SAMANTA DALIANA GOLIN PACHECO - UFPR
Transcript of SAMANTA DALIANA GOLIN PACHECO - UFPR
SAMANTA DALIANA GOLIN PACHECO
USO DO SAL DE BIXINA EXTRAIacuteDO DO URUCUM (Bixa orellana L) COMO
SUBSTITUINTE DO NITRITO DE SOacuteDIO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
CURITIBA 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANAacute
SAMANTA DALIANA GOLIN PACHECO
USO DO SAL DE BIXINA EXTRAIacuteDO DO URUCUM (Bixa orellana L) COMO
SUBSTITUINTE DO NITRITO DE SOacuteDIO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Setor de Ciecircncias da Sauacutede Universidade Federal do Paranaacute como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias Farmacecircuticas
Orientadora Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira
Co-orientadores ProfDrCarlos Eduardo Rocha Garcia ProfDrObduacutelio Gomes Miguel
CURITIBA 2014
Aos meus amados pais
Modesto Golin e Divanir Dalla Costa
e irmatildeos Marco Thiago e Sara
Agrave toda famiacutelia e amigos que deram
suporte para estar onde estou
Carlos Gustavo meu esposo amigo e amor
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida benccedilatildeo e proteccedilatildeo
Agrave Universidade Federal do Paranaacute por propiciar meios para frequentar o
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas
Aos meus orientadores Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira Prof Dr
Carlos Eduardo Rocha Garcia e Prof Dr Obduacutelio Gomes Miguel pela orientaccedilatildeo e
estiacutemulo para a realizaccedilatildeo deste trabalho que com compreensatildeo e carinho
participaram na elaboraccedilatildeo e execuccedilatildeo do projeto
Aos professores coordenadores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias
Farmacecircuticas Prof Dr Roberto Pontarolo e Profordf Drordf Marilis Dalarmi Miguel por
toda a dedicaccedilatildeo e incentivo prestado ao programa e aos poacutes-graduandos
Ao laboratoacuterio de Tecnologia em Alimentos do Departamento de Farmaacutecia e
as professoras Grace Maria de Castro Wille e Patriacutecia Teixeira Padilha da Silva pelo
apoio e incentivo em todos os momentos a teacutecnica Wandelice Gurski Chiampi pela
amizade e incentivo
Ao laboratoacuterio e professores de Fitoquiacutemica Tomoe Nakashima e Vitor Alberto
Kerber
Ao professor de toxicologia Ricardo Wagner por sua disposiccedilatildeo e auxiacutelio com
as anaacutelises de nitrito
Ao laboratoacuterio de Engenharia de Alimentos da UFPR em especial agrave
professora Maria Luacutecia Masson pela disponibilizaccedilatildeo de equipamentos essenciais ao
trabalho
Agrave professora Drordf Wanda Moskalewski Abrahatildeo e aos servidores e colegas do
Laboratoacuterio Central do Estado ndash LACEN do setor de Microbiologia de Alimentos
Ao Departamento de Quiacutemica por disponibilizar os aparelhos de Infra-
vermelho e Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
Ao Museu Botacircnico Municipal de Curitiba especialmente agrave sua diretora
Clarisse Poliquesi Juarez Cordeiro e Osmar dos Santos Ribas pelo apoio para
realizaccedilatildeo deste trabalho
Ao IAPAR de Morretes ndash PR pelo acolhimento e disponibilizaccedilatildeo para coleta
do urucum em especial ao Sr Luiz Adatildeo Ferreira da Silva pelo suporte para coleta
Ao professor Geraldo Pichet e ao doutorando Waldemar Volanski do
laboratoacuterio de bioquiacutemica pela amizade e auxilio nas horas de duacutevidas com
estatiacutestica
Ao estatiacutestico professor Dr Anselmo Chaves Neto pela contribuiccedilatildeo no
tratamento de dados estatiacutestico
A Capes e CNPq pelo auxiacutelio financeiro
Aos farmacecircuticos Giovanna Chippon Strapasson Daniele Santos
CamilaVandresen Viniacutecius Bednarczuk de Oliveira Paulo Roberto do Rego Monteiro
de Carvalho Viniacutecius Joseacute Bolognesi e Fernanda Orsquo Campos pela expressiva
colaboraccedilatildeo na realizaccedilatildeo da parte praacutetica e companheirismo na caminhada
Aos auxiliar teacutecnico Vitor Vlnieska do laboratoacuterio de microbiologia por ajuda na
elucidaccedilatildeo do infravermelho
Ao secretaacuterio Jean Godoi por seu auxilio e dedicaccedilatildeo com o Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo
Ao meu marido Carlos Gustavo Pacheco por seu amor carinho incentivo
irrestrito
Agradeccedilo de forma especial ao Prof Dr Vicente Pacheco pelo incentivo de
ingressar no mestrado
A todos os amigos que embora natildeo citados nominalmente foram importantes
para realizaccedilatildeo deste trabalho
Enfim a todos os que direta e indiretamente ou ainda anonimamente
colaboraram na execuccedilatildeo desta jornada e tornaram viaacuteveis todos os passos para a
realizaccedilatildeo do curso
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANAacute
SAMANTA DALIANA GOLIN PACHECO
USO DO SAL DE BIXINA EXTRAIacuteDO DO URUCUM (Bixa orellana L) COMO
SUBSTITUINTE DO NITRITO DE SOacuteDIO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Dissertaccedilatildeo apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Setor de Ciecircncias da Sauacutede Universidade Federal do Paranaacute como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias Farmacecircuticas
Orientadora Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira
Co-orientadores ProfDrCarlos Eduardo Rocha Garcia ProfDrObduacutelio Gomes Miguel
CURITIBA 2014
Aos meus amados pais
Modesto Golin e Divanir Dalla Costa
e irmatildeos Marco Thiago e Sara
Agrave toda famiacutelia e amigos que deram
suporte para estar onde estou
Carlos Gustavo meu esposo amigo e amor
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida benccedilatildeo e proteccedilatildeo
Agrave Universidade Federal do Paranaacute por propiciar meios para frequentar o
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas
Aos meus orientadores Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira Prof Dr
Carlos Eduardo Rocha Garcia e Prof Dr Obduacutelio Gomes Miguel pela orientaccedilatildeo e
estiacutemulo para a realizaccedilatildeo deste trabalho que com compreensatildeo e carinho
participaram na elaboraccedilatildeo e execuccedilatildeo do projeto
Aos professores coordenadores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias
Farmacecircuticas Prof Dr Roberto Pontarolo e Profordf Drordf Marilis Dalarmi Miguel por
toda a dedicaccedilatildeo e incentivo prestado ao programa e aos poacutes-graduandos
Ao laboratoacuterio de Tecnologia em Alimentos do Departamento de Farmaacutecia e
as professoras Grace Maria de Castro Wille e Patriacutecia Teixeira Padilha da Silva pelo
apoio e incentivo em todos os momentos a teacutecnica Wandelice Gurski Chiampi pela
amizade e incentivo
Ao laboratoacuterio e professores de Fitoquiacutemica Tomoe Nakashima e Vitor Alberto
Kerber
Ao professor de toxicologia Ricardo Wagner por sua disposiccedilatildeo e auxiacutelio com
as anaacutelises de nitrito
Ao laboratoacuterio de Engenharia de Alimentos da UFPR em especial agrave
professora Maria Luacutecia Masson pela disponibilizaccedilatildeo de equipamentos essenciais ao
trabalho
Agrave professora Drordf Wanda Moskalewski Abrahatildeo e aos servidores e colegas do
Laboratoacuterio Central do Estado ndash LACEN do setor de Microbiologia de Alimentos
Ao Departamento de Quiacutemica por disponibilizar os aparelhos de Infra-
vermelho e Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
Ao Museu Botacircnico Municipal de Curitiba especialmente agrave sua diretora
Clarisse Poliquesi Juarez Cordeiro e Osmar dos Santos Ribas pelo apoio para
realizaccedilatildeo deste trabalho
Ao IAPAR de Morretes ndash PR pelo acolhimento e disponibilizaccedilatildeo para coleta
do urucum em especial ao Sr Luiz Adatildeo Ferreira da Silva pelo suporte para coleta
Ao professor Geraldo Pichet e ao doutorando Waldemar Volanski do
laboratoacuterio de bioquiacutemica pela amizade e auxilio nas horas de duacutevidas com
estatiacutestica
Ao estatiacutestico professor Dr Anselmo Chaves Neto pela contribuiccedilatildeo no
tratamento de dados estatiacutestico
A Capes e CNPq pelo auxiacutelio financeiro
Aos farmacecircuticos Giovanna Chippon Strapasson Daniele Santos
CamilaVandresen Viniacutecius Bednarczuk de Oliveira Paulo Roberto do Rego Monteiro
de Carvalho Viniacutecius Joseacute Bolognesi e Fernanda Orsquo Campos pela expressiva
colaboraccedilatildeo na realizaccedilatildeo da parte praacutetica e companheirismo na caminhada
Aos auxiliar teacutecnico Vitor Vlnieska do laboratoacuterio de microbiologia por ajuda na
elucidaccedilatildeo do infravermelho
Ao secretaacuterio Jean Godoi por seu auxilio e dedicaccedilatildeo com o Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo
Ao meu marido Carlos Gustavo Pacheco por seu amor carinho incentivo
irrestrito
Agradeccedilo de forma especial ao Prof Dr Vicente Pacheco pelo incentivo de
ingressar no mestrado
A todos os amigos que embora natildeo citados nominalmente foram importantes
para realizaccedilatildeo deste trabalho
Enfim a todos os que direta e indiretamente ou ainda anonimamente
colaboraram na execuccedilatildeo desta jornada e tornaram viaacuteveis todos os passos para a
realizaccedilatildeo do curso
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
Aos meus amados pais
Modesto Golin e Divanir Dalla Costa
e irmatildeos Marco Thiago e Sara
Agrave toda famiacutelia e amigos que deram
suporte para estar onde estou
Carlos Gustavo meu esposo amigo e amor
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida benccedilatildeo e proteccedilatildeo
Agrave Universidade Federal do Paranaacute por propiciar meios para frequentar o
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas
Aos meus orientadores Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira Prof Dr
Carlos Eduardo Rocha Garcia e Prof Dr Obduacutelio Gomes Miguel pela orientaccedilatildeo e
estiacutemulo para a realizaccedilatildeo deste trabalho que com compreensatildeo e carinho
participaram na elaboraccedilatildeo e execuccedilatildeo do projeto
Aos professores coordenadores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias
Farmacecircuticas Prof Dr Roberto Pontarolo e Profordf Drordf Marilis Dalarmi Miguel por
toda a dedicaccedilatildeo e incentivo prestado ao programa e aos poacutes-graduandos
Ao laboratoacuterio de Tecnologia em Alimentos do Departamento de Farmaacutecia e
as professoras Grace Maria de Castro Wille e Patriacutecia Teixeira Padilha da Silva pelo
apoio e incentivo em todos os momentos a teacutecnica Wandelice Gurski Chiampi pela
amizade e incentivo
Ao laboratoacuterio e professores de Fitoquiacutemica Tomoe Nakashima e Vitor Alberto
Kerber
Ao professor de toxicologia Ricardo Wagner por sua disposiccedilatildeo e auxiacutelio com
as anaacutelises de nitrito
Ao laboratoacuterio de Engenharia de Alimentos da UFPR em especial agrave
professora Maria Luacutecia Masson pela disponibilizaccedilatildeo de equipamentos essenciais ao
trabalho
Agrave professora Drordf Wanda Moskalewski Abrahatildeo e aos servidores e colegas do
Laboratoacuterio Central do Estado ndash LACEN do setor de Microbiologia de Alimentos
Ao Departamento de Quiacutemica por disponibilizar os aparelhos de Infra-
vermelho e Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
Ao Museu Botacircnico Municipal de Curitiba especialmente agrave sua diretora
Clarisse Poliquesi Juarez Cordeiro e Osmar dos Santos Ribas pelo apoio para
realizaccedilatildeo deste trabalho
Ao IAPAR de Morretes ndash PR pelo acolhimento e disponibilizaccedilatildeo para coleta
do urucum em especial ao Sr Luiz Adatildeo Ferreira da Silva pelo suporte para coleta
Ao professor Geraldo Pichet e ao doutorando Waldemar Volanski do
laboratoacuterio de bioquiacutemica pela amizade e auxilio nas horas de duacutevidas com
estatiacutestica
Ao estatiacutestico professor Dr Anselmo Chaves Neto pela contribuiccedilatildeo no
tratamento de dados estatiacutestico
A Capes e CNPq pelo auxiacutelio financeiro
Aos farmacecircuticos Giovanna Chippon Strapasson Daniele Santos
CamilaVandresen Viniacutecius Bednarczuk de Oliveira Paulo Roberto do Rego Monteiro
de Carvalho Viniacutecius Joseacute Bolognesi e Fernanda Orsquo Campos pela expressiva
colaboraccedilatildeo na realizaccedilatildeo da parte praacutetica e companheirismo na caminhada
Aos auxiliar teacutecnico Vitor Vlnieska do laboratoacuterio de microbiologia por ajuda na
elucidaccedilatildeo do infravermelho
Ao secretaacuterio Jean Godoi por seu auxilio e dedicaccedilatildeo com o Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo
Ao meu marido Carlos Gustavo Pacheco por seu amor carinho incentivo
irrestrito
Agradeccedilo de forma especial ao Prof Dr Vicente Pacheco pelo incentivo de
ingressar no mestrado
A todos os amigos que embora natildeo citados nominalmente foram importantes
para realizaccedilatildeo deste trabalho
Enfim a todos os que direta e indiretamente ou ainda anonimamente
colaboraram na execuccedilatildeo desta jornada e tornaram viaacuteveis todos os passos para a
realizaccedilatildeo do curso
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida benccedilatildeo e proteccedilatildeo
Agrave Universidade Federal do Paranaacute por propiciar meios para frequentar o
Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas
Aos meus orientadores Profordf Drordf Sandra Mara Woranovicz Barreira Prof Dr
Carlos Eduardo Rocha Garcia e Prof Dr Obduacutelio Gomes Miguel pela orientaccedilatildeo e
estiacutemulo para a realizaccedilatildeo deste trabalho que com compreensatildeo e carinho
participaram na elaboraccedilatildeo e execuccedilatildeo do projeto
Aos professores coordenadores do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias
Farmacecircuticas Prof Dr Roberto Pontarolo e Profordf Drordf Marilis Dalarmi Miguel por
toda a dedicaccedilatildeo e incentivo prestado ao programa e aos poacutes-graduandos
Ao laboratoacuterio de Tecnologia em Alimentos do Departamento de Farmaacutecia e
as professoras Grace Maria de Castro Wille e Patriacutecia Teixeira Padilha da Silva pelo
apoio e incentivo em todos os momentos a teacutecnica Wandelice Gurski Chiampi pela
amizade e incentivo
Ao laboratoacuterio e professores de Fitoquiacutemica Tomoe Nakashima e Vitor Alberto
Kerber
Ao professor de toxicologia Ricardo Wagner por sua disposiccedilatildeo e auxiacutelio com
as anaacutelises de nitrito
Ao laboratoacuterio de Engenharia de Alimentos da UFPR em especial agrave
professora Maria Luacutecia Masson pela disponibilizaccedilatildeo de equipamentos essenciais ao
trabalho
Agrave professora Drordf Wanda Moskalewski Abrahatildeo e aos servidores e colegas do
Laboratoacuterio Central do Estado ndash LACEN do setor de Microbiologia de Alimentos
Ao Departamento de Quiacutemica por disponibilizar os aparelhos de Infra-
vermelho e Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
Ao Museu Botacircnico Municipal de Curitiba especialmente agrave sua diretora
Clarisse Poliquesi Juarez Cordeiro e Osmar dos Santos Ribas pelo apoio para
realizaccedilatildeo deste trabalho
Ao IAPAR de Morretes ndash PR pelo acolhimento e disponibilizaccedilatildeo para coleta
do urucum em especial ao Sr Luiz Adatildeo Ferreira da Silva pelo suporte para coleta
Ao professor Geraldo Pichet e ao doutorando Waldemar Volanski do
laboratoacuterio de bioquiacutemica pela amizade e auxilio nas horas de duacutevidas com
estatiacutestica
Ao estatiacutestico professor Dr Anselmo Chaves Neto pela contribuiccedilatildeo no
tratamento de dados estatiacutestico
A Capes e CNPq pelo auxiacutelio financeiro
Aos farmacecircuticos Giovanna Chippon Strapasson Daniele Santos
CamilaVandresen Viniacutecius Bednarczuk de Oliveira Paulo Roberto do Rego Monteiro
de Carvalho Viniacutecius Joseacute Bolognesi e Fernanda Orsquo Campos pela expressiva
colaboraccedilatildeo na realizaccedilatildeo da parte praacutetica e companheirismo na caminhada
Aos auxiliar teacutecnico Vitor Vlnieska do laboratoacuterio de microbiologia por ajuda na
elucidaccedilatildeo do infravermelho
Ao secretaacuterio Jean Godoi por seu auxilio e dedicaccedilatildeo com o Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo
Ao meu marido Carlos Gustavo Pacheco por seu amor carinho incentivo
irrestrito
Agradeccedilo de forma especial ao Prof Dr Vicente Pacheco pelo incentivo de
ingressar no mestrado
A todos os amigos que embora natildeo citados nominalmente foram importantes
para realizaccedilatildeo deste trabalho
Enfim a todos os que direta e indiretamente ou ainda anonimamente
colaboraram na execuccedilatildeo desta jornada e tornaram viaacuteveis todos os passos para a
realizaccedilatildeo do curso
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
Ao professor Geraldo Pichet e ao doutorando Waldemar Volanski do
laboratoacuterio de bioquiacutemica pela amizade e auxilio nas horas de duacutevidas com
estatiacutestica
Ao estatiacutestico professor Dr Anselmo Chaves Neto pela contribuiccedilatildeo no
tratamento de dados estatiacutestico
A Capes e CNPq pelo auxiacutelio financeiro
Aos farmacecircuticos Giovanna Chippon Strapasson Daniele Santos
CamilaVandresen Viniacutecius Bednarczuk de Oliveira Paulo Roberto do Rego Monteiro
de Carvalho Viniacutecius Joseacute Bolognesi e Fernanda Orsquo Campos pela expressiva
colaboraccedilatildeo na realizaccedilatildeo da parte praacutetica e companheirismo na caminhada
Aos auxiliar teacutecnico Vitor Vlnieska do laboratoacuterio de microbiologia por ajuda na
elucidaccedilatildeo do infravermelho
Ao secretaacuterio Jean Godoi por seu auxilio e dedicaccedilatildeo com o Programa de
Poacutes-graduaccedilatildeo
Ao meu marido Carlos Gustavo Pacheco por seu amor carinho incentivo
irrestrito
Agradeccedilo de forma especial ao Prof Dr Vicente Pacheco pelo incentivo de
ingressar no mestrado
A todos os amigos que embora natildeo citados nominalmente foram importantes
para realizaccedilatildeo deste trabalho
Enfim a todos os que direta e indiretamente ou ainda anonimamente
colaboraram na execuccedilatildeo desta jornada e tornaram viaacuteveis todos os passos para a
realizaccedilatildeo do curso
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
ldquoSe vi mais longe foi por estar de peacute sobre ombros de gigantes
- Carta para Robert Hooke (15 de Fevereiro de 1676)
O que sabemos eacute uma gota o que ignoramos eacute um oceano
- Em 1687 Explicando a sua Terceira Lei de Newton - Accedilatildeo
e Reaccedilatildeo
Isaac Newton ( 4 de janeiro de 1643 - dagger 31 de marccedilo de 1727
pelo calendaacuterio gregoriano)
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
RESUMO
O nitrito de soacutedio eacute um aditivo de muacuteltiplas funccedilotildees tecnoloacutegicas na induacutestria caacuternea No entanto em razatildeo da crescente preocupaccedilatildeo quanto agrave sua toxicidade diversos estudos buscam alternativas para reduzir seu uso O urucum (Bixa orellana L) eacute um vegetal fonte de carotenoides como bixina e norbixina amplamente utilizado como corante alimentiacutecio Este trabalho teve como objetivo avaliar o sal de bixina extraiacutedo do urucum como substituinte do nitrito de soacutedio (NaNO2) em produtos caacuterneos reestruturados As peccedilas caacuterneas foram elaboradas utilizando como mateacuteria prima cortes comerciais de patinho bovino (Vastus lateralis) caracterizadas quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica congeladas a -16ordmC e avaliadas na forma crua ou grelhada por ateacute 60 dias O sal de bixina foi obtido a partir de sementes de urucum submetidas a gradiente de extraccedilatildeo de crescente polaridade provida por solventes orgacircnicos (hexano clorofoacutermio acetato de etila e etanol) Os cristais de bixina obtidos (51 de rendimento) foram saponificados utilizando hidroacutexido de potaacutessio (KOH) resultando em um sal A substituiccedilatildeo do NaNO2 foi avaliada nas seguintes condiccedilotildees NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) O efeito da substituiccedilatildeo do NaNO2 pelo sal de bixina foi avaliado quanto agraves concentraccedilotildees residuais de nitritos niacuteveis de TBARS cor (componentes L a e b) teste sensorial de preferecircncia e paracircmetros microbioloacutegicos Os niacuteveis residuais de nitrito sofreram reduccedilatildeo acima 35 e 60 ao termino do processo e apoacutes 7 dias de armazenamento respecitvamente e natildeo foram mais passiacuteveis de detecccedilatildeo em anaacutelises realizadas apoacutes o 30ordm dia O NaNO2 proporcionou o maior efeito antioxidante poreacutem o sal de bixina durante o periacuteodo de armazenamento reduziu a oxidaccedilatildeo aproximadamente entre 60 e 30 nos tratamentos BIXNIT e BIX respectivamente durante o armazenamento O sal de bixina promoveu cor vermelha (a) e amarela (b) e essas foram estaacuteveis durante o periacuteodo de anaacutelises (60 dias) nas amostras avaliadas cruas ou congeladas Apoacutes 60 dias de armazenamento a aceitaccedilatildeo visual das amostras cruas NIT (45) foi inferior ao CTRL (82) e superadas por BIX (83) e BIXNIT (80) de forma geral este comportamento se repetiu durante o periacuteodo avaliado e tambeacutem no produto grelhado Nas condiccedilotildees avaliadas natildeo foi verificada significativa accedilatildeo antimicrobiana nos tratamentos com nitrito ou contendo bixina O uso do sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor e accedilatildeo antioxidante nos produtos caacuterneos reestruturados em substituiccedilatildeo total e parcial ao nitrito de soacutedio Palavras-chave carne carotenoides cor hambuacuterguer oxidaccedilatildeo sensorial
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
ABSTRACT
Sodium nitrite is an additive with multiple technology function in the meat industry However due to the increasing concern about its toxicity many studies seek alternatives to reduce its use Annatto (Bixa orellana L) is a natural source of carotenoids such as bixin and norbixina widely used as food coloring This study aimed to evaluate the salt extracted from annatto bixin as a substitute for sodium nitrite (NaNO2) in restructured meat products Meat pieces were prepared using raw retail cuts of beef Duckling (Vastus lateralis) chemical composition characterized frozen at -16 ordm C and evaluated raw or grilled for up to 60 days The salt of bixin was obtained from annatto seeds subjected to extraction gradient of increasing polarity provided by organic solvents (hexane chloroform ethyl acetate ethanol) The bixin crystals obtained (51 yield) were saponified using potassium hydroxide (KOH) resulting in a salt Substitution of NaNO2 was evaluated under the following conditions NIT (1500) BIXNIT (25075) BIX (5000) e CTRL (00) The effect of replacing NaNO2 with bixin salt was evaluated through residual concentrations of nitrite TBARS color (L components a and b) sensory preference test and microbiological parameters Residual nitrite levels were reduced above 35 and 60 at the conclusion of the process and after seven days of storage respectively There were no detection on nitrite levels after the 30th day NaNO2 showed the highest antioxidant effect however bixin salt reduced oxidation between approximately 60 and 30 in BIXNIT and BIX treatments respectively during storage The salt of bixin promoted red (a) and yellow coloring (b) which were stable during the tests (60 days) measured in both fresh and frozen samples After 60 days of storage the visual acceptability of raw samples NIT (45) was lower than the CTRL (82) less than BIX (83) and BIXNIT (80) in general this behavior was repeated during the study period and also with the grilled product This study showed no significant antimicrobial activity in treatments with nitrite or containing bixin The use of bixin salt proved to be a viable alternative to provide color and antioxidant activity in restructured meat products to replace sodium nitrite Key words meat carotenoids colour hamburger oxidation sensory analysis
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO 6
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA
10
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA
BIXACEAE 12
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA 13
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE 15
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE
CURITIBA-PR BRASIL 21
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU
BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL 22
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp 30
FIGURA 9 - TUBOS DE TSI E LIA CARACTERIacuteSTICOS E AGAR SS PARA
ISOLAMENTO DOS GEcircNEROS Salmonella E Shigella 32
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO 33
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRANDO A TEacuteCNICA DE NMP DE
COLIFORMES A 35 E 45degC 33
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE
POSITIVA 34
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE
COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO 38
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO
MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE 38
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) 45
FIGURA 16 - ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA 46
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA 47
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS 24
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE
BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC 44
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO 48
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS
REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA 50
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO
ldquoCRUrdquo 52
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 54
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 54
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 56
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 57
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoCRUASrdquo 57
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA
SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS
ldquoGRELHADASrdquo 58
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE
NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS
CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM
SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA 60
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO 62
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 30 DIAS 64
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE
BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS
ARMAZENADOS POR 60 DIAS 64
LISTA DE SIacuteMBOLOS SIGLAS E ABREVIATURAS
ordmC ndash Graus Celsius
C ndash Carbono
cm ndash Centiacutemetro
cP ndash Centi Poise
g ndash Grama
H ndash Hidrogecircnio
Hz ndash Hertz
M ndash Molar
mg ndash Miligrama
MHz ndash Megahertz
min ndash Minutos
mL ndash Mililitros
mm ndash Miliacutemetro
nm ndash Nanocircmetros
reg ndash Marca registrada
λ ndash Comprimento de onda
λ maacutex
ndash Comprimento de onda maacuteximo
μg ndash Microgramas
μL ndash Microlitro
μm ndash Microcircmetro
μM ndash Micromols
T ndash Tensatildeo de cisalhamento
ABIEC - Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes
Abs ndash Absorbacircncia
Agar HE - Agar Hectoen
Agar SS - Agar Salmonella-Shigella
Agar XLD - Agar xilose lisina desoxicolato
AGE ndash Aacutecido Graxo Essencial
AGS ndash Aacutecido Graxo Saturado
AGMI ndash Aacutecido Graxo Monoinsaturado
AGPI ndash Aacutecido Graxo Poliinsaturado
ANVISA ndash Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
BHA ndash Butil hidroxianisol
BHT ndash Butil hidroxitolueno
CDCl3 ndash Clorofoacutermio deuterado
CG-EM ndash Cromatografia gasosa associada ao espectrocircmetro de massa
CLAE ndash Cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia
DMSO ndash Dimetilsulfoacutexido
DNA ndash Aacutecido desoxirribonucleacuteico
DP - Desvio padratildeo
EMBRAPA ndash Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria
EROs ndash Espeacutecies reativas de oxigecircnio
ERMO ndash Espeacutecies reativas do metabolismo do oxigecircnio
FAO ndash Food and Agriculture Organization
IAP ndash Instituto Ambiental do Paranaacute
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
IV ndash Infravermelho
LACEN ndash Laboratoacuterio Central do Estado do Paranaacute
LACOMA ndash Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos
Aacutegua
LANARA ndash Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal
LIA - Agar lisina ferro
MS ndash Ministeacuterio da Sauacutede
Mb ndash Mioglobina
NaNO2 ndash Nitrito de soacutedio
NO ndash Oacutexido niacutetrico
NOMb ndash Nitrosomioglobina
MMb ndash Metamioglobina
NMP ndash Nuacutemero Mais Provaacutevel
RDC ndash Resoluccedilatildeo da diretoria colegiada
RMN ndash Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear
TBARS ndash Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
TSI - Agar triacuteplice accediluacutecar ferro
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 1
11 OBJETIVOS 3
111 Objetivo geral 3
112 Objetivos especiacuteficos 3
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 4
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA 4
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 4
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 6
24 ANTIOXIDANTES 7
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS 9
26 CAROTENOIDES 10
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana l) 11
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides 14
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS 16
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS 18
3 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
31 MATERIAL BOTAcircNICO 21
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 22
321 Identificaccedilatildeo da bixina 23
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE 24
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS 24
331 Composiccedilatildeo Fiacutesico-Quiacutemica da Mateacuteria-Prima e Produto Reestruturado 25
332 Umidade 25
333 Proteiacutenas 26
334 Lipiacutedios 26
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo 26
336 Determinaccedilatildeo do pH 26
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos 27
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 27
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO 28
36 ANAacuteLISE SENSORIAL 29
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 29
371 Pesquisa de Salmonella spp 30
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp 31
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp 32
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes 33
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva 34
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC 35
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina 36
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade 37
3743 Expressatildeo dos resultados 37
38 ASPECTOS EacuteTICOS 39
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA 39
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 40
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA 40
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA 40
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE 45
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA 47
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS 49
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS 51
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR 53
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados 53
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL59
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia 59
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS 61
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 66
REFEREcircNCIAS 67
ANEXOS 87
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
O processamento da carne origina-se em tempos preacute-histoacutericos
Possivelmente os primeiros processos utilizados foram a desidrataccedilatildeo provida pelo
sol salga e defumaccedilatildeo Dentre os processos tradicionais para conservaccedilatildeo das
carnes destacam-se a cura expressatildeo que remete agrave conservaccedilatildeo de um produto
por adiccedilatildeo de sal nitratos eou nitritos e outros coadjuvantes como accediluacutecar e
antioxidantes (SKIBISTED 1992 ROCcedilA 2000 GARCIA et al 2002) A cura das
carnes eacute um procedimento que tem por finalidade conservar a carne por um periacuteodo
de tempo maior aleacutem de lhe conferir qualidades sensoriais como sabor e aroma
agradaacuteveis e coloraccedilatildeo vermelha ou roacutesea atraente (ROCcedilA 1981 YOUSSEF et al
2003 YOUSSEF et al 2011)
A rancidez ou oxidaccedilatildeo de lipiacutedios eacute a principal deterioraccedilatildeo que acompanha
os produtos caacuterneos limitando a vida uacutetil do produto agrave medida que gera produtos
toacutexicos e indesejaacuteveis do ponto de vista sensorial destroacutei vitaminas lipossoluacuteveis e
aacutecidos graxos essenciais (GRAY 1978)
Quando adicionado a carnes curadas o nitrito tem funccedilotildees de inibir a oxidaccedilatildeo
lipiacutedica e o desenvolvimento de bacteacuterias dos alimentos especialmente Clostridium
botulinum um micro-organismo esporulado que pode se desenvolver sob condiccedilotildees
anaeroacutebicas e produzir uma neurotoxina letal aos seres vivos (WOODS 1990) O
nitrito somado ao cozimento e a adiccedilatildeo de sais eacute uma proteccedilatildeo contra a
intoxicaccedilatildeo alimentar por esse micro-organismo (PIERSON 1982)
O nitrito eacute um aditivo essencial em carnes curadas e apoacutes ser reduzido oacutexido
niacutetrico (NO) interage com a mioglobina (Mb) e resulta na nitrosomioglobina (NOMb)
um pigmento de cor vermelha caracteriacutestica dos produtos curados Quando
aquecido o pigmento NOMb eacute convertido a nitroso-hemocromo que possui a cor
roacutesea caracteriacutestica de produtos curados e cozidos A adiccedilatildeo de um agente redutor
por exemplo o aacutecido ascoacuterbico favorece o desenvolvimento da coloraccedilatildeo desejada
Os pigmentos nitrosomioglobina (vermelho) e nitroso-hemocromo (rosado) satildeo
sensiacuteveis agrave luz e agrave oxidaccedilatildeo (PRICE SCHWEIGERT 1971 SHALABY 1996
MITACEK et al 1999)
2
O uso de aditivos com a intenccedilatildeo de tornar os alimentos visualmente mais
atraentes seja na induacutestria alimentiacutecia ou no uso domeacutestico cotidiano eacute bastante
comum (ARAUacuteJO 1999) Conservantes e corantes estatildeo cada vez mais presentes
nos alimentos industrializados Os produtos naturais tecircm apresentado uma demanda
crescente natildeo apenas no segmento de alimentos como tambeacutem na induacutestria de
cosmeacuteticos Muitos satildeo os corantes antioxidantes e oacuteleos essenciais hoje utilizados
nesse nicho de mercado (OLIVEIRA 2005) A substituiccedilatildeo parcial do nitrito por
antioxidantes naturais pode ser sugerida como uma pratica tecnoloacutegica viaacutevel do
ponto de vista sanitaacuterio e sensorial relativo agrave cor da carne (RODRIGUEZ-AMAYA
2001 BENEDETTI et al 2011)
O corante bixina extraiacutedo do pericarpo das sementes de urucum (Bixa
orellana L) um arbusto nativo do Brasil e de outras regiotildees tropicais do planeta eacute
utilizado em vaacuterias partes do mundo por conferir coloraccedilatildeo vermelho-alaranjada
atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados (MERCADANTE et al
1996 RODRIGUEZ-AMAYA 2001) A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede reconhece
sua toxidade como negligenciaacutevel tanto para o consumo humano como para sua
aplicaccedilatildeo na pele Encontram-se na literatura informaccedilotildees relacionadas ao emprego
na medicina como composto adstringente bactericida agente antioxidante eficaz no
combate aos radicais livres ou ainda para controle de taxas de colesterol e reduccedilatildeo
dos niacuteveis de trigliceacuterides no sangue (OLIVEIRA 2005 GOLIN et al 2013a)
Embora a atividade antioxidante dos carotenoides do urucum tenha sido
observada em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no 1004 de 11
de novembro de 1998 reconhece seu extrato como um corante que pode ser
utilizado em concentraccedilotildees de ateacute 0002 g100 g de produtos caacuterneos natildeo sendo
permitido o uso deste aditivo em carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
Desta forma este trabalho avalia o urucum como antioxidante natural e
promotor da coloraccedilatildeo vermelha em substituiccedilatildeo ao nitrito nos produtos caacuterneos
reestruturados
3
11 OBJETIVOS
111 Objetivo geral
Investigar o uso do sal de bixina extraiacutedo do urucum como possiacutevel
substituinte do nitrito de soacutedio em produtos caacuterneos reestruturados
112 Objetivos especiacuteficos
Obter sal de bixina com grau de pureza compatiacutevel ao uso alimentiacutecio
Investigar a capacidade do sal de bixina substituir o efeito corante do nitrito
de soacutedio em produtos caacuterneos
Mensurar o efeito antioxidante do sal de bixina em comparaccedilatildeo ao nitrito
de soacutedio nos derivados caacuterneos reestruturados
Analisar o efeito antimicrobiano do sal de bixina nestes produtos
Analisar o efeito do sal de bixina sobre a aceitaccedilatildeo sensorial dos produtos
caacuterneos reestruturados
4
2 REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
21 INDUacuteSTRIA CAacuteRNEA
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria as carnes satildeo os
tecidos comestiacuteveis dos animais de accedilougue englobando muacutesculos com ou sem
base oacutessea gorduras e viacutesceras podendo os mesmos ser in natura ou processados
(EMBRAPA 2002) Carne de accedilougue satildeo as massas musculares maturadas e
demais tecidos que as acompanham incluindo ou natildeo a base oacutessea
correspondente procedentes de animais abatidos sob inspeccedilatildeo veterinaacuteria e
submetidos agrave mudanccedila (RIISPOA 1952)
De forma complementar produto caacuterneo eacute toda carne na qual as
propriedades originais da mateacuteria prima tenham sido alteradas por um ou mais dos
seguintes procedimentos moagem floculaccedilatildeo ou emulsatildeo adiccedilatildeo de temperos
adiccedilatildeo de agentes da cura ou tratamento teacutermico (BRASIL 2003)
A produccedilatildeo e consumo de carne ainda eacute um porto seguro que garante a
renda dos produtores no paiacutes (ABIEC 2013) Em 2012 o consumo per capita foi de
47 quilos de carne de frango por ano 35 quilos de bovina e 15 quilos de suiacutenos O
abate de bovinos no Brasil alcanccedilou recorde pelo segundo ano consecutivo com
344 milhotildees de cabeccedilas abatidas em 2013 O resultado eacute 106 superior ao
desempenho do ano anterior quando foram abatidas 311 milhotildees de cabeccedilas
(IBGE 2013)
22 PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
Os produtos reestruturados semi-prontos para o consumo como
almocircndegas kibes hambuacutergueres nuggets apresentam-se como alternativa para o
mercado Para o consumidor estes produtos satildeo uma opccedilatildeo diante da crescente
necessidade de minimizar o tempo de preparo dos alimentos principalmente para a
populaccedilatildeo dos grandes centros urbanos (BORBA et al 2013) Neste contexto os
5
produtos caacuterneos reestruturados jaacute fazem parte da rotina alimentar dos brasileiros
em virtude de suas caracteriacutesticas sensoriais facilidade de preparo e elevado teor
de lipiacutedios proteiacutenas vitaminas e minerais (QUEIROZ et al 2005 SANTOS et al
2009)
Os produtos e preparaccedilotildees agrave base de carne bovina moiacuteda ao menos os
principais apresentam regulamentaccedilotildees especiacuteficas e com limites impostos agrave
composiccedilotildees diferenciadas As almocircndegas por exemplo devem apresentar teor de
gordura maacutexima 18 proteiacutena bruta miacutenima 12 carboidratos 10 e teor de
caacutelcio maacuteximo base seca 01 Para hambuacutergueres o teor de gordura maacutexima eacute
23 proteiacutena miacutenimo 15 carboidratos totais 3 e teor de caacutelcio maacuteximo base
seca 01 (BRASIL 2000)
Conforme a legislaccedilatildeo especiacutefica (BRASIL 2000) hambuacuterguer eacute um produto
caacuterneo industrializado obtido da carne moiacuteda dos animais de accedilougue adicionado
ou natildeo de tecido adiposo e ingredientes moldado e submetido a processo
tecnoloacutegico adequado Tem como ingrediente obrigatoacuterio carne e como ingredientes
opcionais gordura animal ou vegetal aacutegua sal proteiacutenas de origem animal eou
vegetal leite em poacute accediluacutecares maltodextrina aditivos intencionais condimentos
aromas e especiarias vegetais queijos e outros recheios O limite maacuteximo de
adiccedilatildeo de carne mecanicamente separada eacute 30 exclusivamente em hambuacuterguer
cozido e de no maacuteximo 4 de proteiacutena natildeo caacuternea na forma agregada
O consumo desses tipos de alimentos industrializados tem aumentado de
maneira vertiginosa uma uacutenica rede de ldquofast foodrdquo comercializa anualmente mais de
100 bilhotildees de hambuacutergueres no mundo numa taxa de 75 hambuacutergueres por
segundo (SPENCER FRANK MCINTOSH 2005 BORBA et al 2013) A
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Agricultura e a Alimentaccedilatildeo (FAO) e a
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) previram que o hambuacuterguer seraacute uma das
preparaccedilotildees mais difundidas no mundo ateacute 2020 superando a pizza (CAYE et al
2009 BORBA et al 2013) Atualmente com a crescente industrializaccedilatildeo de
produtos caacuterneos o hambuacuterguer eacute uma alternativa para o aproveitamento de carnes
menos nobres (COSTA 2004 BORBA et al 2013)
6
23 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
Os lipiacutedios satildeo importantes componentes dos produtos caacuterneos conferindo
caracteriacutesticas sensoriais desejaacuteveis Por outro lado satildeo facilmente oxidaacuteveis
levando agrave rancidez por meio do desenvolvimento de substacircncias indesejaacuteveis o que
compromete a validade e qualidade do produto final Os lipiacutedios dos produtos
caacuterneos satildeo constituiacutedos de uma mistura de mono di e triacilgliceroacuteis aacutecidos graxos
livres fosfolipiacutedios glicolipiacutedios esteroacuteis e outras substacircncias lipossoluacuteveis Desses
os aacutecidos graxos insaturados satildeo aqueles suscetiacuteveis ao processo oxidativo Estima-
se que o aacutecido linoleacuteico (182) seja de 10 a 40 vezes mais suscetiacutevel agrave oxidaccedilatildeo que
o aacutecido oleacuteico (181) (RAHARJO SOFOS 1993 GOMES et al 2003 FENNEMA
2010 SERAFINI 2013)
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser acelerada pelo processamento da carne em
operaccedilotildees como corte e cozimento os quais rompem as membranas do muacutesculo
facilitando a interaccedilatildeo dos aacutecidos graxos insaturados com substacircncias proacute-
oxidantes O ferro e os demais metais de transiccedilatildeo presentes na composiccedilatildeo da
mioglobina podem reagir com radicais livres formando o radical hidroxil que provoca
danos em proteiacutenas aacutecidos nucleacuteicos e retira o hidrogecircnio dos aacutecidos graxos
poliinsaturados (RAHARJO SOFOS 1993 FENNEMA 2010) O processo de auto-
oxidaccedilatildeo lipiacutedica pode ser resumido nas seguintes etapas (FIGURA 1)
FIGURA 1 - ESQUEMA GERAL DO MECANISMO DE OXIDACcedilAtildeO
FONTE FARMER (1942)
7
A autoxidacatildeo dos lipiacutedios estaacute associada agrave reaccedilatildeo do oxigecircnio com aacutecidos
graxos insaturados e ocorre em trecircs etapas
Iniciaccedilatildeo ndash ocorre a formaccedilatildeo dos radicais livres do aacutecido graxo devido agrave
retirada de um hidrogecircnio do carbono aliacutelico da moleacutecula em condiccedilotildees favorecidas
por luz e calor
Propagaccedilatildeo ndash os radicais livres que satildeo prontamente susceptiacuteveis ao ataque
do oxigecircnio atmosfeacuterico satildeo convertidos em outros radicais aparecendo os produtos
primaacuterios de oxidaccedilatildeo (peroacutexidos e hidroperoacutexidos) Os radicais livres formados
atuam como propagadores da reaccedilatildeo onde ocorre um processo autocataliacutetico
Teacutermino ndash dois radicais livres interagem resultando formaccedilatildeo de produtos
estaacuteveis (produtos secundaacuterios de oxidaccedilatildeo) obtidos por cisatildeo e rearranjo dos
peroacutexidos (epoacutexidos compostos volaacuteteis e natildeo volaacuteteis)
Para evitar a oxidaccedilatildeo em produtos caacuterneos haacute a necessidade de diminuir a
incidecircncia dos fatores que a favorecem como minimizar os niacuteveis de energia
(temperatura e luz) responsaacuteveis pelo desencadeamento do processo de formaccedilatildeo
de radicais livres Outra estrateacutegia seria evitar a presenccedila de traccedilos de metais
prejudicando o contato com oxigecircnio e bloquear a formaccedilatildeo de radicais livres por
meio da utilizaccedilatildeo de antioxidantes os quais em pequenas quantidades atuam
interferindo nos processos de oxidaccedilatildeo de lipiacutedios (BEKHIT et al 2003 RAMALHO
JORGE 2006 BANtildeOacuteN et al 2007)
24 ANTIOXIDANTES
Os antioxidantes satildeo capazes de inibir a oxidaccedilatildeo de diversos substratos de
moleacuteculas simples a poliacutemeros e biossistemas complexos e atuam por meio de dois
mecanismos O primeiro envolve a inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo de radicais livres que
possibilitam a etapa de iniciaccedilatildeo jaacute o segundo abrange a eliminaccedilatildeo de radicais
importantes na etapa de propagaccedilatildeo como alcoxila e peroxila atraveacutes da doaccedilatildeo de
aacutetomos de hidrogecircnio a estas moleacuteculas interrompendo a reaccedilatildeo em cadeia
(NAMIKI 1990 SIMIC JAVANOVIC 1994 SOARES 2002)
Os antioxidantes podem ser classificados em primaacuterios secundaacuterios
sinergistas removedores de oxigecircnio bioloacutegicos agentes quelantes e mistos Os
8
primaacuterios satildeo compostos de accedilatildeo antioxidante capazes de inibir ou retardar a
oxidaccedilatildeo por inativaccedilatildeo de radicais livres graccedilas agrave doaccedilatildeo de aacutetomos de hidrogecircnio
ou de eleacutetrons transformando os radicais em substacircncias estaacuteveis Os denominados
secundaacuterios apresentam uma grande variedade de modos de accedilatildeo como quelaccedilatildeo
de iacuteons metaacutelicos (alteraccedilatildeo de valecircncia) inativaccedilatildeo de Espeacutecies Reativas ao
Oxigecircnio (ERRO) conversatildeo de hidroperoacutexidos em espeacutecies natildeo-radicalares ou
absorccedilatildeo de radiaccedilatildeo UV (BAILEY 1996 MAISUTHISAKUL SUTTAJIT
PONGSAWATMANIT 2007)
Antioxidantes fenoacutelicos funcionam como estabilizadores de radicais e
algumas vezes como quelantes de metais (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA
1992) agindo tanto na etapa de iniciaccedilatildeo como na propagaccedilatildeo do processo
oxidativo Os produtos intermediaacuterios formados pela accedilatildeo destes antioxidantes satildeo
relativamente estaacuteveis devido agrave ressonacircncia do anel aromaacutetico demonstrada por
estas substacircncias (NAWAR 1985) Os compostos fenoacutelicos e alguns de seus
derivados satildeo portanto eficazes para prevenir a oxidaccedilatildeo lipiacutedica entretanto
poucos satildeo permitidos para o uso em alimentos devido principalmente agrave sua
toxicidade (SHAHIDI JANITHA WANASUNDARA 1992 SOARES 2002)
Na induacutestria de alimentos a oxidaccedilatildeo lipiacutedica eacute inibida por sequestradores
de radicais livres Neste caso os compostos mais utilizados entre outros satildeo butil-
hidroxi-anisol (BHA) butil-hidroxi-tolueno (BHT) teacutercio-butil-hidroxiquinona (TBHQ)
tri-hidroxi-butilfenona (THBP) propil galato (PG) e dentre os conservantes
utilizados em produtos caacuterneos encontra-se o nitrito Estudos toxicoloacutegicos tecircm
demonstrado a possibilidade de estes antioxidantes apresentarem algum efeito
toacutexico As organizaccedilotildees e comitecircs internacionais tecircm alterado nos uacuteltimos anos a
ingestatildeo diaacuteria aceitaacutevel (IDA) destas substacircncias como resultado de pesquisas
cientiacuteficas (SKOG JOHANSSON JAEgrave GERSTA 1998 SOARES 2002 AUN et al
2011 ALBUQUERQUE et al 2012)
Tendo em vista os indiacutecios de problemas que podem ser provocados pelo
consumo de antioxidantes sinteacuteticos pesquisas tecircm sido dirigidas no sentido de
encontrar produtos naturais com atividade antioxidante com o intuito de substituir os
sinteacuteticos ou fazer associaccedilotildees entre eles para diminuir sua quantidade nos
alimentos (WUumlRTZE 1990 SOARES 2002 GARCIA et al 2012 GOLIN et al
2013)
9
25 USO DO NITRITO COMO AGENTE ANTIOXIDANTE E CONSERVANTE EM
PRODUTOS CAacuteRNEOS
Originalmente utilizado no processo de cura como um conservante inibindo o
desenvolvimento do Clostridium botulinum o nitrito de soacutedio (NaNO2) aleacutem dos
desejaacuteveis efeitos sobre a coloraccedilatildeo e aroma proporciona aos produtos caacuterneos
curados maior estabilidade oxidativa (CASSENS 1995) Vaacuterios mecanismos tecircm
sido propostos para esclarecer a capacidade antioxidante deste composto Segundo
Honikel (2007) os nitritos podem formar complexos com a mioglobina evitando que
os iacuteons de ferro presentes nestas moleacuteculas possam atuar como catalisadores da
rancidez Os nitritos poderiam tambeacutem estabilizar os lipiacutedios das membranas que
satildeo rompidas durante os processos de cozimento ou moagem Sua atividade
antioxidante tambeacutem poderia ser esclarecida em razatildeo de sua capacidade quelante
e redutora da accedilatildeo cataliacutetica dos metais proacute-oxidativos
O oacutexido niacutetrico (NO) formado a partir das reaccedilotildees do nitrito de soacutedio
(NaNO2) possui a capacidade de reagir com a mioglobina (Mb) ou oximioglobina
(MbO2) presente nos produtos caacuterneos levando agrave formaccedilatildeo de nitrosomioglobina Ao
sofrer desnaturaccedilatildeo essa moleacutecula passa a permanecer irreversivelmente no
estado de nitrosohemocromo conferindo coloraccedilatildeo avermelhada estaacutevel ao produto
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 SKIBISTED 1992)
Existe uma estreita relaccedilatildeo entre o estado de valecircncia do ferro e os niacuteveis de
rancidez O ferro na forma Fe3+ foi encontrado na metamioglobina (MMb) pigmento
predominante nas formas mais oxidadas do charque enquanto Fe2+ foi o estado de
valecircncia predominante nas amostras menos oxidadas e que continham nitrito em
sua composiccedilatildeo (YOUSSEF et al 2003) A utilizaccedilatildeo de NaNO2 em carnes de peru
salgada e cozida mostrou a capacidade de promover a formaccedilatildeo de desejaacutevel
coloraccedilatildeo avermelhada e prolongar a estabilidade oxidativa do produto (WALSH et
al 1998)
No entanto o NaNO2 pode reagir com aminas secundaacuterias terciaacuterias ou
compostos contendo grupamentos amino para formar as nitrosaminas compostos
toacutexicos reconhecidamente mutagecircnicos Neste contexto existe o crescente interesse
em minimizar a ingestatildeo de nitrito As Agecircncias reguladoras pesquisadores e
induacutestrias tecircm trabalhado para reduzir os niacuteveis dos sais de cura a concentraccedilotildees
10
miacutenimas nos alimentos suficientes para evitar a ocorrecircncia de botulismo sem a
perda do controle oxidativo O emprego de substacircncias bloqueadoras da reaccedilatildeo de
nitrosaccedilatildeo como os ascorbatos e os tocoferoacuteis tambeacutem tecircm sido utilizados em
alguns paiacuteses como instrumentos eficazes na inibiccedilatildeo da formaccedilatildeo das nitrosaminas
(SCANLAN 1973 OHSHIMA BARTSCH 1981 CASSENS 1997)
26 CAROTENOIDES
Carotenoides satildeo tetraterpenoacuteides com 40 aacutetomos de carbonos (FIGURA 2)
que se caracterizam por apresentarem amplo espectro de cores partindo do
amarelo passando por laranja vermelho e alcanccedilando o puacuterpura (ROBBERS
SPEEDIE TYLER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
FIGURA 2 - ESTRUTURAS QUIacuteMICAS DO LICOPENO szlig-CAROTENO E LUTEIacuteNA FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005)
O elemento fundamental da estrutura dos carotenoides eacute uma grande cadeia
de oito unidades de isopreno que pode permanecer linear (como por exemplo na
estrutura do licopeno) ou entatildeo ciclizar-se em uma ou ambas as extremidades (β-
caroteno) Geralmente satildeo hidrocarbonetos mas por oxidaccedilatildeo podem originar as
xantofilas como por exemplo a luteiacutena (BRUNETON 1991 RODRIGUEZ-AMAYA
2001)
11
Os carotenoides acumulam-se nos cloroplastos de todas as plantas verdes
como uma mistura de alfa ( ) e β-carotenos β-criptoxantina luteiacutena zeaxantina
violaxantina e neoxantina estando complexados de forma natildeo covalente a
proteiacutenas Os carotenoides tambeacutem se encontram em micro-organismos nos quais
satildeo sintetizados pela rota metaboacutelica dos isoprenoacuteides Aproximadamente 80
carotenoides diferentes satildeo sintetizados por bacteacuterias fotossinteacuteticas e alguns
fungos filamentosos (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 MALDONADO et al 2003) As
funccedilotildees dos carotenoides na fotossiacutentese satildeo as de pigmentos para absorccedilatildeo de luz
e fotoprotetores contra danos oxidativos (DELGADO-VARGAS JIMEacuteNEZ
PAREDES-LOacutePES 2000)
Existem outros carotenoides com menos de 40 aacutetomos de carbono como eacute o
caso da bixina uma estrutura oxigenada com 24 carbonos na cadeia central (p 13)
(COSTA 1975 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005)
27 CAROTENOIDES EXTRAIacuteDOS DO URUCUM (Bixa orellana L)
A espeacutecie Bixa orellana L pertencente agrave famiacutelia Bixaceae conhecida
popularmente como urucum
leansstrauch (alematildeo) achiote ou onoto (espanhol) roccedilou (francecircs)
e achiote ou annatto (inglecircs) produz sementes utilizadas como mateacuteria-prima para
produccedilatildeo de um corante alimentiacutecio natural (ELIAS et al 2002 COSTA 2007
GARCIA et al 2012) Estatiacutesticas demonstram que a Ameacuterica Latina eacute o principal
produtor mundial de urucum com uma produccedilatildeo anual de aproximadamente 17 mil
toneladas das quais 12 mil satildeo originaacuterias no Brasil (COSTA 2007 EPAMIG 2008
GARCIA 2012)
A bixina eacute o principal pigmento correspondendo a mais de 80 dos
carotenoides totais encontrados no urucum (SATYANARAYANA PRABHAKARA
RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 GOLIN et al 2013) A semente
de urucum apresenta um pericarpo rico em bixina (metil hidrogecircnio 9rsquo-cis-66rsquo-
diapocaroteno-66rsquo-dioato) que eacute um diapocarotenoacuteide (C25H30O4) com configuraccedilatildeo
cis soluacutevel em solventes orgacircnicos e sendo o pigmento predominante nas
sementes nas preparaccedilotildees comerciais lipossoluacuteveis de urucum e em coloriacutefico
12
(BARBER et al 1961 PRESTON RICKARD 1980 KELLY 1996 MERCADANTE
STECK PFANDER 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
2004 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A norbixina (9-cis-66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato) encontrada em pequena
quantidade nas sementes eacute o pigmento principal das preparaccedilotildees hidrossoluacuteveis e
pode ser obtida pela saponificaccedilatildeo da bixina em meio alcalino Este pigmento
tambeacutem eacute um diapocarotenoacuteide com configuraccedilatildeo cis (C24H28O4) poreacutem soluacutevel em
solventes polares (KELLY 1996 MERCADANTE STECK PFANDER 1997
RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005)
Em razatildeo da intensidade das cores e da estabilidade frente agraves condiccedilotildees de
processamento os pigmentos da B orellana satildeo empregados como condimentos e
corantes de alimentos e bebidas derivados laacutecteos caacuterneos e produtos de
confeitaria (GIULIANO ROSATI BRAMLEY 2003 RODRIGUEZ-AMAYA 2001
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) As caracteriacutesticas morfoloacutegicas gerais da
famiacutelia Bixaceae estatildeo representadas na figura 3
FIGURA 3 - CARACTERIacuteSTICAS MORFOLOacuteGICAS GERAIS DA FAMIacuteLIA BIXACEAE FONTE JOLY (1987) NOTA 1 Aspecto geral de ramo floriacutefero 2 Flor cortada longitudinalmente 3 Antera vista de frente 4 Antera (porccedilatildeo terminal do estame) vista por traacutes 5 Detalhe do gineceu 6 Corte transversal ao ovaacuterio 7 Frutos 8 Fruto cortado longitudinalmente 9 Diagrama floral de Bixa orellana l
13
A bixina faz parte do grupo de compostos denominados apocarotenoides
tambeacutem chamado de norisoprenos Este grupo eacute gerado por uma clivagem oxidativa
nas moleacuteculas de carotenoides (tetraterpenoide de 40 carbonos) entre as posiccedilotildees
C9 e C10 que responde em meacutedia por 25 do peso das sementes secas de B
orellana Removendo-se o grupo metil eacutester da bixina obteacutem-se a norbixina um
aacutecido dicarboxiacutelico (EVANS 1992 OLIVEIRA 2005 OSOacuteRIO 2010) As estruturas
quiacutemicas destes corantes estatildeo representadas na figura 4
FIGURA 4 - ESTRUTURA DA BIXINA E DA NORBIXINA
FONTE RODRIGUEZ-AMAYA (2001) OLIVEIRA (2005) GARCIA (2012)
As diferenccedilas estruturais conferem agrave bixina caracteriacutesticas lipossoluacuteveis
devido agrave presenccedila do eacutester metiacutelico na moleacutecula ao contraacuterio da norbixina com
maior hidrossolubilidade em razatildeo da presenccedila do grupamento carboxila siacutetio de
interaccedilotildees com moleacuteculas de aacutegua (RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005
GARCIA et al 2012 GOLIN et al 2013) Estas particularidades determinam o tipo
de pigmento a ser utilizado como corante e o uso de solventes apropriados para
aplicaccedilatildeo na induacutestria caacuternea
Os isocircmeros cis tanto da bixina quanto da norbixina estatildeo presentes
naturalmente na planta sendo convertidos para a forma trans mais estaacutevel quando
submetidos a altas temperaturas Os isocircmeros cis e trans diferem em algumas
caracteriacutesticas fiacutesicas A bixina embora soluacutevel em soluccedilotildees de reduzida polaridade
quando presente na forma do isocircmero cis natildeo apresenta extensa solubilidade em
oacuteleos vegetais em razatildeo da significativa polaridade promovida pelos grupos ligantes
situados no mesmo lado da estrutura Por outro lado a trans-bixina eacute soluacutevel em
oacuteleos e apresenta-se vermelha quando em soluccedilatildeo diferindo do isocircmero cis de
coloraccedilatildeo alaranjada (SATYANARAYANA PRABHAKARA RAO RAO 2003 RIOS
MERCADANTE 2004 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012)
14
Ambas bixina e norbixina podem estar presentes em uma extraccedilatildeo tanto na
forma cis como na trans (PRENTICE-HERNANDEZ RUSIG CARVALHO 1993
SCOTTER et al1998 SCOTTER et al2000 SCOTTER CASTLE APPLETON
2001) A bixina em condiccedilotildees alcalinas pode sofrer saponificaccedilatildeo e produzir o
aacutecido dicarboxiacutelico livre denominado norbixina Em excesso de aacutelcali o aacutecido
dicarboxiacutelico dissocia-se para formar seu sal geralmente de potaacutessio ou soacutedio
soluacutevel em aacutegua (PIMENTEL STRINGHETA 1999)
Os carotenoides originados de Bixa orellana sofrem degradaccedilatildeo quando
expostos agrave luz ou submetidos a elevadas temperaturas (SATYANARAYANA
PRABHAKARA RAO RAO 2003 OLIVEIRA 2005 GARCIA et al 2012) Sendo
assim a aplicaccedilatildeo destes corantes em alimentos deve considerar as condiccedilotildees de
processamento e armazenamento (SCOTTER et al 1994)
Embora a atividade antioxidante do urucum em carnes tenha sido observada
em diversas avaliaccedilotildees a ANVISA por meio da Portaria no1004 reconhece seu
extrato como um aditivo de cor que pode ser utilizada em concentraccedilotildees de ateacute
0002 g100 g em produtos caacuterneos natildeo sendo permitido o uso deste aditivo em
carnes frescas ou congeladas (BRASIL 1998)
As sementes de urucum podem ser consideradas uma potencial fonte de
antioxidantes naturais (GOLIN et al 2013a) estudos sistemaacuteticos in vivo devam ser
conduzidos para explorar a biodisponibilidade das fitomoleacuteculas avaliadas o seu uso
deveria ser estimulado tanto domesticamente quanto industrialmente nas aacutereas
alimentiacutecia cosmeacutetica e farmacecircutica (LEMOS 2008)
271 Accedilatildeo antioxidante dos carotenoides
Os carotenoides satildeo constituiacutedos de cadeias de polienos em um longo
sistema de duplas ligaccedilotildees conjugadas rico em eleacutetrons responsaacutevel pela atividade
antioxidante desses compostos tanto na absorccedilatildeo do oxigecircnio singlete quanto de
radicais livres para interromper as reaccedilotildees em cadeia onde eles estatildeo envolvidos
(RODRIGUEZ-AMAYA 2001 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007 SILVA 2010)
15
As concentraccedilotildees plasmaacuteticas de carotenoides satildeo bons indicadores do
consumo de frutas e hortaliccedilas evidecircncias epidemioloacutegicas associam altos niacuteveis
plasmaacuteticos de beta (β)-caroteno e outros carotenoides com a diminuiccedilatildeo do risco de
cacircncer e doenccedilas cardiovasculares As propriedades antioxidantes dos carotenoides
fundamentam-se na estrutura destes compostos principalmente no sistema de
duplas ligaccedilotildees conjugadas tornando possiacutevel a captaccedilatildeo de radicais livres
principalmente o radical alquilperoxila (ROObull) (CERQUEIRA 2007)
Segundo Delgado (2000 apud UNEJO 2007) as evidecircncias epidemioloacutegicas
sugerem que a ingestatildeo de β-caroteno pode inibir certos tipos de cacircncer e doenccedilas
mediadas por radicais livres A capacidade dos carotenoides de atuar como agentes
quelantes do oxigecircnio singlete eacute bem conhecida (FIGURA 5) Assim como a
prevenccedilatildeo do cacircncer o potencial antioxidante dos carotenoides pode ser uacutetil na
inibiccedilatildeo de outras doenccedilas provocadas pela accedilatildeo dos radicais livres
1O2 + CAR 3O2 + CAR
R + CAR(H) RH + CAR
CAR + O2 RO2
FIGURA 5 - REACcedilAtildeO ENTRE CAROTENOacuteIDE E OXIGEcircNIO SINGLETE FONTE MALDONADO-ROBLEDO(2003) E UENOJO (2007)
Uma vez formado o carotenoide no estado excitado (CAR) pode facilmente
retornar ao estado fundamental dissipando energia na forma de calor Investigaccedilotildees
sobre o tema revelam que a capacidade de um determinado carotenoide em quelar
o oxigecircnio singlete (1O2) estaacute relacionada com o nuacutemero de duplas ligaccedilotildees
conjugadas e com os grupos ligados agraves extremidades da cadeia (DELGADO-
VARGAS JIMEacuteNEZ PAREDES-LOacutePES 2000)
As reaccedilotildees dos carotenoides com radicais livres levam agrave transferecircncia de
eleacutetrons ou possiacuteveis reaccedilotildees adicionais Na presenccedila de um carotenoide e O2 a
reaccedilatildeo do CAR com uma moleacutecula de oxigecircnio pode levar agrave formaccedilatildeo de um
peroacutexido Poreacutem em condiccedilotildees de altas pressotildees de oxigecircnio e elevadas
concentraccedilotildees de caroteno esse pode agir como um proacute-oxidante (UENOJO
2007)
16
Uma vez que os carotenoides em sistemas bioloacutegicos estatildeo sempre
associados com outros sistemas de oacutexido-reduccedilatildeo a interaccedilatildeo com outros
antioxidantes poderaacute gerar efeitos sinergiacutesticos Sabe-se que a estrutura dos
carotenoides exerce grande influecircncia sobre a atividade antioxidante Outros
compostos como por exemplo cataxantina e astaxantina apresentam melhores
atividades antioxidantes que caroteno ou zeaxantina A atividade antioxidante
aumenta com o aumento do nuacutemero de duplas ligaccedilotildees conjugadas grupos cetona
e presenccedila de aneacuteis ciclopentano em sua estrutura (RODRIGUEZ-AMAYA 2001
MALDONADO-ROBLEDO 2003)
Em diversos setores da induacutestria o emprego de corantes naturais em
substituiccedilatildeo aos artificiais tem gerado um crescente interesse pelos produtos
provenientes do urucum Os meacutetodos rudimentares frequentemente aplicados para
obtenccedilatildeo destes produtos tendem a ser substituiacutedos por processos mais elaborados
visando reduzir os custos de processamento mas tambeacutem com o objetivo de
agregar valor ao pigmento Os produtos industrializados isentos de aditivos satildeo de
grande aceitaccedilatildeo em diferentes regiotildees do mundo destacando-se Europa e Japatildeo
(STRINGHETA 2000)
28 COR DOS PRODUTOS CARNEOS CURADOS
Um dos maiores desafios para a induacutestria de carnes eacute oferecer produtos
macios suculentos com cor e sabor agradaacuteveis e com a manutenccedilatildeo destas
caracteriacutesticas de frescor durante toda a sua vida de prateleira com a maior
seguranccedila e o menor custo possiacuteveis Dentro deste aspecto o estudo e o
conhecimento das propriedades funcionais das mateacuterias-primas e os fatores que as
influenciam satildeo imprescindiacuteveis para garantir a satisfaccedilatildeo dos clientes e os
resultados econocircmicos dos fabricantes (OLIVO 2002)
As cores satildeo percebidas pelo indiviacuteduo fisiologicamente normal quando a
energia radiante da regiatildeo visiacutevel do espectro (380 a 760) nm atinge a retina As
caracteriacutesticas da cor satildeo essencialmente o tom ou matiz a saturaccedilatildeo ou grau de
pureza e a luminosidade ou brilho Na avaliaccedilatildeo da acuidade visual de indiviacuteduos
17
alguns testes podem ser aplicados como por exemplo o de Munsell - Farnsworth
100 Hue Test (IAL 2008) A percepccedilatildeo da cor ocorre por meio do estiacutemulo de
diferentes comprimentos de onda da luz As cores satildeo caracterizadas por
saturaccedilatildeo profundidade da cor tonalidade cor efetiva (vermelho verde azul)
intensidade brilho (o vermelho brilhoso tem mais intensidade que o vermelho fosco)
(KAISER BOYNTON 1986)
Cerca de 8 dos homens e 06 das mulheres satildeo daltocircnicas Eacute mais
usual confundir ou natildeo identificar trecircs cores do que duas ou uma cor O teste mais
utilizado para detecccedilatildeo do daltonismo eacute o teste de cores de Ishihara criado em 1917
por um professor da Universidade de Toacutequio (DUTCOSKY 2013)
O consumidor associa a coloraccedilatildeo vermelha das carnes agrave qualidade e
frescor do produto A manutenccedilatildeo da coloraccedilatildeo tem relevante importacircncia
econocircmica pois se trata de um fator decisivo no momento da aquisiccedilatildeo e opccedilatildeo de
compra pelo consumidor O controle da cor nas carnes exige conhecimento das
reaccedilotildees que envolvem as formas de pigmento O ciclo dessas nas carnes eacute
reversiacutevel e portanto agrave medida que ocorra associaccedilatildeo de ligantes ao aacutetomo de ferro
da mioglobina (Mb) e alteraccedilatildeo de sua valecircncia ocorre tambeacutem a mudanccedila da
coloraccedilatildeo no produto caacuterneo (SARANTOacutePOULOS PIZZINATTO 1990)
A cor das carnes eacute o iacutendice de frescor e qualidade mais evidente para o
consumidor sendo determinada pela proporccedilatildeo relativa das trecircs formas de
mioglobina mioglobina reduzida (Mb - coloraccedilatildeo vermelho puacuterpura) oximioglobina
(MbO2 - coloraccedilatildeo vermelho brilhante) e metamioglobina (MMb - coloraccedilatildeo marrom)
Os pigmentos de mioglobina apresentam em sua estrutura um aacutetomo de ferro na
Mb e MbO2 o ferro encontra-se no estado ferroso (Fe2+) enquanto na MMb o metal
estaacute na forma feacuterrica (Fe3+) (PEGG SHAHIDI 1997)
Estudos envolvendo a adiccedilatildeo de NaCl agraves carnes evidenciaram que o
aumento da concentraccedilatildeo salina eacute acompanhado pela reduccedilatildeo do conteuacutedo de
oximioglobina (MbO2) e aumento de metamioglobina (MMb) (TORRES et al 1988)
O uso de NaCl no processamento de produtos caacuterneos estaacute associado agrave oxidaccedilatildeo
do ferro ligado agrave mioglobina (Mb) da forma Fe2+ para Fe 3+ (SHIMOKOMAKI
FRANCO CARVALHO1987)
A avaliaccedilatildeo da cor nos produtos caacuterneos indica que a presenccedila de cloreto de
soacutedio (NaCl) nitrito de soacutedio (NaNO2) e cozimento promovem mudanccedilas nos
paracircmetros de cor avaliados pelo sistema CIELAB que representa um dos
18
populares sistemas de colorimetria para mensuraccedilatildeo de cor No sistema L a b o
L corresponde a luminosidade o eixo a (-) verde(+) vermelho o eixo b (-) azul(+)
amarelo O centro representa os tons acromaacuteticos (HUNTER LAB 2008)
Esse eacute um sistema com uniformidade de cor dentro do espaccedilo que foi
desenvolvido para reduzir os problemas do sistema XYZ as dimensotildees x e z satildeo
para relacionar dimensotildees de cor a dimensatildeo y eacute para luminosidade claro ou
escuratildeo onde no eixo X temos os comprimentos de onda de 400nm ndash 700nm e no
eixo Y temos a de refletacircncia (SHIMOKOMAKI et al 2006 HUNTER LAB 2008)
A coloraccedilatildeo dos produtos caacuterneos conferida pela mioglobina eacute um
fator importante para aceitabilidade do consumidor e indicativo de qualidade Haacute
associaccedilatildeo entre a oxidaccedilatildeo lipiacutedica com esse pigmento e sua influecircncia na
coloraccedilatildeo da carne o que induz a realizar estudos sobre antioxidantes (BENEDETTI
et al 2011)
29 CONTROLE MICROBIOLOacuteGICO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS
A Comissatildeo Internacional de Especificaccedilotildees Microbioloacutegicas para
Alimentos (ICMSF 2006) explica que muitos fatores complicam a avaliaccedilatildeo e
controle microbioloacutegico a maioria dos riscos de origem alimentar deve ser
controlada em muacuteltiplos pontos do abastecimento alimentar
Abordagens para melhorar seguranccedila alimentar e prevenir doenccedilas
transmitidas por alimentos (DTAs) incluem instituir medidas de controle em pontos
intermediaacuterios na cadeia alimentar e educaccedilatildeo dos consumidores e trabalhadores de
alimentos O impacto das medidas de controle individuais (vacinaccedilatildeo animal
rotulagem de carne temperatura de armazenagem e transporte etc) devem ser
avaliados pois satildeo muito complexos e exigem fontes de dados adicionais sobre a
reduccedilatildeo de doenccedilas transmitidas por alimentos por certos agentes patogecircnicos
como por exemplo Salmonella enterica (OLSEN et al 2001)
Equipes interdisciplinares de epidemiologistas e especialistas em seguranccedila
alimentar de todas as agecircncias governamentais devem ser formadas para investigar
casos esporaacutedicos e associados ao surto de origem alimentar para identificar os
19
microrganismos alimentares e a seacuterie de eventos que levam agraves doenccedilas Em paiacuteses
onde a vigilacircncia eacute esporaacutedica dados uacuteteis para o controle de alimentos e sua
avaliaccedilatildeo devem ser compartilhados
Como os recursos permitirem os paiacuteses devem integrar sistemas de
vigilacircncia em diferentes agecircncias responsaacuteveis por rastrear doenccedilas humanas
contaminaccedilatildeo alimentar animais doenccedilas das plantas e os fatores
comportamentais e ambientais importante para a seguranccedila alimentar e prevenccedilatildeo
de doenccedilas de origem alimentar (ICMSF 2006)
Paracircmetros microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de
2001 da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS)
para produtos caacuterneos reestruturados consistem em pesquisa de Salmonella spp
determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes contagem de
estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
As propriedades da hortelatilde com as atividades antimicrobianas da quitosana
em estudo como conservantes de produtos caacuterneos suiacutenos demonstraram que a
combinaccedilatildeo foi mais eficaz contra bacteacuterias Gram positivas A vida uacutetil de contagem
bacteriana foi aumentada em amostras tratadas e armazenadas em 0-3 ordmC durante
trecircs semanas (KANATT CHANDER SHARMA 2008)
Efeitos do extrato liofilizado Urtica dioica L (LUWE) e embalagem em
atmosfera modificada (MAP) foram investigados quanto a qualidade e a vida uacutetil de
carne moiacuteda Carne moiacuteda foi armazenado como controle aeroacutebico MAP (80 de
O2 + 20 de CO2) MAP e 250 ppm LUWE e MAP e 500 ppm LUWE em 2plusmn05degC
durante 14 dias MAP e LUWE tiveram efeitos significativos sobre as bacteacuterias do
aacutecido mesoacutefilos psicrotroacuteficos e laacutecticas e contagem de Pseudomonas quando
utilizado 500ppm de LUWE (ALP ASKU 2010)
O aumento progressivo da demanda de alimentos caacuterneos congelados ou
refrigerados estimula os estudos para prolongar a vida uacutetil destes alimentos
Tentando eliminar micro-organismos um estudo injetou Salmonella typhimurium e
Escherichia coli em carne bovina e posteriormente durante ensaio de vida de
prateleira foi aplicada luz pulsada Este tratamento natildeo estendeu o prazo de
validade dos produtos caacuterneos e teve um efeito negativo sobre a qualidade sensorial
do produto (HIERRO et al 2012)
A adiccedilatildeo de oacuteleos essenciais de coentro (Coriandrum sativum L) e hissopo
(Hyssopus officinalis L) na concentraccedilatildeo (002) foram avaliadas quanto agrave sua
20
atividade microbioloacutegica em carne moiacuteda embaladas a vaacutecuo e armazenadas a
05plusmn05degC e 6plusmn1degC durante 15 dias No entanto o armazenamento de carne a uma
temperatura mais baixa de 05plusmn05degC sem a adiccedilatildeo de oacuteleos tiveram um efeito mais
positivo sobre atividade microbiana (ateacute 3 ciclos log) e manutenccedilatildeo da qualidade
sensorial de armazenamento de carne a 6plusmn1degC com oacuteleos adicionados
(MICHALCZYK et al 2012)
Extratos de frutas silvestres de Nitraria retusa foram utilizados em pasteacuteis de
carne moiacuteda durante nove dias de armazenamento a 4degC o extrato foi capaz de
retardar os o crescimento microbiano durante o armazenamento refrigerado por
nove dias e prazo de validade foi estendido quando comparado ao controle
(MARIEM et al 2014)
Vaacuterios estudos atualmente estatildeo sendo feitos com a intenccedilatildeo de aumentar a
vida uacutetil de produtos caacuterneos aleacutem de antimicrobianos naturais e sinteacuteticos cresce
tambeacutem a utilizaccedilatildeo de atmosfera modificada juntamente com uma embalagem
apropriada para impedir o desenvolvimento de micro-organismos (COMA 2008
HAYES et al 2010 DJENANE et al 2012 GOacuteMEZ LORENZO 2012 OLIVEIRA
SOARES PICCOLI 2013 LIMBO et al 2013 MURPHY GRADY KERRY 2013
STELZLENI PONRAJAN HARRISON 2013 LAVIERI WILLIAMS 2014)
21
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 MATERIAL BOTAcircNICO
Sementes de Bixa orellana L foram coletadas na fazenda experimental do
IAPAR (Instituto Agronocircmico do Paranaacute) Rodovia Miguel Buffara km 8 Morretes
Paranaacute Brasil Caixa Postal nordm 11 - 83350 000 FoneFax 55 (41) 3462-1203
Estaccedilatildeo Experimental de Morretes EST Morretes COacuteD 02548038
LAT 25o30acuteS LONG 48o49acuteW ALT 59m nos meses de junho e julho de 2012
A identificaccedilatildeo da espeacutecie vegetal (FIGURA 6) foi realizada pelo bioacutelogo e
curador Osmar dos Santos Ribas do Museu Botacircnico Municipal de Curitiba onde
estaacute depositada a exsicata sob o nuacutemero 379394 (FIGURA 7)
FIGURA 6 - IDENTIFICACcedilAtildeO REALIZADA NO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL FONTE A autora (2014)
22
FIGURA 7 - EXSICATA DE BIXA ORELLANA L DEPOSITADA JUNTO AO MUSEU BOTAcircNICO MUNICIPAL DE CURITIBA-PR BRASIL
FONTE A autora (2014)
32 OBTENCcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
321 Tratamento da mateacuteria prima
Aproximadamente 50 kg de sementes foram coletadas e retiradas das
caacutepsulas As sementes foram desidratadas em estufa a 50ordmC e estabilizadas em
local fresco e arejado protegidas de raios solares e umidade Apoacutes este processo o
material foi triturado para aumentar a superfiacutecie de contato com o solvente e facilitar
a extraccedilatildeo dos carotenoides conforme os trabalhos de (SONAGLIO et al 1999
OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
A extraccedilatildeo da bixina foi realizada segundo metodologia descrita por Costa
(2007) utilizando a teacutecnica de extraccedilatildeo em aparelho Soxhlet modificado com
aplicaccedilatildeo farmacoteacutecnica com gradiente de polaridade crescente(CARVALHO
2009)
Foram obtidos 1980kg das sementes desidratadas e fragmentadas da
espeacutecie Bixa orellana L variedade vermelha Para a extraccedilatildeo da bixina Foi
empregado inicialmente o solvente n-hexano em um periacuteodo de aproximadamente
23
seis horas O mesmo periacuteodo de tempo foi utilizado para os solventes clorofoacutermio
acetato de etila e etanol
321 Identificaccedilatildeo da bixina
Durante a extraccedilatildeo clorofoacutermica foram obtidos cristais de coloraccedilatildeo
vermelho-puacuterpura Para identificaccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo foram utilizadas as teacutecnicas
de determinaccedilatildeo do ponto de fusatildeo Espectroscopia no Infravermelho (IV) e
Ressonacircncia Magneacutetica Nuclear de Hidrogecircnio (RMN1H) e Carbono (RMN13C) e
Cromatografia Liacutequida de Alta Eficiecircncia (CLAE) O ponto de fusatildeo foi determinado
com o auxiacutelio do aparelho Martereg modelo III
A metodologia de IV foi realizada na amostra pastilhada com brometo de
potaacutessio (KBr) empregando equipamento Bomem-Hartmann e Braum seacuterie MB
Bioredreg FTS 3500 GX com leitura de transmitacircncia entre 400 e 4000 cm-1 e detector
de elementos deuterados de sulfato de triglicina (deuterated triglycine sulfate
detector elements DTGS) Por sua vez as teacutecnicas de RMN1H e RMN13C foram
executadas no Departamento de Bioquiacutemica da UFPR utilizando espectrofotocircmetro
RMN Brukersreg AVANCE III HD 600 As amostras foram preparadas empregando
dimetilsulfoacutexido deuterado (DMSOd6) como solvente Cambridge Isoacutetopos
Laboratoriesreg
A anaacutelise cromatrograacutefica foi efetuada em cromatoacutegrafo liacutequido de alta
eficiecircncia (Pro Star Gradiente VARIANreg modelo 410 seacuterie 50492) com detector de
arranjo de fotodiodo (modelo 335) e coluna C18 (VARIANreg 5 m 150 x 46 mm) de
fase reversa A temperatura utilizada foi de 29degC com sistema de separaccedilatildeo
isocraacutetico sendo a fase moacutevel composta por 85 de acetonitrila JT Bakerreg EUA e
15 de fase aacutecida (aacutecido sulfuacuterico 005 M e aacutecido fosfoacuterico a 1) O fluxo foi de 1
mLminuto e o comprimento de onda 470 nm com tempo de corrida de 8 minutos
Para a avaliaccedilatildeo a amostra foi diluiacuteda em metanol grau HPLC JT Bakerreg Meacutexico
A curva analiacutetica foi preparada entre 245 e 784 mgmL (n=7) por meio do
meacutetodo adaptado de Scotter e colaboradores (1994) Roussef (1988) Rios e
Mercadante (2004) Oliveira (2005) Noppe e colaboradores (2009) utilizando bixina
e norbixina dissolvidas em metanol
24
322 Siacutentese do sal de bixina e anaacutelise por CLAE
A conversatildeo de bixina em sal foi realizada para proporcionar maior
polaridade agrave moleacutecula por meio de adaptaccedilatildeo dos trabalhos de Rios e Mercadante
(2004) Silva Nachtigall e Stringheta (2009) onde foi utilizado Hidroacutexido de Potaacutessio
(10) diluiacutedo em aacutegua destilada 50ml (mv) e um grama de bixina sem aquecimento
e posteriormente filtrado em funil de vidro sinterizado Apoacutes a filtragem o material
foi levado a estufa a 50degC para secagem Atraveacutes dos cromatogramas obtidos por
CLAE verificou-se que em todas as etapas de anaacutelise natildeo houve a formaccedilatildeo de
produtos de degradaccedilatildeo com λ max entre 250 e 600 nm
33 PREPARO DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS
As amostras foram processadas no Laboratoacuterio de Tecnologia de Alimentos
do Departamento de Farmaacutecia da UFPR Para elaboraccedilatildeo dos produtos caacuterneos
reestruturados foram utilizadas amostras de patinho traseiro bovino (Vastus lateralis)
adquiridas no comeacutercio de Curitiba A carne foi moiacuteda em disco de 35mm de
diacircmetro em moedor industrial (CAFreg) posteriormente a massa caacuternea foi
homogeneizada com os diferentes tratamentos estudados Foram utilizadas as
seguintes combinaccedilotildees de nitrito e sal de bixina (TABELA 1)
TABELA 1 - FORMULACcedilOtildeES DAS AMOSTRAS DE REESTRUTURADOS
Tratamento Aacutegua () Nitrito(ppm) Sal de bixina(ppm) Cloreto de soacutedio ()
CTRL 10 - - 14 BIX 10 - 500 14
BIXNIT 10 75 250 14 NIT 10 150 - 14
FONTE A autora (2014) NOTA CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm
NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2)
O controle (CTRL) foi elaborado isento da combinaccedilatildeo de nitrito e sal de
bixina Um lote de amostras (NIT) foi elaborado somente com nitrito de soacutedio na
condiccedilatildeo maacutexima prevista na legislaccedilatildeo (150 ppm) (BIXNIT) foi elaborado
misturando nitrito (75 ppm) e sal de bixina (250 ppm) Por fim em um terceiro
25
tratamento o nitrito foi totalmente submetido por sal de bixina (500 ppm) As
combinaccedilotildees de aditivos foram diluiacutedas em volume de aacutegua proporcional a 10 da
massa caacuternea (pv) Em cada tratamento foram utilizados 3500kg e amostra
reestruturada continha 100g
Posteriormente as amostras foram homogeneizadas com as respectivas
combinaccedilotildees de aditivos durante cinco minutos em seguida pesadas (100gplusmn01) e
modeladas em focircrma de hambuacuterguer As amostras foram mantidas congeladas a
-16ordmC (plusmn1ordmC) ateacute o final das anaacutelises de vida de prateleira Para as amostras
grelhadas padronizou-se o tratamento teacutermico durante 3 minutos de cada lado
alcanccedilando uma temperatura interna proacutexima a 73ordmCplusmn2 avaliada por meio de
termocircmetro digital (Thermometerreg) modelo SH-113
331 COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA E PRODUTO
REESTRUTURADO
A mateacuteria-prima caacuternea e as amostras processadas foram caracterizadas
quanto agrave composiccedilatildeo quiacutemica e pH segundo os meacutetodos a seguir
332 Umidade
A determinaccedilatildeo de umidade foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes em
estufa de convecccedilatildeo dotada de circulaccedilatildeo de ar (Nova Eacuteticareg 420-2D) a 105 C de
acordo com a Associaccedilatildeo Oficial de Quiacutemica Analiacutetica Oficial (Association of Official
Analytical Chemistry AOAC 1995)
26
333 Proteiacutenas
A determinaccedilatildeo de proteiacutenas foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
segundo o meacutetodo de Kjeldahl adotando-se o fator 625 para conversatildeo do
nitrogecircnio (AOAC 1995)
334 Lipiacutedios
A determinaccedilatildeo de lipiacutedios foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco vezes
empregando-se a teacutecnica de hidroacutelise aacutecida utilizando-se aacutegua fervente e aacutecido
cloriacutedrico 80 N seguida de aquecimento por 15 minutos filtraccedilatildeo do material e
secagem do papel de filtro em estufa a 105ordm C por duas horas O material foi
submetido agrave extraccedilatildeo em Soxhlet utilizando-se eacuteter de petroacuteleo e determinando-se a
quantidade de lipiacutedios por diferenccedila de peso (AOAC 1995)
335 Determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo
A determinaccedilatildeo de resiacuteduo mineral fixo foi realizada com repeticcedilatildeo de cinco
vezes pela incineraccedilatildeo em mufla (cinzas) de acordo com meacutetodo descrito por AOAC
(1995)
336 Determinaccedilatildeo do pH
O pH foi realizado com repeticcedilatildeo de cinco vezes e medido em potenciocircmetro
(Hannareg) - HI 8313 apoacutes calibraccedilatildeo em pH 40 e 70 segundo AOAC (1995)
27
337 Determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo residual de nitritos
As amostras em triplicata dos produtos reestruturados foram
homogeneizadas e aproximadamente 10 gramas (plusmn0001) foram tomadas e
adicionadas de 50 mL de tetraborato de soacutedio e 500 mL de aacutegua aquecida a 80degC
Apoacutes 15 minutos em Banho-Maria com agitaccedilatildeo (Solabreg) modelo SL-15522-8
(80degC) as amostras foram transferidas para balatildeo volumeacutetrico e adicionadas de 50
mL de ferrocianeto de potaacutessio e 50 mL de acetado de zinco com agitaccedilatildeo por 2
minutos entre cada adiccedilatildeo de reagente O volume foi completado para 250 mL com
aacutegua destilada e entatildeo as amostras permaneceram em repouso por 30 min Apoacutes
filtraccedilatildeo uma aliacutequota de 10 mL foi coletada e adicionada de α-naftol (Vetecreg) e
sulfanilamida (Isofarreg) em meio aacutecido para desenvolvimento de cor e mensuraccedilatildeo
em espectrofotocircmetro a 540 nm Os caacutelculos e quantidade de nitrito foram
determinados por meio de uma curva padratildeo previamente estabelecida (IAL 2008)
34 EFEITO DO SAL DE BIXINA SOBRE A COR DOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
O efeito do sal de bixina sobre a cor de produtos caacuterneos reestruturados foi
avaliada nos tempos 0 (fim do processo) 30ordm e 60ordm dias de prateleira nas amostras
cruas e grelhadas As amostras foram transferidas das embalagens e expostas
sobre uma superfiacutecie lisa sendo realizadas oito leituras de cada amostra em pontos
diferentes Nas amostras grelhadas a leitura foi imediatamente apoacutes o tratamento
teacutermico As anaacutelises de cor foram realizadas no Departamento de Engenharia
Quiacutemica da Universidade Federal do Paranaacute (UFPR)
As anaacutelises foram realizadas utilizando um aparelho espectrofotocircmetro
portaacutetil iluminante D65 mimetiza a luz do dia ndash 6500 K e acircngulo 450 utilizou-se
coloriacutemetro (HUNTER LABreg) miniscan XE PLUS pelo sistema L a b Os valores
de luminosidade L (luminosidade) a (componente vermelho-verde) b
28
(componente azul-amarelo) foram expressos no sistema de cor CIELAB (HUNTER
LAB 2008) o aparelho foi calibrado utilizando uma placa preta e uma ceracircmica
padratildeo branca (X = 789 Y = 839 Z = 889) Para analisar a cor da carne dos
produtos reestruturados e relacionar entre as amostras que receberam tratamentos
diferentes foi utilizado o Sistema CIELAB (Lab) onde o valor de L situado no
eixo vertical do diagrama de Hunter mede a luminosidade ou a percentagem de
reflectacircncia variando de 0 (preto) para 100 (branco) O valor de 64 a situado no
eixo horizontal mede a variaccedilatildeo entre a cor verde e a vermelha e o valor de b
mede a variaccedilatildeo entre o azul e o amarelo (SHIMOKOMAKI 2006 HUNTER LAB
2008)
35 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DO AacuteCIDO 2-TIOBARBITUacuteRICO
A oxidaccedilatildeo lipiacutedica foi avaliada nos quatro diferentes tratamentos (CTRL
BIX BIXNIT NIT) no tempos 0 (final do processamento) 30 e 60 dia utilizando-se o
meacutetodo do aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBARS) conforme procedimento descrito por
Tarladgis e colaboradores (1964) Esta metodologia consiste na determinaccedilatildeo
espectrofotomeacutetrica agrave 532 nm do complexo de coloraccedilatildeo vermelha formado pela
condensaccedilatildeo de dois moles de aacutecido 2-tiobarbituacuterico (TBA) (JTBakerreg-Austria)
com um mol de malonaldeiacutedo eou outras substacircncias que reagem com o TBA
Neste procedimento 10g de amostra triturada em duplicata da triplicata
foram homogeneizadas em um enlenmeyer de 500 mL com 975 ml de aacutegua
destilada 25 mL de aacutecido cloriacutedrico 4N 2 gotas de anti-espumante e algumas
peacuterolas de vidro Em seguida esta soluccedilatildeo foi destilada durante 10 minutos e foram
coletados 50 mL do destilado em erlenmeyer de 125 mL Foram retiradas em
triplicata aliacutequotas de 5 mL do destilado e foram transferidas para um tubo de
ensaio de tampa rosqueaacutevel Foram adicionados ao destilado 5 mL de TBA 002M e
estes apoacutes o tubo ser hermeacuteticamente fechado foram aquecidos em banho-maria
fervente por 35 minutos resfriados agrave temperatura ambiente e realizada a leitura em
espectrofotocircmetro agrave 532 nm
Foi preparada uma curva padratildeo utilizando soluccedilatildeo de 1133-
tetraetoxipropano (TEP) (Sigma-Aldrichreg-EUA) em aacutegua destilada nas
29
concentraccedilotildees de 010 a 70 M de TEP Os resultados foram expressos em mg de
TBARSKg de amostra Realizou-se o teste de recuperaccedilatildeo do meacutetodo visando a
precisatildeo do procedimento Este consistiu em aplicar o meacutetodo descrito acima em
trecircs condiccedilotildees diferentes 1) para uma soluccedilatildeo de TEP de concentraccedilatildeo conhecida 1
x 10-5 M 2) para 10g da amostra e 3) para 10g da amostra e 10 mL da soluccedilatildeo de
TEP 1x10-5M
36 ANAacuteLISE SENSORIAL
A avaliaccedilatildeo sensorial dos tratamentos foi realizada por meio de um teste de
ordenaccedilatildeo de preferecircncia Avaliaccedilatildeo envolveu um painel formado por 30 provadores
natildeo-treinados que utilizaram notas de 1 (menos agradaacutevel) a 4 (mais agradaacutevel)
para ordenar sua preferecircncia pelas amostras formuladas segundo os 4 diferentes
tratamentos (CTRL BIX BIXNIT NIT) A somatoacuteria das notas foi utilizada para
indicar as amostras mais apreciadas pelos provadores (IAL 2008) As amostras
apresentavam conformidade com paracircmetros microbioloacutegicos preconizados pela
legislaccedilatildeo (BRASIL 2001) e este estudo foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica ndash CAAE
22206713900000102 (item 310)
37 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A mateacuteria-prima e amostras tratadas foram avaliadas quanto aos paracircmetros
microbioloacutegicos preconizados na RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agecircncia
Nacional de Vigilacircncia SanitaacuteriaMinisteacuterio da Sauacutede (ANVISAMS) Esses consistem
em pesquisa de Salmonella spp determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de
coliformes contagem de estafilococos coagulase positiva e contagem de clostriacutedios
sulfito redutores a 46degC Para a detecccedilatildeo isolamento e identificaccedilatildeo de
contaminantes microbianos foi utilizada a metodologia baacutesica descrita no
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods (2001)
utilizando criteacuterio de contagens em Unidades Formadoras de Colocircnia por grama de
30
amostra (UFCg) sendo a pesquisa realizada em 25 gramas do produto
homogeneizado
371 Pesquisa de Salmonella spp
A figura 8 representa um esquema do procedimento para detecccedilatildeo de
Salmonella spp
FIGURA 8 - PROCEDIMENTOS PARA DETECCcedilAtildeO DE Salmonella spp
FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram homogeneizados em ldquostomacherrdquo Sewardreg (modelo 400 circulator)
25 g de amostras caacuterneas em 225 mL de aacutegua peptonada tamponada a 1 Apoacutes
incubaccedilatildeo em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35plusmn1degC
por um periacuteodo de 24 horas o volume de 1 mL dessa suspensatildeo foi transferido para
10 mL de Caldo Selenito-Cistina utilizando Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg
modelo Biosafe plus A2 e incubado nas mesmas condiccedilotildees 35degC24 h Um volume
de 01 mL foi inserido em 10 mL de caldo Rappaport e esses foram incubados em
Homogeneizar 25 g de amostra em 225
mL de aacutegua peptonada
tamponada 1
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 1 mL para 10 mL de Caldo Selenito Cistina
Incubar a 35
C24 horas
Transferir 01 mL para 10 mL para Caldo Rappaport Incubar a 42
C24
horas
Semear em placas de Agar Salmonella-
Shigella (SS) Agar Hectoen (HE) e Agar
Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
Incubar a 35
C24 horas
Verificar o desenvolvimento de
colocircnias tiacutepicas suspeitas de Salmonella
Realizar triagem em Agar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Agar Lisina Ferro (LIA)
Em caso positivo de leitura
compatiacutevel
Realizar teste soroloacutegico somaacutetico
polivalente em lacircmina de vidro
31
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L a 42 plusmn 02degC por 24 horas
Apoacutes o periacuteodo de incubaccedilatildeo foram realizadas semeaduras por esgotamento em
placas de Petri contendo Agar Salmonella-Shiguella (SS) Agar Hectoen (HE) e
Agar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD) conforme esquema (FIGURA 8)
Sequencialmente as placas foram incubadas a 35plusmn02degC por 24 horas Foi
verificada se houve o desenvolvimento de colocircnias suspeitas de Salmonella spp No
meio de cultura HE as colocircnias tiacutepicas dessa bacteacuteria se apresentam transparentes
verde-azuladas com ou sem centro negro As cepas fortemente produtoras de
sulfeto de hidrogecircnio (H2S) podem produzir colocircnias inteiramente enegrecidas No
Agar SS colocircnias tiacutepicas satildeo geralmente transparentes com centro negro (FIGURA
9) Em Agar XLD satildeo observadas colocircnias transparentes cor de rosa escuro com
ou sem centro negro e cepas fortemente produtoras de H2S podem demonstrar
colocircnias com centro negro grande e brilhante ou mesmo totalmente negras As
cepas fermentadoras de lactose ou sacarose produzem colocircnias amareladas com ou
sem centro negro Diversas cepas do gecircnero Salmonella podem apresentar colocircnias
amarelas transparentes tiacutepicas com ou sem centro negro
Essas colocircnias foram identificadas em Agar Ferro Triacuteplice Accediluacutecar (TSI) e
Agar Lisina Ferro (LIA) e de maneira complementar foi realizado sorologia com
antissoro polivalente em lacircmina de vidro
3711 Confirmaccedilatildeo bioquiacutemica de Salmonella spp
Para a confirmaccedilatildeo bioquiacutemica com o auxiacutelio de uma agulha esteacuteril
descartaacutevel de inoculaccedilatildeo em Cabine de Seguranccedila Bioloacutegica Vecoreg modelo
Biosafe plus A2 foi removida uma porccedilatildeo da massa de ceacutelulas do centro da colocircnia
tiacutepica e inoculada em tubos inclinados de Aacutegar Triacuteplice Accediluacutecar Ferro (TSI) e Aacutegar
Lisina Ferro (LIA) A inoculaccedilatildeo foi feita por picada e estrias na rampa utilizando-se
a mesma alccedilada para inocular ambos os tubos Foram submetidas agrave confirmaccedilatildeo
preliminar pelo menos duas colocircnias tiacutepicas de cada placa nos tubos de TSI e LIA
Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a 35plusmn02degC por 24 horas e foi observado se houve ocorrecircncia de reaccedilotildees
tiacutepicas de Salmonella spp nos meios de cultura avaliados No Agar TSI as reaccedilotildees
32
tiacutepicas satildeo caracterizadas pela rampa alcalina (vermelha) e fundo aacutecido (amarelo)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do aacutegar) Jaacute no Agar LIA essas
reaccedilotildees exibem o fundo e rampa alcalinos (roxo sem alteraccedilatildeo da cor do meio)
com ou sem produccedilatildeo de H2S (escurecimento do meio)
3712 Confirmaccedilatildeo soroloacutegica de Salmonella spp
A confirmaccedilatildeo soroloacutegica foi realizada para detecccedilatildeo dos antiacutegenos
somaacuteticos (poli O) Para isso foram marcados dois quadrados de aproximadamente
2 cm2 em uma lacircmina de vidro usando um laacutepis de material hidrofoacutebico A seguir foi
adicionada uma gota de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril em um dos quadrados e uma
gota de antissoro somaacutetico polivalente anti-Salmonella no outro Uma parte da
colocircnia suspeita foi emulsionada na gota de soluccedilatildeo salina e outra parte na gota de
antissoro segurando a lacircmina contra um fundo preto bem iluminado Foram
realizados movimentos leves de inclinaccedilatildeo no quadrado com antissoro A aparecircncia
da emulsatildeo no quadrado com salina (controle negativo) foi utilizada para
comparaccedilatildeo a fim de natildeo ocorrer confusatildeo entre a turbidez da emulsatildeo e uma
reaccedilatildeo de aglutinaccedilatildeo (FIGURA 10)
FIGURA 9 ndash REACcedilOtildeES TIacutePICAS DE Salmonella NOS MEIOS LIA (A) SS (B) E TSI (C) FONTE LACOMA SCIENTIA HIMEDIALABS (2014) NOTA LIA Agar lisina ferro SS Agar Salmonella-Shigella TSI Agar triacuteplice accediluacutecar ferro Colocircnias tiacutepicas no Agar SS satildeo geralmente transparentes com centro negro
A
B
C
33
FIGURA 10 - REACcedilAtildeO DE AGLUTINACcedilAtildeO FONTE MISODOR (2014)
372 Determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMP) de coliformes
A teacutecnica utilizada consiste na de tubos muacuteltiplos a qual conteacutem quatro
seacuteries de trecircs tubos em cada diluiccedilatildeo (10-1 10-2 10-3 10-4) Foi usado como meio
presuntivo o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com incubaccedilatildeo em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 05degC por periacuteodos de 24 e 48
horas Os tubos positivos com presenccedila de gaacutes foram repicados para Caldo
Escherichia coli (EC) e incubados em Banho-Maria com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-
15522-8 a 45degC durante 24 e 48 horas A determinaccedilatildeo do Nuacutemero Mais Provaacutevel
de coliformes por grama (NMPg) em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
154127L a 45degC foi feita pela Tabela de Hoskins (SPECK 1984) (FIGURA 11)
FIGURA 11 - ESQUEMA DEMONSTRADO A TEacuteCNICA DE NMP DE COLIFORMES A 35deg E 45degC FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Homogeneizar 25 g de amostra em 225 mL de aacutegua peptonada a 01
Realizar diluiccedilotildees 1100 e 11000 em aacutegua peptonada a 01
Semear em trecircs seacuteries de tubos de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST)
Incubar a 35
C24-48 horas
Leitura dos tubos positivos (com
produccedilatildeo de gaacutes)
Repique dos tubos positivos para caldo Escherichia coli (EC)
Incubar em Banho-Maria a 45
C24-48
horas
Determinar do Nuacutemero Mais Provaacutevel (NMPg)
de coliformes a 45
C utilizando a tabela de
Hoskins (SPECK 1984)
34
373 Contagem de estafilococos coagulase positiva
Em placas contendo Agar Baird-Parker suplementado com emulsatildeo de
gema de ovo a 20 em soluccedilatildeo fisioloacutegica e soluccedilatildeo de telurito de potaacutessio a 1
em aacutegua foi inoculado um volume de 01 mL das diluiccedilotildees selecionadas de amostra
Com o auxiacutelio de alccedila de Drigalski a amostra foi espalhada no meio ateacute completa
absorccedilatildeo A seguir as placas foram incubadas em incubadora refrigerada
Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35 plusmn 1degC por 24 a 48 horas Apoacutes incubaccedilatildeo
foram selecionadas as placas que continham entre 20 e 200 colocircnias com as
seguintes caracteriacutesticas negras brilhantes convexas e com uma borda branca (1 a
15 mm de diacircmetro apoacutes 24 horas e 15 a 20 mm apoacutes 48 horas) apresentando ao
seu redor uma zona clara ou parcialmente opaca (FIGURA 12)
FIGURA 12 - TEacuteCNICA DE DETECCcedilAtildeO DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA FONTE ADAPTADO DE FDA (1995)
Foram selecionadas cinco colocircnias tiacutepicas para teste de coagulase Quando
ocorreu a presenccedila de um nuacutemero inferior a cinco foram selecionas todas as
Inocular na superfiacutecie de Agar Baird-Parker o
volume de 01 mL das diluiccedilotildees 110 da amostra em aacutegua peptonada 01
Espalhar na placa com alccedila de Drigalski ateacute completa absorccedilatildeo
Incubar a 35
1
C24-48 horas
Observar a presenccedila de colocircnias tiacutepicas negras brilhantes convexas e com uma borda branca
com zona clara ou parcialmente opaca ao
redor
Selecionar cinco colocircnias tiacutepicas para teste da
coagulase
Teste da catalase Teste da coagulase
35
colocircnias Nos casos em que a placa apresentou colocircnias suspeitas de mais de um
tipo tiacutepicas e atiacutepicas foram selecionadas cinco de cada tipo ou um nuacutemero
proporcional agrave distribuiccedilatildeo dos diferentes tipos nas placas Cada colocircnia foi inserida
em um tubo de Caldo Infusatildeo Ceacuterebro-Coraccedilatildeo (BHI) emulsionada e a seguir foi
transferida uma alccedilada de cada tubo de BHI para tubos com Aacutegar Tripticase de Soja
(TSA) inclinados Os tubos foram incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg
modelo Mir-254240L 35 - 37degC por um periacuteodo de 18 a 24 horas A cultura TSA foi
reservada para teste adicional se necessaacuterio
A partir dos tubos de TSA inclinados foi coletada uma alccedilada da cultura em
uma gota de aacutegua oxigenada (peroacutexido de hidrogecircnio) 3 em uma lacircmina de vidro
nas cepas positivas para catalase ocorre o borbulhamento imediato (teste positivo)
As cepas de Staphylococcus aureus satildeo catalase positivas
Teste da coagulase foi tranferido 05mL de cada cultura obtida em Caldo
Infusatildeo Ceacuterebro Coraccedilatildeo (BHI) para um tubo esteacuteril 10X100mm Adicionou-se ao
tubo 05mL de cultura 05mL de coagulase plasma EDTA (plasma de coelho com
EDTA) previamente hidratado segundo o fabricante New Provreg misturou-se com
movimento de rotaccedilatildeo sem agitar os tubos para natildeo interferir na coagulaccedilatildeo
incubou-se a 35plusmn2degC e observou-se periodicamente durante seis horas se haacute
formaccedilatildeo de coaacutegulo Ao observar os tubos estes natildeo foram agitados com objetivo
de evitar o rompimento do coaacutegulo Ao final das seis horas a leitura eacute feita da
seguinte forma formou-se um coaacutegulo firme que natildeo se rompeu quando o tubo foi
virado para baixo reaccedilatildeo positiva de niacutevel 4+ houve coagulaccedilatildeo da maior parte do
tubo formando um coaacutegulo grande e organizado considerado reaccedilatildeo positiva niacutevel
3+ houve formaccedilatildeo de um pequeno coaacutegulo organizado caracteriza reaccedilotildees
positivas de niacutevel 2+ ou 1+ respectivamente As reaccedilotildees de niacutevel 4+ ou 3+ satildeo
confirmativas da presenccedila de S aureus
374 Meacutetodos de anaacutelise de Clostriacutedios sulfito redutores a 46degC
A teacutecnica emprega a metodologia de semeadura em profundidade Um
volume de 1 mL das diluiccedilotildees decimais da amostra foi inserido em placas de Petri
esteacutereis A seguir aproximadamente 15 mL de Agar Triptose Sulfito Cicloserina
36
(TSC) suplementado com soluccedilatildeo a 4 de D-Cicloserina foi vertido sobre a amostra
nas placas O meio foi previamente fundido e resfriado a 45degC A amostra e o meio
de cultura foram homogeneizados com movimentos em oito A secagem das placas
foi aguardada e posteriormente a superfiacutecie dessas foi coberta com uma camada
adicional de TSC (ABRAHAtildeO 2008)
Apoacutes completa solidificaccedilatildeo da camada adicional as placas foram incubadas
em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L sem inversatildeo a 46oC
por 18 a 24 horas em atmosfera anaeroacutebica Para a obtenccedilatildeo da condiccedilatildeo de
anaerobiose atmosfeacuterica foram utilizadas jarras com sistemas geradores de
anaerobiose disponiacuteveis comercialmente (ABRAHAtildeO 2008)
As placas contendo 20 a 200 colocircnias foram selecionadas e foi realizada a
contagem das colocircnias negras tiacutepicas de clostriacutedios sulfito redutores e de
Clostridium perfringens em Agar TSC (ABRAHAtildeO 2008) No caso do Agar TSC com
gema de ovo as colocircnias podem ou natildeo apresentar halo de precipitaccedilatildeo devido agrave
reaccedilatildeo de lecitinase com gema de ovo (SILVA 2007)
Cinco colocircnias tiacutepicas foram selecionadas e transferidas para o Meio de
Tioglicolato (TGM) O meio contendo as colocircnias foi incubado a 46oC por 4 horas em
incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-154127L As colocircnias natildeo puras
foram purificadas por estrias em Aacutegar TSC (a partir do TGM) e novamente
inoculadas no TGM antes da realizaccedilatildeo das provas bioquiacutemicas (SILVA 2007)
3741 Teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise da gelatina
Os testes foram realizados em meio Meio de Lactose Gelatina (LGM) Uma
alccedilada foi inoculada em tubos de LGM (previamente desaerados com fervura em
Banho-Maria fervente com agitaccedilatildeo Solabreg modelo SL-15522-8e choque teacutermico em
gelo reciclaacutevel) e incubados em incubadora refrigerada Panasonicreg modelo Mir-
254240L a temperatura de 35-37oC por periacuteodo de 24 a 48 horas Foi observado se
ocorreu a formaccedilatildeo de bolhas e viragem aacutecida do indicador (vermelho de fenol)
alterando a cor do meio de vermelha para amarela (fermentaccedilatildeo de lactose positiva)
ou se o meio permaneceu com a cor inalterada (fermentaccedilatildeo de lactose negativa)
Os tubos foram transferidos para geladeira e mantidos refrigerados por duas horas
37
sendo observado se o meio permaneceu liacutequido (hidroacutelise de gelatina positiva) ou se
adquiriu uma consistecircncia firme (hidroacutelise de gelatina negativa) Clostridium
perfringens fermenta lactose e hidrolisa gelatina (SILVA 2007)
3742 Teste de reduccedilatildeo do nitrato e teste de motilidade
Com o auxiacutelio de uma agulha foi inoculada a cultura por picada no centro
de Agar Nitrato Motilidade (ANM) previamente desaerado ateacute uma profundidade
distante 1 cm do fundo do tubo Os tubos foram incubados em incubadora
refrigerada Panasonicreg modelo Mir-254240L a 35-37degC por 24 horas e
sequencialmente foi realizada leitura do teste de motilidade por meio da verificaccedilatildeo
da migraccedilatildeo de ceacutelulas para regiotildees fora da linha de inoculaccedilatildeo (motilidade positiva)
ou se o crescimento permaneceu restrito agrave regiatildeo da picada (motilidade negativa)
Para realizaccedilatildeo do teste de reduccedilatildeo do nitrato foram adicionados aos tubos de
cultura 01 mL de cada um dos reagentes (A = soluccedilatildeo 08 de aacutecido sulfaniacutelico B =
soluccedilatildeo 05 de alfa naftol) Se o meio adquire cor vermelha haacute indicativo da
presenccedila de nitrato ou seja teste negativo Em caso negativo o meio fica da cor do
reativo amarelo (SILVA 2007)
3743 Expressatildeo dos resultados
Foram consideradas como culturas de Clostridium perfringens aquelas que
apresentaram as seguintes caracteriacutesticas fermentaccedilatildeo da lactose (+) hidroacutelise da
gelatina (+) reduccedilatildeo do nitrato (+) motilidade (-) Caso alguma das reaccedilotildees se
apresente atiacutepica adicionalmente foi verificada a capacidade de fermentaccedilatildeo da
rafinose (usualmente positiva) e da salicilina (usualmente negativa) A proacutexima etapa
consistiu em calcular o nuacutemero de UFCg em funccedilatildeo do nuacutemero de colocircnias tiacutepicas
diluiccedilatildeo inoculada e percentagem de colocircnias confirmadas (FIGURA 13)
38
UFCg = diluiccedilatildeo x nuacutemero de colocircnias tiacutepicas x porcentagem de colocircnias confirmadas dentre as
suspeitas
FIGURA 13 - EQUACcedilAtildeO PARA CAacuteLCULO DE UNIDADES FORMADORAS DE COLOcircNIAS DE Clostridium perfrigens POR GRAMA DE PRODUTO
FONTE SILVA (2007)
Resumidamente esquematiza-se a teacutecnica de contagem de Clostridium
perfringens por meio do meacutetodo de semeadura em profundidade (FIGURA 14)
FIGURA 14 - TEacuteCNICA DE CONTAGEM DE CLOSTRIDIUM PERFRINGENS PELO MEacuteTODO DE SEMEADUADURA EM PROFUNDIDADE
FONTE FDA (1995) NOTA TSC AGAR TRIPTOSE SULFITO CICLOSERINA
Para a quantificaccedilatildeo de clostriacutedios sulfito redutores foi utilizada a teacutecnica de
contagem direta em placas Para isso foram empregados os mesmos meios de
cultura aplicados agrave contagem de Clostridium perfringens com incubaccedilatildeo a 46degC
durante 24 horas em condiccedilotildees anaeroacutebicas A confirmaccedilatildeo foi resumida agrave
Misturar 25 g da amostra + 225 mL de aacutegua peptonada 01
Homogeneizar em Stomacher por 30
segundos
Preparar diluiccedilotildees 110 1100 11000 e
110000
Semear em TSC Incubar a 46
C por 24 horas em condiccedilotildees
anaeroacutebicas
Selecionar 3 a 5 colocircnias tiacutepicas
Semear em Tioglicolato
Testar a fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina motilidade e reduccedilatildeo
do nitrato
Fermentaccedilatildeo da lactose (+)
Hidroacutelise da gelatina (+)
Motilidade (-)
Reduccedilatildeo do Nitrato (+)
39
coloraccedilatildeo de Gram sendo reconhecidas as culturas Gram positivas na forma de
bastonetes (ANVISA 2001)
38 ASPECTOS EacuteTICOS
As anaacutelises sensoriais satildeo realizadas com pessoas voluntaacuterias portanto
esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa do Setor
de Ciecircncias da Sauacutede da Universidae Federal do Paranaacute ndash CAAE
22206713900000102
39 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA
Os resultados da composiccedilatildeo quiacutemica cor TBARS e anaacutelise sensorial foram
submetidos agrave anaacutelise de variacircncia e comparaccedilatildeo de meacutedias utilizando o teste de
Tukey ao niacutevel de 5 de significacircncia empregando o moacutedulo ANOVA ndash Aplicou-se
ainda o teste natildeo-parameacutetrico de Kruskal-Wallis que eacute semelhante agrave ANOVA para
o caso da natildeo existecircncia de uma das premissas (Gaussianidade e
homocedasticidade) As premissas baacutesicas do teste ldquotrdquo foram verificadas aplicando-
se o teste da correlaccedilatildeo (Manual do software MINITAB) para a Gaussianidade em
cada niacutevel do par e os testes F e de Levene para a homocedasticidade do software
MINITAB (STATSOFT 1995)
40
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 OBTENCcedilAtildeO DE BIXINA
A sementes frescas apresentaram umidade meacutedia de 7348plusmn2035 poreacutem
apoacutes a desidrataccedilatildeo esses valores foram reduzidos a 48plusmn06 Utilizando o
solvente hexano obteve-se o extrato oleoso rendendo 659 em um periacuteodo de 8
horas superando o valor encontrado por Costa (2007) que obteve rendimento
504 Matos e colaboradores (1992) realizaram a extraccedilatildeo de oacuteleo fixo de algumas
oleaginosas dentre elas B orellana nas mesmas condiccedilotildees experimentais poreacutem
por um periacuteodo de 2 horas O rendimento foi de 230 resultado coerente com o
encontrado uma vez que o periacuteodo de extraccedilatildeo citado foi inferior ao utilizado neste
trabalho
Na fraccedilatildeo clorofoacutermica ainda no momento da extraccedilatildeo jaacute se detectava a
presenccedila de cristais no fundo do balatildeo Apoacutes o teacutermino do processo essa fraccedilatildeo foi
filtrada em funil de Buchner obteve-se um rendimento 507 de cristais superior ao
encontrado por Costa (2007) 230 esta diferenccedila pode ser atribuiacuteda agraves diferentes
variedades de Bixa orellana L esses cristais se apresentaram brilhantes de
coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura apoacutes 4 horas na estufa a 50degC foram armazenados em
um frasco acircmbar e conservados sob refrigeraccedilatildeo Anaacutelises realizadas anteriormente
demonstram que esses cristais correspondem agrave bixina principal constituinte do
corante (BARBOSA FILHO et al 1998 SILVA 2000 e COSTA 2007)
Um fator que pode ser observado durante as extraccedilotildees foi descoloraccedilatildeo das
sementes durante o processo Apoacutes a extraccedilatildeo com hexano as sementes ainda
permaneciam bastante vermelhas e a fraccedilatildeo hexacircnica apresentava coloraccedilatildeo
vermelho-alaranjada Posteriormente a fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentou cor vermelho
intensa enquanto as sementes apoacutes a extraccedilatildeo estavam praticamente desprovidas
de cor demonstrando o ecircxito do processo de extraccedilatildeo
42 IDENTIFICACcedilAtildeO DA BIXINA E SAL DE BIXINA
41
Os cristais obtidos da fraccedilatildeo clorofoacutermica apresentaram ponto de fusatildeo igual
a 195ordmC correspondendo ao valor encontrado em estudos para a bixina (SILVA
2000 OLIVEIRA 2005 COSTA 2007)
O espectro da bixina de IV (FIGURA 15) observam-se sinais em 1614 cm-1
correspondente a banda referente agrave carbonila ligaccedilatildeo ndashC=O presenccedila de uma
banda extensa em 171664 caracteriacutestica do grupo funcional eacutester da bixina na
siacutentese do sal de bixina pode-se observar uma banda larga na regiatildeo entre 3000 e
3500 correspondente ao sinal do grupamento aacutecido -COOH aumentando a
polaridade da moleacutecula (FIGURA 16) na regiatildeo 315100 notou-se a presenccedila de um
grupamento -H-C= (alqueno) presente na moleacutecula Esses grupamentos estatildeo
presentes na estrutura quiacutemica do corante bixina os mesmo encontrados por
Oliveira (2005) e Costa (2007)
FIGURA 15 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DA BIXINA FONTE A autora (2014)
42
FIGURA 16 - ESPECTRO NO INFRAVERMELHO DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
O espectro de RMN de sup1H para o cristal isolado da fraccedilatildeo clorofoacutermica
analisada (FIGURA 17 e TABELA 2) apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
entre 192 -198 ppm que correspondem ao proacuteton das metilas ligadas aos carbonos
viniacutelicos um singlete em 370 ppm que corresponde a metoxila do grupamento eacutester
e dois pares de dubletos 583 727 e 594 789 ppm atribuiacutedos respectivamente a
Hα Hβ aos grupos carboxiacutelicos do aacutecido livre e do eacutester Apresentou multipletos
entre 645 a 687 ppm
O espectro de RMN de sup1sup3C apresentou sinais de deslocamento quiacutemico
em 16677 e 16769 ppm referentes aos carbonos das carbonilas de aacutecido e
eacutester respectivamente Foi verificado ainda sinal de deslocamento em 5129 ppm
referente ao carbono da metoxila do eacutester Na regiatildeo de 11717 a 14806 ppm
observou-se multiplicidade de sinais correspondentes aos carbonos sp 2 da
cadeia viniacutelica e na regiatildeo entre 1237 - 1981 ppm os sinais de deslocamento
de Carbonos das metilas ligadas aos carbonos viniacutelicos (FIGURA 18 e TABELA 2)
43
FIGURA 17 - ESPECTRO DE RMN 13
C DO CRISTAL (600MHz DMSOd6) FONTE A autora (2014)
FIGURA 18 - ESPECTRO DE RMN 1H DO CRISTAL (600MHZ DMSOd6)
FONTE A autora (2014)
44
TABELA 2 - DESLOCAMENTO QUIacuteMICOS DE RMN DE sup1H E sup1sup3C DO CRISTAL DE BIXINA E CORRELACcedilAtildeO HMQC
CARBONO
13C
a 13C
b 13C
c
13C
d HMQC
d 1H ndash
13C
1H
d
1 1679 1678 1678 1677 -
2 1173 1172 1172 1172 594 583
3 1312 1312 1312 1481 726
4 1482 1482 1482 1333 727 -
5 1314 1314 1314 1312 680
6 1406 1406 1406 1405 653 m
7 1380 1380 1380 1379 649
8 1390 1391 1391 1366 -
9 1346 1345 1345 1344 645
10 1334 1334 1334 1313 680
11 1313 1313 1313 1311 680
12 1347 1347 1347 1346 645
13 - 1367 1367 1366 -
14 1367 1367 1367 1389 663
15 1231 1231 1231 1231 687
16 1248 1248 1248 1247 670
17 1400 1399 1399 1413 789
18 1415 1414 1414 1398 789
19 1177 1176 1176 1176 583 594
20 1669 1669 1669 1668 -
21 514 514 514 513 370 37
22 199 199 199 198 192 ndash 198 193
23 139 126 126 126 192 ndash 198 199
24 127 125 125 125 192 ndash 198 197
25 126 124 124 124 191 ndash 198 192
a OLIVEIRA JS Purificaccedilatildeo de compostos de urucum por processo adsortivo Florianoacutepolis
2005 185f Tese (doutorado em Enga Quiacutemica) UFSC
bCOSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo
cosmeacutetica Curitiba 2007 98f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) UFPR c GOLIN Teor de bixina em duas variedades de Bixa orellana Lcultivadas no Paranaacute 2013
d Medidas feitas observando-se o nuacutecleo de
1H a 600 MHz e
13 C a 600 MHz DMSO d6
45
No presente estudo foi obtido bixina com alto teor de pureza atraveacutes de
cristalizaccedilatildeo e os cristais formados apresentaram formas geomeacutetricas irregulares
alongadas e prismaacuteticas O meacutetodo utilizado mostrou ser simples e de baixo custo
421 Siacutentese do sal de bixina e identificaccedilatildeo por CLAE
A siacutentese do sal de bixina com hidroacutexido de potaacutessio proporcionou maior
polaridade para moleacutecula e coloraccedilatildeo vermelha intensa atingindo o objetivo
esperado diferente da norbixina com coloraccedilatildeo alaranjada o que poderia influenciar
negativamente a aceitaccedilatildeo pelo consumidor
Foi observado nos cromatogramas (FIGURA 15) primeiramente o tempo de
retenccedilatildeo da bixina (1) em seguida do sal de bixina (2) Pode-se observar que o sal
de bixina obteve tempo de retenccedilatildeo menor que a bixina no cromatograma podendo
ser justificado pela maior polaridade da moleacutecula (RIOS MERCADANTE 2004
OLIVEIRA 2007 NOPPE et al 2009)
FIGURA 15 - CROMATOGRAMAS BIXINA (1) SAL DE BIXINA (2) FONTE A autora (2014)
Bixina (1)
Sal de bixina (2)
46
Como esperado para coluna de fase reversa C18 o sal de bixina eluiu antes
que a bixina com um grupo aacutecido e outro eacutester Aleacutem disso o λ maxiacutemo do sal de
bixina obtido no presente trabalho apresentou um pequeno deslocamento
hipsocrocircmico de 099 nm para menor intensidade o sal de bixina quando comparado
com a bixina parecidos com os relatados por Scotter e colaboradores (1998) e Rios
(2004) ou seja de 46265 para 46166 nm (FIGURA 16 e 17) A bixina e o sal de
bixina apresentaram 999 de pureza observada no UV com detector de arranjo de
fotodiodo (ANEXO 4)
Rios e Mercadante (2004) isoloram a norbixina com pureza de 93 e
presenccedila de outros compostos provavelmente isocircmeros identificou o 9-cis 9rsquo-cis-
66rsquo-diapocaroteno-66rsquo-dioato (9rsquo-cis-norbixina) pois apresentou deslocamento
hipsocrocircmico de 5-6 nm em relaccedilatildeo agrave norbixina diminuiccedilatildeo da estrutura fina e
aumento da intensidade do pico cis da mesma forma que a 9-cis-bixina em relaccedilatildeo
agrave bixina
FIGURA 16 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DA BIXINA FONTE A autora (2014)
A cromatografia liacutequida de alta eficiecircncia apresenta-se como soluccedilatildeo para
aquelas anaacutelises que envolvem riscos de decomposiccedilatildeo fotoquiacutemica e por oxidaccedilatildeo
a que estatildeo sujeitos muitos compostos naturais situaccedilatildeo particularmente observada
48924
46255
4327
47
na separaccedilatildeo de bixina (OLIVEIRA 2005) Rousseff (1988) desenvolveu e otimizou
um processo analiacutetico para determinaccedilatildeo de pigmentos de urucum e cuacutercuma
presentes em corantes alimentiacutecios Esta teacutecnica analiacutetica reduz os efeitos de
decomposiccedilatildeo visto que o tempo decorrido para a separaccedilatildeo eacute reduzido e o
processo se desenvolve no interior da coluna na ausecircncia de luz e em um solvente
desgaseificado A cromatografia liacutequida pelas caracteriacutesticas mencionadas tem sido
a teacutecnica mais indicada para anaacutelise destes produtos
FIGURA 17 ndash ESPECTRO ULTRAVIOLETA DO SAL DE BIXINA FONTE A autora (2014)
43 CARACTERIZACcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA-PRIMA CAacuteRNEA
REESTRUTURADA
Os resultados da composiccedilatildeo centesimal da amostra de patinho traseiro
bovino (Vastus lateralis) realizadas com repeticcedilatildeo de cinco vezes (TABELA 3)
encontrados na mateacuteria-prima caacuternea mostram que a umidade encontrada foi
7384 proteiacutena 2102 lipiacutedios 115 a mateacuteria mineral dos cortes constatou-se
que o teor de cinzas 1093 coincide com a literatura do Nuacutecleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentaccedilatildeo (NEPA 2004 OLIVO OLIVO 2006)
48877
46166
4327
48
TABELA 3 - COMPOSICcedilAtildeO FIacuteSICO-QUIacuteMICA DA MATEacuteRIA PRIMA E PRODUTO REESTRUTURADO
Paracircmetros Mateacuteria prima Reestruturado
Umidade MeacutediaplusmnDP
7384 plusmn 175
7308 plusmn 057 Proteiacutena MeacutediaplusmnDP
2102 plusmn 141
1797 plusmn 078
Lipiacutedios MeacutediaplusmnDP 115 plusmn 017
131 plusmn 020 Cinzas MeacutediaplusmnDP
109 plusmn 007
256 plusmn 008
pH MeacutediaplusmnDP
566 plusmn 009 579 plusmn 012
FONTE A autora (2014) NOTA Valores meacutedios de anaacutelises com repeticcedilatildeo de cinco vezes plusmn desvio padratildeo
O pH post mortem da carne eacute determinado pela quantidade de aacutecido laacutetico
produzido a partir do glicogecircnio durante a glicoacutelise anaeroacutebica e isso pode ser
impedido se o glicogecircnio for consumido pela fadiga inaniccedilatildeo ou pelo medo do
animal antes do abate Uma vez que o pH eacute um importante determinante do
desenvolvimento microbiano o pH final da carne eacute significativo para sua resistecircncia
agrave deterioraccedilatildeo A maior parte das bacteacuterias crescem em pH em torno de 70 abaixo
de 40 ou acima de pH 90 encontram resistecircncia para se proliferar mas o pH para o
crescimento bacteriano eacute determinado pela operaccedilatildeo simultacircnea de outras variaacuteveis
aleacutem do grau de acidez ou da alcalinidade propriamente dita Dependendo da
adoccedilatildeo de cuidados no periacuteodo que antecede ao sacrifiacutecio (descanso jejum
estresse) e das transformaccedilotildees subsequumlentes a carne bovina fresca tem seu pH
entre 53 e 65 (PRICE SCHWEIGERT 1976) A alteraccedilatildeo da carne se daraacute tanto
mais rapidamente quanto mais elevado for o pH (PARDI 2001) Um pH
elevado pode resultar em retenccedilatildeo de aacutegua maior e vida de prateleira mais curta do
que as carnes de pH normal (ABULARACH ROCHA FELICIO 1998)
O pH afeta a estabilidade de muitos corantes naturais da mesma forma que
a presenccedila de determinados iacuteons metaacutelicos com reconhecidas caracteriacutesticas
cataliacuteticas como ferro alumiacutenio cobre ou mesmo magneacutesio cuja accedilatildeo cataliacutetica eacute
menor Estes catalisadores podem aumentar a taxa de decomposiccedilatildeo de alguns
pigmentos acarretando a perda de coloraccedilatildeo Os carotenoides particularmente satildeo
extremamente susceptiacuteveis a estes efeitos (OLIVEIRA 2005)
49
44 CONCENTRACcedilAtildeO RESIDUAL DE NITRITO NOS PRODUTOS CAacuteRNEOS
REESTRUTURADOS
Ao teacutermino do processamento os niacuteveis residuais de nitrito foram reduzidos a
aproximadamente 23 da concentraccedilatildeo original utilizada e apoacutes 7 dias de
armazenamento congelado (-16ordmC) os niacuteveis de nitrito jaacute haviam se reduzido
aproximadamente agrave metade Nas anaacutelises realizadas entre o 30deg e 60deg dias de
armazenamento foram verificadas apenas traccedilos do nitrito utilizado (TABELA 4) A
concentraccedilatildeo de nitrito necessaacuteria para as aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas em produtos
caacuterneos varia entre 30 e 50ppm para o desenvolvimento de cor entre 20 e 40ppm
para desenvolvimento de aroma entre 80 e 150ppm para o efeito conservante
(MUumlLLER 1991) e entre niacuteveis de 20 e 50ppm para o efeito antioxidante (LUumlCKE
2000 TERRA 2006)
TABELA 4 ndash NITRITO RESIDUAL NAS AMOSTRAS CAacuteRNEAS REESTRUTURADAS FORMULADAS COM SAL DE BIXINA
Tempo em dias
Amostra 0 7 30 60
Concentraccedilatildeo original
nitrito residualppm
MP - - - - -
CTRL - - - - -
BIX - - - - -
BIXNIT 75ppm 4325 3062 ND ND
NIT 150ppm 10189 6329 ND ND
FONTE A autora (2014) NOTA n=3 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2)ND = natildeo detectaacutevel
Segundo Price e Schweigert (1971) quando o nitrito eacute adicionado a uma
carne nestas condiccedilotildees a primeira reaccedilatildeo que ocorre eacute a oxidaccedilatildeo dos pigmentos
para metamioglobina que precisa entatildeo ser reduzida e combinada com o oacutexido
niacutetrico para formar o pigmento final desejado a nitrosomioglobina Ainda segundo
estes autores parece haver vaacuterias alternativas nas quais a metamioglobina pode ser
convertida ao pigmento curado A metamioglobina pode combinar-se diretamente
50
com o oacutexido niacutetrico para formar a nitrosometamioglobina que deve entatildeo ser
reduzida para formar a nitrosomioglobina
Em adultos sadios os nitratos e nitritos satildeo absorvidos pelo trato
gastrintestinal sendo o nitrato rapidamente excretado por via renal Os nitritos por
sua vez se combinam com a hemoglobina transformando-a em metahemoglobina
por processo de oxidaccedilatildeo do iacuteon ferroso a iacuteon feacuterrico no complexo porfiriacutenico A
metahemoglobina (MetHb) eacute incapaz de transportar oxigecircnio mas a enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase (NADH-diaforase) presente nos eritroacutecitos converte-a
novamente em hemoglobina Desta forma quando os niacuteveis de exposiccedilatildeo ao nitrito
satildeo baixos a formaccedilatildeo de MetHb eacute reversiacutevel sendo catalisada pela enzima NADH-
Metahemoglobina-redutase Entretanto quando o niacutevel de exposiccedilatildeo eacute elevado o
sistema de reduccedilatildeo eacute saturado resultando em aumento da concentraccedilatildeo de MetHb
no sangue Niacuteveis de MetHb em torno de 10 podem produzir cianose
assintomaacutetica e niacuteveis entre 20 e 30 podem acarretar o aparecimento de cianose
com sinais de hipoacutexia astenia dispneacuteia cefaleacuteia taquicardia e inconsciecircncia
Concentraccedilotildees em niacuteveis superiores a 50 podem ser fatais A populaccedilatildeo infantil
em particular os lactentes com idade inferior a trecircs meses eacute a mais susceptiacutevel agrave
metahemoglobinemia (WHO 1978 JAFFEacute 1981 CORTAS WAKID 1991
McKNIGHT et al 1999 DUARTE 2010)
Embora a metahemoglobinemia seja em princiacutepio um importante problema
que acompanha a ingestatildeo dos sais de cura a formaccedilatildeo de nitrosaminas in vivo
tornou-se um assunto de extrema importacircncia devido ao fato destes compostos
possuiacuterem possiacuteveis efeitos carcinogecircnicos (ARCHER 2002 ANDRADE 2004
DUARTE 2010)
As nitrosaminas requerem ativaccedilatildeo metaboacutelica para exercerem sua accedilatildeo
carcinogecircnica resultando em compostos que podem alquilar siacutetios nucleofiacutelicos do
DNA RNA e proteiacutenas (MAGEE e BARNES 1967) Estudos epidemioloacutegicos
sugerem que a excessiva ingestatildeo de agentes nitrosantes e a formaccedilatildeo intragaacutestrica
de N-nitrosaminas possam estar associadas com um alto risco de cacircncer gaacutestrico
hepaacutetico e de esocircfago (JAumlRGESTAD SKOG 2005 DUARTE 2010) Fatores
protetores tais como adiccedilatildeo de aacutecido ascoacuterbico e α-tocoferol aos alimentos satildeo
conhecidos como inibidores da formaccedilatildeo de compostos N-nitrosos (MIRVISH 1994
TERRY et al 2001 DUTRA RATH GUILLERMO REYES REYES 2008 DUARTE
2010) No Brasil aleacutem de natildeo existir um monitoramento para avaliar a presenccedila de
51
nitrosaminas em alimentos natildeo existe uma legislaccedilatildeo especiacutefica (DUTRA RATH
GUILLERMO REYES REYES 2008)
45 OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA ndash TESTE DE TBARS
A recuperaccedilatildeo do malonaldeiacutedo obtida conforme a metodologia no processo
de destilaccedilatildeo foi 96 e fator de correccedilatildeo encontrado foi de 467 Como esperado os
menores niacuteveis de oxidaccedilatildeo foram verificados nas amostras contendo nitrito de
soacutedio durante todo o periacuteodo de armazenamento as peccedilas caacuterneas tratadas com sal
de cura apresentaram-se aproximadamente entre 25 (teacutermino do processamento) e
43 vezes (60ordm dia de armazenamento) menos oxidadas em relaccedilatildeo ao controle
(TABELA 5)
Vaacuterios estudos tecircm demonstrado a reconhecida accedilatildeo antioxidante do nitrito
em produtos caacuterneos O tratamento de amostras de produtos caacuterneos com NaNO2
natildeo apenas retarda a oxidaccedilatildeo lipiacutedica como inibe o desenvolvimento do aroma de
requentado (YOUSSEF et al 2003 ROCHA GARCIA et al 2003) A utilizaccedilatildeo de
NaNO2 no processamento de produtos caacuterneos foi efetiva no controle da oxidaccedilatildeo
lipiacutedica reduzindo os niacuteveis de Substacircncias Reativas ao Aacutecido Tiobarbituacuterico
(TBARS) (039 mgkg amostra) para cerca de metade do observado no controle que
apresentou 072 mg TBARSkg amostra (YOUSSEF et al 2003 2011) Em
amostras de presunto de peru avaliadas durante 11 dias de armazenamento a 2ordmC o
nitrito de soacutedio em concentraccedilotildees superiores a 52 ppm proporcionou significativa
reduccedilatildeo do valor de TBARS (HASIAK et al 1984)
Um estudo que avaliou o efeito do tempo de armazenamento (120 dias)
concentraccedilatildeo de nitrito (50 e 150 ppm) quantidade de gordura (10 e 20) e
tratamento teacutermico sobre a oxidaccedilatildeo de hambuacutergueres demonstrou como
esperado o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo ao longo do armazenamento o aumento
proporcional da oxidaccedilatildeo segundo maior presenccedila de lipiacutedios e a accedilatildeo antioxidante
do nitrito segundo a concentraccedilatildeo de uso no entanto natildeo foi evidenciado o efeito do
calor sobre a rancidez (ARISSETO POLLONIO 2005)
52
TABELA 5 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A OXIDACcedilAtildeO LIPIacuteDICA EM PRODUTO REESTRUTURADO ldquoCRUrdquo
Tempo em dias
mgTBARSKg
TTTO 0 30 60
CTRL 2204plusmn0141aA
(0) 2845plusmn0264
aB
(0) 4166plusmn0385
aC
(0)
BIX 1303plusmn0032bA
(4088) 1980plusmn0112
bB
(3040) 2905plusmn0187
bD
(3027)
BIXNIT 0891plusmn0042cA
(5957) 1193plusmn0036
cB
(5807) 1359plusmn0037
cB
(6738)
NIT 0853plusmn0064cA
(6130) 1003plusmn0089
dB
(6474) 0975plusmn0050
dB
(7560)
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL= controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT=(150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) ABCD Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) () Percentual de proteccedilatildeo agrave oxidaccedilatildeo lipiacutedica
Considerando a necessidade de uso de antioxidante e tentando evitar as
atividaes canceriacutegenas mutagecircnicas e genotoacutexicas provenientes das nitrosaminas
(WHO 1978 WALTERS 1992 ARAUacuteJO RODRIGUES 2008) a substituiccedilatildeo de
nitrito por antioxidantes naturais satildeo alvo do presente trabalho Esta proposta tem
sido uma alternativa investigada por diversos pesquisadores (ZARRINGHALAMI
HAMIDI-ESFEHANI 2009 BENEDETTI et al 2011 CASTRO 2011 BISWAS
CHATLI SAHOO 2012)
O sal de bixina exceto no iniacutecio do processo (tempo 0) apresentou efeito
antioxidante inferior ao proporcionado pelo nitrito poreacutem em relaccedilatildeo ao controle
durante todo o periacuteodo avaliado proporcionou accedilatildeo antioxidante significativa
(plt005) Ao final do periacuteodo de armazenamento comparando agrave rancidez no
controle o nitrito (150 ppm) evitou 75 da oxidaccedilatildeo quando este foi parcialmente
substituiacutedo (75 ppm) pelo sal de bixina (250ppm) esta proteccedilatildeo foi reduzida a
aproximadamente 67 (plt005 ) enquanto a substituiccedilatildeo total do nitrito (0 ppm)
pelo sal do carotenoide (500 ppm) evitou proacuteximo de 30 da oxidaccedilatildeo (plt005) A
atividade antioxidante do urucum ainda que natildeo na forma de sal de bixina foi
observada em outros produtos caacuterneos como salsichas (MERCADANTE et al
2010 ZARRINGHALAMI 2009) e hambuacutergueres (CASTRO 2011)
53
Extrato de urucum foi estudado sobre o controle da oxidaccedilatildeo lipiacutedica em
hambuacutergueres elaborados com peito de frango (Pectoralis major) durante o
processamento teacutermico e armazenamento A quantificaccedilatildeo de malonaldeiacutedo (MDA)
demonstrou que o uso deste aditivo inibe a oxidaccedilatildeo lipiacutedica em amostras grelhadas
e armazenadas durante 120 dias a -18ordmC A associaccedilatildeo do urucum e vitamina E
apresentou um efeito protetor quando utilizados associados durante o periacuteodo de
armazenamento desses produtos (FREITAS CASTRO 2008)
Coloriacutefico produzido com urucum foi utilizado em cortes de frango
(04g100g) comparando amostras cruas e grelhadas O efeito antioxidante
observado sugere que a vitamina E atua juntamente com bixina impedindo a
oxidaccedilatildeo lipiacutedia As amostras grelhadas e amostras cruas tratadas com o coloriacutefico
natildeo apresentaram resultados diferentes (pgt05) entre si em relaccedilatildeo aos niacuteveis de
TBARS (CASTRO et al 2011) No coloriacutefico temos a presenccedila dos tocotrienoacuteis
descritos por Costa (2007) atuando como antioxidantes sendo que coloriacutefico
produzido no Brasil eacute uma mistura da semente inteira triturada juntamente com
farinha de fubaacute e oacuteleo de soja (FRANCO 2008)
46 AVALIACcedilAtildeO DA COR
461 Efeito da substituiccedilatildeo de nitrito por sal de bixina sobre a cor em produtos
reestruturados
A avaliaccedilatildeo da luminosidade (L) nos produtos caacuterneos reestruturados
frescais de forma geral demonstrou que a presenccedila do sal de bixina reduz a
luminosidade das amostras (TABELA 6) A substituiccedilatildeo total (BIX) ou parcial do
nitrito (BIXNIT) proporcionou produtos menos claros quando comparados ao
controle ou formulaccedilatildeo contendo apenas nitrito (NIT) O tempo de armazenamento
tambeacutem promove a reduccedilatildeo da luminosidade nas amostras em praticamente todos
os tratamentos houve significativa reduccedilatildeo nos valores de (L) durante os 30
primeiros dias iniciais seguindo-se pela estabilizaccedilatildeo deste paracircmetro
54
TABELA 6 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 40110(plusmn0549)ABab
34341(plusmn0961)Ab
35185(plusmn1889)Ab
BIX 36025(plusmn2713)BCc
31166(plusmn1748)Bb
31763(plusmn0951)Bb
BIXNIT 38654(plusmn2908)Cbc
30770(plusmn1031Bb
31087(plusmn1532)Bb
NIT 41868(plusmn1816)Aa
35946(plusmn1619)Ab
36313(plusmn1932)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Nas amostras reestruturadas grelhadas as amostras CTRL e NIT
mostraram-se mais impactante agrave luminosidade (L) quando comparada aos sais de
bixina Durante os 60 dias de armazenamento os menores valores de (L) foram
verificadas nas amostras onde houve substituiccedilatildeo parcial (BIXNIT) e substituiccedilatildeo
total (BIX) do nitrito inferior inclusive ao observado no controle Houve significativa
reduccedilatildeo da luminosidade durante o armazenamento indicando o escurecimento das
amostras situaccedilatildeo acompanhada do desenvolvimento da oxidaccedilatildeo em todas as
amostras (item 45) Nas amostras formuladas sem a presenccedila de bixina (CTRL e
NIT) as diferenccedilas foram observadas jaacute apoacutes 30 dias de armazenamento (TABELA
7)
TABELA 7 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A
LUMINOSIDADE (L) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 44819(plusmn5795)Aa
39102(plusmn2143)Ab
39196(plusmn2067)Ab
BIX 37586(plusmn1436)
Ba 34784(plusmn1021)
Bab 35985(plusmn2092)
Bb
BIXNIT 40306(plusmn2813)ABa
38195(plusmn1826)Aa
38674(plusmn1840)Aa
NIT 44277(plusmn2902)Aa
38797(plusmn0417)Ab
39229(plusmn1150)Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm
sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
55
Estudo avaliando a cor de amostras de carne ovina embaladas a vaacutecuo natildeo
identificou variaccedilotildees significativas nos valores de L a e b (pgt005) durante os 28
dias de armazenamento (FERNANDES et al 2012) Por ser o vaacutecuo um paracircmetro
de controle para rancidez verifica-se uma potencial relaccedilatildeo entre o escurecimento
das amostras e o desenvolvimento da oxidaccedilatildeo de lipiacutedios e dos pigmentos
responsaacuteveis pela cor nos produtos caacuterneos
De forma complementar o uso de condiccedilotildees que minimizam a oxidaccedilatildeo
como frio e antioxidante promove estabilidade dos paracircmetros de cor Pesquisas
realizadas com muacutesculos Longissimus lumborum de cordeiros suplementados com
vitamina E demonstraram que os paracircmetros de cor natildeo foram afetados durante 12
dias de armazenamento a 4ordmC (STROHECKER et al 1997)
Amostras contendo apenas (NIT) apresentaram os menores valores de a
durante o armazenamento A cor vermelha se mostrou inferior inclusive ao controle
(TABELA 8) O nitrito de soacutedio natildeo eacute um corante adequado para produtos caacuterneos
frescais a ligaccedilatildeo do NO provido pelo nitrito agrave mioglobina fornece a cor vermelha
caracteriacutestica dos produtos caacuterneos no entanto estaacute reaccedilatildeo eacute precedida pela
oxidaccedilatildeo do ferro presente no anel porfiriacutenico uma alteraccedilatildeo que promove o
escurecimento das carnes et al 2004) Tratamentos como salga ou
cocccedilatildeo favorecem a interaccedilatildeo da mioglobina com o nitrito e cor vermelha no
entanto em produtos frescais persiste a cor marrom O uso combinado de nitrito e
antioxidantes como o eritorbato de soacutedio tambeacutem de mostrou efetivo para promover
aumento do paracircmetro a em produtos caacuterneos (TRINDADE et al 2008)
A substituiccedilatildeo do nitrito de soacutedio por sal de bixina favoreceu a cor vermelha
nas amostras caacuterneas cruas Amostras contendo bixina apresentaram elevaccedilatildeo do
paracircmetro a conforme a maior concentraccedilatildeo utilizada desse sal (BIXgtBIXNIT) e natildeo
houve reduccedilatildeo dessa coloraccedilatildeo durante os 60 dias de avaliaccedilatildeo (TABELA 8) Em
relaccedilatildeo ao controle as amostras contendo sal de bixina apresentaram praticamente
o dobro do paracircmetro a durante toda vida de prateleira No 60ordm dia de
armazenamento foi verificado o valor 824 de a para CTRL enquanto os
tratamentos BIX e BIXNIT alcanccedilavam meacutedias 1666 e 1551 respectivamente
demonstrando a efetividade e estabilidade da bixina como corante caacuterneo
56
TABELA 8 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7708(plusmn0158)Aa
8177(plusmn0590)Aa
8240(plusmn0482)Aa
BIX 15778(plusmn1682)
Ba 17143(plusmn1643)
Ba 16663(plusmn1144)
Ba
BIXNIT 12999(plusmn1637)Ca
15565(plusmn0855)Cb
15508(plusmn1155)Bb
NIT 5922(plusmn0418)
Da 6949(plusmn0525)
Ab 7215(plusmn1079)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Diferente deste estudo onde se isolou a bixina e se procedeu a conversatildeo
em um sal Zarringhalami e colaboradores (2009) avaliaram a estabilidade da cor em
salsichas formuladas com 55 e 70 de carne e variaacuteveis concentraccedilotildees de nitrito
e poacute de urucum (1 norbixina) As amostras foram mantidas sob refrigeraccedilatildeo a 4 ordmC
por 2 10 20 e 30 dias Observou-se que a adiccedilatildeo de urucum em salsichas seja
com 55 ou 70 de carne proporcionou aumento dos atributos de cor amarelo b e
vermelho a Os resultados indicam que o urucum pode ser um possiacutevel substituto
do nitrito quando o objetivo eacute tornar a coloraccedilatildeo do produto mais intensa ou ainda
para minimizar os niacuteveis de nitrito e consequumlente formaccedilatildeo de nitrosaminas Os
resultados demonstraram ainda a estabilidade da coloraccedilatildeo vermelha atribuiacuteda pelo
urucum por pelo menos 30 dias de armazenamento conforme foi observado por
Chaudry (2003) em que o urucum se mostrou estaacutevel frente ao calor luz e oxidaccedilatildeo
de matrizes alimentares constituiacutedas de carboidratos ou proteiacutenas
Nas amostras grelhadas a presenccedila do sal de bixina novamente favoreceu
o desenvolvimento da coloraccedilatildeo vermelha natildeo sendo verificadas reduccedilotildees
significativas entre o iniacutecio e termino do tempo de prateleira (TABELA 9) No entanto
o calor favorece a interaccedilatildeo entre os derivados do nitrito e mioglogina e diferente do
produto frescal tambeacutem promove cor vermelha ainda que inferior (plt005) ao sal de
bixina No iniacutecio do armazenamento enquanto tratamento BIX apresentou meacutedia
proacutexima a 170 NIT manteve-se em 104 aproximadamente
O urucum eacute comumente utilizado como extrato aquoso ou poacute obtido de
sementes e se caracteriza pela presenccedila de norbixina um pigmento que encontra
solubilidade em aacutegua e apresenta coloraccedilatildeo alaranjada (KELLY 1996
MERCADANTE et al 1997 RODRIGUEZ-AMAYA 2001 RIOS MERCADANTE
57
2004 OLIVEIRA 2005) A atuaccedilatildeo dos urucum e seus derivados como corante eacute
prevista inclusive pela legislaccedilatildeo (BRASIL 1998) no entanto satildeo aplicaccedilotildees
diferentes do objetivo deste trabalho onde se investiga o isolamento da bixina sua
conversatildeo em sal e consequumlente solubilidade em aacutegua e capacidade de atuar como
antioxidante e corante vermelho
TABELA 9- EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR
VERMELHA (a) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 5306(plusmn0823)Aa
5942(plusmn0705)Aa
6095(plusmn0615)Aa
BIX 15561(plusmn2333)
Ba 14388(plusmn1657)
BCa 15138(plusmn1455)
Ba
BIXNIT 17061(plusmn2026)Ba
15683(plusmn2144)Ca
15761(plusmn2193)Ba
NIT 10381(plusmn0763)
Ca 13124(plusmn1235)
Bb 12593(plusmn1026)
Cb
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
O sal de bixina aleacutem de prover a cor vermelha tambeacutem se mostrou promotor
da cor amarela em amostras cruas (TABELA 10) Durante o periacuteodo de
armazenamento as amostras contendo bixina apresentaram valores maiores para b
quando comparadas ao tratamento NIT ou CTRL e se verificou a estabilidade da cor
provida pelo sal de bixina durante os 60 dias de armazenamento
TABELA 10 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoCRUASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 7894(plusmn0307)Aa
10094(plusmn0503)Ab
10385(plusmn0549)Ab
BIX 11710(plusmn2014)
Ba 14290(plusmn1656)
Bb 13408(plusmn0635)
Bab
BIXNIT 13356(plusmn2641)Ba
18375(plusmn1204)Cb
17963(plusmn1591)Cb
NIT 8765(plusmn0621)
Aa 10709(plusmn1023)
Ab 10191(plusmn0577)
Ab
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo MP= mateacuteria prima CTRL=controle BIX =(500ppm sal
de bixina) BIXNIT=(250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT =(150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
58
Em relaccedilatildeo ao paracircmetro b das amostras grelhadas no iniacutecio do
armazenamento enquanto as amostras contendo bixina (BIX ou BIXNIT)
apresentavam meacutedia proacutexima a 22 para esse paracircmetro o CTRL ou NIT limitava-se
a valores proacuteximos a 11 indicando uma menor tendecircncia ao amarelo Novamente o
sal de bixina se mostrou estaacutevel durante o periacuteodo de armazemento e novamente
em nenhum tratamento se verificou reduccedilatildeo da coloraccedilatildeo amarela durante os 60
dias de armazenamento (TABELA 11)
TABELA 11 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO POR SAL DE BIXINA SOBRE A COR AMARELA (b) EM CARNES REESTRUTURADAS ldquoGRELHADASrdquo
Tempo dias
0 30 60
CTRL 11761(plusmn0773)Aa
11170(plusmn0941)Aa
11501(plusmn0978)Aa
BIX 22821(plusmn2341)
Ba 17174(plusmn2139)
Bb 18370(plusmn2621)
Bb
BIXNIT 21463(plusmn1980)Ba
17479(plusmn0973)Bb
17442(plusmn1152)Bb
NIT 11254(plusmn0499)
Aa 11261(plusmn0399)
Aa 11400(plusmn0555)
Aa
FONTE A autora (2014) NOTA n=8 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) A - D Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) a - d Letras diferentes na mesma linha indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005)
Uma das grandes preocupaccedilotildees que acompanham os aditivos naturais
refere-se agrave instabilidade durante o periacuteodo de armazenamento A avaliaccedilatildeo da
estabilidade de cor em salsichas demonstrou que os pigmentos naturais zeaxantina
norbixina caroteno e licopeno apoacutes 45 dias de armazenamento a 4degC apresentaram
perda da coloraccedilatildeo vermelha devido agrave suscetibilidade agrave accedilatildeo oxidante do oxigecircnio
No entanto em teste sensorial essa alteraccedilatildeo de cor natildeo foi identificada recebendo
a observaccedilatildeo de ldquomuito agradaacutevelrdquo por panelistas mesmo apoacutes 45 dias de
armazenamento a 4 ordmC (MERCADANTE 2010)
O efeito antioxidante da vitamina E e o uso de embalagens com varias
condiccedilotildees de atmosfera modificada foram comparados quanto a estabilidade da cor
em produtos caacuterneos congelados durante 18 dias A reduccedilatildeo das concentraccedilotildees de
oxigecircnio e a presenccedila de vitamina E foram efetivos para preservar a cor dos
produtos caacuterneos durante o armazenamento (FREITAS CASTRO 2008) SantAnna
e colaboradores (2013) em uma revisatildeo sobre pigmentos naturais em alimentos
sugerem que o monitoramento de cores poderia ser uma abordagem uacutetil para o
59
controle em tempo real da qualidade das unccedilotildees tecnoloacutegicas desempenhadas por
pigmentos naturais (NASSU et al 2012)
47 ANAacuteLISE SENSORIAL VISUAL
471 Testes de ordenaccedilatildeo de preferecircncia
A anaacutelise sensorial visual do produto cru demonstrou que durante o periacuteodo
de armazenamento amostras contendo apenas nitrito de soacutedio (NIT) foram menos
aceitas (plt005) quando comparadas ao controle ou tratamentos com sal de bixina
Ao teacutermino do processo nas amostras apresentadas cruas NIT (47) foi superado
por BIX (75) ou BIXNIT (91) e inclusive por CTRL (97) Ao termino do periacuteodo
avaliado este comportamento foi mantido e novamente NIT (45) foi preterido
(plt005) em relaccedilatildeo agrave BIX (83) BIXNIT (80) ou CTRL (82) (TABELA 12)
Amostras caacuterneas frescais contendo nitrito apresentam coloraccedilatildeo marrom
devido agrave oxidaccedilatildeo do ferro ao estado feacuterrico (Fe3+) Quando aproximadamente 50
da mioglobina encontram-se na forma de metamioglobina a cor da carne torna-se
inaceitaacutevel para a maioria dos consumidores (RICKERT et al 1957 YOUSSEF et
al 2003) Amostras cruas formuladas apenas com nitrito (NIT) apresentaram os
menores valores de preferecircncia e tambeacutem menores (plt005) intensidade da cor
vermelha (paracircmetro a) quando comparadas aos tratamentos com sal de bixina
(TABELAS 8 e 9)
TABELA 12 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoCRUSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 97abc 96ab 82abc BIX 91bc 85bc 83bc
BIXNIT 75c 70cd 80c NIT 47d 49d 45d
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT= (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5
(plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 (continua)
60
apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
A anaacutelise sensorial visual das amostras grelhadas (TABELA 13)
demonstrou que amostras tratadas com nitrito de soacutedio foram menos aceitas pelo
consumidor (plt005) Enquanto a aceitaccedilatildeo de NIT variou de 48 a 51 durante o
armazenamento para BIX e BIXNIT estes valores variam de 88 a 91 e 66 a 91
respectivamente No produto grelhado a cor provida pelo nitrito novamente natildeo
satisfez o consumidores poreacutem diferente do produto frescal (onde o sal de cura
acentua a indesejaacutevel cor marrom) quando aquecidas essas amostras adquirem
cor rosa apreciaacutevel em produtos caacuterneos como mortadela ou salsichas mas
inadequada para reestruturados como hambuacutergueres A avaliaccedilatildeo da cor das
amostras NIT demonstra que o aquecimento promove aumento do paracircmetro de
cor vermelha (TABELAS 8 e 9)
TABELA 13 - PREFEREcircNCIA DOS CONSUMIDORES PELA COR DE PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS ldquoGRELHADOSrdquo COM SUBSTITUICcedilAtildeO DE NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA
Tempo dias
0 30 60
CTRL 80abc 109ordf 85ab BIX 91abc 79b 88ab
BIXNIT 91abc 68bc 66bc NIT 48d 44c 51c
FONTE A autora (2014) NOTA n=30 Tempo ldquo0rdquo = teacutermino do processo CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina)
BIXNIT = (250ppm sal de bixina75ppm NaNO2 ) NIT = (150ppm NaNO2) a b c d Letras diferentes na mesma coluna indicam diferenccedila significativa em niacutevel de 5 (plt005) As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 26 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 5 de significacircncia As amostras onde a diferenccedila entre as somatoacuterias for maior que 32 apresentam entre si diferenccedila estatiacutestica em niacutevel de 1 de significacircncia
No processamento da maioria dos produtos curados como salsichas e
presuntos durante a trituraccedilatildeo da massa caacuternea ocorrem incorporaccedilatildeo de ar
promovendo a oxigenaccedilatildeo dos tecidos e portanto a oximioglobina estaraacute
predominantemente presente no momento da adiccedilatildeo dos ingredientes para cura
Inicialmente a oximioglobina e a mioglobina satildeo oxidadas agrave metamioglobina pela
accedilatildeo do nitrito Subsequumlentemente esta reage com oacutexido niacutetrico formando o
complexo nitrosilmetamioglobina A reduccedilatildeo da nitrosilmetamioglobina promovida
61
pela accedilatildeo de enzimas redutoras agentes redutores como ascorbato de potaacutessio ou
grupos sulfidriacutelicos liberados durante o tratamento teacutermico ou a reaccedilatildeo direta da
mioglobina com oacutexido niacutetrico daraacute origem a nitrosilmioglobina (FOX
ACKERMAN1968 KOIZUMI BROWN 1971 FARIA et al 2001 YOUSSEF et al
2003)
48 ANAacuteLISES MICROBIOLOacuteGICAS
A RDC nordm 12 de 02 de janeiro de 2001 ANVISAMS preconiza a toleracircncia
para produtos caacuterneos os seguintes paracircmetros Clostriacutedio sulfito redutor 30x103
UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x103 UFCg Coliforme a 45oC 50x103
NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25g Os resultados das anaacutelises
microbioloacutegicas da mateacuteria prima e dos quatro tratamentos satildeo apresentados nas
tabelas 14 15 e 16
A mateacuteria prima (MP) (TABELA 15) que apresentou contaminaccedilatildeo de
Clostriacutedios sulfito redutores na ordem de 3x10 UFCg bem como a contagem de
coliformes a 45oC com 43 NMPg em relaccedilatildeo aos indicadores estafilococos
coagulase positiva foi detectado limite inferior ao meacutetodo de detecccedilatildeo A MP natildeo
apresentou contaminaccedilatildeo com Salmonella em 25g da amostra analisada Pelos
paracircmetros avaliados conclui-se que a MP eacute de boa procedecircncia sobre o aspecto
microbioloacutegico Em relaccedilatildeo aos tratamentos observou-se que nos tratamentos a
contaminaccedilatildeo por Clostriacutedios sulfito redutores permaneceu na mesma ordem de 10
UFCg A contagem de coliformes a 45oC estafilococos coagulase positiva em todos
os tratamentos foi abaixo dos limites de detecccedilatildeo indicando as boa praacuteticas de
manipulaccedilatildeo no processamento da carne
Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira e Simm (2012) onde
das seis amostras analisadas apenas uma amostra de carne moiacuteda fresca
apresentou contaminaccedilatildeo abaixo do nuacutemero maacuteximo as amostras restantes todas
apresentaram contagem para coliformes a 45oC superior ao estabelecido pela RDC
12 (BRASIL 2001)
62
TABELA 14 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS ldquoTEMPO 0rdquoAPOacuteS PROCESSAMENTO
Amostra Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos Coagulase positiva
(UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
CTRL 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX 20 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIXNIT 20 x 10 lt 10 x 102 15 Ausecircncia
NIT 30 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal de
bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva 50x10
3
UFCg Coliformes a 45oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
Em estudo com bovinos foi encontrado nuacutemero de coliformes fecais
respectivamente de 40 UFCg e lt30 UFCg para as amostras submetidas agrave
maturaccedilatildeo por 9 dias e 14 dias Para estafilococos coagulase posita encontrou-se
lt10 x 102 UFCg (PUGA CONTRERAS TURNBULL 1999) Millette e
colaboradores (2007) demonstraram que a concentraccedilatildeo de 1000 UImL de nisina
(uma bacteriocina) foi necessaacuteria para reduzir em 186 log UFCcm2 o niacutevel de
estafilococos coagulase positiva em carne moiacuteda durante 72 horas de
armazenamento
Xavier e Joele (2004) em estudo realizado em supermercados accedilougues e
feiras livres na cidade de Beleacutem ndash PA analisaram trinta amostras de carne bovina
em diversos cortes e encontraram a presenccedila de Salmonella spp em uma amostra
Ferreira e Simm (2012) em seu estudo com carne moiacuteda em Minas Gerais
observaram que das seis amostras de carne analisadas uma amostra de carne
moiacuteda na hora da aquisiccedilatildeo apresentou presenccedila de Salmonella spp demonstrando
inadequaccedilatildeo ao consumo Por outro lado Ferreira (2008) analisou quarenta
amostras de carne moiacuteda coletadas em accedilougues e supermercados do municiacutepio de
UberlacircndiaMG nas quais natildeo foi detectada a presenccedila do micro-organismo
Salmonella spp
A contaminaccedilatildeo das carcaccedilas de bovinos com estafilococos coagulase-
positiva (CPS) foi estudada em trecircs matadouros de carne bovina na Australia A
meacutedia encontrada nos trecircs matadouros foi 40 de contaminaccedilatildeo constatou-se que
63
as matildeos dos trabalhadores estavam fortemente contaminadas e foram a provaacutevel
fonte de contaminaccedilatildeo por CPS (DESMARCHELIER et al 1999)
A contagem de coliformes foi avaliada em todas as 30 amostras de carne in
natura em Beleacutem - PA sendo que 866 delas situaram-se no intervalo com valores
maacuteximos pesquisados (XAVIER E JOELE 2004) Ao avaliar vinte e quatro amostras
de carne bovina moiacuteda de dez diferentes estabelecimentos da regiatildeo sul do Rio
Grande do Sul foram encontrados em quatro delas valores acima do permitido para
coliformes termotolerantes (DIAS et al 2008) Pigarro e Santos (2008) avaliando
oito amostras de carne moiacuteda de dois estabelecimentos diferentes encontraram
contagens tanto de coliformes totais quando de coliformes termotolerantes que
variavam de lt1x10sup1 a 5x104 UFCg
Natildeo foi detectada a presenccedila de Salmonella spp e estafilococos coagulase
positiva em nenhuma das amostras analisadas durante todo o periacuteodo de
estocagem congelada avaliado Os dados satildeo semelhantes aos encontrados por
Marchi (2006) que avaliando amostras de carne moiacuteda em Jabuticabal-SP
identificou ausecircncia de Salmonella sp e presenccedila de populaccedilatildeo de Escherichia coli
de ateacute 1x102 UFC g em 90 das amostras Marques (2007) encontrou ausecircncia de
Salmonella spp e 40 x10 UFC g de Escherichia coli analisando corte comercial de
aceacutem utilizado para elaboraccedilatildeo de hambuacuterguer
Graacutecia (2011) analisando carne de moiacuteda encontrou coliformes a 45degC lt
3NMPg na carne de especial 23x10 NMPg na carne de primeira e 11x103 NMP g
na carne de segunda e ausecircncia de Salmonella sp Em especial a carne moiacuteda
oferece maior risco de contaminaccedilatildeo por apresentar maior superfiacutecie de contato
aleacutem de sofrer maior manipulaccedilatildeo carreando microrganismos deteriorantes
patogecircnicos e muitas vezes imperceptiacuteveis ao consumidor (FERREIRA SIMM
2012)
Apoacutes 30 dias de armazenamento a -16oCplusmn1 (TABELA 15) foi observado uma
contagem de clostriacutedios sulfito redutores abaixo do limite de detecccedilatildeo indicando que
o congelamento natildeo permitiu a viabilidade do micro-organismo Este fato confirma
que temperaturas baixas interferem no crescimento de clostriacutedios Sulfito Redutores
White e Hall (1984) e Trindade e colaboradores (2008) em seus estudos afirmaram
que essa bacteacuteria eacute altamente sensiacutevel ao congelamento (CARPENTER REDDY
CORNFORTH 1987 McNEILL KAKUDA 1988)
64
TABELA 15 ndash EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 30 DIAS
Amostra
Clostridios sulfito
redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 43 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
FONTE A Autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX = (500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2)RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos
coagulase positiva 50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp
ausecircncia em 25 g
Os micro-organismos satildeo menos ativos a 0degC e mesmo a 2degC a ponto de se
considerar essa faixa como limite capaz de proteger o alimento contra toxinfecccedilotildees
uma vez que os clostriacutedios sulfito redutores satildeo inibidos a 22degC e as Salmonellas
spp e os estafilococos a 44degC (PARDI 2001 AKHTAR et al 2009 JALOUSTRE
et al 2011) Em relaccedilatildeo aos outros indicadores natildeo ocorreu variaccedilatildeo de resultado
na anaacutelise microbioloacutegica a mesma relaccedilatildeo que os clostriacutedios sulfito redutores e os
outros paracircmetros permaneceram inalterados
No tempo de 60 dias (TABELA 16) os resultados microbioloacutegicos
permaneceram inalterados quando comparados com o tempo de 30 dias em relaccedilatildeo
dos indicadores sanitaacuterios avaliados
TABELA 16 - EFEITO DA SUBSTITUICcedilAtildeO DO NITRITO DE SOacuteDIO POR SAL DE BIXINA SOBRE O
DESENVOLVIMENTO MICROBIANO EM PRODUTOS CAacuteRNEOS REESTRUTURADOS CRUS ARMAZENADOS POR 60 DIAS
Amostra
Clostridios
sulfito redutores (UFCg)
Estafilococos coagulase
positiva (UFCg)
Coliformes a 45
oC (NMPg)
Salmonella spp (25 g)
MP lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
CTRL lt 10 x 10 lt 10 x 102 93 Ausecircncia
BIX lt 10 x 10 lt 10 x 102 23 Ausecircncia
BIXNIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 9 Ausecircncia
NIT lt 10 x 10 lt 10 x 102 24 Ausecircncia
FONTE A autora (2014) NOTA MP = mateacuteria prima CTRL = controle BIX _(500ppm sal de bixina) BIXNIT = (250ppm sal
de bixina75ppm NaNO2 NIT = (150ppm NaNO2) RDC 12 de 02012001 ANVISAMinisteacuterio da Sauacutede Clostridios sulfito redutores 30x10
3 UFCg Estafilococos coagulase positiva
50x103 UFCg Coliformes a 45
oC 50x10
3 NMPg Salmonella spp ausecircncia em 25 g
65
Em trecircs diferentes tratamentos realizados 1) controle (sem aditivos) 2)
adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 3) adiccedilatildeo de 150 ppm de nitrito e 500 ppm de
eritorbato A avaliaccedilatildeo da estabilidade microbioloacutegica da carne mecanicamente
separada (CMS) realizada no primeiro e uacuteltimo dia de estocagem congelada para
coliformes a 45degC estafilococos coagulase positiva e clostriacutedios sulfito redutores
indicou que natildeo houve uma variaccedilatildeo significativa nas contagens em funccedilatildeo do
tratamento utilizado (diferentes aditivos adicionados) Natildeo foi detectada Salmonella
spp em nenhuma das amostras analisadas (TRINDADE et al2008)
66
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O sal de bixina se mostrou uma alternativa viaacutevel para prover cor vermelha e
accedilatildeo antioxidante em substituiccedilatildeo ao nitrito de soacutedio podendo minimizar sua
utilizaccedilatildeo e conferir maior seguranccedila aos produtos caacuterneos reestruturados
Corantes amarelo-alaranjados obtidos do urucum satildeo uma ferramenta tecnoloacutegica
conhecida e de uso previsto na legislaccedilatildeo No entanto o isolamento da bixina e sua
conversatildeo em sal proporcionam um aditivo inovador de cor vermelho-puacuterpura accedilatildeo
antioxidante e caracteriacutesticas hidrofiacutelicas que podem permitir amplas aplicaccedilotildees na
induacutestria alimentiacutecia Estudos complementares devem ser desenvolvidos para
adequar as concentraccedilotildees utilizadas e condiccedilotildees de processo aos produtos caacuterneos
A capacidade do sal de bixina inibir a rancidez se soma a pesquisas que
identificaram este comportamento em outros derivados do urucum Assim sugere-se
que a legislaccedilatildeo nacional seja revista e aleacutem da funccedilatildeo tecnoloacutegica de corante deve
ser incluiacuteda tambeacutem a accedilatildeo antioxidante
Ainda que o desempenho antioxidante do derivado da bixina natildeo seja tatildeo
pronunciado quanto do nitrito se mostrou eficaz durante toda a vida de prateleira
podendo ser utilizado individualmente ou combinado ao nitrito minimizando a
ingestatildeo do sais de cura
67
REFEREcircNCIAS
ABIEC Associaccedilatildeo Brasileira das Induacutestrias Exportadoras de Carnes Portal DBO disponiacutevel em lt httpwwwportaldbocombrPortalConteudoNoticias9235Abate+de+bovinos+bate+recorde+em+2013aspxgt Acesso em 31032014 ABRAHAtildeO W M Meacutetodo de detecccedilatildeo e ocorrecircncia de Listeria monocytogenes e de outros microrganismos em queijos comercializados no estado do Paranaacute Tese (Doutorado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Universidade Federal do Paranaacute 2008 ABULARACH M L S ROCHA C E FELICIO PE de Caracteriacutesticas de qualidade do contrafileacute (M L dorsi) de touros jovens da raccedila nelore Ciecircncia e Tecnologia Alimentos v 18 n 2 p 205-210 1998
AKHTAR S PAREDES-SABJA D TORRES J A SARKER M R Strategy to inactivate Clostridium perfringens spores in meat products Food Microbiology
v 26 p272ndash277 2009 ALBUQUERQUE M V SANTOS A CERQUEIRA N T V SILVA J A Educaccedilatildeo alimentar Uma proposta de reduccedilatildeo de aditovos alimentares Revista Quiacutemica Nova na Escola v34 n2 2012
ALP E AKSU M İ Effects of water extract of Urtica dioica L and modified atmosphere packaging on the shelf life of ground beef Meat Science v86 p468ndash473 2010 ANDRADE R Desenvolvimento de meacutetodos analiacuteticos para determinaccedilatildeo de nitrato nitrito e N-nitrosaminas em produtos caacuterneos 201f Tese (Doutorado em
Quiacutemica) - Instituto de Quiacutemica Universidade Estadual de Campinas 2004 ARAUacuteJO J A Quiacutemica de alimentos teoria e praacutetica 2 ed Viccedilosa Ed UFV
1999 ARAUacuteJO PFde RODRIGUES R S Nitrates nitrites nitrosaminas and their effects on the human body Higiene alimentar v22 n160 p54-58 2008 ARCHER DL Evidence that ingested Nitrate and Nitrite are beneficial to health Journal of Food Protection v 65 n 5 p 872-875 2002
68
ARISSETO A P POLLONIO M A R Evaluation of the oxidative stability of hamburger calabresa type formulated with reduced texts of nitrite and different percentages of fat during frozen storage Higiene alimentar v19 p72-80 2005
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of AOAC international 16ed ArlingtonEd AOACv2 1995
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY (AOAC) Official methods of analysis of the Association of Official Analutical Chemistry 16 ed
Washington 1997 AUN M V MAFRA C PHILIPPI J C KALIL J AGONDI R C MOTTA A A Aditivos em alimentos Revista brasileira de alergia e Imunopatologia v 34n 5 2011 BAILEY A E Baileyrsquos Industrial Oil and Fat Products 5th ed v3 John Wiley New York 1996 BARBER M S HARDISSON A JACKMAN L M WEEDON B C L Studies in nuclear resonance Part IV Stereochemistry of the bixins Proceedings of the Chemical Society v 61 p 1625-1630 1961 BEKHIT A E D GEESINK G H ILIAN M A MORTON J D BICKERSTAFFE R The effects of natural antioxidants on oxidative processes and metmyoglobin educing activity in beef patties Food Chemistry v81 p175ndash187 2003
BENEDETTI S BRUNGERA A RIZZATTI R DICKEL EL BERTOLIN TE Partial replacement of nitrite by antioxidants and its effect on smoked sausage color Revista Instituto Adolfo Lutz n70 p296-301 2011 BISWAS AK CHATLI MK SAHOO J Antioxidant potential of curry (Murraya koenigii L) and mint (Mentha spicata) leaf extracts and their effect on colour and oxidative stability of raw ground pork meat during refrigeration storage Food Chemistry v133 p467ndash472 2012 BORBA C M OLIVEIRA V R MONTENEGRO K R HERTZ P F VENZKE J G Diferentes processamentos de hambuacuterguer bovino e de frango Brazilian Journal of Food and Nutrition Araraquara v 24 n 1 p 01-07 2013
69
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Departamento Nacional de Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal Regulamento de inspeccedilatildeo industrial e sanitaacuteria dos produtos de origem animal Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Rio de Janeiro 1962 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Meacutetodos Analiacuteticos para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes ndash LANARA Brasiacutelia 1989
BRASIL Portaria n 1004 de 11 de dezembro de 1998 Aprova o Regulamento Teacutecnico Atribuiccedilatildeo de Funccedilatildeo de Aditivos Aditivos e seus Limites Maacuteximos de uso para a Categoria 8 - Carne e Produtos Caacuterneos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF 14 dez BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa ndeg 20 (DOU 3172000) Anexo IV Regulamento Teacutecnico de Identidade e Qualidade de Hambuacuterguer Disponiacutevel em lthttpwwwagriculturagovbrgt Acesso em nov 2013 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e do Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuaacuteria Instruccedilatildeo Normativa nordm 20 de 31 de julho de 2000 Regulamentos Teacutecnicos de Identidade e Qualidade de Almocircndega de Apresuntadode Fiambre de Hamburguer de Kibe de Presunto Cozido e de Presunto Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia
2000 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em jan 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Meacutetodos Oficiais para Anaacutelises Microbioloacutegicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Aacutegua Instruccedilatildeo Normativa no62 de agosto de 2003 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo [da] Repuacuteblica Federativa da Uniatildeo Brasiacutelia 2003 Disponiacutevel emlt httpwwwagriculturagovbr rgt Acesso em fev 2014 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Secretaria Nacional de Defesa Agropecuaacuteria Laboratoacuterio Nacional de Referecircncia Animal (LANARA) Meacutetodos analiacuteticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes II Meacutetodos Fiacutesico-Quiacutemicos Brasiacutelia 1981
BRASIL Ministeacuterio da Agricultura e Abastecimento Divisatildeo de Produtos de Origem Animal Circular nordm 16DICAR de 24012000 Brasiacutelia 2000
BRASIL RDC 12 de 02 de janeiro de 2001 Aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia DF de
10 jan p12-16 2001
70
BRASIL Resoluccedilatildeo da Diretoria Colegiada - RDC nordm 360 de 23 de dezembro de
2003 Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados Brasiacutelia 2003 BRASIL Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Regras para a Anaacutelise de Sementes 399f Brasiacutelia MAPAACS 2009
BRUNETON J Elementos de fitoquiacutemica y de farmacognosia Ed Acribia Zaragoza 1991 BRUNING-FANN CS KANEENE JB The effects of nitrate nitrite and n-nitroso compounds on human health a review Veterinary and Human Toxicology v35
p521-538 1993 CANTOR K P Drinking water and cancer Cancer Causes Control v 8 p 292-
308 1997 CARPENTER C E REDDY D S A CORNFORTH D P Inactivation of clostridial ferredoxin and pyruvate-ferredoxin oxidoreductase by sodium nitrite Applied Environmental Microbiology v 53 n 3 p 549-552 1987
CARVALHO JLS CUNICO M M DIAS JFG MIGUEL M D MIGUEL O G Termoestabilidade de processos extrativos de Nasturtium officinale R Br brassicaceae por sistema Soxhlet modificado Quiacutemica Nova v 32 n4 p 1031-1035 2009 CASSENS R G Use of sodium nitrite in cured meats today Food Technology v 49 n 7 p 72-80 1995 CASSENS R G Composition and safety of cured meats in the USA Food Chemistry v59 n4 p561-566 1997
CASTRO W F MARIUTTI L R B BRAGAGNOLO N The effects of colorifico on lipid oxidation colour and vitamin E in raw and grilled chicken patties during frozen storage Food Chemistry v 124 n 1 p 126ndash131 2011 CAYE L FRANCcedilOIS P SANTOS M V MEDEIROS L M PIRES C C Hambuacuterguer de carne ovina aceitabilidade do consumidor In SEMINAacuteRIO Sistemas de Produccedilatildeo Agropecuaacuteria - Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos 2009 Campus Dois Vizinhos Anais Campus Dois Vizinhos UFTPR 2009
71
CERQUEIRA F M MEDEIROS M H G de AUGUSTO O Antioxidantes dieteacuteticos controveacutersias e perspectivas Quiacutemica Nova v 30 n 2 p 441 2007 CIE Colorimetry Recommendations on uniform colour spaces colour differences equations Psychometric terms Central Bureau of the CIE Publication No 15 2ed Vienna 1986 CIE Industrial colour difference evaluation Publication Central Bureau of the CIE No116 Vienna 1995 COMA V Bioactive packaging technologies for extended shelf life of meat-based products Meat Science v 78 p90ndash103 2008
CORTAS NK WAKID NW Pharmacokinetics aspects of inorganic nitrate ingestion in man Pharmacology and Toxicology v68 p192-193 1991
COSTA AF Farmacognosia 3 ed Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1975 COSTA CK Estudo fitoquiacutemico de Bixa orellana Bixacea e aplicaccedilatildeo de oleo em formulaccedilatildeo cosmeacutetica 98fDissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Farmacecircuticas) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 COSTA L O Processamento e diminuiccedilatildeo do reprocesso do hambuacuterguer bovino127f Trabalho de Conclusatildeo (Curso de Graduaccedilatildeo) - Faculdade de Engenharia de Alimentos Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiaacutes 2004 DELGADO-VARGAS F JIMEacuteNEZ A R PAREDES-LOacutePES O Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 40 p173 2000
DESMARCHELIER P M HIGGS G M MILLS L SULLIVAN A M VANDERLINDE P B Incidence of coagulase positive Staphylococcus on beef carcasses in three Australian abattoirs International Journal of Food Microbiology v47 p 221ndash229 1999
DIAS P A CONCEICcedilAtildeO RCS da COELHO FJO TEJADA TS SEGATTO M TIMM CD Qualidade Higiecircnico-Sanitaacuteria de Carne Bovina Moiacuteda e de Embutidos Frescais Comercializados no Sul do Rio Grande do Sul Brasil Arquivos do Instituto Bioloacutegicos v75 n3 p359-363 2008
72
DJENANE D AIumlDER M YANGUumlELA J IDIR L GOacuteMEZ D RONCALEacuteS P Antioxidant and antibacterial effects of Lavandula and Mentha essential oils in minced beef inoculated with E coli O157H7 and S aureus during storage at abuse refrigeration temperature Meat Science v 92 p667ndash674 2012 DUARTE M T Avaliaccedilatildeo do teor de nitrito de soacutedio em linguiccedilas do tipo frescal e cozida comercializadas no Estado do Rio de Janeiro Brasil 86f Tese (Doutorado em Medicina Veterinaacuteria) ndash Universidade Federal Fluminense Niteroacutei 2010 DUTCOSKY SD Anaacutelise Sensorial de Alimentos Curitiba 4 ed Ed Champagnat
2013 DUTRA C B RATH S GUILLERMO REYES REYES F Nitrosaminas volaacuteteis em alimentos Alimentos e Nutriccedilatildeo Araraquara v 18 n 1 p 111-120 2008 EATON JW Catalases and peroxidases and glutathione and hydrogen peroxide mysteries of the bestiary (editorial comment) Journal of Laboratory and Clinical Medicine v3 p118 1991
ELIAS M E A SCHROTH G MACEDO J L V MOTA M S S DrsquoANGELO S A Mineral nutrition growth and yields of annatto trees (Bixa orellana) in agroforestry on an Amazonian ferralsol Experimental Agriculture v 38 p 277-289 2002 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) A cadeia da carne bovina no Brasil Dez2004 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUAacuteRIA (Embrapa) Gado de corte conhecendo a carne que vocecirc consome A carne como alimento 2002 Versatildeo internet Disponiacutevel em lt httpwwwcnpgcembrapabrpublicacoesdocdoc7702carnealimentohtmlgt Acesso em 22042014 EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuaacuteria de Minas Gerais Marccedilo 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwepamigbrindexphpItemid=68ampid=362ampoption= com_contentamptask=viewgt Acesso em 21 set 2013 EVANS W C Trease and Evans Pharmacognosy 13
ed London Beilliegravere Tindall
1992 FARMER E H α-Methylenic reactivity in olefinic and polyolefinic systems The Journal of the Chemical Society v38 p348 1942
73
FDA Food and Drug Administration Bacteriological analytical manual 8thed
Gaithersburg 1995 FERNANDES R de P P FREIRE M T de A GUERRA C C CARRER C da BALIEIRO J C de TRINDADE M A Estabilidade fiacutesico-quiacutemica microbioloacutegica e sensorial de carne ovina embalada a vaacutecuo estocada sob refrigeraccedilatildeo Ciecircncia Rural v42 n4 abr 2012 FERREIRA Isaura Maria Riscos Relacionados agrave Contaminaccedilatildeo Microbiana de Carne Moiacuteda Bovina 53f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Universidade Federal de Uberlacircndia Faculdade de Medicina Veterinaacuteria Uberlacircndia 2008 FERREIRA R S SIMM E M Anaacutelise microbioloacutegica da carne moiacuteda de um accedilougue da regiatildeo central do municiacutepio de Paraacute de MinasMG SynThesis Revista Digital FAPAM n3 p37 - 61 2012 FORMAN D A AL-DABBAGH S DOLL R Nitrates nitrites and gastric cancer in Great Britain Nature n 313 p 620-625 1985 FOX J B JR ACKERMAN S A Formation of nitric oxide myoglobin mechanisms of the reaction with various reductants Journal of Food Science v 33 n 4 p 364-370 1968 FARIA J A F FELIacuteCIO P E NEVES M A ROMANO M A Formaccedilatildeo e Estabilidade da Cor de Produtos Caacuterneos Curados Revisatildeo Revista Tecnologia de Carnes v3 n2 p16-22 2001 FRANCcedilA FILHO A T DE MESQUITA A J DE OLIVEIRA J P BUENO C P LOPES J H COUTO M V BORGES N M F Qualidade bacterioloacutegica de meias-carcaccedilas bovinas oriundas de matadouros-frigoriacuteficos do Estado de Goiaacutes habilitados para exportaccedilatildeo Ciecircncia Animal Brasileira v 7 n 3 p 315-325 2006 FRANCO CF de O FABRI E G BARREIRO NETO M MANFIOLLI M H HARDER MNC RUCKER N C de A Urucum sistemas de produccedilatildeo para o Brasil Joatildeo Pessoa Emepa p84-89 2008
FREITAS CASTRO W Avaliaccedilatildeo do efeito protetor do coloriacutefico como antioxidante natural na oxidaccedilatildeo lipiacutedica em carne de frango Dissertaccedilatildeo
(Mestrado em Ciecircncia de Alimentos) ndash Programa em Ciecircncia de Alimentos Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008
74
GARCIA CER Antioxidantes utilizados na induacutestria caacuternea quais satildeo os aditivos inibidores da rancidez nos produtos caacuterneos Revista Nacional da Carne v26 n299 p36-51 2002 GARCIA CER YOUSSEF E Y SOUZA NE MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v12 p335-340 2003 GARCIA CE R Bixina e norbixina os pigmentos do urucum (Bixa orellana L) utilizados na induacutestria caacuternea Revista Nacional da Carne v401 p14-22 2010
GARCIA C E R BOLOGNESI V J GASPARI DIAS J MIGUEL O G COSTA C K Carotenoides bixina e norbixina extraiacutedos do urucum (Bixa orellana L) como antioxidantes em produtos caacuterneos Ciecircncia Rural v 42 n 8 p 1510-1517 2012 GIULIANO G ROSATI C BRAMLEY P To dye or not to dye biochemistry of annatto unveiled Trends in Biotechnology v21 n12 p513-516 2003 GOLIN S D GARCIAC E R STRAPASSON G C WILLEG M F C SANTOS D F B BOLOGNESI V J MIGUEL O G BARREIRA S M The antioxidant potential of the Annatto In International of Pharmaceutical Sciences
9th Ribeiratildeo Preto SP 2013aDisponiacutevel em lthttpwwwcifarpcombrpainel_inctrabalhosresumo1958pdfgt Acesso em 27022014 GOLIN S D GARCIA C E R BARREIRA S M W BEDNARCZUK V O STRAPASSON G C ZUCHETTO M MIGUEL O G Concentration of bixin in two varieties of Bixa orellana L cultured in Paranaacute Visatildeo Acadecircmica v 14 n 4 p37-48 2013b GOMES H A SILVA E N da NASCIMENTO M R L do FUKUMA H T Evaluation of the 2-thiobarbituric acid method for the measurement of lipid oxidation in mechanically deboned gamma irradiated chicken meat Food Chemistry v 80 n
3 p 433-437 2003 GRAacuteCIA M A Paracircmetros indicadores de qualidade de carne moiacuteda utilizada em restaurantes de coletividade 138 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) ndash Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Tecnologia de Alimentos Departamento de Engenharia Quiacutemica Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2011
75
GRAY J I Measurement of lipid oxidation Journal of the American Oil Chemists Society v55 p539 1978 HASIAK R JCHAVES JSEBRANEK J KRAFT A A Effect of sodium nitrite and sodium eritorbate on the chemical sensory and microbiological properties of water-added turkey ham Poultry Science v 63 n 7 p 1364-1371 1984
HAYES JE STEPANYAN V ALLEN P OrsquoGRADY MN KERRY JP Effect of lutein sesamol ellagic acid and olive leaf extract on the quality and shelf-life stability of packaged raw minced beef patties Meat Science v84 p613ndash620 2010 HIERRO E GANAN M BARROSO E FERNAacuteNDEZ M Pulsed light treatment for the inactivation of selected pathogens and the shelf-life extension of beef and tuna carpaccio International Journal of Food Microbiology v158 p42ndash48 2012
HIMEDIALABS Disponiacutevel em lt httpwwwhimedialabscomintlenproductsDairyPathogen-Detection-SalmonellaTriple-Sugar-Iron-Agar-M021gt Acesso em 05052014 HUNTER LAB Measuring Meat Steaks Fillets and Patties Using the MiniScan EZ 450 LAV Hunter Associates Laboratory 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwhunterlabcommeasurementmethodsfish2html gt Acesso em 031014 IAL - Instituto Adolfo Lutz Meacutetodos fiacutesico-quiacutemicos para anaacutelise de alimentos 4ed 1ed digital - Satildeo Paulo Instituto Adolfo Lutz 2008 ICMSF International Commission on Microbiological Specifications for Foods Use of epidemiologic data to measure the impact of food safety control programs Food Control v17 p 825ndash8372006 IBGE Fundaccedilatildeo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutesticalt httpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidapof2008_2009_analise_consumodefaultshtmgt Acesso em 20042014 IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Indicadores IBGE Estatiacutestica da Produccedilatildeo Pecuaacuteria 2013 Disponiacutevel em lt httpwwwibgegovbrhomeestatisticaindicadoresagropecuariaproducaoagropecuariaabate-leite-couro-ovos_201302_publ_completapdfgt Acesso em 31032014
76
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e EstatiacutesticaAbates bovinos suiacutenos e frangos aquisiccedilatildeo de leite e produccedilatildeo de ovos satildeo recordes em 2013 Disponiacutevel em lt httpsaladeimprensaibgegovbrnoticiasview=noticiaampid=1ampidnoticia=2607ampbusca=1ampt=abates-bovinos-suinos-frangos-aquisicao-leite-producao-ovos-sao-recordes-2013gt Acesso em 31032014 JAFFEacute EE Methaemoglobinaemia Clinics Haematology v10 p 99-122 1981
JALOUSTRE S CORNU M MORELLI E NOEumlL V DELIGNETTE-MULLER ML Bayesian modeling of Clostridium perfringens growth in beef-in-sauce products Food Microbiology v28 p 311-320 2011 JAumlRGESTAD M SKOG K Review Genotoxicity of heat-processed foods Mutation Research Fundamental and Molecular Mechanisms of Mutagenesis v574 p156-172 2005 JOLY A B Botacircnica introduccedilatildeo agrave taxonomia vegetal 8ordf ed Satildeo Paulo Nacional p 482-485 1987 KANATT S R CHANDER R SHARMA A Chitosan and mint mixture A new preservative for meat and meat products Food Chemistry v107 p845ndash852 2008
KELLY D R et al NMR MS and X-ray crystal structure determination of bixin family of apocarotenoids Journal of Chemical Research v10 p 2637-2645 1996
KOIZUMI C BROWN W D Formation of nitric oxide myoglobin by nicotinamide adenine dinucleotides and flavins Journal of Food Science v 36 p 1105-1109
1971 LACOMA Laboratoacuterio de Inspeccedilatildeo e Controle de Qualidade de Alimentos e Aacutegua Disponiacutevel em lt httpwwwpalotinaufprbrlacomasalmonellahtm gt Acesso em 05052014 LAVIERI N WILLIAMS SK Effects of packaging systems and fat concentrations on microbiology sensory and physical properties of ground beef stored at 4 plusmn 1 degC for 25 days Meat Science v 97 p 534ndash541 2014 LEMOS A R Caracterizaccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica bioquiacutemica e avaliaccedilatildeo da atividade antioxidante em genoacutetipos de urucueiros (Bixa orellana L)
77
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Engenharia de alimentos) Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de Alimentos agrave Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Itapetinga 2008 LIMBO S UBOLDI E ADOBATI A IAMETTI S BONOMI F MASCHERONI E SANTAGOSTINO S POWERS TH FRANZETTI L PIERGIOVANNI L Shelf life of case-ready beef steaks (Semi tendinosus muscle) stored inoxygen-depleted master bag system with oxygen scavengers and CO2N2 modified atmosphere packaging Meat Science v 93 p477ndash484 2013 LUumlCKE FK Use of nitrite and nitrate in the manufacture of meat products Fleischwirtschaft International v4 p38-41 2000 MAGEE PN BARNES JM Carcinogenic N-nitroso compounds Advances in Cancer Research v10 p164-246 1967 MAISUTHISAKUL P SUTTAJIT M PONGSAWATMANIT R Assessment of phenolic content and free radical-scavenging capacity of some Thai indigenous plants Food Chemistry v 100 p 1409-1418 2007
MALDONADO-ROBLEDO G RODRIGUEZ-BUSTAMANTE E SANCHEZ-CONTRERAS A RODRIGUEZ-SONOJA R SANCHEZ S Production of tobacco aroma from lutein Specific role of the microorganisms involved in the process Applied Microbiology and Biotechnology v 62 p 484 2003
MAPA MINISTEacuteRIO DA AGRICULTURA PECUAacuteRIA E ABASTECIMENTO DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwagriculturagovbranimalmercado-internorequisitos-sanitarios gt Acesso em 07042014 MARCHI P G F Estudo comparativo do estado de conservaccedilatildeo de carne moiacuteda atraveacutes de meacutetodos microbioloacutegicos e fiacutesico-quiacutemicos 90 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Medicina Veterinaacuteria preventiva) ndash Faculdade de Ciecircncias Agraacuterias e Veterinaacuterias UNESP Campus Jaboticabal 2006 MARIEM C SAMEH M NADHEM S I SOUMAYA Z NAJIBA Z RAOUDHA E G Antioxidant and antimicrobial properties of the extracts from Nitrariaretusa fruits and their applications to meat product preservation Chaacircbane Industrial Crops and Products v 55 p295ndash303 2014 MARQUES J M Elaboraccedilatildeo de um produto de carne bovina ldquotipo Hambuacuterguerrdquo adicionado de farinha de aveia 71 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
78
Tecnologia de Alimentos) - Setor de Tecnologia Universidade Federal do Paranaacute Curitiba 2007 MATOS FJA ALENCAR JW CRAVEIRO AA Composiccedilatildeo do oacuteleo das sementes de urucum (Bixa orellana L) Resumos da 39a Reuniatildeo Anual da SBPC 101-D 25 1987
McNEILL J KAKUDA Y Influence of carcass parts and food additives on the oxidative stability of frozen mechanically separated and hand-deboned chicken meat Poultry Science v 67 n 2 p 270-274 1988 McKNIGHT GM DUNCAN CW LEIFERT C GOLDEN MH Dietary nitrate in man friend or foe British Journal of Nutrition v81 p349-358 1999 MERCADANTE AZ STECK A RODRIGUEZ-AMAYA DB PFANDER H BRITTON G Isolation of methyl 9Z-apo-6-lycopenoate from Bixa orellana L Phytochemistry v 41 p 1201-1203 1996
MERCADANTE A Z STECK A PFANDER H Isolation and structure elucidation of minor carotenoids from annatto (Bixa orellana L) seeds Phytochemistry v 46
p1379-1383 1997 MERCADANTE A Z CAPITANI C D DECKER E A CASTRO I A Effect of natural pigments on the oxidative stability of sausages stored under refrigeration Meat Science v 84 p 718-726 2010
MICHALCZYK M MACURA R TESAROWICZ I BANAŚ J Effect of adding essential oils of coriander (Coriandrum sativum L) and hyssop (Hyssopus officinalis L) on the shelf life of ground beef Meat Science v 90 p 842ndash850 2012 MILLETTE M TIEN C LE SMORAGIEWICZ W LACROIX M Inhibition of Staphylococcus aureus on beef by nisin-containing modiWed alginate Wlms and beads Food Control v18 p 878ndash884 2007
MISODOR Disponiacutevel em httpwwwmisodorcomSALMONELOSEphp Acesso em 05052014 MITACEK EJ BRUNNEMANN KD SUTTAJIT M MARTIN N LIMSILA T OHSHIMA H CAPLAN LS Exposure to N-nitroso compounds in a population of high liver cancer regions in Thailand Volatile nitrosamine (VNA) levels in Thai food Food and Chemical Toxicology v37 p297-305 1999
79
MUumlLLER WD Curing nas smoking are they healthier processes today than used to be Fleischwirtschaft v71 n1 p61-65 1991 MURPHY KM OGRADY MN KERRY JP Effect of varying the gas headspace to meat ratio on the quality and shelf-life of beef steaks packaged in high oxygen modified atmosphere packs Meat Science v 94 p447ndash454 2013
NAMIKI M Antioxidantsantimutagens in food Journal of Nutrition Boca Raton v29 n4 p273-300 1990 NASSU RT UTTARO B AALHUS JL ZAWADSK S JUAacuteREZ M Dugan M ER Type of packaging affects the colour stability of vitamin E enriched beef Food Chemistry v135 p 1868ndash1872 2012 NAWAR WW Lipids In FENNEMA OR Food Chemistry 2ed Marcel Dekker
p139-244 1985 NEPA (Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Alimentaccedilatildeo) ndash Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Tabela Brasileira de Composiccedilatildeo de Alimentos v1 p42 2004 NOPPE H MARTINEZ S A VERHEYDEN K VAN LOCO J COMPANYO BELTRAN R BRABANDER HF de Determination of bixin and norbixin in meat using liquid Chromatography and photodiodearray detection Food Additives and Contaminants v26 p17-24 2009
OHSHIMA H BARTSCH H Quantitative estimation of endogenous nitrosation in humans by monitoring N-nitrosoproline excreted in the urine Cancer Research
v41 p3658ndash3662 1981 OLIVEIRA J S Purificaccedilatildeo de Compostos de Urucum por Processo Absortivo
192f Tese (Doutorado em Engenharia Quiacutemica) - Universidade Federal de Santa Catarina 2005 OLIVEIRA TLC DE SOARES RA PICCOLI R H A Weibull model to describe antimicrobial kinetics of oregano and lemon grass essential oils against Salmonella Enteritidis in ground beef during refrigerated storage Meat Science v93 p645ndash651 2013
80
OLIVO R Fatores que influenciam as caracteriacutesticas das mateacuterias-primas caacuterneas e suas implicaccedilotildees tecnoloacutegicas Revista Nacional da Carne v307 p72-83 2002 OLIVO R OLIVO N O mundo das carnes ciecircncia tecnologia e mercado
3 ed Criciuacutema Ed do autor 2006 OLSEN S J BISHOP R BRENNER F W ROELS T H BEAN NTAUXE R V The changing epidemiology of Salmonellatrends in serotypes isolated from humans in the United States Journal of Infectious Disease v183 p753ndash761
2001 PARDI C M Ciecircncia higiene e tecnologia da carne Goiacircnia UFG v1 2001
PEGG R B SHAHIDI F Unraveling the Chemical Identity of Meat Pigments Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 37 n 6 p 561-589 1997
PIERSON M D Nitrite nitrite alternatives and the control of Clostridium botulinum in cured meats Critical Reviews in Food Science and Nutrition v 17 p 141-187
1982 PIGARRO M A P SANTOS M Avaliaccedilatildeo microbioloacutegica da carne moiacuteda de duas redes de supermercados da cidade de Londrina- PR 2008 59 f Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Higiene e Inspeccedilatildeo de Produtos de Origem Animal) - Universidade Castelo Branco Instituto Qualittas Londrina 2008 PIMENTEL F A STRINGHETA P C Produccedilatildeo de corantes de urucum em poacute por meio de precipitaccedilatildeo aacutecida a partir de extratos obtidos em diferentes soluccedilotildees extratoras Revista Brasileira de Corantes Naturais v 3 n 1 p 53-57 1999
PRENTICE-HERNANDEZ C RUSIG O CARVALHO PR N Influecircncia do tempo e aquecimento na degradaccedilatildeo teacutermica de bixina em extratos alcalinos de urucum (Bixa orellana L) Arquivos de Biologia e Tecnologia v 36 n 4 p 819-828 1993 PRESTON H D RICKARD M D Extraction and chemistry of annatto Food Chemistry v 5 p 47-56 1980
PRICE J F SCHWEIGERT B S The Science of Meat and Meat Products 2 ed San Francisco W H Freeman and Company 1971
81
PRICE J F SCHWEIGERT B S Ciecircncia de la carne y de los produtos caacuternicos Zaragoza Acribia 1976 PUGA D M U CONTRERAS C J C TURNBULL M R An evaluation of tenderization of forequarter bovine meat (triceps brachii) through methods of ageing and injection with acetic and lactic acids Ciecircncia e Tecnologia de Alimentos v
19 p 88-96 1999 QUEIROZ Y U DAUD K O SOARES R A M SAMPAIO G R CAPRILES V D TORRES E A F S Desenvolvimento e avaliaccedilatildeo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de hambuacutergueres com reduzidos teores de gordura e de colesterol Revista Nacional da Carne v 338 p 84-89 2005 RAHARJO S SOFOS J N Methodology for measuring malonaldehyde as a product of lipid peroxidation in muscle tissues a review Meat Science v35 p145ndash169 1993 RAMALHO V C JORGE N Antioxidants used in oils fats and fatty foods Quiacutemica Nova v 29 n 4 p 755-760 2006
Effects of the type of frying with culinary fat and refrigerated storage on lipid oxidation and colour of fried pork loin chops Food chemistry v 88 n 1 p 85-94 2004 RICKERT J A BRESSLER L BALL C O STIER E F Factors affecting quality of prepackaged meat II Color studies C Effects of air and oxygen under different pressures upon color product Food Technology v 11 p 625-632 1957
RIISPOA REGULAMENTO DA INSPECcedilAtildeO INDUSTRIAL E SANITAacuteRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 1952 Versatildeo para internet Disponiacutevel em lt httpwwwagriculturagovbrarq_editorfileAniamalMercadoInternoRequisitosRegulamentoInspecaoIndustrialpdfgt Acesso em 22042014 RIOS A O MERCADANTE A Z Otimizaccedilatildeo das condiccedilotildees para obtenccedilatildeo de padratildeo de bixina e das etapas de extraccedilatildeo e saponificaccedilatildeo para quantificaccedilatildeo de bixina em ldquosnacksrdquo extrusados por CLAE Alimentos e Nutriccedilatildeo v 15 n 3 p 203-213 2004 ROBBERS J E SPEEDIE M K TYLER V E Farmacognosia e biotecnologia Satildeo Paulo Premier 1997
82
ROCHA GARCIA C E YOUSSEF E Y SOUZA N E MATSUSHITA M FIGUEIREDO E SHIMOKOMAKI M Preservation of spent leghorn hen meat by a drying and salting process Journal of Applied Poultry Research v 12 p 335-340
2003 ROCcedilA RO BONASSI IA Temas de tecnologia carne e produtos derivados
UNESP Botucatu Faculdade de Ciecircncias Agronocircmicas p129-139 1981 ROCcedilA RO Tecnologia da carne e produtos derivados Faculdade de Ciecircncias
Agronocircmicas UNESP Botucatu 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwenqufscbrdiscieqa5217material_didaticopropriedades_da_carnepdf gt Acesso em 09052014 RODRIGUEZ-AMAYA D B A Guide to Carotenoid Anaacutelysis in Food OMNI
Research ILSI Human Nutritional Institute Washington 64 p 2001 ROUSSEFF R L High Performance Liquid Chromatographic Separation and Spectral Characterization of the Pigments in Tumeric and Annatto Journal of Food Science v3 p1823-1826 1988
SANTANNA V GURAK P D FERREIRA MARCZAK L D TESSARO I C Tracking bioactive compounds with colour changes in foodsndashA review Dyes and Pigments v 98 p 601-608 2013 SATYANARAYANA A PRABHAKARA RAO P G RAO D G Chemistry processing and toxicology of annatto (Bixa orellana L) Journal of Food Science Technology v40 p131-141 2003
SCANLAN R A N-nitrosamines in food CRC Critical Review Food Technology v5 p357 1973 SCHWEINSBERG F BURKLE V Nitrite a co-carcinogen Journal of Cancer Research and Clinical Oncology v 109 p 200-202 1985
SCIENTIA Disponiacutevel em lthttpwwwscientiablogbrwordpress29-04-2013734gt Acesso em 05052014 SCOTTER M J WILSON L A APPLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana) food coloring formulations 1 determination of coloring components and colored thermal degradation products by high-performance liquid
83
chromatography with photodiode array detection Journal of Agricultural and Food Chemistry v 46 n 3 p 1031-1038 1998 SCOTTER M J THORPE S A REYNOLDS S L WILSON L A STRUTT P R Characterization of the principal colouring components of annatto using high 97 performance liquid chromatography with photodiode-array detection Food Aditives and Contaminants v11 p301-315 1994 SCOTTER MJ WILSON L A APLLETON G P CASTLE L Analysis of annatto (Bixa orellana L) Food Colouring Formulations 2 Determination of Aromatic Hydrocarbon Thermal Degradation Products by Gas Chromatography Journal of Agricultural and Food Chemistry v 48 p484-488 2000 SCOTTER M J CASTLE L APPLETON G P Kinetics and yields for the formation of coloured and aromatic thermal degradation products of annatto in foods Food Chemistry v 74 n 3 p 365-375 2001
SERAFINI LF Atividade antioxidante dos extratos de manjerona e Poacutelen apiacutecola efeitos na qualidade de hambuacuterguer Dissertaccedilatildeo (Mestrado em
Tecnologia de Processos Quiacutemicos e Bioquiacutemicos) Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute Pato Branco 2013 SILVA N JUNQUEIRA VCA SILVEIRA NF Manual e meacutetodos de anaacutelise microbioloacutegica de alimentos 3aed Sao Paulo Varela 2007
SILVA P I Meacutetodos de extraccedilatildeo e caracterizaccedilatildeo de bixina e norbixina em semente de urucum (Bixa orellana L) 141f Dissertaccedilatildeo apresentada agrave
Universiadade Federal de Viccedilosa para obtenccedilatildeo de tiacutetulo de mestre em Tecnologia de Alimentos Viccedilosa 2007 SILVA P I NACHTIGALL A M STRINGHETA P C Fatores que influenciam a reaccedilatildeo de saponificaccedilatildeo dos carotenoacuteides presentes no urucum (Bixa orellana L) Ciecircncia e Agrotecnologia v 33 p 1892-1897 2009 SILVA M L C COSTA R S SANTANA A dos S KOBLITZ M G B Phenolic compounds carotenoids and antioxidant activity in plant products Semina Ciecircncias Agraacuterias v 31 p 669-682 2010
SHAHIDI F JANITHA PK WANASUNDARA PD Phenolic antioxidants CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition v32 p67-103 1992
84
SHIMOKOMAKI M FRANCO B D M CARVALHO B C Charque e produtos afins tecnologia e conservaccedilatildeo - uma revisatildeo Boletim da SBCTA v 21 p 25-35 1987 SHALABY A R Significance of biogenic amines to food safety and human health Food Research International v 29 p 675-690 1996
SHIMOKOMAKI M Charque e Jerked beef e Carne de Sol In SHIMOKOMAKI M OLIVO R TERRA N N FRANCO B D G M Atualidades em Ciecircncia e Tecnologia de Carnes ed Varela p 47- 62 2006 SIMIC MG JAVANOVIC SV Inactivation of oxygen radicals by dietary phenolic compounds in anticarcinogenesis In HO CT OSAWA T HUANG TM ROSEN RT (Ed) Food phytochemicals for cancer prevention Washington American Chemical Society v547 p20-33 1994 SKIBISTED L H Cured meat products and their oxidative stability In LEDWARD D A JONHST D E KNIGHT M K The chemistry of muscle Based foods Cambridge p 267-289 1992
SKOG K I JOHANSSON M A E JAEgrave GERSTA M I Carcinogenic Heterocyclic Amines in Model Systems and Cooked Foods A Review on Formation Occurrence and Intake Food and Chemical Toxicology v36 p879-896 1998 SOARES S E Phenolic acids as antioxidants Revista Nutriccedilatildeo v 15 p 71-
81 2002 SONAGLIO D ORTEGA G G PETROVICK P R BASSANI V L Desenvolvimento tecnoloacutegico e produccedilatildeo de fitoteraacutepicos In SIMOtildeES C M O et al (Org) Farmacognosia da planta ao medicamento 1ordf ed Porto Alegre e
Florianoacutepolis UFRGSUFSC 1999 SPECK R S Compendium of methods for themicrobiological examination of foods Washington DCAmerican Public Health Association 914p 1984 SPENCER E H FRANK E MCINTOSH N F Potential effects of the next 100 billion hamburgers sold by McDonaldrsquos American Journal of Preventive Medicine v 28 n 4 p 379-381 2005
85
STELZLENI A M PONRAJAN A HARRISON M A Effects of buffered vinegar and sodium dodecyl sulfate plus levulinic acid on Salmonella Typhimurium survival shelf-life and sensory characteristics of ground beef patties Meat Science v 95
p1ndash7 2013 STRINGHETA PC Corantes naturais uma opccedilatildeo inteligente In congresso
brasileiro de corantes naturais 2000 Joatildeo Pessoa Resumo Joatildeo Pessoa SBCN p27 2000 STROHECKER M G FAUSTAM C FURR H HOAGLAND TA WILLIAMS Vitamin e supplementation effects on color and lipid stability of whole and ground lamb Journal of Muscle Foods Trumbull v8 n4 p413-426 1997 TARLADGIS B G PEARSON A M JUN DUGAN L R Chemistry of the 2-thiobarbituric test for determination of oxidative rancidity in foods II Formation of the TBA- malonaldehyde complex without acid-heat treatment Journal of Food Science and Agriculture v5 p 602-604 1964 TERRA N N CICHOSKI A J FREITAS R J S de Values of nitrite and TBARS along the process and storage of cured ripened and fermented pig shoulders Ciecircncia Rural v 36 n 3 p 965-970 2006
TERRY P TERRY JB WOLK A Fruit and vegetable consumption in the prevention of cancer an update Journal of International Medicine v250 p280-
290 2001 TORRES E PEARSON A M GRAY J I BOOREN A M SHIMOKOMAKI M Efect of salt on oxidative changes in pre and post rigor ground beef Meat Science v 23 n 3 p 151-163 1988 TRINDADE M A NUNES T P CONTRERAS-CASTILLO C J FELICIO P E Estabilidade oxidativa e microbioloacutegica em carne de galinha mecanicamente separada e adicionada de antioxidantes durante periacuteodo de armazenamento a-18degC Ciecircncia Tecnologia Alimentos v 28 n 1 p160-168 2008
UENOJO M MAROSTICA JUNIOR M R PASTORE G M Carotenoides propriedades aplicaccedilotildees e biotransformaccedilatildeo para formaccedilatildeo de compostos de aroma Quiacutemica Nova v 30 n 3 p 616-622 2007 WALSH M M KERRY J F BUCLEY DJ ARENDT E K MORRISSEY P A Effect of dietary supplementation com alfa-tocopheryl acetate on the stability reformed and restructured low nitrite cured turkey products Meat Science v 50 n
2 p 91-201 1998
86
WALTERS CL Reactions of nitrate and nitrite in foods with special reference to the determination of N-nitroso compounds Food Additives and Contaminants v9 n5 p441-447 1992 WHITE C A HALL L P The effect of temperature abuse on Clostridium perfringens and Bacillus cereus in raw beef and chicken substrates during frozen storage Food Microbiology v 1 n 2 p 97-104 1984 WHO Food Additives Series No 5 Nitrates nitrites and N-nitroso compounds Forty-forth Report of the Joint FAOWHO Committee on Food Additives Geneva 1978 WOODS L F J WOOD J M GIBBS P A Nitrite In GOULD G W (Ed) Mechanisms of Action of Food Preservation Procedures p 225-246 1990
World Cancer Research Fund and the American Institute for Cancer researchFood Nutrition and the prevention of cancer A global perspective American Institute for cancer Research Washington 1997 WUumlRTZEN G Shortcomings of current strategy for toxicity testing of food chemicals antioxidants Food Chemistry and Toxicology v28 n11 p743-745 1990 YOUSSEF Y E GARCIA C E R SHIMOKOMAKI M Effect of salt on color and warmed over flavor in charqui meat processing Brazilian Archives of Biology and Technology v 46 n 4 p 595-600 2003
YOUSSEF E Y ROCHA GARCIA C E FIGUEIREDO B SHIMOKOMAKI M Niacuteveis residuais de sais de cura e seu efeito antioxidante em Jerked Beef Semina Ciecircncias Agraacuterias v 32 p 645-650 2011 XAVIER V G JOELE M R S P Avaliaccedilatildeo das condiccedilotildees Sanitaacuterias da Carne Bovina In Natura Comercializada na Cidade de Beleacutem PA Revista Higiene Alimentarv 18 n125 p 64-74 out 2004
ZARRINGHALAMI S SAHARI MA HAMIDI-ESFEHANI Z Partial replacement of nitrite by annatto as a colour additive in sausage Meat Science v81 p281-284
2009
87
ANEXOS
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO 88
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
PARTICIPANTE DA PESQUISA 91
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL 93
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA 94
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 95
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE
BIXINA 96
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO
30 E 60 DIAS 97
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA 98
88
ANEXO 1 - COMITEcirc DE EacuteTICA APROVADO
89
90
91
ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTE DA PESQUISA
92
93
ANEXO 3 - FICHA ANAacuteLISE SENSORIAL
Ficha 1 ndash Modelo para teste de ordenaccedilatildeo
Amostra Julgador Data
Vocecirc estaacute recebendo quatro amostras codificadas Indique os coacutedigos das amostras
colocando-as em ordem crescente quanto a sua preferecircncia de cor
(menos agradaacutevel) ________ ________ ________ ________ (mais agradaacutevel)
Comentaacuterios
94
ANEXO 4 - GRAU DE PUREZA DOS SAIS DE BIXINA
95
ANEXO 5 - L COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
L crtl c t0 40110 0549 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L ctrl g t0 4482 579 aceita Natildeo aceita p= 0056 p = 04948
L bix c t0 36025 2713 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bix g t0 37586 1436 aceita Aceita p= 0181 p= 02271
L bixnit c t0
3865 291 aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
L bixnit g t0
40306 2813 aceita aceita p= 0269 p= 04309
L nit c t0 41868 1816 aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
L nit g t0 4428 290 aceita Natildeo aceita p=0072 p=01563
L crtl c t30 34341 0961 aceita aceita difere difere
L ctrl g t30 39102 2143 aceita aceita p=0000 p=00009
L bix c t30 31166 1748 aceita aceita difere difere
L bix g t30 34784 1021 aceita aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t30
30770 1031 aceita aceita difere difere
L bixnit g t30
38195 1826 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t30 35946 1619 aceita Natildeo aceita difere difere
L nit g t30 38797 0417 aceita Natildeo aceita p=0002 p=00009
L crtl c t60 35185 1889 aceita aceita difere difere
L ctrl g t60 39196 2067 aceita aceita p=0001 p=00074
L bix c t60 31763 0951 Natildeo aceita
Natildeo aceita difere difere
L bix g t60 35985 2092 aceita Natildeo aceita p=0000 p=00019
L bixnit c t60
31087 1532 aceita aceita difere difere
L bixnit g t60
38674 1840 aceita aceita p=0000 p=00009
L nit c t60 36313 1932 aceita aceita difere difere
L nit g t60 39229 1150 Natildeo aceita
aceita p=0004 p=00014
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
96
ANEXO 6 - a COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS COM SUBSTITUINTES DO NITRITO POR SAL DE BIXINA
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
acrtl c t0 77075 01583 Aceita Natildeo aceita difere difere
actrl g t0 5306 0823 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
a bix c t0 15778 1682 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bix g t0 15561 2333 Aceita Natildeo aceita p=0835 p=09581
a bixnit c t0
12999 1637 Aceita Natildeo aceita difere difere
a bixnit g t0
17061 2026 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00033
anit c t0 5922 0418 Aceita Natildeo aceita difere difere
anit g t0 10381 0763 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
acrtl c t30 8177 0590 Aceita Aceita difere difere
actrl g t30 5942 0705 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t30
17143 1643 Aceita Aceita difere difere
a bix g t30
14388 1657 Aceita Aceita p=0005 p=00181
a bixnit c t30
15565 0855 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t30
15683 2144 Aceita Aceita p=0889 p=05635
anit c t30 6949 0525 Aceita aceita Difere Difere
anit g t30 13124 1235 Natildeo aceita
Aceita p=0000 p=00009
acrtl c t60 8240 0482 Aceita Aceita Difere Difere
actrl g t60 66095 0615 Aceita Aceita p=0000 p=00009
a bix c t60
16663 1144 Aceita Aceita Difere Natildeo difere
a bix g t60
15138 1455 Aceita Aceita p=0037 p=00661
a bixnit c t60
15508 1155 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
a bixnit g t60
15761 2193 Aceita Aceita p=0778 p=04948
anit c t60 7215 1079 Natildeo aceita
Aceita Difere Difere
anit g t60 12593 1026 Aceita Aceita p=0000 p=00009
FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina (500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
97
ANEXO 7 - b COMPARACcedilAtildeO DOIS A DOIS CRU E GRELHADO TEMPO ZERO 30 E 60 DIAS
amostra Meacutedia D Padratildeo Gauss homocedasticidade meacutedias medianas
bcrtl c t0 7894 0307 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t0 11761 0773 Aceita Natildeo aceita p=0000 p=00009
b bix c t0 11710 2014 Aceita Aceita difere difere
b bix g t0 22821 2341 Natildeo
aceita
Aceita p=0000 p=00009
b bixnit c
t0
13356 2641 Aceita Aceita difere difere
b bixnit g
t0
21463 1980 Aceita Aceita p=0000 p=00009
bnit c t0 8765 0621 Aceita Aceita difere difere
bnit g t0 11254 0499 Aceita Aceita p=0000 p=0000
bcrtl c t30 11094 0503 Aceita Aceita difere difere
bctrl g t30 11170 0941 Natildeo
aceita
Aceita p=0017 p=00239
b bix c
t30
14290 1656 Aceita Aceita difere difere
b bix g
t30
17174 2139 Aceita Aceita p=0010 p=00074
b bixnit c
t30
18375 1204 Natildeo
aceita
Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t30
17479 0973 Aceita Aceita p=0125 p=00831
bnit c t30 10709 1023 Aceita Natildeo aceita Natildeo difere Natildeo difere
bnit g t30 11261 0399 Aceita Natildeo aceita p=0188 p=01893
bcrtl c t60 10385 0549 Aceita Natildeo aceita difere difere
bctrl g t60 11501 0978 Natildeo
aceita
Natildeo aceita p=0017 p=00136
b bix c
t60
13409 0635 Aceita Natildeo aceita difere difere
b bix g
t60
18370 2621 Aceita Natildeo aceita p=0001 p=00009
b bixnit c
t60
17964 1591 Aceita Aceita Natildeo difere Natildeo difere
b bixnit g
t60
17442 1152 Aceita Aceita p=0467 p=03184
bnit c t60 10191 0577 Aceita Aceita difere
difere
bnit g t60 11400 0555 Aceita Aceita p=0001 p=00054 FONTE A autora (2014) MP mateacuteria prima CTRL tratamento controle BIX tratamento sal de bixina
(500ppm) BIXNIT tratamento NaNO2 (75 ppm) e sal de bixina (250ppm) NIT tratamento NaNO2 (150ppm)
98
ANEXO 8 ndash COMPOSICcedilAtildeO MEIOS DE CULTURA MICROBIOLOGIA
AacuteGAR BAIRD-PARKER
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento e contagem de S aureus
Composiccedilatildeo da base
Triptona (peptona de caseiacutena digestatildeo pancreaacutetica) 10g
Extrato de carne 5g
Extrato de levedura 1g
Piruvato de soacutedio 10g
Glicina 12g
Cloreto de Liacutetio 5g
Aacutegar 20g
Aacutegua destilada 940mL
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Suplementos
Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1 10 mL940mL base
Emulsatildeo gema de ovosalina (11 pesopeso) 50mL940mL base
Preparaccedilatildeo preparar a base esterilizar ndash 121degC15min resfriar a 45-50degC e
adicionar assepticamente os suplementos esteacutereis previamente preparados
Plaquear imediatamente o meio completo natildeo pode ser aquecido Estocar as placas
sob refrigeraccedilatildeo por natildeo mais de 48h Soluccedilatildeo aquosa de telurito de potaacutessio1
Dissolver 1g de telurito de potaacutessio em 100mL de aacutegua destilada esterilizar por
filtraccedilatildeo e estocar em frasco escuro sob refrigeraccedilatildeo Emulsatildeo de gema de ovo
Mergulhar os ovos em etanol 70 por 10 minutos flambar abrir assepticamente e
transferir as gemas para um frasco esteacuteril tarado Adicionar agraves gemas uma
quantidade de soluccedilatildeo salina 085 esteacuteril suficiente para diluiccedilatildeo 11(pesopeso)
Misturar por agitaccedilatildeo ou com auxiacutelio de baguetas esteacutereis ateacute obter uma suspensatildeo
homogecircnea
99
HE
AacuteGAR ENTEacuteRICO DE HECKTOEN
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de Salmonella
Composiccedilatildeo
Proteose peptonada 12g
Extrato de levedura 3g
Sais Biliares ndeg3 9g
Lactose 12g
Sacarose 12g
Salicilina 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Tiossulfato de Soacutedio 5g
Citrato feacuterrico amoniacal 15g
Azul de bromotimol (325mL da soluccedilatildeo 02) 0065g
Fucsina aacutecida 01g
Aacutegar 14g
Aacutegua destilada 1litro
pH 75plusmn02
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes e aquecer em banho sob constante
agitaccedilatildeo ateacute a completa dissoluccedilatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo deve ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 d azul de bromotimol
Dissolver 01g em 25mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua
destilada
100
BHIABHI
AacuteGAR (CALDO) INFUSAtildeO CEacuteREBRO CORACcedilAtildeOBRAIN HEART INFUSION
Aplicaccedilatildeo Meio de enriquecimento e manutenccedilatildeo para uso geral
Composiccedilatildeo
Infusatildeo de 200g de ceacuterebro de bezerro (soacutelidos) 77g
Infusatildeo de 250g de coraccedilatildeo de boi (soacutelidos) 98g
Proteose peptona 10g
Dextrose 2g
Cloreto de soacutedio 5g
Fosfato dissoacutedico (NaHPO4) 25g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e esterilizar a 121degC15min
Para a preparaccedilatildeo do aacutegar adicionar 15g de aacutegar aacutegar cada litro de caldo
LIA
AGAR LISINA FERRO LYSINE IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para provas bioquiacutemicas teste de descarboxilaccedilatildeo da lisina e teste
de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Peptona 5g
Extrato de levedura 3g
Dextrose 1g
Cloridrato de L-Lisina 10g
Citrato feacuterrico amonialcal 05g
101
Tiossulfato de soacutedio 004g
Puacuterpura de bromocresol (2mL de soluccedilatildeo 1) 002g
Aacutegar 15g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 67plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X100mm (5mltubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de
25cm no miacutenimo porque a reaccedilatildeo de descarboxilaccedilatildeo da lisina eacute mais eficiente em
condiccedilotildees anaeroacutebias Soluccedilatildeo 1 de puacuterpura de bromocresol Dissolver 1g em
19mL de NaOH 01N e completar o volume para 10 mL com aacutegua destilada
TSI
AacuteGAR TRIacutePLICE ACcedilUacuteCAR FERROTRIPLE SUGAR IRON AGAR
Aplicaccedilatildeo Meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da glicose lactose e
sacarose teste de produccedilatildeo de H2S
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Extrato de levedura 3g
Peptona 15g
Proteose peptona 5g
Glicose 1g
Lactose 10g
Sacarose 10g
Sulfato Ferroso (FeSO4) 02g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Tiossulfato de soacutedio (Na2S2O3) 03g
Vermelho de fenol (12 mL da soluccedilatildeo 02) 0024g
102
Aacutegar 12g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes fundir o aacutegar distribuir em tubos de
10X10mm(4-5mLtubo) esterilizar a 121degC15min e inclinar mantendo fundo de no
miacutenimo 25cm Soluccedilatildeo 02 de vermelho de fenol Dissolver 01g em 4 mL de
NaOH 01N e completar o volume para 50mL com aacutegua destilada
XLD
AacuteGAR XILOSE LISINA DESOXICOLATO
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo diferencial para isolamento presuntivo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de levedura 3g
L-Lisina 5g
Xilose 375g
Lactose 75g
Sacarose 75g
Desoxicolato de soacutedio 25g
Citrato feacuterrico amoniacal 08g
Tiossulfato de soacutedio 68g
Cloreto de soacutedio 5g
Vermelho de fenol (40mL da soluccedilatildeo 02) 008g
Agar 15g
aacutegua destilada 1 litro
pH 74plusmn02 ndash fervura
103
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e ferver em banho-maria sob
constante agitaccedilatildeo ateacute completa fusatildeo do aacutegar Natildeo autoclavar Plaquear
imediatamente natildeo pode ser reaquecido Soluccedilatildeo 02 de vermelho fenol dissolver
4mL de NaOH 01N e completar o volume para 50 mL com aacutegua destilada
H2Op
AacuteGUA PEPTONADA 01
Aplicaccedilatildeo diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver a peptona na aacutegua destilada e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
H2Osp
AacuteGUA SALINA PEPTONADA
Aplicaccedilatildeo Diluente para homogeneizaccedilatildeo e diluiccedilatildeo de amostras para anaacutelise
Composiccedilatildeo
NaCl 85g
Peptona 1g
aacutegua destilada 1 litro
pH 70plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos ou frascos
na quantidade requerida Esterilizar a 121degC15min
104
EC
CALDO E COLI
Aplicaccedilatildeo Meio para contagem de coliformes fecais confirmaccedilatildeo de resultado
presuntivo pelo meacutetodo NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Sais biliares ndeg3 15g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 4g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 15g
Cloreto de soacutedio 5g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH e distribuir em tubos de
15X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 6mLtubo) e esterilizar a
121degC15min
CL
CALDO LACTOSADO
Aplicaccedilatildeo Meio de preacute-enriquecimento para detecccedilatildeo de Salmonella
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona 5g
Lactose 5g
105
Aacutegua destilada 1 litro
pH 69plusmn02 ndash 121degC15min
LST
CALDO LAURIL SULFATO TRIPTOSELAURYL SULFATE BROTH
Aplicaccedilatildeo Meio seletivo para detecccedilatildeo presuntiva de coliformes totais coliformes
fecais e E coli pelo meacutetodo do NMP
Composiccedilatildeo
Triptose 20g
Lactose 5g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 275g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 275g
NaCl 5g
Lauril sulfato de soacutedio 01g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 68plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH distribuir em tubos 16X150mm
com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
RV (R10)RVS
CALDO RAPPAPORT-VASSILIADIS MODIFICADO
CALDO RAPPAPORT ndash VASSILIADIS SOJA
Aplicaccedilatildeo meio seletivo para enriquecimento de Salmonella em alimentos
106
Composiccedilatildeo do meio formulado em laboratoacuterio Haacute duas formulaccedilotildees de Caldo
Rappaport-Vassiliadis recomendadas para a anaacutelise de Salmonella O Caldo
Rappaport-Vassiliadis Modificado (RV) tambeacutem chamado de R10 e o Caldo
Rappaport-Vassiliadis Soja(RVS)A principal diferenccedila entre eles eacute a fonte da
peptona usada O meacutetodo do BAMFDA recomenda o RV A ISO 6579 recomenda o
RVS O meacutetodo do MLGFSIS recomenda ambos Para a formulaccedilatildeo no laboratoacuterio
preparar separadamente as seguintes soluccedilotildees
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RV (R10)
Triptona 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 16g
aacutegua destilada 1 litro
Soluccedilatildeo A para formulaccedilatildeo do RVS
Peptona de soja 5g
NaCl 8g
Fosfato monopotaacutessico (KH2PO4) 14g
Fosfato dipotaacutessico (K2HPO4) 02g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes aquecendo se necessaacuterio Essa soluccedilatildeo
deve ser preparada no dia em que for preparado o meio completo
Soluccedilatildeo B
MgCl26H2O 400g
Aacutegua destilada 1 litro
Preparaccedilatildeo Mantendo a proporccedilatildeo Dissolver todo conteuacutedo de um novo frasco de
cloreto de magneacutesio na aacutegua porque o sal eacute muito higroscoacutepico Por exemplo
adicionar 250g do sal agrave 625 mL de aacutegua o que vai resultar em um volume total de
107
788mL de soluccedilatildeo Acondicionar em frasco escuro com a tampa bem apertada
Segundo a ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente
por ateacute dois anos O BAMFDA (2001) recomenda um ano
Soluccedilatildeo C
Verde de malaquita oxalato (Merck) 400g
Aacutegua destilada 100 L
Preparaccedilatildeo Dissolver o corante na aacutegua e estocar em frasco escuro Segundo a
ISO 6579 (2002) a soluccedilatildeo pode ser estocada agrave temperatura ambiente por ateacute oito
meses O BAMFDA (2001) recomenda seis meses O BAMFDA (2001) recomenda
ainda que seja utilizado o verde de malaquita oxalato da MercK porque outras
marcas podem natildeo ser efetivas
Meio completo (formulado no laboratoacuterio)
Soluccedilatildeo A 1000mL
Soluccedilatildeo B 100mL
Soluccedilatildeo C 10mL
pH 52plusmn02 ndash 115degC15min A preparaccedilatildeo dos equivalentes comerciais eacute diferente devendo ser seguida a orientaccedilatildeo do fabricante
Preparaccedilatildeo do meio completo Para preparar o meio completo juntar 1 litro da
soluccedilatildeo A 100mL da soluccedilatildeo B e 10 mL da soluccedilatildeo C ajustando o pH pH 52plusmn02
Distribuir em tubos 16X150mm com tubo de Durhan (aproximadamente 10mLtubo)
ou em frasco com a quantidade requerida para o uso Esterilizar a 115degC15min A
ISO 6579 recomenda estocar 3plusmn2degC ateacute o momento do uso e usar no mesmo dia O
BAMFDA (2001) recomenda estocar sob-refrigeraccedilatildeo por ateacute um mecircs
SC
CALDO SELENITO CISTINA
Aplicaccedilatildeo Caldo para enriquecimento seletivo de Salmonella nos alimentos
108
Composiccedilatildeo
Triptona 5g
Lactose 4g
Fosfato dissoacutedico (Na2HPO4) 10g
Selenito aacutecido de soacutedio 4g
L-Cistina 001g
Aacutegua destilada 1litro
pH 70plusmn02 ndash Fervura10 min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes na aacutegua destilada acertar o pH em 70
distribuir em tubos de 16X15mm (10mLtubo) e submeter agrave fervura por 10 minutos
Natildeo autoclavar A altura do meio no tubo natildeo deve ser inferior a 5cm porque o meio
eacute mais eficiente quando apresenta potencial de oacutexido-reduccedilatildeo reduzido Cuidado
Os sais de selenito satildeo toacutexicos quando inalados ou ingeridos Manusear com
cuidado utilizando maacutescara
TGM
MEIO TIOGLICOLATOFLUID THIOGLYCOLLATE MEDIUM
Aplicaccedilatildeo Meio manutenccedilatildeo de clostriacutedios e para verificaccedilatildeo do requerimento de
oxigecircnio para crescimento (aeroacutebio anaeroacutebio facultativo anaeroacutebio estrito)
Composiccedilatildeo
Peptona de caseiacutena (digestatildeo pancreaacutetica) 15g
Extrato de levedura 5g
Glicose 55g
NaCl 25g
L-cistina 05g
Tioglicolato de soacutedio 05g
109
Aacutegar 075g
Rezarzurina (001mL da soluccedilatildeo aquosa 01) 0001g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 71plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Dissolver os ingredientes ajustar o pH aquecer ateacute completa fusatildeo do
aacutegar distribuir em tubos 16X15mm (10mLtubo) e esterilizar a 121degC15min
MLG
MEIO DE LACTOSE GELATINA
Aplicaccedilatildeo meio para prova bioquiacutemica teste de fermentaccedilatildeo da lactose e hidroacutelise
da gelatina para Clostridium perfringens
Composiccedilatildeo
Triptose 15g
Extrato de levedura 10g
Lactose 10g
Vermelho de fenol (5mL da soluccedilatildeo alcooacutelica 1) 005g
Gelatina 120g
Aacutegua destilada completar para 1 litro
pH 75plusmn02 ndash 121degC10min
Preparaccedilatildeo Dissolver a triptose o extrato de levedura e a lactose em 400mL de
aacutegua destilada aquecendo se necessaacuterio Suspender a gelatina em 600ml de aacutegua
destilada aquecer ateacute fusatildeo Juntar as duas soluccedilotildees e ajustar o pH em 74plusmn02
Adicionar os 5mL da soluccedilatildeo de vermelho de fenol e misturar bem Distribuir em
tubos de 15X15mm (10mLtubo)e esterilizar a 121degC10min Se o meio natildeo for
usado no intervalo de oito horas depois do preparo desaerar antes do uso
aquecendo em banho a 50-70degC2-3h Soluccedilatildeo 1 de vermelho de fenol
Dissolver 1g em 100mL de etanol 95
110
MEIO TESTE DE MOTILIDADE
Aplicaccedilatildeo Meio semissoacutelido para teste de motilidade
Composiccedilatildeo
Extrato de carne 3g
Peptona de caseiacutena ou gelatina (digestatildeo
enzimaacutetica)
10g
Cloreto de soacutedio (NaCl) 5g
Aacutegar 4g
Aacutegua destilada 1 litro
pH 73plusmn02 ndash 121degC15min
Preparaccedilatildeo Suspender os ingredientes na aacutegua destilada e ajustar o pH em 72
Aquecer ateacute a completa fusatildeo do aacutegar distribuir em tubos de 10X100mm (5mLtubo)
e esterilizar a 121degC15min Natildeo inclinar o meio deve solidificar na posiccedilatildeo vertical