Saneamento básico dra anaíza
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Recursos Hídricos e Saneamento
ESGOTO SANITÁRIO E LIXO
Anaiza Helena Malhardes Miranda
CAPACIDADE HÍDRICA MUNDIAL• A superfície do PLANETA
TERRA é composta de 2/3 de área alagadas.
• Deste volume, 97% é água salgada. Menos de 10% é água doce.
• Destes, menos de 2,5% são acessíveis ao consumo humano.
A Água no Planeta
• “A quantidade total de água existente no planeta com certeza não mudou desde as era geológicas: o que tínhamos então continuamos a ter. A água pode ser poluída, maltratada e mal utilizada, mas não é criada nem destruída ; ela apenas migra.”
• Marq De Villiers - Água
Ciclo Hidrológico no Planeta Terra
• Lagos e rios se configuram em 0,26% de todo o estoque global do Planeta.
• O restante está na atmosfera, nas geleiras e nos subterrâneos.
• Essa água corre para os oceanos, através dos rios, do degelo e das chuvas.
• Apenas parcela das chuvas retornam aos aqüíferos acessíveis ao homem.
Águas ‘Doces’
• “Desta quantidade, mais da metade já tem destino e está sendo usada. Esta proporção talvez não pareça muito, porém a demanda vai dobrar em trinta anos. E muito do que se encontra disponível está degradado por aluvião erodido, esgotos, poluição industrial, produtos químicos, excesso de nutrientes e pragas de algas.”
• Marq De Villiers - Água
Água Doce no Brasil
• Da água doce disponível no Planeta Terra, 11% se encontra no Brasil.
• Porém, 90% dessas águas se dividem entre a Amazônia, o Pantanal e o Aquífero Guarani.
• Os 10% restantes se dividem pelos demais Estados Brasileiros, com terras áridas e semiáridas, além de vários polígonos de seca (nordeste, norte do Rio Grande do Sul, norte de Minas Gerais, Goiás e Tocantins).
PROBLEMAS DE ABASTECIMENTO
• Desmatamento das cabeceiras das nascentes
• Desmatamento dos topos de morro• Desmatamento e uso indevidos das
margens dos rios• Excesso de captação de águas nos
aquíferos subterrâneos• POLUIÇÃO
SANEAMENTO
• No Brasil 80% da população tem acesso à água canalizada, e 50% tem coleta de esgoto.
• Segundo o CENSO/2000:– 3.705.308 sem banheiro sanitários – 2.958.831 domicílios recebem água canalizada– 10.594.752 tem fossa rudimentar– 1.154.910 tem vala aberta– 1.110.021 usam rio, lago ou mar como esgoto
Saneamento RJ
• Menos de 2% das moradias possuem rede de esgoto ligado a algum sistema de tratamento.
• Menos de 50% das moradias possuem rede de esgoto RECOLHIDO.
• A maioria dessas redes, se valem da rede de águas pluviais.
• TODOS DESAGUAM NOS RIOS
Saneamento em Teresópolis
• Somente uma parte do 1º Distrito é atendida por abastecimento de águas.
• NÃO HÁ REDE PÚBLICA PARA CAPTAÇÃO DE ESGOTO – uso de rede pluvial
• Uso de fossas ligadas a SUMIDOUROS– Uso proibido pela Lei Municipal 2199– Sub solo incapaz de drenar efluentes
sanitários
Água e Saúde
• “A água dita potável é de qualidade muito precária, pois, nos países pobres do chamado Terceiro Mundo, mais de 80% das doenças é mais de um terço da taxa de mortalidade são decorrência da má qualidade d’água utilizada ela população para o atendimeno de suas diversas necessidades. ” Fonte: Paulo de Bessa Antunes – Direito Ambiental – Lúmen Iuris – 4º edição, pág.632
SANEAMENTO = ESGOTO SANITÁRIO =
• Sistemas conhecidos para coleta e tratamento do esgoto domestico
• Falta de preocupação dos governantes com o tema;
• Insalubridade extrema das cidades brasileiras
SANEAMENTO X SAÚDE
• A ANVISA divulgou que o consumo de água contaminada no Brasil, provocando doenças em 10.000 brasileiros entre 1999 e 2008.
• A OMS estima que para cada R$ 1,00 gastos com saneamento básico da população, deixaríamos de gastar R$ 4,00 no Sistema Único de Saúde.
SANEAMENTO: Sistema público
• Grandes redes de captação nas ruas públicas
• Sistema de elevatórias• Grandes espaços para implantação:
– Caixa separadora– Tanques aeróbios, com aeradores e batedores– Centrífugas – Tanques de decantação– Dispersão em grandes volumes de água
TOMADA EM TEMPO SECO
• CAPTAÇÃO NA REDE PLUVIAL• Ou desvio de todo o rio;• By pass para sistema de tratamento• Retorno ao rio.• Tratamento em período sem chuvas;• Contaminação da rede pluvial;• Contra indicação para áreas de
elevada pluviosidade.
Sistemas domésticos convencionais
• Fossa séptica• Filtro de brita• Sumidouros ou dispersão em sistema
público• Sumidouros provocam contaminação de sub
solo e águas subterrâneas• Ambos os sistemas que não alcançam a
eficiência exigida por lei ( entre 30 a 52%, se bem operados)
SISTEMAS ALTERNATIVOSeficiência dentro das
residências • BIODIGESTOR:
– Caixa separadora– Fossa com fechamento hermético –
autoclave– Sistema anaeróbio– 3 filtros posteriores– Dispersão final em lagoa de decantação
ou sistema público– Formação de gás metano para uso
doméstico
SISTEMAS ALTERNATIVOSeficiência dentro das
residências• FOSSA + FILTRO POR ZONA DE
RAÍZES:– Fossa séptica tradicional ou em fibra– Filtro em zona de raízes com camadas
de rocha ou conchas, areia e terra + plantas com caule úmido, talo largo e raízes em rede (papirus, copo-de-leite,etc...)
– Dimensionamento de 1m³ por pessoa da residência.
– Eficiência entre 88% a 92%
FILTRO POR ZONA DE RAÍZES
SISTEMAS ALTERNATIVOSeficiência dentro das
residências• BANHEIRO SECO:
– Dois vasos sanitários interligados a duas caixas revestida por zinco pintado de preto, e voltados para o sol da tarde, com duas chaminés para dispersão de odores.
– Banheiros são usados a cada seis meses, mantendo o outro em desuso, para permitir a formação do esterco.
– Descarga líquida substituída por pó de serra.– Sem formação de resíduos líquidos poluentes.
Água = Futuro da Humanidade
• “A escassez de água pode não levar à guerra, mas certamente levará à escassez de comida, ao aumento da pobreza e à disseminação de doenças. Ela torna as pessoas mais pobres. .... Os padrões de vida se deteriora, aumentam também a inquietude social e a violência, levando, como colocou o profeta do apocalipse Robert Kaplan, a uma ‘anarquia iminente.”
• ÁGUA, Marc de Villiers – Ediouro- 2002
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LIXO – resíduos sólidos urbanos
• Lei Federal nº 12.305/2010– RESÍDUOS – material reciclável;
• Coleta separada;• Encaminhamento setor de separação;• Retorno à industria
– REJEITO – material não reciclável;• Coleta separada;• Disposição final em aterros sanitários;• Aproveitamento apenas como combustível.
LOGISTICA REVERSA
• Princípio do Poluidor Pagador• Responsabilidade das indústria em
receber os produtos obsoletos produzidos.
• Desmonte dos materiais.• Reuso obrigatório dos resíduos.• Menor necessidade matéria prima
nova• Proteção da Natureza
fases do sistema de Coleta
• COLETA SELETIVA = a coleta seletiva hoje é medida imprescindível a qualquer sistema de lixo, posto que dela dependerá a vida útil do aterro de disposição final, posto que quanto menos lixo se levar para o aterro, mais tempo se ganhará de uso da área.
• A coleta seletiva depende de três parâmetros:
COLETA SELETIVA• Participação efetiva da população na
devolução dos produtos sem uso• dela dependerá a vida útil do aterro
de disposição final • (quanto menos lixo se levar para o aterro,
mais tempo se ganhará de uso da área).
• Parâmetros da coleta seletiva: 1 - educação ambiental da população
2 - disposição de pontos de coleta de resíduos para reciclagem
3 - Incentivo à empresas de manufatura de reciclagem
1 - educação ambiental da população
• preparo e a conscientização da população• depende de cada cidadão promova a
separação dos resíduos reaproveitáveis do lixo orgânico, ainda dentro da casa.
• Devolução dos produtos sem uso aos pontos de coleta
• A reunião de lixo orgânico e inorgânico haverá a contaminação do reciclável e tornará o produto imprestável à maioria dos processos de reciclagem
2 - Disposição de pontos de coleta de resíduos para
reciclagem • coleta deve ser feita por meio de
caminhões fechados, especiais para a coleta, com dias diferenciados para o recebimento do material;
• Ou por meio da implantação de eco-pontos, até mesmo com a participação da comunidade, do condomínio ou da associação de moradores.
• Pontos especiais para eletrônicos
3 - Incentivo à empresas de manufatura de reciclagem
• Empresas e serviços para logística reversa
• Necessidade de indústrias para o recebimento desses produtos.
• Daí das políticas públicas que:– identifiquem as carências de recicladores de
determinados produtos;– criação de programas de atração das
mesmas à região;– Promoção de programa para o
encaminhamento dos produtos para as industrias, quando impossível trazer a empresa até à cidade.
COLETA DO LIXO ORGÂNICO
• = o lixo orgânico deve ser diferenciado em dois tipos, para o fim de uma coleta eficiente e implantação de projeto com eficiência superior, a saber:
– lixo orgânico contaminado e
– lixo orgânico não contaminado.
Lixo Orgânico Não Contaminado• Um eficiente programa de coleta de lixo
pode prever o reaproveitamento do lixo orgânico (lixo molhado) não contaminado:– Previsão de esterqueiras para sua recepção, – acondicionamento com terra;– Criação de sistema de produção de adubo
orgânico, que pode ser comercializado ou mesmo utilizado em projetos de reflorestamento ou hortas comunitárias.
– projeto de compostagem de resíduos oriundos de poda de jardim e árvores urbanas também para o projeto de adubo.
LIXO CONTAMINADO• resíduos que não podem, em
hipótese alguma, ser reaproveitado, posto que imerso em moléculas químicas perigosas, vetores patológicos ou metais pesados.
• Resíduos oriundos de unidades de saúde (hospitais, farmácias, clínicas, laboratórios, clínicas veterinárias e outros).
• Resíduos sanitários domésticos
LIXO COMERCIAL
• resíduos contaminados com hidrocarbonetos oriundos de postos de gasolina e oficinas mecânicas;
• Resíduos de agrotóxicos, dentre outros.
• Esses resíduos devem receber tratamento especial, e podem ser reutilizados desde que submetidos a sistema de tratamento especialíssimo.
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Esses, sempre foram utilizados como material de recobrimento do lixo nos lixões antigos, ou como material de recobrimento de estradas vicinais.
• sua utilização pode ser muito melhor, já que os resíduos são quase que totalmente reaproveitado.
• Ferros e vergalhões são totalmente reaproveitados pela siderurgia;
• cimento e material de alvenaria podem ser triturados e reutilizados na própria construção civil, como forma de diminuir a utilização de cimento;
• madeira totalmente utilizada.• Canos e caixas d´água - reaproveitamento
DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS• a disposição final dos resíduos restantes devem
ser disposto em sistemas previamente preparados da forma seguinte:
– abertura das células;– cobertura do fundo da células com manta PEAD;– implantação de sistema de drenagem de chorume ao
fundo;– cobertura do sistema de drenagem com brita;– cobertura de todo o fundo da célula e da manta PEAD
com argila, de forma a proteger a manta;– implantação de sistema de tratamento do chorume
que será coletado pelo sistema de drenagem da célula;
– implantação de sistema de captação de gás metano oriundo da decomposição do lixo (com ou sem reaproveitamento).
Conclusão:
“Na natureza não há
prêmios nem castigos:apenas
consequências.”
Robert Ingersoll (1833-1899)
ANAIZA HELENA MALHARDES MIRANDA
Promotor de Justiça Titular da 1ª Promotoriade Justiça de Tutela Coletiva do NúcleoTeresópolis.
Atribuição por Meio Ambiente – Urbanismo ePatrimônio Cultural, em Teresópolis, Carmo,Sumidouro e Sapucaia