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Saneamento Ambiental I
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Universidade Federal do Paraná Engenharia Ambiental
Aula 14 – Sedimentação e Decantação
Profª Heloise G. Knapik
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• Parâmetros de qualidade de água - Potabilização
• Coagulação e Floculação
• Sedimentação e Decantação
• Flotação
• Filtração
• Desinfecção
• Reuso de água
Conteúdo – Módulo 2
Etapas Tratamento Convencional de Água
Manancial
Coagulação
Floculação
Sedimentação
Filtração
Desinfecção
Fluoretação
Correção de pH
Água final
Agente oxidante
CAP (Carvão ativado em pó)
Coagulante Alcalinizante Agente oxidante
Polímero
Polímero / Agente oxidante
Agente oxidante
Flúor
Alcalinizante
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Etapas do Tratamento Convencional
Coagulação:
• Adição de coagulante para desestabilizar as partículas (mistura rápida na água bruta)
Floculação:
• Formação de flocos (mistura lenta em tanques específicos)
Decantação:
•Remoção dos flocos via força da gravidade (processo lento)
Flotação:
•Remoção superficial dos flocos (processo com aeração forçada)
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• Introdução
• Lei de Newton
• Lei de Stokes
• Classificação dos processos
• Sedimentação Discreta (Tipo I)
• Sedimentação Floculenta (Tipo II)
• Tipos de Decantadores – Parâmetros de projeto e dimensionamento
• Decantadores convencionais de fluxo horizontal
• Decantadores laminares
• Exercício – Dimensionamento de decantadores convencionais e laminares
Roteiro Aula de Hoje
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Sedimentação - Definição
Processo de separação sólido-líquido que tem como força propulsora a ação da gravidade.
Peso
Empuxo Força de arraste
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Velocidade de Sedimentação
Peso
Empuxo Força de arraste
0yF
gVgmP ppp ...
gVE p ..
2
... 2VACF
pd
a
EFP a
14
Velocidade de Sedimentação
Peso
Empuxo Força de arraste
EFP a
ppp
pdVgVg
VAC....
2
... 2
d
pp
C
gVV
.
.)..(2
15
Velocidade de Sedimentação
Peso
Empuxo Força de arraste
d
pp
SC
dgV
..3
.)..(4
6
. 3
p
p
dV
Volume esfera
Se a partícula é uma esfera de diâmetro d:
16
Velocidade de Sedimentação
Peso
Empuxo Força de arraste
d
pp
SC
dgV
..3
.)..(4
..
.2424
pSe
ddVR
C
.18
)..( 2
pp
S
dgV
Lei de Newton
Lei de Stokes
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Velocidade de Sedimentação
Peso
Empuxo Força de arraste
Lei de Newton
Lei de Stokes Esc. Laminar (Re ≤1)
Esc. Transição e turbulento (Re >1)
𝑉𝑠 = 𝑓(𝑔, 𝜌𝑃, 𝜌, 𝑑𝑃, 𝐶𝑑)
𝑉𝑠 = 𝑓(𝑔, 𝜌𝑃, 𝜌, 𝑑𝑃, 𝜇)
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Sedimentação – Classificação dos Processos
• Sedimentação discreta (Tipo 1)
• Sedimentação floculenta (Tipo 2)
• Sedimentação em zona (Tipo 3)
• Sedimentação por compressão (Tipo 4)
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Sedimentação Discreta (Tipo I)
Sedimentação discreta: As partículas permanecem com dimensões e velocidades constantes ao longo do processo de sedimentação, não ocorrendo interação entre as mesmas
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Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
VL
Vs
Velocidades de interesse: VL: velocidade média longitudinal de escoamento VS: velocidade de sedimentação da partícula
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Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
VL
Vs
Considerando Q a vazão afluente, a velocidade na seção transversal será:
HB
QVL
.
22
Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
VL
Vs
Sendo T1 o tempo que a partícula percorrerá toda a extensão (L), então:
1T
LVL
LV
LT 1
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Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
VL
Vs
Sendo T2 o tempo que a partícula percorrerá toda a altura (atingirá o fundo):
SV
HT 2
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Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
VL
Vs
Para atingir simultaneamente o fundo no comprimento total (partícula crítica)
21 TT SL V
H
V
L
HB
QVL
.
25
Sedimentação Discreta (Tipo I) - Equacionamento
B
H
L
1
2
Vh
Vs
s
SA
Q
LB
QV
.sA
QTAS Taxa de aplicação superficial
Partículas com Vs superiores a TAS serão removidas
durante o processo de sedimentação gravitacional
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Sedimentação Discreta (Tipo I) – Análise Matemática
TAS é função somente da geometria do decantador, portanto, é um parâmetro de projeto.
Vs=Velocidade de sedimentação (m/s)
TAS=taxa de aplicação superficial(m3/m2.dia)
𝑉𝑆 =𝑄
𝐴𝑆= 𝑇𝐴𝑆
Vs é uma propriedade da partícula, podendo esta ser manipulada mediante a operação dos processos de coagulação-floculação
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Sedimentação Discreta (Tipo I)
Propriedade da sedimentação discreta: A dimensão física da partícula permanece inalterada durante o seu processo de sedimentação gravitacional, o que significa dizer que a sua velocidade de sedimentação é constante.
B
H
L
1
2
VL
Vs
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Sedimentação Floculenta (Tipo II)
Sedimentação floculenta: a velocidade de sedimentação das partículas não é mais constante, uma vez que as mesmas agregam-se ao longo do processo de sedimentação.
Com o aumento do diâmetro das partículas há, conseqüentemente, o aumento de sua velocidade de sedimentação ao longo da altura.
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Sedimentação Floculenta (Tipo II)
B
H
L
1
2
VL
Vs
Propriedade da sedimentação floculenta: A dimensão física da partícula é alterada durante o seu processo de sedimentação gravitacional (floculação por sedimentação diferencial), o que significa dizer que a sua velocidade de sedimentação é variável.
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Decantador Convencional Horizontal
• Ocupa aprox. 60 a 70% da área da estação de tratamento
• Eficiência: variável em função das zonas de entrada e de coleta
• 10% do comprimento será a zona de entrada
• Definida a forma do decantador = a área é determinada pela TAS ou Vs
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Decantador Convencional – Parâmetros de Projeto
• Taxa de escoamento superficial: Função das características de sedimentabilidade do floco, definidas pelas etapas de coagulação-floculação
• Altura do decantador: 3,0 metros a 5,0 metros.
• Relação Comprimento/Largura = 3 a 4
Objetivo de Remoção TAS (m³/m².dia)
Turbidez 32 a 48
Cor Verdadeira e Compostos Orgânicos
24 a 40
Algas 20 a 32
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Decantador Convencional – Parâmetros de Projeto
TAS em função da vazão tratada na ETA (ABNT, 1992)
Vazão tratada na ETA Taxa de aplicação superficial (TAS)
Até 1.000 m³/dia Até 25 m³/m².dia
Entre 1.000 e 10.000 m³/dia Até 35 m³/m².dia quando se tem um bom nível operacional, caso contrário recomenda-se TAS de até 25 m³/m².dia
Mais de 10.000 m³/dia Até 40 m³/m².dia
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Decantador de Fluxo Laminar – Parâmetros de Projeto
• Velocidade de sedimentação: 20 m3/m2.dia a 60 m3/m2.dia (Função das características do floco, definidas pelas etapas de coagulação e floculação)
• Ângulo das placas com a horizontal: 60º
• Comprimento da placa: 0,6 metros a 1,2 metros
• Velocidade de escoamento entre as placas: 15 cm/min a 20 cm/min
• Espessura entre as placas: 4 cm a 8 cm
• Altura do decantador: 4,0 metros a 6,0 metros.
• Relação Comprimento/Largura = 2
• Taxa de escoamento linear (vertedor) = 1,8 l/m/s
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Decantador Convencional X Decantador de Fluxo Laminar
senLsenA
SQV
p
cs
cos...
.
S
sA
QVTAS
senLsen
Sqq cL
c
cos..
.
cc
L
S
senLsen
q
q
cos..
•Sc=1 (Placas planas)
•Sc=4/3 (Tubos circulares)
•Sc=11/8 (Tubos quadrados)
Decantador Convencional
Decantador Laminar
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1 - Exemplo Dimensionamento
Dimensionar um decantador convencional para vazão de 30 L/s, considerando uma taxa de aplicação superficial (TAS) de 24 m³/m².dia e um tempo de detenção de 3 horas.
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2 - Exemplo Dimensionamento
Uma ETA que tem bom nível operacional e que trata 180 L/s possui dois decantadores, cada um com 8 m de largura e 30 m de comprimento. Com base nestes dados, calcular a TAS dos decantadores e verificar se o valor encontrado atende ao recomendado pela ABNT (1992).
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Sedimentação – Problemas “reais”
Não ocorre a sedimentação discreta (Tipo 1):
- Formação de flocos irregulares
- Correntes convectivas causadas por insolação: parcelas de água com diferentes densidades
- Efeito de curto-circuito: zonas de estagnação
- Ocorrência de ventos: mistura
Eficiência pode ser aumentada adicionando-se argila ou recirculando as partículas já sedimentadas
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Remoção do Lodo
Produção de lodo é função de:
- Natureza físico-química da água bruta
- Eficiência hidráulica das unidades de processo
- Tipo e dose de coagulante aplicado
60 a 95% do lodo gerado é acumulado nos
tanques de decantação
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Remoção do Lodo
Processo de remoção do lodo:
- Contínuo (para grandes instalações)
- Intermitente
Ex.: Tanques horizontais de limpeza manual podem ter o lodo acumulado por 2-3 meses ou mais
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Remoção do Lodo
Aspectos qualitativos do lodo:
- Aspecto gelatinoso, com maior concentração de sólidos suspensos (75 a 90%) do que sólidos voláteis (20 a 35%)
- Concentração de sólidos totais entre 1.000 e 4.000 mg/L
- pH próximo da neutralidade
Águas com elevada turbidez são mais fáceis de tratar – exigem menores doses de coagulantes, e, portanto, o lodo
apresenta uma maior compatibilidade (critério para o dimensionamento ou seleção do sistema de adensamento)
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Remoção do Lodo
Dispositivos de remoção do lodo:
- Manual (para situações com pequena produtividade de lodo ou pequenas instalações)
- Mecanizada (para grande geração de lodo ou formado por matéria facilmente putrescível)
Deve-se realizar a descarga e limpeza dos tanques pelo menos de 1 a 2 vezes por ano (proliferação de
microrganismos)
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Remoção do Lodo
Dispositivos de remoção do lodo:
- Manual :
Previsão de um altura extra de 1 a 1,2 m no fundo do tanque, com inclinação lateral e longitudinal
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Remoção do Lodo
Dispositivos de remoção do lodo:
- Mecanizado :
Tanque circular: lâminas raspadoras rotativas
Tanque retangular: lâminas raspadoras em pontes rolantes ou correntes submersas
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Etapas do Tratamento Convencional
Coagulação:
• Adição de coagulante para desestabilizar as partículas (mistura rápida na água bruta) – 1 a 5 minutos
Floculação:
• Formação de flocos (mistura lenta em tanques específicos) – 20 a 30 minutos (hidráulico) ou 30 a 40 minutos (mecânico)
Decantação:
• Remoção dos flocos via força da gravidade (processo lento) – 2 a 4 horas (TAS de até 50 m³/m².dia)
Flotação:
• Remoção superficial dos flocos (processo com aeração forçada) – 5 a 20 minutos (TAS de 120 a 300 m³/m².dia)