Samuel Farley - PerSe - Publique-se - Publicar seu livro ... · Dr. Maurício Lima ... − Bem, eu...

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Samuel Farley e a lança de Zeus

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Samuel Farley

e a lança de Zeus

Samuel Farley

e a Lança de Zeus

Escrito por: Thomas Edson

Capa e Contracapa por: R.H. Victor

Samuel Farley e a Lança de Zeus.

Edson, Thomas.

1ª Edição

Maio de 2014

2014 © por Thomas Edson

Todos os direitos reservados.

É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia

autorização do autor.

Apresentação

Conheci Thomas Edson no 7ª ano, como aluno. Em

minhas aulas de História, notei que Thomas era interessante,

tinha vasto conhecimento em História e fatos atuais.

Quando me tornei professora para uso da biblioteca,

nosso relacionamento se estreitou, devido aos fatos de

Thomas ser um leitor nato e ter um vasto conhecimento em

mitologia grega.

Certamente Thomas será um homem próspero, pois

quem lê, quebra barreiras inatingíveis. Este livro deve ser o

começo de uma linda e grande caminhada.

Valnete Vaz.

Agradecimentos

A Deus, que me proporcionou escrever este livro. Aos meus pais: Edson e Elizete, que acreditaram em

mim, e dedicaram seu tempo e carinho. Às minhas melhores amigas: Laís Araújo, Nayara Maia

e Kézia Dominike. E a meus amigos: Diego Amorim e Gleysiane Dias.

A Valnete Vaz, a bibliotecária da escola, e minha amiga, que me ajudou a publicar esse livro e me incentiva a ler cada dia mais.

Também agradeço muito à professora de Língua Portuguesa, Maria Isabel Pessote, que fez a revisão do livro.

Agradecimentos especial àqueles que me ajudaram a

publicar este livro: Dr. Maurício Lima Eletroluz Verônica de Oliveira Paula Ótica Novo Olhar Água Mineral Krenak Letícia Torres Nascimento Dra. Hadyaka Vasconcellos Fernandes Sacolão Horty Lyra

Dedicatória

À minha Família, e em especial às minhas amigas: Laís,

Nayara e Kézia.

Também dedico à E.E. Luiz Gonzaga Bastos. E a todas

as pessoas que me ajudaram a publicar este meu sonho.

Índice

Prólogo 14

I. Surpresas no primeiro dia de aula 16

II. O novo Mundo 27

III. Meus amigos do novo Mundo 51

IV. A escola dos semideuses 64

V. Conhecendo o Mundo Mágico e uma surpresa nada agradável 132

VI. Estudos, estudos, mais um pouco de estudos e para piorar, que

venha a maldita desgraça

161

VII. As revelações das profecias de Hades 182

VIII. Eu contra a mãe dos monstros e o deus do submundo 195

IX. O começo do recomeço 204

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Prólogo

Samuel é um garoto de 12 anos, de olhos verdes,

cabelos negros ondulados e pele branca. Mora com sua mãe

na cidade do Rio de Janeiro e vai estudar em uma nova

escola, onde conhece um garoto chamado Carlos e um

professor de História, cujo nome é David. Depois de ser

atacado por um homem e acontecerem eventos que Samuel

julgava existirem somente na imaginação, ele volta para casa

e sua mãe conta que ele é filho de um deus grego, o deus

Apolo. Mais uma vez é atacado e por causa disso perde

alguém extremamente próximo a ele. Samuel foge e conhece

um mundo novo com ajuda de David que além de professor

é também um mago, semideus e amigo. Neste novo mundo

encontra criaturas que antes viviam nas histórias e nas

mentes dos crentes em magia. Além de tudo, faz novos

amigos e conquista os mais detestáveis inimigos.

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Capítulo 1 Surpresas no primeiro dia de aula

Eu estava sonhando com um homem parecido comigo e

ele estava conversando com outro homem, só que mais velho

e com barba comprida; eles estavam dizendo:

− Ele não pode saber, ainda é muito novo. − Disse o

homem parecido comigo.

− Sinto muito, mas está na hora. − Respondeu o homem

mais velho.

E antes de terminarem a conversa, minha mãe me

acordou.

Não era a primeira vez que eu sonhava com isso, acho

que desde que me entendo por gente eu sonho com isso, mas

nunca liguei para esse tipo de sonho, apenas os ignoro.

Minha mãe se chama Samanta Farley. Nós vivíamos

mudando por causa do seu trabalho. Ela era enfermeira

voluntária, nunca ficávamos em um só lugar. Houve um dia

em que tivemos que ir para o meio do mato, na floresta

amazônica, mas, enfim, voltamos para nossa verdadeira casa,

que fica na minha cidade natal, o Rio de Janeiro. Posso dizer

que minha mãe não é muito bonita, mas ela tem uma beleza

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peculiar. Seu longo cabelo enrolado negro é muito bonito,

assim como o meu, porem o dela é recheado de cachos ao

contrário do meu que possuí menos cachos. Talvez fosse por

causa de meu pai. Ela nunca me falou dele, para ser sincero

eu nunca tive vontade de perguntar, mas voltando a minha

mãe, ela tinha seu charme e por algum motivo, adorava usar

vestidos, tinha um pra cada hora. Em todos os cafés da

manhã ela usava um com rosas estampadas e seu avental era

branco, com uma enorme rosa vermelha que ela mesmo

bordou.

Como era de costume quando chegávamos em algum

lugar novo ela sempre me pergunta com seu lindo e

contagiante sorriso “Como está o ânimo para ir à nova

escola” e hoje não foi diferente:

− Como está o ânimo para ir à nova escola? – Ela disse

com um grande sorriso.

− Não muito bem, mãe. − Respondi ainda sonolento e

desanimado, porque ninguém merece acordar às cinco horas

da manhã para não chegar atrasado na escola.

Ela se sentou à mesa – sempre fazia isso quando queria

me consolar ou falar algo sério − segurou minhas mãos

olhou em meus olhos. E com preocupação na voz perguntou:

− Por que, Samuel? – Seus lindos olhos castanhos me

encaravam e eu a respondi:

− Bem, para começar, ser aluno novo é um saco. Mesmo

sendo início de ano, não conheço ninguém na escola e para

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fazer amigos, sendo novo, é um saco. E eu também já estou

de saco cheio de me mudar. – Desabafei. Ela deu um sorriso e

disse:

− Na próxima vez em que você falar "saco", vou te

botar de castigo! Mas não se preocupe, vai dar tudo certo.

Novidades são o que nos fazem felizes. E eu lhe prometo que

esta é a última vez que nos mudamos. − O olhar dela era de

sinceridade, então eu disse:

− Ok então. Já que a senhora promete... − Era difícil ela

fazer uma promessa, então eu sabia que não era mentira.

− Claro! Mas agora tome seu café da manhã rápido, ou

vai perder o ônibus. − Disse ela, levantando-se e me servindo

um prato com um misto quente e um copo de leite com

chocolate.

Comi tudo rapidamente, peguei minha mochila, dei um

beijo em minha mãe e eu fui para o ponto de ônibus. O

ônibus chegou em instantes e eu entrei, antes que o motorista

fechasse a porta, ouvi um garoto gritar:

− ESPERA! DEIXE-ME ENTRAR!

A porta já estava se fechando. Então a segurei e o

garoto disse:

− Obrigado.

− Não há de quê. – Respondi.

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− Qual é o seu nome? − Perguntou ele. Achei meio

estranho um desconhecido perguntar o meu nome, sem mais

nem menos. Porém, respondi com uma pergunta:

− Samuel, e o seu?

− Carlos. − Respondeu ele, apertando minha mão.

Carlos era um garoto moreno, de cabelos

encaracolados, usava uma calça jeans com uma blusa preta e

um tênis branco, os seus olhos eram castanho-escuros.

− Ah! Prazer em conhecê-lo. – Afirmei.

− O prazer é todo meu! − Disse Carlos.

Ele entrou e nós sentamos nas cadeiras, que por

milagre, estavam vazias. O ônibus percorreu mais ou menos

uns dois quilômetros, o que foi bastante cansativo, já que o

motorista dirigia de um jeito que se passássemos em

qualquer buraco, seriamos arremessados no teto e como as

poltronas não eram nada confortáveis a viajem foi mais

desconfortável ainda.

O ônibus parou e assim que descemos descobri que

Carlos estudava na mesma escola que eu, a Governador

Henrique. A escola era grande, um prédio de quatro andares,

havia um portão de aço com as siglas G.H gravadas em uma

placa de metal brilhante. Quando entramos, uma mulher

idosa nos entregou a programação da aula, em seguida o

sinal tocou e Carlos disse:

− Ei, Samuel, venha aqui, a aula já vai começar.

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− Já estou indo. Qual será nossa primeira aula, hein,

Carlos? − Perguntei.

− História. Por quê?

Fechei a cara e disse:

− Eu odeio aula de História.

− Por que, Samuel?

− Bem, eu não gosto muito de saber sobre o passado. −

Respondi.

Entramos na sala de aula. Era grande com cadeiras

duplas. Sentamos juntos e o professor disse com um enorme

sorriso no rosto (com certeza era novato):

− Olá, Alunos! Sejam bem-vindos!

O professor era diferente das outras escolas em que

passei. Ele parecia ter uns vinte anos. Cabelo loiro, olhos

castanho-claros e uma barba rala. Ele usava uma blusa social

de manga dobrada, uma calça jeans e um sapato social. Ao

contrário de minha última escola, onde o professor era careca

e gordo, e adorava usar blusas e calças largas, que

mostravam coisas que não deviam aparecer.

− Bem, alunos, eu sou o professor David Hunter, tenho

trinta anos − me surpreendi ao saber sua idade − E para

nossa primeira aula, falaremos sobre mitologia.

Sempre me interessei por mitologia, mesmo não

gostando muito de história, só que minha mãe não gosta

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muito, ela diz que isso vai me atrapalhar nos estudos, mas

pelo visto, vou tirar total na disciplina.

− Pra começar quero perguntas sobre a matéria. − Disse

o professor.

− Professor, o que é mais interessante na mitologia? −

Perguntou um aluno.

− Bem, em minha opinião, são os deuses que os antigos

gregos cultuavam. − Respondeu ele.

O professor David falou sobre os deuses da mitologia

grega; falou sobre Afrodite, a deusa da beleza; disse sobre

Zeus, o deus dos deuses, e seus filhos gêmeos, Apolo e

Ártemis; e disse que Ártemis era a deusa da caça e Apolo era

o deus da luz, das artes, da adivinhação e que foi conhecido

como deus da medicina, mas deu este lugar a um de seus

filhos, Asclépio, que se tornou um deus. Ele também era

chamado de Febo ou Hélio, deus do sol.

− Professor, os deuses gregos podem descer à Terra? −

Perguntou uma garota atrás de mim.

− Claro que sim Maria, e eles também podem ter filhos

com humanos! Essas crianças se chamam semideuses ou

meio sangue. − Respondeu ele.

− Professor David, está na hora. − Disse Carlos se

levantando.

− Ah! Sim, pode fazer, Carlos. − Disse ele.

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Antes de eu perguntar o que Carlos ia fazer, apareceu

uma varinha em sua mão e ele disse uma palavra muito

estranha.

Da varinha que ele segurava, uma luz prata se

expandiu por toda a sala, e todos os alunos ficaram

paralisados, exceto David, Carlos e eu.

− Ei! O-o q-que é que está acontecendo? − Perguntei

com a voz trêmula.

− Acalme-se, Samuel. Eu lhe explicarei tudo, mas

primeiro, devemos sair daqui, antes que alguém chegue −

Disse o professor David.

− Tarde demais, David! − Disse um homem que surgiu

do nada. Ele estava encostado na quina da porta da sala.

Tinha cabelo castanho, olhos pretos, e vestia um paletó preto,

com um “A” e um “H” dourados gravados em seu bolso.

− Sísifo!? Como você fugiu!? − Perguntou David ao

homem. Esse nome me era familiar, só não sei de onde.

− Bem, meu amigo, esse é um assunto para outro dia! −

Disse Sísifo. − Agora me dê o garoto!

− Ei! Espera aí! Você está falando de mim? – Perguntei,

confuso e assustado encarando-os.

− David ainda não lhe contou? − Perguntou Sísifo,

olhando para mim.

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− Cale-se, Sísifo! − Disse David olhando para ele com

ódio nos olhos.

− Opa! Isso é jeito de tratar uma pessoa mais velha? –

perguntou Sísifo com sarcasmo na voz.

Antes que Sísifo continuasse, David disse uma palavra

em uma língua estranha, que eu acho que já havia ouvido

antes.

E pelo que parecia, um raio branco saiu da mão de

David e foi até Sísifo, porém, antes que o atingisse, ele esticou

a mão com a palma aberta e falou, pelo o que parecia, na

mesma língua em que David havia dito uma palavra mais

estranha ainda, e o raio voltou mais forte, em direção a

David, que o atingiu em cheio e foi jogado contra o quadro,

chegando a atingir alguns alunos, que caíram no chão, na

posição em que estavam sentados.

Sísifo deu um sorriso tenebroso e antes que um raio, ou

coisa pior saísse de suas mãos, Carlos me puxou até David e

disse uma outra palavra mais estranha ainda. Eu Só vi o rosto

de Sísifo borrando e depois apenas escuridão. Quando

percebi, nós já estávamos na sala de minha casa. Minha mãe

ficou bem assustada quando chegamos de repente.

− Oh, meus deuses! Quero dizer: Deus! O que

aconteceu, Samuel? Você está bem? − Perguntava minha

mãe, checando meu corpo e apertando para ver se eu estava

machucado.

Eu mesmo confuso disse:

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− Mãe, eu estou bem, mas o meu professor está mal. E

para de me apertar desse jeito, daqui a pouco a senhora é que

vai me machucar!

− Espere aí. Esse é David Hunter? − Perguntou minha

mãe.

− Sim, mãe, por quê?

Minha mãe ficou pálida, colocou a mão sobre a boca e

se sentou no sofá da sala, seu rosto estava branco como a

neve e ela sem expressão nenhuma me disse:

− Samuel, meu filho, creio que a hora de você saber a

verdade sobre seu pai chegou.

− Como assim, mãe? – Perguntei confuso com o que

minha mãe disse e com o que estava acontecendo.

Ela suspirou e disse:

− Não posso dizer! Eu não quero você nessa vida! −

Disse ela com lágrimas nos olhos.

− Mãe, se tem algo a dizer, diga agora, porque hoje

estava tudo normal, até eu conhecer um garoto que eu

achava normal, mas que na verdade é alguém com uma

varinha que paralisa todo mundo e um professor que solta

raios das mãos. Não posso me esquecer de Sísifo, um maluco

que está me perseguindo pra sabe lá o que quer fazer comigo,

então diga logo. O que está acontecendo! − Enquanto

desabafei, minha mãe ficou com cara de espanto e disse:

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− Tudo bem meu filho, eu digo. Samuel, você é filho de

um deus grego... o deus Apolo. − Eu fiquei espantado e

incrédulo com o que ela acabou de me dizer, mas a única

coisa que fiz foi começar a rir e eu disse:

− Sério isso?

Sua expressão não alterou, continuou séria e eu disse:

− A senhora não está brincado? Isso é mesmo verdade?

Deus, mas como? Por quê? − Perguntei.

− Infelizmente sim meu filho, contarei o que aconteceu:

eu tinha mais ou menos 28 anos, quando conheci um rapaz

bonito, forte, de cabelos negros e olhos verdes, como os seus.

Nós conversamos durante vários dias, nos apaixonamos e um

dia ele veio à minha casa, e você sabe o que ocorreu depois.

Eu só fiquei sabendo que ele era... − minha mãe suspirou e

continuou − que ele era um deus, depois que você nasceu; e

aí...

− Já que o papo de mãe e filho já acabou, eu acho que

vou levar você, Samuel. − Disse Sísifo na porta da frente de

minha casa.

− Mas, como você nos encontrou? − Disse Carlos.

− Como você acha que eu fugi do Tártaro? − Disse

Sísifo, com tom de sarcasmo. − Agora, venha comigo,

Samuel.

− NÃO! Ele nunca irá com você. − Disse minha mãe,

indo para minha frente.

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− Não torne as coisas mais difíceis. − Disse Sísifo.

− Eu disse e repito: ele não irá como você. – Insistiu

minha mãe.

− Ah! Pare! Você não pode impedir o Destino! − Bradou

Sísifo.

− Eu impedi até agora, e impedirei o quanto mais for

necessário. − Disse minha mãe.

− Acho que não minha querida. – Sísifo apontou sua

mão para minha mãe e disse mais uma palavra estranha e de

sua mão saiu uma luz negra e atingiu minha mãe; ela caiu e

não se ouvia mais nenhum suspiro dela. Eu queria ir socorrê-

la, mas Carlos me puxou.

− Eu tinha que lhe levar vivo, mas você me estressou

muito por hoje. − Disse Sísifo.

Mas, antes que Sísifo dissesse de novo aquele feitiço,

Carlos puxou meu braço e disse novamente aquela palavra

estranha. A última coisa que vi foi minha mãe morta de olhos

abertos, olhando para mim.

Eu, Carlos e o professor David desaparecemos e ouvi o

eco de Sísifo dizendo:

− Droga! De novo! − E pelo tom de voz, Sísifo estava

fervendo de raiva.