Sanidade em aquicultura - crmvsp.gov.br · • Escolha do tipo de cultivo, de instalação e ......
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SANIDADE EM AQUICULTURA
Dra. Agar Costa Alexandrino de Pérez
Médica Veterinária
E-mail [email protected]
CURSO DE SANIDADE EM AQUICULTURA
Devem cumprir recomendações do Código de Conduta para a Pesca Responsável (FAO – Roma, 1995)
Para reduzir ao mínimo todos os perigos de sua atividade
Para a saúde humana e para o ambiente
Estabelecimentos aquícolas
• AQUICULTURA:
� segmento da produção animal
� que mais cresce no mundo e no Brasil
� atividade relativamente nova
� tem-se firmado exploração economicamente
rentável
CONDIÇÕES HIDROGRÁFICAS E CLIMÁTICAS
• Potencial aquático disponível no Brasil:
� cerca de 5,2 milhões de hectares de água represadas para fins energéticos, de abastecimento, de irrigação e de controle de cheias.
���� litoral de cerca de 8.000 km, entrecortado de baías, lagoas e áreas planas, adequadas à implantação da maricultura
SanidadeBoas Práticas de aquicultura :
� Projeto e construção
� Temperatura, corrente, salinidade da água
� Solo � Higiene pessoal
� Higiene ambiental
� Higiene operacional
Higiene Pessoal
• Alto grau de limpeza pessoal
• Estado de saúde satisfatório comprovado por laudo médico
• Usar vestimenta adequada
• Não visitar outra propriedade (estabelecimento de reprodução)
Higiene Ambiental
• Limpeza do viveiro (lodo-matéria orgânica).
• Tratamento do efluente.
• Destino correto para drogas veterinárias e produtos usados na piscicultura.
Higiene operacional
• Procedência de alevinos
• Manejo sanitário na reprodução e engorda
• Administração de alimentação
• Medicamentos veterinários
• Despesca
• Manutenção e transporte
• Armazenamento do pescado
Sanidade (Codex alimentarius FAO x OMS, 2005)
Procedência dos animais
• Deverá conferir segurança :
evitar introdução de agentes patogênicos.
Desenvolvimento da aquicultura
Trânsito de animais aquáticos:
Aumenta a probabilidade de
introdução de patógenos.
Geram consequências na aquicultura
e nos peixes nativos e na subsistência
da atividade.
Controle do trânsito
� Minimizar ou evitar o risco de transferência
de patógenos
� Deve contar com indivíduos, sindicatos, associações, instituições de pesquisa, instituições oficiais
envolvidos com a aquicultura .
� Garantia do manejo sanitário
� São resultados da :
� falta de responsabilidade e de conhecimento em trânsito de animais aquáticos vivos e seus produtos,
agentes, doença e as espécies suscetíveis
� Solução:
� Criar protocolos para proteger:
� aquicultura
� animais aquáticos nativos
� ambiente aquático
Impactos adversos sociais, econômicos e ambientais.
Por que ocorrem impactos?
�Ausência ou falha na estratégia do
manejo sanitário regional e nacional
Como minimizar?
� Medidas de quarentena efetivas
� Certificação sanitária
� Criar guias reconhecidas internacionalmente baseadas na OIE:
�Código Sanitário
�Manual de diagnóstico
Impedir Barreiras Sanitárias
Doenças endêmicas
� Elaboração de protocolos :
�Manejo sanitário efetivo para cada espécie para facilitar a comercialização e proteger a produção aquática (subsistência e comercial) e o ambiente, objetivando a prevenção de doenças
�Diagnóstico das doenças regionais
Elaboração de protocolos� Protocolos regionais e nacional devem ter aproximação
� Devem respeitar:
�Características sociais
�Econômica
�Ambiental
� Industrial
�Biológica
�Geográfica
�Compartilhar protocolos com vizinhos internacionais
Eficácia do manejo sanitário
�Necessidade de recursos que sejam disponibilizados por Instituições Nacionais e
Internacionais .
Essencial :
� Conhecimento do status sanitário do plantel.
Aplicação do Manejo Sanitário
Pontos de Aplicação do Manejo Sanitário
• Nos bioagressores.
• Nos animais aquáticos.
• No meio ambiente.
•
► Conhecimentos.
► Inventário das doenças existentes no país.
► Meios específicos de diagnósticos.
► CONCLUSÃO: Necessita conhecimentos da epidemiologia para se eliminar as doenças.
► Pessoal capacitado.
► Pessoal com efetivo controle sobre o campo e em contingente maior.
► Especialistas em sanidade animal deveriam interessar-se por doenças de peixes.
Meios Necessários na Aplicação de Manejo Sanitário
► Deve prevenir viroses, doençasbacterianas e parasitárias.
► Deve orientar controles, erradicação e transporte de peixes para que estas ações cheguem ao final.
► Deve eleger procedimentos de desinfecção.
► Regulamentar o uso de drogas veterinárias esubstâncias químicas.
Política Ictiosanitária
Medidas Sanitárias na Propriedade
• Animais.
• Fundo de viveiros – Vazio sanitário
• Desinfecção de tanques, viveiros, equipamentos, pessoal e etc.
Medidas Sanitárias Referentes à Introdução de:
• Gametas
• Ovos
• Cria
• Reprodutores
• Material de transporte
• Água
FATORES QUE FAVORECEM O SURGIMENTO DAS DOENÇAS EM CULTIVO
• Fatores ambientais ou de manejo
• Fatores próprios do agente patogênico
• Fatores próprios do peixe
Fatores de Manejo
• Densidade populacional
• Alimentação incorreta
• Temperatura incorreta
• Acúmulo de substâncias tóxicas na água
• Policultivo com espécies incompatíveis
• Estresse por manejo indevido
• Falta de medidas profiláticas
Fatores próprios do agente patogênico
• Introdução do agente no viveiro
• Virulência do agente
• Quantidade do agente patogênico no meio
• Presença de veículos ou vetores
Fatores de Imunidade do Peixe
• Suscetibilidade ao agente (idade, espécie, etc).
• Nível de defesa do peixe.
Pontos Críticos
Produtividade = associação de 3 fatores
�Saúde animal
�Melhoramento genético
�Alimentação adequada
Desrespeito:
• Saúde animal
• Genética
• Alimentação
�Resulta em DOENÇA
Doenças
• Doenças infecto-contagiosas, parasitárias
e nutricionais interferem diretamente no
desempenho e estão associadas
principalmente com a qualidade da água,
com desnutrição, ao escasso
desenvolvimento de recursos e de
informação dos proprietários.
TRIÂNGULO EPIZOOTIOLÓGICO
(EPIDEMIOLÓGICO)
AGENTES PATOGÊNICOS AMBIENTE
COMPONENTES
SOCIAIS
HOSPEDEIRO
Doenças de Notificação Obrigatória de Peixes
• Necrose Hematopoiética Epizoótica
• Síndrome Ulcerativa Epizoótica
• Girodactylose (Gyrodactylus salaris)
• Necrose Hematopoiética Infecciosa
• Anemia Infecciosa do Salmão
• Herpesvirose da carpa Koi
• Iridovirose da Dourada Japonesa
• Viremia Primaveral da Carpa
• Septicemia Hemorrágica Viral
Presença de animaisSorriso – MT / Pesque- Pague
Medidas de Prevenção de Doenças
• Saneamento do ambiente.
• Quarentena.
• Imunoprofilaxia.
• Diagnóstico precoce.
• Vigilância Sanitária.
• Educação Sanitária.
Medidas de Controle de Doenças
• Isolamento.
• Desinfecção.
• Interdição.
• Notificação.
• Destruição de cadáveres.
Medidas de Erradicação
• Diagnóstico• Notificação de doenças
• Destruição do estoque infectado • Eliminação de vetores
• Desinfecção das instalações• Re-estocagem com peixes livres de doenças
Reprodutores
• Origem
• Certificação
• Rastreabilidade
• Importação
• Quarentena
Alevinos
• Origem
• Certificação
• Quarentena / Isolamento
Pessoal
Drogas
• Antibióticos
• Quimioterápicos
• Organofosforados
• Outras
• Controle: – Prevenção de doenças
– Uso racional de medicamentos
– Conhecimento da carência
A AQUICULTURA BRASILEIRA REPRESENTA:
� Agronegócio .
� Crescimento desordenado e descontrole sanitário.
� Altas taxas de mortalidade e produção de pescado com qualidade duvidosa.
� Baixa produtividade.
Pré-requisitos:
� Existência de uma equipe de profissionais capacitados e conscientes.
� Conscientização do proprietário.
� Localização do estabelecimento: afastado de centros urbanos, não compartilhar bacias de estabelecimentos de nível inferior e de indústria de processamento.
� Conhecimento dos fatores regionais : condições climáticas, precipitação pluviométrica, natureza do solo, altitude, etc.
Pré-requisitos (cont. 1)
• Escolha do programa de produção (conhecimento do processo reprodutivo da espécie e hábito alimentar dos recém nascidos).
• Escolha da espécie a ser criada.
• Escolha do tipo de cultivo, de instalação e equipamentos.
• Aquisição de todos os equipamentos e material de consumo necessários para a execução das tarefas
• Conhecimento da relação hospedeiro parasita.
Pré requisitos (cont. 2)
• Conhecimento da cadeia epidemiologia dos agentes agressores: fontes de infecção, vias de eliminação, vias de transmissão, porta de entrada, suscetíveis, comunicantes, resistência no ambiente.
• Conhecimento básico de imunologia: barreiras naturais de proteção, fatores de resistência dos animais, resistência genética, modificação do mecanismo de resistência dos agentes infecciosos.
IMPORTAÇÃO
• Instrução Normativa SDA nº 53 de 02/07/2003
• Quarentena
• Surto
• Vazio Sanitário
Pontos básicos:
1 - Origem dos reprodutores: providenciar inspeção no estabelecimento de origem dos Reprodutores e exames que comprovem que os lotes estão livres de agentes que possam comprometer a produção e qualidade dos produtos finais. Muitos microrganismos podem estar presentes na sua forma latente no organismo dos animais, podendo representar uma potencial via de introdução para o estabelecimento e disseminação para outros animais do estabelecimento para a progênie.
Pontos básicos (cont. 1)
2 - Isolamento: o estabelecimento deve estar isolado, para manter o mínimo de tráfego de veículos e pessoas estranhas e dentro do estabelecimento entre lotes de idades diferentes.
Pontos básicos Instalações: (cont. 2)
• Os viveiros de produção devem estar isolados dos estabelecimentos de cria e de recria obedecidos os princípios epidemiológicos.
• Instalação de cercas ao redor dos estabelecimentos.
• Manter áreas ao redor dos viveiros sempre limpas e com vegetação baixa.
• Evitar vizinhos que criem peixes domésticos sem finalidade econômica.
• Controlar entrada e presença de roedores, artrópodes e outro animais domésticos e silvestres através de construção adequada. Estes cuidados destinam-se também às fábricas de ração.
Pontos básicos (cont. 3)
• Delimitar a área “limpa” daquelas diretamente ligadas à atividade de produção
• Conhecer os procedimentos adequados da limpeza, desinfecção e descanso das instalações
• Instituir intervalo sanitário após saída de cada lote de animais aquáticos conforme recomendação do responsável técnico pela sanidade dos animais.
Pontos básicos (cont. 4)
3 - Conhecimento das condições climáticas e sua interação com os agentes infecciosos.
4 - Conhecimento da qualidade físico-química e microbiológica da água disponível em quantidade suficiente para a utilização na propriedade.
Componentes do programa de biossegurança: medidas específicas e inespecíficas de proteção da saúde:
• Educação, preparação e motivação continua da mão de obra, para execução de tarefas.
• Educação em saúde
• Treinamento adequado e periódico.
• Plano de registro de dados e comunicação de ocorrências .
• Sistema de registro de informações de produtividade e de saúde