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Nº 33 DA 2ª EDIÇÃO - JANEIRO DE 2015 [email protected] 2015 Frio gelado por terras da Beira Alta Casa do miradouro: Excelência, Requinte e Simpatia A dois dias de comple- tar 91 anos de idade, fa- leceu o Padre Fernando da Rocha Santos (artigo neste jornal)

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Jornal SANTARENSE (ACI) referente a Janeiro de 2015

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Nº 33 da 2ª Edição - JaNEiro dE 2015 [email protected]

2015 Frio gelado por terras da Beira Alta

Casa do miradouro:Excelência,Requinte e Simpatia

A dois dias de comple-tar 91 anos de idade, fa-

leceu o Padre Fernando da Rocha Santos (artigo neste jornal)

Harley - Andaram por aí!

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2 Janeiro de 2015 nº 33

EDITORIALO ano de 2014 está diluído e esgotado. Para

muitos a sua saudade esfriou-se na cantera das maldições. Essa agonia e pesadelo, brota dos rostos desiludidos e conformados que aglomera-ram uma sociedade em desespero. Não sentir o sofrimento e as picadelas dolorosas desse tempo, é permanecer inerte e insensível a tão maléfica contrariedade.

Entramos num novo ano e com ele o rejuvenescer numa esperança em dias melhores. Há muito que andamos a apregoar esse caminho de mudança, mas a sua visibilidade está muito difícil de alcançar. Cabe ao ser humano, porta-voz e rosto da demo-cracia, firmar a sua e idiossincrasia num modelo de mais justiça e mais equidade. Certamente, vamos esperar por melhores dias para ver o que no reser-va o futuro.

Disponho de grande preocupação na melhoria e na qualidade do nosso jornal. Ele tem que saber impor o seu espaço, a sua creditação, perante aqueles que o insultam, que o repudiam. O nume-ro de colaboradores não é o mais desejável, mas a verdade é que produtivo e responsável. Uma pa-lavra de apreço para o meu caro amigo Armando Carvalho, que a efectuar um trabalho por vezes in-visível, não deixa de ter a sua importância e nobre distinção. Cabe-lhe a ele, a minuciosa operação na preparação do jornal até chegar á gráfica.

Continuo muito preocupado com o futuro do sport club de santar. É uma associação que gran-jeou a simpatia de muitos adeptos e que nos últi-mos tempos tem passado por períodos de enorme indecisão. Espero dar boas noticias na próxima edi-

ção do nosso jornal.

Muito recentemente, pessoas creditadas audita-ram os serviços do centro de dia e de toda a or-gânica da misericórdia. Tudo correu dentro da maior normalidade, com a cotação desta secular instituição a subir. Estão de parabéns todos os seus responsáveis, funcionarias etc., pelo empenho de-monstrado na implementação deste êxito. Uma palavra de apreço á Dr.ª Vera, grande impulsiona-dora na pré preparação desse mesma auditoria.

Estou cansado de afirmar, que grande parte do fu-turo de santar passa pelo turismo. É praticamente uma bandeira que se ergue bem alto na altura de dirimir opiniões nas eleições autárquicas. A ver-dade, é que até ao momento foram só palavras e de concreto nada se viu. Estou em condições para afirmar, que está a ser arquitectado um projecto de grande impacto para santar nessa área. Há várias pessoas envolvidas neste assunto, sendo que um dos seus mentores goza de grande credibilidade e reputação no nosso meio. Não posso abrir mais o jogo, visto que tudo se encontra em fase embrio-nária, mas a ser concretizado o que os meus olhos viram, santar será muito diferente e para melhor nos próximos anos. Esperamos que tudo corra pelo melhor e nós teremos muito gosto em divulgar.

Um abraço e um Bom Ano 2015 para todos.

Aurélio S. Oliveira

Espelho da VisãoO tema apresenta-se oportuno e cheio de actualidade. A época que vivemos impulsionou-me para o abordar. Entra em casa das pessoas sem pedir licen-ça, sem bater á porta, sem avisar os mais prevenidos. Refiro-me a pobreza que se vive no nosso pais, um flagelo social que ninguém debate e muitos recusam discutir. Esta sociedade, que abusa no mediatismo dos grandes barões e não desce a realidade e dos infortunados, dos desprotegidos.

A pobreza é um problema estrutural, pois abrange os pobres e os não po-bres. É uma mancha negra que envolve sobretudo uma população que não tem voz, o que ninguém lhe dá uma oportunidade de a ter. Há pobreza na juventude, porque os pais já não têm nada para os sustentar. Há pobreza nos idosos, porque não têm uma protecção social digna e justa. Certamente mui-tas pessoas viveram mais um natal sem pão, sem abrigo, sem companhia atirando os problemas para debaixo da mesa.

A pobreza não envolve só pessoas desempregadas, envolve outras também com trabalho precário e protecção que lhes foi retirada. A pobreza é a incu-badora do mal estar, do desanimo, do aviltamento.

É inadmissível, que numa escola com trinta alunos só cinco têm livros para poder estudar. Aqui não se regista igualdade de oportunidades para todos, porque há descriminação e falta de sensibilidade de quem governa. A pobre-za é um rasto de enxovalho numa sociedade que se proclama democrática onde todos têm direito de viver com dignidade.

Há muita pobreza escondida, que arrasta para a solidão e falta de auto es-tima. A pobreza trás sinais maléficos para a saúde, um bem a que todos deveriam ter direito de igual modo. É arrepiante, indigno, o que se vive nesta sociedade insensível, que despreza os pobres e que não deita a mão aos que caíram. Há grupos de solidariedade a tentar tratar este problema mas sem poder chegar á sua raiz.

Por vezes, um pequeno gesto de solidariedade como um abraço, um sorriso, uma palavra amiga pode ajudar os mais pobres. É preciso olhar para este flagelo social de uma outra forma e com outro sentido de fraternidade. Neste caso, não deixo de endereçar as culpas ao grande poder da comunicação social. Todos os dias se vêm debates, frente a frente, colóquios e mais não sei? Sobre a corrupção, a privatização da TAP a diferença entre o banco bom e o banco mau, o funcionamento da justiça etc. Porque não convidarem um grupo de pobres, para nos écrans dea televisão poderem explanar os seus problemas a toda a sociedade? Por favor, vamos ser sérios e mais justos.

Aurélio S. Oliveira

FICHA TÉCNICA:Diretor: Aurélio Sampaio OliveiraProprietário: Associação Cultural e Informativa “Os Amigos de Santar”Nº de Contribuinte: 503259250Periodicidade: Bimestral • Tiragem: 300 Ex.Sede: Rua do Estremadouro, Nº13 • 3520-140 Santar NLSPreço Avulso: 1,00€Impressão e Acabamentos: NOVELgráfica • A. Ferreira e Filhos, Artes Gráficas, Lda • ViseuDepósito Legal: 143864/99

JANTAR DE NATAL DA MISERICORDIAEstávamos no dia 20 de Dezembro de 2014. O perfume e a festividade do natal estavam próximo. Este tempo convida-nos a memorizar palavras gestos que nos escapam noutros momentos. Confraternização, união, amizade, convívio, solidariedade são algumas das palavras que vincam e marcam esta data festiva. É hora de confraternizarmos com o parceiro do lado; é hora de unirmos os nossos corações, sentindo em uníssono o vibrar das nossas palpitações. É hora de marcarmos a nossa amizade, com um gesto e um olhar puro e sincero para esta sociedade em degradação. Mas também é hora do convívio, da alegria partilhada com os outros. E por fim a solidariedade como marca indelével que possamos transmitir a quem precisa de nós. Certamente que foi imbuído desta aglutinação de princípios que a mesa administrativa da misericórdia organizou mais um jantar de natal.

Este ano o local escolhido foi o restau-rante “Os Antónios” em Nelas. Aqui se juntou a “família” que faz parte dos quadros desta nova instituição. As pessoas foram chegando a conta-go-tas, mas ás 21 horas tudo pronto para mais este convívio natalício. Cá fora, o frio impunha a sua força numa noi-te de arrepiar; dentro da sala, o calor humano perfurava toda aquela gente alegre e bem disposta.

O jantar foi excelente, muito bem servido em quantidade e qualidade. De vez em quando, la rompia uma gargalhada, fruto da boa disposição

e da alegria das funcionárias da mi-sericórdia. Visível e notório, o bom relacionamento num grupo que tem como objectivo, ajudar, acarinhar os mais velhos, os mais necessitados. No final o discurso habitual da Senhora Provedor, de uma forma simples mas elucidativa.

Agradeceu a presença das associa-ções, e da representação da cruz vermelha. Agradeceu igualmente a presença dos membros da mesa da misericórdia. Uma palavra de carinho e apreço para as funcionárias, que são o suporte do bom trabalho reali-zado. As obras do lar são para come-çar o mais rápido possível, Sendo que o material já está adquirido. Disse ainda que, a auditoria ao serviços do centro do dia e toda a orgânica da mi-sericórdia correu muito bem e a cota-ção da instituição subiu. As obras de recuperação da arte sacra da miseri-córdia estão quase prontas. Terminou desejando um bom natal e um bom ano para todos.

As palmas soaram normalmente, para gloriar o bom trabalho desen-volvido por esta instituição nos úl-timos tempos. Carlos Rodrigues, acrescentou algo ao que tinha sido afirmado, dizendo que este trabalho só é possível com o grande suporte e saber da Senhora Provedora. As pal-mas repetiram-se e tudo acabou em festa. Certamente que no regresso a casa todos sentiram os corações aconchegados por uma amizade que se deseje perpetue no tempo .

Aurélio S. Oliveira

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3Janeiro de 2015 nº 33

AmigosEspero que todos os nossos

associados e amigos tenham entrado neste novo ano de

pé direito,que o Natal tenha sido tambem muito bom.

Como é habitual apresentámos as nossas contas e o que queremos para este novo ano,nas contas de salientar já o volume de dinheiro que esta associação já movimenta ,não é facil conseguir angariar tanto dinheiro,témos que fazer uma ginastica financeira por vezes complicada,por isso o meu agradecimento a todos os nossos sócios e amigos que nos têm ajudado nesta caminhada,não poderia tambem de deixar o meu agradecimento a todos os membros directivos desta associação pelo seu esforço para que tudo corra pelo melhor,quer nos eventos realizados quer na preparação do jornal ,a todos eles o meu muito obrigado.

Témos tambem mais uma vez um plano de actividades muito ambicioso,tentando ir ao encontro daquilo que esta associação tem habituado os Santarenses e a quem nos visita,na tentativa de preservação de tradições e habitos de Santar tais como o Ramo das Vindimas,queremos novamente em

Maio chamar ainda mais gente do que no ano passado com o Santar “História Viva”, um evento que foi comentado alem fronteiras e que tanto nos orgulhou,esperamos este ano superar as expectativas,claro que mais uma vez tenho que agradecer a quem direta ou indirectamente nos ajuda para tudo isto ser possivel.

Queremos que o nosso jornal continue a chegar a todos,por vezes com atraso mas o importante é chegar,claro que gostariamos de ter o jornal mais vezes em vossas casas mas neste momento as condições económicas suficientes para isso não são possiveis,iremos manter a periocidade de bimestral,pois neste momento até essa por vezes é didicil,não deixando mais um agradecimento pois os nossos sócios têm nos procurado para regularizar a sua situação , a eles muito obrigado.

Não poderia tambem de deixar de agradecer a quem nos ajuda fazendo publicidade no nosso jornal,e que tambem estão sempre receptivos a nos ajudar nos nossos eventos,sem eles tambem não seria possivel a continuidade do jornal,sabemos que somos um jornal local,mas que

é enviado para vários continentes.espero que continuem com nós em mais um ano de muito esforço.

De facto foi um ano muito bom,com muito trabalho mas existe a satisfação no final de isto tudo,mas como sempre existem coisas que nos deixam tristes,é o caso da nossa sede,continuamos com uma sede emprestada devido á genorosidade da Dª Ivone e sua familia,para eles o nosso muito obrigado,mas somos ambiciosos e queremos sempre mais,queremos poder receber bem quem vem ter connosco e poder orgulhosamente dizer;” bem vindos á nossa casa”.De facto é um assunto que nos preocupa,pois penso que todas as associações e colectividades contribuem para o desenvolvimento de Santar ,e todas elas devem ter um espaço condigno para a sua sede, não nos cansaremos de pedir um bom salão para Santar,pois não se consegue organizar nada em tempo de chuva pois não existe um espaço para isso,uma sala que seja de utilidade para todos pois Santar já á muito que a merece.Penso que não será impossivel edificar uma boa sala para eventos, que nos orgulhe e traga mais visitantes a santar para ver o que esta terra tem de melhor.

Mas temos intenção de continuar a trabalhar em prol desta linda terra que é Santar,e como já disse muitas vezes,Santar- sala de visitas do concelho de Nelas,amada por tantos,mas esquecida por muitos,se queremos que Santar continue a ser falada por bem em todo o lado não podemos cruzar os braços e cair no marasmo em que tivemos tantos anos,muita coisa mudou,algumas para piores ,outras para melhores,mas é sempre bom mudarmos para tentar corrigir os erros do passado e tentarmos sempre melhorar, da parte desta associação que até tem no seu nome “Amigos de Santar”,podem contar connosco para continuar a levar o nome desta terra por esse mundo fora ,sempre com o carinho que nutrimos por esta tão linda terra.

A todos muito obrigado, tambem a todas as outras associações ou colectividades de Santar, que este ano lhes traga tudo de bom para que continuem a existir e dignificar santar por onde sejam faladas,muito obrigado.

Rui Neves

ASSEMBLEIA de FREGUESIAComo manda o regulamento foi apresentado o plano e orça-mento para a nossa freguesia Santar-Moreira. Sabendo que vivemos tempos muito com-plicados não havendo dinheiro para nada, ficamos perante um plano um pouco aquem do que a nossa freguesia merecia, não existindo nenhuma obra de grande relevancia , mas como já disse temos que viver com a nossa realidade.

Finalmente uma assembleia com muito publico, parece que finalmente os habitantes da nossa freguesia se começam a deslocar ao sitio certo para discutirem e fazerem parte do que de importante se discute para a nossa freguesia, e dei-xando os comentários em lo-cais menos próprios, uns vão pedir algo que necessitam no

seu pleno direito, outros pedir explicações sobre determina-dos assuntos, mas muito bem tudo no local certo á hora certa, muito me satisfaz como mem-bro da assembleia de Freguesia ver tanta gente presente para constatarem o trabalho que é feito por todos os eleitos.Mas espero que na proxima não seja o mesmo de sempre , só com a presença dos respectivos mem-bros da assembleia.

Tambem espero que este novo ano que agora começou, seja de muito sucesso para a nossa freguesia mas para isso tam-bem temos de ser nós a ajudar, reparando e alertando para o que está mal, mas tambem aju-dando a preservar o que está bem, tentando viver em harmo-nia uns com os outros, penso que por vezes as terras não têm

culpa daqueles que simples-mente se consolam em estragar e falar mal.

Espero sinceramente que conti-nuem a marcar presença e que se faça sentir a vossa presença através da participação nos as-suntos que achem mais impor-tantes.

Da minha parte espero que muitas obras sejam erguidas nesta terra, algumas de muita importancia para o bem es-tar das nossas gentes, quer de saude quer de entertenimento, pois por vezes uma pequena obra para algums , é uma gran-de obra para outros, teremos todos que participar para o bem das nossas terras.

Rui Neves

JANTAR CONVIVIO DE NATAL

A tradição tem raízes de há anos atrás. A época aguça o apetite e força a vontade. A tradição é para continuar pois há laços muito fortes a sustentá-la. No dia 12 de Dezembro, a rapaziada lá se juntou no renovado café do “Pedro” agora com nova gerên-cia. Foi mais um convívio de Natal, impulsionado por três pontos fundamentais.

Em primeiro lugar relembrar esta época festiva, aconchegar amizades, reviver companheirismos, confortar a solidariedade. Esta é uma época de fa-mília e foi neste espirito familiar que nos juntamos mais um ano. O futuro é incógnito e incerto, mas as promessas já ficaram vincadas para o próximo ano.

Em segundo lugar a interligação das palavras, co-locando a conversa em dia, deambulando entre vários assuntos. Cada um com a sua vida, o seu es-paço, chegou a hora de olhos nos olhos trocarmos as impressões mais oportunas e actualizadas.

Em terceiro lugar e não menos importante, o sabo-rear de um delicioso jantar, regado com um bom vinho da nossa região. Multifacetado, bem apetre-chado, estão de parabéns os novos gerentes do café do “Pedro”.

Com simpatia, reciprocidade, amizade fomos brin-dados com esta nobre surpresa que a todos deixou satisfeitos. Foi neste espirito de confraternização que mitigamos as agruras de mais um ano de in-certezas e também de revoltas. Certamente esta-remos juntos no próximo natal.

O T I R

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4 Janeiro de 2015 nº 33

ADEUS… PADRE FERNANDO

Abdicar de falar de uma pessoa como esta, seria ig-norar ou omitir o germe da minha consciência. Não pretendo alongar-me, pois receio perder o significa-do deste simples gesto que lhe dedico. Perdemos um homem muito culto, erudito, que dominava como poucos a conjugação das palavras. O vibrar dos seus sermões, impregnava o coração mais oculto, mais distraído. O tremor dos seus sermões, acordava e despertava aquele olhar mais fechado, mais comovi-do. A diocese de Viseu, foi pequena para ouvir a pala-vra eloquente do mestre, passando a fronteira fruto da sua sabedoria e competência. Perdemos também o ilustre professor, um comunicador cativante e mag-nânimo. Estamos-lhe gratos pela nobre missão de ser presidente da A.C.I e simultaneamente director do nosso jornal. Perdemos ainda o padre, o sacerdo-te, que conduziu os destinos da nossa paroquia mais de quatro dezenas de anos. Ancorados á beleza da sua palavra sábia, ajudou-nos a trilhar o caminho da verdade, da fé do amor a Deus. Deixou-nos o homem e o padre que também é pecador, com as suas faltas como qualquer ser humano, pois só Deus tem o po-der da imaculidade. Agora, não vamos remetermo--nos ás agruras da tristeza, ou ao sentimento do luto, mas sim cantarmos alegremente as aleluias do cristo vivo. Com Saudade… e Amizade! Aurélio S. Oliveira

Amor e PaixãoPenso que o titulo é adequado para o que vos vou dizer,no dia 25 deste mês atraves da organi-zação do nosso querido amigo Jorje agora o novo propriétario do restaurante os Antónios em Nelas,ouviram-se em Santar sons unicos de motores,sim porque a marca de motos que vos vou es-crever a seguir tem um trabalhar caracteristico, unico e exclusivo das suas motos-Harley Davidson.Eram perto das 11.30 quando se começaram a ouvir,chegaram em grande estilo pois as maquinas eram lindas.Estacionaram no Paço dos Cunhas para uma pequena vi-sita aos jardins e para provarem os nossos maravilhosos vinhos,claro sempre com moderação pois mais quilometros ainda haveria a fazer,claro que aos poucos muitos curiosos se foram chegando para tirar fotografias com tão belos

exemplares de duas rodas,e tam-bem algumas de três.De seguida seria servido o almoço em Nelas nos Antónios e mais um passeio pelas terras do dão.Não poderia deixar o nosso obriga-do ao Jorje,pois tambem ele sendo um amigo não esqueceu Santar e a sua beleza para mostrar aos seus convidados,para ele tambem tudo de bom em mais uma etapa da sua vida,obrigado.E nada melhor do que algu-mas imagens de tão belos exemplares,sendo que deve ser um amor muito grande e uma pai-xão enorme por estas maquinas....

Rui Neves

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5Janeiro de 2015 nº 33

aLMoço dE rEiS da SaNTa CaSa da MiSEriCordiaFoi no passado dia 11 de Janeiro que decorreu o já tradicional Almoço de Reis promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Santar, teve lugar no salão da Quinta dos Belos Ares que foi gentil-mente cedido pelo seu proprietário Cesar Neves .

Aberto ao público pela segunda vez podemos dizer que a afluência foi considerável tendo jun-tado á mesa mais de 140 amigos da Santa Casa. Entre os convivas destaco a presença do Bispo de Viseu D. Ilídio, do Presidente da Câmara Munici-pal de Nelas Dr. Borges da Silva e do Presidente da Junta de Freguesia Santar-Moreira, Jorge Abreu.

O repasto correu de forma irrepreensível, tendo sido servido pelas colaboradoras da Santa Casa, que mais uma vez uniram esforços e nos pre-sentearam com um excelente momento gastro-nómico, a todos os que estiveram incluídos na organização deste evento deixo desde já o meu sincero bem hajam. Foi sinceramente agradável ver os utentes e as suas famílias, e todos os que quiseram juntar-se a este evento, num momento de partilha e comunhão com os ideais da Santa Casa da Misericórdia de Santar.

O discurso de agradecimento da Sra. Provedora Infância Pamplona, foi o momento alto da tarde, após prestar agradecimentos a todos os pre-sentes, deixou uma breve resenha sobre aquele que é o trabalho da Santa Casa, e de quais são os objetivos de futuro. Lembrou ainda o longo ca-minho percorrido, as dificuldades ultrapassadas, o todas as pedras que foram lançadas ao cami-nho da Santa Casa, que tal como o poeta ,decidiu guardar e prometeu que com elas faria outros castelos.

Falou depois o Presidente da Camara de Nelas Dr. Borges da Silva que louvou o trabalho efetuado pela instituição e prometeu apoiar, sempre que possível, os novos desafios que se apresentam para o futuro. Relembrou a importância do tra-balho social prestado pela instituição no âmbito concelhio e reconheceu a forma carinhosa e empenhada como é feito.

Com a certeza de que esta vasta equipa liderada pela Provedora Dra. Infância, se irá manter empe-nhada no trabalho que é feito todos os dias, para que o apoio prestado pela instituição, continue a manter os padrões que por todos são reconheci-dos. Mais uma vez bem hajam e até para o ano.

Carlos Rodrigues

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6 Janeiro de 2015 nº 33

A Casa do Miradouro foi manda-da construir por D. Duarte de Mello de Souza Telles de Mene-

zes Pais do Amaral, irmão do Viscon-de de Taveiro D. José de Mello Pais do Amaral de Souza Pereira de Vas-concellos de Menezes, sendo este o herdeiro da Casa de Santar e pai do primeiro Conde de Santar. D. Duarte de Mello era portanto tio do primeiro Conde de Santar.

D. Duarte de Mello, estudou na Uni-versidade de Coimbra cidade que o vai inspirar na construção da Casa do Miradouro de Santar. Foi um intelec-tual estudioso da aristocracia portu-guesa e suas genealogias, cultivava o gosto pela arquitetura, mas guarda o

espirito de lavrador e empreendedor que podemos ainda hoje encontrar na casa agrícola que deixou. Utilizamos ainda a louça da quinta do Miradouro, a decoração nitidamente alusiva ao trabalho agrícola (a ceifeira, a enxada, a grade e o arado), impressa na mes-ma (louça) pela antiga fábrica do Sa-cavém. Bem como todos os registos minuciosamente guardados por ele que relatam a vida agrícola da casa, assim como de todas as propriedades que possuía e que nos chegaram até hoje.

Teve duas filhas, D. Dulce Eduarda de Mello e D. Alda Branca de Mello embora nunca tenha casado, com elas viveu em Santar até á sua morte

herdeiras de todos os seus bens. D. Alda casa com Mário Augusto de Ma-tos, não têm filhos. À morte da espo-sa Mário Augusto de Matos casa com Rosa Branca Simões Pereira de Ma-tos desta ligação nascem duas filhas Alexandrina Rosa Pereira de Matos e Alda Dulce Pereira de Sousa Matos atuais proprietárias.

Sendo eu (Alexandrina) A impulsiona-dora deste projeto, que será a conti-nuação e preservação da Casa do Mi-radouro das suas propriedades bem como da sua história que em muito enobrece a Vila de Santar. Este pro-jeto Casa do Miradouro Santar, pre-tende reportar-nos para a natureza a agricultura a vinha, a produção e re-

cuperação de espécies fruteiras em extinção que ainda temos a produzir e, que dão origem às compotas que estou a produzir. A horta com a pro-dução das espécies por nós sempre utilizadas em Santar e que consti-tuem a base da alimentação na Vila. O gosto que tenho pela cozinha por-tuguesa em particular pela gastrono-mia Beirã, faz com que eu hoje esteja a reunir um receituário bastante inte-ressante e que nos poderá servir de grande auxilio num roteiro de turismo gastronómico e de culinária em San-tar e na região. Poderei aplicar neste projeto os conhecimentos que estou a adquirir com a formação especifica que frequento na Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, na área de Restauração e Catering.

O projeto vai abranger áreas como a produção artesanal das compotas, workshops temáticos ligados á gas-tronomia da região e outros, passan-do pelo alojamento e restauração. Tentarei com a ajuda das gentes de

Santar poder mostrar a quem nos visi-ta os saberes e os sabores de Santar.

Santar pela sua beleza arquitetónica é de grande interesse e riqueza para o concelho de Nelas e distrito de Vi-seu, e para mim é a minha terra o meu chão onde nasci e tenho o meu cora-ção e a minha alma.

Mas também acredito que um lugar por mais bonito que possa ser, só tem sentido com as suas gentes que lhe imprimem autenticidade e caracter, “alma” e para isso Santar somos to-dos Nós.

Xandi Matos

Casa do miradouro:Excelência,Requinte e Simpatia

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7Janeiro de 2015 nº 33

Foi comemorado mais um aniversário da nossa banda,mais propriamente 123 anos a levar o

nome da nossa terra por todo o lado,e muito bem.

Tudo começou bem cedo por volta da 9 da manhã já se concentravam todos os elementos para um pequeno almoço bem necessário pois o dia ia ser longo.

Começou a arruada em direção ao cemitério para homenagear todos aqueles que contribuiram para a existencia desta sociedade musical mas que já nos deixaram,seguindo de seguida para a igreja paroquial onde iria ser realizada a eucaristia dominical com a presença de todos os elementos e abrilhantada pelo grupo coral da propria banda.

De seguida um almoço de confraternização com todos os elementos da banda e quem se quis juntar a eles,tendo sido feito na escola secunda-ria de Nelas,porque infelizmente em Santar não temos um espaço que nos permita realizar tal evento,porque tenho a certeza que seriam muitos mais se fosse na nossa terra ,esperamos que para o ano seja possivel.

Fomos recebidos como tinha que ser com mu-sica e muito bem representada por três jovens musicos muito talentosos.O almoço estava muito bom e após esse foi tempo de ver subir ao palco as novas promessas da musica da banda,de facto tem que se dar os parabens ao trabalho efectuado pois nestes ainda pequenos musicos já se ve que a banda tem o futuro garantido.

De seguida o concerto então de toda a banda sendo sempre dirijida por jovens elementos desta banda e que bem,tambem eu aceitei o desafio e regi a banda uma vez o meu muito obrigado a todos estes excelentes musicos,reparei que todos eles têm um grande gosto e orgulho em represen-tar a nossa banda ,para eles o nosso bem-haja.

Após o cantar dos parabens foi servido o bolo a todos os presentes,que estava delicioso.

Os parabens á organização pois tudo esteve mui-to bom e muito bem organizado.

Esperamos que este seja mais um de muitos que virão pois tenho a certeza que todos vão trabalhar para isso da parte da A.C.I.os nossos parabens e continuem pois estão no bom caminho.

Rui Neves

Aniversário da Sociedade Musical 2 de Fevereiro

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8 Janeiro de 2015 nº 33

ULTIMA HORAPATRIMÓNIO DO

S.C.SANTAR NAS MÃOS DA JUNTA DE FREGUE-

SIA

Por várias vezes o afirmei e nunca é demais repetir, que nos últi-mos tempos o nosso clube tem

vivido momentos de constante e in-decisão e incerteza. Há sensivelmente dois anos, criou-se um vazio directivo que não mais foi colmatado. Foram marcadas várias assembleias gerais, discutiram-se muitos temas do passa-do, firmaram-se pontos importantes? do presente, mas o futuro que era o principal objectivo não passou de uma miragem.

Certamente, eram as eleições autárqui-cas a conduzir a vontade desses mais afoitos, mais espevitados. Entretanto, surgiu uma comissão administrativa que, com empenho e dedicação geriu o S.C.Santar durante cerca de oito me-ses. Um trabalho louvável, dignificante, pois deu-se inicio a uma recuperação financeira que a todos afligia e assusta-va. De vários lados surgiram reivindica-ções de dívidas atrasadas ao S.C.Santar. Terminado este prazo de compromisso, marcaram-se de novo eleições para os órgãos sociais do clube. Não apareceu qualquer lista e a única solução, virou--se novamente para uma nova comis-são administrativa, que geriu esta asso-ciação cerca de um ano.

Mais um trabalho louvável, de sabedo-ria e inovação, apresentando no final um resultado liquido positivo a rondar os 10.000,00€ (dez mil euros). Conclui-do o seu mandato, foram marcadas três assembleias gerais, de acordo com a lei, na expectativa de aparecer uma lis-ta para gerir os destinos do S.C.Santar. Nada feito, e o património do clube vai ser entregue á junta de freguesia. Esta é uma descrição bastante sucinta da governabilidade do clube nos últimos tempos.

Apesar de toda esta imprevisibilidade, não vamos agora retirar daqui qualquer conclusão maléfica acerca do patrimó-nio do clube. Nada será retirado ao que é pertença desta colectividade, que muitos ajudaram a construir com sacri-fício. É bom realçar que, quando apare-cer uma lista devidamente formalizada para gerir o futuro do S.C.Santar e após votação, tomará conta dos destinos do clube. Vamos apegar-nos ao verde das nossas camisolas e implorar a esperan-ça num grupo de corajosos e responsá-veis para tornar esta colectividade ain-da mais forte, dinâmica e vencedora.

Aurélio S. Oliveira

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9Janeiro de 2015 nº 33

JaNEi-raS

Este ano o tempo permitiu-nos visitar a maior parte dos nossos amigos com o cantar de janeiras,digo a maior par-

te porque de certeza que não foi possivel no tempo que lhe pertence chegarmos a todos ,para aqueles a quem não consegui-mos chegar as nossas desculpas,pode ser que este ano lá estejamos ,assim espero.

Foi muito bom apesar do frio que se fez sentir, todos aqueles que visitamos nos receberam de braços abertos,sempre bem dispostos e contentes com a nossa visita,claro que uma breve visita pois te-mos sempre pouco tempo e muita gente para visitar.

Desse modo em nome da A.C.I,quero agradecer a todos aqueles que nos rece-beram e de alguma forma nos ajudaram,e tambem a todos os amigos que se privan-do do seu tempo nos ajudaram a cantar as referidas janeiras.

Muito obrigado ao Tiago Sampaio, ao Car-los Pina, ao Antonio Oliveira, Luis corgas, Carlos rodrigues, Carlos Fazenda, Aurélio Sampaio, João Sampaio e tambem ao mo-cinho que nos acompanhou num fim de semana, espero que para o ano consiga-mos todos e mais quem se queira associar a nós fazer chegar tão belas musicas a to-dos os nossos amigos.

Um grande bem-haja a todos.

Rui Neves

JARDIM DE INFÂNCIA DE SANTAR

NÃO VAMOS DEIXAR MORRER

TRADIÇÕES – O CANTAR DOS REIS

O ano 2014 terminou em festa com as celebrações do Natal… o 2015 também começou com o mesmo espírito. Com a chegada do Dia de Reis (data que para os católicos encerra os festejos natalícios) a azáfama pairou, na preparação da vivência das tradições que se lhe associam. O Jardim de Infância de Santar, sempre desperto para a preservação do passado, quisemos mais um ano manter viva a tradição do Cantar dos reis, saindo, no dia 6 de Janeiro, pelas ruas da vila. Cantámos os Reis de porta em porta e comemos o tradicional Bolo de Reis que, como manda a tradição, escondia um brinde e uma fava. Contámos mais uma vez, com a boa receptividade da comunidade que nos acolheu com muito carinho e alegria, cantando também para nós, bonitas canções. Agradecemos a todos os santarenses pela retribuição generosa à nossa manifestação.

Nos dias seguintes, quisemos saber e descobrir se noutros países do mundo também se comemora esta data… descobrimos tradições interessantes e diferentes das nossas. Por serem curiosas e interessantes achámos que deveríamos dá-las a conhecer.

Em alguns países, como Espanha, é tradição as crianças, antes de dormir, deixarem sapatos na janela, com capim (palha, feno), para que os camelos dos Reis Magos possam alimentar-se e retomar viagem. Em troca, os Reis magos deixam doces. Em algumas cidades, organiza-se a “Cabalgata de Reyes”, um cortejo dos Reis Magos. Os Reis Magos desfilam em carros bem decorados, acompanhados de muitos cavaleiros e lançam doces à assistência.

Na Alemanha e na Hungria, as crianças vestem-se de Reis Magos e andam de porta em porta, transportam presépios nas mãos e vão pedindo moedas. No final, escrevem as iniciais dos seus nomes nas portas das casas.

Espero que tenham gostado de saber o que nós descobrimos… na falta de fotografias, deixamos alguns desenhos/registos sobre essas tradições.

Violência DomésticaO silêncio de uma verdade e o grito pela liberdade...

O amor é um sentjmento que necessariamente tem de ser reciproco, pra ser germinador de relações de

afeto mas nem sempre o amor significa bem-estar às vezes conduz-nos á dor

e sofrimento.

Amar é ter a capacidade de estar presente nos menos feli-zes momentos, refletindo esse sentimento como estimulo a permanecer dentro e envolta de nós!

Quando na vida vivemos experiencias que contribuíram, de alguma maneira ao amadurecimento á dor e magoa penso que ao fim desta longa caminhada por vales e estra-das, chegaremos a ter uma visão que eticamente pode ser vista como utópica, mas que não representa mais do que um sonho, de nós nos impormos limites e regras que nos proporcionam uma corrente de sequencia de outros factos que podem surgir!!!

A realidade que vivemos hoje, o mundo do qual nos ofere-ce tantas oportunidades ao consumismo do álcool, causa, muitas vezes, deste flagelo vivido também em tempo ou melhor, noutras décadas!

Certamente quando se fala de violência doméstica, esta mesma realidade não terá sido vivida da mesma maneira no presente e no passado!

A instituição do matrimónio foi sempre vista, onde o papel da mulher era de submissão ao homem uma vez contraído o matrimonio pra sempre!

A mulher cuidava da casa e da educação dos filhos e o homem buscava e procurava no trabalho o sustento para a família; em muitos dos casos de longos anos de matrimó-nio, que simultaneamente representava o seu sitencio dum sofrimento psicológico e físico para manter a figura lar/amor, o que levava à subserviência e consequente degra-

dação familiar e em certos casos ao espancamento, ainda assim! Em consequência muitas das vezes do excessivo consumo do álcool!

Silêncio de mulheres sofridas com vergonha que isso re-presentasse o culminar do matrimónio, aonde o mais foco os filhos!

Com o passar dos anos, e da emancipação da sociedade, os papéis do homem e da mulher inverteram-se, e como tinham e têm papéis paralelos, no trabalho, casa e educa-ção dos filhos. Contudo, as situações de precariedade e da falta de estruturação ainda hoje são uma realidade cons-tante, esta realidade é o flagelo nos lares do nosso mundo dos afetos.

Em que o silencio determinado face à violência domésti-ca é uma verdade constante, e mais presentemente nos tempos de hoje, os filhos tomam rumos distorcidos em consequência do mau ambiente familiar existente!

Dir-me-ão, não existe a APAV? Também é verdade que apoia à vítima de violência

Doméstica mas quando estas mulheres dão o grito pela dignidade e respeito que qualquer uma pessoa humana merece tê-lo!

E ainda vêem-se muitas vezes os filhos institucionalizados.

A APAV é a ajuda e vivência de uma vida condigna e assim se inicia uma batalha que pode estar perdida, mas a guerra não, esta que não é mais do que o grito pela vitória e liberdade!

Mulheres com novas vidas e projetos que podem ser ou não concretizados a curto ou longo prazo mas que são ex-tremamente importantes porque deixam de se culpabiiizar de uma situação familiar e passam a ter um melhor auto controlo das suas emoções, limites!!!

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10 Janeiro de 2015 nº 33

Festa de Nsa. Sra. Da Conceição

Celebrou-se, no passado dia 8 de Dezem-bro, na nossa Igreja Paroquial a festa em honra de Nsa. Sra. Da Conceição. A Eucaris-tia teve inicio às 11 horas, sendo celebrada pelo nosso Rev.º Pároco padre Jorge e can-tada pelo Grupo Coral Litúrgico de Santar.

No final da Eucaristia, realizou-se a procis-são no seu trajeto habitual, acompanhada pela nossa banda de música.

Foram responsáveis por esta celebração as senhoras: Maria Eduarda Tavares Rodrigues, Albertina Fernandes, Laurinda Fernandes, maria do Céu tavares, Emília Gouveia e Otí-lia da Conceição.

Para o próximo ano foram nomeadas as se-guintes senhoras: Maria Elisa Pina Simões, Beatriz Pereira Pina Cunha, Ana Fonseca Sil-veira, Isabel Tavares Abreu, Emília Gouveia e Maria do Carmo Lopes Henriques.

Festa de Sta. Luzia

Também, no passado dia 14 de Dezembro, na Capela de Sta. Luzia em Casal Sancho, foi celebrada às 11:30, a festa em Louvor da Mártir Sta. Luzia.

Presidiu a esta celebração o nosso Rev.º Pá-roco padre Jorge, tendo os cânticos Litúrgi-cos estado a cargo do Grupo Coral Litúrgico de Santar.

No final da Eucaristia realizou-se a procissão acompanhada pela nossa banda de música. Na parte da tarde, teve lugar uma tarde Cul-tural com a participação do Grupo de Dan-ças e Cantares regionais “Os Santarenses”.

Foram responsáveis por esta celebração: Joaquim ramos Pedro, Fernando Jorge Vi-labril, Ermelinda Celestino e Emília Gouveia.

BATIZADOS:

No dia 28 de Dezembro, na Eucaristia do-minical, celebrada às 11:30 na nossa Igreja Paroquial pelo nosso Pároco padre Jorge e cantada pelo Grupo Coral Litúrgico de Santar, recebeu o Sacramento do Batismo o menino Gustavo de Matos Lopes, nascido a 11 de Maio de 2013.

O Gustavo é filho de Nuno Manuel Ribeiro Lopes e de Andrea Batista de Matos Lopes, residentes na Av. Dr. Arnaldo Santos Almei-da em Casal Sancho.

Foram seus padrinhos, Tiago José Sampaio Batista, natural de Santar e Isaura Maria dos Santos Pereira, residente em Pico da Pedra – Açores.

O Gustavo é neto materno de Francisco Henriques de Matos, natural de Vilar Seco e de Maria da Conceição Batista Alves Matos, natural de Casal Sancho.

No passado dia 4 de Janeiro, às 12:30, na nossa Igreja Paroquial, recebeu o Sacra-

mento do batismo, o menino Duarte Costa Fernandes de um ano de idade. Filho de Henrique Manuel Dinis Fernandes, natural de Travancinha (Seia) e de Alexandra Isabel Ambrósio Costa, natural de Nelas. Residen-tes na Urbanização da Boiça (Santar).

Foram seus padrinhos, Luís Miguel Tomás Santos e Maria de Fátima Ribeiro Mota San-tos, residente em Arcos do Baúlhe, Cabecei-ras de Basto (Braga).

O Duarte é neto paterno de Luís Gonçalves Fernandes e de Ana Fernandes Dinis Pereira e neto materno de Fernando Almeida cos-ta (funcionário no posto de abastecimento Galp em Nelas) e de Maria Clara Monteiro Ambrósio Costa, ambos naturais de Nelas.

Para estas crianças, pais, padrinhos e res-tante família, votos sinceros de muitas feli-cidades.

NASCIMENTOS

Nasceu, no passado dia 3 de Janeiro, na Ma-ternidade em Viseu, o menino Dinis da Silva Soares. Filho de Pedro Filipe Lopes Soares, natural de Moreira e de Teresa Margarida Marques da Silva, natural de Santar.

O Dinis é neto paterno de Fernando Antó-nio Soares de Figueiredo e de Maria Geor-gina Lopes Inácio Soares, ambos naturais de Moreira e neto materno de João Carlos Lopes da Silva, natural de Casal Sancho e de Maria de Fátima Marques Alves Silva, natu-ral de Santar.

Para o Dinis, seus pais e avós os nossos vo-tos de muitas felicidades.

ÓBITOS:

No dia 6 de Janeiro, faleceu no Hospital de Santa Maria em Lisboa a senhora Fernanda da Conceição Fernandes e Silva de 65 anos de idade, natural de Santar.

Esta nossa conterrânea era casada com o senhor João da Cruz e Silva e tinha a sua re-sidência em Santo António dos Cavaleiros. Era filha do casal Cecílio Fernandes e Maria Lúcia também ambos já falecidos.

O seu corpo foi a sepultar no dia 7 de Janei-ro, no cemitério de Moreira após Missa de corpo presente celebrada às 14:30 na Igreja de Moreira pelo Rev.º padre Jorge.

Tratou do Funeral a agência funerária Lou-res, Lda.

No dia 11 de Janeiro, na sua residência em Santar, faleceu o senhor Aurélio Assis Lou-reiro de 87 anos de idade, natural de Santar. Este nosso conterrâneo também conhecido por (Aurélio Gago) era casado com a senho-ra Maria de Jesus Prazeres Ferreira Loureiro, natural da freguesia de Alcafache. O seu corpo foi a sepultar no dia 13 de Janeiro,

no nosso cemitério após Missa de corpo presente celebrada às 15:30, na Capela de Sta. Luzia em Casal sancho, pelo nosso Rev.º pároco padre Jorge.

Tratou do funeral a agência funerária Sta. Luzia, Lda. do nosso conterrâneo, Fernando Loureiro.

No dia 16 de Janeiro, em Urgeiriça (Canas de Senhorim), faleceu o nosso conterrâneo Bernardo Serra da Cruz de 72 anos de idade. Este senhor também conhecido por (Ber-nardo Pirolito), era casado com a também nossa conterrânea Ana Maria Alves Gabriel da Cruz, residente em Urgeiriça.

O seu corpo foi a sepultar no nosso cemi-tério, no dia 17 de Janeiro, após Missa de corpo presente celebrada às 15 horas na Capela de Sta. Luzia em Casal Sancho pelo nosso Pároco, padre Jorge.

Tratou do funeral a agência funerária Sta. Luzia, Lda. do nosso conterrâneo, Fernando Loureiro.

No dia 18 de Janeiro, em Londres (Ingla-terra), faleceu o senhor António Lopes de 75 anos de idade, natural de Santar. Este senhor, também conhecido entre nós por (Tremoço), era casado com a também nos-sa conterrânea, Maria Fernanda Cupertino Lopes, residia em Londres à mais de duas décadas.

O seu corpo foi a sepultar no nosso cemi-tério no dia 28 de Janeiro, após missa de corpo presente celebrada às 15 horas, na Capela de Sta. Luzia em Casal sancho pelo nosso Pároco, padre Jorge.

Tratou do funeral, a agencia funerária Zélita de Nelas

Faleceu no passado dia 31 de Janeiro de 2015, na Casa de Saúde em Viseu, o Rev.º padre Fernando da Rocha Santos, de 91 anos de idade, natural de Arcozelo (S. Pedro do Sul).

O padre Fernando, foi pároco de Santar du-rante 45 anos. O corpo foi a sepultar no dia 1 de Fevereiro no cemitério de Santar, após missa de corpo presente celebrada na igreja Paroquial de Santar, às 15 horas, por Sua Exa Reverendíssima, D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, e na qual tomaram parte um numero significativo de padres da Diocese de Viseu, que cantaram os ofícios de defuntos em conjunto com o Grupo Coral de Santar.

Tratou do funeral a agência funerária Sta. Luzia, Lda. do nosso conterrâneo Fernando Loureiro.

Para todos estes nossos defuntos Paz às suas Almas, aos familiares nossas sentidas condolências.

AtuAlidAdes por José Guilherme CAmões

AO SOM DAS RECORDAÇÕESpor Antonio Cândido

José Viana, 1922-2003

José Viana- Ator, dese-nhador, escritor e can-tor- o “Zé Cacilheiro”

José Maria Viana Dio-nísio, nasceu em lisboa a 6 de Dezembro de 1922 e faleceu no dia 8 de Janeiro de 2003, vítima de um acidente de viação.

Após a instrução pri-mária, frequentou a escola Industrial Ma-chado de Castro no curso de Serralheiro, que não chegou a aca-bar, por falta de apti-dão, dado que mostrava mais interesse no desenho. Assim, aos 13 anos já desenhava para vários jornais e revistas, designadamente: O Século, Senhor Doutor, Pim Pam Pum, etc. O seu primeiro emprego foi na Livraria Bertrand. Des-de cedo se tornou um aficionado pelas músicas swins e jazz, passando a cantar em conjuntos musicais, animando várias coletividades.

Através da sua profissão de desenhador, é convidado como publicista de cinema para a Sonoro Filmes. De espirito cria-tivo e Ávido de inovações, passa a frequentar a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul – uma casa, que não era um conservatório – foi uma escola de grandes atores portugue-ses.

Estreia-se como ator amador em Obras de Gil Vicente, Alves Redol e muitos outros.

Na RTP com “Riscos e gatafunhos” e “Melodias de Sempre”, são programas que lhe dão grande notoriedade.

Nas andanças do teatro de revista, conhece uma atriz Bra-sileira, Jújú Batista, que lhe dá uma filha, a Maria. Passados alguns anos conhece Dora Leal com quem contracena e pas-sa a ser a sua companheira, de que resultam duas filhas, a Raquel e a Madalena.

Em meados da década de 60, José Viana atinge o auge da sua carreira na empresa Guiseppe Bastos e Vasco Morgado em vários teatros.

Zé Cacilheiro surge em 1966 em “Zero, zero, zero- ordem para matar” que teve um êxito estrondoso. Muitas outras rábulas merecem destaque, tais como “Carlos dos Jornais” e “Zé Povinho”.

Integrado numa companhia, foi em tournée por S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique. Em 1955, interrompeu a sua carreira artística e estabeleceu-se em Angola.

Após o “25 de Abril”, assim como o fadista Fernando Fari-nha, o ator Rogério Paulo e outros, dadas as suas tendên-cias comunistas, são lhe criados muitos dissabores.

Em 1987, volta ao Parque Mayer na revista “Festa no Par-que”, onde o público o recebeu cruelmente.

José Viana afirmava sobre o futuro da revista à portugue-sa que a mesma estava decadente por falta de autores e compositores, dado que era uma técnica artesanal que se aprende com grandes mestres, os quais, quase todos já morreram. No entanto, dizia não guardar rancores, e con-solava se na certeza de ter feito um bom trabalho no tudo que sempre fez.

Para além do teatro, entrou em vários filmes e desde 1953 a 1998 participou nos filmes “O Cerro dos Enforcados”, “Perdeu-se um Marido”, “A Fuga”, “A Noite e a Madrugada”, “O Fim do Mundo” e muitos outros filmes de nomeada, hoje esquecidos.

Apesar dos prós e contras na sua vida, José Viana foi um ator por excelência através de tudo quanto fez na vida – no que deu ao povo, espectador e não só.

Ao retirar-se da vida artística, consagrou-se na sua pintura.

Falar do “Zé Cacilheiro” como também foi conhecido é re-lembrar o grande artista de quem ainda se esperava muito, mas que no dia 8 de Janeiro de 2003 foi brutalmente vítima de um acidente.

Tive o prazer de o conhecer pessoalmente e como tal, José Viana… Presente!

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11Janeiro de 2015 nº 33

Poda da Videira: A poda é uma operação que consiste no corte de algumas varas da videira. Existem dois tipos de poda: a de Inverno, realizada quando a videira não tem folhas e a de Verão que decorre quando a videira está em atividade. A poda de Inverno é a principal forma de controlar a produção da videira e a poda de Verão (ou em verde) serve essencialmente para cortar as partes herbáceas que encobrem os cachos da videira. A poda é essencial para que a varas não cresçam em demasia e evitam que estas fiquem muito finas. Sem a poda a produção da videira gerava cachos de bagos pequenos, pouco sumarentos e que amadureciam de forma irregular. Deste modo, o principal objetivo da poda é permitir uma produção regular e de qualidade, além de coordenar a função vegetativa da videira (crescimento das varas) com a função produtiva (produção de uvas). Como Executar? Qualquer corte na videira deve ser bem rente, liso e inclinado para facilitar o processo de caracterização. O diâmetro dos ramos cortados não deve ser muito alargado, pois a cicatrização é mais rápida quanto menor for o diâmetro do ramo cortado. Nas varas os cortes devem executar-se com uma tesoura de poda e a um centímetro acima do

gomo. Os ramos mais grossos devem ser cortados com um serrote e posteriormente alisados com uma navalha. Poda de formação: A poda de formação serve para alterar a forma da planta, para que esta se adapte melhor ao sistema de condução e poda a que irá ser sujeita no futuro. Na poda do primeiro ano a planta fica com uma vara a dois olhos, a partir dos quais nascerão duas varas vigorosas. Se as varas não tiverem vigor suficiente, a vara deverá ser novamente podada a dois olhos. Poda em cordão: A poda em cordão é uma das opções mais vantajosas em sistemas de condução aramados. Além disso, facilita os trabalhos culturais e tratamentos da vinha. A planta pode ser podada em cordão horizontal, ou seja, o tronco encontra-se na vertical e partir dele o braço da videira dispõe-se na horizontal. Esta poda designa-se de cordão unilateral, contudo existem algumas variações: cordão bilateral (dois braços da videira que são distribuídos em oposto) ou cordão sobrepostos (onde os braços são distribuídos em várias “camadas” sobrepostas). Poda em taça: A poda em taça é mais comum em vinhas cultivadas em regiões muito quentes e indicado para sistemas de poda curta. Este tipo de poda é caracterizado por apresentar braços

da videira divergentes e distribuídos regularmente de forma inclinada para fora, originando uma abertura no interior da planta. Para a formação da poda em taça é necessário uma nova cepa com dois sarmentos que serão podados a dois talões de dois olhos cada um, de onde surgirão quatro sarmentos que posteriormente serão podados a dois olhos cada, eliminando algum que se desenvolva para o interior da taça.

Poda de vara e talão: Neste tipo de poda deixa-se um talão (segmento com dois olhos, normalmente) e uma vara longa onde irão crescer os sarmentos frutíferos. Esta poda é importante para a fortificação e manutenção da planta, uma vez que contribui para uma frutificação abundante na vara e fornece outras varas vigorosas sem alterar o processo de desenvolvimento da planta.

(…) por isso mesmo,

pode-me quem souber e empe-me quem quiser

(…)

Aurindo, 2014

A PODA

“A poda consiste na supressão total ou parcial de certos sarmentos, de forma a deixar um número reduzido de olhos, e de porções variáveis de lenho.

Tem por objetivo regularizar o cresci-mento vegetativo e reprodutivo, de acordo com um dado potencial de crescimento genético e ambiental, de forma a assegurar por um lado, uma produção suficiente de uvas de qualidade e por outro, a perenidade da planta.”

(Champagnol 1984)

OBJECTIVOS DA PODA

- Lutar contra a acrotonia a fim de se opor à expansão das varas;

- Limitação do número de olhos, o qual terá uma relação com a capa-cidade de crescimento da videira, as possibilidades oferecidas pelo meio e o desejo de obter um vigor conve-niente;

- Regularização do número e do vo-lume dos bagos a fim de o adaptar às possibilidades fotossintéticas da videira (teor em açúcar “correto” e re-constituição do depósito de amido);

- Equilibrar a vegetação sobre a vi-deira;

- Garantir a perenidade da planta;

- Dar à videira nos seus primeiros anos uma forma determinada e con-serva-la para facilitar todas as opera-ções culturais, fazendo com que a ex-ploração da videira seja económica;

- Que as colheitas anuais sejam regu-lares e constantes, sem altos e baixos;

- Regularizar a frutificação, fazendo com que os cachos aumentem de tamanho e melhorem a qualidade e amadureçam bem;

- Dentro da forma a dar à cepa, aco-modar as suas dimensões e limitar o seu potencial vegetativo, harmo-nizando-o com as características da variedade explorada e as poten-cialidades que o meio oferece, para colocá-la nas melhores condições de insolação e arejamento, favorecen-do as suas funções capitais, como a fotossíntese, evitando acidentes e doenças;

- Atender a repartição de assimi-lados, atuando com maior eficácia para conseguir e conservar um equi-líbrio biológico da videira;

- Diminuir as perdas de potencial ve-getativo ou, excecionalmente, acen-tuá-las com prudência consoante de-sejamos quantidade ou qualidade. A poda assegura uma maior duração da videira ou da vinha atrasando a sua velhice.

RAZÕES DA PODA

- Modificar o vigor da planta;

- Produzir varas, folhas, folhas, frutos maiores e melhores;

- Manter a videira nos limites de uma estrutura e forma manuseáveis;

- Modificar a tendência da videira de se expandir;

- Distribuir convenientemente a cepa ao ar e à luz para melhorar a qualida-de do produto;

- Suprimir varas supérfluas ou doen-tes;

- Evitar a propagação de doenças;

- Facilitar a colheita e os tratamentos;

- Facilitar os amanhos culturais;

- Levar a videira à forma desejada;

- Regular a sucessão de colheitas.

TIPOS DE PODA

- Poda de Educação - praticada no vi-veiro, com o objetivo de encaminhar a futura videira.

- Poda de Transplantação - aquando do arranque da videira do viveiro; é necessário fazer cortes em bisel para baixo, cortar as raízes velhas, exe-cutar cortes lisos para uma melhor cicatrização; deve-se promover a distribuição uniforme das raízes; na parte aérea deixa-se a vara mais har-moniosa e melhor inserida, com dois gomos.

- Poda de Formação - essencial para o desenvolvimento lenhoso, bom esqueleto, harmonioso, perdurável e equilibrado.

- Poda de Frutificação - promove o equilíbrio fisiológico da planta sem que o seu envelhecimento seja an-tecipado; ajuda na obtenção de uma boa produção e alta qualidade; consiste na distribuição das varas consoante o respetivo vigor; tem o objetivo de proporcionar um cresci-mento lenhoso conveniente.

- Poda de Correção - praticada para corrigir erros praticados.

- Poda de Rejuvenescimento - prati-cada quando a videira está fraca; im-plica uma diminuição da carga.

SISTEMAS DE PODA

Poda longa

Vantagens:

- Permite maior desenvolvimento da videira nos primeiros anos;

- Produz mais frutos. Maior fertilida-de (terço médio).

Desvantagens:

- Mais difícil de executar;

- Exige maior cuidado na manuten-ção da forma da cepa;

- Necessidade de talões;

- Custos adicionais de empa;

- Feridas mais numerosas e de gran-de extensão que se distribuem irre-

gularmente pelo tronco;

- Ocasionam perda e redução da vitalidade da videira;

- Grande extensão de feridas;

- Envelhecimento precoce;

- Feridas de grande calibre, tan-to maior quanto mais baixa a intensidade.

Poda curta

Vantagens:

- Simplicidade;

- Maior quantidade de reservas con-tidas na estrutura perene;

- Estas reservas têm um efeito regula-dor (maturação, por exemplo: stress);

- Redução de custos.

Desvantagens:

- Maior dificuldade no estabeleci-mento do cordão;

- Conservar o equilíbrio entre os ta-lões;

- Maior vigor (maior compactação da folhagem).

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DO LENHO DURANTE A PODA

A luta contra as doenças do lenho na videira não é possível sem a aplica-ção de medidas preventivas, algu-mas das quais podem ser tomadas durante a poda Inverno:

- Podar com tempo seco e sem vento.

- Podar as videiras doentes em últi-mo lugar.

- Desinfetar os instrumentos de poda com lixívia e ou álcool.

- Evitar abrir feridas ou fazer cortes de grande superfície nos ramos mais grossos.

- Não fazer cortes rentes, cuja ci-catrização provoca a formação de “rolhões” para o interior do tronco, que dificultam a circulação da seiva. Proteger as feridas da poda maiores, com pincelagem de uma pasta fina fungicida, com unguentos de enxer-tia ou betume industrial.

- Cortar, tanto quanto pos-sível e queimar as varas que apresentem sintomas de esca e de escoriose.

- Não acumular lenha de poda nos arredores das vi-nhas, deixando-a aí duran-te o Inverno, pois constitui importante foco de infe-ção de doenças do lenho.

ESCA

Algumas videiras ataca-das, mas que conservam ainda uma parte sã, po-dem ser recuperadas,

através de uma poda adequada, pro-curando reconstituir as plantas, man-tendo-as em produção e atrasando o seu declínio definitivo.

ESCORIOSE

As varas para enxertia devem ser co-lhidas em cepas comprovadamente isentas de escoriose. Devem ser eli-minados sistematicamente os cin-co ou seis primeiros gomos da base da vara, aproveitando para enxertia apenas as porções de vara daí para cima, pois esta doença afeta princi-palmente os gomos da base.

Os ataques de escoriose são mais severos em Primaveras chuvosas, agravando-se quando estas se su-cedem a Invernos igualmente muito chuvosos.

PODRIDÃO DAS RAÍZES DA VIDEIRA

Na preparação de terreno para plan-tação de novas vinhas, devem ser retirados cuidadosamente e quei-mados todos os restos de madeira e raízes provenientes de outras videi-ras, árvores ou matos anteriormente existentes no local.

Durante o Inverno, devem-se ar-rancar as videiras atacadas pela po-dridão das raízes e retirar cuidado-samente todas as raízes da videira arrancada. A cova resultante do ar-ranque deve ficar aberta até ao fim do Verão seguinte, o que pode aju-dar à eliminação de restos do fungo causador da doença.

Não se devem plantar novas videiras no mesmo local, nem utilizar esta-cas (tutores) de madeira não tratada. Não existe tratamento eficaz contra esta doença, pelo que todas as me-didas para a evitar e controlar devem ser preventivas.

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Trabalho elaborado pelos alunos da EB1 de Santar