Salvação I

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Soteriologia Pr. Ricardo Gondim [email protected]

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Soteriologia

Pr. Ricardo Gondim

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Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo

do céu não há nenhum outro nome dado aos

homens pelo qual devamos ser salvos". Atos 4:12

Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo

do céu não há nenhum outro nome dado aos

homens pelo qual devamos ser salvos".

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A salvação segundo Deus - Soberania

"Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi

aprovado por Deus diante de vocês por meio de

milagres, maravilhas e sinais, que Deus fez entre

vocês por intermédio dele, como vocês mesmos

sabem.

Este homem lhes foi entregue por propósito

determinado e pré-conhecimento de Deus; e

vocês, com a ajuda de homens perversos, o

mataram, pregando-o na cruz. Atos 2:22,23

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Consciência humana na Salvação

Assim, meus amados, como sempre vocês

obedeceram, não apenas em minha presença, porém

muito mais agora na minha ausência, ponham em

ação (efetuai a vossa salvação A.R.) a

salvação de vocês com temor e tremor,

pois é Deus quem efetua em vocês tanto o

querer quanto o realizar, de acordo com a

boa vontade dele. Filipenses 2:12,13

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O que Cremos O Filho – Co-existente e Co-eterno com o Pai que, concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, assumiu a

forma de homem, suportou nossos pecados, e levou nossas tristezas e, pelo derramamento de Seu precioso

sangue sobre a cruz do calvário, adquiriu a redenção para todos os que n’Ele creiam; então, quebrando os grilhões da morte e do inferno levantou-Se da sepultura e subiu às alturas levando cativo o cativeiro, para que, como o grande Mediador entre Deus e o homem, pudesse estar à direita do Pai intercedendo por aqueles por quem entregou a Sua vida. http://fontedavidaitz.blogspot.com.br/p/declaracao-de-fe.html

Confissão de Fé (parte)

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A Doutrina da Salvação

Na verdade, existe uma relação de caráter orgânico

entre duas questões essenciais:

Quem é Jesus Cristo? - O que ele realizou?

Podemos perceber, portanto, que é possível

conceber a identidade e a função desempenhada

por Jesus Cristo como os dois lados de uma

mesma moeda.

Ele é o nosso Salvador - Redenção & Reconciliação

Credo IAFV

[...] que Ele, voluntariamente, deu Seu Filho Unigênito, para redimi-los e

reconciliá-los Consigo mesmo.

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O conceito de ―salvação‖ é algo

bastante complexo.

Em primeiro lugar, por não estar

necessariamente ligado a um

significado especificamente cristão.

O termo salvação pode ser utilizado

conforme um entendimento

totalmente diferente e mais amplo.

Por exemplo, em particular, no final da década de 1920, era comum os escritores

soviéticos referirem-se a Lênin como o ―salvador‖ do povo soviético.

Muitos dos golpes militares ocorridos em vários países tiveram, muitas vezes,

como resultado a instituição de ―conselhos ou movimentos para salvação

nacional‖, que se preocupavam com a recuperação da estabilidade política e

econômica desses países.

Dessa maneira, vemos que a salvação pode ser um conceito que se reveste de um

caráter puramente religioso ou secular que pode admitir uma visão mais ampla.

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A salvação está ligada a Jesus Cristo

Em primeiro lugar, entende-se que a salvação — seja qual

for a definição que se lhe atribua posteriormente — é algo

ligado à vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

A existência desse vínculo é uma característica marcante

da teologia cristã ao longo dos séculos.

A segunda posição de acordo com essa perspectiva,

Cristo é visto como aquele que conquistou algo que

tornou possível uma nova situação para o ser humano.

A salvação, portanto, resulta diretamente da vida, morte e

ressurreição de Jesus.

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Jesus Cristo é o modelo da Salvação

Ao lado da característica ênfase cristã sobre a questão da salvação estar

ligada a Jesus Cristo, podemos encontrar outra declaração de ordem

cristológica:

Jesus Cristo é quem dá forma à salvação. Em outras palavras, é

Jesus quem nos fornece um modelo ou paradigma de uma vida

redimida. Há um consenso em torno da idéia de que Cristo, em certo

sentido, dá forma e modela a vida cristã.

A noção de que a mera imitação exterior de Cristo dê origem à vida

cristã tem sido em geral considerada como pelagiana.

A perspectiva cristã dominante tem apresentado a tendência de alegar

que a vida cristã se torna possível por meio de Cristo, ao mesmo tempo

que reconhece duas maneiras bastante distintas pelas quais a vida

cristã resultante é ―modelada‖ por ele.

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1. A vida cristã assume a forma de uma constante tentativa por parte do

cristão de imitar a Cristo. Havendo se convertido, o cristão agora tem

em Cristo um exemplo de relacionamento ideal com Deus e com o

próximo e se esforça para reproduzir em sua vida este tipo de

relacionamento. Talvez esta perspectiva esteja mais bem retratada em

obras de alguns escritores inclusive Pelagio. Ela destaca o aspecto da

responsabilidade do ser humano em pautar sua vida no exemplo de

Cristo.

2. A vida cristã é um processo em que ―somos conformados à imagem

de Cristo‖ e de acordo com o qual os aspectos exteriores da vida do

cristão são realinhados conforme seu relacionamento interior com

Cristo, fundamentado na fé. Essa perspectiva é típica de escritores

como Lutero e Calvino, e fundamenta-se na idéia de Deus estar

tornando o cristão conforme à imagem e semelhança de seu Filho,

pelo processo de renovação e restauração que se dá por meio da

atuação do Espírito Santo.

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A cruz e o perdão

Um dos efeitos do pecado é cegar a percepção do nosso

próprio estado.

Fomos infectados de tal forma, que nem conseguimos

avaliar a profundidade dos danos causados.

O pecado entrando no mundo fez com que perdêssemos a

comunhão com Deus e nos trouxe a morte.

Toda a descendência de Adão, portanto, nasce com a sua

natureza corrompida e corrupta (suja).

Da mesma forma a morte que entrou por meio de Adão

nos afetou para sempre, até a vinda de Jesus.

Então, a Salvação de Cristo na cruz cumpre duas funções,

redenção (eternidade) e reconciliação (justificação)

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O estado humano

Assim está escrito: "O primeiro homem, Adão, tornou-se um

ser vivente"; o último Adão, espírito vivificante. Não foi o

espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o

espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo

homem, do céu. Os que são da terra são semelhantes ao

homem terreno; os que são do céu, ao homem celestial.

Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos

também a imagem do homem celestial. 1 Coríntios 15:45-49

Toda a descendência de Adão, portanto, nasce com a sua

natureza corrompida e corrupta (suja).

Toda a descendência de Cristo (filhos de Deus) renasce

com a sua natureza ESPIRITUAL regenerada a sua imagem

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O digrama do pecado

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O digrama da Salvação

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O alcance da Salvação

A morte de Jesus, foi para a Salvação de Todos?

Existem três posições a cerca do alcance da salvação

1. O universalismo: todos serão salvos

2. O batismo: somente os que crerem serão salvos

3. A salvação particular: somente os eleitos serão salvos

A grande dificuldade para a interpretação bíblica é que ela

oferece opções, e eu diria diante desta questão: Sim e Não

E não faço isso para evitar a resposta ou porque não

tenho convicção dela, mas porque eu entendo que as

ações de Deus podem mudar de acordo com as reações

do homem

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Naquele tempo Ezequias ficou doente, e quase morreu. O profeta

Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: "Assim diz o Senhor:

Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará".

Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor:

"Lembra-te, Senhor, como tenho te servido com fidelidade e com

devoção sincera. Tenho feito o que tu aprovas".

E Ezequias chorou amargamente. Antes de Isaías deixar o pátio

intermediário, a palavra do Senhor veio a ele:

"Volte e diga a Ezequias, líder do meu povo: ‘Assim diz o Senhor, Deus

de Davi, seu predecessor: Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; eu o

curarei. Daqui a três dias você subirá ao templo do Senhor.

Acrescentarei quinze anos à sua vida. E livrarei você e esta cidade das

mãos do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa de mim

mesmo e do meu servo Davi’ ". 2 Reis 20:1-6

A salvação de Ezequias

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O alcance da Salvação

A morte de Jesus, foi para a Salvação de Todos?

A resposta do homem à salvação é necessária?

Podemos afirmar segundo a teologia reformada que a

morte de Cristo é suficiente, poderosa e eficaz para salvar

todo aquele que Crê.

A pessoa salva em Cristo, pela fé, regenerada, tem a vida

eterna e redimida, tem os seus pecados justificados.

Deus não a trata mais de acordo com a sua natureza e

pecados, mas sim de acordo com a condição que recebe

de Cristo, como um filho que se torna herdeiro.

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O alcance da Salvação

A morte de Jesus, foi para a Salvação de Todos? SIM e NÃO

A resposta do homem à salvação é necessária? SIM

A 1ª. Questão está no alcance salvação – Cristo morreu

POTENCIALMENTE por todos, mas, a salvação alcança

somente os que CREREM.

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O alcance da Salvação

A morte de Jesus, foi para a Salvação de Todos? SIM e NÃO

A resposta do homem à salvação é necessária? SIM

A questão existe porque em todo a bíblia existem

passagens que nos levam a este entendimento, que Cristo

morreu por todos.

Assim, também, como existem muitas passagens que

falam da responsabilidade humana de se colocar, pela fé,

diante da salvação oferecida por Cristo.

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O alcance da Salvação

A morte de Jesus, foi para a Salvação de Todos? SIM e NÃO

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer

não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar

o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas

quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. João 3:16-18

1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, 12 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a

morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram; 15 Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por

causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um

só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos! 18 Conseqüentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os

homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os

homens. Romanos 5

Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam

salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois há um só Deus e um só mediador entre

Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por

todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo. 1 Timóteo 2:3-6

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O alcance da Salvação

A resposta do homem à salvação é necessária? SIM 9 Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus 16 Eles não são do mundo, como eu também não sou. 20 "Minha oração não é apenas por eles. Rogo

também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, João 17

Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16

333 Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". 37 Todo o que o Pai me der virá

a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não

perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40 Porque a vontade de meu Pai é

que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia―. 44

Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia. 47

Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. João 6

9 Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. 11 "Eu sou o

bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o

Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. João 10

2 e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de

aroma agradável a Deus. Efésios 5

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A graça

Agostinho explorou a natureza da graça por meio duas

análises possíveis:

1. Em primeiro lugar, a graça e entendida como uma forca libertadora, que livra

a natureza humana da escravidão do pecado a que esta sujeita. Agostinho

usou o termo ―o livre arbítrio cativo‖ (liberum arbitrium capdvatum) para descrever o

livre arbítrio que e tão fortemente influenciado pelo pecado, assim como

argumentou que a graça e capaz de libertar o desejo humano de suas

inclinacoes e de conceder ao homem o ―livre arbítrio liberto‖ (liberum arbitrium

liberatum).

2. Em segundo lugar, a graça e entendida como o fator responsável pela

restauração da natureza humana. Uma das analogias favoritas de Agostinho

para a igreja e a de um hospital repleto de pessoas doentes. Os cristãos são

aquelas pessoas que reconhecem o fato de estar doentes e procuram a ajuda

de um medico, para que possam se curar.

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A graça

Em sua essência, o termo ―graça‖ (gratia) apresenta uma

ligação com a ideia de ―presente‖. Essa ideia teve inicio

com Agostinho, que destacou a noção de que a salvação

é um presente de Deus, e portanto, um favor imerecido.

A graça salvadora é a dispensa especial da graça pela

qual Deus soberanamente concede imerecida assistência

divina sobre os seus eleitos para a sua regeneração e

santificação.

28 Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que

o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Romanos 8

A Doutrina da Salvação

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Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,

porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do

pecado e da morte. Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar

enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança

do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na

carne, a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em

nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Quem vive

segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de

acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. Romanos

8:1-5

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam,

dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem

conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre

muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou,

também justificou; aos que justificou, também glorificou. Romanos 8:28-30

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O chamado São dois os chamados de Deus, aos escolhidos.

1. Em primeiro lugar, o chamado externo. O apelo do evangelho estende uma chamada

geral externa à salvação a todos que ouvem a mensagem realizado pelos homens pela

pregação, ROM 1.6 entre os quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo; MC 16.15-

16 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será

salvo; mas quem não crer será condenado. I COR 1.9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a

comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. I COR 1.24 mas para os que são chamados, tanto

judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.

2. Em segundo lugar, o chamado interno. Realizada pelo Espírito Santo em adição à

chamada externa contida na mensagem do evangelho. Através dessa chamada

especial, o Espírito Santo realiza uma obra de graça no pecador que, inevitavelmente, o

traz à fé em Cristo. A mudança interna operada no pecador eleito o capacita a entender

e crer na verdade espiritual. ROM8.14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses

são filhos de Deus. I COR2.10 Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha

todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus. 11 Pois, qual dos homens entende as coisas do

homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as

compreendeu, senão o Espírito de Deus. 12 Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o

Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por

Deus;

A Doutrina da Salvação

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O Livre Arbítrio

O termo ―livre arbítrio‖ (liberum arbitrium) não é bíblico, mas

originário do estoicismo. Foi introduzido na igreja ocidental pelo

teólogo Tertuliano, que viveu no século II. Agostinho conservou o

termo, mas tentou dar a ele um significado mais próximo ao

entendimento de Paulo.

As ideias básicas de Agostinho podem ser resumidas da seguinte

forma:

1. ele afirma a existência da inerente liberdade humana: não fazemos as coisas

por obrigação, mas por uma questão de liberdade;

2. ele declara que o livre arbítrio foi debilitado e enfraquecido - mas não

totalmente eliminado ou destruído - pelo pecado. Para que o livre arbítrio seja

restaurado e recuperado, é necessária a atuação da graça de Deus. O livre

arbítrio realmente existe; entretanto, ele se encontra debilitado pelo pecado.

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A balança de Agostinho

Agostinho utiliza uma analogia significativa como forma de explicar

essa questão.

Pense em uma balança com dois pratos. Um dos pratos e utilizado

para pesar o bem, e o outro prato, o mal. Se os dois pratos

estivessem em equilíbrio, os argumentos favoráveis ao bem ou ao

mal poderiam ser pesados, e chegaríamos, portanto, a uma

conclusão.

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A balança de Agostinho

Mas o que faremos, conforme nos pergunta Agostinho, se os pratos

da balança estiverem cheios? O que acontece se alguém puser um

peso excessivo no prato do mal?

A balança ainda funcionara, mas ela se inclinará para o lado mal.

Agostinho argumenta que isso e exatamente o que aconteceu a

humanidade por meio do pecado. O livre arbítrio inclinou-se para o

lado do mal.

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O Livre Arbítrio

O livre arbítrio realmente existe e pode, de fato, ajudar-nos a tomar

decisões - assim como a balança ainda funciona quando esta cheia.

Mas em vez de chegar a uma conclusão equilibrada, existirá uma

séria inclinação para o mal.

Agostinho, usando essa e outras analogias relacionadas, argumenta

que os pecadores, na verdade, possuem o livre arbítrio, mas que este

livre arbítrio se encontra corrompido pelo pecado

Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em

Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o pecado continue dominando o corpo

mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os

membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes

ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os

membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não

os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:11-14

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O Livre Arbítrio x Soberania de Deus

Para Agostinho, a total soberania de Deus e as ideias da genuína

responsabilidade e liberdade do ser humano devem ser

simultaneamente defendidas, quando busca se fazer justiça a riqueza

e a complexidade do texto bíblico sobre esse assunto.

Para simplificar a questão, negar tanto a soberania de Deus quanto a

liberdade humana representa comprometer seriamente a

compreensão cristã sobre o modo como Deus justifica o homem.

No tempo de Agostinho, ele era obrigado a lidar com dois tipos de

heresia, que reduziam e comprometiam o evangelho.

1. o maniqueísmo, representava uma forma de fatalismo (que atraiu, a principio,

o próprio Agostinho) que defendia a total soberania de Deus, mas negava a

liberdade humana; ao passo que a

2. Outra heresia, o pelagianismo, defendia o total livre arbítrio do ser humano,

ao mesmo tempo em que negava a soberania de Deus.

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O Livre Arbítrio x Soberania de Deus

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O Livre Arbítrio (um pouco de história)

Tudo começa na histórica

controvérsia iniciada pelo

monge da Bretanha Pelágio,

que no século IV começa a

ensinar que o pecado afetou

apenas a natureza de Adão e

que nós, seus descendentes,

nascemos livres e sem a

influência do pecado.

As pessoas, segundo Pelágio

aprendem a pecar porque vêm

os outros pecarem

O homem é intrinsicamente bom e pode, portanto, escolher entre o bem e o

mal.

O pecado original diz respeito somente a Adão, e não a humanidade.

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O Livre Arbítrio (um pouco de história)

Pelágio foi enfrentado por violentamente por Agostinho, Bispo de

Hipona radicado em Roma e seu amigo Jerônimo, tradutor e

comentarista bíblico que morava em Belém na Palestina.

Agostinho, fundamenta na bíblia, os argumentos contrários aos

ensinos heréticos de Pelágio considerando que:

nós nascemos mortos em nossos pecados, que o ser humano está de

tal forma afetado pelo pecado que a bíblia utiliza termos como:

Cegos, escravos da carne, escravos do mundo, escravos de satanás,

mortos em ofensas e pecados e filhos da ira.

Esse conceito foi considerado heresia pelo Concílio de Éfeso (431) e o

ensino rechaçado pela igreja, Pelágio e seus ensinos foram

condenados no concílio, porém, ele já havia morrido.

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O Livre Arbítrio (um pouco de história)

Mesmo com a morte de Pelágio, tal o alcance de seus ensinos, a

polêmica continuou e a igreja católica muitos anos depois adotou o

que eles chamaram de semi-pelagianismo.

O Semi-pelagianismo essencialmente ensina que a humanidade é

manchada pelo pecado, mas não ao extremo de não podermos

cooperar com a graça de Deus com os nossos próprios esforços.

Essa crença é, em essência, depravação parcial, ao invés de

depravação total.

Durante a reforma esse debate volta à tona com outros dois grandes

teólogos da época, Erasmo de Roterdão e Martinho Lutero.

Erasmo, embora permanecesse católico era a favor da reforma,

porém, defendia sobremaneira o semi-pelagianismo.

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O Livre Arbítrio (um pouco de história)

Combatendo estas ideias, Lutero escreve uma das suas melhores

obras, o livro De servo arbítrio (o arbítrio escravo), em português

Nascido Escravo.

Assumindo a liderança da reforma, João Calvino insiste no

pensamento e nas ideias de Agostinho e Lutero, enfatizando

a Soberania de Deus e que o homem não é capaz de

fazer escolhas.

50 anos depois de Calvino, a maioria da igreja reformada

havia adotado os ensinos de sua doutrina como a oficial.

No início do século XVII, surge um professor na Universidade de

Leiden na Holanda chamado Jacobus Arminius que passa a

ressuscitar as ideias de Pelagio e Erasmo na sala de aula.

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O Livre Arbítrio (um pouco de história)

Muito embora suas ideias tenham causado um certo desconforto a

igreja da Holanda, nunca chegou ao confronto, principalmente com

Calvino, com quem nunca se encontrou. Seu, único e bastante

adversário, foi outro professor de Leiden, Franciscus Gomarus, um

forte defensor da doutrina calvinista e um homem de profunda fé.

A teologia arminiana não se tornou totalmente desenvolvida durante a

vida de Armínio, só após a sua morte (1609) seus alunos e discípulos

sistematizaram e formalizaram as suas ideias, enviando para a Igreja

da Holanda um pedido de revisão à doutrina calvinista/luterana

solicitando que abandonassem esta visão apresentando cinco pontos

principais de discussão.

Este movimento, ficou conhecido como ―os remonstrantes‖, cuja

pedido foi analisado pelo calvinista Sínodo de Dorte (1618-1619) que

condenou a teologia de Armíno.

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O Sínodo de Dort

Foi um sínodo (reunião) nacional que teve lugar

em Dordrecht, na Holanda, com o objetivo de

regular uma séria controvérsia na Igreja iniciada

pela ascensão do aminianismo.

Esta reunião contou com a participação de oito

países, com teólogos holandeses, suíços, alemães,

franceses, ingleses e outros. Foram mais de 150

homens discutindo o pedido dos remonstrantes.

Ao final, condenando as ideias de Armínio, o Sínodo

elaborou um documento que ficou conhecido como

―os cinco pontos do Calvinismo‖, em resposta ao

pedido feito.

Os remonstrantes perderam os seus cargos nas

universidades e na igreja e foram expulsos da

Holanda por um período de 6 anos, Johan van

Oldenbarnevelt, o orador de 72 anos que apoiou

os remonstrantes, foi condenado à morte e

decapitado em Haia.

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Predestinação (um pouco de história)

Geralmente, diz-se que Calvino fez da doutrina da predestinação o

centro de seu sistema teológico. Contudo, uma leitura atenta de suas

Institutas não confirma esse julgamento consagrado. Calvino adota,

bem ao contrario, uma abordagem bem restrita em relação a essa

doutrina, dedicando somente 4 capítulos a sua explicação

A predestinação é definida como ―o eterno decreto de Deus, pelo qual

ele determinou o que desejava fazer de cada pessoa‖. Ele escolhe e

predestina os eleitos e aos que Ele tem conhecimento que não vão

escolhê-lo, deixa a sorte da própria condenação.

Em certo ponto, ao escrever sobre a predestinação, Calvino parece

referir-se a ela como ―um horrível decreto‖: ―Admito que o decreto é

horribile‖. Entretanto, a melhor tradução para palavra latina horribile é

―aterrador‖; na propria tradução para o francês, que Calvino fez

dessa passagem.

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Predestinação (um pouco de história)

Nas institutas essa discussão aparece após sua explicação a respeito

da doutrina da graça. Apenas após a explicação dos principais

tópicos dessa doutrina - como a justificação pela fé, por exemplo - e

que Calvino se dedica a analise do misterioso e complexo tema da

predestinação.

A analise que Calvino faz da predestinação parte de fatos empíricos.

Alguns creem no evangelho. Outros não. A função primaria da

doutrina da predestinação e explicar o porque de alguns indivíduos

responderem ao evangelho, e de outros não. Representa uma

tentativa de explicar a variedade das respostas humanas diante da

graça. A teologia calvinista da predestinação deve ser considerada

como uma reflexão sobre os dados colhidos da experiência humana e

interpretados a luz das Escrituras, em vez de algo que se deduz com

base em ideias preconcebidas sobre a onipotência divina.

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Predestinação (um pouco de história)

A crença na predestinação não é em si mesma um artigo de fé, mas é

o resultado final de uma reflexão, inspirada nas Escrituras, a respeito

dos efeitos da graça sobre os indivíduos, à luz dos enigmas da

experiência.

E preciso ressaltar que isso não representa uma inovação teológica.

Calvino não está introduzindo uma noção até então desconhecida no

domínio da teologia cristã.

Na verdade, é possível que Calvino tenha se apropriado ativamente

desse aspecto dos ensinos de Agostinho, assim como feito por

Martinho Lutero, o qual, certamente, guarda uma estranha

semelhança com seus próprios ensinamentos.

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Visão de Armínio

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Visão de Calvino

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Considerações

Concordamos que a depravação humana foi total, isso quer dizer que afetou o ser humano em toda

a sua natureza inclusive o arbítrio.

Porém, devemos também, considerar que, o estado do homem é alterado assim que houver uma

morte e um novo nascimento em Cristo, onde a sua natureza é misturada com a de Cristo.

A predestinação é de difícil aceitação, mas, não podemos dizer que não é bíblica.

A pré-ciência é contrária a onisciência de Deus, porque, Deus só pode prever aquilo que determinou

– seria mais ou menos como escrever um livro.

O sacrifício de Cristo potencialmente é geral, ou seja, para todos, mas eficazmente alcança aqueles

que o aceitaram.

A Graça é resistível naqueles a quem Deus mesmo endureceu os corações, do contrário, se ele

quiser, irresistível.

A perseverança dos santos depende da experiência cristã de cada um, por isso, é possível sim

perder a salvação mediante a escolha errada – ver Hebreus 6

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