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Sobral/CE2013
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ANA PATRÍCIA FERNANDES OLIVEIRA
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOBACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
PARALELO ENTRE ASSISTÊNCIA SOCIAL E O CAPITALISMO:
Qual a influência no surgimento do Serviço Social?
Sobral/CE2013
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PARALELO ENTRE ASSISTÊNCIA SOCIAL E O CAPITALISMO:
Qual a influência no surgimento do Serviço Social?
Trabalho de individual do Curso de Bacharelado em Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Orientador: Prof. Santiago
ANA PATRÍCIA FERNANDES OLIVEIRA
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................05
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................08
REFERÊNCIAS.........................................................................................................09
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1 INTRODUÇÃO
O surgimento do Serviço Social no mundo até sua
consolidação como instituição e profissão perpassa por um longo caminho na
história do homem. Em seus primórdios, remonta sentido filantrópico sendo
fundido com a caridade (amor ao próximo e a Deus), ajuda (individual e
esporádica) e solidariedade (por grupos). A Igreja em expansão desde o
Império Romano interpõe-se neste período, adotando práticas que visavam à
desarticulação dos movimentos de revolta e rebelião dos trabalhadores
assalariados explorados no novo sistema que vigorava: o capitalista industrial
monopolista. No contexto sociopolítico, uma nova estrutura sociopolítica surge
em meio a rebeliões e golpes políticos no Antigo Regime, a burguesia. Igreja e
burguesia unem-se para consolidar forças e poder. Aprofunda-se a divisão das
relações sociais em cotas ou classes mortificando uma grande massa que se
formava e provinha da agricultura e pequeno artesanato basicamente.
Amontoavam-se nas cidades um contingente de trabalhadores em busca de
meios de sobrevivência. Estes construíam suas moradias nas proximidades
insalubres das fábricas intensificando problemas de infraestrutura dos centros
urbanos e saúde. Gera-se a questão social e é nesse ponto que evolui a partir
do esforço de filósofos e pensadores, o Serviço Social, que outrora era
exercido como prática.
É neste panorama que desenvolver-se-á o paralelismo entre
capitalismo e a assistência social e o serviço social no seu surgimento.
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2 DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento do capitalismo na Baixa Idade Média (início
depois do ano 1.000) reforça a criação da força de trabalho assalariada, que
não detinha meios de produção formados por camponeses, pequenos
produtores e artesãos. Esse proletariado submetia-se aos monopólios e
oligarquias burguesas para suprir a subsistência da família. A "desigualdade"
socioeconômica da época foi marcada pela divisão da sociedade em classes e
por poucas alternativas oferecidas aos trabalhadores gerando antagonismos e
revoltas.
Neste contexto, ocorreram a Revolução inglesa (século XVII –
1640 a 1688/89), Revolução Francesa (século XVII – 1789 a 1799) e
Revolução Industrial (1780, expandindo-se mundialmente no século XIX), ou
seja, fruto das insatisfações para equilibrar o poder econômico sociopolítico
entre as classes sociais.
Na Europa, a burguesia, a igreja e o estado se uniram
materializando impedir as manifestações da classe dos trabalhadores, pois as
reivindicações causavam constantes prejuízos aos industriais. Até então
podemos visualizar o serviço social com características de amadorismo, ou
seja, sem sistematização e bases cientificas.
Nasce em Londres, 1869, a Sociedade de Organização da
Caridade, que direcionou a assistência para o ajustamento no caráter do
individuo revoltoso. O operário era acompanhado através de visita domiciliar
para mostrar vantagens em não reivindicar, pois a visita era para socializar o
modo capitalista de pensar. Nesse ponto o Serviço Social ganha características
de sistematização da prática social.
O fortalecimento do capitalismo monopolista nesse momento
teve forte influência no surgimento do serviço social, pois gerou um abismo
entre as classes, a formação de uma grande massa de pessoas exploradas,
empobrecimento do proletariado. Com a expansão do mesmo, a
desvalorização do ser humano instaurou-se e a generalização da miséria
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propagou-se na classe trabalhadora, nisso as revoltas constituíram-se em uma
forma de reivindicação. Os operários opunham-se contra a submissão da vida
humana e a humilhação rotineira a qual lhes eram impostas, mostrando-se
contrários a prática comum de serem introduzidos nas fábricas crianças, jovens
e mulheres.
Neste turbilhão social, a igreja católica influenciou o surgimento
dos primeiros agentes sociais, pois a burguesia financiava o assistencialismo
exercido pela igreja e assim, inibiam as investidas da classe trabalhadora,
desestabilizando e desmobilizando as reivindicações coletivas.
O serviço social estava inicialmente vinculado à assistência aos
pobres como forma de manter as massas na submissão ao poderio da época.
Segundo Malvezzi:
(...) as origens do Serviço Social estão vinculadas na assistência prestada aos pobres, mas a partir dosurgimento da sociedade capitalista, tornou-se necessário à defesa dos interesses da burguesia, recentemente chegada ao poder.
A contribuição que o capitalismo proporcionou para o
surgimento do Serviço Social está atrelada à emergência da questão social
com seus problemas políticos, sociais e econômicos reclamados pela classe
operária no curso do desenvolvimento do capitalismo; portanto a questão social
está vinculada aos conflitos da relação capital/trabalho. Sem uma compreensão
histórico-social, sobre a origem do Serviço Social, enquanto profissão pode-se
falsamente identificar como resultado das condutas filantrópicas e
assistencialistas que convencionalmente se consideram a sua base.
Na tentativa de manter o poder e o controle das massas, a
burguesia procura reestruturar a assistência em fundamentos científicos
aportando os primeiros assistentes sociais atuantes da prática da assistência.
Nesse período não há consolidação do Serviço Social como profissão.
Ressalta-se que a gênese do Serviço Social não se esgota
apenas com a questão social, mas ao momento histórico do capitalismo: a
idade do monopólio, os fazeres do Serviço Social não se findam com a questão
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social, mas com as peculiaridades da sociedade burguesa fundada no
monopólio.
A partir dos estudos de Mary Richmond, em 1897, surgiu a
necessidade de se criar uma escola profissional de Serviço Social. Ela
acreditava que a assistência não deveria ser praticada no modelo da caridade,
surgindo a partir de 1920, nos Estados Unidos, a Associação Nacional de
Trabalhadores Sociais. Nesta fase, dá-se início a institucionalização do Serviço
Social.
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3 CONCLUSÃO
Compreende-se que a questão social foi o fator crucial para o
surgimento do Serviço Social no início da Idade Moderna. Surge quando a
classe trabalhadora organiza-se e passa a atuar de forma a minimizar as
desigualdades sociais. Na tentativa a sufocar os conflitos, burguesia e igreja
recorrem à implementação de políticas sociais. Inicialmente na forma de
práticas sociais pelos leigos da igreja evoluindo para os assistentes sociais na
forma de trabalho social. Com o desenvolvimento do pensamento de
trabalhadores sociais, como Mary Richmond, a cientificação foi transformando
o trabalho em profissão, institucionalizando a atuação social moldando no que
temos hoje, o Serviço Social.
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REFERÊNCIAS
BOGADO, Francielle Toscan; CASTELO BRANCO, Patrícia Martins. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social I: curso de graduação em Serviço Social - bacharelado 1. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 2º ed. São Paulo: Cortez, 1999.
IAMAMOTO, Marilda Villela e CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. São Paulo: Celats/Cortez, 1998.
JUNIOR, Raimundo Borges da Mota. Uma Breve História do Serviço Social. Feira de Santana, Bahia: Blog Serviço Social e Teologia em Foco, 2011. Disponível em: <http://servicosocialeteologiaemfoco.blogspot.com.br/>. Acesso em: 14 mar. 2013.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 11º ed. São Paulo: Cortez, 2007.
MALVEZZI, Rosane AP. Belieiro. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I: surgimento das práticas sociais na Europa e Estados Unidos. Aula 3. Slides de aula. 15 mar 2013. Universidade Norte do Paraná – UNOPAR Polo Sobral.
SANTOS, Aline Cristina L. dos; PEREIRA, Marianne Lima; GALDINO, Shellen Batista. Serviço Social e o Capitalismo dos Monopólios. 2010. 200f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa/PB, 2010.
SANTOS, Patricia. O Serviço Social na Sociedade Capitalista. Salvador, Bahia: Site ebah, 2010. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoUwAG/servico-social-na-sociedade-capitalista>. Acesso em: 16/03/2013.
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