – Intervalo musical - recitais

9ª Sessão - segunda-feira - dia 24 - 19h30 às 21h3019h30 – Instalação da 9ª sessão19h40 – Noite missionária - Missões Nacionais e Missões Mundiais21h30 – Encerramento

10ª Sessão - terça-feira - dia 25 - 8h30 às 12h 08h30 – Instalação da 10ª sessão08h35 – Expediente08h50 – Adoração e Louvor09h00 – Estudo bíblico: Efésios 4.17-20 - Pastor Carlos César P. Novaes09h40 – Adoração e louvor09h50 – Mensagem: “Ações efetivas na preserva-ção do meio ambiente” - Vanias Mendonça10h35 – Adoração e Louvor10h20 – Comunicação Literária11h30 – Representação Denominacional - ABM, UBLA e AIBAM11h55 – Aprovação da agenda da 11ª sessão e encerramento

11ª Sessão - terça-feira - dia 25 - 14h às 17h3014h00 – Instalação da 11ª sessão14h10 – Expediente14h20 – Relatório Câmara Setorial - Missões14h50 – Parecer da Comissão renovação do Conselho15h20 – Relatório da Câmara Setorial de Educa-ção Ministerial15h50 – Relatório da Câmara Setorial de Ação Social16h20 – Comissão de Programa17h20 – Aprovação da agenda da 12ª sessão e encerramento

18h30 – Intervalo musical - recitais

12ª Sessão - terça-feira - dia 25 - 19h30 às 22h19h30 – Instalação da 12ª sessão19h40 – Adoração e Louvor20h00 – Mensagem: “Pare o mundo eu quero descer” - Pastor Izaias Querino20h45 – Adoração e Louvor20h50 – Posse da nova diretoria21h00 – Palavra do novo presidente21h10 – Filme promocional da 92ª Assembleia da CBB21h25 – Encerramento solene da 91ª Assembleia

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10 o jornal batista – domingo, 16/01/11 notícias do brasil batista

FRANCISCO BONATO PEREIRAPastor da IB de Siriji (PE)

A Primeira Igreja Batis-ta de Paudalho (PE) comemorou o seu 80º aniversário de

organização (Jubileu de Carva-lho) com a celebração de cul-tos de proclamação do Evan-gelho e em ação de graças ao Senhor entre os dias 9 e 12 de outubro de 2010. Estes foram momento de louvor, adoração e recordação das lutas e vitó-rias da igreja na proclamação do Evangelho de Cristo.

O culto celebrado no dia 9 de outubro teve como pre-gador o pastor João Marcos Florentino, da Primeira Igreja Batista de Beberibe, e a parti-cipação dos corais da PIB de Beberibe e Vozes do Norte, da Associação Vale Capibaribe. Já no dia 10 o pregador foi o pastor João Ferreira Santos, da IEB da Casa Amarela, com a participação dos corais da PIB Paudalho. No dia 11 o prega-dor foi o pastor Francisco Bo-nato Pereira, da Igreja Batista de Siriji, com a participação do Grupo Adelphus, da Primeira Igreja Batista de Carpina, e do louvor da Primeira Igreja Batista de Limoeiro.

Na manhã do dia 12 os membros da igreja aniversa-riante realizaram um passeio ciclístico, oportunidade na qual distribuíram convites para o culto noturno e material evangelístico.

O culto do dia 12 foi cele-brado na Praça do Rosário, no centro da cidade, sendo o pregador nesta oportunidade o pastor Maurilio Hermínio Mes-quita, da IB de Vista Alegre, com a participação da Banda 22 de Novembro. A Conven-ção Batista de Pernambuco (CBPE) esteve presente na co-memoração na pessoa de seu secretário geral interino, pastor João Marcos Florentino.

História da igreja

A Primeira Igreja Batista do Paudalho foi organizada em 12 de outubro de 1930, em concilio composto pelos pas-tores Francisco Xavier de Brito, da Igreja Batista de Carpina, Paulo Francisco da Silva, da Igreja Batista dos Remédios, e Sebastião Tiago Araújo, da Igreja Batista do Cordeiro, do secretário da Convenção Regional e com membros da IB de Carpina.

A congregação teve início no século XIX, quando ali se con-verteu (julho 1895) Bernardo Martins da Silva, razão porque sofreu tenaz perseguição dos católicos, insuflados pelo padre

João Bezerra, sendo necessária a proteção da Polícia do estado, requisitada pelo missionário William Edwin Entzminger ao governador Barbosa Lima, para se mudar do município: “No dia imediato João Borges e Mello Lins, acompanhados do tenente e de 5 praças foram a Paud´Alho, ficando eu (Entz-minger) em Nazareth dirigindo conferências todas as noites du-rante uma semana, tendo como porteiros duas das praças que vieram do Recife. A viagem a Paud´Alho visava socorrer Bernardo Martins da Silva, um pobre e inofensivo cidadão do lugar, em perigo de vida por ter se tornado protestante. Vol-taram Lins e Borges a Nazareth trazendo consigo Bernardo, o qual dali em diante foi inibido de continuar sua residência em Pau d´Alho”, como registrado por Antonio Neves Mesquita na “História dos Batistas em Pernambuco”.

A IB de Carpina, pastoreada por Francisco Xavier de Britto, plantou uma congregação em Paudalho (1927), dirigida pelo irmão Fabrício, que se reunia na sua casa na Rua Genuino. Depois recebeu a doação da casa do irmão Pedro Bandeira, onde passou se reunir. Os no-

mes dos membros fundadores não foram preservados, exceto Fabrício, Pedro Bandeira, Ma-ria Sobreira Xavier e Helena Justino da Silva.

Os pastorados na PIB de Paudalho foram, na maioria, de breve duração, exceção dos pastorados Jonatas Braga (38 anos) e Armando Pacheco de Albuquerque (15 anos). No pastorado Jonatas Braga a PIB de Paudalho plantou uma con-gregação no bairro Sucupira, em Jaboatão, na divisa com o Recife, organizada Igreja Batista da Sucupira em 15 de agosto de 1949, em concílio composto dos pastores Jona-tas Braga, Antonio Felix de Oliveira e Arlindo Pereira de Araújo. Jonatas Braga assumiu o pastorado da nova igreja.

Os pastores

A Primeira Igreja Batista de Paudalho foi pastoreada, ao longo dos seus 80 anos de existência, pelos obrei-ros: Paulo Francisco da Silva (1930-1935), Francisco Xa-vier de Brito (1936-1939), William Coleman Harison (1940-1942), Jônatas da Cunha Braga (1942-1978), Francisco Galdino da Silva (1978-1980),

Armando Pacheco de Albu-querque Júnior (1980-1984), Manuel Correia (1985-1990), João Pinheiro (1991-1994), José Luciano da Silva (1995-1996), Misael Barbalho de Andrade (1996-1998), Maurí-lio Herminio Mesquita (1993-1998) e Armando Pacheco de Albuquerque Júnior (1999-2011).

O fundador

O pastor Francisco Xavier de Brito nasceu em Cachoeira, distrito de Limoeiro. Ele era filho de Hermenegildo de Bitto Cezar e Rita Xavier de Britto, pioneiros batistas em Cacho-eira (hoje Feira Nova, PE). A mensagem do Evangelho de Cristo alcançou seus pais atra-vés de Felicidade Cordeiro, sendo batizados pelo pastor Antonio Marques da Silva, pastor da IB Nazaré, em 1899. Sua família sofreu os horrores da perseguição movida pelo padre João Bezerra de Carva-lho, senador estadual, inclusi-ve com agressão física a seus pais e morte de seu irmão mais novo. Eram seus irmãos Ana (apelidada Nanan, casada com o pastor Manoel Olimpio Ca-valcanti), Francisca Xavier de

Brito, Gemima Xavier de Brito (esposa em segundas núpcias do pastor Manoel Olimpio Ca-valcanti), João Xavier de Brito, José Xavier de Brito, Bernar-dino Xavier de Brito, Dorcas Xavier de Brito e Davi Xavier de Brito (este último falecido com poucos dias de nascido na celebre perseguição da Cachoeira).

Convertido ao Evangelho na juventude, foi enviado ao seminário batista, sendo con-sagrado ao ministério pastoral em 7 de setembro de 1917, em concílio com participa-ção dos pastores Harold H. Muirhead e Manuel Corinto Ferreira da Paz. Após passar pelo exame foi servir à IB Pau-lista, que pastoreou até 1923, quando foi dispersa. Depois pastoreou as IB de Nazaré da Mata, Carpina, Tracunhaem e Paudalho. O pastor Francisco Xavier de Brito casou com Abigail e o casal teve os filhos Linson, Laelson, Ladilson, Lei-dson, Helena e Elcir. O pastor Francisco Xavier de Britto foi chamado à morada celeste em 18 de janeiro de 1970, quando pastoreava a PIB Carpina e a IB Tracunhaem.

O pastor atual

O pastor Armando Pache-co de Albuquerque Junior é pernambucano de Arcoverde, nascido em 17 de junho de 1953. Sobrinho neto de fun-dadores da IB de Arcoverde, nela se converteu e foi batiza-do pelo pastor Israel Dourado Guerra. Foi aluno do Colégio 11 de Setembro. Chamado ao ministério pastoral, ingressou no Seminário Teológico Batis-ta do Norte do Brasil (STBNB), concluindo a graduação em Teologia em 1980. Foi con-sagrado ao ministério pastoral em 22 de outubro de 1976, a pedido da IB Venturosa (PE). Graduado em Pedagogia (UFPE), com especialização em Administração Escolar, pós-graduado em Cooperati-vismo, Associativismo e Ad-ministração em Marketing. É diretor da Faculdade de Administração de Limoeiro (PE). Casado com Edilene Ma-ria Holanda Pacheco (1981), natural de Arcoverde, o casal tem as filhas Rebeca, Raquel e Ruama. O pastor Armando Pacheco de Albuquerque Jú-nior pastoreou a PIB Jordão, IB Groi, IB Paudalho, Primeira e Segunda Limoeiro, IB Siriji. Exerceu o cargo de diretor da CEVAM e presidente da seção da Ordem dos Pastores Batis-tas do Brasil de Pernambuco entre 1978-79. Ao Senhor toda honra, glória e louvor. Amém!

PIB Paudalho celebra Jubileu de Carvalho de serviço ao Senhor

Primeira Igreja Batista de Paudalho (PE) chega aos 80 anos de vida servindo ao Senhor

O templo ficou lotado durante as comemorações do aniversário

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11o jornal batista – domingo, 16/01/11missões mundiais

REDAÇÃO DE MISSÕES MUNDIAIS

A jovem Elisa, mem-bro da Igreja Ba-tista de Lodi, ci-dade italiana que

faz fronteira com Milão, tem uma história que mais parece roteiro de cinema. O pastor Manoel Florêncio, que atua como missionário em Milão, conta que o pro-cesso de conversão dessa moça começou quando ela ainda era universitária. Ele lembra que Elisa participou de uma conferência na fa-culdade sobre a História do Cristianismo dirigida por um professor que também é pastor. Na ocasião ela ficou tão fascinada pelo tema que resolveu mudar para o Curso de História, especializando-se em His-tória do Cristianismo.

Com isso a jovem teve mais oportunidades de con-versar com aquele profes-sor-pastor. Certo dia, pes-quisando o sobrenome de Elisa, ele descobriu que ela era bisneta de um falecido pastor batista que vivera na cidade de Roma. A jo-vem ficou muito surpresa, pois sua família, católica, escondia o fato por julgá-lo ser uma espécie de desonra para eles.

Movida pela curiosidade,

Elisa se aplicou em pesqui-sar mais sobre o seu bisavô e descobriu que ele fundara um jornal evangélico em Roma e deixou muitos ar-tigos escritos. Ela os leu e se identificou muito com as verdades escritas por aquele homem de Deus. Tocada pelo Espíri to do Senhor, decidiu que mais tarde tomaria uma posição a respeito do assunto.

Passaram-se quase 20 anos até que Elisa não re-sistiu mais ao desejo de se aprofundar mais no assunto e tomar uma posição ao lado de Cristo. Ela conhe-ceu, então, a Igreja Batista de Lodi, que na época es-tava sem pastor. Quando o pastor Manoel Florêncio assumiu a igreja, em ja-neiro de 2010, este obrei-ro pôde orientá-la em sua preparação para o batismo e ver o quanto o seu cora-ção estava aberto, pronto a aprender e a pôr em prática os ensinamentos do Senhor Jesus. “Elisa é uma verda-deira discípula do Mestre. Com muita alegria a bati-zei no último domingo de maio passado, na Igreja de Lodi. Este foi um momento de profunda alegria para a pequenina igreja, que há muitos anos não realizava bat ismos”, comemora o pastor.

REDAÇÃO DE MISSÕES MUNDIAIS

Graças a Deus, ape-sar de muitas lu-tas, 2010 foi um ano de muitas re-

alizações e vitórias em Madri (ES), onde estão os missio-nários Marestella e pastor Adoniram Pires. Foram rea-lizados três batismos, o que é muito significante para a realidade europeia, na qual a maior parte das pessoas se julga autossuficiente, sem a necessidade de um Deus

libertador e salvador.“Para nós foi um gozo mui-

to grande ver esses irmãos firmando compromisso com Deus e a igreja. Já temos no-vas pessoas também se pre-parando para o batismo na primavera”, conta o pastor.

Outra conquista foi a or-ganização da congregação em igreja, após 13 anos de intenso trabalho. Hoje a igre-ja tem 75 membros e uma assistência de 130 pessoas.

No final do ano, a igreja realizou sua terceira viagem missionária. Os missionários

e mais 14 irmãos em Cristo foram ao Senegal para orar, conhecer os trabalhos, abrir a visão dos cristãos locais, ajudando no que foi possível naquele país africano. Esta foi a maior caravana missionária da história da igreja de Ma-dri. “Tudo isso é resultado do trabalho, da intercessão dos irmãos e do apoio do nosso Deus, que nunca falha. Lou-vo e agradeço a Deus pela sua vida. Contamos sempre com o seu apoio para con-tinuar esta obra”, declarara o pastor.

Uma história de conversão

na Itália

Elisa torna público seu compromisso com Cristo

REDAÇÃO DE MISSÕES MUNDIAIS

Há três anos na Al-bânia, no leste europeu, os mis-sionários de Mis-

sões Mundiais da CBB Hen-riqueta e pastor Henrique Davanso já colhem os frutos semeados como pioneiros naquela nação. Merecem destaque especial os frutos colhidos entre homens, que culturalmente não costumam frequentar nenhuma igreja, mesmo aqueles que se con-vertem.

A Igreja Batista no bairro Bathore, em Tirana (capital do país), tem crescido em número e em espiritualida-de, afirma o pastor Davanso. Porém, o trabalho só estava alcançando as mulheres e as crianças albanesas, pois os homens recusavam-se a ir aos cultos. Sem entender os motivos, o missionário continuou relacionando-se com eles, em sua maioria ma-ridos das mulheres que estão frequentando a igreja. Alguns deles, inclusive, já haviam manifestado sua decisão por Jesus Cristo como único e suficiente Salvador em reu-niões nos lares. Mas nada de irem aos cultos... Após algum tempo, acompanhado por in-tercessões dos crentes brasi-leiros, os homens aceitaram o convite do pastor Davanso e foram a uma reunião na igre-

ja. “Pode lhe parecer normal um homem ir ao culto, espe-cialmente no Brasil, mas por aqui não é nada fácil. Eles, devido à tradição cultural, geralmente não vão à igreja. Ainda não entendi o porquê disso, mas estamos orando, juntamente com uma nação de intercessores, para que eles também façam parte da nossa comunidade”, conta o missionário.

O culto histórico, para o trabalho missionário na Al-bânia, aconteceu em no-vembro, e começou com 7 homens, que, pela primeira vez, aceitaram o convite de cultuar a Deus na igreja. “Es-peramos esse momento por 3 anos. Jejuamos, oramos, convocamos um exército incontável de intercessores para que isso, um dia, acon-

tecesse. E, finalmente, acon-teceu a nossa primeira reu-nião”, comemorou o pastor Davanso.

O culto transcorreu nor-malmente e, ao final, o pastor Henrique celebrou o bom testemunho que o novo mo-mento trouxe para a igreja perante a comunidade local. “Oramos, louvamos, conver-samos e, como ‘ninguém é de ferro’, fizemos um comes e bebes. Creio que este é um novo mover de Deus por aqui, tanto que um dos adolescentes de nossa igreja chegou até mim alegre e sor-ridente e disse que agora não só as mesquitas têm homens, mas a nossa igreja também. Ore por esses homens e por milhares que virão, em nome de Jesus”, finaliza.

Primeira reunião de homens na Albânia

Pastor Henrique Davanso (direita) realiza encontro com homens

Saldo positivo em Madri

Igreja em Madri (Espanha) cresce a olhos vistos

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OBITUÁRIO

12 o jornal batista – domingo, 16/01/11 notícias do brasil batista

LÍVIA MARIA ALMEIDA GOMES

A Igreja Batista em Bom Jardim (MG) tem sido presente-ada com a colabo-

ração da Banda de Metais Som do Coração na busca de alcançar o seu objetivo de levar quebrantamento e salvação através da adoração, seja cantada ou falada.

A Banda de Metais Som do Coração se utiliza de instru-mentos de sopro, percussão, vozes, etc. Ela nasceu no coração dos ministros de música Alessandro e Gleis-

CLEMIR FERNANDES E NILZA MEDEIROS

É mais comum partici-par de um aniversário de 15 anos que de 90 anos. Apesar do

aumento da expectativa de vida no Brasil não é comum encontrar alguém celebrando nove décadas de existência. Tal raridade aconteceu no sábado 27 de novembro de 2010 nas dependências da

Faleceu no dia 31 de dezembro de 2010 e foi sepultado dia 1° de janeiro 2011 em

Niterói o pastor Samuel de Souza. Nascido em Niterói (RJ) em 14 de fevereiro de 1926, filho do pastor Manoel Avelino de Souza e de Eva de Souza, desde a mais tenra idade sentiu que Deus o cha-mava para o ministério.

Aos 6 anos já “pregava” para seus irmãos e para os pés de alface da horta de sua casa. Preparou-se para o trabalho, tendo feito antes do seminário a Faculdade Na-cional de Filosofia, curso de Letras Clássicas (Português, Latim e Grego). Terminou o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), sendo consagrado ao minis-tério em 14 de novembro de 1950, assumindo a seguir a Igreja Batista de Pendotiba, também em Niterói. Pasto-reou aquela igreja até janeiro de 1965.

Em 1964, em meio aos preparativos para a Grande

se, e recebe total apoio do pastor da IB de Bom Jardim, Mayllon Melo da Silva, e dos membros da mesma, que têm levado o amor de Deus através da música.

No ano de 2010, entre os dias 9 e 19 de setembro, a banda realizou o primeiro conservatório de música da região, com o tema “O poder do Amor de Deus”. Na opor-tunidade estiveram presentes músicos nacionais e interna-cionais, que juntamente com os músicos locais trocaram conhecimentos nas oficinas para instrumentos de sopro, piano, violão, percussão,

Igreja Batista Memorial da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando um alegre culto de gratidão a Deus celebrou o 90º aniversário do pastor Wilson Pinto França.

Nascido no 25 de novem-bro de 1920, Wilson França converteu-se a Cristo com 19 anos e logo foi batizado. Pastoreou igrejas batistas em diversas partes do Brasil como Rio de Janeiro - Cachambi, Água Santa, Santa Cruz e Me-

Campanha de Evangeliza-ção, como era o secretário fundador da ANEB e diretor do Colégio Batista de Niterói, lançou a ideia de que cada Colégio Batista deveria orga-nizar uma Congregação den-tro de suas instalações para promover uma evangelização mais específica, uma vez que a maioria dos colégios tinha as assembleias, que eram um culto curto e objetivo no qual os alunos cantavam e ouviam uma explanação de um texto bíblico.

Para dar o pontapé inicial começou em outubro de 1964 a reunir pessoas que pudessem ajudar no trabalho. Mas Deus tinha um plano diferente, e em 10/11/1964 a Igreja Batista do Ingá foi or-ganizada com 31 membros, dentro do Colégio Batista de Niterói. De lá até o ano de 2010 Deus permitiu que fosse o pastor desta igreja.

Muito estudioso, fez o Cur-so de Direito na Faculdade de Direito de Niterói (UFF), cursos de Orientador Educa-

técnica vocal e instrumental, regência e coral.

Dentro da programação houveram várias oportuni-dades para louvar ao Senhor com várias apresentações na cidade: no Shopping do Vale do Aço, no Parque Ipanema, no 28º aniversário da Igreja Batista em Bom Jardim, na 3ª IBN e em uma grande apre-sentação musical no teatro do Centro Universitário Unileste (MG) intitulada Festival de Música Gospel 2010, onde foi gravado um álbum duplo e ao vivo.

Foram dias de grandes bênçãos para a IB em Bom

morial da Tijuca (esta interina-mente) -, Rondônia - Primeira Igreja Batista de Porto Velho - e no Acre - Igreja Batista do Bosque. Além disso, foi mis-sionário da Junta de Missões Nacionais, atuando em várias partes do Brasil por cerca de 37 anos, inclusive como di-retor do Seminário Teológico Batista de Imperatriz e Caro-lina (MA). Atuou ainda como secretário adjunto de Missões Nacionais.

cional e Psicologia Educacio-nal também na UFF, estudou violino por 8 anos e tocava este instrumento nos cultos.

Na Denominação passou por muitas ocupações: Mem-bro fundador da Junta de Educação da Convenção Ba-tista Fluminense (CBF) e seu presidente por vários manda-tos, presidente da Associação Batista Niteroiense, secre-tário e presidente da CBF, secretário geral da ANEB, presidente da Junta Patrimo-nial do Sul do Brasil, mem-bro da Juratel, presidente da JUERP, presidente da Junta de Beneficência, membro da Junta Executiva da CBB, entre outras funções.

Na Educação foi diretor do Colégio Batista de Niterói por 20 anos, diretor substituto no Colégio Batista Fluminense como presidente da Junta de Educação, presidente da Federação de Escolas Evangé-licas do Brasil, presidente do Sindicato dos Estabelecimen-tos Particulares de Ensino do Rio de Janeiro, membro do

Jardim, nos quais a mesma pôde fazer muita festa em celebração a Deus. Durante a programação foram realiza-dos ceia, batismos de novos convertidos e muita confra-ternização.

Foi casado por 55 anos com a escritora Cláudia de Castro França, da união tiveram um filho, Wilson Castro França.

Aos 78 anos iniciou sua carreira como escritor, por incentivo de sua saudosa e amada esposa. Já tem 9 livros publicados, um para ser lança-do no início de 2011 e mais 6 prontos para serem editados.

O culto teve a participação de amigos, irmãos e seus cin-co filhos do coração (adota-

Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, vice-presidente para a América Latina da Associação Intera-mericana de Educa-ção, tendo organizado o congresso daquela institui-ção no Brasil.

Além disso, representou o Brasil em vários congressos de educação e na Aliança Batista Mundial. Foi profes-sor de Português e Latim em várias escolas particulares e oficiais.

Contudo, a atividade na qual se sentiu sempre mais fe-liz e realizado foi no seu mi-nistério pastoral. Ele afirmava ser um “pastor com cheiro de ovelhas”. Tinha como hábito escrever as mensagens dos boletins dominicais da igreja, sempre acompanhadas de um soneto que complemen-tava o assunto e pregava no culto matutino.

Realizou mais de 100 sé-ries de Conferências Evan-gelísticas no Brasil inteiro, especialmente no estado do

A Banda de Metais Som do Coração é um ministério que tem como principal objetivo levar Jesus aos corações. O próximo conservatório será realizado entre os dias 8 e 16 de outubro de 2011.

dos por amor), que vieram de vários partes do Brasil para essa comemoração: Roberto e sua esposa Zilma, do Rio de Janeiro, Denise, de Petró-polis (RJ), Jéssica, de Goiânia (GO), e Nilza Medeiros, tam-bém do Rio de Janeiro. Todos os filhos tiveram uma parti-cipação no culto de louvor a Deus pela vida desse querido pai do coração. A festa se encerrou após um delicioso bolo e muitos abraços.

Rio. Lançou há pouco tempo 2 livros de mensagens e po-emas. Com sua filha Denise compôs mais de 40 hinos, 20 dos quais num pequeno hinário lançado há pouco tempo.

Casado com a professora Maria Amália de Carvalho Souza, ela também grande trabalhadora na Causa, hoje recolhida a seu lar com pro-blemas de saúde. Tiveram 5 filhos, todos vivos e bem preparados. Glória a Deus por tão abençoada vida!

No dia 16 de outubro de 2010 o pastor Samuel de Souza realizou um Culto de Gratidão a Deus por seus 60 anos de ministério ininterrup-to. O mesmo se deu no tem-plo da Primeira Igreja Batista do Ingá, que ele pastoreava desde 1964.

IB em Bom Jardim realiza conservatório de música

Wilson Pinto França: 90 anos de feliz vida

Pastor Samuel de Souza

A Banda Sons do Coração compartilhou a mensagem de Cristo

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13o jornal batista – domingo, 16/01/11ponto de vista

JOÃO PEDRO GONÇALVES ARAÚJOPastor, membro da diretoria da ABIBET

Num mundo de no-vidades em quan-tidades maiores que se pode ab-

sorver e conhecer, refletir sobre o passado pode ser perda de tempo. A hiperin-formação pode ser tida como ultrapassada caso se con-sidere o saber popular que afirma coisas como “águas passadas não movem moi-nho”, “não adianta chorar o leite derramado”, “Inês é morta”, “quem gosta de passado é museu”, e coisas semelhantes.

Com todos os riscos de uma reflexão a destempo não posso me furtar uma reflexão sobre o nosso Natal. Trata-se, em poucas palavras, de alguns dos personagens implicados no relato bíblico nos tempos do nascimento de Jesus. De um lado estão os magos não-judeus, e por causa deles dá-se e recebe--se presentes. De outro há os escribas, sábios judeus, copistas e ensinadores das Escrituras. Por causa destes herdou-se o apego à Bíblia.

Pensando sobre o Natal - nascimento de Jesus - já havia me chamado a atenção o fato de que Deus ter feito uma opção pelos gentios, por uma região fronteiriça, a Galiléia. Essa decisão ficou mais evi-

dente pelo desejo de levar a luz ao povo que “andava em trevas” e para aqueles que ha-bitavam na região da “sombra da morte”. Mas não tratarei desta opção explícita da graça divina. Devo, então, voltar aos dois personagens princi-pais pinçados neste artigo.

Os magos podem ser pos-tos em contraste com os es-cribas. Estes, judeus, aqueles, não-judeus, pois procuravam o nascido “rei dos judeus”. Os escribas tinham as Escri-turas, os magos apenas um sinal celeste. Aqueles tinham o profeta Miquéias, estes ti-nham uma estrela. Deus fala-ra aos judeus pelos profetas, e essas palavras foram escri-tas, sendo os escribas os por-tadores privilegiados delas - naquele tempo não tinham a Bíblia em casa. Os magos, sem profetas e sem Bíblia, viram um sinal que “leram” como sendo de Deus. Para eles, a estrela era a mensa-gem - a palavra de Deus, era também a voz ainda que silenciada de um profeta sem nome, um Miquéias divino. Os magos sabem mais ou menos o rumo, os escribas sabiam o lugar, Belém. Os magos se deslocaram dias e dias à procura do lugar do nascimento do “rei dos ju-deus”, os escribas gastaram pouco tempo para localizar o texto. Como um banco de memória dos computadores modernos, citaram a referên-cia de cor.

No contexto da passagem, pode-se concluir que os escri-bas servem como prestadores de um serviço profissional: Consultoria bíblica. Os ma-gos prestam um serviço: Ado-ração. Os escribas sabem a resposta correta, os magos fazem a coisa correta. Assim pode haver uma distância muito grande entre afirma-ções bíblicas, teológicas, ortodoxas, fiéis e a prática cúltica, ou a sua ausência. Os escribas sabem a Bíblia, mas não vão a Belém, nem ado-ram ao menino. Os magos não sabem a Bíblia, mas são consequentes com a “pala-vra” que receberam de Deus.

Para os escribas, a palavra de Deus já está dada, cons-truída, terminada, canoniza-da, petrificada e registrada. Ela é imutável. A manifesta-ção de Deus acabou. A voz de Deus silenciou. Deus não se manifesta mais. Para os magos - inclui-se aí o anjo falando a Zacarias e Maria ou os anjos anunciando aos pastores - Deus continua fa-lando, apresentando, pre-sentando, mostrando, anun-ciando, aparecendo. Para os magos Deus não é estático. Para estes, Deus não é, de alguma forma, mudo.

A reflexão pós-natalina é assim chamada em virtude da cronologia bíblica, pois o Evangelho apresenta os magos depois do nascimen-to: “Tendo Jesus nascido (...) vieram uns magos”. Mas

não é apenas uma questão de cronologia, é teológica. Como naqueles tempos, os evangélicos hoje se põem em lados distintos. Alguns há que acham que tudo o que se pode saber de Deus, dos homens, das coisas dos homens e das coisas de Deus está na Bíblia. Outros acham que Deus continua se mani-festando. Para os primeiros, Deus ficou mudo com o fe-chamento do cânon. Para os segundos, o Espírito na vida do crente faz com que Deus continue ativo, sem qualquer tipo de cessação da voz divina ou profética. Dessa forma, um grupo considera Deus ontologicamente maior que a Bíblia, mas considera a Bíblia epistemologicamente maior do que Deus. Em termos de existência e essência (onto-logia) Deus é maior que a Bí-blia, mas tudo o que se pode saber de Deus e das coisas de Deus (epistemologia) só se sabe pela Bíblia. Para o outro grupo, ontologicamente Deus é maior, mas psicologicamen-te quem dá a última palavra são as revelações atribuídas ao momento de cada crente.

Mais interessante ainda é que ambos os grupos reivin-dicam suas posições à Bíblia. Em virtude de suas crenças, demonizam-se uns aos ou-tros. Quem acha que Deus ficou condenado ao silêncio em virtude do cânon afirma que os outros são hereges, que acreditam mais em suas

subjetividades que na palavra de Deus: “Não importa o que Deus disse nas Escrituras, eu tive uma experiência!”. Aqueles que acreditam na voz contínua e incessante de Deus acusam aos que creem diferentemente de indiferentes à voz de Deus, frios, carnais, literalistas. Ao invés da mútua condenação e reivindicação de suas ver-dades absolutas, ambos os grupos não deixam de ter razão. É certo também que não deixam de cometer os seus excessos e erros. Eis a grande contradição: Estão ambos certos e podem estar ambos errados. Em termos de prática e afirmações teológi-cas, o erro e o acerto podem acertar a ambos os grupos.

O conhecimento da Bíblia é ótimo, imprescindível, nem dá para justificar isto aqui. Meus leitores o sabem muito bem. Mas esse conhecimento pode ser inócuo e até inexis-tente na relação e na adoração que se deve prestar a Deus. Pode ser que o apego ao que já foi escrito ofusque o que Deus está comunicando hoje. No Evangelho, o que valeu mesmo foi a adoração de quem seguiu, viu e entendeu o sinal de Deus que se mani-festava naqueles dias, não a citação literal dos que sabiam as Escrituras decoradas.

Para quem adora, um sinal pode ser Escritura, para quem se apega só à Escritura, não há sinais.

LEVIR PEREA MERLOPastor, colaborador de OJB

A Convenção Batista Brasileira traz para o ano de 2011 o tema “Vida Plena e

Meio Ambiente”, que deve ser pensado e vivido por nós, membros da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Este tema tem como base o belíssimo texto de Romanos 8.19-23. Não só ao longo de 2011, mas precisamos sempre pensar e colocar em prática o sentido da vida ple-

na, apresentado pelo Senhor Jesus Cristo no texto de João 10.10: “Eu vim para que vo-cês tenham vida, e vida em abundância”.

Vida em abundância é vida plena. A sociedade sem Cris-to no coração jamais terá condição de ter vida plena, e isso vale inclusive para nós se não tivermos a certeza e a esperança da presença real e constante do Senhor Jesus Cristo através do seu Espírito Santo habitando para sempre em nossos corações (Roma-nos 8.23).

Vida plena de alegria, da paz verdadeira apesar das dificuldades da vida, da gra-tidão que brota dum coração sincero e honesto e da certe-za de que Cristo Jesus é tudo para nós, representando o primeiro lugar em nossas vidas.

Intimamente ligado a esse tema está o cuidado com o planeta, local no qual vivemos, respiramos e com-partilhamos experiências físicas. No atual momento a natureza de Deus se revolta através de um aparente de-

sequilíbrio ambiental que produz terremotos, tempes-tades, chuvas torrenciais, aumento de temperaturas e degelo das calotas polares, que causam destruição e mortes.

Assim, pode-se afirmar que está passando da hora de assumirmos nossa omissão e de nos comprometermos ver-dadeiramente com as causas do meio ambiente.

Dois elementos que im-pedem esse trabalho são a ganância e a corrupção do homem obcecado pelo poder

e desejo de ter. O resultado disto são mares, rios e ar poluídos, e a natureza sendo destruída ou em processo de extinção.

Podemos concluir que vida plena é vida despoluída de maldade, inveja, ganân-cia e corrupção, criando um meio ambiente sadio. Meio ambiente sadio é o nosso planeta livre de todos os tipos de poluição. Isto pode parecer uma utopia, mas pode se tornar em realidade. Depende apenas de cada um de nós.

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14 o jornal batista – domingo, 16/01/11 ponto de vista

Zacarias Clay Taylor (1851-1919) e Ka-therine Stevens Cra-wford Taylor (1862-

1892) chegaram ao Brasil no dia 4 de março de 1882. No dia 9, terça-feira, eles chega-ram a Campinas. No dia 14, domingo, pregou pela primei-ra vez aos crentes de Santa Bárbara, na língua inglesa. Vinte e cinco anos depois, junho de 1907, aconteceu a organização da Convenção Batista Brasileira no contexto das comemorações do Jubileu de Prata da Primeira Igreja Batista da Bahia, organizada em 15 de outubro de 1882.

Foi ele alvo de uma longa reportagem publicada em janeiro de 1953 na “Revis-ta Teológica” do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBNB), escrita pelo missionário William Carey Taylor e intitulada “Zacarias Clay Taylor, Herói que Deus nos deu”. Foram 23 páginas escritas pelo notável autor de 25 livros editados no Brasil e também responsável pelo “Correio Doutrinal”, jornal que causou grande reper-cussão na era polêmica do “Radicalismo”. Menciono também o “Canto dos Berea-nos”, coluna semanal publi-cada na última página de “O Jornal Batista”.

Mais três trabalhos sobre Zacarias Clay Taylor são merecedores de menção. O primeiro de autoria de Ebenézer Gomes Cavalcânti intitulado “Z. C. Taylor na Literatura Portuguesa” (OJB de 7/11/1971), artigo que segundo seu autor introduziu nosso querido missionário na “literatura lusa e brasileira” por intermédio de David Corazzi, editor da tradução de Milton para a língua por-tuguesa por Antonio José de Lima Leitão com ilustrações de Gustave Doré. Já Glendon Grober escreveu quatro arti-gos que possivelmente cons-taram de tese que ele estava preparando: “Z. C. Taylor e sua importância”, “Z. C.

Taylor, o Homem - Texas ou Brasil?”, “Z. C. Taylor - a or-ganização da Igreja da Bahia” e ”Z. C. Taylor e Davi Malta Nascimento”. Finalmente cito a tese de Lester Carl Bell tão mencionada em livros diversos que realça a obra de Z. C. Taylor no trabalho de evangelização do Brasil.

O missionário Zacarias Clay Taylor foi chamado para a obra missionária no Brasil antes dos Bagby. Conheceu o pastor Richard Ratcliff, o pri-meiro pastor batista à frente de uma igreja por ele mesmo organizada, a Primeira Igreja Batista de Santa Bárbara (SP), e com ele conversou muito sobre o Brasil. Leu o livro “O Brasil e os brasileiros”, dos metodistas Kidder e Fletcher. Preparou-se nas Universi-dades de Waco e de Baylor e, diante dos clamores de Hawthorne e de Bagby, antes de concluir o curso teológico casou-se em 25 de dezembro de 1881 e, nomeado pela Junta de Richmond no dia 3 de janeiro, viajou no dia 12 para o Brasil na barca Sirene.

Dez anos depois da pre-sença do casal no Brasil apa-receu em 1892 um tumor cancerígeno numa das pernas de Katherine logo abaixo do joelho. Na impraticabilidade de um tratamento adequado no Brasil e por sugestão mé-dica de amputação da perna, o casal viajou para os Estados Unidos, onde ela passou pela cirurgia prevista. Estava, na ocasião, grávida de seu quar-to filho, Marques, antes dele Tarleton, o primogênito, Ma-bel, a primogênita, e Escol, a filha que morreria na tragédia de Corpus Christi com ele e com dona Laura, sua segunda esposa e com quem havia se casado em 1895.

Finalmente, 25 anos de-pois com a cooperação dos missionários batistas norte--americanos, o sonho de S. L. Ginsburg de organizar a Convenção Batista Brasilei-ra tornou-se realidade. Em 22 de junho de 1907, na

cidade de Salvador (BA), no antigo prédio do Aljube foi instalada a primeira assem-bleia, que teve como seu primeiro presidente o pastor Francisco Fulgêncio Soren, com 43 mensageiros presen-tes, acrescidos de mais dois posteriormente. O sonho estava sendo realizado: “Unir todas as forças batistas do Brasil, em uma organização nacional maior, para o de-senvolvimento e eficácia da pregação do Evangelho de Jesus Cristo”. Zacarias Clay Taylor e esposa e mais 21 mensageiros representaram as igrejas e organizações batistas da Bahia. A primeira diretoria teve ainda como vices-presidentes os pastores Joaquim Fernandes Lessa e João Borges da Rocha (au-sente), como secretários o diácono Theodoro Rodrigues Teixeira e o pastor Manoel Ig-nácio Sampaio, como tesou-reiro o missionário Zacarias C. Taylor. Dois da Missão Batista do Rio, dois da Mis-são Batista Baiana, um da Missão Batista Fluminense, outro da Missão Batista de Pernambuco.

Participaram da primeira assembleia os seguintes mis-sionários, pela ordem de nomeação: Bagby (1880), Zacarias (1882), Emma (1889), Salomão (1892), Laura (1894), Nelson (1898), Dunstan (1900), Deter (1901), May (1901), Cannada (1902), Jackson (1903), Crosland (1904), Pe-tigrewy (1904), Reno (1904), Alice (1904), Hamilton (1905) e Ma-ddox (1905). E mais alguns brasileiros que se tornaram notáveis: Francisco Fulgêncio So-ren, Pedro Falcão, Ma-noel Ignácio Sampaio, Alexandre de Freitas, Francisco José da Sil-va, Joaquim Fernandes Lessa. E os futuros semi-naristas Isaias Correia de Carvalho e Manoel

Avelino de Souza, o professor Alipio Dorea, o jornalista The-odoro Rodrigues Teixeira e a senhora Jane Soren e a filha de Salomão, Arvilla Ginsburg.

Zacarias Clay Taylor esteve presente nas seguintes comis-sões: Comissão da Constitui-ção (Bagby, Soren, Taylor e Crosland), Comissão de Programa (Taylor, Salomão, Bagby e Deter), Comissão de União de Mocidade (Pet-tigrewy, Taylor, Salomão, J. V. Montenegro e Henrique N. Gonçalves), Comissão de Estatística (Cannada, Reno, Taylor e Ginsburg), Comissão Central para as Juntas (Bagby, Taylor, Salomão, Theodo-ro e Crosland), Comissão de Assuntos Extraordinários (Taylor, Bagby, Salomão, Deter e Theodoro), Comissão de Local e Oradores (Bagby, Taylor, Salomão, Dunstan e Theodoro). O local do evento foi a Primeira Igreja Batis-ta do Rio e os oradores W. B. Bagby e Pedro Falcão, respectivamente oficial e suplente.

Ele foi indicado para par-ticipar das seguintes Juntas: União de Mocidade, Admi-nistração de Seminário (três anos), Educação e Seminá-

rio, Casa Publicadora Batista e Comissão de Revisão da Constituição. Na 3ª sessão o missionário Zacarias propôs que a Constituição fosse aprovada provisoriamente e que a Comissão que a preparou trabalhasse du-rante o ano para retocá-la e também apresentar o Regi-mento Interno. Foi aprovada proposta de Salomão de se telegrafar ao presidente da República felicitando nele a Nação Brasileira. O tex-to foi o seguinte: “Doutor Afonso Penna - Rio: Primei-ra Convenção Batista Bra-sileira, comemorando 25 anos entrada de primeiros evangelizadores território Nacional, felicita Nação em V. Exa. fazendo votos Deus prosperidade grandeza Bra-sil. Soren, Bagby e Taylor”. Na mesma ocasião Bagby e Taylor apresentaram um re-lato histórico de tudo quanto Deus permitiu que se reali-zasse no Brasil mediante a ação de ambos e de cada um em particular. O pastor Joaquim Lessa propôs que se constasse em ata voto de gratidão pelo trabalho pio-neiro de W.B.Bagby e de Z. C. Taylor.

ConviteA Primeira Igreja Batista de Macaé (RJ) tem a alegria de convidar todas as igrejas, pastores, amigos e irmãos em Cristo para o Culto Solene de Posse de seu novo pastor titular, Robson Melo Câmara, sua esposa e filhos, que ocorrerá na sexta-feira, dia 28 de janei-ro de 2011, em seu templo, à Rua Tenente Coronel Amado, 203, Centro, Macaé (RJ).

Doutor Renan Brito Nogueira (Presidente Interino)

Doutor Juracy Carlos Bahia (Pastor Interino)

Pastor Robson Melo Câmara

Primeira Igreja Batista de Macaé (RJ)“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” Salmo 111.10.

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