Salvemos Ouro Preto
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FRANCIS BACON - BARÃO DE ITARÉ
TEMPO
Iniciar uma campanha de debatespara nortear diretrizes objetivando salvar o declínio da cidade de Ouro
Preto em todos os seus parâmetros antropológicos: Arquitetura, Meio Ambiente,
Social, etc.
OBJETIVO:
Diante do atual caos que a cidade de Ouro Preto,
Patrimônio da Humanidade atravessa, as questões da Arquitetura,
Meio Ambiente, Urbanismo, crescimento acelerado da
Universidade,Declínio da Indústria de Alumínio
com principal empregadora de mão –de obra e o processo
de degradação social com crises
disseminanteslevando –se a aumentos de
roubos, homicídios, disseminações de drogas, etc.
e a necessidade de pesquisas que comprovem estas veracidades,
justi ca –se uma organização social em prol da salvaguarda deste
patrimônio eda luta pelo equilíbrio do
convívio social.Além de todos estes problemas
citados como exemplos impactantesque demonstram o declínio da
cidade,cito ainda como oportuno o
verdadeiro descaso do poder público local, estadual e nacional para com os iminentes
problemas geológicos de seu relevo que sazonalmente
tem provocado vítimas na região.
Para contextualizar esta motivação cito a seguir um artigo que publiquei no Jornal da Ciência em 14 de Abril de 2011.
“MINAS GERAIS, OURO PRETO E O
FUTURO DO BRASIL”
“Não poderia relegar as minhas posições e convicções e quero deixar aqui o meu legado quanto ao futuro de Minas Gerais, Ouro Preto e o Brasil.
Acho que no período colonial do Brasil uma de nossas maiores riquezas
era o Ouro que abasteceu Portugal e a Inglaterra.
Além deste importante minério cujo valor monetário estava agregado nele mesmo e às condições de mercado e ao custo de muitas
vidas de escravos e indígenasque se foram em função desta exploração.
Este período passou e para Ouro Preto,Minas e o Brasil cou apenas alguma herança
cultural,a Arquitetura e atualmente o crescimento natural da cidade e o inchaço irresponsável
( sem planejamento)da Universidade (UFOP) ameaçam a
Arquitetura, nossa história e o Turismo da cidade.
Esta introdução mostra o quê tende a acontecer com Ouro Preto, Minas
Gerais e o Brasilse não lutarmos para agregar valores às
nossas riquezas e não somente entregá –las a custos irrisórios
como temos feito com o nosso minério de ferro
( de alto teor) que está indo embora para a China e que depois importamos
como produtos acabadose com maiores valores agregados
(eletrodomésticos, máquinas, equipamentos, carros,etc.).
Os geólogos e Engenheiros de Minas sabem que no Quadrilátero
Ferrífero sótemos Minério de Ferro por
aproximadamente mais 50 anos em Minas Gerais.
Isto tudo está acontecendo aqui próximo de nós e a nossa riqueza está indo embora aos
nossos olhos.Uma mineradora como a VALE nunca poderia dar
prejuízo no Brasilcomo demonstrado pela história
administrativa da VALE.Não é necessário pro ssional especializado ( Geólogo ou
Engenheiro de Minas)para administrar bem esta empresa. Uma
mineradora como a vale nunca poderia dar prejuízo no Brasil.
Nem na mão do governo, nem na de particulares.
A maioria das Minas Brasileiras são minas a céu aberto e com alto teor dos minérios a
serem lavrados. Portanto, não exige nenhuma tecnologia so sticada para tal enem muit mão –de –obra especializada.Não tem como dar prejuízo . Por isto, as
multinacionais estão presentes aqui para nos explorar.
Aliás, lembro que a VALE foi privatizada mas quem manda na sua gestão é o Governo Federal através de Fundos de Pensão do Banco do
Brasil e Caixa Econômica Federal.
E assim como esta história, outras semelhantes mostram a ascensão
o apogeu e o declínio de um povo, vejam por exemplo o caso de Saddam Husseim,
que tinha no Iraque um verdadeiro O ásis, bonito e
promissor.O povo de lá vivia dignamente e com sustentabilidade, pois tinha água e
terra fértil.Esta comunidade localizada
daquele país foi politicamente contra
Saddam Husseim em determinado período de
seu governo.Para retaliação,
Saddam Husseim mandou bombardear e destruir os
mananciais de água daquela região e conseqüentemente
levou –se à pobresa da região.Este fato, mostra a
tendência de ocorrência futura das regiões
produtoras de minério emnosso estado e país. Em um futuro não tão longo, o Vale do Aço estará fadado
ao declínioe conseqüentemente à regressão da pobreza destas comunidades.
Vejam por exemplo o quê está acontecendo com as reservas de Nióbio brasileiras. Saiu na Folha
de São Paulo( quarta –feira 08 /12 / 2010). “Para
os EUA, Nióbio do Brasil é estratégico para a defesa Nacional”.
Esta preocupação foi revelada pelo Wikileaks.
O Brasil detém 98% das reservas de Nióbio do mundo, só existe um pouquinho
na Sibéria.Grande parte das reservas brasileiras
se encontra na cidade Mineira de Araxá e no Morro dos Seis Lagos
, no Amazonas.Todavia esta última jazida não
se encontra em exploração devido à alta
complexidade requerida nos meios extrativos.
É um mineral que está sendo usado para tudo no mundo.Nenhum país vive sem ele
atualmente.Todos os países desenvolvidos são
dependentes do Nióbio como são do petróleo.
O Nióbio é usado como liga resistenteem lâminas, instrumentos cirúrgicos,
aviões e peças que se submetem a altas e baixas temperaturas ,
em foguetes, carros, armas, etc.Conclusão, seja estatais ou privadas
detentorasdo direito de lavra mineral, o governo brasileiro deve tratar a questão com
muitocuidado e tentando agregar valores a estas
matérias primas se quisermos um futurodigno para as futuras gerações, para Minas Gerais, Ouro Preto e o Brasil.
CAOS
Em 1949, o IPHAN lançou também uma campanha “SALVEMOS OURO PRETO” que
norteou atransformação da cidade em “Patrimônio da
Humanidade” pela UNESCO, mas de lá para cá passados 66 anos
a cidade entrou em declínio urbano acelerado principalmente pelo descaso do poder público,
a politicagem, a falta de planejamento e a falta de atitudes políticas.O caos e atual declínio da
cidade deOuro Preto tem solução e a hora é agora.
Vivemos um momento muito oportuno para esta ação.
Com o fechamento da antiga ALCAN e atual
Novellis,o poder público deve –se mobilizar para
adquirir a posse dos espaçosda empresa com o objetivo de
direcionar o crescimento urbano e
comercial para a única área remanescente em torno de Ouro Preto que possibilitariao crescimento sustentável da cidade.
A universidade Federal aquí presente pode e deve apoiar um projeto desta natureza com os
seus cursos a ns como Engenharia Civil, Arquitetura,
Engenharia Urbana, Engenharia Ambiental e outros.
Nos moldes de um problema parecido e resolvido em Portugal ( Lisboa) foi
criado a LX- FACTORY,resolvendo os sérios problemas sociais devido ao desemprego provocado por uma antiga fábrica de
tecidos.Coma aquisição das áreas disponíveis da antiga
ALCAN, pode –se criar um POLO COMERCIAL, CULTURAL E DE SERVIÇOS
(POCCS) com uma base muito bem estruturada em termos de logística, de mobilidades,
residencial, ambiental, acessibilidade , lazer, qualidade de vida, segurança, entre outros,
que no conjunto desafogaria o núcleo histórico
tombado de Ouro Preto.
CRIAR UM POLO COMERCIAL CULTURALE DE SERVIÇOS NAS ANTIGAS
INSTALAÇÕES DA ALCAN “POCCS” NOS MOLDES DALX -FACTORY EM LISBOA- PORTUGAL
É no ano de 1846 que a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense,um dos mais importantes complexos fabris de Lisboa, se instala em Alcântara. Esta área industrial de 23.000m2 foi nos anos subseqüente, ocupada pela Companhia Industrial de Portugal e Colónias, tipografia Anuário Comercialde Portugal e Gráfica Mirandela.
Uma fracção de cidade que durante anos permaneceu escondida é agora devolvida à cidade na forma da LXFACTORY. Uma ilha criativa ocupada por empresas e profissionais da indústria também tem sido cenário de umdiverso leque de acontecimentos nas áreas da moda, publicidade, comunicação, multimédia, arte, arquitectura, música, etc. gerando uma dinâmica quetem atraído inúmeros visitantes a re-descobrir esta zona de Alcântara.
Em LXF, a cada passo vive-se o ambiente industrial. Uma fábrica de experiências onde se torna possível intervir, pensar, produzir, apresentar ideias e produtos num lugar que é de todos, para todos.
www.lxfactory.com
ESPAÇO IDEAL PARA SE PRESERVAR, E CRIAR PROJETOS
QUE FOMENTEMA ECONOMIA E GERAÇÃO DE EMPREGONA CIDADE DE OURO PRETO, A NOVELIS,
CONHECIDA POPULARMENTE COMO A ANTIGA ALCAN, ESTÁ INATIVA, DEIXANDO
PARA OURO PRETO OS DANOS AMBIENTAIS E ECONÔMICOS DEVIDO O
FECHAMENTO DA EMPRESA,E DEMISSÕES EM MASSA.
NOVELIS
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