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Especial Sant’ A na e São Cristóvão Padroeira de Vinhedo Jornal de Vinhedo Vinhedo, 23 de julho de 2011 Textos: Denise Gonçalves Giunco / Fotos: Rafa Von Zuben

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EspecialSant’Ana

e São CristóvãoPadroeira de Vinhedo

Jornal de VinhedoVinhedo, 23 de julho de 2011

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CuriosidadeSant’Ana: quandoa fé e a história do povo vinhedense se misturam

Na próxima terça-feira, 26, feriado municipal, Vinhe-do celebra o Dia de Sant’Ana, padroeira da cidade.

Mãe de Maria, avó de Jesus, legado de bondade, de ensinamentos religiosos do amor de Deus para com a hu-manidade, fé, doçura, carisma, tudo o que um povo precisa para progredir com solidez.

Assim, de Rocinha a Vi-nhedo, Sant’Ana percorre as ruas, as casas e as famí-lias vinhedenses para trazer acalento a quem está com o coração aberto para a vida em

Em 2 de fevereiro de 1932, antes da missa do dia, tomou posse o padre Wanderley Lima. Por quinze dias, ele ficou com seu antecessor, padre Henrique Mattos Marcus. Assim escreve padre Wanderley a respeito da recepção feita por padre Henrique: “pude, então... conhecer o caráter do povo rocinhense e os costumes locais... a impressão foi, geralmente, boa... digo geralmente porque não foi geral. Dois pontos causem desagravo: a igreja, que começou em pleno desacordo com um plano qualquer de architectura; o salão da U.M.C., inacabado, com divisas, em terreno não legalizado”.

comunidade. Assim, de Rocinha a Vinhedo, a religiosidade de Sant’Ana, mesclada às festas em homenagem à padroeira, formam a cultura de um povo harmônico.

Assim, de Rocinha a Vi-nhedo, estas terras prosperam sob o olhar atento da acolhedora Sant’Ana. Neste contexto, o Jornal de Vinhedo traz fatos

exclusivos desde a antiga igre-jinha ainda na praça até a hoje imponente Matriz de Sant’Ana, marco de religiosidade e histó-

ria, uma homenagem ao povo, um reconhecimento de amor ao próximo. Boa leitura.

Equipe Jornal de Vinhedo

Em 1935 foi realizada a Festa de Santa Cruz, paróquia que pertence à Sant’Ana, nos dias 25 e 26 de maio. Participaram da comissão de festeiros: Agenor de Mattos, Altino José de Oliveira, Ângelo Pescarini, Antônio Matheus Sobrinho, Antônio Maria Forner Filho, Biaggio Filippi, Jacob Mathenhauer, João Carazzari, João Gasparini, Julio Hatz, Miguel Brunelli, Valentim Trevisan e Vicente Rotela.

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03O surgimento da Matriz

O Termo de Abertura do Livro Tombo da igreja é datado de 7 de agosto de 1931. Não há como precisar porque o povo do então bairro de Rocinha estabe-leceu Sant’Ana, a avó de Jesus, como sua padroeira.

Foi escolhido o local, o ponto mais alto do lugarejo, onde hoje está construída a praça de Sant’Ana, mais precisamente, abaixo da fonte artificial para abrigar uma igreja.

Pertencente à Paróquia de Valinhos, inicialmente, a capela de Rocinha ia prosperando e a vila transformou-se em Distrito de Paz em 31/10/1908 pela Lei Estadual número 1.138. Acom-

panhando o desenvolvimento de Rocinha, a filial capela de Sant’Ana foi elevada a categoria de matriz e o território de juris-dição da paróquia ficou sendo o mesmo limite do novo distrito.

O decreto de criação da paróquia se deu em 14/01/1914 e Basílio Pires foi o primeiro padre, transferido da paróquia de São Sebastião, de Valinhos, onde acumulava seus préstimos às duas paróquias.

Neste mesmo ano foi edi-ficada a torre da igreja e uma reforma geral. Como existia a torre e ainda não tinha sino, neste mesmo ano, em 10 de setembro, a colônia italiana instalada no lu-

garejo ofereceu e instalou o sino.A primeira visita pastoral

aconteceu em 5 de setembro de 1915 pelo Monsenhor Joaquim Mamede da Silva Leite, visitador diocesano, o qual prescreveu um termo com inúmeros itens orien-tando a vida da paróquia.

De 6 de setembro de 1915 a 7 de abril de 1918 foi nomeado e permaneceu encarregado da paróquia, novamente, o padre Basílio Pires, que transmitiu o cargo ao padre Alberto Motz, terceiro pároco da Igreja de Sant’Ana.

Com grandes festividades, no dia 16 de janeiro de 1916, o Bispo Dom Nery, acompanhando do Monsenhor Mamede, inaugu-rou a capela e o altar-mor.

A segunda visita pastoral foi realizada nos dias 11 e 13

de agosto de 1917, por Dom Mamede, então Bispo. De 27 de novembro de 1919 a 12 de fevereiro de 1920, sem páro-co, a paróquia de Sant’Ana de Vinhedo foi anexada à de Valinhos, até a nomeação de seu quinto pároco, o padre Isidoro Ermeti.

A partir de 1921, tendo por titular do Bispado de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto, a igreja de Rocinha continuou flores-cendo e teve como párocos os padres: Salomão Vieira, Francisco Duenas, Manoel Al-ves, Cristóvão Porfírio, Pedro Ciardela, Vicente Rizzo, Hen-rique de Moraes Matos, Jonas Wanderley de Lima, Dario de Moura, Luiz Fernandes de Abreu, José Pabon, Luis Sais, Favorino Carlos Marrone, João Passadori e no momento Clodoaldo Rogério Verdin, que chegou em fevereiro do ano passado, 2010.

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A novena de Sant’Ana de 1935 foi celebrada pelo padre Luiz Sais, vigário da paróquia pelos próximos 13 anos, até a chegada de Monsenhor Favorino, em 1 de fevereiro de 1948, em preparação para a festa, “padroeira deste povo, pedindo seu brilho religioso... “ As reuniões preparatórias ocorriam no botequim de Antônio Zechin.

“O Cônego (Thesoureiro-Mor) Esechias Galvão da Fon-toura...

Aos que minha provisão vi-rem, faço saber atendendo ao que me representou a Comissão en-carregado da construção de uma igreja sob invocação na estação de Rocinha, distrito da Paróquia de Campinas deste bispado. Hei por bem pela presente conceder licença para que no referido bair-ro se possa erigir uma igreja sob a invocação de Sant’Ana, contanto que seja um lugar alto, livre de umidade, desviado o quanto possível de lugares imundos e casas particulares, largueza em roda para andarem procissões,

Transcrição do primeiro documento de fundação

da igreja

Curiosidade

devendo ser o local para fundação designado pelo Revmo. Pároco res-pectivo a que autorizo para benzer a primeira pedra do edifício na forma do ritual romano.

Ao mesmo tempo solicito ao padre Nicolau Amstalden, da Capela Nossa Senhora de Lourdes, (Cape-la), o obséquio de fazer a benção da primeira pedra da capela de Rocinha.

Dada e passada na Câmara Capitular aos 9 de agosto de 1898. E eu, Cônego Marcondes de Araújo e Silva, escrivão da Câmara Ecle-siástica e Secretaria do Bispado a subscrevi.

Assinado por Cônego Esechias G. da Fontoura”.

A seguir, a transcrição do primeiro documento que se tem notícia da fundação da igreja, ainda na vila de Rocinha, hoje Vinhedo:

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Clodoaldo Rogério Verdin é o atual pároco de Sant’Ana. Jovem, porém, grandioso em projetos, ele disse que o fato de ser designado a trabalhar em Sant’Ana é uma experiência nova e confirma sua caracterís-tica de acolhimento, do cuidado com a paróquia e fieis.

Este aspecto é visto nas festas de Sant’Ana. Padre Clo-doaldo passa de mesa em mesa, cumprimentando as pessoas. “Da mesma maneira que a mãe de Nossa Senhora ensinou a ela os caminhos de Deus, tenho procurado ajudar as pessoas da comunidade a se fortalecerem como família; a figura de São Joaquim marca bem este aspecto forte, a formação como família e comunidade”, disse padre Clodoaldo.

Ele festeja as conquistas da comunidade, mesmo há apenas um ano e seis meses à frente da Matriz de Sant’Ana. A comuni-dade de Santa Cruz passou por reestruturação para receber a tradicional festa da padroeira, ganhou banheiros novos, ilumi-nação reformada, foi criada uma entrada social e um novo barra-cão, com 450 m², está fazendo

Sant’Ana confirma o aspecto de acolhimento

na vida de padre Clodoaldocom que a comunidade fique bem mais confortável. “Procu-ramos melhorar a dimensão da festa, os serviços oferecidos e a qualidade nos alimentos, colo-cando novidades a partir do que já era tradicional”, acrescentou.

Neste ano, as pessoas estão sendo convidadas a comprar o convite para comer o “Bolo de Sant’Ana”. No final da missa, na próxima terça-feira, 26, 17h, com a presença de Dom Bruno Gamberini e das outras duas paróquias da cidade – São Sebas-tião e Nossa Senhora de Lourdes – o bolo será servido para quem adquiriu o convite, abençoado por padre Clodoaldo e dom Paulo O.S.B., do Mosteiro de São Bento. Neste dia, a festa de Sant’Ana terá queima de fogos na comunidade de Santa Cruz.

O lado carinhoso de padre Clodoaldo cuidar da paróquia também recebeu atenção na des-tinação dos materiais utilizados na festa. Tudo o que é reciclado passa por separação e vira renda para a Matriz com a venda do material. “Ganhamos até no lixo”, frisou padre Clodoaldo.

Parte do resultado da festa, de acordo com padre Clodoaldo,

será destinada para a conserva-ção do patrimônio das comu-nidades, outra na continuidade dos trabalhos de evangelização, formação, agentes de pastoral e ainda para a casa paroquial e começo da mobília. A casa tinha 46 anos e não havia passado por reformas até então.

“A paróquia está vivendo momento muito particular da graça de Deus. Os trabalhos na ação pastoral, os trabalhos na

dimensão econômica, espaço da Santa Cruz, casa paroquial e a comunidade tem se en-volvido muito”, comemorou padre Clodoaldo.

Neste ano, são 10 ima-gens de Sant’Ana peregrina percorrendo 10 famílias nos nove dias de novena e no último dia será feito o sorteio e as imagens ficarão defini-tivamente com as famílias escolhidas.

CuriosidadeMovimento religioso de 1935Batismos: 228Casamentos: 40Encomendações: 29Confissão de doentes: 5Extrema unção: 5Primeiras comunhões: 32

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o 06 Monsenhor Favorino:

45 anos à frente da paróquiaMonsenhor Favorino foi o

padre que por mais tempo per-maneceu à frente de Sant’Ana: de 1 de fevereiro de 1948 a 31 de janeiro de 1993. Ele faleceu em 22 de agosto de 2009.

Dedicou durante todos esses anos o melhor de sua vida: humildade, zelo pasto-ral, amor à paróquia e paro-quianos, cabendo-lhe entre outros méritos, o da cons-trução da nova matriz, que contou no ato da colocação da pedra fundamental, em 26 de julho de 1949, com a presença e bênção do então arcebispo

de Campinas, Dom Paulo de Tarso Campos.

Durante a gestão de Mon-senhor Favorino destacam-se a promoção de 20 Festas da Uva, três missões realizadas pelos padres Passionistas, Missio-nários do Coração de Maria e Redentoristas. Nesta última foi construído e elevado um dos maiores cruzeiros iluminados do Brasil com 12 metros de altura. Durante a gestão de Monsenhor Favorino também foi construído o Lar da Cari-dade e a nova matriz completa inclusive com as torres.

A despedida do padre Luis Sais, em 30 de janeiro de 1948:

“Ao despedir-me desta paróquia, deixo aqui no dia 30 de janeiro, minha despedida, juntamente com meus agradecimentos, a todas as diretorias das associações, bem como a todo o povo em geral. Quando há treze anos aqui cheguei, não pensei jamais afastar-me para terras tão distantes. Na verdade, em minha vida de sacerdócio, encontrando ...., aqui e ali, não esmoreci nunca, porque compreendi que, encontrando dificuldades, encontrei também almas puras, que me ajudaram e ampliaram na campanha espiritual. Levo uma boa recordação, pois, o ano findo deu-me uma grande alegria ao verificar que nesta paróquia tão pequena e querida havia tido 21.575 comunhões, junto aqui meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que nestes últimos dias demonstraram verdadeira amizade. Que Deus pague a todos e cumule-os de graça divina”.

Padre Luis Sais, vigário

CuriosidadeMovimento religioso de 1936Batizados: 187Casamentos: 51Encomendações: 44Primeiras comunhões: 100Confissões de doentes: 8

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A chegada do então vigário Favo-rino Carlos Marrone ocorreu em 1 de fevereiro de 1948, nomeado por dom Paulo de Tarso Campos. Padre Luis Sais não estava. Ele foi empossado pelo cônego Olavo Braga Scardigno, diretor espiritual do Seminário Dioce-sano de Campinas.

No dia 6 de fevereiro, às 20h, a sociedade local fez uma recepção para o vigário, no salão de festas da Associação Rocinhense de Futebol. Ele foi saudado por diretores do clube, autoridades e “grande massa popular”, recebido por Medeiros Neto e Abrahão Aun, que entregou-lhe candelabros para a Igreja Matriz.

Neste momento, ele conclamou a todos para trabalhar para a constru-ção da nova igreja matriz. “Não pode continuar uma igreja tão velha e pobre no local onde se construiu três belos cinemas e confortável salão”, disse Monsenhor aos presentes.

A chegada

CuriosidadeEm 1945, o Conselho Paroquial era composto por:Padre Luis SaisMaria Ajjar Teresinha CamargoMafalda Imperato

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o 08 São Cristóvão,

25 de julho: “o que carrega Cristo”A devoção a São Cris-

tóvão é uma das mais anti-gas e populares da Igreja, tanto do Oriente como do Ocidente. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os países. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e ins-tituições que tomaram o seu nome, para homenageá-lo.

Ele consta da relação dos “Catorze Santos Au-xiliadores” invocados para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades. Assim, o vigor desta veneração percorreu os tempos com igual inten-sidade e alcançou os dias desta mesma maneira.

Entretanto, são poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhecimento com-provado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns es-critos antigos o descrevem como portador de “uma força hercúlea”. Pregou na Lícia e foi martirizado a mando do imperador Décio, no ano 250. Depois disto, as infor-mações fazem parte da tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos e que a Igreja respeita.

Seu nome era Réprobo e nasceu na Palestina. Como um verdadeiro gigante Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de força física. Assim, só podia ter a profissão que tinha:

guerreiro. A sua simples presen-ça era garantia de vitória para o exército do qual participasse. Conta-se que, estando cansado de servir aos caprichos de um e outro rei, apenas porque fora contratado para lutar em seu favor, foi pro-curar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a este. Então ele decidiu colocar-se a serviço de Satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir simplesmente o seu nome.

Mas também se decep-cionou. Abandonou o anjo do mal e passou então a procurar o Senhor. Um eremita o orientou a praticar a caridade para servir ao Todo Poderoso como desejava. Integrou-se a uma instituição de caridade e passou a dar ajuda aos viajantes. De dia ou de noi-te ficava às margens de um rio onde não havia pontes e onde várias pessoas se afogaram por causa da profundidade, trans-portando os viajantes de uma margem à outra.

Certo dia fez o mesmo com um menino. Mas conforme atra-vessava o rio a criança ia ficando mais pesada e só com muito custo

e sofrimento ele conseguiu depo-sitar com segurança o menino na outra margem. Então perguntou: “Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas”. O menino respondeu: “Não carre-gou o mundo, mas sim seu Cria-dor”. Assim Jesus se revelou a ele e o convidou a ser seu apóstolo.

O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de “carregador de Cristo”, e passou a peregrinar levando a Palavra de Cristo. Foi à Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a atenção e atraía quem o ouvisse. Ele fa-lava do Cristianismo e convertia mais e mais pessoas. Por este seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender. Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua pregação.

Os primeiros quarenta sol-dados que tentaram prendê-lo se converteram e por isto foram to-dos martirizados. Depois quando já estava no cárcere, mandaram duas mulheres, Nicete e Aquilina, à sua cela para testar suas virtu-des. Elas também abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente mortas. Cristóvão foi flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo e por fim deca-pitado.

São Cristóvão é popular-mente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos motoristas e dos condutores.

CuriosidadeConta-se que, estando cansado de servir aos capri-

chos de um e outro rei, apenas porque fora contratado para lutar em seu favor, foi procurar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a este. Então, Cristóvão decidiu colocar-se a serviço de Satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir sim-plesmente o seu nome. Mas também se decepcionou.

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09Acompanhe onde haverá

benção dos veículos A Paróquia de Sant’Ana fará a

benção dos veículos com procissão saindo do Portal, em direção à Matriz, a partir das 15h, do dia 24, este domingo. O celebrante será o padre Clodoaldo.

Neste sábado, haverá missa solene, às 18h, na Comunidade de São Cristóvão, localizada no Bairro Pinheirinho, às 19h,

terá procissão e benção dos carros.Na Matriz de Nossa Senhora de

Lourdes, na Capela, padre Donizete celebrará missa às 7h, e às 9h30 na Comunidade de São Roque (a missa ocorre na creche Pedrinho) onde ha-verá benção das chaves e documentos de veículos.

“Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosa-mente todas as correntezas que eu tiver de enfrentar, venham elas dos homens ou do espírito enfernal. São Cristóvão, rogai por nós”.

Oração a São Cristóvão

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Em 1946, por indicação de Antônio Von Zuben, presidente dos Marianos, foi vendido um alto-falante ao sr. Aurélio Niero, pela quantia de 600 cruzeiros. Esta importância foi investida na compra da imagem de São Luiz Gonzaga, pela importância de 416 cruzeiros e consertada e pintada a imagem de Santo Antônio por 200 cruzeiros, perfazendo 616 cruzeiros.

Matriz: ‘paróquia-mãe’,a primeira da cidade, a central

A primeira capela que surgiu ainda no tempo de Rocinha estava localizada no Bairro da Capela e hoje é a Matriz Nossa Senhora de Lourdes. Porém, a pri-meira paróquia da cidade foi Sant’Ana e por isso ela é co-nhecida por ser a ‘paróquia-mãe” de Vinhedo.

Conforme expl icou Dom Paulo O.S.B., prior do Mosteiro de São Bento, todas as comunidades que vieram depois tiveram sua origem a partir de Sant’Ana. “Não se trata de dizer que é a igreja mais importante, ou que exerce algum tipo de soberania sobre as outras comunidades – o que seria totalmente contrário ao espí-rito cristão – mas, é impor-tante realçar sua importância histórica não só em relação às outras comunidades, mas a toda a cidade”, frisou Dom Paulo.

Segundo ele explicou, o Mosteiro de São Bento per-tenceu à paróquia de Sant’Ana na época da transferência de Santos para Vinhedo, no ano de 1948. Naquele tempo, não existiam outras paróquias ainda no Distrito de Rocinha.

Anos mais tarde, os mon-ges de São Bento colaboraram com a fundação da Capela de São Sebastião, no Bairro Nova Vinhedo, trabalhando até que se tornasse paróquia. Naquela época, o Mosteiro passou a per-tencer à Paróquia São Sebastião da Nova Vinhedo.

Por muitos anos, a atual Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro da Capela, era uma das comunidades da Paróquia São Sebastião, sen-do também foi assistida pelos monges de São Bento. Quando se tornou paróquia, o Mosteiro passou a fazer parte de seu território, “uma exigência de nosso superior, dessa forma,

a Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes ficou muito tempo dividida, tendo o Mosteiro, a Capela da Ressurreição da Bela Vista e a Capela de Santo An-tônio, no Bairro Caixa d’Água, como parte de seu território paroquial”.

Recentemente, padre Clo-doaldo, juntamente com o padre José Carlos de Lima e padre Marcos Adriano Paulino, apoia-dos pelo arcebispo, Dom Bruno Gamberini, refizeram a divisão das paróquias em Vinhedo, co-locando novamente o Mosteiro de São Bento dentro do territó-rio da Paróquia de Sant’Ana.

De acordo com Dom Pau-lo, existem vários laços que unem o mosteiro à Paróquia de Sant’Ana. Historicamente, na antiga igrejinha de Sant’Ana que os monges vindos de San-tos - Dom Aidano, Dom Ul-darico, Dom Mathias e Dom Martinho - foram recebidos por Monsenhor Favorino, quando

chegaram a Vinhedo para reiniciar a vida monás-tica na antiga fazenda Bela Vista. “Até a cons-trução da nova igreja do Mosteiro (dedicada em 1991), muitas das grandes celebrações do Mosteiro foram realizadas dentro da Matriz de Sant’Ana. Os monges antigos aju-davam nas celebrações solenes da Semana Santa na Paróquia, assistiam espiritualmente a muitos movimentos e iniciaram diversos trabalhos pasto-

rais com os fieis da paróquia. Até há alguns anos atrás a antiga ‘Missa das Dez’ aos domingos era celebrada pelos monges beneditinos”, explicou Dom Paulo.

Somente há dois anos é que os monges deixaram de celebrar a missa vespertina de sábado na Capela de São Cris-tóvão, no Bairro Pinheirinho, porque o número de padres do Mosteiro diminuiu muito. “Afetivamente estamos ligados à Sant’Ana porque o Monse-nhor Favorino sempre manteve um grande respeito pela nossa comunidade, além dos laços de amizade e também espirituais que mantemos com muitos dos paro-quianos antigos e novos. O padre Clodoaldo tem sido atencioso e prestativo quando dele preci-samos e tem-nos participado de tudo o que se realiza na paróquia. Pela natureza da vida monástica, não podemos estar fisicamente presentes a todas as atividades da ‘nossa paróquia’, mas, acom-panhamos o pároco e todos os membros desta parcela do Povo de Deus, com nossas constantes orações e carinho”, disse.

Ele explicou que, cano-nicamente, os Mosteiros são independentes e não estão di-retamente debaixo da jurisdição do pároco nem do bispo. “Fe-lizmente, no nosso caso, essa independência não nos priva de gozar de amizade, respeito e mútua colaboração tanto com Dom Bruno como com o padre Clodoaldo”, finalizou Dom Paulo.

Curiosidade

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“Nós vivemos num mundo secularizado, onde a beleza da fé herdada de nossos ante-passados perde seu espaço para um vazio de significado para quase tudo o que fazemos. As celebrações dos santos são uma recordação da finitude de nossa existência e nos apontam para realidades definitivas às quais eles per-tencem e às quais aspiramos.

Seria muito bom que todos os vinheden-ses católicos se empenhassem em valorizar as celebrações de suas comunidades, espe-cialmente esta do dia 26 de julho, que honra nossa padroeira celeste. É um momento de três ‘efes’: de fé, de festa e de família. É uma oportunidade de reconhecermos e expressar-mos o que acreditamos, ou seja, que esta vida passa, mas, que ela é bela e vale a pena ser vivida. Penso que os pais devam conduzir seus filhos a estas celebrações religiosas e também ao convívio da quermesse, pois é assim que se transmite melhor os valores de uma sociedade. Desejo ao caríssimo padre Clodoaldo, aos pa-roquianos de Sant’Ana e a todo o povo vinhe-dense, abundantes bênçãos, pelas boas mãos de nossa padroeira, a Senhora Sant’Ana”

Dom Paulo O.S.B.

Conselho Pastoral de 1947Presidente de Marianos: João Bueno de CastroPresidente dos Vicentinos: José Bueno de CastroPresidente do Apostolado: Maria Bampa FredianiPresidente da Filhas de Marias: Amélia ZachariasPresidente da Obras das Vocações: Carolina Von ZubenPresidente da Liga Meninos de Jesus: Fernanda CanellaPresidente do Catecismo: Mafalda Imperato

Curiosidade

Mensagem do Mosteiro de São Bento

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Movimento Pastoral em 1937Batizados: 200Casamentos: 43Encomendações: 32Confissões de doentes: 15Extrema Unção: 12Primeiras comunhões: 71

Para celebrar Sant’Ana, a paróquia realiza missas no dia 26, próxima terça-feira, feriado municipal em Vinhedo. Todas as missas ocorrem na Matriz. Às 8h terá celebração de padre Clodoaldo; às 17h a missa so-lene ocorrerá com Dom Bruno Gamberini e a presença das

CuriosidadeMissas celebram a padroeirana terça, 26, feriado municipal

outras duas paróquias – Nossa Senhora de Lourdes e São Sebas-tião – e às 18h procissão com dom Paulo Sérgio Panza, do Mosteiro de São Bento.

A novena de Sant’Ana en-cerra na segunda-feira, 20h, com a celebração de Monsenhor Roberto L. Frasolin. Neste

sábado, a missa tam-bém será às 20h, com a celebração de padre Leonardo H. Piacente; e no domingo, 19h, com padre João Arlin-do de Nadai.

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“Senhora Santa Ana, fostes chamada por Deus a colaborar na salvação do mundo. Seguindo os caminhos da Providência Divina, recebestes São Joaquim por espo-so. Deste vosso matrimônio, vivido em santidade, nasceu Maria Santíssima, que seria a Mãe de Jesus Cristo.

Formando vós família tão santa, confiantes nós pedi-mos por esta nossa família. Alcançai-nos a todos as graças de Deus: aos Pais deste lar, que vivam na Santidade do matrimônio e formem seus filhos segundo o Evangelho; aos Filhos desta casa, que cresçam em sabedoria, graça e santidade e encontrem a vocação a que Deus os chamou. E a Todos nós, Pais e Filhos, alcançai-nos a alegria de viver fielmente na Igreja de Cristo, guiados sempre pelo Espírito Santo, para que um dia após as alegrias e so-frimentos desta vida, mereçamos também nós chegar à casa do Pai, onde vos possamos encontrar, para juntos sermos eternamente felizes, no Cristo, pelo Espírito Santo. Amém”.

Movimento Paroquial de 1938Batizados: 219Casamentos: 50Encomendações: 40Confissões de doentes: 22Extrema Unção: 24Primeiras comunhões: 120

CuriosidadeOração a Sant’Ana

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De acordo com infor-mações da Arquidiocese de Campinas, simbologi-camente, o brasão eclesiás-tico da paróquia Sant’Ana de Vinhedo destaca a cor púrpura (roxa) presente no primeiro cortado sobre o campo partido e no cacho de uva. Esse destaque quer recordar o município de Vinhedo e sua tradição vini-cultora, presente até mesmo em sua onomástica.

Ainda, o esmalte púrpu-ra é considerado um dos mais nobres na heráldica (arte e

estudo dos brasões) e, em tempos passados, somente as casas reais poderiam usá-lo. A união do púrpura com o prata no primeiro cortado (campo superior) quer salientar a nobreza e trabalho do povo vinhedense.

Também, essa conjunção recorda uma das máximas do cristianismo: oração e serviço. Sobre o campo púrpura há o pergaminho que lembra a Se-nhora Sant’Ana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo, a Padroei-ra principal de Vinhedo, recor-dada pela imagem de catequista

de Nos-sa Senhora entregando-lhe (ensinando) os man-damentos de Deus.

Finalmente, o campo azul remete diretamente a Nossa Se-nhora da Conceição, padroeira da Arquidiocese de Campinas e essa cor lembra seu manto. As três flores de lis sobre o campo, como inspiração e norte do trabalho pastoral em toda a diocese, falam das três virtudes teologais: Fé, Esperança e Cari-dade. Essa simbologia faz parte do brasão arquidiocesano e está presente em todos os escudos paroquiais da Igreja particular

de Campinas: remete a unidade e comunhão.

Já a descrição técnica do brasão de Sant’Ana é explicado pela Arquidiocese como o es-cudo português cortado, o pri-meiro de esmalte púrpura com um pergaminho semiaberto na vertical de prata forrado de ouro, partido de prata com um cacho de uva e ramo folhado ao natural, o segundo de esmalte azul com três flores de lis de ouro postas duas e uma.

A simbologia do brasão

eclesiástico

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