Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

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Sanidade e enfermidade em ovinos e caprinos Marília Gomes Ismar Marília Gomes Ismar Pós-graduanda em Zootecnia

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Sanidade e enfermidade em ovinos e caprinos

Marília Gomes IsmarMarília Gomes IsmarPós-graduanda em Zootecnia

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Introdução

Page 3: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

•É melhor prevenir do que tratar

• Gastos com tratamento

• Perdas de produtividade

• Aumento da mortalidade

• Executar um calendário profilático adaptado

• Funcionar em conjunto com os manejos

reprodutivo e nutricional

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Sinais de saúde

• Ruminação normal

• Olhos vivos e brilhantes

• Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes

• Pelos lisos e sedosos

• Boa condição corporal

• Comportamento ativo

• Temperatura corporal normal Até 1 ano: 38,5°C-39,5eC

> 1 ANO: 39°C-40°C

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Medidas preventivas

• Anotações zootécnicas

• Identificação de enfermos e isolamento

• Alimentação

• Reprodução - andrológico e sorológico

• Instalações adequadas

• Medidas sanitárias

• Calendário profilático adaptado

• Destinação de cadáveres - higienização

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Programa de saúde animal

Conjunto de medidas planejadas e executadas

visando à manutenção do estado sanitário do

animal e do rebanho, mantendo a

produtividade em níveis ótimos

Preventivo

Curativo

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Vacinação

• Objetivo: sistema imune

• Depende: Estado fisiológico

Faixa etária

Necessidades especiais

• Considerar: Risco

Ocorrência de surtos

vizinhos

Criação de outras espécies

CUIDADO COM:CUIDADO COM:

validade do lote;integridade,

limpeza e temperatura do

frasco; transporte e armazenamento

MATERIAIS:MATERIAIS:

esterilizados (água fervente por 20 min) ou

descartáveis; para via SC usar

agulhas 10x10 ou 15x10

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• Agitação do frasco

• Agulha fixa

• Exposição à luz e ao calor

• Mistura de vacinas

• Trocar os princípios ativos

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Problemas reprodutivo

s

Baixa produtivida

de

Mortes

Gastos medicament

os

Problemas reprodutivo

s

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10 REGRAS10 REGRAS

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1. Aquisição de animais

2. Quarentena

3. Isolamento - individual ou grupo

4. Limpeza das instalações - desinfecção

5. Esterqueiras - chorumeiras

6. Pedilúvios

7. Ordenha

8. Ferimentos - limpeza e curativos

9. Vacinação

10.Mineralização

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Fonte: Adaptado do farmpoint

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Frequência de enfermidades relatadas por produtores na

Microrregião de Patos, Paraíba, 2008

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Sinais de doença

• Rebanho

Baixos índices

Queda de fertilidade

Alta mortalidade

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• Animal:

Caquexia

Falta de apetite

Comportamento anormal

Pelos ásperos e arrepiados

Alteração de temperatura

Aumento dos linfonodos e lesões externas

Corrimentos anormais na vulva, nariz e olhos

Alterações das mucosas

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• Aumento de volume abdominal

• Articulação aumentada – artrite e artrose

• Presença de grumos e/ou sangue no leite

• Odor desagradável das secreções

• Micção ausente, diminuída ou aumentada

• Diarréias

• Abscessos

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“Vigie seus pensamentos, porque eles se tornarão

palavras; vigie suas palavras, porque elas se

tornarão atos; vigie seus atos, porque eles se

tornarão seus hábitos; vigie seus hábitos porque

eles se tornarão seu caráter; vigie seu caráter

porque ele se tornará seu destino”

Anônimo

Page 20: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

DOENÇAS BACTERIANASDOENÇAS BACTERIANASLinfadenite caseosa, pododermatite,

ceratoconjuntivite infecciosa, clostridiose,

mastite, broncopneumonia,

pneumonia, epididimite infecciosa,

leptospirose, diarréia aguda

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LINFADENITE LINFADENITE CASEOSACASEOSA

• “Mal do Caroço” ou “Falsa Tuberculose”

• Agente: Corynebacterium pseudotuberculosis

• Enfermidade infectocontagiosa

• Crônica debilitante

• Linfonodos com abscessos

• Acomete caprinos e ovinos

• Alta incidência em animais > 1 ano

• Zoonose

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Frequência de microorganismos isolados em cultura pura ou em

associação, de 100 ovinos com linfadenite criados no centro-

oeste de São Paulo, Botucatu, 2009-2010

Fonte: Ribeiro et al. (2011)

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• Bactérias intracelulares - cocobacilos ou filamentos

• Possuem lipídeos tóxicos na membrana

• Aumentam a permeabilidade dos vasos

• Latência prolongada - queda de imunidade

• Sensíveis:

PenicilinasG

Macrolíticos

Cefalosporinas

Lincomicinas

Cloranfenicol

Sulfamina-trimetropina-rifampicina

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• Maior

freqüência:

Escapular

Auricular

Mandibular

Inguinal

Atinge também os

testículos, úberes

e órgãos internos

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• O contágio ocorre por:

Secreção purulenta de doentes

Alimento

Água

Fômites

Instalações

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Persistência do microorganismo:

Material Persistência (dias)

Madeira 7

Palha 15

Feno 56

Solo 240

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Tratamento e controle

• Antibióticos não é recomendado

• Pouca habilidade de ultrapassar a cápsula do abscesso

• Isolamento do paciente

• Evitando o rompimento espontâneo

• Evitando a contaminação do ambiente e de outros

animais

• Higienizar e desinfetar instalações e fômites

• Comprar animais de procedência

• Reincidentes por 3 vezes devem ser eliminados

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tratamento

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Vacinação• DOSE: 1 ml via SC, independente

do peso do animal

• CABRITOS E BORREGOS: a partir

de 3 meses de idade, revacinar

com 30 dias e anualmente

• ADULTOS NÃO VACINADOS:

duas doses com intervalo de 30,

revacinação anual

• EFICAZ EM OVINO

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PODODERMATITEPODODERMATITE

• Manqueira, podridão dos cascos, pododermatite

necrótica e “footrot”

• Crônica infecciosa

• Ferimento entre as unhas e deslocamento do casco

• Caracterizada pela formação de abscessos

Fusobacterium necrophorum (trato digestivo)

Dichelobacter nodosus (estrito de cascos)

• Maior ocorrência no período chuvoso - calor e

umidade

• Solos com pH ácido

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A enfermidade se inicia com a colonização do

espaço interdigital pelo Fusobacterium

necrophorum, que em condições de anaerobiose,

desencadeia lesões sobre o tecido interdigital,

propiciando desta maneira um ambiente propício

para a instalação do Dichelobacter nodosus

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Sinais clínicos

• Apatia e perda de peso

• Claudicação

• Dificuldades reprodutivas

• Queda na produção

• Descolamento do estojo córneo

• Necrose do tecido

• Casos graves - pastejo ajoelhado

• Perda do casco

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• Graus de classificação:

0: ausência da doença

1: lesão inicial no espaço interdigital

2: início de envolvimento com a sola

3: envolvimento da sola e parede abaxial do

casco com presença de exsudato fétido

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Tratamento

• Evitar pastos encharcados e contaminados

• Limpar e lavar o casco, retirando todos os tecidos

necrosados

• Curativos diários com pomada antibiótica ou

solução de

sulfato de zinco ou cobre 5% a 10 %

• Antibioticoterapia: penicilina G, ceftiofur,

procaína e estreptomicina

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Controle

• Observar o crescimento dos

cascos

• Apará-los duas vezes ao ano

• Descartar animais com

doença crônica

• Usar pedilúvios: cal virgem

ou sulfato de zinco e de

cobre (1 vez por semana por

4 meses)

• Almofadas absorventes

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• Anatomia do casco:

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CERATOCONJUNTIVITE CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSAINFECCIOSA

• Pinkeye ou doença do olho rosado

• Infectocontagiosa

• Caracterizada por inflamação aguda

da conjuntiva e da córnea

• Acomete ovinos, caprinos e bovinos

• Animais de todas as idades e sexos

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• Agentes: Moraxella ovis, Mycoplasma spp.,

Chlamydophila spp., Moraxella bovis e

Staphylococcus aureus

• Diplococo aeróbico gram-negativo

• Produzem necrose epitelial e estromal

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Fatores predisponetes

• Proliferação de moscas

• Traumatismo ocular

• Alta incidência de raios solares

• Genéticos (pigmentação ocular)

• Pastagens altas

• Vento e poeira

• Falta de higiene do colaborador

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Transmissão

• Contato direto

• Moscas

• Contaminação ambiental:

Aerossóis

Poeira

Fenos, rações e sementes

Cama dos animais

Animais sadios podem ser fontes de infecção

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Sinais clínicos

• Hiperemia e congestão da conjuntiva

• Lacrimejamento excessivo

• Descarga ocular purulenta

• Opacidade da córnea

• Fotofobia

• Úlceras

• Cegueira

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Tratamento

• Parenteral:Tetraciclina

• Tópico:Limpeza dos olhos c/ soro fisiológicoPomadas oftálmicasColírios à base de antibiótico - tetraciclina e

tilosina

• Cirúrgico

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Controle

• Isolamento e tratamento dos doentes

• Controle de moscas

• Limpeza e desinfecção das instalações

• Sombreamento

• Evitar pastos altos e poeira (estábulos)

• Não existe vacina específica

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CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES

• Causadas por bactérias anaeróbias do gênero

Clostridium

• Cosmopolitas

• Encontrados no solo, nas pastagens, na água

doce e salgada, em alimentos e como parte da

flora intestinal normal dos animais e do homem

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• Produzem toxinas

Frequentemente fatais

• Formam esporos

Resistência (até 40 anos)

• Maior perda econômica

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Clostridium Doença causada

C. tetani Tétano

C. novyi Tipo B Hepatite infecciosa necrosante

C. perfringens Tipo A Enterotoxemia, gangrena gasosa, hepatite infecciosa

C. perfringens Tipo B Enterotoxemia/disenteria dos cordeiros

C. perfringens Tipo C Enterotoxemia

C. perfringens Tipo D Enterotoxemia/doença do rim polposo

C. septicum Edema maligno ou gangrena gasosa

C. chauvoei Carbúnculo sintomático

C. sordellii Enterotoxemia hemorrágica, morte súbita

C. heamolyticum Hemoglobinúria bacilar

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TÉTANOTÉTANO

• Conhecida como mal dos sete dias

• Neurotoxina - Clostridium tetani

• Acomete animais de qualquer idade

• Porta de entrada: feridas profundas, contaminadas

por fezes ou material contendo esporos

• Através dos nervos periféricos é transportada para o

sistema nervoso central e causam os sinais clínico

Page 51: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Sinais clínicos

• Resposta exagerada (sons e luz)

• Aumento rigidez muscular

• Travamento da mandíbula

• Timpanismo

• Opistótono

• Tremores

• Dispnéia

• Asfixia

• Morte

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DISENTERIA DOS CORDEIROSDISENTERIA DOS CORDEIROS

• Clostridium perfringens tipo B

• Mais frequente em cordeiros lactantes - 3

primeiros dias

• Desequilíbrio da microbiota intestinal -

proliferação exacerbada da bactéria no intestino

Page 53: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Sinais clínicos

• Falta de apetite

• Abdômen dilatado e sensível à compressão

• Diarréia pastosa no início

• Evoluindo para fluida, em seguida hemorrágica

• Morte

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ENTEROTOXEMIAENTEROTOXEMIA

• Conhecida como morte súbita ou doença do

rim polposo

• Não contagiosa

• Produzida pelo Clostridium perfringens tipo D

• Enfermidade da superalimentação

Proliferação exagerada da bactéria e de toxina

Page 55: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Mudanças bruscas na dieta alimentar

• Mudanças de pastagens pobres para

luxuriantes

• Dietas muito ricas em proteínas e/ou

carboidratos

• Dietas altamente energéticas e pobre em fibras

• Doenças debilitantes (verminose e coccidiose)

Page 56: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Atinge a circulação geral e chega aos órgãos:

cérebro, rins, pulmões e coração

• Aguda, sub-aguda, crônica

• Rápida evolução - 6 a 24h

• Quadro agudo

• Colonização intestinal

Page 57: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Fatores predisponentes

• Baixa atividade proteolítica no intestino de

neonatos

• Estabelecimento incompleto da microbiota

intestinal normal em neonatos

• Influências da dieta em animais mais velhos

Page 58: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Sinais clínicos

• Movimentos de pedalagem

• Incoordenação motora

• Convulsões

• Cegueira

• Opistótono

• Edema pulmonar

• Espuma pelo nariz

• Diarréia

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Achados de necropsia em ovinos

• Alterações de necropsia patognomônicas no encéfalo

Herniação cerebelar (casos agudos o subagudos)

Encefalomalacia focal simétrica (casos crônicos)

• Rim polposo

Page 60: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

a) rim normal b) rim normal c) rim polposod) rim autolizado

Page 61: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Achados de necropsia em caprinos

• Forma crônica - colite fibrino-hemorrágica

(envolvimento ocasional do final do intestino delgado)

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Vacina

Page 63: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

DOENÇAS PARASITÁRIASDOENÇAS PARASITÁRIASHelmintose, eimeriose,

sarnas, pediculose,

criptosporidiose, toxoplasmose,

sarcocistose, neosporose,

babesiose, berne, miíases,

anaplasmose, dermatite alérgica

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HELMINTOSESHELMINTOSES

• Chamada de verminose gastrointestinal

• Aspectos determinantes da epidemiologia:

Capacidade do hospedeiro de desenvolver

imunidade

Condições climáticas

Condições de instalações e pastejo

Manejo dos animais - nutrição, saúde, idade

Criações de diferentes espécies

Page 65: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Parasitos de diferentes espécies

• Associados ou não

Haemonchus contortus - principal espécie parasita

de ovinos

Trichostrongylus colubriformis

Oesophagostomum columbianum

Strongyloides papillosus

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Ilustração do ciclo dos principais vermes de

caprinos e ovinos

Ovos existentes nas fezes

Ovos contendo larva

Larva (L1)

Larva (L2)

Larva (L3)

Adulto

Page 67: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Sinais Clínicos

• Falta de apetite

• Emagrecimento

• Pelos arrepiados

• Anemia

• Diarréia

Page 68: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Coloração Hematócrito (%)

Atitude

Vermelho robusto

>27 Não tratar

Vermelho rosado

23 a 27 Não tratar

Rosa 18 a 22 Tratar

Rosa pálido 13 a 17 Tratar

Branco <13 Tratar

1

2

3

4

5

Page 69: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Profilaxia

• Medidas gerais de manejo e higiene

• Vermifugação

• Rotação de pastagens

• Controle de superlotação

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Page 72: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Medidas de controle sanitário

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Page 74: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Medidas de controle parasitário

Page 75: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Principais princípios ativos:

Princípio Via

Ivermectin Oral

Albendazol Oral

Levamisol Oral

Fenbendazol Oral

Oxfendazol Oral

Page 76: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Eimeriose (Coccidiose)Eimeriose (Coccidiose)

• Curso de sangue ou diarréia

vermelha

• Causada por um protozoário

• Ataca o epitélio digestivo

• Jovens e adultos (estressados)

• Responsável por consideráveis

perdas econômicas

Page 77: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Ovinos: E. ahsataE. bakuensisE. ovinoidalis

• Caprinos:E. arloingiE. alijeviE. hirciE. christenseniE. ninakolhyakimovae

Page 78: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Patogenia

Page 79: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Sinais Clínicos

• Letargia

• Anorexia

• Desidratação

• Diarréia profusa e sanguinolenta

• Redução do ganho de peso

• Alta mortalidade

• Ovinos: sintomatologia nervosa

• Caprinos: sede, sonolência e pelos arrepiados

Page 80: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Tratamento

• Sulfas

• Amprólio

• Antibióticos ionofóricos

• Nitrofuranos

• Hidratação e reposição de eletrólitos (oral ou IV)

Page 81: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Profilaxia

• Manejo e higiene

• Limpeza de bebedouros e comedouros

• Evitar superlotação de pastos

• Separar lotes por idades

• Uso preventivo de drogas anticoccídicas

Page 82: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

SARNASSARNAS • Afecções cutâneas

Quadro 1: Ácaros causadores de sarna em caprinos e ovinos:

Agente etiológico Hospedeiro

Sarcoptes scabiei var. caprae Caprino

Sarcoptes scabiei var. ovis Ovino

Psoroptes equi var. caprae Caprino

Psoroptes equi var. ovis Ovino

Psoroptes cuniculi Caprino/ovino

Demodex caprae Caprino

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SARNA DEMODÉCICASARNA DEMODÉCICA

• Conhecida também como sarna folicular

• Ácaro Demodex caprae - 0,1 a 0,4mm

• Extremamente rara em ovinos

• Causam nódulos na pele - 2cm: região anterior

• Vive todo o ciclo no folículo piloso e nas

glândulas sebáceas

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• Banhos e imersão em organofosforados ou

piretróides (repetindo no 10º dia) + ivermectin

subcutâneo (0,2 mg/Kg)

Page 86: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

SARNA SARCÓPTICASARNA SARCÓPTICA

• Sarcoptes scabiei - variação caprae e ovis

• Conhecida como escabiose

• Zoonose

• Sinais: coceira intensa, escoriações, prurido,

pápulas avermelhadas, corrimento seroso e

crostas

Page 87: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Predileção: cabeça - olhos e narina

• Tratamento: retirar as crostas e utilizar sarnicidas

associados à solução oleosa (1:3) de 3 em 3 dias

• Casos extremos: banhos e imersão em

organofosforados ou piretróides (repetindo no 10º dia)

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SARNA PSORÓTICASARNA PSORÓTICA

• Conhecida como escabiose

• Psoroptes equi - variação caprae e ovis

• Psoroptes cuniculi

• Ácaro não escavador

• Sinais: inquietude, pequenas vesículas, prurido

intenso, coceira, crostas brancas e queda de lã,

isolamento

• Pode levar a otite e meningite séptica

Page 91: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Predileção: conduto auditivo externo, as vezes, axila,

virilha e superfície interna do pavilhão auricular

• Banhos de imersão: organofosforados, diamidínicos,

piretróides, amitraz e ivermectina - 2 banhos/ano e

10 a 12 dias após tosquia

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PEDICULOSEPEDICULOSE

• Parasitismo por piolho

• Ordem Mallophaga – mastigador

• Ordem Anoplura – sugador

• Sinais: inquietação, prurido, pelos eriçados e

escoriação da pele

• Vivem todas as fases no hospedeiro

Page 93: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Ocorrem em todas as estações – seca

• Ciclo não identificado

• Infecção bacteriana secundária

• Míiases

• Predileção: dorso e garupa

• Controle: pulverização ou banho (piretróide)

Page 94: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

DOENÇAS VIRAISDOENÇAS VIRAISEctima contagioso, raiva, febre aftosa,

lentiviroses de pequenos ruminantes,

broncopneumonia, língua azul,

herpesvírus, tumor etmoidal

Page 95: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

ECTIMA CONTAGIOSOECTIMA CONTAGIOSO

• Também conhecido como dermatite pustular

contagiosa, dermatite labial infecciosa, boca

crostosa ou boqueira

• Gênero: Paropoxvirus

• Acomete ovino, caprino e eventualmente o

homem

• Porta de entrada: pele, mucosa, órgão genitais

• Eliminação: pústulas, vesículas e crostas

Page 96: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Alta morbidade

• Curso agudo - 50% do rebanho

• Tem afinidade pelo epitélio de origem ectodérmica

Page 97: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Sinais: anorexia, perda de peso, desidratação e

claudicação

• Controle: vacinação - vacina viva preparada em

culturas celulares; quarentena; isolamento e

higienização

Page 98: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Tratamento

• Solução de permanganato de potássio a 3% ou

solução de iodo a 10% acrescido de glicerina (1:3)

Ideal pulverizar áreas afetadas duas vezes ao dia,

por sete dias

• Auto-hemoterapia

• Repelentes de moscas nas bordas das feridas

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RAIVARAIVA

• Enfermidade infecto-contagiosa

• Aguda

• Quase sempre fatal

• A ocorrência em pequenos ruminantes parece

estar associada a surtos epizoóticos em

populações de animais selvagens

• Reservatórios selvagens no Brasil: morcegos

hematófagos, cachorro-do-mato, raposa-do-

campo

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Transmissão

• Mordida ou do contato de ferimentos por saliva

de animais infectados

• Vírus em alta concentração:

Saliva

Excreções e secreções

Sangue

• Sinais: apatia ou excitação, nistagmo, espasmo

muscular, agressividade

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A doença evolui na forma de paralisia ascendente

que inicialmente pode parecer déficit

proprioceptivo

Ataxia e paralisia de pênis e cauda

Paralisia de faringe resultando em sialorréia

Evolução para decúbito, convulsões e morte

dentro de 7 a 10 dias

Page 102: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Tratamento

Prevenção

Page 103: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

FEBRE AFTOSAFEBRE AFTOSA

• Família Picornaviridae

• Enfermidade infecto-contagiosa

• Transmissão:

Animais doentes

Secreções respiratórias e salivares

Fezes e urinas

Leite

Sêmen

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Sinais clínicos

•Língua - Gengiva - Espaços interdigitais - Tetos

Page 105: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

• Sialorréia

• Febre

• Apatia

• Infecções secundárias

Page 106: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Tratamento e controle

• Tratamento contra-indicado

• Controle baseia-se na eliminação dos animais

doentes

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ESQUEMA DE ESQUEMA DE VACINAÇÃOVACINAÇÃO

Page 109: Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos

Doença Esquema de VacinaçãoCategoria

Animal

RaivaAnual / a partir de 4 meses de idade (só em regiões em que haja casos confirmados)

Jovens, Repro., Matrizes

Clostridiose (onde ocorra a doença)

Animais não vacinados: aplicar 2 doses de vacina com um intervalo de 4 a 6 semanas entre as vacinações. Em filhos de mães não vacinadas, a primeira dose deve ser efetuada a partir da 3a semana de idade e a partir da 9a semana de idade em filhos de mães que foram vacinadas. Animais já vacinados: revaciná-los a cada ano. Em fêmeas gestantes, fazer a revacinação anual de 4 a 6 semanas antes do parto.

Animais Jovens, Reprodutores, Matrizes

Linfadenite Caseosa

A partir de três meses com reforço aos 30 dias e repetir anualmente.

Animais Jovens

Ectima contagioso

Autovacina, única dose repetindo-se nas matrizes na próxima parição.

Jovens, Matrizes (terço final de gestação)

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ESQUEMA DE ESQUEMA DE VERMIFUGAÇÃOVERMIFUGAÇÃO

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Doses Época

1ª Vermifugação: MAIO SECA

2ª Vermifugação: AGOSTO SECA

3ª Vermifugação: NOVEMBRO CHUVA

4ª Vermifugação: JANEIRO CHUVA

5ª Vermifugação: MARÇO CHUVA

*Vermifugar aos 30 dias e após 30 dias

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conclusão

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OBRIGADA!